mobilizacao articular

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA MONITORIA DE CINESIOTERAPIA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL Profª: MÔNICA CRUZ/DAYSE SILVA Monitor: EDGAR PEREIRA OBS: O conteúdo deste material corresponde ao roteiro sobre o conteúdo ministrado na disciplina, implicando dizer que não é suficiente para estudar para as provas. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR FISIOLOGIA ARTICULAR 1. Mobilidade fisiológica x acessória 2. Regras de Kaltenborn 3. Condições de mobilidade articular MECANISMOS DE RESTRIÇÃO DA MOBILIDADE 1. COMPROMETIMENTO DO DESLIZAMENTO ENTRE AS SUPERFÍCIES ARTICULARES Aumento do coeficiente de atrito; Perda da congruência entre as peças; Redução do espaço articular; Aumento do volume líquido; Presença de corpos livres. 2. REDUÇÃO DA EXTENSIBILIDADE DOS TECIDOS MOLES Estrutura cápsulo-ligamentar; Complexo miotendinoso; Elementos neurais; Envoltórios cutâneos. 3. REDUÇÃO DO DESLIZAMENTO ENTRE OS PLANOS DE TECIDOS Osso Cápsula Músculos e tendões Tela Subcutânea Pele TÉCNICAS STRETCHING E DESCOLAMENTO DE TECIDOS MOLES Liberação de aderências entre os planos de tecidos; Preparo dos tecidos circunjacentes à articulação alvo para as manobras de flexibilização. MOBILIZAÇÃO SIMPLES Segue o eixo mecânico articular, respeitando a fisiologia osteocinemática; Tem por objetivos a manutenção do jogo articular e o estímulo à função proprioceptiva; Utiliza a máxima amplitude disponível no limite fisiológico respeitando o limite da dor. TRAÇÃO Baseada na aplicação de carga tensiva às peças ósseas que constituem a articulação resultando em sua decoaptação;

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Page 1: Mobilizacao Articular

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FISIOTERAPIA

MONITORIA DE CINESIOTERAPIA E REEDUCAÇÃO FUNCIONAL

Profª: MÔNICA CRUZ/DAYSE SILVA

Monitor: EDGAR PEREIRA

OBS: O conteúdo deste material corresponde ao roteiro sobre o conteúdo ministrado na disciplina, implicando dizer que

não é suficiente para estudar para as provas.

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

FISIOLOGIA ARTICULAR

1. Mobilidade fisiológica x acessória

2. Regras de Kaltenborn

3. Condições de mobilidade articular

MECANISMOS DE RESTRIÇÃO DA MOBILIDADE

1. COMPROMETIMENTO DO DESLIZAMENTO ENTRE AS

SUPERFÍCIES ARTICULARES

Aumento do coeficiente de atrito;

Perda da congruência entre as peças;

Redução do espaço articular;

Aumento do volume líquido;

Presença de corpos livres. 2. REDUÇÃO DA EXTENSIBILIDADE DOS TECIDOS MOLES

Estrutura cápsulo-ligamentar;

Complexo miotendinoso;

Elementos neurais;

Envoltórios cutâneos. 3. REDUÇÃO DO DESLIZAMENTO ENTRE OS PLANOS DE TECIDOS

Osso

Cápsula

Músculos e tendões

Tela Subcutânea

Pele

TÉCNICAS STRETCHING E DESCOLAMENTO DE TECIDOS MOLES

Liberação de aderências entre os planos de tecidos;

Preparo dos tecidos circunjacentes à articulação alvo para as manobras de flexibilização.

MOBILIZAÇÃO SIMPLES

Segue o eixo mecânico articular, respeitando a fisiologia osteocinemática;

Tem por objetivos a manutenção do jogo articular e o estímulo à função proprioceptiva;

Utiliza a máxima amplitude disponível no limite fisiológico respeitando o limite da dor.

TRAÇÃO

Baseada na aplicação de carga tensiva às peças ósseas que constituem a articulação resultando em sua decoaptação;

Page 2: Mobilizacao Articular

Tem por objetivo a redução da pressão intra-articular, bem como o tensionamento da estrutura capsulo-ligamentar.

MOBILIZAÇÃO ESPECÍFICA

Utiliza movimentos acessórios, desconsiderando os planos de referência anatômica;

Tem por objetivo a restituição da mobilidade por atuar na barreira elástica da articulação alvo;

Utiliza curtos braços de alavanca;

Respeita as regra do côncavo-convexo;

Associa-se freqüentemente à decoaptação.

MANIPULAÇÃO

Utiliza-se dos mesmos princípios da mobilização específica, empregando porém, maior vigor e velocidade à

manobra, ultrapassando a barreira elástica;

Objetiva a restituição da mobilidade articular, sendo indicada aos casos em que a perda da mobilidade decorre

de desalinhamento entre as superfícies articulares.

ALGUMAS MOBILIZAÇÕES

1) ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

OSCILAÇÃO CAUDAL: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé atrás da cabeça do paciente, com a palma da

mão na extremidade esternal da clavícula, faz oscilação para deslizamento caudal da articulação.

DESLIZAMENTO CAUDAL: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ou sentado atrás da cabeça do paciente,

com a palma da mão na extremidade, faz um deslizamento caudal, no sentido longitudinal do corpo,

associado com uma abdução passiva. Manobra preparatória para ganho de ADM para abdução.

OSCILAÇÃO POSTERIOR: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé atrás da cabeça do paciente, com a palma

da mão na extremidade esternal da clavícula, faz oscilações deslizando para posterior da articulação.

DESLIZAMENTO POSTERIOR: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé atrás da cabeça do paciente, com a

palma da mão na extremidade esternal da clavícula, faz deslizamento posterior, associado com uma adução

horizontal passiva. Manobra preparatória para ganho de ADM para adução horizontal.

2) ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR:

DESLIZAMENTO CAUDAL: Paciente sentado, com o braço a ser trabalhado em abdução 90° apoiado sobre a

perna do fisioterapeuta. Fisioterapeuta posiciona-se atrás do paciente com uma perna apoiada sobre um

banco. Fisioterapeuta desliza caudalmente a articulação acromioclavicular com as duas mãos apoiadas

sobre a articulação acrômioclavicular do paciente. Manobra preparatória para ganho de abdução.

DESLIZAMENTO POSTERIOR: Paciente sentado, com o braço a ser trabalhado em flexão abaixo de 90° e

ligeira adução horizontal de ombro, cotovelo fletido. Fisioterapeuta posiciona-se atrás do paciente, fixando

a escapula do paciente sobre o seu esterno e desliza posteriormente a articulação acromioclavicular com as

duas mãos segurando o cotovelo do paciente.

3) ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA

PACIENTE EM DL: paciente em DL, com os MMII flexionados. Fisioterapeuta atrás do paciente uma mão no

ângulo inferior da escapula, outra no acrômio. Realizar movimentos de elevação, depressão, protração,

retração, báscula interna, báscula externa e mobilização global.

PACIENTE EM DV: paciente em DV, com os braços ao lado do corpo. Fisioterapeuta ao lado do paciente,

posiciona uma mão na face anterior do ombro e outra na face posterior da escapula. Realizar movimentos

de elevação, depressão, protração, retração, báscula interna, báscula externa e mobilização global.

PACIENTE EM DV COM O BRAÇO FORA DA MACA: paciente em DV, com o braço fora da maca.

Fisioterapeuta ao lado do paciente, posiciona as mãos bem proximal a escapula. Realizar movimentos de

elevação, depressão, protração, retração, báscula interna, báscula externa e mobilização global.

Page 3: Mobilizacao Articular

4) ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL:

PARA GANHO DE ADM PARA ABDUÇÃO

TRAÇÃO LATERAL À 0°: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao lado do paciente, faz a pegada com as

duas mãos na prega axilar e na cabeça do úmero, tracionando lateralmente e cabeça do úmero.

DESLIZAMENTO CAUDAL À 0°: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao lado do paciente realiza a tração

descrita anteriormente e faz deslizamento do úmero para caudal.

DESLIZAMENTO CAUDAL À 60°: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao lado do paciente, dentro do arco

do braço do paciente, faz apegada na prega axilar com uma mão e com a outra segura no braço do paciente

acima do cotovelo. Mantendo o próprio cotovelo fixado ao tronco, faz uma rotação do tronco

impulsionando a cabeça do úmero para lateral e em seguida traciona o braço no eixo longitudinal do úmero,

em direção caudal.

DESLIZAMENTO CAUDAL À 90°: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao lado da cabeça do paciente, fora

do arco do braço do paciente,faz a pegada com uma mão acima do cotovelo que irá tracionar lateralmente

e a outra mão lateralmente ao acrômio, sobre a cabeça do úmero, irá deslizar inferiormente (caudal) a

cabeça do úmero em relação a cavidade glenóide, no sentido longitudinal do corpo.

DESLIZAMENTO CAUDAL À 120°: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao lado da cabeça do paciente, fora

do arco do braço do paciente, faz a pegada com uma mão no cotovelo que irá tracionar lateralmente e a

outra mão lateralmente ao acrômio, sobre a cabeça do úmero, ira deslizar inferiormente (caudal) a cabeça

do úmero em relação a cavidade glenóide, no sentido longitudinal do corpo.

OBS: as manobras são aplicadas com a impulsão do tronco e usando o peso corporal (Fisioterapeuta).

PARA GANHO DE ADM PARA FLEXÃO

DESLIZAMENTO POSTERIOR À 0° DE FLEXÃO E 90° DE ABDUÇÃO DE OMBRO: Paciente em DD,

fisioterapeuta em pé ao lado do paciente, com uma mão traciona o braço lateralmente pelo cotovelo e

com a outra desliza a cabeça do úmero para posterior,pressionando sobre a cabeça do úmero.

DESLIZAMENTO POSTERIOR À 90° DE FLEXÃO DE OMBRO: Paciente em DD, fisioterapeuta em pé ao

lado do paciente, com uma mão traciona o braço lateralmente pela prega axilar e com a outra desliza a

cabeça do úmero para posterior, pressionando sobre o cotovelo.

OBS: as manobras são aplicadas com a impulsão do tronco e usando o peso corporal (Fisioterapeuta).

PARA GANHO DE ADM PARA EXTENSÃO E ABDUÇÃO HORIZONTAL

DESLIZAMENTO ANTERIOR: Paciente em DV, com o braço em 90° de abdução, coloca-se um coxim

(lençol dobrado, ou travesseiro pequeno) em baixo do processo coracóide. É feita uma tração para

lateral do braço do paciente pelo cotovelo, e com a outra mão desliza levemente a cabeça umeral

anteriormente.

5) ARTICULAÇÃO COXO-FEMORAL

TRAÇÃO

TRAÇÃO LATERAL À 0°: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores estendidos. Fisioterapeuta

ao lado do Paciente, com as mãos entrelaçadas (uma mão vai anteriormente e a outra posteriormente,

e se entrelação na região medial da coxa) no membro a ser tratado. As mãos do fisioterapeuta devem

estar o mais próximo possível da raiz do membro. Realiza a tração, puxando a cabeça do fêmur para a

lateral. Esta tração promove um estiramento suave de toda a cápsula contribuindo para a restituição de

ADM em todas as direções. Segurar por 20s.

Page 4: Mobilizacao Articular

TRAÇÃO LATERAL À 90°: Paciente em DD na maca, com o membro que está tratando flexionado a 90°.

Fisioterapeuta ao lado do paciente, com as mãos entrelaçadas em forma de anel na região medial da

coxa, mais próximo possível da raiz do membro, o antebraço distal passando abaixo da perna pendente

do paciente. Realiza a tração, puxando a cabeça do fêmur para a lateral. Esta tração promove um

estiramento suave da cápsula, especialmente das fibras posteriores contribuindo para a restituição da

ADM. Segurar por 20s.

TRAÇÃO LATERAL À 60°: Paciente em DD na maca, com o membro a ser tratado para fora da maca com

o joelho apoiado no ombro do fisioterapeuta. Fisioterapeuta sentado ao lado do paciente, com as mãos

entrelaçadas em forma de anel na região ântero-medial da coxa, o antebraço apoiado bem proximal,

cotovelo fixo na borda da maca. Realiza a tração, puxando a cabeça do fêmur para a lateral. Esta tração

promove um estiramento suave de toda a cápsula, contribuindo para a restituição de ADM em todas as

direções. Segurar por 20s.

TRAÇÃO NO EIXO LONGITUDINAL DO MEMBRO INFERIOR: Paciente em DD na maca, com os membros

inferiores estendidos. Fisioterapeuta ao lado do paciente, fazendo a pegada no calcâneo e realiza a

tração puxando o membro pra caudal. Esta manobra tem efeito analgésico nos casos de dor resultante

de compressão da cabeça do fêmur no teto do acetábulo. Segurar por 20s.

MOBILIZAÇÃO PARA GANHO DE ABDUÇÃO

DESLIZAMENTO CAUDAL: Paciente em DD na maca, com o membro que vai decoaptar, para fora da

maca com o joelho apoiado no ombro do fisioterapeuta. Fisioterapeuta sentado ao lado do paciente,

com as mãos entrelaçadas em forma de anel na região ântero-medial da coxa, o antebraço apoiado bem

proximal, cotovelo fixo na borda na borda da maca. Realiza a tração, puxando a cabeça do fêmur para

lateral desloca levemente seu corpo para trás promovendo um deslizamento da cabeça do fêmur em

direção caudal. Segurar por 20s.

MOBILIZAÇÃO PARA GANHO DE FLEXÃO

OSCILAÇÃO COM DESLIZAMENTO POSTERIOR À 0°: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores

estendidos. Fisioterapeuta contralateral ao membro a ser tratado, localiza a cabeça do fêmur a partir das

EIAS, demarcando três dedos para baixo e dois dedos medialmente. Com a região tênar e hipotênar da mão

produz o deslizamento posterior da cabeça do fêmur em forma de oscilações.

OSCILAÇÃO COM DESLIZAMENTO POSTERIOR EM FLEXÃO PROGRESSIVA – Para paciente que já possuam

uma leve flexão de quadril: Paciente em DD na maca, com o membro mantido em flexão (de acordo com a

ADM disponível no quadril tratado) apoiado por um rolo sob o joelho. Fisioterapeuta contralateral ao

membro tratado localiza a cabeça do fêmur e realiza as oscilações deslizando a cabeça do fêmur para

posterior.

OSCILAÇÃO COM DESLIZAMENTO POSTERIOR À 90° DE FLEXÃO – Para paciente que já possuam 90° de

flexão de quadril: Paciente em DD na maca, com o membro que esta tratando flexionado a 90° e em leve

adução, seu pé não encosta na maca. Fisioterapeuta do lado oposto ao membro tratado, com as mãos

entrelaçadas sobre o joelho, promove o deslizamento da cabeça para posterior utilizando o peso do próprio

corpo, sob forma de oscilações sobre o joelho.

MOBILIZAÇÃO PARA GANHO DE ABDUÇÃO

DESLIZAMENTO CAUDAL: Paciente em DD na maca, com o membro que vai decoaptar, para fora da maca

com o joelho apoiado no ombro do fisioterapeuta. Fisioterapeuta sentado ao lado do paciente, com as mãos

entrelaçadas em forma de anel na região ântero-medial, o antebraço apoiado bem proximal. Realiza a

tração, puxando a cabeça do fêmur para lateral desloca levemente seu corpo para trás promovendo um

deslizamento da cabeça do fêmur em direção caudal. Segurar por 20s.

Page 5: Mobilizacao Articular

6) ARTICULAÇÃO DO JOELHO

MOBILIZAÇÃO DA PATELA

MASSAGEM DOS RETINÁCULOS: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores estendidos.

Fisioterapeuta ao lado do paciente realiza a massagem, por 1 minuto, com dedo indicador e médio, nos

retináculos: medial e lateral (Fricção transversa profunda – Ciriax).

MASSAGEM FUNDO DE SACO: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores estendidos.

Fisioterapeuta ao lado do paciente realiza a massagem, por 1 minuto, com os quatro dedos no “fundo de

saco”, localizado na região superior da patela, levando a pele, manobra profunda.

TRAÇÃO DA PATELA: Paciente em DD na maca, com as pernas estendidas. Fisioterapeuta ao lado do

paciente realiza a tração da patela para cima com os dedos indicador, médio e polegar de ambas as mãos,

segurando por 20s e solta. Posteriormente realiza novamente a tração e faz os deslizamentos: lateral-medial

e crânio-caudal.

DESLIZAMENTO DA PATELA: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores estendidos,

fisioterapeuta ao lado do paciente localiza a patela, segurando-a na borda superior e inferior com todo o

dedo indicador e polegar, em forma de “C”, e deslize de lateral para medial e posteriormente crânio-caudal.

INCLINAÇÃO LATERAL: Paciente em DD na maca, com os membros inferiores estendidos. Fisioterapeuta ao

lado do paciente realiza o deslizamento da patela para medial, em seguida apóia a base da mão sobre a

borda medial da patela produzindo sua inclinação para medial, levantando a borda lateral e massageia o

retináculo lateral.

7) MOBILIZAÇÃO DE JOELHO

6.1. MOBILIZAÇÃO GERAL DO JOELHO:

TEMPO 1 (TRAÇÃO DO EIXO): Paciente em DD na maca, com o membro que vai tratar, para fora da maca.

Fisioterapeuta ao lado do paciente segura entre suas coxas a perna do paciente, com as suas mãos de cada

lado do joelho, os dedos localizados na face posterior e polegares na região anterior. Impulsiona seu corpo

para trás decoaptando a articulação tibiofemoral. Esta manobra prepara a cápsula para as manobras

seguintes.

TEMPO 2 (MOBILIZAÇÃO EM VALGO E VARO): em seguida na mesma posição descrita e mantendo a tração

caudal mobiliza a articulação, produzindo esforços em varo e em valgo com o objetivo de abrir os

compartimentos externo e interno do joelho, aliviando as compressões, favorecendo o fluxo do liquido

sinovial e alongando os tecidos moles adjacentes.

TEMPO 3 (CIRCUNDAÇÃO): em seguida na mesma posição descrita e mantendo a tração caudal mobiliza a

articulação em círculos no sentido horário e anti-horário.

TEMPO 4 (MOBILIZAÇÃO EM 8): Na mesma posição o fisioterapeuta executa a manobra “desenhando” a

figura de um 8, tendo o mesmo objetivo anteriormente descrito, sendo mais especifico por contribuir para

a correção da mecânica articular e promover a restituição de ADM em Flexo-extensão e rotações.

6.2. DESLIZAMENTO POSTERIOR DA TÍBIA À 90°: Paciente sentado com os joelhos para fora da maca com flexão de

90°. Fisioterapeuta sentado em frente ao paciente segura o joelho, com os dedos na face posterior da perna e

polegares de cada lado da tuberosidade da tíbia. Fisioterapeuta realiza a tração, puxando o joelho para baixo,

segura por 20s e solta. Após realiza de novo a tração e faz o deslizamento posterior da tíbia, empurrando a perna

para trás, segurando por 20s. Esta manobra tem por objetivo o ganho de flexão.

Page 6: Mobilizacao Articular

6.3. DESLIZAMENTO ANTERIOR DA TÍBIA: Paciente em DV na maca. Fisioterapeuta ao lado, coloca um pequeno rolo

de toalha, acima da patela para evitar sua compressão sobre a maca durante a manobra. A perna será mantida na

posição de maior extensão possível. Fisioterapeuta segura com uma mão no tornozelo apoiando em seu tronco, a

outra mão fica com a palma na região posterior e proximal da tíbia, realiza a tração e desliza a tíbia para anterior

descendo com o seu próprio corpo em direção à maca e fazendo a extensão, mantém por 20s.

6.4. ROTAÇÕES DA TÍBIA À 90° EM DV: Paciente em DV no colchão, com 90° de flexões de joelho. Fisioterapeuta ao

lado apóia seu pé na região posterior da coxa, as mãos circundando a região distal da perna acima dos maléolos.

Realiza tração, segura por 20s e solta. Após realizar novamente a tração, faz os movimentos de rotação interna e

externa, mantém cada posição por 20s. Para ganho de rotação interna e externa.

6.5. MOBILIZAÇÃO CONJUNTA FÊMUR E PATELA: Paciente em DD na maca, com joelho flexionado a 90°.

Fisioterapeuta ao lado, posiciona suas mãos na região posterior da coxa, no fêmur, e a outra acima da patela.

Realiza movimentos oscilatórios mobilizando o fêmur para frente, levantando-o, e a patela para baixo. Para ganho

dos últimos graus de flexão.

6.6. MOBILIZAÇÃO CONJUNTA FLEXÃO-RI/EXTENSÃO-RE: Paciente em DD na maca com as pernas estendidas.

Fisioterapeuta ao lado segura a perna pelo tornozelo e estabiliza com seu tronco com a outra mão estabiliza a tíbia

proximal e anteriormente. Realiza movimentos de flexão de quadril e joelho, associada com rotação interna da tíbia

e retorna fazendo extensão associada com rotação externa. Para ganho dos últimos graus de flexão e extensão.

8) ARTICULAÇÃO TIBIOTÁRSICA

MANIPULAÇÃO: Paciente em DD na maca, relaxado, com as pernas estendidas. Fisioterapeuta de frente

para o pé do paciente, apóia suas mãos entrelaçadas no dorso do pé e seus polegares apoiados na planta

do pé, mantendo em posição de dorso-flexão. Fisioterapeuta realiza tração, puxando e mantendo de

acordo com a expiração do paciente, repete essa manobra por duas vezes, na terceira expiração manipula

o pé para soltar a articulação, tracionando em direção caudal.

DESLIZAMENTO POSTERIOR DA TÍBIA: Paciente em DD com os pés para fora da maca. Fisioterapeuta ao

lado segura com os seus dedos por baixo do calcâneo, estabilizando-o com seu antebraço encostado na

planta do pé do paciente, com a outra mão segura na articulação tíbio-társica bem proximalmente,

realizando as oscilações empurrando a tíbia para baixo. Objetiva o ganho de dorso-flexão e flexão plantar.

DESLIZAMENTO POSTERIOR E ANTERIOR DO TÁLUS - Para ganho de flexãoplantar e dorsiflexão: Paciente

em DD com os pés para fora da maca. Fisioterapeuta de frente para o pé segura com os polegares na

região do tálus e os dedos no calcâneo, apoiando a planta do pé em seu abdômen. Realiza os

movimentos de dorsiflexão, empurrando o pé com o abdômen e o polegar para posterior. Para Flexão

plantar, paciente em DV, com os pés para fora da maca. Fisioterapeuta com uma mão no dorso do pé do

paciente e a outra no calcâneo. Realiza os movimentos de flexão plantar.

9) ARTICULAÇÃO SUBTALAR

MOBILIZAÇÃO EM VALGO E VARO DO CALCÂNEO: Paciente em DL com o pé a ser tratado para fora da

maca. Fisioterapeuta ao lado com uma mão estabiliza a pinça bimaleolar e o tálus em dorsoflexão e a outra

no calcâneo, realizando as oscilações do calcâneo para medial e lateral.

MOBILIZAÇÃO LIVRE DO CALCÂNEO: Paciente em DV com joelhos flexionados à 90°. Fisioterapeuta ao lado

posiciona a mão verticalmente no calcâneo e realiza oscilações sem direções. Para ganho de eversão e

inversão e do pé.

MOBILIZAÇÃO DO CALCÂNEO EM 8 VERTICAL E HORIZONTAL - Para ganho de inversão e eversão: Paciente

em DV com joelhos flexionados a 90°. Fisioterapeuta ao lado posiciona a mão verticalmente no calcâneo e

Page 7: Mobilizacao Articular

realiza mobilização em 8. Podendo também fazer a pegada na planta do pé (horizontal), segurando no

calcâneo.