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Modelo para a Transformação Ambiental
Este capítulo oferece um processo simples, lógico e já
consagrado durante mais de 27 anos de uso por diversos
especialistas ambientais brasileiros. Permite a identificação
dos cenários da transformação ambiental de um território,
proporcionados pela construção e operação de um ou mais
empreendimentos.
Com o uso do modelo constante deste capítulo é possível
identificar tanto as transformações ocorrentes em uma região,
quanto as transformações previsíveis, segundo as categorias
de impactos ambientais que o modelo estabelece.
É a essência para o entendimento do que é a transformação
antropogênica do ambiente. Por este motivo é básico para o
restante do livro.
Macedo, R. K. “A Arte da Sustentabilidade – Integrando a
Organização ao Ambiente”. Editora Publit. E-book. Rio de
Janeiro, RJ. 611 p. 1ª Edição. 2013
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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Introdução
Todos os estudos ambientais, envolvendo estudos de impacto, planos de gestão, auditorias,
sistemas de gestão e levantamentos de passivos ambientais, dentre outros, têm como principal
finalidade otimizar impactos ambientais decorrentes da transformação do ambiente,
proporcionada por vetores antropogênicos, ou seja, por empreendimentos. Quando estes
estudos são analisados, dois conceitos sobressaem: o conceito da transformação ambiental
utilizado e o conceito de impacto ambiental. No entanto, muitas vezes não se encontram
explícitos e algumas vezes simplesmente não existem. Mas o processo da transformação
ambiental é o alicerce fundamental de qualquer estudo ou serviço nesta área.
Ao reunir uma equipe de especialistas ambientais para iniciar o desenvolvimento de qualquer
estudo, verificamos a natural ansiedade para identificar os impactos ambientais que poderão
ocorrer na área que pode ser afetada pelo empreendimento. As discussões que realizam são
básicas e definirão a qualidade dos trabalhos, sobretudo de viabilidades ambientais e de
diagnósticos ambientais que venham a ser produzidos. Verifica-se que, naturalmente, cada
profissional envolvido nestes estudos identifica a transformação ambiental de acordo com suas
premissas de formação. Assim sendo, os impactos ambientais estimados variam, desde a sua
forma de apresentação, até o seu conceito e conteúdo.
Acreditamos que esta conduta não constitua um problema, afinal, o setor ambiental convive
com ela e evolui normalmente há várias décadas. Alguns analistas são mais objetivos, outros
são históricos, outros detalhistas, outros impressionistas. Todos tratando da mesma realidade
e dispondo das mesmas informações.
Este modelo fornece uma forma organizada para identificar, interpretar, analisar e
compreender de forma clara os processos da transformação do ambiente proporcionados por
projetos e atividades antropogênicas.
As consequências imediatas do uso deste modelo são a integração e a padronização da
linguagem técnica pelas equipes envolvidas que, por força da diversidade de formação
acadêmica, apresentam naturalmente linguagens e conceitos próprios.
Com a análise das entidades que permitem uma visão concreta da transformação ambiental,
outras considerações estão realizadas para estruturar o que denominamos Matriz de Impacto
Ambiental. O modelo das matrizes de impacto pode perfeitamente ser chamado de modelo da
transformação ambiental.
Entidades da Transformação Ambiental
Os dados do problema são os seguintes: (i) um empreendimento, construído ou em projeto, (ii)
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a visão preliminar de sua área de influência e (iii) uma equipe técnica desafiada para descobrir
a transformação ambiental desta área, tanto a já ocorrente, quanto a sua provável e inevitável
transformação futura.
Para efeito desta análise conceitual admitimos que o empreendimento em estudo é uma Usina
Hidrelétrica (UHE) a ser construída em área primitiva não alterada. Além disso, vamos
considerar que a UHE é ainda um projeto a ser licenciado. Para empreendimentos existentes,
os conceitos e processos da transformação ambiental são os mesmos, apenas considerando
os impactos ambientais já ocorrentes e os que poderão ser previstos.
Os dados básicos e informações do projeto do empreendimento fornecem as intervenções de
engenharia que serão realizadas, bem com a localização do empreendimento.
Para a realização das obras são necessárias algumas ações prévias, previstas em projeto, que
basicamente podem envolver os seguintes processos:
PREPARO DO TERRENO, com contratação de pessoas, montagem de acampamentos,
disponibilização de máquinas e equipamentos, desmatamentos e limpezas de terreno,
desmontes, terraplenagens, cortes, aterros, área de estacionamento, cercas e abertura de
caminhos de serviço.
INSTALAÇÃO DA INFRAESTRUTURA CONSTRUTIVA, ou seja, do canteiro de obras, envolvendo
escritórios de diversas engenharias; escritório de gestão ambiental; paiol (unidade de
demolição); escritório de compras de suprimentos; almoxarifado; estacionamentos de
veículos; estacionamento de máquinas e equipamentos; pátio de manobras; oficinas de
manutenção; usina de britagem; usina de solo; usina de concreto; usina de asfalto;
laboratórios; sistema de abastecimento de água potável; sistema de tratamento e
esgotamento sanitário; sistema de drenagem de águas pluviais; sistema de gestão de
resíduos sólidos; sistemas de comunicação interna e externa; sistemas de sinalização;
estradas de acesso e novos caminhos de serviço; vila de engenheiros e técnicos; vila de
operários; unidade de serviços médicos; restaurante para funcionários da obra; e
banheiros.
INSTALAÇÃO DE ÁREAS OPERACIONAIS, envolvendo jazidas e áreas de empréstimo e áreas
de botafora.
Todas estas ações, embora ainda não realizadas, são localizáveis, dado que constam do
projeto da UHE. Desta forma, mesmo sendo virtuais, dão início à transformação ambiental de
diversas áreas do entorno do empreendimento: proposta de acessibilidade, valorização de
terrenos, alterações do uso e ocupação do solo (algumas de forma desordenada) e atividades
de comércio são alguns exemplos que ocorrem com o anúncio de um grande projeto.
Deve ser considerado, no entanto, que existem dois tipos de ações de transformação que estão
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previstas de serem executadas. O primeiro tipo são as ações de organização do espaço
territorial, de forma a receber as obras, as instalações e os equipamentos que compõem a
infraestrutura necessária ao canteiro de obras. São manejos requeridos para a instalação de
pessoas, das unidades das obras e de suas estruturas complementares. O segundo tipo são
as próprias intervenções de engenharia para a infraestrutura construtiva da UHE. Ambos os
grupos de ações transformam o ambiente.
Observando esse processo é possível concluir o seguinte:
Temos o projeto de um empreendimento, no caso a usina hidrelétrica.
Temos manejos a serem realizados no espaço do canteiro de obras: contratação de
pessoas, disponibilização de máquinas e equipamentos, desmatamentos, limpezas de
terreno, desmontes, terraplenagens, cortes, aterros, áreas de estacionamento, cercas,
abertura de caminhos de serviço.
Temos as obras e montagens da infraestrutura construtiva: escritórios, unidades do
canteiro de obras e áreas operacionais.
Caso o empreendimento final fosse apenas o canteiro de obras, outra forma para enunciar este
mesmo processo é a seguinte:
Dado um empreendimento chamado ‘Canteiro de Obras’ (ao invés de Usina Hidrelétrica),
ele pode ser caracterizado através das unidades de engenharia que o constituem, as quais,
para que possam ser implantadas, demandam que sejam realizadas reorganizações no
seu espaço de implantação.
Resta assim a seguinte questão: – Este enunciado pode ser considerado válido para todo e
qualquer projeto e obra de empreendimentos?
Sem dúvida, é válido e correto para todo e qualquer empreendimento que possua obras de
engenharia ou montagens, que ocupe espaços físicos e que esteja submetido às leis
ambientais vigentes em qualquer país. A Figura 4 expressa graficamente este processo.
Figura 1 – Base da Transformação Ambiental
Empreendimento
Reorganizaçõesdo ambiente
Obras eMontagens
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Antes de prosseguirmos há dois pontos a esclarecer. O primeiro refere-se à contratação e
alocação de pessoas e à disponibilização de máquinas e equipamentos. Pelo processo acima
apresentado, constituem reorganizações antropogênicas realizadas no território, chamadas
por alterações ambientais. Retiram-se pessoas de algum lugar (mercado de mão de obra) e
acomodam-se essas mesmas pessoas em outro lugar (canteiro de obras). O mesmo acontece
com as máquinas e equipamentos. São manejos, organizações, reorganizações de cunho
antropogênico. As pessoas, por exemplo, saem do estado do Ceará e dirigem-se para as obras
em outro estado. As máquinas e equipamentos podem sair de diversos estados e também
seguem para o futuro canteiro de obras. O conceito que se busca estabelecer é de ordem
ambiental, não é de economia, de engenharia, advocacia ou administração. Trata-se de um
conceito ambiental, destinado a explicar a transformação do ambiente.
O segundo ponto refere-se às instalações das áreas operacionais (empréstimo e botafora).
Também se caracterizam como áreas de reorganizações territoriais, na medida em que algo é
delas retirado para as obras ou algo nelas é colocado, por força das obras. Novamente temos
alterações ambientais, físicas e antropogênicas, respectivamente.
Retornando à hidrelétrica. As obras e montagens da infraestrutura construtiva encontram-se
encerradas. Engenheiros, médicos, técnicos e operários já se encontram alocados e prontos
para o trabalho. Máquinas e equipamentos estão testados e operacionais. Com base no
cronograma de obras, é hora de iniciar a construção da UHE propriamente dita. Novas
intervenções de engenharia serão executadas: construção de barragens, montagem de
turbinas principais e auxiliares, construção do vertedouro, tomada d’água, casa de força,
geradores, subestações e implantação de linhas de transmissão.
Todavia, novamente há que ser executada mais um manejo no ambiente para prosseguir com
as obras. Não há como construir a barragem, com o rio permanecendo na mesma posição. Há
que se desviar o rio para prosseguir com a construção da UHE. Canal de desvio do rio ou túnel
de desvio do rio, não importa o que a engenharia decidir, mas algum manejo do rio precisará
ser realizado. Além disso, talvez sejam necessárias outras novas alterações no ambiente, tais
como desmatamentos, desmontes, movimentos de terra, escoramentos, ensecadeiras até que
fique pronto o canal de desvio do rio. Tal como em uma cirurgia, a incisão ambiental é
crescente, mas necessária para a geração de energia.
Uma vez encerradas as obras de construção da UHE, o quadro de transformação ambiental
resultante está expresso pela Figura 2.
Observando a linha 1 encontramos todas as atividades de preparo do terreno, necessárias às
atividades da linha 2, qual seja, as de instalação da infraestrutura construtiva. São alterações
necessárias no ambiente que receberá a hidrelétrica.
Na linha 3 temos as atividades de preparo das áreas operacionais de botaforas e áreas e
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jazidas de empréstimos, cujas instalações demandam basicamente estradas de acesso,
caminhos de serviço, drenagens e cercas. As operações dessas áreas operacionais têm início
com as obras da infraestrutura construtiva (linha 2).
Figura 2 – Processo construtivo (simplificado) de uma hidrelétrica
Na linha 4 temos desmontes, desvio do rio e terraplenagens, cuja realização depende das
atividades da infraestrutura construtiva e da operação das áreas de empréstimos e botaforas.
A linha 5 contém as unidades de engenharia constituintes da UHE em construção. Para que
estas unidades sejam construídas e integradas, todas as linhas anteriores precisam possuir
engenharia, qualidade e controle ambiental.
A linha 6, por fim, é a linha da justa comemoração das equipes contratadas, com máquinas e
equipamentos à parte: fechamento do desvio do rio e usina pronta para entrar em operação.
Observando a mesma figura sob a ótica ambiental, temos todas as atividades e processos que
constituem a transformação ambiental da área de intervenção. Este conhecimento é
fundamental para que a usina hidrelétrica, no caso, ou qualquer tipo de empreendimento,
possa ser devidamente gerenciado do ponto de vista ambiental. E para isso torna-se
necessário estabelecer alguns conceitos ambientais, que exprimam e qualifiquem as mesmas
atividades, através dos impactos ambientais a elas associados.
Embora a Figura 2 represente a transformação ambiental proporcionada pela UHE, nela não
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estão identificadas as possíveis mudanças de comportamento e/ou de funcionalidade dos
fatores ambientais manejados, quais sejam: as mudanças de comportamento do ar, da água,
do solo, da flora, da fauna e do homem. Em outras palavras, não estão identificados os
possíveis fenômenos ambientais, adversos e benéficos, decorrentes da hidrelétrica.
Observando novamente as Figuras 1 e 2, verificamos que há uma sequência lógica e causal
nos quadros da transformação ambiental, qual seja:
Existe o projeto de um empreendimento, explicado por intermédio de suas intervenções da
engenharia sobre o ambiente; que demandam alterações no ambiente para que sejam
construídas e que proporcionam mudanças do comportamento e/ou da funcionalidade dos
fatores ambientais por elas afetados.
Esta sequência pode e deve ser universalizada “para todo e qualquer empreendimento que
possua obras de engenharia, ocupe espaços físicos, ainda que temporariamente, e esteja
submetido às leis ambientais vigentes em qualquer país”. Ficaria com a seguinte sequência:
Todos os empreendimentos, sem exceção,
Podem ser explicados por intermédio de suas intervenções de engenharia sobre o
ambiente. Um empreendimento é conformado por unidades construtivas (temporárias) e
unidades produtivas (permanentes). São denominadas por Intervenções Ambientais;
Estas intervenções, por sua vez, demandam ou induzem reorganizações no ambiente para
que sejam construídas. Essas reorganizações (ou manejos) são denominadas Alterações
Ambientais;
Nesta sequência de eventos, as alterações ambientais podem proporcionar mudanças de
comportamento e/ou da funcionalidade dos fatores ambientais afetados. Como exemplo,
temos a geração de gases provenientes das máquinas e equipamentos, afetando a
qualidade do ar; a geração e destinação de efluentes líquidos, podendo afetar a qualidade
da água de corpos receptores e modificando sua potabilidade. Da mesma forma, seguem
outros ciclos similares, fiscos, bióticos e antropogênicos, mudando o comportamento e a
funcionalidade de diversos fatores ambientais. Os eventos consequentes dos manejos são
denominados por Fenômenos Ambientais.
Desta forma, denominamos genericamente por eventos ambientais os fenômenos, as
alterações, as intervenções e o empreendimento que as determinou, por força das tecnologias
que utiliza. Consideramos que esta é uma forma lógica e racional de visualizar e interpretar a
transformação ambiental de um território, causada por um projeto de engenharia ou por um
empreendimento existente.
Todos os eventos possuem impactos ambientais associados, benéficos e/ou adversos. Por
outro lado, os impactos são transitivos, ou seja, na sequência da transformação ambiental os
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impactos dos fenômenos são transferidos para as alterações que os causaram; os impactos
das alterações transitam para as intervenções realizadas e, por fim, consolidam-se como
impactos do projeto ou do empreendimento.
A Figura 3 apresenta esquematicamente a estrutura do quadro de transformação ambiental
proporcionada por um empreendimento, generalizando todos os conceitos e processos acima
apresentados.
Figura 3 – Representação estruturada da transformação ambiental
1. Conceitos da Transformação Ambiental
Retornamos ao início desta exposição. Afirmamos na análise preliminar que “naturalmente,
cada profissional envolvido nos estudos identifica a transformação ambiental de acordo com
suas premissas de formação. Assim sendo, os impactos ambientais estimados variam, desde
a sua forma de apresentação, até o seu conceito e conteúdo”.
Basta considerarmos seis profissionais com formações acadêmicas distintas: um pedólogo e
suas classificações de solo; um limnólogo e suas análises biológicas da água dos rios; um
biólogo de primatas e seus distintos macaquinhos; um arqueólogo e suas pesquisas e
levantamentos arqueológicos; um advogado abordando as necessidades legais do
empreendimento para demonstrar sua conformidade; e um engenheiro, tradicional gerente de
obras, para quem todas as coisas podem ser construídas de “areia, pedra e brita”.
Em tese, esses seis profissionais conseguem conversar e talvez se entender quando falam da
EMPREENDIMENTO
INTERVENÇÃOAMBIENTAL
ALTERAÇÃOAMBIENTAL
DINÂMICAAMBIENTAL
FENÔMENOAMBIENTAL
i
i
i
i
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transformação ambiental decorrente da UHE, embora cada um a considere de forma
diferenciada e com ênfases certamente distintas.
Os conceitos da transformação ambiental que estão sendo aqui induzidos não afetam a origem
e a formação de cada profissional, muito ao contrário. É essa diversidade que depura o modelo
da Figura 3.
Graças à diversidade de conhecimentos das equipes multidisciplinares, os conceitos são
enriquecidos. O engenheiro oferece a sua fundamental objetividade, chega de histórias da
carochinha; o advogado borda os limites legais da transformação ambiental em curso; o
arqueólogo fornece respeito e atualidade aos antepassados; o primatólogo prova que macacos
e homens são muito parecidos; o limnólogo afirma que desta água nunca beberá; e o pedólogo
põe a equipe com os pés no solo. Mas cada um fazendo a sua parte a partir da mesma visão
da transformação ambiental, com base em um cenário único que haja sido construído pelo
próprio time de que fazem parte.
Agora já é o momento de formalizarmos os conceitos ambientais que foram induzidos.
1.1. Conceito de Empreendimento – E
Um empreendimento (organização) constitui um conjunto dinâmico e integrado de recursos de
diversas naturezas, apoiado em tecnologias apropriadas, decorrentes dos tipos de bens,
produtos e serviços que objetiva oferecer, física e economicamente organizados, a fim de
cumprir um processo produtivo estabelecido.
Os empreendimentos são classificados como eventos ambientais de Classe 1. A todos os
empreendimentos estão associados impactos ambientais adversos e benéficos. Qualquer
empreendimento pode ser ambientalmente explicado através das intervenções de engenharia
que o constituem.
1.2. Conceito de Intervenções Ambientais – INA
As intervenções ambientais constituem obras de engenharia que acarretam a introdução,
concreta ou virtual (quando em projeto), permanente ou temporária, de pelo menos um fator
ambiental em um dado ambiente, através da ação humana, capaz de gerar ou de induzir o
remanejamento de fatores já existentes no ambiente.
As intervenções ambientais são classificadas como eventos ambientais de Classe 2. A elas
também estão associados impactos ambientais adversos e benéficos. As intervenções
permanentes conformam o empreendimento a que pertencem.
As intervenções temporárias constituem a infraestrutura das obras ou montagens que são
necessárias para a construção do empreendimento (escritórios de obras, pátio de
estacionamento, usinas, laboratórios e etc.).
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1.3. Conceito de Alterações Ambientais – ALA
As alterações ambientais consistem nos remanejamentos, induzidos ou espontâneos, de
conjuntos de fatores ambientais da área de influência dos empreendimentos, em decorrência
da introdução de pelo menos uma intervenção ambiental.
As alterações são classificadas como eventos ambientais de Classe 3. A elas também estão
associados impactos ambientais adversos e benéficos. As alterações ambientais podem ser
realizadas através de ações mecânicas, como é o caso dos movimentos de terra e da operação
das áreas de empréstimos. Mas também podem ser respostas espontâneas do ambiente, face
à presença de uma ou mais intervenções ambientais. Um bom exemplo é a alteração ambiental
denominada “Evasão da Fauna”, decorrente da presença humana, da operação de máquinas
e equipamentos e dos consequentes ruídos gerados pelas obras.
Até o nível das intervenções ambientais, o analista visualizou o que estará sendo introduzido
em um determinado ambiente. Mas é através das alterações ambientais que se torna possível
identificar a sequência de fases das transformações que ocorrem ou poderão ocorrer no
ambiente. Todas as alterações ambientais afetam a dinâmica do ambiente em que ocorrem e
podem induzir a manifestação de vários processos benéficos ou adversos, denominados por
fenômenos ambientais (vide Figura 3).
1.4. Conceito de Fenômenos Ambientais – FEN
Os fenômenos ambientais constituem qualquer processo ambiental capaz de transformar o
comportamento e/ou da funcionalidade1 pré-existentes de um ou mais fatores ambientais, em
decorrência de pelo menos uma alteração ambiental realizada.
Os fenômenos ambientais são classificados como eventos ambientais de Classe 4. A um
fenômeno ambiental sempre estará associado ou um impacto benéfico ou um impacto adverso.
Em outras palavras, se por um período de tempo o fenômeno é adverso e, em seguida, ele se
torna ambientalmente benéfico, devemos enquadrá-lo como dois fenômenos distintos no
cenário da transformação do ambiente.
Um fenômeno ambiental pode ser consequência de uma ou mais alterações ambientais.
Quanto maior for o número de alterações ambientais causadoras de um mesmo fenômeno,
maior será a sua capacidade de transformação ambiental, benéfica ou adversa.
1.5. Conceito de Impactos Ambientes
Analisando os conceitos dos eventos ambientais – empreendimentos, intervenções, alterações
e fenômenos ambientais – verifica-se que todos possuem impactos ambientais associados às
suas presenças e manifestações. Conclui-se assim que impacto ambiental não constitui uma
1 Em geral, as mudanças de comportamento envolvem o Homem, a Flora e a Fauna; mudanças de funcionalidade envolvem o Ar, a Água e o Solo. O Anexo 2 contém exemplos de eventos ambientais.
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entidade isolada, mas um atributo de todas as entidades analisadas, ou seja, dos vetores do
processo de transformação ambiental.
Desta maneira, todas as vezes que falarmos de impactos ambientais devemos associá-los a
eventos específicos ou à cadeia de eventos de que participam.
Assim sendo, seguem dois conceitos para impactos ambientais.
1.5.1. Revisão do conceito do CONAMA
Consideram-se impactos ambientais todos os efeitos sensíveis, benéficos ou adversos,
provenientes da presença de vetores da transformação ambiental, antropogênicos ou não, que,
direta ou indiretamente, afetem:
A saúde e a segurança, presente e futura, dos indivíduos e das comunidades de que
participam;
As atividades sociais, econômicas e culturais, ocorrentes e previstas;
A qualidade ambiental, presente e futura, dos recursos e fatores ambientais;
A estabilidade, presente e futura, dos ecossistemas constituídos ou em transição;
As possibilidades de reabilitação de recursos e fatores ambientais nas suas áreas de
ocorrência.
1.5.2. Conceito utilizado em todos os modelos
Consideram-se impactos ambientais os efeitos de qualquer ordem que sejam capazes de
afetar o comportamento e/ou a funcionalidade pré-ocorrentes de pelo menos um fator
ambiental, em decorrência da presença ou da manifestação de agentes transformadores,
antropogênicos ou não.
As mudanças do comportamento e/ou da funcionalidade de um fator ambiental ocorrem em
função das variações de transações de energia, matéria e informação, estabelecidas entre o
fator e o sistema ecológico de que participa, beneficiando-o ou prejudicando-o.
Uma vez conceituados os impactos ambientais, retornamos à Figura 3. Verifica-se que os
fenômenos ambientais possuem o atributo i (impacto), graficamente disposto sobre setas.
Esses impactos afetam a todos os demais eventos e ao próprio ambiente. Eles são irradiados
por toda a cadeia de eventos (transitividade do impacto). Podem afetar ao empreendimento,
às suas intervenções componentes e gerar novas alterações e fenômenos ambientais
secundários.
Os demais eventos da cadeia de transformação possuem conjuntos de impactos benéficos e
adversos associados, representados por I na Figura 4.
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Figura 4 – Conceito da transformação ambiental
A figura representa a visão gráfica completa da cadeia conceitual da transformação ambiental
de um território, proporcionada por um empreendimento durante todas as etapas do seu ciclo
de vida: projeto, obras e operação. O mesmo modelo deve ser utilizado para explicar a
transformação ambiental ocorrente em cada uma destas etapas. Contudo, este processo
destina-se apenas ao projeto do empreendimento, simulando suas obras e operação.
2. Hipótese Global de Situações de Impacto
Na abertura deste capítulo realizamos a seguinte afirmação:
“Ao reunir uma equipe de especialistas ambientais para iniciar o desenvolvimento de qualquer
estudo, verifica-se uma natural ansiedade para identificar os impactos ambientais que poderão
ocorrer na área que pode ser afetada pelo empreendimento. As discussões que realizam são
básicas e definirão a qualidade dos trabalhos, sobretudo das viabilidades ambientais e dos
diagnósticos ambientais que venham a ser realizados. Verifica-se que, naturalmente, cada
profissional envolvido nesses estudos e serviços identifica a transformação do ambiente de
acordo com suas premissas de formação. Assim sendo, os impactos ambientais estimados
variam, desde a sua forma de apresentação, até o seu conceito e conteúdo”.
Este quadro não é um problema. No entanto, pode ser bastante beneficiado com o uso desse
modelo. Os resultados obtidos poderão ser mais integrados e aderentes à realidade: todos os
EMPREENDIMENTO
INTERVENÇÃOAMBIENTAL
ALTERAÇÃOAMBIENTAL
DINÂMICAAMBIENTAL
FENÔMENOAMBIENTAL
i
i
i
1
M
M
N
N
P
P
P
i
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especialistas envolvidos nos trabalhos discutindo (i) o mesmo empreendimento e (ii) o mesmo
processo de transformação ambiental, (iii) para produzir o mesmo cenário, (iv) estruturado
segundo os mesmos conceitos. Por sua vez, os conceitos correspondem à realidade, possuem
estrutura lógica e conformidade perante as normas e legislação vigentes.
A sequência de identificação da mais provável cadeia da transformação ambiental baseia-se
nas identificações constantes na Figura 4. Para operacionalizar esta identificação é desejável
que sejam realizadas reuniões das equipes da engenharia e de especialistas ambientais.
Nestas reuniões, com base no projeto do empreendimento, são discutidos os eventos que
certamente acontecerão e os eventos de ocorrência provável. São também identificadas as
causas e consequências de cada evento.
Utiliza-se para esta finalidade dois instrumentos alternativos. Ambos representam o diagrama
conceitual apresentado na Figura 4.
O primeiro instrumento é a Árvore da Transformação Ambiental, também chamada Árvore de
Eventos Ambientais, a qual possui uma expressão mais representativa da transitividade do
impacto ambiental, embora mais difícil de ser diagramada com os nomes dos eventos
associados. Está representada na Figura 5.
Figura 5 – Árvore da Transformação Ambiental
Neste exemplo específico o projeto do empreendimento é composto por quatro intervenções
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ambientais (INA), das quais decorrem seis alterações ambientais (ALA), as quais, por sua vez,
promovem a manifestação de dez fenômenos ambientais (FEN).
O instrumento alternativo à árvore é estruturado de forma matricial, através de uma matriz de
impactos ambientais, conforme abaixo apresentada parcialmente.
MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS – USINA HIDRELÉTRICA
INTERVENÇÕES AMBIENTAIS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS FENÔMENOS AMBIENTAIS
INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
CANTEIRO DE OBRAS
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação dos níveis de conflitos com comunidades
locais
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
TRANSPORTE DE MÃO DE OBRA
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o
sistema viário
Variação dos níveis de ruído
TRANSPORTE PASSIVO DE VETORES E AGENTES ETIOLÓGICOS
Variação da ocorrência de endemias e zoonoses
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da emissão de
ruídos
Variação da emissão de particulados
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação de risco de acidentes no trabalho
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
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Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de particulados
OPERAÇÃO DE JAZIDAS DE EMPRÉSTIMO
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de ruído
Variação da acessibilidade interlocal
DESMONTES E TRANSPORTE DE MATERIAL
Variação dos níveis de ruído
Variação da emissão de particulados
Variação de risco de acidentes no trabalho
OPERAÇÃO DE BOTAFORAS
Variação dos níveis de ruído
Variação da emissão de
particulados
Variação de risco de acidentes no trabalho
EVASÃO DA FAUNA
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Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra
e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação da ocorrência de acidentes com animais peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação de riscos de
acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
VILA RESIDENCIAL E VILA OPERÁRIA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
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Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de particulados
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação da ocorrência de acidentes com animais
peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação dos riscos de acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM
SANEAMENTO
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
DRENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
HOTEL DE PASSAGEM E RESTAURANTE
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação
tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação dos níveis de conflitos com comunidades locais
Variação dos níveis de
comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade
da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
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Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação da ocorrência de acidentes com animais peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação de risco de
acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
ESTRADAS DE ACESSO E CAMINHOS DE SERVIÇO
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de particulados
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade
da fauna
Variação da competição intra
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e interespecífica
INTERVENÇÕES PRODUTIVAS
BARRAGEM, VERTEDOURO E CASA DE FORÇA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
DESMONTES
Variação dos níveis de ruído
Variação da emissão de particulados
Variação de risco de acidentes no trabalho
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de particulados
FORMAÇÃO DO LAGO
Variação da produção de hidrófitas
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
Variação da qualidade da
água do reservatório
Variação da biodiversidade da ictiofauna
Variação da abundância da ictiofauna
Variação da abundância de aves de ambientes aquáticos
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Variação da abundância de espécies da herpetofauna
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação da ocorrência de acidentes com animais peçonhentos
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA
TRANSFORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Variação da produção de energia elétrica
LINHAS DE TRANSMISSÃO
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E INFORMAÇÃO
Variação do Tráfego de Energia
Variação do Tráfego de Informações
Variação da indução de atividades de comércio e
serviços
Variação da indução do desenvolvimento industrial
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação
tributária
Variação da qualidade de vida das pessoas
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
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Tanto a árvore, quanto a matriz exprimem a primeira hipótese global de impactos ambientais
(HGSI inicial), através da estruturação de todos os elementos que, à primeira vista, compõem
a cadeia de eventos que pode ser promovida pelo empreendimento em sua área de impacto.
Conforme veremos, esta hipótese vai sendo refinada ao longo dos trabalhos de diagnósticos
ambientais. Normalmente, a hipótese final somente será concluída junto com os resultados do
diagnóstico e poderá ser revisada ao longo da vida da organização. É muito provável que ela
seja diferente da primeira hipótese elaborada. Saem os eventos que não se manifestarão -
alterações e fenômenos ambientais - e entram outros que não haviam sido contemplados
inicialmente. Por exemplo, na matriz inicial acima apresentada não existe menção à Formação
de Criadouros de Vetores e ao Transporte Passivo de Vetores. Certamente estas alterações
ambientais deverão ser introduzidas, bem como seus respectivos fenômenos decorrentes.
Revendo a matriz, concluímos que, qualquer empreendimento pode ser composto por N
intervenções ambientais. Uma intervenção poderá gerar ou induzir até M alterações
ambientais. E de forma inversa, uma alteração ambiental pode ser consequência de até N
intervenções. Por fim, uma alteração ambiental pode afetar o comportamento e/ou a
funcionalidade de diversos fatores ambientais, dando origem à manifestação de até P
fenômenos ambientais. E a recíproca é verdadeira, ou seja, um fenômeno pode ser derivado
de até M alterações distintas.
3. Conteúdo do Cenário da Transformação Ambiental
A estrutura de apresentação do cenário da transformação ambiental é a própria matriz de
eventos ambientais acima organizada. Todavia, nela somente estão disponibilizados os títulos
dos eventos. O conteúdo do cenário deve apresentar a caracterização de cada um dos eventos
– empreendimento, intervenções, alterações e fenômenos. Nesta caracterização existem
atributos específicos a serem explicitados.
3.1. Caracterização do empreendimento
Sugere-se que a caracterização do empreendimento seja realizada a partir dos seguintes itens:
Finalidades, produção e mercados atendidos.
Área de localização do empreendimento.
Informações acerca das etapas de projeto, obras, operação e descomissionamento do
empreendimento.
Ameaças e oportunidades ambientais das mesmas etapas.
3.2. Caracterização das intervenções ambientais
Devemos levar em conta que estas caracterizações são feitas por profissionais com diversas
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formações, mas com pelo menos um engenheiro que conheça o empreendimento. Toda a
clareza e simplicidade são fundamentais. Os itens abaixo devem ser observados.
Nome da intervenção ambiental: normalmente todas as intervenções possuem um nome
técnico ou apelido por meio do qual são conhecidas pela engenharia.
Permanência: há intervenções que são temporárias, normalmente construtivas, e que
pertencem ao canteiro de obras e às suas estruturas anexas; outras são permanentes e
compõem o empreendimento. Estas normalmente são suas unidades produtivas.
Finalidade: descreve a finalidade cada intervenção, tanto construtiva quanto produtiva,
apresentando suas dimensões e capacidades operacionais.
Localização na área de intervenção: apresenta a localização de cada intervenção em
plantas baixas do canteiro de obras ou do empreendimento.
Desenho ou documentação fotográfica: apresenta documentação fotográfica acerca de
cada intervenção, especialmente para as referidas ao canteiro de obras (opcional).
Lista das alterações ambientais derivadas: Discrimina as alterações ambientais
causadas por cada intervenção e explica de forma sumária o processo de causação.
No documento de caracterização das intervenções é razoável estabelecer uma ordem para
suas descrições. Sugerimos que primeiro sejam apresentadas as intervenções construtivas,
depois as intervenções produtivas.
3.3. Caracterização das alterações ambientais
As alterações ambientais já começam a afetar a dinâmica da área de intervenção e no restante
da área de influência, dado que constituem manejos ou reorganização dos fatores ambientais
existentes.
Muito embora algumas alterações possam ser consideradas obras da engenharia, dado que
são realizadas por engenheiros, técnicos e operários, com máquinas e equipamentos em
operação, após a sua realização verifica-se que nenhum fator ambiental antropogênico foi
introduzido no ambiente. Houve apenas a reacomodação ou o remanejamento dos fatores
ambientais já existentes2. Vamos à sua caracterização.
Nome da alteração ambiental: o nome de cada alteração é dado pelo consultor. No
entanto, ele deve ser factual. Há muitos nomes de alterações ambientais já consagrados
no mercado. Além da matriz de impactos acima, encontram-se no Anexo 2 exemplos de
2 Alguns exemplos para esclarecimento do leitor: movimentos de terra, desmontes, operação de jazidas, operação de botaforas, desmatamentos, geração de gases, geração de efluentes líquidos, evasão da fauna, atração da fauna, são eventos considerados pelo presente modelo como alterações ambientais.
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alterações ambientais com nomes utilizados por usuários do presente modelo.
Descrição da alteração ambiental: descreve o processo de realização de cada alteração
ambiental, demonstrando suas causas, como função de intervenções do empreendimento
em estudo.
Localização: apresenta a localização prevista de cada alteração na área de influência em
planta baixa.
Início previsto de sua realização: considerando a cronologia prevista de obras, com o
início das obras de cada intervenção, é possível estimar a data (mês/ano) prevista para o
início da realização ou manifestação de cada alteração. Vale lembrar que normalmente
ocorrem alterações que independem do empreendimento sob estudo. Nestes casos,
também devem ser consideradas, mas seu futuro início previsto não existe, dado que já se
encontram em andamento.
Permanência: as alterações ambientais também podem ser permanentes ou temporárias.
Especialmente as alterações de ordem física, tais como movimentos de terra e desmontes,
são permanentes. Cada alteração deve ser classificada desta forma. Caso seja uma
alteração temporária, deve ser prevista a duração de sua presença na área de influência,
caso nenhuma medida seja realizada para tratá-la.
Documentação fotográfica: apresenta alguma documentação fotográfica acerca de cada
alteração (opcional).
Lista das alterações ambientais associadas: Discrimina as alterações ambientais
associadas a cada alteração e explica, de forma sumária, os motivos da associação.
Lista dos fenômenos ambientais derivados: Discrimina os fenômenos ambientais
causados por cada alteração e explica, de forma sumária, os motivos de causação.
3.4. Caracterização dos fenômenos ambientais
Os fenômenos ambientais representam a própria mudança da dinâmica ambiental da área de
influência, dado que constituem transformações de comportamento e/ou funcionalidade de
fatores ambientais existentes. Para caracterizar os fenômenos consideram-se os itens abaixo.
Nome do fenômeno ambiental: o nome de cada fenômeno é dado pelo consultor. Ele
sempre deve representar variações dinâmicas do ambiente. Há nomes de fenômenos
ambientais já consagrados no mercado. No Anexo 2 há diversos exemplos de nomes para
fenômenos ambientais utilizados por usuários do presente modelo.
Descrição do fenômeno ambiental: descreve o processo de manifestação de cada
fenômeno ambiental, demonstrando suas causas em função de alterações ambientais do
empreendimento em estudo.
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Áreas de manifestação na área de influência: apresenta, em planta baixa ou imagem
orbital, a localização estimada das manifestações de cada fenômeno na área de influência3.
Início previsto de suas manifestações: considerando as estimativas previstas para o
início da realização de cada alteração é possível estimar o início das manifestações dos
fenômenos delas derivados. Vale lembrar que podem ocorrer fenômenos ambientais que
já se manifestam, independentes da presença do empreendimento em estudo. Nestes
casos, também devem ser considerados, mas seu início previsto não existe, dado que já
se encontram em andamento.
Duração prevista de suas manifestações: considerando as alterações geradoras de
cada fenômeno ambiental é possível estimar o tempo de manifestação de cada fenômeno
delas derivados, admitindo, a princípio, que nenhuma medida será realizada para otimizar
seus impactos.
Documentação fotográfica: apresenta alguma documentação fotográfica acerca de cada
fenômeno (opcional).
Lista de fenômenos ambientais associados: Discrimina os fenômenos ambientais
associados a cada fenômeno e justifica, de forma sumária, os processos de associação.
Observando a nomenclatura utilizada para a denominação dos eventos, verificamos que as
intervenções representam obras de engenharia, as alterações representam ações de manejo
e os fenômenos representam processos variáveis. Por este motivo fica evidente que o nome
de um fenômeno não deve indicar a priori se o impacto a ele associado é benéfico ou adverso.
Assim sendo, todos os fenômenos representam a variação de algum processo ambiental, de
cunho físico, biótico e antropogênico (Variação da ocorrência de processos erosivos, Variação
da abundância da flora e Variação da arrecadação tributária, são alguns exemplos).
3.5. Considerações
Com base nestas informações, todo o cenário da transformação ambiental proporcionada por
um empreendimento em sua área de influência estará concluído. Em sua primeira versão,
servirá como elemento fundamental para suporte às atividades de diagnóstico, durante as
quais este cenário estará sendo atualizado, ganhando mais aderência à realidade da área
diagnosticada.
Uma vez concluído, ao fim dos trabalhos de diagnóstico, será a própria expressão do
prognóstico ambiental para o comportamento da área de influência, face à presença do
empreendimento.
3 Uma boa forma de apresentar as áreas de manifestação de todos os fenômenos é elaborar uma planta baixa da área de influência e lançar todas as áreas estimadas de ocorrência dos eventos de Classe 4. Será de grande utilidade na análise dos fenômenos que poderão ocorrer simultaneamente.
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Por fim, como instrumento que explica a provável dinâmica ambiental de um território em
transformação, este cenário torna-se peça chave para a elaboração dos planos de gestão
ambiental de empreendimentos, chamados de Planos Corporativos Ambientais.
Estrutura do modelo
Todos os modelos apresentados nos seis volumes da A Arte da Sustentabilidade devem ser
ajustados por seus usuários, em acordo com a disponibilidade das informações de interesse.
Segue a estrutura do modelo destinado à modelagem da transformação ambiental e à
produção de matrizes de impacto ambiental.
1. Nome da organização beneficiada
<Nome do projeto ou da organização para a qual se destina a operação>.
1.1. Finalidade, produção e mercado atendido
<Interface de texto livre apresentando as finalidades do empreendimento, seus produtos, sua produção anual e os mercados a que atende ou tenciona atender>.
1.2. Localização da planta
<Interface contendo dois arquivos para visualização: (i) layout geral do empreendimento; (ii) localização geográfica da planta na área de influência,
identificando estados, cidades, distritos e povoados lindeiros>.
Caracterização do empreendimento
2. Informações de caracterização
Unidades componentes
<Interface contendo a descrição das unidades permanentes e temporárias constituintes do empreendimento, com desenho e/ou documentação visual (fotografia ou vídeo)>.
Localização das unidades
<Interface contendo arquivo para visualização, com a localização geográfica das unidades em desenho, com base no desenho do layout geral
apresentado>.
Cronologia das obras
<Interface apresentando o cronograma previsto das obras as serem realizadas>.
Canteiro de obras
<Interface contendo a caracterização do canteiro de obras, sua localização, unidades constituintes e desenho do canteiro vinculado ao layout geral do
empreendimento>.
Sistemas de melhoria do desempenho ambiental
<Interface contendo a discriminação e caracterização dos sistemas de melhoria do desempenho ambiental previstos, associados ao
empreendimento>.
Máquina e equipamento
<Interface contendo a discriminação e caracterização das máquinas,
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equipamentos e sistemas (inclusive, sendo o caso, usinas de concreto e asfalto, centrais de britagem, usinas de solos e outros) necessários à
consecução das obras>.
Mão de obra
<Interface contendo o cronograma previsto de alocação de mão de obra, por nível de formação e locação, se em escritório ou no campo (canteiro de
obras, escritórios de gestão das obras e nas vilas residencial e operária)>.
Vila
<Interface contendo a caracterização das vilas residencial e operária, com quantitativos das unidades constituintes. Destacar em arquivo anexado para
visualização>.
Estrada e acesso
<Interface contendo a caracterização das estradas de acesso e caminhos de serviço. Destacar em arquivo anexado para visualização>.
Desmatamento e limpeza de terreno
<Interface contendo a caracterização das necessidades de desmatamento, com identificação dos tipos de vegetação e locação das áreas a serem
desmatadas. Destacar em arquivo anexado para visualização>.
Movimento de terra e desmonte
<Interface contendo a caracterização das necessidades de corte e aterro e de desmontes, com identificação expedita do solo. Destacar em arquivo
anexado para visualização>.
Interferência
<Interface contendo a caracterização de possíveis interferências com infraestrutura existente e/ou projetada, com quantitativos. Destacar em
arquivo anexado para visualização>.
Insumo construtivo
<Interface contendo estimativas de insumos construtivos (areia, pedra, brita, madeira etc.), bem como identificação, quantidades estimadas, estados
fornecedores, fornecedores mais prováveis e possíveis meios de transporte>.
Empréstimo
<Interface contendo a caracterização e localização de jazidas e áreas de empréstimo ou definição das jazidas e áreas mais prováveis de serem utilizadas, com locação em desenho específico e distância do canteiro de
obras>.
Botafora
<Interface contendo a caracterização e localização das áreas de botafora ou definição das áreas mais prováveis de serem utilizadas, com locação em
desenho específico e distância do canteiro de obras>.
Resíduo sólido
<Interface contendo estimativas da geração de resíduos sólidos, fontes da geração, classificação do resíduo, geração média diária, tipo de acondicionamento e armazenagem local, tipo de tratamento local, coleta e
transporte do resíduo gerado, tratamento e destinação>.
Efluente líquido
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<Interface contendo estimativas da geração de efluentes líquidos, fontes da geração, classificação do efluente, geração média diária, tipo de acondicionamento e armazenagem local, tipo de tratamento local, coleta e
transporte do efluente gerado, tratamento e destinação>.
Efluente gasoso
<Interface contendo estimativas da geração de efluentes gasosos, fontes da geração, classificação do efluente, geração média diária, tipo de tratamento e
destinação>.
2.1. Ameaças e oportunidades ambientais
Ameaças potenciais
<Interface contendo a discriminação e caracterização das ameaças ambientais potenciais>.
Oportunidades potenciais
<Interface contendo a discriminação e caracterização das oportunidades ambientais potenciais>.
Processo de cenarização da transformação ambiental
3. Data de início
<Interface contendo a data de início da cenarização da transformação ambiental, em dd/mm/aaaa>.
3.1. Gerencia responsável
<Interface contendo o nome completo do gerente responsável pelos trabalhos, telefone comercial fixo, celular e e-mail para contato>.
3.2. Equipe técnica
<Interface contendo nomes completos dos membros da equipe técnica, formação, função nos estudos, telefone comercial fixo, celular e e-mail para contato>.
4. Intervenções ambientais
4.1. Nome da intervenção ambiental
<Interface contendo o nome técnico ou apelido da intervenção ambiental>.
4.2. Finalidade
<Interface contendo as finalidades da intervenção no processo construtivo ou produtivo>.
4.3. Localização na área de influência
<Interface contendo arquivo para visualização contendo a localização geográfica da intervenção>.
4.4. Duração
<Interface para seleção se a intervenção é permanente ou temporária>.
4.5. Planta e/ou documentação fotográfica
<Interface contendo arquivo para visualização contendo a planta e/ou documentação fotográfica da intervenção>.
4.6. Lista das alterações ambientais derivadas
<Interface contendo listagem das alterações ambientais derivadas da intervenção>.
4.6. Nova intervenção ambiental
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<Retorna ao campo 4 para introduzir uma nova intervenção>.
5. Alterações ambientais
5.1. Nome da alteração ambiental
<Interface contendo o nome técnico ou apelido da alteração ambiental>.
5.2. Caracterização da alteração ambiental
<Interface contendo a caracterização ambiental da alteração, ou seja, as formas com que ela se manifesta ou deverá se manifestar>.
5.3. Causas
<Interface contendo outros empreendimentos colocalizados, intervenções ambientais e outras alterações ambientais que causam a alteração>.
5.4. Localização na área de influência
<Interface contendo arquivo para visualização contendo as áreas de manifestação,
previstas e realizadas, da alteração ambiental>.
5.5. Início de suas manifestações
<Interface contendo a declaração das datas mm/aaaa de manifestação, previstas e
realizadas>.
5.6. Duração de suas manifestações
<Interface contendo a declaração da duração, prevista e realizada, das manifestações da alteração ambiental>.
5.7. Documentação fotográfica
<Interface contendo arquivo para visualização contendo documentação fotográfica das manifestações efetivas da alteração>.
5.8. Lista das intervenções geradoras
<Interface contendo a listagem das intervenções ambientais geradoras da alteração>.
5.9. Lista das alterações ambientais associadas
<Interface contendo a listagem de eventuais alterações ambientais associadas, indicando se são causas ou consequências>.
5.10. Lista dos fenômenos ambientais derivados
<Interface contendo a listagem dos fenômenos ambientais derivados da alteração>.
5.11. Nova alteração ambiental
<Retorna ao campo 5 para introduzir uma nova alteração>.
6. Fenômenos ambientais
6.1. Nome do fenômeno ambiental
<Interface contendo o nome técnico ou apelido do fenômeno ambiental>.
6.2. Caracterização do fenômeno ambiental
<Interface contendo a caracterização ambiental do fenômeno, ou seja, as formas com que ele se manifesta ou deverá se manifestar>.
6.3. Causas
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<Interface contendo outros empreendimentos colocalizados, alterações ambientais e outros fenômenos ambientais que causam o fenômeno analisado>.
6.4. Áreas de manifestação na área de influência
<Interface contendo arquivo para visualização contendo as áreas de manifestação, previstas e realizadas, do fenômeno ambiental>.
6.5. Início de suas manifestações
<Interface contendo a declaração das datas mm/aaaa de manifestação, previstas e realizadas>.
6.6. Duração de suas manifestações
<Interface contendo a declaração da duração, prevista e realizada, das manifestações do fenômeno ambiental>.
6.7. Documentação fotográfica
<Interface contendo arquivo para visualização contendo documentação fotográfica das manifestações efetivas do fenômeno>.
6.8. Lista das alterações ambientais geradoras
<Interface contendo a listagem das alterações ambientais geradoras do fenômeno>.
6.9. Lista dos fenômenos ambientais associados
<Interface contendo a listagem de eventuais fenômenos ambientais associados, indicando se são causas ou consequências>.
6.10. Novo fenômeno ambiental
<Retorna ao campo 6 para introduzir um novo fenômeno ambiental>.
Formulação do cenário
7. Matriz de impactos ambientais
<Interface para a elaboração da matriz de impactos ambientais relativa ao
empreendimento>.
8. Data de fim
<Interface contendo a data de fim da cenarização da transformação ambiental, em dd/mm/aaaa>.
É importante observar que as informações requeridas para a cenarização completa da
transformação da área de influência certamente não estarão disponíveis no primeiro momento,
especialmente para o caso de grandes empreendimentos. Os analistas envolvidos devem ir
introduzindo novas informações à medida em que se tornarem disponíveis. Para processos de
licenciamento ambiental o modelo acima deverá ser simplificado em conformidade com os
termos de referência dos estudos de impacto. Contudo, para processos de gestão ambiental e
da sustentabilidade as informações solicitadas pelo modelo devem ser buscadas.
Exercício
Utilizando os conceitos apresentados neste capítulo elabore a primeira Hipótese Global de
Situações de Impacto do projeto de uma rodovia com trecho de 120 km, interligando as
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cidades de Amaro e Mendes, situadas na região sudeste, com duas pistas pavimentadas
de duas faixas de rolamento.
Descreva e justifique cada um dos eventos ambientais identificados.
Utilize o diagrama do empreendimento apresentado após o texto do exercício.
As informações básicas para o trecho da rodovia Amaro-Mendes a ser implantado são as
seguintes:
O projeto executivo do trecho encontra-se finalizado e o prazo estimado para as obras
é de 2 anos.
O trecho terá quatro pontes sobre rios, sendo duas situadas no Município de Amaro e
duas no Município de Mendes, todas com cerca de 400 metros. A região apresenta
elevada precipitação pluviométrica.
O trecho possuirá um túnel de 2.300 m, cavado em rocha granítica, próximo à cidade
de Mendes, a cerca de 1 km.
A principal finalidade do trecho rodoviário é o escoamento da produção agropecuária
do Município de Amaro para o mercado de Mendes, através de transporte rodoviário,
melhorando as condições da estrada existente, que possui uma pista de terra, de mão
dupla, e liga as duas cidades a cerca de 20 anos.
O projeto geométrico da nova rodovia prevê ajustes na diretriz da estrada existente,
amenizando a geometria de algumas curvas onde a estrada atual atravessa uma
reserva florestal estadual, situada a cerca de 5 km da cidade de Mendes.
A vegetação da reserva é predominantemente de Mata Atlântica e possui fauna
abundante e diversificada, incluindo, roedores, serpentes, macacos, aves e pequenos
felinos, dentre outros.
A reserva possui 30 km de extensão ao longo das margens da estrada existente.
Ao longo da reserva o projeto definiu a implantação de 30 passagens subterrâneas
para animais silvestres e tela de proteção em ambos os lados.
O projeto prevê acostamentos de 50 metros de largura e canteiro de areia com 3 m de
largura entre as pistas. O canteiro será aberto sobre todas as passagens subterrâneas
para animais silvestres, de forma a permitir sua iluminação solar.
O projeto prevê acessos e saídas transversais subterrâneas a todas as propriedades
rurais produtivas, totalizando 20 acessos e saídas transversais.
Ao longo do trecho serão implantados dois postos de combustível, quatro sistemas de
atendimento ao usuário (SAU), dois postos de pesagem de veículos (PPV) e dois
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postos da Polícia Rodoviária Estadual.
Haverá desapropriação de partes de propriedades rurais produtivas.
As obras serão financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, com
contrapartida da agência estadual de transporte.
A nova rodovia será administrada, através de contrato estadual de concessão, por
empresa privada de propriedade dos produtores rurais existentes no trecho.
A rodovia terá duas praças de pedágio, uma na saída de cada cidade, apenas para
veículos que não sejam de moradores ou proprietários no eixo da rodovia. Veículos
para transporte de cargas agropecuárias de produtores rurais locais, bem como seus
veículos particulares, não pagam pedágio.
O Município de Amaro possui 32.000 habitantes. O Município de Mendes possui
225.000 habitantes.
A Figura 9 a seguir apresenta o diagrama da rodovia, a ser utilizado para todos os exercícios
constantes dos seis volumes da coleção de A Arte da Sustentabilidade.
Figura 6 – Diagrama para o exercício
Amaro
Mendes
Diagrama da RodoviaTrecho Amaro-Mendes120 km de extensão
Praça de Pedágio
Atendimento
Pesagem
Tunel
Área de Reserva
Ponte
Divisão municipal
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Sugerimos aos leitores que, ao realizarem este exercício, criem dados e informações
complementares de ordem ambiental (físicas, bióticas e antropogênicas) para basear suas
soluções. Essas novas informações poderão ser utilizadas nos demais exercícios, devendo
ser ajustadas sempre que necessário.
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ANEXO 1 – EMPREENDIMENTOS TRABALHADOS PELO MAGIA
Dentre os principais empreendimentos e serviços já desenvolvidos se destacam os seguintes,
em ordem alfabética:
Aeroporto.
Aquisição de dados sísmicos off-shore.
Autódromo Internacional.
Centrais de Tratamento de Resíduos Sólidos.
Centro Espacial.
Copa do Mundo.
Dragagem marítima.
Educação ambiental regional.
Emissário Submarino.
Empreendimentos turísticos.
Entidades de formação profissional (graduação, mestrado, pós-graduação e MBA).
Estaleiro.
Gestão de áreas de proteção ambiental.
Grandes obras civis territorialmente distribuídas.
Indústria agropecuária.
Indústria farmacêutica.
Informática aplicada ao setor da gestão ambiental.
Irrigação.
Jogos Olímpicos.
Linhas de Transmissão.
Mineração.
Modais regionais de transporte.
Obras de mobilidade urbana – BRT, VLT, Vias de Integração de Modais, Corredores de
Transporte, Terminais rodoviários, Monotrilho, Projetos de reurbanização e etc.
Parques eólicos.
Polo Cloroquímico.
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Porto.
Refinaria de petróleo.
Rodovias.
Sistemas de saneamento básico.
Sistemas de saneamento e reabilitação regional.
Treinamento ambiental municipal.
Trem de Alta Velocidade.
Viabilidade Ambiental de projetos urbanos.
Zoneamento ambiental municipal.
Zoneamento ambiental regional.
É provável que outras naturezas de empreendimentos hajam sido trabalhadas com o uso dos
modelos primitivos do modelo MAGIA. No entanto, são estes os empreendimentos que temos
certeza, pois foram trabalhos realizados pelo autor e por profissionais que os declaram em
seus portfólios de serviço.
É importante observar que os 24 (vinte e quatro) modelos ambientais apresentados são
adaptáveis a empreendimentos, processos e atividades de variadas naturezas. Constituem
um conjunto integrado de modelos que compõem uma metodologia. Após sua
complementação e revisão, hoje constituem uma teoria ambiental para o planejamento e a
gestão da sustentabilidade.
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ANEXO 2 – EXEMPLOS DE EVENTOS AMBIENTAIS
Introdução
Existem no Brasil entre 5.000 e 8.000 pessoas que receberam treinamento para o uso dos
modelos primitivos do MAGIA, tanto através de cursos universitários de graduação, pós-
graduação e mestrado, quanto de cursos intensivos.
Sempre observamos que todos os participantes dos cursos superaram as dificuldades iniciais
para identificar e classificar os eventos da transformação ambiental, especialmente as
alterações e fenômenos ambientais. Por esse motivo criamos este anexo, como complemento
aos exemplos já apresentados em todos os volumes.
INTERVENÇÕES AMBIENTAIS – INA
Uma intervenção ambiental é uma obra de engenharia ou um equipamento que acarreta a
introdução concreta ou virtual (quando em projeto), permanente ou temporária, de pelo menos
um fator ambiental antropogênico no ambiente, capaz de gerar ou de induzir o remanejamento
de fatores ambientais já existentes no ambiente. Um conjunto de intervenções ambientais
conforma um empreendimento.
As tabelas abaixo, referidas a empreendimentos de diversas naturezas, apresentam as
intervenções ambientais e suas classificações, ou seja, se são intervenções permanentes (P)
ou temporárias (T).
O primeiro exemplo de empreendimento é o de uma rodovia, com dois trechos de 150 km,
cada um. Em função do prazo das obras definidos pelo contrato, a empreiteira decidiu montar
duas equipes para atuarem simultaneamente, com uma única gerencia central das obras e
algumas facilidades comuns aos dois trechos.
RODOVIA
T Canteiro de Obras 01 (escritório, almoxarifado, oficina, pátio de manobras, área de estacionamento, restaurante e etc.)
T Vila residencial
T Escritório da Gerencia Central das Obras
T Vila Operária 01
T Sistema de Esgotamento Sanitário 01
T Sistema de Abastecimento de Água 01
T Usina de Asfalto
T Usina de Concreto
T Central de Britagem
T Usina de Solos
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T Caminhos de Serviço 01, 02 e 03
T Caminhos de Serviço 04 e 05
P Pista de Rolamento 01
P Ponte 01
P Ponte 02
P Túnel 01
P Obras de arte correntes 01
P PPV 01 – Posto de Pesagem de Veículos
P SAU 01 – Sistema de Atendimento ao Usuário
P Praça de Pedágio
P Escritório da Praça de Pedágio
P Posto da Polícia Rodoviária (Estadual ou Federal)
T Canteiro de Obras 02 (escritório, laboratórios de solos, concreto e asfalto, almoxarifado, oficina, pátio de manobras, área de estacionamento, restaurante e etc)
T Vila Operária 02
T Sistema de Esgotamento Sanitário 02
T Sistema de Abastecimento de Água 02
T Caminhos de Serviço 06 e 07
T Caminhos de Serviço 08 e 09
P Pista de Rolamento 02
P Ponte 03
P Túnel 02
P Obras de arte correntes 02
P PPV 02 – Posto de Pesagem de Veículos
P SAU 02 – Sistema de Atendimento ao Usuário
Como podemos observar, as intervenções devem ser identificadas tantas vezes quanto
ocorrerem, ou seja, se temos nove caminhos de serviço, teremos 9 intervenções com o
mesmo nome, que poderão ser tratadas uma a uma ou em grupos, dependendo das
condições das áreas em que venham a ser construídas.
O segundo exemplo refere-se a um aproveitamento hidrelétrico, para geração de 500 MW.
APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO
T Canteiro de Obras (escritório, laboratórios de solo, concreto e asfalto, almoxarifado, oficina, pátio de manobras, área de estacionamento, restaurante e etc.)
T/P Vila residencial
T Escritório da Gerencia das Obras
T Vila Operária
T/P Vila Livre
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T Sistema de Esgotamento Sanitário
T Sistema de Abastecimento de Água
T Usina de Asfalto
T Usina de Concreto
T Central de Britagem
T Caminhos de Serviço 01 e 02
T Caminhos de Serviço 03, 04 e 05
P Estrada de Acesso 01
P Estradas de Acesso 02, 03 e 04
T Canal de Desvio do rio
P Barragem
P Vertedouro
P Casa de Máquinas
P Subestação de Energia
P Linhas de Transmissão
O terceiro e último exemplo se refere ao projeto de um aeroporto. Trata-se de um aeródromo
internacional, com 3 pistas de pouso e decolagem e demais facilidades normalmente
existentes nestes empreendimentos.
AEROPORTO INTERNACIONAL
T Canteiro de Obras (escritório, laboratórios de solo, concreto e asfalto, almoxarifado, oficina, pátio de manobras, área de estacionamento, restaurante e
etc.)
T/P Vila residencial
T Escritório da Gerencia das Obras
T Vila Operária
T/P Vila Livre
T Sistema de Esgotamento Sanitário
T Sistema de Abastecimento de Água
T Usina de Asfalto
T Usina de Concreto
T Usina de Britagem
T Caminhos de Serviço 01, 02 e 03
P Pistas de pouso e decolagem 01, 02 e 03
P Torre de Controle
P Terminal de Passageiros 01
P Terminal de Passageiros 02
P Hangar
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P Hangares de Companhias Aéreas
P Fingers, de 01 a 12
P Sistema de Tratamento de Esgotos
P Sistema de Abastecimento de Água
P Sistema de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos
P Sistema Separador de Óleo e Água
P Sistema de Drenagem Superficial
P Subestação de Energia
P Gerador de Emergência
P Tanques de Combustível e Óleo
P Estacionamento Externo 01
P Estacionamento Externo 02
P Estrada de Acesso 01
P Estrada de Acesso 02
Recomendamos aos leitores que proponham outros exemplos de intervenções para
empreendimentos distintos dos aqui apresentados. É desejável que seja formado um grupo
multidisciplinar para realizar este trabalho.
ALTERAÇÕES AMBIENTAIS – ALA
Uma alteração ambiental consiste no remanejamento, espontâneo ou induzido, de conjuntos
de fatores e recursos ambientais ocorrentes na área de impacto da organização, em
decorrência da introdução de pelo menos uma intervenção ambiental.
Exemplos: considerando a mesma rodovia, algumas de suas alterações ambientais seriam:
desmatamento, evasão da fauna, corte e aterro, desmontes, botaforas, jazidas de
empréstimos, oferta de acessibilidade, dentre outras.
Algumas alterações são consideradas obras de engenharia e talvez o sejam, do ponto de vista
da engenharia. Terraplenagem é um bom exemplo.
Mas, segundo a ótica ambiental a terraplenagem deve ser vista como um manejo mecânico
do solo, de sorte a preparar uma área para receber determinadas intervenções ambientais.
Da mesma forma, podem ser entendidas como fenômenos ambientais.
Desmatamento é outro exemplo, que segundo a ótica ambiental é uma forma de manejo
mecânico da vegetação. Com os exemplos a seguir apresentados o entendimento será
facilitado.
A forma mais adequada de apresentar as alterações é através dos espaços ambientais a que
pertencem: Alterações do Espaço Físico, do Espaço Biótico e do Espaço Antropogênico.
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ALTERAÇÕES AMBIENTAIS
Espaço Físico Espaço Biótico Espaço Antropogênico
Alagamento de áreas Atração de espécies de hábitos peridomiciliares
Assentamento populacional
Alteração do microclima Desmatamento Desmobilização do canteiro
Aterro Reflorestamento Geração de energia
Aterro hidráulico Evasão da Fauna Geração de ruídos
Corte Queimada da vegetação Geração e destinação de efluentes líquidos
Corte e Aterro Reabilitação de áreas degradadas
Geração e destinação de resíduos sólidos
Desmontes (com explosivos
ou com máquinas)
Redução das áreas de
dessedentação
Geração e emissão de
efluentes gasosos
Elevação do lençol freático Redução das áreas de reprodução da fauna
Oferta de empregos
Exploração de áreas de empréstimo
Redução do espaço domiciliar da fauna
Oferta de equipamento rodoviário
Exploração de jazidas de empréstimo
Redução de habitats preferenciais
Oferta de infraestrutura
Formação de reservatório Alteração de corredores da fauna
Organização do espaço produtivo
Operação de Botafora Transporte passivo de vetores e agentes etiológicos
Transporte de máquinas e
equipamentos
Oscilação dos níveis das
águas do reservatório
Transporte passivo de
vetores
Transporte de insumos
construtivos
Transporte de sedimentos Evasão da Fauna Marinha Transporte de operários
Terraplenagem - Transporte de insumos produtivos
Geração de particulados - Indução de processos migratórios
Da mesma forma que nos exemplos das intervenções, convidamos os leitores para realizar
outros exemplos, dedicados às alterações ambientais, desde que incrementem as aqui
apresentadas.
FENÔMENOS AMBIENTAIS – FEA
Um fenômeno ambiental consiste na transformação do comportamento e/ou da funcionalidade
pré-existentes de um ou mais fatores ambientais, em decorrência de pelo menos uma
alteração ambiental. Por exemplo: variação de processos erosivos, variação de processos de
colmatação, variação da abundância da fauna e variação do valor de imóveis, dentre outros.
Na prática, muitas vezes pode acontecer que a equipe tenha dúvida se um evento deve ser
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classificado como ALA ou como FEA, ou seja, se é um manejo ou uma mudança de
comportamento e/ou de funcionalidade de um fator ambiental. O “assoreamento de um corpo
hídrico” é um bom exemplo. A questão é a seguinte: o assoreamento constitui deposição de
sedimentos ou ele é o efeito (fenômeno) derivado desta mesma alteração?
Algumas regras práticas podem ser estabelecidas para facilitar esta classificação. Senão
vejamos:
Há algum fenômeno derivado do evento que se deseja classificar? Se houver, é possível
que ele seja uma ALA. No caso do assoreamento há um evento derivado: variação da
navegabilidade do corpo d’água. Mas isto ainda não é suficiente.
Não há nenhum evento expressivo decorrente do evento e ele é derivado de pelo menos
uma ALA. Então, provavelmente é um fenômeno.
O evento apresenta as características que conceituam uma ALA e as características que
conceituam um FEA. Por exemplo, a “Indução de Processos Migratórios”, que é um evento
ocasionado pela percepção de melhores condições de vida. Esse evento tanto pode ser
um manejo induzido do fator Homem, como pode ser explicado como uma mudança de
seu comportamento. Nestes casos, costumamos conferir o nível mais alto ao evento, ou
seja, o de alteração ambiental.
O mais importante para a classificação dos eventos é a sua consistência. Assumir o processo
de assoreamento como ALA ou FEA deverá apresentar distintas análises, correspondentes à
classificação. Deve ficar, portanto, a critério da equipe de analistas.
Um fato que consideramos relevante é como devemos denominar os FEA. Sempre que
possível, utilizando o termo “variação de” para enunciar o nome destes eventos. Isto porque,
a priori, não sabemos se o evento está melhorando ou piorando seus efeitos no ambiente.
Os exemplos que se seguem auxiliam na compreensão dos fenômenos.
FENÔMENOS AMBIENTAIS
Espaço Físico Espaço Biótico Espaço Antropogênico
Variação de processos
erosivos
Variação da diversidade das
espécies da flora
Variação da acessibilidade
interlocal e inter-regional
Variação de processos de assoreamento
Variação da abundância das espécies da fauna
Variação da incidência de doenças de veiculação
hídrica
Variação da qualidade físico-química da água
Variação da diversidade das espécies da fauna
Variação da incidência de doenças infectocontagiosas
Variação da ocorrência de deslizamentos
Variação da qualidade limnológica da água
Variação da ocorrência de doenças de contaminação
hídrica
Variação de processos de Variação da abundância das Variação da oferta de
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voçorocamento espécies da flora emprego
Variação de processos de lixiviação do solo
Variação da abundância de espécies reofílicas
Variação da oferta de energia
Variação da estabilidade das encostas
Variação da abundância de espécies forrageiras
Variação da oferta de serviços sociais básicos
Variação da estabilidade das margens do reservatório
Variação da produção de hidrófitas
Variação da pressão sobre a infraestrutura rodoviária
Variação dos níveis de ruído Variação da ocorrência dos processos de fotossíntese
Variação da pressão sobre serviços de educação
Variação da qualidade do ar Variação da mortandade de
peixes
Variação da pressão sobre
serviços hospitalares
Variação da ocorrência de desmoronamentos
Variação da competição intra e interespecífica
Variação da produção pesqueira artesanal
Variação da estabilidade de taludes
Variação de habitats preferenciais
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de radiação e calor
Variação da presença de espécies peridomiciliares
Variação do risco de acidentes rodoviários
Mais uma vez, convidamos aos leitores para debater e classificar outros eventos. É melhor
que seja realizado um trabalho de grupo, sempre considerando a presença de consultores e
especialistas nas áreas técnicas e científicas a serem discutidas.
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ANEXO 3 – EXEMPLOS DE MATRIZES DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Introdução
Neste anexo encontram-se 4 (quatro) exemplos de matrizes de impactos ambientais, para
empreendimentos hipotéticos: aeroporto, rodovia, parque eólico e usina hidrelétrica.
As matrizes apresentadas constituem a estrutura das HGSI em suas primeiras versões, com
base em poucas informações acerca do local de suas obras e dos empreendimentos a que
se referem.
1. Elaborando matrizes de impactos
Conforme sabemos, as matrizes representam o cenário da transformação ambiental da área
de influência considerada, contando com a presença do empreendimento. Ou seja, é a
imagem considerada mais provável do cenário da transformação ambiental, conforme
conceituado em modelo específico.
O processo de elaboração de matrizes de impactos é assim sumarizado:
Trabalho em equipe, com um profissional que conheça empreendimentos similares.
Conhecimento das informações disponíveis e distribuídas para os membros da equipe.
Estas informações já deverão ter sido oferecidas pelo cliente, através da interface abaixo
apresentada.
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Cliente
<Nome, endereço e contatos do cliente>.
Natureza do estudo solicitado
<Nome do estudo ou serviço solicitado>.
Natureza do empreendimento
<Pontual, regional, linear>.
Etapa do empreendimento
<Projeto, obras, ampliação, operação>.
Fluxo de processo
<Somente para empreendimentos em operação é desejável que seja obtido o seu fluxo de processos simplificado, caracterizando seus insumos produtivos e seus produtos>.
Localização do empreendimento
<Região em que se localiza o empreendimento ou endereço do empreendimento ou coordenadas geográficas de sua área de implantação>.
Características de região de inserção
<Primitiva, alterada, rural, industrial, urbana>.
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Dimensões do empreendimento
<Dimensões físicas, área ocupada, comprimento, capacidade de operação, valor do investimento>.
Estudos e documentos disponíveis
<Lista os estudos disponibilizados, termo de referência, documentos, diplomas legais, plantas e fotografias>.
Passo-a-passo do procedimento para elaboração de matrizes de impacto
Lista as intervenções componentes do empreendimento.
Ordena as intervenções ambientais, iniciando com as intervenções construtivas e depois
as intervenções que compõem o empreendimento.
Lista as prováveis alterações decorrentes. Na dúvida, a equipe sempre deve optar pela
pior hipótese.
Ordena as alterações por espaço ambiental considerado, ou seja, alterações físicas,
bióticas e antropogênicas.
Lista as possíveis manifestações de fenômenos. Na dúvida, a equipe sempre deve optar
pela pior hipótese.
Ordena os fenômenos por espaço ambiental considerado, ou seja, fenômenos físicos,
bióticos e antropogênicos.
Nesse processo inicial a equipe não deve se preocupar em caracterizar os eventos
listados, pois está trabalhando na formulação de uma hipótese que será depurada
gradativamente.
Iniciam-se os debates entre os membros das equipes, na busca de identificar os processos
de causalidade entre intervenções, alterações e fenômenos ambientais.
Ao final deste processo, que normalmente pode durar até 12 (doze) horas de trabalho, a
primeira versão da HGSI estará estruturada através de sua respectiva matriz de impactos.
A matriz finalizada deve ser revisada pela equipe. Seguem alguns exemplos de Matrizes de
Impactos Ambientais. Todos os empreendimentos exemplificados encontram-se na etapa de
projetos de engenharia.
2. Matriz de Aeroporto
Trata-se de um aeroporto internacional, a ser construído em área não ocupada, próximo a
vários centros urbanos de porte.
A região é relativamente plana e possui áreas desmatadas, com solo exposto, e áreas
recobertas por vegetação secundária.
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Há duas propriedades construídas na área de intervenção, onde moram 15 famílias.
Segue a matriz de impactos para este projeto aeroportuário, em sua primeira versão.
MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS – AEROPORTO
INTERVENÇÕES AMBIENTAIS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS FENÔMENOS AMBIENTAIS
INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
CANTEIRO DE OBRAS
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação do risco de conflitos com comunidades
locais
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o
sistema viário
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da emissão de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da pressão sobre o
sistema viário
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
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Variação da biodiversidade da fauna
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
OPERAÇÃO DE JAZIDAS DE EMPRÉSTIMO
Variação dos níveis de ruído
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
Variação da pressão sobre o
sistema viário
OPERAÇÃO DE BOTAFORAS
Variação dos níveis de ruído
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
Variação da pressão sobre o sistema viário
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
VILA RESIDENCIAL E VILA OPERÁRIA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
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Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da
fauna
Variação da biodiversidade da fauna
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação do risco de
acidentes aéreos
TERRAPLENAGEM
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da
água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de
doenças infectocontagiosas
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM
SANEAMENTO
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
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DRENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
CAMINHOS DE SERVIÇOS
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
TERRAPLENAGEM
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
INTERVENÇÕES PRODUTIVAS
HOTEL DE PASSAGEM E RESTAURANTE
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos
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erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade
da fauna
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação dos riscos de acidentes viários
Variação da ocorrência de
zoonoses
PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da emissão de
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gases, particulados e odores
Variação da abundância da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de
zoonoses
Variação do risco de acidentes aéreos
TRANSPORTE PASSIVO DE VETORES
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de
endemias e pandemias
TRANSPORTE AÉREO
Variação da oferta de
transporte aéreo
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre
serviços sociais básicos
Variação dos níveis de comércio locais
Variação das condições de acesso aéreo
TERMINAIS DE PASSAGEIROS, FINGERS E TORRE DE CONTROLE
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
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Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação do risco de acidentes aéreos
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de
emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação dos níveis de
comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da
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água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de
acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
HANGARES DE COMPANHIAS E DE MANUTENÇÃO
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA
TRANSFORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Variação da produção de energia elétrica
GERADOR DE EMERGÊNCIA
GERAÇÃO DE ENERGIA
Variação da produção de energia elétrica
Variação do risco de acidentes aéreos
TANQUES DE ÓLEO E COMBUSTÍVEL
ABASTECIMENTO DE AERONAVES
Variação do risco de acidentes no trabalho
Variação das condições de
acesso aéreo
ESTRADAS DE ACESSO AO AEROPORTO
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
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assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
ACESSIBILIDADE
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação do risco de
acidentes viários
ESTACIONAMENTOS
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM
SANEAMENTO
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
DRENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
3. Matriz de Rodovia
Trata-se de uma rodovia interestadual, com 380 km de extensão, a ser construída em área
não ocupada, interligando vários centros urbanos e industriais de diversos portes. Já existe
uma rodovia de terra, mas com diretriz diferente da projetada. A nova estrada não atravessará
nenhum centro urbano.
O relevo da região é suave e ondulado na maior parte do trecho projetado. No entanto,
também atravessa uma serra de montanhas com porte expressivo e várias áreas de baixios,
fazendo com que tenham sido projetados túneis, pontes e elevados para superar esta
geografia. A região possui áreas rurais, áreas desmatadas com solo exposto e áreas
recobertas por vegetação primária e secundária. A fauna da região possui expressiva
abundância e diversidade.
Há um bom número de propriedades construídas no entorno da área de intervenção, onde é
estimada uma ocupação não contínua de 1.800 habitantes.
Segue a matriz de impactos para este projeto rodoviário, em sua primeira versão.
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MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS – RODOVIA
INTERVENÇÕES AMBIENTAIS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS FENÔMENOS AMBIENTAIS
INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
CANTEIRO DE OBRAS
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre
serviços sociais básicos
Variação do risco de conflitos com comunidades
locais
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o
sistema viário
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da emissão de
ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação do risco de acidentes viários
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da
flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos
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erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da
fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de
zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
OPERAÇÃO DE JAZIDAS DE EMPRÉSTIMO
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
OPERAÇÃO DE BOTAFORAS
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
PAIOL DE EXPLOSIVOS
DESMONTES
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação do risco de
acidentes no trabalho
Variação do risco de emergências
VILA RESIDENCIAL E OPERÁRIA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da
água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de
doenças infectocontagiosas
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM
SANEAMENTO
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
DRENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
RESTAURANTE
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de
emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação do risco de conflitos com comunidades locais
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
LIMPEZA DE TERRENOS
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação da ocorrência de
zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
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ESTRADAS DE ACESSO E CAMINHOS DE SERVIÇO
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade
da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
INTERVENÇÕES PRODUTIVAS
PISTAS DE ROLAMENTO
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade
da flora
DESMONTES
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Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação do risco de
acidentes no trabalho
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação do risco de alagamentos.
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
PONTES E ELEVADOS
LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem
superficial
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
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Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição
intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais peçonhentos
TÚNEIS
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
DESMONTES
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
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TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos
peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
PRAÇA DE PEDÁGIO
LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da
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fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de
zoonoses
Variação da ocorrência de doenças infectocontagiosas
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
ACESSOS URBANOS
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da
flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da competição intra e interespecífica
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OBRAS DE ARTE CORRENTE
LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos
erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação do risco de alagamentos.
ESTRUTURAS ANEXAS – PPV, SAU E POLÍCIA RODOVIÁRIA
ALTERAÇÃO DO CONTROLE E DA FISCALIZAÇÃO
Variação do tempo de vida
do equipamento viário
Variação do risco de acidentes viários
Variação do risco de emergências
3. Matriz de Parque Eólico
Trata-se de um parque eólico a ser construído em área não ocupada, visando à produção de
até 380 MW. O centro urbano mais próximo dista 32 km da planta eólica.
A região é predominantemente de solo arenoso. Seu relevo é em parte plano e em parte
bastante acidentado.
Possui uma pequena área rural ao lado dos limites do parque. Sua vegetação é de mata de
restinga, primária e secundária.
A fauna em geral é abundante e diversa na região, com destaque para a avifauna, pequenos
roedores, serpentes, lagartos e aranhas.
A empresa proprietária do parque eólico investirá na construção de estradas e vias de acesso
entre os povoados lindeiros da planta.
Segue a matriz de impactos para este projeto eólico, em sua primeira versão.
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MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS – PARQUE EÓLICO
INTERVENÇÕES ALTERAÇÕES FENÔMENOS
INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
CANTEIRO DE OBRAS
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre
serviços sociais básicos
Variação do risco de conflitos com comunidades
locais
Variação dos níveis de comércio locais
Variação da pressão sobre o sistema viário
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da emissão de
ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação do risco de acidentes viários
TRANSPORTE DE MÃO DE OBRA
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o
sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
TRANSPORTE PASSIVO DE VETORES E AGENTES ETIOLÓGICOS
Variação da ocorrência de doenças e zoonoses
DESMATAMENTO E LIMPEZA DE TERRENO
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de
processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
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Variação de abundância da flora
Variação de abundância da fauna
Variação de diversidade da
avifauna
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de
ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
TERRAPLENAGEM
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação de abundância da
fauna
Variação de diversidade da avifauna
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
OPERAÇÃO DE BOTAFORAS
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de emprego
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Variação da renda familiar
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
OPERAÇÃO DE JAZIDAS DE EMPRÉSTIMO
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o
sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de
emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de
ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
SANEAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS
Variação da qualidade da água
Variação da ocorrência de doenças de veiculação hídrica
Variação da gestão de resíduos sólidos
GERAÇÃO DE PARTICULADOS
Variação da qualidade do ar
Variação do risco de ocorrência de doenças (respiratórias)
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
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Variação da diversidade da avifauna
Variação da competição inter e intraespecífica.
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da ocorrência de espécies com hábitos
peridomiciliares
Variação do risco de acidentes com animais
peçonhentos
Variação da ocorrência de
doenças e zoonoses
LEVANTAMENTOS ARQUEOLÓGICOS
Variação do conhecimento
do patrimônio arqueológico
ESTRADAS E VIAS DE ACESSO
DESMATAMENTO E LIMPEZA DE TERRENO
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação de abundância da flora
Variação de abundância da fauna
Variação de diversidade da avifauna
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de
emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
TERRAPLENAGEM
Variação da ocorrência de processos erosivos
Variação da ocorrência de
processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
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Variação de abundância da fauna
Variação de diversidade da avifauna
Variação da pressão sobre o
sistema viário
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade
interlocal
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
GERAÇÃO DE PARTICULADOS
Variação da qualidade do ar
Variação do risco de ocorrência de doenças
(respiratórias)
INTERVENÇÕES PRODUTIVAS
AEROGERADORES E UNIDADE DE CONTROLE DO PARQUE
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação da arrecadação tributária
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade
interlocal
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OFERTA DE ENERGIA ELÉTRICA
Variação da disponibilidade estadual de energia elétrica
Variação do desenvolvimento industrial
Variação do desenvolvimento de
comércio e serviços
Variação da arrecadação tributária
Variação da oferta de emprego
Variação da renda familiar
Variação do suporte a serviços sociais básicos
Variação da qualidade de vida no Estado
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação dos riscos de
acidentes viários
RODOVIA DE ACESSO AO PARQUE E RODOVIAS VICINAIS
OFERTA DE EQUIPAMENTOS VIÁRIOS
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da acessibilidade interlocal
4. Matriz de Usina Hidrelétrica
Trata-se de uma usina hidrelétrica a ser construída em área primitiva, visando à produção de
até 11.000 MW. A área de seu reservatório está estimada em 1.240 km2.
O centro urbano mais próximo dista apenas 13 km da planta.
A região é predominantemente de floresta tropical primitiva.
Seu relevo é em parte plano e em parte bastante acidentado.
A flora e a fauna em geral são muito abundantes e muito diversificadas.
Há uma tribo indígena em sua área de intervenção, mais especificamente na área a ser
inundada pelo futuro reservatório.
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Segue a primeira versão da matriz de impactos para este projeto de hidrelétrica.
MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS – USINA HIDRELÉTRICA
INTERVENÇÕES ALTERAÇÕES FENÔMENOS
INTERVENÇÕES CONSTRUTIVAS
CANTEIRO DE OBRAS
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação do risco de conflitos com
comunidades locais
Variação dos níveis de comércio local
Variação da pressão sobre o sistema viário
TRANSPORTE DE MÃO DE OBRA
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
TRANSPORTE PASSIVO DE VETORES E AGENTES ETIOLÓGICOS
Variação do risco de ocorrência de doenças e zoonoses
OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Variação da emissão de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação do risco de acidentes de tráfego
FORMAÇÃO DE VILA LIVRE
A vila livre deve ser considerada como um evento à parte, recebendo tratamento específico para que não seja instalada. Trata-se da ação comercial de comunidades locais atraídas pela disponibilidade de dinheiro dos funcionários da empresa construtora, sobretudo de seus operários.
Essas vilas visam a comercializar produtos e serviços, nem sempre considerados legais. Segue a estimativa de seus
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fenômenos mais prováveis.
Variação crescente dos processos de desmatamento
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação crescente do transporte passivo de vetores e agentes
etiológicos
Variação do risco de ocorrência de doenças e zoonoses
Variação dos níveis de comércio
ilegal local
Variação dos níveis de conflitos com comunidades locais
REASSENTAMENTO DA POPULAÇÃO INDÍGENA
Variação crescente dos processos de desmatamento
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação dos níveis de conflitos com comunidades locais
Variação da cultura indígena primitiva
Variação do comportamento institucional público
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DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
OPERAÇÃO DE JAZIDAS DE EMPRÉSTIMO
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da qualidade do ar
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de ruídos e
vibrações
Variação do risco de acidentes no trabalho
DESMONTES E TRANSPORTE DE MATERIAL
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
OPERAÇÃO DE BOTAFORAS
Variação dos níveis de ruídos e vibrações
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação do risco de acidentes no trabalho
EVASÃO DA FAUNA
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação dos habitats preferenciais
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de doenças e zoonoses
Variação da ocorrência de acidentes com animais peçonhentos
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
Variação da ocorrência de doenças e zoonoses
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação dos riscos de acidentes viários
Variação do risco de ocorrência de doenças e zoonoses
Variação da pressão sobre serviços
sociais básicos (saúde)
VILA RESIDENCIAL E OPERÁRIA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases,
particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM (CORTE E ATERRO)
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
A TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL
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EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação dos habitats preferenciais
Variação da competição intra e
interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação do risco de ocorrência de doenças e zoonoses
Variação do risco de acidentes com
animais peçonhentos
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação do risco de acidentes viários
Variação do risco de ocorrência de
doenças e zoonoses
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO E DRENAGEM
SANEAMENTO
Variação da qualidade da água dos corpos receptores
DRENAGEM
Variação da drenagem superficial
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
HOTEL DE PASSAGEM E RESTAURANTE
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Variação dos níveis de comércio
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local
Variação da pressão sobre o sistema viário
Variação dos níveis de conflitos com comunidades locais
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de
particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação dos habitats preferenciais
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de doenças
e zoonoses
Variação do risco de acidentes com animais peçonhentos
Variação da pressão sobre serviços
sociais básicos (saúde)
GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Variação da qualidade da água dos
corpos receptores
GERAÇÃO E TRANSPORTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Variação dos riscos de acidentes viários
Variação da ocorrência de doenças
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e zoonoses
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
ESTRADAS DE ACESSO E CAMINHOS DE SERVIÇO
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de particulados
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação dos habitats preferenciais
Variação da competição intra e interespecífica
INTERVENÇÕES PRODUTIVAS
BARRAGEM, VERTEDOURO E CASA DE FORÇA
DESMATAMENTOS E LIMPEZA DE TERRENOS
Variação de processos erosivos
Variação de processos de
assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
Variação da drenagem superficial
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
DESMONTES
Variação dos níveis de ruído e vibrações
Variação da emissão de gases, particulados e odores
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Variação do risco de acidentes no trabalho
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
TERRAPLENAGEM
Variação de processos erosivos
Variação de processos de assoreamento
Variação da emissão de gases, particulados e odores
FORMAÇÃO DO LAGO
Variação da produção de hidrófitas
Variação da abundância da flora
Variação da biodiversidade da flora
Variação da qualidade da água do
reservatório
Variação da biodiversidade da ictiofauna
Variação da abundância da ictiofauna
Variação da abundância de aves de ambientes aquáticos
Variação da abundância de espécies da herpetofauna
EVASÃO DA FAUNA
Variação da abundância da fauna
Variação da biodiversidade da fauna
Variação dos habitats preferenciais
Variação da competição intra e interespecífica
ATRAÇÃO DA FAUNA
Variação da presença de espécies
de hábitos peridomiciliares
Variação da ocorrência de zoonoses
Variação do risco de acidentes com animais peçonhentos
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos (saúde)
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA
TRANSFORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA
Variação da produção de energia elétrica
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LINHAS DE TRANSMISSÃO
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E INFORMAÇÃO
Variação do Tráfego de Energia
Variação do Tráfego de Informação
Variação das atividades de comércio
e serviços
Variação das atividades de desenvolvimento industrial
Variação da oferta de emprego
Variação do nível de renda
Variação da arrecadação tributária
Variação da qualidade de vida das
pessoas
Variação da pressão sobre serviços sociais básicos
Na prática, os quatro exemplos apresentados com certeza deverão ser revistos e atualizados
até o final dos trabalhos de diagnóstico ambiental consolidado.
No entanto, as matrizes de impacto ambiental são instrumentos essenciais aos processos de
praticamente todos os estudos ambientais usualmente desenvolvidos no Brasil.
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