mensageiro luterano - novembro 2011

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Mensageiro Luterano do mês de novembro de 2011

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Page 1: Mensageiro Luterano - Novembro 2011
Page 2: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Mensageiro | noveMbro 2011 3

Novembro2011 Leia Nesta ediçãoMeNs aGeiRo LUteRaNo | aNo 94 | Nº 1.164

VIDA E SAÚDE

Como lidar com o diagnóstico de um câncer?

26

Ação SocIAl

Associação luterana promove ações sociais

05 MENSAGEM Do PRESIDENTE

06 VIDA coM DEUS

08 ESTUDo DoS lEIGoS

09 EM Foco

10 cAPA

13 MÚSIcA NA IGREJA

19 EDUcAção TEolóGIcA

24 UMAS E oUTRAS

27 MoRDoMIA DoS bENS

30 IGREJAS PElo MUNDo

32 hoMENAGENS

33 REAção Do lEIToR

34 VIRANDo A PáGINA

14lEMA DA IElb

Acolhendo e (re)integrando os inativos

20

28

Pelos cenários da Reforma, uma caminhada de Berlim até Roma.

cERIMôNIA FÚNEbRE

O que as pessoascantarão no seufuneral? 22

Luterano da IELB segue os passos de Lutero

Page 3: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Em Cristo, o nosso alvo é a vida

A vida, e não a morte, é o nosso foco nesta edição, mesmo que, em um rápido olhar, possa parecer o contrário.

Para destacar a vida em suas diferentes etapas, precisamos falar da morte. Pois desde a queda do ser humano em pecado essas duas realidades andam lado a lado, ou seja, desde que nascemos começamos a contagem regressiva para a morte. Porém, ela não é o fim.

O alvo final da nossa caminhada terrena não é a morte, mas a vida. Parece contradi-tório à luz da razão, já que todos morrem. Sim, isso acontece porque a razão também morre com a morte. Só vive além da morte, mesmo morrendo, quem crê naquele que venceu a morte e a sua causa (o pecado): Jesus Cristo, o Senhor e Salvador de todos os que nele confiam.

O Dia de Finados, estejamos enlutados

ou não, nos proporciona esta reflexão, ou pelo menos deveria nos levar a refletir sobre a vida e a morte, uma vez que todos querem viver e ninguém escapa da morte, a não ser que Cristo volte antes. Porém, é interessante observar que, mesmo com todas as promes-sas da plenitude de vida e alegrias no Céu, ninguém quer morrer agora, mesmo entre nós cristãos. Todos lutam para viver.

Claro, há momentos e etapas da vida em que mudamos de opinião ou de vontade, es-pecialmente quando enfrentamos dificulda-des com a saúde, o que nos impõem limites, muitas vezes, irreversíveis. Mas no curso normal da vida, com saúde e juventude, “to-dos querem ir para o Céu, mas ninguém quer morrer para ir para lá”, como afirmou Steve Jobs já em luta contra a doença que o matou.

Portanto, esta edição do Mensageiro Lu-terano quer nos levar a ver e a refletir sobre

o “conjunto da obra”. Não apenas sobre a vida, nem apenas so-bre a morte – o começo e o fim da exis-tência terrena –, mas a vida e a morte na perspectiva da fé, da vitória de Cristo, da sua ressureição e da eternidade feliz e bem--aventurada no Céu.

Esse não é assunto apenas para quem está de luto, enfermo ou em idade avançada. É um assunto e uma realidade de todos, seja qual for a nossa idade. Pela fé, o alvo do cristão sempre é a vida – a morte é apenas uma travessia cuja ponte é Cristo!

Nesta certeza, até o próximo encontro, se não aqui, então LÁ!

Mensageiro Luterano

Filiada a associação de editores cristãos (asec) EndErEço av. são Pedro, 633, Bairro são Geraldo, ceP 90230-120, Porto alegre, rsFonE/Fax (51) 3272 3456SitE www.editoraconcordia.com.brtwittEr twitter.com/edconcordiaEmail [email protected] [email protected]

dirEtoria ExECutiva Henry J. rheinheimer (presidente), clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e rubens José ogg GErEntE Nilson Krick - [email protected] FinanCEiro Joel Weber - [email protected] Editor Nilo Wachholz - [email protected] ComiSSão Editorial adilson schünke, Beatriz raymann, clóvis J. Prunzel, Nilo Wachholz, Nilson Krick e rubens José ogg

4 Mensageiro | noveMbro 2011

ConcórdiaE d i t o r a

EndErEço rua cel. lucas de oliveira, 894Bairro Mont’serrat, ceP 90440-010 Porto alegre, rs, BrasilFonE (51) 3332 2111 / Fax: (51) 3332 8145SitE www.ielb.org.brtwittEr twitter.com/ielB_BrasilE-mail [email protected]

dirEtoria naCional 2010/2014 prESidEntE egon Kopereck 1º viCE-prESidEntE arnildo schneider 2º viCE-prESidEntE Geraldo Walmir schüler SECrEtário rubens José ogg tESourEiro renato Bauermann A IELB crê, confessa e ensina que os livros canônicos das Escrituras Sagradas, do Antigo e do Novo Testamento, são a Palavra infalível revelada por Deus e aceita, como exposição correta dessa Palavra, os livros simbólicos da Igreja Evangélica Luterana, reunidos no Livro de Concórdia do ano 1580.

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

| Ao lEIToR |

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

iSSn 1679-0243

Órgão oficial da igreja evangélica luterana do Brasil (ielB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição única). registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no registro de títulos e documentos do rio de Janeiro, conforme o decreto-lei de imprensa nº 24776 de 14/07/1934.

projEto E produção GráFiCa editora concórdia ltda.rEdação [email protected] Nilo Wachholz - Mtb 42140/sP aSSiStEntE Editorial Bettina schünke - Mtb 15047/rs rEviSão aline lorentz sabka jornaliSta-diaGramador leandro da rosa camaratta dESiGnEr christian schünke e raquel amsberg de almeidaColaboradorES FixoS Bruno ries, carlos W. Winterle, luisivan V. strelow, Marcos schmidt, Mona liza Fuhrmann, rosemarie K. lange, Vitor radünz, Waldyr HoffmannaSSinaturaS - dEpto ComErCial Gilberto ellwanger, lianete schneider de souza, Marcelo de azambuja loGíStiCa simone dutra Paiva, claupe onofre

aSSinatura no braSil anual r$ 49,00; Bianual r$ 92,00 aSSinatura para outroS paíSES anual Us$ 52,00; Bianual Us$ 100,00

tiraGEm dESta Edição 9 mil exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração Nacional da IELB. O conteúdo do Mensageiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.

FOTO da capa: isTOckphOTO.cOm

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Page 4: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Mensageiro | noveMbro 2011 5

m

Egon KopereckPastor Presidente da IELB| [email protected]

| MENSAGEM Do PRESIDENTE |

Pastor Presidente da IELB| [email protected]

Adoração, ação de graças, decisões e ofertas

São alguns dos sinais que a igreja dá, ao responder ao grande amor de Deus

COnselhO DiretOrEstamos diante de mais uma reunião

do Conselho Diretor (CD) da Igreja. Sempre quando isso acontece, é um momento es-pecial para a Igreja Evangélica Luterana do Brasil; temos assuntos muito importantes a serem tratados, debatidos e decididos. Propostas que querem mexer com a vida da Igreja na Área de Educação Teológica, da Missão, da Comunicação, da Ação Social, da Educação Cristã e das Finanças. Lá estarão os representantes de todos os Distritos da nossa IELB, as diretorias das Ligas Auxilia-res; enfim, a Igreja planejando e traçando metas para a sua atuação num mundo ca-rente e necessitado do Evangelho de Cristo.

Orem por esse evento nos seus dis-tritos e comunidades, procurem tomar conhecimento e participar daquilo que vai acontecer. Que assim o CD 2011 possa se transformar numa benção para a vida da Igreja, visando a edificação do Reino de Deus, buscando sempre mais e melhor levar “Cristo Para Todos.”

A oferta faz parte da vida cristã. A oferta não é pagamento de mensalidade para a igreja. Pagamento eu faço para um clube, uma sociedade, uma escola, mas não para a igreja.

A oferta não é pagamento, mas, sim, a resposta que o cristão dá ao amor de Deus em sua vida.

DAtAs signifiCAtivAsNeste mês de novembro, temos o Dia

Mundial de Ação de Graças, na quarta quinta-feira do mês. Agradecer é um gesto de grandeza. Agradecer é um ato de humildade. Agradecer é algo que deve nos acompanhar sempre, e nós temos muitos motivos para agradecer, acima de tudo e em primeiro lu-gar, por Jesus Cristo, o nosso Salvador.

Todavia em novembro, lembrando o Dia de Finados, nós também agradecemos por aqueles entes queridos que, durante um trecho da nossa caminhada por este mundo, conosco estiveram e foram uma bênção para nós. Que o Dia de Finados também nos faça refletir sobre o nosso próprio fim e a im-portância de estarmos sempre preparados, firmes na fé no nosso Senhor e Salvador Jesus, para que, quando ele nos chamar, possamos também partir em paz para com ele morar eternamente.

Além disso, neste mês, de forma espe-cial, agradecemos pela nossa pátria, pela Proclamação da República. Agradecidos pela liberdade de crença, liberdade de confessar nossa fé, peçamos para que Deus preserve essa bênção entre nós.

Sede agradecidos, diz o apóstolo Paulo, e é isso o que queremos fazer em todo o nosso viver.

Mês DA MOrDOMiA DA OfertANovembro é o mês onde a nossa Igreja,

de forma especial, destaca a oferta cristã. Como está a tua oferta para o trabalho no Reino de Deus? Tens ofertado mensalmen-te, com alegria, o melhor que podes? Diz o apóstolo Paulo: “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Co 9.7). É assim que ofertas?

Não esqueçamos: A oferta faz parte da vida cristã. A oferta não é pagamento de mensalidade para a igreja. Pagamento eu faço para um clube, uma sociedade, uma escola, mas não para a igreja. A oferta não é pagamento, mas, sim, a resposta que o cris-tão dá ao amor de Deus em sua vida. A oferta deve ser de acordo com as posses de cada um, e não sobras, mas das primícias, como disse Salomão (Pv 3.9); não com tristeza, nem por necessidade, mas com generosidade, para que o Evangelho de Cristo possa ser anuncia-do e proclamado para a salvação de muitos.

Disse alguém: “Eu invisto no que acho importante”. Quanto tempo, dons, bens tens dedicado para o trabalho do Reino de Deus?

Deus abençoe nossa querida Igreja. Que cada membro da IELB, respondendo ao grande amor de Deus, consagre todo o seu ser ao Senhor, inclusive seus bens, para a edificação do seu Reino.

Feliz mês de ação de graças a todos!

FOTO: aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

Page 5: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| VIDA coM DEUS |

Pregação do evangelho, acolhimento e integração

M uitas empresas têm ado-tado programas de aco-lhimento e de integração como parte final do proces-

so de seleção de novos colaboradores, isto é, novos funcionários.

O mundo dos negócios tomou de em-préstimo a linguagem do acolhimento humano e desenvolveu técnicas e pro-gramas para aumentar a produtividade das empresas.

Essas técnicas de acolhimento e inte-gração de novos colaboradores têm sido incorporadas também na igreja.

Podemos aplicar, na igreja, programas e estratégias desenvolvidos por psicólogos das relações de trabalho, relações públicas e administradores de empresas?

As técnicas de comunicação e de rela-ções humanas são muito proveitosas em todas as organizações, inclusive na igreja.

O poder que transforma os corações, contudo, está na Palavra, que é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).

Todos os recursos que venham a facilitar a comunicação externa do evangelho são bem-vindos, mas nenhum deles substitui o evangelho. Pois o Espírito Santo não está presente na técnica que usamos, mas unica-mente nos sinais da graça de Deus.

Da mesma forma, a comunhão na igreja não é mantida por programas de integração, mas pelo vínculo do Espírito Santo e seus frutos: o amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade (benigni-dade), a bondade, a lealdade (fidelidade), a mansidão e o domínio próprio (Gl 3.22,23; Ef 4.3, Cl 3.14). Nenhuma técnica de rela-ções humanas pode gerar esses frutos em nossos corações.

Por outro lado, podem ajudar a que

desenvolvamos um ambiente agregador e motivador: a começar com a arrumação do nosso espaço físico, para que seja agradá-vel; depois, na manutenção de um sistema eficiente de comunicação interna e externa; na capacitação de líderes e no treinamento de cada pessoa; e, ainda, na melhor gestão dos recursos.

COMO pOssO Me tOrnAr uM MelhOr COlAbOrADOr nA igrejA?

Para servir na obra de Cristo, é preciso nascer de novo. Somente o batismo e o evangelho nos reconciliam com Deus e nos transformam o coração. Nenhum programa humano pode fazer isso. Quando temos um novo coração, recebido de Deus, já somos colaboradores no reino de Cristo.

Depois de reconciliados com Deus, po-demos fazer uso de programas e técnicas de acolhimento e de integração como meios auxiliares no trabalho da Igreja.

Na Igreja, o primeiro lugar é sempre do evangelho de Cristo, tudo o mais é auxiliar.

Mais importante do que qual-quer método ou programa são os frutos do evangelho de Cristo em nossa vida. nada pode substituir ou compensar a fé em Cristo e os verdadeiros frutos que ela espon-taneamente produz.

Um bom programa de treinamento de recepcionistas pode ajudar, mas nada pode substituir ou compensar nossa atitude autêntica e palavra sincera de boas-vindas aos visitantes.

Essa distinção fundamental entre a Palavra de Deus e a ação do Espírito San-to, de um lado, e os recursos que desen-volvidos para o bom funcionamento das organizações precisa ser mantida. Dessa forma, podemos, sim, fazer excelente uso dos conhecimentos e técnicas que regem as relações humanas.

Os programas de acolhimento e de inte-gração, quando aplicados na igreja, devem estar inteiramente a serviço da misericórdia de Deus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos alivia-rei” (Mt 11.28).

FOTO

s: aR

QUiVO

EdiTO

Ra cO

NcÓR

dia

6 Mensageiro | noveMbro 2011

Luisivan Vellar StrelowPastor | [email protected]

m

Page 6: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| VIDA coM DEUS |

Mensageiro | noveMbro 2011 7

| ADoRAção E loUVoR |

david karnoppMembro da Comissão de Culto da IELBPastor em Vacaria, RS

Dia do culto: sábado ou domingo?

H á igrejas que guardam o sá-bado como dia de descanso e santificação. Fazem isso baseadas no Mandamento

do Senhor registrado em Êxodo 20.8-11 e Deuteronômio 5.12-15. No Antigo Testa-mento (AT), Deus exigia que o povo judeu descansasse no sábado e o separasse para um uso santo, ouvindo a leitura da Palavra e trazendo ofertas de sacrifício ao templo. Havia punição rigorosa para a desobediên-cia dessa lei, inclusive com a pena de morte (Nm 15.32-36).

Todavia, os cristãos, desde o início da Igreja Cristã, não cumprem a lei do sábado. Muitos deles, conhecendo as leis do AT, sentem-se confusos e não sabem o que é correto: se devem guardar o sábado ou o domingo. Afinal, se era uma lei com punição severa, não deveríamos guardar o sábado como no AT?

QuAl é O DiA OrDenADO pArA Os CristãOs?

Nem sábado, nem domingo. A lei do sá-bado fazia parte das leis cerimoniais do AT. Outras leis também faziam parte, como a lei dos sacrifícios de animais, da purificação e da circuncisão. Elas foram dadas somente ao povo de Israel (Dt 5.15) e não foram repetidas no Novo Testamento (NT).

A nova aliança entrou em vigor com Je-sus, com o qual a lei do sábado e outras leis

foram abolidas. Não estamos mais debaixo das leis cerimoniais do AT, mas debaixo da graça (Lc l6.16; Rm 10.4). Logo, colocar-se debaixo da lei do sábado é rejeitar a Cristo.

O NT mostra que Jesus realizou curas em sábados. Isso gerou fortes críticas das autori-dades religiosas judaicas do seu tempo. Eles o perseguiam e queriam matá-lo. Nas respostas às críticas, é que temos orientação em relação à lei do sábado: Num dia de sábado, quando Jesus e os seus discípulos atravessavam uma plantação de trigo, os discípulos, numa atitude contrária à lei, colheram espigas de trigo (Mc 2.23-27). Diante dessa atitude, os fariseus não pouparam críticas contra Jesus. Este respondeu que “tem autoridade até mesmo sobre o sábado”. Em outras pala-vras, Jesus, como Senhor, pode estabelecer e anular uma lei.

O apóstolo Paulo argumenta que a lei judaica foi cancelada na morte de Cristo (Cl 2.14-17). Portanto, as leis quanto aos alimen-tos e a observância do calendário judaico não eram obrigatórias para os cristãos. Paulo mostra que essas leis foram cumpridas em Cristo. Na carta aos Gálatas, Paulo enfatiza que os cristãos foram chamados à liberdade e que não estão mais sujeitos às leis do AT. Os que hoje querem guardar o sábado argumen-tando que esse é um mandamento bíblico, então, por coerência, deveriam guardar as demais leis do AT, e não deveriam apenas escolher uma determinada lei para cumprir.

pOr Que Os CristãOsguArDAM O DOMingO?

O domingo não foi instituído por nenhu-ma lei. Desde o princípio e, no espírito da liberdade cristã, os cristãos escolheram o do-mingo para o descanso, para ouvir a Palavra, para servir e adorar a Deus. A escolha desse dia se baseia em pelo menos dois motivos: Primeiro para lembrarem que foi no primeiro dia da semana que Jesus ressuscitou. Depois, para lembrarem que foi no intervalo de oito dias, após a ressurreição, que Jesus se mani-festou aos discípulos.

Para os cristãos, a desobediência não está no deixar de “guardar o sábado”, mas no des-prezar a Palavra e os sacramentos. Ainda que o domingo seja um dia próprio para o culto, o culto dos cristãos não está restrito a ele. Santi-ficamos todos os dias da nossa vida, e o culto faz parte da vida diária dos cristãos. Por isso, Lutero, na explicação do 3º Mandamento, não fala sobre o dia, mas fala da necessidade de ouvir e aprender a Palavra. Rejeitar a Palavra é rejeitar a Deus e a salvação eterna.

Além disso, o domingo cristão também não é o mesmo que o sábado dos judeus. O sábado lembra o rigor da lei; o domingo lembra que é pela ressurreição de Jesus Cristo que temos vitória sobre a morte. Ainda que não tenhamos uma lei que nos obrigue a guardar este ou aquele dia, temos o domingo como uma boa opção para irmos ao culto e recebermos a Palavra e a Santa Ceia. m

Page 7: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

A construção de uma casa per-manente para o Culto a Deus no lugar do tabernáculo sem-pre ocupou o pensamento do

rei Davi. Deus, porém, disse a ele que não construiria o Templo, apenas armazenaria os materiais necessários à construção do mesmo, pois havia derramado muito sangue por causa das guerras. Deus disse que seu filho Salomão, o qual governaria a nação de Israel com sabedoria e paz, é quem o construiria (1 Cr 22.1-10).

Quando teve de assumir seu trono, Salomão logo pediu que Deus lhe desse “sabedoria” (1 Rs 3.3-15). Sua sabedoria logo foi testada ao ter que julgar o caso de duas mães por causa de um bebê so-brevivente (1 Rs 3.16-28).

A sabedoria torna-se efetiva quando é colocada em ação. Cedo em sua vida, Salomão teve a consciência de reconhecer a necessidade de ser sábio. Porém, quando ele pediu sabedoria para governar seu reino, praticou um mau hábito que tor-naria seu conhecimento ineficaz para a sua vida: a poligamia como meio de esta-belecer alianças com povos estrangeiros.

No antigo oriente, era uma prática comum o casamento entre famílias reais com intuito de assegurar a paz. Embora as alianças matrimoniais de Salomão lhe assegurassem um período de amizade e paz com as nações vizinhas, foram também o início de sua queda, pois se afastou dos caminhos de Deus (1 Rs 11; Ne 13.26). Por isso, Salomão não só foi contra as últimas palavras de seu pai (1 Rs 2.1-4), mas também contrariou as ordens de Deus. Sua conduta nos leva a incoerência do “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Está claro que Salomão, mesmo com toda sabedoria, não estava impedido de errar. A sabedoria pode nos abrir portas para grandes possibilidades, mas às quais são exigidas grandes responsabi-lidades; infelizmente Salomão procurou as possibilidades, porém negligenciou as responsabilidades.

Com um início de reinado brilhante, pouco é mencionado na Bíblia sobre os últimos anos do reinado de Salomão. Em seu Livro de Eclesiastes, possivelmente o registro de suas últimas reflexões, Sa-lomão revela que um homem prova uma experiência amarga quando procura o significado para a sua vida longe de Deus. A satisfação que encontramos nas oportu-nidades e nos sucessos desta vida é tem-porária. Quanto mais esperamos que os nossos sucessos sejam permanentes, mais depressa eles desaparecem. A segurança e a satisfação somente são encontradas em uma estreita comunhão com Deus.

pOntOs fOrtes e êxitOs nA viDA De sAlOMãO

- Terceiro rei de Israel.- O homem mais sábio que já viveu em

Israel, com exceção de Jesus.- Autor dos Livros de Eclesiastes, Can-

tares (Cântico dos cânticos), Provérbios e do Salmo 72 e 127.

- Construtor do Templo de Deus em Jerusalém.

- Diplomata e organizador.

frAQuezAs e errOs- Polígamo.- Permitiu que suas esposas afetassem

sua lealdade a Deus.- Tributou excessivamente seu povo.

lições De viDA- Uma liderança eficaz pode ser in-

validada por uma vida pessoal ineficaz.

infOrMAções essenCiAis- Localidades: Jerusalém.- Ocupações: Rei de Israel.- Familiares: filho de Davi e Bate-Seba;

irmão de Absalão, Adonias e Tamar; pai de Roboão.

A história de Salomão encontra-se em 2 Samuel 12.24 até 1º Reis 11.43. Seu nome também é mencionado em 1º Crô-nicas 28 e 29, 2 Cr 1 a 10; Neemias 13.26; Salmo 72 e Mateus 6.29 e 14.42.

versíCulO ChAve“Portanto, dá-me sabedoria para

que eu possa governar o teu povo com justiça e saber a diferença entre o bem e o mal. Se não for assim, como é que eu poderei governar este teu povo?” (1 Rs 3.9).

8 Mensageiro | noveMbro 2011

m

| ESTUDo DoS lEIGoS |

Os grandes hOmens da BíBlia

SalomãoGovernante sábio e pacificador

Estudo desenvolvido pelo pastor conselheiro da LLLB EmErson ZiElkE

Page 8: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Morte – invenção da vida

A morte de Steve Jobs, assunto destaque no mês passado, vem confirmar decisiva-mente que a salvação da hu-

manidade não está na ciência humana. O gênio que revolucionou a tecnologia da informática lutou contra a morte desde 2004, quando soube que sofria de uma doença grave e tinha pouco tempo de vida.

O seu discurso em 2005, na Universida-de de Stanford, EUA, torna-se dramático e desafiador ao falar da própria vida e da pró-pria morte: “Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o Céu não querem morrer para chegar lá. Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. É assim que deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida”.

steve jObs pAssOu pelA igrejA luterAnA

No entanto, dependendo qual vida a pessoa tem, a morte pode ser a invenção da própria morte. Segundo informações, Steve foi batizado numa Igreja Cristã e confirmado na Congregação Trindade da Igreja Luterana do Sínodo de Missou-ri, Palo Alto, Califórnia. Na juventude, viajou para a Índia e, influenciado pelas religiões orientais, adotou o budismo. Por aquilo que se tem notícia, esta foi a sua religião até o fim da vida, aos 56 anos de idade.

Morreu “idolatrado” pelos seguidores da maçã mordida, vítima desse mesmo fruto do conhecimento do bem e do mal, e que o inspirou nos seus inventos. No entanto, se partiu para o outro lado sem

Steve Jobs não mudou a vida dele, embora,

possivelmente, tenha mudado o modo como

você e eu vivemos hoje. Mas Jesus Cristo, ele sim, mudou a nossa vida. E ele também mudou a forma

como nós vivemos.

o conhecimento contra os efeitos espiri-tuais do fruto proibido, então, toda a vida desse famoso gênio foi desperdiçada. E isso é a pior coisa que pode acontecer para qualquer ser humano.

Assim, a morte nunca é a melhor in-venção da vida quando não se tem a vida. O pastor capelão da Ulbra, Lucas Albrecht, ao comentar sobre a frase: “Três maçãs mudaram o mundo: a de Adão, a de Isaac Newton e a de Steve Jobs”, lembra que a história de Adão e Eva mudou a humanidade para pior e as outras duas, de certa forma, para melhor. “Mas, por mais que estes tenham mudado o presente e o futuro, não conseguiram reverter as consequências do

primeiro; antes, sofrem suas consequências (...) Mas o que Jesus Cristo fez mudou a história da ‘maçã’. Trouxe o fruto que mais podemos desejar: perdão e vida”.

OnDe está steve jObs AgOrA?

O pastor Martin Diers da Igreja Lute-rana Ortodoxa dos Estados Unidos, no seu blog, tenta responder essa pergunta: “Só Deus sabe. Apesar de sua conversão ao budismo em sua vida adulta, Steve Jobs foi batizado e confirmado na Igreja Lute-rana. Eu tenho testemunhado o retorno de cristãos desviados para o seu Batismo, no leito de morte, buscando o perdão dos pecados e da paz da cruz, mesmo que pa-recia a coisa mais distante”. Sem dúvida, essa é a esperança, tanto com aqueles que se desviaram da fé cristã ou que foram descrentes a vida inteira. E tanto faz se é um inventor famoso ou um Zé Ninguém. Todos são pecadores e morrem. Logo, deixar para depois o que deve ser feito agora é a atitude mais perigosa quando o assunto é a salvação eterna.

Trocando e-mails com o meu cunhando Ely Prieto, pastor nos Estados Unidos, recebi dele um trecho interessante do sermão pro-ferido por seu colega de congregação: “Steve Jobs não mudou a vida dele, embora, possi-velmente, tenha mudado o modo como você e eu vivemos hoje. Mas Jesus Cristo, ele sim, mudou a nossa vida. E ele também mudou a forma como nós vivemos”. Foi isto que o após-tolo Paulo confessou: “Pois para mim viver é Cristo, e morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil” (Fp 1.21.22). Palavras até parecidas, mas completamente diferentes no discurso de Ste-ve: “O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de outra pessoa”. Na verdade, o cristão só pode gastar o seu tempo de vida porque vive a vida de Cristo, e, assim, a morte é a melhor invenção da vida. m

Mensageiro | noveMbro 2011 9

Marcos SchmidtPastor em Novo Hamburgo, RS| [email protected]

| EM Foco |

Page 9: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

10 Mensageiro | noveMbro 2011

| cAPA |

Reflexões sobre a vida e a morte

vida e morte:uma relação inseparável,

uma experiência que nenhum ser humano quer, mas da qual

ninguém consegue escapar.Qual a certeza, o consolo

e a esperança de vida diante da morte?

FOTOs: aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

Page 10: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Mensageiro | noveMbro 2011 11

A morte faz parte da experiência humana. Cedo ou tarde, todos entram em contato com ela. Seja porque estão diante da

possibilidade da própria morte, ou porque alguém do seu relacionamento morre.

Lidar com a morte sempre é difícil para o ser humano. Ele está diante do desconheci-do e, de certa forma, de um inimigo que ele não consegue vencer. O natural é viver, mas a morte interrompe o ciclo da vida.

esCApisMOsExistem certas profissões que precisam

lidar diretamente com a morte. Os profissio-nais da área da saúde, como médicos, enfer-meiros e auxiliares, lidam constantemente com a perda de vidas. Estudos feitos entre esses profissionais mostram que, mesmo estando acostumados a lidar com a morte, eles têm lá suas dificuldades em tratar do assunto. Por isso, em muitos casos, quando estão diante de um cadáver, tratam de des-viar do assunto, fazendo piadas ou falando sobre outras coisas, enquanto preparam o corpo para seu sepultamento.

Muitas pessoas recorrem a calmantes, ou até mesmo a bebidas alcoólicas, para

enfrentar a morte; não é raro encontrar um bêbado num sepultamento. Outros ainda tentam evitar o choque que a morte provoca, enfeitando a pessoa falecida para que ela se pareça “o mais natural possível”.

Essa “naturalidade” serve justamente para que não haja o choque diante do fato nada natural de alguém morrer. De qualquer forma, tudo isso mostra como é difícil en-frentar a morte de um ser humano.

OutrAs preOCupAçõesEm todas as culturas do mundo, tam-

bém se veem diferentes costumes quanto à maneira de tratar a morte. Em algumas culturas, simplesmente se abandona o morto, como é verificável em alguns lugares extremamente frios, nos pólos. O idoso, quando está para morrer, é deixado sozinho para enfrentar a morte. Outras têm um tra-tamento bastante meticuloso e detalhado sobre o preparo que deve ser dado para o sepultamento. As pirâmides do Egito, na verdade, não foram feitas para serem gran-des monumentos de engenharia. Elas eram sepulturas especiais. Algumas culturas indí-genas preparavam grandes potes de barro onde depositavam os corpos. Em alguns

países, entre a morte e o sepultamento de alguém, transcorrem vários dias. No Brasil, há poucas décadas, as pessoas mantinham luto de pelo menos um mês, e, por vezes, de até um ano, usando roupas pretas para mostrar sua tristeza pelo falecimento de um ente querido.

Nos últimos meses, saiu na imprensa outra preocupação. O que fazer com o corpo de um falecido para não causar impacto excessivo no meio-ambiente. Segundo essa nota da imprensa, o sepultamento tradi-cional por enterro e mesmo a cremação causam danos ao meio ambiente. Seria mais ecológico liquefazer o corpo. De certa maneira, essa preocupação sempre existiu; os cemitérios, por exemplo, eram colocados longe de fontes de água para evitar contami-nação. Contudo, embora importantes, essas reflexões não tratam da questão da morte propriamente dita.

No final do mês de agosto deste ano, o Serviço Funerário da cidade de São Paulo entrou em greve. Nessa cidade, que é a maior do país, morrem dezenas de pessoas todos os dias. Os serviços funerários são centra-lizados no serviço público municipal, e o acúmulo de cadáveres se torna rapidamente

Se a nossa mensagem é que Cristo foi ressuscitado, como é que alguns de vocês dizem que os mortos não vão ressuscitar? Se não existe a ressurreição de mortos, então quer dizer que Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado,

nós não temos nada para anunciar, e vocês não têm nada para crer. E mais ainda: nesse caso estaríamos mentindo contra Deus, porque afirmamos que ele

ressuscitou Cristo. Mas, se é verdade que os mortos não são ressuscitados, então Deus não ressuscitou Cristo. Porque, se os mortos não são ressuscitados, Cristo

também não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. Se Cristo não

ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste

mundo. Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados.

Erní WaltEr sEibErt Pastor e secretário de Comunicação e Ação Social da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB)

Page 11: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

FOTO: aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

12 Mensageiro | noveMbro 2011

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um problema. A realidade da morte, com to-dos os seus contornos difíceis, foi percebida rapidamente nessa grande cidade: todos se mobilizaram para terminar de vez com esse movimento grevista.

O Que Diz A bíbliA?A Bíblia ensina que Deus, em princípio,

não criou o ser humano para morrer. Deus criou o ser humano para viver. Em Gênesis 2.7, a descrição da criação mostra que Deus fez o ser humano do pó da terra e depois lhe deu a vida. “Então, do pó da terra, o Senhor formou o ser humano. O Senhor soprou no nariz dele uma respiração de vida, e assim ele se tornou um ser vivo”. O ser humano foi criado por Deus para ter vida plena.

A morte entrou em cena por um desvio do ser humano dentro dos planos de Deus. Para o ser humano, havia a possibilidade de morrer se, por acaso, não obedecesse aos Mandamentos de Deus. Foi justamente isto que aconteceu: desobedecendo a Deus, a morte aconteceu. O veredito está em Gê-nesis 3.19: “Você foi feito de terra e vai virar terra outra vez”.

É nestes termos que a Bíblia apresenta a realidade da morte. Em Romanos 5.12, diz: “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos peca-ram”. Essa herança da morte passou a todos os seres humanos. Por mais que se busque a “fonte da eterna juventude”, que evitaria a morte, e os recursos da ciência para su-perar a realidade da morte, ela continua aí, confirmando a palavra bíblica de que toda a

raça humana sofre do problema do pecado e tem de enfrentá-la. A morte é, nas palavras do apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15.26, o último inimigo a ser vencido (“o último inimigo que será destruído é a morte”).

A morte é um inimigo, mas não é da morte a vitória final. A vitória final foi ob-tida por Jesus Cristo na cruz, que, com sua ressurreição, venceu a morte.

A vitóriA DA viDASe o ser humano tem dificuldade em

lidar com a morte, não é diferente o seu trato com a vida. Aceitar a vida eterna é tão ou mais difícil do que aceitar a morte: a razão e a experiência humana entram em choque. A razão não entende o pecado nem a morte; a experiência humana constata a existência do mal e da morte. A razão também não entende que possa haver vida eterna; a experiência humana, com relação à vida depois da morte, é pequena. Há o testemunho de que Cristo ressuscitou, há o testemunho de outras ressurreições por ocasião da ressurreição de Cristo, e é só. No entanto, a Bíblia diz claramente que Jesus venceu a morte e que quem nele crê tem a vida eterna (João 3.15-16).

Assim como há várias maneiras huma-nas de procurar superar a questão do mal, do pecado, há várias tentativas de buscar a vida eterna. A construção da Torre de Babel é uma delas. Há uma intensa busca humana por perpetuar-se. A construção de monumentos, a fixação de placas em lugares públicos, a construção de enormes mausoléos em cemitérios, tudo isso tenta perpetuar a memória de alguém através dos

tempos. Porém, a realidade humana vivida no dia a dia insiste em lembrar a todos de que não temos aqui cidade permanente (Hebreus 13.14).

MensAgeM De esperAnçAA mensagem bíblica é uma mensagem

de esperança; ela aponta o caminho da vida. A razão da esperança é Cristo. O apóstolo Paulo fala isso com clareza absoluta em 1 Coríntios 15. E essa é a mensagem que deve dar esperança para todos nós quando nos de-frontamos com a morte e olhamos para a vida. Leiamos os versículos 12 a 20 desse capítulo e alegremo-nos por termos esta esperança:

“Se a nossa mensagem é que Cristo foi ressuscitado, como é que alguns de vocês dizem que os mortos não vão ressuscitar? Se não existe a ressurreição de mortos, então quer dizer que Cristo não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi ressuscitado, nós não temos nada para anunciar, e vocês não têm nada para crer. E mais ainda: nesse caso estaríamos mentindo contra Deus, porque afirmamos que ele ressuscitou Cristo. Mas, se é verdade que os mortos não são ressuscitados, então Deus não ressuscitou Cristo. Porque, se os mortos não são ressuscitados, Cristo também não foi ressuscitado. E, se Cristo não foi res-suscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. Se Cristo não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. Se a nossa espe-rança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados.”

| cAPA |

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paUlo brUm | Membro da Comissão de Culto da IELB

Pastor e capelão de música da ULBRA

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O músico e a congregaçãoVocê alguma vez já se viu cantando um hino em que o músico tocava com uma melodia diferente? Essa é uma realidade em várias congregações luteranas. Qual será a razão disso? Por que um mesmo hino ou cântico são cantados ou tocados de formas diferentes de igreja para igreja?

C ompartilho uma reação do leitor Edenilson Gass (teologando do Seminário Concórdia), aos últimos artigos publicados neste espaço:

Em primeiro lugar, é importante consi-derar que o hinário que hoje temos em mãos não é o mesmo que o de anos atrás. Era usado o que hoje muitos lembram como o “hinário antigo”, o qual não tinha tamanha variedade de hinos como temos hoje (573). Já há alguns anos, pessoas extremamente capacitadas se reuniram para compilar o que seria o hiná-rio luterano a partir dali, traduzindo vários hinos com rigorosa atenção doutrinária, confessional, poética e métrica, entre outros (cf. Mensageiro Luterano, agosto, págs. 20-21). Sob a coordenação de um dos maiores músicos com que a IELB já pôde contar, Hans-Gerhard F. Rottmann, também foi elaborado o hinário para organistas (Cantai Louvor), ambos com pequenas alterações melódicas em deter-minados hinos. Daí se pode compreender o porquê de algumas (ou muitas) congregações cantarem hinos de forma diferente de como o músico os está executando. Afinal, o mesmo não pode adivinhar as notas que os membros estão cantando, senão que, apenas, seguir as que se encontram em sua partitura.

Sabe-se que, em qualquer congregação, pouquíssimos são os que têm conhecimento

musical, tampouco percepção. Assim, para aprenderem realmente um hino ou cântico, precisam repeti-lo várias vezes, até serem corrigidos os equívocos. Quando isso não acontece, o resultado é o músico executando as notas de sua partitura e os membros can-tando como acham que a música é.

Por outro, se a falta de atenção por parte dos membros resulta em erros no canto, a falta de atenção por parte do(s) músico(s) resulta em erros na condução do canto. Muitos, ao terem que “gastar” mais tempo se preparando para o culto, preferem, por exemplo, arredondar uma colcheia pontuada e uma semicolcheia em duas colcheias. Afinal, é muito mais fácil marcar o tempo assim. Sendo que os cantan-tes, que pouco ou nada entendem de partitura, jamais se darão conta de que o músico a está executando de forma errada e aprendem o hino ou cântico de maneira equivocada.

Se for o caso de o músico ser iniciante ou ter, ainda, dificuldades, não deve ser ignorado, mas apoiado, a fim de que sinta--se incentivado e feliz em fazer uso de seus dons em prol do Reino de Deus.

OnDe está O prObleMA? nOs MúsiCOs Ou nA COngregAçãO?

Talvez a resposta mais adequada seja: de-pende. Ou então: de ambos. Se a congregação acha que com uma ou duas vezes cantado o hino já o aprendeu e não dá mais ouvidos ao músico, o problema está na congregação. Se o músico (organista, tecladista, aquele que “puxa” o canto) é negligente no uso de seu dom, recebido por Deus, e não se empenha ao máximo para uma boa execução de todas as notas e tempos registrados em sua partitura, cortando alguns tempos pela metade, aumen-tando outros de fim de frase, não respeitando os sinais de respiração, as notas pontuadas, as fermatas, as pausas, as quiálteras, etc., então o problema está naquele que é responsável pela condução dos hinos.

Visto isso, fica “fácil” resolver o dilema proposto no início deste texto (pelo menos teoricamente). A congregação precisa pres-tar atenção na música e, assim que perceber algo diferente daquilo que está acostumada a cantar, precisa seguir à melodia que se entoa (ou, se quiser, questionar o músico ao final do culto para obter uma resposta mais satisfatória). O músico, por sua vez, deve prestar a atenção e seguir com acuidade a partitura que está diante de seus olhos. E, convicto de que a compreendeu, executá--la com precisão, independentemente de como se costuma cantá-la. Assim sendo, argumentos do tipo “sempre foi assim” não têm qualquer valor.

Nenhum palestrante fica feliz quando a palestra não sai como o esperado; nenhum médico se alegra com uma cirurgia mal suce-dida; nenhum liturgista se regozija em uma liturgia cantada sem vigor. Assim também nenhum músico se alegra ao ver partituras sendo adaptadas, seja por desconhecimento de leigos, seja por falta de zelo de músicos. A música é um dom de Deus e é para Deus. Procuremos fazer o melhor.

FOTO: ROdRiGO aBREU/ aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

Mensageiro | noveMbro 2011 13

| MÚSIcA NA IGREJA |

Page 13: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| lEMA DA IElb |

Acolhendo e (re)integrando os inativos

E ste foi o tema do 23º Congresso Distrital de Servas do Distrito Vale do Rio Pardo, realizado em 25 de setembro, na Congregação

Emanuel de São José da Reserva, Santa Cruz do Sul, RS. O evento reuniu cerca de 250 pessoas, entre senhoras, leigos e pastores, do qual tive o privilégio de participar como palestrante. Para desenvolver o tema acima, fiz uma série de pesquisas que desejo com-partilhar com toda a Igreja Evangélica Lute-rana do Brasil, para que esta reflita sobre a importante temática, motivada pelo lema da IELB em 2011, Cristo para Todos – Acolhendo e Integrando.

A primeira questão que coloco é que os inativos na Igreja precisam ser objetos de amor, cuidado, preocupação, planejamento e interesse de toda a Igreja, e não apenas de pastores e lideranças. Independente do número de inativos que há em nossas con-gregações, quando Jesus confiou à Igreja o privilégio de ser sua representante na Terra, também confiou a esta a responsabilidade de cuidar das suas ovelhas. Quando Cristo disse a Pedro (Igreja) “apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.15), certamente pensava também, e sobretudo, nas ovelhas afastadas, ou seja, nos membros inativos.

viDA eM COMunhãOAliás, independente dos motivos que

levam as pessoas a se afastarem do convívio da Igreja, que é a “comunhão dos santos”, conforme confessamos no credo apostólico, o fato é que o afastar-se significa que a ovelha está doente, e uma ovelha que adoece se em-brenha no mato, se esconde, se afasta do con-vívio das demais ovelhas, não as acompanha

ao curral e, sobretudo, não busca a ajuda do seu pastor ou cuidador. Assim, para que não morra, este precisa ir atrás dela, procurá-la nos lugares mais difíceis e afastados e, quando a encontrar, precisa aplicar-lhe remédio, cuidar de suas feridas, trazê-la de volta ao rebanho. É o que Jesus nos ensina na Parábola da Ovelha Perdida (Mt 18.12-14), onde o pastor deixa as 99 ovelhas em segurança, vai em busca daque-la que se afastou e, quando a encontra, cheio de amor, cuidado e alegria, a traz de volta.

Nesse sentido, é muito importante lembrarmos que todos nós andávamos desgarrados e como ovelhas sem pastor (Is 53.6). No entanto, Deus, em seu grande amor e misericórdia, através da morte e ressurreição de Cristo, “nos reconciliou consigo mesmo” (2 Co 5.19), nos fez “seus amigos” (Jo 15.14) e “filhos” (Gl 3.26). Assim, pela fé em Cristo, Deus nos torna membros do corpo de Cristo, sua Igreja. E é na Igreja que Deus serve aos que nele creem pela Palavra e pelos sacramentos, bem como é na Igreja que os filhos de Deus o servem através da adoração (Rm 12.1,2), do testemunho (At 1.8), do ensino (Ef 4.11-15), da diaconia (At 2.42-47) e da comunhão (1 Jo 1.3).

Sendo a vida em comunhão, um dos grandes objetivos da Igreja, nenhum mem-bro desta pode dizer que os inativos não lhe dizem respeito. Como ensina o após-tolo Paulo em 1 Coríntios 12.12-31, somos membros do corpo de Cristo e, por isso, corresponsáveis pelo irmão que pertence ao mesmo corpo. Ou ainda, quando perguntou a Caim “onde está o teu irmão Abel” (Gn 4.9), Deus deixa claro que precisamos saber onde e como está nosso irmão.

valdEmar sjlEndErPastor e Diretor da Ulbra Carazinho

Cartaz IELB 2011(curvas)(1).ps\\Editorial\e\Concordia\Em andamento\Cartaz IELB 2011(curvas)(1).cdrterça-feira, 21 de setembro de 2010 17:03:14

Perfil de cores: Perfil genérico de impressora CMYKComposição 175 lpi a 45 graus

14 Mensageiro | noveMbro 2011

Page 14: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Acolhendo e (re)integrando os inativos

Assim, voltamos aos inativos da Igre-ja, notadamente os inativos da IELB, e à necessidade de ir em busca destes para reintegrá-los à Igreja. Para tentar entender a realidade das congregações da IELB nesse aspecto, elaboramos e encaminhamos por e--mail uma pesquisa a todos os seus pastores, através do secretário nacional. A pesquisa se resumia a 10 perguntas e, para aqueles que quisessem, ofertava-se a possibilidade de enviar uma mensagem aos congressistas de Santa Cruz do Sul. Perguntou-se basica-mente o seguinte: nome da comunidade e seu(s) pastor(es); quantos membros a comunidade tem e qual o percentual de ativos considerando o total dos membros e, também, os jovens (14 até 24 anos); se o lema da IELB para 2011 foi apresentado e como foi apresentado, se existe um pro-grama de acolhimento e reintegração de membros inativos e qual é esse programa.

revelAções DA pesQuisARecebemos 17 retornos e, a partir desses,

verificamos algumas importantes questões. Constatamos, por exemplo, que a maioria das comunidades respondentes é composta por 250 até 500 membros (41%). Já os membros ativos das 17 congregações variam entre 20% e 70%, sendo que o maior percentual (30%) ficou entre os 30% e 40% de partici-pação. Já entre os jovens, a situação é mais preocupante, ou seja, 12% das comunidades responderam que o percentual de ativos fica abaixo de 10%. Também ficou constatado que 76% das congregações apresentaram oficial-mente o lema da IELB 2011, principalmente em cultos especiais (48%). Por fim, 59% das comunidades têm um programa voltado para

o acolhimento e a reintegração de membros inativos, destacando-se as visitas de pasto-res, diretoria e grupos especiais, os estudos bíblicos em pequenos grupos, os convites por e-mail, celular, informativos e programas de reconsagração, eventos especiais para aniver-sariantes como envio de cartões, jantares de confraternização e oração em culto especial, grupos de oração a favor de inativos, etc.

Analisando a realidade apresentada na pesquisa, podemos tirar duas importantes lições. Fica evidente que, em geral, as con-gregações menores têm um número maior de membros ativos que as congregações gran-des. Verifica-se também que as congregações que desenvolvem programas de educação continuada, associadas a programas de acolhimento e integração de seus membros, têm um percentual maior de membros ativos, mesmo quando as congregações são grandes. Ou seja, como Deus disse através do profeta Daniel, “o povo que conhece seu Deus, se tornará forte e ativo” (Dn 11.32).

Assim, fica claro que os inativos precisam ser objeto de amor, cuidado e preocupação de toda a Igreja. Para isso, esse tema precisa ser trazido à pauta em reuniões de diretoria, nos departamentos, nos grupos de estudo bíbli-co; enfim, em todas as atividades da igreja. Precisa-se verificar o percentual de membros inativos da comunidade, buscar identificar possíveis causas e, a partir disso, planejar e desenvolver ações concretas para ir em busca dos que estão afastados do convívio dos irmãos. Essa é, sem dúvida, a vontade do Senhor da Igreja, o Bom Pastor Jesus, e uma necessidade da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, desafiada a partir do lema: Cristo Para Todos – acolhendo e integrando.Cartaz IELB 2011(curvas)(1).ps

\\Editorial\e\Concordia\Em andamento\Cartaz IELB 2011(curvas)(1).cdrterça-feira, 21 de setembro de 2010 17:03:14

Perfil de cores: Perfil genérico de impressora CMYKComposição 175 lpi a 45 graus

Os inativos precisam ser objeto de amor, cuidado e preocupação de toda a Igreja. Para isso, esse tema

precisa ser trazido à pauta em reuniões de diretoria, nos departamentos, nos grupos de estudo bíblico; enfim, em todas as atividades da igreja. Precisa-se verificar o percentual de membros inativos da comunidade, buscar identificar possíveis causas

e, a partir disso, planejar e desenvolver ações concretas para ir em busca dos que estão afastados

do convívio dos irmãos.

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Page 15: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

ansElmo graffProfessor do Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS

Por que as pessoas procuram uma Igreja?

V ocê já parou alguma vez para pensar sobre o que poderia levar alguém a visitar uma igreja?

Ainda que tenhamos inúme-ras experiências a relatar, como luteranos, somos e estamos mais acostumados com o “curso natural” das coisas – casamento, filhos, Batismo, Escola Dominical, Confir-mação, membros. Mas o contexto atual nos obriga a rever essa normalidade e considerar outras situações, nas quais apenas adultos vêm para a igreja e outros retornam depois de um período de afastamento.

No Mensageiro Luterano de outubro, o pastor Marcos Schmidt apresentou um quadro

| EVANGElIZAção |

Você já parou alguma vez para pensar sobre o que poderia levar alguém a visitar uma igreja?

sobre a religiosidade no Brasil, baseado na ma-téria da revista Isto É, em que há um fator de migração de membros das igrejas evangelicais para igrejas históricas tradicionais. O pastor nos desafia a acolher e integrar essas pessoas que buscam coerência entre pregação e vida. Será que esse processo é automático?

Um estudo de 1979, feito por Edwin Rauff e apresentado no livro de David Val-leskey, Nós cremos por isso falamos, pode nos ajudar a pensar sobre o assunto. Se não é científico ou, quem sabe, é desatualizado, pelo menos ele nos fornece uma amostra de algumas possíveis razões para alguém frequentar uma igreja.

Guardadas as limitações dessa pesquisa, tanto pelo seu contexto como pela época de sua realização, a mesma nos permite iniciar uma reflexão em nosso meio em torno de 12 possíveis razões apontadas no estudo.

Não obstante algumas restrições, quero me valer de uma pesquisa realizada em Vitória, ES, pelo jornal A Tribuna, do dia 27 de agosto de 2011, pág. 16. Devo essa aos colegas do Espírito Santo, de forma especial aos pastores Joel Schacht e Danilo Fach, que enviaram esse material que pode enriquecer esta reflexão e, de certa forma, confirmar que alguns dos motivos que conduzem as pessoas a uma igreja continuam os mesmos.

FOTO: LEaNdRO R. camaRaTTa

16 Mensageiro | noveMbro 2011

Page 16: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

1 relacionamentos e responsabilidades familiares

O principal aspecto notado neste item é o desejo de ter os fi-lhos batizados e instruídos na fé cristã. Em muitas ocasiões, valeu também a “pressão” de avós, convite de marido/esposa, às vezes por causa de problemas conjugais. Na pesquisa do jornal A Tribuna, os pais aparecem como responsáveis em 33,4% pela participação dos seus filhos na igreja.

2 influência de pessoas cristãsAlguns dos entrevistados foram despertados a questões

espirituais em suas vidas quando começaram a prestar atenção no estilo de vida de um amigo, parente, vizinho ou colega de tra-balho. Na pesquisa realizada neste ano, o campeão do estímulo a um primeiro contato com a igreja foi justamente o convite de amigos: 36,1% dos entrevistados disseram que foi um convite que os estimulou a procurar uma igreja.

3 eventos ou programas especiais na igrejaCerimônias de casamento, celebrações de Natal e Páscoa,

batismos e confirmações, além de funerais, também foram portais de acesso ao despertamento de pessoas que almejaram saber mais sobre a fé cristã.

4 busca ou desejo por uma comunidadeIndividualismo e independência são duas palavras muito

valorizadas no século 21, porém, em algumas ocasiões, isso gera solidão. O isolamento tem uma face feita e muitos anseiam urgen-temente por uma vida rodeada por bons amigos. Mostrar simpatia e empatia com o “estranho” é observar regras de sociabilização cristã, é uma face bonita e faz parte da empreitada cristã deste século.

5 Crises pessoaisDoenças graves, luto, divórcio, perda de emprego... Quando

o ser humano chega numa situação em que as coisas se revelam

realmente fora de controle, pela ineficácia dos deuses internos que todos criam, um ombro cristão e a boa Palavra de Jesus vinda de nossa boca podem fazer uma diferença decisiva.

Aqui, é importante observar que não são as crises que tornam as pessoas “mais receptíveis” ao Evangelho. Todos os descrentes, independentemente de sua situação existencial, sofrem da mesma natureza que os tornam “não receptíveis” às boas-novas de Deus. Porém, às vezes, essas tensões fazem com que as pessoas se tornem mais disponíveis para ouvir ou procurar os cristãos para conselhos e encorajamento. Crises, nesse caso, podem ser manufaturadas em momentos de falarmos a razão da esperança que existe no cristão.

6 fim do tempo de “rebeldia”Alguns entrevistados indicaram que retornaram à igreja

após uma fase de rebeldia pelo que lhes foi ensinado, especialmente no período da juventude. Quando valores e princípios anteriormente ensinados começaram a fazer sentido, é tempo de “voltar para casa”.

Aqui, a pesquisa do jornal capixaba nos ajuda em outra direção. Segundo a matéria, 49,7% dos que procuram a igreja o fazem até os 16 anos; de 16 a 19 anos, 9,7%; de 20 a 29 anos, 18,2%; e de 30 a 39 anos, 11,8%. Se somarmos o período de 16 a 39 anos, podemos concluir que nessa faixa de idade 38% retornam ou começam a frequentar uma igreja. Por isso, é interessante notar a importância do aspecto de perseverar no ensino em todo o tempo, ainda que não haja sempre uma correspondência as nossas expectativas.

7 sentimento de vazioNós sabemos muito bem que aspectos socioeconômicos

são importantes em nossa vida, mas isso não significa que nosso interior está bem à medida que as coisas exteriores es-tão dando certo. Herdamos os traços originais pecaminosos de Adão e Eva que resultam um vazio inexplicável em nossas vidas. Independente da condição exterior em que vivemos, precisa-mos do verdadeiro sentido para a vida. O sentimento no qual “falta alguma coisa” só pode ser verdadeiramente preenchido

FOTO: ROdRiGO aBREU/ aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

Mensageiro | noveMbro 2011 17

Page 17: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| EVANGElIZAção |

pela fé no Salvador Jesus, que não só dá sentido à existência aqui, mas também a esperança para a vida eterna. Em Jesus, vivemos bem e morremos bem.

8 O tempo de DeusNa pesquisa feita nos Estados Unidos, houve situações

em que os entrevistados não sabiam apontar para uma situação específica que os tenha levado à igreja. Havia apenas a convicção de que Deus teve seu próprio tempo. Na investigação feita pelo jornal A Tribuna, 10,8% dos entrevistados apontaram para Deus como aquele que, em última análise, os estimulou a encontrar uma igreja.

9 influência de um pastorNa pesquisa feita em Vitória, ES, 3,3% responderam que

foram motivados a ir à igreja através de um pastor. Na pesquisa de Rauff, é detalhado que isso tem muito a ver com visitas em momentos críticos em hospitais, nas horas do luto, nas crises e na boa recepção no culto. Normalmente, um membro da igreja apresenta o pastor a um amigo, vizinho, colega de trabalho, o que pode acabar estimulando alguém a procurar uma igreja.

10 busca pela verdadeAlgumas descobertas da pesquisa americana apon-

taram para o despertamento à vida espiritual através da leitura de um autor cristão (devocional) ou em conversa com um cristão. A construção de relacionamentos duradouros com pessoas não cristãs pode proporcionar essas conversas no campo missionário particular de cada um e em sua vocação.

11 resposta a um programa evangelísticoAlguns dos entrevistados também indicaram que

foram alcançados através de uma campanha de evangelização feita por uma congregação. Na pesquisa do jornal A Tribuna, 1,6% dos entrevistados atribuíram a esse item sua entrada na igreja.

12 reação à culpa e ao medoPor volta do ano 405, o diácono Deogratias havia

pedido a Agostinho algumas orientações sobre a melhor forma de ensinar àqueles que queriam “entrar na igreja”. Um dos pontos observados por Agostinho é que muitos buscavam o cristianismo por medo do julgamento de Deus.

Medo e culpa são dois sentimentos que praticamente iden-tificam todos os seres humanos e podem ser estimulantes para buscarem a igreja. Há, com certeza, entre as pessoas de nosso círculo de relacionamento, muitos que carregam essas tribulações em seu coração, e é exatamente o cristianismo que oferece a cura para elas. Nós cremos que Jesus é o Cordeiro de Deus compassi-vo que tirou o pecado do mundo e pode nos dar a paz. Cremos, igualmente, que fomos adotados em Jesus, o Filho de Deus, que tem poder sobre a morte e o diabo e que, por isso, pode nos livrar de todos os pavores que nos cercam.

Essas são considerações que faço com a intenção de vislum-brar reflexões sobre a criação de ares evangelísticos em nossas

congregações, tomando o curso natural da coisas e nas quatro situações em que Deus quer que o sirvamos: lar, sociedade, trabalho e igreja.

A evangelização não é tarefa de profissionais, nem é isso o que nos torna uma Igreja Cristã, mas com certeza é uma dimensão fundamental da missão da Igreja. É através de nosso testemunho diário, em nossas fragilidades e em nossa vida nova em Cristo, que o Senhor nos usa como instrumentos e portadores do amor de Deus revelado na cruz do Senhor Jesus.

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Page 18: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Mensageiro | noveMbro 2011 19

| EDUcAção TEolóGIcA |

O pastor no cemitério

Q uando o primeiro pastor de uma congregação foi embora, depois de 25 anos de prega-ção, essa lhe dedicou em um

quadro os seguintes dizeres: “Quando ele chegou, não havia luz. Quando ele foi em-bora, não havia trevas”. Com depoimentos assim, compreende-se melhor o que Deus diz do trabalho de um pastor. Ele diz em Isa-ías 52.7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a salvação”. Este é o mês em que lembramos o pastor no cemitério: não do seu túmulo, mas de sua pregação.

O pAstOr nO CeMitériONovembro é o mês que mais nos

lembramos do cemitério. É Finados. Lembramo-nos de alguém, dos nossos queridos que já partiram. Quem sabe, vamos ao cemitério nesse dia.

Se existe alguém que vai muito ao cemitério é o pastor. Grande parte de seu ministério está lá. Não para pregar aos mortos, mas para consolar os vivos que sepultam um ente querido. Como seria um sepultamento sem a mensagem de vida e esperança da parte de Deus, que é dada através do pastor?

Em geral, ele é o primeiro a ir, está à frente dos que levam o esquife, e é o último a sair, na companhia dos passos lentos dos enlutados. Ele também chora. Ele tem a única palavra que está acima da morte: o Evangelho da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Isso faz toda a diferença.

Ele ouve confissões dos enlutados, recolhe desabafos dos tristes. Se todos já

vão, ele fica com os que choram. E, como se isso não bastasse, nos dias, nas sema-nas e nos meses subsequentes, volta aos que vivem a dor: fala, faz devoção, canta, consola, ora; carrega no coração quem partiu e quem chora a dor.

jesus nO CeMitériOJesus também vai ao cemitério. Ele foi

onde Lázaro estava sepultado e também chorou. O féretro do filho da viúva de Naim, que estava sendo levando para o ce-mitério, ele nem deixou chegar lá. Quando encontrou as pessoas que estavam levan-do o jovem, interrompeu a caminhada de todos. Chegou e disse: “Jovem, eu te mando, levanta-te” (Lc 7.13).

Jesus já esteve no cemitério, no seu pró-prio túmulo. Não era um cemitério público, mas era o cemitério que José de Arimateia lhe emprestara. Era o cemitério mais difícil, porque lá devia ser vencida a morte, para termos alegria e vida: vida eterna.

O pastor pode ir ao cemitério só porque Jesus vai com ele. Se todos vão ao cemitério porque estão sepultando alguém da família ou um amigo, o pastor vai, primeiramente, em nome de Deus. Porque só Deus tem uma palavra acima da morte. E quando penso no pastor que sepultou meu pai há 35 anos, lembro que ele nos falou sobre esta Palavra de Deus que muito nos consolou: “Tu, po-rém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança” (Dn 12.13).

bEnjamin jandt | Provedoria do Seminário Concórdia

O Seminário Concórdia promove, entre os dias 3 e 12 de janeiro de 2012, o 24º Curso Intensivo da Diaconia em Música. Organistas, regentes, instru-mentistas e iniciantes podem participar deste curso. Além da parte teórica, serão oferecidas aulas de práticas ins-trumentais em órgão, teclado, flauta doce e violão.

As inscrições devem ser feitas até o dia 15 de dezembro de 2011.

Informações e inscrições com o professor Raul Blum, através do e-mail [email protected].

Curso Intensivo da Diaconia em Música

| DIVUlGAção |

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| VIDA E SAÚDE |

20 Mensageiro | noveMbro 2011

Amor e câncer

Como lidar individualmente e como família com esta nova e difícil realidade que é o diagnóstico de um câncer?

T ecnicamente, a palavra câncer tem origem no latim e significa caranguejo. A doença tem esse nome porque as células doentes

atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um ca-ranguejo. Atualmente, foram identificados mais de 100 tipos de câncer, sendo que a maioria já tem cura, desde que identi-ficados em estágio inicial e tratados de forma correta.

O melhor tratamento ainda é aquele que visa evitar o surgimento da doença. Para tanto, os especialistas aconselham as pessoas a terem uma vida saudável: ali-mentação natural e rica em fibras, evitando o fumo e o álcool, tendo uma vida tranqui-la, fugindo do estresse, usando protetores ou bloqueadores solares e fazendo exames

de rotina para detectar o início da doença.Os dados epidemiológicos que estão

disponíveis atualmente permitem conside-rar o câncer como um problema de saúde pública no Brasil. No caso específico do câncer de mama, o Brasil classifica-se com a maior incidência desse tipo de câncer em todo o mundo.

E, embora o prognóstico seja otimista para a maioria das mulheres, saber de sua existência em seu corpo traz um profundo impacto psicológico que perpassa a todo o círculo familiar. Isso porque, apesar dos avanços tecnológicos na sua detecção e tratamento, a doença ainda é fortemente associada à morte. O tratamento exige procedimentos médicos geralmente agressivos, e a vida da paciente acaba se transformando na própria doença.

A doença não afeta só um ou mais órgãos,

afeta o indivíduo, a sua família e o seu contexto social. Deve, portanto,

ser combatida de um modo abrangente, com a utilização de

todos os recursos que são colocados a nossa

disposição pela ciência moderna, entendendo esta como um presente maravilhoso de Deus.

lEa fUhr WEbErMestre em Psicopatologias do Desamparo, Canoas, RS

FOTO: aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

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Mensageiro | noveMbro 2011 21

Também é unânime entre os estudiosos o fato de que é impossível pensar em um tratamento que não inclua a família, já que o trauma emocional exige que outras pessoas, juntamente com a doente, possam dar significado a todos os acontecimentos e sensações resultantes do câncer, e não há ninguém melhor e mais apropriado do que a própria família.

Embora os vários aspectos sobre os efeitos psicossociais do câncer sejam co-nhecidos, compreendemos que a experiên-cia é sempre muito particular, pois envolve diferentes momentos com significados distintos e com implicações na vida diária e nas relações entre as pessoas. Como se diz: “cada caso é um caso”.

A doença não afeta só um ou mais órgãos, afeta o indivíduo, a sua família e o seu contexto social. Deve, portanto, ser combatida de um modo abrangente, com a utilização de todos os recursos que são colocados a nossa disposição pela ciência moderna, entendendo esta como um pre-sente maravilhoso de Deus.

justiçA AfAstA filhOs De Mãe DOente

Por todo esse conhecimento já tão dis-seminado, é muito difícil entender o caso de Alaina Giordano, uma mulher do estado da Carolina do Norte, EUA, que enfrenta um câncer de mama em estágio avançado e ainda tem enfrentado uma grande batalha para manter a guarda dos filhos.

De acordo com a revista norte-america-na Time, a Suprema Corte decidiu que seus filhos (Bud, 6 anos, e Sofia, 11) deverão se mudar de Durham, onde vivem com a mãe, para viverem com o pai, Kane Snyder, em Chicago.

O tribunal recusou seu pedido de cus-tódia provisória; o pedido original está aguardando recurso. Isso significa que ela ainda poderia recuperar a guarda dos filhos, embora seja pouco provável que um tribunal queira novamente mudar a decisão.

Não sabemos todos os dados, até por-que, na corte, tanto o marido como ela enfrentaram acusações mútuas de violên-cia doméstica e até mesmo uma detenção depois de uma briga particularmente violenta. Porém, Alaina tem conquistado muito apoio de pessoas que acreditam que ela esteja sendo discriminada por causa

da doença. E esta americana, de 37 anos, orientada pelos médicos a se mudar para facilitar o tratamento, agora, viajará cerca de 1.700km regularmente a Chicago para ver os filhos.

A fAMíliA e O trAtAMentO

Apesar de todas as discussões possí-veis neste caso, o que deve ficar claro é a importância da proximidade da família para um tratamento mais eficaz. As mu-lheres, quase em sua totalidade, relatam que o diagnóstico traz uma questão dupla: o medo de morrer e a vontade de vencer para continuar sua função cuidadora do lar e dos filhos. No caso de Alaina, a força da função cuidadora foi terrivelmente prejudicada.

Esse elo afetivo é uma grande força, pois demonstra a força que podemos ter quando assumimos nosso papel histórico de cuidadoras. Como devemos acalmar, dizendo que tudo vai dar certo, acabamos por fazer todo o possível para cumprir essa promessa.

Esse cuidado com os familiares im-pulsiona as mulheres para a tomada de decisão em relação ao seu tratamento. Há relatos tão belos como: “A vida é algo tão maravilhoso, não quero perdê-la, apesar das angústias. E, se a morte é um descan-so, eu prefiro viver cansada; agora, eu não quero desanimar não, eu vou à luta”.

Elas querem acalentá-los, mas pensam

Em qualquer doença ou sofrimento, a família é

a rede de suporte antes, durante e depois do

tratamento. O significado da doença percebido pelo

doente irá depender, e muito, das respostas de

comportamento e afeto que este receber da sua família e do seu círculo de amigos.

que precisam se cuidar, até mesmo por-que querem continuar a viver para vê-los encaminhados na vida. Elas encaram o bom futuro dos filhos como uma missão aqui no mundo, e não podem partir sem cumpri-la.

Mas, em qualquer doença ou sofri-mento, a família é a rede de suporte antes, durante e depois do tratamento. O significado da doença percebido pelo doente irá depender, e muito, das respos-tas de comportamento e afeto que este receber da sua família e do seu círculo de amigos.

A fOrçA DO AMOr e DA fé

Como pertencentes à grande família do Senhor, podemos entender a importância do ensinamento da sua Palavra: “Estive enfermo e me visitastes” (Mt 25.36). A amorosidade é, de fato, um coração que se abre às necessidades alheias, vertendo bálsamos que socorrem e consolam.

A atenção que dispensamos em forma de cuidado valoriza o ser humano, resgata a sua identidade e faz com que as pessoas recuperem o propósito de lutar pela vida. Nosso carinho desenvolve aquilo que há de melhor: a fé e a esperança.

O amor envolve aceitação, é uma rela-ção de crescimento, e isso é refletido em nossas células, em nossos órgãos, resultan-do em saúde. O amor tem o poder de curar porque é o poder de Deus e compreende todos os processos naturais, entre eles nossa mente e nosso corpo.

Deus é fiel para sempre, independen-temente das provações e dificuldades que estejamos enfrentando. Todos nós temos propósitos diferentes aqui, na Terra, se-gundo a vontade de Deus.

É lógico que devemos orar e pedir a Deus para curar nossas enfermidades físi-cas. Por vezes, a cura está de acordo com a sua vontade para a nossa vida, mas, em outros casos, poderá não estar. Provérbios 19.21 diz: “Muitos são os planos no coração do homem; mas o desígnio do Senhor, esse prevalecerá”.

De qualquer forma, a certeza que temos é: em qualquer tempo e circuns-tância da nossa vida, Deus nunca permite menos do que o melhor para nós e para os nossos queridos. m

Page 21: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| cERIMôNIA FÚNEbRE |

pessoas cantarão no seu funeral?Isso realmente importa?

O que as

O rganizar um funeral nunca é uma tarefa fácil para a família ou para o pastor oficiante. Fica ainda mais difícil quando

a família perde contato com a igreja, como descobri recentemente.

Nesta situação, nem a pessoa falecida nem a sua família foram ativos na vida da igreja. Eles não assistiam ao culto há um bom tempo. Já que ela era membro da congregação e tinha recebido visitas de um capelão hospitalar que compartilhou com ela a Palavra de Deus, aceitei ser o oficiante do funeral.

Um membro da família me chamou e disse que eles já tinham escolhido algumas músicas para a cerimônia, mas teriam que ver as leituras da Sagrada Escritura. Expli-quei que eu teria de rever as músicas e, se fossem apropriadas, aprová-las para o uso na cerimônia. Senti que não entenderam

bem o que eu queria dizer. Uma vez que a família não estava ati-

vamente envolvida com a Palavra de Deus e os sacramentos, minha expectativa era encontrar músicas sentimentais ou um dos “dez mais” entre os hinos de enterro. O que encontrei foi pior do que imaginei. Para a cerimônia, a família escolheu músicas de vá-rios CDs que a falecida escutava e gostava e que possuía um significado especial. Dentre as músicas estava uma canção que, embora tivesse Deus no título, não mencionava ou sequer fazia alguma alusão a Deus, a Cristo, ao pecado, ao perdão, à cruz, ou a qualquer palavra da promessa pela fé em Cristo na sua letra. No entanto, ela mencionava anjos.

Outra canção era uma gravação de uma seleção de músicas country cantada pelo marido que a precedeu na morte. Ainda teve outra que simplesmente mencionou o prazer pelo tempo passado junto com a

família. Então, comecei a explicar como esse tipo da música não era apropriado para um funeral cristão. Nisso, a família ficou irritada e obviamente incomodada.

Mas, o que há de errado com esse tipo da música se um funeral é chamado de “celebração da vida” e reflete o que foi importante para a pessoa falecida, assim como muitas vezes vemos em um funeral?

QuAl é O ObjetivO De uM funerAl CristãO?

O pastor Ron Simpson escreveu no seu livrete Christian Burial (Enterro Cristão): “o objetivo de um funeral cristão não é ouvir a sentimental e melosa música de enterro. O seu objetivo, em especial, é a adoração... focando nossa atenção para a grandeza e a bondade de Deus”.

esta é a chave para a compre-ensão do objetivo de um funeral cristão: toda atenção deve ser focada no que Deus fez por nós em Cristo. por isso, a cerimônia fúnebre cristã deve ser centrada em Cristo e focada na cruz. todos os elementos da liturgia de funeral e seus hinos devem concentrar-se em Cristo como o salvador de todas as pessoas.

Um funeral pode ser uma celebração da vida? Absolutamente sim, uma vez que ele

celebra a vida que Deus deu para a pessoa falecida e a nova vida que esta pessoa rece-berá através da fé pela morte e ressurreição de Jesus.

A cerimônia fúnebre cristã deve dar con-forto, esperança e paz?

Absolutamente sim, uma vez que o conforto for dado através da proclamação do perdão dos pecados que Cristo conquis-

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barry Wood | Pastor da Lutheran Church-Canada

Fonte: The Canadian Lutheran - Mai/Jun 2011 Tradução: Aline Lorentz Sabka

tou para todos. Os enlutados não podem receber a esperança verdadeira por palavras de louvor ao falecido, especialmente se tais palavras ocultarem, mascararem e de outra maneira negarem a nossa natureza caída e derem a impressão de que Deus amou a pessoa falecida porque ela foi uma pessoa muito boa. E os que enfrentam uma perda nunca poderão receber a paz verdadeira se a cerimônia fúnebre somente os fizer se sentirem bem naquele exato momento, porque dessa forma o foco é limitado ao aqui e agora, como se isso fosse tudo o que há. A paz verdadeira e duradoura só pode ser recebida quando ouvimos a proclamação da morte de Jesus e a mensagem que assegura que “porque ele vive viveremos também”.

Assim como em todas as cerimônias, o objetivo de um funeral cristão é o testemu-nho, agradecendo a Deus pela sua grande clemência e graça mostradas ao falecido e a todos nós ao nos dar gratuitamente o perdão e a vida com ele por causa de Cristo.

A CeriMôniA fúnebre é uMA OpOrtuniDADe espeCiAl

pArA O testeMunhOTempos atrás, conversando com um

membro de uma das minhas congregações, esta admitiu que não queria uma cerimônia fúnebre. Ela queria coisas simples – apenas algumas palavras junto ao túmulo, e isso é tudo. Gentilmente, pedi para ela considerar qual o propósito que um funeral poderia ter para um cristão – para ela especialmente. A cerimônia seria a sua oportunidade última de proclamar a sua fé para sua família e seus amigos. Forneceria uma oportunidade de contar como ela sabia que era pecadora, em uma relação rompida com Deus e necessi-tada de perdão. Eles ouviriam sobre o amor de Jesus por ela e como ele também ama a cada um dos presentes, e como ele morreu na cruz para pagar os seus pecados e os deles, e como ele subiu ao céu novamente para assegurar-nos a vida eterna com ele. Sua cerimônia fúnebre poderia ser uma oportunidade para alguém, que estivesse duvidando ou que talvez nunca tivesse escutado sobre o amor perdoador de Cristo, ser movido pelo Espírito Santo à fé ou a uma fé mais profunda. Algumas semanas depois, esta pessoa me disse que tinha reconsiderado a sua posição precipitada e agora via a importância de compartilhar as

Boas-Novas sobre a morte e ressurreição de Jesus – especialmente em um funeral.

O Espírito Santo não poderá realizar es-sas coisas se a Palavra de Deus for oculta, ou pior, nunca for usada no funeral de um cris-tão. A música sentimental não dá o conforto verdadeiro ou a esperança. Estes só vêm com a proclamação do Cristo crucificado.

Como o pastor Simpson também diz, “Este é um maravilhoso momento para cantar os maravilhosos e grandes hinos cristãos que falam de esperança. As famílias não devem escolher hinos que os deixam emocionados, mas devem escolher hinos que têm uma elevada devoção. Nenhum cristão deseja estar tão imerso em luto e dor que não possa dar graças a Cristo por superar a própria morte!”.

Depois da experiência que tive com a família mencionada aqui, comecei a pedir para os membros das minhas congregações que olhassem o hinário e escolhessem os hinos que eles gostariam para o seu funeral. No caso de alguma música não estar no hinário, então peço o seguinte: assegure-se que a música é centrada em Cristo e focada na cruz e, em seguida, diga a sua família quais foram os hinos escolhidos.

e Os plAnOs DO funerAl Que COMeçArAM estA DisCussãO?

O prelúdio e poslúdio incluíram a música solicitada pela família e no meu sermão falei sobre o cântico de Natal que cantamos por estarmos na época de Natal. O texto do sermão foi Isaías 40.1-8, portanto cantamos o hino “Comfort, Comfort these my people” – LSB 347 (Console, console esse meu povo) no sermão, como um modo de trazer a

consciência do rico hino que dá um confor-to muito mais profundo do que as canções sentimentais.

Foi o ideal? Não, mas o ministério rara-mente o é. Contudo, os presentes no funeral ouviram tanto a Lei como o Evangelho. Eles voltaram para casa sabendo o quanto são amados em Jesus Cristo. E as discussões que tive com a família me deram uma oportu-nidade de dar o conforto do Evangelho e a esperança que temos como crentes.

Conforme o dr. A.L. Barry, falecido presi-dente da LCMS (Lutheran Church – Missouri Synod), escreveu em What About... Death and Dying (Sobre... Morrer e Desaparecer): “antes de mais nada, os cristãos enlutados se voltarão para a comunhão de adoração da igreja e para o rico conforto do santo Sacramento e da santa Palavra de Deus para a cura no seu processo de luto. Pois Jesus Cristo habita em sua Igreja através de seus santos meios da graça. Por meio desses instrumentos, ele confere as rique-zas do seu perdão, vida e salvação agora e para toda a eternidade. Um dia também estaremos com a grandiosa multidão do Céu que ouve estas palavras abençoadas: ‘eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram’ (Ap 21.3-4)”. m

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Pastor condenado à morteo pastor cristão iraniano

Yousef Nadarkhani foi condenado à morte em primeira instância. o motivo: apostasia. o caso foi remetido ao supremo tribunal, que deve pronunciar um veredicto sobre o caso. segundo fontes cristãs no irã, o destino do pastor está nas mãos de um líder religioso local, o aiatolá Ghorbani. os cristãos temem

que ao pastor possam ser atribuídas falsas acusações (tais como estupro ou conspiração contra o governo) para justificar uma sentença definitiva de morte. Nos últimos 11 meses, pelo menos 137 cristãos foram detidos de forma arbitrária e cerca de 40 foram mantidos na prisão por várias semanas no irã.

Fonte: ConIC

Maior templo católico da América Latina

Será inaugurado, em dezembro, o Santuário Theotokos (Mãe de Deus, em grego), maior templo católico do Brasil e também de toda a América Latina com capacidade para 100 mil pessoas. Está sendo construído em Interlagos, São Paulo, pelo padre Marcelo Rossi.

Todo recurso que consegue angariar com a venda de seus livros – só o Ágape vendeu 6 milhões de cópias – e CDs é canalizado para a construção do templo.

Fonte: ConIC

Muçulmano torna-se pastor

Massoud Fouroozandeh é o primeiro pastor luterano dinamarquês com um passado muçulmano. Seu objetivo é aproximar os migrantes de sua nova fé. “O meu percurso de vida mostra claramente que Deus pode criar um movimento que sequer sonhamos”, declarou Massoud. Ele atende a Igreja de St. Hans, em Odense, Dinamarca, onde aguarda a sua ordenação, que ocorrerá na Igreja perto de St. Knud, a catedral da cidade.

Fonte: ConIC

| UMAS E oUTRAS |

Idosos alemães curtem netos pela internet

Cada vez mais, os idosos na Alemanha decidem fazer parte das redes sociais na internet. Eles usam a rede mundial de computadores de forma pragmática e objetiva por um motivo muito simples: querem estar conectados com os parentes, principalmente os netos, que são da geração que se comunica pela Internet.

Fonte: DeutsChe Welle

O preço de um senador

Sabe quanto custa para eleger-se Senador? No caso de Gleisi Hoffmann, eleita pelo PT paranaense e atualmente ocupando a chefia da Casa Civil do governo Dilma, custou quase 8 milhões de reais.

Fonte: WWW.gazetaDopovo.Com.br

Declínio da igreja da bispa Sônia

A líder evan-gélica enfrenta a decadência de sua Renascer em Cris-to, que já fechou 70% dos templos, a doença do filho e sucessor natural, em coma há dois anos, e os proces-

sos na Justiça por formação de quadrilha e estelionato.

Fonte: WWW.Istoe.Com.br

Jogador com tatuagem de Cristo é preso

O jogador colombiano Juan Pablo Pino, jogador do Al Nasr, passeava em um shopping da cidade de Riad, capital da Arábia Saudita, com sua família quando alguns cidadãos passaram a insultá-lo. Devido ao tumulto, a polícia foi chamada e o jogador, detido para prestar depoimento. O atleta mostrava uma tatuagem com a imagem de Jesus Cristo. Segundo as regras do wahhabismo, uma versão mais rigorosa do Islamismo, é proibido ao homem exibir qualquer tipo de tatuagem.

Fonte: WWW.globo.Com

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Page 24: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

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o número de adeptos ao catolicismo é o menor no Brasil desde 1872: 68,43% da população. É o que mostra pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em setembro. No início desta década, o percentual de católicos no país era de 74% da população. Mesmo com a queda em torno de 7% – entre 2003 e 2009 –, a religião católica ainda é a maior no Brasil, seguida pela evangélica e pelo espiritismo. a pesquisa da FGV também mostra que o espírito santo é o estado com maior número de evangélicos não pentecostais.

Fonte: http://gazetaonlIne.globo.Com

Refrigere a sua alma lendo ou relendo a carta de Paulo aos Filipenses. É uma mensagem de alegria e de encorajamento. Entre outros assuntos, a carta fala sobre como:

- Avançar, mesmo quando você está cansado.- Ter paz, mesmo quando as coisas dão errado.- Ser forte, mesmo quando você se sente fraco.- Ser feliz, mesmo quando o momento é difícil.

”“ frAse do mês

Número de católicosno Brasil diminui

Editado por alinE g. kollEr albrEcht, jornalista, e tiago josé albrEcht, pastor em Curitiba, PR. Contatos para

esta seção: [email protected]

Escrivã se demite para não assinar certidãode casamento gay

“Não posso colocar minha assinatura em algo que é contra Deus”, alegou a escrivã de um cartório em Nova Iorque, EUA. O caso gerou polêmica e levou o governador Andrew Cuomo a se manifestar sobre o caso, dizendo que “a lei é a lei” e que ela tem prioridade sobre as convicções religiosas dos funcionários públicos. O casamento civil gay é permitido no estado de Nova Iorque, porém, não é unanimidade em todos os estados dos EUA.

Fonte: WWW.notICIasgospel.Com

Igreja condenada por chamar fiel de adúltera

Um pastor e uma igreja evangélica foram condenados pela Justiça cearense a indenizar em R$ 100 mil uma fiel chamada de ‘adúltera’ durante culto religioso. A igreja terá de pagar R$ 50 mil, e o pastor, a outra metade. A decisão do juiz Carlos Alberto Sá da Silveira, da 6ª Vara Cível de Fortaleza, é em primeira instância. Ele considerou que há provas dos crimes de injúria e difamação coletadas nos testemunhos de pessoas que teriam presenciado o fato. O juiz entendeu também que as provas produzidas em defesa do pastor são insuficientes para contrariar o argumento da fiel que foi injuriada. A sentença saiu em setembro passado.

Fonte: WWW.notICIasgospel.Com

FOTO: daNiLO FUGi/ Baixaki.cOm

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| Ação SocIAl |

H á poucos anos, os pastores vi-sitavam os enfermos nos hos-pitais da Grande Vitória, ES, e testemunhavam o sofrimento

de pessoas do interior do Estado em busca de tratamento de saúde e que não tinham onde dormir, o que comer, como comprar remédio ou como voltar para casa. Calçadas e marquises eram lugares de descanso e de espera para quem estava longe do lar. Cadeiras e poltronas, quando tinham, eram leitos de acompanhantes, quando não dos próprios enfermos.

Essa dura realidade mobilizou pastores e líderes da cidade que se uniram para en-contrar uma solução, ou melhor, uma casa que acolhesse essas pessoas com dignidade e amor, consolando-as na Palavra de Deus. Nascia assim, em 2002, a Associação Lu-terana de Assistência Social (ALAS) e, em 2006, abriam-se as portas da Casa de Apoio Bom Samaritano que, em agosto de 2011, completou 5 anos.

Nesses anos, houve muitas dificuldades, mas também foram muitas as bênçãos de Deus sobre o trabalho da ALAS, desde o su-primento diário da dispensa para as quatro refeições dos hóspedes e funcionários até a efetivação de parcerias com instituições públicas e privadas para a manutenção e aprimoramento do atendimento.

As imagens, os depoimentos e os nú-meros estatísticos testificam a importância da ALAS para os usuários de hospitais da Grande Vitória. Muitas pessoas que passa-ram pela Casa de Apoio Bom Samaritano já partiram, mas não antes de ouvirem as palavras de consolo e de amor do Salvador Jesus nas devoções e visitas na Capelania Hospitalar. Voltaram para seus lares terre-nos ou partiram para um lugar incompa-ravelmente melhor, prometido por Jesus e tão almejado pelo apóstolo Paulo – o Céu!

Associação Luterana promove ações sociais

Com a c h e g a d a de 2012, dois gran-des desa-fios estão diante de n o s s o s olhos: o ministério pastoral da ALAS, para atendimento da capelania em tempo integral, e a gestão compartilhada de uma casa de tratamento de dependen-tes químicos infanto-juvenis com a Prefeitura Municipal de Vitória.

A ALAS é um arrojado inves-timento da nossa querida IELB. Os frutos até aqui colhidos são bênçãos de Deus e são resulta-dos do trabalho em conjunto de todos os luteranos, reunidos em vários segmentos: distritos do Espírito Santo, paróquias e congregações, departamentos e ligas auxiliares.

Se você quiser conhecer me-lhor esse trabalho e contribuir com a sua manutenção, faça con-tato conosco. Teremos imensa satisfação em atender você!

rosani mUniZ marloW | Presidente da ALAS

ASSoCIAção LUTERAnA DE ASSISTênCIA [email protected]@[email protected].: (27) 3222-4058

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Mensageiro | noveMbro 2011 27

| MoRDoMIA DoS bENS |

“...eu não vou oferecer ao Senhor, meu Deus, sacrifícios que não me custaram nada” (2 Sm 24.24).

É sempre um pouco constrangedor falar em ofertas ao Senhor. Independente se é um pastor ou um líder leigo, homem, mulher ou criança, este assunto não nos alegra, não é simpático e até achamos desnecessário.

A leitura bíblica da devoção de hoje (Castelo Forte de 31/05/2011), mexeu comigo. O versí-culo acima estava bem no final do texto e me pareceu que Davi ficou quase ofendido porque o dono do lugar queria dar o terreno de graça, para ali ser levantado um altar ao Senhor.

O povo de Deus no Brasil tem contribuído com ofertas voluntárias para a propagação do Reino de Deus. A IELB tem conseguido se manter graças a essas ofertas. Mas será que as ofertas feitas vieram de pessoas que sacrifi-caram algo? Ou as ofertas representaram uma sobra que as pessoas tinham no bolso?

Ofertas são frutos do Espírito, são obras que o nosso coração, renovado pela ação misericordiosa de Deus, quer oferecer ao Senhor por todas as bênçãos recebidas. São como "um carinho" ao Senhor que me deu a salvação de graça.

Como ser humano, eu reluto em por a mão mais fundo no bolso para dali retirar a oferta, mas não reluto em realizar pequenas ou gran-des coisas para o meu lazer, meu prazer, para me sentir bem; afinal, eu trabalhei muito, es-tudei bastante e fiz tudo para todos na família.

rosEmariE kUnstmann langE | colaboradora do ML, Porto Alegre, RS

Ofertas são frutos do Espírito, são obras que o nosso coração, renovado pela ação misericordiosa

de Deus, quer oferecer ao Senhor por todas as bênçãos recebidas. São como "um carinho" ao Senhor que me deu a

salvação de graça.

"Nós fizemos", "nós realizamos"... Quem somos nós para achar que tudo o que temos e somos nos pertence de fato? E se Deus, o Senhor, tirasse a sua mão de bênçãos de cima de nós, será que teríamos o que temos hoje?

O Salmo 146 é um louvor ao Senhor que tudo fez e tudo provê para o ser humano. O autor deste salmo sabe que a felicidade

real é valorizar as bênçãos que se recebe dia após dia, durante toa a vida. É compartilhar as bênçãos com outras pessoas, é querer que outros sejam felizes – conheçam a Jesus como nós conhecemos – e tenham alegria no coração, paz no seu lar, alimentos e vestes necessárias... É não segurar para si o que herdamos sem merecimento.

Às vezes, passamos por períodos difíceis, quer seja por doença, desemprego ou outras dificuldades. Achamos que nesse período nada temos para ofertar a Deus. Será que usamos tudo para nós e nossa família? Será que o tem-po e os dons (habilidades) não são presentes da graça dele também? Como homem, posso "sacrificar" o dinheiro da minha entrada para uma partida de futebol, por exemplo, e ofertá-lo para o Senhor; como mulher, posso deixar de ir à manicure e darei o dinheiro correspondente ao Senhor; como criança, posso ofertar meu brinquedo para a Escola Dominical.

Ofertar, oferecer sacrifícios... Deus os aceita quando são feitos em resposta ao seu amor, com alegria, conscientemente, assim como escolhemos um presente: com todo o cuidado para quem amamos. É um gesto de reconheci-mento pela nossa saúde, nossa família, nossos amigos, nosso lar e tantas outras razões.

"Não vou oferecer... que não me custe nada..." Sobras o Senhor Deus não aceita! Ele repudia! Ele fica triste pelo não reconhecimento das suas bênçãos.

Que eu e você possamos ofertar (do tem-po, dons e bens) sempre, conscientemente, pensando em agradar a quem amamos, pois ele nos deu tudo, nos deu seu Filho Jesus para pagar nossa conta e nos fazer herdeiros da vida eterna.

Frutos do Espírito

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| cAMINhoS DA REFoRMA |

28 Mensageiro | noveMbro 2011

Luterano da IELB segue os passos de Lutero

E specialmente a partir de 1983, quando a Igreja comemorou os 500 anos do nascimento de Martinho Lutero, despertou em

mim a vontade de conhecer a Alemanha e os locais históricos da vida do reformador. Também já havia tempo que meus profes-sores de alemão na Universidade Federal do Paraná me incentivavam a ter uma vivência de língua e cultura na Alemanha.

No final de 2009, relembrei que em 1510 Lutero tinha ido a Roma, resolver questões referentes à Ordem Agostiniana

claiton WErnEr küstErCongregação Cristo, Curitiba, PR

de Erfurt, onde ele morava na época.Decidi então fazer as três coisas em

2010. Só que eu queria ter uma vivência mais próxima da de Lutero, pelo menos na questão de transporte. Deixei de pegar qualquer transporte moderno. Como não poderia comprar uns cavalos e uma Kuts-che, espécie de carroça daquele tempo, decidi ir de Berlim a Roma caminhando.

Na verdade, Lutero foi de Erfurt a Roma, mas eu decidi sair de Berlim, pois é a atual capital e não fica longe de Wittenberg, o principal palco da Reforma.

Comecei minha caminhada em 16 de agosto de 2010, chegando a Wittenberg no dia 19. Gostei muito da cidade, pois ela possui uma boa estrutura para visitantes e ali se respira a história da Reforma. Volta e meia se vê um grupo passando com guias, que vão contando a importância de Lutero e de sua equipe para a mudança na Igreja de sua época. O interessante é que encon-trei alguns brasileiros que não conheciam a história de Lutero; de repente, eu estava dando explicações, fazendo a defesa do reformador e narrando os principais fatos

Da esquerda para a direita: igreja de Santa Maria em Wittenberg, onde Lutero celebrou o primeiro culto em alemão; o castelo de Wittenberg; porta da igreja do castelo de Wittemberg,

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Mensageiro | noveMbro 2011 29

de sua vida. Até parecia que eu era um guia turístico contratado pelos brasileiros. Nessa cidade, visitei a Igreja do Castelo, a Igreja de Santa Maria e a Universidade.

A cidade a ser visitada em seguida foi Magdeburg. Lá, Lutero morou e estudou algum tempo durante a sua adolescência. Porém, a cidade não tinha muito a oferecer sobre o reformador.

Em seguida, fui a Mansfeld, mas, por ser um domingo, a casa de Lutero e a escola onde estudou estavam fechadas. No mes-mo dia, cheguei a Eisleben, cidade onde Lutero nasceu e faleceu. Eisleben acabou sendo uma espécie de cidade refúgio para mim, pois, por causa da longa caminhada, tive uma contusão no tornozelo direito, inchando o pé. Fiquei cinco noites na cidade, o que me propiciou uma vivência familiar com o casal que administra o hotel onde me hospedei. Lá, visitei a casa onde Lutero nasceu, a Igreja de São Pedro e São Paulo, onde foi batizado, a Igreja de Santo Andreas, onde fez suas últimas pregações, e a Igreja de Sant’Ana.

A cidade que estive em seguida foi Eisenach. O primeiro monumento a ser visitado foi o Castelo de Wartburg. Quando Lutero foi declarado fora da lei, depois da

Dieta Imperial, em Worms, no ano de 1521; na viagem de volta, ele foi sequestrado e ficou nessa fortaleza por quase um ano, conhecido como Cavaleiro Jeorge. Esse lugar é de suma importância na vida do reformador, pois ali ele fez a tradução do Grego para o Alemão do Novo Testamento. Ainda visitei a Igreja de São Jorge, a casa de Lutero e a casa de Bach, um compositor genuinamente luterano.

Parti em seguida para Erfurt. Nessa cidade, o reformador iniciou seus estudos de nível superior. Visitei a Igreja de São Miguel, na qual, de 1501 a 1505, Lutero par-ticipou regularmente das missas. Em 1505, depois de uma tempestade, Lutero decidiu entrar para o Mosteiro Agostiniano dessa cidade. A visita foi muito interessante, pois a guia contava como era a vida do reforma-dor, fazendo a narrativa ficar muito real. Ainda passei na Catedral de Santa Maria, talvez a igreja mais bonita que visitei, onde Lutero foi ordenado sacerdote em 1507.

A próxima cidade a ser visitada foi Coburgo, onde Lutero viveu por seis meses em 1530, quando a fé cristã era defendida na Dieta Imperial em Augsburgo. Visitei inicialmente o castelo denominado Veste, que hoje está integrado à cidade. Essa

era a última fortaleza ao sul do reino que protegia Lutero. Como ele era declarado fora da lei, não poderia ir à Dieta Imperial, podendo ser preso e morto. Na fortaleza, vi um filme sobre Lutero e visitei o seu escritório. Ainda em Coburgo, visitei a Igreja de Saint Moritz, onde Lutero pregou durante sua estada.

Na Alemanha, a última cidade rela-cionada à vida de Lutero que visitei foi Augsburgo. Nessa cidade, a fé cristã foi defendida corajosamente pelos reforma-dores, e o resultado final foi o texto da Confissão de Augsburgo e a Apologia (de-fesa) da Confissão. Estive no prédio onde foi lida a Confissão, mas o prédio faz parte do governo da Suábia, parte de Baviera. Estive também na Catedral e na Igreja de Sant’Ana. Esta última possui um museu com muitas informações sobre Lutero e a Reforma. As próximas cidades onde fiquei algum tempo foram Milão e Florença, já na Itália.

Cheguei em Roma no dia 5 de novembro de 2010. Procurei na mesma tarde visitar o Vaticano. Dois dias depois, assisti a uma missa na Catedral de São Pedro. Aproveitei para conhecer o Coliseu e mais algumas igrejas, como a Basilica de San Giovanni in

onde Lutero fixou as 95 Teses em 31 de outubro de 1517; estúdio de Lutero no Wartburg, onde ele traduziu o Novo Testamento do grego para o alemão.

FOTOs: cLaiTON wERNER küsTER

Page 29: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

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Primeiro pastor da IELB na Igreja Luterana do Canadá

W indsor é uma cidade com cerca de 200 mil habitantes. É conhecida como a capital auto-

mobilística do Canadá. A First Lutheran Church – FLC (Primeira Igreja Luterana) é uma congregação que foi fundada em 1920 por pastores da Igreja Luterana do Sínodo de Missuri (LCMS), vindos de Detroit, Michigan, EUA (o rio Detroit separa as duas cidades). Apesar de ter sido fundada como uma congregação de língua inglesa, após quatro anos de vida, a congregação começou a usar a língua alemã para servir os imigrantes alemães que chegavam em grande número.

Após a conclusão do curso de Teologia no Seminário Concórdia de Porto Alegre, em 1972, servi no Brasil por dez anos (Hora Luterana, São Paulo, 1973; CEL Bom Pastor, Belo Horizonte, MG, entre 1974 e 1984), por dois anos na Alemanha (SELK, Estado da Baixa-Saxônia), retornando ao Brasil, servi em São Leopoldo, RS, pelo cur-to período de 1 ano e meio e por 12 anos em Brasília. Em 1999, recebi o chamado para servir na FLC (sendo o sexto pastor desde 1921).

A mudança para o Canadá se deu em janeiro de 2000. Minha esposa, Marli, e os filhos mais jovens (Anna e Thomas) foram conosco e os dois mais velhos (Lia e Frederico) juntaram-se a nós em meados

daquele ano. Pela primeira vez, um pas-tor da IELB tinha sido chamado por uma congregação canadense.

Windsor é uma cidade que recebe muitos dos imigrantes que chegam ao Canadá todos os anos. Em que pese FLC ter cerca de 98% dos membros de ascen-dência europeia, há membros oriundos da Índia, Paquistão e países africanos. Ainda temos cultos em língua alemã todos os domingos, mas, no futuro, a mesma dei-xará de ser usada visto que todos aqui falam fluentemente inglês.

A congregação tem uma escola de pri-meiro grau, com 130 alunos, que tem sido veículo de evangelização: a First Lutheran Christian Academy!

Os cultos dominicais (em inglês e alemão) e os cultos semanais (Advento e Quaresma) seguem liturgias tradicionais do luteranismo e são bem frequentados por jovens, adultos e idosos.

Gilvan de Azevedo relata o seu ministério na First Lutheran Church, em Windsor, Canadá.

FOTOs: aRQUiVO pEssOaL

30 Mensageiro | noveMbro 2011

| IGREJAS PElo MUNDo |

Laterano, a Basílica di Santa Maria Maggio-re e o chamado Panteão, uma construção do tempo do Império Romano que foi transformado em igreja.

lições AprenDiDAsAcredito que, em uma longa jornada como

esta, o mais importante não seja a jornada em si, mas as lições que a caminhada ensina.

Por ser uma longa jornada, e por minha mochila estar muito pesada, constantemente me vinha à mente a vontade de desistir. Con-tudo, eu lembrava sempre do meu objetivo, que era ir a pé até Roma. Na vida cristã, muitas vezes, somos tentados a desistir do trabalho da Igreja, de ser uma pessoa amável, e até de seguir o Salvador, porém, temos que ter em mente qual é o nosso alvo: primeiramente a nossa salvação e levar esta boa notícia aos outros. Precisamos confessar como o apóstolo Paulo em Filipenses 3.13,14: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo al-cançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vo-cação de Deus em Cristo Jesus”.

Outra parte significativa da viagem foi estar diante do túmulo de Lutero. Lutero realmente foi um gigante que fez uma enorme obra para a proclamação do Evan-gelho. Mas isso foi há 500 anos. Sua obra permanece, contudo, nós cristãos do século 21 precisamos continuar a obra que Deus nos chama para fazer no mundo, como di-ria o apóstolo Pedro em 1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

Foi importante também tomar consci-ência, na Basílica de São Pedro, que, há 500 anos, para a construção daquela suntuosa igreja, foi lançada a campanha das indul-gências, fato que levou Lutero a refletir sobre o que nos faz amigos de Deus. Não é o dinheiro, os bens materiais ou as nossas boas obras ou dignidade que nos torna ap-tos a nos tornarmos filhos de Deus. A única coisa que nos liga a Deus é o seu amor por nós, através da fé, feito por graça, garantida pelas Escrituras, como sempre confessou Lutero e os demais reformadores: Sola Fide, Sola Gratia, Sola Scriptura.

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Primeiro pastor da IELB na Igreja Luterana do Canadá

A Igreja Luterana (Lutheran Church--Canada) é bíblica, confessional, sacra-mental e litúrgica, e tem consciência da responsabilidade de pregar o Evangelho a todas as nações.

A missão dentro do Canadá é feita pelos três distritos (ABC, Central e Leste). Diga-se de passagem, a estrutura de um Distrito na América do Norte corresponde à estrutura da IELB (presidente, secretário de missão, tesoureiro e pessoal adminis-trativo de tempo integral). Tenho servido como chairman (presidente) do Departa-mento de Missão do East District por dez anos, e levamos adiante a missão em nossa área geográfica com missionários que servem em diferentes línguas, além de inglês e francês.

Minha esposa, Marli, e eu moramos em Windsor, onde também reside nossa filha Anna e nosso genro canadense, Rob, que nos deram dois netos (Isabella e

Benjamin); a filha mais velha (Lia), casada com nosso genro alemão, Hartmut, mora na Alemanha e recentemente nos deu um neto (Gustavo); e nossos dois filhos, Thomas e Frederico, residem em Brasília, este casado com Clara, e pai de nossa neta brasileira, Ana Julia. Todos os filhos e seus respectivos cônjuges são membros fiéis e ativos da Igreja Luterana. Aliás, neste ano de 2011, Deus me concedeu o privilégio de batizar três netos em três diferentes países (Brasil, Alemanha e Canadá), em três diferentes línguas (português, ale-mão e inglês), mas na mesma fé no único Senhor e Salvador, Jesus Cristo!

gilvan dE [email protected]ção deste espaço: Carlos Walter Winterle Pastor em Cape Town, África do Sul [email protected]

nota: Além do Pastor Gilvan, há outros pastores oriundos da IELB atuando no Canadá:

• GERSon LUIS FLoR, capitão-capelão da RCAF (Real Força Aérea Canadense), Trenton, on, reside no Canadá desde 2001.

• LEonARDo nEITzEL, secretário executivo de Missão de LCC em Winnipeg, MB, está no Canadá desde 2003.

• MARkUS zEUCh, pastor em Calgary, AB, mora no Canadá desde 2004.

• EDIVAR RoBERTo GoVASkI, pastor em Surrey, BC, desde 2006.

• MAnFRED kREPSky zEUCh, Diretor do Concordia Lutheran Seminary (CLS) Edmonton, AB, desde 2007.

Mensageiro | noveMbro 2011 31

Na sequência: a igreja em Windsor; Gilvan com o pastor Gerson Flor, capitão-capelão da RCAF (Real Força Aérea Canadense); o pastor e sua esposa, Marli.

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| hoMENAGENS |

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32 Mensageiro | noveMbro 2011

Pastor da IELB recebe Medalha do Pacificador

O Exército Brasileiro concedeu a Medalha do Pacificador ao diplomata e pastor da IELB Lui-sivan Vellar Strelow. A home-

nagem ocorreu no dia 25 de agosto, quando se comemora o Dia do Soldado. A Aditância do Exército, junto à Embaixada do Brasil em Montevidéu, realizou a cerimônia de entrega da medalha no dia 1ª de setembro, no espaço de festas Patria Vieja do Exército Nacional do Uruguai. Para a surpresa do pastor Strelow, a medalha foi entregue por sua mãe, Lili Vellar Strelow.

“Foi uma emoção dupla: a de receber a medalha e a de recebê-la por intermédio de minha mãe. É uma grande honra receber a Medalha do Pacificador, a mais alta distin-ção concedida pelo Exército, instituição à qual estou ligado por razões familiares e profissionais”, disse Strelow. A indicação para a Medalha do Pacificador foi do adido do Exército junto à Embaixada, coronel Edson Ronaldo Oliveira da Silva.

Filho de militar, Luisivan nasceu no Hos-

pital Central do Exército no Rio de Janeiro e durante dez anos atuou como capelão Militar do Exército nos Comandos Militares de Área nas cidades de São Paulo, SP, entre 1995 e 2000, e em Porto Alegre, RS, entre 2001 e 2005. Há seis anos, ingressou no Mi-nistério das Relações Exteriores (Itamaraty) e, atualmente, trabalha na Embaixada do Brasil em Montevidéu, Uruguai.

Segundo o pastor Luisivan, ter recebido a medalha do Exército foi muito signifi-cativo em razão dos anos em que serviu

como capelão militar. “A capelania militar representou, para mim, uma oportunidade de ministério pastoral riquíssimo. Numa mesma semana, fazia palestra a públicos variados, como recrutas em um quartel de tropa, alunos do colégio militar, e engenhei-ros militares em uma unidade técnica”, lem-bra. Além disso, fazia visitas aos enfermos no hospital militar, coordenava reuniões de estudo bíblico e conduzia cultos em datas comemorativas.

“Sou grato ao Exército por tudo o que recebi por meio desta instituição militar. Fui muito feliz nos dez anos de vida militar”, completa. A Medalha do Pacificador foi ins-tituída em 1955 para condecorar militares e civis, nacionais ou estrangeiros, que tenham prestado relevantes serviços ao Exército Brasileiro.

É uma grande honra receber a Medalha do

Pacificador, a mais alta distinção concedida pelo

Exército, instituição à qual estou ligado por razões

familiares e profissionais.

À esquerda, o pastor Luisivan com sua família e o Coronel Edson Ronaldo Oliveira da Silva. Acima,

os pastores brasileiros no Uruguai, Mauro Roll, Luisivan

e Christian Hoffmann.

FOTOs: aRQUiVO EdiTORa cONcÓRdia

Page 32: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

| REAção Do lEIToR |

Mensageiro | noveMbro 2011 33

Pró-reitor da Ulbra recebe medalha

O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comu-nitários da ULBRA, Ricardo Willy Rieth, recebeu, no dia 8 de março, a Medalha Mérito Farroupilha em homenagem ao projeto de extensão Obser-vatório da Violência e dos Direitos Humanos. A outorga dessa medalha foi proposta pelo deputado estadual Marlon Santos. A solenida-de foi realizada no Salão Júlio de Castilhos, do Palácio Farroupilha, na Assembleia Legislativa do Estado.

“Estou me sentindo muito honrado por receber esta medalha. Ela é o reconhecimento de uma trajetória como professor, apoiando as pesquisas voltadas à comunidade e ao trabalho social. Recebo esta medalha como uma forma de reconhecimento do trabalho realizado por instituições de ensino confessionais e comuni-tárias, que há um século e meio desempenham um papel decisivo em nosso Estado. Pois as instituições confessionais e comunitárias, a

exemplo da ULBRA, têm formado gerações de cidadãos que promovem a vida em cada rincão do RS”, declarou Rieth.

O pró-reitor fez questão de salientar que a homenagem é da Universidade. “Tenho a alegria de compartilhar com o reitor, Marcos Ziemer, o vice-reitor, Valter Kuchenbecker, e com meus colegas pró-reitores esta homena-gem”, finalizou.

O que é o Observatório da Violência e dos Direitos Humanos? Constitui-se em um espaço de monitoramento da violência e da violação dos direitos humanos na Região de Guaíba. Esse observatório vincula-se ao curso de Direi-to da Universidade no município, agrupando acadêmicos, professores e pesquisadores que tenham afinidade com a temática referente à questão da violência e dos direitos humanos. O observatório tem como visão tornar-se refe-rência regional no monitoramento da violência

e do desrespeito aos direitos humanos e como missão o comprometimento com a prática desses direitos, no sentido de construir ins-trumentos práticos e teóricos que busquem a transformação social.

O observatório possibilita aos acadêmicos uma nova experiência sintonizada às linhas de pesquisa previstas no projeto pedagógico do curso de Direito, articulando Ensino, Pesquisa e Extensão.

assEssoria dE comUnicação/ Ulbra

delírios dawkinianosPrezado professor Marcelo Briones!Li com interesse o seu artigo acerca dos

delírios dawkinianos no número de setembro do Mensageiro Luterano. Gostaria de fazer alguns comentários.

O argumento baseado na seleção das frases geradas ao acaso pela sua semelhança com a frase alvo não prova coisa alguma. Quando muito, sugere exatamente a tese contrária à que o autor deseja provar!

De fato, se devemos considerar essa experi-ência como semelhante ao processo evolutivo, deveremos admitir que a natureza sabe, o tempo todo, onde quer chegar. Mas isso é exatamente o que os evolucionistas pretendem

negar: a ideia da criação ou evolução inteligen-te, guiada por um princípio transcendente!

A “teoria” da evolução não é científica. Não se baseia em evidências experimentais, como é óbvio: ninguém viveu o suficiente para ver, por exemplo, uma população de peixes dar origem, por mutação e seleção natural, a uma população, digamos, de tartarugas.

Tampouco existe qualquer estimativa es-tatística que dê qualquer plausibilidade a essa conjectura. A única estimativa que conheço encontra-se no livro de Paulino C. Díaz, intitu-lado Evolución: mito o fraude?, e gira em torno de 10 elevado à potência -140 (menos 140)! Esse livro, aliás, tece interessantes considerações so-

bre a maneira como ideias falsas são inculcadas à massa, por meio de argumentação falaciosa.

Finalmente, parece-me que é preciso ser um deserdado intelectual para pôr de lado, com tanta facilidade, a herança de todos os sábios da Humanidade, de todos os rincões do nosso mundo, que sempre afirmaram, cada um a sua maneira e do seu ponto de vista, a preeminência da Transcendência.

Fico a aguardar a continuação do seu arti-go, contendo o exame das forças subjacentes a esses despautérios, assunto do maior interesse neste nosso “final dos tempos”...

EdUardo sEgrE | Professor de Física do ITA, aposentado

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Page 33: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

E u estava no supermer-cado no final de um dia que, por sinal, havia sido muito cansativo. O tele-

fone tocou, e, ao atender, só escutei choro... Muito choro! Quem ligou era uma senhora cristã e bastante participativa dentro da sua denomi-nação religiosa. Depois de muitos meses de luta, ela precisou virar uma das páginas mais difíceis da existência humana: despedir-se de alguém que tanto amava. Eu havia acompanhado essa família durante vários meses no trabalho da Cape-lania Hospitalar, juntamente com uma equipe de saúde. Era um casal muito unido, que havia construído uma história de muitos anos – e é preciso reconhecer que não é nada fácil nos separarmos de uma parte da nossa história.

Eu quase não entendia o que ela falava ao telefone, mas entender as palavras nesse momento não importava. Os sons que ouvia me faziam imaginar um rosto desfi-gurado e as lágrimas rolando... Ela não disse, mas eu pude resumir aquele telefonema em uma pala-vra: SAUDADE!

Talvez, esse seja o sentimento que o Dia de Finados nos traz: sauda-de da mãe que nos deixou; saudade do pai, do vô, do irmão, do amigo; saudade da vó, da tia, da irmã, da colega de escola ou faculdade; saudade, muita saudade do filho ou da filha que partiu e que não apenas deixou, mas continua deixando um vazio impossível de dimensionar. Você tem a sua saudade...

Cada um de nós sobrevive de forma diferente a esse momento da vida que chamamos de luto. Algumas pessoas me confidenciam que não conseguem permanecer em casa: saem o dia inteiro e só voltam para dormir. Outros per-deram a graça de sair e se isolam dentro de paredes e atrás de muitos sentimentos e indagações.

Minha experiência no lidar diário e constante com a morte mostra que cada um tem o seu tempo e a sua forma de virar essa página. A vida tem seus mistérios e suas dores. Pre-cisamos, de vez em quando, pensar em como estamos nos preparando para a virada de página dos nossos familiares e da nossa própria.

A Palavra de Deus é o grande diferencial nesse momento. Assim eu creio. Não apenas somos lembra-dos por Moisés de que é importante pedir que Deus “ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcance-mos coração sábio” (Sl 90.12), mas somos consolados pelo Senhor Jesus que diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).

Enquanto estamos aqui, virando uma página após a outra, rumo ao último capítulo, vamos receber e dar notícias que envolvem a morte. Vamos dar e receber telefonemas. Vamos chorar e consolar. Porém, acima de tudo, Deus nos consola por meio do apóstolo João dizendo o que ele fará conosco após aquela derradeira virada de página: “E lhes enxugará dos olhos deles toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coi-sas passaram” (Ap 21.4).

A vida tem seus mistérios e suas dores. Precisamos, de vez em quando, pensar em como estamos nos preparando para a virada de página dos nossos

familiares e da nossa própria.

34 Mensageiro | noveMbro 2011

adElar mUniEWEg Pastor e capelão hospitalar da IELB em Pelotas, RS

| VIRANDo A PáGINA |

m

“Ponham o seu interesse nas co

isas lá do céu,

onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus.

Pensem nas coisas lá

do alto, não nas que são

aqui da terra. Cristo é a verdadeira

vida de vocês” (Fp 3.1,2 e 4)

A última página

Page 34: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

IELBnotíciasENCARTE DO MENSAGEIRO LUTERANO - NOVEMBRO/2011

+DESTAQUES

Nova Congregação no Triângulo Mineiro

Culto do Distrito Paulista reúne 550 pessoas

Atividades em Pancas

Goiânia, GO

fotos: arquivo editora concórdia

60 anos de IELB em Goiânia

No dia 28 de agosto, a Con-gregação da Cruz, Goiânia, GO, celebrou 60 anos de atividades. Levando Cristo Para Todos na Região Centro-Oeste do Brasil, a história da IELB em Goiânia começou com o aten-dimento a luteranos que vieram da Europa para habitar a região. Passaram pela região os pastores Rodolpho Hasse e seu filho pastor Paulo Hasse, Martim Doege, Walter Edwino Hoerlle e Ivo G. Wille.

Para agradecer a Deus por tantos anos de bênçãos, a Congregação realizou diversas atividades. Foi desenvolvido um logotipo especialmente para a comemora-ção dos 60 anos, que virou adesivo para

carros, banners e camisetas.O culto comemorativo teve como pre-

gador o pastor Vilson Scholz. O momento contou com a participação do coral da Congregação e de uma dança litúrgica apresentada pelos membros da missão Caldas Novas, GO.

Nos dias 29 e 30, o pastor Scholz ministrou um curso de aperfeiçoamento para pastores e leigos, com o tema “Nova

Homilética: como pregar hoje?”.“A Congregação da Cruz agra-

dece a Deus por ter enviado seus

pioneiros, os quais permaneceram fiéis em sua Palavra e levam Cristo para Todos durante seus 60 anos de existência. Do mesmo modo, a Congregação também olha para frente, sabendo que sua missão de levar o perdão precisa continuar até sua volta”, disse os pastores da Congregação, Luís Claudio da Silva e Filipe Schneider.

Dentro das atividades, foi realizado, no mês de junho, o Congresso de Servas e Famílias do Distrito Brasil Centro-Oeste, tendo como palestrante o ex-presidente da IELB Johannes Gedrat.

Page 35: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

notíciasIELB

2 Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte ieLb notícias

Culto do Distrito Paulista reúne 550 pessoas

O Distrito Luterano Paulista realizou, no dia 31 de julho, seu Culto Distrital 2011. O evento ocorreu no Museu da Bíblia em Barueri, SP, e contou com a mobilização de todas as congregações do Distrito: teve a participação da Orquestra de Sinos, danças litúrgicas, banda distrital além de um grande coral, formado por cantores de diversas congregações. A pregação foi realizada pelo pastor Vilson Scholz, que falou sobre o texto de João 10.11, sob o tema “A Igreja Comunica a Vida – Aco-lhendo e Integrando”.

O culto teve a presença de 550 pes-soas, superando a expectativa da orga-nização. Os presentes receberam como recordação um CD com uma seleção de músicas previamente autorizada pela Editora Concórdia. Após, todos confrater-nizaram em um coffee break e visitaram o Museu da Bíblia. A organização esteve a cargo da Congregação Cristo Para Todos, Osasco, SP.

“Sinto-me deveras agradecido pelo empenho de todos que estiveram envol-vidos na organização do Culto Distrital.

Muitas congregações trabalharam em prol do evento, e Deus uniu os esfor-ços para receber o nosso louvor. Gosto muito desta Igreja, a Igreja de Cristo na qual Jesus nos colocou pelo Evangelho. Deem graças ao Senhor Todo-Poderoso porque ele é bom, e o seu amor dura para sempre. Porque ele tem protegido a nossa IELB de Norte a Sul”, disse o pastor André Plamer.

Os vídeos do culto podem ser confe-ridos no site do Youtube, buscando por Culto Distrital-2011.

A família é uma gran-de bênção dada por Deus. É o que diz os familiares da bisavó Hertha Becker de Igrejinha, RS. A família pertence à Congregação São Paulo.

Da direita para a es-querda: Hertha Wolf Becker, Marlise Helena Knaack, Graziele San-dra Becker e a pequena Sarah Luise Becker.

GeraçõesFaleceu, no

dia 5 de maio, João Hereno Bopsin. Nascido no dia 2 de ou-tubro de 1935, era membro na Cong regação Cristo Redentor,

Cachoeira do Sul, RS. Deixa enlutada a esposa, Liége, e os filhos, Fabiano, Leoni, Ines, Cirlei e Cirlene. Seu versículo preferido era “O justo viverá por fé” (Rm 1.17).

FALECIMENTO

fotos: arquivo editora concórdia

Page 36: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte ieLb notícias 3

Cidadão benemérito

No dia 2 de setembro, Oscar Adolfo Lehr foi agraciado com o título de “Cidadão benemérito Santiaguense” pela Câmara de Vereadores de Santiago, RS. Casado com Ieda Lehr, Oscar é membro da Congregação Paz.

O trabalho da IELB na região começou em 1964, com o casamento de um soldado do exército chamado Ernesto Raimundo Guse, realizado pelo pastor Valdemar Ludke (in memoriam). Em 1974, chegou o primeiro pastor residente, Elias Eidam, que fundou a Congregação Paz. Com 37 anos, a Congre-gação é composta hoje por 126 pessoas.

Na foto, o presidente da Congregação, Pedro Alcantara, Oscar Lehr e o pastor Gerson Zschornack.

No dia 10 de abril, a Congregação Bom Jesus, Sorriso, MT, fez o lançamento da pedra fundamental do seu novo templo. Com base no Salmo 138.8b, “O teu amor dura para sempre, ó Senhor Deus. Não abandones o trabalho que começaste”, o evento foi marca-do por emoção e alegria, com a participação dos membros da Congregação e dos pastores Marcio Cesar Patzer e Jonas Hartwig Bartz. No mesmo culto, aconteceu a consagração do segundo carro pastoral da Congregação.

Pedra Fundamental

Novo templo

A Paróquia Emanuel, Itá, SC, nos últi-mos meses, foi coroada com várias bênçãos. No dia 7 de agosto, a Congregação festejou os 65 anos de fundação da comunidade. O pregador do culto foi o pastor Vitor Richter. Já na Congregação Martinho Lutero, Paial, SC, no dia 15 de maio houve a inauguração do novo templo. A Congregação foi realocada devido à construção da Usina Hidrelétrica Foz de Cha-pecó no rio Uruguai e recebeu o novo templo da empresa Foz de Chapecó. Esse é o terceiro templo inaugurado na Paróquia em função da Usina. O pregador do dia foi o secretário da IELB, pastor Rubens Ogg. As cerimônias foram realizadas pelo pastor Leomir Suhre.

Batizados em Rondonópolis

O culto do dia 23 de julho, na Congre-gação Bom Pastor, Rondonópolis, MT, foi marcado pelo Batismo de Gabriel Artur da Rosa Horbach, filho de Cleber e Rosimeri. No culto do dia 10 de setembro, aconteceu o Batismo de Geovanna Oliveira Horbach, filha de Gléo e Daiane. As cerimônias foram oficiadas pelo pastor Isaías Hanerth.

A Congregação também se alegra pelas nove primeiras assinaturas do Mensageiro Luterano completadas no mês de agosto.

Novos membros em Afonso Cláudio

A Congregação São Paulo, Afonso Cláudio, ES, recebeu 12 membros através da Profissão de Fé no dia 21 de agosto. O culto, celebrado pelo pastor Hilário Linhaus, iniciou com a apre-sentação dos novos irmãos na fé, que na sequência fizeram seu juramento de fidelidade a Deus.

Page 37: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

notíciasIELB

4 Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte ieLb notícias

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Atividades em Pancas1º EnCOnTRO PAROquIAL dE LIdERAnçASNo dia 1º de maio, 75 líderes se reuniram na Congregação

Concórdia, Pancas, ES, para o 1º Encontro Paroquial de Lide-ranças. A palestra foi dirigida pelo pastor Jarbas Hoffimann. O encontro foi muito positivo e deverá ser repetido no ano de 2012.

BATIzAdOS, PROfISSãO dE fé E COnfIRMAçõESNo dia 28 de agosto, na Congregação Água Viva de Roda

D’água, Pancas, Suelen Strelhow Manske foi recebida por Pro-fissão de Fé. Ela também levou seus dois filhos, Ruan e Raonny Manske de Sales, ao sacramento do Santo Batismo.

No dia 18 de setembro, a Congregação São Lucas, São José Pequeno, recebeu seis novos membros por Profissão de Fé. Também receberam o Santo Batismo: Gustavo Maciel e Maiza Raimundo. Outro momento especial do culto foi a bênção matri-monial dos casais Lenira e Derci dos Santos, Alcione e Ronivon Maciel, Hiolanda Schade e Gilcimar Schade. Mais de 200 pessoas estiveram presentes.

Já no dia 24 de setembro, Mariana Bullerjahm e Mônica Bor-carte realizaram a Confirmação perante a Congregação Concórdia. No mesmo dia, Rogério Brandt, Grasiela Brandt e Maria Kratlhow fizeram sua Profissão de Fé. Maria e seu esposo, Giovani Kratlhow, também receberam a bênção matrimonial.

AnIvERSáRIO dA COnGREGAçãO No dia 11 de setembro, a Congregação Concórdia celebrou seu

44º aniversário de fundação. Participaram na liturgia os pastores Arno Eler, de Baixo Guandu, Claudir Nass e o pastor local, Ordilei Linhaus. A mensagem foi dirigida pelo pastor Donário Borchardt, Laranja da Terra, ES. O louvor foi dirigido pelo coral de Laranja da Terra. Cerca de 250 pessoas participaram do culto.

Biblioteca Professor Frederico Herdmann Seide Pelo histórico de comprometimento e dedicação com as causas

do Evangelho, a Escola Luterana, vila velha, ES, homenageou o pastor e professor Frederico Herdmann Seide, 85 anos, dando o seu nome para a biblioteca da escola. A homenagem ocorreu durante a Festa da Família, ocorrida no dia 10 de setembro.

O pastor Joel e sua esposa, Valquiria, também foram home-nageados pelos 10 anos de trabalho em prol do crescimento da Escola Luterana na cidade.

Neste ano, além das homenagens, o evento possibilitou aos moradores a possibilidade de emissão de CPF e RG, e arrecadou alimentos para a Associação Luterana de Assistência Social (ALAS).

A comunidade escolar também coletou óleo de cozinha satu-rado para o projeto de educação socioambiental da instituição. A cada litro de óleo coletado, a Escola Luterana recebe R$ 0,30,

que são repassados à ALAS. A escola administra vários pontos de coleta de óleo, disponibilizados em estabelecimentos comerciais nos bairros próximos à instituição.

fotos: arquivo editora concórdia

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Congregação Redentor recebe novos membros

A Congregação Redentor, vitória, ES, recebeu, no dia 28 de agosto, os jovens Edson Ohnesorge, Eduardo Machado, Miquéias de Souza e Washington Batista por Profissão de Fé.

Já no dia 18 de setembro, foi trazido ao Batismo o pequeno Rubens Castello Gomes, de 8 anos. Ele mesmo escolheu seus padrinhos e estava muito feliz por ser batizado. No mesmo culto, foram recebidos por Profissão de Fé sua mãe, Josiane Corrêa, e seu padrasto, Juliano Corrêa. Todas as celebrações foram dirigidas pelo pastor Paulo Roberto Hackbart.

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CONFIRMAÇÕES

1

2

1. PALMAS, TO – Estiveram diante do altar do Senhor, testemunhando sua fé no Salvador Jesus, seis jovens. O culto contou com muitos visitantes. Em 14 de agosto, na Congregação Cristo Redentor.

2. SãO vICEnTE dO SuL, RS – Confir-maram sua fé perante Deus e a congregação 14 jovens. O culto foi ministrado pelo pastor Enio Guites. Em 17 de abril, na Congregação São João.

3. CASCAvEL, PR – Com muita alegria, três jovens reafirmaram sua fé batismal e seu desejo de permanecer fiel ao Salvador Jesus. O culto foi celebrado pelo pastor Sandro Krüger. No dia 11 de setembro, na Congregação Expectativa.

4. ITá, SC – Foram confirmados 12 jovens nas congregações da Paróquia Emanuel. Na Congregação São João (4.1), Paial, SC, qua-tro jovens confirmaram sua fé perante o altar do Senhor, no dia 17 de abril; na congregação Emanuel (4.2), cinco jovens, no dia 24 de abril; e no dia 18 de junho, três jovens (4.3). As cerimônias foram realizadas pelo pastor Leomir Suhre.

4.14.2

4.3

3

Semana Farroupilha em Canoas

A Congregação São Lucas, Canoas, RS, realizou pelo segundo ano consecutivo a “Semana Farroupilha em Harmonia com Cristo”. A programação iniciou no dia 13 e se estendeu até o dia 20 de setembro, dia em que é comemorada a Revolução Farroupilha. O pastor Maiquel Hellwig e o leigo Leandro Lem-ke trouxeram para o evento uma centelha da chama crioula, mantendo-a acesa, conforme a tradição, até o dia 20 de setembro, quando foi extinta em um momento devocional.

Durante todas as noites, os membros estiveram reunidos para confraternização com comidas típicas e o tradicional chimarrão, servidos no galpão crioulo da comunidade.

O evento encerrou com a realização de um culto gauchesco, com a mensagem do presidente da IELB, pastor Egon Kopereck, seguido de um churrasco.

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O dia 21 de agosto se tornou uma data muito importante para o trabalho da IELB em solo mineiro. Nesse dia foi fundada a Congregação São Lucas em uberaba, MG. O traba-lho existe na cidade desde 2003, e os membros são atendidos pela Congrega-ção Cristo, de Uberlândia, a 100 km de distância de Uberaba.

Hoje, a Congregação conta com seis famílias, e os cultos, realizados uma vez por mês, têm presença média de 15 pessoas. O

desejo dos membros da nova Congregação e do pastor Renato Rodrigues Farofa é de cha-mar um pastor para atender Uberaba e assim intensificar o trabalho missionário na região.

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Novos membros e Batizado

No culto do dia 18 de setembro, a Con-gregação Martinho Lutero, Sooretama, ES, recebeu Jhullya através do Batismo. No mesmo dia, foram recebidos três novos mem-bros: Vanderléia, Maycon e Mayara. O culto foi oficiado pelo pastor Jadir Carlos Mundt.

60 anos de fundação em Belo Horizonte

A Congregação Bom Pastor, Belo Ho-rizonte, MG, comemorou 60 anos de fun-dação e 50 anos de construção do templo.

A fundação ocorreu em 19 de feverei-ro de 1951. Os dois primeiros pastores que trabalharam no local foram Paulo e Rodolpho Hasse, que se deslocavam do Rio de Janeiro e atendiam os luteranos e

ouvintes da Hora Luterana que residiam na capital mineira. Em julho de 1961, houve a inauguração do templo. Também passa-ram pela cidade os pastores Guido Ruben Goerl, Acy Ramalho Hepp, Alaor Güths dos Santos, Gilvan de Azevedo, Martinho Krebs. Atualmente, quem atende a Congregação é o pastor Arnaldo Hoffmann Filho.

Nova Congregação no Triângulo Mineiro

fotos: arquivo editora concórdia

Neste ano de comemorações, a Con-gregação recebeu as visitas do presidente da IELB, pastor Egon Kopereck, e do 1º vice-presidente, pastor Arnildo Schneider. Durante todo o ano de 2011, a comuni-dade comemorará com cultos e atividades especiais até o próximo aniversário, em 19 de fevereiro de 2012.

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Sob o tema “Amar é uma decisão”, baseado no texto de Josué 24.15, o ca-sal Martim e Erna Stahnke comemorou 40 anos de casamento no dia 31 de julho. A cerimônia aconteceu no dia 23 de julho, na Congregação Expectativa, Cascavel, PR, e foi oficializada pelo filho do casal, pastor Heitor Stahnke, e pelo pastor Sandro Krüger.

O casal Edo e natália Klein, Rincão Seco, Ibirubá, RS, comemorou, no dia 22 de setembro, 60 anos de bênção matrimonial. O culto festivo foi realizado na Congregação São Pedro, Santa Clara do Ingaí, RS. A ce-rimônia foi dirigida pelo pastor Ederli Berle, com base em 1 Coríntios 13.7: “Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”. O casal foi home-nageado pelos dois filhos, nora, genro, seis netos e nove bisnetos.

No dia 1º de julho o casal Theodoro Paulo e Ana Irmgard Musskopf com-pletou 50 anos de matrimônio. A come-moração aconteceu no dia 10 de julho durante o culto na Congregação Trindade, Vila Progresso, Vera Cruz, RS. A bênção de gratidão pelos 50 anos de casamento foi celebrada pelo pastor Horst Siegfried Mus-skopf, filho do casal jubilar. Participaram desse momento de gratidão os três filhos, as noras e os três netos.

107 anos de comunhão

No dia 25 de setembro, a Congregação Redentor, Morro Pelado, Taquara, RS, celebrou culto comemorativo pelos 107 anos de atuação.

A cerimônia foi oficiada pelo pastor Fabiano Brusch Müller e o pregador convidado foi o diretor da Ulbra TV, pastor Douglas Flor. “Foi um dia muito agradável com a presença de membros luteranos de outras localidades e muitos visitantes”, disse o pastor Fabiano. Após a cerimônia, os festejos continuaram no salão da Congregação onde todos puderam confraternizar com um churrasco.

A Congregação fazia parte da antiga Paróquia de Alto Rolante. Conta hoje com 40 membros, e seus cultos são realizados duas vezes por mês.

Sete anos do templo em Linhares

No dia 10 de setembro, a Congregação Concórdia, Linhares, ES, comemorou sete anos de inauguração do seu templo. O culto contou com a apresentação de corais, dança litúrgica, canto das crianças e louvor. A liturgia foi conduzida pelos pastores Saymon Gonçalves, David J. Flor e Jadir Carlos Mundt, e a mensagem foi proferida pelo pastor Silvair Litzkow, com o tema “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado também aqui em Canivete”. Após o culto, a banda Limine, de Colatina, ES, entoou canções animando todos os presentes.

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BODAS DE CASAMENTO

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108 anos de história

A Congregação da Paz, não-Me-Toque, RS, completou 108 anos de história. O culto em comemoração ao aniversário aconteceu no dia 25 de setembro e contou com a presença do Coral do Semi-nário Concórdia e do tenor Luiz Carlos Wiedthauper. A cerimônia foi dirigida pelo pastor Alex Ziemann e teve a presença de 123 pessoas.

HISTóRICO A Igreja Luterana veio com os imigrantes alemães que se instala-

ram em Linha Tiradentes, no município de Guaporé, por volta de 1882. No ano de 1903, o pastor Peter Petersen veio de Flensburg,

Alemanha, para atender o local que estava sem pastor. Na primeira ata desse ano, está registrado: “O nome sob o qual queremos ser co-nhecidos como uma comunidade da igreja deve ser: ‘Igreja Evangélica Luterana Alemã de Linha Tiradentes (linha 13) Município Guaporé, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, Estados Unidos’”.

Assinaram a primeira ata e estatuto os luteranos: Wilhem Glienke, Johann Uecker, Emil Trapp, Albert Born, Franz Krüger, Withelm Winkel, Carl Glienke, Franz Glienke, Emil Manske, Theodor Kelm, August Ulrich, Helmut Rusch e Karl Lublow. A diretoria da comunidade era constituída por três líderes da congregação e dois chefes de escola.

Mais de 15 pastores trabalharam na região, realizando 840 batis-mos e 773 confirmações. Desde 2009, quem atende a comunidade é o pastor Alex Éder Ziemann.

Hoje, a Paróquia possui 460 membros em cinco congregações e um ponto de missão, antendendo as cidades de Não-Me-Toque, Victor Graeff e Ernestina. O próximo passo é chegar a cidade de Tapera.

A igreja é conhecida pelo programa Cinco Minutos com Jesus que neste ano completou 33 anos no ar da rádio local.

Centenário da Congregação Bethel

No dia 11 de setembro, ocorreu a celebração do centenário da Congregação Bethel, Linha 3, Gramado, Paulo Bento, RS. O culto festivo contou com a presença de 340 pessoas, entre as quais estava o prefeito Gabriel Gevinski, o vice-prefeito Ademir Lira, e o deputado estadual Altemir Tortelli.

O culto foi oficiado pelo pastor da Congregação, Haroldo Holdorf, e auxiliado pelo conselheiro distrital Flávio Jandt e pelos pastores Vitor Richter e Remi Honse. A mensagem alusiva ao 100º aniver-sário foi baseada no Salmo 92 “Bom é render graças ao Senhor!”.

O trabalho na Linha 3 foi iniciado no dia 11 de setembro de 1911, na casa de Ludivg Seide. O primeiro culto foi dirigido pelo pastor John Bush.

Novos membros em Rondônia

No dia 19 de agosto, a Congregação Ebenézer da Linha 102.2, Santana do Guaporé, RO, recebeu nove membros por Profissão de Fé. Dois destes novos membros receberam tam-bém o santo Batismo. O culto foi dirigido pelo pastor Erivelton Kiefer Butzke.

Encontro de casais

No dia 26 de agosto, a Congregação Ebenézer, Jaraguá do Sul, SC, promoveu o 1º Encontro de Casais com Cristo. Após um momento devocional, os presentes assistiram ao filme Prova de Fogo, seguido de uma breve reflexão. A noite encerrou com um jantar à luz de velas. Esti-verem presentes 15 casais. Segundo o pastor Sírio Klein Gretschmann, o grupo pretende realizar outra edição para dar oportunidade àqueles casais que não puderam participar do primeiro encontro.

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fotos: arquivo editora concórdia

foto: jonathan holdorf

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JELB - JuvEntudE EvangéLica LutErana do BrasiL

A JELC espera por você

A Juventude Evangélica Luterana Catarinense (JELC) está preparando um grande evento para os jovens no próximo ano. A data e o local já estão definidos, agora só falta você confirmar sua presença. Estamos falando do 10º Congresso da JELC.

Este será um momento para estudar a Palavra de Deus, fortalecer a fé em Jesus, motivar-se para o trabalho e o serviço na igreja, além de rever amigos e encontrar novos, orar com os irmãos na fé, testemunhar sobre o amor de Deus e registrar lindas histórias e fotos.

Se você quer participar de tudo isso, marque agora em sua agenda estas informações:

data: 28 de abril a 1° de maio de 2012. Local: Centro de Evangelização Angelino Rosa (CEAR),

Governador Celso Ramos, SC.

RS terá Congresso Regional

Os jovens das regiões Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul organizam o 1º Congresso Regional de Jovens. O evento ocorrerá nos dias 12 e 13 de novembro de 2011, nas depen-dências do Hotel Fazenda Três Cascatas, na cidade de Santo Cristo, RS.

O encontro terá noite cultural com peças teatrais e shows e contará também com a palestra “Quem é Jesus?”, ministrada pelo pastor Alexandre Teixeira Vieira. Na programação, está incluída sessão de cinema.

Diz o hino da JELB: “Juventude Luterana, forte em santa união”. Essa não é uma união qualquer, mas é forte e santa por-que é abençoada por Deus; as palavras de 1º João 2.14 também mostram isso. Conforme o pastor Samuel Zimmermann, é nesse espírito que os jovens das regiões Norte e Noroeste do RS estão trabalhando e é na força que vem de Cristo que permanecerão fortes em santa união.

A inscrição, no valor de R$ 90,00, deve ser feita no blog www.congressoregionaldejovens.blogspot.com.

Participe você também!

O 10º Congresso da JELC terá como base o versículo bíblico de Hebreus 10.9: “Estou aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade”.

As inscrições começam em novembro, no site www.jelc.com.br, e o valor do evento poderá ser parcelado em até cinco vezes.

Não perca!

Jovens realizam intercâmbio

Os jovens de Marechal Cândido Ron-don, PR, das Congregações Cristo e Paz de Iguiporã, realizaram uma visita aos jovens da Congregação Esperança, Mercedes, PR, no dia 21 de agosto.

A programação contou com louvor dirigi-do pelas bandas To-heaven, de Mercedes, e Sentinela, de Marechal Cândido Rondon. Peças teatrais foram apresentadas pelos jovens enfatizando o desejo de Deus em

salvar a humanidade. Estiveram presentes os pastores Alçamar Prando, Elmer Jag-now, Emerson Zielke e o estagiário Felipe Erdmann, além de famílias e do vereador luterano Josué Pedrali.

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LLLB - Liga dE LEigos LutEranos do BrasiL

Presidente da Liga visita luteranos da Bahia

No dia 9 de setembro, o presidente da LLLB, Oldemar Rohloff, homologou a Liga de Leigos da Congregação São Lucas, Luiz Eduardo Magalhães, BA. Participaram da homologação o presi-dente do departamento, Beno Lorentz, o vice-presidente, Marcos Kruger, o secretário, Claudio Giotto, e seu vice, Edson Figur, o tesoureiro, Sebastião Maiussi, e o vice, José Augusto de Amorim, além do conselheiro do Distrito Brasil Centro-Oeste, pastor Luiz Claúdio da Silva, e dos pastores Nazareno Degem, Marcos Muller, Martiniano da Silva, Walter Daniel de Oliveira e o ex-líder leigo de Goiás, Salomão.

No dia seguinte, o presidente da LLLB e sua esposa, Leonir, participaram do culto de Dedicação da Pedra Fundamental da Congregação Cristo, Baianópolis, BA. Já no dia 11 de setembro, participou da inauguração do templo da Congregação Cristo Sal-vador, Barreiras, BA. Nas ocasiões, o presidente fez uso da pala-vra incentivando a criação da Liga de Leigos. Falou também dos objetivos, projetos e trabalhos desenvolvidos pela Liga Nacional e presenteou as lideranças com o bóton da LLLB.

Congresso de Leigos do Distrito Campos Gerais

Aconteceu, no dia 28 de agosto, na Congregação São João, Colônia Papagaios novos, Palmeira, PR, mais um Congresso de Leigos do Distrito Campos Gerais, com o lema “Amem uns aos outros com amor de irmão em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” (Rm 12.10).

O devocional de abertura, baseado no Terceiro Mandamento, foi dirigido pela Liga de Leigos São João. A palestra foi ministrada pelo jornalista Odilmar de Oliveira Franco, comunicador de rádio e televisão e missionário da MEAC (Missionários para Evangelização e Animação nas Comunidades), sob o tema “Leigos Acolhidos e Integrados comunicam vida para todos com entusiasmo”. Dulcidio Figur representou a LLLB no evento.

A nova diretoria eleita ficou assim constituída: presidente - Waldemar Emilio Jandt; vice-presidente - Eraldo Goebel; se-cretário - Ezequiel Scheunemann; vice-secretário - Olavio Ribas; tesoureiro - Almir Pescke, vice-tesoureiro - Nelvir Venske; pastor conselheiro - Ervino Spitzer.

No sábado dia 27, o representante da LLLB participou do culto na Congregação São Paulo em Palmeira, onde falou sobre os trabalhos da Liga.

Conheça o trabalho dos leigoswww.lllb.org.br

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Congresso do DIVARP em Fraiburgo

Com culto especial e participação de leigos local, realizou-se o 25º Congresso Espiritual da DIVARP, no distrito de 10 de novembro, fraiburgo, SC. O encontro no dia 11 de setembro, teve como tema “Vós, porém, sois raça eleita” (1 Pe 2.9).

A palestra foi proferida pelo pastor Valde-cir Much, com o tema “A vida cristã baseada nas epístolas de Pedro”. Após o almoço, os leigos locais proferiram o devocional seguido de uma gincana bíblica e cultural. O repre-sentante da LLLB, Otto Pinz, apresentou um resumo dos trabalhos da Liga Nacional.

Após eleição, a diretoria distrital ficou assim constituída: presidente - Arno Bierhals; vice-presidente - Odolino Spiering; secretário - Leandro Souza; vice-secretário - Armando Spiering; tesoureiro - Hugo Krieger; vice-te-soureiro - Volnei Spiering; pastor conselheiro - Edgar Muller. O leigo mais idoso, de 86 anos, Ervino Figur, de Caçador, SC, presenteou o representante da LLLB com um livro de sua história chamado Erebango meu berço.

Congresso de Leigos e Servas do DIVALI

No dia 18 de setembro, sob o tema Acolhendo e Integrando, o município de Salgado filho, PR, sediou o Congresso de Leigos e Servas do Distrito Vale do Iguaçu. O evento foi realizado no Parque de Expo-sição da cidade.

O Congresso foi conduzido pela presi-dente distrital das servas, e o devocional de abertura foi realizado pelos conselheiros das servas e dos leigos, pastores Claudio Bündchen e Luiz Carlos Deringer. A pales-tra foi realizada pelo conselheiro da LLLB, pastor Emerson Zielke, que explanou sobre o tema do congresso.

Encontro de Leigos no Distrito Gaúcho Central

No dia 6 de setembro, na Congregação Concórdia, novo Cabrais, RS, aconteceu o Encontro de Leigos do Distrito Gaúcho Central. O encontro, organizado pelo pastor André Honke e pelos leigos da cidade, contou com a participação de leigos das cidades de Passa Sete, Cerro Branco e Cachoeira do Sul.

A programação iniciou com culto, que teve a presença de 250 pessoas. O pregador foi o pastor Cleydes Kloss, conselheiro da LLLB. Os representantes, Oldemar, Ildo e Dulcídio, falaram sobre a importância do trabalho dos homens na igreja e do seu comprometimento com os projetos da Liga Nacional.

À tarde, o pastor Cleydes dirigiu a palestra sob o tema “O Leigo e a sua Igreja”. Ao final do congresso, os leigos que participaram do encontro, motivados pelo pastor Benja-mim Jandt, formaram uma comissão para organizar o 1º Congresso Distrital dos Leigos.

Após o almoço, os presentes se reuni-ram separadamente para tratar de assuntos referentes às Ligas. As servas contaram com a presença da representante da LSLB, Edeltraud Hegele Dauernheimer.

O conselheiro da LLLB falou sobre os trabalhos da Liga Nacional e da importân-cia do trabalho dos leigos nas congrega-ções. O líder leigo do Distrito, Egon Grams, de Pato Branco, PR, falou sobre o trabalho dos Gideões. No congresso, os leigos e as servas do distrito decidiram iniciar o projeto para Formação Continuada de Líderes no Distrito.

Conheça o trabalho dos leigoswww.lllb.org.br

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Rony RicaRdo MaRquaRdtResponsável pelo Cadastro e Estatística da IELB

ORDENAÇÕES E INSTALAÇÕES INDICADORES DA IELB

Renato baueRMann Tesoureiro da IELB

CONTATOS DA IELB

PRESIDENTE - Egon [email protected]

1º VICE-PRES. - Arnildo [email protected]

2º VICE-PRES. - Geraldo Schü[email protected]

SECRETÁRIO - Rubens [email protected]

TESOUREIRO - Renato [email protected]

PEM - Adilson Schü[email protected]

PROJETOS - Mario [email protected]

[email protected]

TELEFONE(51) 3332-2111

ALdAIR ROOS – no dia 1º de maio de 2011, instalado como pastor na CEL Trindade de Peabiru, PR, pelo conselheiro do Distrito Paraná Norte, pastor Danilo Maia Eberhardt. Era pastor em Baixo Guandu, ES.

EMERSOn CARLOS IEnKE – no dia 17 de julho de 2011, instalado como pastor na CEL Santíssima Trindade, Joinville, SC, pelo conselheiro do Distrito Nordeste Catarinen-se, pastor Waldir Léo Sabka. Era pastor em Itaguaçu, ES.

ARI SCHEunEMAnn vORPAGEL – no dia 3 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL Cristo, Palmitos, SC, pelo con-selheiro do Distrito Oeste Catarinense, pastor Haroldo Kinas. Estava sem chamado.

CLáudIO dA CRuz COSTA – no dia 4 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL Ebenézer do bairro Campo Limpo, São Paulo, SP, pelo conselheiro do Distrito Paulis-ta, pastor Mario Rost. Estava sem chamado.

fREdOLInO SEIBOTH fILHO – no dia 4 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL Bom Pastor, Nova Mutum, da PEL Bom Senhor de Lucas, Rio Verde, MT, pelo conselheiro do Distrito Norte Mato-Grossense, pastor Ilto Celvino Mathias. Era pastor em Campo Verde, MT.

HEdO ILGO vOSS – no dia 4 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL São João, Charrua, RS, pelo conselheiro do Distrito Rio Uruguai, pastor Flávio Jandt. Era pastor em Palmitos, SC.

LOTáRIO vARGOn MATHIAS – no dia 4 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL Concórdia, Marabá, PA, pelo conse-lheiro do Distrito Vale do Tocantins, pastor Darlon Davi Ulrich. Era pastor em Piedade, SP.

PAuLO KuCK – no dia 18 de setembro de 2011, instalado como pastor na CEL Sião, Santo Ângelo, RS, pelo conselheiro do Distrito Vale do Rio Ijuí, pastor Ailton José Müller. Era pastor em Manaus, AM.

CONTRIBUIÇÕES DAS CONgREgAÇÕES

Valores válidos para novembro/2011

IEG=1,5972 POUP=2,6018 IFAPAI=3,4222 IFPP=3,5424

Rentab. [Líquida] (mensal atual) FPP/FAPAI = 0,7585% Poupança = 0,5623

Política de Subsistência Pastoral: Básico: R$ 2.017,00

(válido a partir de abril/2011)

Anuênios (cada ano pós formatura) (1º ao 15º) = R$ 72,61 e (16º ao 20º) = R$ 36,31

Lembramos a ênfase da livre negociação entre congregações e pastores.

Não deveria ser menor que os valores acima indicados.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Realizado 2010 145.659,30 132.607,53 224.557,49 170.273,78 157.706,27 203.393,26 211.234,13 190.341,07 205.947,14 209.755,96 236.089,60 261.318,42Meta/11 178.037,50 141.879,58 209.697,10 183.816,04 188.394,24 196.299,47 205.971,71 193.309,32 225.246,72 212.012,80 209.301,38 278.034,15Realiz.2011 193.461,25 162.870,93 227.148,70 189.028,10 209.310,28 240.265,42 203.265,43 230.825,19 226.299,69

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

200.000,00

220.000,00

240.000,00

260.000,00

280.000,00

www.ielb.org.br

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Mensageiro das CriançasEncarte do Mensageiro Luterano de novembro de 2011

Acolhendo e Integrando

Dibbs – Olá, crianças! Estamos aqui mais uma vez para conversarmos um pouco. Lembram que falamos que neste mês é comemorado o Dia de Ações de Graças? Ser gra-to é manifestar contentamento por algo que recebemos. Vamos lembrar alguns episódios bíblicos de pessoas que agradeceram.Keite – Eu me lembro de Noé, que agradeceu junto com sua família por Deus os ter salvado do dilúvio. Ao saírem da arca, eles montaram um altar, ofertaram a Deus e ora-ram para agradecer. Dibbs – Outro exemplo que me lembro é o de Abraão, que levantou muitos altares para prestar cultos a Deus e agradecer as muitas bênçãos que recebeu. Dentre as bênçãos recebidas por Deus está ele ter sido escolhido para formar o povo de Deus e também o nascimento de seu filho, Isaque, conforme Deus prometeu.Keite – Mais um exemplo foi o de Maria, mãe de Jesus. Ela compôs um hino de agradeci-mento quando soube que seria mãe do Sal-vador do mundo. Dibbs – Vamos ver quais são os motivos que nós temos para agradecer? Temos que agra-decer pela nossa vida, pelos nossos pais, pe-los nossos irmãos...Keite – E também pelo alimento que temos para comer, pela nossa escola e principal-mente pela nossa igreja. Por termos pastores e professores que nos ensinam as verdades de Deus. Os professores nos ensinam tam-bém sobre os milagres que Jesus fez. Dibbs – Jesus fez muitos milagres, e um de-

les foi a cura dos leprosos. É sobre esse milagre que a professora Jeane fez as atividades nesta revista. Dibbs – Será que nossos amiguinhos sabem ser agrade-cidos? Sabem agradecer pelo que recebem todos os dias? Keite – Nós agradecemos orando, cantando e ofertando. Vamos ver como os leprosos manifestaram seu agradeci-mento? Dibbs – Vamos fazer as atividades agradecendo por po-dermos fazer o que a professora Jeane preparou para nós.

Célia Marize Bündchen

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Page 47: Mensageiro Luterano - Novembro 2011

A G R A D E C E R S

M F T E R R A Q O A

O A E R V A S S U U

R M E D O X A E P D

H I G R E J A R A E

A L I M E N T O S Z

D I X O R V A L H O

I A R F S O L F Q I

V K C O R P O Y G O

X B W P E R D Ã O B

2 Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte Mensageiro das crianças

MC AtividadesSaber agradecer é importante!Neste mês de novembro, na quinta-feira do dia 24 , vamos comemorar o Dia de Ação de Graças. Este dia é comemorado no mundo inteiro. Ação de Graças – dia de gratidão, de reconhecimento pelas bênçãos.Você sabe que, em muitos lares cristãos, existe o belo costume de orar antes e depois das refeições. Na verdade, todos os dias devem ser de Ação de Graças, pois temos motivos mais que suficientes para louvar e agradecer a Deus em todos os momentos e situações de nossa vida.Leia com o papai e com a mamãe o texto de Lc. 17. 11-19 e responda:

1 Quando Jesus estava viajando para Jerusalém, passando pelas re-giões de Samaria e Galileia, o que aconteceu?

3 Pinte no diagrama as palavras que nos lembram a gratidão a Deus.

2Jesus atendeu o pedido dos dez leprosos e curou todos eles. Quan-tos lembraram de agradecer a Jesus pela cura de sua doença?

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Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte Mensageiro das crianças 3

4 Complete as frases com as palavras em negrito.

6 Pinte o desenho que mostra uma Ação de Graças pelo alimento que recebemos do Senhor.

5O Dia de Ação de Graças é um dia especialmente dedicado à gratidão. Porém, todos os dias devem ser de Ação de Graças para o Filho de Deus, nosso Salvador. Escreva uma oração

de agradecimento a Deus por todas as coisas boas e belas que nos deu e continua a nos dar.

Jeane Mari Chaves M

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DIA

LEPRA - AGRADECER - PECADO - LEPROSOS - INGRATIDÃO - ORGULHO - GRATIDÃO - JESUS

a) A __________________ revela egoísmo, vaidade, __________________ e falta de educação.

b) Eu e você temos uma doença muito pior que a ______________. É o ___________________.

c) Assim como ______________ proveu a cura para os dez ______________, ele também proveu a cura para os nossos pecados.

d) Jesus curou dez leprosos, mas, somente um voltou para ______________________________.

e) Ação de Graça ou ___________________ se mostra nas atitudes do dia a dia quando acolhemos e inte-gramos os que estão ao nosso redor.

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Olá, amiguinhos do MC.Nós da Escola Bíblica da Congregação Concórdia, Sítio Flo-resta, Pelotas, RS, aceitamos o desafio do mês de agosto. Baseamos a nossa montagem no Evangelho de Mt 6.28, 29. Nosso pastor é Darcy Schreiber e nossos professo-res são: Vera Luciane Z. Perleberg; Leandra Storch, Clei-de Botelho, Carlos Ribeiro, Ana Paula P. Schreiber, Cintia Griep e Taiana Tuchtenhagen. Desejamos a todos as mais ricas bênçãos de Deus. Até mais!

4 Mensageiro | noveMbro 2011 | encarte Mensageiro das crianças

Desafio do mêsQue tal aproveitar as férias que vêm chegando para fazer o desafio do mês com um amigo da escola? Convide um amigo para juntos fazerem desenhos sobre sua escola. É uma ótima oportunidade para falar de Jesus para ele.

Envie os desenhos até o dia 20 de dezembro para:

Mensageiro das CriançasAv. São Pedro, 633 - Bairro São Geraldo

CEP: 90230-120 - Porto Alegre, RS

Olá, meu nome é Samuel Forster e moro em Cacoal, RO. Tenho 9 anos e tenho duas irmãs gêmeas. Sou filho do pastor Volmir Forster e da pro-fessora Nelsi Kra-

cke Forster. Obrigado por Deus ter vindo aqui na terra me salvar. Jesus te ama e ressuscitou para nos salvar!

Natalia - 3 anos

Felip - 8 anos

Camile - 8 anos

Rian - 9 anos

Elena - 4 anos

Samuel - 3 anos

João Vitor - 8 anos

Iury - 5 anos

Douglas - 11 anos

Isabelle - 1 ano

Miguel - 8 anos

Rafaela - 6 anos

Bruno - 2 anos

Henrique - 4 anos

Lucas - 1 ano

Rafael - 8 anos

Larissa - 7 anos

Lívia - 2 anos

Erick - 9 anos

Pâmela - 4 anos

Ana Paula- 8 anos

Maria Eduarda - 9 anos

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