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MINERAÇÃO MINA DO ANDRADE MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS AVIFAUNA, HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA DE MÉDIO E GRANDE PORTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE. ECO/DR-02/2018 Belo Horizonte Agosto/ 2018

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MINERAÇÃO MINA

DO ANDRADE

MONITORAMENTO DA FAUNA DE VERTEBRADOS – AVIFAUNA,

HERPETOFAUNA E MASTOFAUNA DE MÉDIO E GRANDE PORTE NAS

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE.

ECO/DR-02/2018

Belo Horizonte

Agosto/ 2018

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Equipe Técnica:

Gustav Valentin Antunes Specht Coordenador Geral e Avifauna (Biólogo Pleno)

Biólogo CRBio 44191/04

Rodrigo Morais Pessoa Avifauna (Biólogo Pleno)

Biólogo CRBio 62274/04

Antônio Meira Linares Herpetofauna (Biólogo Pleno)

Biólogo CRBio 49979/04-D

Fabiola Keesen Ferreira Mastofauna

Biólogo CRBio 57349/04

Maria Emília de Avelar Fernandes Mastofauna (Biólogo Pleno)

Biólogo CRBio 80685/04-D

ARCELORMITTAL MINERAÇÃO

Gerência de Meio Ambiente de Longos e Mineração

Mineração Andrade | Rua do Andrade, s/nº - Bela Vista de Minas

João Monlevade - MG - Brasil

T +55 31 3808 1113 | C +55 31 9283 4264

ECODINÂMICA Consultores Associados Ltda.

Meio Ambiente - Estudos e Projetos

Rua Monte Sião, 167 - Serra

30240-050 - Belo Horizonte - MG

Fone/Fax: (031) 3227 5526

E-mail: [email protected]

www.ecodinamica.com.br

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DR-02/2018

SUMÁRIO

1- Apresentação........................................................................................... 1 2- Objetivo Geral.......................................................................................... 1 2.1- Objetivos Específicos........................................................................... 1 3- Procedimentos Metodológicos................................................................. 1 3.1- Períodos de Amostragem..................................................................... 1 3.2- Áreas de Estudo................................................................................... 2 3.3- Coleta de dados.................................................................................... 6 3.3.1- Avifauna............................................................................................. 6 3.3.1.1- Ponto de escuta.............................................................................. 8 3.3.1.2- Transectos Linear e Registros ocasionais...................................... 9 3.3.1.3- Análise de Dados............................................................................ 9 3.3.2- Herpetofauna..................................................................................... 11 3.3.2.1- Procura visual limitada por tempo (PVLT)...................................... 15 3.3.2.2- Zoofonia em conjunto com procura visual (Z)................................ 16 3.3.2.3- Amostragem de estradas (AE)....................................................... 16 3.3.2.4- Análise de Dados............................................................................ 16 3.3.3- Mastofauna........................................................................................ 17 3.3.3.1- Busca Ativa..................................................................................... 17 3.3.3.2- Armadilhas Fotográficas................................................................. 21 3.3.3.3- Análise de Dados............................................................................ 22 4- Resultados e Discussões........................................................................ 23 4.1- Avifauna................................................................................................ 23 4.1.1- Composição de Espécies.................................................................. 23 4.1.2- Riqueza e Suficiência amostral......................................................... 45 4.1.3- Abundância e Diversidade................................................................. 47 4.1.4- Estado de Conservação.................................................................... 50 4.2- Herpetofauna........................................................................................ 54 4.2.1- Composição de Espécies.................................................................. 54 4.2.2- Riqueza e Suficiência Amostral......................................................... 71 4.2.3- Sazonalidade..................................................................................... 74 4.2.4- Estado de Conservação.................................................................... 74 4.3- Mastofauna........................................................................................... 75 4.3.1- Composição de espécies................................................................... 75 4.3.2- Riqueza e Suficiência Amostral......................................................... 85 4.3.3- Frequência de Ocorrência................................................................. 86 4.3.4- Sazonalidade..................................................................................... 87 4.3.5- Estado de Conservação.................................................................... 88 5- Considerações Finais.............................................................................. 89 5.1- Avifauna................................................................................................ 89 5.2- Herpetofauna........................................................................................ 90 5.3- Mastofauna........................................................................................... 92 5.4- Considerações Gerais.......................................................................... 92

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6- Referências Bibliográficas....................................................................... 94 6.1- Avifauna................................................................................................ 94 6.2- Herpetofauna........................................................................................ 105 6.3- Mastofauna........................................................................................... 109

FIGURAS

FIGURA 1: MAPA DE LOCALIZAÇÃO E USO E OCUPAÇÃO DO ENTORNO DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 2: MAPA DA ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA AVIFAUNA NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 3: MAPA DA ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA HERPETOFAUNA NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 4: MAPA DA ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DE MAMÍFERO DE MÉDIO E GRANDE PORTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 5: NÚMERO DE ESPÉCIES REGISTRADAS POR FAMÍLIAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELOR MITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 6: SENSIBILIDADE A PERTURBAÇÕES ANTRÓPICAS DAS ESPÉCIES REGISTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 7: DEPENDÊNCIA FLORESTAL DAS AVES REGISTRADAS DURANTES AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 8: NÚMERO DE ESPÉCIES E ESPÉCIES EXCLUSIVAS REGISTRADAS NAS PRINCIPAIS FITOFISIONOMIAS AMOSTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 9: ALIMENTAÇÃO PREFERENCIAL (GUILDAS TRÓFICAS) DAS ESPÉCIES REGISTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 10: CURVA DO COLETOR OBTIDA ATRAVÉS DO MÉTODO DE PONTOS DE OBSERVAÇÕES PARA O MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DA ARCELORMITTAL BRASIL S/A - MINA DO ANDRADE

FIGURA 11: CURVA DO COLETOR OBTIDA ATRAVÉS DO MÉTODO DE TRANSECTOS LINEARES PARA O MONITORAMENTO DA AVIFAUNA DA ARCELORMITTAL BRASIL S/A - MINA DO ANDRADE

FIGURA 12: ESPÉCIES COM OS MAIORES ÍNDICES PONTUAIS DE ABUNDANCIA (IPA) OBTIDOS DURANTE O MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 13: DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS POR FAMÍLIAS REGISTRADAS EM QUATRO CAMPANHAS DE COLETADA DE DADOS, REFERENTE AO MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

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FIGURA 14: COMPARAÇÃO ENTRE AS CAMPANHAS, DA ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADAS NO MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS

FIGURA 15: DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS POR FAMÍLIAS DURANTE O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 16: COMPARAÇÃO ENTRE AS CAMPANHAS, DA ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS REGISTRADAS DURANTE MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 17: CURVA DE ACUMULAÇÃO DE ESPÉCIES DE ANFÍBIOS E ESTIMADOR DE RIQUEZA DE ESPÉCIES JACKKNIFE1. AS BARRAS CORRESPONDEM AO DESVIO-PADRÃO. RIQUEZA OBSERVADA DE 26 ESPÉCIES E RIQUEZA ESTIMADA EM 34,44 ESPÉCIES

FIGURA 18: CURVA DE ACUMULAÇÃO DE ESPÉCIES DE RÉPTEIS E ESTIMADOR DE RIQUEZA DE ESPÉCIES JACKKNIFE1. AS BARRAS CORRESPONDEM AO DESVIO-PADRÃO. RIQUEZA OBSERVADA DE NOVE ESPÉCIES E RIQUEZA ESTIMADA EM 14,63 ESPÉCIES

FIGURA 19: REPRESENTATIVIDADE, EM PORCENTAGEM, DAS ORDENS DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS DURANTE AS DUAS CAMPANHAS DE MONITORAMENTO NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 20: CURVA DE RAREFAÇÃO MOSTRANDO A RIQUEZA DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE OBSERVADA E A ESTIMADA (JACKKNIFE I), COM SEUS RESPECTIVOS INTERVALOS DE CONFIANÇA A 95%, PARA O MÉTODO DE BUSCA ATIVA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 21: CURVA DE RAREFAÇÃO MOSTRANDO A RIQUEZA DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE OBSERVADA E A ESTIMADA (JACKKNIFE I), COM SEUS RESPECTIVOS INTERVALOS DE CONFIANÇA A 95%, PARA O MÉTODO DE ARMADILHAS FOTOGRÁFICAS NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FIGURA 22: FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIA (FO) DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS DURANTE AS DUAS CAMPANHAS DE MONITORAMENTO NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG. SÃO APRESENTADAS AS DEZ ESPÉCIES MAIS FREQUENTES DURANTE O MONITORAMENTO

FIGURA 23: DENDOGRAMA DE SIMILARIDADE DAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS DURANTE AS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA DURANTE O MONITORAMENTO NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELAS

TABELA 1: UNIDADES AMOSTRAIS (PONTOS E TRANSECTOS) COM SUAS RESPECTIVAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS, FITOFISIONOMIAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 2: SÍTIOS DE AMOSTRAGEM DO MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA DA MINA DE ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

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TABELA 3: IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DOS TRANSECTOS (T) ALOCADOS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO MINA DO ANDRADE, DURANTE A REALIZAÇÃO DO PRESENTE ESTUDO

TABELA 4: LOCALIZAÇÃO DAS ARMADILHAS FOTOGRÁFICAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 5: ESPÉCIES REGISTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DO MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 6: ESPÉCIES DE AVES CINEGÉTICAS E XERIMBABOS REGISTRADOS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 7: ESPÉCIES COM OS MAIORES ÍNDICES PONTUAIS DE ABUNDANCIA (IPA) OBTIDOS DURANTE O MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 8: ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO E ESPÉCIES ENDÊMICAS REGISTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO DA AVIFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 9: LISTA DE ESPÉCIES DE ANFÍBIOS REGISTRADAS EM QUATRO CAMPANHAS DE COLETA DE DADOS REFERENTE AO MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 10: LISTA DAS ESPÉCIES DE RÉPTEIS REGISTRADAS EM QUATRO CAMPANHAS DE COLETA DE DADOS DURANTE O MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

TABELA 11: LISTA DE ESPÉCIES DE MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE REGISTRADAS DURANTE AS QUATRO CAMPANHAS DE MONITORAMENTO NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG

FOTOS

FOTO 1: FRAGMENTO DE FLORESTA SECUNDÁRIA. FOTO 2: AMBIENTE DE CAMPO CERRADO PRESENTE NAS ÁREAS DE

INFLUÊNCIA DA MINA DO ANDRADE. FOTO 3: REGIÃO DESCAMPADA COMPOSTA POR PASTAGEM, ENCONTRADA NO

ENTORNO DA MINA DO ANDRADE. FOTO 4: FLORESTA CILIAR AO RIO SANTA BÁRBARA ELUCIDANDO OS

AMBIENTES FLORESTAIS E AQUÁTICOS. FOTO 5: VEGETAÇÃO EM REGENERAÇÃO NA BORDA DE MATA CILIAR

EVIDENCIANDO AMBIENTE DE CAPOEIRA, VISTA DO PONTO 3. FOTO 6: FRAGMENTO DE FLORESTA SECUNDÁRIA EM REGENERAÇÃO NO SUB-

BOSQUE DE EUCALIPTAIS. FOTO 7: BORDA DE FLORESTA SECUNDÁRIA AO LADO DE ESTRUTURAS DE

CAVA DA MINERAÇÃO DA MINA DE ANDRADE. FOTO 8: VISTA PANORÂMICA DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS EM GRAU INICIAL

DE REGENERAÇÃO, MATRIZ DE AMBIENTES NA ÁREA DE ESTUDO. FOTO 9: BIÓLOGO ORNITÓLOGO REALIZANDO OBSERVAÇÃO DE AVES COM

AUXÍLIO DO BINÓCULO DURANTE A AMOSTRAGEM NO PONTO DE ESCUTA, MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG.

FOTO 10: BIÓLOGO ORNITÓLOGO REALIZANDO OBSERVAÇÕES E ANOTAÇÕES E CADERNETA DE CAMPO DURANTE AMOSTRAGEM DE TRANSECTOS NA MINA DO ANDRADE, ARCELORMITTAL BRASIL S/A, BELA VISTA DE MINAS, MG.

FOTO 9: PONTO 1.

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FOTO 10: PONTO 2. FOTO 11: PONTO 3. FOTO 12: PONTO 4 FOTO 13: PONTO 5. FOTO 14: PONTO 6. FOTO 15: PONTO 7. FOTO 16: PONTO 8. FOTO 17: TRANSECTO 1. FOTO 18: TRANSECTO 2. FOTO 19: TRANSECTO 3. FOTO 20: TRANSECTO 4. FOTO 21: TRANSECTO 5. FOTO 22: TRANSECTO 6. FOTO 23: TRANSECTO 7. FOTO 24: TRANSECTO 8. FOTO 25: APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DE PROCURA VISUAL LIMITADA POR

TEMPO NO PERÍODO DIURNO. FOTO 26: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 1 (T1). FOTO 27: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 2 (T2). FOTO 28: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 3 (T3). FOTO 29: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 4 (T4). FOTO 30: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 5 (T5). FOTO 31: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 6 (T6). FOTO 32: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 7 (T7). FOTO 33: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 8 (T8). FOTO 34: AMBIENTE QUE CONTEMPLA O TRANSECTO 9 (T9). FOTO 35: BUSCA ATIVA DIURNA NO TRANSECTO T6. FOTO 36: BUSCA ATIVA DIURNA COM USO DE BINÓCULOS NO TRANSECTO T5. FOTO 37: BUSCA ATIVA NOTURNA NO TRANSECTO T9. FOTO 38: REGISTRO DE RASTRO DURANTE BUSCA ATIVA NOTURNA NO

TRANSECTO T4. FOTO 39: EVIDÊNCIAS DE INTERVENÇÃO E OBRAS NO ANTIGO PONTO DE

INSTALAÇÃO DA CT4. FOTO 40: PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DE ARMADILHA FOTOGRÁFICA CT1. FOTO 41: DISPONIBILIZAÇÃO DE ISCAS EM FRENTE ARMADILHA FOTOGRÁFICA

CT4. FOTO 42: ARMADILHA FOTOGRÁFICA (CT2) INSTALADA. FOTO 43: SAÍ-AZUL (DACNIS CAYANA) ESPÉCIES COM BAIXA SENSIBILIDADE A

PERTURBAÇÕES ANTRÓPICAS REGISTRADA AO LONGO DA TERCEIRA CAMPANHA DO MONITORAMENTO.

FOTO 44: BEIJA-FLOR-PRETO (FLORISUGA FUSCA). ESPÉCIE COM MÉDIA SENSIBILIDADE A PERTURBAÇÕES ANTRÓPICAS REGISTRADA DURANTE A TERCEIRA CAMPANHA.

FOTO 45: BICO-VIRADO-CARIJÓ (XENOPS RUTILANS) FOTOGRAFADOS DURANTE A QUARTA CAMPANHA.

FOTO 46: TIZIU (VOLATINIA JACARINA) FOTOGRAFADO DURANTE A PRIMEIRA CAMPANHA.

FOTO 47: LIMPA-FOLHA-DE-TESTA-BAIA (PHILYDOR RUFUM) REGISTRADO EM FLORESTA SECUNDÁRIA NA ÁREA DE ESTUDO.

FOTO 48: ANDORINHA-SERRADORA (STELGIDOPTERYX RUFICOLLIS), ESPÉCIES INSETÍVORA.

FOTO 49: RENDEIRA (MANACUS MANACUS) FOTO 50: MAITACA (PIONUS MAXIMILIANI) FOTO 51: SAÍ-ANDORINHA (TERSINA VIRIDIS). FOTO 52: JUCUQUAÇU (PENELOPE OBSCURA), ESPÉCIES FRUGÍVORA. FOTO 53: FOTOS DA ÁGUIA-CINZENTA (URUBITINGA CORONATA) AVISTADA NA

REGIÃO DE ESTUDO. FOTO 54: ISCHNOCNEMA IZECKSOHNI. FOTO 55: RHINELLA CRUCIFER.

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FOTO 56: RHINELLA SCHNEIDERI. FOTO 57: HADDADUS BINOTATUS. FOTO 58: THOROPA MILIARIS. FOTO 59: BOANA ALBOPUNCTATA. FOTO 60: BOANA CREPITANS. FOTO 61: BOANA FABER. FOTO 62: BOANA PARDALIS FOTO 63: BOANA POLYTAENIA. FOTO 64: BOANA SEMILINEATA. FOTO 65: BOKERMANNOHYLA CIRCUMDATA. FOTO 66: DENDROPSOPHUS DECIPIENS. FOTO 67: DENDROPSOPHUS ELEGANS. FOTO 68: DENDROPSOPHUS MINUTUS. FOTO 69: OLOLYGON LUIZOTAVIOI FOTO 70: SCINAX EURYDICE. FOTO 71: SCINAX FUSCOVARIUS. FOTO 72: SCINAX AFF.PERERECA. FOTO 73: LEPTODACTYLUS FURNARIUS. FOTO 74: LEPTODACTYLUS FUSCUS. FOTO 75: LEPTODACTYLUS JOLYI. FOTO 76: LEPTODACTYLUS LABYRINTHICUS. FOTO 77: LEPTODACTYLUS LATRANS. FOTO 78: PHYSALAEMUS CROMBIEI. FOTO 79: PHYSALAEMUS CUVIERI. FOTO 80: ODONTOPHRYNUS CULTRIPES. FOTO 81: PHYLLOMEDUSA BURMEISTERI. FOTO 82: PHRYNOPS GEOFFROANUS. FOTO 83: AMPHISBAENA ALBA. FOTO 84: ENYALIUS BILINEATUS. FOTO 85: AMEIVA AMEIVA AMEIVA. FOTO 86: SALVATOR MERIANAE FOTO 87: TROPIDURUS TORQUATUS. FOTO 88: CHIRONIUS SP.. FOTO 89: OXYRHOPUS GUIBEI. FOTO 90: OXYRHOPUS TRIGEMINUS. FOTO 91: SPILOTES PULLATUS PULLATUS. FOTO 92: TANTILLA BOIPIRANGA FOTO 93: TROPIDODRYAS SP. PREDANDO AMEIVA AMEIVA AMEIVA. FOTO 94: XENODON MERREMII. FOTO 95: BOTHROPS JARARACA. FOTO 96: CROTALUS DURISSUS TERRIFICUS. FOTO 97: CHRYSOCYON BRACHYURUS REGISTRADO OCASIONALMENTE PELA

EQUIPE DE HERPETOFAUNA NA ÁREA DA MINA DO ANDRADE. FOTO 98: DIDELPHIS ALBIVENTRIS REGISTRADO DURANTE BUSCA ATIVA

NOTURNA NO T6. FOTO 99: PEGADA DE NASUA NASUA REGISTRADA DURANTE BUSCA ATIVA

DIURNA NO T7. FOTO 100: TOCA ATRIBUÍDA A DASYPUS SP. REGISTRADA DURANTE BUSCA

DIURNA NO T7. FOTO 101: PEGADA DE LEOPARDUS PARDALIS REGISTRADA OCASIONALMENTE

EM ESTRADA PRÓXIMA À BACIA DE SEDIMENTAÇÃO 7. FOTO 102: CUNICULUS PACA REGISTRADA POR ARMADILHA FOTOGRÁFICA. FOTO 103: PEGADA DE PUMA CONCOLOR REGISTRADA DURANTE BUSCA ATIVA

DIURNA NO T1. FOTO 104: FEZES ATRIBUÍDAS À LEOPARDUS SP. REGISTRADAS DURANTE BUSCA

ATIVA DIURNA NO T7. FOTO 105: CERDOCYON THOUS REGISTRADO POR ARMADILHA FOTOGRÁFICA. FOTO 106: SYLVILAGUS BRASILIENSIS REGISTRADO DURANTE BUSCA ATIVA

NOTURNA NO T7.

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FOTO 107: PEGADA DE CERDOCYON THOUS REGISTRADA DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T6.

FOTO 108: MAZAMA GOUAZOUBIRA REGISTRADO OCASIONALMENTE NA ÁREA DA MINA DO ANDRADE.

FOTO 109: TOCA DE EUPHRACTUS SEXCINCTUS REGISTRADA DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T4.

FOTO 110: GUERLINGUETUS BRASILIENSIS REGISTRADO DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T5.

FOTO 111: CALLITHRIX GEOFFROYI REGISTRADO DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T9.

FOTO 112: FEZES DE SYLVILAGUS BRASILIENSIS REGISTRADAS DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T2.

FOTO 113: FEZES DE PUMA CONCOLOR REGISTRADAS DURANTE BUSCA ATIVA DIURNA NO T8.

FOTO 114: INDIVÍDUOS DE DIDELPHIS AURITA REGISTRADOS PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA CT1.

FOTO 115: EIRA BARBARA REGISTRADA POR ARMADILHA FOTOGRÁFICA. FOTO 116: DIDELPHIS AURITA REGISTRADO POR ARMADILHA FOTOGRÁFICA. FOTO 117: SYLVILAGUS BRASILIENSIS REGISTRADO PELA ARMADILHA

FOTOGRÁFICA CT2. FOTO 118: CABASSOUS SP. REGISTRADO PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA CT2. FOTO 119: LEOPARDUS PARDALIS REGISTRADA PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA

CT4. FOTO 120: PROCYON CANCRIVORUS REGISTRADO PELA ARMADILHA

FOTOGRÁFICA CT5. FOTO 121: PEGADA DE TAMANDUA TETRADACTYLA REGISTRADA

OCASIONALMENTE NA ÁREA DA MINA DO ANDRADE. FOTO 122: PHILANDER FRENATUS REGISTRADO PELA ARMADILHA FOTOGRÁFICA. FOTO 123: PONTO DE AMOSTRAGEM HP1 ANTES DA ALTERAÇÃO. FOTO 124: PONTO DE AMOSTRAGEM HP1 APÓS ALTERAÇÃO. FOTO 125: PONTO DE AMOSTRAGEM HP7 ANTES DA ALTERAÇÃO. FOTO 126: PONTO DE AMOSTRAGEM HP7 APÓS ALTERAÇÃO. FOTO 127: REGISTRO DE COMEDOUROS ARTIFICIAS

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DR-02/2018

1 APRESENTAÇÃO

O presente relatório refere-se aos resultados obtidos após a realização de quatro campanhas de coleta de dados, referente às estações seca e chuvosa dos anos de 2017 e 2018, do Programa de Monitoramento de Fauna nas áreas influência da Mina do Andrade e entorno imediato do empreendimento, em cumprimento à Condicionante Ambiental n° 07, 08 e 09 do PROCESSO 00105/1998/018/2012. A metodologia de coleta de dados descrita no presente relatório refere-se à àquela proposta e executada durante coleta de dados da campanha realizada em 2016 (GEOMIL, 2016), não tendo sido proposta pela equipe, aqui, executora. Por se tratar de uma atividade de monitoramento, entende-se ser necessária a manutenção do escopo anteriormente proposto, o qual foi sistematicamente seguido pela presente equipe. Algumas adequações na interpretação e análises de dados foram realizadas a fim de se ajustar aos pressupostos em estudos de monitoramento. 2 OBJETIVO GERAL

O presente estudo tem por finalidade atender simultaneamente aos objetivos específicos de inventário (levantamento de dados primários) e de monitoramento (confirmações, correções, ratificações e retificações) da avifauna, herpetofauna e mastofauna de médios e grandes mamíferos presentes nas áreas de influência da atividade de mineração da ArcelorMittal Brasil S/A - Mina do Andrade. 2.1 Objetivos Específicos

O monitoramento visa ainda, com base nos parâmetros quantitativos e na composição de espécies detectadas na área, inferir sobre possíveis impactos negativos ocasionados pelas atividades do empreendimento, propondo medidas mitigadoras. Da mesma forma, pretende-se indicar eventuais espécies ameaçadas, endêmicas e de interesse cinegético ocorrentes nas áreas de influência do empreendimento. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Períodos de Amostragem

Os estudos em campo dos grupos da avifauna, herpetofauna e mastofauna de médios e grandes mamíferos foram conduzidos entre os dias 08 e 13 de março de 2017, durante a estação chuvosa. Entre os dias 26 de Julho a 02 de agosto, durante a estação seca. No segundo ano de estudo a terceira campanha foi realizada entre os dias A campanha referente à estação seca foi realizada no período compreendido e 22 e 27 de fevereiro na estação chuvosa e entre os dias 19 e 24 de Julho, novamente durante a estação seca.

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3.2 Áreas de Estudo

O empreendimento Mina do Andrade está localizado no município de Bela Vista de Minas/MG, em uma região de transição entre o bioma da Mata Atlântica e o Cerrado, cuja cobertura vegetal predominante é de Floresta Estacional Semidecidual (IBGE, 2015). Figura 1: Mapa de localização e uso e ocupação do entorno da Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. (EM ANEXO) Em seu entorno é possível observar ambientes diversificados, com a presença de eucaliptais antigos com sub-bosque de vegetação nativa, em diferentes estágios de regeneração. Ao longo das drenagens dos rios e córregos ainda persistem remanescentes de mata ciliar, sendo também possível observar a presença de capoeiras, áreas degradadas em regeneração, pequenos brejos ou áreas alagadas e áreas antropizadas como pastagens. A vegetação presente na Mina do Andrade encontra-se em diferentes estágios sucessionais e distintos graus de preservação. No entanto, embora fragmentados e circundados por extensos plantios de eucalipto, estes remanescentes são importantes em termos de conservação de uma parcela da biodiversidade da região, pois apresentam boa conectividade, especialmente ao longo do rio Santa Bárbara, onde ocorrem trechos expressivos de matas ciliares e de encosta.

Foto 1: Fragmento de floresta secundária. Foto: Gustav Specht

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Foto 2: Ambiente de campo cerrado presente nas áreas de influência da Mina do Andrade. Foto: Gustav Specht.

Foto 3: Região descampada composta por pastagem, encontrada no entorno da Mina do Andrade. Foto: Rodrigo Pessoa.

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Foto 4: Floresta Ciliar ao Rio Santa Bárbara elucidando os ambientes florestais e aquáticos. Foto: Gustav Specht.

Foto 5: Vegetação em regeneração na Borda de Mata ciliar evidenciando ambiente de capoeira, Vista do ponto 3. Foto: Rodrigo Pessoa.

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Foto 6: Fragmento de Floresta secundária em regeneração no sub-bosque de eucaliptais. Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 7: Borda de Floresta Secundária ao lado de estruturas de cava da mineração da Mina de Andrade. Foto: Rodrigo Pessoa.

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Foto 8: Vista panorâmica de Florestas secundárias em grau inicial de regeneração, matriz de ambientes na área de estudo. Foto: Rodrigo Pessoa.

3.3 Coleta de dados 3.3.1 Avifauna

O Desenho amostral para coleta de dados primários foi estabelecido durante a campanha do monitoramento realizada no ano de 2016 (GEOMIL, 2016). Com o intuito de dar continuidade aos trabalhos realizados, este estudo, manteve as unidades amostrais assim como as metodologias empregadas em cada uma delas (Tabela 1 e Figura 2). Foram, portanto, considerados cinco dias efetivos de campo com amostragem de 11 pontos de escuta (PO) e 08 caminhamentos em transecto linear (TST).

Tabela 1: Unidades Amostrais (Pontos e Transectos) com suas respectivas coordenadas geográficas, fitofisionomias nas áreas de influência da Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. Metodologia Coordenadas Utm 23k Fitofisionomia

PO 01 693044 / 7812205 Capoeira PO 02 694173 / 7812027 Floresta secundária (ciliar) PO 03 695964 / 7812424 Floresta Secundária (ciliar) PO 04 697489 / 7812321 Pastagem PO 05 692452 / 7812805 Pastagem PO 06 690121 / 7811904 Floresta secundária PO 07 693984 / 7810506 Eucaliptal com sub-bosque PO 08 694222 / 7810753 Capoeira PO 09 691652 / 7810043 Floresta secundária PO 10 697035 / 7811142 Capoeira PO 11 698287 / 7811099 Floresta secundária TST 01 Início 693176 / 7811869 Floresta secundária

Fim 692508 / 7812003 TST 02 Início 694888 / 7812259 Floresta secundária

Fim 695258 / 7812268 TST 03 Início 689938 / 7812232 Floresta secundária/Capoeira

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Metodologia Coordenadas Utm 23k Fitofisionomia Fim 689526 / 7812423

TST 04 Início 690736 / 7811399 Floresta secundária Fim 691949 / 7811990

TST 05 Início 692609 / 7811925 Floresta secundária Fim 691777 / 7811752

TST 06 Início 692027 / 7809973 Eucaliptal com sub-bosque Fim 693634 / 7810172

TST 07 Início 695691 / 7809339 Floresta secundária/Capoeira Fim 696666 / 7810799

TST 08 Início 690908 / 7810096 Floresta secundária Fim 690410 / 7810362

Legenda: PO - Ponto de escuta; TST – Transecto Linear. Figura 2: Mapa da área de estudo com a distribuição dos pontos de amostragem da avifauna nas áreas de influência da Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. (EM ANEXO) Os ambientes e fitofisionomias observados ao longo dos pontos de amostragem foram caracterizados da seguinte forma:

• Floresta Secundária: ambientes de floresta estacional semidecidual em diferentes estágios de regeneração. Também foram incluídas nesta categoria as espécies registradas em eucaliptais abandonados com presença de sub-bosque nativo, uma vez que em alguns trechos a vegetação florestal encontra-se regenerada a ponto de ser impossível separar sua utilização pela avifauna.

• Capoeira: ambientes florestais em estágio inicial de regeneração, em alguns casos com predomínio do canudo-de-pito (Mabea fistulifera), em outros pontos com grande presença de candeias (Eremanthus sp.).

• Áreas antropizadas: ambientes descaracterizados e com forte influência antrópica, como áreas de lavra, taludes revegetados, fazendas, pomares, jardins e habitações humanas.

• Pasto: pastagens exóticas dominadas por Brachiaria sp. e também pastos abandonados com aspecto de campo sujo em estados inicial de regeneração.

• Aquático: Ambiente próximo a açudes, barragens artificiais na área de lavra, córregos e brejos.

A seguir são detalhadas cada uma das metodologias de coleta de dados.

3.3.1.1 Ponto de escuta

A metodologia de Ponto de Escuta (ou Pontos de observação e escuta) consiste em pontos fixos no centro de um círculo imaginário com ou sem raio definido (nesse estudo foi definido o raio de 60 metros), no qual todos os indivíduos visualizados e/ou ouvidos são identificados e contabilizados (adaptado de BIBBY et al., 1998; RALPH et al., 1995). Os pontos foram estabelecidos tomando o cuidado para que a proximidade mínima entre eles fosse maior que 200 metros de distância. O período de amostragem em cada ponto foi de 15 minutos, tendo sido realizadas duas visitas em cada ponto, uma no período matutino, iniciando ao nascer-do-sol e uma pseudo-réplica no período vespertino iniciando uma ou duas horas antes do pôr-do-sol local. Esta metodologia permite a obtenção de

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dados robustos em curtos espaços de tempo, incluindo um levantamento acurado da riqueza de espécies, bem como dados de composição e abundância relativa, que podem ser relacionados com variáveis ambientais (O’DEA et al., 2004).

Foto 9: Biólogo ornitólogo realizando observação de aves com auxílio do binóculo durante a amostragem no ponto de escuta, Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. Foto: Ursola Sabino.

Foto 10: Biólogo ornitólogo realizando observações e anotações e caderneta de campo durante amostragem de transectos na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. Foto: Rodrigo Pessoa.

3.3.1.2 Transectos Linear e Registros ocasionais

A metodologia do Transecto Linear consiste na realização de caminhamentos por trilhas ou estradas com largura das faixas de observação pré-definidas em 25 metros para cada lado. Sempre que possível, foram feitos registros fotográficos e gravações dos indivíduos, sendo as fotos e gravações depositadas no arquivo pessoal dos pesquisadores. Ocasionalmente foi utilizada, também, a técnica do Playback, que consiste na reprodução da vocalização de uma espécie como forma de confirmação de sua identificação. As espécies que possuem comportamento “territorialista” respondem bem ao seu canto, especialmente na estação reprodutiva (SICK, 1997). No caso de identificações duvidosas dos espécimes registrados, recorreu-se ao auxílio de bibliografia especializada (RIDGELY & TUDOR, 1994; PEÑA & RUMBOLL, 1998; ERIZE et al., 2006; VAN PERLO, 2009; GRANTSAU, 2010). Ao longo dos deslocamentos entre pontos e transectos foram anotadas, como registros ocasionas, todas as espécies de aves visualizadas e/ou ouvidas presentes na área de estudo. Estas não foram incluídas nas análises estatísticas e foram utilizadas apenas para composição da lista de espécies registradas na região do empreendimento.

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3.3.1.3 Análise de Dados

As espécies foram classificadas de acordo com a dependência de ambientes florestais (adaptado de SILVA, 1995), sendo divididas nas três categorias a seguir:

o Independente: Espécies que ocorrem predominantemente em vegetação aberta (e.g. campo hidromórfico, campo limpo, campo sujo, campo cerrado, campos rupestres e pastagens).

o Semi-dependente: Espécies que ocorrem em vegetação aberta, florestas e ambientes aquáticos.

o Dependente: Espécies encontradas principalmente em habitats florestais (e.g. Floresta Estacional Semidecidual, matas ciliares, matas de galeria e capoeiras).

Quanto ao hábito alimentar (MOTTA-JÚNIOR, 1990; SICK, 1997; LOPES et al., 2005 & TELINO-JÚNIOR et al., 2005), as espécies foram classificadas nas seguintes guildas tróficas:

o Insetívoros: Predomínio de insetos e outros artrópodes na dieta. o Inseto-carnívoros: Insetos, outros artrópodes e pequenos vertebrados, em

proporções similares. o Onívoros: Insetos/artrópodes, pequenos vertebrados, frutos e/ou

sementes. o Frugívoros: Predomínio de frutos na dieta. o Granívoros: Predomínio de grãos na dieta. o Nectarívoros: Predomínio de néctar, complementado por pequenos

insetos/artrópodes. o Carnívoros: Predomínio de vertebrados vivos e/ou mortos na dieta,

incluindo a classe Piscívora (predomínio de peixes). As espécies também foram categorizadas quanto ao grau de sensibilidade às perturbações antrópicas (segundo STOTZ et al., 1996), sendo classificadas como de baixa, média ou alta sensibilidade. A nomenclatura científica e popular adotada está de acordo com a Lista de Aves do Brasil (PIACENTINI, 2015). A definição do status de ameaça de extinção ocorreu por meio da consulta às listas de espécies ameaçadas em nível global (IUCN, 2018), nacional (MMA, 2014) e estadual (COPAM, 2010). As espécies consideradas “Quase Ameaçadas” e “Deficientes em Dados” em nível nacional e estadual estão classificadas, quando aplicável, de acordo com Machado et al. (2005) e Fundação Biodiversitas (2008). O status de endemismo foi definido com base em Brooks et al. (1999), para os endemismos da Mata Atlântica, Silva & Bates (2002) e Piacentini et al. (2015), para os táxons restritos ao território brasileiro. Foram consideradas aves cinegéticas aquelas que possuem valor como xerimbabos e aquelas que possuem valor de criação ou comercialização. Os dados coletados nos pontos de escuta e nos transectos lineares foram tabulados em planilhas digitais. Os dados referentes aos pontos de escuta foram analisados por meio do programa PAST ver. 3.04 (HAMMER et al., 2001). A diversidade foi mensurada através do índice de diversidade de Shannon, proposto por Magurran (1988), que fornece uma relação entre o número de espécies e suas abundâncias relativas. Foi calculado também por meio do Índice de Pielou a Equitabilidade total, expressando a maneira pela qual o número de indivíduos está distribuído entre as diferentes espécies, isto é, indica se as

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diferentes espécies possuem abundância (número de indivíduos) semelhante ou divergente. (MARTINS & SANTOS 1999). Os dados obtidos através dos registros aleatórios foram analisados somente de forma qualitativa para composição da lista de espécies. Através do programa EstimateS 9.0 (COLWELL, 2013) foram traçadas uma curva do coletor para cada metodologia (Pontos e Transectos), utilizando-se o estimador não-paramétrico de riqueza Jackknife de 1ª ordem ramdomizados 100 vezes. Diferentemente do realizado em relatórios anteriores, optou-se por separar as análises de suficiência amostral entre cada metodologia, pois as estas não apresentam a mesma unidade amostral o que inviabiliza o teste estatístico. A abundância relativa das espécies foi obtida através do cálculo do Índice Pontual de Abundância (IPA). O IPA corresponde ao número total de contatos obtidos para determinada espécie dividido pelo número total de amostras. Cada contato de uma amostra corresponde à ocupação de um território ou presença de um indivíduo ou grupo no raio de detecção da espécie no ponto (VIELLIARD & SILVA, 1990; VIELLIARD et al., 2010), e cada amostra correspondeu à realização de um ponto de escuta de 15 minutos de duração (Salienta-se que para o cálculo do IPA não foram consideradas as pseudo réplicas realizadas no período vespertino). O IPA indica a abundância da espécie em função do seu coeficiente de detecção, sendo um valor relativo que permite comparações entre medidas da mesma espécie (em locais ou períodos diferentes) ou de conjuntos equivalentes de espécies (entre comunidades semelhantes) (VIELLIARD & SILVA, 1990; VIELLIARD et al., 2010).

3.3.2 Herpetofauna

Os sítios de amostragem foram selecionados e definidos previamente (Tabela 2, Figura 3 e fotos a seguir) pela equipe que conduziu a primeira campanha do monitoramento (GEOMIL, 2016), sendo mantidos pela presente equipe, no intuito de acompanhar as interferências da operação do empreendimento ao longo do período definido para o monitoramento. Um total de 16 sítios de amostragem foi estudado: oito corpos d'água, seis lagoas, dois riachos permanentes e oito transectos em estradas de terra margeadas por vegetação em diferentes estágios de regeneração durante uma hora no período diurno e uma hora no período noturno, totalizando 32 horas de esforço amostral. Como a amostragem foi realizada por dois pesquisadores experientes, é considerado o esforço amostral de cada pesquisador, totalizando, portanto, 64 horas de esforço amostral por campanha. Ao final da quarta campanha do monitoramento, o esforço amostral total foi de 256 horas de busca ativa.

Tabela 2: Sítios de amostragem do monitoramento da herpetofauna da Mina de Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

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Ponto Caracterização Coordenadas Geográficas

UTM 23K WGS84

PH1 Lagoa antropizada margeada por vegetação herbácea e arbustiva. 689542 7812270

PH2 Riacho permanente de fundo rochoso / arenoso, em mata de galeria secundária. 692214 7811938

PH3 Riacho permanente de fundo arenoso com pequeno barramento, em mata de galeria secundária. 692405 7811949

PH4 Riacho permanente de fundo arenoso, em área aberta com vegetação herbácea e arbustiva. 693036 7811763

PH5 Lagoa permanente em interior de floresta estacional semidecidual. 699117 7811327

PH6 Lagoa artificial, com margem antropizada (Bacia de Sedimentação 7). 690337 7811425

PH7 Poça permanente artificial em borda de floresta secundária, com predominância de eucaliptos. 690518 7810366

PH8 Lagoa artificial, com margem antropizada. Local de abastecimento de caminhões-pipa. 690669 7811312

TH1 Estrada de terra margeada por eucaliptal, com vegetação em regeneração. 693372 7809432

TH2 Estrada de terra margeada por floresta secundária, paralela ao rio Santa Bárbara. 695352 7812228

TH3 Estrada de terra margeada por floresta secundária, paralela ao rio Santa Bárbara.

693723 7812116

TH4 Estrada de terra em área antropizada, margeada por vegetação secundária com predominância de eucaliptos. 695693 7809271

TH5 Estrada de terra margeada por vegetação secundária com predominância de eucaliptos, com presença de córrego permanente.

692032 7811686

TH6 Estrada de terra margeada por floresta secundária. 692734 7812002

TH7 Estrada de terra em área antropizada, margeada por vegetação herbáceo arbustiva e floresta secundária. 689955 7812230

TH8 Estrada de terra margeada por vegetação secundária com predominância de eucaliptos, com presença de lagoa permanente.

691599 7811752

Foto 9: Ponto 1. Foto: Antônio M. Linares. Foto 10: Ponto 2. Foto: Antônio M. Linares.

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Foto 11: Ponto 3. Foto: Antônio M. Linares. Foto 12: Ponto 4. Foto: Antônio M. Linares.

Foto 13: Ponto 5. Foto: Antônio M. Linares. Foto 14: Ponto 6. Foto: Antônio M. Linares.

Foto 15: Ponto 7. Foto: Laila M. Pimenta.

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Foto 16: Ponto 8. Foto: Antônio M. Linares.

Foto 17: Transecto 1. Foto: Antônio M. Linares. Foto 18: Transecto 2. Foto: Antônio M. Linares.

Foto 19: Transecto 3. Foto: Antônio M. Linares. Foto 20: Transecto 4. Foto: Antônio M. Linares.

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Foto 21: Transecto 5. Foto: Antônio M. Linares. Foto 22: Transecto 6. Foto: Antônio M. Linares.

Foto 23: Transecto 7. Foto: Antônio M. Linares. Foto 24: Transecto 8. Foto: Antônio M. Linares.

Figura 3: Mapa da área de estudo com a distribuição dos pontos de amostragem da herpetofauna nas áreas de influência da Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. (EM ANEXO)

Foram utilizadas três métodos para o estudo da herpetofauna nas áreas de influência da Mina do Andrade: 1 - procura visual limitada por tempo (CAMPBELL & CHRISTMAN, 1982; MARTINS & OLIVEIRA, 1998); 2 - zoofonia em conjunto com procura visual (DUELLMAN & TRUEB, 1994; DORCAS et al., 2009); 3 - amostragem de estradas (SAWAYA et al., 2008); além de registros aleatórios, como encontros oportunísticos (MARTINS & OLIVEIRA, 1998) e registros por terceiros (ver CUNHA & NASCIMENTO, 1978). Os métodos são detalhados no tópico a seguir. Os animais encontrados foram identificados ao menor nível taxonômico possível, através de consulta à bibliografia especializada (e.g. PETERS & OREJAS-MIRANDA, 1970; VANZOLINI, 1986; RODRIGUES, 1987; HADDAD et al., 2008, 2013).

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3.3.2.1 Procura visual limitada por tempo (PVLT)

O principal método utilizado foi a de procura visual limitada por tempo (PVLT), consistindo em lentas caminhadas em trilhas, estradas, ao longo de ambientes reprodutivos, tais como corpos d’água e outros ambientes favoráveis ao registro de anfíbios e répteis, explorando-se o maior número de micro-habitat possível. Foram checados o folhiço, árvores vivas e mortas, arbustos, troncos caídos, tábuas, rochas, dentro de tocas, etc. Esse método foi empregado durante o período diurno (Foto 25) e noturno nos sítios amostrais determinados para a herpetofauna, sempre por duas pessoas simultaneamente, com uma hora de esforço amostral em cada um desses sítios. Os animais registrados foram fotografados sempre que possível. Para o período noturno foram utilizadas lanternas de mão e lanternas de cabeça.

3.3.2.2 Zoofonia em conjunto com procura visual (Z)

A metodologia de zoofonia (Z) constituiu-se em registros auditivos da vocalização de machos de anfíbios anuros, adultos durante a execução do método de procura visual ou por registros oportunísticos. Para este método, estima-se a quantidade de indivíduos em atividade de vocalização para cada espécie registrada, gerando uma estimativa da abundância relativa de cada espécie.

3.3.2.3 Amostragem de estradas (AE)

A amostragem de estradas (AE) foi adaptada de Sawaya et al., (2008) e consistiu no registro de espécies da herpetofauna nas estradas de acesso e naquelas que percorrem as áreas de estudo. No presente estudo considerou-se apenas os

Foto 25: Aplicação da metodologia de procura visual limitada por tempo no período diurno. Foto: Laila M. Pimenta.

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dados qualitativos, ou seja, as espécies registradas nas estradas, não sendo levado em consideração a quilometragem rodada ou o tempo despendido. Os encontros oportunísticos (EO) correspondem aos registros feitos durante a execução de outras atividades que não as outras metodologias citadas anteriormente. Para esses encontros não foi apresentado o esforço amostral, tendo em vista que o encontro oportunístico não se refere a um método de amostragem sistemático e sim ao registro ad libitum de espécies durante a realização de outras atividades. Os registros por terceiros (RT) corresponderam aos anfíbios ou répteis registrados por outras equipes envolvidas no estudo ou por funcionários da ArcelorMittal Brasil S/A na área de estudo. Para este método não é calculado esforço amostral, já que também não se trata de um método de amostragem sistemático, servindo para compor a lista de espécies como dados qualitativos.

3.3.2.4 Análise de Dados

Para a classificação taxonômica das espécies foram considerados Frost et al., (2018) para os anfíbios e Uetz et al., (2018) para os répteis. As espécies foram avaliadas quanto ao grau de ameaça de extinção, tendo como referência a lista estadual de MG (COPAM, 2010), a lista nacional (MMA, 2014) e a lista mundial (IUCN, 2018). Com o objetivo de avaliar a eficiência do esforço de amostragem, foi gerada uma curva de acumulação de espécies e estimada a riqueza de espécies de anfíbios e répteis, através do estimador não-paramétrico Jackknife1, considerando-se os dados obtidos através da metodologia de procura visual limitada por tempo e zoofonia. Cada sítio de amostragem foi considerado como uma unidade amostral e a curva foi gerada a partir de 1000 adições aleatórias das amostras, utilizando-se o programa EstimateS 8.2 (COLWELL, 2011). Foi analisada a abundância absoluta das espécies de anfíbios e répteis registradas neste estudo. Para o grupo dos anfíbios foram considerados os animais visualizados e em atividade de vocalização, enquanto que para os répteis foram considerados apenas os registros visuais realizados dentro do período amostral. A abundância equivale à proporção do número de indivíduos em uma amostra ou comunidade a qual pertence uma espécie (RICKLEFS, 2003; TOWNSEND et al., 2006), sendo uma característica importante e complementar à riqueza de espécies em estudos sobre biodiversidade. No entanto, deve ser ressaltado, que nenhum métodos consegue identificar todas as espécies em proporções representativas de sua real abundância, tornando difícil a estimativa da abundância relativa e diversidade entre habitats (CORN, 1994).

3.3.3 Mastofauna

A amostragem de dados primários para a mastofauna de médio e grande porte nas áreas de influência do empreendimento Mina do Andrade considerou consideradas duas metodologias de coleta de dados previamente estabelecidas (GEOMIL, 2016): i) Busca Ativa e; ii) Armadilhas Fotográficas (Figura 4). Os dois métodos são descritos a seguir.

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Figura 4: Mapa da área de estudo com a distribuição dos pontos de amostragem de mamífero de médio e grande porte nas áreas de influência da Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. (EM ANEXO)

3.3.3.1 Busca Ativa

A metodologia de busca ativa foi empreendida em transectos definidos (Tabela 3) pela GEOMIL na campanha realizada no ano de 2016 sem, no entanto, apresentarem extensão sistematizada. Dessa forma, foi necessário padronizar o esforço amostral em horas de busca diurna e noturna, tendo sido empreendido um esforço de uma hora por turno para cada um dos transectos em cada campanha. Tabela 3: Identificação e localização geográfica dos transectos (T) alocados nas áreas de influência do empreendimento Mina do Andrade, durante a realização do presente estudo.

Transecto Inicio Fim

Descrição Longitude Latitude Longitude Latitude

T1 689519 7812343 689939 7812184

Estrada de terra contempla margem de lago artificial e área de vegetação nativa antropizadas.

T2 693140 7811822 692880 7811966 Alocado em estrada cujas bordas contemplam a vegetação nativa.

T3 692726 7811159 692815 7811829

Trilho pré-existente abrange áreas antropizadas e área de vegetação em bom estado de conservação.

T4 694300 7810852 694007 7809373

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em diferentes estados de conservação.

T5 694420 7812024 693388 7812027

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em bom estado de conservação (área da reserva legal).

T6 690507 7810366 690550 7810360

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em bom estado de conservação.

T7 690537 7811446 692579 7812035

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em diferentes estados de conservação, alguns trechos são antropizados.

T8 695470 7809381 696275 7809813

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em diferentes estados de conservação (região de aceiro).

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Transecto Inicio Fim

Descrição Longitude Latitude Longitude Latitude

T9 695352 7812228 694550 7812113

Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativa em bom estado de conservação (área da reserva legal).

As fotos apresentadas a seguir ilustram os ambientes que contemplam os transectos amostrados pelo método de busca ativa (Foto 26 a Foto 34).

Foto 26: Ambiente que contempla o Transecto 1 (T1). Foto: Maria Emília.

Foto 27: Ambiente que contempla o Transecto 2 (T2). Foto: Maria Emília.

Foto 28: Ambiente que contempla o Transecto 3 (T3). Foto: Maria Emília.

Foto 29: Ambiente que contempla o Transecto 4 (T4). Foto: Maria Emília.

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Foto 30: Ambiente que contempla o Transecto 5 (T5). Foto: Maria Emília.

Foto 31: Ambiente que contempla o Transecto 6 (T6). Foto: Maria Emília.

Foto 32: Ambiente que contempla o Transecto 7 (T7). Foto: Maria Emília.

Foto 33: Ambiente que contempla o Transecto 8 (T8). Foto: Maria Emília.

Foto 34: Ambiente que contempla o Transecto 9 (T9). Foto: Maria Emília.

Todos os indivíduos e vestígios encontrados foram devidamente registrados em fichas apropriadas, sendo posteriormente transferidos para planilhas eletrônicas. A identificação dos registros indiretos foi feita com o auxílio de guias de campo e literatura específica (BORGES E TOMAS 2004; REIS et al. 2011).

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Foto 35: Busca ativa diurna no transecto T6. Foto: Christian Régis.

Foto 36: Busca ativa diurna com uso de binóculos no transecto T5. Foto: Christian Régis.

Foto 37: Busca ativa noturna no transecto T9. Foto: Christian Régis.

Foto 38: Registro de rastro durante busca ativa noturna no transecto T4. Foto: Christian Régis.

3.3.3.2 Armadilhas Fotográficas

De forma a registrar espécies de hábitos mais elusivos e discretos, foram instaladas seis armadilhas fotográficas digitais, do tipo câmera trap (CT), próximas a locais estratégicos, tais como: fontes de água e alimento, trilhas, tocas. Foi também considerada a utilização de isca atrativa composta por mel, frutas e sardinha, depositada no interior do raio de disparo das armadilhas fotográficas, a fim de atrair indivíduos presentes nas áreas adjacentes. O esforço de cada armadilha fotográfica, bem como sua localização podem ser vistos na Tabela 4. Tabela 4: Localização das armadilhas fotográficas nas áreas de influência da Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Ponto de amostragem

Longitude Latitude Altitude Descrição do hábitat Esforço de

coleta (Campanhas)

Câmera 1 695539 7810125 838 FESD em estágio médio de regeneração, porção da mata ciliar do Rio Santa Bárbara.

24 dias

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Ponto de amostragem

Longitude Latitude Altitude Descrição do hábitat Esforço de

coleta (Campanhas)

Câmera 2 693587 7812036 562 FESD em estágio médio de regeneração, porção da mata ciliar do Rio Santa Bárbara.

24 dias

Câmera 3 689693 7812228 678

Estrada em ambiente formado por FESD em regeneração próximo a canteiro de obras e lago artificial.

24 dias

Câmera 4* 690507 7810366 870

Borda de curso d'água em ambiente formado por FESD em diferentes estágios de regeneração sob influência de vegetação exótica.

24 dias

Câmera 5 692606 7812077 611 FESD em estágio médio e avançado de regeneração e que abriga curso d'água.

24 dias

Câmera 6 693963 7809394 861

Ambiente formado por vegetação nativa em regeneração sob influência antrópica.

24 dias

*A Câmera trap CT4, teve seu local de instalação alterado durante a quarta campanha uma vez que, o local anteriormente amostrado apresentava movimentação de máquinas e trabalhadores que atuavam em obras no canal periférico da pilha de estéril. Segundo representantes da ArcelorMittal, a obra em questão tem como objetivo impedir o assoreamento dos corpos hídricos adjacentes (Foto 39).

Foto 39: Evidências de intervenção e obras no antigo ponto de instalação da CT4.

Foto 40: Procedimento de instalação de armadilha fotográfica CT1.

Foto 41: Disponibilização de iscas em frente armadilha fotográfica CT4.

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Foto 42: Armadilha fotográfica (CT2) instalada.

3.3.3.3 Análise de Dados

A riqueza total de espécies foi obtida considerando todas as metodologias utilizadas neste estudo. Para estimar a riqueza de espécies, os métodos de amostragem de busca ativa e armadilhas fotográficas foram considerados de maneira independente, tendo em vista diferenças nos esforço e na unidade amostral. Foram geradas as curvas de rarefação e de estimativa de riqueza (estimador Jackknife de primeira ordem) com auxílio do programa EstimateS versão 9.1, (COLWELL, 2011). A frequência de ocorrência foi calculada para cada espécie, considerando o número de registros da espécie dividido pelo número total de registros. Esse valor foi multiplicado por 100 para obter a frequência relativa de ocorrência para cada espécie. O arranjo taxonômico, o endemismo, a o hábito alimentar e locomotor das espécies foram padronizados de acordo com a Lista Anotada de Mamíferos do Brasil (PAGLIA et al., 2012). Para o gênero Leopardus, foi utilizada a nomenclatura atualizada proposta por Trigo et al. (2013). Para o gênero Guerlinguetus foi considerada a taxonomia proposta por Patton et al. (2015). As espécies foram classificadas como ameaçadas de extinção de acordo com as listas vermelhas estadual, nacional e global. A nível estadual foi utilizada a resolução COPAM (2010) para o Estado de Minas Gerais; a nível nacional, a Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (PORTARIA MMA Nº 444, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014), e a lista global (IUCN, 2018). Embora os ciclos de amostragem do presente monitoramento não tenham sido finalizados, uma vez que ainda serão realizadas amostragens durante o ano de 2019, realizou-se uma analise especulativa em relação a possíveis variações na riqueza de espécies entre as estações seca e chuvosa. Para tanto foi utilizado o teste T. Além disso, foi avaliada se a composição de espécies alterou-se entre as campanhas de amostragem (campanhas 1 a 4) valendo-se do coeficiente de similaridade de Jaccard. As analises foram realizadas no software Past.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Avifauna

4.1.1 Composição de Espécies

Considerando os dados consolidados das quatro campanhas de campo realizadas nesta fase do monitoramento, a avifauna existente na área de estudo apresentou-se bastante diversificada com a presença de 188 espécies, distribuída em 46 famílias e 21 Ordens (Tabela 5) (Figura 5). A Família mais bem representada durante as campanhas do monitoramento foi a Tyrannidae com 31 táxons, seguida pela família Thraupidae com 22 espécies, Furanriidae com 14 e Thamnophilidae com 13 espécies. Como exemplos da família Tyrannidae pode-se citar, o bem-te-vi-pirata (Legatus leucophaius), a peitica-de-chapéu-preto (Griseotyrannus aurantioatrocristatus), o bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus) e a peitica (Empidonomus varius) espécies que realizam migrações dentro do território nacional e registradas em ambientes de Florestas Estacionais Semideciduais Secundárias.

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Tabela 5: Espécies registradas durante as quatro campanhas do monitoramento da avifauna nas áreas de influência da Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Taxa Nome Comum Endemismo Categoria de ameaça

Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Tinamiformes Tinamidae Crypturellus obsoletus inambuguaçu R 2, 4 2, 4 Crypturellus parvirostris inambu-chororó R 3, 4 1, 3, 4 Crypturellus tataupa inambu-chintã R 1, 2, 3 1, 3 Galliformes Cracidae Penelope obscura jacuguaçu R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Suliformes Phalacrocoracidae Nannopterum brasilianus biguá R 1 Pelecaniformes Ardeidae Butorides striata socozinho R X Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha R 4 Coragyps atratus urubu R 1, 2 1, 2, 4 Accipitriformes Accipitridae Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande R 1, 2, 3, 4 Heterospizias meridionalis gavião-caboclo R X

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Taxa Nome Comum Endemismo Categoria de ameaça

Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Urubitinga coronata águia-cinzenta R EP 2 Rupornis magnirostris gavião-carijó R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3 Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco R X

Spizaetus melanoleucus gavião-pato R EP 1 Gruiformes Rallidae Aramides saracura saracura-do-mato R, ATL 1, 2, 3, 4 3 Charadriformes Charadriidae Vanellus chilensis quero-quero R 3 Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti rolinha R 1, 2, 3 1, 2 Columbina squammata fogo-apagou R 3, 4 Patagioenas picazuro asa-branca R 1, 2, 4 2, 3, 4 Patagioenas cayennensis pomba-galega R 1, 4 Patagioenas plumbea pomba-amargosa R 4 1, 4 Leptotila verreauxi juriti-pupu R 1, 2, 3, 4 3 Leptotila rufaxilla juriti-de-testa-branca R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana alma-de-gato R 2, 3, 4 Crotophaga ani anu-preto R 2 Strigiformes

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Taxa Nome Comum Endemismo Categoria de ameaça

Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Strigidae Strix hylophila coruja-listrada R, ATL QA 4 Caprimulgiformes Caprimulgidae Nyctiphrynus ocellatus bacurau-ocelado R 4 3 Nyctidromus albicollis bacurau R 2, 4 3 Hydropsalis torquata bacurau-tesoura R 3 Apodiformes Apodidae Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca R 3 Trochilidae Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Eupetomena macroura beija-flor-tesoura R 2 2 Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3 Florisuga fusca beija-flor-preto R 1, 2, 4 1, 2, 3 Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta R 1, 2, 3, 4 3 Lophornis magnificus topetinho-vermelho R, ATL, E 4 Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho R 1, 2, 3, 1 1, 2, 3, 4 Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta R, ATL 1, 2, 4 Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca R 1, 2 Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Calliphlox amethystina estrelinha-ametista R 3 Trogoniformes Trogonidae

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Taxa Nome Comum Endemismo Categoria de ameaça

Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Trogon surrucura surucuá-variado R 1, 2, 4 1, 2, 4 Coraciiformes Alcedinidae Megaceryle torquata martim-pescador-grande R 3 Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno R 2 2 Galbuliformes Galbulidae Jacamaralcyon tridactyla cuitelão R, ATL, E VU QA 3, 4 4 Galbula ruficauda ariramba R 1, 2, 3, 4 3, 4 Bucconidae Malacoptila striata barbudo-rajado R, ATL, E QA 4 Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco tucanuçu R 2 Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco R 4 3 Picidae Picumnus cirratus picapauzinho-barrado R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Veniliornis maculifrons picapauzinho-de-testa-pintada R, ATL, E 3, 4 1, 4 Veniliornis passerinus pica-pau-pequeno R 3, 4 1, 4 Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca R 2 4 Cariamiformes Cariamidae Cariama cristata seriema R 1 Falconiformes

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Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Falconidae Caracara plancus carcará R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Milvago chimachima carrapateiro R 1, 2, 3, 4 2, 4 Herpetotheres cachinnans acauã R 2, 4 1, 2, 4 Falco sparverius quiriquiri R 3 Psittaciformes Psittacidae Primolius maracana maracanã R QA QA 1, 2, 4 1, 2, 4 Psittacara leucophthalmus periquitão R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Eupsittula aurea periquito-rei R 1, 2, 3 1, 2 Forpus xanthopterygius tuim R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Pionus maximiliani maitaca R 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Passeriformes Thamnophilidae Formicivora serrana formigueiro-da-serra R, ATL, E 1, 2 2, 3 Formicivora rufa papa-formiga-vermelho R 2, 3, 4 4 Dysithamnus mentalis choquinha-lisa R 4 4 Herpsilochmus atricapillus chorozinho-de-chapéu-preto R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Herpsilochmus rufimarginatus chorozinho-de-asa-vermelha R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho R 3 Thamnophilus caerulescens choca-da-mata R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Taraba major choró-boi R 2 Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora R, ATL 1, 2, 3, 4 3, 4 Mackenziaena severa borralhara R, ATL 1, 2, 3, 4 4

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Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul R, ATL 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho R, ATL, E QA 2, 3, 4 4 Drymophila malura choquinha-carijó R, ATL 1, 4 Conopophagidae Conopophaga lineata chupa-dente R, ATL 3, 4 3 Rhinocryptidae Eleoscytalopus indigoticus macuquinho R, ATL, E QA 2, 4 4 Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado R, ATL 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Xenopidae Xenops rutilans bico-virado-carijó R 3, 4 1, 3, 4 Furnariidae Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama R, E 2 3 Lochmias nematura joão-porca R 2, 4 1, 2 Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco R, ATL 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia R 1, 2, 3, 4 3, 4 Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete R 3, 4 Phacellodomus rufifrons joão-de-pau R 1, 2, 4 1, 2, 4 Phacellodomus ruber graveteiro R 2 2 Phacellodomus erythrophthalmus joão-botina-da-mata R, ATL, E 1, 2, 3, 4 4 Certhiaxis cinnamomeus curutié R X

Synallaxis ruficapilla pichororé R, ATL 3, 4 4 Synallaxis cinerascens pi-puí R, ATL 4 1

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Método de Amostragem

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Synallaxis frontalis petrim R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Synallaxis spixi joão-teneném R, ATL 1, 2, 3, 4 2, 3 Cranioleuca pallida arredio-pálido R, ATL, E 1 Pipridae Manacus manacus rendeira R 2, 4 Ilicura militaris tangarazinho R, ATL, E 1, 2, 3, 4 2, 3, 4 Chiroxiphia caudata tangará R, ATL 1, 2, 3, 4 1, 3, 4 Tityridae Pachyramphus viridis caneleiro-verde R 3 Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto R 1, 2, 4 1, 2, 4 Cotingidae Pyroderus scutatus pavó R QA QA 3 1 Platyrinchidae Platyrinchus mystaceus patinho R 1, 2, 3 1, 2, 3, 4 Rhynchocyclidae Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza R, ATL 1, 2, 3 1, 2 Leptopogon amaurocephalus cabeçudo R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Corythopis delalandi estalador R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Todirostrum poliocephalum teque-teque R, ATL, E 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Poecilotriccus plumbeiceps tororó R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Myiornis auricularis miudinho R, ATL 2, 3, 4 2 Hemitriccus diops olho-falso R, ATL 2 1, 2 Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha R, ATL, E 2, 3, 4 2

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Método de Amostragem

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Tyrannidae Hirundinea ferruginea gibão-de-couro R 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Euscarthmus meloryphus barulhento R 1, 3 Camptostoma obsoletum risadinha R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela R 1, 2, 4 1, 2, 3, 4 Elaenia obscura tucão R 1, 2 Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Myiopagis viridicata guaracava-de-crista-alaranjada R 3, 4 Capsiempis flaveola marianinha-amarela R 4 4 Phaeomyias murina bagageiro R 1, 2, 4 1, 2, 4 Phyllomyias fasciatus piolhinho R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Serpophaga subcristata alegrinho R 2, 3, 4 3, 4 Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata R 3 Myiarchus swainsoni irré R 1 Myiarchus ferox maria-cavaleira R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4

Myiarchus tyrannulus maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado R 1, 2 1, 2, 3, 4

Sirystes sibilator gritador R 3 Casiornis rufus maria-ferrugem R 3 Pitangus sulphuratus bem-te-vi R 2 1 Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado R 1, 2 3 Megarynchus pitangua neinei R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea R 4 1

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho R 1, 2, 4 1, 2, 3, 4

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Método de Amostragem

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Tyrannus melancholicus suiriri R 1, 2, 3 1, 2, 3, 4 Griseotyrannus aurantioatrocristatus peitica-de-chapéu-preto R 2 2 Empidonomus varius peitica R 1, 2 3 Colonia colonus viuvinha R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Myiophobus fasciatus filipe R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada R 4 1, 3, 4 Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu R 1, 2, 3 Lathrotriccus euleri enferrujado R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Contopus cinereus papa-moscas-cinzento R 3 Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Hylophilus amaurocephalus vite-vite-de-olho-cinza R, E 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Vireo chivi juruviara R 1, 2 1, 2, 3 Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa R 1, 2 1, 2, 3, 4 Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco R 2 1 Troglodytidae Troglodytes musculus corruíra R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Turdidae Turdus leucomelas sabiá-branco R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Turdus rufiventris sabiá-laranjeira R 4 3, 4 Turdus amaurochalinus sabiá-poca R 1, 2, 3 3

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Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Turdus albicollis sabiá-coleira R 4 1, 3 Passerellidae Zonotrichia capensis tico-tico R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato R, ATL, E 1, 2, 3 2 Parulidae Setophaga pitiayumi mariquita R 4 4 Basileuterus culicivorus pula-pula R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Myiothlypis flaveola canário-do-mato R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Icteridae Psarocolius decumanus japu R 1, 2, 4 1, 2 Molothrus bonariensis chupim R X

Thraupidae Cissopis leverianus tietinga R 2, 3, 1 Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Tangara cyanoventris saíra-douradinha R, ATL, E 1, 2, 3 1, 2, 3, 4 Tangara sayaca sanhaço-cinzento R 1, 2, 4 1, 2, 3, 4 Tangara palmarum sanhaço-do-coqueiro R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Tangara cayana saíra-amarela R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Nemosia pileata saíra-de-chapéu-preto R 1, 2, 3 3 Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho R 1, 2, 3, 1 3, 4 Sicalis flaveola canário-da-terra R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem R, ATL, E 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Volatinia jacarina tiziu R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3 Trichothraupis melanops tiê-de-topete R 3, 4 1, 3, 4

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Taxa Nome Comum Endemismo Categoria de ameaça

Método de Amostragem

IUCN BR MG TST PO RO

Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza R 1, 2, 3, 4 2, 3, 4 Tachyphonus coronatus tiê-preto R, ATL 1, 2, 3, 4 2, 4 Tersina viridis saí-andorinha R 1, 2, 3, 4 1, 2, 4 Dacnis cayana saí-azul R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Coereba flaveola cambacica R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Tiaris fuliginosus cigarra-preta R 1, 2, 3, 4 3 Sporophila frontalis pixoxó R, ATL VU EP 3 Sporophila nigricollis baiano R 1, 2, 3 1, 2, 3, 4 Sporophila ardesiaca papa-capim-de-costas-cinzas R, ATL, E 4 3, 4 Saltator similis trinca-ferro R 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4 Cardinalidae Piranga flava sanhaço-de-fogo R 1, 2 4 Cyanoloxia brissonii azulão R QA 1, 2, 4 3 Fringillidae Spinus magellanicus pintassilgo R DD 1, 2, 3 2, 3, 4 Euphonia chlorotica fim-fim R 1, 2, 3, 4 4 Estrildidae Estrilda astrild bico-de-lacre R 1, 2, 4

* Legenda: Status de endemismos; R = Residente no território nacional, E = Endêmico do território Nacional, ATL = Endêmico da Mata Atlântica. Categoria de ameaça; IUCN = Aves ameaçadas de extinção a nível global (IUCN 2018). BR = Aves ameaçadas de extinção a nível nacional (MMA 2014). MG = Aves ameaçadas de extinção a nível estadual (COMPAM 2010). VU = Vulnerável; QA = Quase ameaçado, EP = Em perigo; DD = Deficiente em dados. Método de Amostragem; PO = Ponto de Escuta e Observação; TST = Transecto Linear; RO = Registros ocasionais.

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Figura 5: Número de espécies registradas por famílias nas áreas de influência nas áreas de influência da Mina do Andrade, Arcelor Mittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

A superioridade de representantes de família Tyrannidae corrobora com outros estudos realizados para a região neotropical (ANJOS, 2001; LYRA-NEVES et al., 2004; MOTTA-JÚNIOR et al., 2008). Tal fato pode ser explicado em função desta ser reconhecida como a maior e mais diversificada Família de aves do hemisfério ocidental com habito alimentar predominantemente insetívoro (SICK, 1997). Porém, para o Brasil a família Tyranidae deixou de ser a maior família de aves. Anteriormente as espécies da família Rhynchocyclidae, eram consideradas representantes dos Tyrannideos e com a exclusão destas espécies, divididas a partir de 2011 (CBRO, 2011), a família Thamnophilidae corresponde agora como a mais diversificada. Entretanto, enquanto a família Tyrannidae é reconhecida por possuir representantes de comportamento diversificado podendo ocupar uma grande variedade de habitats (SICK, 1997), o que facilita sua detecção em campo, a família Thamnophilidae, agora a mais diversa, é constituída principalmente por espécies associadas a florestas, podendo se distribuir por diferentes estratos no interior das matas neotropicais (IRESTEDT et al., 2004). Sendo assim, os Tyranideos continuam sendo as espécies mais registradas em diferentes estudos no Brasil. No que diz respeito às características ecológicas das famílias com um número maior de representantes, vale destacar o papel desempenhado pelos Traupídeos, segunda maior em número de representantes, como bons dispersores de sementes, por incluírem uma grande variedade de frutos em sua dieta e pelos longos deslocamentos que realizam (SICK, 1997).

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Famílias

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� Sensibilidade Ambiental

A sensibilidade das espécies frente a perturbações antrópicas foi analisada, e apenas cinco (3% do total) espécies são consideradas por Stotz et al. (1996) como altamente sensíveis a perturbações (Figura 6), São elas: a pomba-amargosa (Patagioenas plumbea), o gavião-pato (Spizaetus melanoleucus), a coruja-listrada (Strix hylophila), arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus) e o macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus). Esta classificação foi empregada segundo o conceito geral de que quanto maior o nível de sensibilidade das espécies, maior a probabilidade de seu desaparecimento de paisagens alteradas, em decorrência da perda ou fragmentação de hábitats. Como a Mina do Andrade está localizada em uma região com ambientes já descaracterizados por estar próxima a áreas urbanas e plantações de Eucaliptos, era esperado que não fossem registradas espécies altamente sensíveis. Entretanto, características ecológicas das duas primeiras espécies (P. plumbea e S. melanoleucus) como o grande deslocamento em voo, pode explicar a ocorrência das mesmas na região. A área de estudo, portanto, é importante como corredor e pontos de descanso por ainda abrigar alguns pequenos fragmentos de matas Estacionais Semideciduais. Estes fragmentos restantes se mostram ainda mais interessantes, pois apesar de pequenos, ainda abrigam outras três espécies a (S. hylophila, X. fuscus e o E. indigoticus) que segundo a classificação de Stotz et al. (1996) estariam fadados ao desaparecimento caso os fragmentos continuassem a serem alterados.

Figura 6: Sensibilidade a perturbações antrópicas das espécies registradas durante as quatro campanhas de monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

A maioria das espécies registradas apresentou baixa sensibilidade à perturbações antrópicas (59%) a exemplo do carcará (Caracara plancus), a tietinga (Cissopis leverianus) e do saí azul (Dacnis cayana). Este resultado era esperado uma vez que houve predomínio das unidades amostrais em áreas antropizadas e relativamente próximas da cava da Mina do Andrade, permanecendo nestes ambientes espécies mais generalistas.

3%

39%

59%

Alto Médio Baixo

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Foto 43: Saí-azul (Dacnis cayana) espécies com baixa sensibilidade a perturbações antrópicas registrada ao longo da terceira campanha do monitoramento. Foto: Rodrigo Pessoa.

Os táxons que apresentaram média sensibilidade a perturbações representam 39 % da avifauna registrada, a exemplo do estalador (Corythopis delalandi), da choquinha-do-dorso-vermelho (Drymophila ochropyga), do beija-flor-preto (Florisuga fusca) (Foto 44), entre outros.

Foto 44: Beija-flor-preto (Florisuga fusca). Espécie com média sensibilidade a perturbações antrópicas registrada durante a terceira campanha. Foto: Rodrigo Pessoa.

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� Dependência Florestal A dependência florestal das aves registradas ao longo do monitoramento foi avaliada e observou-se que 45% das espécies são dependentes de ambientes florestais para sua sobrevivência (Figura 7) podendo ser citados o inambúguaçu (Cypturellus obsoletus), o azulão (Cyanoloxia brissonii), bico-virado-carijó (Xenops rutilans) e o chupa-dente (Conopophaga lineata). Já as espécies que independem de florestas para sua sobrevivência representaram 28 % da comunidade de aves. Como exemplo pode-se citar o anu-preto (Crotophaga ani), o chupim (Molothrus bonariensis) e o tiziu (Volatinia jacarina). As espécies semidependentes de ambientes florestais totalizaram 27% da avifauna registrada, a exemplo do pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus), da ariramba-da-cauda-ruiva (Galbula ruficauda) e do formigueiro-da-serra (Formicivora serrana).

Figura 7: Dependência Florestal das aves registradas durantes as quatro campanhas de monitoramento na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Foto 45: Bico-virado-carijó (Xenops Rutilans) fotografados durante a quarta campanha. Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 46: Tiziu (Volatinia jacarina) fotografado durante a primeira campanha. Foto: Rodrigo Pessoa.

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Independência Semidependência Dependência

Po

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Dependência Florestal

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Neste aspecto, é interessante perceber que apesar das perturbações oriundas da mineração e dos centros urbanos próximos, a matriz de ecossistemas na área de estudo, predominantemente florestal, permanece contribuindo significativamente para uma rica composição da comunidade avifaunística. Para corroborar a este estudo sobre a dependência florestal, as amostragens buscaram analisar os ambientes comumente utilizados pelas espécies de aves. Assim, observou-se que a fitofisionomia Florestal, a grande matriz de vegetação na área de estudo, abriga o maior número de espécies registradas (n = 167), assim como, o maior número de espécies exclusivas a esse ambiente (n = 34) (Figura 8). Como por exemplo, o barbudo-rajado (Malacoptila striata), o joão-porca (Lochmias nematura), o bacurau (Nyctidromus albicollis) e a coruja-listrada (Strix hylophila). Os ambientes de Bordas Florestais, classificados aqui como Capoeira, aparecem como a segunda fitofisionomia em riqueza de espécies (n = 128), embora apresentando apenas três espécies que só foram registradas neste ambiente durante o estudo. A exemplo do arredio-palido (Cranioleuca pallida), a choquinha-carijó (Drymophila malura) e o bico-de-veludo (Schistochlamys ruficapillus). As aves classificadas na categoria Borda-Florestal são espécies que podem se beneficiar dos ambientes de transição entre as matas e as fisionomias abertas em seu entorno. De acordo com Primack e Rodrigues (2001) as bordas naturais, formada entre ambientes de vegetações nativas, podem produzir um efeito positivo na riqueza de espécies, enquanto as bordas criadas a partir da fragmentação por ação antrópica podem resultar em um efeito negativo. Em seguida, merecem destaque os ambientes campestres, representado principalmente por pastagens e campos com 48 espécies registradas, apresentando quatro espécies exclusivas, a seriema (Cariama cristata), o anu-preto (Crotophaga ani), o chupim (Molothrus bonariensis), e a choca-de-chapéu-vermelho (Thamophilus ruficapillus).

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Figura 8: Número de espécies e espécies exclusivas registradas nas principais fitofisionomias amostradas durante as quatro campanhas de monitoramento da

avifauna na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Diante disso, a área possui uma grande diversidade de ambientes, o que reflete diretamente em uma comunidade de aves também diversa devido principalmente as suas especificidades com relação aos habitats preferenciais (SICK, 1997). Ainda que muitos dos ambientes visitados para as amostragens apresentem sinais de interferência antrópica, como áreas urbanas e pastagens, a matriz ambiental dominante são os fragmentos florestais unificados pela presença de eucaliptais com sub-bosque, a área de estudo se mostrou, portanto, capaz de abrigar uma comunidade de aves florestais que se sobressaiu sobre as demais categorias verificadas. Desta forma, a presença destas plantações de eucaliptos, muitas antigas e com a presença de sub-bosque, se mostrou importante para permeabilidade das espécies por estas fitofisionomias permitindo a ligação entre os fragmentos florestais restantes.

� Guildas Tróficas

O estudo da dieta das aves pode fornecer importantes informações sobre a estrutura trófica de comunidades, bem como das condições físicas do ambiente (PIRATELLI & PEREIRA, 2002), além de auxiliarem na compreensão de diversos aspectos relacionados à vida destes animais, sendo fundamentais para um melhor entendimento dos processos ecológicos nos quais eles participam (MALLET-RODRIGUES, 2010). Durante as quatro campanhas do monitoramento, as espécies insetívoras foram as mais bem representadas com 88 espécies (47%), sendo seguidas pelas onívoras com 37 táxons (20%) e frugívoros representadas por 18 espécies (10%) (Figura 9).

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FlorestaSecundária

Capoeira Pastagens Sobre voo ÁreasAntrópizadas

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Número de espécies Espécies exclusivas

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Figura 9: Alimentação preferencial (Guildas Tróficas) das espécies registradas durante as quatro campanhas do monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Em geral insetos e outros artrópodes constituem a base da dieta alimentar de famílias de aves que são abundantes no neotrópico, como Thamnophilidae, Furnariidae, Picidae e Tyrannidae (SICK, 1997), o que pode contribuir para a elevada representatividade dessa guilda. Cabe considerar também que, a prevalência de insetívoros pode ser um indicativo de distúrbio ambiental. Piratelli & Pereira (2002) encontraram uma maior prevalência de insetívoros em áreas degradadas do que em áreas preservadas, sendo observada uma proporção inversa para as espécies frugívoras. Entretanto na área de estudo, foi verificada a presença também de insetívoros especialistas, categoria considerada sensível às perturbações ambientais que é representada principalmente por integrantes das famílias Picidae e Dendrocolaptidae (MOTA-JÚNIOR, 1990; ALEIXO, 1999). Esse fato permite concluir que as fisionomias naturais presentes na região dispõem de recursos suficientes para abrigar populações de espécies mais exigentes e sensíveis a perturbações ambientais. Considerando então que a área de estudo possui um mosaico de áreas alteradas com remanescentes de fragmentos florestais, ambas as situações, favorecem o resultado desta guilda trófica ser a mais representativa no presente monitoramento. Dentre os insetívoros especialistas, merecem destaque o picapauzinho-barrado (Picumnus cirratus), o pica-pau-pequeno (Veniliornis passerinus), o pica-pauzinho-de-testa-pintada (Veniliornis maculifrons), o pica-pau-da-banda-branca (Dryocopus lineatus), o arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus) e o arapaçu-rajado (Xiphorhynchus fuscus). Essas espécies são avistadas forrageando troncos de árvores a procura de larvas e insetos para se alimentar. Outras espécies de insetívoros especialistas foram registradas na área de estudo como o suíriri (Tyrannus melancholicus) e a viuvinha (Colonia colonus). Essas espécies apresentam comportamento de capturarem de suas presas em

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Insetívoros

Onívoros

Frugívoros

Granívoros

Nectarívoros

Iseto/Carnívoros

Carnívoros

Número de espécies

Gu

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fica

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pleno voo, principalmente insetos alados. Além dessas, outros exemplos de insetívoros como o limpa-folha-de-testa-baia (Philydor rufum) da família Furnariidae e a andorinha serradora (Stelgidopteryx ruficollis) da família Hirundinidae foram registrados na área de estudo.

Foto 47: Limpa-folha-de-testa-baia (Philydor rufum) registrado em Floresta secundária na área de estudo. Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 48: Andorinha-serradora (Stelgidopteryx ruficollis), espécies insetívora. Foto: Rodrigo Pessoa.

A categoria dos onívoros (37 spp.) se caracteriza por apresentar espécies que se aproveitam de múltiplos recursos para adquirir alimento. Geralmente espécies onívoras podem aparecer bem difundidas em ambientes impactados e fragmentados em função da disponibilidade de recursos frente à baixa oferta de alimento para outras categorias tróficas mais exigentes. Entre os onívoros pode-se citar a presença da rendeira (Manacus manacus), a fuquinha-do-rabo-castanho (Conirostrum speciosum), o inambu-chintã (Crypturellus tataupa) e do trinca-ferro (Saltator similis). As espécies frugívoras (18 spp.) são representados principalmente por integrantes das famílias Thraupidae e Psittacidae. Os representantes da família Psittacidae não são considerados bons dispersores de sementes por apresentarem comportamento predador, quebrando as sementes e impedindo que estas germinem. Entretanto, a ocorrência de muitos representantes da família e de outros frugívoros é um bom indicador ambiental, uma vez que frugívoros necessitam de grandes áreas naturais para um suprimento suficiente de frutos ao longo de todo um ciclo sazonal (MOTTA-JÚNIOR, 1990; ALEIXO, 1999). Como exemplo de espécie Frugívora encontrada na área de estudo, podemos citar a maitaca (Pionus maximiliani), saí-andorinha (Tersina viridis) e o jacuguaçu (Penelope obscura) espécie cinegética que vive nas matas a procura de seu alimento.

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Foto 49: rendeira (Manacus manacus) Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 50: Maitaca (Pionus maximiliani) Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 51: Saí-andorinha (Tersina viridis). Foto: Rodrigo Pessoa.

Foto 52: Jucuquaçu (Penelope obscura), espécies frugívora. Foto: Rodrigo Pessoa.

Os nectarívoros (11 spp.) são representados neste estudo principalmente pelos beija-flores e pela cambacica (Coereba flaveola). Os beija-flores (Família Trochilidae) são exclusivamente americanos e desempenham um importante papel como vetores na polinização de espécies botânicas (SICK, 1997). Os Granívoros (12 spp.) são integrantes das famílias Columbidae, Thraupidae e Fringilidae. Essas famílias podem apresentar espécies que se distribuem por matas ou em fisionomias campestres, sendo que para a área de estudo foi observada uma maioria de espécies generalistas, como o pombão (Patagioenas picazuro) e o baiano (Sporophila nigricollis). Vale citar nesta família a ocorrência do pintassilgo (Spinus magellanicus), espécie que em Minas Gerais é considerada deficiente em dados, ou seja, não há dados disponíveis sobre suas populações capazes de classificar a espécie em alguma categoria de ameaça de extinção. Carnívoros (9 ssp.) e inseto-carnívoros (11 ssp.) são representados por integrantes das famílias Accipitridae (gaviões), Falconidae (falcões), Strigidae (corujas) e Cathartidae (urubus). Algumas espécies dessas famílias costumam ocupar posições apicais em cadeias tróficas, permitindo inferir que a área de estudo ainda possui ambientes favoráveis à manutenção das presas dessas espécies. Em resumo, a distribuição das espécies pelas guildas tróficas, mostra que a diversidade de habitats e ambientes presentes na área de estudo permeados por

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uma matriz de ambientes florestais, ainda favorece a diversidade e riqueza de espécies encontradas neste estudo.

� Cinegéticas e Xerimbabos Entendem-se como espécies cinegéticas aquelas que costumam ser usadas como xerimbabos (animais de estimação). Durante as amostragens, foram registradas 41 espécies cinegéticas e xerimbabos. Dentre elas, destacam-se os Columbiformes, representada pelas pombas, como é o caso da juriti-pupu (Leptotila verreauxi), e a família Tinamidae, representada pelos inambús, como é o caso do inambú-choróró (Crypturellus parvirostris) (Tabela 6). Dentre os xerimbabos, merecem destaque o trinca-ferro (Saltator similis), o azulão (Cyanoloxia brissonii), o pintassilgo (Spinus magellanicus) e os representantes da família dos Psittacideos como as maritacas, e periquitos, que figuram dentre as espécies mais capturadas e comercializadas ilegalmente (GIOVANNI, 2002).

Tabela 6: Espécies de aves cinegéticas e xerimbabos registrados durante as quatro campanhas de monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Taxa Nome Comum Cin/Xer

Crypturellus parvirostris inambu-chororó Cin Crypturellus tataupa inambu-chintã Cin

Crypturellus obsoletus inambuguaçu Cin Penelope obscura jacuguaçu Cin

Columbina talpacoti rolinha Cin Columbina squammata fogo-apagou Cin Patagioenas picazuro asa-branca Cin

Patagioenas cayennensis pomba-galega Cin Patagioenas plumbea pomba-amargosa CIn

Leptotila verreauxi juriti-pupu CIn Leptotila rufaxilla juriti-de-testa-branca Cin

Urubitinga coronata águia-cinzenta Cin Primolius maracana maracanã Xe

Psittacara leucophthalmus periquitão Xe Eupsittula aurea periquito-rei Xe

Forpus xanthopterygius tuim Xe Pionus maximiliani maitaca Xe Turdus leucomelas sabiá-branco Xe

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Xe Turdus albicollis sabiá-coleira Xe

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Zonotrichia capensis tico-tico Xe Tangara cyanoventris saíra-douradinha Xe

Tangara sayaca sanhaço-cinzento Xe Tangara palmarum sanhaço-do-coqueiro Xe

Tangara cayana saíra-amarela Xe Sicalis flaveola canário-da-terra Xe

Volatinia jacarina tiziu Xe Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza Xe Tachyphonus coronatus tiê-preto Xe

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Taxa Nome Comum Cin/Xer

Tersina viridis saí-andorinha Xe Dacnis cayana saí-azul Xe

Sporophila nigricollis baiano Xe Sporophila frontalis pixoxó Xe

Saltator similis trinca-ferro Xe Piranga flava sanhaço-de-fogo Xe

Ramphastos toco tucanuçu Xe

Pteroglossus aracari araçari-do-bico-

branco Xe

Cyanoloxia brissonii azulão Xe Spinus magellanicus pintassilgo Xe

Estrilda astrild bico-de-lacre Xe Legenda: Xe = xerimbabo, Cin = cinegético.

4.1.2 Riqueza e Suficiência amostral

Os dados coletados ao longo do monitoramento da Mina do Andrade, em Bela Vista de Minas, resultaram em uma riqueza de 188 espécies de aves, distribuídas em 46 famílias (Tabela 5). Este resultado pode ser considerado satisfatório diante do esforço amostral desprendido em quatro campanhas de amostragem. Se comparado aos valores encontrados durantes às duas campanhas anteriores realizadas pela GEOMIL (2016) a riqueza encontrada (n = 181), representa um acréscimo de sete espécies. Foram realizadas duas curvas de acumulo de espécies, uma para cada metodologia, considerando os dados de presença e ausência de aves. A curva realizada a partir da metodologia de pontos de observação não apresentou ainda clara tendência à estabilização. Já a curva realizada por meio da metodologia de Transectos, já apresenta uma tendência a se estabilizar indicando que ao final da quarta campanha a riqueza observada já representa cerca de 87% da riqueza estimada para a região do estudo (Figura 10 e Figura 11).

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Figura 10: Curva do coletor obtida através do método de Pontos de Observações para o monitoramento da avifauna da ArcelorMittal Brasil S/A - Mina do Andrade.

Figura 11: Curva do coletor obtida através do método de Transectos lineares para o monitoramento da avifauna da ArcelorMittal Brasil S/A - Mina do Andrade.

Estes dados demonstram que o desempenho até o momento foi satisfatório, se considerado os objetivos propostos para o presente relatório. Entretanto, cabe destacar que tanto os dados secundários levantados durante relatórios

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Unidades amostrais - Ponto de Escuta

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Unidades amostrais - Transectos

Riqueza observada Riqueza estimada

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anteriores e os valores das estimativas encontradas, demonstram uma riqueza ainda a quem dos valores possíveis de serem registrados. Novos esforços amostrais de levantamento podem aumentar as chances de detecção de parte da comunidade, especialmente de táxons endêmicos e/ou ameaçados de extinção, os quais naturalmente ocorrem em menores densidades e demandam maior tempo de campo para serem registrados, além de permitir o registro de espécies migratórias (VASCONCELOS, 2006; STRAUBE et al., 2010). A riqueza registrada pelos métodos de pontos de escuta foi de 156 espécies, e a riqueza estimada foi de 190 ± 6,03 espécies. Para transectos lineares a riqueza observada foi de 166 espécies e a riqueza estimada foi de 190 ± 5,52 espécies ambas para o estimador Jackknife de 1ª ordem. Se considerarmos o esforço das duas metodologias o número de espécies registradas foi de 183 espécies. Somando-se ainda os registros aleatórios têm-se um total de 188 espécies. O método de transectos lineares, apesar de mostrar-se com um menor número de unidades amostrais (n = 32), apresentou um maior número de espécies registradas em comparação com os pontos de escuta (44 unidades). Pode-se dizer, portanto, que os transectos foram mais eficientes na área de estudo. Isto ocorreu, devido ao fato de os mesmos atravessarem diferentes fitofisionomias ao longo de cada percurso, sendo, portanto, passíveis de se encontrar diferentes parcelas da comunidade de aves.

4.1.3 Abundância e Diversidade

Com relação ao IPA obtido, foram realizados 11 pontos de escuta para cada campanha, com diferentes espécies frequentes em cada uma delas. (Tabela 7).

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Tabela 7: Espécies com os maiores índices pontuais de abundancia (IPA) obtidos durante o monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Taxa IPA C1 Taxa IPA C2 Taxa IPA C3 Taxa IPA C4

Taxa IPA total

Psittacara leucophthalmus

2,72 Pyriglena leucoptera 1,54 Hemithraupis ruficapilla

0,55 Psittacara leucophthalmus

0,45 Psittacara leucophthalmus

0,56

Herpsilocmus rufimarginatus

1,9 Sporophila nigricollis 1,45 Coereba flaveola 0,36 Tangara cyanoventris 0,45 Sporophila nigricollis 0,5

Tersina virides 1,27 Hemithraupis ruficapilla

1,18 Sporophila nigricollis 0,32 Pyriglena leucoptera 0,41 Pionus maximiliani 0,41

Sporophila nigricollis 1,18 Dacnis cayana 1,09 Psittacara leucophthalmus

0,32 Camptostoma obsoletum

0,41 Herpsilochmus rufimarginatus

0,39

Stelgidopteryx ruficollis 0,9 Pygochelidon cyanoleuca

1 Pyriglena leucoptera 0,32 Basileuterus culicivorus 0,36 Pyriglena leucoptera 0,38

Tangara palmarum 0,63 Basileuterus culicivorus

1 Thamnophilus caerulescens

0,23 Tolmomyias sulphurescens

0,32 Hemithraupis ruficapilla

0,27

Hirundinea ferruginea 0,63 Forpus xanthopterygius

0,9 Pygochelidon cyanoleuca

0,23 Sporophila nigricollis 0,32 Basileuterus culicivorus

0,27

Volatinia jacarina 0,45 Coryphospingus pilleatus

0,9 Pionus maximiliani 0,23 Myiarchus ferox 0,27 Stelgidopteryx ruficollis

0,27

Tyrannus melancholicus 0,45 Zonotrichia capensis 0,81 Synallaxis spixi 0,23 Sittasomus griseicapillus

0,27 Coereba flaveola 0,26

Turdus leucomelas 0,45 Coereba flaveola 0,81 Sicalis flaveola 0,18 Euphonia chlorotica 0,27 Tolmomyias sulphurescens

0,23

Pyriglena leucoptera 0,45 Tolmomyias sulphurescens

0,72 Tangara cayana 0,18 Herpsilochmus atricapillus

0,27 Sittasomus griseicapillus

0,23

Legenda: C1 = Campanha 1; C2 = Campanha 2; C3 = Campanha 3; C4 = Campanha 4.

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Fazendo uma análise integrada das espécies mais abundantes na área de estudo ao longo das quatro campanhas, podemos identificar o predomínio de espécies de hábitos frugívoros e insetívoros. As espécies frugívoras, como dito anteriormente, se deslocam mais em busca do seu recurso alimentar, o que facilita sua detecção em campo. Já as espécies insetívoras são representadas principalmente pela família com maior número de espécies na área de estudo. (Figura 12). Outra característica interessante sobre as espécies mais abundantes é o fato de as mesmas serem diversas com relação ao seu habitat preferencial e sua dependência florestal. Ou seja, podemos citar espécies típicas de ambientes florestais como a papa-toaca-do-sul (Pyriglena leucoptera) e o baiano (Sporophila nigricollis) típico de ambientes campestre. Este resultado mais uma vez, demonstra a heterogeneidades dos mosaicos fitofisionômicos presentes na área de estudo e refletem a boa disposição das unidades amostrais ao longo das mesmas. A espécie mais abundante na área de estudo, o periquitão, possui comportamento gregário e frequentemente pode ser observado sobrevoando em grandes grupos a área de estudos.

Figura 12: Espécies com os maiores índices pontuais de abundancia (IPA) obtidos durante o monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

O índice de diversidade de Shannon (H’) foi calculado a partir dos dados coletados através da metodologia de pontos de escuta, para se verificar se os valores de diversidade encontrados estão de acordo com o esperado para a região neotropical. Vielliard e Silva (1990) apontam que uma diversidade entre 1,00 e 2,00 caracteriza a avifauna de florestas temperadas, e valores em torno de 3,00 foram obtidos em diversos ambientes em regiões tropicais.

0,56

0,50

0,41

0,39

0,38

0,27

0,27

0,27

0,26

0,23

0,23

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60

Psittacara leucophthalmus

Sporophila nigricollis

Pionus maximiliani

Herpsilochmus rufimarginatus

Pyriglena leucoptera

Hemithraupis ruficapilla

Basileuterus culicivorus

Stelgidopteryx ruficollis

Coereba flaveola

Tolmomyias sulphurescens

Sittasomus griseicapillus

IPA Total

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O valor total obtido para este estudo foi de H’ = 4,54, variando de um mínimo de H`= 3,90 durante a primeira campanha a um máximo de H`= 4,36 durante a quarta campanha de coleta de dados. Vielliard et al. (2010) encontraram valores de diversidade que variaram de 3,31 a 4,43 em diferentes regiões do Brasil. Assim, o índice de diversidade total encontrado no presente trabalho pode ser considerado alto, permitindo considerar a região do estudo como interessante do ponto de vista da biodiversidade de aves. O cálculo da Equitabilidade (J) varia entre 0 (equitabilidade mínima) e 1 (equitabilidade máxima). O valor total encontrado para a área de estudo foi de J = 0,89, variando de um mínimo de 0,88 durante a primeira campanha a um máximo de 0,93 durante a quarta campanha. Este resultado revela uma distribuição uniforme de espécies na área de estudo e corrobora com as discussões sobre o IPA, pois demonstram um equilíbrio entre a diversidade e abundância das espécies em uma área heterogênea. Os dados oriundos das amostragens realizadas por meio da metodologia de Transectos lineares não foram incluídos nestas análises devido à falta de padronização entre os mesmos com relação ao seu comprimento e tempo de duração. Salientamos que a metodologia escolhida foi mantida da campanha anterior segundo determinação do termo de referência para continuidade deste estudo.

4.1.4 Estado de Conservação

Durante as quatro campanhas do monitoramento da avifauna realizadas nos anos de 2017 e 2018 nas áreas de influência da Mina do Andrade foram registradas ao todo quatro espécies ameaçadas de extinção em alguma das listas consultadas, oito espécies quase ameaçadas de extinção e uma deficiente em dados. (Tabela 8). Tabela 8: Espécies ameaçadas de extinção e espécies endêmicas registradas durante as quatro campanhas de monitoramento da avifauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

Taxa Nome Comum Endemismo IUCN BR MG

Aphantochroa cirrochlores beija-flor-cinza ATL Aramides saracura saracura-do-mato ATL

Arremon semitorquatus tico-tico-do-mato ATL

Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco ATL

Chiroxiphia caudata tangará ATL

Campephilus robustus pica-pau-rei ATL

Conopophaga lineata chupa-dente ATL

Cranioleuca pallida arredio-pálido ATL

Cyanoloxia brissonii azulão QA

Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho ATL QA

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Taxa Nome Comum Endemismo IUCN BR MG

Drymophila malura choquinha-carijó ATL

Eleoscytalopus indigoticus macuquinho ATL QA

Formicivora serrana formigueiro-da-serra ATL

Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem ATL

Hemitriccus diops olho-falso ATL

Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha ATL

Ilicura militaris tangarazinho ATL

Jacamaralcyon tridactyla cuitelão ATL VU QA

Lophornis magnificus topetinho-vermelho ATL

Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora ATL

Mackenziaena severa borralhara ATL

Malacoptila striata Barbudo-rajado ATL QA

Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza ATL

Myiornes auriculares miudinho ATL Phacellodomus erythrophthalmus

joão-botina-da-mata ATL

Primolius maracana maracanã QA QA

Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul ATL

Pyroderus scutatus pavó QA QA

Spinus magellanicus pintassilgo DD

Spizaetus melanoleucus gavião-pato EP

Sporophila frontalis pixoxó ATL VU EP

Strix hylophila coruja-listrada ATL QA

Synallaxis cinerascens pi-puí ATL

Synallaxis spixi joão-teneném ATL

Tachyphonus coronatus tiê-preto ATL

Tangara cyanoventris saíra-douradinha ATL

Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta ATL

Todirostrum poliocephalum teque-teque ATL

Trogon surrucura surucuá-variado ATL

Urubitinga coronata águia-cinzenta EP EP EP

Veniliornis maculifrons picapauzinho-de-testa-pintada ATL

Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado ATL

Legenda: ATL = Endêmico da Mata Atlântica; QA = Quase ameaçado; EP = Em perigo; VU= Vulnerável; DD = Deficiente em Dados.

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Uma delas é a águia-cinzenta (Urubitinga coronata) que é atualmente considerada bastante ameaçada e constante das listas mundial, nacional e estadual de espécies ameaçadas de extinção como “em perigo”. O avanço da agricultura, descaracterização de seu habitat e abate indiscriminado são as principais causas da situação atual dessa espécie (IUCN, 2018). Trata-se de um accipitriforme naturalmente raro e de grande porte, que necessita de presas grandes e significativas áreas para constituir territórios de alimentação e reprodução. Estimativas sugerem 1 indivíduo/500 km2 (BAUMGARTEN, 2008). Tem preferência por habitats abertos ou semiflorestados e é considerado prejudicial a criação de certos a animais domésticos. Sobrevoa veredas e matas ciliares do cerrado (SICK, 1997). É sempre avistado sobrevoando áreas abertas ou pousado no alto das grandes árvores e antenas de alta tensão. Tais características tornam difícil a conservação de populações viáveis nas poucas áreas protegidas do Cerrado. Foram registrados três indivíduos na região de estudo durante a segunda campanha, dois adultos e um filhote, pousados no topo de uma torre de alta tensão que corta o empreendimento. Os adultos vocalizavam com frequência, indicando um cuidado parental ao filhote que aparentava ser bem jovem. Outro registro de um jovem foi realizado durante a quarta campanha. Tais aspectos sugerem que a região é utilizada como sítio de nidificação. A espécie constrói seu ninho com galhos e ramos em uma árvore alta, geralmente na forquilha principal, podendo utiliza-lo em vários períodos reprodutivos repetidamente (SICK, 1997).

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Foto 53: Fotos da águia-cinzenta (Urubitinga coronata) avistada na região de estudo. Foto: Gustav Specht.

O Cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla) segundo a IUCN (2018) apresenta declínio de suas populações devido à fragmentação e destruição do seu habitat ao longo de sua distribuição geográfica na Mata Atlântica. No entanto, é interessante perceber que a espécie pode ocupar áreas degradadas onde a vegetação original foi alterada, incluindo plantações de eucaliptos abandonadas (IUCN, 2018). Durante o presente estudo, o cuitelão (J. tridactyla) foi registrado ocasionalmente em fragmentos de Floresta secundária presentes na região. O gavião-pato (Spizaetus melanoleucus) depende de extensas áreas de florestas conservadas. Embora tenha sido registrado apenas em sobrevoo sobre a área de cava da Mina do Andrade, pode-se inferir que este táxon utilize de alguma forma as florestas da área de estudo como corredores ecológicos, uma vez que esta espécie depende de fragmentos florestais maiores e extensos (SICK, 1997). Por fim o pixoxó (Sporophila frontalis) O pixoxó é uma ave da Ordem Passeriforme da família Thraupidae. Além da diminuição de seu habitat natural a principal ameaça à essa espécie pela mesma ser um xerimbabo muito apreciado devido ao seu potencial vocal. Sua vocalização é inconfundível e se ao som forte de um pulso elétrico. É incomum ou até raro em matas densas e frequentemente é encontrado apenas associado à frutificação de taquarais (Guadua sp.) no interior de sub-bosques de matas secundárias de encostas. (ARETA et. al. 2009). Além das ameaçadas acima descritas, outras cinco espécies foram registradas com categoria "quase ameaçadas" pela lista de espécies ameaçadas globalmente (IUCN, 2018). São elas a coruja-listrada (Strix hylophila), a choquinha-do-dorso-vermelho (Drymophila ochropyga), o macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus), o barbudo-rajado (Malacoptila striata) e a maracanã (Primolius maracana). Também foram registradas 36 espécies endêmicas da Mata Atlântica na região, ou seja, aquelas que possuem distribuição restrita a este bioma. Alguns exemplos são: o topetinho-vermelho (Lophornis magnificus), o formigueiro-da-serra (Formicivora serrana), o joão-botina-da-mata (Phacellodomus

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erythrophthalmus), o arredia-do-rio (Cranioleuca pallida), o tangarazinho (Ilicura militaris) e o teque-teque (Todirostrum poliocephalum). 4.2 Herpetofauna 4.2.1 Composição de Espécies

� Anfíbios Através da coleta dos dados primários, considerando as quatro campanhas realizadas pela Ecodinâmica, foram registradas 26 espécies de anfíbios (Tabela 9), representadas por oito famílias (Figura 13), todas pertencentes à ordem Anura. Para compor a lista de espécies, foram considerados os registros de duas espécies registradas em estudo prévio ao monitoramento, o sapo Rhinella schneideri e a rã Physalaemus cuvieri, elevando para 28 o número de espécies de anfíbios na área de estudo, mas ressaltando que essas duas espécies não foram encontradas ao longo do monitoramento, mesmo após a realização de quatro campanhas. Em relação à distribuição das espécies de anfíbios registradas por famílias (Figura 13), nota-se que a grande maioria pertence à família Hylidae, que representa cerca de 25% da fauna de anuros da América do Sul (DUELLMAN, 1999), seguido pela família Leptodactylidae, refletindo um padrão normalmente encontrado na região neotropical (DUELLMAN, 1988; HEYER et al., 1990).

Figura 13: Distribuição das espécies de anfíbios por famílias registradas em quatro campanhas de coletada de dados, referente ao monitoramento da Herpetofauna na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. A seguir são apresentadas as espécies de anfíbios registradas no presente estudo com a indicação do habitat em que foram encontrados, seus hábitos preferenciais, sítios amostrais em que foram encontrados, campanha em que foram registrados e o método utilizado para o registro da espécie, além do status de conservação, de acordo com a lista estadual (COPAM, 2010), nacional (MMA, 2014) e mundial (IUCN, 2018) de animais ameaçados de extinção (Tabela 9).

50%25%

7%3%

3%4% 4% 4%

Hylidae Leptodactylidae Bufonidae Phyllomedusidae

Cycloramphidae Odontophrynidae Brachycephalidae Craugastoridae

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Tabela 9: Lista de espécies de anfíbios registradas em quatro campanhas de coleta de dados referente ao monitoramento da Herpetofauna na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS

Campanhas PONTOS DE

REGISTRO

Método de Amostragem* Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT Z AE RT IUCN BRASIL MG

ANURA Fischer von Waldheim, 1813

Brachycephalidae

Ischnocnema izecksohni (Caramaschi & Kisteumacher, 1989)

Rã-do-folhiço FLO TE - - x - P4, T1 - ▲ - - DD - -

Bufonidae Gray, 1825

Rhinella crucifer (Wied-Neuwiedi, 1821) Sapo FLO, FO TE x x x x P5, P6, P7,

P8, T1 ●, ▲, ♦ ■, ▲, ♦ - - LC - -

Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururu ANT, LP TE - - - - P4, P6 - - - ● LC - -

Craugastoridae Hedges, Duellman & Heinicke, 2008

Haddadus binotatus (Spix, 1824) Rã-de-folhiço FLO, FO TE x - x x P2, P3, P4, P5, T2, T6 ●, ▲, ♦ - - - LC - -

Cycloramphidae Bonaparte, 1850

Thoropa miliaris (Spix, 1824) Rã FLO, FO, RP TE x - x x P3, T2, T3,

T6 ●, ▲, ♦ - - - LC - -

Hylidae Rafinesque, 1815

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TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS

Campanhas PONTOS DE

REGISTRO

Método de Amostragem* Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT Z AE RT IUCN BRASIL MG

Boana albopunctata (Spix, 1824) Perereca-cabrinha ANT, LP ARB x - x - P1 - ●, ▲ - - LC - -

Boana crepitans (Wied-Neuwiedi, 1824) Perereca ANT, LP ARB x x x x P8, T5, T8 ▲ ●, ■, ▲,

♦ - - LC - -

Boana faber (Wied-Neuwiedi, 1821) Sapo-martelo ANT, FLO, LP

ARB x x x x P1, P6, P8, T5, T8

●, ■, ▲, ♦ ●, ▲ - - LC - -

Boana pardalis (Spix, 1824) Perereca FLO ARB - - x - P2 - ▲ - - LC - -

Boana polytaenia (Cope, 1870) Perereca-listrada ANT, RP, LP ARB x x x x

P1, P2, P4, P5, P7, P8,

T5 ■, ▲ ●, ■, ▲,

♦ - - LC - -

Boana semilineata (Spix, 1824) Perereca FLO, LP ARB - - x - P5 - ▲ - - LC - -

Bokermannohyla circumdata (Cope, 1871) Perereca FLO, RP ARB x - - - P2 ● - - - LC - -

Dendropsophus decipiens (Lutz, 1925) Perereca FLO, LP ARB - - x - P1, P4, P5 - ▲ - - LC - -

Dendropsophus elegans (Wied-Neuwiedi, 1824)

Perereca-de-moldura ANT, LP ARB x - x x P1, P5, P6, P8, T5

●, ▲ ●, ▲, ♦ - - LC - -

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Pererequinha-do-brejo ANT, LP ARB x x x x P1, P5, P6,

P8, T5 ●, ■, ▲,

♦ ●, ■, ▲,

♦ - - LC - -

Ololygon luizotavioi Caramaschi & Kisteumacher, 1989

Perereca FLO, RP ARB x x x x P1, P2, P3, P4, P7, T8 ●, ■, ♦ ●, ■, ▲,

♦ - - LC - -

Scinax eurydice (Bokermann, 1968) Perereca ANT ARB - - x - P6, P8 ▲ ▲ - - LC - -

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TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS

Campanhas PONTOS DE

REGISTRO

Método de Amostragem* Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT Z AE RT IUCN BRASIL MG

Scinax fuscovarius (Lutz, 1925) Perereca-de-banheiro ANT, LP SA, TE x x x x P1, P6, P8, T5 ●, ■, ▲ ●, ▲, ♦ - ♦ LC - -

Scinax aff. perereca Perereca ANT, FLO, LP ARB x x x x P2, P5, P6,

P7, T5 ●, ♦ ●, ■, ▲, ♦ - - NA - -

Leptodactylidae Werner, 1896 (1838)

Leptodactylus furnarius (Sazima & Bokermann, 1978) Rã ANT TE - - x - P6 - ▲ - - LC - -

Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) Rã-assobiadora ANT,

FLO TE - - x - P7 ▲ ▲ - - LC - -

Leptodactylus jolyi (Sazima & Bokermann, 1978) Rã ANT TE - - x - P8 - ▲ - - DD - -

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824)

Rã-pimenta ANT, LP TE, AQ x x x - P1, P3, P7, P8, T5

●, ■, ▲ ▲ - - LC - -

Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã-manteiga ANT, LP TE, AQ - - x - P4, P5, P8 ▲ ▲ - ● LC

Physalaemus crombiei Heyer and Wolf, 1989

Rã FLO, FO, LP TE x - - - P4 ● - - - LC - -

Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 Rã-cachorro ANT, LP TE - - - - P3, P5, P7 - - - ● LC - -

Odontophrynidae Lynch, 1969

Odontophrynus cultripes Reinhardt & Lütken, 1862

Sapo-verrugoso ANT, LP TE, CRI x x x x P1, P2, P3, P4, P6, P7, P8, T5, T8

●, ▲ ●, ■, ▲, ♦ - - LC - -

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TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS

Campanhas PONTOS DE

REGISTRO

Método de Amostragem* Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT Z AE RT IUCN BRASIL MG

Phyllomedusidae Günther, 1858

Phyllomedusa burmeisteri Boulenger, 1872

Perereca-das-folhagens ANT, FLO, LP ARB x - x - P1, P6 ▲ ●, ▲ - - LC - -

Legenda: Hábitat: ANT - Área aberta antropizada; FLO - Florestal; LP - Lagoa permanente; RP - Riacho permanente, FO - Folhiço (Serrapilheira). Hábitos: AQ - Aquático; TE - Terrícola; ARB - Arborícola; CRI – Criptozóico; SA – Semi-arborícola. Metodologia: PVLT – Procura visual limitada por tempo; Z - Zoofonia; AE - Amostragem de estrada; RT – Registro por terceiros. Status de conservação: Mundial (IUCN, 2018); Brasil (MMA, 2014); Minas Gerais (COPAM, 2010); NA - Não Avaliado; LC - Pouco Preocupante; DD - Deficiente em Dados. *Na coluna Método de Amostragem, ponto (●) corresponde ao registro para cada metodologia na primeira campanha, quadrado (■) significa registro para a segunda campanha, triângulo (▲) significa registro para a terceira campanha, losango (♦) significa registro para a quarta campanha e hífen (-) significa ausência de registro.

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Foto 54: Ischnocnema izecksohni. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 55: Rhinella crucifer. Foto: Antônio M. Linares

Foto 56: Rhinella schneideri. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 57: Haddadus binotatus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 58: Thoropa miliaris. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 59: Boana albopunctata. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 60: Boana crepitans. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 61: Boana faber. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

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Foto 62: Boana pardalis. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 63: Boana polytaenia. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 64: Boana semilineata. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 65: Bokermannohyla circumdata. Foto: Antônio M. Linares

Foto 66: Dendropsophus decipiens. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 67: Dendropsophus elegans. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

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Foto 68: Dendropsophus minutus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 69: Ololygon luizotavioi. Foto: Antônio M. Linares

Foto 70: Scinax eurydice. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 71: Scinax fuscovarius. Foto: Antônio M. Linares

Foto 72: Scinax aff.perereca. Foto: Antônio M. Linares

Foto 73: Leptodactylus furnarius. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 74: Leptodactylus fuscus. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 75: Leptodactylus jolyi. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

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Foto 76: Leptodactylus labyrinthicus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 77: Leptodactylus latrans. Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 78: Physalaemus crombiei. Foto: Antônio M. Linares

Foto 79: Physalaemus cuvieri. Foto: Antônio M. Linares

Foto 80: Odontophrynus cultripes. Foto: Antônio M. Linares

Foto 81: Phyllomedusa burmeisteri. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Dentre as 28 espécies de anfíbios registradas neste estudo, duas são endêmicas de Minas Gerais, a perereca Ololygon luizotavioi e a rã Ischnocnema izecksohni (ver FROST, 2018), o que corresponde a 7,1% das espécies registradas para este grupo no presente estudo. A espécie Scinax aff. perereca trata-se de uma espécie ainda não descrita pela ciência, que se encontra em fase de descrição por pesquisadores da PUC Minas. Embora ainda não seja formalmente descrita, já foi encontrada em diversos municípios em Minas Gerais, tais como Belo Horizonte, Catas Altas, Serro, Itapanhoacanga, Conceição do Mato Dentro, Nova Lima, dentre outros, sendo geralmente comum em suas áreas de ocorrência, ocupando áreas abertas e

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bordas de floresta, tanto em ambientes lóticos como lênticos (A.M. Linares, obs. pess.). Foi publicado um artigo abordando a ecologia da espécie no Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte (GALDINO et al., 2008), mas ainda é necessário aguardar a descrição da espécie para obter informações mais precisas sobre sua taxonomia e distribuição geográfica. É possível que seja endêmica de Minas Gerais. Duas espécies de anfíbios registradas podem ser consideradas cinegéticas, a rã-pimenta Leptodactylus labyrinthicus e a rã-manteiga Leptodactylus latrans, já que no meio rural são comumente capturadas para serem utilizadas como alimento. Nenhuma das espécies de anfíbios registradas encontra-se ameaçada de extinção, de acordo com a lista estadual (COPAM, 2010), nacional (MMA, 2014) e mundial (IUCN, 2018), embora duas espécies sejam consideradas como deficientes em dados (DD) pela IUCN, as rãs Ischnocnema izecksohni e Leptodactylus jolyi (IUCN, 2018). Observando a abundância das espécies de anfíbios registradas em campo, verifica-se de forma geral, uma maior abundância das espécies durante a estação chuvosa, um resultado esperado, já que a grande maioria dos anfíbios apresenta maior atividade durante o período chuvoso (WELLS, 1977; DUELLMAN & TRUEB, 1994). As exceções foram o sapo Rhinella crucifer e a perereca Ololygon luizotavioi, com maior número de registros para o período de seca. A perereca Dendropsophus minutus apresentou a maior abundância geral entre os anfíbios, com quase 200 registros nos períodos chuvosos e mais de 60 registros nas épocas de seca, enquanto Bokermannohyla circumdata, Leptodactylus jolyi e Leptodactylus fuscus apresentaram os menores números de abundância, com apenas um indivíduo registrado para cada espécie, somente nos períodos de chuvas. Das 26 espécies de anfíbios registradas através da coleta de dados primários, 13 não foram encontradas nos períodos de seca, ressaltando a importância do período chuvoso para a comunidade de anfíbios, que de maneira geral apresenta maior atividade durante épocas chuvosas (WELLS, 1977; DUELLMAN & TRUEB, 1994). As espécies registradas por terceiros não foram consideradas para elaboração do gráfico.

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Figura 14: Comparação entre as campanhas, da abundância das espécies de anfíbios registradas no monitoramento da Herpetofauna

na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas.

0

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100

150

200

250

1ª Campanha 2ª Campanha 3ª Campanha 4ª Campanha

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� Répteis Através da coleta de dados primários e registros por terceiros, foram registradas 15 espécies de répteis (Tabela 10) de sete diferentes famílias (Figura 15) sendo um quelônio, uma anfisbênia, cinco lagartos e oito serpentes. Em relação à distribuição das espécies de répteis registradas por famílias, percebe-se que houve uma distribuição bastante diversa, com quinze espécies registradas de sete diferentes famílias (Figura 15). Vale destacar a presença de uma espécie de serpente registrada na terceira campanha, Tantilla boipiranga, considerada como uma espécie "Vulnerável" (VU) pela IUCN (IUCN, 2018).

Figura 15: Distribuição das espécies de répteis por famílias durante o Monitoramento da Herpetofauna na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

A seguir são apresentadas as espécies de répteis registradas no presente estudo, com a indicação do habitat em que foram encontrados, seus hábitos preferenciais, sítios amostrais em que foram encontrados, método de registro e a campanha em que foram registrados. Nenhuma das espécies registradas está presente na lista estadual (COPAM, 2010) e nacional (MMA, 2014) de animais ameaçados de extinção, portanto é apresentado apenas o status de conservação em âmbito mundial (IUCN, 2018).

46%

14,5% 14,5% 7%

7%

7%

7%

Colubridae Teiidae Viperidae Leiosauridae

Tropiduridae Chelidae Amphisbaenidae

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Tabela 10: Lista das espécies de répteis registradas em quatro campanhas de coleta de dados durante o Monitoramento da Herpetofauna na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS Campanhas PONTOS

DE REGISTRO

Método de Amostragem*

Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT AE RT IUCN Brasil MG

TESTUDINES Batsch, 1788 Chelidae Gray, 1825

Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) Cágado-de-barbicha ANT, RP TE, AQ x - - x 23K 694356 / 7811939

●, ♦ - ● NA - -

SQUAMATA Opel, 1811 AMPHISBAENIA Gray, 1844 Amphisbaenidae Gray, 1825

Amphisbaena alba Linnaeus, 1758 Cobra-de-duas-cabeças ANT, FLO

TE, FOS x - - - 23K 693970 / 7809913

- - ● LC - -

LACERTILIA Günther, 1867 Leiosauridae Frost, Etheridge, Janies & Titus, 2001

Enyalius bilineatus Duméril & Bibron, 1837 Papa-vento FLO, ANT TE, SA x - - - P7, T7 ● - - NA - -

Teiidae Gray, 1827 Ameiva ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Calango verde ANT,

FLO TE x - x - P4, T2, T8 ●, ▲ - - NA - -

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiú ANT, FLO

TE x - - - 23K 694617 / 7811002

- - ● LC - -

Tropiduridae Bell in Darwin, 1843

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) Calango ANT TE x x x x P4, P7, T4, T5, T6, T7,

T8

●, ■, ▲, ♦ - - LC - -

SERPENTES Linnaeus, 1758

Colubridae Oppel, 1811

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TAXA NOME COMUM HABITAT HÁBITOS Campanhas PONTOS

DE REGISTRO

Método de Amostragem*

Categoria de ameaça

1 2 3 4 PVLT AE RT IUCN Brasil MG

Chironius sp. Cobra-cipó ANT, FLO TE, SA - - - - 23K 690530

/ 7810881 - - ● - - -

Oxyrhopus guibei Hoge & Romano, 1978 Falsa-coral ANT, FLO TE x - - - T7 ● - - NA - -

Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron & Duméril, 1854

Falsa-coral ANT, FLO TE x x x - T7, T8 ●, ■, ▲ - - NA - -

Spilotes pullatus pullatus (Linnaeus, 1758) Caninana ANT, FLO TE, SA x - - - T3 ● - - NA - -

Tantilla boipiranga Sawaya & Sazima, 2003 Cobra ANT, FLO TE, FOS - - x - P8 ▲ - - VU - -

Tropidodryas sp. Falsa-jararaca ANT, FLO TE - - - - 23K 690394

/ 7811428 - - ● - - -

Xenodon merremii (Wagler in Spix, 1824) Boipeva ANT TE - - - - ** - - ● NA - -

Viperidae Oppel, 1811

Bothrops jararaca (Wied-Neuwied, 1824) Jararaca ANT, FLO TE, SA - x x -

T7, ■ ▲ - NA - - 23K 691490

/ 7809908

Crotalus durissus terrificus (Laurenti, 1768) Cascavel ANT TE x - x -

23K 693828 / 7811652

- ● ●, ▲ LC - -

23K 696438 / 7810041

Legenda: Hábitat: ANT - Área aberta antropizada; FLO - Florestal; LP - Lagoa, açude ou poça permanente; RP - Riacho ou rio permanente, FO - Folhiço (Serrapilheira). Hábitos: AQ - Aquático; TE - Terrícola; ARB - Arborícola; FOS - Fossorial; SA – Semi-arborícola. Metodologia: PVLT – Procura visual limitada por tempo; AE - Amostragem de estrada; RT - Registro por terceiros. Status de conservação: Mundial (IUCN, 2018); Brasil (MMA, 2014); Minas Gerais (COPAM, 2010). NA - Não Avaliado; LC - Pouco Preocupante; VU - Vulnerável. *Na coluna Método de Amostragem, ponto (●) corresponde ao registro na primeira campanha, quadrado (■) significa registro para a segunda campanha, triângulo (▲) significa registro para a terceira campanha, losango (♦) significa registro para a quarta campanha, para cada uma das metodologias aplicadas e hífen (-) significa ausência de registro. **Registrada por brigadista da ArcelorMittal na área da Mina de Andrade, sem coordenadas geográficas específicas.

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Foto 82: Phrynops geoffroanus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 83: Amphisbaena alba. Foto: Alaine Prado

Foto 84: Enyalius bilineatus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 85: Ameiva ameiva ameiva. *Foto: Antônio M. Linares *Foto de arquivo pessoal

Foto 86: Salvator merianae. Foto: Edimar J. F. Dias

Foto 87: Tropidurus torquatus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 88: Chironius sp.. Foto: Edimar J. F. Dias Foto 89: Oxyrhopus guibei. Foto: Antônio M. Linares

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Foto 90: Oxyrhopus trigeminus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 91: Spilotes pullatus pullatus. Foto: Antônio M. Linares

Foto 92: Tantilla boipiranga. Foto: Antônio M. Linares

Foto 93: Tropidodryas sp. predando Ameiva ameiva ameiva. Foto: Edimar J. F. Dias

Foto 94: Xenodon merremii. Foto: Anônimo (Brigadista da ArcelorMittal)

Foto 95: Bothrops jararaca. Foto: Antônio M. Linares

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Foto 96: Crotalus durissus terrificus. Foto: Antônio M. Linares † Animal morto em área da mina

Embora a maioria das espécies de répteis registradas possua ampla distribuição geográfica e hábitos generalistas, vale destacar a presença de uma espécie de serpente endêmica de Minas Gerais, Tantilla boipiranga, que atualmente é classificada como ameaçada de extinção na categoria vulnerável da IUCN (IUCN, 2018). Duas espécies de répteis registradas na área de estudo podem ser consideradas cinegéticas, o cágado-de-barbicha Phrynops geoffroanus, assim como o lagarto teiú Salvator merianae. Vale destacar a presença de duas espécies de serpentes peçonhentas de interesse médico, a cascavel Crotalus durissus terrificus, que causa grande número de acidentes na região sudeste do Brasil (CARDOSO et al., 2009) e a jararaca Bothrops jararaca, responsável pela maioria dos acidentes ofídicos na região sudeste (ver RIBEIRO & JORGE, 1997). A plasticidade dessas espécies as possibilita ocupar áreas rurais ou mesmo periurbanas. Embora apenas duas espécies de serpentes peçonhentas tenham sido registradas neste estudo através da coleta de dados primários, existe relato de outra espécie de jararaca para o município de João Monlevade, a Bothrops jararacussu, conhecida popularmente como jararacuçu (A.S. Marques, com. pess.). Assim como existe a possibilidade de ocorrerem também serpentes do gênero Micrurus, conhecidas popularmente como corais e que apresentam hábito primariamente fossorial e terrícola, habitando galerias subterrâneas e o folhiço de ambientes florestais, o que dificulta o encontro dessas serpentes (CAMPBELL & LAMAR, 2004). Observando a abundância das espécies de répteis registradas em campo (Figura 16), verifica-se, de modo geral, que houve uma maior abundância para este grupo durante o período chuvoso (1ª e 3ª campanhas), com várias espécies sendo registradas apenas na época das chuvas. O lagarto Tropidurus torquatus apresentou a maior abundância em todas as campanhas, sendo obtido um maior número de registros para esta espécie nas campanhas realizadas no período da seca, sendo esta espécie, a única registrada em todas as campanhas. Para todas as espécies de répteis encontradas, foi obtido pelo menos um registro durante a época de chuvas, enquanto para seis espécies não houve registros em épocas de seca. As espécies registradas por terceiros não foram consideradas para elaboração do gráfico.

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Figura 16: Comparação entre as campanhas, da abundância das espécies de répteis registradas durante Monitoramento da Herpetofauna da Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

4.2.2 Riqueza e Suficiência Amostral

As curvas de acumulação de espécies são extremamente úteis para avaliar a eficiência das amostragens (CECHIN & MARTINS, 2000). O fato das curvas não estabilizarem ao fim da quarta campanha (Figuras 6 e 7), indica que o aumento do esforço amostral possivelmente acarretará em um acréscimo de outras espécies para a área de estudo, sobretudo por se tratar de um monitoramento, com amostragens periódicas. Deve ser levado em consideração que estudos envolvendo a fauna de um determinado local, para uma comunidade específica ou área geográfica, demandam grande esforço amostral, sendo muito difícil realizar uma amostragem em que todas as espécies que ocorram no local sejam registradas (SANTOS, 2003; CHAO, 2005; CHAO et al., 2005; HORTAL et al., 2006), considerando que para a maior parte dos táxons, novos registros de espécies serão feitos com o aumento do número de indivíduos na amostra (BUNGE & FITZPATRICK, 1993; GOTELLI & COLWELL, 2001; RICKLEFS, 2003). Para elaboração da curva de acumulação de espécies, não foram considerados os registros por terceiros. Através da coleta de dados primários, foram registradas 26 espécies de anfíbios e a riqueza estimada pelo Jackknife1 foi de 34,44 espécies (Figura 17). No grupo dos anfíbios, algumas espécies apresentam hábitos crípticos de extrema complexidade (GOTTSBERGER & GRUBER, 2004), onde muitas vezes as atividades de algumas espécies estão relacionadas a períodos de fortes precipitações. Outro fato que reforça a probabilidade de haver uma maior riqueza que a registrada, são dados de um estudo realizado em João Monlevade (ARCADIS LOGOS, 2014; A.M. Linares,

,0

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,12

1ª Campanha 2ª Campanha 3ª Campanha 4ª Campanha

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dados não publicados), em que foram encontradas 33 espécies de anfíbios para a região, incluindo algumas espécies não registradas no presente estudo, destacando uma espécie classificada como "deficiente em dados" pela IUCN (Hylodes uai), além de um anuro que pode se tratar de uma espécie nova para a ciência (Ischnocnema gr. parva) e uma cecília (Siphonops hardyi) que possui apenas um registro publicado conhecido para a espécie no estado de Minas Gerais, no município de Ferros (MACIEL et al., 2009), distante cerca de 65km em linha reta do município de Bela Vista de Minas.

Figura 17: Curva de acumulação de espécies de anfíbios e estimador de riqueza de espécies Jackknife1. As barras correspondem ao desvio-padrão. Riqueza observada de 26 espécies e riqueza estimada em 34,44 espécies.

Além dos fatores ambientais e antrópicos, estudos com anfíbios são naturalmente de grande complexidade devido à dificuldade de se registrar espécies crípticas ou que apresentem reprodução do tipo “explosiva”, onde somente após fortes chuvas os indivíduos de algumas espécies iniciam suas atividades, que perduram apenas durante alguns dias ou semanas, apesar de muitas espécies apresentarem reprodução do tipo "prolongada", sendo capazes de se reproduzir ao longo de todo ano ou durante vários meses do ano (WELLS, 1977; DUELLMAN & TRUEB, 1994; BASTOS et al., 2003; UETANABARO et al., 2008). Espécies arborícolas que ocupam o dossel de ambientes florestais podem ser difíceis de visualizar e em alguns casos para detectá-las podem ser necessárias inúmeras incursões a campo. Alguns autores relatam que mesmo após dois a quatro anos de amostragem de anfíbios em uma determinada área, o aumento da lista de espécies é comum com a continuidade das amostragens (DUELLMAN & TRUEB, 1994; MOREIRA et al., 2007). Foram registradas quinze espécies de répteis no presente estudo. No entanto, para gerar a curva de acumulação de espécies, foram considerados somente os dados obtidos através da metodologia de procura visual limitada por tempo, que resultou no registro de nove espécies. Das outras seis espécies de répteis

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Riqueza Observada

Riqueza Estimada

Amostras (Pontos de amostragem)

Riq

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registradas, cinco foram encontradas exclusivamente através de registros por terceiros e uma por amostragem de estrada e registro por terceiros. O estimador de riqueza de espécies Jackknife1 indicou que o número estimado de 14,63 espécies para a área estudada é maior do que a riqueza registrada de nove espécies através da procura visual limitada por tempo, indicando que a continuidade das amostras certamente irá adicionar outras espécies à lista de répteis presentes na área de estudo, fato que pode ser corroborado pelos resultado obtido considerando todas as metodologias envolvidas, com um total de quinze espécies registradas, superando a estimativa feita pelo Jackknife1.

Figura 18: Curva de acumulação de espécies de répteis e estimador de riqueza de espécies Jackknife1. As barras correspondem ao desvio-padrão. Riqueza observada de nove espécies e riqueza estimada em 14,63 espécies. Além do acima exposto, outro fator sugere uma maior riqueza de répteis para a área de estudo: os dados de um diagnóstico de herpetofauna realizado em João Monlevade, no qual foram registradas 14 espécies de répteis para a região, sete das quais não foram encontradas no presente estudo, incluindo Hydromedusa maximiliani, um cágado ameaçado de extinção (ARCADIS LOGOS, 2014; A.M. Linares, dados pessoais). O menor número de espécies registradas para o grupo dos répteis pode ser explicado pelo fato desses animais geralmente serem amostrados com maior dificuldade em relação aos anfíbios, pois geralmente ocorrem densidades populacionais menores, além do fato de apresentarem vagilidade e de muitas espécies possuírem colorações crípticas ou inconspícuas, exibindo predominância de hábitos secretivos e/ou fossoriais, especialmente em relação às serpentes e anfisbênias. Essas características demandam, muitas vezes, a utilização de metodologias de estudos de médio e longo prazo, a fim de se aumentar o sucesso de captura (DUELLMAN, 1987; SAZIMA & HADDAD, 1992; MARTINS & OLIVEIRA, 1998; STRÜSSMANN et al., 2000; RECODER & NOGUEIRA, 2007).

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Riqueza Observada

Riqueza Estimada

Amostras (Pontos de amostragem)

Riq

ue

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e e

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cie

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4.2.3 Sazonalidade

A sazonalidade exerce um papel fundamental nas histórias de vida e ciclos reprodutivos tanto de anfíbios como de répteis, sendo que uma parte considerável desses animais apresenta um aumento em seus níveis de atividades durante períodos chuvosos, especialmente os anfíbios, já que períodos com maior precipitação favorecem as atividades reprodutivas de grande parte das espécies deste grupo, principalmente na região neotropical (CAMPBELL & LAMAR, 2004; POUGH et al., 2004; VITT & CALDWELL, 2009). Essa característica fica evidente se compararmos os resultados obtidos nas quatro campanhas do monitoramento da herpetofauna na Mina do Andrade. Das 26 espécies de anfíbios registradas através da coleta de dados primários, todas foram registradas durante os períodos chuvosos, enquanto 13 dessas espécies não foram encontradas durante os períodos de seca. Houve uma maior abundância da grande maioria das espécies de anfíbios nos períodos de chuva, enquanto apenas duas espécies foram mais abundantes durante o período de seca, a perereca Ololygon luizotavioi e o sapo Rhinella crucifer. Em relação aos répteis, também pode-se observar resultados mais significativos durante o período chuvoso, pois das dez espécies registradas através dos dados primários, seis foram encontradas somente na época chuvosa, enquanto não houve nenhuma espécie registrada exclusivamente no período de seca. Em relação à abundância, somente para o lagarto Tropidurus torquatus e para os anuros Ololygon luizotavioi, Rhinella crucifer e Haddadus binotatus, foram registrados mais indivíduos em épocas de seca do que em períodos chuvosos. Esses dados demonstram claramente como a sazonalidade é marcante para os grupos que compõem a herpetofauna, exercendo papel determinante na avaliação da composição, abundância e riqueza de uma comunidade herpetofaunística em um determinado local. 4.2.4 Estado de Conservação

De maneira geral, a maioria dos ambientes amostrados neste estudo apresenta estágio médio a alto de antropização, com lagoas artificiais, riachos impactados por pó de minério e fragmentos florestais com predominância de eucaliptos. A herpetofauna encontrada na área de estudo, indica uma composição de espécies de maioria generalista, tolerante a certos níveis de impactos ambientais e com amplas distribuições geográficas. No entanto, foi registrada uma espécie de lagarto; o papa-vento Enyalius bilineatus, além de quatro espécies de anfíbios; a rãs Thoropa miliaris e Haddadus binotatus e as pererecas Bokermannohyla circumdata e Ololygon luizotavioi, que habitam preferencialmente áreas florestadas, sendo dependentes destas para sobreviver. Essas espécies, portanto, podem ser consideradas como bioindicadoras da qualidade do ambiente, por estarem associadas principalmente aos ambientes florestais (BORGES et al., 2013; HADDAD et al., 2013).

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Os anfíbios constituem um modelo apropriado dos pontos de vista ecológico e evolutivo, para estudos de processos de adaptação a diferentes tipos de ambientes e evolução de estratégias e modos de vida que permitiram sua distribuição geográfica atual. Além disso, esses animais desempenham uma função fundamental no controle de populações de insetos e outros invertebrados, principais itens de sua dieta, sendo essenciais para manutenção de um ecossistema equilibrado (ETEROVICK & SAZIMA, 2004). Para os répteis, diversas espécies podem ser utilizadas na avaliação da qualidade ambiental, uma vez que ocupam posição apical em cadeias alimentares e sua sobrevivência depende da integridade das populações de presas (MOURA-LEITE et al., 1993). Os répteis são de grande importância na cadeia alimentar, atuando como mediadores de energia em cadeias tróficas (POUGH et al., 2004), como modelos de estudos populacionais (VRCIBRADIC & ROCHA, 1996), em aspectos da saúde pública (NISHIOKA & SILVEIRA, 1994; RIBEIRO et al., 1995), em estudos evolutivos (GAUTHIER et al., 1988, 1989) e pela diversidade adaptativa, incluindo a ocupação de microambientes específicos (POUGH et al., 2004). Vale destacar o registro de algumas espécies endêmicas do estado de Minas Gerais, os anuros Ololygon luizotavioi e Ischnocnema izecksohni, assim como a serpente Tantilla boipiranga, sendo estas duas últimas espécies classificadas respectivamente como deficiente em dados (DD) e vulnerável (VU) pela IUCN, quanto ao risco de extinção (IUCN, 2018). Também merece destaque a rã Leptodactylus jolyi, outro anuro considerado como deficiente em dados (DD) pela IUCN (IUCN, 2018). As serpentes peçonhentas Crotalus durissus terrificus e Bothrops jararaca, são espécies de interesse médico e econômico, pois além de terem seu veneno utilizado para a produção de soro antiofídico, os compostos de seus venenos despertam o interesse da indústria farmacêutica, que vem realizando diversas pesquisas com venenos de serpentes para a elaboração e produção de fármacos. Pesquisas realizadas com o veneno da cascavel, por exemplo, já resultaram em potentes remédios analgésicos, cicatrizantes e mesmo em tratamentos para pacientes de diferentes tipos de câncer (ver LIMA-VERDE, 1994; SANTOS, 1994; PRADO, 1997; GIRARDI, 2008). E o veneno da jararaca é utilizado para a produção do remédio mais utilizado no mundo para combater a hipertensão arterial, chamado de Captopril (ver PEIXOTO et al., 2005). 4.3 Mastofauna

4.3.1 Composição de espécies

Foram registradas, através da coleta de dados primários, 27 espécies nativas de mamíferos de médio e grande porte na região de estudo do empreendimento Mina do Andrade (Tabela 11). Dentre os táxons documentados, quatro aparecem com imprecisão taxonômica: Cabassous sp, Leopardus sp., Mazama sp., e Dasypus sp. A identificação desses táxons em nível genérico deve-se a possibilidade de ocorrência de mais de uma espécie do gênero para a área e por terem sido registrados de forma indireta (pegadas e toca).

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Duas espécies registradas são consideradas domésticas: o cachorro (Canis lupus familiaris) e o cavalo (Equus caballus). Durante a segunda campanha de coleta de dados foram encontrados indícios de uso da área por Equus caballus em praticamente todos os transectos, além do registro fotográfico em dois pontos amostrados por armadilha fotográfica. Ao final deste item é possível visualizar, através de fotografias, alguns dos registros obtidos.

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Tabela 11: Lista de espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas durante as quatro campanhas de monitoramento na Mina do Andrade, ArcelorMittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

TAXA NOME COMUM

Campanha

Método de Amostragem Categoria de ameaça

AF BA OC Global Nacional Estadual

DIDELPHIMORPHIA

Didelphidae Gray, 1821 Didelphis albiventris (Lund, 1840) gambá 2, 3 x x LC Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) ** gambá 1, 2, 3, 4 x x x LC Philander frenatus (Olfers, 1818) cuíca-de-quatro-olhos 4 x LC PILOSA

Myrmecophagidae

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim 4 x LC

CINGULATA

Dasypodidae

Cabassous tatouay (Desmarest, 1804) tatu-de-rabo-mole-grande 2 x LC

Cabassous sp. tatu-de-rabo-mole 2, 4 x

Dasypus novemcinctus tatu-galinha 3, 4 x x LC

Dasypus sp. tatu-galinha 1, 2, 3, 4 x

Euphractus sexcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-peba 1, 2, 3, 4 x LC

ARTIODACTYLA Cervidae Mazama gouazoubira (G. Fischer, 1814) veado-catingueiro 4 x LC Mazama sp. veado 2, 4 x PRIMATES

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TAXA NOME COMUM

Campanha

Método de Amostragem Categoria de ameaça

AF BA OC Global Nacional Estadual

Callithrichidae Callithrix geoffroyi (Humboldt. 1812) ** mico-da-cara-branca 1, 2, 4 x LC Callithrix penicillata (É. Geoffroy, 1812) mico-estrela 1 x LC

Callithrix (híbridos) 3 x

RODENTIA

Cuniculidae

Cuniculus paca (Linnaeus, 1766) paca 1, 2, 3, 4 x x x LC

Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) capivara 3 x

Sciuridae

Guerlinguetus ingrami (Thomas, 1901) ** caxinguelê 2, 3, 4 x x

LAGOMORPHA

Leporidae

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapeti 1, 2, 3, 4 x x x LC

CARNIVORA

Canidae

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) cachorro-do-mato 1, 2, 4 x x x LC

Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) lobo-guará 1, 2, 3, 4 x x x NT VU VU

Mephitiidae

Conepatus semistriatus (Boddaert, 1785) jaritataca 1 x LC

Mustelidae Fischer, 1817

Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara, papa-mel 1, 2, 3, 4 x x x LC

Felidae

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica 1, 2, 3, 4 x x x LC VU

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TAXA NOME COMUM

Campanha

Método de Amostragem Categoria de ameaça

AF BA OC Global Nacional Estadual

Leopardus sp. gato-do-mato 2 x x

Puma concolor (Linnaeus, 1771) onça-parda, suçuarana 1, 2, 4 x x LC VU VU

Procyonidae

Nasua nasua (Linnaeus, 1766) quati 2, 4 x

Procyon cancrivorus (G. Cuvier, 1798) mão-pelada 1, 2, 3, 4 x x x Legenda: Tipo de Registro - AF = Armadilha Fotográfica; BA = Busca Ativa; RO = Registro Ocasional; Categorias de Ameaça: LC (Least Concern) = “Pouco preocupante”, NT (Near Threatened) = “Quase ameaçado”, VU = vulnerável

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.

Foto 9756: Chrysocyon brachyurus registrado ocasionalmente pela equipe de Herpetofauna na área da Mina do Andrade .

Foto 98: Didelphis albiventris registrado durante busca ativa noturna no T6.

Foto 9957: Pegada de Nasua nasua registrada durante busca ativa diurna no T7.

Foto 100: Toca atribuída a Dasypus sp. registrada durante busca diurna no T7.

Foto 101: Pegada de Leopardus pardalis registrada ocasionalmente em estrada próxima à bacia de sedimentação 7.

Foto 10258: Cuniculus paca registrada por armadilha fotográfica.

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Foto 103: Pegada de Puma concolor registrada durante busca ativa diurna no T1.

Foto 104: Fezes atribuídas à Leopardus sp. registradas durante busca ativa diurna no T7.

Foto 105: Cerdocyon thous registrado por armadilha fotográfica.

Foto 106: Sylvilagus brasiliensis registrado durante busca ativa noturna no T7.

Foto 107: Pegada de Cerdocyon thous registrada durante busca ativa diurna no T6.

Foto 108: Mazama gouazoubira registrado ocasionalmente na área da Mina do Andrade.

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Foto 109: Toca de Euphractus sexcinctus registrada durante busca ativa diurna no T4.

Foto 110: Guerlinguetus brasiliensis registrado durante busca ativa diurna no T5.

Foto 111: Callithrix geoffroyi registrado durante busca ativa diurna no T9.

Foto 112: Fezes de Sylvilagus brasiliensis registradas durante busca ativa diurna no T2.

Foto 113: Fezes de Puma concolor registradas durante busca ativa diurna no T8.

Foto 114: Indivíduos de Didelphis aurita registrados pela armadilha fotográfica CT1.

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Foto 115: Eira barbara registrada por armadilha fotográfica.

Foto 116: Didelphis aurita registrado por armadilha fotográfica.

Foto 117: Sylvilagus brasiliensis registrado pela armadilha fotográfica CT2.

Foto 118: Cabassous sp. registrado pela armadilha fotográfica CT2.

Foto 119: Leopardus pardalis registrada pela armadilha fotográfica CT4.

Foto 120: Procyon cancrivorus registrado pela armadilha fotográfica CT5.

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Foto 121: Pegada de Tamandua tetradactyla registrada ocasionalmente na área da Mina do Andrade.

Foto 122: Philander frenatus registrado pela armadilha fotográfica.

A Ordem mais representativa foi Carnivora (n=9), seguida por Cingulata com cinco espécies registradas; Primate, Didelphimorphia e Rodentia com três representantes cada; Artiodactyla com dois representantes; e Lagomorpha e Pilosa com um representante cada (Figura 19).

Figura 19: Representatividade, em porcentagem, das ordens de mamíferos de médio e grande porte registradas durante as duas campanhas de monitoramento na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. A riqueza encontrada foi bastante relevante, com o registro de 27 espécies nativas confirmadas, e pelo menos três espécies dependentes de habitats ou recursos específicos, como é o caso do lobo guará (Chrysocyon brachyurus) (JUAREZ & MARINHO FILHO, 2002); da jaguatirica (Leopardus pardalis) e da onça-parda (Puma concolor) (REIS et al., 2011). Além disso, a região abriga duas espécies consideradas endêmicas da Mata Atlântica: o mico-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi) e o gambá- da- orelha-preta (Didelphis aurita) (PAGLIA et al., 2012). Embora a região de estudo apresente uma paisagem em mosaicos com diversas atividades antrópicas, tais com a mineração, eucaliptais e mesmo área urbana, é possível observar corredores de matas ciliares que,

Carnivora33%

Cingulata19%

Didelphimorphia 11%

Primates11%

Rodentia11%

Artiodactyla7%

Lagomorpha4%

Pilosa4%

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certamente, conectam os remanescentes de vegetação do entorno, gerando aumento do habitat disponível e possibilitando a presença das espécies mais sensíveis, como as acima citadas.

4.3.2 Riqueza e Suficiência Amostral

A riqueza média estimada (Jackknife de primeira ordem) considerando os registros obtidos pela metodologia de busca ativa foi de 28.83 ± 5,11 espécies de mamíferos de médio e grande porte (intervalo de confiança de 95%), com uma riqueza observada de 23 espécies. Para a metodologia de armadilha fotográfica foram estimadas 13,97 ± 3,33 e observadas 11 espécies. Ambas as metodologias indicam o potencial de ocorrência de outras espécies para a região de estudo, embora as curvas se apresentem com leve inclinação. Se considerados os valores estimados por cada método como a riqueza esperada para a região de estudo observa-se que a metodologia de busca ativa registrou 79,7 % das espécies, enquanto a metodologia de armadilhas fotográficas registrou 78,77 % das espécies.

Figura 20: Curva de rarefação mostrando a riqueza de mamíferos de médio e grande porte observada e a estimada (Jackknife I), com seus respectivos intervalos de confiança a 95%, para o método de busca ativa na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

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Amostra (Transecto/Horas de Busca)

Riqueza Observada

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Figura 21: Curva de rarefação mostrando a riqueza de mamíferos de médio e grande porte observada e a estimada (Jackknife I), com seus respectivos intervalos de confiança a 95%, para o método de armadilhas fotográficas na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. Embora a metodologia de busca ativa tenha sido mais eficaz no registro das espécies para a região, não se pode descartar a importância do emprego de metodologias associadas, tendo em vista a complementariedade de ambas e a possibilidade de confirmação de espécies através do registro fotográfico. A espécie Cabassous tatouay, por exemplo, teve sua identificação confirmada através de registro fotográfico.

4.3.3 Frequência de Ocorrência

Considerando o somatório de registros para todas as campanhas e para ambos os métodos, tem-se como espécie mais frequente o Didelphis aurita, com 18,6% dos registros obtidos, seguidos por Sylvilagus brasiliensis com 18,2% e Cerdocyon thous com 8.7 % dos registros. A maior frequência de Didelphis aurita remete a algum quadro de alteração da paisagem, uma vez que a espécie, se comparada às demais, apresenta grande eficiência adaptativa, já que possui hábito generalista e pode estar associada à habitats variados, incluindo estratos distintos de vegetação e ambientes antropizados (PASSAMANI, 1995; REIS et al., 2011). A segunda espécie mais frequente foi o tapeti que é o único representante nativo da ordem Lagomorpha em território brasileiro e ocorre em florestais primárias e secundárias, bem como em fisionomias abertas limitrofes à habitats florestais (CHAPMAN E CEBALLOS, 1990). Os transectos de amostragem foram alocados em estradas pré-existentes, bem como próximos a cursos dá água. É sábido que bordas de fragmentos de vegetação, nativas ou exóticas, apresentam alteração de microclima quando comparado ao seu interior (BRADSHAW, 1992; LAURANCE & PERES, 2006; EWERS et al., 2007), principalmente no que diz respeito à incidência de radiação solar. Esta condição proporciona ambiente ideal para propagação e sobrevivência de plantas herbáceas e arbustivas,

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Amostra ( Armadilhas/Dia)

Riqueza Observada

Riqueza Estimada

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(GASCON et al. 1999; RIES et al. 2004), sobretudo na estação chuvosa, as quais representam abundante recurso para a espécie em questão. A terceira espécie mais frequente foi o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), espécie generalista e adaptada a ambientes alterados (REIS et al., 2011). É sabido que a espécie adota uma estratégia oportunista, consumindo os recursos alimentares mais abundantes em cada estação (BISBAL & OJASTI 1980, MOTTA-JUNIOR et al., 1994). É uma espécie que tolera proximidade ao homem e sistemas antrópicos, se beneficiando, quer seja pela possibilidade em obterem recursos como restos de alimentos humanos, bem como predando animais domésticos (DOTTO et al., 2001).

Figura 22: Frequência de Ocorrência (FO) das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas durante as duas campanhas de monitoramento na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG. São apresentadas as dez espécies mais frequentes durante o monitoramento. A despeito das três primeiras espécies mais frequentes terem sido espécies comuns e adaptáveis a ambientes perturbados, o que vem de encontro à paisagem de estudo, não se pode deixar de destacar que entre as dez espécies mais frequentes tenha-se o registro de pelo menos três espécies classificadas como ameaçadas de extinção em categorias regionais e nacionais (C. brachyurus, L.paradlis e P. concolor). Esses resultados indicam a importância da região, uma vez que tem sido intensamente utilizada por estas espécies que são diretamente afetadas pela perda e alteração do habitat.

4.3.4 Sazonalidade

Embora os ciclos de amostragem não tenham sido finalizados realizou-se uma análise especulativa em relação a variações na riqueza de espécies entre as estações seca e chuvosa. Os resultados brutos indicam uma maior riqueza de espécies durante a estação seca (Tabela 11), mas o teste de hipóteses não foi

02468

101214161820

Frequencia Total

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significativo (t = -1,4526; p = 0,16), indicando que a riqueza não foi influenciada por alterações sazonais. Em relação à composição de espécies entre as estações seca e chuvosa foram observadas diferenças relevantes uma vez que apenas 50 % das espécies registradas foram compartilhadas, tendo em vista o coeficiente de Jaccard (Figura 23). É sabido que a disponibilidade de recursos é influenciada por variáveis sazonais como diferenças de temperatura, umidade e densidade de plantas (RICKLEFS, 2003; MICHALSKI & NORRIS, 2011) o que certamente causa alterações no padrão de deslocamento de mamíferos e, consequentemente, na composição de espécies em cada período do ano.

Figura 23: Dendograma de similaridade das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas durante as estações seca e chuvosa durante o monitoramento na Mina do Andrade, Arcelormittal Brasil S/A, Bela Vista de Minas, MG.

4.3.5 Estado de Conservação

A comunidade de mamíferos de médio e grande porte registrada para a área do empreendimento da Acelormittal S/A Mina de Andrade foi muito relevante, com o registro de espécies endêmicas, ameaçadas de extinção e dependentes de habitats bem estruturados. Do total de espécies registradas, três estão ameaçadas de extinção: o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), a onça parda (Puma concolor) e a jaguatirica

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(Leopardos pardalis). Ao se analisar a história natural dessas espécies, a dizer pelo tamanho corporal, áreas de vida muito extensas e baixa densidade populacional; bem como a sensibilidade à redução e perda de habitat (EMMONS & FEER, 1990; CHIARELLO, 1999; JUAREZ & MARINHO-FILHO, 2002; MAZOLLI, 2006; DE OLIVEIRA et al., 2010), além do histórico de perda e fragmentação da Mata Atlântica SOS Mata Atlântica, 2016), não se torna surpreendente suas fragilidades e ameaça à extinção. Outro aspecto relevante e que implica diretamente na conservação de espécies nativas é a presença de espécies domésticas, tendo sido registrados cães e cavalos. Estudos realizados no Brasil mostram que espécies domésticas e exóticas podem causar diferentes impactos na fauna nativa, já que atuam como predadores, competidores e transmissores de doenças (GALETTI et al., 2006; SBREK-ARAÚJO & CHIARELLO, 2005). Ambas as espécies foram registrados circulando na região de remanescentes de vegetação, bem como foram capturadas nas armadilhas fotográficas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 Avifauna

A comunidade de aves registrada para a área do empreendimento da Acelormittal S/A Mina de Andrade se mostrou com grande riqueza e diversidade. A avifauna registrada pode ser considerada predominantemente florestal, entretanto, com baixa dependência florestal e baixa sensibilidade a perturbações antrópicas, reflexo direto do grau de antropização existente no entorno e das alterações humanas recentes nos fragmentos florestais da região. Com relação à comparação entre os ambientes, a diversidade de fitofisionomias presentes na área do empreendimento, contribuiu significativamente com a elevada riqueza e diversidade, cabe destacar a alta influência da Mata Atlântica sengo registradas 36 espécies endêmicas deste bioma. Por toda a área amostrada, encontra-se um alto número de espécies cinegéticas e xerimbabos, o que é refletido na presença de consideráveis populações de psittacideos como o periquito-maracanã (Psittacara leucophtalmus) e do jacuguaçu (Penelope obscura). Do ponto de vista biogeográfico, estas espécies são comuns na região e seu registro era esperado. Na área de estudo em todas as campanhas realizadas até aqui foram avistadas armadilhas e pessoas capturando espécies de aves na área de influência do empreendimento. O comércio ilegal de animais silvestres movimenta bilhões de dólares anualmente, sendo considerado como a terceira maior atividade ilegal do mundo (GIOVANINNI, 2002). O Brasil é um dos principais fornecedores neste mercado, contribuindo com cerca de quatro milhões de animais silvestres anualmente (GIOVANINNI, 2002). As aves são o grupo mais procurado, sendo os Passeriformes canoros e os psitacídeos os mais comercializados atualmente. Devido às precárias condições de captura, comercialização e ao grande stress a que os espécimes são submetidos, cerca de 80% dos animais morrem durante o processo (GIOVANINNI, 2002). Para muitas espécies de aves, a captura ilegal é uma ameaça séria para suas populações, podendo causar extinções locais de espécies anteriormente comuns em determinada região (GIOVANINNI, 2002). Como medida de mitigação para esse problema aconselha que o empreendedor

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junto ao seu setor de Meio Ambiente realize atividades de educação ambiental com a comunidade diretamente afeta, a fim de mostrar os prejuízos de tal atividade para manutenção das atividades ecológicas das espécies de aves na região. Os dados obtidos podem ser considerados satisfatórios de acordo com as análises do curvo de acumulo de espécies apresentando uma riqueza observada próxima da riqueza estimada pelo estimador Jacknife de 1ª ordem. Importante ressaltar que mais campanhas ainda podem elucidar uma parcela da comunidade, principalmente se considerada espécies de baixa densidade, migratórias e conspícuas. Este estudo contribuiu para a caracterização da comunidade avifaunística presente na região demonstrando a mesma ser relevante no cenário regional inclusive com a existência de quatro espécies ameaçadas de extinção. Espécies estas como a águia-cinzenta (Urubitinga coronata), topo de cadeia alimentar e com alto grau de exigência com relação a qualidade ambiental. A área de estudo com seus fragmentos secundários pode funcionar como corredor ligando poucos fragmentos mais conservados ainda presentes nos arredores. 5.2 Herpetofauna

Considerando os dados primários obtidos com a realização de quatro campanhas de monitoramento, os dados secundários obtidos através de um estudo prévio realizado na área (GEOMIL, 2016) e dados coletados por funcionários da Arcelormittal, foram registradas um total de 28 espécies de anfíbios e 15 espécies de répteis no presente estudo, com destaque para os anfíbios Ololygon luizotavioi e Ischnocnema izecksohni, endêmicos do estado de Minas Gerais, sendo a última espécie considerada como deficiente em dados (DD) pela IUCN (IUCN, 2018), além da rã Leptodactylus jolyi, outra espécie classificada como deficiente em dados (IUCN, 2018) e a serpente Tantilla boipiranga, endêmica de Minas Gerais e classificada na categoria vulnerável (VU) pela IUCN (IUCN, 2018) quanto à ameaça de extinção. Também merecem destaque duas espécies de serpentes peçonhentas; Crotalus durissus terrificus, conhecida popularmente como cascavel e Bothrops jararaca, conhecida popularmente como jararaca, ambas de interesse médico para a produção de soro antiofídico e interesse econômico, devido ao grande potencial farmacológico das toxinas presentes em seus venenos. Possivelmente a riqueza da herpetofauna na área de estudo está subestimada, o que pode ser indicado por vários fatores, tais como pelo fato das curvas de acumulação de espécies de anfíbios e répteis não terem estabilizado ao final das quatro campanhas realizadas. Também deve ser considerada a ausência de métodos de captura como as armadilhas de interceptação e queda, que tendem a aumentar significativamente os resultados de estudos envolvendo a herpetofauna, principalmente em projetos de média a longa duração. Além disso, dados pessoais de um estudo realizado pelo autor no município de João Monlevade apresentam uma riqueza de anfíbios e répteis bem mais significativa do que a registrada neste estudo (ARCARDIS LOGOS, 2014; A.M. Linares, dados pessoais). Todos esses fatores indicam que de fato, a riqueza de espécies da herpetofauna na área de estudo pode ser mais elevada do que a registrada

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até o momento, o que pode vir a ser confirmado com a continuidade do monitoramento. Importante destacar que, durante a realização da quarta campanha de coleta de dados foram observadas alterações ambientais em pelo menos dois pontos de amostragem do grupo da herpetofauna, os pontos HP1 e HP7, nos quais foram realizadas intervenções que alteraram os corpos d'água (ver Fotos 66 a 69). Essas alterações ambientais podem influenciar diretamente na qualidade do habitat, podendo impactar dessa forma, a dinâmica da comunidade herpetofaunística local, principalmente em relação aos anfíbios.

Foto 123: Ponto de amostragem HP1 antes da alteração. Foto: Antônio M. Linares

Foto 59: Ponto de amostragem HP1 após alteração. Foto: Antônio M. Linares

Foto 125: Ponto de amostragem HP7 antes da alteração. Foto: Antônio M. Linares

Foto 126: Ponto de amostragem HP7 após alteração. Foto: Antônio M. Linares

Este estudo contribui para o conhecimento a respeito da fauna de anfíbios e répteis da região, com informações sobre a composição, riqueza, abundância e distribuição das espécies que compõem a herpetofauna da área de estudo, podendo desta forma, subsidiar futuras decisões e estratégias envolvendo a utilização da área, o manejo e conservação adequados da herpetofauna local. Portanto é recomendada a continuidade do monitoramento da herpetofauna na Mina do Andrade, no intuito de aprofundar o conhecimento sobre a fauna de anfíbios e répteis da região e verificar os efeitos dos impactos gerados pelo empreendimento sobre a comunidade herpetofaunística.

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5.3 Mastofauna

Embora a região de inserção do presente estudo seja formada por uma paisagem em mosaico, com fisionomias nativas entremeadas em matrizes antrópicas, como eucaliptais, descampados e áreas urbanas, foi observada uma relevante riqueza de espécies de mamíferos de médio e grande porte. A presença dessas espécies parece estar associada à presença de matas ciliares que se conectam em remanescentes de vegetação, funcionando como corredores permeáveis entre as regiões. A riqueza encontrada no presente estudo foi superior à encontrada, por exemplo, na Estação de Preservação e Desenvolvimento Ambiental de Peti (PETI), que é relativamente próxima à região de estudo, e apresenta o registro confirmado de 19 espécies de mamíferos de médio e grande porte (PAGLIA, et al., 2005). Se comparada, ainda, com a riqueza encontrada no maior remanescente de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, o PERD, a riqueza no presente estudo representa 72 % de todas as espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas no parque de acordo com Keesen et al., (2016). Assim, os resultados encontrados até o momento indicam que as alterações provenientes do empreendimento ainda não se fizeram notar ou não causaram interferências significativas na sobrevivência dos mamíferos de médio e grande porte na região de estudo. 5.4 Considerações Gerais

A despeito da paisagem heterogênea presente na região de estudo, com a presença de ambientes naturais florestais, aquáticos e campestres, bem como paisagens antropizadas a riqueza observada até o momento para os três grupos estudados é bastante relevante, com presença de espécies endêmicas, ameaçadas e bioindicadoras conforme descrito neste estudo. Embora o ciclo de amostragens não tenha sido finalizado, o que se nota até o momento é que a os grupos estudados se mantem estáveis, sem alterações visíveis no que diz respeito à composição de riqueza da comunidade faunística encontrada na região de estudo. Além dos impactos previamente identificados no Estudo de Impacto Ambiental (EIA), importante destacar alguns impactos observados nas áreas de estudo que podem não apresentar relação direta com a operação do empreendimento, mas que ocorrem em sua área de atuação, sendo eles: comedouros artificiais para fornecimento de alimento à animais silvestres instalados em áreas de propriedade da mineração e presença de animais domésticos e exóticos, tais como cães, equinos e gatos. Alguns comedouros de ferro estavam dispostos nas dependências da mineradora, como guaritas e próximo ao escritório, bem como alguns improvisados em outras áreas da mineradora como a área de abastecimento de água.

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Foto 127: Registro de comedouros artificias Foto: Gustav Specht .

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DR-02/2018

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DR-02/2018

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DR-02/2018

MAPAS

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0 6 12 18 243Km

Projeção UTM/Datum SIRGAS2000 Inventário Florestal-2009-IEF - IDE-MG

LOCALIZAÇÃO E USO E OCUPAÇÃO DO ENTORNO

MINA DO ANDRADE

RESP. TÉCNICO DO ESTUDOCARTOGRAFIA

ESCALA:MAPA:

DATA:

ARQUIVO:

16/08/2018

Rafael Cunha / CREA-MG - 104503-D

Bela Vista de Minas 1:600.000

ECO/DR-02/2018

Rodrigo Pessoa CRBio 62274/04 1!H

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R io Piracicaba

Rio Santa Bárbara

Timóteo

Itabira

Nova Era

Marliéria

Jaguaraeu

Catas Altas

Antônio Dias

Santa Barbara

Rio Piracicaba

João Monlevade

Barão de Cocais

Coronel Fabriciano

Bom Jesus do Amparo

Bela Vista de Minas

São Domingos do Prata

São Gonçalo do Rio Abaixo

640000

640000

660000

660000

680000

680000

700000

700000

720000

720000

740000

740000

760000

7600007760

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000

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7820

000

7840

000

7860

000

Mina do Andrade

Legenda

Solo exposto

ÁguaCampoCampo rupestreCerradoEucalipto

PinusUrbanização

Rio

Mina do Andrade

Floresta estacional semidecidual montanaFloresta estacional semidecidual sub montana

!H Sedes municipais

Ribeirão

Uso do solo e cobertura vegetal

Convenções cartográficas

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7808

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JOÃO MONLEVADE

LEGENDA1. Sítios de amostragem por método:

3 42

16

8F

4I

3F

8

5

2I

10Transectos#*

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0 500 1.000 1.500 2.000250Metros Projeção UTM/Datum WGS84 Imagem de Satélite Base Maps ESRI - World Imagery

ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA AVIFAUNA NAS

ÁREAS DE INFLUÊNCIA

MINA DO ANDRADE

Município:RESP. TÉCNICO DO ESTUDOCARTOGRAFIA

ESCALA:MAPA:

DATA:

ARQUIVO:

16/08/2018

Rafael Cunha / CREA-MG - 104503-D

Bela Vista de Minas 1:50.000

Pontos de escuta!(

9

7

3I

8I

5F4F 5I1F

6I6F

1I

2F

7I

7F

11

1 Capoeira2 Floresta secundária (ciliar)3 Floresta Secundária (ciliar)4 Pastagem5 Pastagem6 Floresta secundária7 Eucaliptal com sub-bosque8 Capoeira9 Floresta secundária

10 Capoeira11 Floresta secundária

1 Floresta secundária2 Floresta secundária3 Floresta secundária/Capoeira4 Floresta secundária5 Floresta secundária6 Eucaliptal com sub-bosque 7 Floresta secundária/Capoeira8 Floresta secundária

( I=ponto inicial / F=ponto final )

E.F.V,M

2. Convenções CartográficasSede municipal!H

FerroviaRede hidrográfica

ECO/DR-02/2018

Rodrigo Pessoa CRBio 62274/04 2

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Service Layer Credits: Source: Esri,DigitalGlobe, GeoEye, Earthstar Geographics,

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7808

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JOÃO MONLEVADE

LEGENDA1. Sítios de amostragem por método:

34

2

1

6 5

7

8

7

8 56 3 2

14

Transectos#*

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0 500 1.000 1.500 2.000250Metros

MINA DO ANDRADE

Município:RESP. TÉCNICO DO ESTUDOCARTOGRAFIA

ESCALA:MAPA:

DATA:

ARQUIVO:

16/08/2018

Bela Vista de Minas 1:50.000

Pontos de escuta!(

R io Santa

Bárbara

Rio

Pirac ic

aa

1 Lagoa antropizada margeada por vegetação herbácea earbustiva.

2 Riacho permanente de fundo rochoso / arenoso, em mata de galeria secundária.

3 Riacho permanente de fundo arenoso com pequenobarramento, em mata de galeria secundária.

4 Riacho permanente de fundo arenoso, em área aberta comvegetação herbácea e arbustiva.

5 Lagoa permanente em interior de floresta estacionalsemidecidual.

6 Lagoa artificial, com margem antropizada (Bacia deSedimentação 7).

7 Poça permanente artificial em borda de floresta secundária,com predominância de eucaliptos.

8 Lagoa artificial, com margem antropizada. Local deabastecimento de caminhões-pipa.

1 Estrada de terra margeada por eucaliptal, com vegetação emregeneração.

2 Estrada de terra margeada por floresta secundária, paralelaao rio Santa Bárbara.

3 Estrada de terra margeada por floresta secundária, paralelaao rio Santa Bárbara.

4 Estrada de terra em área antropizada, margeada porvegetação secundária com predominância de eucaliptos.

5 Estrada de terra margeada por vegetação secundária compredominância de eucaliptos, com presença de córregopermanente.

6 Estrada de terra margeada por floresta secundária.

7 Estrada de terra em área antropizada, margeada porvegetação herbáceo arbustiva e floresta secundária.

8 Estrada de terra margeada por vegetação secundária compredominância de eucaliptos, com presença de lagoapermanente.

E.F.V,M

2. Convenções CartográficasSede municipal!H

FerroviaRede hidrográfica

3Antônio Linhares CRBio 49.979/04

ECO/DR-02/2018

Projeção UTM/Datum WGS84 Imagem de Satélite Base Maps ESRI - World Imagery

ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DA HERPETOFAUNA

NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Rafael Cunha / CREA-MG - 104503-D

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Service Layer Credits: Source: Esri,DigitalGlobe, GeoEye, Earthstar Geographics,

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698000

7808

000

7810

000

7812

000

7814

000

LEGENDA1. Sítios de amostragem por método:

Transectos #*

¯

0 500 1.000 1.500 2.000250Metros

Armadilhas fotográficas/Câmera Trap!(

1I1F

7I

6I6F 4

35 2

3I

7F3F 2I

2F 5F

4I

5I9F 9I 1

8I

8F

4F6

( I=ponto inicial / F=ponto final )1 Estrada de terra contempla margem de lago artificial e área

de vegetação nativa antropizadas2 Estrada cujas bordas contemplam a vegetação nativa

3 Trilho pré-existente abrange áreas antropizadas e área devegetação em bom estado de conservação

4 Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem diferentes estados de conservação

5 Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem bom estado de conservação (área da reserva legal)

6 Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem bom estado de conservação

7Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem diferentes estados de conservação, alguns trechos sãoantropizados

8 Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem diferentes estados de conservação (região de aceiro)

9 Estrada de terra cujas bordas contemplam vegetação nativaem bom estado de conservação (área da reserva legal)

JOÃO MONLEVADE

1 FESD em estágio médio de regeneração, porção da mataciliar do rio Santa Bárbara

2 FESD em estágio médio de regeneração, porção da mataciliar do rio Santa Bárbara

3 Mata Ciliar de pequeno corpo d'água próximo a Cava.

4 FESD em estágio médio/avançado de regeneração.

5 FESD em estágio médio/ avançado de regeneração.

6FESD em estágio médio de regeneração, próximo à estradacom passagem constante de caminhões carregados comminério.

MINA DO ANDRADE

Município:RESP. TÉCNICOCARTOGRAFIA

ESCALA:

MAPA:

DATA:

ARQUIVO:

Bela Vista de Minas 1:50.000

E.F.V,M

Rio

P i raci c

a ba

R

ioSanta

Bárbara

2. Convenções CartográficasSede municipal!H

FerroviaRede hidrográfica

4Fabíola Ferreira CRBio 57349/04

16/08/2018

ECO/DR-02/2018

Projeção UTM/Datum WGS84 Imagem de Satélite Base Maps ESRI - World Imagery

ÁREA DE ESTUDO COM A DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DE MAMÍFERO DE MÉDIO E

GRANDE PORTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Rafael Cunha / CREA-MG - 104503-D

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DR-02/2018

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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DR-02/2018

DADOS BRUTOS (EM ARQUIVO DIGITAL)