mídias sociais e jornalismo colaborativo
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Aula ministrada no dia 14/07/2012 no curso de pós-graduação da FSBA - Jornalismo e Convergência Midiática . Disciplina: Mídias sociais e Jornalismo Colaborativo.TRANSCRIPT
Yuri AlmeidaJornalismo e Convergência Midiática
FSBA– 2012
Tipologia do desenvolvimento tecnológico (Lemos, 2002)
IndiferençaConfortoUbiquidade
Foco no sujeito e comunidades
Creative Commons, escrita coletiva
Mídia: convergência, colaboração
Internet = upload e interação
Sociedade de massa = mass media e relações interpessoais
Sociedade em rede = mass media, redes sociais, agregadores e mecanismos de busca
Hiler (2008)
Alargamento do campo gerou um novo fenômeno em paralelo ao gatekeeping: o gatewatching
Gatewatching contribui para o debate da comunidade. A mensagem publicada, mesmo que citada na grande mídia, é recontextualizada e ganha um novo sentido no debate público
Comunicação em rede não implica o fim dos mediadores
Liberação do pólo emissor potencializa a plurivocalidade no ciberespaço
Filtragem colaborativa (Johnson, 2001)
Recomendação mudou o consumo de bens digitais para a Long Tail (Anderson, 2004)
68% dos jornalistas brasileiros utilizaram o Twitter como principal ferramenta digital de divulgação de notícias (Oriella PR Network -2011)
Facebook = 58%
Blogs = 57%
Quando se trata pesquisar novas matérias, quase a metade (47%) dos entrevistados disseram que usam o Twitter e um terço (35%) usa o Facebook
Um terço dos jornalistas usam o Twitter para checagem, enquanto um quarto usa Facebook e blogs
No Brasil, a primeira fonte dos jornalistas são os press releases, com 32,14%;
Os sites de outras publicações, com 16,67% aparecem em segundo lugar como primeira fonte.
Entrevistas com porta-vozes representam 14,29% das respostas.
33,3% dizem produzir mais conteúdo
25% estão trabalhando mais horas.
46% dizem que as publicações melhoraram após as redes sociais;
29,76% consideraram que melhoraram muito;
17,86% consideram que nada mudou
15 mil publicações por segundo;
+ de 16 milhões de posts durante a partida
Por dia aproximadamente 300 milhões
Modelo erótica Virginie Capricetira tira roupa e faz previsões para Eurocopa 2012
InteraçãoFontesColaboraçãoValores IdentidadeNecessidadesDistribuição de conteúdo
Taxa de engajamento para marcas é maior aos sábados e domingo (17%)
Porém, apenas 19% dos tweets das marcas foram publicados no fim de semana
Fonte: Buddy Media.
Estratégias precisam ser diferentes para ações no Twitter e Facebook
Fonte: Buddy Media.
Pouco mais de 1% dos fãs das maiores marcas no Facebook estão realmente engajados com as marcas
Fonte: Instituto Ehrenberg-Bass
Quatro de cada cinco entrevistados nunca comprou um produto ou contratou um serviço baseado em anúncios ou comentários no Facebook;
As alegações mais frequentes dos 34% que disseram ficar menos tempo no Facebook eram “tédio”, “nada de relevante” e “nada de útil” na rede social (Reuters/Ipsos/2012)
Crédito: Revista Superinteressante
Tuite até 100 caracteres. Tweets “curtos” tem uma taxa de participação 17% superior;
Inclua um link. Tweets com links têm uma taxa de 86% maior de RT;
Tweets com hashtag obtém duas vezes mais engajamento;
Até duas hashtags é um bom número, mas se você adicionar uma terceira, nota-se uma queda de 17% no RT
Mensagens com imagens têm o dobro do engajamento, mesmo que os usuários não possam vê-las.
A base filosófica do jornalismo colaborativo é movimento do software livre iniciado em 1984 por Richard Stallman.
Metaforicamente, disponibilizar o código-fonte significa conceder espaços para veiculação do conteúdo produzido pelo público, ampliar os mecanismos de colaboração entre jornais e leitores
Na nova era das comunicações digitais, sinaliza Gillmor (2005), o “público pode tornar-se parte integral do processo – e começa a tornar-se evidente que tem de sê-lo”.
Três níveis de colaboração no jornalismo colaborativo: parcial, total, rizomático
as possibilidades de colaboração são limitadas e ocorrem na etapa de construção de notícia – seja sugestão de matérias, fontes, envio de fotos e vídeos e/ou relatos testemunhais de fatos. Neste nível de colaboração, os cidadãos-repórteres não têm o controle total de sua produção e ainda dependem do crivo do gatekeeping.
neste modelo, o cidadão-repórter tem liberdade/acesso pleno ao “códigofonte”. Ele pensa a pauta, colhe os dados, embasa suas opiniões, escolhe suas fontes, escreve o conteúdo e sobe para a home da mídia colaborativa.
o que difere do Jornalismo Colaborativo ambientado em rede dos modelos parcial e total é caráter coletivo, seja de produção ou gerenciamento dos conteúdos colaborativos
espaços colaborativos hospedados em grandes veículos ou sob a coordenação destes
espaços colaborativos criados por grupos ou empresas de comunicação de pequeno porte, sem associação à uma grande marca
Nos grandes portais e jornais, a lógica de colaboração segue a agenda midiática. O público é convidado a participar quase sempre em caso de fait divers, como terremotos, enchentes, acidentes, festas e outros fatos onde a onipresença midiática não pode ser realizada
Já nos novos espaços nota-se a pluralidade maior em termos noticiosos. A agenda é escrita pelos colaboradores, a notícia será aquela que você publicar no site.
Conquista
Transparência
A notícia não é “beta” (Brambilla,2006)
Redes sociais são fundamentais para o jornalismo colaborativo, mas existe pouca interação entre os membros
Colaboração ainda é focada na “vontade individual” e não nos anseios comunitários
Quem publica é o responsável pelo que o público postou em sua área de comentários;
A opinião do público integra o conteúdo;
Retorno aos leitores é fundamental
The Huffington Post criou sistema de badges. Colaboradores podem até deletar comentários
O Mashable também utiliza badges para os usuários que compartilham conteúdo e
subscrevem tópicos de notícias.
Badges é um sistema de reputação, que pode reforçar a estrutura e o comportamento das pessoas;
É mais fácil identificar o perfil dos leitores;
Fidelização do público;
Construção da comunidade;
Potencializa práticas colaborativas
Recompensa o usuário.
Filtragem
Credibilidade (delegados técnicos do Slashdot)
Qualidade
Matérias mais próximas dos grupos a que se destinam
Memória localCobertura “afeta”Potencializa-se o diálogo e o caráter
socialSentimento de pertencimento
Não faz sentindo contratar uma equipe específica para cobrir um determinado local
Uma boa cobertura hiperlocal se faz com jornalistas profissionais
É preciso criar plataformas que facilitem a participação de diversas maneiras
Distribuir notícias por correio eletrônico tem grande potencial
Experiência hiperlocal precisa estar articulada com a redação dos jornais
The Guardian apostou na ideia (2008)
Yuri Almeidahttp://herdeirodocaos.com@[email protected]