ministério da saúde...a região sul concentra 23% dos suicídios do brasil e 14% da população...
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Ministério da Saúde
O papel da vigilância em saúde na prevenção do suicídio
Cheila Marina de Lima
Produto da Netflix que trata de bullying e suicídio em uma escola americana
Doenças mentais Aspectos sociais
• Depressão;
• Transtorno bipolar;
• Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias;
• Transtornos de personalidade; • Esquizofrenia;
• Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do que se ele não tiver essa dependência.
• Gênero masculino;
• Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos;
• Sem filhos;• Moradores de áreas urbanas;• Desempregados ou aposentados; • Isolamento social;• Solteiros, separados ou viúvos;
• Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua.
Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante
• Perdas recentes; • Pouca resiliência;
• Personalidade impulsiva, agres- siva ou de humor instável;
• Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância;
• Desesperança, desespero e desamparo.
• Doenças orgânicas incapacitantes; • Dor crônica;
• Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Hungtinton);
• Trauma medular; • Tumores malignos; • AIDS.
Principais fatores de risco associados ao comportamento suicida
Morbidades
Prevalência Total
estimado de
casos (x 1000) Total H M
Hipertensão arterial 21,4 18,3 24,2 31315
Diabetes 6,2 5,4 7,0 9122
Asma 4,4 3,6 5,1 6438
Depressão 7,6 3,9 10,9 11179
Outra doença mental 0,9 0,9 1,0 1347
Doença do coração 4,2 3,9 4,4 6115
AVC 1,5 1,6 1,4 2231
Artrite 6,4 3,5 9,0 9382
Problema na coluna 18,5 15,5 21,1 27021
DORT 2,4 1,5 3,3 3568
Câncer 1,8 1,6 2,0 2681
Insuficiência renal crônica 1,4 1,4 1,5 2080
Doença do pulmão 1,8 1,7 1,8 2611
Frequência de morbidade referida, total e por sexo. Brasil, Pesquisa Nacional de Saúde, 2013
Frequência de depressão referida por estado. Brasil, Pesquisa Nacional de Saúde, 2013
Carga dos transtornos mentais e consumo de substâncias psicoativas
Proporção de perda da saúde (A), incapacidade (B) e anos de vida perdidos (C) devido aos transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas em 2015
Perda da saúde (DALY), para cada transtorno mental e decorrente do uso de substâncias psicoativas, em 2015, por sexo e idade, no Brasil
Taxa de DALYs por 100mil indivíduos para os transtornos mentais e decorrentes do uso de substâncias psicoativas em 2015, Brasil e Unidades Federativas
Saúde mental
%
4,3
16,4
5,1
10,2
3,6
22,3
00
05
10
15
20
25
Não têm amigos próximos Sentiram-se sozinhos na maioria das vezes ou sempre
Total Sexo masculino Sexo feminino
Fonte: Pense 2015
Sentiu-se sozinho na maioria das vezes ou
sempre (nos últimos 12 meses)
%
10,2 10,5 9,3
10,3 11,0
10,3
22,3 21,5
19,4
23,0
25,2 26,3
00
05
10
15
20
25
30
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Masculino Feminino
Fonte: Pense 2015
Transtornos depressivos e de ansiedade
• Estavam entre as dez maiores causas de incapacidade no Brasil e no mundo em
2015.
• Particularmente no Brasil, os transtornos de ansiedade apresentam as maiores
taxas de YLD (incapacidade) e de DALYs (perda da saúde) do mundo.
• Um dos estudos utilizados para a estimativa encontrou maiores proporções de
prevalência de transtornos de ansiedade no Brasil, em comparação com outros 23
países.
• As possíveis explicações para elevada prevalência no país seriam a violência urbana
e sensação de insegurança, crescimento da violência para o interior do país, as
condições socioeconômicas adversas, a poluição, o alto nível de ruído e a falta de
áreas de lazer nas cidades brasileiras.
SUICÍDIO: A DIMENSÃO DO PROBLEMA
Segundo a OMS e o MS, em média: 804.000 pessoas se suicidam a cada ano (mundo);
2.200 por dia (mundo);
1 óbito a cada 40 segundos (mundo); 29 mortes diárias por suicídio no Brasil;
para cada caso fatal há, pelo menos, outras 20 tentativas “fracassadas”.
OMS, 2014; BRASIL, 2014.
SUICÍDIO: A DIMENSÃO DO PROBLEMA
Botega et al (2005)
Vigilância de Violências e
Acidentes – VIVA
Ficha de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada
VIVA /SINAN
Ficha de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada
VIVA /SINAN
Fichas de Notificação de Violência Interpessoal/Autoprovocada
VIVA /SINAN
Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN
• A tentativa de suicídio é um evento de notificação
compulsória imediata (Portaria GM/MS 1.271 de
06/06/14)
• A notificação imediata é uma estratégia de prevenção de
novas tentativas e da concretização do suicídio
•
• Ficha de notificação – limites do registro • As tentativas de
suicídio são registradas no campo de violência
autoprovocada
•
• Não existe um campo especifico para este evento na ficha
de violências interpessoais e autoprovocadas.
A notificação deve ser
realizada em até 24 horas a
partir do conhecimento da ocorrência
Entre 2011 e 2016 foram notificadas 176.226 lesões autoprovocadas
27,4% (48.204) foram tentativas
de suicídio
Notificação tornou-se
obrigatória a partir de 2011
Tentativa de
suicídio e violência sexual –
notificação imediata
69%
Mulheres Homens
31%
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS. Os dados de 2015 a 2017 são preliminares, sujeitos a alterações.
Principais meios utilizados para tentativa de suicídio notificada no Sinan – Brasil, 2011-2016
[VALOR]%
[VALOR]% [VALOR]%
Envenenamento/Intoxicação Objeto pérfuro-cortante Enforcamento
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS. Os dados de 2015 a 2017 são preliminares, sujeitos a alterações.
Proporção das tentativas de suicídio, de caráter repetitivo, notificadas no Sinan, segundo sexo – Brasil, 2011-2016
31,3
26,4
Mulheres Homens
FONTE: VIVA /SINAN SVS/MS. Os dados de 2015 a 2017 são preliminares, sujeitos a alterações.
Mortes por suicídio - Brasil 2011-2016
21%
79%
Mulheres Homens
62.804 mortes por suicídio
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM
Taxa de mortalidade por suicídio por 100 mil hab. - Brasil, 2011-
2016
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
2011 2012 2013 2014 2015 2016
5,3
5,5
5,6
5,5
5,7
5,8
10.746 7.479 7.578 6.825 6.049 5.659 4.861 3.762 3.401 2.735 2.722 4.320
8.812
5.801 6.569 7.161 8.402 7.237 5.107
4.225 3.935 3.485 3.634 7.545.
8.523
8.200 7.799 7.815 7.551 8.242
7.014 6.396
4.810 4.088 4.100
3.745
17.166 13.964 14.835
17.927 19.788
17.213
12.502
10.255
5.867 6.569
7.366
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
40.000.000
45.000.000
50.000.000
População em pobreza extrema e pobreza nas áreas rural e urbana. Brasil - 1992 a
2017 Pobreza Extrema Rural Pobreza Extrema Urbana Pobreza Rural Pobreza Urbana
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
0,0
20,0
40,0
60,0
Média nacional
Pobreza Extrema Pobreza
7,1
19,6 28,4
11,8
35,8
52,5
Taxa de desemprego para média nacional, população pobre e extremamente pobre Brasil. 2014 e 2016
2014
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Taxa de mortalidade por suicídio por 100 mil hab, segundo sexo - Brasil, 2011-2015
Mulheres Homens Geral
8,7
5,5
Homens
2,4
Mulheres
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
1,7
6,8 7,4
7,9 8 7,7
8,9
05 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e mais
Taxa de mortalidade por suicídio por 100 mil hab, segundo faixa etária - Brasil, 2011-2015
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
9,5 7,6
3,8
23,1
2,7 1,9 1,2
7,7 5,9 4,7
2,4
15,2
Branca Negra (preta + parda) Amarela** Indígena
masculino feminino geral
Taxa de mortalidade por suicídio por 100 mil hab, segundo sexo e raça/cor - Brasil, 2011-2015
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
5 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 ou +
Indigena Branca Negra Amarela
5,7%
Proporção de óbitos por suicídio, segundo faixa etária e raça/cor - Brasil, 2011 a 2015
44,8% dos suicídios indígenas ocorreram na faixa etária de 10-19 anos
44,8%
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
Proporção de óbitos por suicídio segundo meio utilizado e sexo - Brasil, 2011-2015
66,1
13,9 10 10
47
31,2
4
17,9
Enforcamento Intoxicação exógena Arma de fogo Outros
masculino feminino
Pro
po
rção
(%
)
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
Proporção de óbitos por suicídio, segundo situação conjugal - Brasil, 2011 a 2015
solteiro/viúvo/divorciado casado/união estável
60,4%
31,5%
Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade
O suicídio acontece em quase todo o país A Região Sul concentra 23% dos suicídios do Brasil e 14% da população Enquanto que o Sudeste concentra 38% dos suicídios e 42% da população
Alta concentração de suicídio nos municípios de cor vermelha Município em azul não tem suicídio registrado
Concentração de suicídios nos municípios 2010 - 2015
Taxa de mortalidade* por suicídio na população adulta &, Brasil, 2010-2015
Razão entre número de CAPS#
e população adulta&, Brasil
*por 100 mil habitantes; & idade igual ou maior a 20 anos; # nº CAPS por 100 mil habitantes 2464 CAPS no Brasil
São Gabriel da Cachoeira
Taxa de suicídio = 22,7
0,0 (546) 0,3 a 3,6 (1273) 3,7 a 5,8 (1269) 5,9 a 9,5 (1295) 9,5 a 49,9 (1183) 50,0 a 78,7 (4)
Taxa de mortalidade (nº municípios)
1 CAPS para 43.093 hab.
N
nº CAPS/ nº habitantes e (nº municípios)
30,0 a 41,4 (4) 15,0 a 29,9 (15) 3,0 a 14,9 (857) 0,1 a 2,9 (857) 0,0 (3913)
nº CAPS/ nº habitantes e (nº municípios)
Fatores de risco e de proteção para o suicídio
proteção -105 -85 -65 -45 -25 -5 15
CAPS
Branca
Outras profissões
Agropecuários
Indígenas
Proteção Risco
A existência de CAPS no município
reduz em 14% o risco de suicídio
1
Suicídio na Agenda Global
• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 - Indicador do objetivo 3.4: Taxa de mortalidade por suicídio
• OMS - Plano de Ação em Saúde Mental 2013-2020. Meta de reduzir em 10% a taxa de suicidio até 2020
• OPAS - Plano de Ação em Saúde Mental 2015-2020 • Ministério da Saúde: Agenda Estratégica 2017 - 2020
Comitê Gestor de Prevenção do Suicídio do MS
• Existente desde 2016
• Coordenado pelo DAPES/SAS – Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
• Composto por três secretarias do MS: SAS, SVS e SESAI – coordenações afins ao tema
• Instituído pela PORTARIA 3479/GM/MS de 18 de dezembro de 2017.
Ações - Setembro Amarelo
Lançamentos de 2017:
1. Agenda de Ações Estratégicas para a vigilância e prevenção do suicídio e promoção da saúde no Brasil 2017-2020
2. Acordo de Cooperação Técnica com o CVV
3. Boletim Epidemiológico
4. Oficina para jornalistas + Cartilha
5. Informação para a população: folder
Acesse o material: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/802-sas-raiz/daet-raiz/saude-mental/l1-saude-mental/29685-agenda-estrategica-de-prevencao-do-suicidio
SUICÍDIO: PENSANDO ALTERNATIVAS DE PREVENÇÃO
Lançamento
Publicações
4.500
58.800
Setembro de 2015 Agosto de 2017
Nº de atendimentos realizados é
13 vezes maior
no RS
Ministério da Saúde ampliou o acordo e tornou gratuita a ligação para o CVV
em nove estados
• 188 está disponível sem custo para 23 Estados (exceto: BA, MA, PA e PR)
• Centro de Valorização da Vida (CVV) também presta assistência pessoalmente, via e-mail ou chat
• Articulação com os pontos de atenção do SUS locais, que pode acionar acompanhamento na RAPS
Prevenção do Suicídio: Repasse de R$ 1.440.000,00
para Programas em 06 Estados prioritários
Planos de Prevenção ao Suicídio
• 06 Estados Prioritários:
. Maiores taxas de suicídio
. RS, SC, MS, AM, RR, PI
Incentivo para Atendimento das Populações Indígenas
• Portaria Ministerial No. 2663/2017 . Incentivo Financeiro para Atenção Especializada aos Povos Indígenas . Rede Assistencial de Média e Alta Complexidade . CAPS . Serviço precisa integrar Rede de Referência de um DSEI
Incentivo para Pesquisa em Prevenção do Suicídio
• Edital: R$ 4.000.000,00
Então o que fazer?
• Comunicar não basta
• Temos que ter um plano de prevenção
Ações Futuras
ESTRATÉGIAS
1- Desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e prevenção de danos;
2- Desenvolver estratégias de informação, de comunicação e sensibilização da sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido;
3 - Organizar linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção, garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas;
4- Identificar a prevalência dos determinantes e condicionantes do suicídio e tentativas, assim como os fatores protetores e o desenvolvimento de ações intersetoriais de responsabilidade pública, sem excluir a responsabilidade de toda a sociedade;
5- Fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de custo-efetividade, eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio;
ESTRATÉGIAS
6- Contribuir para o desenvolvimento de métodos de coleta e análise de
dados, permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das
informações e dos conhecimentos;
7- Promover intercâmbio entre os Sistema de Informações do SUS e outros
sistemas de informações setoriais afins, implementando e aperfeiçoando
permanentemente a produção de dados e garantindo a democratização das
informações;
8 - Promover a educação permanente dos profissionais de saúde das
unidades de atenção básica, inclusive do PSF, dos serviços de S.M., das
unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da
integralidade e humanização.
Pronto Atendimento Hospitalar
• “a tentativa de suicídio é uma emergência médica também, né?! Pra nós médicos, assim, falando da minha categoria, eu acho que a gente não tem as vezes essa percepção real. Eu acho que a gente tem ainda muita dificuldade de lidar no pós. Eu acho que a gente focou muito no aspecto meramente, digamos, médico da coisa assim, entubar, da intoxicação, dar o suporte de vida, essa coisa toda, mas depois a gente tem ainda uma dificuldade pra lidar com o indivíduo, pra tentar entender... Acho que a gente não se sente muito instrumentalizado. [...] Eu acho que a gente não tem essa instrumentalização, essa qualificação [...] os pacientes se sentem muito constrangidos. Eu acho que a gente tem muita dificuldade pra lidar com isso por falta... talvez acho que de treinamento mesmo... especifico pra lidar.” (MED03).
Eixo Intrassetorial
LIMA, L. Moralidades correntes sobre suicídio em unidades de saúde e seu impacto na assistência: uma análise na perspectiva da bioética de proteção. Universidade de Brasília [dissertação]. Programa Pós Graduação Bioética. Brasília 2018.
DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE FLUXO DE ACESSO
1. Realizar diagnóstico Situacional da Rede de Atenção à Saúde.
2. Identificar os pontos de atenção que prestam atendimento ao usuário e familiares com tentativa de
suicídio.
• Considerar os serviços e ações de saúde que são contratados (contratos formalizados, possui metas e
indicadores, resultados que incidem na assistência).
• Considerar os instrumentos de Planejamento e Programação das Ações e Serviços de Saúde (Planos
de Saúde, Relatório Anual de Gestão, Programação das Ações e Serviços de Saúde).
3. Definir o tipo de atendimento de cada componente da RAS por nível de atenção e situações de risco
definindo protocolo de classificação de risco e priorização.
• Atenção Básica (ESF, Unidades Básicas, NASF, CAPS e demais componentes).
• Atenção Especializada (UPA, Samu 192, Pronto Socorro e Emergências, Hospitais Gerais e
Especializados e Ambulatório de especialidades).
4. Definir Grade de Referência e contra referência.
5. Definir instrumentos de comunicação formal e padrão entre os pontos de atenção.
6. Considerar o sistema de logística e transporte eletivo do território.
7. Desenhar o percurso do usuário na Rede de Atenção à Saúde.
8. Definir estratégias para qualificação dos profissionais do Sus.
Um outro olhar...
Ano 1 - maio de 2012
Tânia, adolescente, tenta suicídio e é levada a um Centro de Saúde. A família é orientada a levá-la ao CAPS I. Não há registros de atendimento na Rede CAPS.
Ano 2 - junho de 2013
Tânia, trazida por desconhecidos, é atendida em uma UPA. Suspeita-se de violência sexual. É feito o protocolo de atendimento.
Ano 3 - abril de 2015
Tânia é encontrada morta, enforcada com uma mangueira, no terraço de casa.
Quando viver torna-se insuportável
“Quem quer se matar não quer terminar com a vida; quer acabar com a dor”.
Vigiar para quê?
• Agir
• Cuidar e proteger
• Promover saúde
• Cumprir as Normativas
Notificações de violências na Saúde
Visibilidade ao problema, permitindo
conhecer sua magnitude, gravidade
e perfil
Dimensão da Linha de Cuidado para Prevenção
Suicídio
Elemento-chave na atenção integral às pessoas, permitindo
que a rede de proteção e de garantia de direitos seja acionada e se articule.
Notificações de violências na Saúde
A notificação de violências interpessoais e autoprovocadas exige de profissionais e de gestores(as) da
saúde uma postura ética e cuidadosa em relação à pessoa que vivencia
situação de violência e à sua família.
Vigilância de Violências – VIVA: notificação
Dispositivo disparador de processos – instrumento de cuidado
Visibilidade ao problema e garantia do cuidado
Articulação intrasetorial
Organização dos serviços de saúde
Articulação intersetorial
Formação de redes de atenção e proteção às pessoas em situação de violências
GARANTIA DE DIREITO E CIDADANIA
Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.
Leonardo Boff
cheila.lima@saúde.gov.br
Obrigada!