monitorização da mecânica respiratória bruno do valle pinheiro uti – hospital universitÁrio...
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Monitorização da mecânicarespiratória
Bruno do Valle Pinheiro
UTI – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO – UFJF
EQUAÇÃO DO MOVIMENTO
• Diretamente proporcional
• Fluxo• Resistência• Volume corrente• PEEP
• Inversamente proporcional
• Complacência
PEEPC
VCRVP
Mecânica respiratóriaMecânica respiratória
Ajustes para se monitorar mecânica pulmonar
• Modalidade volume-controlada
• Onda de fluxo quadrada
• Paciente não interagindo com a ventilação
• Manter sempre os mesmos ajustes da ventilação mecânica
(fluxo, volume corrente, frequência e PEEP)
30
5
Monitorização da mecânica
P via aérea
PEEP
Tempo (s)
30
5
Mensuração da P alveolar
Tempo (s)
P via aérea
PEEP
MECÂNICA RESPIRATÓRIAMECÂNICA RESPIRATÓRIA
V
P
VT
PICO DE PRESSÃO
P = R(V) + VT/C + PEEP
PRESSÃO DE PLATÔ
P = VT/C + PEEP
PICO DE PRESSÃO
P = R(V) + VT/C + PEEP
PRESSÃO DE PLATÔ
P = VT/C + PEEP
.
.PICO
PLATÔ
VT
MECÂNICA RESPIRATÓRIAMECÂNICA RESPIRATÓRIA
.
PICO
PLATÔ
PEEP
VT
COMPL. ESTÁTICACOMPL. ESTÁTICA
VT
PLATÔ - PEEPCrs,st =
NL = 60 - 100 mL/cmH2O
V
P
VT
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Diminuição da complacência estática (P. platô elevada)
• Redução do número de unidades alveolares ventiladas
(ressecção, intubação seletiva, pneumonia, atelectasia,
edema pulmonar)
• Restrição da parede torácica
• Derrame pleural, pneumotórax
• Restrição torácica pelo abdome (ascite, distensão
abdominal, diálise peritoneal)
30
5
VC:500mLFluxo:60L/min ou 1L/s
40
30
Raw = (40-30)/1Raw =10cmH2O/L.s
Monitorização mecânicaPausa inspiratória
Tempo (s)
P via aérea
PEEP
Resistência de vias aéreas
Rmax = no ventilador: P
V.
Rmax =
Pmax - P pausa (cmH2O)
Fluxo (L/s)
Valor normal, paciente intubado = 4 a 8 cmH2O/L.s
Broncoespasmo em UTI
Aumento da resistência
(Pressão de pico elevada com platô normal)
• Broncoespasmo
• Presença de secreção de vias aéreas
• Obstrução ou acotovelamento da cânula ou cânula pequena
• Altos fluxos inspiratórios
MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Qual a complacência e qual a resistência na seguinte situação?
VC=600 ml FR=16 Fluxo=30 L/min PEEP=5 cmH2O
Platô=25 cmH2O Pico=50 cmH2O
C = VC / (PLATO – PEEP) = 600 / (25 – 5) = 30 ml/cmH2O
R = (PICO - PLATO) / FLUXO = (50 – 25)/0,5 = 50 cmH2O/L/s
MECÂNICA RESPIRATÓRIAMECÂNICA RESPIRATÓRIA
V
P
VT
.
4035
500
60
10
Qual o valor da complacência?
V
P
VT
.
4035
500
60
10
Qual o valor da complacência?
Não pode ser calculada comfluxo desacelerado
Mecânica respiratóriaExalação
O esvaziamento pulmonar apresenta distribuição exponencial
Conceito de constantes de tempo
• 1ª constante – 63,2%
• 2ª constante – 23,3%
• 3ª constante – 8,5%
• 4ª constante – 3,2%
• 5ª constante – 1,8%
• 1ª constante – 63,2%
• 2ª constante – 23,3%
• 3ª constante – 8,5%
• 4ª constante – 3,2%
• 5ª constante – 1,8%
Mecânica respiratóriaConstante de tempo expiratória
RvaCestTe
Condições obstrutivas
• Resistência alta
• Complacência alta
• Te alta – ar sai lentamente
Condições obstrutivas
• Resistência alta
• Complacência alta
• Te alta – ar sai lentamente
RvaE1
Te
Condições restritivas
• Resistência baixa
• Complacência baixa
• Te baixa – ar sai rapidamente
Condições restritivas
• Resistência baixa
• Complacência baixa
• Te baixa – ar sai rapidamente
Mecânica respiratóriaConstante de tempo expiratória
Normal
Obstrutivo
1.a T2.a T3.a T4.a T5.a T
1.a T 2.a T3.a T
4.a T 5.a T
Mecânica respiratória
Constante de tempo expiratória
Mecânica respiratória
Desenvolvimento de hiperinsuflação
Mecânica respiratória
Desenvolvimento de hiperinsuflação
zero fluxo
0
P=10
10
Fluxo exp
Aparecimento da auto-PEEP no manômetro
Pausa Expiratória
P=0
0
Mensuração da auto-PEEPA auto-PEEP deve ser mantida < 10cmH2O
Pressão
Tempo
P via aéreaP alveolar
0
12 = PEEPi
35
Pausa expiratória
III Consenso Brasileiro de VM, SBPT, 2006
Shapiro, KacmarekShapiro, Kacmarek.. Physiological basis of Ventilatory SupportPhysiological basis of Ventilatory Support 199 1998.8.
Identificação da auto-PEEP pela curva fluxo x tempo
Como suspeitar clinicamente da auto-PEEP?
• pacientes propensos à auto-PEEP
• pacientes com obstrução brônquica
• pacientes com freq. respiratória alta
• pacientes com volumes correntes altos
• presença de sibilos até o final da expiração
• presença de fluxo expiratório até o início da nova inspiração
Identificação da auto-PEEP pela curva de fluxo
auto-PEEP
Flu
xo
10 10 0 10 10 10
FINAL DA EXPIRAÇÃO OCLUSÃO AO FINAL DA EXPIRAÇÃO
MEDIDA DO AUTO-PEEP PELA TÉCNICA DE OCLUSÃO AO FINAL DA EXPIRAÇÃO
Implicações da auto-PEEP
• Sistema respiratório funcionará em volumes maiores, onde a
complacência é menor, aumentando o trabalho respiratório
• Dificuldade de disparo do ventilador pelo paciente
• Comprometimento da hemodinâmica
• Subestimação da complacência do sistema respiratório
ALARMES DO RESPIRADOR
PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÁXIMA
• Nível de ajuste: 50 cmH2O (SDRA 40cmH2O)
• Significados• diminuição da complacência estática• diminuição da complacência dinâmica• tosse• “briga”com respirador
PRESSÃO INSPIRATÓRIA MÍNIMA
• Nível de ajuste: entre a PEEP e pressão de platô• Significados
• desconexão do respirador da cânula• balonete vazio ou furado• vazamento de ar pelo circuito• fuga aérea por fístula broncopleural
ALARMES DO RESPIRADOR
VOLUME MINUTO MÁXIMO
• Nível de ajuste: 30 a 50% acima do vol minuto desejado• Significados:
• demanda ventilatória aumentada• acidose metabólica• demanda metabólica aumentada (febre, sepse, • SIRS, dor)
• “briga” com respirador
ALARMES DO RESPIRADOR
VOLUME MINUTO MÍNIMO
• Nível de ajuste: volume minuto desejado• Significado
• alarme com significado apenas em modalidaes com ciclos iniciados pelo paciente
• “drive”respiratório ineficaz (FR baixa)• ciclos espontâneos com baixos volumes correntes
ALARMES DO RESPIRADOR