manual do professor - terra da luz editorial
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Nossas obras e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
As obras “O tratado da aranha e da rã” e “O socó Popó, que coçava sete
socós” têm foco no trabalho com a linguagem, nos temas transversais
e nas diversidades culturais brasileiras. As histórias são inspiradas em
trava-línguas da oralidade popular, que são um excelente mecanis-
mo pedagógico de reflexão sobre o sistema de escrita, estabelecen-
do relação entre a fala e a escrita. “O Fantástico Mundo do Cordel”,
por sua vez, é uma obra escrita no gênero literário poético do cordel,
recentemente reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional – IPHAN, como Patrimônio Cultural Imaterial do
Brasil. Uma obra com o olhar de valorização cultural, especialmente
da cultura popular e as narrativas (prosa em verso) de tradição oral,
bem como a contação de histórias em rodas de conversa, as cantorias
e o desafio entre cordelistas. Dessa forma, o livro estimula o interesse
das crianças sobre as demais configurações genéricas que materiali-
zam as formas de conhecimentos construídos socialmente.
Como suporte às atividades pedagógicas, foi desenvolvido este manu-
al de Sugestões para trabalho interdisciplinar, tendo como referência
os objetivos do Ensino Fundamental, definidos pela Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), segundo os quais o ensino deve auxiliar
os alunos/alunas a desenvolver competências para:
• Compreender as linguagens como construção humana, histórica,
social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e
valorizando-as como formas de significação da realidade e
expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
• Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico,
social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso,
reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus
usuários e da comunidade a que pertencem.
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
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• Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas,
corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades
de participação na vida social e colaborar para a construção de
uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.
• Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como
forma de interação nos diferentes campos de atuação da
vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades
de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos
(inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e
protagonismo na vida social.
• Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –,
para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias
e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
• Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos
que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com
compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos, e continuar aprendendo.
• Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista
que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do
mundo contemporâneo.
• Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando
atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando
preconceitos linguísticos.
• Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar
as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural
da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas,
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito
à diversidade de saberes, identidades e culturas.
• Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo
de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s)
interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
• Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em
interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se
ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que
ferem direitos humanos e ambientais.
• Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de
sentidos, valores e ideologias.
• Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o
desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a
literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas
de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento,
reconhecendo o potencial transformador e humanizador da
experiência com a literatura.
(Base Nacional Comum Curricular – BNCC – MEC 2017)
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Introdução
A proposta da Base Nacional do Currículo Comum – BNCC propõe
a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas
enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar
os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de ha-
bilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura,
escuta e produção de textos em várias mídias e semioses.
O Eixo Leitura compreende as práticas de linguagem que decorrem
da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escri-
tos, orais e multissemióticos e de sua interpretação, sendo exemplos
as leituras para: fruição estética de textos e obras literárias; pesquisa e
embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos; realização de pro-
cedimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas sociais
relevantes; sustentar a reivindicação de algo no contexto de atuação
da vida pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvi-
mento de projetos pessoais, dentre outras possibilidades.
Com foco no trabalho lúdico-pedagógico com códigos, linguagens e
temas transversais, as obras foram concebidas e elaboradas na pers-
pectiva das novas metodologias-tecnologias educacionais, segundo as
quais o ensino deve proporcionar aos alunos e alunas um processo de
letramento permanente. Nesse contexto, é oportuno que o ensino-
-aprendizagem favoreça a construção do conhecimento, a capacidade
de argumentação, o desenvolvimento do espírito crítico e da criativi-
dade, estimulando a autonomia do sujeito, motivando-o a descobrir e
potencializar suas próprias capacidades.
Diante das diferentes problemáticas com as quais nos deparamos no
meio social, torna-se evidente a necessidade de trabalhar a formação
ética dos alunos. Segundo a BNCC, é papel da escola promover dis-
cussões sobre valores, normas e atitudes, articulando-as aos conteú-
dos curriculares:
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
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(...) Fazer apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e
ideológicas, dentre outras, envolvidas na leitura crítica de textos
verbais e de outras produções culturais. (...) Trata-se de promover
uma consciência dos direitos, uma valorização dos direitos huma-
nos e a formação de uma ética da responsabilidade (o outro tem
direito a uma vida digna tanto quanto eu tenho). (p.70 e 137)
Assim, além do trabalho lúdico com a linguagem, as obras oportu-
nizam a abordagem de temáticas relacionadas a temas transversais:
Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Trabalho e Con-
sumo. Na leitura dos livros, os alunos/alunas irão se deparar com
uma diversidade de situações em que terão de tomar posições. Essas
tomadas de posição serão individuais, constituindo-se numa forma
oportuna para discutir ética, normas, posturas e atitudes. Ao contrá-
rio da “fórmula” das fábulas tradicionais, não há uma “lição de moral”
a ser extraída das histórias, mas sim um conjunto de proposições a
serem debatidas em sala de aula. As possibilidades de interação com
outras disciplinas são diversificadas: ciências da natureza, do corpo
humano, tecnologias, matemática, geografia, história, filosofia, artes,
patrimônio cultural, meio ambiente.
Estudos na área da educação comprovam que o uso de expressões
da oralidade na educação favorece o desenvolvimento de habilidades
e competências, estabelecendo uma relação privilegiada entre edu-
cador-educando. Os trava-línguas, assim como parlendas, acalantos,
adivinhas, provérbios, fazem parte das manifestações da oralidade.
São textos que durante muito tempo foram transmitidos “de boca
em boca”, utilizando um termo próprio da oralidade. Nos Parâmetros
Curriculares Nacionais há recomendação expressa sobre o uso de tra-
va-línguas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental.
Os livros unem recursos da oralidade à Literatura Infantil, potenciali-
zando o repertório de possibilidades a serem exploradas pelo profes-
sor/professora em textos que primam pela qualidade e diversidade. Os
Pcns alertam para a importância da qualidade dos livros a serem apre-
sentados ao leitor iniciante, não recomendando textos simplificados:
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(...) livros com uma ou duas frases por página e a preocupação
de evitar as chamadas “sílabas complexas”. A possibilidade de
se divertir, de se comover, de fruir esteticamente num texto desse
tipo é, no mínimo, remota. Por trás da boa intenção de promover
a aproximação entre crianças e textos há um equívoco de origem:
tenta-se aproximar os textos das crianças — simplificando-os —,
no lugar de aproximar as crianças dos textos de qualidade. (Parâ-
metros Curriculares Nacionais/Língua Portuguesa – MEC 1997)
A qualidade dos textos a serem trabalhados é decisiva na formação
de leitores/leitoras. Portanto, deve-se ter um cuidado redobrado em
oferecer textos criativos, de leitura atraente, que tenham conexão
com experiências significativas para os educandos: é desejável que
se estabeleçam links que permitam contextualizar situações práticas,
vivenciadas pelos alunos e alunas, sempre considerando que a língua
é um veículo de representações, concepções e valores socioculturais,
com poder de transformar a sociedade.
Neste Manual, elaboramos algumas sugestões de atividades, voltadas
para o trabalho didático-pedagógico. Optou-se por organizá-las em
dois blocos: Explorações aplicáveis a todos os textos e Explorações especí-
ficas, pertinentes aos conteúdos de cada um dos títulos. As explorações
aplicáveis a todos os textos são apresentadas por área de conhecimen-
to: Língua Portuguesa (leitura/escrita), Artes, Geografia, Ciências, Ma-
temática. As explorações específicas contemplam dois campos: Língua
portuguesa (conteúdos linguísticos) e Leitura-interpretação.
Os títulos podem ser trabalhados no 1º, 2º e 3º anos, com exce-
ção da obra “O Fantástico Mundo do Cordel”, aplicável para o 4º e
5º ano. Ficará a cargo do professor/professora a seleção das abor-
dagens a serem feitas, considerando o currículo específico de cada
ano e o nível de aprendizagem das crianças. Pode-se começar pela
leitura compartilhada ou individual com ênfase nos trava-línguas,
passando para questões interpretativas, de conteúdos linguísticos e
interdisciplinares.
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As sugestões aqui apresentadas podem ser ampliadas pelo professor/
professora, de acordo com seu plano de aula. Os conteúdos serão dis-
ponibilizados em arquivo aberto, para que possam ser manipulados.
O ideal é transpô-los para atividades em corpo tipográfico adequado
a faixa etária dos alunos/alunas, incluindo imagens (fotografias, de-
senhos, reproduções de obras de arte), mapas etc.
Espero que possamos construir uma parceria consistente no tocante
a exploração dos títulos em sala de aula, bem como na aplicação e de-
senvolvimento das atividades aqui propostas. Estaremos disponíveis
para compartilhar experiências com os/as docentes, o que muito virá
a enriquecer nosso fazer didático-literário.
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PARTE 1 Explorações aplicáveis a todos os textos
Língua portuguesa (oralidade/leitura/escrita)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais/Língua Portuguesa elencam
as seguintes sugestões de projetos para o trabalho em nível oral (lei-
tura/fala) nos três primeiros anos do Ensino Fundamental:
• Atividades em grupo que envolvam o planejamento e realização
de pesquisas e que requeiram a definição de temas, a tomada
de decisões sobre encaminhamentos, a divisão de tarefas, a
apresentação de resultados;
• Atividades de resolução de problemas que exijam estimativa de
resultados possíveis, verbalização, comparação e confronto de
procedimentos empregados;
• Atividades de produção oral de planejamento de um texto, de
elaboração propriamente e de análise de sua qualidade;
• Atividades dos mais variados tipos, mas que tenham sempre
sentido de comunicação de fato: exposição oral sobre temas
estudados, mas apenas por quem expõe; descrição do
funcionamento de aparelhos e equipamentos em situações onde
isso se faça necessário; narração de acontecimentos e fatos
conhecidos apenas por quem narra, etc. Esse tipo de tarefa
requer preparação prévia, considerando o nível de conhecimento
do interlocutor e, se feita em grupo, a coordenação da fala
própria com a dos colegas — dois procedimentos complexos que
raramente se aprende sem ajuda.
(Parâmetros Curriculares Nacionais/Língua Portuguesa – MEC 1997)
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Considerando estas sugestões, elaboramos as seguintes propostas:
Desafios de trava-línguas
Entende-se por trava-línguas um conjunto de palavras que formam
uma sentença de difícil articulação, cujos sons exigem do aparelho
fonador uma sequência de movimentos não usuais. Para as crianças, é
um desafio repeti-los sem errar, constituindo-se num bom exercício
para treinar a pronúncia e diferenciação dos sons e auxiliar no con-
trole da velocidade da fala: após algumas tentativas, as crianças con-
cluem que quanto mais rápido tentarem ler, maior será a dificuldade
de pronúncia. Essa atividade, além de aperfeiçoar a pronúncia, serve
para promover a socialização.
Uma opção que com certeza agradará as crianças é montar na sala
um cenário de programa televisivo com palco, decoração específica,
recursos sonoros e visuais etc. Cada criança, obedecendo à ordem de
chamada, lerá em voz alta o titulo previamente escolhido pela turma.
Um “assistente de palco” será responsável por avisar quando a criança
errar (acionar um sinal sonoro), anotar o parágrafo onde aconteceu
o erro, e a pontuação conseguida (regras estabelecidas em comum
acordo com a turma). Nesta atividade, é importante não focar na im-
portância de vencer, e sim no prazer de participar da brincadeira.
Leitura e escrita
A partir da leitura dos textos, podem ser realizadas atividades traba-
lhando conteúdos como:
• Identificação de sons iniciais e finais (palavras significativas);
• Onomatopeias (imitar o som dos animais que aparecem nas
histórias);
• Enumeração de palavras/sílabas onde houve maior dificuldade
de pronúncia;
• Identificação, nas sílabas, de sons iguais com escrita diferente e
de escrita igual com sons diferentes;
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• Formação de palavras;
• Segmentação de palavras no texto;
• Observação do uso de maiúsculas e minúsculas: nome próprio
(lugar, pessoas), início de frase;
• Ordem alfabética;
• Uso do dicionário;
• Listas de nomes de palavras do mesmo campo semântico;
• Escrita de palavras com estrutura simples (consoante/vogal);
• Escrita de palavras complexas (estrutura não canônica);
• Escrita de palavras de uso frequente;
• Adjetivação e/ou atribuição de qualidade (sem usar
nomenclatura, apenas por meio de jogos e brincadeiras);
• Concordância nominal (relações de gênero e número necessárias
para o aperfeiçoamento do texto);
• Concordância verbal (utilização de sujeito e verbo visando o
aperfeiçoamento do texto);
• Marcadores textuais (artigo, preposição e conjunção – sem
nomeação, com foco na paragrafação);
• Pronomes pessoais (uso contextual – substituir os nomes, evitar
repetições);
• Nomes próprios e comuns;
• Pontuação: utilização de sinais;
• Sílabas tônicas: acentuação;
• Marcadores de nasalidade (“M”, “N”, “TIL”);
• Representação da nasalidade M/N; AO/Ã; AO/AM em posição
final de verbos (compraram/comprarão);
• Contraposição entre as representações de /s/ (sapo, pássaro);
• Acréscimos de vogal em sílaba travada;
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• Acréscimos de i em palavras terminadas com /s;
• Transcrição de fala (apócope da desinência do infinitivo – falar/
fala);
• Elementos coesivos (progressão temática);
• Narrativas (coerência e léxico; narrativa recortada – reordenação
de parágrafos);
• Continuação da narrativa;
• Reconto da história em prosa ou poesia.
Artes
As possibilidades de exploração dos títulos no campo das artes visu-
ais e do teatro são múltiplas:
• Leitura de imagens (ignorando o texto escrito);
• Identificação das cores mais utilizadas em cada obra,
classificando-as em primárias, secundárias, terciárias;
• Pesquisa sobre a técnica utilizada na elaboração das imagens
(individual para cada título);
• Oficinas para elaboração de livro (com o mesmo texto), ilustrado
pelo aluno/aluna na técnica de sua preferência;
• Adaptação das histórias para o teatro (convencional e de
bonecos);
• Elaboração de cenários para peça teatral com referência nas
ilustrações;
• Confecção de mamulengos, máscaras, dedoches, com referência
na representação visual dos personagens.
Geografia
Localização em mapas (impresso ou virtual) e pesquisa sobre os mu-
nicípios onde nasceu a autora e os ilustradores/ilustradora e sobre os
lugares citados nas histórias, para apurar:
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
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• O maior e menor município em área territorial;
• O maior e menor município em população;
• Qual fica mais próximo do município onde a criança mora;
• Os estados aos quais pertencem os municípios e lugares citados
no texto (fazer uma lista encabeçada pelo nome de cada Estado
com os municípios a eles pertencentes);
• Ecossistemas onde vivem os animais-personagens das fábulas,
bem como os principais problemas ambientais enfrentados por
estes (animais e meio-ambiente);
• Fauna e flora típicas dos ecossistemas SERTÃO – PANTANAL
– BREJO;
• Animais em risco de extinção (dentre os citados no texto e/ou
representados nas imagens).
Ciências
Os conteúdos dos títulos podem ser trabalhados com relação a:
• Classificação dos animais: mamíferos - répteis - anfíbios - aves;
• Vertebrados e invertebrados;
• Carnívoros, herbívoros e onívoros;
• Silvestres e domesticados;
• Cadeia alimentar: presas e predadores;
• Cuidados com o corpo humano/prevenção de doenças;
• Alimentos/riscos de alimentos contaminados por agrotóxicos;
• Recursos naturais renováveis.
Matemática
É possível relacionar ações de adição e subtração à ocorrência de pa-
lavras, sílabas, fonemas e grafemas, usando como unidade de pesqui-
sa os textos:
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• Quais as palavras com maior número de letras? E com o menor?
Qual a diferença entre as duas? Essa atividade poderá ser repetida
com número de silabas.
• Quantas vezes determinada sílaba, grafema, fonema, sinais de
pontuação, nome próprio, aparece no texto? E por página? Quais
as páginas com mais e menos ocorrências? Qual a diferença
entre elas?
• Observar quantas vezes um determinado personagem aparece
nas imagens. Anotar os resultados e ordenar em ordem crescente.
Ex.: O socó Popó: 5 vezes, A Seriema: 2 vezes, Os irmãos socós:
2 vezes. Esta atividade poderá ser replicada com o nome de
personagens em vez das imagens.
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PARTE 2 Explorações específicas
O socó Popó, que coçava sete socós
Língua portuguesa (conteúdos linguísticos)
Nomes próprios
Quais os nomes dos personagens principais da história?
Você conhece alguém que tenha o mesmo nome de algum dos
personagens?
Nomes próprios
Qual o nome do personagem principal da história?
E dos outros personagens? Caso não encontre no texto, que tal inven-
tar nomes para os mesmos?
Você conhece alguém que tenha o mesmo nome do personagem?
Formação de palavras
Observe semelhanças e diferenças na formação das seguintes palavras:
SOCÓ - POPÓ - SERIEMA – COÇAR – SETE – SÓ – SABONETE
Em seguida, observe e anote quantas vezes essas palavras aparecem
no texto.
Ordem alfabética
Escreva em ordem alfabética as palavras destacadas na questão
anterior.
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Adjetivação e/ou atribuição de qualidade
Que qualidades você atribuiria a/aos:
• POPÓ:
• SERIEMA:
• IRMÃOS DE POPÓ:
Ortografia
• Observe a função do S e do Ç nas palavras SOCÓ e COÇAR.
• Tem o mesmo som? Em seguida, pesquise no texto palavras onde
S e o Ç têm funções semelhantes. Faça uma relação organizando
em duas colunas: uma para o S e outra para o Ç.
Leitura, interpretação, interdisciplinaridades.
CAPA
Localizar o título, o nome da autora, do ilustrador e da editora.
Após a leitura do livro, analisar: em sua opinião, o título representa
bem o que conta a história? E a imagem escolhida para a capa? Você
gostaria de sugerir outro título, outra imagem para a capa? Em caso
positivo, que tal enviar sua sugestão à autora?
Na contracapa constam informações diversas: o logotipo da editora, o
código de barras e um texto convidando o leitor a ler o livro.
Vamos explorar:
Para que serve o código de barras? Como ele é feito?
O texto da contracapa despertou a sua curiosidade para ler o livro?
Você gostaria de sugerir outro texto?
Você conhece outras histórias – livros, filmes, desenhos animados,
quadrinhos –, cujos personagens sejam aranhas? E rãs? Já conhecia o
trava-língua “Nem a aranha arranha a rã, nem a rã arranha a aranha”?
Comente com os amigos.
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EXPLORANDO A HISTÓRIA
PÁGINAS 2 e 3
O socó Popó é uma ave. Como as aves se reproduzem? O ninho dos
socós está localizado em uma árvore. Pesquise sobre vários tipos de
ninhos e faça desenhos para ilustrar.
Na imagem (página 2) vemos um dos socós perseguindo um inseto
que faz parte do cardápio alimentar das aves. Além de insetos, o que
mais serve de alimento para os socós?
PÁGINAS 4 e 5
O irmão de Popó, por ser mais forte, se aproveitava para mandar no
socozinho e lhe fazia ameaças, caso Popó não obedecesse às suas or-
dens. Você já viveu alguma situação parecida? O que acha da atitude
do irmão de Popó? Discuta com seus colegas.
Como você interpreta as imagens da página 4? Relacionando com o
texto, identifique Popó e seu irmão.
PÁGINAS 6 e 7
“Eram sete socós pra um só socó coçar. Era um só socó pra coçar sete
socós”. Quantos socós eram ao todo? Confira o resultado de sua conta
com a imagem da página 7.
PÁGINAS 8 e 9
Os socós são aves de beira d´água. Isso significa que vivem próximo a
rios, lagoas e açudes. Vamos pesquisar sobre o ciclo da água? De onde
vem a água dos rios, das lagoas? Como é construído um açude?
Como podemos ver na imagem das páginas 8 e 9, a lagoa onde vivem
o socó Popó e seus irmãos é bem limpa. Ao seu redor existem árvores
frondosas, arbustos e plantas.
Em seu município existem lagoas e rios? Elas se parecem com a lagoa
onde vivem os socós? Justifique.
Lagoas, rios e riachos são fontes de água doce. Você sabia que de toda
água existente no planeta Terra apenas uma parte muito pequena
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serve para o consumo humano? E que o corpo dos seres humanos é
composto por 90% de água?
Pesquise: como podemos contribuir para a preservação dos rios, la-
goas, riachos? Como funciona um sistema de abastecimento de água
potável?
Observando novamente a imagem, identifique: quantos socós são re-
presentados por silhuetas (sombras)? Qual dos socós pode ser identi-
ficado como Popó? Por quê?
PÁGINAS 10 e 11
Em sua opinião, por que a Seriema “puxou conversa” com Popó?
Quando estamos com problemas, é bom ter um amigo, uma amiga,
para conversar?
“Botar o quengo para funcionar” é uma expressão da oralidade, co-
nhecida em algumas regiões do Brasil. As expressões da oralidade,
por vezes, são conhecidas apenas por pessoas de mais idade. Procure
descobrir o que essa expressão significa.
A seriema é outro espécime de ave. Assim como os socós, as seriemas
também são aves de beira d´água. Pesquise sobre os hábitos alimenta-
res dessa ave e compare com os do socó.
PÁGINAS 12 e 13
Segundo a Seriema, os irmãos de Popó sentem coceira porque não
tomam banho. Você concorda com ela?
Pesquise: qual a importância da higiene para a saúde? Além do ba-
nho diário, que outros hábitos devemos adotar para cuidar do nosso
corpo? Que doenças podem ser contraídas quando não cuidamos da
higiene corporal?
PÁGINAS 14 e 15
Popó gostava de tomar banho na lagoa dando saltos ornamentais. O
salto ornamental é um tipo de competição esportiva em que os jura-
dos dão notas aos competidores.
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
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Os “jurados” de Popó, os peixinhos da lagoa (imagem das páginas 14
e 15), deram notas ao salto de socó. Qual dos peixinhos não deu nota
máxima a Popó?
PÁGINAS 16 e 17
Popó falou para os irmãos que tinha uma novidade para contar. Qual
foi a reação dos socós? Você gosta de saber das novidades? E de con-
tá-las para alguém?
Em sua opinião, por que Popó não foi direto ao assunto, falando que
os socós sentiam coceira porque não tomavam banho com sabonete?
PÁGINAS 18 e 19
Na imagem das páginas 18 e 19, Popó dá uma demonstração de como
se toma banho de verdade, se ensaboando e esfregando o corpo, em
vez de apenas se molhar, como seus irmãos faziam. Enquanto isso, os
socós observam Popó. Observar é uma maneira de aprender. Você já
aprendeu a fazer algo por meio da observação?
PÁGINAS 20 e 21
Quantos socós aparecem na imagem da página 20? Quantos não apa-
recem? Onde você acha que estão os socós que não aparecem na
imagem?
PÁGINAS 22 e 23
Popó, inicialmente, era explorado pelos irmãos e tinha que coçar so-
zinho os sete socós. Com a ajuda da Seriema, Popó encontrou uma
solução que foi boa para todos. Em sua opinião, foi uma atitude acer-
tada? Que outras atitudes Popó poderia ter tomado para se libertar da
tarefa de coçar os irmãos?
BIOGRAFIAS
Vamos começar localizando em um mapa do Brasil a (s) cidade (s) e
o (s) estado (s) em que a autora e o ilustrador nasceram. Você pode
utilizar um mapa de papel ou virtual (imagem por satélite).
O socó Popó, que coçava sete socós | Manual do Professor
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O que a autora e o ilustrador escrevem sobre sua infância? E sobre
suas vidas profissionais? Que outros livros a autora Arlene Holanda
escreveu? E o ilustrador Rafael Limaverde, que trabalhos já fez?
Para saber mais sobre os autores e o processo de produção deste livro,
você poderá elaborar perguntas, organizá-las em forma de entrevista,
e enviá-las por e-mail para a autora Arlene Holanda (arleneholanda@
gmail.com) e o ilustrador Rafael Limaverde (rafaellimaverde@gmail.
com).
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Bibliografia consultada
GÓES, L. P. A aventura da literatura para crianças. São Paulo:
Melhoramentos, 1990.
AROEIRA, M. SOARES, M.; MENDES, R. Didática de pré-escola: vida
e criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996, p. 167.
COELHO, N. Literatura: arte, conhecimento e vida. São Paulo:
Peirópolis, 2000.
KOCH, I. V. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1992.
KOCH, I. V. e FÁVERO, L. L. A coesão textual. Mecanismos de
constituição textual. A organização do texto. Fenômenos da
linguagem. São Paulo: Contexto, 1989.
LAJOLO, M. ZILBERMAN, R. Literatura Infantil Brasileira – História
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ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira & Identidade Nacional. SP,
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Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI).
Brasília: MEC/SEF, 1998.
Parâmetros Curriculares Nacionais: temas transversais. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
Parâmetros Curriculares Nacionais: artes. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
Parâmetros Curriculares Nacionais: história e geografia. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
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24
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação construindo a
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TEBEROSKY, A. Psicopedagogia da linguagem escrita. São Paulo:
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________________. Aprendendo a escrever. São Paulo: Ática, 1994.
________________. Compor textos. In: TEBEROSKY, A. e
TOLCHINSKY, L. Além da alfabetização. São Paulo: Ática, 1995.
TEBEROSKY, A. e CARDOSO, B. (org.). Reflexões sobre o ensino da
leitura e da escrita. São Paulo: Trajetória/Unicamp, 1989.
VIGOTSKY. Lev S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1984.
VIGOTSKY. Lev S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 1987
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A autora
Arlene Holanda cursou Letras (Português Literatura), é graduada em
História, especialista em Artes Visuais (Serviço Nacional da Indús-
tria e Comércio – SENAC) e pós-graduanda em Educação, na área de
Metodologias do Ensino de História (Universidade Estadual do Ceará
- UECE) e tem curso de aperfeiçoamento em História da África (Uni-
versidade Federal do Ceará - UFC). Atua como escritora, pesquisado-
ra, ilustradora, designer e produtora cultural.
Escreve em variados gêneros e estilos literários: conto, romance, cor-
del e poesia. Tem 34 livros publicados, entre literatura (adulto, in-
fantil e juvenil), didáticos e obras complementares. Cinco títulos de
sua autoria foram selecionados em editais do Ministério da Educação:
pelo Programa Nacional de Bibliotecas Escolares - PNBE e Plano Na-
cional do Livro Didático PNLD. A obra O fantástico mundo do cordel
ganhou o selo altamente recomendável da Fundação nacional do livro
infantil e juvenil – FNLIJ. Como autora e/ou ilustradora teve quatro
obras selecionadas para o catálogo de Bolonha.
Sua obra tem grande aceitação em instituições de ensino públicas e
privadas de todo o país, sendo várias delas adquiridas por Secretarias
de Educação Estaduais e Municipais.
Elaborou/coordenou treze projetos nas áreas de livro e leitura, cul-
tura, patrimônio, educação para a cidadania, selecionados em editais
e realizados com patrocínio do Ministério da Cultura e Secretaria de
Cultura do Estado do Ceará - SECULT. Atualmente, desenvolve pro-
jetos acadêmicos ligados ao ensino de história, cordel, oralidade e a
ações étnicas afirmativas através da arte.
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Na área de capacitação, ministra cursos de formação para professores
nas áreas de literatura de cordel, educação patrimonial e oficinas de
criação literária e artística: cordel, patrimônio, estamparia, ilustração,
design, valor cultural.
A autora está disponível para trocar ideias e experiências no campo
de suas áreas de atuação: com professores (as), leitores (as) e demais
interessados. Contatos: [email protected].
Destaques editoriais
• O fantástico mundo do cordel (selo altamente recomendável –
FNLIJ e catálogo de Bolonha 2007);
• Adedonha, o jogo das palavras (obras complementares/MEC
2010);
• Aves do sertão (obras complementares /MEC 2010);
• Duelo danado de Dedé e Dandão/parceria com Lenice Gomes
(PNBE MEC 2010, catálogo de Bolonha 2010);
• Nina áfrica/ parceria com Lenice Gomes (PNBE MEC/2010,
edital cidade de Belo Horizonte/2009, edital da Biblioteca
Nacional/2010, catálogo de Bolonha 2010);
• Cordel de trancoso (PNBE/MEC 2010);
• Caixinha da memória – obra vencedora do edital Mecenas do
Ceará/2009 da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará;
• Que bicho é esse? – obra vencedora do Edital de Incentivo às
Artes da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará/2010;
• No coração da cidade - obra vencedora do Edital Autor Cearense
da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará/2010.
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O ilustrador
Rafael Limaverde nasceu no Pará, mas adotou o Ceará como seu es-
tado. Gosta de poesia, de banho de chuva, de pintar pelas paredes, de
pipa, de abraço e beijo, de passarinho cantando livre e tantas outras
coisas... Mas tem uma coisa que gosta ainda mais: ler! Deitar na sua
redinha velha e ler. Ver o mundo através do olhar de um escritor, de
viajar em seu mundo, dividir suas aventuras, medos e alegrias. Quan-
do ilustra um livro, à medida que vai lendo o texto, já vai desenhando
tudo na cabeça! As palavras ganham forma, cores, detalhes, textu-
ras, altura, largura... Então, junta um montão de tinta e coloca tudo
no papel.
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