manual para elaboração de relatório técnico
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Centro de Tecnologia SENAI-RJ Euvaldo Lodi
Rio de Janeiro
2008
© SENAI – Departamento Regional do Rio de Janeiro.Centro de Tecnologia Euvaldo Lodi.
É autorizada a reprodução total ou parcial deste material desde que mencionada a fonte de pesquisa referente.
Equipe Técnica Coordenação Luiz Eduardo Campino Rodrigues Chefe de Centro de Referência Elaboração Mônica Cristina Cavalcante Braga Instrutor I Rafael Deolindo Pereira Instrutor I Colaboração Lélio Flidesvida Rodrigues Instrutor I Elisabete Veras Bibliotecária
Catalogação-na-Publicação (CIP) - Brasil
SENAI. RJ. Centro de Tecnologia de Euvaldo Lodi.
Manual para Elaboração do Relatório Técnico de Estágio Supervisionado. /
SENAI. RJ. Centro de Tecnologia de Euvaldo Lodi. -- Rio de Janeiro, 2008.
30 p. ; il.
Inclui anexos.
1. Normalização. 2. Relatório Técnico. I. Título.
APRESENTAÇÃO
Prezado Aluno,
É com imensa satisfação que apresentamos o Manual para Elaboração
do Relatório Técnico de Estágio Supervisionado do Centro de Tecnologia
SENAI Euvaldo Lodi. Esta ferramenta será muito útil para orientá-lo na
elaboração de seu relatório que registra as principais atividades desenvolvidas
no decorrer do seu período de estágio.
Este manual é o resultado de um esforço multidisciplinar desenvolvido
pelos professores do CTS Euvaldo Lodi reunindo conteúdos de diversas áreas
como leitura de conteúdo e normatização, passando por informática e outros
conceitos, com o objetivo de oferecer ao aluno uma ferramenta que facilite a
confecção do relatório e possibilite a adequação às normas que são exigidas
quando da sua apresentação.
Mais do que um instrumento de ajuda, este manual, escrito em
linguagem simples e de fácil compreensão, e com um material gráfico
abundante cercado de exemplos, servirá como um verdadeiro guia de base
para esclarecimentos de possíveis dúvidas, além de auxiliá-lo no planejamento
e na concepção de um trabalho de qualidade.
Bom Trabalho e Mãos à Obra
SUMÁRIO
1 CONCEITO DE RELATÓRIO TÉCNICO ..................................................... 05
1.1 O relatório Técnico de Estágio Supervisionado ...................................... 05
1.2 Exigências do SENAI para Relatório Técnico .......................................... 06
1.3 Normalização do Relatório Técnico .......................................................... 06
1.4 Organizando-se para o Trabalho............................................................... 06
2 ESTRUTURA E ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO .................... 09
2.1 Padrões de Formatação ............................................................................. ........ 09
2.2 Elementos do Relatório Técnico ............................................................... 11
2.2.1 Elementos Pré-textuais .............................................................................. 12
2.2.1.1 Capa ............................................................................................................. 12
2.2.1.2 Folha de Rosto ............................................................................................. 13
2.2.1.3 Resumo ........................................................................................................ 14
2.2.1.4 Lista de Siglas e Símbolos Utilizados ........................................................... 14
2.2.1.5 Lista de ilustrações ....................................................................................... 14
2.2.1.6 Sumário ........................................................................................................ 15
2.2.2 Elementos Textuais .................................................................................... 15
2.2.2.1 Introdução .................................................................................................... 15
2.2.2.2 Atividades Desenvolvidas ............................................................................. 16
2.2.2.3 Avaliações e Sugestões ............................................................................... 21
2.2.3 Elementos Pós-Textuais ............................................................................ 22
2.2.3.1 Anexos ......................................................................................................... 22
2.2.3.2 Referências .................................................................................................. 23
ANEXOS ...................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 28
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1 O CONCEITO DE RELATÓRIO TÉCNICO
É possível conceituar um relatório como um documento que serve para
expor acontecimentos relevantes e resultados a cerca de atividades
desenvolvidas com a finalidade de assegurar a veracidade de tais fatos e
permitir consulta posterior dos registros efetuados.
Para tal os relatórios fazem uso de normas e especificações técnicas,
que visam estabelecer uma padronização e zelar pela qualidade do material
produzido, podendo, no entanto, serem flexibilizados de acordo com as
necessidades apresentadas ou mesmo em conformidade com o ramo de
aplicação.
1.1 O Relatório Técnico de Estágio Supervisionado
Existem vários tipos de relatório: técnico-científicos, de viagem, de
estágio, de visita, administrativos, dentre outros. Nosso foco nesse manual será
o relatório técnico que tem como objetivos principais descrever experiências e
atividades desenvolvidas que possam comprovar a aplicação prática dos
conteúdos absorvidos durante os Cursos do SENAI.
Segundo o Manual de Estágio Supervisionado do SENAI
(2006, p.42):
A apresentação do relatório, ao final do estágio pelo aluno, constitui importante
instrumento de avaliação para conclusão do curso e a obtenção da habilitação
profissional. [...] O relatório deve ser objetivo, ficando circunscrito ao tema do
estágio, evitando a abordagem de outros assuntos não correlatados a ele. O
estagiário deverá descrever as atividades desenvolvidas durante o seu programa
de trabalho, procurando ser preciso e correto quanto aos dados e informações,
apresentar conclusões e sugestões, que serão úteis às instituições interessadas
no estágio, empresa e instituição de ensino, de modo que proporcione uma visão
global do trabalho executado.
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1.2 Exigências do SENAI para o Relatório Técnico
1.3 Normalização do Relatório Técnico
Os relatórios técnicos devem ser elaborados de acordo com critérios
pré-estabelecidos, seguindo um conjunto de normas que visam padronizar e
manter a qualidade do conteúdo produzido, focando, sobretudo a organização
do material apresentado.
Além das normas internas do SENAI, previstas no Manual de Estágio
Supervisionado, o relatório técnico também deve adequar-se a uma coletânea
de normas estabelecidas pela ABNT regidas pela NBR 10719, que trata da
elaboração e apresentação de relatórios técnicos.
1.4 Organizando-se para o Trabalho
Para obter sucesso na elaboração de um relatório técnico seria
interessante considerar uma série de dicas que serão apresentadas no
decorrer desse manual; essas dicas servirão para que você consiga organizar
o seu trabalho e facilitarão a adequação do seu relatório às normas e padrões
exigidos, também permitirão mais agilidade na confecção do mesmo. É
possível dividir a elaboração do seu relatório nas seguintes etapas:
Segundo o “Manual de Estágio Supervisionado do SENAI”
(p11-13):
A conclusão do estágio supervisionado e a entrega do relatório final constituem
elementos indispensáveis, juntamente com o certificado de conclusão do ensino
médio, à obtenção pelo aluno do diploma de técnico. [...] esse relatório deverá
ser produzido em duas vias a serem entregues uma à Unidade
Operacional/UNOP e outra à empresa. “Ao final do estágio o Aluno Apresentará
a UNOP o relatório final com visto e carimbo da empresa”.
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a) Fase de Planejamento:
Procure traçar um plano inicial, tente elaborar um Cronograma;
Defina uma linha de base, uma prévia dos itens que serão
abordados;
Utilizando o editor de textos, faça um modelo inicial apenas para
futuras para inserções de informações, esse modelo já deve
conter os elementos pré-textuais e a estrutura do relatório, bem
como a formatação que será adotada; Depois ficará mais fácil
inserir apenas informações sobre essa base.
Organize seus arquivos no computador em pastas com nomes
condizentes com as atividades desempenhadas;
Sempre faça cópias de segurança em várias unidades de disco
diferentes, perder os dados pode parecer uma catástrofe, mas é
um problema muito comum na elaboração de relatórios finais;
b) Fase de Coleta e Organização de Informações:
Procure fazer anotações das atividades antes de transpor as
mesmas para o Arquivo Base. Não tente memorizar todas as
informações para depois digitá-las, você pode esquecer de algum
detalhe, que poderia ser importante ao desenvolvimento do
relatório; procure fazer anotações e resumos diários de suas
atividades isso facilita a sua análise posterior;
Procure coletar informações a cerca de todo o material recolhido
para ser anexado no trabalho. Dados como: fragmentos de livros
que serão citados, origens de documentos e figuras, que poderão
compor o trabalho, tudo deve ser registrado para facilitar futuras
inserções de acordo com as normas e configurações que serão
observadas posteriormente.
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c) Fase de Elaboração:
Faça uma revisão crítica do relatório, considere todos os fatos
envolvendo linguagem, formatação, estrutura e conteúdo. Para
facilitar a verificação ortográfica, utilize os recursos das
ferramentas de verificação que os Editores de Texto possuem
atualmente, porém é necessário utilizar com cuidado tal recurso,
pois o mesmo em alguns casos acaba induzindo ao erro. O
Recomendável é em caso de dúvida consultar um dicionário.
Toda vez que fizer uma alteração no relatório salve o arquivo
inserindo no nome a data da última atualização. Ex. Relatório
Técnico at 08-08-2008.
Não acumule muitas alterações para serem feitas e procure
gerenciar o tempo de execução das atividades relativas ao
relatório, mesmo com muito tempo restante o registro diário é
fundamental.
Lembre-se:
Relatar um fato ou uma atividade do relatório pode ser comparado a contar um filme ou uma história, o desenrolar dos acontecimentos está tão vivo e tão recente em nossa lembrança que nos faz esquecer de relatar pontos que seriam fundamentais ao desfecho dos fatos futuramente.
Quando demoramos muito tempo para relatar um fato, ocorre exatamente o oposto, acabamos esquecendo de alguns pontos que poderiam ser primordiais mais adiante, no desfecho dos acontecimentos.
Por isso realizar um registro dos fatos é tão importante, para manter a consistência e veracidade dos mesmos, quando forem passados para o relatório técnico.
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2 ESTRUTURA E ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO
2.1 Padrões de Formatação
Característica Configuração
Página
Tamanho do Papel A4 (21 x 29,7 cm
Margem
Esquerda 3 cm
Superior 3 cm
Direita 2 cm
Inferior 2 cm
Parágrafo
Alinhamento de Texto Justificado
Recuo Especial – Primeira linha / 2 cm
Espaçamento Depois – 6pt
Entre Linhas 1,5 linha
Fonte
Tipo: Arial ou Times New Roman
Tamanho: 12 pt
Estilo Normal (*)
Números de Páginas
Posição Início da Página (cabeçalho)
Alinhamento Direito
(*) Palavras de origem estrangeira ou termos técnicos que mereçam
destaque devem vir em itálico.
10
Co
mp
rim
en
to A
4:
29
,7 C
m
Margem Superior: 3,0 Cm
Margem Esquerda: 3,0 Cm
Medianiz: 0,5 Cm
Margem Direita: 2,0 Cm
Margem Inferior: 2,0 Cm
Recuo Especial Primeira linha: 2,0 cm
Largura A4: 21 Cm
Número de Página
8
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2.2 Elementos do Relatório Técnico de Estágio Supervisionado
A partir desse ponto iremos observar a estrutura de um relatório Técnico
e seus elementos de acordo com as normas da ABNT e apresentaremos
sugestões e dicas de elaboração. Para isso consideraremos a seguinte
estrutura:
Figura 1 – Estrutura do Relatório Técnico
12
2.2.1 Elementos Pré-Textuais
Estes elementos dedicam-se a identificar o trabalho e situar o leitor
quanto às características do mesmo e das atividades desenvolvidas:
2.2.1.1 Capa
É elemento de proteção e estética onde devem constar itens que
auxiliam na identificação do trabalho e do estagiário; deve conter nome da
instituição, curso, nome do aluno, título e tema do trabalho, Local e Data:
CENTRO DE TECNOLOGIA SENAI-RJ EUVALDO LODI
CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA
NOME DO ALUNO
RELATÓRIO TÉCNICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(AQUI ENTRARÁ O TEMA DO TRABALHO)
RIO DE JANEIRO
JUNHO DE 2008
13
2.2.1.2 Folha de Rosto
Tem como função ser a fonte principal de identificação do relatório e
deve conter um resumo das informações do estágio. São elas:
Local do Estágio;
Período;
Carga Horária;
Setor ou Área de Atuação;
Tipo de Estágio;
Coordenador da Empresa;
Supervisor Técnico do SENAI.
CENTRO DE TECNOLOGIA SENAI-RJ EUVALDO LODI
CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA
NOME DO ALUNO
RELATÓRIO TÉCNICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
(AQUI ENTRARÁ O TEMA DO TRABALHO)
Local do Estágio: Nome da Empresa.
Período: 01-Janeiro até 01- Dezembro.
Carga Horária: 250 Horas.
Setor ou Área de Atuação: Departamento em que fez estágio.
Tipo de Estágio: Obrigatório.
Coordenador da Empresa: Fulano de Tal.
Supervisor Técnico do SENAI: Beltrano de Tal
RIO DE JANEIRO
JUNHO DE 2008
A forma mais usual de elaboração de folha de rosto é a textual, onde esses elementos são unificados, conforme o exemplo:
Relatório Técnico de Estágio Supervisionado, referente às atividades desenvolvidas na empresa Tal, no período de XX de Janeiro de 2008 até XX de Julho de 2008; apresentado ao Centro de Tecnologia SENAI-RJ Euvaldo Lodi, como exigência para a obtenção do grau de Técnico em Mecânica.
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2.2.1.3 Resumo
É a condensação dos pontos mais relevantes do trabalho: desde as
atividades desenvolvidas até as conclusões obtidas. Deve ser informativo e
claro, dando ao leitor uma idéia geral do trabalho e permitindo a escolha por
sua leitura completa.
Composto por apenas um parágrafo deve conter entre 150 e 500
palavras e ser escrito de maneira concisa e coerente. Devem ser escritas, ao
final do mesmo, três palavras-chave que irão enfatizar os pontos principais de
todo o trabalho.
2.2.1.4 Lista de Siglas e Símbolos Utilizados
Tem como principal função situar o leitor a cerca de possíveis
abreviaturas e termos técnicos que poderão surgir no decorrer do texto do
trabalho. Deve conter a sigla e em seguida a sua definição. Exemplo:
P.C.P – Planejamento e Controle da Produção
E.P.I – Equipamento de Proteção Individual.
2.2.1.5 Lista de Ilustrações
Situa o leitor sobre o material gráfico utilizado para ilustrar possíveis
conteúdos dentro do texto do relatório. Deve conter o nome e a legenda da
figura ou tabela em questão e sua respectiva página. Funciona como um
sumário de figuras. Lembrando que as figuras apresentadas como anexo não
entram na composição dessa lista que menciona apenas as ilustrações que
surgem no decorrer do texto. Observe o exemplo:
LISTA DE FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 DETALHE DA PEÇA A 06
FIGURA 2 ESQUEMA DE CORES DOS FIOS 07
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2.2.1.6 Sumário
De acordo com as recomendações da NBR 6027, deve vir antes da
introdução e conter os títulos das seções de texto do relatório, e também os
elementos pós-textuais. Observe o exemplo:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 06
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 07
2.1 Visita Técnica ...................................................................................................... 07
2.2 Reforma de Máquinas ......................................................................................... 12
2.3 Manutenção Preventiva ...................................................................................... 15
3. AVALIAÇÕES E SUGESTÕES ........................................................................... . X
ANEXOS ............................................................................................................... X
REFERÊNCIAS .................................................................................................... X
Uma dica interessante é confeccionar o sumário dentro de uma tabela e
depois, apenas formatar seus itens e realizar a arrumação do conteúdo.
Não se esqueça que tanto no texto, quanto no sumário, os itens deverão
seguir uma numeração progressiva, de acordo com sua estrutura de títulos e
subtítulos, não podendo ultrapassar os cinco itens.
2.2.2 Elementos Textuais
Estes são os principais elementos de seu relatório, são a razão dele
existir, esses itens constituem o principal e maior conteúdo de seu relatório e
sua elaboração também deve ater-se a parâmetros e normalizações.
2.2.2.1 Introdução
Consiste em uma apresentação geral da empresa, é feita de forma
textual, ou em ficha, porém deve observar os seguintes itens abaixo:
Nome da Empresa;
Ramo de Atividade;
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Descrição das Atividades;
Estrutura Organizacional: Setores, cargos e organograma;
Atividades Desempenhadas: Atividades que o aluno desempenha na empresa;
Estrutura Física.
As informações contidas na introdução visam auxiliar o leitor na
compreensão a cerca do tamanho físico e da área de atuação da empresa de
estágio, demonstrando de maneira simples e objetiva um resumo do perfil da
empresa, suas atividades, departamentalização, estrutura física e quais as
atividades desenvolvidas pelo indivíduo na mesma.
2.2.2.2 Atividades Desenvolvidas
Neste item é chegada a hora de expor com clareza e concisão os
principais fatos ocorridos durante o período de estágio e que o aluno considera
mais relevantes para a sua formação profissional. Para tal, é necessário seguir
algumas recomendações que envolvem, sobretudo a normalização e os
elementos de redação técnica.
Além das normas de regulamentação que visam sobre os aspectos de
configuração de páginas o estagiário deverá se ater aos seguintes detalhes:
Organização das Atividades Desenvolvidas
Cada uma das atividades desenvolvidas deverá possuir uma numeração
própria, e deve acompanhar a numeração progressiva referente ao sumário. As
atividades podem ser divididas em grupos distintos, com seus respectivos
nomes. Esse procedimento facilitará a leitura do relatório e possibilitará, ainda
no sumário, ter uma visão geral de sua abrangência. Tais atividades devem
estar divididas em realizações diárias que irão permitir melhor visualização e
entendimento cronológico do desempenho do estagiário. Veja o exemplo:
2.1. VISITA TÉCNICA
Dia 16- 08 - 2008
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Figura 2 – Estrutura das Atividades Desenvolvidas
Atividades relevantes
Todas as atividades consideradas relevantes para a avaliação do
período de estágio devem ser ordenadas e citadas no relatório
técnico de estágio supervisionado como por exemplo: estudos,
atividades práticas, reuniões, projetos, cursos visitas, entre
outros. O ideal é sempre destacar sua parcela de contribuição
para a realização da atividade.
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Clareza
O texto deve conter um relato claro e em linguagem correta e que
facilite a percepção. Ainda neste item o aluno deve atentar para a exposição
real e precisa dos fatos, sem rodeios para evitar distorções nos conceitos e
atividades apresentadas. Tal procedimento também evita possíveis duplas
interpretações das atividades descritas. Os fatos ocorridos no desenvolvimento
do trabalho devem estar claramente explicitados, convencendo o leitor com
dados e fatos, baseando-se em verdades claramente formuladas e em
argumentações lógicas.
Objetividade
Objetivo do Relatório: Este item refere-se às idéias que são
expressas. Devem ser expostas apenas aquelas que são relevantes; Desde o
início das atividades e da elaboração do trabalho é necessário traçar com
clareza um objetivo principal a ser atingido e em cima dele construir uma linha
de base, isso auxilia até mesmo na definição da estrutura do mesmo. Uma vez
definido esse objetivo, durante toda elaboração do relatório o aluno deverá
fazer o possível para não se distanciar demasiadamente do foco principal de
suas abordagens.
Precisão
Na elaboração do relatório técnico o aluno deve atentar para os
elementos que podem desqualificar o seu trabalho enquanto profissional, pois
um erro na transcrição das atividades pode comprometer gravemente sua
avaliação. Por esse motivo, se faz necessário que o aluno dispense boa parte
de sua atenção para os elementos técnicos tais como cálculos, desenhos,
medidas normas e procedimentos. A precisão e a exatidão nas mensurações,
bem como o registro e a transcrição de tais medições deve ser direcionada
para que o trabalho técnico realizado não sofra questionamentos. É importante
ressaltar também que as palavras utilizadas para expressar as idéias sejam
exatamente aquilo que tais palavras significam, e não o que se supõe que
significam.
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Concisão
É a característica de expressar o máximo de informações com o
mínimo de palavras, não é preciso se estender com frases muitos longas para
expressar as atividades ou mesmo demonstrar conhecimento de vocabulário.
Escrever frases muito extensas pode dificultar a percepção do leitor quanto ao
foco principal do que se pretende relatar.
Coerência
Diz respeito à relação lógica entre idéias, situações ou
acontecimentos. Um ponto que merece destaque é a questão da profundidade
com que o assunto é tratado, que deve se manter constante, evitando
variações bruscas ou mudanças repentinas de foco, ou mesmo detalhamentos
exagerados, pois isto dispersa a atenção do leitor, que muitas vezes tem que
fazer um esforço para reencontrar a linha de raciocínio. Do corpo do relatório
deve fazer parte apenas o que seja necessário ao desenvolvimento lógico do
assunto, detalhes mais aprofundados devem ser colocados nos anexos.
Coesão
É a harmonia interna entre as partes de um texto, e deve ser
buscada com o objetivo de que, posteriormente, a leitura possa fluir
suavemente.
Correção
A correção gramatical é requisito indispensável na elaboração do
relatório e de suma importância, pois um fato relatado gramaticalmente de
maneira incorreta corre o risco de perder credibilidade, além, de prejudicar a
coexistência das demais qualidades do relatório. A correção nesse caso
abrange o sentido mais amplo da palavra, ou seja, texto, figuras e gráficos
apresentados não devem conter erros, sejam eles ortográficos, de
concordância verbal e nominal, de ordem, gênero, de descrição das
informações, entre outros. É necessário lembrar que erros relacionados à
procedimentos técnicos ou mesmo em medida de grandezas físicas, serão
levados em consideração quando da discussão e conclusão do trabalho e
podem pesar contra o aluno na sua avaliação.
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Imparcialidade
Ao redigir um relatório técnico o autor não deve tecer elogios
gratuitos nem a própria pessoa e nem mesmo às possíveis empresas ou
marcas citadas em suas atividades. É necessário conduzir o leitor por um
raciocínio imparcial dos fatos e deixar claro, onde e quando aplicável, as
possíveis limitações do trabalho. O ideal é não fazer uso de fontes de
informações relativas ou não muito confiáveis.
Simplicidade
Sempre que possível, a linguagem utilizada no relatório técnico
precisa fugir de gírias e jargões. A simplicidade ao escrever e expressar as
idéias, utilizando, quando conveniente ou necessário, gráficos e figuras para
melhor ilustrar o desenvolvimento, deve fazer parte da proposta inicial do
relatório técnico.
Informação completa
Cada assunto quando abordado precisa ser explorado de forma
completa. As argumentações devem ser conduzidas de maneira plena até uma
conclusão lógica das atividades desempenhadas. O aluno não deve se prender
na abordagem dos assuntos apenas pela metade.
Pessoalidade
A Idéia de um relatório técnico é retratar com fidelidade a vivência
prática empresarial adquirida no decorrer do período de estágio. Por esse
motivo se faz necessário que o estagiário efetue uma narrativa dos fatos
buscando dar ênfase a sua participação nos mesmos. Dimensionando
exatamente quais atividades desenvolveu no decorrer do processo e em que
pontos atuou ativamente.
Notas de Rodapé
Sempre que o aluno sentir necessidade de fazer referência a algum
aspecto teórico aprendido durante o curso do SENAI, e a aplicação prática das
técnicas do dia-a-dia empresarial, isto deverá ser feito através de notas de
rodapé, seguindo as normas relacionadas a este tipo de citação.
21
Utilizar notas de rodapé permite manter a harmonia e a lógica entre os
elementos do texto, sem interromper a leitura com citações que podem desviar
o leitor do foco principal da narrativa.
Para utilizar uma nota de rodapé basta inserir uma numeração em
sobrescrito após o termo que se deseja complementar ou mesmo fazer
referência.
Na parte debaixo da folha basta inserir uma linha com 03 cm de largura
e logo abaixo colocar a ordem dos itens e suas respectivas definições ou
referências.
Ex.: [...] coordenador de engenharia da empresa em que presto estágio,
visando acompanhar manutenção preventiva em exaustores ¹.
¹ Segundo Jardim (2008), Manutenção de Exaustores é...
2.2.2.3 Avaliações e Sugestões
Esta etapa consiste na conclusão das atividades, o desfecho onde são
apresentadas constatações e sugestões. No tocante à organização pode ser
dividida em 2 subtítulos, um para cada item (avaliações e sugestões), ou
mesmo uma compilação dos dois itens.
Tanto as avaliações quanto as sugestões devem ser apresentadas
dentro de três vertentes e visões diferentes, considerando as principais
contribuições para o aluno, empresa e SENAI.
PARA O ALUNO PARA A EMPRESA PARA O SENAI
O quanto o estágio
agregou de valor
profissional e até mesmo
pessoal aos seus
conhecimentos?
Qual o parecer que o aluno
pode traçar dentro de uma
visão técnica dos processos
vivenciados no dia-a-dia
empresarial?
Quais as sugestões que o
aluno pode apresentar para a
melhoria de tais atividades?
Qual a análise que o aluno faz
do acompanhamento de seu
período de estágio e do quanto
o ensino do SENAI contribui
para agregar valor a sua
formação profissional?
Quais as sugestões de
melhoria para a sistemática de
estágio e seu
acompanhamento?
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O aluno não deve se esquecer de que estes itens (avaliações e
sugestões) são a forma de avaliar a síntese de seu entendimento e o
alinhamento estabelecido entre a teoria e a prática executada, configurando
como a consolidação do conhecimento adquirido.
2.2.3 Elementos Pós-Textuais
Estes elementos permitem apresentar informações complementares do
trabalho, dando embasamento e consistência às considerações e informações
contidas no mesmo.
2.2.3.1 Anexos
Consiste na inserção no trabalho de elementos que o autor julgue
necessários para fundamentar, ilustrar e consolidar informações que foram
apresentadas nos elementos textuais ou mesmo permitir uma melhor
visualização.
Ex.:
ANEXO A - DESENHO TÉCNICO
Fonte Tal – AS – Dezembro de 2007
23
Devem ser identificador por letras maiúsculas, seguida por travessão
e seus respectivos títulos. Quando ultrapassar as 23 letras do alfabeto usa-se
letras dobradas (AA). Também é ponto fundamental citar as referidas fontes de
pesquisa.
2.2.3.2 Referências
Sempre que o aluno julgar necessário, sobretudo no decorrer dos
elementos textuais poderão ocorrer citações de autores através de notas de
rodapé. Quando isso ocorre se faz mencionar os autores e as referidas obras
em questão bem como os possíveis sites e conteúdos pesquisados.
Isso deve ocorrer de acordo com a NBR 6023 que resumidamente,
dita os seguintes parâmetros para a elaboração de referenciais bibliográficos:
Livros
Sobrenome do autor, em letras maiúsculas, seguido do nome.
Depois indicamos o nome do livro em destaque, edição, local da edição
(cidade), editora e ano da publicação.
- Publicações impressas com um único autor:
SOBRENOME, Nome. Título. Edição. Local: Editora, Ano.
Exemplo:
JARDIM, Marcos. Projetos de Mecânica. 4. d. São Paulo: Atlas, 2002.
- Publicações impressas com dois autores:
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Edição
Local: Editora, Ano.
Exemplo:
GUZMAN, Alberto; SILVA, João. Circuitos Elétricos: completo e fácil. 1.
ed. Porto Alegre: ArtMed, 2002.
24
- Publicações impressas com três autores:
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome.
Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, Ano.
BLACK, J. T.; KANNENBERG, G.; PIZZATO, F. O projeto da Fábrica com
Futuro. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 1998.
- Publicações que reúnem textos de vários autores
SOBRENOME, Nome. Título do texto. In: SOBRENOME, Nome. Título
da obra. ed. Local: Editora, ano. (página inicial-página final)
Publicações em meio eletrônico
As regras para entrada de autoria na referência de publicações em
meio eletrônico são as mesmas dos livros impressos.
As alterações vêm depois do título:
SOBRENOME, Nome. Título. Ano. Disponível em: http://www…, Acesso
em: XX.jan.2008.
Exemplo:
ENCICLOPEDIA del perro: una guia para conocer a fondo a tu mejor
amigo. [S.l.]: CDWare, c1996. 1 CD-ROM.
IMPETIGO. In: DICIONÁRIO médico para leigos. São Paulo: Hospital das
Clínicas da FMUSP, [199-]. Disponível em: <http://www.hcnet.usp.br/
dicionario/ divi_de_clinica_dermato.htm>. Acesso em: 18 jan. 2000.
Atenção
Quando o livro citado possui mais de três autores, colocamos apenas
o primeiro e acrescentamos a expressão 'etalii', que significa 'e outros'.
25
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Minerva. Rio de
Janeiro, [199-?]. Disponível em: <http://www.minerva. ufrj.br/>. Acesso em:
2 fev. 2001.
Atenção
Um critério que deve ser levado em consideração na elaboração do
Referencial Bibliográfico é a cronologia (ordem de tempo) das publicações e sites.
Devemos citar sempre a partir da publicação mais recente para a mais antiga.
26
ANEXOS
27
ANEXO A - MODELO DE DESCRIÇÃO
DAS ATIVIDADES (MECÂNICA)
2.1 PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO
Dia 18- 08-2008 até 20-08-2008
Nesse período foi realizado o planejamento de manutenção das
Máquinas da empresa Sorvetes Flidesvida LTDA, consistindo em um total de 3
reuniões diárias, com média de 2 horas de duração, envolvendo o chefe de
manutenção, dois supervisores, um estagiário, 3 mecânicos e 2 eletricistas.
Nas reuniões foi constatado que os prazos para as paradas de linha
de produção, para manutenção preventiva eram sempre agendados para o
inverno, pois nesse período o volume de produção diminui consideravelmente
devido a sazonalidade, e um estoque de produção é armazenado.
Porém, estudos realizados demonstraram a necessidade de incluir
mais algumas datas para manutenção preventiva, devido aos altos índices de
ocorrências de ordens de serviço para manutenção corretiva.
Isso foi possível graças a um levantamento das ordens de serviço
que, são geradas pela produção mediante a necessidade de manutenção
corretiva, o que gera uma parada na produção mesmo com o serviço sendo
prestado 24 horas por dia. Nessas ordens é anotado o tempo de início, o
término do atendimento, o problema e a solução encontrada, bem como as
peças trocadas quando da necessidade.
As ordens de serviço de manutenção corretiva e preventiva, e o
acompanhamento dos atendimentos geram gráficos e relatórios mensais, para
verificar o tempo de parada das máquinas por manutenção corretiva e
preventiva, de modo a verificar que a manutenção preventiva, quando
executada no tempo especificado, ocasionava uma redução na manutenção
corretiva, bem como nas peças substituídas.
Ao final do ciclo de reuniões, ficou acordado verificar qual turno tinha
mais tempo de manutenção, bem como quais mecânicos e eletricistas estavam
com maior tempo de manutenção, o que é um indicativo de necessidade de
intervenções, como por exemplo, de treinamento.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: Apresentação de relatórios técnico- científicos – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 1989.
____. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de janeiro, 2000.
____. NBR 6023: Informação e documentação - Referências - Elaboração – citações em documentos – apresentação. Rio de janeiro, 2000.
____. NBR 6024: Informação e documentação – Numeração Progressiva - Elaboração – citações em documentos – apresentação. Rio de janeiro, 2000.
____. NBR 6028: Informação e documentação - Resumo - Elaboração – citações em documentos – apresentação. Rio de janeiro, 2000.
BARRASS, Robert.Os cientistas precisam escrever. Editora Edgar Blücher Ltda. São Paulo, 1990.
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GUZMAN, Alberto, SILVA, João. Circuitos Elétricos: completo e fácil. 1ªed. Porto Alegre: ArtMed, 2002.
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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2000.
SUGESTÕES para apresentação de trabalhos Técnicos. Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/jcaruso/artigos/ttecnico.htm. Acesso: 20.ago.2008.