mistura-solidos-2sem-2010

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FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS ALM 602- Operações Unitárias da Indústria Farmacêutica MISTURA DE SÓLIDOS Accácia Júlia Guimarães Pereira Messano 2010 Introdução Mistura de sólidos é a distribuição de pelo menos um componente sólido no meio de outro. A mistura deficiente de sólidos pode acarretar sobre dosagem ou dose insuficiente em pós dispersíveis, comprimidos e drágeas Mistura perfeita, ideal (ou completamente aleatória ) é aquela na qual a probabilidade de encontrar uma partícula de um constituinte em qualquer ponto é idêntica cada partícula de um constituinte A está cercada por partículas do outro constituinte B em qualquer ponto do sistema A mistura ideal exige partículas de igual tamanho e densidade, com pouco ou nenhum efeito de superfície. Intensidade e escala de segregação () simultaneous reductionof intensity andscale of segregation. () reduction in scale of segregatio () reduction in intensity of segregati 1/  Aspectos cr  Aspectos crí í ticos em s ticos em sólidos lidos • P esa ge m Mistura (incorporação e homogeneização) • Encapsulamento Condições ambientais e armazenamento; Aspectos biofarmacêuticos: absorção de FFS orais; Escolha de excipientes.  AMPellim  AMPellim 1/  Aspectos cr  Aspectos crí í ticos ticos - MISTURA MISTURA • Mistura:  – Operação farmacêutica  – Característica: uniformidade Fatores que interferem na mistura  – Densidade do pó  – Tamanho e forma das partículas;  – Proporção dos diferentes componentes.

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FACULDADE DE FARMÁCIA DA UFMG

DEPARTAMENTO DE ALIMENTOS

ALM 602- Operações Unitárias daIndústria Farmacêutica

MISTURA DE SÓLIDOS

Accácia Júlia Guimarães Pereira Messano2010

Introdução

• Mistura de sólidos é a distribuição de pelo menos umcomponente sólido no meio de outro.

• A mistura deficiente de sólidos pode acarretar sobredosagem ou dose insuficiente em pós dispersíveis,comprimidos e drágeas

• Mistura perfeita, ideal (ou completamente aleatória) éaquela na qual a probabilidade de encontrar umapartícula de um constituinte em qualquer ponto éidênticacada partícula de um constituinte A estácercada por partículas do outro constituinte B emqualquer ponto do sistema

• A mistura ideal exige partículas de igual tamanho edensidade, com pouco ou nenhum efeito de superfície.

Intensidade e escala de segregação

(c ) simultaneous reductionof intensity andscale ofsegregation.

(a ) reduction in scale of segregatio

(b ) reduction in intensity of segregati

 

1/

 Aspectos cr Aspectos crí í ticos em sticos em sóólidoslidos

• Pesagem• Mistura (incorporação e homogeneização)• Encapsulamento

• Condições ambientais e armazenamento;• Aspectos biofarmacêuticos: absorção deFFS orais;

• Escolha de excipientes.

 

 AMPellim AMPellim1/

 Aspectos cr Aspectos crí í ticosticos -- MISTURAMISTURA

• Mistura:

 – Operação farmacêutica – Característica: uniformidade

• Fatores que interferem na mistura

 – Densidade do pó

 – Tamanho e forma das partículas;

 – Proporção dos diferentes componentes.

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GRANULAÇÃO VIA ÚMIDA

PREPARO DE COMPRIMIDOSVIA ÚMIDA

FABRICAÇAO DE COMPRIMIDOSGranulação a seco

FABRICAÇAO DE COMPRIMIDOSCompressão direta

MISTURA DE SÓLIDOS

• No manuseio de sólidos particulados ou de pósnão é possível conseguir uma misturacompletamente uniforme como no caso delíquidos.

• O grau de mistura que é atingido depende de: – tamanho relativo da partícula sólida, formato e

densidade de cada componente; – a eficiência do misturador para aquele componente – a tendência dos materiais a formar agregados; – conteúdo de umidade, características superficiais e

de escoamento de cada um dos componentes.

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Fatores que influenciam no graude mistura de sólidos:

• Tamanho das partículas: homogeneidade, resistênciamecânica, comportamento reológico.

• Forma: fluidez, segregação.• Densidade: forças gravitacionais que agem sobre a

partícula.• Coesão: Tendência à agregação.• Conteúdo de umidade:

 – sólidos constituídos por partículas de fácil escoamento: misturaa seco

 – material muito úmido: mistura a úmido.• Características de escoamento: determinam a

facilidade de mistura)• Eficiência do misturador:

Velocidade de escoamentoMistura de Sólidos

o processo consome mais energia que a mistura de líquidos e requermoagem prévia do material.

- em geral materiais de mesmo tamanho, forma e densidade formammisturas mais homogêneas.

- materiais heterogêneos: equilíbrio de regiões de mistura e regiõesde “não mistura”.

- em alguns processos após um certo tempo cada vez mais é difícilobter uma mistura completa do material – as características de escoamentoinfluenciam o grau e a facilidade

da mistura; – durante a mistura pode haver geração de cargas elétricas: uso de

surfactantes ou operação a úmido;

 – alguns materiais tendem a segregar:

uso de excipientes

Forças que atuam no processo eMecanismos de mistura

As forças que atuam no processo de misturapodem ser: – inerciais e de aceleração ou

 – gravitacionaisMecanismos de mistura:

 – Convecção – Difusão – Mistura pneumática – Impacto

MECANISMOS DE MISTURA

DIFUSÃO (revolvimento,tombamento):

• Neste processo as partículas são reorientadas uma em relação às outrasquando são colocadas em movimento aleatório havendo umamodificação de suas posições relativas devido à modificação da posição deconjuntos de partículas

• Neste processo, também denominado de CISALHAMENTO , há criaçãode planos de deslizamento dentro da massa como resultado da mistura de

grupos de partículas.• Planos de escorregamento são formados no seio do sólido granuladodurante a mistura, provocando o deslocamento relativo de porçõesgrandes do material.

• Exemplos de misturadores que operam com este principio são :misturadores em V, cones duplos, misturadores em cubo, misturadores“bin”, misturadores de tambores

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http://www.powdermix.com.br/home.html

MISTURA porDIFUSÃO (revolvimento, tombamento):

Misturador de cone duplo em V

MISTURADORES EM V MISTURADOR EM V

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Misturadores de solidos BIN

http://www.youtube.com/watch?v=GQkJjHdXRrM

Misturador de duplo cone MISTURADORES DE TAMBORES

MECANISMOS DE MISTURA

MISTURAPNEUMÁTICA:

• as partículas sãoreorientadas uma emrelação às outras comoresultado do revolvimentopromovido pela expansãoe movimentação de umgás em um leito departículas

Misturador em Espiral com injeçãode ar quente

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Misturadores de pastas esólidos

Mecanismos de misturaCONVECÇÃO  REVOLVIMENTO

• transporte de produto ou grupos de partículasde um ponto a outro

• Grupos de partículas movem-se de um ponto aoutro do sólido granular, como na convecçãofluida, originando a mistura convectiva .

• Exemplos de misturadores que utilizam esteprincípio: Misturadores de fitas, misturadorestipo masseira, misturadores helicoidais,misturadores verticais de alta intensidade, etc.

MISTURADORES CONVECTIVOS MISTURADOR DE FITAS

Misturador de fitas Mecanismos de misturadores de fitas

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Misturador de rosca helicoidal Misturador Helicoidal para Sólidos ePastas

Sistema contínuo de misturacom agitador helicoidal

MISTURADOR DE FITA HELICOIDAL

MISTURADOR CÔNICO DELÂMINAS GEMINADAS

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MECANISMOS DE MISTURAIMPACTO: MISTURADOR DE IMPACTO

MISTURADOR DE LÍQUIDOS E SÓLIDOS Mistura de pós e líquidos

MISTURADOR AMASSADOR DE BRAÇODUPLO

http://www.b2babimaq.com.br/maquinas_subcategoria.asp?cod_subcategoria=502

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Misturador gás-líquido Avaliação do Processo de Mistura

Início da mistura: a maioria das amostras consistem quaseinteiramente de um componente

A medida que a mistura ocorre a composição de cada

amostra torna-se mais uniforme e se aproxima dacomposição média da mistura

Escala de Segregação: é uma forma de medir acasualização da distribuição.

Intensidade de Segregação: é a medida da variação dacomposição nas diferentes porções da mistura.

→Mistura completa : intensidade de segregação zero.

Desvio padrão de cada fração emamostras sucessivas

Sendo σσσσm = desvio padrãon = numero de amostrasx a concentração do componentes em cada amostrax¯ = concentração média das amostras.

O desvio padrão diminui a medida que a uniformidade demistura aumenta

 

  

 −

=

∑−

1

2

n

 x x

mο 

Índices de mistura• Para avaliar a extensão da mistura• Comparar tipos alternativos de equipamentos

• σ∞ = o desvio padrão de uma amostra “perfeitamentemisturada”

• σo = desvio padrão de uma amostra no início da mistura

• σm = desvio padrão de uma amostra retirada nodecorrer da mistura

• V1 = ‘volume fracional médio ou fração de massa decada componente na mistura.

• índice de mistura M1 é usado quando massasaproximadamente iguais de componentes sãomisturados e/ou são usadas velocidades relativamentebaixas de misturas

• M2 é usado quando uma pequena quantidade de umcomponente é incorporado em um grande volume dematerial e/ou quando são empregadas velocidades

elevadas de mistura.• M3 é usado tanto para sólidos quanto para líquidos de

modo similar ao utilizado para M1.

−=

σ  σ  

σ  σ  

0

1m

 M 

−=

σ  σ  

σ  σ  

loglog

loglog

0

2m

 M 

22

0

22

3

−=

σ  σ  

σ  σ  m

 M 

( )110 1 V V  −=σ