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MANUAL ORIENTADOR
CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRICULTURA
FAMILIAR – CEDRAF
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA
DELEGACIA DO ESTADO DO PARANÁ
CÂMARA TÉCNICA DE ATER
COMISSÃO ORGANIZADORA DA 2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ATER –
2ª CEATER/PR
PARANÁ – 2015/2016
Coordenação da Conferência Estadual - Norberto Anacleto Ortigara - Secretário de Estado
da Agricultura e do Abastecimento e Presidente do CEDRAF
ENTIDADES COMPONENTES DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA 2ª CEATER/PR
1. Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Agricultura Familiar - CEDRAF
Miriam Fuckner
2. Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA
Reni A. Denardi
3. Entidade Pública Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER
Benedito Luiz Almeida
4. INCRA
5. Federação dos Trabalhadores na Agricultura - FETAEP Marcos Brambilla
6. Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar – FETRAF-SUL
Vilson Schon
7. Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP
8. Via Campesina (MAB, MMC, MPA, MST, CPT, FEAB)
9. Comunidades Tradicionais (Quilombolas, Ribeirinhos, Pescadores Artesanais)
10. UNICAFES
11. Indígenas
12. ARCAFAR-SUL
13. Comissão de Juventude do CEDRAF
14. Coletivo de Mulheres do CEDRAF
16. Órgão de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
17. MAPA
18. Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – OCEPAR
19. Rede de Colegiados Territoriais
20. Fórum de ATER
COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL - CEE
NOME REPRESENTAÇÃO
Miriam Fuckner SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF
MDA
EMATER
Orivaldo FETAEP
Vilson Schon FETRAF
Javier Alfonso FORUM DE ATER
COMISSÃO DE METODOLOGIA E DOCUMENTAÇÃO
NOME REPRESENTAÇÃO
Miriam Fuckner SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF
MDA
EMATER
EMBRAPA
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA
NOME REPRESENTAÇÃO
SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF
MDA
EMATER
INCRA/PR
FETRAF-SUL/CUT
COMISSÃO DE MOBILIZAÇÂO E COMUNICAÇÃO
NOME REPRESENTAÇÃO
SECRETARIA EXECUTIVA CEDRAF
MDA
EMATER
1. APRESESENTAÇÃO
A construção da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural –
PNATER foi um processo que contou com ampla participação da sociedade e
estabeleceu as bases para uma nova abordagem de Ater no país, com foco nas
especificidades da agricultura familiar e da reforma agrária.
A Política de ATER conquistou o seu marco legal como política pública, com a
aprovação da Lei 12.188/2010 uma demonstração clara do esforço do governo e da
sociedade para aperfeiçoar as políticas de modo que venham, efetivamente, atender às
demandas do meio rural.
Texto sobre o estado
No conjunto das atividades, a 2ª CEATER deverá apontar diretrizes para a
construção do Programa Estadual de Assistência Técnica e Extensão – PROEATER.
Neste contexto, a mobilização do Estado e da Sociedade é fundamental para a
construção da política de ATER no Estado do Paraná.
Este processo torna-se ainda mais importante em função da implementação da
Lei Estadual de ATER 17.447, de 27/12/2012, o que aponta a necessidade de
construir diretrizes que respondam aos novos desafios da Ater.
A Conferência Estadual se realizará com o propósito de consolidar uma Ater
para a diversidade da agricultura familiar, que garanta a qualificação e ampliação dos
serviços, o fortalecimento de estratégias para a organização da Rede Paranaense de
ATER, tendo como horizonte, sempre, o desenvolvimento sustentável do Brasil Rural.
Na expectativa de socializar e democratizar o debate deve participar entidades
prestadoras do serviço de ATER, os núcleos de extensão das universidades, os
gestores públicos, organizações e movimentos sociais da agricultura familiar,
considerando-se toda a diversidade prevista na Lei 11.326/2006.
2. OBJETIVOS:
2.1. Objetivo Geral:
Proporcionar ambiente favorável para governo e sociedade civil assumirem os
compromissos para a universalização e melhoria da qualidade da Assistência Técnica
e da Extensão Rural para a Agricultura Familiar no Paraná.
2.2. Objetivos Específicos:
Analisar o contexto atual da ATER para os agricultores e agricultoras no Paraná;
Avaliar os avanços e desafios para os serviços de ATER em curso no Estado do
Paraná;
Consolidar uma Ater para a diversidade da agricultura familiar, compreendida no
âmbito da Lei 11.326/2006 com garantia de qualificação e ampliação dos
serviços;
Fortalecer estratégias para organização e fortalecimento da Rede de ATER no
Estado do Paraná;
Apoiar e garantir a manutenção do serviço público de ATER;
Definir as responsabilidades do Estado, das entidades prestadoras de serviço,
das organizações representativas das/os agricultoras/es e público em geral;
Propor diretrizes para o aperfeiçoamento da Política de ATER;
Construir estratégias de qualificação e ampliação dos quadros técnicos;
3. TEMA GERAL
Para atender os objetivos propostos é definido como tema “O Fortalecimento da
ATER para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – DRSS”,
contemplando os seguintes eixos temáticos:
I. - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;
II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;
III - Metodologia para uma ATER inclusiva;
IV. Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;
São transversais a estes eixos, os seguintes temas: economia solidária e comércio
justo, cooperativismo, abordagem territorial, educação do campo e pedagogia da
alternância, renda, agroecologia, sistemas sustentáveis de produção, diversificação da
produção, inovação tecnológica, soberania e segurança alimentar e nutricional,
atividades rurais não-agrícolas, gênero, geração, raça e etnia, participação e gestão
social, meio ambiente, água e mudanças climáticas, pobreza rural, qualidade de vida
no rural.
4. DATAS E PRAZOS DAS ETAPAS:
AÇÃO PRAZO
Conferências Municipais Até 30/06/2015
Conferências Regionais De 08/07/2015 a 22/07/2015
2ª Conferência Estadual
2ª Conferência Nacional
Para fins de reconhecimento e validação da Conferencia Regional as Comissões
Executivas respectivas devem:
Informar CEE sobre a realização da Conferência Regional – até 10 de junho de
2015.
Encaminhar documentação da conferência territorial e regional para a CEE até 10
dias corridos após a realização da mesma.
5. PARTICIPANTES:
A CEATER/PR será realizada com um publico total de 200 participantes distribuídos da
seguinte forma:
Representantes do CEDRAF 36 (Delegados Natos)
Comissão Organizadora 8 (Delegados Natos) 50% Sociedade Civil 4
50% Governamental 4
Delegados eleitos nas Conferências Regionais
150 Delegados
Eleitos
2/3 Sociedade Civil = 100
90% Agricultura Fam. = 90 total
Agricultores Familiares 51
Assentados RA e PNCF 17
Cotas 22
10% Entidades de ATER 10
1/3 Govern. =
50
35% Ater Gov Est 18 35% Ater Gov Munic 17
20% Núcleos de Extensão Universidades
10
10% entidades federal 5
Deverá ser observada a paridade (50%) entre homens e mulheres. No público Agricultor Familiar garantir a participação das organizações e movimentos sociais representantes das categorias de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, jovens rurais, mulheres rurais, agroextrativistas, pescadores artesanais. Garantir a cota mínima de 10% do total de participantes para representantes de povos indígenas, quilombolas e faxinalenses, sendo que estas vagas, caso não sejam preenchidas, não poderão ser ocupadas por outras categorias.
6. REGULAMENTO INTERNO
O Regulamento das Conferências de ATER determina o funcionamento interno do
evento em toda a sua programação. Cabe às Comissões Organizadoras das
Conferências a elaboração de seu respectivo regulamento, com base no Regimento da
2ª CEATER/PR, e demais documentos enviados pela Comissão Organizadora
Estadual. O mesmo deverá ser aprovado pela Plenária no início da Conferência.
7. PROCESSO METODOLÓGICO
7.1 – Etapas Municipais:
As Conferências Municipais de ATER devem ser realizadas até o 30/06/2015,
para que suas deliberações subsidiem as demais etapas e promovam ampla
discussão do tema.
Destaca-se que as conferências municipais, apesar dos prazos específicos,
devem respeitar o cronograma estipulado para a realização da respectiva
Conferência Regional de SAN, devendo ocorrer em prazo anterior a esta data.
Se o Município possuir um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Sustentável- CMDRS ou similar, a Prefeitura convoca, por decreto, e realiza a
Conferência até 30 de junho de 2015, estipulando data e local para realização
designando o CMDRS como responsável por sua organização;
O CMDRS constitui uma Comissão Organizadora, com representação de
governo e da sociedade civil, que será responsável pela execução da
Conferência.
Caso o Município não possua CMDRS, a Prefeitura convoca, por decreto, e
realiza até 30 de junho a Conferência estipulando data e local para sua
realização, designando uma comissão organizadora, com representação de
governo e da sociedade civil entre seus membros, para conduzir sua realização.
Caso o Poder Executivo não convoque a conferencia municipal, o CMDRS
poderá realizar a mesma, reunindo agricultores familiares de forma a abranger
toda a diversidade prevista na Lei 11.326/2006, entidades de ATER oficial e
privada, outros representantes do governo, entidades representativas dos
agricultores e outras que realizem ações afins com a ATER.
Se não houver CMDRS constituído ou ativo no município, poderá ser constituída
uma comissão organizadora, composta por representantes da sociedade civil e
governamental, a qual poderá realizar a conferencia municipal, considerando-se
as orientações anteriores.
A Comissão Organizadora deverá promover amplo processo de divulgação e
mobilização com o objetivo de tornar a conferência o mais transparente e
participativa possível. Recomenda-se a divulgação do evento nos jornais e
rádios locais, e o envio de mensagens às organizações da sociedade civil na
região, informando sobre a Conferência e sobre as formas de participação.
Trabalhar com foco na ATER analisando a prestação deste serviço, no
município, a partir das demandas apontadas no Plano Municipal de
Desenvolvimento Rural. Se não houver PMDRS, considerar as demandas das
entidades representativas dos agricultores familiares;
Aprofundar a visão sobre a abrangência, o público que recebe o serviço, o
conteúdo, a metodologia e a qualidade dos serviços de ATER;
Colher proposições para a construção do Programa Municipal,
Regional/Territorial, de ATER a partir das especificidades de cada instância;
Elencar situações municipais que representam prioridades para a política
Estadual de ATER;
A Comissão Organizadora municipal deverá manter diálogo constante com as
Comissões Regionais, Núcleos Regionais da SEAB e EMATER;
A Conferência será composta por 1/3 de representantes do governo e 2/3 da
sociedade civil, com equilíbrio de gênero e a participação de 20% de jovens.
Entende como jovem, homens e mulheres, de idade entre 15 a 29 anos, de
acordo com o marco legal existente e atendendo a Emenda Constitucional nº 65,
promulgada em 13 de julho de 2010, que incluiu o termo jovem na Constituição
Federal, assegurando aos jovens dessa faixa etária, prioridade no acesso a
direitos constitucional.
No mínimo de 10%, do total de delegados (as) da sociedade civil serão pelo
critério de cotas para indígenas, quilombolas, faxinalenses, pescadores, ilhéus e
ribeirinhos, considerando-se a realidade de cada município.
Destaca-se que seja dada atenção especial ao processo de mobilização de
populações mais vulneráveis (com maior incidência de insegurança alimentar)
que nem sempre contam com mecanismos de acessibilidade à informações
sobre o processo desta Conferência (exemplo: indígenas, população negra,
comunidades quilombolas e outros povos e comunidades tradicionais);
A Conferência Municipal de ATER será presidida pelo(a) presidente do CMDRS
ou por um(a) representante indicado pelo conselho ou Comissão Organizadora
Municipal;
Ao final da Conferência municipal será elaborado relatório contendo: cópia de
Decreto de Convocação, copia do Regimento Interno; cópia da Lista de
Presença, Relatório da Conferência e lista de delegados eleitos para a
conferencia Regional/territorial.
7.2 - Etapas Regionais
Considerando as propostas vindas das conferencias municipais, aprofundar a
análise sobre a prestação deste serviço, na Região a partir do Plano de
Desenvolvimento Territorial – PTDRS ou Regional, considerando a realidade local;
Aprofundar a visão sobre a abrangência, o público que recebe o serviço, o
conteúdo, a metodologia e a qualidade dos serviços de ATER;
Colher proposições para a construção do Programa Regional/Territorial e Estadual
de ATER a partir das especificidades territoriais e regionais;
Elencar situações regionais que representam prioridades para a política Estadual
de ATER;
Debater propostas indicativas para a construção de um Sistema de ATER que
envolva todos os níveis federativos e a participação dos diferentes atores;
7. 3 - Etapa estadual
Considerando as propostas vindas das conferencias regionais aprofundar a
análise sobre a prestação deste serviço no Estado, considerando a realidade
estadual;
Aprofundar a análise feita nas etapas regionais em direção à reflexão, priorização
e proposição de ações para estruturar os planos estadual e nacional de ATER.
Debater propostas indicativas para a construção de um Sistema de ATER que
envolva todos os níveis federativos e a participação dos diferentes atores;
7. 4 - Sugestão de Agenda para as Conferências Territoriais e Regionais
MOMENTO ATIVIDADE
1 Inscrições e identificação das representações para Trabalhos de Grupo
2 Abertura – Mesa de Autoridades (Importância de ATORES POLÍTICOS)
3 Aprovação do regimento interno
4 Palestras de Formação (Objetividade + cenário regional)
5 Experiências REGIONAIS de ATER bem sucedidas
6 Trabalhos de Grupo (por eixos temáticos)
7 Almoço
8 Trabalhos de Grupo (continuação até meio da tarde)
9 Plenária – aprovação do documento final (Anexo 1)
10 Processo Eleitoral dos delegados para a 2ª CEATER/PR
7.3 - Atribuições da Comissão Organizadora Regional na Metodologia
Orientar as comissões organizadoras municipais para a aplicação adequada da
metodologia da conferencia;
Sistematizar os relatórios das conferencias municipais preparando o
documento de referencia para subsidiar os debates na Conferencia
Regional/Territorial;
Supervisionar a metodologia de sistematização dos produtos da Conferencia
territorial e regional, em conformidade às orientações da Comissão de
Metodologia e Documentação;
Propor critérios para a composição da equipe de relatoria, bem como definir
suas estratégias de trabalho;
Consolidar o Documento Final da sua Conferência Regional e enviar a
Comissão Executiva, juntamente com os demais produtos da Conferência, até
10 corridos dias após a realização da Conferencia;
Organizar e encaminhar a Secretaria Executiva, até 10 dias corridos após a
realização da Conferência Regional, dossiê composto pelos seguintes
documentos relacionados a Conferencia Regional:
a) Cópia de Ato de Convocação;
b) Cópia do Regimento Interno;
c) Lista de presença dos participantes, com identificação da sua
representação;
d) Relatório Final da Conferência Regional;
e) Ata de Eleição da Delegação Regional para a 2ª CEATER/PR;
f) Ficha de inscrição dos (as) delegados (as) eleitos (as) para a 2ª
CEATER/PR;
g) Moções ou Cartas Políticas registradas na Conferencia Regional de
acordo com o regimento (quando houver)
7.4 - ORIENTAÇÃO PARA ENCAMINHAMENTO DOS DEBATES
O propósito de realizar as conferencias de SAN e ATER em conjunto e simultâneas,
muito mais do que otimizar os recursos humanos e financeiros, tem por objetivo
integrar os dois temas (SAN e ATER) que possuem afinidade, uma vez que “Comida da
Verdade no Campo e na Cidade” depende exclusivamente da produção no campo.
Principalmente a produção originária na agricultura familiar, público para o qual se
destinam os serviços de “Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER”.
Se observarmos os encaminhamentos das conferencias anteriores de SAN, de
ATER e Desenvolvimento Rural, vamos encontrar muitos pontos comuns, e até mesmo
repetitivos, que reforçam a integração destas políticas.
O momento apresenta uma oportunidade para avaliação e proposição, envolvendo
a diversidade de publico produtor e consumidor. Será um exercício de reflexão que
permitirá ampliar e integrar a visão sobre temas que se interligam, a possibilidade de
praticar a interdisciplinaridade, em beneficio da população do campo e da cidade.
Visando alcançar este propósito, a sugestão é oportunizar aos participantes das
conferências, formação através de palestras que abordem os dois temas de forma
integrada, para oferecer subsídios que lhes permitam avançar nos debates e fazerem
proposições consistentes.
Tendo em vista o numero de delegados que irão participar nas conferências
regionais e estaduais, é necessário que se faça uma ampla mobilização nos
municípios, de onde sairão os representantes da sociedade civil que comporão as
CORESANs – Comissão Regional de SAN, a qual tem por função de fazer a gestão
das políticas de SAN nas regiões. São destas comissões que saem os representantes
da sociedade civil que comporão o CONSEA Estadual. É importante que segmentos da
agricultura familiar se façam presentes neste espaço de debates e construção de
políticas que envolvem a produção, a distribuição e o consumo de alimentos,
integrando definitivamente as duas temáticas: produção de alimentos e assistência
técnica e extensão rural.
A integração dos temas resultará em uma abordagem ampliada, motivo pelo qual,
didaticamente os temas de SAN e ATER são subdivididos em eixos que facilitarão os
debates, sendo o publico da conferencia distribuído entre os grupos de trabalho,
conforme sua afinidade maior com cada tema especifico.
O Paraná é pioneiro na busca pela integração dos temas, tratando-se de um
processo em construção, na verdade o exercício de uma prática mais holística. Em
nível nacional e estadual, ambas as conferencias serão realizadas separadamente, e
cada uma tem sua estrutura e seus encaminhamentos próprios, assim será necessário
que as plenárias de SAN e ATER sejam realizadas separadamente para
encaminhamentos de propostas, eleição de delegados e outras providencias
especificas.
A partir deste ponto em diante, serão apresentadas orientações para subsidiar os
trabalhos de grupos referentes aos objetivos e eixos temáticos de ATER que são:
7.5 - TEMA GERAL
Para atender os objetivos propostos é definido como tema “O Fortalecimento da
ATER para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário – DRSS”,
contemplando os seguintes eixos temáticos:
I. - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;
II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;
III - Metodologia para uma ATER inclusiva;
IV. Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;
São transversais a estes eixos, os seguintes temas: economia solidária e comércio
justo, cooperativismo, abordagem territorial, educação do campo e pedagogia da
alternância, renda, agroecologia, sistemas sustentáveis de produção, diversificação da
produção, inovação tecnológica, soberania e segurança alimentar e nutricional,
atividades rurais não-agrícolas, gênero, geração, raça e etnia, participação e gestão
social, meio ambiente, água e mudanças climáticas, pobreza rural, qualidade de vida
no rural.
7.6 - Documentos de Referência para as Conferências de ATER
Política Nacional de ATER
Lei Estadual de ATER e respectivo decreto de regulamentação
Encaminhamentos da I Conferência Estadual de ATER realizada em Curitiba,
em 15/03/2012;
Encaminhamentos da 3ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário, realizada em Praia de Leste - PR, em agosto de 2013;
Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário
Planos Territoriais/ Regionais e Municipais de Desenvolvimento Rural;
7.7 - Organização dos Grupos de Trabalho
Organizar grupos de trabalho por eixos da Conferencia – no mínimo 1 grupo
por eixo;
Procurar organizar os grupos de trabalho de forma a contemplar a paridade de
gênero, a proporcionalidade de 2/3 de representantes da sociedade civil e 1/3
para o poder público, as cotas especiais, representantes da agricultura familiar
e entidades prestadoras do serviço de ATER governamental e privada.
Para facilitar esta organização pode-se solicitar aos participantes para optarem
pelos eixos de sua preferência, com antecedência, indicando ordem de
prioridade, na ficha de inscrição.
Para cada Grupo de Trabalho, organizar os seguintes papéis:
Um coordenador de grupo: eleito no grupo com o papel de organizar as falas
dos participantes segundo tempo estabelecido e as etapas de trabalho: leitura
do documento base, debates, destaques sobre as propostas, apresentação de
novas propostas;
Um animador / facilitador: pessoa com perfil de maior acúmulo na temática
de ATER, que estimula as discussões sobre as proposições do documento
base e auxilia a definição de consenso sobre os destaques de cada proposição
discutida;
Um relator /digitador: que organiza e sistematiza as proposições do grupo
segundo o formulário proposto para o Relatório do Trabalho de Grupo,
produzindo a redação final das propostas.
7.8 - Questionamentos para provocar o debate nos Eixos Temáticos:
Eixo I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS:
Os projetos executadas pelas entidades de ATER estão coerentes com o Plano
Municipal e Territorial? Os projetos executados são de interesse dos agricultores
familiares? A ATER que atua no município ou região é suficiente para atender a
demanda dos agricultores familiares de forma qualificada?
Eixo II - Abrangência da ATER - publico beneficiário:
O propósito da política de ATER é ampliar e universalizar a prestação do serviço, no
seu município ou região os públicos historicamente excluídos, como povos indígenas,
comunidades quilombolas, faxinalenses, jovens e mulheres e agricultores familiares
estão sendo beneficiados? As ações realizadas consideram a diversidade cultural e a
necessidade especifica de cada publico? As políticas públicas de reforma agrária, de
afirmação para mulheres, povos indígenas e comunidades tradicionais e assessoria
para jovens foram executadas no seu município ou região? As ações de ATER
contribuem para reduzir as desigualdades e promover a inclusão? Aumentou o
numero de entidades que prestam ATER no seu município ou região? Ampliou o
número do publico beneficiário?
Eixo III - Metodologia para uma ATER inclusiva:
Os profissionais da ATER no seu município ou região utilizam metodologias que
facilitam a participação dos agricultores familiares? A metodologia de trabalho
executada pelas entidades de ATER atende as demandas dos agricultores familiares?
As ações da ATER são de forma continuada, ou esporádicas? Promovem o diálogo
entre técnicos e agricultores, facilitando as decisões conjuntas? Os profissionais da
ATER orientam a propriedade como um todo, ou olham apenas as culturas
produtivas? As mulheres e os jovens são incluídos nas orientações realizadas nas
propriedades e eventos? As visitas, reuniões, cursos e outras metodologias realizadas
pelos técnicos atendem e resolvem os problemas da família nos aspectos
econômicos, ambientais e sociais?
Eixo IV - Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;
Como é organizada a ATER no seu município ou região? Como você acha que
deveria ser feita a gestão da ATER de forma a contemplar todos os interesses da
agricultura familiar, nas instâncias municipais, territoriais/ regionais, estadual e
federal? Os beneficiários do serviço participam das decisões sobre os projetos a
serem executados pela ATER? Os recursos destinados para a ATER no seu
município ou região são de conhecimento público? São suficientes para a prestação
de uma ATER com qualidade? Existe Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
nos municípios que compõem o Território ou Região? O funcionamento dos CMDRs é
adequado e possuem a participação ativa dos agricultores familiares? Os CMDRs
deliberam e fazem o controle social dos recursos utilizados na ATER? Os CMDRs
possuem representação nos Fóruns, Câmaras Técnicas e Comitês Gestores
territorial? O governo municipal destina orçamento para a ATER nos municípios do
território ou região? A ATER instalada no território ou região é suficiente para atender
a demanda dos agricultores familiares de forma qualificada?
7.9 - Sobre o Processo de Trabalho
As questões do roteiro são apenas provocadoras de uma reflexão sobre os
aspectos importantes da ATER nos municípios e regiões e não devem ser
utilizadas como um simples questionário. Ou seja, são questões colocadas para
facilitar o debate, e ajudar na compreensão do tema e contribuir na avaliação da
política, assim como gerar propostas.
Além disso, NÃO SE DEVE DEIXAR DE ABORDAR na discussão dos grupos
os aspectos referentes à análise, na visão do público beneficiário e prestadores
do serviço de ATER.
7. 10 - Passos para o Trabalho de Grupo:
Fazer uma breve contextualização da ATER no Brasil e no Paraná dando
destaque para o tema do Eixo Temático.
Promover o debate usando os questionamentos provocativos para animar o
grupo.
Atenção: Evitar discursos que possam monopolizar o debate. Incentivar todos
os participantes a darem sua contribuição, e expressarem seu pensamento.
Durante os debates já podem ser sintetizadas frases que poderão ser
incorporadas ao relatório do grupo.
Elaborar o relatório dos registros dos grupos de trabalho, para apresentação na
plenária.
8. PLENÁRIAS DAS CONFERENCIAS
O Relatório de Grupo deve conter avaliação dos avanços e desafios para a
ATER especificamente no eixo em questão, além de todas as propostas
produzidas.
O grupo poderá apresentar tantas propostas quantas achar necessária ou for
capaz de produzir, porem, ao final deverão ser priorizadas no máximo 5
propostas por eixo.
Os avanços, desafios e propostas priorizadas pelo grupo comporão o
DOCUMENTO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A PLENÁRIA FINAL de cada
Conferência Regional.
Cada proposta sistematizada será lida integralmente na Plenária da
Conferência e submetida às seguintes situações: destaque, aprovação na
íntegra ou exclusão. Para a inserção de destaques deverá ser previsto no
regimento ou regulamento da plenária as situações de defesa e réplica de
defesa do destaque proposto.
Sendo aprovada na íntegra a proposta apresentada permanecerá de modo
idêntico no Documento Final da Conferencia.
Sendo inserido destaque, a proposta sofrerá discussão até a aprovação do
texto final que será então transcrito para o Documento Final da Conferencia.
Sofrendo exclusão, a proposta será identificada como tal, sendo destacada
com FONTE NA COR VERMELHA, no Documento Final.
9. PRODUTOS FINAIS DAS CONFERENCIAS MUNICIPAIS E REGIONAIS
Após a votação em plenária pelos participantes das conferencias municipal e
Regional, com aprovação, destaques e modificações de redação ou exclusão
das propostas, se obtém o DOCUMENTO FINAL DE PROPOSTAS, conforme
modelo abaixo.
Assim, o Dossiê de cada Conferência Regional a ser enviado à Comissão
Executiva deve conter:
Cópia do Regimento Interno;
Lista de presença dos participantes, com identificação da sua representação;
Relatório Final da Conferência Regional;
Ata de Eleição da Delegação Regional para a 2ª CEATER/PR;
Ficha de inscrição dos (as) delegados (as) eleitos (as) para a 2ª CEATER/PR;
Moções ou Cartas Políticas registradas na Conferencia Regional de acordo
com o regulamento (quando houver).
MODELO DE RELATÓRIO COM ENCAMINHAMENTOS DA PLENÁRIA: 2ª Conferência Regional de ATER da Região de _______________________________
Local: ____________________ Data: ____/____/____
DOCUMENTO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A PLENÁRIA FINAL DA CONFERÊNCIA REGIONAL DE ATER
Eixo I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS:
AVANÇOS VERIFICADOS DESAFIOS A SEREM VENCIDOS
PROPOSIÇÕES PROPOSTA FINAL: Aprovada, Excluída ou Destacada, com a nova redação após aprovação da mesma.
1.
2.
3.
4.
5.
MODELO DE RELATÓRIO DA CONFERENCIA REGIONAL - OUTRAS INFORMAÇÕES:
RELATORIO CONFERENCIA REGIONAL DE ATER
1. REGIÃO: 2. DATA DE REALIZAÇÃO:
3. ENDEREÇO:
4 – Composição da Comissão Executiva Organizadora:
NOME INSTITUIÇÃO FUNÇÃO
Presidente
5 – Público Participante Total: (numero de participantes)
Categoria Numero Percentual em relação ao total
Homens
Mulheres
6 – Representação da Sociedade Civil:
REPRESENTAÇÃO NUMERO PERCENTUAL
Agricultura familiar
Jovens Masculinos
Jovens Femininos
Indígenas
Quilombolas
Faxinalenses
Técnicos de Entidades de ATER NÃO Govern.
Convidados
Observadores
Outros
7 – Representação Poder Publico:
REPRESENTAÇÃO NUMERO PERCENTUAL
Técnico de Entidade de ATER Governamental
Professor de Núcleo de Extensão Universitária
Gestor Municipal
Gestor Estadual
Convidados
Observadores
Outros
8 - Delegadas/os Eleitas/os: REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL - TITULARES
NOME CATEGORIA SEXO MUNICÍPIO
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL - SUPLENTES
NOME CATEGORIA SEXO MUNICÍPIO
REPRESENTANTES DO PODER PUBLICO - TITULARES
NOME ENTIDADE SEXO MUNICÍPIO
REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO - SUPLENTES
NOME ENTIDADE MUNICÍPIO
9. MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO PARA DELEGADOS:
REGIÃO: _________________________________________________
NOME: _______________________________________________________________
Sexo: ( ) feminino ( ) masculino No RG ___________________ No CPF_________________________
Idade: ( ) até 25 anos ( ) 26 até 50 ( ) 51 até 75 ( ) acima de 75:
REPRESENTAÇÃO:
( ) agricultor familiar; ( ) indígena; ( ) comunidade tradicional; ( ) juventude; ( ) mulheres;
( ) técnico: Citar formação e entidade/organização: _______________________________________________
( ) gestor publico: Citar cargo e instituição: _____________________________________________________
Escolha por ordem de prioridade o Eixo Temático que deseja debater:
( ) I - Demandas e Ofertas de ATER a partir do Plano de DRSS;
( ) II - Abrangência da ATER - publico beneficiário;
( ) III - Metodologia para uma ATER inclusiva;
( ) IV - Sistema de ATER – Organização, Gestão e Financiamento;
2ª CONFERENCIA ESTADUAL DE ATER– PARANÁ
INSCRIÇÃO DE DELEGADO (A) TITULAR ( ) SUPLENTE ( )
10. MODELO DE FORMULÁRIO PARA MOÇÕES
CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR – CEDRAF
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
MDA - DELEGACIA DO ESTADO DO PARANÁ
2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ATER – 2ª CEATER/PR
Realizada em ____________________
FORMULÁRIO DE MOÇÃO
1. Tipo de Moção
( ) Apoio ( ) Repúdio ( ) Outros_______________________
2. Região:
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3. Texto da Moção: (Máximo 10 linhas)
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Relação Nominal de 50% + 1 dos delegados da 2ª CEATER/PR –
(Lista com assinatura original)
Nome RG Entidade Assinatura
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.