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O CONDUÇÃO MERCEDES-BENZ C 220D COUPÉ vs BMW 420D COUPE

PRAZER DE SER DIFERENTE A Mercedes está imparável nas vendas e imparavel na criação de novos modelos.

O C Coupé é o mais recente e tem como concorrente mais direto o Série 4 Coupé da BMW Marco António rotugrir Vasco Estrelado

O ALONE AGAIN (NATURALLY, - DIANA KRAL

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.~

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mbora a versão zzod do C Coupé não seja verda-deiramente des-portiva, os genes estão lá e por isso é com expetativa que aguardamos a versão mais pu-jante preparada pela AMG. Até lá, ficamos pela be-leza de um carro que tem tudo para seduzir uma clien-tela que, modelo a modelo, tem

vindo a render-se à mudança de estilo de uma estrela com um novo brilho. Face aos 17o CV propostos pelo "velho" motor da Mercedes escolhemos o Série 4 Coupé da BMW, equipado com o motor de 2 litros com 190 CV. E se pensa que os 2o CV de diferença a favor da marca de Munique inibem o Mercedes de mostrar as suas capacidades dinâmicas engana-se, pois a caixa automática de 9 velocidades tem, neste caso, uma in-fluência dominante. Porque consegue boas prestações com consumos mais baixos e ainda suaviza o funcionamento do motor ao ponto de quase nos esquecermos que um dos pon-tos fracos do motor 2.1 litros diesel da Mercedes é o ruído. A BMW responde na mesma moeda e por isso não dispensa a caixa automática de 8 velocidades, uma mais-valia reconhecida por todos os que a experimentam. Antes de passarmos a uma análise comparativa mais siste-mática, convém esclarecer que, por urna questão de imagem, a versão do Mercedes fotografada não foi a ensaiada. Para o comparativo escolhemos a versão equipada com o kit interior e exterior da AMG e com a suspensão pneumática, uma escolha

que, como veremos mais à frente, faz toda a diferença do ponto de vista dinâmico. Para além do BMW podiamos também ele-ger como concorrente o Audi As Coupé e se não o convocámos para este dérbi, foi porque está para breve a sua substituição por uma nova geração. Outra abordagem mais radical seria convocar o Audi TT ou o Peugeot RCZ, mas essa seria outra guerra.

SEDUTORES E COMPETENTES Terceiro membro da mesma família, o novo C Coupé herda naturalmente a plataforma da berlina com a vantagem de ser muito mais sedutor e de ser estruturalmente mais competen-te. O mesmo se passa com o Série 4 Coupé, cuja plataforma é a mesma do Série 3, em relação à qual a BMW garante ter in-troduzido alterações significativas na geometria da suspensão à frente, com o objetivo de melhorar a dinâmica em termos de estabilidade e velocidade em curva, onde dificilmente o carro de Munique é batido. Com uma qualidade muito semelhante e com uma distância entre eixos favorável ao Mercedes, a verdade é que o BMW tem um índice de habitabilidade muito superior. A diferença é de 310 pontos, ganhos sobretudo atrás, onde o 42.od Coupé é mais largo, tem mais espaço para as pernas e é mais alto. O Merce-des, para além de ter uma pior acessibilidade, é muito acanha-do e, se no BMW os passageiros com mais de 1,75 metros têm de baixar a cabeça, no Mercedes essa fasquia começa com pes-soas mais baixas. Acresce que a inclinação das costas está mais próximo da vertical. Em resumo, a utilização dos dois lugares traseiros oferece mais constrangimentos. Esta é uma evidên-cia tanto mais estranha quando perante o superior aumento das dimensões exteriores (exceto na largura onde o BMW tem mais i centímetro) a mala para além de ter menos 65 litros de capacidade não pode ser aberta a partir do exterior. Dizem os técnicos da Mercedes que é por urna questão de seguran-ça. Seja como for, não deixa de ser um detalhe pouco prático, obrigando-nos a abrir a mala a partir da chave ou de um botão

ESTILO SEDUTOR Arriscamos dizer que o Mercedes C Coupé é talvez o mais sedutor da sua classe, onde o concorrente mais importante é, neste momento, o Série 4 Coupé da BMW. O seu estilo sedutor esconde, no entanto, alguns pontos negativos como o habitobilidade e a acessibilidade aos lugares traseiros. Também a mala tem a limitação de só poder ser aberta a partir da chave ou de um botão Interior. Diz a marco que é por uma questão de segurança

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O MERCEDES C COUPÉ É O TERCEIRO MEMBRO DE UMA FAMÍLIA QUE NASCEU COM A BERLINA, DEPOIS COM A CARRINHA.

NÃO SENDO UM FAMILIAR, TEM CONFIGURAÇÃO 2+2

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O CONDUÇÃO

MERCEDES-BENZ C 220D COUPE vs BMW 420D COUPE

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7S.OS•65ó;

ENTRE OS DOIS MOTORES EXISTE UMA DIFERENÇA DE 20 CV A FAVOR

DO BMW, MAS A NOVA CAIXA AUTOMÁTICA DE 9 VELOCIDADES

DO MERCEDES SUAVIZA E ESBATE A DIFERENÇA

DE PRESTAÇÕES

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ob.

itt‘piht

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colocado na porta do condutor. Pelos vistos, a BMW não tem tanta preocupação com a segurança. Para além de mais peque-no, o Mercedes oferece menos visibilidade devido ao reduzido tamanho dos vidros laterais traseiros, fruto da inclinação mais acentuada do tejadilho junto do pilar B. Mas se atrás o espaço está longe de ser um ponto a favor do novo Mercedes, à frente acolhe bem os dois passageiros que têm diante de si o mesmo tablier da berlina, com destaque para o ecrã central, onde está concentrada a maior parte das funções que reduzem os coman-dos tradicionais, mais abundantes no BMW. O iDrive e o Comand são dois dos mais completos sistemas de info-entretenimento da classe, uma vez que acolhem fun-ções inovadoras que apenas se vêm em segmentos mais altos, podendo cada um deles evoluir para sistemas mais comple-xos acompanhados por ceras de maiores dimensões. Entre as muitas informações disponíveis podemos encontrar, no caso do Mercedes, o indicador de potência, bem como o binário instantâneo, o ângulo das rodas, o nível da suspensão ou até a percentagem de aceleração e travagem. Encontramos algumas destas informações no BMW, ainda que não todas. Ao contrá-rio de outras marcas a Mercedes e a BMW continuam a não usar ecrãs táteis por motivos de segurança. Em contrapartida, a Mercedes oferece o comando tátil a partir do "touch pad" co-locado na consola central.

AS VIRTUDES DAS 9 VELOCIDADES O requinte é valorizado no caso do Mercedes pelo pack interior da AMG e no BMW pelo pack desportivo "M". Entre outros coi-sas destacamos, por exemplo, os banos desportivos em pele com regulação elétrica capazes de acomodar bem o corpo. Mal nos sentamos e ligamos a ignição uma extensão elétrica traz--nos o cinto de segurança até nós, uma solução típica em carros deste tipo e deste segmento. A posição de condução ideal é por isso muito fácil de encontrar. A partir dai é gozar os prazeres de cada uma das propostas. Com uma aerodinâmica mais apurada a avaliar pelo seu Cx mais baixo (0,26 contra o,z8), o

Mercedes parte em vantagem. Uma vantagem que conta com o impulso de um motor expedito graças ao desempenho da nova caixa automática dc 9 velocidades. Quando comparamos as prestações verificamos que o Merce-des fica para trás nos arranques, especialmente dos zero aos too Km/h mas, à medida que se aproxima dos mil metros, a di-ferença vai-se esbatendo. A situação inverte-se quando medi-mos as recuperações e verificamos que o escalonamento mais selecionado da caixa dc 9 velocidades rubrica retomas de velo-cidade mais rápidas, inclusive quando optamos pelo manusea-mento manual permitido pelo modo individual. Este é um dos vários modos de afinação da caixa de velocidades, do motor, da direção e da suspensão. É notável como conseguimos, a uma velocidade da ordem dos loolizo Km/h, andar em 92 velocidade sem que o motor se queixe ou peça que baixemos a relação. A suspensão é única no seu segmento devido à assistência pneumática. Apesar de ser uma opção que custa isoo curos é uma ajuda que recomendamos já que transforma totalmente a dinâmica do novo C Coupé. Uma escolha que não encontra uma resposta tão competente no BMW, onde a suspensão adaptativa que faz parte do pack desportivo não alcança os mesmos resultados. Para além dc manter a altura da carroçaria constante, a suspen-são Airmatic do Mercedes contribui para um equilíbrio notá-vel entre o comportamento dinâmico e o conforto. Este com-promisso, que torna a utilização bastante agradável, torna o C Coupé mais ágil em curva ameaçando um terreno onde o BMW continua a ser a principal referência. O modelo de Munique usufrui de uma direção desportiva va-riável mais reativa. Menos assistida e desmultiplicada nos tra-jetos mais sinuosos a do BMW é imbatível nesse cenário, onde a aderência e o controlo de tração são mais eficazes. Uma tra-ção que conta com pneus mais largos atrás, uma solução tam-bém seguida pela Mercedes. Neste caso, os pneus runflat são corresponsáveis pelo menor conforto do BMW.

UMA LIDERANÇA DISPUTADA Com o lançamento do C Coupé o Série 4 da BMW já não está sozinho na luta pela liderança do segmento. Tem como trunfos a excecional dinâmica em curva. onde demonstra grande agilidade e. acima de tudo. boa tração e aderência. A caixa de 8 velocidades. que varia de afinação conforme o programa escolhido. è uma boa adversária da nova caixa automática de 9 velocidades da Mercedes

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É NOTÓRIA A GRANDE COMPETÊNCIA DO BMW EM CURVA. SÓ É PENA QUE NÃO CONSIGA RESPONDER AO CONFORTO

DA SUSPENSÃO AIRMATIC DA MERCEDES

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MERCEDES É MAIS ECONÓMICO Impressionante também e a maneira como qualquer um destes modelos se relaciona com os meios mais cosmopolitas. E se a visibilidade é um "handicap" do Mercedes, esse é uni problema que pode ser facilmente resolvido com algumas ajudas, desde os sensores de estacionamento, que continuam a ser um dos mais rigorosos, até à câmara de marcha atrás, passando pelo estacionamento ativo. Este custa 900 ew'os e deteta autono-mamente lugares até aos 35 Km/h! E se quisermos aumentar ainda mais o prazer podemos optar por soluções de som mais elaborados como é o caso do sistema surround Burntester pro-posto pela Mercedes ou o surround Liar= Kardon da BMW. Só é pena que todas esras mordomias inflacionem o preço base das versões escolhidas. Considerámos aqui as versões equipa-das com as respetivas caixas automáticas por considerarmos ser a melhor opção para os motores diesel graças ao elevado binário (igual nos dois). Uma aliança que beneficia o consumo onde, como já dissemos, o escalonamento mais aproximado da nova caixa de 9 velocidades é responsável pelos valores médios mais baixos do Mercedes. A caixa tem a vantagem adicional de suavizar o funcionamento do motor, ainda que este continue ruidoso. Resta esperar pela nova familia de motores. Com um valor de retoma tradicionalmente favorável ao Mer-cedes, a 13MW responde com um serviço de assistência gratui-to mais alargado, enquanto a Mercedes oferece unia garantia adicional de z anos. Mais barata que a carroçaria de quatro portas, esta versão de duas portas vem enriquecer o extenso portfólio da Mercedes. Em relação ao BMW, é 300 ouros mais barato. Se pensarmos na influência do fator novidade na escolha do cliente é previsí-vel que o novo Coupé reforce a conquista que a Mercedes tem feito no mercado nos últimos meses. Por incrível que pareça, no final de janeiro era a terceira marca mais vendida a seguir à Peugeot e à VW, enquanto a BMW era a quarta marca com um maior número de preferências. O

MERCEDES—BENZ C 220D COUPÉ AUTO

MOTOR 4 CIL EM LINHA. 2143 C.0 .170

CV. 125 KW: 3000-4200 RPM, INJEÇÃO DIRETA i TURBO INTERCOOLER

BINÁRIO 400 NM/1400-2800 RPM

REL PESO. POTÊNCIA 9.5 KG/CV

TRANSMISSÃO AUTO DE 9 VEL.

PESO 1615 KG

COMP. LARG. ALT. 4,68/1.81/1.40 M

DIST. ENTRE EIXOS 2.84 M

MALA 380 L

DESEMPENHO 7,5 (9.0') 5 234 KM/H 29.6 5'

CONSUMO 4.1(6,5') L/100 KM

REPRISES

40-90 KM/H AUTO 4.4 5'

40-120 KM/H AUTO 8.8

TRAV. 100-0 KM/H 44 M'

NÍVEL SONORO

RAL./90/120 KM/H 44.5/60.9/68.3 OBA'

EMISSÕES CO2 106 G/KM (CLASSE El)

DESTAQUES DE EQUIPAMENTO

SERIE, AIRBAGS DIANTEIROS: WINDOWBAGS SIDERAR. ESP. KNEEBAG: SENSOR DE CHUVA. MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO DOS PNEUS. AC AUT . LUZES DIURNA LED: SFART/STOP- KIT DE REPARAÇÃO: SCR. VOLANTE muLuruNcoEs. OPÇÕES: GARANI IA ADICIONAL DE 2 ANOS (422 EI. ESTACIONAMENTO ATIVO (731E1; TETO PANORÀMICO (1453 E) CAIXA AUTOMÁTICA DE 9 VELOCIDADES (2113 E). SUSPENSÃO AIRMATIC (1219 E). SOM BURMESTER (772 E): LINHA INTERIOR AMO (528 E) LINHA EXTERIOR AMO (1260 E)

OCX. DE 9 VEL. / CONFORTO / DESIGN

OACESSIBILIDADE TRASEIRA /

ABERTURA DA MALA

BMW 420D COUPÉ

MOTOR 4 CIL EM LINHA. 1995 C C.: 190

CV 140 KW. 4000 RPM: INJEÇÃO DIRETA

TURBO + INTERCOOLER

BINÁRIO 400 NM/1750-2500 RPM

REL PESO. POTÊNCIA 8.2 KG/CV

TRANSMISSÃO AUTO. DE 8 VEL

PESO 1575 KG

COMP. LARG. ALT. 4.63/1.82/1.37 M

DIST. ENTRE EIXOS 2.81 M

MALA 445 L

DESEMPENHO 7.1 (7.8') S 232 KM/H •-• '.29.1 S'

CONSUMO 4.0 (6.8'1 L/100 KM

REPRISES

40-90 KM/H AUTO 4.6 5'

40-120 KM/H AUTO 9.1 S'

TRAV.100-0 KM/H 44 M'

NÍVEL SONORO

RAL./90/120 KM/H 44,1/60/66.1 OBA-

EMISSÕES CO2 106 G/KM (CLASSE B)

DESTAQUES DE EQUIPAMENTO

SERIE: AIRRAGS DIANTEIROS E LATERAIS D/ CORTINA; DSC: MONITORIZAÇÃO DA PRESSAO DOS PNEUS: JANTES DE 17"; DIREÇÃO ELÉTRICA. START/STOP. CRUISE CONTROL COM FUNÇÃO DE TRAVAGEM SENSORES DE ESTACIONAMENTO: SENSOR DE CHUVA. AC AUT : COMPUTADOR DE 80800' BMW SERVICE INCLUSIVE - 5 ANOS/100 000 KM OPÇÕES: CAIXA AUTOMÁTICA DE R VEL (1975 E) DIREÇÃO DESPORTIVA VARIÁVEL (211 E): CAMARA TRASEIRA (353 €), SISTEMA DE NAVEGAÇÃO (2093 E). VERSÃO DESPORTIVA M (3536 E.)

OMOTOR / CAIXA / HABITABILIDADE

OPNEUS RUNFLAT /EQUIPAMENTO

Tiragem: 17000

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 7,62 x 3,88 cm²

Corte: 10 de 10ID: 63272052 01-03-2016

COUPÉS MERCEDES C 220 D 75

BMW 420D