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MANUAL ORIENTADOR CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR CEDRAF MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO MDA DELEGACIA DO ESTADO DO PARANÁ CÂMARA TÉCNICA DE ATER COMISSÃO ORGANIZADORA DA 2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ATER 2ª CEATER/PR PARANÁ 2015/2016

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MANUAL ORIENTADOR

CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRICULTURA

FAMILIAR – CEDRAF

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA

DELEGACIA DO ESTADO DO PARANÁ

CÂMARA TÉCNICA DE ATER

COMISSÃO ORGANIZADORA DA 2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ATER –

2ª CEATER/PR

PARANÁ – 2015/2016

Coordenação da Conferência Estadual - Norberto Anacleto Ortigara - Secretário de Estado

da Agricultura e do Abastecimento e Presidente do CEDRAF

ENTIDADES COMPONENTES DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA 2ª CEATER/PR

1. Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Agricultura Familiar - CEDRAF

Miriam Fuckner

2. Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA

Reni A. Denardi

3. Entidade Pública Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER

Benedito Luiz Almeida

4. INCRA

5. Federação dos Trabalhadores na Agricultura - FETAEP Marcos Brambilla

6. Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – FETRAF-SUL

Vilson Schon

7. Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP

8. Via Campesina (MAB, MMC, MPA, MST, CPT, FEAB)

9. Comunidades Tradicionais (Quilombolas, Ribeirinhos, Pescadores Artesanais)

10. UNICAFES

11. Indígenas

12. ARCAFAR-SUL

13. Comissão de Juventude do CEDRAF

14. Coletivo de Mulheres do CEDRAF

16. Órgão de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

17. MAPA

18. Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – OCEPAR

19. Rede de Colegiados Territoriais

20. Fórum de ATER

COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL - CEE

NOME REPRESENTAÇÃO

Miriam Fuckner SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF

MDA

EMATER

Orivaldo FETAEP

Vilson Schon FETRAF

Javier Alfonso FORUM DE ATER

COMISSÃO DE METODOLOGIA E DOCUMENTAÇÃO

NOME REPRESENTAÇÃO

Miriam Fuckner SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF

MDA

EMATER

EMBRAPA

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA

NOME REPRESENTAÇÃO

SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF

MDA

EMATER

INCRA/PR

FETRAF-SUL/CUT

COMISSÃO DE MOBILIZAÇÂO E COMUNICAÇÃO

NOME REPRESENTAÇÃO

SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF

MDA

EMATER

1. APRESESENTAÇÃO

A construção da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural –

PNATER foi um processo que contou com ampla participação da sociedade e

estabeleceu as bases para uma nova abordagem de Ater no país, com foco nas

especificidades da agricultura familiar e da reforma agrária.

A Política de ATER conquistou o seu marco legal como política pública, com a

aprovação da Lei 12.188/2010 uma demonstração clara do esforço do governo e da

sociedade para aperfeiçoar as políticas de modo que venham, efetivamente, atender às

demandas do meio rural.

Texto sobre o estado

No conjunto das atividades, a 2ª CEATER deverá apontar diretrizes para a

construção do Programa Estadual de Assistência Técnica e Extensão – PROEATER.

Neste contexto, a mobilização do Estado e da Sociedade é fundamental para a

construção da política de ATER no Estado do Paraná.

Este processo torna-se ainda mais importante em função da implementação da

Lei Estadual de ATER 17.447, de 27/12/2012, o que aponta a necessidade de

construir diretrizes que respondam aos novos desafios da Ater.

A Conferência Estadual se realizará com o propósito de consolidar uma Ater

para a diversidade da agricultura familiar, que garanta a qualificação e ampliação dos

serviços, o fortalecimento de estratégias para a organização da Rede Paranaense de

ATER, tendo como horizonte, sempre, o desenvolvimento sustentável do Brasil Rural.

Na expectativa de socializar e democratizar o debate deve participar entidades

prestadoras do serviço de ATER, os núcleos de extensão das universidades, os

gestores públicos, organizações e movimentos sociais da agricultura familiar,

considerando-se toda a diversidade prevista na Lei 11.326/2006.

2. OBJETIVOS:

2.1. Objetivo Geral:

Proporcionar ambiente favorável para governo e sociedade civil assumirem os

compromissos para a universalização e melhoria da qualidade da Assistência Técnica

e da Extensão Rural para a Agricultura Familiar no Paraná.

2.2. Objetivos Específicos:

Analisar o contexto atual da ATER para os agricultores e agricultoras no Paraná;

Avaliar os avanços e desafios para os serviços de ATER em curso no Estado do

Paraná;

Consolidar uma Ater para a diversidade da agricultura familiar, compreendida no

âmbito da Lei 11.326/2006 com garantia de qualificação e ampliação dos

serviços;

Fortalecer estratégias para organização e fortalecimento da Rede de ATER no

Estado do Paraná;

Apoiar e garantir a manutenção do serviço público de ATER;

Definir as responsabilidades do Estado, das entidades prestadoras de serviço,

das organizações representativas das/os agricultoras/es e público em geral;

Propor diretrizes para o aperfeiçoamento da Política de ATER;

Construir estratégias de qualificação e ampliação dos quadros técnicos;

3. TEMA GERAL

Para atender os objetivos propostos é definido como tema “O Fortalecimento da

ATER para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – DRSS”,

contemplando os seguintes eixos temáticos:

I. - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;

II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;

III - Metodologia para uma ATER inclusiva;

IV. Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;

São transversais a estes eixos, os seguintes temas: economia solidária e comércio

justo, cooperativismo, abordagem territorial, educação do campo e pedagogia da

alternância, renda, agroecologia, sistemas sustentáveis de produção, diversificação da

produção, inovação tecnológica, soberania e segurança alimentar e nutricional,

atividades rurais não-agrícolas, gênero, geração, raça e etnia, participação e gestão

social, meio ambiente, água e mudanças climáticas, pobreza rural, qualidade de vida

no rural.

4. DATAS E PRAZOS DAS ETAPAS:

AÇÃO PRAZO

Conferências Municipais Até 30/06/2015

Conferências Regionais De 08/07/2015 a 22/07/2015

2ª Conferência Estadual

2ª Conferência Nacional

Para fins de reconhecimento e validação da Conferencia Regional as Comissões

Executivas respectivas devem:

Informar CEE sobre a realização da Conferência Regional – até 10 de junho de

2015.

Encaminhar documentação da conferência territorial e regional para a CEE até 10

dias corridos após a realização da mesma.

5. PARTICIPANTES:

A CEATER/PR será realizada com um publico total de 200 participantes distribuídos da

seguinte forma:

Representantes do CEDRAF 36 (Delegados Natos)

Comissão Organizadora 8 (Delegados Natos) 50% Sociedade Civil 4

50% Governamental 4

Delegados eleitos nas Conferências Regionais

150 Delegados

Eleitos

2/3 Sociedade Civil = 100

90% Agricultura Fam. = 90 total

Agricultores Familiares 51

Assentados RA e PNCF 17

Cotas 22

10% Entidades de ATER 10

1/3 Govern. =

50

35% Ater Gov Est 18 35% Ater Gov Munic 17

20% Núcleos de Extensão Universidades

10

10% entidades federal 5

Deverá ser observada a paridade (50%) entre homens e mulheres. No público Agricultor Familiar garantir a participação das organizações e movimentos sociais representantes das categorias de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, jovens rurais, mulheres rurais, agroextrativistas, pescadores artesanais. Garantir a cota mínima de 10% do total de participantes para representantes de povos indígenas, quilombolas e faxinalenses, sendo que estas vagas, caso não sejam preenchidas, não poderão ser ocupadas por outras categorias.

6. REGULAMENTO INTERNO

O Regulamento das Conferências de ATER determina o funcionamento interno do

evento em toda a sua programação. Cabe às Comissões Organizadoras das

Conferências a elaboração de seu respectivo regulamento, com base no Regimento da

2ª CEATER/PR, e demais documentos enviados pela Comissão Organizadora

Estadual. O mesmo deverá ser aprovado pela Plenária no início da Conferência.

7. PROCESSO METODOLÓGICO

7.1 – Etapas Municipais:

As Conferências Municipais de ATER devem ser realizadas até o 30/06/2015,

para que suas deliberações subsidiem as demais etapas e promovam ampla

discussão do tema.

Destaca-se que as conferências municipais, apesar dos prazos específicos,

devem respeitar o cronograma estipulado para a realização da respectiva

Conferência Regional de SAN, devendo ocorrer em prazo anterior a esta data.

Se o Município possuir um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural

Sustentável- CMDRS ou similar, a Prefeitura convoca, por decreto, e realiza a

Conferência até 30 de junho de 2015, estipulando data e local para realização

designando o CMDRS como responsável por sua organização;

O CMDRS constitui uma Comissão Organizadora, com representação de

governo e da sociedade civil, que será responsável pela execução da

Conferência.

Caso o Município não possua CMDRS, a Prefeitura convoca, por decreto, e

realiza até 30 de junho a Conferência estipulando data e local para sua

realização, designando uma comissão organizadora, com representação de

governo e da sociedade civil entre seus membros, para conduzir sua realização.

Caso o Poder Executivo não convoque a conferencia municipal, o CMDRS

poderá realizar a mesma, reunindo agricultores familiares de forma a abranger

toda a diversidade prevista na Lei 11.326/2006, entidades de ATER oficial e

privada, outros representantes do governo, entidades representativas dos

agricultores e outras que realizem ações afins com a ATER.

Se não houver CMDRS constituído ou ativo no município, poderá ser constituída

uma comissão organizadora, composta por representantes da sociedade civil e

governamental, a qual poderá realizar a conferencia municipal, considerando-se

as orientações anteriores.

A Comissão Organizadora deverá promover amplo processo de divulgação e

mobilização com o objetivo de tornar a conferência o mais transparente e

participativa possível. Recomenda-se a divulgação do evento nos jornais e

rádios locais, e o envio de mensagens às organizações da sociedade civil na

região, informando sobre a Conferência e sobre as formas de participação.

Trabalhar com foco na ATER analisando a prestação deste serviço, no

município, a partir das demandas apontadas no Plano Municipal de

Desenvolvimento Rural. Se não houver PMDRS, considerar as demandas das

entidades representativas dos agricultores familiares;

Aprofundar a visão sobre a abrangência, o público que recebe o serviço, o

conteúdo, a metodologia e a qualidade dos serviços de ATER;

Colher proposições para a construção do Programa Municipal,

Regional/Territorial, de ATER a partir das especificidades de cada instância;

Elencar situações municipais que representam prioridades para a política

Estadual de ATER;

A Comissão Organizadora municipal deverá manter diálogo constante com as

Comissões Regionais, Núcleos Regionais da SEAB e EMATER;

A Conferência será composta por 1/3 de representantes do governo e 2/3 da

sociedade civil, com equilíbrio de gênero e a participação de 20% de jovens.

Entende como jovem, homens e mulheres, de idade entre 15 a 29 anos, de

acordo com o marco legal existente e atendendo a Emenda Constitucional nº 65,

promulgada em 13 de julho de 2010, que incluiu o termo jovem na Constituição

Federal, assegurando aos jovens dessa faixa etária, prioridade no acesso a

direitos constitucional.

No mínimo de 10%, do total de delegados (as) da sociedade civil serão pelo

critério de cotas para indígenas, quilombolas, faxinalenses, pescadores, ilhéus e

ribeirinhos, considerando-se a realidade de cada município.

Destaca-se que seja dada atenção especial ao processo de mobilização de

populações mais vulneráveis (com maior incidência de insegurança alimentar)

que nem sempre contam com mecanismos de acessibilidade à informações

sobre o processo desta Conferência (exemplo: indígenas, população negra,

comunidades quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais);

A Conferência Municipal de ATER será presidida pelo(a) presidente do CMDRS

ou por um(a) representante indicado pelo conselho ou Comissão Organizadora

Municipal;

Ao final da Conferência municipal será elaborado relatório contendo: cópia de

Decreto de Convocação, copia do Regimento Interno; cópia da Lista de

Presença, Relatório da Conferência e lista de delegados eleitos para a

conferencia Regional/territorial.

7.2 - Etapas Regionais

Considerando as propostas vindas das conferencias municipais, aprofundar a

análise sobre a prestação deste serviço, na Região a partir do Plano de

Desenvolvimento Territorial – PTDRS ou Regional, considerando a realidade local;

Aprofundar a visão sobre a abrangência, o público que recebe o serviço, o

conteúdo, a metodologia e a qualidade dos serviços de ATER;

Colher proposições para a construção do Programa Regional/Territorial e Estadual

de ATER a partir das especificidades territoriais e regionais;

Elencar situações regionais que representam prioridades para a política Estadual

de ATER;

Debater propostas indicativas para a construção de um Sistema de ATER que

envolva todos os níveis federativos e a participação dos diferentes atores;

7. 3 - Etapa estadual

Considerando as propostas vindas das conferencias regionais aprofundar a

análise sobre a prestação deste serviço no Estado, considerando a realidade

estadual;

Aprofundar a análise feita nas etapas regionais em direção à reflexão, priorização

e proposição de ações para estruturar os planos estadual e nacional de ATER.

Debater propostas indicativas para a construção de um Sistema de ATER que

envolva todos os níveis federativos e a participação dos diferentes atores;

7. 4 - Sugestão de Agenda para as Conferências Territoriais e Regionais

MOMENTO ATIVIDADE

1 Inscrições e identificação das representações para Trabalhos de Grupo

2 Abertura – Mesa de Autoridades (Importância de ATORES POLÍTICOS)

3 Aprovação do regimento interno

4 Palestras de Formação (Objetividade + cenário regional)

5 Experiências REGIONAIS de ATER bem sucedidas

6 Trabalhos de Grupo (por eixos temáticos)

7 Almoço

8 Trabalhos de Grupo (continuação até meio da tarde)

9 Plenária – aprovação do documento final (Anexo 1)

10 Processo Eleitoral dos delegados para a 2ª CEATER/PR

7.3 - Atribuições da Comissão Organizadora Regional na Metodologia

Orientar as comissões organizadoras municipais para a aplicação adequada da

metodologia da conferencia;

Sistematizar os relatórios das conferencias municipais preparando o

documento de referencia para subsidiar os debates na Conferencia

Regional/Territorial;

Supervisionar a metodologia de sistematização dos produtos da Conferencia

territorial e regional, em conformidade às orientações da Comissão de

Metodologia e Documentação;

Propor critérios para a composição da equipe de relatoria, bem como definir

suas estratégias de trabalho;

Consolidar o Documento Final da sua Conferência Regional e enviar a

Comissão Executiva, juntamente com os demais produtos da Conferência, até

10 corridos dias após a realização da Conferencia;

Organizar e encaminhar a Secretaria Executiva, até 10 dias corridos após a

realização da Conferência Regional, dossiê composto pelos seguintes

documentos relacionados a Conferencia Regional:

a) Cópia de Ato de Convocação;

b) Cópia do Regimento Interno;

c) Lista de presença dos participantes, com identificação da sua

representação;

d) Relatório Final da Conferência Regional;

e) Ata de Eleição da Delegação Regional para a 2ª CEATER/PR;

f) Ficha de inscrição dos (as) delegados (as) eleitos (as) para a 2ª

CEATER/PR;

g) Moções ou Cartas Políticas registradas na Conferencia Regional de

acordo com o regimento (quando houver)

7.4 - ORIENTAÇÃO PARA ENCAMINHAMENTO DOS DEBATES

O propósito de realizar as conferencias de SAN e ATER em conjunto e simultâneas,

muito mais do que otimizar os recursos humanos e financeiros, tem por objetivo

integrar os dois temas (SAN e ATER) que possuem afinidade, uma vez que “Comida da

Verdade no Campo e na Cidade” depende exclusivamente da produção no campo.

Principalmente a produção originária na agricultura familiar, público para o qual se

destinam os serviços de “Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER”.

Se observarmos os encaminhamentos das conferencias anteriores de SAN, de

ATER e Desenvolvimento Rural, vamos encontrar muitos pontos comuns, e até mesmo

repetitivos, que reforçam a integração destas políticas.

O momento apresenta uma oportunidade para avaliação e proposição, envolvendo

a diversidade de publico produtor e consumidor. Será um exercício de reflexão que

permitirá ampliar e integrar a visão sobre temas que se interligam, a possibilidade de

praticar a interdisciplinaridade, em beneficio da população do campo e da cidade.

Visando alcançar este propósito, a sugestão é oportunizar aos participantes das

conferências, formação através de palestras que abordem os dois temas de forma

integrada, para oferecer subsídios que lhes permitam avançar nos debates e fazerem

proposições consistentes.

Tendo em vista o numero de delegados que irão participar nas conferências

regionais e estaduais, é necessário que se faça uma ampla mobilização nos

municípios, de onde sairão os representantes da sociedade civil que comporão as

CORESANs – Comissão Regional de SAN, a qual tem por função de fazer a gestão

das políticas de SAN nas regiões. São destas comissões que saem os representantes

da sociedade civil que comporão o CONSEA Estadual. É importante que segmentos da

agricultura familiar se façam presentes neste espaço de debates e construção de

políticas que envolvem a produção, a distribuição e o consumo de alimentos,

integrando definitivamente as duas temáticas: produção de alimentos e assistência

técnica e extensão rural.

A integração dos temas resultará em uma abordagem ampliada, motivo pelo qual,

didaticamente os temas de SAN e ATER são subdivididos em eixos que facilitarão os

debates, sendo o publico da conferencia distribuído entre os grupos de trabalho,

conforme sua afinidade maior com cada tema especifico.

O Paraná é pioneiro na busca pela integração dos temas, tratando-se de um

processo em construção, na verdade o exercício de uma prática mais holística. Em

nível nacional e estadual, ambas as conferencias serão realizadas separadamente, e

cada uma tem sua estrutura e seus encaminhamentos próprios, assim será necessário

que as plenárias de SAN e ATER sejam realizadas separadamente para

encaminhamentos de propostas, eleição de delegados e outras providencias

especificas.

A partir deste ponto em diante, serão apresentadas orientações para subsidiar os

trabalhos de grupos referentes aos objetivos e eixos temáticos de ATER que são:

7.5 - TEMA GERAL

Para atender os objetivos propostos é definido como tema “O Fortalecimento da

ATER para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – DRSS”,

contemplando os seguintes eixos temáticos:

I. - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;

II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;

III - Metodologia para uma ATER inclusiva;

IV. Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;

São transversais a estes eixos, os seguintes temas: economia solidária e comércio

justo, cooperativismo, abordagem territorial, educação do campo e pedagogia da

alternância, renda, agroecologia, sistemas sustentáveis de produção, diversificação da

produção, inovação tecnológica, soberania e segurança alimentar e nutricional,

atividades rurais não-agrícolas, gênero, geração, raça e etnia, participação e gestão

social, meio ambiente, água e mudanças climáticas, pobreza rural, qualidade de vida

no rural.

7.6 - Documentos de Referência para as Conferências de ATER

Política Nacional de ATER

Lei Estadual de ATER e respectivo decreto de regulamentação

Encaminhamentos da I Conferência Estadual de ATER realizada em Curitiba,

em 15/03/2012;

Encaminhamentos da 3ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural

Sustentável e Solidário, realizada em Praia de Leste - PR, em agosto de 2013;

Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário

Planos Territoriais/ Regionais e Municipais de Desenvolvimento Rural;

7.7 - Organização dos Grupos de Trabalho

Organizar grupos de trabalho por eixos da Conferencia – no mínimo 1 grupo

por eixo;

Procurar organizar os grupos de trabalho de forma a contemplar a paridade de

gênero, a proporcionalidade de 2/3 de representantes da sociedade civil e 1/3

para o poder público, as cotas especiais, representantes da agricultura familiar

e entidades prestadoras do serviço de ATER governamental e privada.

Para facilitar esta organização pode-se solicitar aos participantes para optarem

pelos eixos de sua preferência, com antecedência, indicando ordem de

prioridade, na ficha de inscrição.

Para cada Grupo de Trabalho, organizar os seguintes papéis:

Um coordenador de grupo: eleito no grupo com o papel de organizar as falas

dos participantes segundo tempo estabelecido e as etapas de trabalho: leitura

do documento base, debates, destaques sobre as propostas, apresentação de

novas propostas;

Um animador / facilitador: pessoa com perfil de maior acúmulo na temática

de ATER, que estimula as discussões sobre as proposições do documento

base e auxilia a definição de consenso sobre os destaques de cada proposição

discutida;

Um relator /digitador: que organiza e sistematiza as proposições do grupo

segundo o formulário proposto para o Relatório do Trabalho de Grupo,

produzindo a redação final das propostas.

7.8 - Questionamentos para provocar o debate nos Eixos Temáticos:

Eixo I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS:

Os projetos executadas pelas entidades de ATER estão coerentes com o Plano

Municipal e Territorial? Os projetos executados são de interesse dos agricultores

familiares? A ATER que atua no município ou região é suficiente para atender a

demanda dos agricultores familiares de forma qualificada?

Eixo II - Abrangência da ATER - publico beneficiário:

O propósito da política de ATER é ampliar e universalizar a prestação do serviço, no

seu município ou região os públicos historicamente excluídos, como povos indígenas,

comunidades quilombolas, faxinalenses, jovens e mulheres e agricultores familiares

estão sendo beneficiados? As ações realizadas consideram a diversidade cultural e a

necessidade especifica de cada publico? As políticas públicas de reforma agrária, de

afirmação para mulheres, povos indígenas e comunidades tradicionais e assessoria

para jovens foram executadas no seu município ou região? As ações de ATER

contribuem para reduzir as desigualdades e promover a inclusão? Aumentou o

numero de entidades que prestam ATER no seu município ou região? Ampliou o

número do publico beneficiário?

Eixo III - Metodologia para uma ATER inclusiva:

Os profissionais da ATER no seu município ou região utilizam metodologias que

facilitam a participação dos agricultores familiares? A metodologia de trabalho

executada pelas entidades de ATER atende as demandas dos agricultores familiares?

As ações da ATER são de forma continuada, ou esporádicas? Promovem o diálogo

entre técnicos e agricultores, facilitando as decisões conjuntas? Os profissionais da

ATER orientam a propriedade como um todo, ou olham apenas as culturas

produtivas? As mulheres e os jovens são incluídos nas orientações realizadas nas

propriedades e eventos? As visitas, reuniões, cursos e outras metodologias realizadas

pelos técnicos atendem e resolvem os problemas da família nos aspectos

econômicos, ambientais e sociais?

Eixo IV - Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;

Como é organizada a ATER no seu município ou região? Como você acha que

deveria ser feita a gestão da ATER de forma a contemplar todos os interesses da

agricultura familiar, nas instâncias municipais, territoriais/ regionais, estadual e

federal? Os beneficiários do serviço participam das decisões sobre os projetos a

serem executados pela ATER? Os recursos destinados para a ATER no seu

município ou região são de conhecimento público? São suficientes para a prestação

de uma ATER com qualidade? Existe Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural

nos municípios que compõem o Território ou Região? O funcionamento dos CMDRs é

adequado e possuem a participação ativa dos agricultores familiares? Os CMDRs

deliberam e fazem o controle social dos recursos utilizados na ATER? Os CMDRs

possuem representação nos Fóruns, Câmaras Técnicas e Comitês Gestores

territorial? O governo municipal destina orçamento para a ATER nos municípios do

território ou região? A ATER instalada no território ou região é suficiente para atender

a demanda dos agricultores familiares de forma qualificada?

7.9 - Sobre o Processo de Trabalho

As questões do roteiro são apenas provocadoras de uma reflexão sobre os

aspectos importantes da ATER nos municípios e regiões e não devem ser

utilizadas como um simples questionário. Ou seja, são questões colocadas para

facilitar o debate, e ajudar na compreensão do tema e contribuir na avaliação da

política, assim como gerar propostas.

Além disso, NÃO SE DEVE DEIXAR DE ABORDAR na discussão dos grupos

os aspectos referentes à análise, na visão do público beneficiário e prestadores

do serviço de ATER.

7. 10 - Passos para o Trabalho de Grupo:

Fazer uma breve contextualização da ATER no Brasil e no Paraná dando

destaque para o tema do Eixo Temático.

Promover o debate usando os questionamentos provocativos para animar o

grupo.

Atenção: Evitar discursos que possam monopolizar o debate. Incentivar todos

os participantes a darem sua contribuição, e expressarem seu pensamento.

Durante os debates já podem ser sintetizadas frases que poderão ser

incorporadas ao relatório do grupo.

Elaborar o relatório dos registros dos grupos de trabalho, para apresentação na

plenária.

8. PLENÁRIAS DAS CONFERENCIAS

O Relatório de Grupo deve conter avaliação dos avanços e desafios para a

ATER especificamente no eixo em questão, além de todas as propostas

produzidas.

O grupo poderá apresentar tantas propostas quantas achar necessária ou for

capaz de produzir, porem, ao final deverão ser priorizadas no máximo 5

propostas por eixo.

Os avanços, desafios e propostas priorizadas pelo grupo comporão o

DOCUMENTO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A PLENÁRIA FINAL de cada

Conferência Regional.

Cada proposta sistematizada será lida integralmente na Plenária da

Conferência e submetida às seguintes situações: destaque, aprovação na

íntegra ou exclusão. Para a inserção de destaques deverá ser previsto no

regimento ou regulamento da plenária as situações de defesa e réplica de

defesa do destaque proposto.

Sendo aprovada na íntegra a proposta apresentada permanecerá de modo

idêntico no Documento Final da Conferencia.

Sendo inserido destaque, a proposta sofrerá discussão até a aprovação do

texto final que será então transcrito para o Documento Final da Conferencia.

Sofrendo exclusão, a proposta será identificada como tal, sendo destacada

com FONTE NA COR VERMELHA, no Documento Final.

9. PRODUTOS FINAIS DAS CONFERENCIAS MUNICIPAIS E REGIONAIS

Após a votação em plenária pelos participantes das conferencias municipal e

Regional, com aprovação, destaques e modificações de redação ou exclusão

das propostas, se obtém o DOCUMENTO FINAL DE PROPOSTAS, conforme

modelo abaixo.

Assim, o Dossiê de cada Conferência Regional a ser enviado à Comissão

Executiva deve conter:

Cópia do Regimento Interno;

Lista de presença dos participantes, com identificação da sua representação;

Relatório Final da Conferência Regional;

Ata de Eleição da Delegação Regional para a 2ª CEATER/PR;

Ficha de inscrição dos (as) delegados (as) eleitos (as) para a 2ª CEATER/PR;

Moções ou Cartas Políticas registradas na Conferencia Regional de acordo

com o regulamento (quando houver).

MODELO DE RELATÓRIO COM ENCAMINHAMENTOS DA PLENÁRIA: 2ª Conferência Regional de ATER da Região de _______________________________

Local: ____________________ Data: ____/____/____

DOCUMENTO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A PLENÁRIA FINAL DA CONFERÊNCIA REGIONAL DE ATER

Eixo I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS:

AVANÇOS VERIFICADOS DESAFIOS A SEREM VENCIDOS

PROPOSIÇÕES PROPOSTA FINAL: Aprovada, Excluída ou Destacada, com a nova redação após aprovação da mesma.

1.

2.

3.

4.

5.

MODELO DE RELATÓRIO DA CONFERENCIA REGIONAL - OUTRAS INFORMAÇÕES:

RELATORIO CONFERENCIA REGIONAL DE ATER

1. REGIÃO: 2. DATA DE REALIZAÇÃO:

3. ENDEREÇO:

4 – Composição da Comissão Executiva Organizadora:

NOME INSTITUIÇÃO FUNÇÃO

Presidente

5 – Público Participante Total: (numero de participantes)

Categoria Numero Percentual em relação ao total

Homens

Mulheres

6 – Representação da Sociedade Civil:

REPRESENTAÇÃO NUMERO PERCENTUAL

Agricultura familiar

Jovens Masculinos

Jovens Femininos

Indígenas

Quilombolas

Faxinalenses

Técnicos de Entidades de ATER NÃO Govern.

Convidados

Observadores

Outros

7 – Representação Poder Publico:

REPRESENTAÇÃO NUMERO PERCENTUAL

Técnico de Entidade de ATER Governamental

Professor de Núcleo de Extensão Universitária

Gestor Municipal

Gestor Estadual

Convidados

Observadores

Outros

8 - Delegadas/os Eleitas/os: REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL - TITULARES

NOME CATEGORIA SEXO MUNICÍPIO

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL - SUPLENTES

NOME CATEGORIA SEXO MUNICÍPIO

REPRESENTANTES DO PODER PUBLICO - TITULARES

NOME ENTIDADE SEXO MUNICÍPIO

REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO - SUPLENTES

NOME ENTIDADE MUNICÍPIO

9. MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO PARA DELEGADOS:

REGIÃO: _________________________________________________

NOME: _______________________________________________________________

Sexo: ( ) feminino ( ) masculino No RG ___________________ No CPF_________________________

Idade: ( ) até 25 anos ( ) 26 até 50 ( ) 51 até 75 ( ) acima de 75:

REPRESENTAÇÃO:

( ) agricultor familiar; ( ) indígena; ( ) comunidade tradicional; ( ) juventude; ( ) mulheres;

( ) técnico: Citar formação e entidade/organização: _______________________________________________

( ) gestor publico: Citar cargo e instituição: _____________________________________________________

Escolha por ordem de prioridade o Eixo Temático que deseja debater:

( ) I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;

( ) II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;

( ) III - Metodologia para uma ATER inclusiva;

( ) IV - Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;

2ª CONFERENCIA ESTADUAL DE ATER– PARANÁ

INSCRIÇÃO DE DELEGADO (A) TITULAR ( ) SUPLENTE ( )

10. MODELO DE FORMULÁRIO PARA MOÇÕES

CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR – CEDRAF

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

MDA - DELEGACIA DO ESTADO DO PARANÁ

2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ATER – 2ª CEATER/PR

Realizada em ____________________

FORMULÁRIO DE MOÇÃO

1. Tipo de Moção

( ) Apoio ( ) Repúdio ( ) Outros_______________________

2. Região:

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3. Texto da Moção: (Máximo 10 linhas)

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Relação Nominal de 50% + 1 dos delegados da 2ª CEATER/PR –

(Lista com assinatura original)

Nome RG Entidade Assinatura

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

27.

28.

29.

30.

31.

32.

33.

34.

35.

36.

37.

38.

39.

40.

41.

42.

43.

44.

45.

46.

47.

48.

49.

50.

51.

52.

53.

54.

55.

56.

57.

58.

59.

60.

61.

62.

63.

64.

65.

66.

67.

68.

69.

70.

71.

72.

73.

74.

75.

76.

77.

78.

79.

80.

81.

82.

83.

84.

85.

86.

87.

88.

89.

90.

91.

92.

93.

94.

95.

96.

97.

98.

99.

100.

101.

102.

103.

104.

105.

106.

107.

108.

109.

110.

111.

112.