metodologia da educação religiosa ii

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GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO DISCIPLINA: METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA II CARGA HORÁRIA: 45H PROFº: HARLEN CARDOSO DIVINO

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Métodos de ensinar a disciplina de ER na educação básica.

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Page 1: Metodologia Da Educação Religiosa II

GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO

DISCIPLINA: METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA II

CARGA HORÁRIA: 45HPROFº: HARLEN CARDOSO DIVINO

Page 2: Metodologia Da Educação Religiosa II

Apresentação/EmentaA compreensão de que a religiosidade é parte integrante do ser humano; o fenômeno religioso e a determinação do sentido último da vida; o fenômeno moderno de pluralismo religioso; pluralismo religioso no Brasil, princípios éticos de respeito e compreensão na convivência entre as diferenças, alteridade e diálogo de religiões.

Page 3: Metodologia Da Educação Religiosa II

Aspectos legais e curriculares, conhecimento das legislações que orientam a Educação Religiosa em âmbito nacional e nos Estados brasileiros, em particular em Minas Gerais; legalidade integrante na formação básica do cidadão.

Page 4: Metodologia Da Educação Religiosa II

A disciplina está dividida em 4 unidades:

• O caderno didático possui 3 unidades• Porém teremos a 4ª unidade

contemplando a prática de Formação.

Page 5: Metodologia Da Educação Religiosa II

1.2 O que é Religião O fator religião está presente em todas as sociedades e culturas humanas, não existiu e nem existirá povo que extinguirá de sua cultura alguma forma de expressão religiosa. A religião remonta a períodos desconhecidos, não se sabe a origem deste fenômeno universal.

Page 6: Metodologia Da Educação Religiosa II

• Sabemos que, o fenômeno religioso perpassa e ultrapassam povos, gerações inteiras, as pessoas buscam recriá-lo, ressignifica-lo, incultura-lo, enfim, o mesmo segue e perdura provocando enorme fascínio entre os seres humanos de todos os tempos e lugares.

Page 7: Metodologia Da Educação Religiosa II

FASE Sensorial Pré-Operacional Operacional Abstrato

ESTÁGIOBebê

(0 a 1 ano)

CriançaPrimeira Infância (1 a

6/7 anos)

Menino (a)Segunda Infância(6/7 a 11/12 anos)

AdolescenteAdolescência

(11/12 a 18/19 anos)

Desafio CentralPassar do sonho à

realidadeDescobrir o outro

Competência e Iniciativa

Passar para definição pessoal

Experiência básica Confiar Comunicar-seSentir-se capaz,

ousar fazerDefinir-seEscolher

Dificuldade Desconfiança Comunicação difícilTemerosos e sem

auto-confiança

IndecisosInsegurosIndefinidos

Fé religiosa (como se manifesta)

Não faz sentido. Não se pode falar de

um objeto transcendente

Assume a fé religiosa das pessoas significativas

Formas de fédesvinculadas de

desafios existenciais.

Assume a fé religiosa das pessoas significativas.

Assume a fé das pessoas

significativas com dúvidas e

buscas

Dificuldade religiosa

Impossibilidade de uma fé religiosa

que afirme o objeto religioso

Dificuldade de uma tomada de

decisão autêntica

baseada na experiência de

alteridade

Passividade e insegurança nas

tomadas de posições religiosas

Posições religiosas convencionais

Tipo de fé Indiferenciada Intuitivo-Projetiva Mítico-literalSintético-Convencional

FASE Sensorial Pré-Operacional Operacional Abstrato

ESTÁGIOBebê

(0 a 1 ano)

CriançaPrimeira Infância (1 a

6/7 anos)

Menino (a)Segunda Infância(6/7 a 11/12 anos)

AdolescenteAdolescência

(11/12 a 18/19 anos)

Desafio CentralPassar do sonho à

realidadeDescobrir o outro

Competência e Iniciativa

Passar para definição pessoal

Experiência básica Confiar Comunicar-seSentir-se capaz,

ousar fazerDefinir-seEscolher

Dificuldade Desconfiança Comunicação difícilTemerosos e sem

auto-confiança

IndecisosInsegurosIndefinidos

Fé religiosa (como se manifesta)

Não faz sentido. Não se pode falar de

um objeto transcendente

Assume a fé religiosa das pessoas significativas

Formas de fédesvinculadas de

desafios existenciais.

Assume a fé religiosa das pessoas significativas.

Assume a fé das pessoas

significativas com dúvidas e

buscas

Dificuldade religiosa

Impossibilidade de uma fé religiosa

que afirme o objeto religioso

Dificuldade de uma tomada de

decisão autêntica

baseada na experiência de

alteridade

Passividade e insegurança nas

tomadas de posições religiosas

Posições religiosas convencionais

Tipo de fé Indiferenciada Intuitivo-Projetiva Mítico-literalSintético-Convencional

Fases do desenvolvimento religioso

Page 8: Metodologia Da Educação Religiosa II

O fenômeno religioso e a determinação do sentido último da vida.

O fenômeno religioso é aquilo que aparece, surge, e se apresenta. Para o fenomenólogo da religião Van Der Leeuw (apud, Filoramo e Prandi,1999, p.35), o fenômeno religioso é:

“O produto do encontro entre sujeito e objeto; ou, o fenômeno é ao mesmo tempo um objeto que se refere a um sujeito e um sujeito em relação com o objeto. Segue-se que “toda a sua essência consiste em mostrar-se, em mostrar-se a alguém”.

Page 9: Metodologia Da Educação Religiosa II

O ser humano é um ser inquieto e questionador, não se contenta com que o que é, está sempre em busca. E as religiões como detentoras de sentido, buscam oferecer as pessoas sentido à vida.

Page 10: Metodologia Da Educação Religiosa II

Modernidade e Pluralismo Religioso

Nesta unidade, veremos sobre Modernidade, Pós-Modernidade e Pluralismo Religioso. Acreditamos ser necessário à formação do futuro professor de Ensino Religioso o conhecimento de que fundamentalismo e intolerância religiosa na atualidade estão associados ao Mito da Modernidade. A compreensão desta associação fornecerá novas compreensões, entre elas a de que ideologias de dominação são responsáveis pelos germens do preconceito e da discriminação.

Page 11: Metodologia Da Educação Religiosa II

Sistema-Mundo

A partir de uma perspectiva ética, Dussel(2007) coloca que o processo de divisão do mundo entre centro e margem tem gerado milhões de vítimas.Em sua obra Ética da Libertação na idade da globalização e exclusão ele coloca: “a morte das maiorias exige uma ética da vida e seus sofrimentos nos levam a pensar e justificar sua necessária libertação das cadeias que a prendem”(...).

Page 12: Metodologia Da Educação Religiosa II

Encontrar uma ética da vida, para Dussel requer ver a história de forma diferente: a partir das eticidades. Para tanto, faz-se necessário compreender toda cultura que possui conteúdos de eticidade, isto é, noções onde a vida deve ser preservada.

Page 13: Metodologia Da Educação Religiosa II

Modernidade e Pós-Modernidade

Enrique Dussel (2007) e Anthony Giddens (1991) surgem neste texto como base conceitual pois os conceitos utilizados pelos mesmos para falar de Modernidade são caros à perspectiva da Ciência da Religião. A Modernidade é vista de forma geral como um fenômeno europeu de natureza excepcional.

Page 14: Metodologia Da Educação Religiosa II

A Europa teria, pelo seu próprio mérito, criado condições internas que favoreceu a emergência de uma racionalidade naquele continente que lhe permitiu a superação de todas as outras culturas, é o que nos diz Enrique Dussel (2005, p.51).

Page 15: Metodologia Da Educação Religiosa II

A desmistificação da cultura européia enquanto “superior” a todas as outras culturas nos permite perceber que os encontros culturais entre europeus e ameríndios e africanos deu início a existência real de uma história a nível mundial, como coloca Dussel(2005,p.28) “apenas com a expansão portuguesa desde o século XV, que atinge o extremo oriente no século XVI, e com o descobrimento da América Hispânica, todo o planeta se torna o “lugar” de “uma só” História Mundial”.

Page 16: Metodologia Da Educação Religiosa II

Modernidade e Pluralismo Religioso

A Modernidade dá início, a uma história a nível mundial. No que se refere à dimensão cultural, entre as conseqüências desta mundialização estão os processos sincréticos que devido aos encurtamentos de distancias alastraram-se em uma velocidade e intensidade gerando o “novo”, especialmente neste texto, o novo religioso.

Page 17: Metodologia Da Educação Religiosa II

No que se refere à dimensão teológica ou metafísica, em uma sociedade plural como a sociedade globalizada, o pluralismo religioso evidencia a necessidade do homem em buscar novas respostas às questões existenciais.

Page 18: Metodologia Da Educação Religiosa II

Devemos saber que não se trata apenas em buscar respostas em outras religiões tradicionais, mas também em associar, re-significar, justapor e acomodar noções culturais diversas criando o novo religioso, isto é, novas perspectivas religiosas.Podemos então dizer que o Pluralismo Religioso concede ao homem possibilidades e ofertas religiosas.

Page 19: Metodologia Da Educação Religiosa II

Modernidade, Fundamentalismo Religioso e Intolerância Religiosa

O fundamentalismo surge no final do século XIX e início do século XX por parte de protestantes diante do darwinismo e do liberalismo teológico.

Não é um termo desconhecido. A mídia nas últimas décadas o tem mencionado para se referir principalmente ao conflito étnico-religioso que envolve a muçulmanos e judeus. Mais próximo de nós, o termo tem sido utilizado para identificar os ataques neopentecostais às religiões afro-brasileiras.

Page 20: Metodologia Da Educação Religiosa II

O Diálogo inter-religioso como ferramenta para uma ética da vida

Diálogo inter-religioso é a nomenclatura dada pelas igrejas cristãs para as suas relações com as religiões não-cristãs diferindo do que comumente conhecemos como ecumenismo que é uma tendência entre religiões cristãs em desenvolverem atividades em conjunto.

Page 21: Metodologia Da Educação Religiosa II

O diálogo inter-religioso, desta forma, é mais democrático uma vez que prevê relações dialógicas entre cristãos e não cristãos. A necessidade da compreensão sobre o que vem a ser o diálogo inter-religioso e seus benefícios tem sido urgente

Page 22: Metodologia Da Educação Religiosa II

Por que o diálogo inter-religioso é urgente na atualidade? Os conflitos armados e os problemas associados ao aquecimento global são aspectos de uma vida moderna e globalizada que emergem como questões que devem ser pensadas em conjunto pelas religiões. Se retornarmos ao final do século XX, veremos a tensão religiosa como pano de fundo de várias guerras o que continua ocorrendo neste século.

Page 23: Metodologia Da Educação Religiosa II

“Perigo” do diálogo inter-religioso

O termo perigo está entre aspas para designar o seu contrário, isto é a inexistência de qualquer perigo no diálogo entre as várias vertentes religiosas. As posições fundamentalistas deixam claro que o diálogo inter-religioso não é possível porque uma das partes teria que abrir mão da sua verdade o que contraria qualquer princípio dialógico.

Page 24: Metodologia Da Educação Religiosa II

O Ensino Religioso da Nova Constituição Federal às leis mineiras

A Constituição Federal 1988 é um marco na reconstrução da história democrática do país, dado o contexto histórico em que foi elaborada, ou seja, o fim da Didatura Militar no Brasil (1964-1985). No seu Capítulo I intitulado “Direitos e Garantias Fundamentais”, o artigo 5º, inciso VI, assegura “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

Page 25: Metodologia Da Educação Religiosa II

A Formação de professores para o Ensino Religioso nas escolas públicas deensino fundamental - Parecer 97 de 1999

Em 1999 o Ministério da Educação (MEC) publica o Parecer nº 97, que trata da formação de professores para o ensino religioso. O preâmbulo do documento ressalta a peculiaridade de se propor tal formação. Afirma que a oferta de formação religiosa para os alunos dos estabelecimentos públicos de ensino e está relacionada à separação entre Igreja e Estado, que tem sido no Brasil, objeto de permanente debate.

Page 26: Metodologia Da Educação Religiosa II

A Regulamentação do Ensino Religioso em Minas Gerais

Em 2003, através da Resolução nº 465, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, fica definido os critérios para a oferta da Educação Religiosa nas escolas estaduais de Minas.

Page 27: Metodologia Da Educação Religiosa II

A Resolução obedece a proposta federal e traz no seu primeiro artigo que “a Educação Religiosa constitui disciplina de oferta obrigatória no currículo do Ensino Fundamental, nos horários normais de funcionamento das escolas públicas de Minas Gerais, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo, sendo a matrícula facultativa para o aluno.

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REFERÊNCIA DO ARTIGO TRABALHO HOJEPASSOS, JOÃO DÉCIO; USARSKI, FRANK. (ORG.). COMPÊNDIO DE CIÊNCIA DA RELIGIÃO.Jacqueline Crepaldi Souza PASSOS, João Décio; USARSKI, Frank. (Org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulinas: Paulus, 2013. 703p.Esta resenha apresenta o Compêndio da religião como facilitador de conceitos para professores e alunos de Ciências da religião