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Marcos Bagno e o Preconceito Linguístico
UNILASALLEDisciplina de Leitura e Produção Textual
Professora Lia Schulz
Marcos Bagno- Nasceu em Minas Gerais, mas viveu em váriosestados brasileiros;- Linguista, pesquisador e professor da UnB;- Tradutor;- Escritor de literatura (infanto-juvenil) e de obras relacionadas aos temas da linguagem humana;- Graduado e mestre pela UFPE (com a análise de livros didáticos de língua portuguesa) e doutor em Linguística pela USP.
Fonte: http://marcosbagno.com.br/site/?page_id=2
LinguísticaCiência que estuda, pesquisa, descreve e analisa a linguagem;Objeto: línguas humanas (língua x fala);Fundação como ciência: publicação do Curso de Linguística Geral, de Ferndinad Saussure, em 1916 (publicação póstuma, feita por alunos);Várias áreas de investigação e escolas: Linguística Histórica, Fonética, Fonologia, Morfologia, Sintaxe, Linguística Textual, Semântica e Pragmática;Divisão recente: Linguística e Linguística Aplicada.
SociolinguísticaFixação do termo Sociolinguística como uma área da Linguística – 1964, congresso da UCLA;1966: publicação de “As Dimensões da Sociolinguística”, de William Bright – definição e caracterização da nova área;Objeto de estudo: a diversidade linguística;Temas: identidades sociais, estudo dos dialetos, contextos e usuários, comportamento ou atitudes linguísticas;Origem interdisciplinar: Antropologia, Sociologia, Política, Educaçaõ e Linguística.
William LabovProfessor da Universidade da Pensilvânia (Página na internet)Linguista norte-americano, nasceu em 1927, em Nova Jersey;Estudou em Harvard, fez seu doutorado na Columbia, onde lecionou até os anos setenta, quando passou a ensinar e pesquisar na “Penn”;Considerado um dos maiores contribuintes para a fundação do método da Sociolinguística; O revolucionário trabalho de Labov:(Artigo na wikipedia)
Sociolinguística: objeto, conceitos, pressupostos
Objeto: estudo da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social – situações reais de uso;Ponto de partida: Comunidade linguística, conjunto de pessoas que interagem verbalmente e que compartilham um conjunto de normas com respeito aos usos linguísticos;Pesquisa quantitativa e qualitativa, geração de dados (entrevistas de narrativas pessoais), gravação e registro, transcrição, formação de um corpus de análise, bancos de dados para análise posterior;Exemplos: Projeto NURC, VARSUL.
Variação Linguística
Diferentes modos de falar que caracterizam qualquer comunidade;Repertório verbal: conjunto de variedades de uma comunidade;Qualquer língua é sempre representada por um conjunto de variedades;Portanto, para se estudar o fenômeno linguístico total não se pode separar língua de fala, competência de desempenho;Para a Sociolinguística, não há como separar o fenômeno da língua de fenômenos sociais.
Língua e variedadeLíngua – conjunto de variedades linguísticas;Toda a língua é sempre heterogênea, múltipla, variável e instável;Todas as línguas do mundo são sempre continuações históricas;Exemplos de mudanças diacrônicas (do português arcaico ao português moderno) e sincrônicas;Variação geográfica (diatópica) e variação social (diastrática);Social – identidade dos falantes e origanização sociocultural da comunidade linguística (classe social, idade, sexo, situação ou contexto social);Variação estilística ou de registros (que usamos durante o dia).
Voltando ao autor, Marcos BagnoGrandes contribuições ao ensino de língua
portuguesa:● Gramática é a mesma coisa que língua?● Que língua nós falamos?● Que língua escrevemos?● O que sabemos sobre nossa língua?● O que a língua tem a ver com a identidade pessoal ou de
um determinado grupo ou país?● O que a língua tem a ver com as questões sociais?● O que a Linguística pode nos ensinar sobre tudo isso?
Obras do autor
Preconceito Linguístico: o que é, como se faz
Livro de 1999 muito lido e debatido nas universidades brasileiras que marcou uma nova fase de discussão e pensamento sobre a língua portuguesa, a variação linguística e a contribuição da Linguística;
Tese principal:o preconceito social também aparece na forma de preconceito linguístico;
● Confusão entre língua e gramática● Heranças da tradição gramatical● Conjunto de mitos que compõe um quadro de preconceito
linguístico no país
Mitologia do Preconceito Linguístico
1. Unidade linguística2. Brasileiro não sabe português3. Português é muito difícil4. As pessoas sem instrução falam tudo errado5. O lugar onde melhor se fala Português no Brasil é o Maranhão6. O certo é falar assim porque se escreve assim7. É preciso saber gramática para falar e escrever bem
Instruções para o seminário da próxima aula, 29 de agosto
- 8 Grupos: um grupo para cada mito;- Pesquisa e apresentação do tema sorteado;- Explicação sobre os argumentos utilizados pelo autor e
utilização de exemplos concretos;- Elaboração de material para ser apresentado e/ou distribuído
para os colegas e para a professora;- Cada participante deve ter uma função e uma participação no
seminário, o que deve ser registrado no material que será entregue à professora;
- Leituras adicionais são recomendadas para dar qualidade à argumentação dos grupos (Leitura obrigatória: cap. 3 do livro)
Referências BibliográficasALCKMIM, Tania. Sociolínguística, parte 1. In Fernanda Mussalin e Anna Chrsitina Bentes. Introdução à Linguística. Vol. 1. Domínios e Fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001.BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico. O que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999.BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso. Por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
Dados Biográficos:Marcos Bagno – www.marcosbagno.com.brWilliam Labov – Wikipedia