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MANUAL DE FOTOGRAFIA DIGITAL Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

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Page 1: Manual Defo to Digital

MANUAL DE

FOTOGRAFIADIGITAL

Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-fi nanciado pelo Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social EuropeuMinistério do Trabalho e da Solidariedade Social

Page 2: Manual Defo to Digital

FICHATítulo Manual de Fotografi a DigitalAutores Cláudio Melo

Edição Centro Protocolar de Formação Profi ssional para Jornalistas (Cenjor) R. de Júlio de Andrade, 5 – 1150-206 Lisboa – Telef. 21 885 50 00

Coordenação de Projecto Fernando CascaisCoordenação Editorial José Luiz Fernandes

Infografi as Assunção Duarte Capa e Design Maria Ramos Revisão ELingua

© Instituto de Emprego e Formação Profi ssionalTodos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor.

Page 3: Manual Defo to Digital

MANUAL DE

FOTOGRAFIADIGITAL

Cláudio Melo

Page 4: Manual Defo to Digital

INTRODUÇÃO 7

1. O SENSOR DE IMAGEM DIGITAL 91.1. Estrutura e composição 101.2. Conversores A/D 121.3. Tecnologias e arquitecturas 131.4. Dimensão do sensor e fotoelementos 17

2. PARÂMETROS DE QUALIDADE DA IMAGEM DIGITAL 192.1. Amplitude de registo tonal 192.2. Fidelidade de cor 212.3. Resolução 232.4. Ruído digital 23

3. CÂMARAS FOTOGRÁFICAS DIGITAIS 273.1. Sistema óptico 273.2. Sensibilidade ISO 283.3. Temperatura de cor 283.4. Histograma e análise de exposição 283.5. Processador de imagem JPEG 303.6. Velocidade de disparo e armazenamento 303.7.Métodos de armazenamento 303.8. Visor e ecrã LCD 31

4. FORMATOS E FICHEIROS DE IMAGEM 334.1. Métodos de compressão de dados 344.2. Formatos Padrão 344.3. Formatos nativos e proprietários 364.4. Formatos RAW 37

5. TÉCNICAS ELEMENTARES DE PÓS-PRODUÇÃO DIGITAL 395.1. Processamento de ficheiros RAW 39

SUMÁRIO

Page 5: Manual Defo to Digital

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação 41

5.2.1 Luminosidade 435.2.2 Cor 455.2.3 Saturação 48

5.3. Retoque e limpeza 485.4. Redução de ruído digital 505.5. Filtros de edição 515.6. Métodos de alteração da dimensão e compressão da imagem para visualização no ecrã 52

6. PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO 526.1. Tecnologias de impressão 53

6.1.1 Meios tons 536.1.2 Tom contínuo 54

6.2. Resolução de imagem e de impressão 586.3. Métodos de interpolação e redimensionamento da imagem para impressão 596.4. Aumento de recorte 60

7. GESTÃO DA COR 637.1. Características gerais de um sistema de gestão de cor 637.2. Calibração e caracterização de dispositivos 64

7.2.1. Câmara digital 647.2.2. Scanner 667.2.3. Monitor 677.2.4. Impressora 67

7.3. Prova electrónica de cor (softproof) 68

EXERCÍCIOS FINAIS 71GLOSSÁRIO 77BIBLIOGRAFIA 87SÍTIOS NA INTERNET 89ÍNDICE DE FIGURAS 91ÍNDICE REMISSIVO 95

SUMÁRIO

Page 6: Manual Defo to Digital

O Manual de Fotografi a Digital integra-se num conjunto de recursos didácticos orientados para um processo

de ensino/aprendizagem na área da fotografi a documental e de reportagem, tendo como objectivos próprios:- Abordar as técnicas de controlo e operação dos mecanis-mos de criação e edição de imagens digitais;- Facultar a compreensão dos factores que infl uenciam a qualidade técnica da imagem nos vários estágios da sua produção;- Permitir a aplicação dos conhecimentos adquiridos nas áre-as da óptica, cor e iluminação fotográfi ca às especifi cidades da fotografi a digital.

Nos primeiros capítulos descrevem-se alguns conceitos es-truturantes da formação de imagem num sensor electrónico. Na sequência destas defi nições é feita a análise das cara-cterísticas únicas de uma imagem digital; os parâmetros que defi nem a sua qualidade e os métodos apropriados de ed-ição e pós-produção com vista à sua utilização em ecrã ou impressão.

O Manual de Fotografi a Digital contém, em apêndice, exer-cícios para consolidação de competências e incorpora um Glossário, uma Bibliografi a e uma lista de sítios a consultar na Internet relativos à matéria nele tratada.

Este manual faz parte de uma série de edições para a área da Fotografi a, que inclui mais os seguintes títulos: Técnicas Fotográfi cas, Óptica Fotográfi ca, Iluminação Fotográfi ca e Teoria da Cor Fotográfi ca.

Introdução

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1. O SENSOR DE IMAGEM

DIGITAL

Objectivos: Conhecer as bases estruturais da composição do sensor de imagem digital.Conhecer os diferentes tipos de tecnologias de sensores e possíveis aplicações em câmaras digitais.Conhecer as implicações que a dimensão do sensor e fotoelementos têm na formação de imagem.

A história recente do desenvolvimento dos sensores de imagem está profundamente ligada à pesquisa de métodos de armazenamen-to de informação. Com efeito, a génese dos sensores de imagem deve-se à pesquisa na produção de memória em estado sólido, de-senvolvida pelos laboratórios BELL nos finais da década de 1960. Os cientistas Willard Boyle e George Smith, envolvidos na produ-ção de métodos de armazenamento não-volátil, cedo descobriram que o tipo de memória por eles desenvolvido possuía uma elevada sensibilidade à luz, factor que, a adicionar à capacidade de transfe-rência rápida de carga, a tornaria ideal para produção de imagens.

Fazendo uso das propriedades fotoeléctricas da matéria-prima neste tipo de memória (o silício) foi desenvolvida a tecnologia de sensores de imagem. A sua utilização numa câmara fotográfica, como método de registo de imagens electrónicas, seria patenteada pela primeira vez em 1972 pela Texas Instrument.

De seguida analisar-se-ão os factores que permitem a formação de imagem num sensor. Abordar-se-á em particular a forma como o sensor é construído através da viagem de um fotão até se tornar

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1.1. Estrutura e composição

um componente da imagem digital. Este percurso permitir-nos-á perceber quais os parâmetros que determinam a qualidade de uma imagem digital.

1.1. Estrutura e composição

Um sensor de imagem é constituído, na maior parte dos casos, por um suporte de silício dotado de circuitos que permitem captar e armazenar luz criando uma imagem em estado latente.

Analisemos de seguida as principais etapas de um sensor na criação de uma imagem digital;

a) Captar fotões incidentes (luz)

Os comprimentos de onda registados pelos sensores situam-se entre os 400 e os 750 nm e o espectro de cor invisível infra-verme-lho até aos 1100 nm. A luz incidente com um comprimento de onda inferior a 400nm é absorvida pela área não útil do sensor. Os com-primentos de onda superiores a 1100nm, aproximadamente, não contém energia suficiente e como tal passam através do sensor sem produzirem reacção, consequentemente não ficando registados.

Ao período de tempo que o sensor é exposto à carga de fotões atribui-se a designação “tempo de integração”, ou como habitual-mente se designa em linguagem fotográfica ”tempo de exposição”.

Quanto maior for a duração da exposição de luz maior será a carga de fotões captada no sensor.

b) Converter a carga de fotões em electrões

Para se criar uma imagem no sensor a energia produzida pelo embate do fotão na estrutura de silício terá de ser suficiente para que se liberte um electrão.

A relação de conversão ideal (mais correctamente designada por eficiência quântica) entre fotões e electrões seria de 100% – por cada fotão incidente gerar-se-ia um electrão.

Na prática os sensores típicos usados numa câmara digital têm uma eficiência quântica de 70%.

No entanto, este índice de sensibilidade à luz é bastante elevado se considerarmos que a película preto e branco tem uma eficiência típica de 2%.

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1.1. Estrutura e composição

c) Armazenar a carga de electrões

Um sensor é composto por uma rede de eléctrodos dispostos em grelha que formam poços electromagnéticos onde a carga de elec-trões fica retida (Fig.1).

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A este conjunto de eléctrodos, onde fica retida a carga de elec-trões, atribui-se a designação “pixel” (picture element) ou elemento de imagem (outras terminologias usadas: fotodíodo, fotocapacita-dor, fotoelemento).

Como será referido nos capítulos posteriores, a dimensão e for-mato, e consequentemente a capacidade de acumulação, do pixel influenciará em grande medida a qualidade da imagem.

É nesta fase do processo que se distinguem as duas tecnologias de sensores mais comuns; os sensores CCD (dispositivo de carga acoplado) e CMOS (semicondutor metal-óxido complementar). Examinaremos em maior detalhe as principais diferenças entre es-tes sensores no capítulo – “Tecnologia de sensores”. Concentremo-nos, por enquanto, na forma como um sensor CCD desempenha as duas funções finais: a transferência e conversão de carga.

d) Transferir a carga de electrões

Tal como o nome indica num sensor CCD (Charged Coupled Device), ou dispositivo de carga acoplado, a carga é transferida de linha horizontal em linha horizontal de fotoelementos, no sentido de cima para baixo do sensor até que toda a carga seja removida.

Este processo é obtido através da variação da voltagem dos eléc-trodos que circundam o fotoelemento, criando uma força electro-magnética que obriga a deslocação da carga de um fotoelemento para o próximo e assim sucessivamente.

•1• Estrutura de um fotoelemento

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e) Converter a carga de electrões em voltagem

Antes do fluxo de electrões ser convertido em sinal digital pas-sará por um estágio em que a carga de cada fotoelemento será am-plificada produzindo um sinal de voltagem mensurável.

A transferência de carga desde o fotoelemento à amplifi cação é feita, num sensor CCD, sem grande interferência ou degradação de qualidade. Esta é uma das principais vantagens desta tecnologia comparativamente aos concorrentes.

1.2 Conversores A/D (analógico para digital)

Para que uma imagem digital possa ser gerada a partir da infor-mação de luz que foi recolhida num sensor é necessário converter a carga voltaica de cada pixel em sinal digital.

Esta conversão permite atribuir a cada pixel um valor numérico que poderá ser interpretado e reconstituído de forma a criar, num sis-tema informático, uma imagem que traduza o valor de luz original-mente registado pelo conjunto de pixels.

Um conceito essencial para a compreensão de como opera a tran-sição de informação analógica para digital é o sistema de informação binário. Num sistema de informático a informação é guardada num sistema numérico de base 2 (dígitos binários).

Sendo assim 1bit de informação contém um de 2 valores possíveis – 1 ou 0, ligado ou desligado, preto ou branco.

Se aumentarmos a quantidade de informação e codificarmo-la em 2 bits poderemos representar 4 valores possíveis: 22 ou 2x2.

Se utilizarmos 8 bits (designado por 1 Byte) poderemos represen-tar 256 valores possíveis: 28 ou 2x2x2x2x2x2x2x2.

As duas etapas de maior relevo na conversão do sinal analógico para digital são as seguintes:

a) Quantização

Processo de transformação de um sinal analógico contínuo em conjunto de estados discretos.

O processo de quantização atribui aos valores de carga voltaica previamente amostrados um de 2n valores possíveis.

Assim, se um conversor A/D tiver uma capacidade de quantização

1.2 Conversores A/D (analógico para digital)

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de 8 bits, cada pixel terá um de 256 tons possíveis de luminosidade.

A tabela que se segue ilustra os valores de quantização mais usa-dos em conversores A/D em câmaras digitais e determina o número de valores de luminosidade possíveis para um pixel.

b) Codificação

Método que associa um código digital a estado previamente quan-tizado.

Após a quantização o valor de cada pixel será codificado de forma a representar um nível de luminosidade.

Assim, num hipotético conversor de 2 bits os níveis de luminosi-dade seriam codificados da seguinte forma:

00, 01, 10, 11 de forma a representarem 4 tons luminosidade, pre-to, cinzento-escuro, cinzento claro e branco.

Num sistema de 8 bits um pixel poderá ter um de 256 níveis de lu-minosidade, assim a representação, em sistema binário, desses mes-mos níveis apresentar-se-iam da seguinte forma:

0 = 00000000

1 = 00000001

2 = 00000010

…….

254 = 11111110

255 = 11111111

1.3. Tecnologias e arquitecturas

Se as funções previamente descritas são comuns à maior parte dos sensores de imagem, a sua forma de implementação evoluiu em duas tecnologias distintas:

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BITS NÚMERO DE VALORES POSSÍVEIS

8 25610 102412 409614 1638416 65536

1.3. Tecnologias e arquitecturas

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a) Sensor CCD (dispositivo de carga acoplada)

As funções captar, converter, armazenar e transferir electrões são efectuadas no próprio sensor. O processo de amplificação e conver-são analógico/digital é feito fora do sensor obrigando a uma maior complexidade e custo na sua construção.

b) Sensor CMOS (semicondutor de metal-óxido comple-mentar)

No sensor CMOS todas as funções, desde a captura, conversão, armazenamento e processo de amplificação são feitas ao nível do fotoelemento. A conversão analógica/digital é feita ainda dentro do sensor.

Estes sensores podem ser implementados em câmaras digitais em duas formas:

a) Sensor de área

• Ocupa uma área rectangular ou quadrada (Fig.2).

• Regista a imagem de forma instantânea: uma exposição é sufi-ciente para expor toda a área do sensor.

• Possibilita registar imagens com movimento e luz descontínua

As desvantagens traduzem-se na menor resolução de imagem, comparativamente aos sensores de varrimento, e perda de qualidade através da interpolação de cor (sub-capítulo 2.2 Fidelidade de cor)

b) S CMOS ( i d t d t l ó id l

VANTAGENS RELATIVA-MENTE AO SENSOR CMOS

DESVANTAGENS RELATIVAMENTE

AO SENSOR CMOS

Maior eficiência quântica e factor de preenchimento do fotoelemento conduzem a uma melhor sensibilidade

Construção mais complexa e de difícil implementação em câmaras de menores dimensões

Melhor gama dinâmica

Propenso a erros de imagem como o blooming, ou smear (tal como será descrito em sub-capítulo 2.3 ruído)

Melhor rácio sinal/ ruído Consome pelo menos 10 vezes mais energia a operar

1.3. Tecnologias e arquitecturas

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•2• Estrutura e pormenor de um sensor de área

1.3. Tecnologias e arquitecturas

À data de redação deste manual a câmara digital SLR de maior resolução é a Canon 1Ds MkII com 16.6 megapixels. A câmara de médio formato com o back digital de maior resolução totaliza os 39 megapixels.

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b) Sensor linear de varrimento

• Compõe-se, na maior parte dos casos, por três sensores cada um com uma fila única de milhares de pixels (fotoelementos) que varrem o plano onde a imagem é formada durante um tempo de exposição que varia entre os 2s e os 2 a 5 minutos (Fig.3).

1.3. Tecnologias e arquitecturas

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•3• Estrutura e pormenor de um sensor de varrimento

• Permite que imagem final atinja dimensões de pixels mais ele-vadas e com fidelidade de cor superior à dos sensores de área.

As desvantagens traduzem-se na limitação da captura de ima-gens sem movimento e uso de luz contínua.

À data de redação deste manual o back digital de maior resolu-ção é o Anagramm David com 778 megapixels.

c) Digitalizadores (scanners)

Os digitalizadores (scanners) de película e de provas impressas são uma variante na implementação do sensor linear de varrimento. Utilizam, na sua maioria, sensores CCD que varrem o plano do su-porte, registando a informação reflectida por uma luz incidente (no

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1.4. Dimensão do sensor e fotoelementos

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caso de suportes opacos) ou retroiluminada (no caso de suportes transparentes).

Os factores que determinam a qualidade da reprodução dos su-portes transparentes e opacos são descritos no Capítulo 2: Parâme-tros de qualidade da imagem digital.

Ao longo deste manual são feitas referências específicas aos di-gitalizadores quando as particularidades das suas características e modo de funcionamento o justificam.

1.4. Dimensão do sensor e fotoelementos

A dimensão da imagem digital é determina pela quantidade de fotoelementos que um sensor contem – altura x comprimento – estabelecendo a dimensão total de pixels da imagem medida em milhões de pixels ou Megapixels.

Exemplo:

Uma câmara com 2000 pixels de altura por 3000 pixels de comprimento contém uma resolução (dimensão total de pixels): 2000 x 3000 = 6000000 pixels ou 6 Megapixels.

Quanto maior for a dimensão do fotoelemento – medido em mi-crómetros – maior será a quantidade de luz que capta e converte para electrões aumentando a gama dinâmica e diminuindo o ruído digital (ver 1.1 e 2.3).

No entanto, quanto maior for a dimensão do fotoelemento, me-nor será a quantidade total de fotoelementos que poderão caber num sensor de determinada dimensão, reduzindo a resolução potencial. O raciocínio inverso aplica-se: um maior número de fotoelementos num sensor de determinada dimensão implica a redução da dimen-são desses mesmos fotoelementos. Isso determina uma perda de qualidade da imagem.

A resolução num dispositivo com sensor linear de varrimento (digitalizador ou back digital) é determinada pela quantidade de pixels dispostos na linha do sensor (orientação X) e o número de passos do varrimento (orientação Y).

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2. PARÂMETROS DE QUALIDADE DA IMAGEM DIGITAL

Objectivos: Conhecer as bases estruturais da composição da imagem digital.

2.1 Amplitude de registo tonal

A amplitude de registo tonal, ou gama dinâmica, quantifica a diferença entre o nível de luz mais elevado com detalhe e o menor nível de luz com qualidade aceitável numa imagem digital. A unida-de de medida da gama dinâmica é o db (decibel) mas os valores de medida são tipicamente apresentados em stops. Este parâmetro de qualidade é essencial para garantir a reprodução fiel da intensidade de luz a captar pelo sensor. A Fig. 4 ilustra um cenário no qual dois dispositivos são incapazes de captar toda a gama de tons de uma latitude de contraste. Neste exemplo a limitação está na captura das zonas de negros ou densidade máxima.

Os factores determinantes para a maior capacidade de registo de gama dinâmica:

• Maior dimensão do fotoelemento e menor ruído digital do sistema

• Conversor A/D com maior profundidade de bits

Teoricamente a gama dinâmica de uma câmara digital com um conversor A/D de 16 bits seria 13 stops (diferença entre alta luz com detalhe e sombra com qualidade aceitável). Os valores reais

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2.2. Fidelidade de cor

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serão inferiores dado que um sensor dificilmente terá uma eficiên-cia quântica de 100/% e estará imune ao ruído digital que provoca degradação na qualidade dos negros da imagem.

Na prática, este valor desce para 10 ½ ou 11 stops úteis de in-formação. Este valor, que se verifica em câmaras digitais de gama profissional, excede as capacidades dos suportes de negativo cor (7/8 stops), negativo preto branco (6/7 stops) e diapositivo cor (5/6 stops).

Os digitalizadores de película e de opacos devem reproduzir fielmente toda a gama de densidades do suporte. Para tal deverão ser capazes de registar a densidade máxima teórica da película fo-tográfica: 4.0D.

A generalidade dos fabricantes anuncia valores irrealistas por não considerarem os factores que contribuem para a degradação do sinal em zonas tão densas: eficiência quântica; luz parasita e ruído digital.

A fórmula utilizada para justificar os valores apresentados: log10 (2^bits) determina que, por exemplo, um digitalizador com um conversor A/D de 16 bits seria capaz de ler uma densidade má-xima de 4.8D.

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•4• Amplitude de registo - limitação na captura de tons

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2.2. Fidelidade de cor

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2.2. Fidelidade de cor

Qualquer sensor regista apenas a luminosidade sem qualquer componente de cor. Do negro ao branco e todos os níveis de cinzento que o conversor A/D permitir.

Para que seja criada cor na imagem digital é necessário colocar em cada fotoelemento um de três filtros de cor RGB (Fig. 5).

Os tipos de solução para a criação de cor num sensor são os mais variados. Analisemos os mais comuns:

c) Sensor de área

A disposição mais frequentemente utilizada para a colocação de filtros nas câmaras digitais é o filtro bayer. (como é o caso nas SLR digitais).

Este filtro compõe-se de 50% de cor verde, 25% de cor vermelha e 25% de cor azul (Fig. 6).

•5• Estrutura geral do filtro bayer

•6• Estrutura e pormenor de funcionamento de um sensor bayer

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Cada filtro de cor, colocado em cima dos fotoelementos, deixa passar os comprimentos de onda da cor primária respectiva e blo-queia as restantes cores.

A criação de cor num hipotético conversor A/D de 8 bits dará origem a fotoelementos que terão um dos seguintes possíveis valo-res: 256 tons de vermelho, 256 tons de verde ou 256 tons de azul.

Esta configuração tira partido da importãncia que a cor verde tem, no sistema de visão humana, na aparência de definição e re-corte.

Este método de criação introduz uma perda de qualidade na cor da imagem, uma vez que cada fotoelemento só reproduz uma das três cores necessárias para representar a realidade fotografada.

A aquisição de cor será completada através de interpolação. i.e., cada fotoelemento utilizará os valores de cores primárias que lhe faltam a partir da média das cores dos fotoelementos vizinhos; por exemplo, um fotoelemento com um filtro vermelho obterá a com-ponente de cor verde e azul dos pixels vizinhos de modo a comple-tar a informação de cor ausente no momento da captura (Fig. 7).

d) Sensor linear de varrimento

Cada uma das três linhas de fotoelementos terá uma das cores RGB como filtro. A captação de cor será feita sem interpolação, para cada ponto da imagem o sensor fará três registos de cor de modo a que cada fotoelemento represente fielmente o comprimento de onda vermelho, verde e azul.

Caso exista movimento do assunto fotografado o registo da cor produzirá erros, ficando um conjunto de cores registado numa posi-ção diferente do restante conjunto

•7• Pormenor de área de imagem com erro de interpolação de cor

2.2. Fidelidade de cor

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2.3. Resolução

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2.3. Resolução

O parâmetro de qualidade mais abusivamente usado para recla-mar a qualidade de uma imagem ou câmara. Com efeito, sem a reprodução do máximo de gama dinâmica possível, ausência de ru-ído digital e fidelidade de cor assegurada a resolução pouco poderá trazer à imagem digital.

O termo resolução aplicado à câmara digital designa a quanti-dade de pixels (medido em megapixels) que o sensor contém. Este parâmetro não equaciona, no entanto, os restantes factores que já referimos neste capítulo e que reduzirão a qualidade de informação captada por esses mesmos pixels.

A resolução pode também definir a acutância ou definição que o conjunto câmara/lente é capaz de captar. Neste caso o valor é obtido através do registo de miras de resolução nas quais as linhas con-vergem até valores de várias dezenas pares de linha por milímetro (Fig.8). A câmara que resolver melhor a separação entre linhas mais concentradas terá melhor resolução (medindo o conjunto sensor/lente/diafragma e como tal conferindo informação mais fiável)

•8• Mira de resolução ISO 12233

2.4. Ruído digital

O ruído digital é um fenómeno inevitável num sistema electró-

nico. No entanto, pode degradar significativamente a qualidade de

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uma imagem digital. A compreensão das causas do seu aparecimen-to favorece a sua melhor identificação e minimização.

Os factores principais que determinam o aparecimento de ruído são:

• Valores elevados de sensibilidade ISO; • Velocidades de obturação lentas; • A temperatura elevada do sensor; • A fraca qualidade dos componentes da câmara;

Analisemos a forma como se manifestam espacialmente:

a) Ruído aleatório (Fig. 9)

Caracteriza-se pela intensidade e cor.

É influenciado pelo valor de sensibilidade ISO mais elevados e é mais frequente ocorrer em imagens com velocidades de obturação rápidas. A sua disposição espacial varia de imagem para imagem.

b) Ruído de padrão fixo (Fig.10)

Caracteriza-se pela presença de pixels de elevada luminosidade sendo influenciado pelas velocidades de obturação lentas e as tem-peraturas elevadas do sensor. A disposição espacial mantem-se da-das as mesmas condições de elevada temperatura; valor ISO baixo, velocidade de obturação lenta.

•9• Estrutura e aparência do ruído aleatório

2.3. Resolução

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2.3. Resolução

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•10• Estrutura e aparência do ruído de padrão fixo

c) Ruído de banda (Fig. 11)

Caracteriza-se pelas bandas verticais que têm origem na leitura da carga de voltagem de algumas câmaras digitais. Evidencia-se em zonas de sombra e em imagens com valores de sensibilidade ISO elevados. Pode, também, evidenciar-se em imagens sub-expostas que sofram correcções extremas ou em determinadas temperaturas de cor.

•11• Estrutura e aparência do ruído de banda

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•12• Estrutura e aparência do ruído de iluminância

•13• Estrutura e aparência do ruído de crominância

2.3. Resolução

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Analisemos, também, a forma como se manifesta visualmente:

e) Ruído de luminância (Fig.12)

Manifesta-se como ruído de aparência monocromática seme-lhante ao grão de película preto e branco.

f) Ruído de crominância (Fig.13)

Manifesta-se como ruído de aparência cromático com variações de cores do vermelho e cião ao verde e magenta. É o tipo de ruído mais intrusivo e que mais contribui para a degradação da imagem.

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3. CÂMARAS FOTOGRÁFICAS DIGITAIS

Exemplo: A relação de magnificação para um sensor de dimensões 23,3 x

15,6 mm. 36 / 23,3 = 1,54 factor de magnificaçãoObjectiva de 50 mm x 1,54 = 77 mm Uma objectiva com uma distância focal de 50mm comportar-

se-ia como uma objectiva 77, oferecendo um ângulo de cober-tura semelhante.

Objectivo: Conhecer as diferenças operacionais entre o uso de câmaras digitais e câmaras analógicas

3.1. Sistema óptico

As actuais câmaras digitais SLR utilizam sensores de variadas dimensões. Os formatos mais comuns são o 23.7 x 15.7 mm o que equivale a 2/3 da dimensão do formato padrão 36 x 24mm.

Um sensor menor do que o formato 35mm usando uma objectiva concebida para formato 35mm, captará somente parte do círculo níti-do de imagem criado por esta lente.

Este efeito designa-se por corte ou enquadramento do ângulo de cobertura de uma objectiva. Por criar a falsa aparência do aumento da distância focal da objectiva, este efeito é frequentemente designado por multiplicação da distância focal.

O método que permite determinar a extensão da alteração do ângu-lo de cobertura das objectivas é o seguinte:

Estabelecer a relação de magnificação entre a dimensão do sensor e o padrão 35mm.

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3.2. Sensibilidade ISO • 3.3. Temperatura de cor

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3.2. Sensibilidade ISO

Ao contrário do sistema analógico, um sensor não pode alterar a dimensão do fotoelemento para aumentar a sua sensibilidade. Isto implica que o aumento de sensibilidade seja feito após a captura, na fase da amplificação de voltagem, antes da conversão A/D.

A amplificação do sinal de luz origina também uma amplificação no ruído digital.

Este é um dos motivos que leva alguns fabricantes a restringir a latitude de valores ISO em câmaras que não apresentem uma eficaz redução de ruído a valores de sensibilidade ISO elevados.

3.3. Temperatura de cor

Durante a etapa de criação de cor na câmara digital, o proces-sador de imagem analisa as zonas de altas luzes da imagem assu-mindo que serão zonas brancas e corrigindo qualquer desvio de cor. Este é o processo de correcção automática da temperatura de cor.

Na maior parte das câmaras, a temperatura de cor pode ser pré-definida para descrever o tipo de fonte de luz: tungsténio; daylight; fluorescente; sombra; incandescente ou o controlo automático

A medição mais fiável da temperatura de cor obtém-se através da medição de um cartão cinzento neutro iluminado pela luz do assunto a fotografar (Fig. 14).

3.4. Histograma e análise de exposição

Os procedimentos de medição da fotometria nas câmaras digitais são em tudo semelhante à medição efectuada para diapositivo cor. De-ve-se expor de modo a preservar as altas luzes. No entanto, a análise do resultado da imagem pode ser imediata através das informações dispo-nibilizadas no ecrã TFT. Destacam-se dois tipos de informação parti-cularmente relevante: os dados da fotometria utilizada e a distribuição da luminosidade, que fornecem confirmação imediata sobre a correcta exposição da imagem.

O histograma revela a distribuição de luminosidade, do negro ao branco, permitindo identificar sub ou sobreexposições (Fig. 15 e 16).

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3.4. Histograma e análise de exposição

•14• Assunto fotografado com luz de dia com as seguintes pré-definições de temperatura de cor: Automático; daylight; manual

•15• Histograma de uma imagem subexposta

•16• Histograma de uma imagem sobreexposta

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Em câmaras de gama profissional a análise de sub ou sobre ex-posição é feita para cada cor primária RGB, para além da lumino-sidade geral.

O histograma deve, à excepção de imagens low key ou high key, distribuir-se de modo a evitar o corte de dos extremos.

3.5. Processador de imagem JPEG

O formato de imagem JPEG, capítulo 6, é um dos formatos que se padronizou (juntamente com o formato RAW) aquando da gravação da imagem no processador interno das câmaras digitais. O JPEG apresen-ta como principal vantagem o facto de comprimir a imagem de forma a diminuir o peso do ficheiro informático.

A imagem gerada neste formato tem os seguintes parâmetros defi-nidos: cor, temperatura de cor, aumento de recorte, diminuição de ru-ído, contraste e saturação. Uma vez que o ficheiro é gravado a 8 bits, qualquer alteração a um deste parâmetros, em programa de pós produ-ção, acarreta grandes perdas de níveis de cor e luminosidade afectando a qualidade quer da visualização no ecrã quer da impressão.

3.6. Velocidade de disparo e armazenamento

A velocidade de disparo sequencial e armazenamento são duas características interdependentes. A rapidez com que a câmara está disponível, após uma tomada de vista, depende da capacidade e ra-pidez de armazenamento da imagem numa memória interna e fixa designada de buffer. Quanto maior for a capacidade desta memória interna maior será o número de disparos sequenciais sem atraso que a câmara poderá actuar. Outro factor influente é a rapidez de leitura do sensor da carga de electrões e consequente transição para digital.

Este sistema é tão fiável quanto o seu elo mais fraco. Caso o cartão de memória utilizado – sendo as tecnologias mais comuns o compact flash e smart disk – tenha um tempo de gravação lento reduzirá a velocidade de disparo sequencial.

3.7. Métodos de armazenamento

Os sistemas de armazenamento de imagens assumem várias for-

3.5. Processador de imagem JPEG • 3.6. Velocidade de disparo e armazenamento

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3.7. Métodos de armazenamento • 3.8 Visor e ecrã LCD

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mas. Enunciam-se de seguida os sistemas que se tornaram referên-cia incontornável no meio profissional.

O sistema de armazenamento mais usado pelos fabricantes de câmaras digitais é o Compact Flash. Esta tecnologia utiliza uma memória em estado sólido que reúne como vantagens: a rapidez de gravação e leitura dos dados da imagem; a operabilidade em situações climatéricas adversas; a inexistência de parte móveis e a vantajosa relação preço/capacidade de armazenamento que ofe-rece comparativamente às tecnologias concorrentes. A velocidade de gravação e leitura são factores que determinam a velocidade de disparo sequencial. È aconselhável a consulta de bases de dados tes-tes de velocidade de gravação/leitura que determinem qual o cartão compact flash mais indicado para a câmara digital a utilizar (sitíos na Internet)

Utilizam-se, também, métodos de armazenamento com maior capacidade de memória, provenientes do mercado de periféricos informáticos como os discos rígidos externos de 2.5” e 3.5”.

Alguns modelos encontram-se mais adaptados às necessidades do fotógrafo oferecendo leitor de cartões compact flash integrados para transferência autónoma e visores TFT para avaliação e catego-rização de imagens.

3.8. Visor e ecrã LCD

O visor na generalidade das câmaras digitais tem menor dimen-são e luminosidade do que nas câmaras SRL de película. Para além disso, raramente cobre 100% da área fotografada. O ecrã LCD das câmaras digitais SLR usa, na maior parte dos casos, a tecnologia TFT (thin film transistor). No entanto, desenvolvimentos mais re-centes nesta tecnologia recorrem ao uso dos TFT polysilicon, que são mais leves, finos, luminosos e rápidos que os TFT tradicionais.

A evolução da tecnologia aponta para o uso de OLED, materiais que possibilitarão a visualização do conteúdo do ecrã sem interfe-rência do sol na legibilidade e o menor consumo de energia aumen-tando a autonomia das baterias.

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4. FORMATOS DE FICHEIROS DE IMAGEM

Objectivo: Conhecer as diferenças operacionais no uso de câmaras digitais

Há vários formatos de codificação de imagens digitais. Analisar-se-ão as características mais importantes relativamente à forma como armazenam cor; comprimem o peso informático e preservam a sua acessibilidade a longo prazo.

As imagens digitais diferem quanto à quantidade e a natureza da cor que encerram. Os seguintes modos de cor são os mais utilizados na gravação de ficheiros de imagem.

a) Escala de cinzentos (grayscale)

Uma imagem gravada neste modo pode ter 8 ou 16 bits de in-formação. A imagem terá um limite teórico máximo de 256 tons de cinzento ou 65536 tons de cinzento respectivamente.

b) Cor indexada

Uma imagem gravada neste modo tem uma paleta máxima de 256 cores. Este modelo é utilizado em imagens de reduzida dimensão de pixels para publicação na Internet.

c) RGB

Uma imagem gravada neste modo pode ter 8 ou 16 bits de in-formação por canal de cor (24 bits e 48 bits respectivamente). A imagem terá um limite teórico máximo de 16.777.216 cores ou 281.474.976.710.656 cores respectivamente.

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4.1. Métodos de compressão de dados

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d) CMYK

Uma imagem gravada neste modo pode ter 8 ou 16 bits de infor-mação por canal de cor (32 bits e 64 bits respectivamente). O nú-mero de cores permitido não aumentará em relação ao modo RGB uma vez que a captura da imagem CMYK é sempre efectuada por um dispositivo RGB.

4.1. Métodos de compressão de dados

Durante o processo de codificação, os valores dos pixels podem ser armazenados num código próprio ao método de compressão. Os métodos de compressão podem implicar a perda de qualidade (lossy) da imagem ou somente alterar a forma como o sistema bi-nário é organizado e “empacotado”, evitando perda de qualidade na imagem (lossless).

LZW (Lempel-Ziv-Welch)

Este método de compressão não introduz perda de informação ou de qualidade. No entanto, não permite um rácio de compressão superior a 2:1 (o JPEG pode usar rácios de 100:1). O LZW é mais eficaz em imagens com conteúdo gráfico onde haja grandes áreas de tons semelhantes.

Utilizado no formato GIF é opcional no formato TIFF.

JPEG (Joint Photographic Experts Group)

Este método de compressão introduz perda de qualidade na ima-gem. O JPEG analisa a fotografia em grelhas de 8x8 a 64x64 pixels criando uma média das cores nessas áreas. A área de amostragem varia consoante o grau de compressão escolhido.

4.2. Formatos padrão

JPEG (File Interchange Format) (.jpg)

É compatível com imagens em modo grayscale ou cor RGB com número máximo de 8 bits por canal. È um formato optimizado para comprimir imagens de tons contínuos como imagens fotográficas (Fig. 17). O grau de compressão é ajustável numa escala de 12 (má-xima qualidade) a 0 (máxima compressão). A regravação neste for-mato implica nova etapa de perda de qualidade.

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4.2. Formatos padrão

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•17• Pormenor de imagem com diferentes níveis de compressão JPEG

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12

Existem diversas versões de formatos JPEG utilizados quer em câmaras digitais quer em programas de pós-produção de imagem. Destaca-se a seguinte versão pelo potencial que encerra:

JPEG2000 (.jp2)

Este formato adiciona as seguintes características ao formato JPEG convencional: algoritmos de compressão, com e sem perda de qualidade, modos de cor RGB, LAB e CMYK, implementação mais avançada de perfis ICC e metadados.

TIFF /Tagged Image File Format) (.tif)

Formato de ficheiro que permite um número máximo de 16 bits por canal em imagens com modos de cor Grayscale, RGB, CMYK e Lab. Permite a aplicação de compressão, com e sem perda de qualidade, no entanto, é utilizado maioritariamente sem compres-são para que armazenamento da imagem com a máxima qualidade. Apesar de ser um formato de código livre, compatível com todas as plataformas informáticas, deve-se activar a codificação windows na janela de opções de gravação TIFF.

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4.3. Formatos nativos e proprietários

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GIF Graphics Interchange Format (.gif)

Formato de ficheiro que utiliza uma paleta de no máximo 256 cores. Para além da compressão resultante da redução de cores é usada a compressão LZW. É um formato apropriado para criação de imagens de reduzida dimensão (thumbnail) ou de natureza gráfi-ca para visualização em monitor e publicação na Internet.

PNG (Portable Network Graphics) (.png)

É um formato de ficheiro sem perda de informação compatível com imagens indexadas a 256 cores , grayscale e RGB 8 bits por canal . Utiliza um método de compressão (Deflate) sem perda de qualidade. É utilizado na criação de imagens para visualização em monitor e publicação na Internet, com qualidade superior ao forma-to e com compressão sem perda, contrariamente ao JPEG.

4.3. Formatos nativos e proprietários

EPS (Encapsulated PostScript) (.eps)

Formato de descrição de páginas. Usa comandos Postscript para descrever o seu conteúdo que pode ser de natureza gráfica e/ou fo-tográfica. O formato .eps é usado para transferir imagens e con-téudo gráfico para programas de paginação, desenho vectorial ou impressoras Postscripts que são capazes de interpretar o conteúdo do ficheiro.

PSD (.psd) e PSP (.psp)

Formatos nativos utilizados por programas de pós-produção de imagem. Os ficheiros Photoshop usam a extensão .psd, os ficheiros Paint Shop Pro usam a extensão .psp. Este tipo de formatos permite a gravação de propriedades específicas a cada um dos programas: transparências, camadas e outras características específicas. No en-tanto, só os próprios programas ou outros do mesmo fabricante são capazes de abrir estes ficheiros o que os torna pouco recomendáveis para formato de arquivo.

PhotoCD (.pcd)

Criado pela Kodak, é um formato nativo em que são gravados as imagens provenientes de negativos cor e digitalizadas nas estações PIW (Photo Imaging Workstation). São usados dois formatos de di-gitalização: Photo CD com uma dimensão de 2048x3072 pixels; e o Pro PhotoCD com uma dimensão de 4096x6144 pixels.

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4.4. Formatos RAW

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Usa um método de compressão sem perda, armazenando num PhotoCD (com capacidade para 600 Mb) 100 imagens do tipo pa-drão ou 25 imagens tipo Pro.

4.4. Formatos RAW

Algumas câmaras digitais permitem a gravação de imagens em formato RAW. Este formato armazena a imagem após a conversão analógico/digital sem que seja efectuado qualquer outro processa-mento.

A imagem neste formato ainda não tem definido: a cor prove-niente da interpolação do filtro bayer; a temperatura de cor; a defi-nição de uma gama de cores (ver 3.4); os parâmetros de saturação e contraste; a luminosidade dos meios-tons; a redução do ruído di-gital.

Para que estes parâmetros possam ser atribuídos deve utilizar-se um programa de processamento de ficheiros RAW compatível com o formato RAW gerado pela câmara. As referências de mercado dividem-se entre os programas dos próprios fabricantes de câma-ras (Canon, Nikon, etc) e programas de cuja versatilidade reside na possibilidade de revelar ficheiros RAW provenientes de diversas marcas (Adobe, Phase One, Iridient Digital, Silkypix, Bibblelabs, Pixmantec, Breezesys, etc).

Uma imagem RAW é em tudo superior ao formato JPEG:

• Possibilita maior fidelidade e pureza de cor

• Profundidade de bits do conversor A/D

• Recuperação de até 2 stops de sub e sobreexposição

• Atribuição de temperatura de cor mais precisa

• Redução de ruído, aumento de recorte e saturação definido pelo fotógrafo

Apesar deste formato parecer reunir maioritariamente desvanta-gens, devido à necessidade de processar uma série de imagens com vários parâmetros, a flexibilidade, o grau de controlo e qualidade que oferece tornam-no o formato de eleição para qualquer fotógra-fo que queira reter o máximo de qualidade numa imagem digital.

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5. TÉCNICAS ELEMENTARES DE PÓS-PRODUÇÃO DIGITAL

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Objectivo: Conhecer os meios básicos para a correcção e alteração da imagem em pós-produção

5.1. Processamento de ficheiros RAW

As etapas de processamento de um ficheiro RAW são comuns à generalidade dos programas disponíveis no mercado. De seguida descrevem-se as principais operações a efectuar.

Definição da temperatura de cor

A temperatura de cor usada para fotografar a imagem raw é reco-nhecida pelos programas de processamento. A alteração e correcção da definição de temperatura de cor podem fazer-se das seguintes maneiras:

a) Usar uma uma fonte de luz predefinida – Luz de dia; Enubla-do; Sombra; Tungsténio; Fluorescente; Flash ou Automático.

b) Usar a ferramenta de temperatura de cor e seleccionar uma área neutra da imagem (idealmente um cartão cinzento neutro)

c) Usar o cursor da temperatura de cor e definir um valor expres-so em graus Kelvin que caracterize a fonte de luz usada.

A atribuição de uma temperatura de cor distinta da usada na cap-

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tura não degrada a qualidade da imagem RAW, ao contrário do que sucede numa imagem fotografada em JPEG.

Compensação da exposição e meios tons

Uma das vantagens inequívocas de fotografar em formato RAW é a possibilidade de compensar a exposição, após a captura da imagem, conseguindo-se recuperar informação de cor e luminosidade, que no formato JPEG estariam irremediavelmente sub ou sobreexpostos. A quantidade de informação disponível nas altas luzes e sombras está dependente da câmara, mas os valores típicos rondam os 1 ½ stops de informação.

Definição do contraste, saturação

A alteração no contraste da imagem deve ser feita de modo a mi-nimizar as perdas de informação nas altas luzes e sombras (ver 4.2). O aumento de saturação deve ser modesto para evitar o aumento do ruído digital ou a perda de gradação cromática.

Definição do aumento de recorte ou nitidez e a redução de ruído

O aumento de recorte e a redução de ruído constituem alterações interdependentes. O aumento do recorte evidencia o ruído, e, por sua vez, a diminuição do ruído diminui o recorte da imagem. Estas duas operações devem, idealmente, ser efectuadas por programas capazes controlar estes efeitos secundários (ver 5.4).

Correcção da aberração cromática transversal

Os programas de processamento de ficheiros RAW permitem a correcção da aberração cromática transversal. Este fenómeno será mais vísivel em câmaras digitais, particularmente, caso utilizem objectivas grande-angular concebidas para câmaras analógicas de 35mm. O fenómeno intensifica-se nos cantos da imagem em câmaras com sensores de dimensão equivalente ao 35mm (full frame). A cor-recção permite remover os erros de cor que se traduzem em auréolas de cor vermelho/ciã ou azul/amarelo.

Profundidade de bits e espaço de cor RGB

Um ficheiro RAW conserva a quantidade de cores por canal deter-minada pelo conversor A/D. Terminado o processamento do ficheiro RAW existe a possibilidade de se gravar um ficheiro final com 8 bits (JPEG) ou 16 bits por canal ( TIFF). A gama de cor captada pela câ-mara deve ser guardada de forma a ser interpretada sem qualquer al-teração por outros programas e computadores. O espaço de cor mais aconselhável para o efeito é o AdobeRGB 1998.

5.1. Processamento de fi cheiros RAW

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•18• Histograma de uma imagem subexposta no canal azul

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

Qualquer ajuste de luminosidade, cor ou saturação numa imagem com 8 bits por canal deve ser ligeiro de modo a conservar a qualidade da imagem. A correcção extrema de uma imagem a 8 bits acarreta perda de gradações de cor e aumento de ruído que se evidencia na impressão.

Algumas das ferramentas disponibilizadas pelos programas de pós-produção permitem-nos acautelar essas perdas. Analisam-se as seguintes:

Histograma

Gráfico que representa a distribuição da gama de tons de uma imagem. Indica a quantidade de pixels existentes em toda a ima-gem para cada nível de luminosidade numa escala de 0 (preto) a 255 (branco). Um histograma permite, tal como na câmara digital, obter a confirmação de uma exposição correcta. Histogramas de imagens subexpostas são identificados pelo corte abrupto à esquerda. Histo-gramas de imagens sobreexpostas têm um corte abrupto no extremo direito (Fig. 18, 19).

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

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•19• Histograma de uma imagem sobreexposta no canal vermelho

•20• Histograma de imagem com 8 bits apresentando descontínuidades resultantes de ajustes excessivos

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

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O histograma denuncia, também, a excessiva manipulação de tom numa imagem a 8 bits. A presença de picos e descontinuidades indica que a imagem perdeu a gradação contínua de cor e lumino-sidade (Fig. 20).

Info

Informa qual o valor RGB (vermelho, verde e azul) de um ou mais pixels numa escala de 8 bits ( 0 a 255). Permite verificar a au-sência de uma dominante de cor confirmando que os valores RGB são idênticos numa área neutra da imagem. Para se definir uma lei-tura fixa na paleta info deve utilizar-se a ferramenta de amostragem de cor (color sampler) numa zona neutra da imagem.

Os ajustes da luminosidade, cor e saturação da imagem são fei-tos de formas distintas por programas distintos. Não se pretende abordar a prática de técnicas de um determinado programa, no en-tanto, para efeitos demonstrativos, apresentar-se-ão os princípios gerais de correcção utilizados no programa Adobe Photoshop

Camadas de ajuste e máscaras

Qualquer ajuste que se faça a uma imagem deve, por uma ques-tão de qualidade e optimização do trabalho, ser reversível. O uso de camadas de ajuste (adjustment layer) permite a alteração ou anula-ção de um ajuste de imagem a qualquer momento.

Esta técnica de correcção possibilita, também, o ajuste selectivo de uma área da imagem recorrendo à sua máscara de pixels. Áreas da máscara de pixels pintadas com branco indicam que a imagem, nessas mesmas áreas, deve ser afectada pelo ajuste contido na ca-mada. Áreas pintadas a preto indicam que a imagem, nessas mes-mas áreas, deve ser protegida do ajuste efectuado.

5.2.1 Luminosidade

Níveis (Levels)

O ajuste de níveis permite definir o contraste e a luminosidade dos meios tons. Este ajuste é feito através dos cursores de ajuste do negro, branco e luminosidade média (Figuras 21, 22 e 23).

A maior utilidade deste ajuste reside na definição do contraste da imagem. Para tal devem-se mover os cursores do negro e branco, respectivamente, para o canto esquerdo e direito do gráfico do his-tograma. Desta forma atribui-se aos primeiros pixels mais escuros da imagem o nível negro absoluto (0) e aos primeiros pixels mais claros da imagem o nível branco absoluto (255) (Fig. 24).

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

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•24• Aumento de contraste com o menu Levels

Curvas (Curves)

O ajuste de curvas permite, também, definir o contraste e a lu-minosidade da imagem. No entanto, a alteração pode ser feita em zonas específicas da gama de tons de uma imagem e não só nos pontos de negro e branco absoluto e gamma.

•23• O cursor no meio do histograma define a luminosidade média (gamma)

•22• O cursor na extremidade direita do histograma define o nível branco

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

•21• O cursor na extremidade esquerda do histograma define o nível negro

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•25• Aumento de contraste com curva em S

•26• Diminuição de contraste com curva em S invertida

Exemplos:

1 – Aumento de contraste nas zonas de luminosidade média sem perda de informação no negro e branco absoluto. Compacta o detalhe nas sombras e nas altas luzes (Fig. 25).

2 – Diminuição de contraste nas zonas de luminosidade média sem perda de informação no negro e branco absoluto. Expande o detalhe nas zonas de sombras e de altas luzes (Fig. 26).

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

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5.2.2 Cor

Sempre que possível, uma dominante de cor não deve ser alte-rada sem a análise, numa zona neutra, dos valores RGB fornecidos pela paleta Info.

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Definindo a natureza do desvio de cor – se afecta toda a gama tonal, sombras, altas luzes ou meios-tons – pode seleccionar-se a técnica mais adequada à sua correcção. Destacam-se as seguintes:

Níveis (Levels)

O ajuste no contraste de canais de cor permite corrigir uma do-minante que se centre, essencialmente, nas sombras e altas-luzes. Para tal, devem mover-se os cursores do negro e branco para o iní-cio do histograma, em cada canal de cor (R, G e B) da janela de comando de níveis (Fig. 27).

•27• Alteração do contraste nos canais R, G e B

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

Ponto cinzento (Gray Point)

O ajuste através do cursor cinzento neutro situado nos ajustes de níveis e de curvas procede à correcção automática do desvio de cor nos meios-tons. Para tal deve seleccionar-se uma área original-mente neutra da imagem.

Filtros fotográficos (Photo filter)

O ajuste da dominante de cor é feito através da selecção de um filtro de correcção/ conversão (sistema Kodak) ou um filtro de cor

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•28• Posições dos ajustes de curvas nos canais de cor

5.2. Ajustes de luminosidade, cor e saturação

genérico. Este permite alterar a cor da imagem mantendo a sua lu-minosidade inalterada.

Curvas (Curves)

O ajuste da cor através do comando curvas permite efectuar uma correcção geral ou específica a uma área da gama de tons que con-tenha o desvio de cor. Trata-se da técnica ideal para resolver desvios de cor mais complexos como tons cruzados: sombras com uma do-minante oposta à alta luz.

O ajuste de cor é feito em cada canal de cor (R, G ou B) seguin-do os seguintes princípios básicos (Fig. 28):

Curva em posição linear – não altera a cor do canal

Curva sobe – adiciona a cor seleccionada no canal

Curva desce – Adiciona a cor oposta à seleccionada no canal

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5.2.3 Saturação

Matiz e saturação ( Hue/Saturation) – O ajuste de saturação, aplicável através do menu Hue/Saturation, deve ser aplicado com contenção de forma a evitar o aumento de ruído digital e a produ-ção de uma imagem com cores irreproduzíveis pelo dispositivo de impressão a utilizar (Capítulo 4).

5.3. Retoque e limpeza

A limpeza de imperfeições e sujidades presentes na imagem e provenientes da lente, sensor ou película pode ser feita de modo automático ou manual. Os seguintes processos transformaram-se nos mais comuns:

Método de limpeza por luz infra-vermelho

Alguns fabricantes de digitalizadores de película utilizam, nos

•29• Imagem original danificada (em cima), imagem com retoque automático efectuado em scanner (em baixo)

5.3. Retoque e limpeza

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•30• Imagem original danificada (em cima), imagem com retoque manual (em baixo)

seus aparelhos, a luz infra-vermelho para detectar a presença de imperfeições na superfície da película. O retoque dessas áreas é feito automaticamente por interpolação. As zonas da imagem afectadas por esta técnica perdem qualidade uma vez que a textu-ra e o ruído digital não conseguem ser eficazmente reproduzidos (Fig 29).

Método de limpeza em programas de pós-produção

A remoção de imperfeições, usada em programas de pós-produ-ção, utiliza um sistema que detecta a alteração brusca de contraste num conjunto de pixels. Efectuada a detecção, a reconstrução é feita através da substituição dos valores dos pixels pela média de cor dos pixels vizinhos (interpolação). As zonas da imagem afec-tadas por esta técnica perdem qualidade uma vez que a textura e o ruído digital não conseguem ser eficazmente reproduzidos.

5.3. Retoque e limpeza

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5.4 Redução de ruído digital

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•31• Redução de ruído de luminância

•32• Redução de ruído de crominância

Processos de limpeza manual

As técnicas usadas na limpeza e retoque manual de imperfeições são morosas e requerem prática. No entanto, quando usadas correc-tamente produzem os resultados mais eficazes. As várias ferramen-tas disponíveis nos programas de referência partilham um modo de operação comum: substituem a cor e textura da área a retocar por uma área previamente seleccionada pelo utilizador (Fig. 30).

Os programas de pós-produção mais sofisticados utilizam ferra-mentas de retoque e limpeza que copiam somente a textura da área seleccionada pelo utilizador mantendo a cor do local danificado.

5.4 Redução de ruído digital

A redução do ruído digital provoca perda de detalhe e pureza de cor na imagem. Os programas de redução de ruído digital adoptam várias técnicas para minimizar este problema, a mais frequente con-siste na redução de ruído somente em áreas de tom contínuo e no aumento simultâneo de recorte nas arestas da imagem.

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5.5. Filtros de edição

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Os parâmetros de redução mais utilizados afectam dois tipos de ruído: luminância e crominância.

Seguem-se imagens ilustrativas de exemplos de correcções para diferentes tipos de ruído: ruído de luminância e ruído de crominân-cia (Fig. 31 e 32).

5.5. Filtros de edição

Os filtros de edição podem ser usados para a criação de efeitos, correcção de imagens e técnicas de criação e edição de selecções. Segue-se a análise de um filtro de correcção essencial, presente na maior parte dos programas de pós-produção.

•33• Correcção da distorção de barril e alteração da perspectiva sob o eixo vertical

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Correcção de lente

Este filtro permite a correcção de distorção de almofada e barril, a aberração cromática lateral, o efeito de vinheta e a alteração da perspectiva sob o eixo vertical ou horizontal.

O seguinte exemplo ilustra a correcção da distorção de barril e alteração da perspectiva sob o eixo vertical (Fig. 33).

5.6. Métodos de alteração da dimensão e compressão da imagem

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5.6. Métodos de alteração da dimensão e compressão da imagem para visualização no ecrã

A preparação de imagens para visualização em ecrã requer parâ-metros diferentes da preparação para impressão (Capítulo 6). Estes requisitos prendem-se com a definição da dimensão e o peso do ficheiro.

Dimensão no ecrã

A dimensão de pixels ( horizontal x vertical) define a dimensão que a imagem terá no ecrã. Existe uma relação directa na represen-tação de um pixel no ecrã – um pixel da imagem é representado por um pixel do monitor.

Assim, uma imagem com 800 x 600 pixels terá uma dimen-são maior num ecrã de 17 polegadas, com uma resolução defi-nida a 1024x768, do que no mesmo ecrã com uma resolução de 1600x1200.

Compressão

O formato de ficheiro mais utilizado para imagens de visuali-zação no ecrã é o JPEG. O nível de compressão deve ser escolhido após definição da dimensão da imagem. Deve utilizar-se um pro-grama que permita pré-visualizar a 100% o efeito da compressão escolhida.

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6. PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO

6.1. Tecnologias de impressão

As tecnologias de impressão podem ser categorizadas de acordo com a forma de reprodução de cor num dado suporte. As duas prin-cipais formas de reprodução de cor em impressoras são:

Meios tons: pontos de tinta que variam de dimensão ou posi-cionamento para que, vistos a determinada distância, produzam a ilusão de cor e tom contínuo.

Tom contínuo: cada ponto de impressão reproduz pelo menos um de 256 níveis por cada cor utilisada para imprimir.

6.1.1. Meios tons

Impressão offset

Actualmente o processo mais utilizado na impressão de jornais, revistas e livros. Parte do princípio que as tintas oleosas e a água não se misturam. As áreas de imagem, gravadas numa chapa, são revestidas com química que retém a tinta e repele a água. As áreas da chapa onde não está gravada a imagem absorvem água. A tinta oleosa é transferida para um cilindro de borracha antes de ser trans-ferida por pressão para o papel (Fig. 34).

Num sistema de impressão a cores haverá, no mínimo, quatro cores (uma chapa para ciã, magenta, amarelo e preto – CMYK).

A imagem é criada através de uma retícula composta por células nas quais serão impressos pontos de tinta. Estas retículas serão dis-postas em ângulos diferentes, mas com sobreposição, contribuindo para a ilusão de tom contínuo.

A principal vantagem desta tecnologia é a rapidez e a econo-mia que se obtem em grandes quantidades de impressão.

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6.1. Tecnologias de impressão

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•34• Processo de impressão em offset litográfico

Jacto de tinta

As evoluções registadas na última década nesta classe de impressoras permitem atingir padrões de qualidade, na riqueza de cor, durabilidade e permanência, que suplantam qualquer outro método de impressão actualmente existente.

A gama de cores reproduzíveis está dependente da quanti-dade de cores usadas na impressão. As impressoras de jacto de tinta fotográficas utilizam, para além do cião, magenta, amare-lo e preto, um conjunto de cores que lhes permitem aumentar o leque e saturação das mesmas – o ciã claro, magenta claro, azul, verde, vermelho e cinzento em várias tonalidades.

Impressão contínua

As impressoras de jacto de tinta contínuo utilizam uma car-ga eléctrica para desviar o fluxo de tinta. As gotas de tinta que recebem carga eléctrica atingem o papel, enquanto as res-tantes são recolhidas e recicladas.

Trata-se de um método usado em impressoras de jacto de tinta de grande formato e grande volume dedicado à impressão de suportes do tipo vinis.

DOD (Drop on Demand)

Térmico (BubbleJet) – Estas impressoras usam um aumen-

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6.1. Tecnologias de impressão

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to súbito da temperatura no canal (vaso) de impressão. A pro-jecção resulta do aumento de pressão provocado pela vaporiza-ção da tinta (Fig. 35).

Esta técnica está gradualmente a ser preterida uma vez que o aquecimento da tinta diminui a longevidade e permanência das impressões.

Piezoeléctrico – Estas impressoras usam a vibração de um cristal piezoeléctrico no canal de impressão. A projecção da tinta resulta do aumento de pressão provocada pela deforma-ção do cristal (Fig. 36). Trata-se do método predominante na produção de impressoras de qualidade fotográfica, permite um nível de detalhe elevado e uso de tintas com formulações que optimizam a pureza de cor e a durabilidade.

6.1.2. Tom contínuo

Transferência térmica

Estas impressoras usam tintas solventes CMYK em estado sólido. A imagem é formada através do contacto de cabeças de impressão, a elevadas temperaturas, com a tinta. Esta passa do estado sólido ao gasoso e solidifica no papel novamente. Tra-tam-se de impressoras de pequeno formato devido ao elevado custo de produção e de consumíveis.

Impressão digital em suporte fotográfico

Estas impressoras expõem papel fotográfico a feixes (laser ou led) de cor RGB. O papel é posteriormente revelado em química apropriada do género RA4. Produzem um tom contí-nuo e são tidas como referência no que respeita reprodução de detalhe.

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•35• Processo de impressão jacto de tinta térmico

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•36• Processo de impressão jacto de tinta piezoeléctrico

6.1. Tecnologias de impressão

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IMPRESSÃO OFFSET (jornal)

(papel acetinado) (papel couché)

60-85 lpi85-133 lpi120-150 lpi

Q 2:1 120-170 ppi170-266 ppi240-300 ppi

OFFSET ELEVADA QUALIDADE (papel couché) 150-300 lpi Q 2:1 300-600 ppi

IMPRESSÃO JACTO DE TINTA (VARIÁVEL)

Papel brilhante ou semi-brilhante

1440 dpi 150- 360 ppi

IMPRESSÃO DIGITAL EM SUPORTE FOTOGRÁFICO

Papel brilhante ou semi-brilhante 200-300 ppi 200-300 ppi

6.2. Resolução de imagem e de impressão

6.2. Resolução de imagem e de impressão

Uma imagem digital é composta por uma quantidade de pi-xels determinados pela resolução do dispositivo que a gerou. A quantidade de pixels determina e é directamente proporcional à dimensão de impressão. (Quanto maior for a dimensão de pixels, maior será a dimensão de impressão admissível).

Exemplo:

1. Se a partir de uma imagem com apenas 300 pixels de largura x 300 pixels de altura, for impressa uma área de 2,54 centímetros (1 polegada) teremos enviado para a impressora uma concentração (resolução de imagem) de 300 pixels por polegada.

2. Se a partir de uma imagem com uma dimensão 600 x 600 pixels, for impressa uma área de 5,08 centímetros (2 polegadas) teremos enviado para a impressora uma concen-tração (resolução de imagem) de 300 pixels por polegada.

Para determinar a dimensão de impressão devemos ter em consideração qual a técnica de impressão a usar e a reso-lução de imagem (ppi) exigida. A seguinte tabela apresenta valores de resolução de imagem (ppi) de acordo com a téc-nica e respectiva resolução de impressão ( lpi ou dpi).

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6.3. Métodos de interpolação e redimensionamento da imagem para impressão

Os seguintes exemplos permitem entender os métodos a utilizar para redimensionar (alterar a dimensão de impressão) e interpolar (alterar a dimensão de pixels) esclarecendo a relação de interde-pendência existente entre os pârametros de resolução, dimensão da imagem e dimensão da impressão. Para que se proceda a estas al-terações os programas de pós-produção diposnibilizam comandos que permitem alterar o tamanho da imagem (Image Size).

6.3. Métodos de interpolação e redimensionamento da imagem para impressão

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Exemplos:

1. Se definir a resolução da imagem sem alterar a quanti-dade de pixels (resample image desactivado) a dimensão da impressão muda automaticamente:

• Aumenta a área de impressão se diminuir a resolução da imagem.

• Diminui a área de impressão se aumentar a resolução da imagem.

2. Se definir a dimensão da impressão sem alterar a quan-tidade de pixels (resample image desactivado) a resolução da imagem muda automaticamente:

• Aumenta a resolução da imagem se diminuir a área de impressão.

• Diminui a resolução da imagem se aumentar a área de impressão.

3. Se definir a resolução da imagem com a opção resample image activada a quantidade de pixels muda automaticamente (a dimensão da impressão não se altera):

• Aumenta a quantidade de pixels se aumentar a resolução da imagem (atenção: evite o aumento da dimensão de pixels uma vez que a qualidade da imagem decresce. Se o fizer use a opção bicubic smother).

• Diminui a quantidade de pixels se diminuir a resolução da imagem (atenção: grave a sua alteração como uma cópia do ficheiro original para não eliminar irreversivelmente a quanti-dade de pixels. Se o fizer use a opção bicubic sharper).

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4. Se definir a dimensão da impressão com a opção re-sample image activada a quantidade de pixels muda auto-maticamente (a resolução da imagem não se altera):

• Aumenta a quantidade de pixels se aumentar a dimen-são da imagem (atenção: evite o aumento da dimensão de pixels uma vez que a qualidade da imagem decresce. Se o fizer use a opção bicubic smother).

• Diminui a quantidade de pixels se diminuir a dimen-são da imagem (atenção: grave como uma cópia do ficheiro original para não eliminar irreversivelmente a quantidade de pixels. Se o fizer use a opção bicubic sharper).

6.4. Aumento de recorteo

6.4. Aumento de recorte

Qualquer método de captura e posterior impressão implica perda de definição ou recorte na imagem. Para compensar esta caracterís-tica inerente a qualquer processo fotográfico, analógico ou digital, os programas de edição de imagem digital dispõem de ferramentas de aumento de recorte.

O recorte ou definição numa imagem está dependente de dois factores: resolução e acutância. A resolução é a capacidade de resol-ver detalhe e como tal não pode ser aumentada em pós-produção – está dependente do conjunto sensor/lente responsável pela tomada de vista e é tradicionalmente medida em Lp/mm. A acutância, no entanto, é definida pelo grau de contraste entre pixels vizinhos ou adjacentes.

O Unsharp mask (comando disponível na generalidade dos pro-gramas e usado no Photoshop que aqui se ilustra) opera aumentan-do o contraste nas arestas da imagem. Esta alteração de contraste localizado cria a ilusão de uma imagem com maior definição e de-talhe (Fig. 37).

Os três comandos essenciais para a alteração do recorte na ima-gem são:

Quantidade – determina a intensidade do aumento do contraste. Valores demasiado elevados criam um efeito de auréola que deve ser evitado.

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6.4. Aumento de recorte

•37• Comparativo entre detalhe de imagem original (lado esquerdo) e imagem com aumento de recorte (lado direito)

Raio – determina a extensão de pixels afectados pelo aumento de contraste. Valores demasiado elevados aumentam os pixels de toda a imagem, e não só as arestas, aumentando assim o contraste geral da imagem sob risco de perda de informação nas sombras e altas luzes.

Limiar – determina a diferença necessária, entre níveis de lu-minosidade, para que o unsharp mask seja aplicado. Um valor de limiar 0 aplicará aumento de recorte a qualquer área da imagem. Um valor de limiar 5 terá de haver uma diferença de 5 ou mais ní-veis de luminosidade entre pixels vizinhos para que seja aplicado o aumento de recorte.

Para evitar o aumento de ruído que se evidencia nas zonas de sombras e áreas de tom contínuo, nos quais não existem detalhes que possam distrair o olhar, devem ser usadas máscaras que prote-jam essas áreas do aumento de recorte

O aumento de recorte deve ser, idealmente, feito em dois está-gios; após a captura – de forma moderada – e quando se já definiu a dimensão de pixels e técnica de impressão.

Caso se fotografe em JPEG o processador de imagem, da maior

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parte das câmaras, aplica um aumento de recorte automático. Ao utilizar o mais versátil ficheiro RAW este aumento de recorte pode ser definido pelo fotógrafo na etapa de processamento.

Os valores a usar nesta operação variam consoante a dimensão de pixels da captura: uma imagem de 6 megapixels não necessita tanto aumento de recorte como uma imagem de 16 ou 39 megapi-xels. O essencial será não provocar um aumento notório (visualiza-do a 100%) de auréolas em zonas de arestas.

Para a impressão aconselham-se métodos distintos para a im-pressão offset e jacto de tinta ou tom contínuo. A panóplia de téc-nicas e programas dedicados a esta operação é demasiado extensa para que se possa abordar neste manual, no entanto destacam-se as seguintes linhas orientadoras:

Para impressão offset e jacto de tinta utilizar o seguinte ponto de partida: valor de raio = resolução da imagem ppi / 200

Exemplo:

imagem a 300 ppi para impressão a 150lpi

300 ppi/ 200 = raio 1.5

Para impressão em tom contínuo o valor de raio e quantidade devem ser ajustados numa relação de 1:1 (1 pixel da imagem repre-sentada por 1 pixel do ecrã), ou seja, com a imagem visualizada a 100% no ecrã.

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7. GESTÃO DA COR

Objectivo: Conhecer os sistemas que permitem manter a aparência de cor de dispositivo em dispositivo.

•38• Sistema de cor aditivo ( RGB) e sistema de cor subtractivo (CMYK)

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7.1. Características gerais de um sistema de gestão de cor

A função de um sistema de gestão de cor é tentar pre-servar a aparência da cor à medida que a imagem digital é representada por uma série de dispositivos.

A reprodução absoluta da cor original, sem qualquer alteração, é uma tarefa impossível. Ocorrerá obrigato-riamente uma transformação na cor desde a sua captura, passando pela visualização num, ou mais monitores e fi-nalmente a impressão. As causas para esta transformação são várias, destacam-se as seguintes:

Os vários dispositivos descritos formulam a cor de formas distintas

Uma câmara digital e um monitor, captam e emitem cor respectivamente usando o modelo de síntese aditivo RGB. Uma impressora reproduz um conjunto de cores usando o modelo de síntese subtractivo CMYK (Fig. 38).

A variabilidade dos dispositivos

Todas as câmaras, scanners, monitores e impressoras de marcas e modelos semelhantes terão uma resposta di-ferente a um mesmo estímulo de cor. Refira-se o exemplo clássico que ilustra esta característica: um painel de tele-

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7.2. Calibração e caracterização de dispositivos

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visores a sintonizar o mesmo canal. Constata-se invariavelmente que cada aparelho exibe cores diferentes.

Para resolver estar questões, um sistema gestão de cor tem de poder prever o comportamento de cada dispositivo antes de o poder corrigir.

7.2. Calibração e caracterização de dispositivos

Calibração

Para operar de forma fiável e constante, ou seja, para garantir a conservação da aparência da cor, cada dispositivo precisa de se re-ger por parâmetros reproduzíveis quer ao longo do tempo quer em dispositivos semelhantes. Refira-se como analogia, o processo de afinação de um piano. Para obter a maior fiabilidade e qualidade acústica o processo de afinação deve garantir que os parâmetros de afinação das notas afinadas se mantenham iguais quer ao longo do tempo e comparativamente a outros pianos. (O som de “um fá” deve ser reproduzível independentemente da periodicidade da afi-nação e do piano em causa.)

Caracterização

Permite criar um perfile ICC que descreve as cores que um dis-positivo capta ou reproduz. Esta informação baseia-se na compara-ção entre um conjunto de cores de valor conhecido e o desvio re-gistado no resultado da captura ou reprodução dessas mesmas cores pelo dispositivo caracterizado. Este ficheiro, desde que anexado à imagem, indicará ao sistema de gestão de cor como devem ser inter-pretadas e corrigidas as cores provenientes de um dado dispositivo (Fig. 39).

7.2.1. Câmara digital

A câmara digital tem dois modos distintos de implementar a ges-tão de cor consoante o tipo de ficheiro usado: JPEG ou RAW.

JPEG

Em modo JPEG o processador de imagem aplica automatica-mente um perfil de cor genérico, não corrigindo as características do sensor que produzem desvios cor. De seguida aplica a transição das cores captadas para um perfil de cor independente (perfil gené-

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7.2. Calibração e caracterização de dispositivos

•40• Gama de cores dos perfis AdobeRGB98 (linha vermelha) e sRGB (linha azul) tendo como referência o modelo de cor CIE

•39• Funcionamento do sistema de gestão de cor: preservar a aparência de cor entre vários dispositivos

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rico que não caracteriza um aparelho, usado por possibilitar uma edição de cor estável).

Os dois perfis mais comuns são o sRGB (padrão na maior parte das câmaras) e o AdobeRGB98 (Fig. 40).

O perfil de cor Adobe RGB contem uma gama de cores superior e como tal é aconselhável caso se pretenda preservar o maior núme-ro cores possível na matriz digital.

RAW

Durante a revelação RAW, certos programas possibilitam a atri-buição de um perfil de cor feito à medida para a câmara e as tem-peraturas de cor mais utilizadas. Desta forma garante-se uma maior fidelidade de cor uma vez que a resposta de cor é corrigida antes do ficheiro de imagem ser criado. Após a atribuição do perfil de cor da câmara o programa de revelação deve converter as cores da imagem para um espaço de cor independente como por exemplo o AdobeRGB98 ou o Prophoto RGB.

7.2.2. Scanner (digitalizador)

Para a caracterização do scanner deve-se digitalizar uma mira de cores em suporte opaco ou transparente, que contenha uma va-riedade de cores formuladas e medidas com precisão (Fig. 41). Esta mira deve ser digitalizada e avaliada por um programa de criação

•41• Mira IT8 Kodak

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de perfis de cor. O perfil resultante descreve a resposta de cor do scanner para um conjunto de provas com determinado papel ou um diapositivo cor de determinado modelo e fabricante, informação essa, que anexada a cada imagem, pode ser interpretada pelo Adobe Photoshop para manter a aparência de cor.

7.2.3. Monitor

• O monitor deve ser calibrado com os seguintes parâmetros:

• A temperatura de cor do monitor deve ser 6500º K (em algumas situações deve ser usado 5000ºk)

• A luminância dos brancos deve situar-se entre as 85 e as 120 cd/m2

• A luminância dos negros deve ser o valor mais próximo dos 0 cd/m2

• O valor de gamma (compensação dos meios tons) deve ser 2.2

Caso estes parâmetros sejam mantidos ao longo do tempo e usa-dos por outros monitores na cadeia de produção teremos a mesma aparência de cor numa imagem (desde que visualizada num progra-ma com gestão de cor). Para que estes valores possam ser atingido com precisão deve usar-se um aparelho de medição de cor emitida (colorímetro ou espectofotometro) e respectivo programa de cria-ção de perfis de cor ICC.

Após a calibração o colorímetro ou espectofotometro medirá uma série de cores projectadas no monitor e registará a diferença colorimétrica entre o sinal de cor medido e o sinal enviado. Esta informação fará parte do perfil de cor ICC que os programas de pós-produção de imagem com gestão de cor reconhecerão.

7.2.4. Impressora

Tal como com os restantes dispositivos as impressoras devem ser calibradas e caracterizadas. A complexidade de implementação destas tarefas excede o âmbito deste auxiliar de formação, no entan-to importa definir o seguinte:

Impressão offset

Num sistema de impressão com perfis ICC, o técnico de offset deve respeitar os parâmetros de produção definidos pela norma ISO mais recente em conjugação com os perfis de cor definidos pela ECI (European Color Iniatiative). Estas boas práticas permitem a impressão com parâmetros controlados, conhecidos e reproduzíveis em múltiplos trabalhos.

7.2. Calibração e caracterização de dispositivos

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7.3. Prova electrónica de cor (softproof)

À data da redação deste manual a norma ISO que determina os parâmetros orientadores para a calibração de offset para papel cou-ché é o Fogra39 baseado no ISO 12647-2:2004/ Amd 1 (2007).

Os perfis de cor disponíveis para efectuar a prova electrónica de cor são os ISO Coated v2 (ECI) e ISO Coated v2 300% (ECI).

Estes perfis de cor permitem pré-visualizar e corrigir as altera-ções de cor que vão ocorrer quando a imagem digital for impressa em offset (desde que dentro dos parâmetros definidos na norma ISO).

Impressão jacto de tinta e impressão digital em prova cro-mógenea

Apesar das impressoras jacto de tinta fazerem uso de tintas do modelo subtractivo CMYK, estas foram configuradas para rece-ber as imagens em RGB e posteriormente efectuarem a conversão para CMYK. Por esse motivo ambos os sistemas de impressão – jacto de tinta e impressão digital em papel fotográfico cor – devem ser caracterizados com recurso a miras RGB. Dada a ausência de normas ISO para estes dois sistemas de impressão aconselha-se a mira, que se tornou referência no mercado: a TC9.18 RGB. Após a impressão e posterior análise com espectofotometro criar-se-á um perfil ICC que descreverá a reprodução de cor nestes sistemas de impressão. Este perfil será válido enquanto os parâmetros de impressão (stock de papel, tinta ou química) usados para imprimir a mira se mantiverem inalterados ou dentro de certos limites de tolerância.

7.3. Prova electrónica de cor (softproof)

A prova electrónica de cor (softproof) vem competir com a tradi-cional prova de contracto na avaliação da fidelidade de cor. Trata-se de uma pré-visualização, no monitor, das alterações que ocorrerão na impressão da imagem final. Este processo exige a conjugação de uma série de factores, que estão previstos na norma ISO 12646:

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O monitor (de gama profissional) deve estar calibrado e caracterizado com os seguintes valores – temperatura de cor 5000ºK; luminância 80 – 120 cd/m2

A iluminação da sala deve reunir as seguintes condições –

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7.3. Prova electrónica de cor (softproof)

intensidade de luz ambiente 32 Lux: intensidade da bancada de luz calibrada (5000ºK) para avaliação da prova impressa 1500 lux;

Paredes e superfícies de cor neutra com menos de 60% de reflexão; ausência de luzes exteriores.

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A prova electrónica de cor activa-se, no Adobe Photoshop, através do menu view, comando Proof Setup / Custom, seleccio-nado o perfil do papel/impressora a simular.

Com a prova electrónica activa deve-se proceder aos ajustes necessários para que a imagem se assemelhe o mais possível com o seu estado original.

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EXERCÍCIOS

Objectivos: Consolidar os conhecimentos e metodologias sugeridos no Capítulo 4 – Qualidade da ima-gem digital. Verificar a importância da correcta utilização dos parâmetros de fotometria, temperatura de cor e sensibilidade ISO

Fotometria

Condições de trabalho:

a) Reúna um conjunto de objectos de cores diferentes e fixe-os a uma base.

Nota: passaremos a nomear este conjunto de objectos por o Ob-jecto.

b) Coloque o Objecto sobre um fundo neutro, com uma reflexão próxima dos 18%. No enquadramento fotográfico, o Objecto deve-rá ficar afastado deste fundo.

c) Ilumine o Objecto com luz contínua directa de forma a pro-duzir uma iluminação de elevado contraste. Disponha as fontes de iluminadoras de forma a criar uma área da imagem em sombra e uma outra em alta luz.

d) Verifique, através da leitura com fotómetro, que existe uma latitude superior a 9 stops entre a sombra e a alta luz.

e) Use os seguintes formatos de imagem: RAW e JPEG (ou em alternativa no modo RAW+JPEG).

f) Utilize a temperatura de cor definida manualmente através da leitura de um cartão de cinzento iluminado pela fonte luz utilizada.

g) Para efeitos de avaliação deve ser considerada a imagem foto-

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grafada em RAW usando a fotometria com prioridade às altas luzes.

Trabalho prático:

Registe três fotografias para cada formato de imagem ( RAW e JPEG).

1 – Efectue a exposição dando prioridade às altas luzes confir-mando, após a tomada de vista, que o histograma se distribui ate à alta luz sem corte (passaremos a nomear esta exposição como Normal).

2 – Utilizando como referência a fotometria n.º 1 sobre exponha 1 ½ stop (passaremos a nomear esta exposição como + 1 ½).

3 – Utilizando como referência a fotometria nº 1 sub exponha 1 ½ stop (passaremos a nomear esta exposição como - 1 ½).

4 – Identifique as imagens atribuindo-lhes nomes de acordo com o valor de compensação de fotometria usado (ex.: normal; + 1 ½; - 1 ½).

5 – Processe as imagens RAW, em programa apropriado, usando os seguintes parâmetros:

a) – Corrija a imagem RAW Normal sem ajuste de sombras e altas luzes. Confirme, através do histograma do programa de pro-cessamento, que existe leitura nas altas luzes e que não existe leitu-ra nas sombras. Esta imagem servirá de referência para a gama de contraste a obter nas imagens JPEG.

b) – Corrija a imagem RAW + 1 ½ diminuindo o valor de expo-sição até obter leitura nas altas luzes. Aproxime a sua correcção dos resultados obtidos na imagem RAW Normal.

c) – Corrija a imagem RAW – 1 ½ aumentando o valor de expo-sição e brilho até obter mais luminosidade nas altas luzes. Aproxime a sua correcção dos resultados obtidos na imagem RAW Normal.

6 – Analise os três resultados obtidos e verifique a qualidade de detalhe nas altas luzes e o ruído digital presente nas sombras.

7 – Processe as imagens JPEG, em programa apropriado, usando os seguintes parâmetros:

a) – Corrija a imagem JPEG Normal sem ajuste de sombras e altas luzes. Confirme, através do histograma do programa de pós-produção que.

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Exercicios

b) – Corrija a imagem JPEG + 1 ½ diminuindo a luminosidade, através de camadas de ajuste de níveis ou curvas, até obter leitura nas altas luzes. Aproxime a sua correcção dos resultados obtidos na imagem RAW Normal.

c) – Corrija a imagem RAW – 1 ½ aumentando a luminosidade, através de camadas de ajuste de níveis ou curvas, até obter mais luminosidade nas altas luzes. Aproxime a sua correcção dos resul-tados obtidos na imagem RAW Normal.

8 – Analise os três resultados obtidos e verifique o sucesso das técnicas aplicadas tendo em vista a recuperação de detalhe nas altas luzes. Analise a presença de ruído digital nas sombras.

9 – Compare os resultados obtidos entre as imagens fotografa-das em RAW e JPEG.

Temperatura de cor

Condições de trabalho:

a) – Reúna um conjunto de objectos de cores diferentes e fixe-os a uma base transportável. Este conjunto não deverá ocupar uma área superior a, aproximadamente, 40 cm2. As cores deverão ser de superfície mate.

Nota: passaremos a nomear este conjunto de objectos por o Ob-jecto.

b) – Coloque o Objecto sobre um fundo neutro, com uma re-flexão próxima dos 18%. No enquadramento fotográfico, todo o Objecto deverá ficar envolvido por este fundo.

c) – Ilumine e enquadre o Objecto com a constante preocupação de,

1 – Manter a escala de reprodução em todas as repetições;

2 – Manter o ponto de vista e a perspectiva (nunca variar a dis-tância focal) em todas as repetições;

3 – Garantir a máxima constância de contraste e orientação de sombras, nas diversas situações de iluminação.

d) Faça variar os iluminadores utilizados para que o Objecto seja iluminado por três fontes distintas, em momentos diferentes:

1 – Com flash de estúdio;

2 – Com lâmpadas fotográficas de incandescência;

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Exercicios

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3 – Com lâmpadas tubulares fluorescentes tipo TDL Ph 54.

Execute as fotografias nos seguintes formatos de imagem: RAW e JPEG (ou em alternativa no modo RAW+JPEG).

e) Para avaliação das imagens JPEG e consequente decisão so-bre a correcção a efectuar em pós-produção, deverão ser compara-das com as imagens RAW com a temperatura de cor corrigida.

Trabalho prático:

Para cada fonte de luz a iluminar o Objecto registe:

f) uma fotografia, em formato RAW, com a temperatura de cor predefinida em automático.

g) quatro fotografias, em formato JPEG, cada uma com uma das seguintes pré-definições de temperatura de cor:

1 – Automático;

2 – Manual (leitura previa de cartão cinzento);

3 – Predefinição de temperatura de cor coincidente com o ilumi-nador utilizado (ex. lâmpadas fotográficas de incandescência com predefinição incandescente);

4 – Luz de dia (daylight).

Reúna as imagens, ao transferi-las para o computador, em pastas que identifiquem a fonte de luz usada (três pastas no total). Identifi-que as imagens atribuindo-lhes nomes de acordo com a temperatura de cor predefinida na câmara.

Corrija as imagens RAW tal como descrito em 3.4. Utilize as imagens RAW corrigidas como base de comparação para as cor-recções a efectuar nas imagens em JPEG. Utilize em cada imagem JPEG quatros camadas de ajuste equivalentes às quatro técnicas de correcção apresentadas no capítulo 3.

Avalie a técnica que produz melhores resultados finais.

Ruído

Condições de trabalho:

h) – Reúna um conjunto de objectos de cores diferentes e fixe-os a uma base.

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Exercicios

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Nota: passaremos a nomear este conjunto de objectos por o Ob-jecto.

i) – Coloque o Objecto sobre um fundo neutro, com uma refle-xão próxima dos 18%. No enquadramento fotográfico, o Objecto deverá ficar afastado deste fundo.

j) – Ilumine o Objecto com luz contínua filtrada para que o fun-do fique em sombra.

k) – Execute as fotografias nos seguintes formatos de imagem: RAW e JPEG (ou em alternativa no modo RAW+JPEG).

l) – Utilize a temperatura de cor definida manualmente através da leitura de um cartão de cinzento iluminado pela fonte luz utilizada.

m) – Faça variar os valores de sensibilidade ISO utilizados para que o Objecto seja fotografado com toda a latitude de valores ISO que a câmara permita. Varie os valores de fotometria para que a exposição continue idêntica.

Trabalho prático:

Fotografe usando a latitude de valores ISO que a câmara permitir.

Reúna as imagens, ao transferi-las para o computador, em pastas que identifiquem os valores ISO usados.

Analise as imagens em programa de pós-produção de forma a identificar a natureza e intensidade do ruído digital à medida que o valor de sensibilidade ISO aumenta:

1 – Ruído aleatório – Visualize cada canal de cor e detecte a eventual alteração no padrão de ruído.

2 – Ruído padrão fixo – visualize cada canal de cor e detecte a eventual existência de padrão de ruído que permanece inalterado.

3 – Ruído de banda – Visualize cada canal de cor e detecte a eventual existência de linhas verticais nas áreas de sombras e meios-tons.

Corrija o ruído de luminância e crominância nas várias imagens e analise o efeito que daí resulta no recorte e pureza de cor das imagens.

Nota: utilize como auxiliar à identificação e correcção do ruído digital os princípios e métodos descritos nos capítulos 1.9 (ruído digital) e 4.4 (correcção do ruído digital)

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A/D ou ADC Conversor Analógico/ Digital ou Analogue-to- Digital Conversion. Processo de conversão de um sinal analógico para um conjunto de valores digitais. Quando um sen-sor de imagem ( CCD ou CMOS) é exposto à luz a informação que atinge cada pixel ou photosite é guardada no condensador da câmara como um nível de voltagem. O dispositivo de ADC incluído na máquina vai transformar este sinal analógico de voltagem numa representação digital que poderá ser guardada num cartão de memória. Acumulador Elemento que armazena e posteriormente liberta um impulso eléctrico. Acutância Medida física de nitidez de uma imagem. Algoritmo Conjunto fi nito de regras que defi ne a aplicação repetida de operações lógicas ou matemáticas num objecto. Por exemplo, a interpolação da resolução ou a compressão de um fi cheiro. Altas luzes Na gíria fotográfi ca designa as zonas mais lumino-sas de um assunto. Ângulo de cobertura Ângulo formado pelas linhas que ligam o ponto nodal posterior da óptica com os dois pontos ex-tremos do círculo de nitidez do assunto; ângulo máximo sobre o qual a lente ainda é capaz de for-mar uma imagem de qualidade aceitável. Anti-aliasing Utilização de software para suavizar zonas de transição entre tonalidades duma imagem. Evita a visualização do efeito de “escadinhas” – causado pela forma quadrada dos pixels –, designado por aliased, em linhas curvas. Aplicação informática Conjunto de instruções codifi cadas que permite a um computador executar um conjunto de tarefas determinadas. Por exemplo, o processamento de texto ou a manipulação de imagens digitais. O mesmo que Programa ou software. Arquivo (1) Expressão associada a um conjunto de dados

digitais produzidos por um programa informático, como por exemplo uma fotografi a. O mesmo que fi cheiro ou documento. (2) Conjunto de documen-tos classifi cados e organizados. Array Grupo de células fotossensíveis, ou photosites, que permitem captar uma imagem. São de dois ti-pos: o primeiro em forma de grelha bidimensional, em que fi las de sensores são colocadas lado a lado para cobrir uma área; o segundo, unidimen-sional, em que existe uma única fi la de sensores, ou conjunto de três fi las (trilinear), que varrem uma superfície – como num scanner de mesa. Cada sensor equivale a um pixel. Artefacto (artifact) Expressão genérica para designar os defeitos, numa imagem digital, criados pelo método de compressão utilizado nos fi cheiros JPEG. Aspect ratio Relação entre a largura e a altura. Ver Rácio de medida.

Attachment Ficheiro enviado como anexo de uma mensagem de e-mail, ou correio electrónico. Back Dispositivo de suporte, de modo geral amovível, para material fotossensível. Que possibilita a uti-lização, na mesma câmara, de diferentes tipos de formatos e suportes sensíveis à luz. Balanço de brancos ou White BalanceTécnica utilizada para medir e compensar a temperatura de cor de diferentes fontes de luz. Permite ao fotógrafo calibrar a câmara, de modo manual ou automático, para anular dominantes indesejadas produzidas pela fonte de iluminação. O processo consiste em avaliar a quantidade de vermelho, verde e azul que o sistema deve con-siderar para a produção de um branco puro. Batch Processing Processamento em grupo. Permite tratar dados ou executar tarefas em série, sem a intervenção do utilizador. Tanto os dados como a sequência das acções a efectuar têm que estar previamente defi nas.

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Batch Grupo de registo de dados ou de tarefas agru-padas, para processamento ou transmissão em conjunto.

Bit Contracção dos termos binary digit – dígito binário. O bit é a menor unidade de dados da in-formação digital. Só tem dois valores possíveis: 0 ou 1. Em termos eléctricos, um signifi ca ligado e o outro desligado (on e off). Bitmap Imagem criada a partir de uma grelha ou array de pixels, a cores ou a preto e branco. O desenho é representado ponto a ponto através de uma matriz de pixels. Browser (1) Software utilizado para visualizar sítios na In-ternet. (2) Software que permite visualizar thumb-nails de imagens digitais. Buffer Memória intermédia, temporária, usada para compensar a menor velocidade de dispositivos de armazenamento mais lentos. Utilizada nas máqui-nas fotográfi cas digitais para permitir a captação de fotos sequenciais. Os dados são armazenados no buffer antes de serem escritos nos cartões. Byte Unidade de informação digital. É um grupo de 8 bits processados em conjunto. Como os bits são binários, a informação que gera é de 28 (2 elevado à oitava potência) ou 256 combinações. A memória e a capacidade de armazenamento de um equipamento informático são medidas em bytes. Calibração Processo de conjugar o comportamento ou cara-cterísticas de um dispositivo com determinado padrão. Câmara de visor por refl exão Câmara em que o feixe luminoso que atravessa a objectiva para formar imagem se torna visível no visor após ser desviada por um espelho incli-nado a 45º, rebatível e situado no interior do seu corpo.

Canal (Channel) Parte de uma imagem digital composta por adição ou subtracção de cores primárias. A imagem a cores é composta por um canal para cada cor primária. Quando sobrepostos permitem visualizar todas as tonalidades existentes na imagem. Capacidade de memória Quantidade de dados que pode ser armazenada num dispositivo, medida em Megabytes ou Giga-bytes. Cartão cinzento (forma portuguesa do Kodak neutral test card) Refl ecte 18% da luz recebida, nas três cores RGB – densidade 0,75. Na face oposta é “branco” com 0,05 de densidade neutra (2 ¼ stops de diferença). Do lado cinzento é uma importante referência fotométrica (zona V no Sistema de Zonas); do lado branco é um bom elemento para o ajuste elec-trónico dos equilíbrios cromáticos. A maioria dos fotómetros está calibrada para uma reprodução fotográfi ca de 0,75 de densidade. Cartão PCMCIA ou PC Card (Personal Computer Memory Card International Association)Cartões removíveis, padronizados, que permitem armazenar dados ou acrescentar funcionalidades extra a computadores portáteis. Nas câmaras digi-tas têm sido substituídos por cartões mais peque-nos, como o Compact Flash e o SmartMedia. CCD (Charges Coupled Device) Dispositivo para acoplamento de cargas. Inventado nos anos 60 nos laboratórios Bell, foi concebido como um tipo de circuito de memória para com-putadores. Devido à sensibilidade à luz das células que o compõem (silício), este dispositivo, semicon-dutor, pode ser usado como elemento fotossensív-el num aparelho de captação de imagens digital. É, basicamente, uma matriz de células fotoeléctricas capazes de armazenar uma carga eléctrica propor-cional à luz captada. Cada célula, ou photosite, é responsável pela criação de um pixel. Como o CCD apenas regista quantidade de luz, tem de estar as-sociado a um conjunto de fi ltros vermelho, verde e azul para captar cor. CD (Compact Disc) Disco compacto. É um disco de plástico, não mag-nético, utilizado para armazenar informação digital. A leitura e gravação deste tipo de suportes de dados realizam-se através de um mecanismo óptico que recorre a luz de alta densidade, como o raio laser. Por isso, são também designados como discos óp-ticos. Têm capacidades de armazenamento que at-

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ingem os 700 Megabytes, sendo de prever que pos-sam atingir valores superiores num futuro próximo. CD-RW (Compact Disc-Read/Write)Disco compacto regravável onde se pode ler e reescrever informação digital. A informação ante-rior é apagada por uma emissão laser. Chip Termo comum para designar circuitos integrados de um computador. CMOS (Complementary Metal-Oxide Semiconductor) Semicondutor complementar de óxido metálico com células sensíveis à luz, utilizado como el-emento fotossensível em máquinas fotográfi cas digitais. Dispositivo semicondutor que utiliza dois circuitos de polaridades opostas. Consome pouca energia e é mais barato de produzir que o CCD.CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Key, em Portu-guês: ciã, magenta, amarelo e “chave”, que é o preto) Sistema padronizado de cor utilizado na impressão com tintas. CMY são as cores subtractivas, com-plementares das RGB. Como os pigmentos não são perfeitos, a mistura CMY apenas produz uma tonalidade escura, próxima do preto. Para se obter um preto de boa qualidade, é necessário utilizar tinta preta pura em separado – a “chave” (K). Compact Flash (CF) Tipo de cartão de memória, removível, utilizado em máquinas digitais. Compressão lossless ou “sem perdas”Modifi ca a forma como os dados são codifi cados reduzindo o tamanho do arquivo sem deterioração ou redução do número dos dados existentes no original. A compressão dos dados é executada com recurso a uma aplicação complementar (como a LZW) ao formato do fi cheiro, o que obriga à ex-istência do programa no computador onde se quer descomprimir o documento. Compressão lossy ou “com perdas”Rotina de computação, como a JPEG ou a MPEG, que reduz o tamanho de um fi cheiro digital de-itando fora dados. A qualidade dos dados deteri-ora-se cada vez que é regravada. Como a com-pressão é produzida pelo formato do fi cheiro não é

necessária nenhuma aplicação complementar para descomprimir os dados. Compressão Processo através do qual ficheiros de informação digital são reduzidos no tamanho, pela alteração da forma como os dados são codificados. Per-mite minimizar o espaço de armazenamento de um ficheiro e transferências mais rápidas pela internet. Contraste Associado à cor e ao brilho de uma imagem, re-fl ecte a diferença entre extremos. Quanto maior for a diferença entre tonalidades maior é o contraste. Em imagens monocromáticas refere-se à diferença entre a tonalidade mais escura e a mais clara. Em imagens a cores, as cores complementares são as que produzem maior contraste. Cópia impressa Uma das formas visíveis de um fi cheiro digital (a outra é através de um monitor ou écran) impresso de uma forma mais ou menos permanente num suporte físico analógico. Cor Qualidade da percepção visual caracterizada pelo tom, saturação e luminosidade. Cores complementares Cores opostas na “rosa das cores”: R C; G M; B Y. Cores primárias Da luz: vermelho, verde e azul Cores secundárias Soma de duas primárias G + B = C; R + B = M; R + G = Y. CPU (Central Processing Unit) (1) Unidade de Processamento central. Micro-processador colocado numa máquina fotográfi ca utilizado para calcular a exposição, a focagem, etc., a partir de dados fornecidos por outros com-ponentes electrónicos. (2) Num computador é o elemento responsável pela interpretação e ex-ecução das funções lógicas, de cálculo e de con-trolo. Comunica e transfere informações entre si e todos os outros circuitos internos e periféricos. Crop Reenquadrar uma imagem. D65 Padrão de balanço de brancos utilizado para cali-brar ecrãs, sobretudo em televisores domésticos. A

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luz é calibrada para uma temperatura de cor de 6.500º Kelvin. Densidade (1) Logaritmo da opacidade na base 10 – mede o nível de obstrução à luz dos materiais fo-tossensíveis analógicos. (2) Número de pixels por unidade de área, produzidos por um proc-esso de impressão. DigitalQualificativo que indica a utilização de dados representados de um modo numérico, em oposição ao analógico. Digitalização (1) Processo de conversão de um sinal analóg-ico para um valor numérico, de modo a exprimir essa quantidade em forma digital. (2) Utilização de um scanner para transformar uma imagem impressa, em suporte opaco ou transparente, numa representação digital. Disco rígido Disco magnético de alta capacidade, que con-stitui o principal sistema de armazenamento de ficheiros e/ou programas num computador. Pode ser interno ou externo. Dithering Simulação de muitas tonalidades cromáticas utilizando o menor número possível de cores ou tonalidades. DMax (Maximum Density) Densidade máxima. O tom mais escuro que pode ser captado ou reproduzido por um dis-positivo. Em oposição existe o DMin (Minimum Density).

Dominante Predominância cromática, normalmente in-desejável numa fotografia a cores (ver Véu de cor). Dot pitch Descreve a distância entre as perfurações da máscara de sombra de um monitor. Referência utilizada para avaliar a qualidade de um moni-tor. Quanto mais pequenos forem os pontos maior será a nitidez da imagem.

Down-sampling Redução da resolução ou tamanho de uma ima-gem. DPI (Dots per Inch) Pontos por polegada. Medida da resolução de um dispositivo de saída de impressão. O número de pontos que podem ser produzidos pelo dispositivo. DVD ( Digital Versatile Disc) Disco digital versátil, também conhecido como Digital Video Disc. Sistema de armazenamento de dados similar ao CD-ROM . É o produto da fusão entre duas normas criadas pela Philips/Sony e a Toshiba. Pode armazenar grandes quantidades de informação digital (até 17,08 Gigabytes). Tal como o CD, existe também nas versões R e RW. Ecrã de cristais líquidos (forma portuguesa de Liquid Cristal Display, ou LCD) Monitor ou painel de informações alimentado elec-tronicamente. Mostra uma representação visual temporária de dados digitais.efl 35 (Equivalent focal distance)Nas câmaras digitais é a distância focal equiva-lente aquela que, no formato 35 mm, resulta em igual ângulo de cobertura.EPS (Encapsulated PostScript) Formato de fi cheiro informático de armazenamento de imagens digitais em linguagem de descrição de páginas. Conjunto de instruções PostScript que po-dem ser introduzidas num documento. Por exemplo, instruções que criam um desenho e que se inserem num processador de texto. Equilíbrio de cor ou cromático Refere-se à temperatura de cor, em graus Kelvin. Para reproduzir cores, com precisão, a temperatura de cor da luz e o elemento fotossensível devem estar ajustados. Escala de cinzentos Número de tonalidades, entre o preto e o branco, que pode ser registado ou reproduzido por um sistema. Espectro visível A luz. A parte visível, com comprimentos de onda entre os 400 nm e 700 nm, do espectro electro-magnético. EXIF (Exchangeable Image File)Módulo complementar para os fi cheiros JPEG, que permite incluir informação adicional sobre a imagem. Por exemplo, a confi guração da máquina na altura da captação da imagem. Formato criado pela Asso-

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ciação para o Desenvolvimento da Industria Electró-nica Japonesa para funcionar como padrão para a impressão directa de imagens digitais. Exposição da câmara Quantidade de luz que chega ao elemento fotos-sensível por unidade de tempo. É determinada pela abertura do diafragma, pelo tempo de obturação e pelas luminâncias do assunto. Exposição encadeada Captação de várias versões da mesma imagem, com relações de exposição diferentes. Filtro (1) Dispositivo óptico para reduzir determinados comprimentos de onda. (2) Parte de um software de manipulação programada para alterar a aparência de uma imagem. (3) Parte de um programa informático que é utilizado para converter um formato de fi cheiro noutro. (4) Programa ou parte de uma aplicação utili-zados para remover ou fi ltrar dados Filtro de nitidez ou sharpen fi lter Parte de um software de manipulação de imagem que se baseia no aumento de contraste, em zonas de transição de cores ou tonalidades, para melhorar a nitidez de uma fotografi a digital. Flare Ver Luz parasita. Fora de gama Cores ou tonalidades que não podem ser reprodu-zidas num espaço de cor ou equipamento, mas que são visíveis ou reprodutíveis noutro (conceito digi-tal). Formato (1) Expressão genérica associada à área de imagem produzida pela objectiva e aproveitada pela superfí-cie fotossensível. Por exemplo, 6 x 6. Ver Rácio da imagem. (2) Dimensões do suporte sobre o qual a imagem é impressa. (3) Orientação de uma imagem. Por exemplo, num formato ao baixo, a imagem tem o eixo longitudinal na horizontal, enquanto que num formato ao alto, a imagem tem o eixo longitudinal na vertical. Formato do fi cheiro digital Método ou estrutura de dados num computador. É determinado por códigos que, por exemplo, indicam

o início e o fi m de um conjunto de dados. Os forma-tos podem ser padrão – podendo ser partilhados por programas diferentes – ou nativos de um software ou marca. Fotodíodo Dispositivo semicondutor que responde muito rapida-mente e de modo proporcional à intensidade da luz que sobre ele incide. Fotómetro Termo correntemente utilizado com o sentido de ex-posímetro.Fps (Frames-per-second) Fotogramas por segundo ou número de fotografi as que uma câmara pode fazer por segundo. Expressão herdada das máquinas de fi lmar. Gama cromática ou de cores Leque de cores e tonalidades que podem ser repro-duzidos por um dispositivo ou sistema de reprodu-ção. Gama dinâmica (Dynamic range) Medida de variação dos níveis de energia do mais alto ao mais baixo, que podem ser capturados ou re-produzidos por um dispositivo, como uma máquina fotográfi ca digital, um scanner ou um monitor. Quan-to maior for a gama, mais claras são as altas luzes e mais profundas as sombras, permitindo reproduzir imagens mais contrastadas – mais nítidas. Gestão de cores Processo de controlo de output de todos os dispo-sitivos numa cadeia de produção. Visa assegurar resultados fi nais fi áveis e repetíveis. GIF (Graphics Interchang Format) Formato de fi cheiro comprimido, de imagens digitais, concebido pela Compuserve para ser utilizado na Internet. Utiliza apenas 216 tonalidades cromáticas. A grande vantagem do GIF é o reduzido tamanho dos arquivos fi nais. Excelente para visualização em monitores, mas um desastre se o objectivo for a im-pressão. Gigabyte (GB) Medida de tamanho para informação digital. Um GB contém 1024 Megabytes de informação. Grayscale Ver Escala de cinzentos. Hardware Expressão genérica para o colectivo das unidades físicas de um computador tais como o disco rígido, o teclado e o monitor.

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Histograma Gráfi co que representa a distribuição estatística da gama de tons que compõem uma imagem digital – quantos pixels existem para cada nível de lumi-nosidade.HLS ( Hue, Lightness, Saturation) Modelo de cor que representa uma resposta visual às cores. O mesmo que HSB.

HSB ( Hue, Saturação e Brilho) Um dos modos de representação de cor. Classifi ca a cor pelas suas três dimensões. O mesmo que HLS.

Hue Atributo da cor, associado ao comprimento de onda da luz. Imagem digital Fotografi a ou desenho baseado num mapa de pix-els e gravado como dados digitais. Interpolação Aumento da resolução aparente de uma imagem digital através de software. Pode ser executado de duas formas distintas: pela redução do número de pixels da imagem, de modo a manter a mesma densidade por polegada; ou pela inserção de pix-els novos com base nos dados existentes. Cria ou apaga pixels intermédios recorrendo à média de densidades dos pixels vizinhos. Interpolação bicúbica Tipo de interpolação em que o novo pixel é calcu-lado a partir dos valores dos oito mais próximos. Produz resultados superiores à interpolação bilin-ear ou baseada no pixel mais próximo. Interpolação bilinear Tipo de interpolação em que o valor do novo pixel é calculado a partir dos quatro pixels vizinhos. ISO (International Standards Organization) Organização das Nações Unidas responsável pelos sistemas de normalização internacional. Na fotogra-fi a, defi ne e quantifi ca a sensibilidade dos materiais fotossensíveis. Jacto de tinta Tecnologia de impressão baseada na projecção controlada de gotículas de tinta sobre um suporte.

JPEG ou JPG (Joint Photographers Expert Group) Nome de um formato para arquivo de imagens digi-tais. É um dos padrões para as máquinas fotográfi cas. Permite um elevado grau de compressão dos fi chei-ros de imagem digital. Como é baseado numa técnica lossy, perde sempre parte da informação original. Kelvin (ºK) Unidade de medida da temperatura de cor. Deve o seu nome ao cientista inglês Lorde Kelvin. Kernel Grupo de pixels, um quadrado que varia em média en-tre os 4 e os 60 pixels, que é recolhido como amostra e operado matematicamente para certas técnicas de processamento de imagem. Por exemplo, a redução de ruído ou o aumento de nitidez da imagem. Kilobyte (K ou KB) Medida de tamanho para informação digital. Um KB contém 1024 bytes de informação. Lab Modo de cor de laboratório. Modelo de cores onde a cor e o brilho são divididos em três canais diferentes, dois para a cor e um para a luminosidade. Baseado na percepção humana das cores, este sistema foi criado, pela Comimission Internationale de l´Éclairage (CIE), como padrão para a impressão fotográfi ca. É muito útil quando se pretende manipular a luminosi-dade sem alterar a cor. LCD Ver Ecrã de Cristais Líquidos. LPI (Lines per inch)Linhas por polegada. Medida de resolução utilizada nos sistemas de reprodução fotomecânica. Contam-se as linhas que se formam pelos pontos existentes por polegada em vez dos pontos. Luminância Quantidade de luz mensurável numa superfície. Ex-pressa-se Cd/m2. Brilho. Luminosidade Qualidade da percepção visual que varia com a quantidade de luz que um determinado elemento transmite. O brilho de uma cor. Lux (Lx) Medida de luz. Unidade de iluminação recebida por um corpo. Luz Energia que constitui a parte visível do espectro elec-tromagnético e cujas radiações estão compreendidas entre 400nm e 700nm de comprimento de onda.

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Luz branca Iluminação que contém igual percentagem de R (Red), G (Green) e B (Blue). Luz de dia Luz com uma temperatura de cor de 5500º Kelvin. LZW (Lempel-Ziv-Welch) Rotina de computador utilizada para a compressão lossless (sem perdas) de dados informáticos. Serve, por exemplo, para comprimir fi cheiros TIFF. Magnifi cação Relação de escala linear entre imagem e objec-to.

Megabyte (MB) Medida de tamanho para informação digital. Um MB contém 1024 Kilobytes de informação. Megapixel (MP) (1) Um milhão de pixels. Unidade de medida que defi ne as resoluções acima de 1000x1000. (2) Ter-mo utilizado para descrever uma máquina fotográ-fi ca digital em termos de resolução do respectivo CCD ou CMOS. A multiplicação do número máximo de pixels horizontais e verticais no sensor de ima-gem defi ne a resolução absoluta. Assim, uma câ-mara que produza uma imagem de 2400x1600 é designada como de 3,8 MP. Meios-tons Gradação contínua de densidades entre o preto e o branco. Modelo de cor ou modo de cor Modo como a cor é decomposta em canais. Um dos formatos alternativos para a composição das cores de uma imagem digital. RGB, CMYK, HSB permitem dif-erentes metodologias de manipulação cromática. Moiré Ruído causado por uma interferência entre dois ou mais padrões sobrepostos, que diferem entre si na frequência ou na orientação. Produz um efeito indese-jado de faixas claras e escuras alternadas. Monocromático Imagem constituída apenas por variações duma cor. As imagens a “Preto e Branco” são constituídas por uma gama de cinzentos que pode ir do branco ao preto.

Mosaico Designação genérica dada ao padrão formado pelos pixels quadrados de uma imagem digital. Nanómetro Unidade de comprimento utilizada na medida da luz. Corresponde à milionésima parte de um milímetro ou bilionésima parte de um metro (10-9 m). Nativo (1) Formato de ficheiro pertencente a uma mar-ca ou software. (2) Programa escrito para um determinado processador. Objectiva zoom Objectiva com distância focal variável entre dois parâmetros F-max e F-min, sem perder os ajus-tes de focagem (ver Zoom). Off line Modo de aceder e/ou trabalhar com dados ou ficheiros digitais, em que toda a informação ne-cessária se encontra no computador do utiliza-dor e possa ser acedida directamente. Online Modo de aceder e/ou trabalhar com dados ou fi-cheiros digitais em que o utilizador mantém uma ligação contínua com uma origem remota. Opacidade Relação entre a luz que incide na superfície dum material e a luz transmitida através dele. Output Sistema ou processo de transformação de da-dos digitais numa imagem visível. Paleta (1) Conjunto de ferramentas, cores ou formas que são representados numa janela de um pro-grama informático. (2) Gama ou selecção de co-res e/ou tonalidades disponíveis num sistema de reprodução de cores. Periférico Dispositivo externo que pode ser ligado a um computador. Por exemplo, um monitor ou uma impressora. PhotoCD (PCD) Sistema de gestão e armazenamento de ima-gens digitais em CD, que podem ser reproduzi-das na maioria dos tipos de leitores de CD e de DVD. Padrão de codificação de imagens criado pela Kodak.

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Photosite Célula receptora de luz colocada num CCD ou CMOS. Cada photosite produz um pixel. Pixel Termo inglês que signifi ca o elemento básico constitu-inte da imagem formada electronicamente. Pixelação ou pixelização Aparência da imagem digital cujos pixels individuais são perceptíveis. Poder de cobertura Círculo nítido de imagem que uma objectiva produz. Tem de exceder a diagonal do formato da área fo-tossensível. Poder de resolução Capacidade de diferenciar pormenores. PPI ( Pixel per Inch) Pontos por polegada. Expressão associada à resolução dos elementos fotossensíveis ( CCD ou COMS) das câmaras fotográfi cas digitais ou dos scanners. Número de pixels por polegada linear. Para se conseguir defi nir a resolução do sensor a partir dos PPI temos de saber o seu formato (tamanho físico). (Ver DPI e LPI). Pré-digitalização Visualização rápida do objecto a ser digitalizado, feita em baixa resolução. Permite fazer reenquadramen-tos e ajustes, de luminosidade, contraste e de gama tonal, antes da digitalização fi nal. Processador Micro chip em silicone com milhões de micro interrup-tores concebido para desempenhar funções específi -cas em computadores ou máquinas digitais. Profundidade de bit ou de cor Número de bits, por pixel, usados para criar uma ima-gem digital. Uma imagem a 8-bit (28) é criada a partir de uma paleta de 256 tonalidades por cor. Quanto maior for o número de bits, maior será a gradação tonal e a defi nição de uma imagem. Prova Processo de verifi cação ou confi rmação das cara-cterísticas de uma imagem antes de ser executada a saída fi nal.

Rácio de medida Relação entre os tamanhos horizontal e vertical de uma imagem. O formato 35 mm tem um rácio de 3:2, os ecrãs de computador 4:3. (Ver Aspect ratio). RAM (Random Acess Memory) Memória de acesso aleatório. Memória temporária criada no interior do equipamento informático, quando este se liga. É o espaço virtual onde os dados a ser-em utilizados de momento são mantidos para acesso rápido. Os dados perdem-se quando o equipamento é desligado. RAW Formato de armazenamento da informação dig-ital, em estado “cru”, utilizado pelos equipamentos fotográfi cos digitais mais sofi sticados. Regista ap-enas os níveis de brilho que atingem o sensor de imagem. Os dados registados não são processados pelo fi rmware da câmara. É, por isso, muitas vezes, designado como o “negativo digital”. Está para a imagem digital como o suporte fotossensível ex-posto à luz ainda por revelar está para a fotografi a analógica. Redimensionar Alterar o tamanho ou a resolução de uma imagem digital. Resolução (digital) Número de pixels que compõem uma imagem. Pode ser indicado em três formatos diferentes: número de pixels horizontais e verticais (2140x1560 pixels); número absoluto (3,3 milhões de pixels/megapix-els); ou número de pixels por polegada linear (ppi). As duas primeiras versões são designadas como a “dimensão em pixels” (pixel dimension) da imagem digital. A última opção, que implica sempre o con-hecimento prévio do tamanho da imagem, refere-se à área do suporte físico da fotografi a. Resolução interpolada (Ver Interpolação). Resolução óptica (digital) Máxima resolução real possível. Produto da resolução do material fotossensível e da qualidade da lente – sem interpolação. RGB (Red, Green, Blue) As três cores primárias aditivas: vermelho, verde e azul. Ringing Contorno branco indesejável que aparece, nas áreas de fronteira entre tonalidades, numa imagem. É um tipo de ruído criado quando se aplica, em exagero,

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um fi ltro de nitidez a uma fotografi a digital.ROM (Read-Only Memory) Tipo de memória informática que armazena infor-mação que pode ser lida, mas não pode ser al-terada. Contém os códigos básicos que permitem que as Unidades Centrais de Processamento ( CPU) funcionem. Ruído Sinais ou interferências indesejáveis. Saturação Pureza de uma cor. Quando se misturam iguais quantidades de uma cor com a sua complemen-tar, obtemos uma tonalidade neutra, sem cor. Este processo designa-se dessaturação. Scanner Instrumento óptico que converte imagens analógi-cas em informação digital. Também designado por digitalizador de imagens. Sensor de imagem Expressão genérica para designar o elemento fo-tossensível de uma câmara digital ou scanner. O CCD ou o CMOS. Sharpening Ver Filtro de nitidez. Sistema Operativo (OS) Programa que comanda o funcionamento do com-putador e permite ao software interagir com o hard-ware. Por exemplo, Mac OS e Microsoft Windows. SLR (Single Lens Refl ex) Ver Câmara de visor por refl exão. Soft-proofi ng Usar um ecrã para verifi car ou confi rmar a quali-dade de uma imagem. Software Ver Aplicação informática. Sombra Na gíria fotográfi ca designa as zonas menos lumi-nosas de um assunto. SRAM (Static RAM) Tecnologia que permite guardar dados sem recor-rer à corrente eléctrica. É utilizada, por exemplo, nos cartões de memória Compact Flash.

GlossárioGlossário Sublimação de cor Tecnologia de impressão baseada no aquecimento rápido de corantes secos, que são mantidos em contacto com o suporte a imprimir. Os corantes passam do estado sólido ao gasoso sem passar pelo líquido, voltando a solidifi car sobre o suporte impresso. Super CCD Sensor de imagem criado pela Fuji com pixels em forma de diamante. Apesar do processamento de cada linha de pixels exigir interpolação, a resolução é superior ao número de pixels efectivos. Outra van-tagem deste sistema é a capacidade de processar o dobro da gama dinâmica da dos CCD convencionais, garantindo mais detalhe nas zonas de sombra, meios-tons e altas luzes. SWOP (Standard Web Offset Press) Conjunto de cores referenciadas para defi nir a gama de cores CMYK, utilizada na indústria gráfi ca para im-pressão em offset. Tamanho do fi cheiro (File size) Medida de um documento digital, determinada pela quantidade dos dados que o compõem. Pode ser reduzido por um processo de compressão. Taxa de Nyquist Velocidade de amostragem necessária para con-verter um sinal analógico numa representação digital exacta. A velocidade é duas vezes a frequência mais alta que se encontra no sinal analógico. É aplicada para determinar o factor de qualidade que relaciona a resolução de input (entrada) com a de output (saída): a densidade dos pixels deve ser duas vezes superior à resolução de saída. Por exemplo, numa impressão a 133 dpi, a resolução da imagem deve ser de 266. Teleobjectiva Objectiva com ângulo de cobertura mais fechado que a objectiva normal e uma distância focal mais longa. Temperatura de cor Medida em graus Kelvin, da qualidade de cor duma fonte de luz com espectro contínuo. Thumbnail Representação de uma imagem numa versão reduzi-da, em tamanho e resolução. TIFF (Tagged Image File Format) Formato padrão para imagens digitais em bitmap. O tamanho do fi cheiro em bytes corresponde, aproximadamente, ao número de pixels que com-põem a imagem. Apesar de suportar compressão “sem perdas”, recorrendo ao LZW, as taxas de

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compressão são muito reduzidas comparadas com outros formatos. Criado pela empresa Aldus Corporation, o TIFF divide a informação da ima-gem em blocos separados de dados. São usadas etiquetas (tags) para armazenar informações como a dimensão das imagens. Algumas máqui-nas fotográfi cas disponibilizam este formato como alternativa ao JPEG. Tons contínuos Transição suave entre tonalidades cromáticas. Twain “Ponte” de software padronizado utilizado para controlar scanners através de drives. Upload Transferência de dados entre computadores ou de uma rede para um computador. USB (Universal Serial Bus) Tipo de porta padrão para ligar dispositivos peri-féricos, externos, a um computador. A versão 1.1 tem uma taxa de transferência de dados de 1,5 megabytes por segundo e a 2.0 de 60. Aparelhos equipados com USB 2.0 podem ser ligados a por-tas USB 1.1 e vice-versa, ainda que as velocida-des de comunicação sejam sempre as da versão 1.1. Velocidade de refrescamento Velocidade à qual se sucedem os ecrãs de ima-gem num computador. Quanto maior for a rapidez, mais estável parecerá a imagem no monitor. Véu de cor Tonalidade que cobre uma imagem por igual. VGA (Video Graphics Array) Termo estabelecido para a resolução digital de 640x480 pixels. VRAM (Video Random Acess Memory) Parcela separada da memória de acesso rápido, a RAM, utilizada pelo computador ou acelerador gráfi co para controlar a imagem num monitor. WYSIWYG (What you see is what you get)Acrónimo que representa um sistema de calibra-ção em que aquilo se vê no ecrã é o que se obtém, em termos de cor e defi nição, quando se imprime a imagem.

GlossárioGlossário Zoom Termo inglês que na gíria fotográfi ca refere uma objectiva que por deslocação de elementos ópti-cos na estrutura, adquire distâncias focais variá-veis (ver Objectiva zoom). Zoom digital Efeito de falso zoom em que a informação do cen-tro do sensor de imagem é ampliada por interpo-lação.

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Bibliografi aBLATNER, David – Aprenda Adobe Photoshop 7 Com Experts. Campus, Rio de Janeiro, 2002.

BLATNER, David; FLEISHMAN, Glenn; ROTH, Steve; CHAVEZ , Conrad – Real World Scanning and Halftones. 3rd edition, Peachpit Press, 2004.

BOCKAERT, Vincent – The 123 of Digital Imaging. 3.ª edição, Assimex Pte Ltd., 2005.

EISMANN, Katrin; PALMER, Wayne – Adobe Photoshop Restoration & Retouching. 3rd Edition, New Riders Press, 2006.

EVENING, Martin – Photoshop CS3 for Photographers. Focal Press, 2007.

FRASER, Bruce – Real World Camera RAW with Adobe Photoshop CS2. Peachpit Press, 2005.

FRASER, Bruce – Real World Image Sharpening with Adobe Photoshop CS2. 1st edition, Peachpit Press, 2006

KIERAN, Michael – Photoshop Color Correction: The Essential Guide to Color Quality for Digital Images. Peachpit Press, Berkeley, 2003.

KOBRE Kenneth – Photojournalism: The Professio-nals’ Approach. 5 edition, Focal Press, 2004.

MEADHRA, Michael; LOWRIE, Charlotte K. – Exposure and Lighting for Digital Photographers Only. Wiley, 2006

RODNEY, Andrew – Color Management for Photogra-phers: Hands on Techniques for Photoshop Users. Fo-cal Press, 2005

SAFFIR, David – Mastering Digital Color: A Photogra-pher’s and Artist’s Guide to Controlling Color ( Digital Process and Print). Course Technology PTR, 2006

TARRANT, Jon – Understanding Digital Cameras: Get-ting the Best Image from Capture to Output. Focal Press, 2007

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Sítios na InternetTenha em consideração que os endereços na Internet mudam frequentemente e os sítios aparecem e desaparecem com regularidade. Motores de busca como o Google (www.google.com), ou directórios como o PhotoLinks (www.photolinks.com), servem para localizar endereços de que não haja certezas de existência ou sobre os quais se tenha informação incompleta. Sugestões de sítios que podem servir de referência:

Fotografia digitalBetter Photo - www.betterphoto.com/digital/DCshoot-ingTips.asp Digital Photography - www.digital-photography.org Digital Photography Review - www.dpreview.com Digital Photo Secrets - www.digital-photo-secrets.comRob Galbraith Digital Photography Insights - www.rob-galbraith.com

FotojornalismoFotojornalismo.com - www.fotojornalismo.comInstituto Gutenberg - www.igutenberg.orgThe Digital Journalist - www.digitaljournalist.org

OutrosAgfa - www.agfa.comCanon - www.canon.comEpson - www.epson.comE-zine sobre fotografi a - http://www.ephotozine.com/Fujifi lm - www.fujifi lm.comFoveon - www.foveon.comHasselblad - www.hasselblad.comKodak - www.kodak.comLinotype - www.linocolor.comMinolta - http://konicaminolta.comNikon - www.nikon.comPolaroid - www.polaroid.comSamsung - www.samsung.comThe Royal Photographic Society - www.rps.org

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Índice de fi guras1. O SENSOR DE IMAGEM DIGITAL 9Figura •1• 11

Figura •2• 15

Figura •3• 162. PARÂMETROS DE QUALIDADEDA IMAGEM DIGITAL 17Figuras •4• 20

Figuras •5•; •6• 21

Figura •7• 22

Figuras •8• 23

Figura •9• 24

Figuras •10•; •11• 25

Figuras •12•; •13• 263. CÂMARAS FOTOGRÁFICAS DIGITAIS: CARACTERÍSTICAS ÚNICAS 27Figura •14• 29

Figuras •15•; •16• 29

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4. FORMATOS E FICHEIROS DE IMAGEM 33Figura •17• 355. TÉCNICAS ELEMENTARES DE PÓS-PRODUÇÃO DIGITAL 39

Figura •18• 41

Figuras •19•; •20• 42

Figuras •21•; •22•; •23• 44

Figura •24• 44

Figuras •25•; •26• 45

Figura •27• 46

Figura •28• 47

Figura •29• 48

Figura •30• 49

Índice de fi gurasÍndice de fi guras

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Índice de fi gurasÍndice de fi gurasFiguras •31•; •32• 50

Figura •33• 51

6. PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO 53Figura •34• 54

Figura •35• 56

Figura •36• 57

Figura •37• 607. GESTÃO DA COR 63

Figura •38• 63

Figura •39• 65

Figura •40• 65

Figura •41• 66

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Índice remissivoA

Acumulador 77, 95Acutância 77, 95ADC 77, 95Adobe RGB 1998 95Algoritmo 77, 95Altas luzes 77, 95Amplifi cação 95Ângulo de cobertura 77, 95Anti-aliasing 77, 95Aplicação informática 77, 85, 95Arquivo 77, 95Array 77, 86, 95Artefacto 77, 95Aspect ratio 77, 84, 95Attachment 77, 95

BBack 77, 95Balanço de brancos 77, 95Batch 77, 78, 95Batch Processing 77, 95Bit 78, 95Bitmap 78, 95Browser 78, 95Buffer 78, 95Byte 12, 78, 95

CCalibração 6, 64, 65, 66, 67, 78, 95Câmara de visor por refl exão 78, 85, 95Canal (Channel) 78, 95Capacidade de memória 78, 95Caracterização 64, 95Cartão cinzento 78, 95Cartão PCMCIA 78, 95CCD 11, 12, 14, 16, 77, 78, 79, 83, 84, 85, 95, 96CD 36, 78, 79, 80, 83, 95CD-RW 79, 95Chip 79, 95CMOS 11, 14, 77, 79, 83, 84, 85, 95Compact Flash (CF) 79, 95Compressão 52, 79, 95Compressão lossless ou “sem perdas” 79, 95Compressão lossy ou “com perdas” 79, 95Contraste 79, 95Cópia impressa 79, 95

Cor 6, 7, 33, 45, 79, 95Cores complementares 79, 95Cores primárias 79, 95Cores secundárias 79, 95CPU 79, 85, 95Crop 79, 95

DD65 79, 95Densidade 80, 95Digital 2, 7, 37, 77, 80, 87, 89, 95Digitalização 80, 95Dimensão de imagem 95Dimensão de impressão 95Disco rígido 80, 95Dithering 80, 95DMax 80, 95Dominante 80, 95Dot pitch 80, 95Down-sampling 80, 95DPI 80, 84, 95DVD 80, 83, 95

EEcrã de cristais líquidos 80, 95Efl 35 95EPS 95Equilíbrio de cor ou cromático 80, 95Escala de cinzentos 33, 80, 81, 95Espectro visível 80, 95EXIF 80, 95Exposição da câmara 81, 95Exposição encadeada 81, 95

FFiltro 81, 85, 95Filtro de nitidez 81, 85, 95Flare 81, 95Fora de gama 81, 95Formato 35, 36, 80, 81, 83, 84, 85, 95Formato do fi cheiro digital 81, 95Formatos de fi cheiros 95Fotodíodo 81, 95Fotómetro 81, 95

GGama cromática ou de cores 81, 95Gama dinâmica 81, 95Gestão de cores 81, 95GIF 34, 36, 81, 95

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Índice remissivoÍndice remissivo

Gigabyte 81, 95Grayscale 35, 81, 95

HHardware 81, 95Histograma 5, 28, 29, 41, 42, 82, 96HSB 82, 83, 96Hue 48, 82, 96

IImagem digital 82, 96Interpolação 82, 84, 96Interpolação bicúbica 82, 96Interpolação bilinear 82, 96ISO 5, 23, 24, 25, 28, 67, 68, 71, 75, 82, 96

JJacto de tinta 54, 82, 96JPEG ou JPG 82, 96

KKelvin 39, 80, 82, 83, 85, 96Kernel 82, 96Kilobyte 82, 96

LLab 35, 82, 96LCD 5, 31, 80, 82, 96Limiar 61, 96LPI 82, 84, 96Luminância 82, 96Luminosidade 6, 43, 82, 96Lux 69, 82, 96Luz 39, 74, 81, 82, 83, 96Luz branca 83, 96Luz de dia 39, 74, 83, 96LZW 34, 36, 79, 83, 85, 96

MMagnifi cação 83, 96Megabyte 83, 96Megapixel 83, 96Meios-tons 83, 96Modelo de cor ou modo de cor 83, 96Moiré 83, 96Monocromático 83, 96Mosaico 83, 96

NNanómetro 83, 96Nativo 83, 96

OObjectiva zoom 83, 86, 96Off line 83, 96Online 83, 96Opacidade 83, 96Output 83, 87, 96

PPaleta 83, 96Periférico 83, 96PhotoCD (PCD) 83, 96Photosite 84, 96Pixel 84, 96Pixelação ou pixelização 84, 96Poder de cobertura 84, 96Poder de resolução 84, 96PPI 84, 96Pré-digitalização 84, 96Processador 5, 30, 84, 96Profundidade de bit ou de cor 84, 96Prova 6, 68, 69, 84, 96

RRácio de medida 77, 84, 96Raio 61, 96RAM 84, 85, 86, 96RAW 5, 30, 37, 39, 40, 62, 64, 66, 71, 72, 73, 74, 75, 84, 87, 96Redimensionar 84, 96Resolução (digital) 84, 96Resolução interpolada 84, 96Resolução óptica (digital) 84, 96RGB 21, 22, 30, 33, 34, 35, 36, 40, 43, 45, 55, 63, 66, 68, 78, 79, 83, 84, 95, 96Ringing 84, 96Ruído 5, 23, 24, 25, 26, 74, 75, 83, 85, 96

SSaturação 6, 48, 82, 85, 96Scanner 6, 66, 85, 96Sensor 14, 16, 21, 22, 85, 96Sharpening 85, 87, 96Sistema Operativo 85, 96SLR 15, 21, 27, 31, 85, 96Soft-proofi ng 85, 96Software 78, 85, 96Sombra 39, 85, 96SRAM 85, 96Sublimação de cor 85, 96

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Índice remissivoÍndice remissivo

Super CCD 85, 96SWOP 85, 96

TTamanho do fi cheiro 85, 96Taxa de Nyquist 85, 96Teleobjectiva 85, 96Temperatura de cor 5, 28, 73, 85, 96Thumbnail 85, 96TIFF 34, 35, 40, 83, 85, 86, 96Tons contínuos 86, 96Twain 86, 96

UUpload 86, 96USB 86, 96

VVelocidade de refrescamento 86, 96Véu de cor 80, 86, 96VGA 86, 97VRAM 86, 97

WWYSIWYG 86, 97

ZZoom 83, 86, 97Zoom digital 86, 97