manual escadas telescópias

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS HUGO SANTOS 13-12-2005 1 1. Nomenclatura e descrição As escadas telescópicas, mais utilizadas pelos Bombeiros, são fabricadas em liga de alumínio, pesam 100 ou 180 Kg`s e são constituídas por 3 lanços ( Inferior, Médio e Superior ); o Lanço Inferior é fixo e os outros 2 correm ( uns sobre os outros ) nas calhas existentes nos banzos, por intermédio de rodízios; o seu arvoamento faz-se pela acção duma espia e de um cabo de aço. Estas escadas permitem o acesso aos andares, não devendo a altura a escalar em missões de socorro, exceder um 4º ou 5º andar, o que se consegue com uma escada aberta, na sua máxima extensão ( 14,1 ou 15,0 mts ), o que permite vencer uma altura de 13,6 ou de 14,5 mts, devido à inclinação que se tem de dar; quando fechada, a escada tem o comprimento de 5,8 ou 6,1 mts. Para a descrição das diferentes partes da escada, considera-se esta colocada ao « alto », com o extremo superior (« Cabeça ») próximo da parede e o extremo inferior (« pé ») assente no solo (fig. 163). - O lanço inferior (base) tem 5,19 ou 6,0 mts de comprimento e 0,66 mts de largura; é fixo e constituído por: 2 banzos paralelos; 20 ou 21 degraus; barra estabilizadora ( interior ) com 2 macacos laterais; 2 escoras; braçadeiras de fixação das escoras e cavilha de segurança. Os banzos laterais são armados, com perfil rectangular; tem 5,64 ou 6,0 mts de comprimento, 0,12 mts de altura e 0,055 mts de largura máxima; possuem calhas (interiores) onde deslizam os rodízios do lanço médio ( central ); as calhas têm um perfil rectangular, com 0,025 mts de altura e 0,015 mts de largura; nas faces laterais exteriores possuem braçadeiras de fixação dos extremos inferiores das escoras. Os degraus 20 ou 21 são de liga de alumínio, encastrados nos banzos laterais, com 0,66 mts de comprimento e secção quadrada ( 0,03 mts em cada face ); as faces superiores são estriadas e anti-derrapantes. No extremo inferior («pé» da escada) está fixada a barra estabilizadora, com: 2 macacos; 2 apoios anteriores; 2 pegas posteriores e uma braçadeira para fixação do chicote da espia de arvoramento; a barra estabilizadora é constituída por um tubo metálico, com 1,43 mts de comprimento e 0,075 mts de diâmetro; os macacos (2) destinam-se a manter o nivelamento da escada, em pavimentos desnivelados.

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Page 1: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 1

1. Nomenclatura e descrição

As escadas telescópicas, mais utilizadas pelos Bombeiros, são fabricadas em liga de alumínio,

pesam 100 ou 180 Kg`s e são constituídas por 3 lanços ( Inferior, Médio e Superior ); o Lanço

Inferior é fixo e os outros 2 correm ( uns sobre os outros ) nas calhas existentes nos banzos,

por intermédio de rodízios; o seu arvoamento faz-se pela acção duma espia e de um cabo de

aço.

Estas escadas permitem o acesso aos andares, não devendo a altura a escalar em missões

de socorro, exceder um 4º ou 5º andar, o que se consegue com uma escada aberta, na sua

máxima extensão ( 14,1 ou 15,0 mts ), o que permite vencer uma altura de 13,6 ou de 14,5

mts, devido à inclinação que se tem de dar; quando fechada, a escada tem o comprimento de

5,8 ou 6,1 mts.

Para a descrição das diferentes partes da escada, considera-se esta colocada ao « alto »,

com o extremo superior (« Cabeça ») próximo da parede e o extremo inferior (« pé ») assente

no solo (fig. 163).

- O lanço inferior (base) tem 5,19 ou 6,0 mts de comprimento e 0,66 mts de largura; é

fixo e constituído por: 2 banzos paralelos; 20 ou 21 degraus; barra estabilizadora (

interior ) com 2 macacos laterais; 2 escoras; braçadeiras de fixação das escoras e

cavilha de segurança.

Os banzos laterais são armados, com perfil rectangular; tem 5,64 ou 6,0 mts de

comprimento, 0,12 mts de altura e 0,055 mts de largura máxima; possuem calhas (interiores)

onde deslizam os rodízios do lanço médio ( central ); as calhas têm um perfil rectangular, com

0,025 mts de altura e 0,015 mts de largura; nas faces laterais exteriores possuem braçadeiras

de fixação dos extremos inferiores das escoras.

Os degraus 20 ou 21 são de liga de alumínio, encastrados nos banzos laterais, com 0,66

mts de comprimento e secção quadrada ( 0,03 mts em cada face ); as faces superiores são

estriadas e anti-derrapantes.

No extremo inferior («pé» da escada) está fixada a barra estabilizadora, com: 2 macacos; 2

apoios anteriores; 2 pegas posteriores e uma braçadeira para fixação do chicote da espia de

arvoramento; a barra estabilizadora é constituída por um tubo metálico, com 1,43 mts de

comprimento e 0,075 mts de diâmetro; os macacos (2) destinam-se a manter o nivelamento da

escada, em pavimentos desnivelados.

Page 2: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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Estes macacos são constituídos por parafuso sem-fim, volante, com manivela e calço (base

de apoio) com junta universal; os 2 apoios (na face anterior) são soldados á barra

estabilizadora e constituídos por anéis metálicos revestidos (exteriormente) de borracha;

destinam-se a facilitar o arvoramento da escada (por apoio no solo); tem 0,15 mts de diâmetro

exterior, 0,04 mts de largura e 0,005 mts de espessura; o revestimento exterior é constituído

por uma tira de borracha dura, aparafusada aos extremos.

As 2 pegas fixadas nos extremos da barra estabilizadora por braçadeiras, são constituídas

por varão metálico. A braçadeira metálica (quando existe) fixa-se ao centro da face posterior da

barra estabilizadora e destina-se a fixar o chicote da espia de arvoramento, quando a escada

estiver arriada e preparada para o transporte.

A cavilha de segurança é constituída por um espigão cilíndrico com cabeça; como acessório,

possui no outro estremo do fiel de aço, uma alça com sapatilho, destinada a evitar a saída da

cavilha de segurança do extremo inferior o banzo direito do lanço superior.

As 2 escoras metálicas são fixadas, por articulação, aos extremos superiores dos banzos no

lanço inferior sendo o seu comprimento de 5,40 mts ou 5,70 mts, terminem inferiormente em

bases com ponteiras metálicas. As escoras destinam-se a estabilizar e a escorar a escada,

quando arvorada.

O cabo de aço de 5,0 mts ou de 5,20 mts de comprimento; por intermédio dum esticador

metálico, está fixo ao penúltimo degrau do lanço inferior (base), passa num moitão localizado

no ultimo intervalo dos degraus do lanço médio (central) e torna a fixar-se (o chicote) ao 2º

degrau do lanço superior (cabeça); destina-se a permitir o arvoramento, ou o arriar o lanço

superior (cabeça), simultaneamente com o arvorar ou o arriar o lanço médio (central).

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Imagem acima representa uma escada telescópica.

A Perfil da Escada F Lanço Superior K Espia de Arvoramento

B Alçado da Escada G Barra Estabilizadora L Cabo de Aço

C Pormenores da escada H Macaco M Eixo com Rodízios

D Lanço Inferior I Escoras

E Lanço Médio J Apoio Anterior

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2. Manobras executadas com as Escadas Telescópicas

Tipos de Manobras

Com as escadas telescópicas podem-se executar as seguintes manobras:

a) Retirar a escada telescópica dum veiculo de socorro ou doutro local (2)

b) Transporte da escada telescópica

c) Arvorar e arriar a escada telescópica

d) Subida e descida de Bombeiros por escada telescópica

Nestas manobras, ter-se-á em atenção o seguinte:

1º- Quando a escada é utilizada em terreno pouco consistente ou escorregadio, devem-se

tomar preocupações particulares na fixação das escoras e dos apoios dos macacos.

2º- Normalmente, os bombeiros só devem subir pela escada telescópica, quando esta estiver

completamente estabilizada; nas situações em que é necessário subir com rapidez ou em que

existe uma situação de instabilidade, as escoras devem ser permanentemente guarnecidas, por

bombeiro, para evitar possíveis deslocamentos, desnivelando a escada.

Retirar a escada telescópica, de um veiculo de socorro

Esta manobra é executada por uma guarnição de 4 Bombeiros, numerados (nºs 1 a 4), que

se fará à voz de

« Retirar a escada telescópica do veiculo – marche »

A esta voz, a guarnição procede a esta manobra, nos dois tempos seguintes:

1º Tempo

nº1 – Caso seja necessário, sobe o veiculo, pelo lado esquerdo, até chegar junto da calha

de encaixe ou do esticador de fixação e, juntamente com o nº2 solta a escada.

nº2 – Caso seja necessário, sobe o veiculo, pelo lado direito, até chegar junto da calha de

encaixe ou do esticador de fixação e juntamente com o nº1 solta a escada.

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nº3 – Fica junto ao veiculo do seu lado esquerdo: depois de desligada a calha de encaixe

ou o esticador de fixação, pelos nºs 1 e 2, solta a alavanca de suporte de fixação (lado

esquerdo) que se encontra junto à retaguarda do veiculo; em seguida, agarra na pega da barra

estabilizadora e puxa pela escada (juntamente com o n.º 4), fazendo-a deslizar para a

retaguarda, ate ficar cerca de 2/3 fora do veiculo. (figura seguinte).

nº4 – Fica junto á retaguarda do veiculo, do lado direito; depois de desligada calha de

encaixe ou o esticador de fixação, pelos nºs 1 e 2, solta a alavanca do suporte de fixação (lado

direito) que se encontra junto à retaguarda do veiculo; em seguida agarra na pega da barra

estabilizadora e puxa pela escada (juntamente com o nº3), fazendo-a deslizar para a

retaguarda, até ficar cerca de 2/3 fora do veiculo(figura seguinte)

2º Tempo

Terminado 1º tempo, segue-se o 2º tempo, isto é:

A imagem acima representa a retirada da escada telescópica de um veículo de socorro. (1ºTempo)

Page 6: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 6

Nºs 1 e 2 – Descem do veiculo (caso tenham subido), respectivamente pelo lado esquerdo e

direito, e auxiliam a continuação do deslizar da escada(juntamente com os nºs 3 e

4, como se refere a figura acima), até esta se libertar do veiculo e ficar suspensa

nas mãos (esquerda do nº1 e direita do n.º 2), agarrando nos banzos inferiores,

junto á cabeça da escada; em seguida, fazem o transporte da escada para o local

de utilização. (figura seguinte).

Nºs 3 e 4 – Depois dos nºs 1 e 2 terem descido do veiculo e com o auxilio destes, continuam a

puxar pelas pegas da barra estabilizadora (nº3 do lado direito e nº4 do lado

esquerdo) para a retaguarda (Figura acima), até a cabeça da escada deixar de

estar apoiada no veiculo; em seguida, fazem o seu transporte para o local de

utilização, continuando a suportar a escada pelas respectivas pegas da barra

estabilizadora. (Figura seguinte).

Durante o transporte a escada, a escada mantém-se suspensa, como se descreve na imagem

seguinte, ficando a cabeça da escada para a retaguarda e as escoras para cima.

2.3. Retirar a escada Telescópica dum local (estaleiro)

Esta manobra é executada por uma guarnição de 4 Bombeiros, numerados de 1 a 4 que se

fará à voz de

« Retirar a escada Telescópica de ... (local) – marche»

A esta voz, a guarnição procede á manobra no tempo (1) seguinte:

Page 7: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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N.º 1 – Marcha para o local indicado (estaleiro) e coloca-se ao lado do banzo direito da

escada e próximo da cabeça; juntamente com os nºs 2 e 3 e 4, suspende a escada, com a mão

esquerda a agarrar o banzo direito inferior, junto da cabeça, e transporta-a para o local de

utilização.

Nº2 - Marcha para o local indicado (estaleiro) e coloca-se ao lado do banzo esquerdo da

escada e próximo da cabeça, juntamente com os nºs 1,3 e 4, suspende a escada, com a mão

direita a agarrar no banzo esquerdo inferior, junto á cabeça, e transporta-a para o local de

utilização.

Nº3 - Marcha para o local indicado (estaleiro) e coloca-se ao lado do banzo direito da

escada e próximo da barra estabilizadora; juntamente com os nºs 1,2 e 4, suspende a escada,

com a mão esquerda a agarrar a pega direita da barra estabilizadora e transporta-a para o local

de utilização.

N.º 4 - Marcha para o local indicado (estaleiro) e coloca-se ao lado do banzo esquerdo da

escada e próximo da barra estabilizadora; juntamente com os nºs 1,2 e 3, suspende a escada,

com a mão direita a agarrar a pega esquerda da barra estabilizadora transporta-a para o local

de utilização.

2.4. Transporte de uma escada Telescópica

Tanto no inicio como no final da manobra, a escada Telescópica é transportada por 4

Bombeiros, que a agarram com as mãos, voltados para o pé da escada e com as escoras para

cima, isto é:

Nº1 – Do lado do banzo direito, agarra no estremo superior (cabeça) do banzo direito do

lanço inferior (base), com a mão esquerda (unhas para fora) e mantém a escada suspensa.

Nº2 – Do lado do banzo esquerdo, agarra no extremo superior (cabeça) do banzo esquerdo

do lanço inferior (base), com a mão direita (unhas para fora) e mantém a escada suspensa.

Nº3 – Do lado do banzo direito, agarra na pega direita da barra estabilizadora, com a mão

esquerda (unhas para cima)e mantém a escada suspensa.

Nº4 – Do lado do banzo esquerdo, agarra na pega esquerda da barra estabilizadora com a

mão direita (unhas para cima) e mantém a escada suspensa.

Durante o transporte, a cabeça da escada fica para a retaguarda e as escoras para cima.

O transporte da escada poder-se-á executar em marcha ordinária ou em acelerado, de acordo

com as ordens que foram dadas.

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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Devido à largura dos arruamentos, ao comprimento da escada («fechada») e à distancia a

que o pé da escada deve ficar da parede (1/3 da altura a que cabeça da escada irá trabalhar),

torna-se difícil que a escada fique na posição normal de arvoramento.

Assim, ao chegar ao local que for determinado, a guarnição coloca a escada no solo (figura

a baixo), com a barra estabilizadora perpendicular à parede em que se vai fazer o arvoramento;

a barra estabilizadora fica na direcção do inicio da prumada e a cerca de 1/3 da altura a que a

cabeça da escada irá trabalhar.

A imagem acima refere-se ao transporte da escada Telescópica na fase final.

A guarnição mantém-se nos lugares em que se executou o seu transporte, voltada para a

escada, na posição de «sentido» e aguarda a voz de «arvorar».

2.5. Arvorar a escada Telescópica

A guarnição é constituída por 4 Bombeiros, numerados (nºs 1 a 4), que iniciam a manobra

de arvoramento, á voz de

«Arvorar – Marche»

A esta voz, os Bombeiros que se encontram na posição inicial (figura anterior), executam

esta manobra nos 5 tempos seguintes:

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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1 Tempo

Nº1 – Com a mão direita (unhas para cima) pega no banzo direito (junto ao ultimo degrau) e

com a mão esquerda (unhas para baixo), pega no ultimo degrau pela face anterior; em

seguida, eleva a cabeça da escada (juntamente com o nº2) (figura seguinte) e roda para

debaixo dela; continuando a manobra e contando com o apoio do pé da escada (dados

pelos nºs 3 e 4), arvorada a escada para a vertical, passeando as mãos pelo banzo direito

(2ª figura seguinte), até a escada ficar vertical, mas na posição de «fechada» (3ª figura

seguinte).

Nº2 – Com a mão esquerda (unhas para cima) pega no banzo esquerdo (junto ao ultimo

degrau) e com a mão direita (unhas para baixo), pega no último degrau pela face anterior;

em seguida, eleva a cabeça da escada (juntamente com o n.º 1) (figura seguinte) e roda

para baixo dela; continuando a manobra e contando com o apoio do pé da escada ( dado

pelos n.ºs 3 e 4 ) , arvora a escada para a vertical , passeando as mãos pelo banzo

esquerdo (2ª figura seguinte) , até a escada ficar na vertical , mas na posição de «fechada»

(3ª figura seguinte).

Nº3 – Liberta a escora direita da sua braçadeira de fixação ; roda sobre a perna esquerda e fica

de frente para a barra estabilizadora e para a face posterior do banzo direito ; coloca o pé

direito na barra , para a fixar , e , inclinando o corpo para a retaguarda , agarra a escora

direita com ambas as mãos (figura seguinte) ; com o auxilio da escora e não permitindo

que o pé da escada escorregue , auxilia os n.ºs 1 e 2 ( juntamente com o n.º 4 ) a arvorar

a escada (2ª figura seguinte) , até esta ficar vertical , mas na posição de « fechada » (3ª

figura seguinte) .

N.º4 – Liberta e escora esquerda da sua braçadeira de fixação ; roda sobre a perna direita e

fica de frente para a barra estabilizadora e para a face posterior do banzo esquerdo ; coloca

o pé esquerdo na barra , para a fixar , e , inclinando o corpo para retaguarda , agarra a

escora esquerda com ambas as mãos (figura seguinte) ; com o auxilio da escora e não

permitindo que o pé da escada escorregue , auxilia os n.ºs 1 e 2 ( juntamente com o n.º3 )

a arvorar a escada ( 2ª figura seguinte ) , até esta ficar vertical , mas na posição de «

fechada » ( 3ª figura seguinte ) .

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2º Tempo

Terminado o 1º tempo , a escada que se encontra na vertical ( « fechada » ) ( figura

anterior ) , tem de rodar à esquerda , para ficar na posição normal de arvoramento .

Assim :

N.º 1 – Ocupa uma posição junto à face anterior do banzo direito e mantém as mãos nos

degraus , obrigando o pé do macaco direito a fixar-se no solo ; olhando para a cabeça

da escada ( para manter o seu equilíbrio ) , fixa o pé da escada do seu lado e auxilia o

n.2 a rodar a escada no sentido dos ponteiros do relógio ( para a esquerda ) , até a

barra estabilizadora ficar paralela à parede , onde se pretende fazer o arvoramento (

figura seguinte ) .

N.º 2 – Ocupa uma posição junto à face anterior do banzo esquerdo e coloca a mão esquerda

na pega de transporte e a mão direita no banzo esquerdo , à altura da cintura ; olhando

para a cabeça da escada ( para manter o equilíbrio ) , levanta ligeiramente o lado

esquerdo da escada e , auxiliado pelos outros bombeiros , roda a escada no sentido dos

ponteiros do relógio ( para a esquerda ) , até a barra estabilizadora ficar paralela à

parede , onde se pretende fazer o arvoramento ( figura seguinte ) .

N.º 3 – Voltado para a face posterior da escada , continua a segurar a escora direita , com

ambas as mãos ; coloca-se numa posição alinhada com a escada e eleva a escora , de

modo a facilitar que a escada ( apoiada ) no macaco direito e auxiliada pelos outros

bombeiros ) rode no sentido dos ponteiros do relógio ( para a esquerda ) , até a barra

estabilizadora ficar paralela à parede , onde se pretende fazer o arvoramento ( figura

seguinte ) .

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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N.º 4 – Voltado para a face posterior da escada , continua a segurar a escora esquerda , com

ambas as mãos ; coloca-se numa posição que lhe permita manter o equilíbrio da escada

e a deslocação da escora ( rodando-a no sentido dos ponteiros do relógio ) , de modo a

acompanhar a rotação da escada , até a barra estabilizadora ficar paralela à parede ,

onde se pretende fazer o arvoramento ( figura anterior ) .

3º Tempo

Terminado o 1º e o 2º tempo , segue-se o 3º tempo , isto é :

N.º 1 – Mantém-se junto da face anterior da escada , em frente ao banzo direito e retira a

cavilha e a alça de segurança , dos olhais , do extremo inferior do banzo direito do

lanço superior ( cabeça ) ; quando a escada estiver em terreno desnivelado , este

bombeiro ou o n.º 2 ( aquele que estiver do lado mais baixo ) , visualmente e servindo-

se do lanço inferior , nivela a escada , servindo-se do macaco ligado à barra

estabilizadora do seu lado . Continuando a manobra , coloca o pé esquerdo na barra

estabilizadora , para a fixar ( figura seguinte ) , dá indicações aos n.ºs 3 e 4 sobre as

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HUGO SANTOS 13-12-2005 14

posições em que devem manter as escoras ( inclinação e abertura ) , calculando a

trajectória da escada , para ( ao arvorar ) alcançar o andar pretendido .

N.º 2 – Mantém-se junto da face anterior da escada , em frente do banzo esquerdo ; se receber

indicações do n.º 1 , nivela a escada , visualmente e servindo-se do macaco ligado à

barra estabilizadora do seu lado . Continuando a manobra , fixa o banzo esquerdo com

as mãos e coloca o pé direito na barra estabilizadora para a fixar ( figura seguinte ) .

N.ºs 3 e 4 – Agarrando as escoras do seu lado ( n.º 3 à direita e n.º 4 à esquerda ) , deslocam

estas ( em inclinação e abertura ) , sob as indicações do n.º 1 , para que o lanço

inferior ( base ) fique inclinado para a parede , de modo que a futura trajectória

dos lanços ( ao arvorar ) alcancem o andar pretendido . As 2 escoras devem ficar

alinhadas ( paralelamente ) e com as suas bases bem apoiadas no solo ( entre o

pé da escada e a parede ) , para garantir a melhor estabilidade da escada ( figura

seguinte ) .

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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4º Tempo

Terminado o 3º tempo , segue-se o 4º tempo , isto é :

N.º 1 – Mantém-se na posição anterior , firmando o pé na barra estabilizadora da escada com o

pé esquerdo , para colaborar no seu equilíbrio ; acompanha o arvorar da escada e ,

quando atingir a altura conveniente ( figura seguinte ) , dá a voz de « alto » , seguida

de « baixar » , para que o n.º 2 fixe os lanços com as linguetas automáticas de fixação.

N.º 2 – Com uma rotação em torno do pé esquerdo , desloca-se para a face posterior da

escada e para junto da espia de arvoramento ; juntamente com o n.º 4 e de costas

para a parede , solta o chicote de espia de braçadeira da berra estabilizadora e do

degrau do lanço inferior ( base ) da escada ; agarra a espia com as mãos e , com

braçadas fortes e largas ( auxiliado pelo n.º 4 ) , arvora a escada , alando pela espia (

figura seguinte ) . Assim que a escada atinja a altura conveniente , faz « alto » , por

indicação do n.º 1 . Em seguida , à voz de baixar ( do n.º 1 ) , reduz ligeiramente a

extensão da escada , para fixar os lanços com as linguetas automáticas de fixação .

Continuando a manobra , verifica se os lanços ficaram fixos , amarra o chicote da espia

ao 1º degrau do lanço inferior ( base ) e desloca-se para a posição que tinha no tempo

anterior ( junto ao banzo esquerdo e de frente para a face anterior da escada ) ( figura

anterior ) .

N.º 3 – Desloca-se para o espaço entre as 2 escoras e passa a segurá-las ( uma em cada mão e

virado de costas para a parede ) , enquanto os n.ºs 2 e 4 procedem ao arvoramento da

escada ( figura seguinte ) . Continuando a manobra , depois de estar terminado o

arvoramento , abandona a escora esquerda ( assim que for substituído pelo n.º 4 ) e

regressa à posição do tempo anterior , segurando a escora direita , de costas para a

parede ( figura anterior ) .

N.º 4 – Abandona a escora esquerda e desloca-se para a face posterior da escada , para junto

da espia de arvoramento ; juntamente com o n.º 2 e de costas para a parede , agarra

na espia com as mãos e , com braçadas fortes e largas , arvora a escada , alando pela

espia . Assim que a escada atinja a altura conveniente , faz « alto » , por indicação do

n.º 1 ( figura seguinte ) . Em seguida , à voz de « baixar « ( do n.º 1 ) reduz

ligeiramente a extensão da escada , para fixar os lanços com as linguetas automáticas

de fixação . Continuando a manobra , verifica os lanços fixos e desloca-se para a

posição do tempo anterior ( figura anterior ) , agarra na escora esquerda , que é

abandonada pelo n.º 3 e fica de costas voltadas para a parede .

Page 16: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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Page 17: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 17

5º Tempo

Terminado o 4º tempo , segue-se o 5º tempo , isto é :

N.ºs 1 e 2 – Nas posições anteriores , mantém firme a barra estabilizadora ( n.º 1 à direita e o

n.º 2 à esquerda , respectivamente com os pés esquerdo e direito , sobre a barra),

evitando que escorregue , enquanto os n.ºs 3 e 4 movimentam as escoras , para

que a cabeça da escada toque na parede . Em seguida , visualmente e servindo-se

do lanço inferior , verificam se o nivelamento da escada está correcto e rectificam-

no , se for necessário .

N.ºs 3 e 4 – Nas posições anteriores , levantam as escoras e , auxiliados pelos n.º s 1 e 2 ,

inclinam lentamente a escada , até esta tocar na parede ; em seguida , colocam ,

de novo , as escoras no solo , na melhor posição para suportar a escada .

Logo que a escada esteja arvorada e confirmada a sua segurança ( estabilidade e fixação das

linguetas ) , a guarnição forma junto da escada ( figura seguinte ) , a 0,60m. Do seu pé , de

costas para a parede ; o n.º 1 fica em frente da escada e os restantes bombeiros formam à sua

esquerda , por ordem numérica crescente . O n.º 1 será o primeiro a subir , seguido dos n.ºs 2

e 3 ; o n.º 4 mantém-se junto ao banzo esquerdo , para garantir a estabilidade da escada ,

durante as manobras de subida e de descida , que se tenham de efectuar .

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 18

3 – Subida e descida de bombeiros , por escada telescópica

3.1 – Subida por escada telescópica

Assim que uma guarnição , numerada ( N.ºs 1 a 4 ) , tenha arvorada a escada telescópica ,

a uma janela de peito ou de sacada , dum andar acessível a esta escada , prepara-se para

«subir» e «entrar» nesse andar , à voz de

« Subir – Marche »

a guarnição executa esta manobra nos 3 tempos seguintes :

1º Tempo

N.º 1 – Coloca o pé esquerdo no 1º degrau e a mão abraça o 5º degrau ( unhas para baixo )

( Figura seguinte ) .

N.º 2 – Desloca-se para junto do banzo direito da escada , coloca o pé esquerdo na barra

estabilizadora e as mãos ( esquerda e direita ) no banzo direito , respectivamente à

altura da cintura e dos ombros ( a mão esquerda com as unhas para fora e a mão

direita com as unhas para dentro ) , para impedir que a escada escorregue ( Figura

seguinte ) .

N.ºs 3 e 4 – Aguardam a altura para substituírem os n.ºs 2 e 3 , na fixação do pé da escada

(figura seguinte) .

Page 19: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 19

2º Tempo

Terminado o 1º tempo , segue-se o 2º tempo , isto é :

N.º 1 – Inicia a subida , colocando o pé direito no 2º degrau e a mão esquerda ( unhas

para baixo ) no 6º degrau ; continua a subida , alternando os pés com as mãos ,

até o pé esquerdo ficar mais alto que o direito e as mãos se firmarem no peitoril da

janela ou no corrimão da sacada . Em seguida , prepara-se para entrar no andar (

figura seguinte ) .

N.º 2 – Quando o n.º 1 atingir ( com os pés ) o 2º lanço , abandona o banzo direito ( sendo

substituído pelo n.º 3 ) e inicia a subida da escada , procedendo de forma idêntica

à que foi executada pelo n.º 1, isto é: Coloca o pé esquerdo no 1.º degrau e a mão

direita abraça o 5.º degrau (unhas para baixo), continuando a subida da escada

(fig. 175).

Page 20: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 20

N.º 3 – Quando o n.º 2 abandonar o banzo direito, toma a posição deste, isto é: Desloca-se

para junto do banzo direito da escada, coloca o pé esquerdo na barra estabilizadora

e as mãos (esquerda e direita) no banzo direito, respectivamente à altura da

cintura e dos ombros (a mão esquerda com as unhas para fora e a mão direita com

as unhas para dentro), para impedir que a escada escorregue (fig. 175).

N.º 4 – Mantém-se na posição do 1.º tempo, aguardando a altura de substituir o

n.º 3 (fig. 175).

3.º TEMPO

Terminado o 2,º tempo, segue-se o 3.º tempo, isto é:

N.º 1 – Estica a perna esquerda, passa a perna direita para dentro da janela de peito ou do

corrimão da escada, entrando em 1.º lugar a ponta do pé (fig. 176). Continuando a

manobra, roda sobre a coxa esquerda(assente no parapeito ou no corrimão da

janela) até olhar para a rua (para fora) e puxando-a, a seguir, à retaguarda, passa-se

para dentro da janela; seguidamente, as mãos retiram-se da janela, quando ambos

os pés estiverem assentes no pavimento ou na bacia da sacada, do andar em que

entrou. Seguidamente, prepara-se para permitir a entrada do n.º 2 no andar (fig.

177).

N.º 2 – Inicia a subida, colocando o pé direito no 2.º degrau e a mão esquerda (unhas para

baixo) no 6.º degrau; continua a subida, alternando os pés com as mãos se firmarem

no peitoril da janela ou no corrimão da sacada. Em seguida, prepara-se para entrar no

andar (fig. 177).

N.º 3 – Quando o n.º 2 atingir (com os pés) o 2.º lanço, procedendo de forma idêntica à que

foi executada pelos n.ºs 1 e 2, isto é: Coloca o pé esquerdo no 1.º degrau e a mão

direita abraça o 5.º degrau (unhas para baixo) (fig. 177).

N.º 4 – Quando o n.º 3 abandonar o banzo direito, toma a posição deste, isto é: Desloca-se

para junto do banzo direito da escada, coloca o pé esquerdo junto da barra

estabilizadora e as mãos (esquerda e direita) no banzo direito, respectivamente à altura

da cintura e dos ombros (a mão esquerda com as unhas para fora e a mão direita com

as unhas para dentro), para impedir que a escada escorregue (fig. 177).

Page 21: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 21

Os tempos desta manobra vão-se repetindo até que todos os bombeiros tenham

subido a escada e entrado no andar pretendido, afim de executarem outras manobras

(salvamentos, trabalhos de ataque, etc.).

3.2. Descida por escada telescópica

Quando uma guarnição (numerada) se encontra a uma janela de peito ou de

sacada, dum andar superior, e pretenda descer para o solo, por uma escada

telescópica que já se encontra arvorada, executa esta manobra nos dois tempos

seguintes:

1.º TEMPO

N.ºs 1 e 2 – Mantém-se no interior do andar, enquanto o n.º 3 inicia a descida.

N.º 3 – Passa a perna esquerda para fora da janela (por cima do peitoril ou do corrimão

da sacada) e coloca a ponta do pé esquerdo num degrau do lanço superior

(cabeça) da escada (fig. 176); segue-se com a mão esquerda ao peitoril da janela,

passa a mão direita para o extremo superior do banzo direito, roda sobre a coxa

direita (sempre pelo lado esquerdo) e, flectindo a perna à retaguarda, coloca o pé

direito no degrau imediatamente inferior àquele em que se encontra o pé esquerdo.

Em seguida, prepara-se para descer.

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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N.º 4 – Mantém-se junto do banzo direito da escada, com o pé esquerdo na barra

estabilizadora e as mãos (esquerda e direita) no banzo direito, respectivamente à

altura da cintura e dos ombros (a mão esquerda com as unhas para fora e a mão

direita com as unhas para dentro), para impedir que a escada escorregue (fig.

177).

2.º TEMPO

Terminado o 1.º temo, segue-se o 2.º tempo, isto é:

N.º 1 – Mantém-se no interior do andar, enquanto o n.º 2 inicia a descida e o n.º 3

atinge o solo.

N.º 2 – Quando o n.º 3 atinge o lanço inferior (principal), inicia a descida, tal como

executou o n.º 3, isto é: Passa a perna esquerda para fora da janela (por cima do

peitoril ou do corrimão da sacada) e coloca a ponta do pé esquerdo num degrau

do lanço superior (cabeça) da sacada; segura-se com a mão esquerda ao peitoril

Page 23: Manual escadas telescópias

MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

HUGO SANTOS 13-12-2005 23

da janela (fig. 176), passa a mão direita para o extremo superior do banzo

direito, roda sobre a coxa direita (sempre pelo lado esquerdo) e, flectindo a

perna à retaguarda, coloca o pé direito no degrau imediatamente inferior àquele

em que se encontra o pé esquerdo. Em seguida, prepara-se para descer.

N.º 3 -- Inicia a descida da escada, alternando os pés com as mãos, até os pés atingirem

o solo. Continuando a manobra, desloca-se para junto do banzo direito;

substituindo o n.º 4, coloca o pé esquerdo na barra estabilizadora e as mãos

(direita e esquerda) no banzo direito, respectivamente à altura dos ombros e da

cintura (a mão direita com as unhas para dentro e a mão esquerda com as unhas

para fora), para impedir que a escada escorregue (fig. 175).

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MANOBRAS DE ESCADAS TELESCÓPICAS

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N.º 4 -- Mantém-se na posição do tempo anterior (fig. 177), até que o n.º 3 o substitua, a

impedir que a escada escorregue. Em seguida, abandona a barra estabilizadora e

prepara-se para executar as manobras que se seguirem.

Os restantes bombeiros da guarnição, por ordem numérica decrescente, descem da

escada de forma idêntica à que se descreveu anteriormente, e vão tomando a

posição para «arriar a escada», caso tenha terminado a manobra de socorro, com

a escada telescópica.