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MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO Sthampa Editora Gráfica 2013 Maringá 4ª Edição

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Page 1: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

MANUAL DEPROCEDIMENTOS

SÃO CAMILO

Sthampa Editora Gráfica

2013

Maringá

4ª Edição

Page 2: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

FICHA TÉCNICA

Título : MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO

Capa : PROJETO DO NOVO LABORATÓRIO SÃO CAMILO

Diagramação : MARCIA LANG

Tiragem : 1.000 EXEMPLARES

IMPRESSÃO

TELEFAX: |44| 3302-4411

MARINGÁ - PR

[email protected]

Copyright © 2013 para Laboratório São CamiloTodos os direitos reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização do autor.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO

GRUPO SÃO CAMILO

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Alimentos e Água

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Apoio a Laboratórios

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Análises deVeterinária

(Biologia Molecular e Genética)

Anatomia Patológicae Citopatologia

Diagnóstico por Imagem(Medicina Nuclear - Cintilografia)

Centro Infantil

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Ciência em Benefício da Vida

divisão

Ciência em Benefício da Vida

divisão

EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA

O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maringá

Compromisso ético com os laboratórios apoiados.

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Page 5: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Apresentação

Apresentamos aos colegas, nossos parceiros dos laboratórios apoiados, a

nova edição do nosso Manual de Procedimentos São Camilo, que traz de forma

resumida os principais tópicos sobre exames em Análises Clínicas, Biotecnologia,

Anatomia Patológica e Citopatologia, Toxicologia e Análises Veterinárias. Dados

sobre coleta, envio, interpretação e interferências são tratados de forma objetiva,

para consultas rápidas e precisas sobre os testes aqui apresentados.

Léo Sérgio Ruggeri-TEACCRF-Pr 1005LR-CNENDiretor Administrativo

Sergio Piva-Med.Pat.ClinCRM 5900Diretor Científico

Valério A. Balani-MScCRBio 50.887

Maio 2013

Apresentação

João Pedro Jock PivaCRF-Pr 17542Diretor Laboratório de Alimentos e Água

Karen Izumi Takeda de Sá - MScCRBio 50886

Karina Maia Ruggeri DonitaCRF-Pr 10714Diretora de Qualidade

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Page 7: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

UNIDADES DE ATENDIMENTO

GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA

(*) unidades hospitalares com funcionamento 24 horas.

UNIDADE CENTRO

UNIDADE PRES. KENNEDY

UNIDADE HOSPITAL SÃO MARCOS(*)

UNIDADE TEIXEIRA MENDES

UNIDADE ALVORADA I

UNIDADE ALVORADA II

Centro, Rua Santos Dumont, 3430

Centro, Prç. Presidente Kennedy, 16

(Exclusivo para pacientes internados)

Zona 5, Rua Dr. Luiz Teixeira Mendes, 1981

J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 1926

J. Alvorada, Av. Pedro Taques, 2286

MARINGÁ - PR

UNIDADE CLINIPREV

UNIDADE CIDADE SHOPPING

UNIDADE HOSPITAL MARINGÁ(*)

UNIDADE RIO BRANCO

UNIDADE INFANTIL

UNIDADE MANDACARU

Rua Ver. Primo Monteschio 436

(Exclusivo para pacientes Cliniprev)

Vila Nova, Av Tuiuti 710, loja Q10

(Exclusivo para pacientes internados)

Zona 5, Av. Rio Branco, 886

Centro, Rua Santos Dumont, 3385

Mandacaru, Av. Mandacaru, 214-2

DIVISÕES

DIVISÃO DE ANATOMIA, PATOLOGIA E CITOPATOLOGIA

DIVISÃO DE BIOTECNOLOGIA

DIVISÃO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

DIVISÃO DE APÓIO À LABORATÓRIOS

DIVISÃO DE VETERINÁRIA

Zona 5 - Av. Luiz T. Mendes, 1981 - 1º Andar

Zona 4 - Rua Conselheiro Tobias, 57

Zona 2 - Rua Santos Dumont, 3452

Zona 2 - Rua santos Dumont, 3452 - 2º andar

Centro - Rua Santos Dumont 3386

REPRESENTANTES

Em vários estados . Contacto com a Divisão de Apoio.

V

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO MEDICINA DIAGNÓSTICA

Nossa Central de Relacionamento está estruturada em dois Serviços, que tem a finalidade de

padronizar e centralizar as informações, assim como informar com precisão. Para tanto, conta com

equipamentos de tecnologia de ponta, através de transmissão por fibra ótica e via rádio, que

proporcionam rapidez e segurança nos processos.

SEALC- Serviço de Atendimento a Laboratórios Conveniados

Estruturado para o melhor atendimento a Laboratórios apoiados.

Tel: (44) 3221-5570 - Atendimento

(44) 3221-5557 - Comercial

e-mails gerais: [email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

logí[email protected]

e-mails específicos:

a) Logística:

[email protected]

b) Gerência comercial:

[email protected]

c) Gerência técnica:

[email protected]

Tel:

SEAGIMN – Serviço de Agendamento de exames de Imagem e Medicina Nuclear(este serviço entará em funcionamento em Agosto de 2010 e terá o seu início divulgado em tempo hábil).Telefone: (número será divulgado em tempo hábil)

NOVIDADE:NOVAS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

A PARTIR DE JULHO DE 2010.

VI

GRUPO SÃO CAMILO

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ÍndiceÍndice

EXAMES Adenovirus - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

1,25-Dihidroxi-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . 1 Adenovírus Pesquisa nas Fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

2,5-Hexanediona na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 1 Adenovírus - Sorologia - Anticorpos IgG. . . . . . . . . . . . . . . . 22

17-OH-Pregnenolona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Adennovírus - Sorologia - Anticorpos IgM . . . . . . . . . . . . . . 22

17-OH-Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Aglutininas ABO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

25-OH-Vitamina D3 (Ver Vitamina D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Albumina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3-Alfa-Diol-Glucoronídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 Alanina Aminotransferase-ALT (TGP)

5-Nucleotidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 (Ver Transaminases). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Acanthamoeba SSP - Cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Aldolase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Acetilcolina-Anticorpos Anti-Receptor de . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Aldosterona sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Acetona na urina (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 5 Aldosterona urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Ácido 2-Tio-Tiazolidina 4-Carboxílico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Alfa Fetoproteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

Ácido 5-Hidroxiindolacético – (5HIAA) . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Alfa-1-Antitripsina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Ácido Cítrico Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Alfa-1-Antitripsina fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Ácido Cítrico no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Alfa-1-Antitripsina – Diagnóstico Molecular de Mutação . . 27

Ácido Delta Aminolevulínico (Toxicologia ocupacional) . . . 7 Alfa-1-Glicoproteína Ácida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Ácido Delta Aminolevulínico Desidratase – Ativividade Alfa-2-Macroglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

(Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Alimentos Transgênicos – Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Ácido Fenilglioxílico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 8 Alumínio sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 28

Ácido Fólico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Alumínio na urina (inclui Toxicologia ocupacional) . . . . . . 29

Ácido Fólico Hemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Amebíase – Sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

Ácido Hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 9 Amilase sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Ácido Homogentísico / Alcaptonúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Amilase urinária – 24 horas ou 2 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Ácido Homovanílico – Urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . 10 Amilóide - Proteína. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

Ácido Lático / Lactato – Plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Aminoácidos totais (nitrogênio alfa-amínico) . . . . . . . . . . . 31

Ácido Lático – Prova Isquêmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Aminoácidos – cromatografia – plasma ou urina . . . . . . . . . 31

Ácido Mandélico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 12 Amônia plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Ácido Metil-hipúrico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 13 Amônia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Ácido Oxálico / Oxalato na urina de 24 horas . . . . . . . . . . . 13 AMP cíclico plasmático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Ácido Pirúvico Sérico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 AMP cíclico urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Ácidos Graxos-Pesquisa nas Fezes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Anatomia Patológica (solicitar manual específico) . . . . . . . 35

Ácidos Graxos Livres (Nefa) Séricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Androstenediona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

Ácidos Orgânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Aneuploidias dos Cromossomos - Estudo Genético. . . . . . . . 35

ÁcidoTrans-Trans Mucônico (Toxicologia Ocupacional) . . 15 Algeman-Prader-Willi-Síndrome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Ácido Tricloracético (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 16 Anticoagulante lúpico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Ácido Úrico Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Anticorpos anti-cardiolipina (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . 37

Ácido Úrico na urina de 24 horas ou ao acaso . . . . . . . . . . . 17 Anticorpos anti-caxumba – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Ácido Úrico no líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Anticorpos anti-caxumba – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Ácido Úrico – Pesquisa de cristais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 A n t i c o r p o s a n t i - c é l u l a s p a r i e t a i s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Ácido Valpróico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Anticorpos anti-CCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

Ácido Vanilmandélico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Anticorpos anti-DNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Acondroplasia – Diagnóstico Molecular . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Anticorpos anti-endomísio (IgG, IgA ou IgM) . . . . . . . . . . . 39

ACTH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Anticorpos anti-GAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

Actina-Autoanticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Anticorpos anti-gliadina (IgA,IgG ou IgM) . . . . . . . . . . . . . 40

Adenosina Deaminase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Anticorpos anti-histona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

VII

MANUAL DE PROCEDIMENTOS MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 10: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Anticorpos anti-HIV I/II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Barbituratos – Pesquisa (ver drogas de abuso – pesquisa) . . 64

Anticorpos anti-HIV confirmatório – Western Blot . . . . . . . 42 Bartonella henselae - Anticorpos Anti-IgG e IgM . . . . . . . . . 64

Anticorpos anti-ilhotas de Langerhans . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Bence-Jones – Proteína de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Anticorpos anti-insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Benzodiazepínicos – Pesquisa (ver drogas de abuso

Anticorpos anti-mitocôndria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 – pesquisa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Anticorpos anti-músculo liso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Benzoilecgonina (cocaína) – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgG . . . . . . . . . 44 Beta-2-Glicoproteina I - Anticorpos IgG e/ou IgM . . . . . . . . 65

Anticorpos anti-Mycoplasma pneumoniae – IgM . . . . . . . . 44 Beta-2 - Microglobulina Sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Anticorpos anti-neutrófilos ( C-ANCA e P-ANCA) . . . . . . 45 Beta-Caroteno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

Anticorpos anti-ovário – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 Beta-HCG no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Anticorpos anti-peroxidase (TPO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Beta-HCG Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Anticorpos anti-RNP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Beta-HCG quantitativo gestacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Anticorpos anti-sarampo – IgG Big-Prolactina (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

(ver Sarampo – IgG sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Bilirrubinas totais e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

Anticorpos anti-sarampo – IgM Bismuto sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 69

(ver Sarampo – IgM sorologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Bismuto urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 69

Anticorpos anti-SCl-70 (anti-DNA-Tropoisomerase) . . . . . 47 Biotinidase – ver teste do pezinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Anticorpos anti-SSA/RO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Blastomicose - PCR (Paracoccidioides Brasiliensis) . . . . . . 70

Anticorpos anti-SSB/LA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 Blastomicose - PCR Qualit. (P. Brasiliensis) BIOMOL SC . . 70

Anticorpos anti-tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Blastomicose – Pesquisa (Paracoccidioidomicose) . . . . . . . 70

Anticorpos anti-tirosino-fosfatase – IA2 . . . . . . . . . . . . . . . 48 Blastomicose (Paracoccidioidomicose) – sorologia . . . . . . . 71

Anticorpos anti-nucleares (FAN) – anticorpos contra Borrelia burgdorferi – Anticorpos anti- (ver Lyme –

antígenos celulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 anticorpos para doença de) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Antifungigrama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Borrelia burgdorferi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Antimulleriano - Hormônio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Borrelia burgdorferi – Cultura para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

Antioxidantes Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 BRCA1 e BRCA2 – pesquisa de mutações . . . . . . . . . . . . . 72

Antitrombina III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Brucelose – aglutinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Apolipoproteína A1 (APO A1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Brucelose – Prova lenta veterinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Apolipoproteína B (APO B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 CA – 125 II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Apolipoproteína E – estudo genético . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 CA – 15-3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Aptidão Esportiva - Teste do Geneactn3 e Teste Plus . . . . . . 55 CA – 19-9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Aquaporina-4 - Anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 CA – 72-4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

Arilsulfatase A e B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Cádmio sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 76

Arsênico no Sangue (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . 56 Cádmio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 77

Arsênico na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 57 Cálcio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

ASLO – Antiestreptolisina 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Cálcio iônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

Aspartato Aminotransferase – AST (TGO) Cálcio urinário – urina ao acaso ou urina de 24 horas . . . . . 78

(Ver Transaminases) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Calcitonina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

Aspergillus Fumigatus - PCR - BIOMOL-SC . . . . . . . . . . . . 57 Cálculo Biliar - Análise Físico-Química. . . . . . . . . . . . . . . . . 80

Aspergillus SPP PCR - BIOMOL-SC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Cálculos urinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

Aspergilose – Sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Canabinóides (THC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

Ataxias – Estudo molecular do painel de - . . . . . . . . . . . . . . 59 Canal de Cálcio - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

BAAR – Bacilos Álcool Ácido Resistentes – Pesquisa . . . . 59 Candida albicans ou Candida ssp - PCR QUALITATIVO . . . 81

Bacterioscopia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Capacidade de fixação do ferro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

Bacterioscopia de fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Carbamazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

Bacterioscopia de Hansen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 Carboxihemoglobina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 83

Bacterioscopia para Mycobacterium tuberculosis e outros Cariótipo com bandeamento G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

BAAR (exclui bacilo de Hansen) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Cariótipo para pesquisa, de cromossomo X-frágil . . . . . . . . 85

Bacterioscopia para bacilo diftérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Catecolaminas plasmáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

Bandas oligoclonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Catecolaminas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

VIII

GRUPO SÃO CAMILO

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Caxumba – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Cloro / Cloretos – sangue, LCR, suor, urina . . . . . . . . . . . . 112

CCR5 - Gene - Detecção - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 Cobalto na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 113

CD4, CD8 e CD3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Cobre no sangue (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 113

CEA – antígeno carcinoembriogênico . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Cobre na urina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 114

Células LE – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Cocaína – Pesquisa (ver benzoilecgonina) . . . . . . . . . . . . . 114

Células orangiófilas no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . 90 Coccídios – Pesquisa ( Ver Criptosporidium ssp) . . . . . . . . 115

Ceruloplasmina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Colesterol – HDL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

Cetonemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 Colinesterase (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 115

Chagas – doença de – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92 Complemento e Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

Chagas - PCR - Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 Composto S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

Charcot-Marie-Toothia - Síndrome - Diagnóstico Molecular 93 Contagem sedimentar de Addis-Hamburger . . . . . . . . . . . . 118

Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) – Coombs Direto – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Coombs Indireto – teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

Chlamydia pneumoniae (Chlamydophila pneumoniae) – Coprológico funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119

anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Coproporfirinas urinárias (inclui Toxicologia Ocupacional) . 121

Chlamydophila psittaci - Anticorpos IgG e IgM . . . . . . . . . . 95 Corpos cetônicos na urina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Chlamydophila psittaci - PCR Qualit. Biomol. SC . . . . . . . . 95 Corpúsculos de Heinz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR Cortisol sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

Qualitatito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Cortisol livre urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

Chlamydia trachomatis – PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Cortisol salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

Chlamydia trachomatis – pesquisa EIE . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Creatina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

Chlamydia trachomatis – pesquisa IFD . . . . . . . . . . . . . . . . 97 Creatinina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

Chlamydia trachomatis – IgG, IgA ou IgM – sorologia . . . . 97 Creatinina urinária de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

Chumbo no sangue total ( toxicologia ocupacional) . . . . . . 98 Creatinina urinária – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 127

Chumbo urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 98 Creatinina no líquido amniótico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

Ciclosporina A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 Creatinina Clearance (depuração) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

Cistatina C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Creatinofosfoquinase – CK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

Cisticercose – sorologia (ELISA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Creatinofosfoquinase – fração MB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

Cisticercose – LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Crioaglutininas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

Cistinúria – Dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Criofibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

Citograma nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Crioglobulinas – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

Citologia conjuntival . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Cryptococcus ssp – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

Citológico do líquido prostático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Criptococos – polissacarídeos – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . 131

Citologia hormonal seriada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Criptosporídeos e outros protozoários fecais . . . . . . . . . . . 131

Citologia hormonal uma amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Cristais - Pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

Citologia oncótica cérvico-vaginal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Cromatina sexual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

Citológico de lesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Cromatografia de aminoácidos – neonatal/qualitativa

Citológico de escarro / lavado brônquico . . . . . . . . . . . . . . 106 (ver Aminoácidos–cromatografia–plasma, urina) . . . . . . . . 133

Citológico de líquido ascítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Cromo sanguíneo (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 133

Citológico de líquido sinovial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Cromogranina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

Citomegalovírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Cromo na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 134

Citomegalovírus - PCR quantitativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Cromossomo Philadelphia – Translocação BCR-AL . . . . . 134

Citomegalovírus – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Cromossomo Y – microdeleções – estudo genético – PCR . 134

Citomegalovírus – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 C-Telopeptídeo - CTX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

Citomegalovírus – antigemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109 Cultura de escarro – qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

Citomegalovírus – IgG e/ou IgM no LCR . . . . . . . . . . . . . 110 Cultura de fungos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

Citomegalovírus – Avidez (IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Cultura de urina (ver urina cultura com contagem

Citosol Hepático Tipo 1 - Anticorpos Anti . . . . . . . . . . . . . . 111 de colônias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

Clements – Teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 Cultura em geral (ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos

Clostridium difficile - Pesquisa de Toxina A e b. . . . . . . . . . 112 Especiais do Laboratório São Camilo – páginas 15 a 43) . 136

IX

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 12: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Cultura para anaeróbios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Eritropoietina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162

Cultura para BAAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 EЯЯos inatos do metabolismo – teste de triagem . . . . . . . 163

Cultura para Campylobacter ssp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Escherichia Coli - Detec. e Genot. (Epec, Stec, Eac e Eiec)

Cultura para Coqueluche (Bordetella pertussis) . . . . . . . . . 138 Biomol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164

Cultura para Garderella vaginalis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Escherichia Coli - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 165

Cultura para Helicobacter pylori . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Espermograma (Semiograma ou análise do líquido

Cultura para Leptospiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 espermático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165

Cultura para Vibrio cholerae e outros vibrios . . . . . . . . . . . 140 Estanho Urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168

Cultura para Yersinia enterocolitica . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Esteatócrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168

Curva insulínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Estradiol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168

Curva de resistência dos eritrócitos à hemólise . . . . . . . . . 142 Estriol Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169

D-Dímero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 Estrona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170

D-Xilose – teste de absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Exame a fresco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171

Dehidropiandorsterona – DHEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Exame de urina – rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172

Dehidroepiandrosterona Sulfato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 Fator V (Fator Lábil) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

Desidrogenase lática – LDH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Fator V de Leiden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

Dengue - Detec. e Genotipagem PCR RT - Biomol SC . . . . 147 Fator VII (Proconvertina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177

Dengue – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Fator VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177

Dengue – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Fator IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178

Dengue – pesquisa do antígeno NS1 . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Fator X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178

Deoxipiridinolina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 Fator XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178

Diazepan – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Fator XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179

Diclorodifenildicloroetileno Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Fator XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179

Diclorodifeniltricloroetano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator anti-nuclear (FAN) – (ver Anticorpos contra antígenos

Difenilhidantoína – (ver Fenitoína) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 celulares) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179

Difteria - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator Du – Rh fraco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180

Digoxina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Fator Intrínseco - Anticorpos Anti-. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180

Distrofia de Becker-Duchenne – diagnóstico molecular . . 153 Fator natriurético atrial (ver pro-BNP) . . . . . . . . . . . . . . . . 180

Doença Celíaca - Perfil Genético Básico - Biomol SC . . . . 153 Fator Reumatóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180

Doença de Charcot-Marie-Tooth 1ª – diagnóstico Fenilalanina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181

molecular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Fenitoína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181

Doença de Gaucher – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154 Fenobarbital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

Doença de Hutington – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 154 Fenol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . 182

Doença de Kennedy – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . 154 Ferritina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183

Drogas de abuso – triagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Ferro Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184

DST - Painel Masculino Ampliado, PCR . . . . . . . . . . . . . . . 155 Fibrinogênio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184

DST - Painel Masculino Básico, PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Fibrose cística – pesquisa microbiológica . . . . . . . . . . . . . 185

DST - Painel Masculino Intermediário. . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Fibrose cística – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . . 185

Eletroforese de hemoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Filária – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Eletroforese de lipoproteínas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 Fluoretos / Flúor na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . 186

Eletroforese de proteínas séricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Formoldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Eletroforese de proteínas no LCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Fosfatase ácida próstata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

Eletroforese de proteínas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Fosfatase ácida total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

Enolase neurônio específica (ENS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 Fosfatase alcalina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

Enterovírus - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . . . . . 160 Fosfatase alcalina – frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

Enzima conversora da angiotensina (ECA) . . . . . . . . . . . . . 161 Fosfatase alcalina – leucocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189

Eosinófilos - Pesquisa em Muco Nasal - Ver Fosfolípides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189

Citograma Nasal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Fósforo sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190

Epstein-Barr vírus – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Fósforo urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190

Epstein-Barr vírus – Sorologia IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . 162 Frutosamina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

X

GRUPO SÃO CAMILO

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Frutose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 Hepatite B - anti HBs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224

Frutose – dosagem no esperma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Hepatite B – HbsAg (antígeno de superfície do vírus da

FSH – hormônio folículo estimulante . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Hepatite B) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224

FTA-ABS – IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 Hepatite B – Perfil Sorológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225

FTA-ABS – IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 Hepatite C – anti-HCV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225

Gabapentina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Hepatite C – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226

Galactosúria – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Hepatite C – PCR quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226

Gama-Glutamil-Transferase (Gama GT) . . . . . . . . . . . . . . 196 Hepatite C – Genotipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227

Gasometria (arterial ou venosa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Hepatite D – IgG e IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227

Gastrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Hepatite E – anticorpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228

Gaucher - Doença de (N370s, L444P e R463C). . . . . . . . . . 198 Herpes Plus - (HHV - 1,2,3,4,5,6,8) Biomol . . . . . . . . . . . . 228

Glicose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 Herpes Simples - 1 e 2, Deter. + Genoti. - Biomol . . . . . . . . 229

Glico-Hemoglobina (ver Hemoglobina Glicada) . . . . . . . . 200 Herpes Simples I/II - IgG e/ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230

Glicose pós-prandial ou glicose potencializada . . . . . . . . . 200 Herpes Simples - PCR, Vírus 1 e 2 - Biomol SC . . . . . . . . . 230

Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 Herpes Tipo 6, PCR (HHV-6, Roseola), Biomol . . . . . . . . . 231

Glicose 6-Fosfato Dehidrogenase – mutação 202 (G6PD) . 201 Herpes Tipo 7, PCR (HHV-7, Roseola), Biomol SC . . . . . . 231

Glicosúria – pesquisa qualitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Herpes Tipo 8, PCR (HHV-8, Sarcoma de Kaposi) . . . . . . . 232

Glicosúria – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Herpes Tipo 6 e 7, PCR (HHV-6,7, Roseola), Genotipagem

Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais – SHBG . 202 Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232

Glucagon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Hexaclorociclohexano Sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233

Glutationa Peroxidase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Hexosaminidase - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233

Glutationa Redutase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 HGH – hormônio do crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233

Gonadotrofina Coriônica Testicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 Hidatidose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235

Gordura Fecal – pesquisa ou dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . 204 Hidroxiprolina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235

Haemophilus ducreyi – Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 Hipertensão - Perfil Genético Básico para Pré-disposição . . 236

Ham – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 Histona – anticorpos- anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236

Haptoglobina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 Histoplasma capsulatum - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237

Helicobacter pylori – anticorpos IgG, IgA ou IgM . . . . . . 207 Histoplasmose - PCR - Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 237

Helicobacter pylori – PCR – RT qualitativo . . . . . . . . . . . 207 Histoplasmose – sorologia para . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237

Hemácias dismórficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV-1, PCR Qualitativo (DNA Pró-Viral) - Biomol SC. . . . 238

Hematozoários – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV – anticorpos anti (ver anticorpos anti-HIV I/II) . . . . . 238

Hemocromatose – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . . . . . 208 HIV – anticorpos anti- confirmatório – Western Blot

Hemocultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208 (ver anticorpos anti-HIV – confirmatório – Western Blot) . 238

Hemoglobina A2 (ver Eletroforese de hemoglobina) . . . . . 209 HIV – PCR carga viral (quantitativo) . . . . . . . . . . . . . . . . . 238

Hemoglobina fetal (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . 209 HIV – teste de resistência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239

Hemoglobina glicada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 HLA-B27 – PCR Tempo Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240

Hemoglobina H (ver Eletroforese de Hemoglobina) . . . . . 212 HOMA (avaliação de modelo homeostático) (BcC e %RI) 241

Hemoglobina S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Homocisteína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241

Hemograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Homocisteína – após estímulo de metionina . . . . . . . . . . . 242

- Morfologia Eritrocitária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218 Homocisteína - Mutação do Gene A1298C - Biomol SC. . . 242

Hemossedimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 Homocisteína, Gene da MTHFR - Mutação

Hemossiderina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 C667T e a 1298C - PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243

Hepatite A – IgG (HVA-IgG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 HPV – papilomavírus humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243

Hepatite A – IgM (HVA-IgM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 HTLV I/II – anticorpos anti . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244

Hepatite B – HbeAg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 HTLV I/II PCR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245

Hepatite B – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 Identificação de helmintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245

Hepatite B – PCR quantitativo (carga viral) . . . . . . . . . . . . 222 IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245

Hepatite B – anti-HBc-IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222 IgA salivar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247

Hepatite B – anti-HBc-IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 IgD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247

Hepatite B – anti-HBe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223 IgE total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248

XI

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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IgE específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249 Líquido sinovial – rotina básica (LS) . . . . . . . . . . . . . . . . . 276

IgF-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250 Liquor (LCR) – análise de rotina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 278

IgFBP-3 (proteína ligadora de IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 Listeriose – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279

IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252 Lítio – dosagem para controle terapêutico . . . . . . . . . . . . . 280

IgG – subclasses da – (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) . . . . . . . 253 LKM-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281

IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Lyme (Borreliose) – anticorpos para doença de –

- Propriedades principais de cada classe de IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281

imunoglobulina e das sub-classes das IgG . . . . . . . . . . . . . 255 Maconha – pesquisa de (ver tetrahidrocanabinol ou

Imunocomplexos circulantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 drogas de abuso) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

Imunofixação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255 Macroprolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

Inclusão citomegálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256 Magnésio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

Influenza A (H1N1) - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . 256 Magnésio urinário – urina de 24 horas . . . . . . . . . . . . . . . . 283

Inibidor da C1 estearase – funcional . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 Magnésio urinário – amostra ao acaso . . . . . . . . . . . . . . . . 284

Inibidor da C1 estearase – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Malária – pesquisa de antígeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284

Inibina - A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Maloilaldeído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285

Inibina - B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258 Manganês urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . 285

Insulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259 Manganês sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 286

Interleucina 28B (IL28-B), Polimorf. - Biomol SC . . . . . . . 259 MCAD – diagnóstico molecular da mutação . . . . . . . . . . . 286

Isopropanol na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 260 MCAD - Mutação do Gene. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286

Isospora belli – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260 MCAD – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287

Kleinhauer – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Melanina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287

KPC, Detecção Molecular Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Mercúrio urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 288

Lactato ( ver ácido lático) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Metahemoglobina (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . 288

Lactose - Det. Genética da Intolerância - Biomol SC. . . . . . 262 Metanfetamina – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289

Lactose - Asiáticos - Det. Genética da Intolerância - Metanefrinas urinárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289

Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Metanol urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 290

Lamotrigina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metiletilbutilacetona – urinária (ver Metiletilcetona) . . . . . 290

LDH (ver dehidrogenase lática) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metilenotetrahidrofolato redutase – mutação . . . . . . . . . . . 290

Legionella dumoffi – PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 263 Metiletilcetona – urinária (Toxicologia Ocupacional) . . . . 291

Legionella pneumophilla – anticorpos – IgG . . . . . . . . . . . 264 Micetomas – pesquisa de (Teste Especial) . . . . . . . . . . . . . 291

Legionella pneumophilla – anticorpos – IgM . . . . . . . . . . . 264 Micológico (ver fungos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292

Legionella pneumophilla – PCR qualitativo Micoplasmas – antibiograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 292

(vide Legionella dumoffi) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 Micoplasmas (Ureaplasma urealyticum,

Leishmaniose – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265 Mycoplasma hominis) – cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293

Leishmaniose – sorologia IgG e IgM humanas . . . . . . . . . 265 Microalbuminúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293

Leptospira interrogans – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . 266 Mielograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294

Leptospirose – aglutinação microscópica . . . . . . . . . . . . . . 266 Mineralograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296

Leptospirose – pesquisa em líquidos biológicos . . . . . . . . 267 Mioglobina – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297

Leucócitos nas fezes, pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 Mioglobina na urina – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297

Leveduras – pesquisa de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268 Mononucleose – anticorpos heterófilos . . . . . . . . . . . . . . . . 298

LH- hormônio luteinizante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269 Morfologia Estrita dos Espermatozóides . . . . . . . . . . . . . . . 298

LH-RH teste de estímulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 MRSA – qualitativo ou quantitativo (Staphylococcus

Licopeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271 aureus – resistente à Meticilina) PCR em tempo real . . . . . 299

Lipase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271 Mucopolissacaridose – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300

Lípides totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272 Mycobacterium tuberculosis – EIE anticorpos totais . . . . . 300

Lipoproteína (a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272 Mycobacterium Tuberculosis, PCR Qual. - Biomol. SC . . . 301

Líquido amniótico – espectrofotometria e outros testes . . 273 Mycoplasma genitalium – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . 302

Líquido amniótico – relação lecitina/esfingomielina . . . . . 273 Mycoplasma hominis – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 302

Líquido ascítico – rotina básica (LAsc) . . . . . . . . . . . . . . . 274 Mycoplasma pneumoniae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . 303

Líquido pleural – rotina básica (LP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275 Mycoplasma pneumoniae – sorologia IgG ou IgM . . . . . . 303

XII

GRUPO SÃO CAMILO

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Neisseria gonorrhoeae – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 304 Prolactina – teste de estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . 322

Níquel urinário (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . 304 Proteína C funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322

Níquel sérico (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . 305 Proteínas de Bence-Jones (ver Bence-Jones – proteínas) . . 323

N-Metilformamida na urina (Toxicologia Ocupacional) . . 305 Proteína S funcional (coagulação) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323

Nucleossomo - Anticorpos Anti- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305 Proteína S - Livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323

Opiáceos – pesquisa (ver Drogas de abuso) – pesquisa . . . . 306 Proteína C Reativa – quantitativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324

Osmolalidade sérica ou urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 Proteína C Reativa ultrassensível (ver PCR ultrassensível) . . 324

Osteocalcina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 Proteínas total e frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324

Oxalatos (ver ácido oxálico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Proteinúria de 24 horas / de 12 horas / e ao caso . . . . . . . . 325

Oxazepan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Protoporfirina livre eritrocitária (Toxicologia

Oxcarbazepina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326

Painel de trombofilia – ver itens isolados : Fator V de Leiden, Protrombina – mutação G20210A – PCR qualitativa . . . . . 326

Mutação G20210A do gene da Protrom-bina e Mutação do Prova de Gilbert (restrição calórica – teste de) . . . . . . . . . . 327

gene da Metilenotetrahidrofolato redutase . . . . . . . . . . . . . 308 PSA – antígeno prostático específico – total . . . . . . . . . . . 327

Painel ginecológico Ampliato (DSTs) HPV, Detecção e PSA – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328

Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neiseria gonorrhoeae, Reabsorção tubular de fósforo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328

Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma Renina plasmática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329

urealyticum; Trichomonas vaginalis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308 Resistência globular à hemólise (ver curva de resistência

Painel ginecológico Básico (DSTs) HPV, Detecção e à hemólise) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329

Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Restrição calórica – teste de (ver Prova de Gilbert) . . . . . . 329

Neiseria gonorrhoeae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308 Reticulócitos – contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329

Para-aminofenol – urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . 308 Retração do coágulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330

Papilomavírus (ver HPV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Risco de cárie dentária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330

Paracoccidioides (ver Blastomicose) . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Rotavírus – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331

Paratormônio – molécula intacta (PTH) . . . . . . . . . . . . . . . 309 Rubéola IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331

Parvovírus B19 – sorologia IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . 310 Rubéola - PCV Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . . . . . . . 332

Parvovírus B19 – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310 Rubéola – sorologia IgG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 332

Parietais – anticorpos anti- células . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Rubéola – sorologia IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333

Pasteurella Multocida, PCR Qualita., Biomol SC Novo . . . 311 Salmonella SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC . . . . . . . . . 333

PCR – ultrassensível (PCRus) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312 Salmonella typhi - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334

Pentaclorofenol (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . 312 Sangue oculto humano – ac.monoclonais – EIE . . . . . . . . . 334

Peptídeo C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 Sangue oculto humano – complexo HB – HP . . . . . . . . . . 334

pH fecal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313 Sangue oculto – teste químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335

Piridinolina D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314 Sarampo IgG – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335

Plaquetas (inclui morfologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315 Sarampo IgM – sorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336

Plaquetograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315 Sarcoptes scabiei – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336

Plasmodium – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Selênio na urina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . . 336

Pneumococos - Anticorpos - IgG (Streptococcus Selênio no sangue (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 337

pneumoniae) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Serotonina na urina (ver Ácido 5-Hidroxiindolacético) . . . 337

Pneumocystis jirovesi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316 Serotonina sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337

Pneumocystis jirovesi - PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . 317 Sexagem Fetal - Teste de Amostra Materna . . . . . . . . . . . . . 338

Porfobilinogênio – dosagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317 Sézary - Células de - Pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338

Porfobilinogênio – pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 SHBG (ver globulina transportadora de

Potássio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 hormônios sexuais) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338

Potássio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Síndrome de Gilbert – diagnóstico molecular . . . . . . . . . . 338

Primidona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Síndrome de Turner – pesquisa de cromossomo Y . . . . . . . 339

Pro-BNP – Peptídeo Natriurético Cerebral . . . . . . . . . . . . . 319 Sirio Limus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339

Progesterona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320 Sódio sérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339

Prolactina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 Sódio urinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 340

Prolactina – macro (ver macroprolactina) . . . . . . . . . . . . . 322 Somatomedina C ( ver IgF-1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341

XIII

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Sub-classes de IgG (ver IgG subclasses) . . . . . . . . . . . . . . 341 Treponema – anticorpos - ELISA IgG ou IgM . . . . . . . . . 365

Substâncias redutoras nas fezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341 Trichomonas vaginalis - PCR Qualitativo . . . . . . . . . . . . . . 365

Superóxido dismutase (SOD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 341 Triclorocompostos totais na urina

T3 – Triiodotironina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365

T3 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342 Tricograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 366

T4 – livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 Triglicérides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368

T4 – Neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343 Tripsina neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 370

T4- tiroxina total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 Trombofilias - Painel Ampliado - PCR - Biomol SC . . . . . . 370

Tacrolimus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 Trombofilias - Painel Básico - PCR - Biomol SC . . . . . . . . 371

TBG (globulina transportadora de tiroxina) . . . . . . . . . . . . 345 Trypanossoma cruzi – pesquisa direta . . . . . . . . . . . . . . . . 371

Tempo de lise das euglobulinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 Troponina T ou I - . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372

Tempo de protrombina automatizado (TP) . . . . . . . . . . . . . 346 TSH – neonatal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372

Tempo de tromboplastina parcial ativado TSH – ultrassensível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 373

(KPTT automatizado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 347 TSH – teste do estímulo com TRH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 374

Teofilina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348 Ureaplasma ssp – (ver Micoplasmas – cultura) . . . . . . . . . 374

Testes de estímulo (Ver Manual de coleta de Ureaplasma SPP - PCR Qualitativo - Biomol SC. . . . . . . . . 374

materiais clínicos especiais do laboratório São Camilo, Ureaplasma parvum ou U.urealyticum – PCR

a partir da página 55) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 qualitativo (vide item abaixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375

Teste de paternidade (investigação de paternidade) . . . . . . 349 Ureaplasma urealyticum + U.parvum – PCR qualitativo . . 375

Testosterona livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 Uréia sérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375

Testosterona total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351 Uréia urinária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 376

Testosterona biodisponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 353 Uréia - teste de depuração (clearance) . . . . . . . . . . . . . . . . 376

Tetrahidrocanabinol – THC (metabólito da maconha) . . . . 354 Urina cultura + contagem de colônias + antibiograma

Tiocianato urinário (Toxicologia ocupacional) . . . . . . . . . . 355 (se necessário) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377

Tireoglobulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355 Urocitograma seriado (1 a 4 amostras) . . . . . . . . . . . . . . . . 377

Tirosinúria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356 Varfarina - Sensibilidade a - Polimorfismos . . . . . . . . . . . . . 378

Toxocaríase – sorologia – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . 356 Varicella-zoster – IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378

Toxoplasmose – IgA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357 Varicella-zoster – PCR qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379

Toxoplasmose - IgG ou IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 357 Vasopressina - Hormônio anti-diurético . . . . . . . . . . . . . . . . 379

Toxoplasmose – IgG avidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359 VDRL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380

Toxoplasmose neonatal - IgM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359 Vigabatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380

Toxoplasmose - PCR – qualitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina A (retinol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380

TPO – anticorpos anti peroxidase tireoidiana Vitamina B12 (cobalamina) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381

(ver anticorpos anti-peroxidase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina C (ácido ascórbico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 382

Trab – anticorpos anti-receptores de TSH . . . . . . . . . . . . . 360 Vitamina D – 1,25 dihidroxi ou Vitamina D 25-Hidroxi . . 383

Transglutaminase tecidual IgA ou IgG . . . . . . . . . . . . . . . . 361 Vitamina E (tocoferol) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384

Transaminases glutâmico oxalacética (AST) e Waaler Rose – teste de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384

glutâmico pirúvica (ALT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 361 Weil Felix – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385

Transferrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363 Widal – Reação de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385

Translocação BCR-ABL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364 X-Frágil - Pesquisa - MTP-PCR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386

Translocação BCR-ABL-PCR (P210 - transcritos Zinco sérico (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . . . 386

b2as;b3a2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364 Zinco urinário (inclui Toxicologia Ocupacional) . . . . . . . . 386

Treponema – IFI (ver FTA-ABS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365 Zinco – Protoporfirina (Toxicologia Ocupacional) . . . . . . 387

XIV

GRUPO SÃO CAMILO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Focaccioa, R. – Tratado de Hepatites Virais, 2ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2007.

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Grevers, G. e Röcken, M. – Atlas de Alergologia – Fundamentos, diagnóstico e clínica, 1ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2003.

Guedes, E.P. et al. – Endocrinologia, 1ª Ed. Editora Rubio, Rio de Janeiro, 2006.

Henry, J.B. – Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratórios, 20ª Ed., Manole, São Paulo, 2008.

Kaushanstky, K. et al.- Williams Hematology – 8ª Ed. – MacGraw Hill – Medical, New York – USA, 2010.

Lee, G.R. et al. Wintrobe – Hematologia Clínica, 9ª Ed., Ed. Manole, São Paulo, 1ª Ed. Brasileira, 1998.

Lopes, A.C. – Tratado de Clínica Médica, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2006.

Martins, N.V. – Patologia do Trato Genital Inferior, 1ª Ed. Roca, São Paulo, 2005.

Melmed, S. et al. – Wlliams Textbook of Endocrinology – 12ª Ed., Saunders-Elservier, Philadelphia-USA, 2011.

Murray, P.C. – Manual Clinical Microbiology, 9ª Ed. ASM Press, Washington, D.C., 2007.

Naoum, P.C. – Doenças que alteram os exames Laboratoriais, 1ª Ed., Atheneu, São Paulo, 2009.

Naoum, P.C. – Eletroforese – Técnicas e Diagnóstico, Ec. Santos, São Paulo, 2ª Ed. Santos, São Paulo, 1999.

Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas- INCA, Rio de Janeiro, 2006.

Pherson, Richard, A. and Pincus, Matthew, R. – Henry's – Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods – Elservier-Saunders, Philadelphia-USA, 2011.

Schor, N. e Heilger, I.P. – Calculose Renal – Fisiopatologia, Diagnóstico, Trata-mento, 1ª Ed. Sarvier, São Paulo, 1995.

Soares, J.L.M.F. et al – Métodos Diagnósticos – 1ª Ed. Artmed, Porto Alegre, 2002.XV

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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XVI

GRUPO SÃO CAMILO

Soldin, S.J. et al – Pediatric Reference Ranger - 2ª Ed. AACC Press, Washington, D.C., 1997.

Solomon, D. e Nayar R. – Sistema Bethesda para Citopatologia Cervicovaginal, Reinter, 2ª Ed. Rio de Janeiro, 2010.

Strasinger, S.K e Di Lorenzo, M.S. – Urinálise e Fluídos Corporais - 5ª Ed. Editora LPM, Rio de Janeiro, 2009.

WHO – Laboratory Manual for the Examination and processing of human sêmen, 5ª Ed., Washington, D.C., 2010.

Young, D.S. editor - Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests, 4ª Ed., AACC Press, Washington, D.C., 1995.

Williamson, Mary, A. and Snyder L. Michael – Wallch's Interpretation of Diagnostic Tests – 9ª Ed. Lippincott-Williams and Wilkins, Philadelphia, 2011.

Xavier, Ricardo, M. et al – Laboratório na Prática Médica – 2ª Ed. Artmed, São Paulo, SP. 2010.

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1,25 - DIHIDROXI-VITAMINA D3 (ver Vitamina D)

_______________________________________________________________________________________

2,5 - HEXANODIONA NA URINA (Toxicologia Ocupacional)

Sinônimo mais comum: 2,5-Hex

Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho ao final

da jornada. Não coletar na primeira jornada de trabalho, ou conforme orientação médica. Coletar em frasco

plástico fornecido pelo laboratório.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBMP: 5,0 mg/g de creatinina.

Interferências: falhas na conservação e coleta fora do local indicado.

Indicações: monitoração laboral da exposição ao n-hexano.

Informações importantes: se houver exposição concomitante ao tolueno o laboratório deve ser avisado, pois o

tolueno inibe a depuração renal da 2,1-hexanodiona. O 2,5-Hexanodiona é metabólito do n-hexano, da

metiletilcetona e da metil n-butilcetona.

_______________________________________________________________________________________

17 - OH-PREGNENOLONA

Sinônimo mais comum: Delta 5

Material e conservação para envio: 2 mL de soro a 2-8 C.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: 1 mês a 1 ano.......................................... ...: 0,14 a 5,70 ng/mL

1 ano a 13 anos .........................................: 0,10 a 1,43 ng/mL

Fases da puberdade P2 a P3.................... ...: 0,20 a 2,51 ng/mL

Fases da puberdade P4 a P5.................... : 0,30 a 2,11 ng/mL

: 0,70 a 3,70 ng/mL

Adultos: Homens................................................... : 0,38 a 3,50 ng/mL

Mulheres................................................. : 0,31 a 3,80 ng/mL

Pós-menopausa....................................... : 0,18 a 0,50 ng/mL

Interferências: utilização de medicações que interferem na regulação da córtex adrenal.

Indicações: Para o estudo das deficiências das enzimas 17,20 desmolase e da 3-beta-ol desidrogenase.

Insuficiência suprarrenal primária. Sofre pouca ação do ACTH. Usada para o diagnóstico da hiperplasia adrenal

congênita. Aumenta muito nos casos de tumores virilizantes adrenais. Podem apresentar elevações moderadas

nos casos de Síndrome de Cushing, ACTH-dependente.

Informações importantes: informar a medicação atual, DUM, sexo e idade.

_______________________________________________________________________________________

17 - OH-PROGESTERONA

Sinônimo mais comum: 17-Alfa-Progesterona

1

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores Neonatais:

Peso ao nascimento

em gramas

17-OH-Progesterona

Neonatal≤ 1249 42 ng/mL

1250 a 1749 26 ng/mL 1750 a 2249 20 ng/mL

≥ 2250 12 ng/mL

Faixa etária

Homens

Mulheres

1 a 30 dias 0,53 – 1,86 0,17 – 2,04 1 a 6 meses 0,35 – 1,57 0,25 – 1,10 6 a 12 meses 0,06 – 0,40 0,05 – 0,47 1 a 3 anos 0,02 – 0,19 0,03 – 0,51 4 a 6 anos 0,01 – 0,34 0,04 – 0,44 7 a 9 anos 0,11 – 1,45 0,13 – 1,33

10 a 12 anos 0,11 – 1,34 0,13 – 1,33 13 a 18 anos

0,18 –

2,10

0,12 -

2,50

ng/mL x 3,03 = nmol/L

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes devem colher imediatamente

antes da próxima mamada. Pode-se coletar amostra basal e após aplicação E.V. lenta de ACTH, geralmente após

60 minutos, ou conforme orientação do(a) médico(a)- assistente.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: Mulheres: Fase Folicular .............................: 0,11 a 1,08 ng/mL

Fase Luteínica.............................: 0,95 a 5,00 ng/mL

Menopausa .............................. : 0,20 a 1,72 ng/mL

Gravidez : 1° Trimestre ............................... : 2,50 a 9,78 ng/mL

2° Trimestre ................................ : 3,40 a 8,50 ng/mL

3° Trimestre .............................. .: 4,33 a 18,86 ng/mL

Anticoncepção oral ................... .: 0,18 a 2,51 ng/mL

Homens: 20-59 anos ................................. .: 0,59 a 3,44 ng/mL

Valores pediátricos (em ng/mL):

Interferências: Lipemia pode provocar diminuições dos resultados e gonadotrofinas podem elevar os níveis

hormonais.

Indicações: Diagnóstico de deficiência de 21-Hidroxilase, cujos valores podem alcançar níveis superiores a 100

ng/mL (Hiperplasia supra-renal).

Informações Importantes: informar medicação atual, sexo, DUM e idade.

_______________________________________________________________________________________

25 - OH-VITAMINA D (ver Vitamina D)

_______________________________________________________________________________________

3 - ALFA-DIOL-GLUCORONÍDEO

Sinônimo mais comum: 3-Alfa Androstenediol Glucuronide

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher imediatamente

antes da próxima mamada.

GRUPO SÃO CAMILO

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Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: Homens: ........................................... 3,4 a 22 ng/mL

Mulheres: - Pré-menopausa: ........... 0,5 a 5,4 ng/mL

- Pós-menopausa: .......... 0,1 a 6,0 ng/mL

- Hirsutismo: ................. 1,3 a 9,4 ng/mL

Interferências: medicamentos a base de andrógenos ou anti-andrógenos.

Indicações: É um marcador da ação androgênica periférica. Está aumentado nas mulheres com hirsutismo e nas

que apresentam a Síndrome de Ovários Policísticos.

Informações importantes: informar a medicação atual, idade, sexo, DUM e mês de gestação.

_______________________________________________________________________________________

5-NUCLEOTIDASE

Sinônimo mais usado: ribonucleotídeo fosfo-hidrolase.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro não hemolisado, enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-mente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: cinético-enzimático.

Valores de Referência: até 9 UI/mL.

Interferências: Elevações: Ácido acetilsalicílico, asparaginase, drogas que causam colestase (vide em

Fosfatase Alcalina), hemólise. Diminuições: lipemia

Indicações:

5-Nucleotidase com níveis normais em concomitância a FAL elevada:

a) Crescimento da criança e puberal.

b) Idade avançada.

c) Gravidez.

d) Osteopatias.

5-Nucleotidase elevada e FAL elevada:

a) Quadros de colestases hepáticas: (o aumento da atividade destas enzimas pode anteceder a elevação das

bilirrubinas:

1) Câncer da cabeça do pâncreas,

2) Câncer da árvore biliar,

3) Cirrose biliar primária,

4) Colestase por hepatite viral.

Informações importantes: os níveis de 5-Nucleotidase costumam ser paralelos aos da Fosfatase Alcalina

nas enfermidades hepatobiliares, mas nas osteopatias esse paralelismo deixa de existir, com níveis mais

elevados da FAL.

_______________________________________________________________________________________

ACANTHAMOEBA SSP - CULTURA

Sinônimo mais usado: cultura de amebas.

Material e conservação para coleta: a coleta é sempre realizada pelo médico oftalmologista solicitante, sob

lâmpada de fenda. Com o olho afetado anestesiado, orientar o oftalmologista para coletar no mínimo dois swabs

sobre o local da lesão (ou locais das lesões). Introduzir imediatamente os swabs no meio de cultura de transporte,

3

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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ou colocar4 a 5 gotas de salina estélil no tubo de transporte dos swabs. Para Bacterioscopia, citologia e pesquisa

de Acanthamoeba ssp, e outros parasitas que podem causar lesões corneanas, solicitar que o material seja

coletado através de raspados da córnea, feitos com lâmina de bisturi (lâmina pequena), pelo médico

oftalmologista. O material assim obtido deve ser estendido gentilmente sobre uma ou mais lâminas de

microscopia seca e esterilizada com álcool a 95%. O raspado da córnea deve ser espalhado somente em torno do

ponto que tocou a lâmina, já que estando seca, propicia a sua aderência ao vidro. A partir do ponto inicial de

contato, espalhe, sem deixar o material se romper, de modo a formar uma área estendida, uniforme em espessura.

Em seguida coloque 1 a 2 gotas de salina estéril sobre o material clínico e cubra com uma lamínula de 22 X 22

mm. As lamínulas devem ser antecipadamente esterilizadas. Lacrar a lamínula com esmalte de unha para se

evitar dessecação. Transportar em porta lâminas a temperatura ambiente. Quando e pedido médico indicar

cultura para Acanthamoeba ssp, coletar o material clínico como acima, e transferi-lo a um frasco cônico tipo

Eppendorf, com 0,2 mL de salina estéril.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente.

Valores de Referência: ausência de crescimento de Acanthamoeba ssp.

Indicações: confirmar suspeita clínica de infecção corneana por Acanthamoeba ssp.

Informações importantes:

A - Parasitas que podem produzir ceratites ou úlceras de córnea:

GRUPO SÃO CAMILO

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ACETILCOLINA - ANTICORPOS ANTI-RECEPTOR DE-

Sinônimo mais usado: Anti-Receptor de Acetilcolina

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: inferior a 0,2 nmol/L

Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: resultados não reagentes possam ocorrer nas fases iniciais, nas formas leves o oculares da Miastenia

gravis. Estes auto-anticorpos do epítopo IgG estão relacionados com o prognóstico da doença, pois valores

elevados são encontrados nas formas mais graves da Miastenia. A sua presença é constante nas formas

hiperplásicas do timo e podem estar presentes no soro de RN de mães miastênicas. Em alguns casos grupos de

HLA, como B8, DW3 e HLA1 podem estar presentes nestes pacientes. Cerca de 25 a 45% dos pacientes podem

apresentar anticorpos anti-músculo estriado, incluindo nas formas com hiperplasia tímica.

Informações importantes: variações intra-pessoais são muito comuns nestes pacientes, pois o sistema

imunológico normalmente apresenta deficiências importantes.

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Organismos Clínica Morfologia Encephalitizonn hellen Ceratoconjuntivites

e conjuntivites

2 a 2,5 x 1 µm - Tubo polar com 5 a 6 espirais

Nosema ssp

Ceratite

3 a 5 x 1 a 3 µm -

Tubo polar com 6 a 12 espiraisVittaforma cornae

Ceratite

3 a 4,6 x 1 µ

-

Tubo polar com 5 a 7 espirias

Microsporidium ssp Úlcera de córnea 3,5 a 4,5 x 1 µm - Tubo polar com 11 a 23 espirais

B - Ameba (somente em exame a fresco em microscopia de fase)

Acanthamoeba ssp Ceratite 10 a 12 µm

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ACETONA NA URINA (Toxicologia ocupacional )

Sinônimo mais usado: acetonúria

Material e conservação para envio: urina pós-jornada, colocada em frasco cônico com tampa de rosca, de tal

forma cheio, a não deixar espaço vazio no frasco, sob refrigeração.

Volume mínimo de 50 a 100 mL.

Instruções para coleta: coletar amostra pós-jornada de pelo menos uma semana (anotar se o indivíduo é

diabético). Coletar em frasco cônico, fornecido pelo Laboratório São Camilo. Preencher o frasco totalmente, de

tal forma a não deixar espaço vazio. Fechar muito bem a tampa.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração.

Método: cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: I.B.P.M. 50 mg/L (ACGIH 2003).

Interferências: falhas durante a conservação e transporte, principalmente por temperatura maior que a

recomendada ou presença de ar no frasco de transporte.

Indicações: monitoração laboratorial da exposição ocupacional à acetona ou isopropanol, geralmente por

inalação (meia-vida de 6 horas). Os efeitos deletérios advindos da toxicicidade afeta principalmente o sistema

nervoso central , podendo ainda causar bradicardia, hipotermia e broncoespasmo.

Informações importantes: local de trabalho e possíveis ocorrências anormais do contato.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO 2-TIO-TIAZOLIDINA 4-CARBOXÍLICO

Sinônimo mais usado: TTCA, TIOTIA

Material e conservação para envio: 5º mL de urina recente sob refrigeração

Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada em sanitário afastado do local de trabalho, ao final

da jornada diária, após completada uma semana de jornada contínua.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: I.B.P.M. 5,0 mg/g de creatinina.

Interações: densidade urinária baixa, por uso de diuréticos. Alguns pesquisadores solicitam aos colaboradores

não comerem couve-flor e/ou repolho pelo menos uma semana antes do exame.

Indicações: estudo dos níveis de intoxicação pela exposição ao Dissulfeto de Carbono.

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ÁCIDO 5-HIDROXINDOLACÉTICO

Sinônimo mais comum: 5 HIAA

Material e conservação para envio: coletar urina de 24 horas. Estocar na geladeira desde a primeira amostra

coletada, que serão estocadas, em conjunto sob refrigeração.

Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: paciente deverá se submeter a regime alimentar antes e durante a coleta da urina: a)

Realizar 3 dias de dieta isenta de doces, sorvetes, tomates, abacaxi, berinjela, nozes, chocolate, banana e outros

alimentos e ingredientes que contenham Vanilina (Baunilha). b) Estão proibidos o uso de cosméticos, café,

refrigerantes do tipo cola, bebidas alcoólicas e qualquer tipo de chá. c) A medicação atual deverá ser informada, para

posterior avaliação da Comissão de Controle de Qualidade, frente aos resultados obtidos, caso não seja possível

suspensão dos medicamentos em uso. São totalmente proibidos: os xaropes (que contenham guaiacol), Paraceta-

mol ou acetominofen, corticosteróides sistêmicos ou tópicos, Imipramina, Isoniazida, Levodopa, Metildopa,

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Metenamina ou Mandelamina, salicilatos ou ácido acetil salicílico, Guanetidina, Histamina, Lítio, derivados da

nitroglicerina, oxitetraciclina, fenolftaleína, Clonidina, Dissulfiran, Morfina e derivados opióides, Reserpina e

clofibrato. d) No quarto dia iniciar a coleta de urina de 24 horas, mantendo-se a dieta também neste dia.

Coleta de urina de 24 horas: Coletar em frascos próprios, limpos, sem qualquer resíduo químico ou orgânico.

Enviar alíquota de 200 mL da urina homogeneizada. Informar o volume total da amostra de 24 horas.

- Ao levantar desprezar toda a urina no vaso sanitário, anotar a hora desta micção.

- Guardar todas as micções obtidas no período de 24 horas, colocando-as nos frascos próprios, inclusive a

primeira urina da manhã seguinte, de deverá ser coletada no mesmo horário marcado como fim da primeira

micção do dia anterior.

- Todas as micções obtidas podem ser misturadas aos frascos que estão na geladeira. Estes frascos deverão estar

sempre muito bem tampados, e estocados sob refrigeração (2 a 8 C).

- Não encostar os genitais nos frascos de coleta. Se for necessário utilize um urinol bem limpo para proceder as

coletas, guardando as urina imediatamente nos frascos refrigerados.

Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração ou um mês sob congelamento.

Método: Espectrofotométrico - UV-VIS.

Valores de Referência: Normais : até 9 mg/24 horas.

Suspeito : 10 a 14 mg/24 horas.

Sugestivo : > 14 mg/24 horas.

Interferências: substâncias e medicamentos indicados nas Instruções de Coleta.

Indicações: Confirmação de casos de Síndrome Carcinóide, com ou sem tumoração. Há uma certa correlação

entre os níveis de 5 HIAA e a intensidade das metástases.

Informações importantes: informar a utilização dos medicamentos acima indicados.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO CÍTRICO URINÁRIO

Sinônimo mais comum: citratúria.

Material e conservação para envio: urina de 24 horas, com alíquotas mantidas sob refrigeração todo o tempo de

coleta. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada. Informar o volume total de 24

horas. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas conforme instruções descritas no exame de 5 HIAA. Evitar o

uso de frutas cítricas no período de coleta.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração e 30 dias sob congelamento.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM.

Até 4 anos : 0,43 a 1,15 mmol/24 horas.

5 a 6 anos : 0,67 a 1,39 mmol/24 horas.

7 a 8 anos : 0,81 a 1,63 mmol/24 horas.

9 a 10 anos : 0,91 a 1,87 mmol/24 horas.

11 a 12 : 1.06 a 5,28 mmol/24 horas.

Valores adultos : 1,20 a 5,28 mmol/24 horas.

Valores segundo Ambulatório de Litíase Renal da EPM.

Schor, N, et. al Calculose Renal, pq. 172 1995, Ed. Sarvier. SP.

Ambos os Sexos: > 1,44 mmol/24 horas > 300mg/24 horas

Interferências: uso de diuréticos pode provocar baixos níveis de citratúria.

GRUPO SÃO CAMILO

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Indicações: estudo dos casos de nefrolitíase de repetição, já que baixos níveis de Ácido Cítrico na urina

predispõe a produção de cálculos renais.

Informações importantes: Anotar a medicação em uso e idade.

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ÁCIDO CÍTRICO NO ESPERMA / CITRATO

Sinônimo mais usado: Citrato espermático

Material e conservação para envio: 2 mL de esperma sob refrigeração. Se somente este exame for realizado,

pode-se congelar o material até o momento de transporte, que será feito sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar o material pela manhã, através de masturbação, com abstinência sexual de 3 a 5

dias.

Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico .

Valores de Referência: 3,0 a 6,8 mg/mL.

Interferências: Ingestão de frutas cítricas .

Indicações: O Ácido Cítrico é um marcador espermático, com produção principalmente prostática. Elevações

ocorrem em processos inflamatórios e/ou infecciosos da próstata.

Informações importantes: período de abstinência e medicação atual.

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ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO - ALA-U (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: ALA-U

Material e conservação para envio: coletar e enviar um mínimo de 100 mL de urina recente, que pode ser

coletada no início ou fim da jornada de trabalho, ou coletar os dois materiais. Acrescentar Ácido Acético 8M na

proporção de 10 mL do Ácido Acético para cada litro de urina coletada. Instruir o paciente sobre os cuidados que

deve ter ao manipular os frascos de coleta. O pH final deve ficar entre 4,0 a 4,5. Proteger da luz .

É recomendado que a monitoração se inicie após um mês de exposição de forma ininterrupta. Coletar em frasco

plástico fornecido pelo laboratório.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra : até 5 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria UV/Vis.

Valores de Referência: Valores de Referência ................ .: 4,5 mg/ g de creatinina

I.B.P.M ..................................... .: 10,0 mg/ g de creatinina

Interferências: uso de medicamentos como cisplatina, penicilinas, glucosaminas e exposição à amônia.

Indicações: Monitoração de pacientes ou indivíduos expostos ao chumbo. O chumbo está presente nas

indústrias de extração do chumbo, na metalurgia, na fabricação de baterias automotivas, fábrica de tintas,

vernizes, esmaltes, pigmentos, fábrica de vidros, fotocopiadoras, fábrica de munições e fábrica de jóias.

Informações importantes: dados sobre atividade profissional do paciente, com tempo de exposição, quadro

clínico, etc .

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO DELTA-AMINOLEVULÍNICO DESIDRATASE – ATIVIDADE (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: ALA-D

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração.

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GRUPO SÃO CAMILO

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Instruções para coleta: momento da coleta não é crítico, em qualquer hora do dia, desde que coletado a partir da

4ª semana seguida de exposição, sem afastamentos maiores que 4 dias. Transportar e conservar sob refrigeração.

Evitar ingestão de sorbitol durante a coleta. Proteger da luz.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria VIS-UV.

Valores de Referência: até 20U/L

I.B.P.M : nada consta.

Interferências: hemólise, ingestão de sorbitol, terapêutica com barbitúricos, clordiazepóxido, cloroquina,

diazepam, ergotamina, hormônios femininos, etanol, hidantoína e derivados de sulfa.

Indicações: a ALA-D é uma enzima que liga 2 moléculas de ALA em uma molécula de Por-fobilinogênio,

levando a síntese dos derivados porfirínicos, na síntese do heme. A ALA-D é inibida pelo chumbo, causando uma

elevação do ALA no quadro de saturnismo. Além da ALA-D outras enzimas são inibidas pela ação do chumbo,

como a coproporfirinogênio descarboxilase e a ferro-quelastase, elevando também os níveis do

coproporfirinogênio e da protoporfirina. Essas inibições ocorrem a partir da concentração de 35 mcg/dL de

chumbo no sangue. Pode ser utilizada no diagnóstico laboratorial de porfirias e no monitoramento da exposição

ocupacional e intoxicação por chumbo.

Informações importantes: medicação atual, utilização de sorbitol.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO FENILGLIOXÍLICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: PGA

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina coletada no final da jornada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina no final da jornada, após a primeira semana de trabalho sem interrupções.

Coletar em sanitário afastado do local de trabalho, em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Em alguns

casos pode-se fazer a diferença entre a amostra de pré e pós-jornada.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: Cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: I.B.P.M. 240 mg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/Br).

Interferências: coleta em local inadequado (próximo ao local de trabalho) e bebidas alcoólicas, que inibem o

metabolismo do estireno.

Indicações: É um indicador da exposição ao estireno acima dos Índices de Tolerância Biológica. O estireno é

utilizado nas indústrias que produzem polímeros plásticos, borrachas e resinas. Seu controle biológico deve-se

as suas ações hepatotóxica e neurotóxica. Durante o metabolismo hepático, formam-se dois metabólitos

principais que são o Ácido Mandélico (80 a 85%) e o Ácido Fenilglioxílico (10 a 15%).

Informações importantes: tempo de trabalho sem interrupções e uso de bebidas alcoólicas.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO FÓLICO SÉRICO

Sinônimo mais usado: folato.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: Colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: Valores em ng/mL:

Faixas etárias Homens MulheresAté 10 anos11 a 14 anos15 a 19 anosAdultos

7,2 a 22,01,5 a 11,01,2 a 18,03,1 a 20,5

1,7 a 22,01,0 a 10,01,2 a 17,03,1 a 20,5

ng/mL x 2,26 = nmol/L

Interferências: Hemólise produz resultados falsamente elevados. Contraceptivos orais podem produzir

resultados baixos. A dieta pode influenciar nos resultados, normalizando provisoriamente resultados em

pacientes deficientes. A acentuada ferropenia pode mascarar a folatopenia.

Indicações: Classificação do tipo de anemia megaloblástica.

Informações importantes: informar a medicação atual, principalmente a administração de folatos, ferro e

vitamina B12; idade e sexo.

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ÁCIDO FÓLICO HEMÁTICO

Sinônimo mais comum: folato hemático

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA. Enviar sob refrigeração. Manter papéis

separando o tubo com o sangue e o gelo renovável.

Instruções para coleta: colher pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de referência: 126,0 a 651,1 ng/mL (para nível de confiança de 97,5%)

Interferências: vide exame anterior.

Indicações: deficiências de folato nas hemácias é o exame mais fiel da comprovação real da deficiência de

folatos ou deficiência real de Vitamina B12.

Informações importantes: estudo do metabolismo de pacientes com suspeita de anemia megaloblástica.

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ÁCIDO HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: A.H.

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigera-ção.

Instruções para coleta: coletar toda urina obtida no final da jornada, coletada em sanitário afastado do local de

trabalho, após a primeira semana de trabalho sem interrupções.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: Cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: até 1,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br)

I.B.P.M. : 2,5 g/g de creatinina ( NR-7, 1994, MT/Br)

Interferências: dietas muito ricas em ácido benzóico: alimentos com conservante de benzoatos, como massa de

tomate, sucos engarrafados, mostarda, refrigerantes, algumas frutas. Substâncias que elevam os níveis de ácido

hipúrico: alguns antidepressivos, cocaína, dietilpropiona e femprobamato. Substâncias que diminuem os níveis

de ácido hipúrico: etanol, tabaco e paracetamol.

Indicações: apesar do ácido hipúrico ser um metabólito normal, é também o principal metabólito urinário do

tolueno, que é utilizado como solventes de borrachas, óleos e tintas, indicando a sua exposição acima dos limites

de tolerância biológica.

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GRUPO SÃO CAMILO

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ÁCIDO HOMOGENTÍSICO – PESQUISA

Sinônimo mais comum: Alcaptonúria – pesquisa

Material e conservação para envio: urina coletada ao acaso. Enviar sob proteção da luz, sob refrigeração.

Evitar o contacto com o ar.

Instruções para coleta: preferencialmente pela manhã. Colocar a urina em frasco âmbar ou coberto com papel

alumínio ou preto, preenchendo totalmente o conteúdo do frasco, para se evitar ao máximo o contacto com o ar.

Paciente não pode estar utilizando uma série de medicamentos (vide Interferências).

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração, sob proteção da luz e do contacto com o ar.

Método: Teste do Cloreto Férrico, Teste da redução do Nitrato de Prata amoniacal, ou Cromatografia de Camada

Delgada, da urina, com revelação com Nitrato de Prata.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: Elevações : Ácido Ascórbico, Ácido Gentísico, Salicilatos, Aspirina, L-Dopa, Levodopa,

Melanina e Metabólitos e Fenóis.

Indicações: diagnóstico diferencial de urina escura. Pacientes com deficiência da enzima Áci-do

Homogentísico Oxidase tem acúmulo deste ácido, o que resulta em urina escura e alcalina. Esta peculiariedade

ocorre desde o nascimento, mas os quadros de artrite e a ocronose vão se manifestar na idade adulta. Diagnóstico

de Alcaptonúria.

Informações importantes: informar medicação atual, hora da coleta e data do envio.

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ÁCIDO HOMOVANÍLICO – URINA DE 24 HORAS

Sinônimo mais comum: AHV

Material e conservação para coleta: urina de 24 horas . Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório,

contendo 20 mL de HCl 6N, sendo mantido sob refrigeração durante todo o período de coleta. Enviar alíquota de

200 mL da urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob refrigeração. Informar o volume total da amostra de 24

horas.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme orientação já descrita. Pedir para que o paciente não

toque com os genitais no frasco de coleta. Juntar todas micções em frasco fornecido pelo Laboratório, que serão

mantidas sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, com a urina com conservante.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: 3 a 6 anos ................: 1,4 a 4,3 mg/24 horas.

6 a 10 anos ................: 2,1 a 4,7 mg/24 horas.

10 a 16 anos ................: 2,4 a 8,7 mg/24 horas.

Adultos ....................... : 1,4 a 8,8 mg/24 horas.

Interferências: principalmente descongestionantes nasais, metildopa, tetraciclina, aspirina, reserpina,

levodopa, piridoxina e broncodilatadores. Os mesmos alimentos que alteram o VMA ou o 5HIAA devem ser

evitados. Bebidas alcoólicas e drogas devem ser evitadas.

Indicações: Diagnóstico de Neuroblastoma, Feocromocitoma, Ganglioneuroblastomas e Síndrome de

Riley-Day.

Informações importantes: informar idade e medicação atual.

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ÁCIDO LÁTICO / LACTATO - PLASMÁTICO

Sinônimo mais comum: Lactato

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, rigorosamente sem hemólise, enviar sob

refrigeração.

Instruções para coleta: O paciente deve repousar por pelo menos 30 minutos antes da coleta. O garroteamente

deverá ser muito breve. Evitar movimentos com a mão antes de durante a coleta de sangue. Separar o plasma

imediatamente. Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento.

Método: Espectrofotometria enzimática .

Valores de Referência:

Valores de Adultos Plasma: mg/dL mmol/LVenoso 4,5 – 19,8 0,5 – 2,2Arterial

4,5 –

14,4

0,5 –

1,6

Valores Pediátricos plasma venosoFaixas etárias mg/dL mmol/L

1 a 12 meses

10 – 21 1,1 – 2,3

1 a 7 anos

7 –

14

0,8 – 1,57 a 15 anos 5 – 11 0,6 1,2–

Valores Pediátricos –

plasma arterial

Faixas etárias

mg/dL

mmol/L1 a 12 meses 6,0 – 13,0 0,66 – 1,441 a 7 anos 4,5 – 8,4 0,50 – 0,937 a 15 anos 3,0 - 7,0 0,30 – 0,80

Interferências: Medicamentos como: Anti-retrovirais, Biguamidas, Isoniazida e Nitroprussiato de Sódio.

Etanol e Tabaco.

Indicações: indicar a presença de hipóxia tecidual anaeróbica, determinar seus níveis e seguir ou monitorar os

efeitos terapêuticos. Diagnóstico diferencial da acidose metabólica. Casos do aumento do ânion-gap, que pode

estar aumentado devido à acidose láctica.

Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO LÁTICO – PROVA ISQUÊMICA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma fluoretado, de cada tempo de coleta, rigorosamente sem

hemólise, sob refrigeração. Deixar sob congelamento até o momento do envio.

Instruções para coleta: Deixar o paciente em repouso por pelo menos 5 minutos na própria cadeira de coleta.

Medir a pressão arteril e calcular a média aritmética das pressões sistólica e diastólica, no mesmo braço onde será

feita a coleta. Seguir as instruções abaixo:

1 - Soltar o ar do aparelho de pressão (ApP) e deixar o sangue circular livremente por 3 minutos.

2 - Aplicar um escalpe heparinizado em uma boa veia do antebraço a ser coletado.

3 - Coletar a amostra basal.

4 - Fechar o escalpe.

5 - Encher de ar o manguito do ApP e deixar na pressão arterial média, por 1 (um) minuto. Pedir para o paciente

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Coleta: mg/dL mmol/LBasal

4,5 – 19,8 0,5 – 2,2

Após isquemia com exercícios (em pelo menos um dos tempos)

13,5 – 27,0 1,5 – 3,0

GRUPO SÃO CAMILO

VI12

ficar abrindo e fechando a mão, cronometrando este tempo.

6 - Após este tempo de 1 minuto, coletar a 2ª amostra.

7 - Mantendo o exercício com a mão, coletar a 3ª, 4ª e 5ª amostras, respectivamente aos 3, 4 e 5 minutos após o

início do garroteamento.8 - No final da prova: retirar o aparelho de pressão e o escalpe. Pressionar o local onde estava o escalpe por pelo

menos 3 minutos, para se evitar hematomas.

OBS.: se ocorrer dor, cãimbras ou forte sensação de formigamento, ou se o paciente parar o exercício por

não conseguir prosseguir, anote este tempo e encerre o teste.

Nota 1: casos de fragilidade capilar e/ou plaquetopenia, podem aparecer petéquias ou hematomas no antebraço.

Alertar os pacientes que neste teste podem aparecer pequenos extravasamentos de sangue, principalmente

no local da punção e que poderão levar por volta de até 10 dias para desaparecer.

Estabilidade da amostra: vide Ácido Lático.

Método: espectrofotometria enzimática.

Valores de Referência:

Conversão: mg/dL x 0,1199 = mmol/L

Interferências: qualquer grau de hemólise e erros na conservação do material clínico.

Indicações: diagnóstico diferencial de miopatias e processos isquêmicos. O aumento do ácido lático será

proporcional ao quadro isquêmico envolvido.

Informações importantes: quadro clínico, medicações utilizadas.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO MANDÉLICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Ácido D-alfa-hidroxifenilacético.

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar o volume total de urina no final da jornada, após a primeira semana de jornada,

em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar em frasco plástico fornecido pelo Laboratório. Manter sob

refrigeração.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: Cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: V.R não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br.

I.B.P.M.: a) para estireno: 0,8 g/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)

b) etil-benzeno: 1,5 g/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)

Interferências: etanol.

Indicações: tanto o estireno como o etil-benzeno são metabolisados no fígado, que produz dois metabólitos: o

ácido mandélico (85%) iniciando a eliminação urinária após 6 horas da exposição e o ácido fenilglioxílico

(15%), que inicia a sua excreção urinária após 15 horas da exposição. O ácido mandélico é um indicador mais

sensível que o ácido fenilglioxílico para a exposição ambiental.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO METIL-HIPÚRICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: metil-hipurato

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina de final de jornada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar volume total da urina de final de jornada, após a primeira semana, em sanitário

afastado do local de trabalho.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: não definido pela NR-7, 1994, MT/Br.

I.B.P.M.: 1,5 g/ g de creatinina.

Interferências: etanol.

Indicações: o xileno e derivados são utilizados nas indústrias de tintas e agentes de limpeza. É utilizado com

indicador da exposição acima dos limites biológicos permitidos.

Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso de bebidas alcoólicas.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO OXÁLICO / OXALATO NA URINA DE 24 HORAS

Sinônimo mais comum: Oxalatúria.

Material de conservação para envio: Alíquota de 200 mL de urina de 24 horas. Enviar sob

refrigeração.Informar o volume total da amostra.

Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, juntando todas as micções em frasco plástico próprio ,

mantido sob refrigeração o período todo da coleta.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria UV-VIS

Valores de Referência: até 40 mg/24 horas.

Interferências: Vitamina C até 48 horas antes da coleta deve ser evitada. Deve-se evitar também, limão, laranja,

tomate, acerola, abacaxi, morango, espinafre, gelatinas, medicamentos a base de cálcio, etc.

Indicações: Determinação de estados de hiperoxalatúria primários ou secundários. Níveis muito elevados

ocorrem na intoxicação crônica ou aguda com polietilenoglicol. Estudos de quadros metabólicos ligados à

nefrolitíase.

Informações importantes : informar medicação atual, idade e sexo.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO PIRÚVICO SÉRICO

Sinônimo mais usado: piruvato

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: soro: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação. refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: 1 a 2 mg/dL

Interferências: a) variações fisiológicas: os valores do Ácido Pirúvico é mais elevado em crianças com menos de 10

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GRUPO SÃO CAMILO

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anos. Durante a digestão os seus valores se elevam. Elevações podem ocorrer após esforço físico. O Ácido

Pirúvico é formado pela degradação da glicose. Após se transformar em ácido lático, sob anaerobiose, e em

acetilcoenzima A, sob aerobiose, pela ação da enzima descarboxilase que é catalisada pela Vitamina B1.

Assim, o Ácido Pirúvico sérico é uma forma indireta de avaliar os níveis de lactato e de vitamina B1.

b) Variações Patológicas: um aumento do ácido pirúvico ocorre nos quadros de hipovita-minose B1, que se

origina na carência nutricional, cirrose, malabsorção intestinal e alcoolismo. Na maioria dos casos

associados a acometimentos neurológicos. O ácido pirúvico também se eleva (hiperpiruvicemia) nos

casos de acidose diabética e vômitos acetônicos, uremia, diastrofias musculares, ICC, deficiência de

tiamina, anemia falciforme, neoplasias, principalmente pulmonares e hepáticas e embolia pulmonar.

Indicações: avaliação de estados nutricionais teciduais (e aporte de oxigênio em tecidos), de gravidade de

alterações circulatórias, estados de estresse oxidativo, etc., (vide Interferências).

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDOS GRAXOS - PESQUISA NAS FEZES

Sinônimo mais usado: gorduras fecais.

Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes, coletadas após 3 dias sob regime de

gorduras, como segue abaixo. Refrigerar.

Instruções para coleta: coletar as primeiras fezes do dia, após 3 dias de regime normal, com 2 colheres de

sobremesa de manteiga em cada refeição.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.

Método: coloração pelo Sudan III

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: regimes ricos em gorduras.

Indicações: avaliação de pacientes com malabsorção e diarreia crônica.

Informações importantes: medicação atual, principalmente as que alteram o trânsito intestinal.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDOS GRAXOS LIVRES (NEFA) SÉRICOS

Sinônimo mais usado: NEFA

Material e conservação para envio: 1 mL soro sem hemólise sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imeditamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: 0,09 a 0,6 mmol/L.

Interferências: Elevações: Catecolaminas, ACTH, cortidosteróides, Jejum prolongado, glucagon e Hormônio

do Crescimento. Diminuições: Insulina(ação lipolítica), ingestão hipercalórica e medicamentos, como ácido

acetilsalicílico, citratos, clofibratos, neomicina e propranolol.

Variações patológicas: Aumentos: diabetes mellitus, feocromocitoma, hipercorticismo e hiper-tireoidiano.

Diminuições: adenoma das ilhotas pancreáticas e hipotireoidismo.

Indicações: os NEFA, representam de 5 a 7% dos ácidos graxos totais em circulação. Os ácidos graxos livres são

transportados pela albumina e representa uma forma de reserva de lípides de rápida utilização.

Informações importantes: medicamentos atuais, tipo de regime e patologias associadas.

_______________________________________________________________________________________

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

ÁCIDOS ORGÂNICOS

Sinônimo mais usado: Estudos de acidemias

Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar amostra ao acaso

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia de massa.

Valores de Referência: a metodologia pesquisa os seguintes ácidos orgânicos: Ácido Acetoxiacético, Ácido

Adípico, Ácido Etilmalônico, Ácido Glutárico, Ácido-3-hidroxibutírico, Ácido-2-hidroxiglutárico, Ácido-2-

hidroxivalérico, Ácido-hidróxi-3-metilglutárico, Ácido hidroxifenil lático, Ácido hidroxifenil pirúvico, Ácido

cetoisocapróico, ácido cetoisovalérico, Ácido ceto 3-metilvalérico, Ácido lático, Ácido 3-metilglutárico, Ácido

metilmalônico, Ácido orótico, Ácido Sebácico, Ácido Subérico e Ácido Pirúvico.

Interferências: não há referências

Indicações: as acidemias ou distúrbios do metabolismo dos ácidos orgânicos formam um conjunto heterogêneo

de patologias metabólicas de fundo hereditário das vias metabólicas da degradação dos aminoácidos, ácidos

graxos e carbohidratos. São patologias de acúmulo de ácidos orgânicos e derivados, que ocorre no sangue, urina,

líquidos biológicos e principalmente tecidos. O aumentos das acilcarnitinas específicas são provenientes de

quadros de acidemias orgânicas por acúmulo de ésteres de Acil-CoA em nível de mitocôndrias. Essas alterações

podem ser detectadas pelo Perfil Tandem e confirmadas pelo perfil de Acilcarnitinas quantitativo, no período

Neonatal. As acidemias mais frequentes são a propiônica (Defici12 dependente), a isovalérica, a glutárica

(déficit de Desidrogenase Glutaril-CoA) e a deficiência da 3-OH-3-metilglutaril-CoA liase. Por outro lado, a

degradação dos aminoácidos isoleucina, valina, treonina, metionina e dos ácidos graxos de número ímpar de

carbonos e ainda da cadeia lateral do colesterol resulta na formação de propionil-CoA, que por sua vez é

convertido a metilmalonil-CoA, que são introduzidos no ciclo de Krebs e são fosforilados oxidativamente. Nas

Acidúrias propiônica e metilmalônica estes produtos acabam por se acumular no sangue periférico e

principalmente nos tecidos, sendo finalmente secretados em grandes concentrações na urina dos pacientes.

Essas patologias apresentam grande variabilidade de quadros clínicos e de severidade entre os pacientes.

Nas formas mais graves os sintomas já aparecem no período neonatal que podem ser como inapetência, vômitos,

hipotonia, letargia, convulsões, coma e morte súbita. Todos apresentam cetoacidose metabólica, hiperamonemia

e hipoglicemia. Aplasia medular pode ocorrem em mais de 50% dos casos. Mesmo pacientes em tratamento

podem ter recaídas em quadros infecciosos e patologias gastrointestinais. Os sintomas são anorexia, hipotonia,

vômitos, convulsões e retardo do desenvolvimento. Quadros leves podem cursar sub-clinicamente até um

episódio súbito por quadro infeccioso. (Bibliografia-DLE).

Informações importantes: suspeita e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO TRANS-TRANS-MUCÔNICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: ATTM

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós-jornada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, coletada após um mínimo de dois dias

seguidos de exposição. A portaria 34 de 20-12-2001 recomenda a coleta da urina a partir do terceiro dia seguido

de exposição. Coletar em frasco fornecido pelo Laboratório.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência 0,5 mg/g de creatinina (ACGIH/BEI)

A NR-7, 1994, MT/Br não contempla VR, segundo a portaria n° 34 de 20-12-2001. O

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GRUPO SÃO CAMILO

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valor de 1,6 mg/g de creatinina correlaciona-se com uma exposição ocupacional de 1 ppm de benzeno.

Interferências: sorbitol (como aditivo de alimentos) e tabaco, que diminuem os níveis do ácido na urina.

Indicações: a determinação do ácido trans-trans-mucônico na urina é recomendado como indicador biológico

da exposição a baixas concentrações de benzeno, sendo muito mais sensível que o fenol como indicador desta

exposição.

Informações importantes: local de trabalho, uso de sorbitol como aditivo alimentar, tipo de exposição, tempo

de exposição e hábito do tabagismo.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO TRICLORACÉTICO (Toxicologia ocupacional )

Sinônimo mais usado: TCA

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina pós jornada sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar todo o volume de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da

última jornada da semana. Manter sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectroscopia UV-VIS.

Valores de Referência: Não definido pela NR-7, 1994, MT/Br

I.B.P.M. 3,5 mg/L

Interferências: fenobarbital.

Indicações: Indicador da exposição ao tetracloetileno, tricloroetileno, tricloroetano e hidrato de cloral acima do

limite de tolerância biológica.

Informações importantes: local de trabalho, tipo de exposição, tempo de exposição e uso terapêutico de

fenobarbital.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO ÚRICO SÉRICO

Sinônimo mais comum: Uricosemia.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã. Jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico enzimático automatizado.

Valores de Referência: mcmol/L = mg/dL x 59,5

Valores em mg/dLFaixa etária

Masculino

Feminino

0 a 12 meses

1 a 4 anos

5 a 11 anos

12 a 14 anos

15 a 17 anos

17 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 a 89 anos

= ou > 90 anos

1,7 a 7,9

2,2 a 5,7

3,0 a 6,4

3,2 a 7,4

4,5 a 8,1

3,7 a 9,2

3,7 a 8,1

3,4 a 8,1

3,0 a 8,7

3,0 a 9,0

1,9 a 7,9

1,7 a 5,1

3,0 a 6,4

3,2 a 6,1

3,2 a 6,4

3,1 a 7,8

1,2 a 6,5

3,4 a 9,2

2,7 a 8,1

2,8 a 8,5

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: Elevações: diuréticos em geral, Adrenalina, Noradrenalina, Salicilatos, Ácido Nicotínico,

Corticosteróides, agentes anti-neoplásicos, Triptofano (V.O.), Ácido Ascórbico, Metildopa e Metabólitos da

Cafeína. Diminuições: corticotrofina, Azatioprina, Ácido Etacrínico e Diuréticos mercuriais.

Indicações: Gota e outros estados de Hiperuricemia, como nas Nefrolitíase, Insuficiência Renal, Neoplasias e

doenças linfoproliferativas, toxemia gravídica e psoríase. Diabetes, Acromegalia e Sarcoidose. Pode haver

diminuições da uricemia nas Síndromes de Fanconi e Wilson.

Informações importantes:informar a medicação atual e doenças atuais.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO URICO NA URINA DE 24 HORAS OU AO ACASO

Sinônimo mais comum: uricosúria

Material e conservação para envio: Alíquota de 200 ml de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o

volume total da amostra coletada. Enviar sob refrigeração. Para urina ao acaso, coletar mínimo de 50 mL de urina

recente, sem horário crítico para a coleta.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, juntando as micções em frasco próprio, mantidas sob

refrigeração. Para urina ao acaso, vide item anterior.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico enzimático automatizado.

Valores de Referência: em mg/24 horas:

Valores para adultos:

Com dieta protéica normal 250 – 750

Com dieta pobre em purinas < 600

Valores Pediátricos:

Faixa etária Valor médio Variação

Pré-escolar (0 a 5 anos) 615 32 – 1225

Escolar (6 a 10 anos) 580 60 800

Adolescentes (11 a 18 anos) 430 65 610

Urina ao acaso: 30 a 125 mg/L.

Interferências: vide Ácido Úrico sérico.

Indicações: vide Ácido Úrico sérico.

Informações importantes: medicação atual, informar volume total da urina de 24 horas.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO URICO NO LÍQUIDO SINOVIAL

Sinônimo mais comum : -

Material e conservação para envio: Líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Pode ser

enviado na seringa de coleta, com agulha lacrada com rolha de borracha , sob refrigeração .

Instruções para coleta: material enviado colhido.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria enzimática automatizada.

Valores de referência: 85 a 90 % dos valores séricos. Recomenda-se ensaiar uma amostra sérica

concomitantemente ao teste do líquido sinovial.

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GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: vide Ácido Úrico sérico.

Indicações: Artrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota.

Informações importantes: informar medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO ÚRICO – PESQUIDA DE CRISTAIS DE

Sinônimo mais comum: -

Material e conservação para envio: líquido sinovial enviado colhido pelo(a) médico(a) – assistente. Enviar na

própria seringa com agulha lacrada com rolha de borracha. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: material enviado colhido.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: microscopia de fase com luz polarizada.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: Não há referências.

Indicações: Atrite gotosa, diagnóstico diferencial com pseudo-gota.

Informações importantes: informar medicação atual e quadros de artrite anteriores.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO VALPRÓICO

Sinônimo mais comum: valproato de sódio.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. O melhor momento de coleta pode ser o imediatamente antes da

próxima dose, ou conforme orientação do(a) médico(a) – assistente. Pode-se coletar uma amostra no vale e/ou no

pico. O pico sérico ocorre entre 1 a 8 horas dependendo da apresentação farmacêutica. A meia-vida varia de 6 a

16 horas. O equilíbrio terapêutico ocorre após 2 a 3 dias de tratamento V.O..

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Valores de Referência: Concentração terapêutica mínima : 50 µg/mL

Concentração terapêutica eficaz : 50 a 100 µg/mL

Concentração potencialmente tóxica : > 100 µg/mL

Interferências: Interações com outras drogas anti-convulsivantes. Hiperlipemia.

Indicações: Monitoração de crises mal controladas e casos de intoxicação medicamentosa.

Informações importantes: toda a medicação atual. Nome do medicamento anti-convulsivante com Ácido

Valpróico, dia e hora da última dose, concentração da dose tomada.

_______________________________________________________________________________________

ÁCIDO VANILMANDÉLICO

Sinônimo mais usado: VMA

Material e conservação para envio: Urina de 24 horas, com HCl a 50% : adultos : 20 mL por litro de urina

coletada e, crianças: 10 mL por litro de urina coletada. ATENÇÃO LÍQUIDO CORROSIVO – não deixar ao

alcance de crianças e tomar cuidado para não encostar na pele durante a coleta. Refrigerar durante a coleta de 24

horas. Enviar sob refrigeração, alíquota de 200 mL, homogeneizada, da urina de 24 horas. Anotar o volume total

de 24 horas.

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Interferências:

Alimentares: elevações: chás, café, chocolate, baunilha/vanilina, banana, abacaxi, sucos de frutas, sorvetes e

refrigerantes.

Medicamentos: a) elevações: alfa-bloqueadores, antagonistas do cálcio, antidepressivos, anti-histamínicos,

anti-psicóticos, beta-bloqueadores, drogas com ação semelhante às catecolaminas,

diuréticos, inibidores da MAO, estimulantes, simpaticomiméticos, vasodilatadores,

algumas drogas, como cocaína, morfina, etc.

b) diminuições: anti-hipertensivos, agonistas dopaminérgicos, anti-psicóticos como

haloperidol, dissulfiram e metirosina.

Indicações: sendo o principal metabólito das catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), encontra-se elevado

nos quadros com produção patológica das catecolaminas, como no Feocromocitoma, Ganglioneuroblastoma,

Neuroblastoma e Ganglioneuroma. É menos sensível que a dosagem das metanefrinas.

Informações importantes: medicamentos de uso contínuo e dieta recomendada.

_______________________________________________________________________________________

ACONDROPLASIA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Estudo genético para Acondroplasia

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total de EDTA, coletado e mantido esterilmente, a

temperatura ambiente. Coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência das mutações.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular das mutações G1138A e G1138C para Acondroplasia.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

ACTH

Sinônimo mais comum: Hormônio Adrenocorticotrófico

Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA. Congelar o mais rapidamente possível. Enviar

congelado.

Instruções para coleta: Colher entre 6 e 8 horas da manhã (níveis máximos) ou às 16:00 horas (segundo pico do

dia) ou às 22:00 e às 2:00 horas (níveis mínimos). O paciente deverá repousar por 30 minutos antes da coleta.

19

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Instruções para coleta: seguir instruções para coleta de 24 horas. Vide Material e conservação para envio.

Anotar hora do início e do fim da coleta. Paciente deve se submeter à dieta abaixo e ficar, sob conhecimento

médico, pelo menos 7 dias sem medicação (vide abaixo), antes de iniciar a coleta.

Estabilidade da amostra: com conservante ácido até 20 dias sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: Crianças : ......... até 12 mg/24 horas

Adultos : ...........até 8 mg/24 horas

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Jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: adultos e crianças :

8 horas : até 46 pg/mL.

16 horas : até 25 pg/mL.

23 horas : até 17 pg/mL.

Interferências: Elevações: Insulina, Levodopa, Metapirona, Vasopressina e Pirogênios. Diminuições:

Dexametasona.

Indicações: Teste de Estímulo do ACTH com Propranolol e testes de supressão com Dexametasona para ACTH

e Cortisol.

Informações importantes: informar a medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ACTINA - AUTOANTICORPOS ANTI-

Sinônimo mais usado: anti-Actina

Material e conservação para envio: 1 mL soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente

Interferências: Lipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: esses anticorpos podem estar presentes em pacientes portadores de Hepatite auto-imune do tipo I. A

actina em sua sub-unidade F-actina é um derivado do músculo liso. Esses anticorpos apresentam especificidade

para o componente actina do citoesqueleto e podem ser encontrados, por imunofluorescência de tecidos de ratos,

como fígado, estômago e rins. Os anticorpos anti-actina são encontrados em 50 a 85% dos pacientes com

Hepatite Auto-Imune (HAI) ou hepatite crônica ativa (HCA) e em aproximadamente 25% dos pacientes com

cirrose biliar primária (CBP). Anticorpos anti-actina podem ser detectados, em títulos baixos em até 20% da

população normal. É mais sensível e específico que os anticorpos anti-músculo liso para o diagnóstico de HAI.

Outra indicação deste exame é que cerca de 20% dos pacientes com HAI e anticorpos anti-actina não respondem

a corticoidoterapia.

Informações importantes: exames anteriores, quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ADENOSINA DEAMINASE

Sinônimo mais comum: ADA

Material e conservação para envio: 2 mL do material coletado. (LCR, outros líquidos Biológicos). Enviar sob

refrigeração.

Instruções para coleta: Material coletado pelo(a) médico(a) - assistente. Pode ser recebido na própria seringa ,

com agulha lacrada com tampa de borracha.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. LCR pode ser congelado por até 2 meses.

Método: espectrofotométrico.

GRUPO SÃO CAMILO

VI20

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Valores de Referência: Sugestivo para tuberculose :

LCR ................................... : < 5 UI/L.

Liquido Plural ..................... : < 4 UI/L.

Outros líquidos................... : > 40 UI/L

Interferências: não há referências.

Indicações: A ADA é uma enzima que acelera a transformação blástica de linfócitos e macrófagos durante uma

reação imunológica. Valores elevados sugerem etiologia tuberculosa na formação ou coleção líquida com

sensibilidade de 100% e especificidade de 92% . Altos valores podem aparecer nas fases iniciais da AIDS.

Informações importantes: informar a medicação atual e quadro clínico. Não esquecer de informar o material

coletado.

_______________________________________________________________________________________

ADENOVÍRUS – PESQUISA – PCR / AGLUTINAÇÃO

Sinônimo mais usado: adenovírus por PCR

Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA ou lavado brônquico, coletado pelo(a)

médico(a)-assistente, separados esterilmente, congelados imediatamente após a separação. Enviar sob

refrigeração. Para as fezes: coletar pelo menos 5 gramas de fezes, colocar no frasco de conservação.

Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Coleta médica para o

lavado brônquico.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.

Método: PCR. Para as fezes a metodologia é a aglutinação com partículas de látex.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: contaminações durante a coleta ou separação dos materiais.

Indicações: Os adenovírus são responsáveis por quadros infecciosos geralmente inaparentes ou benignos,

comprometendo as mucosas dos olhos e do aparelho respiratório. Raramente atinge os tratos cardíacos, renais ou

hepáticos. O quadro ocular se manifesta principalmente por conjuntivite aguda, geralmente acompanhada de

faringite viral ou de forma epidêmica, pelo vírus tipo 8. Os quadros geralmente são agudos, febris, podendo se

desenvolver pneumonias e broncopneumonias. Quadros de diarréia podem ser concomitantes aos quadros

oculares ou respiratórios . Os testes para fezes geralmente são feitos com aglutinação do látex.

Informações importantes: medicação atual, quadros virais .

_______________________________________________________________________________________

ADENOVÍRUS – PESQUISA NAS FEZES

Sinônimo mais usado: Adenovírus nas fezes.

Material e conservação para envio: fezes recentes, sob refrigeração.

Instruções para coleta: as amostras devem ser coletadas, aleatoriamente, assim que os sinto-mas se iniciarem.

A quantidade de partículas virais vão diminuindo a partir do 8º dias de doen-ça, diminuindo a sensibilidade do

teste.

Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração, estando o frasco muito bem tampado pa-ra se evitar

evaporação e dessecação das fezes.

Método: imunocromatografia, com anticorpos monoclonais, contra antígeno Hexon, presente em todos os

subtipos de adenovírus.

Valores de Referência: teste negativo.

Interferências: número de cópias de vírus. Um resultado negativo não exclui uma possível in-fecção pelo vírus.

Indicações: A adenovirose é a segunda causa gastroenterites de origem viral em crianças (varia de 10 a 15%),

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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podendo ainda causar doenças respiratórias, diarreia, conjuntivite, cistite, etc. Já foram identificados 47

sorotipos de adenovírus, todos com o antígeno hexon. Os sorotipos mais frequentes, causadores de

gastroenterites são 40 e 41. Os principais sintomas são a diarreia, febre e vômitos, geralmente ocorrendo entre o

9º e o 12º dia após o contágio.

Informações importantes: tempo do aparecimento dos sintomas e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgG

Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgG

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Reagente:.................... superior a 1,1 (Índice)

Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice)

Indeterminado:............ 0,9 a 1,1 (Índice)

Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides.

Indicações: estudo das infecções por adenovírus. Exames com resultados indeterminados devem ser repetidos,

com nova coleta, de 7 a 15 dias após o primeiro ensaio.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ADENOVÍRUS – SOROLOGIA – ANTICORPOS IgM

Sinônimo mais usado: Adenovírus – IgM

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: adultos podem coletar em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: Reagente:..................... superior a 1,1 (Índice)

Não Reagente:............. inferior a 0,9 (Índice)

Indeterminado: ............ 0,9 a 1,1 (Índice)

Interferências: Lipemia e terapia com corticosteroides.

Indicações: estudos de casos agudos de infecção por adenovírus.

Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

AGLUTININAS ABO

Sinônimo mais usado: iso-hemaglutininas

Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA e 2 mL de soro, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

GRUPO SÃO CAMILO

VI22

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Neonatos 2,6 – 4,4

6 meses a 3 anos 2,9 – 4,8

3 a 9 anos 4,1 – 5,2

10 a 17 anos 4,0 – 5,4

Até 59 anos 3,4 – 5,4

60 – 69 anos 3,6 – 4,5

70 a 79 anos 3,6 – 4,5

80 a 95 anos 3,5 – 4,3

Estabilidade da amostra: Sangue Total em EDTA: 5 dias sob refrigeração; soro: 2 meses sob congelação ou 20

dias sob refrigeração.

Método: micro-hemaglutinação.

Valores de Referência: Isoaglutinina A : 1/16 a 1/32.

Isoaglutinina B : 1/16 a 1/32.

Interferências: transfusões sanguíneas e baixa idade.

Indicações: imunidade humoral. Pacientes que já se alimentam de cereais e leguminosas apresentam níveis

superiores a 1/16 para isoaglutininas A ou B , ou ainda A e B.

Informações importantes: idade correta do paciente, sexo, medicação atual, etc.

_______________________________________________________________________________________

ALBUMINA SÉRICA

Sinônimo mais comum: Albuminemia

Material e conservação para envio: 1 ml de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico automatizado.

Valores de Referência:

Valores pediátricos (g/dL):

Valores para adultos (g/dL):

Interferências: Elevações: Ampicilina , Heparina sódica, Fenazopiridina e Lipemias.

Diminuições: Estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina, Sulfonamídicos e

Hiperbilirrubinemia.

Informações importantes: informar medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ALANINA AMINOTRANSFERASE – ALT (TGP) (ver Transaminases)

_______________________________________________________________________________________

ALDOLASE

Sinônimo mais comum: ALD

Material e conservação para envio: 1 ml de soro, enviado sob refrigeração.

23

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Espectrofotométrico enzimático.

Valores de Referência: Adultos : até 7,6 U/L

Crianças : RN .....................: até 19,6 U/L

10 a 24 meses......: 3,4 a 11,8 U/L

2 a 16 anos........: 1,5 a 8,8 U/L

Interferências: Elevações: Ácido Épsilon Aminocapróico, Inseticidas Órgano-Clorados e Órgano-Fosforados,

Clofibrato, Tiabenzadol, infecções intra-musculares e quadros de hemólise.

Indicações: Diagnóstico e seguimento das miopatias, como na distrofia muscular progressiva e

dermatopolimiosites. Há elevações em casos de infartos do miocárdio, hepatopatias e algumas neoplasias, como

carcinoma de próstata, carcinoma mestastático de fígado, etc. Patologias hematológicas, como anemia

megaloblástica e crise da anemia falciforme.

Informações importantes: informar medicação atual, sexo, idade .

_______________________________________________________________________________________

ALDOSTERONA SÉRICA

Sinônimo mais utilizado: Mineralocorticóide.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes poderão coletar

imediatamente antes da próxima mamada. O exame poderá ser feito sob as seguintes condições:

a) Dieta normossódica: 2 horas após posição ortostática ou em repouso absoluto de pelo menos 4 horas.

b) Dieta Hipersódica: teste de supressão.

c) Dieta Hipossódica: teste de estímulo.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzima Imunoensaio.

Valores de Referência: Para dieta normossódica :

Em ng/dL:

em pé: 4,0 – 31,0

em repouso: 1,0 – 16,0

GRUPO SÃO CAMILO

VI24

Interferências: Elevações: Angiotensina, Furosemide, uso crônico de laxantes que provocam perda de Sódio,

anticoncepcionais orais, restrição de sódio e potássio e uso de Espirolactona. Diminuições: Corticosteróides,

infusão EV de solução fisiológica e uso crônico de Salasarina.

Indicações: Diagnóstico e seguimentos de casos de Hiperaldosteronismo Primário (Síndrome de Conn-

Adenoma secretor), Hiperaldosteronismo Pseudoprimário (Síndrome Suprarrenal Bilateral) e

Hiperaldosteronismo Secundário. Deficiências sem hipertensão, como Doença de Addison e outras formas de

Hipoaldosteronismo. Deficiências com Hipertensão, com Hipersecreção de Desoxicorticosterona, Diabetes, etc.

Informações importantes: informar a medicação atual, informar o tipo de dieta sódica, como normal, rica ou

pobre em sal (Uma dieta normal , para 2000 Kcal. Diárias, segundo a OMS, contém 2,35 g de sódio ou 6,0 g de

NaCl). Informar a forma de preparo do paciente, se coletou em pé ou deitado, o tempo de preparo e se há e qual é a

patologia associada.

_______________________________________________________________________________________

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ALDOSTERONA URINÁRIA

Sinônimo mais comum: Mineralocorticóide urinário.

Material e conservação para envio: urina de 24 horas. Usar 20 mL /L de Ácido Acético 8 M, manter sob

refrigeração. Enviar alíquota de 200 mL da urina de 24 horas. Homogeneizar bem antes de medir o volume total,

que deve ser informado.

Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, em frasco plástico próprio, reunindo as micções em um

mesmo recipiente, mantido sob refrigeração. Não fornecer o conservante ao paciente. Este deverá ser colocado

na urina no momento que chegar ao laboratório apoiado. Como o Ácido Acético é controlado pela Polícia

Federal, os laboratórios que não tem acesso ao produto, deverão estocar, sob refrigeração a urina, e envia-la o

mais breve possível ao Laboratório São Camilo. Informar o tipo de dieta salina, se normal, hipo ou hipersódica.

Informar o volume total da amostra de urina de 24 horas.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: Enzima Imunoensaio.

Valores de Referência :

tipo de dieta salina em mcg/24 horas

Dieta Hipossódica 17,0 – 44,0

Dieta Hipersódica Até 6,0

Dieta Normossódica 6,0 – 25,0

Interferências: vide Aldosterona Sérica.

Informações importantes: vide Aldosterona Sérica.

_______________________________________________________________________________________

ALFA FETOPROTEÍNA

Sinônimo mais comum: AFP

Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar o sangue

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: Adultos (masculino e feminino): inferior a 8,4 ng/mL

Interterências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia.

Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Carcinoma Hepatocelular, Coriocarcinomas, Carcinomas

Valores Pediátricos em ng/mL

Faixa Etária

Masculino

0 a 1 mês

1 a 12 meses

1 a 3 anos

4 a 6 anos

7 a 12 anos

13 a 18 anos

0,49 a 13.343,00

0,49 a 23,4

0,49 a 6,54

0,49 a 4,6

0,49 a 3,1

0,49 a 3,2

Feminino

0,49 a 16.672,00

0,49 a 63,6

0,49 a 9,1

0,49 a 3,5

0,49 a 4,6

0,49 a 3,5

Gestantes

Semanas

Valores de Referencia

6ª a 12ª

13ª a 18ª

19ª a 21ª

22ª a 27ª

1,0 a 25,0

1,0 a 71,0

21,0 a 96,0

51,0 a 170,0

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Embrionários e em alguns casos de pulmão, pâncreas, cólon e estômago. Casos de doenças hepáticas graves e

casos obstétricos, como Anencefalia, tubo neural aberto, atresia de esôfago, etc. Em casos de Síndrome de Down,

há aumento da AFP no soro materno e no líquido amniótico.

Informações importantes: informar idade, mês de gestação, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ALFA-1-ANTITRIPSINA SÉRICA

Sinônimo mais comum: normalmente não é utilizado sinônimos.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes poderão coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunoturbidimetria.

Interferências: Elevações: Ácido Épsilon–Aminocapróico, Estreptoquinase, Estreptodornase, Contraceptivos

orais e injeções intramusculares.

Indicações: Transtornos inflamatórios, processos malignos, alterações hormonais, Infarto Cerebral, LES e

Tireoidite de Hashimoto, elevam os níveis da Alfa-1-Anti-Tripsina. Baixos níveis: Síndrome Nefrótica por

perdas. Diminuição da síntese: Hepatite aguda, prematuridade. Aumento do uso: Síndrome da dificuldade

respiratória e pancreatite aguda, deficiências congênitas, como Enfisema Pulmonar e Hepatite Criptogênica.

Informações importantes: informar medicação atual, idade e sexo.

_______________________________________________________________________________________

ALFA-1-ANTITRIPSINA FECAL

Sinônimos mais comuns: Anti-Tripsina fecal.

Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas sem conservante, manter sob refrigeração. Enviar

pelo menos 5 g de fezes. Se não for possível obter a quantidade mínima necessária, manter o coletado sob

refrigeração e ajuntar o material de uma próxima coleta.

Instruções para coleta: sem conservante, sem uso de qualquer tipo de medicamentos que possam alterar o

trânsito intestinal, coletar amostra de fezes ao acaso. Imediatamente colocar sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: até 4 dias sob refrigeração.

Método: Imunodifusão Radial

Valores de referência: até 30 mg/g de fezes secas.

Interferências: medicamentos que podem alterar o trânsito intestinal.

Indicações: diagnóstico laboratorial dos quadros de enteropatias perdedoras de proteínas, como enterite

regional, Doença de Whipple, Carcinoma gástrico, linfagectasia intestinal, hipogamaglobulinemia congênita,

gastroenteropatia alérgica, intolerância do leite de vaca e intolerância à Lactose.

Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI26

Valores de Referência: 0 a 1 mês . . . . . . . . : 124 a 348 mg/dL

2 a 6 meses . . . . . . : 111 a 297 mg/dL

7 meses a 2 anos . . : 95 a 251 mg/dL

3 a 19 anos . . . . . . . : 110 a 279 mg/dL

Adultos . . . . . . . . . : 78 a 200 mg/dL

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ALFA-1 ANTITRIPSINA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE MUTAÇÃO

Sinônimo mais usado: Mutação da Alfa-1 Antitripsina

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência de mutação.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular da mutação do gene PI – Inibidor da Protease – com detecção dos alelos

mutantes S e Z, determinantes da deficiência desta proteína.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

ALFA-1-GLICOPROTEÍNA ÁCIDA

Sinônimo mais comum: seromucóide.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria.

Valores de Referência: Homens: 50 a 130 mg/dL

Mulheres: 40 a 120 mg/dL

Interferências: diminuições : anticoncepcionais orais, estrógenos e derivados.

Indicações: avaliação e classificação dos estados inflamatórios. Sendo uma proteína de fase aguda, está mais

elevada no início dos quadros inflamatórios. Pode estar elevada nas colagenoses, como LES, AR, ileíte de Crohn.

Neoplasias, queimaduras, traumas e infartos.

Informações importantes: informar medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ALFA-2 MACROGLOBULINA

Sinônimo mais usado: A2M

Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Nefelometria.

Valores de Referência: > 19 anos : 130 a 300 mg/dL

3ª idade : 120 a 350 mg/dL

Interferências: Medicamentos: anti-inflamatórios não hormonais, corticosteróides, etc,

Alterações fisiopatológicas: Aumentos: Agamaglobulinemia, ataxia-telangiestasia, bronquite crônica, cirrose

hepática, dermatite atópica, diabetes , estrógeno-terapia, gestação, Síndrome de Down e Síndrome Nefrótica.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Diminuições: artrite reumatóide em atividade, Doença de Waldenström, gastrites, infarto do miocárdio, litíase

biliar, litíase renal, Mieloma Múltiplo, pneumopatias agudas, pleuresia, tumores hepáticos primários, úlceras

gastrointestinais.

Interpretação: indicada nas alterações fisiopatológicas vistas acima. Representa aproximadamente 4% do total

das proteínas de um indivíduo normal adulto. Tem um papel importante no transporte e regulação de uma série de

substâncias, como insulina, esteróides, PSA, HGH, e ALT. Tem papel importante na regulação de processos

inflamatórios, inibindo a ação proteolítica da Plasmina, Calicreína e da Tripsina. Tem um efeito anti-trombínico

de caráter progressivo, atuando na fibrinólise de trombos. Tem um efeito moderador sobre a rejeição do feto pela

mãe, inibindo em nível placentário a transformação blástica dos linfócitos killer.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS – ANÁLISE

Sinônimo mais usado: Análise de alimentos geneticamente modificados – OGM

Material e conservação para envio: grãos, farelos, produtos primários de milho ou soja.

Instruções para coleta: coletar pelo menos um quilo de cada amostra a ser analisada, ou dos grãos, farelo, etc.

Embalar em frasco plástico bem fechado evitando umidade.

Estabilidade da amostra: até 7 dias a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: modificações genéticas ausentes.

Interferências: umidade nos grãos ou sub-produtos.

Indicações: pesquisa de alimentos geneticamente modificados.

Informações importantes: dia, hora e local de coleta. Tipo de produto.

_______________________________________________________________________________________

ALUMÍNIO SÉRICO (Também para toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Al.

Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: para pacientes em hemodiálise, recomenda-se coletar nos últimos 60 minutos da sessão

de diálise. Não coletar e manipular a amostra com luvas de látex. Coletar o sangue em frasco livre de traços de

metais. Após a retração do coágulo e centrifugação, passar o soro para outro frasco livre de traços de metais, sem

gel separador. Dar preferência de transferência de tubo para tubo, com cuidado com contaminações ambientais.

Refrigerar imediatamente.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica

Valores de Referência: até 10 mcg/L, segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Portaria n°82 de 03-01-

2000): para pacientes com doença renal crônica:

a) para valores inferiores a 30 mcg/L: controles anuais.

b) para valores superiores a 30 mcg/L: realizar teste da Desferroxamina (DFO).

Segundo o Clinical and Analytical Handbook 2nd ed 1992 UK – ed. A.W.Walker:

< 60 mcg/L para baixo risco de toxicidade para indivíduos com IRC.

> 60 mcg/L acúmulo excessivo, risco de toxicidade em crianças.

> 100 mcg/L preocupantes- alto risco de toxicidade em crianças.

> 200 mcg/L alto risco de toxicidade em todas as faixas etárias.

GRUPO SÃO CAMILO

VI28

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Segundo Norbert W. Tietz 3 rd ed. P 38, 1998:

Pacientes em hemodiálise: de 20 a 550 mcg/L

Pacientes em terapia antiácida com géis de Al: até 30 mcg/L.

Interferências: contaminações durante a coleta (uso de luvas de látex).

Indicações: acompanhamento clínico-toxicológico de pacientes submetidos à hemodiálise.

- Teste de infusão da deferroxamina: os pacientes renais crônicos que são submetidos à hemodiálise podem

apresentar intoxicações por alumínio que são contidos nos líquidos de diálise e devido à ingestão de Hidróxido

de alumínio por via oral. O Alumínio provoca osteomalácia prejudicando ainda mais o hiperparatireoidismo

próprio da doença renal.

Antes da sessão de hemodiálise coletar uma amostra de sangue. Nos últimos 60 minutos da sessão de

hemodiálise aplica-se Desferol EV, na concentração de 5mg/kg de peso em soro glicosado a 5% para pacientes

não diabéticos, pacientes diabéticos devem receber em soro fisiológico. Após 44 horas após a infusão da

Desferroxamina , antes da próxima sessão de diálise coletar nova amostra de sangue para determinação do

Alumínio Sérico. Um teste positivo apresenta um aumento superior a 150 mcg/L em relação aos valores basais.

Isto representa a remoção do Al do tecido ósseo. O complexo forma a aluminoxamina que é secretado totalmente

pelas fezes e pela urina.

Informações importantes: horários das sessões de hemodiálise, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ALUMÍNIO NA URINA (Também para toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Al na urina.

Material e conservação para envio: 50 a 100 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coletar a urina em frasco especial fornecido pelo

laboratório ou tratado com Ácido Nítrico a 5%: Deixar frasco e tampa mergulhados em solução aquosa de Ácido

Nítrico a 5% por 48 horas. Repassar em água reagente por 3 vezes, utilizando luvas de PVC. Secar sobre papel de

filtro grosso livre de Al. Refrigerar.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: não há referência na NR-7, 1994, MT/Br

Não expostos: até 15 mcg/L

Com exposição ocupacional: até 200 mcg/L (DFG/DAT)

Interferências: contaminação do material clínico durante coleta ou manipulação.

Indicações: avaliação e seguimento laboral da exposição ao alumínio.

________________________________________________________________________

AMEBÍASE – SOROLOGIA – IgG ou IgM

Sinônimo mais comum: anticorpos anti-Entamoeba histolytica.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: IgG: Hemaglutinação e IgM: imunofluorescência Indireta.

Valores de Referência: IgG: até 1/16.

IgM: até 1/10

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências: lipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Entamoeba histolytica.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

________________________________________________________________________

AMILASE SÉRICA

Sinônimo mais comum: amilasemia

Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Salvo casos de urgência.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria enzimática automatizada.

GRUPO SÃO CAMILO

VI30

Valores de Referência: (Em U/L): Para intervalo de confiança de 97,5%

Recém-nascidos............ : 5 a 65 U/L

Adultos ......................... : Até 100 U/L

> 70 anos ...................... : 20 a 160 U/L

Interferências: Elevações: drogas que causam constricção do esfíncter de Oddi (narcoanalgésico, betanecol,

secretina). Anticoncepcionais orais, Sulfonamídas, diuréticos tiazídicos, Oxalatos e Citratos. Antiácidos que

contenha alumínio podem interferir nos resultados.

Indicações: Diagnóstico de casos de Pancreatites, Parotiditis, obstrução ou infarto intestinal, peritonite, alguns

tumores pulmonares e ovarianos, Macroamilasemia.

Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico .

_______________________________________________________________________________________

AMILASE URINÁRIA - 24 HORAS OU 2 HORAS

Sinônimo mais usado: amilasúria

Material e conservação para envio: Urina de 2 horas enviado sob refrigeração ou urina de 24 horas, enviar

alíquota de 200 mL do volume total, coletado e enviado sob refrigeração. Anotar o volume total.

Instruções para coleta: coletar urina por período cronometrado de 2 horas. Pode ser coletado no laboratório,

pedindo para o paciente desprezar a urina quando chegar ao laboratório. Oferecer um copo de água de 250 mL

para pacientes adultos e 125 mL para crianças. Cronometrar 2 horas exatas quando o paciente terminar de beber o

copo de água. Coletar todo o volume de urina de 2 horas. Orientar o paciente para não perder urina. Crianças

pequenas necessitam colocar saco coletor . Trocar o saco coletor a cada 30 minutos para se evitar perdas urinárias

. Para a urina de 24 horas, seguir o protocolo de coleta de urina de 24 horas, coletada e enviada sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria enzimática.

Valores de Referência: 50 a 140 UI/hora.

Até 700 UI/24 horas

Interferências: vide Amilase Sérica.

Informações importantes: vide Amilase Sérica.

_______________________________________________________________________________________

AMILÓIDE A – PROTEÍNA

Sinônimo mais usado: Proteína Amilóide

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Material e conservação para envio: 3 mL soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: Nefelometria.

Valores de Referência : < 15 mg/L

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: Confirmação de casos de Amiloidose Primária.

Informações importantes: quadro clínico e órgãos alvos.

_______________________________________________________________________________________

AMINOÁCIDOS TOTAIS (NITROGÊNIO ALFA AMÍNICO)

Sinônimo mais usado: Nitrogênio Alfa Amínico.

Material e conservação para envio: 200 mL de alíquota de urina de 24 horas , enviada sob refrigeração.

Informar o volume total da urina de 24 horas.

Instruções para coleta: urina de 24 horas com as micções juntadas e mantidas sob refrigeração .

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: Colorimétrico

Valores de Referência: Adultos ..........: 50,0 a 200,0 mg/24 horas.

Crianças .........: 150,0 a 400,0 mg/24 horas.

Interferências: Elevações: glicina, metenamina, asparaginase, barbitúricos e diuréticos. Diminuições:

acetazolamida, mafenida, Kanamicina e Neomicina.

Indicações: Constatação de aminoacidúrias totais, tanto nas aminoacidopatias específicas como na Cistinúria,

ou generalizadas como na Síndrome de Fanconi.

Informações importantes: informar tipo de alimentação (se hiperprotéica), e informar medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

AMINOÁCIDOS – CROMATOGRAFIA – PLASMA OU URINA

Sinônimo mais usado: cromatografia de aminoácidos.

Material e conservação para envio: urina ao acaso para os testes qualitativos ou urina de 24 horas para os testes

quantitativos. Para o envio, alíquota de 50 mL de amostras ao acaso , ou alíquota de 200 ml do volume total de 24

horas, para o teste quantitativo.

Informar o volume total da amostra de 24 horas. Enviar sob refrigeração. Plasma heparinizado enviado sob

refrigeração.

Instruções para coleta: para análise qualitativa a primeira urina da manhã é um ótimo material. Para análise

quantitativa, coletar urina de 24 horas, mantendo-se as micções juntas, em um só frasco, sob refrigeração, durante

todo o período de coleta. Não utilizar conservantes. No plasma heparinizado, coletar em jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.

Método: qualitativo: cromatografia de camada delgada em base de microcelulose. Cromatografia quantitativa:

HPLC.

Valores de Referência: Método qualitativo: são analisadas as seguintes frações:

a) Leucina e Isoleucina; b) Fenilalanina;

c) Valina e Metionina; d) Triptofano;

e) Ácido beta-amino isobutírico; f) Tirosina;

g) Prolina; h) Alanina e Etanolamina;

i) Treonina e Ácido Glutâmico; j) Homocitrulina e Hidroxiprolina;

31

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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k) Glicina, Serina e Citrulina; l) Ácido Aspártico e Glutamina;

m) Homocistina e Asparagina; n) Ácido Argininosuccínico e Histidina;

o) Arginina, Lisina e Ornitina; p) Cistationina e Cistina e

q) Cisteína e Hidroxilisina.

A análise das frações é realizada em comparação a padrões e conjuntos de soros normais. Para exames na urina

são utilizados os mesmos padrões acima e conjuntos de urinas normais para comparação qualitativa.

Na metodologia quantitativa, por HPLC, as frações são analisadas, focando-se principalmente as

aminoacidopatias mais freqüentes:

GRUPO SÃO CAMILO

VI32

AMINOACIDOPATIA

CLÍNICA

ACHADOS LABORATORIAISAlcaptonúria

Ocronose e artrite

Ac. Homogentísico na urina.Aminoacidemia de cadeia ramificada

Cetose com convulsão e retardo mental

Aminoácidos de cadeia ramificada no plasma e urina.

Anomalias do ciclo da uréia.

Vômitos, convulsos, letargia e retardo mental.

Glutamina e citrulina no plasma eurina. Aumento da amônia plasmática

Cistationúria

Assintomático

Cistationina urináriaCistinúria

Calculose Renal

Cistina urináriaDoença de Hartnup

Ataxia com retardo mental aminoácidos neutros na urina.Fenilalaninemia benigna

Assintomático

fenilalanina plasmáticaFenilalaninemia maligna

Retardo mental com alterações psiquiátricas

Idem

Fenilcetonúria clássica

Idem

Fenilalaninemia > 15 mg/dL.Glicinúria

Assintomático

da glicina, prolina e Hidroxiprolina

Hiperglicinemia cetótica

Cetose, neutropenia e retardo mental

glicina e Ac. Propiônico plasmáticos e urinários.

Hiperglicinemia não-cetótica

Retardo mental

glicina plasmática e urinária.Histidinemia

Defeito da fala e audição Histidina no plasma e urina.Homocistinúria Retardo mental e tromboembolismo Homocistina e Metionina

plasmáticas e urináriasSíndrome de Fanconi Acidose e raquitismo Aminoacidúria total, fosfatúria e

hiperglicinemiaTirosinemia hereditária Cirrose hepática e disfunção tubular renal tirosina plasmática

No plasma os Valores de Referência são: ( em nmol/mL)

Ácido Aspártico

Ácido Glutâmico

Asparragina

Serina

Glutamina + Histidina

Glicina

Treonina

Arginina

Alanina

Tirosina

Metionina

Valina

Triptofano

Fenilalanina

Isoleucina

Leucina

Ornitina

Lisina

Taurina

4

23

18

79

510

110

42

23

137

31

0

116

21

26

25

56

27

71

35

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

20

250

99

206

933

319

95

150

665

141

39

373

82

91

120

222

107

81

270

11

3

26

61

451

81

75

23

170

31

11

120

19

34

34

69

30

90

35

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

54

120

86

206

880

490

331

150

552

96

43

330

73

120

121

201

130

260

250

CRIANÇAS (µmol/L) ADULTOS (µmol/L)

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33

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Ácido Aspártico

Ácido Glutâmico

Serina

Histidina

Glutamina

Glicina + Treonina + Arginina

Alanina

Tirosina

Triptofânio

Metionina

Valina

Fenilalanina

Isoleucina

Leucina

Ornitina

Lisina

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

2

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

18 anos

0

0

362

644

369

1049

231

122

31

16

58

61

10

30

31

153

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

120

176

1100

2430

1014

4998

915

517

91

114

143

314

126

500

91

634

FAIXA ETÁRIA µmol/g creatinina

Interferências: Alimentação hiperprotéica .

Indicações: estudo e diagnóstico de hiperaminoacidemias.

Informações importantes: informar o tipo de dieta habitual, principalmente proteínas.

Valores de referência para urina (material: urina ao acaso):

Como os valores são calculados em nmol/mg de creatinina e a creatinina é excretada em concentrações sempre

iguais, a urina recente, em amostra isolada, rapidamente conservada sob refrigeração apresenta melhor

conservação, sem grande crescimento bacteriano. Quando o transporte é demorado, para o laboratório, pode-se

colocar uma pedra de Timol, aproximadamente 3 g para cada 200 mL de urina coletada.

Informações importantes: medicação de uso contínuo, suspeita clínica e tipo de dieta.

_______________________________________________________________________________________

AMÔNIA PLASMÁTICA

Sinônimo mais usado: Nitrogênio amoniacal

Material e conservação para envio: 1 mL plasma em EDTA. Enviar refrigerado.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 6 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração, ou 5 dias sob congelamento.

Método : Seg. Berthelot, espectrofotométrico.

Valores de Referência:

Valores em μg/dL:R.N. 0 a 10 dias

R.N 10 a 30 dias

1 mês a 14 anos

Homens adultos

Mulheres adultas

Até 338

36 – 160

32 – 117

12 –

47

10 – 47

Interferências: Heparina , medicamentos hepatotóxicos.

Indicações: Erros inatos do metabolismo, com alterações do ciclo da amônia. Insuficiência hepática crônica.

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Síndrome de Reye, tabagismo, nutrição parenteral, sangramento gastrointestinal, choque, choque hipovolêmico,

hemólise, etc.

Informações importantes: tabagismo, etilismo, clínica e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

AMÔNIA URINÁRIA

Sinônimo mais usado: amoniúria.

Material e conservação para envio: Urina ao acaso, se possível a primeira da manhã, sob refrigeração(10 mL

volume mínimo)

Instruções para coleta: coletar uma amostra ao acaso, se possível a primeira urina da manhã, e colocar em

frasco ou seringa lacrada, preenchendo totalmente o espaço do recipiente de transporte utilizado, não restando

espaço com ar.

Estabilidade da amostra: em frasco sem espaço vazio, 48 horas sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.

Método: espectrofotométrico UV-VIS.

Valores de Referência: 8,7 – 187,0 mg/dL.

Interferências: antibioticoterapia com ação sobre a flora intestinal principalmente. Dieta rica em proteínas.

Etilismo e tabagismo.

Indicações:

a) Hiperamoniúrias: fase final de gestação, acidose respiratória, hiperaldosterenisno primário, dieta rica em

proteínas e pobre em glicídios, acidose metabólica, como nos quadros de jejum, diabetes, desidratação com

diarréia e vômitos.

b) Hipoamoniúrias: Nefropatia distal, doença de Addison e alcalose metabólica ou respiratória.

Informações importantes: quadro clínico, etilismo, tabagismo, etc.

_______________________________________________________________________________________

AMP CÍCLICO PLASMÁTICO (SUSPENSO)

Sinônimo mais usado: AMPC plasmático.

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: RIE.

Valores de Referência: 5 a 25 nmol/L

Interferências: Elevações: Corticosteróides, Fenotiazídicos, Prostaglandinas, TSH, TRH, Xantinas, Teofilina,

Cefalosporinas e corpos cetônicos. O PTH pode ser interferente dependendo dos níveis alcançados.

Indicações: Ação do PTH nos casos de hiperparatireidismo sobre os túbulos renais, calciúria renal, em casos de

nefrolitíase, etc.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

AMP CÍCLICO URINÁRIO

Sinônimo mais usado: AMPC urinário

Material e conservação pra envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sem qualquer tipo de conservante.

GRUPO SÃO CAMILO

VI34

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35

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Colher urina de 24 horas, guardando todas as alíquotas sob refrigeração durante todo o

período de coleta. Informar o volume total da coleta.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: RIE

Valores de Referência: 2,0 a 6,0 mg/24 horas.

Interferências: vide o exame anterior.

Informações importantes: vide o exame anterior.

_______________________________________________________________________________________

ANÁTOMO-PATOLÓGICO (solicitar manual especial)

_______________________________________________________________________________________

ANDROSTENEDIONA

Sinônimo mais usado: Delta 4

Material e conservação para envio: 1 mL de soro, enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: colher pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: RIE.

Valores de Referência: Adultos: Masculino............. : 0,4 a 3,5 ng/mL

Feminino ............... : 0,3 a 2,4 ng/mL

Crianças: 1 a 12 meses ........... : até 0,80 ng/mL

1 a 5 anos ............... : até 0,51 ng/mL

6 a 12 anos ............. : até 0,68 ng/mL

Estágio sexual n° 2 a 3: Masculino ............. : 0,82 ng/mL

Feminino............... : 0,43 a 1,82 ng/mL

Estágio sexual n° 4 a 5: Masculino ............. : 0,57 a 1,50 ng/mL

Feminino............... : 0,73 a 2,20 ng/mL

Interferências: Elevações : corticotrofina, Clomifeno, Ciproterona, Metapirona e Clonidina. Situações de

Hiperandrogenismo, tais como: A) Síndrome dos ovários policístico. B) Situações com os valores elevados até

50% dos níveis normais: tumores adrenais ou ovarianos virilizantes. C) Valores muito elevados: Puberdade

precoce masculina, Hiperplasia adrenal congênita.

Informações importantes: Medicações atuais, Data da última Menstruação.

_______________________________________________________________________________________

ANEUPLOIDIAS DOS CROMOSSOMOS – ESTUDO GENÉTICO

Nome mais usado: -

Material e conservação para envio: material de aborto ou restos ovulares, acompanhados de 5 mL de Sangue

Total em EDTA materno.

Instruções para coleta: jejum é dispensável. O material de aborto ou restos ovulares devem ser acondicionados

em frasco estéril com solução fisiológica e refrigerados.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: PCR com reestruturação dos microssatélites em fluorescência e genotipagem das regiões dos

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GRUPO SÃO CAMILO

cromossomos X, Y, 13, 16, 18 e 21.

Valores de Referência: ausência de aneuploidias.

Interferências: conservação do material e tempo da morte fetal antes do abortamento.

Indicações: Este estudo não substitui, em casos de alterações estruturais, a citogenética clássica. O método é

realizado através da extração do DNA do material do abortamento, possibilitando a identificação de aneuploidias

dos cromossomos acima citados, que são os mais comumente encontrados em casos de abortamentos

espontâneos.

Interferências: amostras não padronizadas podem provocar a não amplificação do DNA.

Informações importantes: data do abortamento e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ANGELMAN-PRADER-WILLI – SÍNDROME

Sinônimo mais usado: Síndrome de Prader-Willi-Angelman

Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência de deleção 15 (15q11-13).

Interferências: hemólise ou coleta com outro anticoagulante.

Indicações: Estudo de alterações genéticas da Síndrome de Angelman-Prader-Willi, de frequência de 1:25.000

na população em geral. O quadro clínico clássico consistem em hipotonia neonatal com dificuldade de sucção,

atraso neuropsicomotor, dismorfismos faciais, deficiência cognotiva, obesidade infantil, Hipogonadismo e

baixa estatura. Há perda da função ou ausência de função do cromossomo paterno 15(15q11-13), por deleção ou

por dissomia uniparental materna (paciente fica com dois genes de origem materna). Outros achados clínicos são

a microcefalia, ataxia, afonia, convulsões e riso espontâneo. No projeto genoma detectou-se que o gene

envolvido é o UBE3A do cromossomo 15 paterno.

Informações importantes: quadro clínico e medicação utilizada.

_______________________________________________________________________________________

ANTICOAGULANTE LÚPICO

Sinônimo mais usado: inibidor do KPTT (ACL)

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado. Enviar sob refrigeração. A temperatura de envio

e chegada ao laboratório não deve ser superior a 10 ° C.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, com pelo menos 4 horas de jejum. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. A quantidade de sangue colocada no tubo de citrato de sódio, deve

ser exatamente na proporção de 1 mL de citrato de sódio para 9 mL de sangue total. Centrifugar a altíssima

velocidade por pelo menos 15 minutos, para que o plasma fique muito pobre em plaquetas. O plasma deverá ser

imediatamente congelado.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento.

Método: coagulométrico com suplementação do KPTT.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: Uso de heparina e anticoagulantes orais. Respectivamente a heparina deve ser suspensa por 48

horas antes da coleta deste exame, e 2 semanas de suspensão dos anticoagulantes orais.

Indicações: Síndrome dos anticorpos anti-fosfolípides, obliterações venosas e arteriais, abortamentos de

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

repetição, etc.. O ACL faz parte do grupo dos anti-fosfolípides. Deve-se sempre ter em mente, que somente um

teste de fosfolipídeos não é suficiente para se fechar este diagnóstico.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-CARDIOLIPINA (IgG, IgA ou IgM)

Sinônimo mais usado: Anti-fosfolípides

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Colher pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.

Valores de Referência: (em Unidades/mL)

Não Reagente

Inconclusivo

Reagente

Valores de referência (IgG)

Inferior a 10 GPL/mL

10 a 14 GPL/mL

Superior a 14 GPL/mL

Não Reagente

Indeterminado

Reagente

Valores de referência (IgA)

< 10 APL/mL

entre 10 a 15 APL/mL

> 15 APL/mL

Não Reagente

Inconclusivo

Reagente

Valores de referência (IgM)

Inferior a 7,0 MPL/mL

7,0 a 10,0 MPL/mL

Superior a 10,0 MPL/mL

Interferências: Não há referências.

Indicações: A Cardiolipina é um antígeno fosfolípede, que está presente em muitos tecidos humanos,

principalmente no coração e membranas coriofetais. O aparecimento ocorre em homens predispostos a produzir

anticorpos, em mulheres grávidas, com abortamento de repetição, trombose, trombocitopenia, etc. Podem

ocorrer quadros de enxaqueca, Síndrome de Buddchiari e Froemmell, anemia hemolítica autoimune e necrose

avascular da cabeça do fêmur, etc. Níveis elevados podem ocorrer de 20 a 30 % dos níveis séricos na população

em geral.

Informações importantes: Relatar a medicação utilizada e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgG

Sinônimo mais usado: Caxumba IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum de no mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio em microplacas.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.

Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Caxumba da classe IgG. Nos casos de

envolvimento clínico das meninges pode-se pesquisar estes anticorpos no LCR.

Informações importantes: Quadro clínico , quadro vacinal. É muito importante ser relatado o estado vacinal

dos pacientes, pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos não vacinados é um alerta para levantamen-

tos de saúde pública.

_______________________________________________________________________________________

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ANTICORPOS ANTI-CAXUMBA – IgM

Sinônimo mais usado: Caxumba IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.

Indicações: Detecção de anticorpos da classe IgM, que sugerem infecção recente.

Informações importantes: quadro clínico e estado vacinal dos pacientes É muito importante ser relatado o

estado vacinal dos pacientes pois o aparecimento destes anticorpos em indivíduos já vacinados, é um alerta para

levantamentos de saúde pública.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS PARIETAIS

Sinônimo mais usado: Células parietais- anticorpos.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência indireta, utilizando cortes de estômago de ratos obtidos em crioscopia.

Valores de Referência: até 1/10 da diluição do soro.

Interferências: Lipemia, Hemólise.

Indicações: teste auxiliar para diagnóstico de gastrite atrófica com ou sem acloridria. Estes anticorpos são

encontrados em 89% dos pacientes com gastrite atrófica. Níveis elevados destes anticorpos também podem ser

encontrados em pacientes com Síndrome de Sjögren, Câncer Gástrico e úlcera gástrica. Podem ser encontrados

em até 10% de indivíduos saudáveis. Geralmente é associado à deficiências de Vitamina B12, Fator Intrínseco e

ácido clorídrico. Aproximadamente 92% dos pacientes com Anemia Perniciosa apresentam esses anticorpos,

que também podem ser encontrados em casos de Síndrome de Zollinger-Ellison.Informações Importantes: quadro clínico , medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-CCP

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-Peptídeo Citrulinado Cíclico

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções de coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente ..................... . : < 5,0 U/ml

Reagente ............................ : >/= 5,0 U/mL

Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.

Indicações: Os anticorpos anti-Peptídeos Citrulinados (estruturas com citrulina) são pesquisados principal-

GRUPO SÃO CAMILO

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

mente nas fases iniciais da Artrite Reumatóide, quando o Fator Reumatóide não está positivada. Alguns trabalhos

científicos demonstram que o Anti-CCP podem aparecer muitos anos antes da instalação do quadro reumático.

Na AR foram encontrados anticorpos contra componentes perinucleares que são ricos em filagrina, que é rica em

componentes de citrulina. Muitos pacientes com Artrite Reumatóide podem cursar a doença sem ter o Fator

Reumatóide positivo, porém apresentando anticorpos anti-Filagrina e anti-CCP, sendo este último muito mais

sensível e mais específico que os demais anticorpos.

Informações importantes: informar exames anteriores, medicação atual, sexo e idade dos pacientes.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-DNA

Sinônimo mais usado: Anti-DNA dupla hélice.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio em microplaca.

Valores de Referência: (em UI/mL)

Não Reagente...................

Inconclusivo.....................

Reagente ..........................

Altamente Reagente .........

< a 15 UI/mL

15 a 25 UI/mL

25 a 200 UI/mL

> a UI/mL

Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise. Terapêutica com corticosteróides pode, dependendo

de dose e tempo de tratamento, produzir resultados negativos.

Indicações: O Lupus Eritematoso Sistêmico pode cursar com níveis elevados de anti-DNA. Outras doenças

auto-imunes mais raramente apresentam positividade deste teste, e geralmente com baixos níveis séricos. Os

anticorpos anti-DNA são indicadores de atividade da doença autoimune. Torna-se positivo muito antes da

recidiva do quadro clínico.

Informações Importantes: Medicação atual, quadro clínico e idade dos pacientes.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-ENDOMÍSIO (IgA,IgG e IgM)

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti – DC

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência indireta .

Valores de Referência: IgG : < 1/10

IgA : < 1/5

IgM : < 1/10

Interferências: Não há referências.

Indicações: Diagnóstico e Monitoração laboratorial da Doença Celíaca e da Dermatite Herpetiforme. Os

anticorpos anti-endomísio são mais específicos e sensíveis que os testes anti-gliadina. Podem estar presente em

90% dos pacientes com DC . Aproximadamente 1% das pessoas normais podem apresentar níveis baixos destes

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anticorpos. Após a suspensão da ingestão de glúten, pode-se levar de 6 a 12 meses para que os níveis séricos

comecem a cair. Entre os pacientes com DC, 2 a 10% podem apresentar deficiência de IgA.

O melhor teste para o diagnóstico da DC (padrão ouro) é a biópsia intestinal.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, regime alimentar.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-GAD

Sinônimo mais usado: Anti-Decarboxilase do Ácido Glutâmico

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de pelo menos 4 horas. Lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Positivo : 5,0 Unidades /mL>

Negativo : 5,0 Unidades /mL

Interferências: Lipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia.

Indicações: A positividade dos anticorpos anti-GAD pode ser utilizada para o diagnóstico precoce do Diabetes

Mellitus em parentes (irmãos e filhos) de diabéticos, ou na monitoração de doenças neurológicas que se

desenvolvem com diabetes associada, como na Síndrome de Stiff-Mann. Pode ainda ser utilizada na pesquisa

neonatal de diabetes e nos pacientes com arranjo gênico de alelos do sistema HLA que está ligado à

possibilidade de desenvolvimento da doença. O anti-GAD pode estar presente em até 80% dos indivíduos com

intolerância (pré-diabéticos) à Glicose e diabéticos do tipo 1 e em até 10% dos indivíduos que vão desenvolver a

doença na idade adulta, com até 10 anos de antecipação. Estes anticorpos podem ser encontrados em doenças

auto-imunes, como nas tireoidites auto-imunes, Doença de Graves, vitiligo, amiloidose secundária, anemia

perniciosa e mais raramente no LES e outras doenças autoimunes.

Informações importantes: se o paciente é portador ou parente próximo de portadores de diabetes mellitus.

Medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-GLIADINA (IgA,IgG,IgM)

Sinônimo mais usado: Gliadina (IgG,IgA ou IgM)

Material e conservação de uso: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : imunoenzimaensaio em microplaca (ELISA):

Valores de Referência: Negativo.........................................: < 12

Positivo ..........................................: > ou = 12

Para anticorpos da classe IgA,IgG e IgM.

Interferências: Outras doenças gastro-intestinais inflamatórias, uso de corticosteróides, presença de anticorpos

contra componentes do kit de teste.

Indicações: É relativamente freqüente a deficiência de IgA em pacientes com D.C., sendo, nestes casos, útil a

pesquisa de anticorpos da classe IgG para D.C.. Os anticorpos anti-Gliadina podem estar presentes em pacientes

com outras patologias gastro-intestinais inflamatórias. A principal indicação para pesquisa de anticorpos anti-

GRUPO SÃO CAMILO

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gliadina da classe IgA, é para o diagnóstico de D.C. em crianças que apresentam enteropatia de leve a moderada,

uma vez, que estes pacientes podem ter resultados falso-negativos biológicos para anticorpos anti-Endomísio e

anti-Transglutaminase tecidual-IgA.

Informações importantes: Este exame pode ser utilizado como parâmetro de acompanhamento terapêutico ,

devido principalmente à retirada do glúten da alimentação, com quedas acentuadas dos níveis séricos dos

anticorpos, ou mesmo até a sua negativação. Anotar idade dos pacientes , medicação atual e regime alimentar.

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ANTICORPOS ANTI-HISTONA

Sinônimo mais usado: Anti-Histona, Histona.

Material e conservação para envio: 1 ml de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses congelado.

Método: Imunofluorescência Indireta, com substrato tratado com HCl.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: O uso de Procainamida é o medicamento que mais torna este teste positivo.

Indicações: As Histonas são compostas de sub-unidades chamadas nucleossomas. Anticorpos anti-Histona

aparecem geralmente no Lúpus induzido por drogas. Cerca de 95 % dos pacientes apresentam anticorpos anti-

Histonas, ou anti-Nucleossomos ou anti-DNA.

Cerca de 60% dos pacientes com LES e 20% dos pacientes com Artrite Reumatóide têm anticorpos anti-Histonas

positivos.

Informações importantes: anotar medicação e idade dos pacientes.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-HIV I/II

Sinônimo mais usado: HIV sorologia

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio (M.S. 800.749.506.75) DUO, que inclui a pesquisa do antígeno p24. ELISA

(M.S.103.211.705.55) para vários antígenos recombinantes (vide resultados).

OBS.: A confirmação mediante o Western Blot test deve ser recomendada (RD 59 de 28/01/03 – ANVISA-

M.S. e RD 151 de 16/10/09 – ANVISA - M.S.)

Valores de Referência: Não Reagente/Negativo.

Interferências: presença de anticorpos heterófilos, lipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia são os interferentes

mais comuns. Resultados falso-positivos podem ocorrer em pacientes que tenham anticorpos anti-HLA-DR4,

em outras imunodeficiências, mulheres multíparas, pacientes politransfundidos, pacientes com hepatite crônica

ativa alcoólica, outras viroses em atividade e pacientes pós-vacinados para gripe.

Indicações: pesquisa de anticorpos anti-HIV I/II.

Informações importantes: fornecer dados clínicos e resultados anteriores, se houver, em outros serviços. OBS:

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Segundo a RD 59 de 28/01/03 da ANVISA, M.S. e da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica deve-se sempre

colocar a seguinte observação nos casos positivos: “ Este resultado pode não ser definitivo, devendo ser

correlacionado com dados clínicos. Seu (sua) médico(a) determinará exames “confirmatórios necessários” .

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-HIV-I CONFIRMATÓRIO – WESTERN BLOT

Sinônimo mais usado: Western Blot para HIV

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Western Blot.

Valores de Referência:

Padrões de Positividade (presença de anticorpos específicos) assim definido pela ANVISA e CDC:

1) Reatividade para p24 ou p31.

2) Reatividade para gp41 ou gp120/gp160.

De forma alternativa o CDC recomenda que pelo menos uma das duas:

P24 ou gp120/160 sejam positivas. Outros padrões, resultando em teste indeterminado podem indicar a

necessidade de repetição do teste após certo período para confirmação do teste. Na AIDS avançada pode cessar a

reatividade para o antígeno p24.

Em resumo: ( para HIV-1):

Negativo: ausência de bandas positivas, principalmente p24 e gp41.

Positivo fraco: presença de bandas p24 e/ou gp41, e gp120/gp160.

Positivo forte: presença de bandas p15,p24, p31, gp41, p53, p55, gp64, gp120 e gp160.

OBS.: a ausência de gp41 e a presença de gp36 podem ser indicativas de infecção pelo vírus HIV-2.

Interferências: sobreposições de patologias e doença avançada (estados de anergia).

Pacientes com doença em estado avançado podem não apresentar reatividade a este teste por falência do sistema

imunológico e queda acentuada na produção de anticorpos em geral. Aproximadamente 20% da população não

infectada podem apresentar resultados indeterminados para o teste Western Blot.

Indicações: teste confirmatório para anticorpos anti HIV-1.

Resultados indeterminados devem ser seguidos em função do tempo com correlação do quadro clínico,

epidemiológico e sorológico dos pacientes.

Informações importantes: informar quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-ILHOTAS DE LANGERHANS

Sinônimo mais usado : ICA

Material e conservação para envio: 2 ml de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência indireta.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: após o uso de terapêutica com insulina exógena, é comum o aparecimento deste tipo de

anticorpo na maioria dos pacientes com DM I.

Indicações: Diagnóstico laboratorial dos casos de auto-imunidade no Diabetes mellitus do tipo I (tipo infanto-

juvenil). Pode ser usado na predição do DM I, em fase pré-clínica, em parentes de primeiro grau de diabéticos do tipo

I, para diagnóstico de adultos com DM I, virgens de tratamento, nos casos de hiperglicemia transitória da infância.

Informações importantes: anotar medicação de uso contínuo.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-INSULINA

Sinônimo mais usado: Anti-insulina

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente (níveis de D.O. inferiores ao Cut-off).

Interferências: uso de corticosteróides.

Indicações: Estes anticorpos são encontrados com mais freqüência em pacientes diabéticos que fazem uso de

insulinas de vaca ou porco. Pacientes com predisposição ao DM podem raramente apresenta-los. Na maioria dos

pacientes com sorologia positiva, apresentam reações locais. A pesquisa de anticorpos da classe IgE, específicos

contra a insulina podem auxiliar no diagnóstico .

Informações importantes: informar a medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-MITOCÔNDRIA

Sinônimo mais usado: AMA

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã , em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência Indireta.

Valores de Referência: até 1/10 .

Interferências: uso de corticosteróides ou qualquer outra droga imunossupressora.

Indicações: Os anticorpos anti-mitocôndria estão presentes em aproximadamente 90% dos pacientes com

cirrose biliar primária, 30 a 35% dos pacientes com hepatite crônica ativa e mais raramente em outras doenças do

fígado, como cirrose de outras etiologias, hepatites virais e induzidas por drogas, Hepatoma primário de fígado,

obstrução biliar extra-hepática e colestase crônica intra-hepática.

A presença destes anticorpos não define prognóstico, tempo de evolução, gravidade da doença, etc. Indivíduos

normais, embora raramente podem apresentar estes anticorpos presentes. Fator anti-nuclear (FAN), pesquisado

em células Hep-2 com padrão fluorescente Citoplasmático Pontilhado Reticulado, são mais sensíveis (100%) e

mais específicos (100%) que os AMA.

Informações importantes: informar hipóteses diagnósticas e medicação atual.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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ANTICORPOS ANTI-MÚSCULO LISO

Sinônimo mais usado: ASMA, AML

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência Indireta

Valores de Referência: Reagente até 1/10. Títulos ≥�1/80 são significativos.

Interferências: medicamentos imunossupressores.

Indicações: Diagnóstico laboratorial das hepatites crônicas auto-imunes, encontrado em 87% dos pacientes, sendo

de modo isolado em 37% ou em conjunto com o Fator Anti-Nuclear, atingindo até 54%, produzindo anticorpos anti-

acena, anti-troponina, anti-vimetina e anti-tropomiosina. Podem ser positivos em até 10% dos pacientes com

hepatites virais crônicas, sem componente auto-imune e em até 45% dos pacientes com doenças biliares crônicas.

Como toda a pesquisa de anticorpos auto-imunes, raros pacientes com outras doenças do colágeno podem apresentar

certa positividade para o ASMA. Indivíduos normais, sem indicação de preditividade futura, podem apresentar

estes anticorpos positivos. Nos pacientes com hepatites crônicas auto-imunes podem apresentar o FAN reagente de

forma isolada em apenas 13% dos casos, cujos padrões nucleares não são específicos. Geralmente os títulos

significativos são elevados, mas sem relação com a gravidade ou prognóstico da doença.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI- MYCOPLASMA PNEUMONIAE - IgG

Sinônimo mais usado: Micoplasma-IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Positivo : > 1,10

Negativo : < 0,90

Indeterminado : 0,90 a 1,10

Interferências: não há referências.

Indicações: Cerca de 20 a 25% das pneumonias comunitárias são produzidas pelo Mycoplasma pneumoniae.

Testes falso-positivos podem ocorrer em pacientes com infecções estreptocócicas, quadros de infecção aguda,

como meningites e encefalites.

Quadros de pancreatite aguda também podem produzir reações falso-positivas. Pacientes imunodeprimidos

podem ter resultados falso-negativos. A pesquisa de crioaglutininas tem menor sensibilidade que a procura dos

anticorpos específicos.

O M.pneumoniae está ligado a quadros de pneumonia atípica primária, traqueobronquite aguda, inflamação

timpânica aguda e faringite.

Informações importantes: medicação atual.

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ANTICORPOS ANTI-MYCOPLASMA PNEUMONIAE – IgM

Sinônimo mais usado: Micoplasma IgM

GRUPO SÃO CAMILO

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Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabibilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de referência: Positivo : > 1,10

Negativo : < 0,90

Indeterminado : 0,90 a 1,10

Interferências: Vide item anterior.

Indicações: vide item anterior.

Informações importantes: anotar medicação atual.

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ANTICORPOS ANTI-NEUTRÓFILOS (C-ANCA E P-ANCA)

Sinônimo mais usado: ANCA

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : Imunofluorescência Indireta.

Valores de Referência: C-ANCA : Negativo

P-ANCA : Negativo

Interferências: uso de medicação imunossupressora.

Indicações: Os anticorpos anti-neutrófilos tem como alvo o citoplasma de neutrófilos e aparecem processos de

vasculites necrotizantes sistêmicas.

Existem dois padrões fluorescentes do ANCA :

a) C-ANCA – é um anticorpo anti-Pr3 ou Proteinase-3, presente frequentemente na Granulomatose de

Wergener .

b) P-ANCA – é um anticorpo anti-Mieloperoxidase e está presente em 50% dos casos de Colite Ulcerativa, 20%

de pacientes com doença de Crohn e mais raramente em casos de Vasculites Sistêmicas Necrotizantes, como

nas poliarterites microscópicas, glomerulonefrites crescênticas, Síndrome de Churg-Strauss, LES e vasculite

reumática e Colangite Primária Esclerosante.

Informações importantes: informar medicação e quadro clínico se possível.

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ANTICORPOS ANTI-OVÁRIOS – IgG

Sinônimo mais usado: Anti-Ovário.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência Indireta.

Valores de Referência: até 1/20

Interferências: endometriose com presença de CA-125 positivo.

Indicações: Geralmente estes anticorpos agem sobre as células foliculares. Casos de infertilidade feminina

podem ser explicados pela presença destes anticorpos.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e tempo de infertilidade.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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ANTICORPOS ANTI-PEROXIDASE (TPO)

Sinônimo mais usado: Anti-TPO

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 4 semanas sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: (Percentil de 97,5%) até 5,61 UI/mL

Interferências: presença de anticorpos heterófilos .

Indicações: O TPO é encontrado em 95% dos pacientes com Tireoidite de Hashimoto e 85% dos pacientes com

Doença de Graves, ambas com títulos elevados de TPO. Até 10% de indivíduos normais podem apresentar estes

anticorpos, em títulos baixos, o mesmo podendo acontecer em pacientes com carcinoma tireoidiano , adenomas e

bócio multinodular.

TPO positivo (com títulos elevados) em pacientes hipo ou eutireoidianos indicam bócio difuso ou nódulo de

tireóide com etiologia de tireoidite de Hashimoto.

TPO positivo (com títulos variáveis ) em pacientes hipertireoidianos sugere Doença de Graves ou sua

associação com a tireoidite de Hashimoto (excluindo o bócio multinodular tóxico) indicando a possibilidade de

falência tireoidiana por destruição linfocítica. Pode diferenciar Doença de Graves sem oftalmopatia dos

eutireoidianos com oftalmopatias.

Informações importantes: medicação atual.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI46

ANTICORPOS ANTI-RNP

Sinônimo mais usado: RNP

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: outras doenças auto-imunes e medicação imunossupressora.

Indicações: Estes anticorpos estão presentes no LES e na DMTC (Doença Mista do Tecido Conectivo), sendo

que nesta nosologia os títulos geralmente são muito elevados. No Fator Anti-nuclear o padrão fluorescente é o

Nuclear Pontilhado Grosso. Pode ser encontrado em pacientes com associação de doenças auto-imunes com

plasmocitomas.

Informações importantes: informar medicação atual.

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ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgG (ver Sarampo - IgG - Sorologia)

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ANTICORPOS ANTI-SARAMPO – IgM (ver Sarampo - IgM - Sorologia)

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

ANTICORPOS ANTI- SCL-70 (ANTI-DNA-TROPOISOMERASE)

Sinônimo mais usado: Anti-Escleroderma.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não reagente.

Interferências: outras doenças autoimunes concomitantes.

Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose Sistêmica Progressiva Difusa. Antes de se completar o quadro

clínico, pacientes com fenômeno de Raynaud podem apresentar este anticorpo positivo.

Informações importantes: informar a medicação atual.

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ANTICORPOS ANTI-SSA/RO

Sinônimo mais usado: Anti-SSA/RO

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: medicação imunossupressora.

Indicações: Estes anticorpos são encontrados em 60% dos pacientes com Síndrome de Sjögren e em 35 a 40% dos

pacientes com LES. Em pacientes com LE neonatal e em pacientes com bloqueio A-V total podem apresentar estes

anticorpos.

Informações importantes: informar a medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-SSB/LA

Sinônimo mais usado: Anti-SSB/LA

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: medicação imunossupressora.

Indicações: é um teste útil para diagnóstico de LE associado a quadros de vasculite ou LE com superposição da

Síndrome de Sjögren.

Informações importantes: informar medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

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GRUPO SÃO CAMILO

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ANTICORPOS ANTI-TIREOGLOBULINA

Sinônimo mais usado: AAT

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: até 4,11 UI/mL

Interferências: presença de anticorpos heterófilos, Hiperbilirrubinemia, Hemólise e Lipemia.

Indicações: geralmente estes anticorpos podem estar presentes na tireoidite autoimune, em pacientes com outras

doenças autoimunes, e em indivíduos idosos. Cerca de 55 % dos pacientes com tireoidite de Hashimoto e 25%

dos pacientes com doença de Graves apresentam altos títulos destes anticorpos, além de pacientes com

carcinoma de Tireóide e outras doenças tireoidianas. Cerca de 15 % de indivíduos normais podem apresentar

baixos níveis destes anticorpos.

Os anticorpos anti-Tireoglobulina podem estar associados a outros anticorpos contra estruturas da tireóide, como

o TPO, o TRAB, etc..

Informações importantes: informar a medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-TIROSINO FOSFATASE – IA2

Sinônimo mais usado: IA2

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente

antes da próxima coleta.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorimetria

Valores de Referência: até 1,8 ng/mL

Interferências: presença de anticorpos heterófilos.

Indicações: é um exame que serve para predição, controle e diagnóstico do diabetes mellitus. Juntamente com

outros anticorpos, como o GAD, os anticorpos anti-Insulina e os anticorpos anti-ilhotas de Langerhans, forma

um arsenal de testes que auxiliam as ações diagnósticas e de controle dos pacientes, principalmente com DM I.

Informações importantes: informar medicação atual e quadro clínico ou hipóteses diagnósticas.

_______________________________________________________________________________________

ANTICORPOS ANTI-NUCLEARES (FAN) – ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES -

PESQUISA

Sinônimo mais usado: FAN

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência Indireta, com padrões fluorescentes definidos conforme o III° Consenso Nacional

para a Padronização dos Laudos de FAN em células HEp-2. Testes controlados com soros padrões AF/CDC ANA

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Sem PCM fluorescente : anticorpos anti-lâmina e componentes do envelope nuclear, encontradas na Cirrose biliar primária (anticorpos anti-gp210), hepatites autoimunes (raramente associado a doenças reumáticas, e mais raramente no LES, Esclerodermia linear e na Síndrome dos anticorpos antifosfolipídeos.Outros anticorpos associados a esse padrão são: anti-p-62 (nucleoporina), anti-lamin A, anti-lamin B, anti-lamin A,B e C, além do anti-LBP. Pode ser observado em indivíduos sem evidência aparente de autoimunidade, principalmente com baixos títulos. O padrão é caracterizado por uma fluorescência em toda a membrana nuclear. Não se observa fluorescência em nucléolos e citoplasma.

Nuclear tipo membrana de aspecto contínuo

Sem PCM e nucléolos fluorescentes : anticorpos anti-lâmina de aspecto pontilhado podendo ser encontrado em raros casos de LES e Esclerodermia linear. Idem ao item anterior.

Nuclear tipo Membrana Nuclear de aspecto Pontilhado

Com PCM fluorescente : anticorpos anti-DNA nativo (marcador de LES) , anti-Histonas (marcador de LES induzido por drogas, LES idiopático, artrite reumatóide, artrite idiopática juvenil) e Anti-Cromatina (DNA/Histonas, Nucleossomo) encontrado no LES (estes anticorpos são marcadores do LES), Artrite Reumatóide, Artrite Idiopática Juvenil (associada à uveíte), Síndrome de Felty e Cirrose Biliar Primária. Nucleoplasma fluorescente de forma homogênea e regular.Não sendo possível distinguir a área de nucléolo, por isso ele é considerado Não Reagente. Citoplasma normalmente não fluorescente.

Nuclear Homogêneo

Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: Nucleoplasma com grânulos de aspecto grosseiro, heterogêneos, em tamanho e brilho, sendo que sobressaem alguns poucos grânulos maiores e mais brilhantes (1 a 6 por núcleo), que correspondem ao corpo de Cajal, rico em ribonucleo-proteínas do spliceossomo. Nucléolos não fluorescentes. Anticorpos anti-antígeno Sm ( marcador de LES) e anti-RNP (critério obrigatório para DMTC- doença mista do tecido conectivo), LES, Esclerose Sistêmica e AR. Pequenas diferenças entre a morfologia das figuras de mitose podem auxiliar a diferenciação entre Sm e RNP.

Nuclear Pontilhado Grosso

Sem PCM,e nucléolos e citoplasma fluorescentes: tem o mesmo significado do padrão Nuclear Pontilhado Grosso. Não é mais referido no 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2 (FAN).

Nuclear Pontilhado Grosso reticulado.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

reference Sera, Atlanta,GA-USA.

Valores de Referência: são de significado clínico os valores superiores a 1/40.

Títulos baixos : resultados até 1/80.

Títulos moderados : resultados de 1/160 a 1/320

Títulos elevados : resultados acima de 1/640

Entre indivíduos hígidos, as seguintes porcentagens de testes positivos foram encontradas : 1/40 em

aproximadamente 21%, 1/80 em 10%, 1/160 em 5% e 1/320 ou mais em 3% das pessoas sem nenhum sinal ou

sintoma de doença auto-imune. Assim, devido à alta sensibilidade do teste, todas as associações clínicas dos auto-

anticorpos devem ser valorizadas de acordo com a análises do quadro clínico com o sorológico, feitas pelos

médicos.

Interferências: hiperlipemia, uso de imunossupressores, pacientes fora do período de atividade da doença.

Indicações: o leque de indicações é muito grande, quando se considera os 5 compartimentos celulares, como

Nuclear, Nucleolar, Citoplasmático, Aparelho Mitótico, Placa Cromossômica Metafásica e padrões mistos.

Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes: apresenta o nucleoplasma com granulação fina. Anticorpos anti SSA/Ro são encontrados na Síndrome de Sjögren Primária, LES, Lupus Neonatal, Lupus Cutâneo Subagudo, esclerose sistêmica, poliomiosite e cirrose biliar primária. Anticorpos anti-SS-B/La são encontrados na Síndrome de Sjögren primária, LES e Lúpus neonatal.

Nuclear Pontilhado Fino

Com PCM fluorescente e nucléolos não-fluorescentes. O citoplasma não é fluorescente: anticorpos anti-proteína p75 (cofator de transcrição), também denominado LEDGF/p75, são encontrados em maior freqüência na rotina ,em processos inflamatórios específicos e não-específicos, sem uma relação clínica bem estabelecida e em doenças reumáticas auto-imunes e mas raramente em Cistites Intersticiais, Dermatite Atópica e Asma. Muito freqüentemente presente em indivíduos sem evidências objetivas de doença sistêmica.

Nuclear Pontilhado Fino Denso

Sem PCM, nucléolos e citoplasma fluorescentes. O nucleoplasma apresenta pontos fluorescentes isolados

(podendo ser fornecida como informação adicional o número de pontos ≥�10 ou < 10 pontos por núcleo: anticorpos anti-p80 coilina não tem uma associação clínica definida, e anti-Sp 100 (anti p95) encontrados em cirrose Biliar Primária e em várias outras condições clínicas.

Nuclear Pontilhado Pontos Isolados

Com PCM apresentando concentração característica de pontos. O nucleoplasma apresenta-se pontilhado cm um número constante de 46 pontos. Nucléolos normalmente não fluorescentes. Anticorpos anti-centrômero (proteínas Cenp-A, B e C), encontrados na Esclerose Sistêmica tipo CREST (Calcinose, fenômeno de Raynaud, disfunção motora do esôfago, esclerodactilia e talangectasia) Cirrose Biliar Primária

Nuclear Pontilhado Centromérico

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Com PCM fluorescente (na fase G1 é totalmente não fluorescente, mas passa a pontilhado com grânulos que variam de grosso, fino a fino denso a medida que a célula evolui para as fases S e G2: anticorpos anti-núcleo de células em proliferação (PCNA) encontrados especificamente no LES.

Nuclear Pontilhado Pleomórfico

Sem PCM e citoplasma fluorescentes. Nucléolos homogêneos e fluorescentes: Anticorpos anti-To/Th: ocorre na esclerose sistêmica. Anticorpos anti-nucleolina : muito raro, descrito no LES, doença do enxerto versus hospedeiro e na mononucleose infecciosa . Anticorpo anti B-23 (nucleofosmina): Esclerose Sistêmica, alguns tipos de câncer, Síndrome do anticorpo antifosfolípides e doença enxerto versus hospedeiro.

Nucleolar Homogêneo

Com PCM fluorescente porém amorfa, com coloração delicada em volta dos cromossomos da placa metafásica. Os nucléolos se apresentam com grumos de intensa fluorescência (como cachos de uva). Citoplasma e núcleo não fluorescentes : Anticorpos anti-fibrilarina (U3-nRNP), encontrados na Esclerose Sistêmica, especialmente se houver comprometimento visceral intenso, frequentemente com hipertensão pulmonar.

Nucleolar Aglomerado

Decoração pontilhada nucleolar e 5 a 10 pontos distintos e brilhantes ao longo da placa metafásica cromossômica. Núcleo e citoplasma não corados: Anticorpos anti-NOR 90: atualmente descrito em outras doenças do tecido conjuntivo, porém sem relevância clínica definida. Anticorpos anti-RNA polimerase I, encontrados na Esclerose Sistêmica Difusa, com comprometimento visceral mais freqüente e grave, e Anticorpos anti-ASE (anti-sense to ERCC-1): freqüentemente encontrado em associação a anticorpos anti-NOR-90. A associação mais freqüente parece ser o LES.

Nucleolar Pontilhado

Presença de fibras de estresses que constituem o citoesqueleto, decoradas de forma retilínea, cruzando toda a extensão da célula e não respeitando os limites nucleares. Núcleo e nucléolos não fluorescentes. Anticorpos anti-Actina: encontrados na hepatopatias, como Hepatite autoimune e Cirrose. Anticorpos antimiosina: Hepatite C, Hepatocarcinomas e Miastenia Gravis. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80 ).

Citoplasmático Fibrilar Linear

Citoplasmático Fibrilar Filamentar

Decoração de filamentos com acentuação uni ou bipolar, em relação à membrana nuclear. Núcleos e nucléolos não são fluorescentes: Anticorpos anti-Vimentina e anti-Queratina, encontrados na Doença Hepática Alcoólica (é o anticorpo mais importante). Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Descrito em diversas doenças inflamatórias e infecciosas.

Citoplasmático Fibrilar Segmentar

Citoplasmático Pontilhado Polar

Apenas segmentos curtos das fibras de estresse se encontram fluorescentes. Núcleo e nucléolos não são fluorescentes. Nas células em divisão, podemos observar eventualmente múltiplos grânulos intensamente fluorescentes que correpondem à forma globular das proteínas do citoplasma. Anticorpos anti-Alfa Actinina, Anti-Vinculina e anti-Tropomiosina, encontrados na Miastenia Gravis, Doença de Crohn e Colite Ulcerativa. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80).

Evidencia Cisternas do aparelho de Golgi. A decoração é apenas citoplasmática em pontos agrupados de situação perinuclear, normalmente em apenas um pólo nuclear. Núcleo, nucléolos e células em divisão não são fluorescentes. Anticorpos antigolginas (cisternas do aparelho de Golgi) encontrados raramente no LES, Síndrome de Sjögren Primária e outras patologias auto-imunes sistêmicas. Podem ainda ser encontrados na Ataxia Cerebelar idiopática, Degeneração Cerebelar Paraneoplásica e infecções virais como Epstein Barr, e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Quando em títulos baixos ou moderados podem não ter relevância clínica definida.

GRUPO SÃO CAMILO

VI50

e Síndrome de Sjögren. Pode preceder a forma CREST por anos. Raramente observados em outras condições clínicas.

Citoplasmático Pontilhado Pontos Isolados

Citoplasmático Pontilhado Fino Denso

Pontos definidos de número variável por toda a extensão do citoplasma. Núcleo, nucléolo e células em divisão não fluorescentes. Anticorpos anti-EEA 1, anti-Fosfatidilserina: não há associações clínicas bem definidas. Anticorpos anti-GWB, encontrados na Síndrome de Sjögren Primária em outras condições clínicas diversas. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80).

Fluorescência de pontos finos, densos e confluentes, chegando à quase homogeneidade. O núcleo não está corado, mas pode ou não apresentar uma leve decoração homogênea nas áreas do nucléolos. As células em divisão não são fluorescentes. No caso de haver fluorescência concomitante de citoplasma e nucléolo, o padrão é classificado como misto. Anticorpos anti-PL7/PL12: são raramente encontrados na Polimiosite. Anticorpos anti-proteína P-ribossomal: esse padrão ocorre no LES. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80).

Pontos definidos em grande número e densidade, células em divisão e nucléolo não são fluorescentes. Anticorpos anti-Histidil tRNA Sintetase (Jo-1), encontrados na Polimiosite do adulto (melhor marcador) e mais raramente na Dermatomiosite. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80). Outros anticorpos anti-tRNA sintetases podem gerar o mesmo padrão.

Citoplasmático Pontilhado Fino

Apresenta fluorescência em múltiplos pontos dispostos sob forma de retículo irradiando a partir da periferia do núcleo por todo o citoplasma. Núcleo, nucléolos e células em divisão não fluorescentes. Anticorpos anti-Mitocôndria, que são marcadores da Cirrose Biliar Primária (M2) e mais raramente da Esclerose Sistêmica. É relativamente comum o encontro deste padrão na ausência de anti-Mitocôndria, pois devido ao encontro

Citoplasmático Pontilhado Reticulado

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Células em intérfase se encontrar não fluorescentes em todas as sua estruturas. Há decoração extensa e grosseira nos pólos mitóticos das células em metáfase e as pontes intercelulares são positivas na telófase. Citoplasma não fluorescente. Anticorpos anti-HsEg-5/NuMa-2 são encontrados em várias patologias atuo-imunes. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80).

Aparelho Mitótico tipo Fuso Mitótico (NuMa 2)

Células com interfase apresentam o núcleo corado como pontilhado grosso e os nucléolos corados de forma homogênea. Na metáfase há coloração ao redor da placa metafásica (decorada em anel muito característico). Anticorpos anti-Ku, encontrados nas superposições de Polimiosite e Esclerose Sistêmica. Podem ocorrer também no LES e na Esclerodermia.

Misto do tipo Nucleolar Homogêneo e Nuclear Pontilhado Grosso com Placa Metafásica em anel.

Células em interfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina e os nucléolos sobressaem também com padrão pontilhado fino. Na metáfase a placa metafásica apresenta padrão pontilhado fino. Anticorpos anti-DNA Topoisomerase I (Scl-70), encontrados na Esclerose Sistêmica forma difusa em que indica formas de maior comprometimento visceral, e mas raramente na Síndrome CREST e na superposição da Polimiosite e Esclerodermia. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (<1/80).

Misto do tipo Nuclear e Nucleolar Pontilhado fino com placa metafásica corada.

O núcleo é totalmente não corado e os nucléolos são corados fracamente. O citoplasma apresenta intensa coloração com pontilhado muito fino e muito denso, quase homogêneo. As células mitóticas não são coradas. Anticorpos anti n-RNP (anti-proteína P-ribossomal), considerados como marcadores do LES e mais freqüentemente relacionado ao LES com alterações psíquicas. Parece estar associado à atividade da doença.

Misto do tipo Citoplas-mático Pontilhado Fino Denso e Nucleolar Homogêneo

As células em interfase apresentam o núcleo corado como um pontilhado bem fino, geralmente em altos títulos. Células mitóticas em metáfase e anáfase apresentam colocação bem definida e delicada da região pericentrossômica e das partes proximais do fuso mitótico. Na telófase já se vê novamente a coloração pontilhada dos núcleos neoformados e não se vê coloração da ponte intercelular. Anticorpos anti-NuMa 1, encontrados na Síndrome de Sjögen e em outras patologias autoimunes ou inflamatórias crônicas. Podem não ter significado clínico em baixos títulos ou moderados (<1/80 ou < 1/160).

Misto do tipo Nuclear Pontilhado Fino com fluorescência do Aparelho Mitótico (NuMa 1)

Células em intérfase apresentam o núcleo corado de forma pontilhada fina delicada e sobressaindo o nucléolo corado com padrão pontilhado (pontos individuais) O citoplasma não é corado. Na metáfase, observam-se 5 a 10 pontos isolados e brilhantes na placa metafásica correspondentes às regiões organizadoras de nucléolo (NOR). Anticorpos anti-RNA polimerase I e II: Esses dois anticorpos usualmente aparecem em combinação, sendo a RNA polimerase I a responsável pela distribuição nucleolar e em NOR, enquanto a RNA polimerase II responde pela distribuição nuclear. Anti-RNA polimerase I : é considerado marcador de esclerose sistêmica e o Anti-RNA Polimerase II aparece em diversas condições autoimunes.

Misto do tipo nuclear pontilhado fino e nucleolar pontilhado

NOVOS PADRÕES FLUORESCENTES:

Apresenta um padrão fluorescente Nuclear, com placa cromossômica corada, com o mesmo padrão das células comuns, tem associação clínica e identidade imunológica não definidas. Não pode ser confundida com o padrão Nuclear Pontilhado fino denso. O quadro clínico deverá ser sempre avaliado frente a este quadro sorológico. Neste tipo de padrão a placa de metáfase se apresenta com a estrutura pontilhada, da mesma forma que as células fluorescente, o que não acontece nos padrões Nuclear homogêneo e Nuclear Pontilhado fino denso, que as placas metafásicas são homogêneas.

Nuclear Pontilhado Fino tendendo a homogêneo

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Ponto fluorescente isolado no citoplasma em um pólo na célula em repouso (interfase) que se divide em dois e migra ao pólo oposto do núcleo à medida que a célula entra em divisão. Anticorpos anti-alfa Enolase. Em títulos elevados (> 1/160), sugere Esclerose Sistêmica. Em baixos títulos não tem associação clínica definida.

Aparelho Mitótico tipo Centríolo.

Antígenos que formam a união entre células mãe/filha ao final da telófase. Podem ser observados com fluorescência intensa na ponte citoplasmática que sofrerá clivagem ao final da divisão celular. Anticorpos anti-beta tubulina, encontrados no LES, Doença Mista do Tecido Conjuntivo. Podem não ter significado clínico em títulos baixos (< 1/80). Outros anticorpos ainda não definidos podem gerar o mesmo padrão.

Aparelho Mitótico tipo Ponte Intercelular.

relativamente comum de padrão semelhante e não relacionado a anticorpos anti-mitocôndria, é fundamental a confirmação por teste específico.

Este padrão fluorescente se apresenta em forma de pequenos bastões (rods) e círculos (rings), que aparentemente está associado à infecção pelo HCV. Como ainda não estão totalmente caracterizados, esse novo padrão foi considerado preliminar durante o 3° Consenso Brasileiro , quando serão novamente apreciados durante o 4° Consenso.

Citoplasmático em forma de pequenos bastões (rods) e círculos (rings)

PCM = Placa Cromossômica Metafásica.

Referência Bibliográfica: 3◦ Consenso Brasileiro para pesquisa de autoanticorpos em células Hep-2 (FAN). Recomendações para padronização do ensaio de pesquisa de autoanticor pos em células Hep-2, controle de qualidade a associações clínicas. Dellavance,A. et al. Revista Brasileira de Reumatologia, 2009;49 (2): 89-109.

Informações importantes: sexo, idade, medicação atual.

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GRUPO SÃO CAMILO

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ANTIFUNGIGRAMA

Sinônimo mais usado: Teste de sensibilidade aos anti-fúngicos

Material e conservação para envio: colônia isolada de Leveduras de interesse médico, sem contaminações

bacterianas e/ou fungos filamentosos, sob temperatura ambiente.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente.

Método: Kirby e Bauer.

Valores de Referência: Sensibilidade aos anti-fúngicos utilizados.

Interferências: contaminações bacterianas e fúngicas filamentosas.

Indicações: escolha do antifúngico mais adequado para tratamento das leveduroses, principalmente produzidas

por Candida ssp e Cryptococcus ssp. São testados os seguintes anti-fúngicos: Anfotericina B, Cetoconazol,

Clotrimazol, Econazol, Fluconazol, Itraconazol, Miconazol e Nistatina.

Informações importantes: medicação atual.

Nota: as Candida ssp, podem alterar a sua sensibilidade aos anti-fúngicos. A Candida glabrata pode se tornar

resistente ao fluconazol, após o início da terapêutica. A Candida krusei é naturalmente resistente ao Fluconazol.

O Trichophyton asahii é naturalmente resistente à anfotericina B e o Cryptococcus neoformas pode se tornar

resistentes à 5 Fluoroxitosina.

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ANTIMULLERIANO – HORMÔNIO

Sinônimo mais usado: AMH

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum dispensável. Geralmente as amostras devem ser coletadas entre o 2º e o 7º dia do

ciclo ou de acordo com as instruções médicas.

Estabilidade da amostra: 2 a 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio (ELISA)

Valores de Referência: 1,2 a 9,6 mcg/L entre o 2º e o 7º dias do ciclo.

Interferências: lipemia.

Indicações: No homem o AMH tem grande importância quando as células de Sertoli, durante o

desenvolvimento embrionário produz a inibição do desenvolvimento dos dutos de Muller que são os precursores

da vagina, útero e trompas e que ajuda no desenvolvimento normal do trato genital masculino. A produção do

AMH nos homens ocorre durante toda a vida. No sexo feminino, os níveis de AMH são baixos até o começo da

puberdade. Após a puberdade o AMH apresenta variações durante os ciclos menstruais, caindo após a

menopausa.

No homem ele pode ajudar na avaliação da Síndrome da Persistência do Duto Mulleriano, anorquia ou ectopia

testicular e nas mulheres classificação da puberdade precoce com níveis baixos ou tardia com níveis elevados,

assim como nos casos de estados intersexuais-hemafroditismo e pode servir de marcador tumoral quando da

exerece de tecido gonadal neoplásico. Após a puberdade pode ser um bom marcador do potencial de óvulos em

pacientes que estão sendo submetidas à fertilização in vitro.

Informações importantes: suspeita clínica, idade dos pacientes e medicação utilizada.

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ANTIOXIDANTES TOTAIS

Sinônimo mais usado: ANTOX

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: um mês sob congelação.

Método: espectrofotometria.

Valores de Referência: 1,3 a 1,8 mmol/L

Interferências: hemólise, lipemia e medicação anti-oxidante recente.

Indicações: avaliação dos níveis de antioxidantes séricos. Os antioxidantes são componentes que inibem a ação

de oxidação de substratos normalmente presente no corpo e protegem células e tecidos da ação dos radicais

livres.

Informações importantes: medicação atual.

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ANTITROMBINA III

Sinônimo mais usada:ATIII

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado congelado.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento.

Método: Turbidimetria.

Valores de Referência:

Indivíduos normais : 83 a 119%

Deficiência hereditária : 27 a 45%

Os Recém-Nascidos têm valores 50% inferiores em relação aos valores de adultos.

Interferências: anticorpos heterófilos, terapia com heparina e terapia com estrógenos e progestágenos.

Variações patológicas :

Aumento dos valores : Processos inflamatórios, terapia com Penicilina G (I.M.) e uso de

anabolizantes.

Diminuições dos valores : Deficiência genéticas : Transmissão autossômica dominante com

freqüência de 1/3000. Nas doenças tromboembólicas de repetição a

freqüência chega a 3%.

Nos casos de indivíduos heterozigóticos os valores podem variar de 30 a 60% dos normais. Essas pessoas podem

desenvolver quadros de trombose nos casos de pós-parto, intervenções cirúrgicas, uso de pílulas

anticoncepcionais e tabagismo.

Deficiências adquiridas: Perda urinária por queda da seletividade glomerular (Síndrome Nefrótica), terapia com

estrógenos e progestágenos com diminuição da atividade da proteína. Diminuição da síntese da ATIII, como na

insuficiência hepática. Consumo elevado da ATIII, como nas CIVD, trombose venosa, cirurgias, partos complicados.

Terapia com Heparina, que pode diminuir a atividade da ATIII em até 30% e terapia com L-Asparaginase, que

pode diminuir a atividade da ATIII em até 40%.

Indicações: A ATIII é uma glicoproteína produzida no fígado que tem a função de inibir a coagulação. Tem uma

grande afinidade pela heparina devido a resíduos de Lisina na parte N-terminal da molécula. A associação de

ATIII-Heparina favorece o seu acesso às proteínas da coagulação que são inibidas pela Antitrombina III. A ação

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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efetiva da ATIII é exercida sobre a Trombina, o Fator X a, o Fator IX a, a plasmina, a calicreína e alguns fatores do

complemento que estão associados à coagulação. A deficiência hereditária ou adquirida pode causar tromboses

ou a ineficiência da ação da heparina.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e sexo.

Nota: Adeterminação da atividade da ATIII tem vantagens sobre a dosagem da ATIII, pois determina sua

atividade, mesmo na presença de moléculas inativas, casos de deficiências do tipo 2 e em casos de

presença do cafator da Heparina inibidor da ATIII. Resultados mais confiáveis devem ser realizados

na ausência de terapia com heparina, anticoncepcionais orais e L-Asparaginase.

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APOLIPOPROTEÍNA A1 (APO A1)

Sinônimo mais usado: Apo A

Material e conservação para envio : 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria.

Valores de Referência: em mg/dL:

Adultos

Homens : 110 a 170 mg/dL

Mulheres : 120 a 190 mg/dL

Valores Pediátricos: 5 a 10 anos : 104 – 160 mg/dL

11 a 15 anos : 102 – 160 mg/dL

16 a 20 anos : 102 – 165 mg/dL

Interferências: Modificações da dieta habitual, ganho de peso corporal elevado em 15 dias, atividade física nas

24 horas que antecedem a coleta.

Medicamentos: Elevações: ácido ascórbico, atenolol, captopril, carnitina, cetoconazol, cimetidina, clofibrato e

derivados, cloroquina, colestiramina, contraceptivos orais, enalapril, estrogenos em geral, fenitoína,

fenobarbital, furosemide, hidroclortiazidas, insulina, lovastatina, metformina, minoxidil, niacina, pravastatina,

prednisona, salbutamol, sinvastatina, verapamil. Diminuições: clorpropamida, danazol,

dehidroepiandrosterona, D-tiroxina, espirolactona, levonorgestrel, levotiroxina, medroxiprogesterona,

metildopa, nadolol, noretindrona, propranolol, tamoxifeno.

Indicações: Diagnóstico laboratorial de risco da doença aterosclerótica. Sendo o principal componente protéico

do HDL, participa da remoção do excesso de colesterol dos tecidos, sendo responsável pela ativação da

colesterolaciltranferase. É pois um fator de proteção arterial.

Informações importantes : medicação atual e pregressa. Atividade física , etc.

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APOLIPOPROTEÍNA B (APO B)

Sinônimo mais usado: Apo B

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

GRUPO SÃO CAMILO

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Método: Imunoturbidimetria.

Valores de Referência: em mg/dL:

Adultos

Mulheres : 75 a 150 mg/dL

Homens : 75 a 150 mg/dL

Valores Pediátricos: 5 a 10 anos : 50 – 90 mg/dL

11 a 15 anos : 48 – 88 mg/dL

16 a 20 anos : 48 – 110 mg/dL

Interferências: não há referências .

Indicações: É o maior constituinte protéico das frações VLDL, LDL e Lipoproteína (a), sendo que a maior parte

está ligada ao Colesterol LDL, tornando-se assim um bom marcador de risco para doença coronariana,

principalmente aos pacientes com níveis de triglicérides elevados.

Informações importantes: medicação atual, idade e sexo dos pacientes.

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APOLIPOPROTEÍNA E – ESTUDO GENÉTICO

Sinônimo mais usado: Estudo genético da Apo E

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração.Não separar o plasma.

Colocar papel entre o frasco com o sangue e o gelo renovável.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: Extração e amplificação com primers específicos do gen da Apolipoproteína. Análise de restrição

(RFLP) com enzima Afill e Haell.

Valores de Referência: Ausência da mutação E4 que está associada à doença de Alzheimer.

Interferências: não há referências.

Indicações: As Apolipoproteína E (Apo E) é sintetizada no fígado e localizada nos quilomícrons, VLDL e HDL.

Tem um papel de regular o metabolismo de lípides e lipoproteínas, ligando-se ao LDL através de receptor específico.

Apresenta 3 alelos que em associação produzem 6 fenótipos divervos.

O principal alelo é o E3, mas o E2 está relacionado com LDL baixo e triglicérides alto. O alelo E4 está relacionado com

LDL e Colesterol Total altos. O Fenótipo E4/4 está relacionado com alto risco coronariano (IAM) em pacientes jovens.

Hiperlipidemia familiar do tipo III (disbetalipoproteinemia familiar) tem como fenótipo E2/2. Estes pacientes têm

dificuldade no metabolismo dos quilomícrons e aumento do risco cardiovascular e vasculopatia periférica.

Informações importantes: medicação anterior e atual.

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APTIDÃO ESPORTIVA – TESTE DO GENE ACTN3 e TESTE PLUS

Material e conservação para envio:

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AQUAPORINA-4 – ANTICORPOS

Sinônimo mais usado: neuromielite óptica-anticorpos IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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próxima mamada.

Estabilidade para coleta: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não reagente.

Interferências: Lipemia e hemólise.

Indicações: A neuromielite óptica, também conhecida como Síndrome de Devic, é um processo inflamatório de

característica desmielinizante crônica do SNC, que se caracteriza por um tipo de neurite óptica e mielite aguda. O

diagnóstico diferencial entre a neuromielite óptica e a esclerose múltipla é por vezes muito difícil de ser realizado

nas fases iniciais da síndrome, principalmente nos pacientes em fase precoce, quando o tratamento é mais

efetivo. Há um paralelismo entre Neuromielite óptica e a presença de anticorpos anti-Aquaporina.

Informações importantes: quadro clínico e suspeitas químicas.

_______________________________________________________________________________________

ARILSULFATASE A e B

Sinônimo mais usado: - Mucossulfatidose A e Mucossulfatidose B.

Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue Total heparinizado sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada. A coleta deve ser realizada nos três primeiros dias da semana e deve-se evitar a coleta em vésperas de

feriados.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: a) Arilsulfatase A: 5 a 20 nmol/hora/mg de proteína.

B Arilsulfatase B: 72 a 176 nmol/hora/mg de proteína

Interferências: lipemia e hemólise.

Indicações: pacientes com leucodistrofia metacromática, de caráter metabólica e hereditária, apresentam níveis

diminuídos da arilsulfatase A, que é uma enzima lisossômica. Em consequência é o acúmulo de galactosil sulfato

na mielina de células do sistema nervoso central, nervos periféricos e alguns outros órgãos. Alguns pacientes

podem apresentar níveis diminuídos da atividade das arilsulfatases , sem apresentar sintomas clínicos.

Informações importantes: dados clínicos, hora da coleta e medicação atual

_______________________________________________________________________________________

ARSÊNICO NO SANGUE (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Arsênico sangüíneo

Material e conservação para envio: 5 ml de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Utilizar frascos próprios sem traços de metais. Não coletar no

ambiente de trabalho. Retirar todos os EPI, incluindo aventais. Lavar as mãos e braços antes da coleta.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 5 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: não expostos: valores inferiores a 0,16 mcmol/L

mcg/L = mcmol/L x 200

Não definidos pela NR-7, 1994, MT/Br

Interferências: não comer frutos do mar por pelo menos três dias antes da coleta.

Indicações: Presentes em atividades indústriais como galvanoplastia, mineração, petroquímica, fotocopiadoras,

GRUPO SÃO CAMILO

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indústria da borracha, cerâmica, cimento e baterias. Composto altamente tóxico, produzindo irritações em pele e

mucosas, neurites, paralisia, anemia e câncer. A presença alterada na urina demonstra exposição recente.

Informações importantes: medicação atual e atividade profissional.

_______________________________________________________________________________________

ARSÊNICO NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Arsênico urinário

Material e conservação para envio: Coletar uma amostra urinária no final de semana de trabalho, com volume

mínimo de 100 mL.

Instruções para coleta: vide material e conservação para envio.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: - Pessoas não-expostas: até 10 mcg/g de creatinina

(NR-7, 1994, MT/Br).

- Pessoas expostas (IBPM): < 50 mcg/g de creatinina

(NR-7, 1994, MT/Br).

Interferências: frutos do mar, que não devem ser ingeridos por três dias antes da coleta.

Indicações: Processos de intoxicações agudas e crônicas com Arsênico.

Informações importantes: medicação atual e ocupação profissional.

_______________________________________________________________________________________

ASLO – ANTIESTREPTOLISINA O

Sinônimo mais usado: ASO

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração .

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunoturbidimetria.

Valores de Referência: até 200 UI/mL

Interferências: Lipemia.

Indicações: Diagnóstico laboratorial das infecções estreptocóccicas. Títulos em elevações entre duas ou mais

determinações indicam infecção aguda. Na febre reumática 85 a 90% dos pacientes apresentam títulos elevados.

O pico sorológico ocorre entre a segunda e quarta semanas após o início da infecção. Os títulos começam a se

normalizar após 8 a 12 semanas após a cura.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e início da terapêutica.

_______________________________________________________________________________________

ASPARTATO AMINOTRANSFERASE – AST (TGO) (ver Transaminases)

_______________________________________________________________________________________

ASPERGILLUS FUMIGATUS – PCR – BIOMOL-SC

Sinônimo mais usado: Aspergilose.

Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia

(enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).

57

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Quando houver suspeita de infecção na pele, no pulmão, ou infecção fúngica sistêmica. A

aspergilose é causada pelo fungo Aspergillus fumigatus, que causa no ser humano um grande número de doenças

alérgicas, como asma e rinite alérgica, e invasivas, sendo as doenças broncopulmonares as manifestações mais

frequentes, podendo se espalhar para o cérebro e medula. A infecção ocorre por meio da inalação dos esporos do

fungo presentes no solo, em sementes ou material fecal. A Aspergilose é geralmente benigna, mas assume

particular importância clínica em infecções sitêmicas malignas em doentes imunossuprimidos. Os diagnósticos

sorológicos podem apresentar reações cruzadas com Histoplasmose, Blastomicose e Paracoccidioidomicose, a

identificação por cultura é laboriosa e frequentemente contaminada por outros fungos, já, a detecção molecular

por PCR é rápida, sensível e específica.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

ASPERGILLUS SPP PCR – BIOMOL-SC

Sinônimo mais usado: Aspergilose.

Material e conservação para envio: Escarro, lavado broncoalveolar, líquido pleural, fragmento de biópsia

(enviar em etanol), 5,0 mL de sangue total em EDTA. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Vide Asperillus fumigatus, PCR.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

ASPERGILOSE – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Aspergilose

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunodifusão simples bidimensional segundo Oüchterlony.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: dados da literatura tem demonstrado que terapia com anti-micóticos podem negativa resultados

sorológicos ou dependendo da época da instituição o paciente pode até deixar de desenvolver anticorpos

específicos anti-Aspergillus.

Indicações: Sorologia para o diagnóstico laboratorial de infecção por Aspergillus sp.

Informações importantes: relatar medicação atual e anterior até 2 meses.

GRUPO SÃO CAMILO

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ATAXIAS – ESTUDO MOLECULAR DO PAINEL DE -

Sinônimo mais usado: Painel de Ataxias.

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência de expansão na seqüência de trinucleotídeos determinantes das mutações.

Interferências: hemólise.

Indicações: a) Ataxias autossômicas recessivas: Ataxia de Friedreich; b) Ataxias autossômicas dominantes:

Ataxias espinocerebelares SCA1, SCA2, SCA3 e SCA10.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

BAAR – BACILOS ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTES – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de BAAR.

Material e conservação para envio: Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo.

Instruções para coleta: idem.

Estabilidade da amostra: idem.

Método: Bacterioscopia com coloração de Ziehl-Neelsen.

Valores de Referência: Ausência de BAAR nos percursos laminares.

Interferências: -

Indicações: Diagnóstico bacteriológico dos BAAR.

Informações Importantes: terapia específica anterior.

OBS.: Os escarros devem ser analisados logo após o período de liquefação. No Laboratório São Camilo

utilizamos Fluimucil em ampolas, na proporção de ½ ampola para cada 5 mL de escarro. O material é

homogeneizado e colocado a 37 C, em estufa, por 2 horas. Após este período colocamos o material

entre lâmina e lamínula e fazemos contagens por campo de 400 X para leucócitos e células

descamativas. Através destes dados avalia-se a qualidade do material em relação a um escore :

59

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Neutrófilos (por campo) Células descamativas (por campo)

0 1 a 9 10-24 > 25

0 Escore 0 - 1 -2 -3

1 a 9 Escore + 1 0 -1 -2

10 a 24 Escore + 2 + 1 0 -1

> 25 Escore + 3 + 2 +1 0

Escores de valor +3 são considerados Excelentes.

Escores de valor +2 são considerados Bons.

Escores de valor +1 são considerados Regulares.

Escores de valor 0 devem ser analisados com reservas.

Escores inferiores a 0 devem ser novamente coletados – forte contaminação com saliva.

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BACTERIOSCOPIA

Sinônimo mais usado: Bacterioscópico.

Materiais e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório

São Camilo.

Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo.

Estabilidade da amostra: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo.

Método: Gram, Ziehl-Neelsen, Azul Algodão, Fontana-Tribondeau , Albert Laybourn,etc.

Valores de Referência: descrição da Microbiota presente nos materiais clínicos coletados. Dependendo do

material, pode ser um exame muito útil no tratamento de certas patologias bacterianas ou fúngicas.

Interferências: antibioticoterapia anterior, local de coleta, contaminantes da Microbiota Anfibionte (normal),

etc.

Indicações: Teste de triagem e orientação para tratamento e/ou para a cultura em andamento.

Informações importantes: informar medicação prévia e atual, local e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

BACTERIOSCOPIA DE FEZES

Sinônimo mais usado: idem

Material e conservação para envio: As fezes devem ser coletadas antes de qualquer terapia com antibióticos

orais ou sistêmicos, antidiarréicos ou contrastes radiológicos (prazo de 5 dias).

a) Evacuação :

Coletar o material em pote próprio, estéril. Sempre enviar fezes recentes. Pode-se utilizar solução salina

tamponada para manter as fezes umedecidas. Enviar sob refrigeração.

b) Swab anal: pode-se coletar swab rico em fezes, mergulhado em tampão PBS, pH=7,4.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: inferior a 24 horas sob refrigeração, em solução salina tamponada.

Método: coloração pelo método de Gram e coloração tipo Romanosky.

Valores de Referência: dependendo da idade do paciente e do tipo de alimentação, pode haver grande variação

da Flora Normal (Microbiota Anfibionte). Desde um predomínio de Lactobacillus ssp,nos lactentes ao

predomínio de Bacilos Gram-Negativos (enterobactérias). Ausência de Leucócitos, protozoários e leveduras.

Interferências: uso de antimicrobianos, antidiarréicos etc.

Indicações: Diagnóstico presuntivo de algumas infecções do trato intestinal.

a) Infecções no Intestino Delgado:

E.coli – Enteropatogênica clássica: Presença ou não de leucócitos.

E.coli – Enterohemorrágica (O157): Hemácias e Leucócitos nas fezes.

Vibrio cholerae: Raros leucócitos nas fezes (fase inicial da infecção).

Vibrio parahaemolyticus: Raros leucócitos nas fezes nas fases iniciais da infecção.

Campylobacter jejuni: Freqüentes leucócitos nas fezes .

Clostridium perfringens: Raros leucócitos nas fezes.

b) Infecções nos Intestinos delgado e grosso:

Salmonella sp.: Grande quantidade de leucócitos nas fezes.

Yersinia enterocolitica: Raros leucócitos nas fezes.

GRUPO SÃO CAMILO

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c) Infecções no Intestino Grosso:

Shigella sp: Grande número de leucócitos

E.coli - Invasora: Leucócitos em número razoável.

Clostridium difficile: Raros leucócitos.

Informações importantes: informar quadro clínico .

_______________________________________________________________________________________

BACTERIOSCOPIA PARA HANSEN

Sinônimo mais usado: Pesquisa de BH

Material e conservação para envio: A coleta deve se realizar sempre nas áreas indicadas pelo(a) Médico(a) –

Assistente, geralmente da linfa das bordas das áreas de hipostesia ou anestesia, eritêmato-hipocrômicas, áreas com

madarose ou perdas de pelos, lesões de mucosa ,áreas de infiltrações difusas, placas eritêmato-infiltradas e de bordas

difusas, placas com tubérculos e nódulos, placas eritêmato-violáceas edematosas, placas de localização palmar,

plantar e periorificial., lesões pré-faveolares (eritêmato-planas com centro claro e lesões eritemato-pigmentares

ferrúgea ou pardacenta). Com o material assim obtido, são produzidos esfregaços em lâminas de microscopia, que

devem ser fixadas ao fogo, e enviadas em recipientes protetores, sem corar, a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: colher linfa, por escarificação, dos locais acima descritos e com indicação médica. Produzir

esfregaços em lâminas de microscopia.

Estabilidade da amostra: até 6 meses a temperatura ambiente, sob proteção da luz e do calor, após terem, as

lâminas fixadas ao fogo.

Método: coloração pelo método de Ziehl-Neelsen .

Valores de Referência:

De acordo com o número de microrganismos encontrados, por campo microscópico podemos ter:

Acima de 1000 BAAR por campo ou muitas globias : Positivo 6+

11 a 100 BAAR por campo ou raras globias : Positivo 5+

1 a 100 BAAR por campo ou raras globias : Positivo 4+

Até 1 BAAR por campo : Positivo 3+

Até 1 BAAR por 10 campos microscópicos : Positivo 2+

Até 1 BAAR por 100 campos microscópicos : Positivo 1+

Ausência de BAAR por 200 campos microscópicos : Negativo

61

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Classificação da Hanseníase:

Interferências: terapia específica ativa.

Indicações: diagnóstico laboratorial da Hanseníase.

Informações importantes: tratamento e tempo de tratamento. Casos familiares.

_______________________________________________________________________________________

BACTERIOSCOPIA PARA Mycobacterium tuberculosis E OUTROS BAAR (exclui moléstia de Hansen)

Sinônimo mais usado: Bacterioscopia para BAAR.

Material e conservação para envio: Os materiais podem ser os mais diversos possíveis, sendo os mais comuns:

Urina (primeira da manhã), escarro, sangue menstrual, LCR. Para outros materiais entrar em contacto com o

Departamento Científico do Laboratório São Camilo.

Instruções para coleta: Urina: coletar 3 amostras da primeira urina da manhã em dias seqüenciais (há

diminuição de contaminantes, facilitando o preparo das lâminas). Centrifugar a 2500 RPM imediatamente após

a coleta. Desprezar o sobrenadante. Preparar esfregaços finos em 4 lâminas. Esperar secar e fixa-las no bico de

Bunsen. Repetir o processo com as novas coletas. Enviar todas as lâminas para o laboratório, protegidas em

frascos tipo Papanicolaou ou caixa de plástico. Escarro: coletar o escarro antes do paciente se levantar pela

manhã. Se o paciente tiver dificuldade de coletar o escarro, pode-se induzi-lo com inalação por 15 minutos com

água destilada estéril. O escarro pode ser enviado ao laboratório no frasco de coleta, sob refrigeração, ou ser

submetido a liquefação com Fluimucil (0,15 mL da ampola do medicamento, para cada mL de escarro). Deixar a

temperatura de 37º C por 2 a 4 horas. Lâminas finas podem ser preparadas e fixadas ao fogo. Sangue menstrual:

coletar sangue menstrual no primeiro dia da menstruação (quando o fluxo é maior). Coletar com pipeta estéril,

tipo Pasteur, de plástico e descartável. Preparar esfregaços finos. Deixar secar a temperatura ambiente. Enviar as

lâminas, sem fixa-las. LCR: Centrifugar todo o material e preparar lâminas, fixando-as ao fogo.

Estabilidade da amostra: 5 dias para lâminas com sangue menstrual e 30 dias para materiais fixados ao fogo.

Método: coloração seg. Ziehl-Neelsen.

Valores de Referência: ausência de BAAR nos materiais clínicos.

Interferências: Materiais não significativos e terapêutica específica anterior.

Indicações: diagnóstico laboratorial para a presença de BAAR em materiais clínicos.

GRUPO SÃO CAMILO

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Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações .

_______________________________________________________________________________________

BACTERIOSCOPIA PARA BACILO DIFTÉRICO

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Bacilos Diftéricos

Material co conservação para envio: Raspado de pseudomembranas da orofaringe e material da nasofaringe

(coletado com swab): preparar lâminas de microscopia, com esfregaços finos e fixa-los ao fogo, no bico de

Bunsen. Enviar a temperatura ambiente dentro de protetores de lâminas.

Instruções para coleta: vide a página 33 do Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório

São Camilo.

Estabilidade da amostra: após a fixação sob fogo, no bico de Bunsen, a lâmina pode ficar a temperatura

ambiente por até 30 dias.

Método: Colorações segundo Albert-Laybourn e Gram.

Valores de Referência: ausência de bacilos com corpúsculos ou granulações metacromáticas.

Interferências: vigência de terapia com antibióticos.

Indicações: suspeita clínica de infecção por Corynebacterium diphtherithicum (difteria).

Informações importantes: descrever a coleta e informar o uso de medicações.

_______________________________________________________________________________________

BANDAS OLIGOCLONAIS

Sinônimo mais usado: Bandas oligoclonais no LCR

Material e conservação para o envio: mínimo de 3,0 mL de LCR sem contaminação com sangue no momento

da coleta. Recomenda-se que o Neurologista que fizer a punção colete 3 frascos em seqüência, com no mínimo 5

mL cada, para que no terceiro não haja nenhuma interferência de sangue, de possível acidente de punção. Enviar

sob refrigeração. Recomenda-se a contagem de hemácias no material. Estas não podem ultrapassar a contagem

de 50 por mm³. Deve-se coletar uma amostra de soro-sangüíneo para comparação eletroforética de controle.

Instruções para coleta: além das instruções acima citadas no item “Material e conservação para envio”, deve-se

solicitar ao médico coletador que faça somente punção lombar.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se alertar que as bandas

oligoclonais são bastantes sensíveis aos processos de congelamento e descongelamento.

Método: eletroforese multi-separativa.

Valores de Referência: Ausência de Bandas Oligoclonais no material clínico. É relativamente comum o

aparecimento de somente uma Banda Oligoclonal da classe IgG em algumas patologias, não relacionadas à

Esclerose Múltipla, sem o correspondente aumento no soro. São bandas oligoclonais sintetizadas no ambiente

liquórico, com migração extra-tecal não sendo possível detecta-la no sangue por eletroforese.

A positividade do teste está na presença de no mínimo duas Bandas Oligoclonais, que devem estar ausentes ou em

concentrações inferiores no soro do que no LCR, provando-se a sua produção no ambiente liquórico ou intra-tecal.

Interferências: as encefalites, de qualquer etiologia e algumas doenças infecciosas, como sífilis, micoses

profundas, etc, podem cursar com a presença de Bandas Oligoclonais, mas geralmente apresentam a sua

correspondência sérica.

Indicações: diagnóstico laboratorial da Esclerose múltipla, auxiliando o clínico principalmente nos pacientes

sem quadro radiológico definido.

_______________________________________________________________________________________

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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BARBITURATOS – PESQUISA (vide Drogas de Abuso – Pesquisa)

_______________________________________________________________________________________

Bartonella henselae – ANTICORPOS ANTI-IgG e IgM

Sinônimo mais usado: - Bartonella IgG e/ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: IgG :não reagente: < 1/64

IgM: não reagente: < 1/32

Interferências: lipemia, hemólise e hiperlipemia.

Indicações: Diagnóstico sorológico da doença da arranhadura do gato.

Informações importantes: medicação atual, início da doença e epidemiologia.

_______________________________________________________________________________________

BENCE – JONES, PROTEÍNAS DE

Sinônimo mais usado: Proteínas de Bence – Jones.

Material e conservação para envio: Enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, bem homogeneizada, sob

refrigeração. Não utilizar nenhum conservante.

Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, refrigerando durante a coleta.

Estabilidade da amostra: até 20 dias sob refrigeração. Não se deve congelar este material.

Método: método químico com diferencial de temperatura e confirmação por eletroforese focal.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: Não há referências.

Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de proteínas de cadeia leve (Proteínas de Bence – Jones) na

urina, para casos de Mieloma.

Informações importantes: enviar as hipóteses clínicas.

_______________________________________________________________________________________

BENZODIAZEPÍNICOS - PESQUISA - (vide Drogas de Abuso - Pesquisa)

_______________________________________________________________________________________

BENZOILECGONINA (COCAÍNA) - PESQUISA

Sinônimo mais usado: pesquisa de cocaína

Material e conservação para envio: urina recente, horário não é crítico. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico. O material deve ser coletado somente nos próprios do

laboratório , para que se tenha certeza da origem do material, não se deve permitir que o indivíduo não entre na

sala de coleta, com bolsas, frascos, sacolas , etc. Ao pegar na mão o frasco colhido, tentar perceber a temperatura

que está a urina, pois logo após a coleta, deverá estar por volta de 36°C. .

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Deve-se guardar sempre uma

amostra congelada para possíveis contra-provas.

GRUPO SÃO CAMILO

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Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: pesquisa negativa.(Sensibilidade analítica mínima: a partir de 15 ng/mL).

Interferências: não há referências.

Indicações: diagnóstico clínico-laboratorial do uso da cocaína, para tratamento especializado. Geralmente a droga é

detectada na urina dos usuários até 48 a 96 horas após o uso ilícito, porém, o tempo em que a droga é detectada na

urina depende de alguns fatores, como tipo de usuário, se crônico ou ocasional, tipo de droga, dose, via de uso,

fatores individuais, como estado físico, idade, alimentação e dose. De uma forma geral, podemos considerar: uso

ocasional: 2 a 4 dias de permanência da droga na urina, e 10 a 14 dias para uso crônico. Em algumas universidades

foram feitas duas amostras semanais em estudantes, tanto para pesquisa de maconha , como para cocaína. Os testes

eram efetuados às segundas e quartas-feiras. Os estudantes que apresentavam positividade somente em algumas

segundas-feiras foram considerados usuários ocasionais ou de fins-de-semana. Os que apresentavam várias

pesquisas positivas às segundas e quartas-feiras, foram considerados drogaditos crônicos.

Nota: Estes testes não tem valor médico-legal e/ou pericial, por não ter posse legal. O indivíduo pesquisado

deve preencher uma autorização sua, ou de seu representante legal, declarando que foi por livre e

expontânea vontade que realizou este teste, e que em momento algum foi coagido a realizá-lo.

Informações importantes: o indivíduo pesquisado ou o seu representante legal deve informar se houve uso ou

suspeita de uso da droga, e há quanto tempo isto ocorreu. Informar todos os medicamentos que estão sendo

utilizados .

_______________________________________________________________________________________

BETA-2-GLICOPROTEÍNA I – ANTICORPOS IgG e/ou IgM

Sinônimo mais usado: Beta-2-Glicoproteína G ou M

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imedia-tamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente: < 5,0 U/mL

Indeterminado: 5,0 a 8,0 U/mL

Reagente: > 8,0 U/mL

Interferências: lipemia e hemólise.

Indicações: esses anticorpos são muito mais estáveis e apresentam mais especificidade clínica do que os

anticorpos anti-cardiolipina, para o diagnóstico laboratorial da síndrome dos anticorpos anti-fosfolipídeos.

Assim, a presença destes anticorpos estão ligados à morbidade gestacional, como abortamentos, eclampsia e pré-

eclâmpsia e também quadros de trombose. Alguns indivíduos podem apresentar estes anticorpos sem quadro

clínico associado.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

BETA-2- MICROGLOBULINA SÉRICA

Sinônimo mais usado: Beta-2-Micro

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 84: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: em ng/mL:

Adultos:

Homens .............................. : 604 - 2286

Mulheres ............................ : 607 - 2454

Crianças:

< 30 dias de vida ................ ..: 1160 - 4790

31 dias a 1 ano de vida ...... ...: 830 – 3095

> 1 ano (valores de adultos)

OBS.: os valores de referência para adultos referem-se a mulheres não-grávidas e homens entre 20 a 70

anos, para um percentil de 97,5% populacional.

Interferências: quimioterápicos, hiperlipidemia e hiperbilirrubinemais .

Indicações: A Beta-2-Microglobulina forma parte das cadeias leves dos antígenos de Histocompatibilidade

HLA (A,B e C), que aparece nas células nucleadas, principalmente presentes nos linfócitos. Devido ao seu baixo

peso molecular 95% de sua forma livre é filtrada nos glomérulos e é reabsorvida, aproximadamente 99,9% nos

túbulos proximais. É também produzida por células mononucleares tumorais, elevando-se nos casos de

Síndromes Linfoproliferativas benignas ou malignas. Seu aumento urinário é relacionado à disfunções

tubulares. Aumentos da excreção urinária têm-se observado numa grande variedade de condições, como na

doença de Wilson, ns Síndrome de Fanconi, galactosemia congênita não tratada, nefrocalcinose, cistinose,

deficiência crônica de potássio, nefrite intersticial, doenças do tecido conjuntivo, como a AR, Síndrome de

Sjögren, exposição profissional a metais pesados como cádmio e mercúrio, infecções do trato urinário superior,

transplantes renais e nefrotoxicidade por ciclosporina, aminoglicosídeos ou cisplatina. Pode ser um bom teste

para diferenciar infecção renal alta da infecção baixa.

Elevadas concentrações no soro, na presença de função renal normal, sugerem produção ou liberação excessivas

de Beta-2-Microglobulina. Níveis elevados poderão ser encontrados em doenças linfoproliferativas, como no

mieloma múltiplo, leucemia linfóide crônica, doença de Hodgkin, outros linfomas, LES, AR, Sjögren, Doença

de Crohn, e algumas infecções virais, como as Hepatites, citomegalovírus, mononucleose, HIV, etc.

Aumenta também nos quadros de insuficiência renal aguda e crônica e no Lúpus Eritematoso Sistêmico,

independente dos níveis de função renal.

Informações importantes: informações sobre quadro clínico e medicação atual pode ajudar o laboratório.

_______________________________________________________________________________________

BETA-CAROTENO

Sinônimo mais usado: Caroteno

Material e conservação para envio: 1 mL de soro, em frasco âmbar sob congelação.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediata-mente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.

Método: espectrofotomético.

Valores de Referência: 50 a 300 µg/dL

Interferências: diminuições: alguns antibióticos, contraceptivos orais, metformina e uso crônico de óleos

minerais. Hemólise.

GRUPO SÃO CAMILO

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Indicações: seus níveis são paralelos aos da vitamina A, já que o beta-caroteno é a pró-vitamina A. Níveis

elevados são encontrados em indivíduos que ingerem grande quantidade de alimentos ricos em beta-caroteno,

como cenoura, espinafre, nas dislipidemias, diabetes mellitus e hipotireoidismo. Valores diminuídos podem ser

encontrados nos estados de carência alimentar, malabsorção, tabagismo, pós-gastrectomia e cirrose hepática.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

BETA-HCG NO LCR

Sinônimo mais usado: beta-HCG no Líquor

Material e conservação para envio: 2mL de LCR sob refrigeração.

Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a) – Assistente, por punção lombar. Se a primeira

porção vier com sangue, coletar mais um frasco. Enviar o segundo frasco ou o terceiro conforme o caso. Coletar

uma amostra de sangue para controle.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: Indetectável.

Interferências: Hiperproteicorraquia, contaminação com hemácias .

Indicações: Seguimento de tumores produtores de HCG que podem apresentar metástases cerebrais. Nestes

casos, frequentemente, os valores liquóricos são maiores ou muito próximos aos valores séricos.

Informações importantes: medicação dos últimos 30 dias.

_______________________________________________________________________________________

BETA-HCG SÉRICO

Sinônimo mais usado: Beta-HCG

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Não há horário específico para coleta. A paciente deverá estar em jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de referência: Resultado Inconclusivo : 20,0 a 30,0 mUI/mL

Resultado Negativo : Inferior a 20,0 mUI/mL

Resultado Positivo : Superior a 30,0 mUI/mL

OBS.: Os casos inconclusivos devem ser repetidos após uma semana, pois podem refletir estados

hipohormonais transitórios a serem confirmados. Os métodos utilizados pelo Laboratório São

Camilo, seguem o padrão de referência WHO-3rd – International Standard of HCG (75/537).

Os resultados devem sempre ser comparados com dados da paciente, como atraso menstrual, sintomas e história

clínica e resultados de outros testes. Níveis baixos podem não excluir a possibilidade de gestação, dependente do

atraso menstrual, principalmente.

Interferências: Medicamentos a base de HCG, como o Pregnil, Hiperlipemia, Hemólise e Hiperbilirrubinemia.

Indicações: Indicado no diagnóstico precoce da gravidez (desde 1 a 2 dias de atraso menstrual). Devido a grande

faixa de variação, o teste não tem como avaliar o tempo gestacional. De uma forma geral, mas não como regra

absoluta, os níveis de Beta-HCG podem duplicar a cada 36/48 horas.

O Beta-HCG pode ser um exame a ser utilizado como marcador tumoral de tumores trofoblásticos e outros de

produção ectópica de HCG. Os tumores testiculares serão tratados no exame GONADOTROFINA

67

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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CORIÔNICA TESTICULAR, mais a frente.

Informações importantes: informar corretamente a Data da Última Mestruação, medicações utilizadas no

período prévio de 30 dias.

_______________________________________________________________________________________

BETA-HCG QUANTITATIVO GESTACIONAL

Sinônimo mais usado: Beta-HCG Gestacional.

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: em UI/mL:

IDADE GESTACIONAL Beta-HCG 1ª a 2ª semanas 2ª a 3ª semanas 3ª a 4ª semanas 4ª a 5ª semanas 5ª a 6ª semanas 6ª a 7ª semanas 7ª a 11ª semanas 11ª a 16ª semanas 16ª a 21ª semanas 21ª a 39ª semanas

25,0 a 150,0 mUI/mL100,0 a 4.800,0 mUI/mL

1.100,0 a 31.500,0 mUI/mL2.500,0 a 82.000,0 mUI/mL

23.000,0 a 150.000,0 mUI/mL27.000,0 a 230.000,0 mUI/mL20.000,0 a 290.000,0 mUI/mL6.500,0 a 103.000,0 mUI/mL4.700,0 a 80.000,0 mUI/mL

2.700 a 78.000,00 mUI/mL

Padrão internacional: WHO 3 rd IS HCG 75/537

GRUPO SÃO CAMILO

VI68

OBS.: Casos que não se encaixem nestes valores acima, devem ser repetidos após uma semana da última

coleta. Dúvidas sobre a DUM, alterações fisiológicas no desenvolvimento fetal e local de nidação

podem alterar estes resultados.

Interferências: medicamentos a base de HCG (Pregnil), hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.

Indicações: Estudo da evolução gestacional, com caráter quantitativo. Quedas abruptas dos níveis séricos

podem refletir problemas na evolução da gestação.

Informações importantes: informar a medicação atual e a D.U.M..

_______________________________________________________________________________________

BIG-PROLACTINA (VER MACRO-PROLACTINA)

_______________________________________________________________________________________

BILIRRUBINAS TOTAIS E FRAÇÕES

Sinônimo mais usado: Bilirrubinas séricas.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro protegido da luz (em tubo âmbar ou coberto com papel

alumínio), sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar no período da manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

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imediatamente antes da próxima mamada, com exceção de casos de urgência. Proteger da luz.

Estabilidade da amostra: até 10 dias sob refrigeração ou por 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico automatizado.

Valores de Referência:

BD BI BT ( mg/dL)

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

____________________________________________________________. Adultos até 0, 2 até 1,0 até 1,2 ____________________________________________________________.

RN / dias de nascidos 0-1 dia 1 a 2 dias 3 a 5 dias ____________________________________________________________.

Prematuros até 8,0 até 10,0 até 12,0

A termo até 5,0 até 7,0 até 8,0____________________________________________________________.

____________________________________________________________.

BD = Bilirrubina Direta ou ConjugadaBI = Bilirribina Indireta ou Não-ConjugadaBT = Bilirrubina Total RN = Recém – nascido

Interferências: Elevações: Quadros hemolíticos como eritroblastose fetal, hemorragias internas, drogas que

podem causar hemólise, altas concentrações de fenotiazídicos, Ácido Ascórbico, Nitritos (infecções urinárias),

antibióticos como Cefalosporinas de qualquer geração, contraceptivos, androgênios esteróides, Indometacina, Isonizida,

Metildopa, outras formulações de Dopamina e Pirazinamida. Alguns autores tem relacionado o uso de Amiodarona com

surtos de hiperbilirrubinemia e alterações concomitantes de hiperamilasemia, Hepatopatias como cirroses, neoplasias,

obstruções biliares, viroses , Síndrome de Gilbert, jejum prolongado acima de 36 a 48 horas (nos casos de Síndrome de

Gilbert, os valores da Bilirrubina Indireta torna-se bastante acentuado durante período de jejum).

Diminuições: pirídio.

Indicações: Diagnóstico de hepatopatias e quadros hemolíticos em RN por outras causas de hiperbilirrubinemias, como

icterícia fisiológica, hipotiroidismo, obstruções das vias biliares, Esferocitose, deficiência de G-6-PD, Rubéola,

Toxoplasmose, Citomegalovírus, Reabsorção de hematomas, Galactosemia, Histiocitoses, etc.

Informações importantes: anotar medicação atual, idade e sexo .

_______________________________________________________________________________________

BISMUTO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Bismuto no sangue

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: População não exposta : indetectável.

População exposta : até 240 nmol/L

Interferências: presença de outros metais pesados na circulação periférica.

Indicações: controle da saúde do trabalhador com exposição aos produtos.

Informações importantes: se o paciente é exposto, qual o horário da coleta e quanto tempo trabalha no setor em

exposição.

_______________________________________________________________________________________

BISMUTO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Bismuto na urina

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Material e conservação para envio: enviar alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar

o volume total da amostra.

Instruções para coleta: coleta de urina de 24 horas, em frasco plástico novo, fornecido pelo laboratório, sem

conservantes.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica .

Valores de Referência: até 24 nmol/L.

Interferências: vide Bismuto Sangüíneo .

Indicações: vide Bismuto Sangüíneo.

_______________________________________________________________________________________

BIOTINIDASE – VER TESTE DO PEZINHO

_______________________________________________________________________________________

BLASTOMICOSE – PCR QUALIT. (P. brasiliensis) BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL da 1ª urina da manhã,

líquido pleural, secreção de orofaringe, 1,0 mL de líquor, outros fluidos corporais, fragmentos de biópsia,

exsudado/raspado da borda da lesão. Enviar sob refrigeração.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: O fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis, causador da micose sistêmica, denominada para-

coccidioidomicose, apresenta o fenômeno do termo-dimorfismo, crescendo na forma miceliana a 25°C e na forma

de levedura a 37°C. A forma de levedura é a infectante. Em humanos, a infecção se inicia por inalação de propágulos

do fungo, os quais aderem no epitélio alveolar pulmonar e se transformam na forma patogênica de levedura.

Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

BLASTOMICOSE – PESQUISA (PARACOCCIDIOIDOMICOSE)

Sinônimo mais usado: Blastomicose sulamericana-pesquisa.

Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, página 47.

Estabilidade da amostra: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais, do Laboratório São Camilo,

Página 47.

Método: Microscópico após clarificação do material clínico.

Valores de Referência: ausência de células em gemulação múltipla, características da fase leveduriforme do

Paracoccidioides brasiliensis.

Interferências: formas incorretas de coleta e medicação anti-fúngica.

Indicações: diagnóstico laboratorial de Paracoccidioidomicose .

Informações importantes: medicação atual e localização correta do local ou locais de coleta.

GRUPO SÃO CAMILO

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BLASTOMICOSE (PARACOCCIDIOIDOMICOSE) SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: Reação de Fava Neto

Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunodifusão simples, tipo Oüchterlony, para triagem. Nos casos Reagentes são realizados testes de

Imunoprecipitação em tubos, seg. Heildelberg e contra-imunoeletroforese (CIE).

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: Hiperlipemia .

Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis) ou

Blastomicose Sulamericana.

1) Casos com menos de 1 ano de evolução de formas localizadas :

a) Reação de Precipitação: Reagente em 100% dos casos. b) Imunodifusão simples ou CIE: Reagente em

66% dos casos.

2) Com mais de 1 ano de evolução de formas localizadas:

a) Reação de Precipitação: Reagente em 50% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contra-

imunoeletroforese: Reagente em mais de 75% dos casos.

3) Paracoccidioidomicose disseminada:

a) Reação de Precipitação: Reagente em 78% dos casos. b) Reação de Imunodifusão Simples ou Contra-

imunoeletroforese: Reagente em mais de 98% dos casos, a maioria com títulos elevados.

Informações importantes: Informar a medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

Bordetella pertussis IgG e IgM

Sinônimo mais usado: Bordetella IgG e/ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sob congelação.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente para ensaios de anticorpos do epítopo IgG ou IgM.

Interferências: lipemia e hemólise.

Indicações: estudo dos quadros por infecção pela Bordetella pertussis. Comprovação de viragem sorológica

após vacinação.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, estado vacinal recente.

_______________________________________________________________________________________

Borrelia burgdorferi - ANTICORPOS ANTI (VER LYME - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE)

_______________________________________________________________________________________

Borrelia burdorferi - PESQUISA

Sinônimo mais usado: pesquisa de Borrelias no sangue periférico

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: preparar esfregaços com sangue periférico em lâminas de microscopia

novas. Corar pelo método Panótico ou fixá-las por 1 minuto no primeiro corante do teste Panótico. Deixar secar

naturalmente e envia-las a temperatura ambiente em caixas de proteção de lâminas.

Instruções para coleta: não há período e hora crítica para a coleta. Coletas digitais podem ser realizadas. Evitar

a coagulação do sangue antes de realizar os esfregaços. As coletas digitais geralmente preservam melhor a

morfologia dos espiroquetídeos.

Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por longos

períodos.

Método: microscópico com coloração tipo Romanovsky.

Valores de Referência: ausência de espiroquetídeos no material clínico.

Interferências: níveis de bacteremia e/ou período da doença.

Indicações: diagnóstico precoce das borrelioses. A negatividade do teste não afasta o diagnóstico da doença de

Lyme.

_______________________________________________________________________________________

Borrelia burgdorferi - CULTURA PARA -

Sinônimo mais usado: Cultura para borreliose

Material e conservação para envio: LCR e sangue periférico, coletado em ACD (peça frasco especial para o

Laboratório São Camilo). Tanto o LCR como o sangue total em ACD devem ser enviados a Temperatura

Ambiente, sem ultrapassar os 30°C, num prazo máximo de 12 horas. As amostras devem ser protegidas da luz.

Instruções para coleta: coleta normal de LCR, se possível sem contaminação de sangue. O sangue periférico

deve ser coletado em frasco com anticoagulante ACD.

Estabilidade da amostra: vide "Material e conservação para envio".

Método: Cultura em meio anaeróbio Spirocult.

Valores de Referência: ausência de crescimento de espiroquetídeos.

Interferências: terapia com antibióticos específicos.

Indicações: suspeita de fase de bacteremia da Doença de Lyme e diagnóstico diferencial da fibromialgia.

Geralmente as borrelias são isoladas nas primeiras 3 semanas de infecção, principalmente em pacientes com

sintomas, como dermatológicos (eritema migrans), etc.

Informações importantes: medicações atuais e anteriores a data da coleta.

_______________________________________________________________________________________

BRCA1 E BRCA2 – PESQUISA DE MUTAÇÕES

Sinônimo mais usado: BRC1 e BRC2 – PCR

Material e conservação para envio: 3 tubos de sangue total em EDTA, coletados e mantidos esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatemente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR e sequenciamento de DNA.

Valores de Referência: ausência das mutações.

Interferências: hemólise.

Indicações: Predisposição genética para câncer de mama e câncer de ovário, associada às mutações BRCA1

eBRCA2, em dominância autossômica.

GRUPO SÃO CAMILO

VI72

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Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

BRUCELOSE- AGLUTINAÇÃO

Sinônimo mais usado: Sorologia para Brucelose

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : aglutinação rápida com antígenos padronizados de Brucella abortus.

Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo.

Interferências: terapia com antibióticos podem mascarar o aparecimentos dos anticorpos.

Indicações: diagnóstico sorológico da brucelose. O aparecimento dos anticorpos geralmente ocorre após a

segunda semana de infecção aguda , com pico máximo entre a terceira e sexta semanas. Títulos iguais ou

superiores a 1/80 são considerados sugestivos de doença ativa. Elevações de pelo menos 4 vezes aos níveis da

primeira amostra, colhidas com intervalo de 2 semanas, é diagnóstico de infecção aguda.

Sendo um antígeno gênero-específico, pode cruzar com anticorpos contra outras Brucelas . Os títulos inferiores

a 1/80 podem aparecer após período de cura e persistir por muitos anos. Podem também revelar reações cruzadas

com outros anticorpos, como em pacientes vacinados contra febre tifóide, cólera ou infecções por Yersinia

enterocolitica. Os resultados de indivíduos que trabalham diariamente com gado ou cabras devem ser

interpretados estritamente sob o quadro clínico.

Informações importantes: medicação usada, outras hipóteses diagnósticas.

_______________________________________________________________________________________

BRUCELOSE – PCR – QUALIT. – BIOMOL SC (ST OU URINA)

Sinônimo mais usado: Febre de Malta, Febre de Gilbratar, Febre Mediterrânea ou Febre Ondulante.

Material e conservação para envio: Sangue total em EDTA: 5 mL (adultos) e 2,0 mL (crianças); urina

recente (5 mL);. O material deve ser transportado refrigerado (4° C).

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Hemólise; Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e

período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: A Brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes espécies da bactéria Brucella: B.

abortus (gado), B. suis (suínos), B. melitensis (caprinos) e B. cannis (canino), transmitida dos animais para o

homem. É uma doença sistêmica que, nos quadros mais graves, pode afetar o sistema nervoso central, coração,

ossos, articulações, fígado, aparelho digestório. O diagnóstico para Brucelose tem sido realizado

tradicionalmente por cultura. O diagnóstico molecular por PCR pode fornecer um resultado mais sensível,

específico e rápido.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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CA – 125

Sinônimo mais usado: marcador tumoral CA – 125

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: em 95% dos casos os valores normais são ≤�21 UI/ mL.

Interferências: com exceção de neoplasias, podem ocorrer interferências com elevações: Gestações,

Mestruação, doenças inflamatórias peritoniais, doenças inflamatórias pleurais, doenças inflamatórias

intestinais, pancreatites, peritonites, Mola Hidatiforme, Endometriose, doenças granulomatosas em geral, como

Sarcoidose, Tuberculose, etc.

Hemólise, Hiperbilirrubinemia e Hiperlipemia podem interferir na reação de Quimioluminescência.

Indicações: Avaliações de massas pélvicas e monitorações de pacientes com adenocarcinoma de ovário. Além do

adenocarcinoma de ovário, o CA-125 pode estar elevado em neoplasias do colo e corpo uterino, Trompas, Fígado e

vesícula biliar, pâncreas, estômago, Rins, Cólon e Pulmão. De forma geral o CA – 125 está presente nos

adenocarcinomas serosos e nos cistomucinosos. Correlações com a massa tumoral somente acontece nos casos de

estadiamentos III e IV. A sensibilidade do teste é muito grande, podendo seus valores se alterar em casos pós-

operatórios muito antes dos sintomas reaparecerem.

Informações importantes: sexo, idade, hipóteses diagnósticas, situação de controle de neoplasias ou outras

doenças não neoplásicas, medicação atual.

OBS.: O CA 72-4 detecta carcinomas mucinosos dos ovários e a sua associação com o CA – 125 pode

representar um aumento da sensibilidade diagnóstica dos tumores ovarianos.

_______________________________________________________________________________________

CA – 15-3

Sinônimo mais usado: MCA

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: Para intervalo de confiança de 97,5%

Mulheres sem patologias.................: Até 31,0 U/mL

Mulheres Pré-menopausa ................: Até 36, U/mL

Mulheres Pós-menopausa................: 7,4 a 42,9 U/mL

Grávidas ..........................................: Até 42,6 U/mL

Grupo com Adenoma Benigno.........: Até 42,6 U/mL

Interferências: algumas doenças benignas podem cursar com valores médios de CA 15-3, como doenças benignas da

mama, Doenças inflamatórias pélvicas, gestação, lactação, infecções urinárias, doenças hepáticas, como cirrose (15%

dos casos), Hepatite crônica, infecciosa ou auto-imune, endometriose, doenças auto-imunes, principalmente no LES,

doenças granulomatosas, como Sarcoidose e Tuberculose, pancreatite crônica, etc. Lipemia, Hemólise e Bilirrubinas

podem interferir na reação quimioluminescente. Alguns casos de hipogonadismo, principalmente os tardios podem

GRUPO SÃO CAMILO

VI74

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cursar com valores menores de CA 15-3. As patologias benignas geralmente apresentam valores de 25 a 50 UI/mL.

Indicações: a principal indicação para a determinação deste marcador tumoral, que é uma glicoproteína que se

encontra nas membranas dos tumores de mama, produzidas por genes chamados MUC1. Atualmente é

considerado o melhor marcador tumoral para mama. Sendo de baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença

(15 a 35%) este marcador tumoral não deve ser utilizado para triagem ou diagnóstico do câncer de mama e

somente na monitoração do tratamento e detecção de redicivas.

Informações importantes: informar medicação atual utilizada, cirurgias recentes, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CA – 19-9

Sinônimo mais usado : GI-MA.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência Automatizada.

Valores de Referência: 97,5% da população em geral tem valores ≤�37 UI/mL.

Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente.

Doenças benignas como doenças hepáticas, calculose biliar, cirrose, colangite intra-hepática e pancreatites e

malignas como linfoma do pâncreas, carcinoma embrionário dos testículos podem elevar os níveis deste

marcador tumoral.

Indicações: CA – 19-9 é um monosialogangliosídeo, que faz parte das glicoproteínas mucosas produzido

principalmente pelas membranas das células tumorais de carcinomas pancreáticos, do cólon, ductos biliares,

gástricos, endométrio e salina. Esse marcador também é produzido por esses tecidos normais. A sensibilidade

varia de 68 a 94% e a especificidade varia de 68 a 90% para o adenocarcinoma pancreático. Para cólon e reto a

sensibilidade é de 70% e a especificidade varia de 75 a 90% .Câncer de vias biliares podem em 80% dos casos

produzirem valores elevados do CA – 19-9. Neoplasias de endométrio, Próstata, pelve renal e mama,

cistadenocarcinomas mucinosos de ovário e adenocarcinomas uterinos, também podem ter valores elevados. A

Alfa Fetoproteína é mais específica que o CA 19-9 nos carcinomas hepáticos.

O CA 19-9 não é indicado para triagem diagnóstica entre patologias benignas e malignas do pâncreas. Quando os

valores são muito elevados , > 120 UI/mL é mais provável que a patologia seja maligna. Talvez seja o único

marcador tumoral que guarda estreita relação entre os seus valores séricos e o tamanho tumoral. É muito sensível

para detectar precocemente recidivas pós-operatórias, e essa sensibilidade é tanto maior quanto menor for o valor

da estabilização inicial pós-cirúrgica.

A associação da determinação do CEA aumenta a sensibilidade diagnóstica de recidivas nos carcinomas de

cólon e reto , e pulmão.

Aproximadamente 5% dos tumores de pâncreas não produzem este carboidrato.

Informações importantes: sexo do paciente, idade, hipóteses diagnósticas, acompanhamento cirúrgico, etc.

OBS.: o CA 72-4 diagnostica tumores mucinosos, que não são pegos pelo CA 19-9. A associação destes

dois marcadores tumorais aumenta muito a sensibilidade diagnóstica.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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CA – 72 – 4

Sinônimo mais usado: TAG 72.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.

Método: Eletroquimioluminescência.

Valores de Referência: até 6,9 U/mL.

Interferências: Lipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise podem interferir na reação quimioluminescente.

Praticamente não há referências de interferências por patologias benignas.

Indicações: de uma forma mais geral é utilizado como marcador tumoral de carcinomas de ovários e gástricos.

De forma diferente dos outros marcadores, ele é uma glicoproteína mucinosa de células epiteliais. É o melhor

marcador tumoral de tumores mucinosos do ovário. A especificidade e sensibilidade nos tumores mucinosos

de ovário chega a 95%. Assim, em associação ao CA 125, que não detecta tumores mucinosos, propicia um

aumento da capacidade diagnóstica de forma muito relevante.

Aumenta também nos carcinomas gástricos e a sensibilidade fica muito elevada quando associado às

determinações do CEA de do CA 19-9.

Informações importantes: sexo, idade, medicação atual, quadro clínico, controle pós-operatório, etc.

_______________________________________________________________________________________

CÁDMIO SANGUÍNEO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Cádmio plasmático

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado, sob refrigeração.

Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico, em qualquer horário ou dia, desde que o trabalhador

esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias . É recomendado iniciar a

monitoração após 6 meses de exposição.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: não fumantes : < 1,2 mcg/L.

fumantes : < 3,9 mcg/L.

níveis tóxicos : > 10,0 mcg/L.

Interferências: não há referências.

Indicações: monitoração de indivíduos expostos profissionalmente ou ocupacionalmente, ou para diagnóstico

de intoxicação por este elemento. Distribuído por todo meio ambiente, por isso a exposição nem sempre é por

motivos profissionais.

As exposições podem ser divididas em: a) ocupacionais : fábrica de baterias de automóveis, galvanoplastia,

fábrica de pigmentos, esmaltes, semicondutores, retificadores, estimuladores de lasers, tinturas têxteis, fábrica

de tubos de televisão e fotografias., etc. b) exposição doméstica: medicamentos, bebidas, água potável.

A exposição aguda é de difícil diagnóstico, estas podem ser por edema pulmonar provocando dispnéia,

nefropatia tubular, com necrose tubular aguda, e sintomas digestivos e neurológicos . A exposição crônica

provoca sintomas gastrointestinais, anemia, eosinofilia, rinite, alterações das cores de dentes. Síndrome de Toni-

Debré-Fanconi, com hipercalciúria, hiperfosfatúria e aminoacidúria. Microfraturas ósseas com áreas de litíases

cálcicas. Osteomalácia, Síndrome respiratória com enfisema e lesão tubular renal, pode ser a continuação do

quadro agudo já descrito. Todas as alterações aparecem após um período acumulativo.

GRUPO SÃO CAMILO

VI76

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Uma das principais fontes de cádmio é a fumaça de cigarros, daí os fumantes terem maiores concentrações de

cádmio.

No sangue periférico o cádmio fica principalmente nos eritrócitos.

Informações importantes: anotar medicação atual, tabagismo, local de trabalho e tipo de profissão, tempo de

exposição e uso de sonda urinária.

_______________________________________________________________________________________

CÁDMIO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: CD urinário.

Material e conservação para envio: amostra ao acaso de urina recente. O horário de coleta não é crítico. Enviar

sob refrigeração.

Instruções para coleta: 100 mL de urina em frasco novo de PVC. Manter sob refrigeração. O trabalhador deve

estar em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias. Recomenda-se o

monitoramento a partir do 6 mês de trabalho.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração .

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: até 2,0 mcg/g de creatinina.(NR-7, 1994, MT/Br).

IBPM: 5,0 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br).

Interferências: tabagismo, utilização de sondas urinárias.

Indicações: vide o item anterior.

Informações importantes: vide o item anterior .

_______________________________________________________________________________________

CÁLCIO SÉRICO

Sinônimo mais usado: calcemia

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Espectrofotometria, com Arsenaso III

Valores de Referência: Adultos até 59 anos : 8,6 a 10,3 mg/dL.

3ª Idade : 8,6 a 10,0 mg/dL

77

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Faixa etária Masculino Feminino Até um ano

1 a 6 anos 7 a 11 anos12 a 15 anos16 a 19 anos20 a 59 anos60 a 69 anos70 a 79 anos> a 80 anos

7,8 a 10,7 mg/dL8,8 a 10,1 mg/dL8,8 a 10,1 mg/dL8,8 a 10,7 mg/dL8,9 a 10,7 mg/dL8,6 a 10,3 mg/dL9,1 a 10,1 mg/dL8,7 a 10,3 mg/dL8,8 a 10,0 mg/dL

7,9 a 10,7 mg/dL8,8 a 10,1 mg/dL8,8 a 10,1 mg/dL8,8 a 10,6 mg/dL8,9 a 10,8 mg/dL8,6 a 10,3 mg/dL8,8 a 10,3 mg/dL9,0 a 10,4 mg/dL8,6 a 10,2 mg/dL

Interferências:

Elevações: Proteínas séricas elevadas, coleta demorada, com hemoconcentração, Hiponatremia.

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Adultos Homens: até 300 Mulheres: até 250

9 a 17 anos até 317

GRUPO SÃO CAMILO

VI78

Diminuições: Hiperfosfatemia, Hemodiluição, Hipoalbuminemia e Hipomagnesemia Indicações: Diagnóstico

de disfunção da glândula paratireóide, investigação de litíase renal e investigação de alterações

neuromusculares, controles dos pacientes renais crônicos.

Alterações da fisiologia óssea: osteopenia e osteosporose.

Pancreatite crônica, síndrome da lise tumoral e alterações dos pós operatórios de tireoidectomia e

paratireoidectomia.

Informações importantes: medicamentos atuais, idade,sexo, hipóteses diagnósticas,etc.

_______________________________________________________________________________________

CÁLCIO IÔNICO

Sinônimo mais usado: Cálcio ionizado

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: íon específico – ISE.

Valores de Referência: para percentil de 95%:

< 1 mês : 3,9 a 6,0 mg/dL < 1 mês : 1,0 a 1,50 mmol/L

1 a 6 meses : 3,7 a 5,9 mg/dL 1 a 6 meses : 0,95 a 1,50 mmol/L

1 a 19 anos : 4,9 a 5,5 mg/dL 1 a 19 anos : 1,22 a 1,37 mmol/L

Adultos : 4,0 a 5,4 mg/dL Adultos : 1,00 a 1,35 mmol/L

Interferências: vide item anterior.

Indicações: vide item anterior.

Informações importantes: vide item anterior..

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CÁLCIO URINÁRIO – URINA AO ACASO OU URINA DE 24 HORAS

Sinônimo mais usado: calciúria

Material e consevação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração, ou alíquota de 50 mL de urina de 24

horas, sob refrigeração

Instruções para coleta: urina ao acaso coletar a qualquer momento. Refrigerar imediatamente. Urina de 24

horas: juntar todas micções em frasco grande, sob refrigeração, durante todo o período de 24 horas.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria com Arsenaso III.

Valores de Referência: a) Urina ao acaso: 36,0 a 216,0 mg/g de creatinina.

até 150 mg/L

b) Urina de 24 horas: (em mg/24 horas)

Nota: Em alguns casos é possível, em urinas de coleta de 2 horas, calcular a relação Cálcio Urinário e

Creatinina Urinária, para triagem de casos de osterosporose ativa, cuja relação é superior a 0,11.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: vide Cálcio sérico.

Indicações:

a) Hipercalciúria: secundárias às hipercalcemia e primárias: alterações na reabsorção tubular do cálcio,

corticoterapia, endocrinopatias: acromegalia, Cushing, feocromocitoma, hipertireoidismo, osteoporose.

b) Hipocalciúria: secundárias às hipocalcemias e primárias: alcalose crônica, com reabsorção óssea,

insuficiência renal crônica, osteomalácia, raquitismo, uso de diuréticos,

Informações importantes: medicação atual, horário da coleta.

_______________________________________________________________________________________

CALCITONINA

Sinônimo mais usado: Tireocalcitonina

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: (pg/mL)

Para faixa de confiança > 95%

Homens

Mulheres

até 8,4

até 5,0

3ª Idade

Homens

Mulheres

até 9,3

até 6,7

Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.

Indicações: a principal indicação para a dosagem da calcitonina é o diagnóstico e seguimento pós-operatório de

casos de câncer da glândula tireóide, como o Carcinoma Medular da Tireóide.

Como existem outras patologias que podem cursar com níveis moderadamente elevados de Calcitonina, deve-se

proceder testes provocativos, ou com infusão de cálcio, ou injeção de pentagastrina.

a) para valores moderadamente elevados, entre 100 a 500 pg/mL:

As principais indicações clínicas destes testes para estes níveis de calcitonina são:

- Massa calcificada na tireóide.

- Hiperparatireoidismo a esclarecer

- Fácies de síndrome neuroma-mucóide.

- Feocromocitoma

- Hipercalcemia sem diagnóstico.

- Histórico familiar de Carcinoma de Tireóide, mesmo com níveis normais.

- Metástases de tumores hipercalcemiantes, como tumores de seio, intestino, Pâncreas e Pulmão.

b) Valores fortemente elevados, > 500 pg/mL:

Com estes níveis os testes provocativos são dispensáveis.

- Carcinoma medular de tireóide.

- Produção ectópica de calcitonina.

- Insuficiência Renal Crônica.

- Algumas neoplasias de mama e pulmão.

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GRUPO SÃO CAMILO

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- Tumores Carcinóides

- Tumores endócrino pancreáticos.

Informações importantes: hipóteses diagnósticas, medicação atual, dados sobre a função renal, sexo e idade.

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CÁLCULO BILIAR – ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA

Sinônimo mais usado: Análise de Cálculo Biliar

Material e conservação para envio: enviar os cálculos biliares secos e sob temperatura ambiente.

Instruções para coleta: material coletado pelo médico-solicitante.

Estabilidade da amostra: indefinida a temperatura ambiente.

Método: análises físico-química para colesterol, bilirrubina, fosfatos, ferro, biliverdina, bilicianina, cálcio.

Valores de Referência: a maioria dos cálculos biliares são formados por Bilirrubinato de Cálcio e Colesterol.

Interferências: contaminações com sangue e líquidos biológicos.

Indicações: estudo da etiopatogenia da litíase biliar.

Informações importantes: data da cirurgia e tempo de estoque do material clínico.

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CÁLCULOS URINÁRIOS

Sinônimo mais usado: cálculo renal.

Material e conservação para envio: coletar o(s) cálculo(s) ou fragmentos em frasco tipo coletor de urina.

Tampar bem. Anotar o número de cálculos ou fragmentos (se possível) no rótulo do frasco. Enviar a temperatura

ambiente.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: indeterminada.

Método: químico qualitativo.

Valores de Referência: -

Interferências: medicamentos atuais de eliminação urinária.

Indicações: auxiliar no estabelecimento da natureza química dos constituintes, em relação aos testes

metabólicos.

Há mais de 80 tipos de cálculos renais catalogados. A sua formação está ligada à alterações metabólicas, hábitos

alimentares e ingestão líquida diária.

Os principais tipos de cálculos são:

- Oxalato de Cálcio

- Oxalato de Sódio

- Pirofosfato de Cálcio

- Cálcio associado ao ácido úrico.

- Cálculos de ácido úrico

- Fosfato de Cálcio

- Struvite (fosfato-amoniacomagnesianos)

- Cálculos de Cistina

- Cálculos medicamentosos

- Cálculos de colesterol

Informações importantes: medicamentos atuais, principalmente os de eliminação urinária.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

CANABINÓIDES (THC)

Sinônimo mais usado: pesquisa de maconha (THC)

Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina até 48 após o uso da substância suspeita. Ter certeza que este material

pertence a pessoa indicada para a pesquisa. Momento da coleta não é crítico. Não aceitar materiais enviados

colhidos.

Este material não tem valor médico-legal por carecer de posse jurídica. O indivíduo pesquisado ou o seu

responsável legal deve assinar uma declaração que está coletando o material clínico sem nenhuma coação, de

livre e expontânea vontade (solicitar ao Laboratório São Camilo cópias das declarações). Medir a temperatura da

urina, imediatamente após a coleta para se evitar frude. Urinas com temperatura ambiente devem ser descartadas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : Imunoenzimático (triagem semi-quantitativa)

Valores de Referência: ausência de substâncias ilícitas na urina.

Este teste tem sensibilidade analítica mínima a partir de 15 ng/mL.

Interferências: Inalação passiva de THC pode provocar concentrações de até 25 ng/mL. Podem ocorrer reações

falsamente-positivas com o uso de Barbitúricos, Benzodiazepínicos e anti-inflamatórios não-hormonais.

As reações falso-negativas podem ocorrer com amostra de urina diluída, com pH muito alcalino ou muito ácido e

em casos de adulteração intencional.

Indicações: suspeita de uso ilícito de maconha, com finalidade clínica.

Informações importantes: medicamentos em uso atual, tempo entre o possível uso e o momento da coleta.

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CANAL DE CÁLCIO – ANTICORPOS ANTI

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-canal de cálcio regulado por voltagem

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação

Método: Radioimunoensaio

Valores de Referência: inferior a 23.000 fmol/L

Interferências: hemólise e lipemia

Indicações: diagnóstico da Síndrome miastênica de Lambert-Eaton ou Síndrome Imunomediada da transmissão

neuromuscular pré-sináptica, na forma neoplásica, para-neoplásica ou não para-neoplásica. Ocorre mais na

década de 40 anos, com hiporreflexia ou arreflexia com melhora após exercícios. O exame pode ajudar o controle

do paciente com imunossupressores.

Informações importantes: medicação atual.

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Candida albicans ou Candida ssp – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Candidíase.

Material e conservação para envio: Secreção/Raspado de colo uterino, cervical, vaginal, uretral, orofaringe

(enviados em kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C); Fezes, urina

1º jato e de jato médio, esperma, fragmento de pele, unha, raspado de lesão específica (enviar refrigerado a 4ºC

em coletor universal).

Instruções de Coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias

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GRUPO SÃO CAMILO

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de abstinência sexual e 5 dias de procedimentos médicos como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou

colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de

antecedência. Se houver pedido concomitante de citologia cérvico-vaginal pelo método de Papanicolau, a

citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve usar lubrificantes para a introdução do

especulo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver que ocorrer durante a colposcopia, deverão

ser realizados após a coleta para HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período);

Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: Candida albicans é uma espécie de fungo diplóide que causa, oportunamente, alguns tipos de

infecções oral e vaginal. As infecções causadas por fungos emergiram como uma das principais causas de morte

em pacientes com algum tipo de imunodeficiência (como é o que caso dos portadores da AIDS e das pessoas que

estão passando por algum tipo de quimioterapia). O teste molecular por PCR é importante para pesquisa e

identificação do agente causal.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

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CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DO FERRO

Sinônimo mais usado: Capacidade de ligação do ferro

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar somente pela manhã., até às 12:00 horas, devido ao caráter circadiano que o

ferro tem. O jejum é de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico e turbidimétrico (transferrina).

Valores de Referência:

a) Capacidade Latente de Ligação do Ferro : 140 a 280 mcg/mL

b) Dosagem da Transferrina (turbidimetria) : Homens : 170 a 340 mg/dL

Mulheres : 250 a 380 mg/dL

c) Índice de Saturação da Transferrina : 20 a 50 %

d) Capacidade livre de fixação do ferro : 80 a 140 mcg/dL

Interferências:

- Transferrina: - Variações Fisiológicas: (ligadas principalmente à impregnações estrogênicas) : gestação:

chega até a 50% de aumento na 2ª metade da gravidez. Com anticoncepcionais orais, este

aumento pode chegar a 30%.

- Variações Patológicas:

a) Hipertransferrinemias com diminuição da saturação: hemorragias agudas e anemias

ferroprivas;

b) Hipotransferrinemias com aumento da saturação : hemocromatose, transfusões

crônicas, porfiria cutânea tardia e processos inflamatórios crônicos. Cirrose, hepatite

aguda, atransferrinemia, síndrome nefrótica, síndromes de malabsorção, estados finais

de insuficiência hepática, anemias de infecções crônicas e doenças crônicas,

desnutrição, estados catabólicos agudos e crônicos de longa duração.

Medicamentos: Diminuições: cloranfenicol, corticotropina e cortisona. Elevações: Estrógenos.

Indicações: Diagnóstico diferencial das anemias. Avaliação do estado nutricional.

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Informações importantes: medicação atual, idade, sexo e hipóteses diagnósticas.

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CARBAMAZEPINA

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, ou conforme orientação

do(a) médico(a)-assistente. Pode-se coletar no pico ou vale terapêutico, isto é, 4 a 8 horas após a medicação

(pico) ou imediatamente antes da próxima dosagem (vale).

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimiluminescência automatizada.

Valores de Referência: valores terapêuticos : 4 a 12 mcg/mL.

Interferências: - Alterações ¨in vitro¨: hiperbilirrubina, Hemoglobina livre no soro, Triglicérides com

valores acima de 800 mg/dL. Hiperproteinemia.

- Alterações por interações medicamentosas: a carbamazepina diminui a ação dos seguintes

medicamentos: anticoagulantes orais, doxiciclina, diazepam e derivados, ácido valpróico,

primidona, difenilhidantoína, estrógenos e progestágenos.

- Medicamentos que aumentam a concentração sérica da carbamazepina: eritromicina, TAO,

nicotinamida e INH.

- Medicamentos que diminuem a concentração sérica da carbamazepina: fenobarbital,

primidona, difenilhidantoína e etosuximida.

OBS.: Associações da carbamazepina com antidepressivos imipramínicos favorecem crises convulsivas e

com Inibidores da MAO são totalmente contra-indicadas.

Informações importantes: medicação utilizada, concentração usada, dia e hora da última dose tomada antes da

coleta. Informar outros medicamentos tomados concomitantemente.

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CARBOXIHEMOGLOBINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Carbo HB

Material e conservação para o envio: 5 mL de sangue total heparinizado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar amostra de sangue pré e pós-jornada de trabalho, após dois dias seguidos de

exposição. Proteger da luz.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria UV-VIS.

Valores de Referência: não expostos ou não fumantes:

< 1,0% ( NR-7, 1994, MT/Br).

IBPM para não fumantes expostos ao diclorometano e monóxido de carbono:

< 3,5 % (NR-7, 1994, MT/Br).

Fumantes: até 2 maços por dia : até 5%

> 2 maços por dia : 8,0 a 9,0%

Interferências: hiperlipemia, uso de azul de metileno, anilina, dapsona, naftaleno, nitratos e derivados de sulfas.

Recém natos podem ter valores superiores que adultos não expostos.

Indicações: indicador da exposição ao Monóxido de Carbono e ao Diclorometano. Pacientes que tem

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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persistência da HbFetal ou a presença de Hemoglobinas instáveis podem apresentar resultados de

Carboxihemoglobina elevados.

Informações importantes: diagnóstico de Hbpatias conhecidas, tipo de exposição, tempo de exposição.

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CARIÓTIPO COM BANDEAMENTO G

Sinônimo mais usado: Bandeamento G

Material e conservação para envio: coleta em qualquer horário, não há necessidade de jejum. Coletar 2 frascos

de 5 mL com Heparina. Manter a temperatura ambiente, enviar a temperatura ambiente. O envio deve ser feito o

mais rapidamente possível.

Instruções para coleta: vide item anterior e ainda pode ser feito em medula óssea, em sangue fetal, no líquido

amniótico, na placenta, restos ovulares e biópsias de trofoblastos, gônadas e cutâneas. Não colher após a quarta-

feira.

Estabilidade da amostra: 6 a 8 horas após a coleta.

Método: Os linfócitos são cultivados na presença de um mitógeno (fitohemaglutinina), em seguida eles são

bloqueados em metáfase pela ação da colchicina.

As células são submetidas a um choque hipotônico. Após é feito o espalhamento das células que são imediata-

mente fixadas. Todo o material é submetido a coloração específica. As metáfases mais conservadas são

fotografadas. O sistema é apresentado a um sistema de softwear que pareia os pares de cromossomos e classifica-os.

Valores de Referência: O prazo de resposta é geralmente superior a 1 mês. O resultado normal das células

somáticas corresponde à fórmula 46 XX para mulher e 46 XY para o homem. São 22 pares de cromossomos

autossômicos e 2 pares de cromossomos sexuais. Cada cromossomo é definido pelo seu tamanho, posição do

centrômero, faixas de material cromático, deleções, etc.

- Variações patológicas:

- Trissomia do 21 ( síndrome de Down) = 47 XY + 21.

- Trissomia do 18 = 47 XY, + 18

- Trissomia do 13 = 47 XY, + 13

- Trissomia do 8 = 47 XY, + 8

- Monossomia 5p (síndrome do chiado de gato) = 45 XY , 5p

- Síndrome de Klinefelter = 47XXY

- Síndrome de Turner = 45 X0

- Reorganizações intracromossômicas, como X frágil e intercromossômicas como fusões.

- As alterações adquiridas ocorrem por mutações clonais, como:

- Leucemia mielóide crônica = cromossomo Filadélfia (translocação 9/22)

- Leucemia linfoblástica aguda ( translocação 4/11)

- Linfoma de Burkitt ( translocação 8/14)

- Leucemias linfóides por células T ( translocação 11/14).

Interferências: as principais interferências são pré-analíticas, como morte fetal nas análises de restos ovulares,

pois é difícil precisar em que dia ocorreu a morte fetal. Uso de medicamentos, como antiblásticos, colchicina, etc.

Indicações: a) Feto ou RN :

- retardo de crescimento intra-uterino ou anomalia na ecografia.

- quadro clínico suspeito de trissomia ou monossomia .

- ambigüidade sexual (deleção ou translocação do X ou anormalidades do cromossômo Y)

b) Nos adultos:

- pais de uma criança sindrômica,

- abortamentos de repetição,

GRUPO SÃO CAMILO

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- esterilidade, impuberismo, amenorréia primária.

c) Na mulher grávida:

- amniocentese nas mulheres com mais de 35 anos, ou se em gravidez anterior houve

concepto com anormalidades genéticas.

_______________________________________________________________________________________

CARIOTIPO PARA PESQUISA DE CROMOSSOMO X-FRÁGIL

Sinônimo mais usado: X-Frágil

Material e conservação para ensaio: sangue total em heparina sódica, coletar um tubo com o anticoagulante

indicado. Pode-se coletar em seringa com 0,1 mL de Liquemine. O material pode ser enviado na própria seringa,

desde que se lacre bem a agulha, com rolha de borracha. Para adultos coletar 10 mL e crianças 5 mL. O tubo de

coleta tem de ser estéril. O sangue pode ser refrigerado para estocagem como para o envio. Colocar dentro da

caixa isotérmica, longe do gelo renovável, que deverá ser embrulhado com papel. Nenhuma outra forma de

coleta será aceita.

Instruções para coleta: o horário da coleta não é crítico e jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: enviar o material somente das terças às quintas-feiras, nunca ultrapassando 24 horas

entre a coleta e a chegada ao laboratório.

Método: Citogenético tradicional.

Valores de Referência: ausência de X-frágil.

Interferências: uso de medicamentos que alterem a divisão celular, anti-blásticos, colchicina, fito-

hemaglutinina, etc.

Indicações: A pesquisa do Cromossomo X-frágil está indicada para o diagnóstico da Síndrome do X-frágil ou

Síndrome de Martin-Bell, freqüente causa de retardo mental e/ou infertilidade ligada ao Cromossomo X.

Informações importantes: informar dia e hora da coleta. Informar medicação em uso e idade do paciente.

_______________________________________________________________________________________

CATECOLAMINAS PLASMÁTICAS

Sinônimo mais usado: epinefrina e norepinefrina.

Material e conservação para envio: programar a coleta, solicitando primeiramente frasco com heparina +

glutationa reduzida. Enviar plasma congelado (vide Instruções para coleta).

Instruções para coleta: Coletar pela manhã, preferencialmente entre 8 e 9 horas , com jejum mínimo de 4 horas.

Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem evitar, por 24 horas

antes do teste, o uso do tabaco, café, chá mate ou chá preto, refrigerantes e medicamentos (com conhecimento do

médico-assistente). Colocar cateter heparinizado na veia do paciente. Deixar o paciente em repouso por 30

minutos. No momento da coleta descartar os primeiros 0,5 mL de sangue para tirar a heparina do cateter. Coletar

5 a 10 mL de sangue, homogeneizando-o, transferindo rapidamente para frasco de vidro, pré-congelado,

contendo 120 mcL de glutationa reduzida. Inverter o tubo fechado lentamente com alguns minutos. Centrifugar

rapidamente e separar o plasma que será imediatamente transferido para tubo de plástico (pré-congelado).

Congelar.

Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento.

Método: HPLC

85

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI86

Valores de Referência :

Deitado : Adrenalina : Inferior a 50,00 pg/mL

Noradrenalina : 110 – 410 pg/mL

Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL

Em é: : Adrenalina : Inferior a 90,0 pg/mL

Noradrenalina : 125,00 – 700,00 pg/mL

Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL

Sentado : Adrenalina : Inferior a 60,00 pg/mL

Noradrenalina : 120,00 – 680,00 pg/mL

Dopamina : Inferior a 87,00 pg/mL

Interferências: I) Terapêuticas:

a) Aumento da secreção: adrenalina, café, nifedipina, L-Dopa e nicotina.

b) Diminuição da secreção: clonidina, captopril, guanabenz, guanfacina, reserpina,

guanetidina, antidepressivos tricíclicos, dissulfiran, Inibidores da Monoaminooxidase,

haloperidol, bromocriptina, octreotida, dissulfiram e metirosina.

c) Interferências analíticas, com aumento dos valores das catecolaminas: eritromicina,

tetraciclina, salicilatos, ácido nalidíxico, propranolol e paracetamol.

II) Alimentares: banana, café, chás, baunilha, chocolate.

Indicações: A adrenalina, noradrenalina e a dopamina são catecolaminas produzidas na medular adrenal,

cérebro e sistema nervoso simpático. Seu uso clínico mais freqüente ocorre no diagnóstico de feocromocitoma,

produzindo quadros de hipertensão severa. Sensíveis a alterações pré-analíticas, principalmente pela

alimentação e produtos farmacêuticos. Valores de epinefrina superiores a 200 pg/mL e de norepinefrina

superiores a 2000 pg/mL chega a ter 85% de sensibilidade e 95% de especificidade para o diagnóstico de

feocromocitoma. Atualmente valores abaixo dos níveis mínimos têm muita importância para avaliação da

atividade da suprarrenal, principalmente para tratamentos orto-moleculares.

Informações importantes: data e hora da coleta. Relacionar toda a medicação que cada paciente tem.

_______________________________________________________________________________________

CATECOLAMINAS URINÁRIAS

Sinônimo mais usado: Catecolaminas totais e frações na urina.

Material e conservação para envio: Coletar urina de 24 horas, com HCl 50% , 20 mL por litro de urina, para

adultos e 10 mL por litro de urina coleta, para crianças, como conservante, refrigerando a urina durante a coleta.

Todas as demais orientações do item anterior são utilizadas neste processo. Antes de enviar alíquota de 100 mL da

urina de 24 horas, homogeneizar bem o material, verificar o pH que deverá ser inferior a 6,0.

Instruções de coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração se estiver convenientemente acidificada.

Método: HPLC.

Valores de Referência:

Idade Epinefrina Norepinefrina Dopamina< 1 ano 0,0 a 2,5 0,0 a 10,0 Até 85,0

1 a 2 anos 0,0 a 3,5 1,0 a 17,0 Até 140,02 a 4 anos 0,0 a 6,0 4,0 a 29,0 Até 260,04 a 7 anos 0,2 a 10,0 8,0 a 45,0 Até 400,07 a 10 anos 0,2 a 10,0 13,0 a 65,0 Até 400,0

10 a 15 anos 0,5 a 20,0 15,0 a 80,0 Até 400,0> 15 anos < 27,0 < 98,0 Até 540,0

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Interferências: vide Catecolaminas Plasmáticas.

Indicações: vide Catecolaminas Plasmáticas

Informações importantes: vide Catecolaminas Plasmáticas.

_______________________________________________________________________________________

CAXUMBA – IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Sorologia para Caxumba

Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento

Método: ELISA.

Valores de Referência: Não Reagente.

Nota: Exames Indeterminados devem ser repetidos com nova amostra, após 15 dias da primeira coleta.

Resultados Indeterminados por pelo menos duas vezes seqüenciais são considerados, por alguns serviços,

como Reagentes.

Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia e Hemólise.

Indicações: Como a Caxumba tem vacina, o seu uso serve para estudo da resposta vacinal ou em relação a

quadros naturais, mais raros, devido a falha vacinal. A presença de anticorpos da classe IgM indicam infecção

primária recente, que normalmente não ocorre com os indivíduos vacinados. Os filhos de mães vacinadas ou que

tiveram infecção natural na infância, terão por seis meses a positividade para anticorpos da classe IgG. A presença

de anticorpos da classe IgM no sangue de RN indica infecção gestacional. O diagnóstico laboratorial está melhor

indicado para acometimentos extra-parotidianos.

Afeta principalmente crianças e adolescentes. Trata-se de doença contagiosa benigna, causada por um

paramixovírus, que pode ser inaparente em aproximadamente 30% dos casos. O quadro clássico é uma parotidite

que aparece 15 a 20 dias após o contágio, podendo em 25 a 45% dos casos, apresentar complicações: testículos

(orquite), pâncreas (pancreatite), tireóide (tireoidite viral), supra-renais, prostáticas e menígeas. A meningite

urliana é freqüente, com LCR límpido e com reação celular linfocitária. O doente é contagioso a partir de 2 dias

antes do quadro de parotidite até 7 dias após o fim do quadro clínico. Devido a proteção dos anticorpos maternos a

doença é rara antes de um ano de idade.

Informações Importantes: quadro clínico e vacinação anterior. É muito importante ser relatado o estado vacinal

dos pacientes pois o aparecimento de anticorpos da classe IgG em pacientes não vacinados e IgM em indivíduos

vacinados, servem de parâmetros para levantamentos de saúde pública.

_______________________________________________________________________________________

CCR5 – GENE – DETECÇÃO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Pesquisa da deleção do Gene CCR5.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5

mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).

87

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de referência: Não detectado.

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: Diagnóstico diferencial. A presença de deleção homozigota do gene CCR5 leva à resistência à

infecção pelo HIV-1 por cepas macro/monocitotrópicas. A deleção heterozigota está relacionada com um melhor

prognóstico no paciente infectado.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

CD4, CD8 e CD3

Sinônimo mais usado: alguns usam a nomenclatura de OKT4, 8, etc.

Material e conservação para envio: coletar em heparina. Tubo de tampa verde. Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: Há horário crítico para coleta. Por volta de 12:00 horas há uma diminuição dos valores

relativos do CD4. Deste horário em diante, há um aumento discreto, hora a hora, até o pico das 20:00 horas. Desta

forma deve-se recomendar aos pacientes sempre coletar o sangue para este teste nos mesmos horários.

Estabilidade da amostra: 48 horas a temperatura ambiente, se coletado em heparina.

Método: Citometria de fluxo.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

88

Faixa etária CD3

% CD3

mm3 CD4

% CD4

mm3 CD8

%CD8mm3

0 a 6 m 55 a 82 3500 a 5000 50 a 57 2800 a 3900 8 a 31 350 a 25006 a 12 m 55 a 82 3400 a 4600 49 a 55 2600 a 3500 8 a 31 350 a 2500

12 a 18 m 55 a 82 3200 a 3900 46 a 51 2300 a 2900 8 a 31 350 a 250018 a 24 m 55 a 82 2800 a 3500 42 a 48 1900 a 2500 8 a 31 350 a 250024 a 30 m 55 a 82 2300 a 3300 38 a 46 1500 a 2200 8 a 31 350 a 250030 a 36 m

55 a 82

1900 a 3100

33 a 44

1200 a 2000

8 a 31

350 a 2500

> 3 anos 55 a 82 1000 a 3900 27 a 57 560 a 2700 14 a 34 330 a 1400

Relação CD4/CD8: 0 a 36 meses : 1,17 a 6,22

> 3 anos : 0,98 a 3,24

Interferências: Valores elevados : Pacientes submetidos à esplenectomia e infecção concomitante pelo HTLV-1.

Valores diminuídos: doenças crônicas e agudas intercorrentes, principalmente as que causam anergia (tuberculo-

se, sarampo, blastomicose, etc.). Hepatites virais agudas, citomegalia aguda, Histoplasmose, Corticoterapia

crônica, doenças virais e bacterianas agudas, em geral, grandes cirurgias, Herpes simples, corticoterapia de

pulso.

Indicações: Acompanhamento da terapêutica anti-retroviral para pacientes com HIV. Avaliação da imunidade

celular dos pacientes. O CD4 é expressado por 55 a 65 % dos linfócitos T circulantes, principalmente no sub-tipo

de linfócitos auxiliares ou Helpers.

Reduções maiores que 30% entre duas determinações são altamente determinantes na decisão de mudanças na

terapêutica anti-viral. O CD8 é expressado por 25 a 35% dos linfócitos T do sub-tipo supressor/citotóxico.

Informações importantes: enviar sempre cópia do hemograma junto ao sangue. Enviar a causa da solicitação

do exame em medicação ou intercorrências clínicas concomitantes.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Fumantes:

Homens

Mulheres

até 6,2 ng/mL

até 4,9 ng/ml

Não Fumantes:

Homens

Mulheres

até 3,4 ng/mL

até 2,5 ng/ml

CEA- ANTÍGENO CARCINOEMBRIOGÊNICO

Sinônimo mais usado: CEA

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Qumioluminescência.

Valores de Referência: (Intervalo 95%)

n° de individuos Porcentagem (%)0-3 3-5 5-10

Indivíduos saudáveis

Fumantes 159 74,2% 18,2% 6,9% 0,6%Não-Fumantes

149

83,2%

11,4%

5,4% 0,0%Total 308

78,6%

14,9%

>10 ng/mL

6,2% 0,3%

Doenças não-malígnas

Colite Ulcerosa

50

72,0%

20,0%

4,0% 4,0%Polipose Retal

78

83,3%

10,3%

5,1% 1,3%Pulmonar

60

61,7%

20,0%

13,3% 5,0%Cirrose 110

47,3%

30,0%

15,5% 7,3%Hepatites

60

70,0%

16,7%

11,7% 1,7%Renais

20

60,0%

15,0%

15,0% 10,0%

Doenças Malígnas

Colorretal 150

24,0%

10,7%

10,7% 54,7%Gástrica

37

62,2%

5,4%

10,8% 21,6%Pulmonar 110

47,3%

19,1%

9,1% 24,5%Mamária

117

62,4%

11,1%

10,3% 16,2%Ovários

41

78,0%

7,3%

2,4% 12,2%

Interferências:

O tabagismo é o maior interferente fisiológico deste exame. Alguns serviços tem como valores de referência para

fumantes os níveis de 5 a 10 ng/mL.

Valores podem estar elevados, nas doenças acima descritas e:

Neoplasias de: Pâncreas, Fígado, Glândulas salivares, Tumores da medular tireoidiana, Testículos, Útero,

Bexiga e Melanomas. Linfomas, Diverticulites, Úlcera péptica e Doença fibrocística da mama.

Indicações: Avaliação prognóstica pré-operatória em câncer colorretal. Seguimento dos pacientes com câncer

pós-operatório, para controle de metástases.

Informações importantes: medicação atual, tabagismo, cirurgias recentes.

_______________________________________________________________________________________

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GRUPO SÃO CAMILO

VI90

CÉLULAS LE - PESQUISA DE

Sinônimo mais usado: LE, Célula de Hargraves.

Material e conservação para envio: sangue total sem anticoagulante. Coletar em frasco 13 X 100 mm, deixar

coagular e não separar o soro. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método: segundo Hargraves modificado por Zimmer.

Valores de Referência: pesquisa negativa (ausência de células LE).

Interferências: diversas drogas terapêuticas podem provocar a formação de células LE:

a) Drogas com risco elevado de produzir testes falso-positivos:

Hidralazina e Procainamida.

b) Drogas com baixo risco de produzir testes falso-positivos :

Etosuximida, Fenitoína, Isoniazida, Lítio, Quinidina, Tiouracil, Trimetoprina e Ácido Valpróico.

c) Drogas de risco indeterminado para produzir testes falso-positivos :

Clorpromazina, D-Penicilamina, Reserpina.

Indicações: As células LE podem ser positivas em 70% dos pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES),

21% dos pacientes com Doença Mista do Tecido Conjuntivo, aproximadamente 15% dos pacientes com Artrite

Reumatóide do adulto e até 5% dos pacientes com outras doenças auto-imunes, como Síndrome de Sjögen,

Poliarterite Nodosa, Dermatopolimiosite, Espondilite Anquilosante e Artrite Reumatóide Juvenil.

Aproximadamente 1% dos indivíduos normais podem apresentar LE positivo. Logo, um teste de LE positivo não

é patognomônico de LES.

Informações importantes: informar sexo, idade e medicação atual e prévia imediata.

Por sugestão do Colégio Americano de Reumatologia, este teste foi eliminado como critério diagnóstico para LES,

sendo indicado os testes de FAN Hep-2 (anticorpos anti-nucleares) e anticorpos anti-DNA (este último mais para

indicação de atividade da doença do que para diagnóstico de doença auto-imune).

_______________________________________________________________________________________

CÉLULAS ORANGIÓFILAS NO LÍQUIDO AMNIÓTICO

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: Líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a)-assistente . Mínimo de 5

mL. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração. Não deixar o frasco de coleta encostar no gelo renovável.

Instruções para coleta: responsabilidade do(a) médico(a) – assistente.

Estabilidade da amostra : até 2 dias sob refrigeração.

Método: coloração de Azul de Nilo.

Valores de Referência: < 1 %.............. : inferior a 34 semanas de gestação

1 a 10 % ............. : de 34 a 38 semanas de gestação

10 a 50 %.............. : de 38 a 40 semanas de gestação

> 50 % .............. : > 40 semanas de gestação

Interferências: sangue na amostra por acidente de punção.

Indicações: teste auxiliar para avaliação da maturidade fetal.

Informações importantes: intercorrências da amniocentese, tempo de gestação em semanas e data provável do

parto.

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CERULOPLASMINA

Sinônimo mais usado: cobre oxidase

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder colher

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria automatizada.

Valores de referência: 1 a 5 dias : 5,0 a 26,0 mg/dL

até 1 ano : 14,0 a 44,0 mg/dL

1 a 3 anos : 24,0 a 46,0 mg/dL

4 a 6 anos : 24,0 a 42,0 mg/dL

7a 9 anos : 24,0 a 40,0 mg/dL

10 a 13 anos : 22,0 a 43,0 mg/dL

14 a 19 anos : 14,0 a 45,0 mg/dL

Adultos : 22,0 a 61,0 mg/dL

Interferências:

a) Medicamentosas: estrogenoterapia

b) Fisiológicas: idade e gestação (baixos níveis nos RN e altos níveis durante a gestação).

c) Alterações patológicas:

- Elevações:

Processos inflamatórios agudos e crônicos

Hepatopatias graves

Neoplasias

Tireotoxicoses

- Diminuições:

Doença de Wilson (somente 2 a 5% dos pacientes podem ter níveis normais de Ceruloplasmina ,

evidenciando defeito protéico).

Portadores sãos do gene da doença de Wilson

Hepatopatias crônicas

Hepatopatias colestáticas

Desnutrição

Síndrome Nefrótica

Malabsorção intestinal

Hipoceruloplasminemia hereditária

Indicações: suspeita da doença de Wilson

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CETONEMIA

Sinônimo mais usado: Acetonemia

Material e conservação para envio: Soro. Coletar quantidade de sangue total, sem anticoagulante, de tal forma

que não sobre espaço vazio no tubo de envio. Enviar sob refrigeração.

Instruções de coleta: salvo urgências, coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: determinação direta do beta-hidroxibutirato (BHB) por impedância específica.

91

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de Referência: até 0,6 mmol/L.

Interferências:

a) interferências metabólicas:

- Diabetes mellitus

- Doenças do armazenamento do glicogênio.

- Glicosúria renal

b) Interferências nutricionais:

- Jejum

- Dieta hiperlipídica

c) Aumento do metabolismo (catabolismo)

- Hipertireoidismo

- Estados febris

- Gestação

- Lactação

d) Interferências medicamentosas:

- ácido acetilsalicílico (intoxicação)

- Bromossulfaleína

- Intoxicação por isopropanol

- Intoxicação por ácido valpróico

- Excesso de ácido ascórbico

O beta-hidroxibutirato é a principal cetona no sangue periférico. Na cetoacidose diabética cerca de 75% das cetonas

é representada pelo beta-hidroxibutirato. Na acidose alcoólica ele representa certa de 90%. Na ocorrência de acidose

láctica concomitante, os níveis de BHB podem até dobrar.

e) Fatores que desencadeiam a cetonemia:

1) Jejum prolongado

2) Vômitos

3) Dietas hiperlipêmicas e hipocalóricas.

4) Início do tratamento com insulina

5) Rehidratação nos casos de cetoacidose diabética.

Indicações: descompensação de casos de diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 (esta mais rara).

Acidose metabólica com ânion gap aumentado.

Alcoolismo crônico (principalmente quando da ingestão recente e excessiva de álcool).

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CHAGAS – DOENÇA DE – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: tripanosomíase sulamericana

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada. No período neonatal pode-se coletar em cartão tipo PKU no teste do pezinho MASTER.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: ELISA (enzyme linked immunoassay)

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências:

- Reações falso-positivas podem ocorrer em pacientes com Malária, Sífilis, Doenças auto-imunes, Leishmaniose

e outras doenças parasitárias.

GRUPO SÃO CAMILO

VI92

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Indicações: Diagnóstico sorológico da Tripanosomiase Sulamericana. A fase aguda requer a demonstração do

parasita, pois os testes sorológicos tem valor limitado nesta fase. Os níveis de anticorpos da classe IgM tornam-

se positivos por volta de 20 a 40 dias após o início dos sintomas. Na fase crônica a presença de anticorpos

específicos, da classe IgG e mais quadro clínico completam o diagnóstico. Esta fase apresenta parasitemia

intermitente. Os testes reagentes devem ser testados por outras técnicas antes de serem considerados

definitivamente Positivos. Segundo a literatura, somente 25% dos pacientes soro-positivos para Chagas vão

desenvolver alguma doença. Daí vem o conceito de Chagas doença e Chagas infecção.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CHAGAS – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Doença de Chagas – detecção por PCR

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: PCR

Valores de Referência: Ausência de DNA de Tripanossoma cruzii

Interferências: hemólise

Indicações: Diagnóstico da Doença de Chagas e acompanhamento do tratamento específico, substituindo com

vantagens o xenodiagnóstico.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CHARCOT-MARIE-TOOTH IA – SÍNDROME – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: PCR para Síndrome de Charcot-Marie-Tooth

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: PCR, como a doença é “multi-genética”, com muitos gene envolvidos as técnicas em biologia

molecular também podem variar.

Valores de Referência: pesquisa dos seguintes tipos sindrômicos e seus genes correspendentes:

93

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Tipos Gene Mutação

1AA Duplicação em área específica no

Cromossomo 17 (17p11.2p2)

-

1 B

MPZ

-

1C

LITAF

-

1D,4E e 4F

Ligada à Síndr. Dejernie-Sottas gene ERDZ

-

1 E

Gene PMP22Z

-

1F

Gene NEFL

-

2Aª2

Gene MFN2

-

2B1

Gene LMNA

-

2D

Gene GARS

-

2H/4ª

Gene GDAP

-

4D

Gene NDRG1

Mutação p.ARG148x

4E

Gene EGR2

-

4F

Gene PRX

-

X1-conexina 32 Gene CHD7 -

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Interferências: hemólise

Indicações: Esta síndrome é conhecida como Atrofia Peronial muscular, é uma neuropatia periférica

dismielinizante autossômica dominante, com sintomatologia bastante diversa. A Síndrome atinge nervos

periféricos que ligam a medula a músculos, levando a atrofia muscular, geralmente em membros inferiores

–pernas e pés. Geralmente ocorre na primeira infância por volta dos 5 anos, mas pode aparecer até aos 25 anos. As

alterações podem ser motoras e sensitivas. É a doença neuropática hereditária motora e sensitiva mais frequente,

podendo atingir 1:2500 indivíduos de diversas etnias.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

Chlamydophila pneumoniae – PCR

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de

nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão, swab combinado de orofaringe e nasofaringe. Enviar sob

refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediata-

mente antes de próxima mamada. Os demais materiais clínicos não tem horário crítico para coleta. Não enviar às

vésperas de feriados.

Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: Pesquisa negativa.

Interferências: fator reumatóide pode interferir nos resultados do teste.

Informações importantes: medicação atual e prévia.

_______________________________________________________________________________________

Chlamydophila penumoniae – ANTICORPOS IgG E IgM

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: ELISA (enzyme linked immunoassay).

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: infecções por outras espécies de Chlamydia.

Indicações: diagnóstico sorológico de infecções crônicas ou agudas por C. pneumoniae. Os anticorpos da classe

IgM aparecem geralmente na terceira semana (10 a 30 dias) de doença . Os anticorpos da classe IgG surgem por volta

da sexta e oitava semana. Desta forma, um resultado Não Reagente, tanto para anticorpos da classe IgG como IgM,

não exclui o diagnóstico. Cerca de 50% dos adultos podem apresentar anticorpos da classe IgG anti- Chlamydophila

pneumoniae. Alguns pesquisadores tem relacionado a presença destes microrganismos em placas ateroscleróticas.

Informações importantes: medicação atual. Doenças concomintantes.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI94

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Chlamydophila psittaci – ANTICORPOS IgG e IgM

Sinônimo mais usado: psitacose e ornitose IgG-IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 3 meses sob congelação.

Método: IFI

Valores de Referência: IgG: Não Reagente: < 1/80 ; IgM: Não Reagente: < 1/10

Interferências: hemólise, lipemia.

Indicações: diagnóstico das fases sorológicas da Psitacose-Ornitose.

Informações importantes: quadro clínico, epidemiologia e medicação atual.

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CHLAMYDOPHILA PSITTACI – PCR QUALIT. – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Psitacose, Ornitose.

Material e conservação para envio: Swab de orofaringe, escarro, lavado bronco-alveolar, aspirado de

nasofaringe, líquido pleural e biópsia de pulmão; swab de combinado de orofaringe e nasofaringe; (enviados em

kit de coleta próprio enviados pelo laboratório ou enviar em salina refrigerado a 4°C).

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias, refrigerado.

Método: PCR em Tempo Real.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Amostra congelada; Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período);

Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: O agente causal da psitacose é a bactéria Chlamydophila psittaci, parasita intracelular obrigatório. A

transmissão para humanos dá-se por meio do contato com pássaros, sendo adquirida pela inalação do

microorganismo presente nas secreções e fezes secas dos pássaros infectados, bicadas, contato bico-boca,

manuseio de penas e tecidos infectados. Caracteriza-se por doença de início insidioso, sintomas brandos e

inespecíficos, lembrando infecção de vias aéreas superiores. Métodos para diagnósticos sorológicos estão

disponíveis, bem como a detecção por cultura, que demanda tempo. Entretanto, o diagnóstico molecular por PCR

é rápido, específico e altamente sensível.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

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Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Clamídia e Neisseiria - Biologia Molecular

Material e conservação para envio: Raspado cervical, vagina ou vulvul. Urina: 1º jato da manhã, secreção

uretral, secreção conjuntival, esperma (volume mínimo de 0,5 mL), etc. Solicitar kits para coleta.

Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR-RT

Valores de Referência: ausência de DNA das bactérias pesquisadas.

Interferências: contaminação com sangue.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI96

Indicações: Diagnóstico de infecções pelas bactérias em tela.

Informações importantes: local de coleta, quadro clínico e medicação atual.

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Chlamydia trachomatis – PCR

Sinônimo mais usado: Pesquisa de C.trachomatis por PCR.

Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, urina 1º jato da manhã, secreção

uretral, secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta : a) Coleta ocular: o paciente deve comparecer ao laboratório pela manhã sem ter lavado

os olhos. Retirar, com gaze estéril o excesso de secreções. Com alça de coleta, descartável, coletar por raspagem,

material da conjuntiva inferior e tarsal, transferindo o material para o frasco de coleta. Caso o(a) paciente sentir

dor, pode-se solicitar ao oftalmologista solicitante a utilização de colírio anestésico. A sua utilização não interfere

no exame.

b) Coleta uretral masculina : o paciente deverá comparecer ao laboratório pela manhã , sem urinar, ou qualquer

outro horário desde que esteja pelo menos por 4 horas sem urinar. Pedir para o paciente fazer uma expressão de

toda a uretra peniana. Recolher este material com gaze (desde que não haja outra solicitação de exame) e

desprezar no lixo hospitalar. Com alça microbiológica estéril e descartável, proceder raspados uretrais que serão

transferidos para frasco de transporte-coleta. Caso haja solicitação médica específica, pode-se coletar a primeira

urina da manhã, todo o volume. Após a centrifugação, transferir o sedimento para o frasco de coleta.

c) Coleta uretral Feminina: com a paciente em posição ginecológica, através da vagina, proceder a expressão da

uretra. Desprezar o material expelido em gaze, a ser descartada em lixo hospitalar. A coleta de toda a primeira

urina da manhã também é uma possibilidade de material clínico, que será manipulado de forma igual à urina

masculina.

d) Secreção endocervical: com a paciente em posição ginecológica e especulo colocado, limpar com swab o

excesso de secreção da entrada do colo uterino. Com novo swab estéril, coletar o material endocervical, que

deverá ser transferido diretamente para o frasco de coleta.

Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.

Método: PCR em tempo real.

Valores de Referência: pesquisa Negativa.

Interferências: não há referências.

Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis .

Os testes por PCR apresentam uma sensibilidade que pode variar de 90 a 100%, e especificidade de 97%.

Informações importantes: relatar a medicação atual, mesmo a tópica.

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Chlamydia trachomatis – PESQUISA - EIE

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: secreções oculares, uretrais masculinas, uretrais femininas e secreções

endocervicais (Utilizar frasco de coleta especial). Seguir os dados de coleta de Material do item anterior .

Instruções de coleta: seguir as instruções do item anterior.

Estabilidade da amostra: 7 dias a temperatura ambiente.

Método: pesquisa do antígeno por enzima imunoensaio.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: como é um teste com 75% de sensibilidade e de 95% de especificidade, pode agregar um certo

número de casos falso positivos, ou falso-negativos devido a baixa quantidade de material coletado.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis em nível de antígeno.

Informações importantes: informar medicação atual.

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Chlamydia trachomatis – PESQUISA – IFD

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: a) material ocular: coletar com alça descartável e estéril da conjuntiva

tarsal, após a retirada do excesso de secreções com gaze estéril, através da expressão das pálpebras, pelo próprio

paciente. O material obtido é transferido para uma lâmina limpa. Logo após a secagem da secreção, colocar

algumas gotas de acetona, bem em cima da secreção. Levar à geladeira e deixar evaporar toda a acetona. Colocar

as lâminas em protetor de lâmina para o envio, a temperatura ambiente. b) Secreções: seguir a forma de coleta do

item anterior. As fixações são realizadas conforme o item a.

Instruções para coleta: ver Material e conservação dos item anteriores.

Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas com os materiais clínicos, podem ficar a temperatura

ambiente por 1 mês.

Método: Imunofluorescência Direta com conjugado de anticorpos anti-Chlamydia trachomatis marcado com

fluoresceína .

Valores de Referência: pesquisa Negativa.

Interferências: Medicação específica prévia.

Indicações: diagnóstico laboratorial de infecção por Chlamydia trachomatis.

Informações Importantes: Medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

Chlamydia trachomatis – IgA, IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Clamidia IgA, IgG ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Para 2 testes enviar 3 mL e para os três testes

enviar 4 mL.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzima-imunoensaio de captura.

Valores de Referência: Não Reagente

Interferências: Medicação antibiótica prévia pode mascarar a produção de anticorpos específico. A presença de

anticorpos heterófilos ou a presença de Fator Reumatóide podem produzir resultados falso-positivos para as

provas para anticorpos da classe IgM específicos.

Indicações: Estes teste não são de uso rotineiro para diagnóstico de infecções genitais por Chlamydia

trachomatis, principalmente em adultos. A melhor indicação é para quadros sistêmicos e em neonatos. Os

anticorpos da classe IgM não são bons marcadores de infecção aguda, já que freqüentemente estão ausentes, pois

a grande maioria dos indivíduos já tiveram infecções anteriores por outras espécies ou sorovares de clamídias.

Está positiva em diagnósticos de pneumonia em neonatos e no Linfogranuloma venéreo – doenças sistêmicas.

Mulheres com síndrome abdominal, com infecções genitais altas, como salpingite ou endometrite, produzem

títulos bastante elevados de anticorpos da classe IgM. A sensibilidade deste teste para pneumonia de neonatos e

para Linfogranuloma venérea é de 100% , enquanto para infecções urogenitais é de 17 a 19%. Em relação aos

anticorpos da classe IgG anti-Chlamydia trachomatis pode ser encontrado em 100% dos casos de pneumonia e

em conjuntivites de inclusão em crianças. Como a prevalência dos anticorpos anti-Clamídias é muito alta em

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mulheres, a sua presença no sangue de neonatos pode ser devido a passagem placentária destas imunoglobulinas,

e sua importância pode ser desprezível no sangue das mulheres devido a freqüência das infecções inaparentes.

Os anticorpos da classe IgA estão ligados à fase aguda da doença, e são mais presentes nestes casos que os anti-

corpos da classe IgM , nas doenças sistêmicas. Nas infecções de âmbito genital a sensibilidade não passa de 60%.

Informações importantes: antibioticoterapia prévia.

_______________________________________________________________________________________

CHUMBO NO SANGUE TOTAL (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: chumbo no sangue

Material e conservação para envio: 10,0 mL de sangue total em heparina, coletado em tubo a vácuo próprio

para toxicologia (solicitar), sob refrigeração.

Instruções de coleta: coletar em tubo à vácuo heparinizado (específico para metais/toxicologia). Não centrifugar. A

coleta pode ser feita a qualquer dia e horário desde que o funcionário esteja em trabalho contínuo nas últimas 4

semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Jejum é dispensável. Conservar e transportar sob refrigeração. A

monitoração deve ser iniciada após um mês de exposição.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite.

Valores de Referência: até 40 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)

I.B.M.P.: 60 µg/dL (NR-7, 1994, MT/Br)

Interferências: uso de tubos de coleta não apropriados.

Indicações: O chumbo nas hemácias inibe a produção da heme e pode ser inalado sob a forma de vapores,

ingerido através de bebidas ou alimentos contaminados. A sua ação toxicológica inclui toxicidade hematológica,

neurológica, renal e digestiva.

É o exame de escolha para pesquisa e controle do saturnismo, que pode ser auxiliado por outros testes, como a

dosagem do Ácido Delta Aminolevulínico urinário, que apresenta proporcionalidade à exposição ao chumbo,

ou o zinco-protoporfirina plasmática que demonstra o tempo de exposição e também a atividade da Ácido Delta

Aminolevulínico Dehidratase.

Para intoxicações infantis, pode-se utilizar a classificação de Atlanta, que utiliza o sistema de classes para

determinar a urgência e gravidade dos quadros.

GRUPO SÃO CAMILO

VI98

Classe I < 40 mcg/L: ausência de exposiçãoClasse IIa 40 a 60 mcg/L: repetir a dosagemClasse IIb 60 a 150 mcg/L: pesquisar fonte de contaminação e

pesquisar carência marcial.

Classe III 150 a 250 mcg/L: encaminhar para tratamento

Classe IV 250 a 450 mcg/L: tratamento clínico imediato

Classe V > 450 mcg/L: risco de neurotoxicose (encefalopatia)

Valores adaptados aos níveis de I.B.M.P. da legislação brasileira.

Informações importantes: medicação atual, profissão e local da atividade laboral.

_______________________________________________________________________________________

CHUMBO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: chumbo na urina

Material e conservação para envio: momento da coleta não é crítico, estando o colaborador em trabalho

contínuo, ou em exposição nas últimas 4 semanas, sem afastamento maior que 4 dias. Coletar amostra de urina

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

em sanitário afastado da área de trabalho, ao final da última semana de jornada. Conservar e transportar sob

refrigeração.

Instruções de coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica em câmara de grafite.

Valores de Referência: CHUMBO ORGÂNICO:

< 50 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)

I.B.M.P.: 100 mcg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)

CHUMBO INORGÂNICO:

< 40 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR)

I.B.M.P.: 60 mcg/g de creatinina (NR-7,1994,MT/BR)

Interferências: ambiente contaminado no local da coleta (vapores de chumbo), material de coleta inapropriado.

Informações importantes: tempo de trabalho nas últimas 4 semanas, afastamento do serviço no último mês,

idade, sexo e possíveis focos de contaminação.

_______________________________________________________________________________________

CICLOSPORINA A

Sinônimo mais usado: ciclosporina.

Material e conservação para envio: 5 mL de Sangue total em EDTA, sob refrigeração.

Instruções de coleta: Coletar com 8 horas de jejum, 12 horas após a administração do medicamento, ou

imediatamente antes da próxima dose, ou conforme orientação médica. Anotar nome da mediação, dose, dia e

hora da última tomada. Coletar de 2ª a 4ª feira. Não enviar às vésperas de feriados.

Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: Concentração terapêutica ideal

Transplante Renal : 150 a 300 ng/mL

Transplante Cardíaco : 150 a 400 ng/mL

Transplante Pancreático : 150 a 400 ng/mL

Transplante Hepático : 150 a 400 ng/mL

Interferências:

Interações com outras drogas:

a) Com drogas que aumentam a toxicidade renal da Ciclosporina: Aminoglicosídeos, Anfotericina B,

Trimetoprina, Ciprofloxacina, algumas cefalosporinas, Melfalano e anti-inflamatórios não-hormonais.

b) Drogas que são potencializadas pela Ciclosporina: Quinidina e seus derivados, Teofilina e derivados,

Ácido Valpróico e derivados.

c) Drogas que potencializam o efeito da Ciclosporina: Andrógenos, Fluconazol, Imidazólicos sistêmicos,

Glicocorticóides, Antibióticos Macrolídeos (Eritromicina e derivados), Cimetidina e Anticoncepcionais

Orais.

d) Droga que tem seu efeito diminuído pela Ciclosporina: Primidona.

e) Drogas que reduzem o efeito da Ciclosporina: Anti-convulsivantes, Barbitúricos, Benzodiazepínicos,

Carbamazepina, Fenotiazínicos, Fenitoína, Progestágenos, Rifampicina e Metamizol.

f) Substâncias que não devem ser aplicadas concomitantemente à Ciclosporina: Vacinas para Sarampo,

Caxumba, Rubéola e Vacina Sabin.

g) Drogas não recomendáveis em associação à Ciclosporina: Inibidores da MAO, inibidores da HMG, Co-

Redutase e drogas anti-neoplásicas.

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h) Associação de drogas que exigem maior monitoração dos níveis de Ciclosporina: Actinomicina-D,

Cefalosporinas de 1ª a 3ª geração, Anti-neoplásicos, diuréticos, Griseofulvina, Isoniazida e seus derivados,

Mercaptopurina, Tioguanina, Sais de ouro, Potássio, Somatostatina, Trimetoprina e correlatos.

Indicações: A Ciclosporina é uma das principais drogas imunossupressora, utilizada muito em pacientes

transplantados. Por ser potencialmente tóxica, principalmente no tecido renal, a sua dosagem tem grande

importância no acompanhamento dos pacientes que fazem uso da Ciclosporina. Os níveis mais elevados

geralmente são utilizados nas fases iniciais pós-transplante, nas primeiras semanas, sendo a dose adaptada com a

evolução clínica do paciente, principalmente em relação à função renal. O sangue total permite uma maior

estabilidade da amostra.

Informações importantes: dose e horários da medicação.

_______________________________________________________________________________________

CISTATINA C

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: adultos: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: Nefelometria

Valores de Referência: RN : 1,35 a 1,90 mg/L

1 a 2 meses : 0,70 a 1,21 mg/L

� 1 ano : 0,50 a 0,95 mg/L

Interferências: hemólise e lipemia.

Indicações: a concentração sérica da proteína Cistatina C depende praticamente da capacidade de filtração

glomerular (CFG), independente da massa muscular e por isso do sexo ou da dieta a que está submetido o

paciente em estudo. Há uma boa e sensível correlação ente a diminuição da CFG e a elevação das taxas de

Cistatina C séricas. A elevada sensibilidade da Cistatina C, em relação aos resultados da Depuração da

Creatinina, tem capacidade de detectar antecipadamente diminuições da capacidade de filtração glomerular de

um paciente, antes de algum sinal de doença.

Informações importantes: Alguns pacientes podem apresentar elevações dos níveis de Cistatina C, sem ter

relação com a diminuição da CFG. São pacientes que tem Mieloma Múltiplo, cirrose hepática, neoplasias

malignas, alguns diabéticos com proteinúria e alguns pacientes hipertensos.

_______________________________________________________________________________________

CISTICERCOSE – SOROLOGIA (ELISA-Enzyme-linked immunoassay)

Sinônimo mais usado: Sorologia para Cisticercose.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.

Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay).

Valores de Referência: Não Reagente/Negativo : Índice < 0,9

Indeterminado.............. : Índice 0,9 a 1,1

Reagente (Positivo) ..... : Índice > 1,1

GRUPO SÃO CAMILO

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O índice é o cálculo: DO do teste DO do padrão.

Não Reagente pode ser relatado como Não Reativo e Reagente pode ser relatado com Reativo.

Interferências: lipemia e infestações por Echinocochus granulosus e Hymenolepis nana. Alguns

pesquisadores tem relatado reações falso-positivas em pacientes com infestação por Ascaris lumbricoides e

Strongiloydes estercoralis.

Indicações: diagnóstico sorológico da Cisticercose.

Informações importantes: dados clínicos.

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CISTICERCOSE –LCR

Sinônimo mais usado: Neurocisticercose

Material e conservação para envio: 2 mL de LCR coletados pelo neurologista sob refrigeração.

Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. A coleta ficará a cargo do(a) médico(a) – assistente.

Evitar acidente de punção.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelação.

Método: ELISA (Enzyme-Linked Immunoassay).

Valores de Referência: Não Reagente/Negativo. Muitos autores apontam como significativo a relação entre o

resultado do LCR/resultado do soro, realizados simultaneamente, como superior a 1,0 .

Interferências: pacientes com lesão cerebral única podem apresentar o teste positivo somente em 30% dos casos.

Nos casos de neurocisticercose com mais lesões, a reação imunológica pode chegar a 80% de sensibilidade.

Acidentes de punção.

Indicações : diagnóstico laboratorial da neurocisticercose.

Informações importantes: dados clínicos.

_______________________________________________________________________________________

CISTINÚRIA – DOSAGEM

Sinônimo mais usado: cistinúria

Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL da urina de 24 horas bem homogeneizada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, sem conservantes, sendo mantida sob refrigeração durante

a coleta e o transporte. Utilizar as instruções de coleta de 24 horas no final do manual. Informar o volume total

de 24 horas.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico

Valores de Referência: Adultos : de 20 a 100 mg/24 horas

Crianças : até 40 mg/24 horas.

mg x 4,16 = µmol

Interferências: não há referências.

Indicações: A presença de cristais de cistina na urina é considerada patológica e com suas presenças, geralmente

as concentrações de cistina são superiores a 100 mg/L. A litíase renal precoce e grave é encontrada na criança com

cistinúria familiar. Nesta doença há eliminação intensa de lisina, ornitina e arginina. É uma alteração genética

recessiva autossômica, que causa uma deficiência do sistema de transporte dos aminoácidos nas células do

intestino delgado e também nos túbulos contornados renais.

A pesquisa deve ser realizada na avaliação de uma litíase renal do adulto.

Informações importantes: idade do paciente, volume total de 24 horas e histórico de litíase renal.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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CITOGRAMA NASAL

Sinônimo mais usado: teste de Mygind-Hansel

Material e conservação para envio: Raspado de mucosa nasal, distribuído em pelo menos 4 lâminas de

microscopia, sendo uma fixada ao fogo, no bico de Bunsen e as demais fixadas por 5 minutos, somente no

primeiro líquido do corante panótico, ou 60 segundos em Metanol PA. Enviar a temperatura ambiente em caixas

de transporte de lâminas.

Instruções para coleta: pedir para o paciente assoar o nariz. Se a mucosa estiver muito seca, pingar algumas

gotas de solução fisiológica estéril e aguardar 1 a 2 minutos. Com uma escovinha endocervical, coletar material

da mucosa nasal, rodando lentamente a escovinha. Não há necessidade de se aprofundar muito. Pode-se usar

como parâmetro a própria sensação de desconforto do paciente. Preparar as lâminas passando o material das

escovas em uma só direção, não realizando movimentos de vai-e-vem, para não aglomerar demais as células.

Fixar imediatamente conforme item anterior.

Estabilidade da amostra: depois de fixadas as lâminas se conservam até 30 dias ao abrigo da luz, a temperatura

ambiente.

Método: Coloração tipo Romanovsky e Coloração de Gram.

Valores de Referência:

Critérios de Mygind-Hansel (Contagem percentual de Eosinófilos nas lâminas):

- Até 5% : Sem Eosinofilia (Negativo)

- 5 a 10% : Eosinofilia leve (Positivo +)

- 11 a 50% : Eosinofilia moderada (Positivo ++)

- > 50% : Eosinofilia acentuada (Positivo +++)

Contagem absoluta de Eosinófilos por lâmina: até 20 Eosinófilos por lâmina.

Interferências: Uso de medicações nasais e anti-alérgicos sistêmicos.

Indicações: teste auxiliar no diagnóstico etiológico das rinites.

Informações importantes: informar mediação atual, tópica e/ou sistêmica.

_______________________________________________________________________________________

CITOLOGIA CONJUNTIVAL

Sinônimo mais usado: Citologia ocular

Material e conservação para envio: raspado de mucosa de fundo de saco conjuntival e tarsal superior. Coletar

com alça descartável, diretamente para lâminas de microscopia, fixando-as imediatamente (antes de secar) em

etanol a 95%, como para Papanicolaou. Anotar em cada lâmina o local de coleta (fundo de saco ou tarsal) e utilizar

uma alça descartável para cada um local. Preparar no mínimo 2 lâminas de cada local (o ideal é coletar o material

com Cureta de Kimura).

Instruções para coleta: O paciente deve suspender a medicação 24 a 48 horas antes da coleta e não lavar os

olhos pela manhã. A coleta deve ser realizada no período matinal. Deve-se remover o excesso de secreções

acumuladas durante a noite, pois geralmente contém material necrótico pouco significativo. A remoção pode ser

feita com lenço de papel descartável.

Ver o item anterior.

Estabilidade da amostra: fixadas as lâminas, o material tem estabilidade por 60 dias.

Método: Coloração tipo Romanosky (Coloração seg.Rosenfeld)

Valores de Referência: (Uma coleta considerada excelente tem um número equilibrado de células da

conjuntiva, entre células superficiais, células intermediárias e células profundas, com discreto predomínio das

células superficiais sobre as intermediárias e estas sobre as profundas.) Presença de raros leucócitos, com

GRUPO SÃO CAMILO

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predomínio de células mononucleares.

Interferências: uso de medicamentos antibióticos ou anti-inflamatórios tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Diagnóstico auxiliar da etiologia das afecções conjuntivais, através das análises dos tipos celulares

predominantes: linfócitos nos processos virais, Neutrófilos nos processos bacterianos e fúngicos e Eosinófilos nos

processos alérgicos. Geralmente quadros alérgicos propiciam infecções bacterianas e/ou fúngicas produzindo

processos mistos, com grande número de polimorfonucleares e eosinófilos.

Informações importantes: informar uso de antibióticos e antiinflamatórios.

_______________________________________________________________________________________

CITOLOGIA PROSTÁTICA

Sinônimo mais usado: Citológico Prostático

Material e conservação para envio: Líquido prostático, coletado por massagem prostática, recolhido em frasco

estéril, com tampa hermética, sob refrigeração. O material deve ser encaminhado em até 24 horas após a coleta.

Se o tempo da coleta e o envio resultarem em tempo maior que o preconizado, preparar 4 a 6 lâminas tipo

esfregaço e fixa-las em metanol por 1 minuto. Após secagem colocar as lâminas e protetores de lâminas.

Instruções para coleta: a coleta é realizada através da massagem digital da próstata, estando o paciente com

pelo menos três dias de abstinência sexual, se, urinar, com a ampola retal livre, sem utilizar medicamentos

antibióticos ou hormônios por pelo menos 5 dias, em posição andrológica. Proceder à anti-sepsia de toda a

glande e meato urinário. O líquido expelido é recolhido em frasco estéril. O paciente deve estar com as mãos muito

bem lavadas, pois na maioria dos casos é necessária a sua ajuda no momento final da coleta do material.

Estabilidade da amostra: vide item Material e conservação para envio.

Método: colorações segundo Papanicolaou e tipo Romanosky (seg.Rosenfeld) para a análise citológica, Gram para

análise bacterioscópica, Ziehl-Neelsen para pesquisa de BAAR. Recomenda-se agregar a este teste, pesquisa de

Chlamydia trachomatis, cultura para Micoplasma hominis,Mycoplasma fermentans, Mycoplasma genitalium e

Ureaplasma urealyticum. O exame a fresco pode detectar a presença de Tricomonas e Leveduras. A cultura pode

detectar bactérias aeróbias, microaerófilas e anaeróbias facultativas. Não se recomenda a cultura para anaeróbios, já

que a uretra é portadora de grande número de microrganismos anaeróbios da flora anfibionte.

Valores de Referência: o único dado quantitativo está relacionado ao número de leucócitos: até 4 por campo

microscópico de 400 X. Geralmente há discreto predomínio de neutrófilos sobre as demais formas.

Interferências: medicação antinflamatória e/ou antibiótica sistêmicas.

Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções prostáticas mais comuns.

Informações importantes: medicação pregressa e atual.

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CITOLOGIA HORMONAL SERIADA

Sinônimo mais usado: citologia hormonal

Material e conservação para envio: raspado cérvico-vaginal, colhido como Papanicolaou. Imediatamente após a

coleta, colocar as lâminas em etanol a 95%. Deixar fixar por pelo menos 2 horas. Pode-se enviar as lâminas no frasco

para Papanicolaou com etanol ou em protetor de lâminas. Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: Anotar a DUM. Colher no 7°, 14° e 21° dia do ciclo menstrual, o material clínico

descrito acima. Se a paciente não menstruar até o 28° dia do ciclo, coletar mais uma amostra desta data.

Estabilidade das amostras: dentro do etanol a 95%, a temperatura ambiente, 30 dias.

Método: coloração segundo Papanicolaou.

103

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

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Classificação dos Colpocitogramas:

Tróficos: +++ células eosinofílicas > 60% ++ células eosinofílicas 40 a 59% + células eosinofílicas 15 a 39%

Hipotróficos: + células eosinofílicas 1 a 14% ++ ausência de células eosinofílicas, presença de células cianofíli-

cas superficiais e células intermediárias.

Atróficos: + Presença de células cianofílicas intermediárias e profundas ++ Presença de células cianofílicas profundas, eosinofílicas

profundas.

Classificação dos ciclos anovulatórios:

a) Ciclo anovulatório com cornificação hipotrófica acíclica:

Predomínio de células intermediárias, com 1 a 10% de células eosinofílicas e raras células profundas em todas as

lâminas coletadas. (Fundo sujo).

b) Ciclo anovulatório com curva hipotrófica cíclica:

É o ciclo anovulatório mais comum, caracterizado pela presença de células eosinofílicas em percentagens

inferiores que o normal, mas com variações diárias que podem oscilar entre 1 a 10%. As células eosinofílicas

podem chegar a um pico entre 30 a 50%, mas que cai para valores inferiores a 15% na segunda metade do

ciclo, não apresentando as variações progestacionais. Na fase menstrual podem-se encontrar células

profundas, que é um achado excepcional nos ciclos ovulatórios. Este tipo de curva mostra, já, uma atividade

hormonal melhor que o item a, com produção de estrógenos quase normal, mas o folículo não consegue

completar o seu desenvolvimento.

c) Ciclo anovulatório com cornificação eutrófica:

Aqui as variações da curva de células eosinofílicas são semelhantes às da curva normal, com pico intermenstrual

normal, com produção normal de estrógenos. Entretanto a ovulação não ocorre, com folículo entrando em

involução. A falta dos fenômenos progestacionais demonstra um ciclo imperfeito.

d) Ciclo anovulatório com curva elevada:

Este tipo de curva é muito rara, e se caracteriza por uma elevação pronunciada da eosinofilia, durante todo o

ciclo, sem nenhuma imagem de atividade pro gestacional na segunda metade daquele. Este caso está

relacionado com a presença de folículo maduro persistente com transformação cística.

Indicações: diagnóstico de ciclos ovulatórios ou anovulatórios.

Interferências: processos infecciosos, utilização de medicação tópica de qualquer qualidade, uso de hormônios

tópicos ou sistêmicos.

Informações importantes: Data da última menstruação.

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CITOLOGIA HORMONAL (UMA AMOSTRA)

Sinônimo mais usado: citologia hormonal única.

Material e conservação para envio: vide exame anterior.

Instruções para coleta: coleta de uma amostra isolada, em pacientes sem ciclo menstrual. Vide exame anterior.

Estabilidade da amostra: vide exame anterior.

Método: coloração segundo Papanicolaou.

Valores de Referência: vide exame anterior. O resultado priorizará condições citológicas Tróficas, Hipotróficas

ou Atróficas.

Interferências: Vide exame anterior.

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Indicações: estudo da repercussão hormonal sobre a mucosa vaginal.

Informações importantes: idade da paciente, Data da última menstruação, medicação atual, suspeita clínica.

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CITOLOGIA ONCÓTICA CÉRVICO-VAGINAL

Sinônimo mais usado: Papanicolaou, preventivo de câncer de colo.

Material e conservação para envio: esfregaços cervicais, endocervicais e vaginais, coletados em lâminas de

microscopia, enviados a temperatura ambiente, em caixas protetoras de lâminas.

Instruções para coleta: coletar com espátula de Ayre e escava citológica, fornecidas pelo Laboratório. Coletar

com pelo menos três dias de abstinência sexual, sem uso de medicação vaginal. Evitar coletas em períodos

menstruais. Preparar esfregaços com as coletas endocervicais, cervical e vaginal em uma única lâmina, na seqüência

da cauda para a parte fosca da lâmina, onde irá as iniciais e número da paciente. Anotar DUM e medicação atual.

Imediatamente após a coleta mergulhar as lâminas no álcool a 95%.

Estabilidade da amostra: 30 dias após a coleta a temperatura ambiente.

Método: coloração segundo Papanicolaou.

Valores de Referência: negativo para lesão intra-epitelial ou malignidade. Avaliação segundo Sistema Bethesda

2001.

Interferências: uso de medicações tópicas, duchas vaginais, relações sexuais com menos de três dias antes da

coleta, período menstrual.

Indicações: teste de triagem para prevenção do câncer ginecológico.

Informações importantes: DUM, fase de pré-menopausa, medicação atual e dados clínicos pertinentes.

OBS.: Haverá sempre avaliação da adequação da amostra:

- Satisfatório para avaliação, com presença ou ausência de componentes endocervicais, zona de

transição ou outros indicadores de qualidade como parcialmente obscurecido por hemácias, grande

quantidade de elementos inflamatórios, etc.

- Insatisfatório para a avaliação, por baixa celularidade, excesso de hemácias ou elementos

inflamatórios, etc. Estas amostras podem ser rejeitadas e não processadas ou, podem ser

processadas e avaliada com chancela de insatisfatória para avaliação da anormalidades.

Nota: Segundo Sistema Bethesda 2001 / Nomenclatura Brasileira de Laudos Cervicais - INCA, 2006.

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CITOLÓGICO DE LESÃO

Sinônimo mais usado: pesquisa de inclusões virais ou células de Tzanck.

Material e conservação para envio: raspado de lesões de diversos locais. Após fixa-las, enviar a temperatura

ambiente, em protetor laminar.

Instruções de coleta: coletar sempre das bordas das lesões, após remover o excesso de material necrótico-

inflamatório que as cobre. Coletar com alça diretamente para as lâminas, que são imediatamente fixadas em etanol a

95% por pelo menos 2 horas. Quando houver a formação de vesículas, rompe-las e coletar o líquido e o raspado

interno das lesões. Produzir lâminas imediatamente e rapidamente mergulha-las no fixador (etanol a 95%).

Estabilidade da amostra: após a fixação pode-se conservar o material por muito tempo.

Método: colorações segundo Papanicolaou e segundo Rosenfeld.

Valores de Referência: pesquisas negativas.

105

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências: uso de antibióticos ou anti-virais, ou nas fases de cura das lesões.

Informações importantes: quadro clínico, tempo de lesões e história de repetições dos quadros e

medicação atual.

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CITOLÓGICO DE ESCARRO / LAVADO BRÔNQUICO

Sinônimo mais usado: citologia de escarro ou citologia de lavado brônquico.

Material e conservação para o envio: escarro recente coletado em frasco estéril ou lavado brônquico, coletado

em frasco estéril pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração, em caixa isotérmica separados do gelo

renovável por papel ou plástico.

Instruções para coleta: escarro deve ser colhido antes do paciente se levantar , pela manhã, de expectoração

profunda, se necessário após inalação com água estéril. Fornecer ao paciente frasco estéril e instrui-lo para deixar

a tampa do frasco virada para o lado de cima sobre toalha bem limpa, à cabeceira do leito. Se possível o paciente

deve lavar a cavidade bucal através de bochechos com água filtrada. Lavado brônquico coletado em frasco estéril

pelo(a) médico(a)-Assistente.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob leve refrigeração.

Método: colorações de Papanicolaou, tipo Romanovsky, Gram e Ziehl-Neelsen, após liquefação do escarro com

L-Cisteína em solução e preparo da amostra em cito-centrífuga.

Valores de Referência: pesquisas negativas.

Interferências: uso de antibióticos antes da coleta.

Indicações: além de diagnósticos específicos, este exame serve para observar o número de leucócitos para

estabelecer a significância do material, principalmente para culturas quantitativas, tanto do escarro como do

lavado brônquico:

- Material significativo: mais de 25 leucócitos e menos de 10 células descamativas por campo microscópico de

100 X.

- Material não-significativo por contaminação com saliva: menos de 25 leucócitos e mais de 10 células

descamativas por campo microscópico de 100X.

Informações importantes: medicação atual.

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CITOLÓGICO DE LÍQUIDO ASCÍTICO

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: no mínimo 3 mL de Líquido Ascítico, coletado pelo(a) médico(a)-

Assistente. Coletar em frasco estéril sob refrigeração.

Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.

Método: contagem global em câmara de Neubauer, diferencial e pesquisa de outros tipos celulares por coloração

tipo Romanosky (coloração seg. Rosenfeld), coloração seg. Papanicolaou para pesquisa de células neoplásicas,

coloração seg. Ziehl-Neelsen para BAAR e coloração seg. Gram, para bactérias em geral.

Valores de Referência:

a) Aspecto: Límpido: Normal; Opalescente: Ascite quilosa. Turvo: infecção. Aspecto hemorrágico: crase

hemorrágica, acidente de punção ou malignidade.

b) Coloração: Amarelo citrina: Normal; Esverdeado: coleperitôneo; Branco-acinzentado: Purulento.

c) Contagem diferencial: Neutrófilos e outros polimorfonucleares: infecções bacterianas; Mononucleares:

GRUPO SÃO CAMILO

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predomínio de linfócitos pode ser peritonite tuberculose ou malignidade (carcinomatose peritonial).

Interferências: uso de antibióticos e anti-inflamatórios.

Indicações: diagnóstico diferencial de ascite.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

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CITOLÓGICO DE LÍQUIDO SINOVIAL

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: coletado pelo(a) médico(a)-assistente, em dois frascos estéreis, volume

mínimo de 2 mL, um frasco sem anticoagulante e outro com 0,3 mL de Heparina Sódica. Manter sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método: coloração seg. Gram, Ziehl-Neelsen, Rosenfeld, Papanicolaou, para Bacterioscopia, Pesquisa de BAAR,

Diferencial de leucócitos e pesquisa de células como Ragócitos e histiócitos, pesquisa de células neoplásicas

respectivamente e contagens em câmaras hemocitométricas. O material coletado com heparina é utilizado para as

análises quantitativas em câmaras de contagens.

Valores de Referência: a) Aspecto: límpido

b) Viscosidade: normal

c) Cor: amarelo claro

d) Fibrina: ausente

e) Leucócitos: até 180/mm³

f) Neutrófilos: até 25%

g) Hemácias: ausentes

g) Histiócitos: raros

h) Pesquisa de Ragócitos: Negativa e

i) Pesquisa de Cristais em microscopia de fase: Negativa.

Interferências: medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos.

Indicações: teste auxiliar para classificação dos tipos de patologias sinoviais.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

Principais grupos de patologias sinoviais:

Tipo 1 - Não inflamatórias: < 2000 leucócitos por mm³: Edema, Neuroartropatia de Charlot, Traumática, Doenças

degenerativas das articulações, Osterocondromatosis, e Osteo-condrite dissecante e necrose asséptica.

Tipo 2 - Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas: 2000 a 5000 leucócitos por mm³: LES,

Escleroderma, Sinovite vilonodular hemorrágica e osteoartropatia hipertrófica.

Tipo 3 - Inflamatórias não infecciosas severas: 5000 a 50.000 leucócitos por mm³: Gota, Pseudogota, Febre Reumática,

Artrite Reumatóide e Doença de Reiter.

Tipo 4 - Inflamatórias infecciosas: > 50.000 leucócitos por mm³: Infecções bacterianas, Tuberculose, Micoses

profundas.

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CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Citomegalovírus.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 3 mL de plasma em EDTA, 2 mL de

líquido amniótico, 2 mL de líquor coletado pelo(a) médico(a)-assistente, 2 mL de lavado bronco-alveolar. Enviar

sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Todos os demais materiais líquidos precisam estar sob refrigeração,

com exceção dos materiais obtidos por biópsia que deve ser imediatamente congelado e deve ser enviado em

gelo seco. Todos os frascos de coleta necessitam estar esterilizados.

Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido amniótico e líquor (1 mês

congelado).

Método: PCR Qualitativo.

Valores de Referência: Negativo

Interferências: contaminações durante a coleta dos materiais.

Indicações: A grande importância dos CMV ocorre durante a gestação, quando pode ocorrer transmissão vertical,

mesmo que a gestante tenha anticorpos específicos, prévios à gravidez. Em pacientes imunodeprimidos podem

ocorrer manifestações graves. O teste de PCR qualitativo está indicado para os casos de meningoencefalites, com

coleta do LCR. Durante a gravidez para elucidar quadro infeccioso agudo, com possibilidade de infecção

intrauterina, com coleta do líquido amniótico. Nos RN, até as três primeiras semanas de vida para definição de

infecção congênita, com pesquisa no sangue, e finalmente para diagnóstico em órgãos alvo, sendo pesquisados

líquidos cavitários ou materiais de biópsia.

Informações importantes: informar os locais de coleta e os materiais obtidos. Informar quadro clínico, se

pertinente. Por ser um método qualitativo, não pode definir se o quadro infeccioso é agudo ou fruto de uma

reativação. Os níveis de sensibilidade da metodologia para a detecção de quantidades diminutas de DNA viral,

podem produzir reações falso-negativas, princípio que vale para todas as reações biológicas laboratoriais.

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CITOMEGALOVÍRUS – PCR QUANTITATIVO

Sinônimo mais usado: CMV- PCR-QUANTI

Material e conservação para envio: vide Citomegalovírus PCR qualitativo

Instruções para coleta: idem

Estabilidade da amostra: idem

Método: PCR-RT

Valores de Referência: ausência do DNA do vírus.

Interferências: hemólise nos materiais sanguíneos.

Indicações: diagnóstico qualitativo da infestação do CMV em humanos.

Informações importantes: sensibilidade analítica a partir de 150 cópias de DNA de CMV/mL.

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CITOMEGALOVÍRUS – IgG

Sinônimo mais usado: CMV-IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzima-imunoensaio de captura.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: Negativo (Não Reagente) : < 0,9 S/CO

Indeterminado : 0,9 - 1,1 S/CO

Positivo (Reagente) : > 1,1 S/CO

Interferências: não há referências.

Indicações: O CMV é um herpes vírus que produzem infecções, na sua maior parte, sub-clínicas, que são

transmitidos através do sangue, saliva, secreções vaginais, esperma, urina, leite materno, etc. É tão difundido

entre a população que a partir dos 60 anos, mais de 75% dos indivíduos tem anticorpos da classe IgG anti-CMV.

Além dos materiais clínicos acima citados, o CMV pode ser transmitido por transfusões, órgãos de transplantes e

medula óssea. Após a disseminação sangüínea os vírus podem ser encontrados em quase todos os tecidos e

órgãos do corpo, com predisposição maior para o encéfalo, rins, fígado, coração, olhos, etc. Passa a ser eliminado

por diversas líquidos humanos. Os quadros clínicos são inaparentes tipo mononucleose símile e de uma hepatite

anictérica. Nos RN o quadro é de septicemia, com hepatoesplenomegalia, icterícia, trombocitopenia e

envolvimento de vários órgãos. Com o desenvolvimento do quadro ocorrem pneumonias intersticiais. Pode

ocorrer reativação viral, pois na fase aguda o Citomegalovírus pode inverter a relação CD4/CD8 com diminuição

da atividade citotóxica das células NK.

Informações importantes: uso de medicação anti-viral.

Nota: CO = CUT OFF; S = Valor obtido com o Soro em teste.

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CITOMEGALOVÍRUS – IgM

Sinônimo mais usado: CMV-IgM

Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Os lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzima Imunoensaio de captura.

Valores de Referência: Negativo (Não Reagente).....: < 0,9 S/CO

Indeterminado......................: 0,9 a 1,1 S/CO

Positivo (Reagente)..............: > 1,1 S/CO

Interferências: uso de medicação antiviral prévia. A presença de fator reumatóide ou a presença de anticorpos

heterófilos podem causar reações falso-positivas neste método.

Indicações: investigação laboratorial da infecção aguda pelo citomegalovírus. Com as novas tecnologias

sorológicas muito mais sensíveis, os anticorpos da classe IgM anti-CMV pode persistir por semanas a meses após a

primoinfecção. Durante a reativação viral (reexpressão viral) da infecção, os níveis de anticorpos podem estar muito

baixos.

Informações importantes: informar a medicação atual, quadro clínico se possível.

CO: CUT-OFF S. Valor obtido com o soro em teste.

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CITOMEGALOVÍRUS – ANTIGENEMIA

Sinônimo mais usado: CMV – Ag

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA a temperatura ambiente. Coletar de

segunda a quarta feira. Não coletar as vésperas dos feriados.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 8 horas a temperatura ambiente.

Método: Imunofluorescência indireta com anticorpos monoclonais anti-fosfoproteína (pp65).

Valores de Referência: Negativo

Interferências: medicação antiviral prévia.

Indicações: diagnóstico precoce da infecção pelo CMV e controle terapêutico anti-viral.

Informações importantes: medicação antiviral atual ou prévia.

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CITOMEGALOVÍRUS – IgG E IgM NO LCR

Sinônimo mais usado: CMV no LCR

Material e conservação para envio: 2 mL de LCR e 2mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Não há horário crítico para coleta, desde que os dois materiais sejam coletados no

mesmo momento.

Estabilidade da amostra: LCR: 10 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Soro: 20 dias sob

refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzima-imunoensaio por captura.

Valores de Referência: Não Reagente (Negativo) : índice LCR / índice soro < 0,9

Indeterminado : índice LCR / índice soro 0,9 a 1,1

Reagente (Positivo) : índice LCR / índice soro > 1,1

Interferências: presença de anticorpos heterófilos ou Fator reumatóide, que podem interferir nas reações,

principalmente nas pesquisas de anticorpos da classe IgM, produzindo reações falso-positivas. Pode ocorrer

estes anticorpos somente no soro, produzindo, assim resultados falso-negativos para a relação índice LCR /

índice soro, para anticorpos da classe IgM.

Indicações: Pesquisa de infecções do CMV no LCR.

Informações importantes: informar medicação anti-viral e quadro clínico

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CITOMEGALOVÍRUS – AVIDEZ IgG

Sinônimo mais usado: CMV avidez IgG

Material e conservação para uso: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: ELFA - Enzyme Linked Fluorescent Assay. O método baseia-se no princípio que os anticorpos de baixa

avidez são deslocados da reação antígeno-anticorpo pela ação de Solução aquosa de Uréia a 5M.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI110

Tipo de Avidez Porcentagem Sugere (quadro clínico): Baixa

< 30%

Sugere infecção ocorrida até 3 meses .

Inconclusivo 30 –

60%

Sugere período de infecção indifinido.

Alta > 60% Sugere infecção ocorrida há mais de 3 meses.

Interferências: uso de medicação anti-viral prévia.

Indicações: Este teste é indicado para diferenciar anticorpos de alta avidez, que ocorrem nas infecções crônicas

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dos anticorpos da classe IgG de baixa avidez, que ocorrem em infecções recentes.

Informações importantes: idade gestacional, data de provável contágio, uso de medicação anti-viral.

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CITOSOL HEPÁTICO TIPO 1 – ANTICORPOS ANTI

Sinônimo mais usado: Anti-LC1

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: Não Reagente

Interferências: lipemia e hemólise.

Indicações: diagnóstico sorológico da Cirrose Biliar Primária (CBP).

Informações importantes: hepatite autoimune é dividida em dois grupos: o tipo 1: ocorre mais em mulheres,

geralmente acima de 16 anos e pode cursar com hepatite aguda ou sub-aguda. apresentam a pesquisa de

anticorpos anti-citosol hepático negativo, FAN positivo(50%) (padrão pontilhado fino ou homogêneo),

anticorpos anti-músculo liso positivo(85%) e p-ANCA também positivo(90%). O tipo 2: ocorre geralmente em

pacientes com menos de 16 anos e apresenta positividade do anti-LKM1 (70%) e do Anti-Citosol Hepático

(LC1)(30%). Alguns pacientes com doença clínica florida só tem os anticorpos anti-citosol hepático positivo.

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CLEMENTS – TESTE DE

Sinônimo mais usado: teste das bolhas

Material e conservação para envio: 5,0 mL de líquido amniótico coletado pelo(a) médico(a) – assistente, sob

refrigeração. Proteger da luz.

Instruções para coleta: não há horário crítico para coleta. Coletar de segunda a quinta-feira. Não coletar às

vésperas de feriados, salvo urgências. Evitar acidentes de punção. Se na primeira seringa vier sangue juntamente

com o Líquido Amniótico, coletar uma segunda seringa ou mais, se possível, até “limpar” o material do sangue,

pois pode haver alteração dos resultados.

Estabilidade do material: até 4 dias sob refrigeração.

Método: segundo Clements, baseado na propriedade da Lecitina produzir bolhas na presença de meio alcoólico,

após agitação intensa dos tubos de teste. Quanto maior for a relação Lecitina/Esfingomielina maior será a

produção de bolhas nas diluições seqüenciais preparadas, após agitação.

Valores de Referência: A maturidade pulmonar fetal é alcançada quando as bolhas estáveis permanecem pelo

menos cinco minutos nos três primeiros tubos do teste. Com este resultado fica afastada a Síndrome do

Desconforto Respiratório em aproximadamente 94% dos casos.

Interferências: acidentes de punção durante a coleta, uso de corticóides sistêmicos, presença de mecônio na

amostra e diabetes materna.

Indicações: avaliação da maturidade pulmonar fetal para se evitar a Síndrome do Desconforto Respiratório.

Informações importantes: semanas de gestação, condições da coleta e quadro clínico.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Clostridium difficile – PESQUISA DE TOXINA A e b

Sinônimo mais usado: toxina de Clostrídio nas fezes

Material e conservação para envio: 1 a 2 gramas de fezes recentes refrigeradas.

Instruções para coleta: coleta ao acaso

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: aglutinação do látex.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: -

Indicações: diagnóstico da presença de toxinas A e/ou B de Clostridium difficile, nos casos de suspeita de colite

pseudomembranosa, em pacientes internados, com uso de antibióticos de largo espectro. A toxina A produz

lesões na mucosa intestinal e as manifestações clínicas. A toxina B tem ação citotóxica.

Informações importantes: fezes diarréicas podem ser utilizadas para o teste.

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CLORO/CLORETOS – SANGUE, LCR, SUOR, URINA

Sinônimo mais usado: Cl

Material e conservação para envio: 2 mL de soro, ou 2 mL de LCR ou 50 mL de urina ao acaso , ou alíquota de

100 mL de urina de 24 horas ou suor coletado por iontoforese.

Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento,

LCR: 5 dias sob refrigeração e 1 mês sob congelamento; urina: 10 dias sob refrigeração e 2 meses sob

congelamento e suor: 4 dias sob refrigeração ou 10 dias sob congelamento.

Método: íon seletivo (ISE).

Interferências: hiperproteinemia, hiperlipemia, diluições de amostra no momento da coleta, realizada próximo

de locais de infusão venosa.

Indicações: Fornece dados sobre o equilíbrio hídrico-eletrolítico e ácido-básico.

a) Hipocloremia: Acidose metabólica com ânions orgânicos, Acidose respiratória crônica, Hipervolemia,

Nefropatia perdedora de sódio, Insuficiência adrenal, grandes queimados, hiperaldosteronismo

primário e pacientes com sonda naso-gástrica ou gastrostomia.

b) Hipercloremia: Iatrogenia (excesso de administração de soro fisiológico, estrógenos, salicilatos),

Acidose metabólica, alcalose respiratória, diabetes insípidos, hiperparatireoidismo, desidratação e

desvio ureteral para intestino grosso.

c) No LCR geralmente reflete os níveis sérico de cloro. Somente na neuro-tuberculose e na meningite

tuberculosa apresenta valores baixos, geralmente 25 a 30% dos valores séricos.

d) Na urina, o cloro pode ser útil no diagnóstico da alcalose metabólica que responde aos níveis salinos.

Informações importantes: quadro clínico, tratamento atual e prévio.

_______________________________________________________________________________________

Valores de Referência: soro (adultos) . . . . . . . . : 99 a 109 mEq/L

soro (crianças) . . . . . . . . : 95 a 112 mEq/L

LCR . . . . . . . . . . . . . . . . : 118 a 132 mEq/L

Urina ao acaso . . . . . . . . : até 100 mEq/L

Urina de 24 horas . . . . . . : 110 a 250 mEq/24 horas

Suor . . . . . . . . . . . . . . . . : < 40 mEq/L

- Indeterminado . . . . . . : 40 a 80 mEq/L

- Patognomônico . . . . . : > 80 mEq/L

GRUPO SÃO CAMILO

VI112

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COBALTO NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: todo o volume de urina de final de jornada da semana. Coletar em frasco

plástico fornecido pelo laboratório. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho ao final da última fornada da

semana. Conservar e transportar sob refrigeração.

Estabilidade do material: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: indivíduos expostos : < de 15,0 mcg/L (ACGIH)

Indivíduos não-expostos : < de 2,4 mcg/L (FIOH)

Interferências: coleta em ambiente de trabalho contaminado por cobalto.

Indicações: monitoração de colaboradores expostos ou em outros casos de exposição. Como o cobalto é

utilizado nas indústrias metalúrgica, eletrônica, bebidas (cervejarias) e química (fertilizantes, corantes e

pesticidas), os colaboradores expostos nos ambientes de trabalho necessitam ser rastreados sistematicamente.

Os quadros clínicos de exposição são polimórficos, mas geralmente formam uma síndrome tóxica caracterizada

pela tétrade de bócio, policitemia, cardiomiopatia e acidose metabólica, podendo ainda apresentar

pnemoconiose, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e asma.

Informações importantes: profissão, tempo de exposição e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

COBRE NO SANGUE (inclui toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: dosagem do cobre

Material e conservação para envio: 3 a 4 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Para Toxicologia Ocupacional não é necessário jejum e o horário da

coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência:

OBS.:Pacientes Afro-descendentes podem ter valores de 8 a 12 % mais elevados.

Interferências: O medicamento que mais altera os resultados do cobre é a cisplatina. Mais dados sobre

interferências vide Indicações.

Indicações : por ser um elemento essencial, a falta do cobre produz diversas doenças. Porém, em grandes

concentrações, produz efeitos tóxicos. O Cobre pode sofrer variações fisiológicas e patológicas:

a) Variações fisiológicas: pode ocorrer hipocupremia nos recém-nascidos. Nas mulheres ele geralmente é até 10%

mais elevados que nos homens. Pode ocorrer hipercupremia no fim da gestação, com uso de estrógenos e

anticoncepcionais orais, com um aumento compensatório da Ceruloplasmina.

b) Variações patológicas: Avaliação ocupacional: valores de cupremia acima do IBPM, indica exposição

ambiental, acima do limite de tolerância (com ou sem significado clínico ou toxicológico – os principais

sinais de alerta são depósitos oculares, eczemas e sinais digestivos). Ligados às patologias: há um aumento da

113

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

RN . . . . . . . . . . . . . . . . : 12 a 67 µg/dL

Até 10 anos . . . . . . . . . : 30 a 150 µg/dL

Homens - Adultos . . . . : 80 a 155 µg/dL

Mulheres - Adultas . . . : 80 a 140 µg/dL

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GRUPO SÃO CAMILO

VI114

cupremia nos processos infecciosos, nas hemopatias, como nas anemias Megaloblástica clássica ou

gestacional, na anemia ferropriva, nas anemias aplásticas, nas doenças linfoproliferativas, como leucemias e

linfomas, na hemocromatose, nos processos inflamatórios, no hipertireoidismo, hepatopatias como

hepatites, cirrose e cirrose biliar. Ainda pode se apresentar elevado nas colagenoses, como LES, AR, GNDA e

Febre Reumática.

A hipocupremia pode ocorrer na Síndrome Nefrótica, na enteropatias que cursam com malabsorção, como

espru e doença celíaca, no hipotireoidismo, nas carências nutritivas, principalmente nos RN, nos quadros de

queimaduras, remissão de quadros de leucemia aguda, tratamento com ACTH e corticóides e nutrição

parenteral sem reposição do elemento.

c) Variações metabólicas: A doença de Wilson é talvez o quadro mais conhecido de alteração metabólica

levando a uma hipocupremia patológica, com degeneração hepatolenticular, com acúmulo de cobre no

fígado, devido à queda de sua excreção hepática e biliar. A ceruloplasmina está, nestes casos, diminuída, e há

um aumento da eliminação de cobre na urina, que é proporcional ao dano renal desencadeado pelo cobre. A

doença que é hereditária tem como manifestações principais a cirrose, distúrbios renais, neuropsíquicos e

pigmentares, principalmente na retina. A fisiopatologia da doença deve-se ao erro inato na produção de

Ceruloplasmina. Esta alteração pode ser por deficiência de produção da ceruloplasmina ou de sua produção

molecular defeituosa, sem capacidade de se ligar ao cobre. A Doença de Mendes tem as mesmas

características laboratoriais, tanto sangüíneas como urinárias. Também de origem hereditária a sua

fisiopatologia deve-se a um distúrbio da absorção do cobre e do metabolismo do cobre nas células hepáticas.

Informações importantes: medicação atual, profissão, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

COBRE NA URINA (inclui toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais comum: cobre urinário

Material e conservação para coleta: para avaliação ocupacional: amostra de urina (no mínimo de 100 mL),

sem horário crítico. Alguns autores recomendam a coleta de amostra ao acaso, no final do último dia da semana.

Para avaliação clínica: coletar urina de 24 horas. A conservação deve ser feita sob refrigeração.

Instruções de coleta: vide item anterior. Deve-se sempre utilizar frasco novo de PVC, para se evitar

contaminações desnecessárias. Não coletar no ambiente de trabalho. Pode ser coletado em sanitário afastado do

local de trabalho. Retirar o uniforme e os EPI's e lavar as mãos e os genitais antes da coleta.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: 15,0 a 60,0 mcg/24 horas.

Para amostras ao acaso: 2,0 a 80,0 mcg/L.

IBPM : nada consta .

Interferências: contaminações ambientais durante a coleta. Uso de cisplatina.

Indicações : avaliação ocupacional e complementação para diagnóstico da doença de Wilson e Menkes. Vide

exame anterior (Cobre na urina)

Informações importantes: profissão e tempo de trabalho sem interrupções.

_______________________________________________________________________________________

COCAÍNA – PESQUISA DE (ver Benzoilecgonina).

_______________________________________________________________________________________

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Na realidade deve-se considerar somente o valor mínimo para cada faixa de idade, já que são considerados

valores mínimos para proteção arterial. Alguns serviços adotam índices de aterogenicidade (IA) para controle

dos pacientes dislipidêmicos:

Colesterol total = IA < 5,0 LDL-Colesterol = IA< 3,5______________ ______________HDL-Colesterol HDL-Colesterol

Interferências: utilização de drogas que diminuem o colesterol.

Indicações: estudo e prevenção de dislipidemias, segundo a IV Consenso Nacional de Hiperlipemias, da

Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007.

Informações importantes: sexo, idade e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

COLINESTERASE (inclui toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: pseudo-colinesterase sérica

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar e refrigerar o soro o mais rapidamente que for

possível.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 20 dias sob congelamento.

Método: espectrofotométrico enzimático.

Valores de Referência: avaliação ocupacional: IBPM: redução de 50% em relação à atividade inicial.

Indivíduos não expostos: Feminino: 3.930 a 10.800 U/L

Masculino: 4.620 a 11.500 U/L

Colinesterase eritrocitária: Normal: > 36,0 UI/g de Hb.

115

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

COCCÍDIOS – PESQUISA (Ver Criptosporidium)

_______________________________________________________________________________________

COLESTEROL – HDL

Sinônimo mais usado: HDL

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada. Recomenda-se que os pacientes não coletem as segundas-feiras, para se evitar quadros de

hipertrigliceridemia, devido ao aumento de ingestão dos fins de semana.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Valores de Referência: Sociedade Brasileira de Cardiologia - IVDiretriz Brasileira sobre Dislípidemias e

Prevenção da Aterosclerose - Abril 2007.

Pacientes reconhecidamente dislipidêmicos devem coletar os exames de jejum não inferior a 14 horas.

Até 9 anos . . . . . . . . . . : > 35,0 mg/dL10 a 13 anos . . . . . . . . : 36,0 mg/dL14 a 19 anos . . . . . . . . : Ver valores adultos

Valores adultosBaixo . . . . . . . . . . . . . . : < 40,0 mg/dLLimítrofe . . . . . . . . . . . : 40,0 a 60,0 mg/dLDesejável. . . . . . . . . . . : 60,0 mg/dL

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Interferências: uso de drogas: andrógenos, antibióticos, principalmente cefalosporinas e rifampicina,

benzodiazepínicos e insulina.

Alterações patológicas:

a) diminuições: hipocolesterolemia, desnutrição, hepatites virais, cirrose hepática, distrofia muscular, IRC,

ICC, AR, policitemia vera, hipoproteinemia, plasmaferese, período pós-operatório, gravidez, tuberculose,

doenças inflamatórias, uremia, colagenoses, doença de Crohn, quadros de queimaduras, uremia.

b) elevações: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipertireoidismo, hemocromatose, síndrome nefrótica,

tireotoxicose, diabetes, polineurites, doença de Parkinson, infarto do miocárdio, Esquizofrenia, doença de

Alzheimer e Carcinoma hepatocelular.

Indicações: intoxicações por agentes organofosforados e carbamatos.

Informações importantes: idade, gravidez, medicação atual, profissão.

_______________________________________________________________________________________

COMPLEMENTO E FRAÇÕES

Sinônimo mais usado: CH50%, C1q, Inibidor da C1 estearase, C2, C3, C3a, C4, C5, C9 e CH100%

Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado.

Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 2 meses sob congelamento.

Método: teste hemolítico de Kent e Fife a 50% de hemólise para o Complemento total (CH50%) e

imunoturbidimetria automatizada, para as demais frações.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI116

Teste: Valores de Referência: Método:CH50%

Kent e Fife

C1q 10 a 25 mg/dL Imunohemólise radialInibidor da C1 estearase-quantitativo

15 a 34 mg/dL

Nefelometria

Inibidor da C1 estearase-qualitativo

80 a 130% Cromogênico

C2

1,7 a 3,1 mg/dL

NefelometriaC3a 10 a 40 mg/dL Nefelometria

90 a 290 UCH 50%CH100% Imunoensaio≥ 60 µ/CAE

C5 4,0 a 15,0 mg/dL Imunoturbidimetria

Complemento C4:

Para percentil de 97,5%:

Valores pediátricos: em mg/dL:

Homens ( 1 a 14 anos): 14 a 34Mulheres ( 1 a 14 anos): 13 a 36

Valores de adultos:

9 a 36 mg/dL (IFCC) 12 a 36

Complemento C3:

Para percentil de 97,5%:

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Valores de infantil: em mg/dL:

Recém nascidos 58 – 1081 a 3 meses

67 – 124

4 a 6 meses 74 – 1387 a 9 meses

78 – 144

1 a 18 anos 80 – 150

Valores para adultos: em mg/dL:

≥ 20 anos 75 a 135 mg/dL (IFCC)

Interferências: utilização de corticosteróide pode inibir a formação de imunocomplexos .

Indicações: o sistema do complemento é um sistema protéico complexo, que é formado pela participação de 20

proteínas, que são ativadas por um sistema em cascata, através de duas vias, a via clássica e a via alternativa. A

ativação ocorre com o contacto com os imunocomplexos imunes ou de membranas celulares modificadas

ocasionando citólise e fagocitose, desencadeando atividades como anafilotoxicidade, opsonização,

quimiotactismo e fagocitose. A função principal da dosagem do complemento e frações para pesquisa de deficiência

genéticas ou estados de ativação, por doenças que cursam com consumo do complemento.

A maioria das frações podem se elevar em processos inflamatórios, e diminuir nos processos patológicos com

consumo de complemento, como LES, GNDA, etc.

O Inibidor da C1 estearase está ligado ao diagnóstico do edema angioneurótico.

Informações importantes: dados clínicos e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

COMPOSTO S

Sinônimo mais usado: 11-Deoxicortisol

Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Nos casos de estímulo com ACTH sintético as coletas podem ser

realizadas em jejum (0'), aos 30 minutos (30') e 60 minutos (60') após a injeção E.V. lenta (1 a 2 minutos).

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: até 8,0 ng/mL

Com administração do ACTH: aumento de 3 a 5 em relação ao basal.

Interferências: uso de corticosteróides.

Indicações: O Composto S, pela ação da enzima 11-beta hidroxilase forma o Cortisol. Com deficiência da

enzima, há um aumento da secreção do ACTH, com aumento dos níveis de Composto S ou 11-Desoxicortisol. A

conseqüência deste aumento são quadros de hipertensão e aumento dos níveis de andrógenos, com quadro de

virilização que ocorre na hiperplasia adrenal congênita. Essa anormalidade ocorre em 5% dos casos de

hiperplasia congênita adrenal.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, idade e sexo.

_______________________________________________________________________________________

117

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

OBS: as demais frações do complemento C6, C7, C8 e C9 são raramente solicitadas aos laboratórios de

análises clínicas, e geralmente são determinadas em centros de pesquisa do complemento em algumas

universidades.

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CONTAGEM SEDIMENTAR DE ADDIS-HAMBURGER

Sinônimo mais usado: Contagem de Addis.

Material e conservação para envio: urina de 12 horas (vide Instruções para Coleta) sob refrigeração. Enviar

todo o volume.

Instruções para coleta: O paciente deverá urinar às 20:00 horas e desprezar essa urina. Daí em diante, recolher

todas as urinas até às 8:00 horas (da manhã) do dia seguinte, inclusive a última micção das 8:00 horas. Durante este

período exato de 12 horas, toda a urina recolhida, em frasco fornecido pelo Laboratório, conservando o frasco de

coleta, com as micções sob refrigeração. Logo após a última coleta, enviar o material clínico sob refrigeração. Uma

outra opção pode ser: o paciente após acordar, permanecendo deitado toma 250 mL de água (um copo tipo americano

bem cheio), e esvazia a bexiga completamente. Permanece deitado por 3 horas, após urinar completamente em

frasco limpo fornecido pelo laboratório.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: método microscópico para avaliação do débito de hemácias e leucócitos.

Valores de Referência:

Segundo Addis : (por minuto, em 3 horas de intervalo) para adultos:

Hemácias : < 2000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto)

Leucócitos : < 4000/minuto ( valores patológicos > 5000/minuto)

Cilindro : < 3/minuto

Para crianças :

Leucócitos : < 2.400/minuto

Segundo Addis – Hamburger (para valores absolutos para adultos) modificado por Kerp et al.

Leucócitos : 30.000 a 1.000.000

Hemácias : 0 a 400.000

Cilindros Hialinos : 0 a 4.000

Interferências: erros de preparo do paciente ou vide Exame de Urina Rotina.

Indicações:

Hematúria: afecções nefrológicas e/ou urológicas .

Vide Exame de Urina

Leucocitúria: vide Exame de Urina

Informações importantes: tempo de coleta, idade, sexo, quadro clínico, corrimento vaginal, menstruação, etc.

_______________________________________________________________________________________

COOMBS DIRETO – TESTE DE

Sinônimo mais usado: anticorpos bloqueadores.

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total coletado em EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Pode-se coletar sangue do cordão umbilical.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: imunohematológica segundo Coombs, em meio gel.

Valores de Referência: negativo.

Interferências: alguns medicamentos podem induzir a produção de anticorpos que sensibilizam as hemácias e

produzem o teste de Coombs Direto Positivo, como metildopa, penicilina, cefalosporinas, rifampicina,

sulfonamidas, insulina e dipirona.

Indicações: investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta geralmente hemácias sensibilizadas

GRUPO SÃO CAMILO

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por imunoglobulinas da classe IgG e complemento (anticorpos quentes a 37°C). Infecções virais agudas podem

produzir testes positivos, como Sarampo, Gripe, CMV, etc, assim como quadros de pneumonia por micoplasma,

leucoses, linfomas, plasmocitomas, LES, etc.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

COOMBS INDIRETO – TESTE DE

Sinônimo mais usado: pesquisa de anticorpos irregulares.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Método: Pesquisa de antiglobulinas circulantes anti-Rh, em meio gel.

Valores de Referência: Negativo

Interferências: não há referências.

Indicações: é um teste de triagem semi-quantitativo para segurança imunológica nas transfusões sangüíneas,

nas gestações e pesquisas de estados auto-imunes contra hemácias. A titulação é feita por diluições seriadas a 1/2,

1/4, 1/8, etc.

Informações importantes: nos acompanhamentos de gestações de risco deve-se anotar o tempo de gestação,

intercorrências, tipo sangüíneo, etc.

_______________________________________________________________________________________

COPROLÓGICO – TESTE

Instruções para Coleta

Condições Gerais: Fezes recentes a fresco (todo o volume fecal após a dieta específica).

INSTRUÇÕES:

a) É recomendável a suspensão de toda a medicação que possa alterar o trânsito intestinal, como laxantes,

supositórios, medicamentos anti-diarréicos, etc., mas somente com conhecimento médico.

b) Não utilizar bebidas com gás (refrigerantes ou água gaseificada).

c) Não utilizar bebidas alcoólicas durante os três dias que antecedem a coleta das fezes.

d) Dieta: (deve ser seguida por três dias antes da coleta das fezes).

1) Lactentes e até 1 ano de idade: dieta habitual acrescida de uma colher de chá de azeite de oliva, em pelo

menos três refeições diárias, durante três dias seguidos, ou conforme orientação médica.

2) 1 a 2 anos de idade: dieta habitual acrescentando creme de leite e queijo prato (mínimo de 3 colheres de

chá de creme de leite, por dia, em pelo menos duas fatias de queijo prato, dividido entre as refeições

diárias), ou conforme orientação médica.

3) 2 a 5 anos: 1/3 da dieta do adulto (vide abaixo), ou conforme orientação médica.

4) 6 a 12 anos:

Dieta habitual, com introdução no almoço e jantar:

a) Quantidade usuais de carne vermelha mal passada (mínimo de 180 gramas diárias), batata assada e

feijão (são marcadores obrigatórios de fragmentos de mastigação e digestão). PARA CADA

REFEIÇÃO ACRESCENTAR: 1,5 colheres de sopa de azeite + 1 colher de sopa de creme de leite + 1/2

colher de sopa de manteiga + 1 fatia grossa de queijo prato.

b) No café da manhã e lanche da tarde: dieta habitual, com o uso da manteiga e creme de leite do item a)

acima.

Todos esses tipos de alimentos servirão como indicadores para as observações microscópicas dos resíduos

119

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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fecais e para as dosagens coprológicas solicitadas pelo(a) médico(a)-assistente.

Essa dieta deve ser feita por três dias seguidos e todo o volume fecal da primeira evacuação do quarto dia,

deverá ser coletado em frasco fornecido pelo Laboratório São Camilo.

Antes de coletas as fezes é necessário urinar no vaso sanitário, para evitar a contaminação das fezes com a

urina. Para crianças que não têm ainda continência urinária, é recomendado o uso de coletores de urina, até o

momento da evacuação no quarto dia. (EVITAR O USO DE TALCO).

As fezes podem ser refrigeradas, até a entrega do material ao laboratório, o que deverá ser possível, ocorrer

logo após a evacuação do quarto dia. O tempo entre a coleta e a entrega do material no laboratório deverá ser de

no máximo de 2 horas a temperatura ambiente. Após este período, obrigatoriamente as fezes deverão ser

refrigeradas. (NÃO CONGELAR).

Nota Importante: O regime deverá ser observado durante 4 dias, colhendo-se no quarto dia todas as evacuações de

um período de 24 horas, em vasilha de boca larga, fornecida pelo Laboratório. Durante todo o dia

de coleta, a partir da primeira evacuação, manter as fezes em refrigeração (pode-se manter em

caixa de Isopor com gelo renovável, desde que a troca do gelo seja feita a cada 2 horas).

Encaminhar o material para o laboratório na manhã do quinto dia. Este material pode ser

estocado por 24 horas no máximo após a coleta.

- Caso o paciente sofra de obstipação intestinal, prolongar o regime por mais um ou dois

dias e proceder conforme instruções acima. Se ainda assim, não conseguir evacuar,

pode-se utilizar supositórios de glicerina.

- As fezes não poderão se misturar com urina, devendo o paciente tomar esse cuidado.

- Ficam proibidas as bebidas alcoólicas, refrigerantes e água mineral com gás.

- Água pode ser bebida à vontade em qualquer fase do regime.

- Os medicamentos que possam alterar o trânsito intestinal, devem ser suspensos com a

concordância médica.

- Dependendo da idade dos pacientes, variações do regime devem ser analisadas, de

acordo com a dieta atual, caso a caso.

Estabilidade da amostra: até 2 4 horas sob refrigeração.

Método: segundo M.Padua Vilela.

Valores de Referência:

I) Caracteres Organolépticos:

a) Aspecto: Homogêneo c) Cor: Parda

b) Consistência: Formada e macia d) Odor: próprio

e) pH: 6,0 a 7,0

II) Elementos Macroscópicos:

a) Fragmentos de cenoura: ausentes e) Muco: ausente

b) Fragmentos de batatas: ausentes f) Sangue: ausente

c) Tecido conjuntivo animal: ausentes g) Pus: ausente

d) Fragmentos de carne: ausentes h) Gordura (óleo): ausente

III) Elementos Microscópicos:

IIIA) Elementos corados pelo Lugol:

a) Amido amorfo: ausente c) Amido cru: ausente

b) Amido incluído: ausente d) Flora Iodófila: Ausente

GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: uso de medicamentos que alterem a absorção ou motilidade intestinais.

Indicações: identificação das principais síndromes coprológicas, como distúrbios motores intestinais

(constipação, diarréia do cecum, diarréia do delgado), distúrbios motores com reação de mucosa (quadros de

fermentação, colites e falsas diarréias) e insuficiências digestivas gástricas, biliares e pancreáticas.

Informações importantes: idade, sexo, medicações em uso e tipo de seguimento da dieta.

_______________________________________________________________________________________

COPROPORFIRINAS URINÁRIAS (inclui Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Copro P.

Material e conservação para envio: urina (mínimo de 100 mL) ao acaso ou urina de 24 horas (alíquota de 100

mL do volume total). Informar o volume total coletado. Enviar sob refrigeração. Para toxicologia ocupacional o

horário da coleta não é crítico. Proteger da luz.

Instruções para coleta: é recomendado a coleta ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 15 dias de

exposição.

121

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

IV) Elementos não corados pelo Lugol:

a) Celulose digerida: Ausentes d) Cristais: Ausentes

b) Celulose não-digerida: Ausentes ou Raras e) Tecido conjuntivo liso: Ausentes

c) Fibras musculares: 1 - Mal digerida: ausentes f) Leucócitos: Ausentes

2 - Bem digerida: ausentes g) Hemácias: Ausentes

PRINCIPAIS SÍNDROMES COPROLÓGICAS SEG. GOIFFON

Síndromes

Coprológicas

Odor

Cor

P.S

pH

Est

Bil.

FM

TC

Cel.Dig/

Indigest.

Amido

AG

GN M FI

Evacuação

Normal

Pr

1

N

> 7

+

-

R

-

-/+

-

-

- - -Obstipação

F

1

A

> 7

+

-

R

-

-

-

-

- - -Evacuação

Prematura (conteúdo normal)

But

2

D

6-7

+

-

R

-

++

++

+/-

- - ++

Evacuação Prematura

Conteúdo Int.delgado

F

3

D

= 7

-

+ +

+

-

+++

+++

++

++ - +

Insuficiência

Gástrica

P

1

N

> 7

+

-

+

++

-

-

-

- - -Insuficiência

Pancreática

But

2

N

> 7

+

+/-

+++

-

+++

+++

+/-

+++ - -Insuficiência

Biliar

But

4

N

> 6

-

-

+/-

-

-

-

+++

+/- - -

Colite com

Diarréia

But

1

D

> 7

+

-

+/-

-

++

+

-

- +/- +

Colite com

Obstipação

Put

5

A

> 7

+

-

+/-

-

-

-

-

- + -Falsa diarréia

Fet

5 D > 7

+ - +/-

- - - - - +/- -Fermentação Az 2 D > 7 + - +/- - + + - - - +++

UlceraçãoIntestinal

Fet 4 D 5-7 +/- +/- +/- - + + - - +++ +

1 - Castanha Pr - próprio A - aumentado - Ausente2 - Amarela But - Butírico D - Diminuído +/- Traços 3 - Amarelo-escura Fet - Fétido N - Normal ++ Moderada4 - Branca Az - Azedo +++ Abundante

PS - peso seco Est - Estercobilina Bil - Bilirrubina FM - Fibras Musculares TC - Tecido conjuntivo AG - Ácidos Graxos GN - Gorduras Neutras M - Muco FI - Flora IodófilaCel Dig/Indigest. – Celulose Digestível/Indigestível.

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Valores de referência: reação negativa.

Interferências: bromossulfaleína, intoxicações por ácido acetilsalicílico, fenformina e ácido valpróico.

Indicações: a acetona, o ácido acetilacético e o ácido beta-hidroxibutírico são formados no tecido hepático e são

produtos da quebra dos ácidos graxos de cadeia longa. São encontrados sob ação cetogênica de uma série de

hormônios, como o cortisol, o glucagon, as catecolaminas, o HGH, o ACTH e o TSH, que estimulam a lipólise e a

entrada dos ácidos graxos livres no fígado. A insulina, a vasopressina, a ocitocina e a glicose têm ação inversa e

são considerados antilipolíticos. A hiperprodução dos corpos cetônicos torna-se um quadro grave, quando estes

ácidos tornam-se ionizados e no diabetes descompensado, o grande afluxo de íons H+ e a correspondente acidose

metabólica podem ser rapidamente mortais.

Na cetoacidose diabética a presença de corpos cetônicos traduz a insuficiência do tratamento insulínico. A

GRUPO SÃO CAMILO

122

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria UV-VIS.

Valores de Referência: não expostos : até 150 mcg/L

IBPM : 200 mcg/L

Interferências: não há referências específicas e de importância.

Indicações: o chumbo inibe a coproporfirinogênio descarboxilase aumentando os níveis de coproporfirina nas

hemácias e na urina. A coproporfirina se eleva tardiamente quando os níveis de chumbo no sangue ultrapassa o

valor de 40 mcg/dL. Como a coproporfirina pode se elevar em hepatopatias, febre reumática, intoxicações por

vários outros metais pesados, como Mercúrio, Zinco, Prata, Ouro, etc e ainda consumo elevado de bebidas

alcoólicas, ela tem baixa especificidade e sensibilidade para monitorar intoxicações por chumbo.

Eleva-se nos quadros de porfirinas, que são doenças relacionadas à deficiência enzimática da biosíntese da

heme, provocando sinais e sintomas variáveis, cutâneos, nervosos e abdominais. A produção do heme passa por

6 passos, com 6 enzimas.

Variações Patológicas:

Porfiria aguda intermitente, Porfiria variegata, Coproporfirina hepática, Porfiria cutânea tardia, Porfiria

eritropoiética ou doença de Gunther, Protoporfiria eritropoiética, Coproporfiria, saturnismo, anemias

refratárias, acometimentos hepáticos, deficiência de vitamina B2 e PP.

Informações importantes: tempo de exposição, quadro clínico, medicação utilizada.

_______________________________________________________________________________________

CORPOS CETÔNICOS NA URINA

Sinônimo mais usado: cetonúria

Material e conservação para envio: urina ao acaso, no mínimo 10 mL, colocado em frasco, de tal forma não

deixar espaço vazio interno, para se evitar a evaporação dos elementos cetônicos(transformação principalmente

do ácido acetoacético em acetona), sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide Material e conservação para envio.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração em frasco bem tampado.

Método: fitas reagentes, com reação do nitroprussiato de sódio, em meio ácido, que reage com o acetoacetado e

acetona (as tiras de urina não reagem bem com o beta-hidroxibutirato das dosagens sangüíneas). A reação é

positiva com a mudança para a cor roxa, sendo a intensidade proporcional à concentração:

Intensidade da reação valores aproximados

+ 0,10 g/L a 0,30 g/L

++ 0,30 g/L a 0,80 g/L

+++ > 0,80 g/L

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cetoacidose grave do DM produz uma polipnéia de Kussmaul e os sinais laboratoriais se apresentam com uma

hiperglicemia superior a 400 mg/dL, com cetonemia e cetonúria. Neste quadro o pH arterial está baixo, com

queda do bicarbonato e um ânion gap elevado.

Outras situações com corpos cetônicos na urina:

Jejum prolongado, exposição prolongada ao frio, exercícios muito intensos. Nos quadros febris, de pacientes

debilitados, cujas reservas glicogênicas hepáticas estejam diminuídas. Vômitos intensos. Gravidez, doenças

metabólicas congênitas, como Síndrome de Fanconi, doença de Von Gierke (glicogênese do tipo I).

Na acidose láctica a transformação do acetoacetado em beta-hidroxibutirato leva a um teste urinário fraco ou

negativo, com cetonemia elevada.

Informações importantes: idade e sexo, medicação atual, possíveis estados tóxicos e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CORPÚSCULOS DE HEINZ

Sinônimo mais usado: corpos de Heinz (Heinz bodies)

Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, sob refrigeração. Recomenda-se a produção de

dois esfregaços em lâmina de microscopia, fixados por 5 minutos só com o primeiro reagente da coloração

panótica. Enviar no porta-lâminas.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: coloração de azul de cresil brilhante ou coloração de violeta de metila.

Valores de referência: corpúsculos de Heinz ausentes.

Interferências: não há referências.

Indicações: os corpúsculos de Heinz são formados dentro das hemácias pela denaturação e precipitação das

cadeias de globinas que se separam do núcleo heme, quando a hemoglobina sofre oxidação. São inclusões

pequenas, arredondadas, próximas à membrana eritrocitária, podendo estar isoladas ou coalescentes. A maior

parte das hemácias com corpúsculos de Heinz são rapidamente seqüestradas pelo baço.

Podem-se encontrar corpúsculos de Heinz nas anemias hemolíticas de diversas etiologias, deficiência de G6PD,

com hemoglobinas instáveis, nas intoxicações por drogas, principalmente por sulfa e seus derivados, em

pacientes esplenectomizados, talassemia major, etc.

Informações importantes: quadro hematológico e clínico do paciente.

_______________________________________________________________________________________

CORTISOL SÉRICO

Sinônimo mais usado: 17-Hidroxicorticosterona

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 6 horas, entre 7 e 9 horas da manhã, após

repouso de no mínimo 30 minutos, no próprio laboratório. Outros horários podem ser solicitados, como às

16:00 horas e 24:00 horas. Em todos os horários o repouso de 30 minutos antes da coleta deve ser observado.

Em testes realizados no nosso laboratório, com pacientes com veia cateterizada por escalpe e pacientes com

coleta realizada sem escalpe durante o repouso, não se observou variações significativas entre as duas formas

de colheita.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

123

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI124

Valores de Referência: (em mcg/dL):

Faixas etárias Homens Mulher

Neonatal 6,9 – 50,0 7,4 – 40,0 1 a 10 anos 3,5 – 27,0 4,1 – 26,0

11 a 14 anos 4,8 – 27,0 5,5 – 27,0 15 a 19 anos 6,5 – 28,0 6,6 – 27,0 Adultos 4,3 – 22,4 4,3 – 22,4

Cortisol conforme o horário de coleta: (mcg/dL)

16:00 horas 3,1 – 16,6 17:00 horas 2,0 – 11,5 18:00 horas 2,0 – 10,7

ACTH e Cortisol após estímulo com Desmopressina:

Coletas : Basal, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos: Resposta positiva ocorre quando é observado um incremento

maior que 50% do valor basal para o ACTH e/ou maior do que 20% para o Cortisol.

Interferências: outros horários de coleta que não tem valores referenciais definidos, falta de repouso antes da coleta,

uso de certos medicamentos como Fenitoína, Fenobarbital, Primidona, Ácido Valpróico, alcoolismo, gestação,

obesidade, estados de depressão, mesmo sem medicação específica, stress, estados infecciosos, dor, pós-operatório

imediato. Alteração do ciclo circadiano no início e primeiros dias do término do horário de verão. Outros

medicamentos elevam os níveis do cortisol em qualquer dos horários prescritos, como anfetaminas, corticotrifinas,

Cortisona, Hidrocortisona, Nicotina, anticoncepcionais orais, Prednisolona, Prednisona e estrógenos. Diminuições

podem ocorrer com a Dexametasona, Levodopa, Lítio e Metirapona.

Indicações: diagnóstico laboratorial dos estados de hiperfunção adrenal, como síndrome de Cushing e na

Hipofunção adrenal, como a Síndrome de Addison. Níveis elevados à meia-noite (> 7,5 mcg/dL) são

patognomônicos de Cushing, enquanto níveis inferiores a 5 mcg/dL a excluem. Níveis inferiores a 5 mcg/dL nas

coletas entre 8 e 9 horas da manhã são patognomônicos de insuficiência adrenal.

Informações importantes: medicação atual, idade, sexo, estado gestacional, horário da coleta, tempo de

repouso, etc.

_______________________________________________________________________________________

CORTISOL LIVRE URINÁRIO

Sinônimo mais usado: Cortisol livre

Material e conservação para o envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Informar o

volume total da coleta. Não utilizar qualquer tipo de conservante. Coletar e enviar em frasco plástico.

Instruções para coleta: coletar o volume urinário de 24 horas, mantendo-se todos os volumes urinários em um

só frasco, sob refrigeração por todo o período de coleta.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

a) urina de 24 horas:

Crianças 12,0 – 90,0 mcg/24 hs Adolescentes 25,0 – 187,0 mcg/24 hs Adultos 55,5 – 286,0 mcg/24 hs

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125

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

b) urina ao acaso mcg/g de creatinina:

Adultos : 33 a 39 mcg/g de creatinina ou 6,0 a 60 mcg/dL.

Crianças : 30 a 99 mcg/g de creatinina

Interferências: somente o alcoolismo crônico é capaz de produzir valores falsamente elevados do cortisol livre.

Indicações: é o melhor exame para confirmação da presença ou ausência de hipercorticalismo. Alguns autores

recomendam que sejam feitas de 2 a 3 dosagens do cortisol livre urinário, pois pode haver erro de coleta e

variação diária do cortisol livre.

Informações importantes: quadro clínico, estado gravídico, idade, sexo, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CORTISOL SALIVAR

Sinônimo mais usado: cortisol na saliva

Material e conservação para envio: pode-se coletar com tampão de algodão que é colocado entre o maxilar

superior e a bochecha, próximo da saída do canal de Stenon. Deixar em impregnação por 30 minutos. Colocar o

tampão dentro de um tubo de coleta e centrifugar por 10 minutos a 2000 rpm. Separar o sobrenadante para outro

tubo de coleta. Enviar refrigerado. Outra possibilidade é recolher por 30 minutos a saliva, diretamente em uma

placa de Petri, sempre tampando-a anos intervalos de coleta. Todo o volume obtido deve ser centrifugado e

enviar, sob refrigeração, somente o sobrenadante.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.

Método: eletroquimioluminescência.

Valores de Referência: 7:00 às 9:00 horas : 3,30 a 32,00 nmol/L

às 16:00 horas : 0,56 a 6,20 nmol/L

às 23:00 horas : < 3,60 nmol/L

Interferências: estados de stress, gravidez, exercício físico, tabagismo, estados de má-nutrição, alcoolismo e

obesidade podem elevar os níveis do cortisol. Este teste foi desenvolvido para coletas noturnas.

Indicações: diagnóstico laboratorial da síndrome de Cushing .

Informações importantes: horário da coleta, sexo, idade e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CREATINA SÉRICA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: Feminino Masculino

Até 30 dias . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL Até 30 dias . . . . . . : 0,5 a 1,2 mg/dL

Até 03 anos . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL Até 03 anos . . . . . : 0,4 a 0,7 mg/dL

04 a 09 anos . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL 04 a 09 anos . . . . . : 0,5 a 0,9 mg/dL

10 a 15 anos . . . . : 0,6 a 1,1 mg/dL 10 a 15 anos . . . . . : 0,6 a 1,2 mg/dL

16 a 18 anos . . . . : 0,8 a 1,2 mg/dL 16 a 18 anos . . . . . : 0,8 a 1,4 mg/dL

19 a 59 anos . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL 19 a 59 anos . . . . . : 0,4 a 1,3 mg/dL

> 59 anos . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL > 59 anos . . . . . : 0,6 a 1,5 mg/dL

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Interferências: hemólise e lipemia.

Indicações: a creatina é uma proteína muscular cujos índices séricos são diretamente dependentes da massa

muscular e da atividade da enzima creatinofosfoquinase. A creatina é filtrada pelos glomérulos e depois é quase

totalmente reabsorvida pelos túbulos renais. Fisiologicamente a creatina varia com regime de carnes, perdas ou

ganhos de massa muscular, diminui com a idade, varia com o crescimento do indivíduo e se eleva na gravidez.

Suas variações patológicas apresentam elevações dos níveis na mionecrose, miopatias (miosites),

hipertireoidismo e corticoterapia. Diminuições ocorrem no hipotireoidismo.

Informações importantes: medicação atual (principalmente corticosteroides).

_______________________________________________________________________________________

CREATININA SÉRICA

Sinônimo mais usado: creatininemia

Material e conservação para o envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI126

Masculino

Até 30 dias

Até 03 anos

04 a 09 anos

10 a 15 anos

16 a 18 anos

19 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

> 79 anos

0,5 a 1,2 mg/dL

0,4 a 0,7 mg/dL

0,5 a 0,9 mg/dL

0,6 a 1,2 mg/dL

0,8 a 1,4 mg/dL

0,4 a 1,3 mg/dL

0,7 a 1,4 mg/dL

0,8 a 1,5 mg/dL

0,6 a 1,5 mg/dL

Faixa etária Feminino

0,5 a 0,9 mg/dL

0,4 a 0,7 mg/dL

0,5 a 0,9 mg/dL

0,6 a 1,1 mg/dL

0,8 a 1,2 mg/dL

0,4 a 1,3 mg/dL

0,6 a 1,1 mg/dL

0,6 a 1,5 mg/dL

0,6 a 1,4 mg/dL

Interferências: drogas nefrotóxicas: ciclosporina, metais pesados como arsênico, bismuto, cobre, ferro, lítio,

mercúrio, ouro, chumbo e tálio, analgésicos como fenacetina, salicilatos, fenilbutazona, antimicrobianos, como

aminoglicosídios, cefalosporinas, anfotericina B, colistina, eritromicina, solventes orgânicos, ciclofosfamida,

furosimide, manitol, quinina, ácido ascórbico em altas doses, levedopa, metildopa, glicose EV, Frutose EV,

corticosteróides e nitrofuranos.

Indicações: avaliação e seguimento de pacientes com insuficiência renal.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CREATININA URINÁRIA DE 24 HORAS

Sinônimo mais comum: creatininúria

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Não esquecer de

anotar o volume total de 24 horas.

Instruções para coleta: coletar todo o volume urinário por período de 24 horas, em frasco plástico, mantido sob

refrigeração durante todo o período de coleta.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

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Interferências: vide Creatinina sérica.

Indicações: auxiliar no estudo da função renal.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CREATININA URINÁRIA – AMOSTRA AO ACASO

Sinônimo mais usado: Creatininúria ao acaso

Material e conservação para envio: 10 mL de urina sob refrigeração. O horário de coleta é livre.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: Homens : 80 a 260 mg/dL ou 14 a 26 mg/kg/dia.

Mulheres : 55 a 180 mg/dL ou 10 a 20 mg/kg/dia.

Interferências: vide o item de Clearance de creatinina

Indicações: vide o item de Clearance de Creatinina.

Informações importantes: vide o item de Clearance de Creatinina.

_______________________________________________________________________________________

CREATININA NO LÍQUIDO AMNIÓTICO

Sinônimo mais comum: creatinina amniótica.

Material e conservação para envio: 2 mL de LA sob refrigeração sob proteção da luz.

Instruções para coleta: material coletado pelo(a) médico(a)-assistente .

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico

Valores de Referência:(em mg/dL):

Feto imaturo < 1,5

Valores limítrofes 1,5 – 2,0 Maturidade fetal > 2,0

127

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Método: espectrofotometria

Valores de Referência:

Para intervalo de confiança de 97,5%

Valores para adultos:

Homens 800 – 2000 mg/24 horasMulheres 600 – 1800 mg/24 horas

Valores pediátricos: em mg/dL: 3 a 8 anos 110 – 680 mg/24 horas 9 a 12 anos

170 – 1410 mg/24 horas

13 a 17 anos 290 – 1870 mg/24 horas

Interferências: acidentes de punção.

Indicações: avaliação da maturidade renal fetal.

Informações importantes: idade gestacional, condições de punção, idade da gestante.

_______________________________________________________________________________________

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CREATININA – CLEARANCE

Sinônimo mais usado: Depuração da creatinina.

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração e 2 mL de soro

sob refrigeração, coletados no final do período de coleta de 24 horas.

Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, sob refrigeração sem conservantes.

Coletar o sangue pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada. Como os valores do Clearance de Creatinina podem variar muito, resultados não condizentes

com o quadro clínico podem ser rapidamente conferidos, com Clearance de 2 horas, colocando-se o paciente em

repouso absoluto, e fornecendo-lhe 10 mL de água por kg de peso, até o volume máximo de 750 mL. Recolher

todas as amostras de urina emitidas neste período, pedindo para o paciente esvaziar totalmente a bexiga antes da

ingestão da água e solicitando que colete totalmente o volume de 2 horas, principalmente a última coleta aos 120

minutos após a ingestão da água. Coletar o sangue no final do período de coleta (2 horas).

Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração e 2 meses de congelamento. Urina: 5 dias sob

refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: Homens : 85 a 125 mL/minuto/1,73 m²

Mulheres : 75 a 115 mL/minuto/1,73 m²

Crianças : 70 a 140 mL/minuto/1,73 m²

Nota: após os 40 anos pode-se perder até 6 a 7 mL/minuto/1,73 m² para cada 10 anos de idade.

Interferências: Elevações: Furosemide, Metilprednisona, Carbenoxolona, Levodopa, Etanol. Períodos

prolongados de estocagem da urina, pois contaminações bacterianas podem transformar a creatina em creatinina

elevando falsamente os seus níveis.

Diminuições: tiazídicos, efeitos transitórios do tetrahidrocanabinol (THC), Heroína, metais

pesado, analgésicos, alguns antibióticos e solventes orgânicos.

Indicações: Avaliação da função renal.

Informações importantes: peso e altura, sexo, idade, medicação atual e período de coleta.

_______________________________________________________________________________________

CREATINOFOSFOQUINASE – CK

Sinônimo mais usado: CPK

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências.

Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: cinético-enzimático UV.

Valores de Referência:

Valores Pediátricos (UI/L): Faixa etária Masculino FemininoAté 1 ano 2 – 1501 a 9 anos 2 – 14510 18 anos

2 –

1832 – 1802 – 220 2 – 144

Valores de adultos (UI/L): Faixa etária Masculino Feminino19 a 59 anos

60 a 69 anos 70 a 79 anos > 79 anos

26 a 189 U/L50 a 192 U/L39 a 185 U/L44 a 182 U/L

26 a 155 U/L37 a 154 U/L37 a 148 U/L32 a 158 U/L

GRUPO SÃO CAMILO

VI128

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Interferências:

a) Variações fisiológicas: esforço muscular : pode aumentar 2 a 3 vezes os níveis basais, injeções

intramusculares antes da coleta do sangue (aumento de até 2 vezes do valor basal do paciente), biópsias

musculares (aumento de 2 a 3 vezes).

b) Variações patológicas: no hipotireoidismo a fração MM está aumentada, assim como nos acometimentos

musculares como traumatismos, processos inflamatórios, miosites, etc, nos tumores a fração BB está elevada,

como em tumores cerebrais, pulmonares, musculares, prostáticos, vesicais, adenocarcinomas do seio,

estômago, intestinos e nas infecções meníngeas.

Indicações: as principais indicações para a determinação do CK é o infarto do miocárdio (com pico máximo entre 9 e

24 horas após o infarto, podendo atingir até 5 vezes os valores normais, com retorno aos valores normais em 3 a 6 dias

(o aumento da CK-MB, para caracterizar processo miocárdico deve ser superior a 5% do CK total). Miopatias do tipo

Duchenne-Boulogne apresenta aumento da CK-MM detectável desde os primeiros dias de vida.

Informações importantes: medicação utilizada e via de aplicação, idade, sexo e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CREATINOFOSFOQUINASE – FRAÇÃO MB

Sinônimo mais usado: CK-MB

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas; lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada, salvo urgências.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: cinético-enzimático UV.

Valores de Referência: até 24 UI/L

Interferências: vide Creatininofosfoquinase.

Indicações: inicia a elevação 4 a 8 horas após o infarto do miocárdio, com pico máximo entre 12 a 24 horas. Sua

normalização ocorre entre 2 a 3 dias. Representa 20% do CK total no músculo cardíaco. Macro-CK-MB é um

complexo de imunoglobulina e CK-MB pode produzir valores de CK-MB acima do CPK total, geralmente sem

significado clínico.

Informações importantes: sexo, idade, quadro clínico e medicação atual.

Índice relativo de CK - MB = (CK-MB x 100) ÷ CK (total)

Valores de Referência: até 5%

_______________________________________________________________________________________

CRIOAGLUTININAS

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro e 2 mL de sangue total em EDTA, a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente. Com temperatura ambiente abaixo de 15°C, coletar

com a seringa e tubo de coleta pré-aquecidos, separar o soro o mais rapidamente possível, e manter o soro em

banha-maria a 37°C , até o momento do envio, que deve ser feito a temperatura ambiente.

Método: microaglutinação.

Valores de Referência: até 1/32 da diluição do soro.

Interferências: baixas temperaturas ambiente, conservação do soro sob refrigeração, uso de antibióticos.

Indicações: Infecções por Mycoplasma pneumoniae, pneumonia atípica, mononucleose, doenças auto-imunes,

Mieloma múltiplo, Doença de Waldenstron, algumas neoplasias, etc.129

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico.

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CRIOFIBRINOGÊNIO

Sinônimo mais usado: Fibrinogênio crio.

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poderão coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 horas a temperatura ambiente.

Método: coagulométrico

Valores de referência: < 0,5 g/L.

Interferências: temperaturas inferiores a 15°C .

Indicações: coagulopatias, doenças malignas, esclerodermia, doenças linfoproliferativas, infecções, etc.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CRIOGLOBULINAS- PESQUISA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 24 horas a temperatura ambiente.

Método: precipitação reativa.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: manutenção do material em temperatura inferior a 15°C.

Indicações: as crioglobulinas podem aparecer no Mieloma Múltiplo, Mieloma de Waldenstron, Doença da

cadeia pesada, doença linfoproliferativas, leucoses, neoplasias, doenças auto-imunes, processos infecciosos,

principlamente infecções pulmonares.

As Crioglobulinas podem ser divididas em 3 tipos principais:

a) Tipo I (monoclonal):

Composição: IgM, IgG , IgA ou Proteínas de Bence-Jones (cadeias leves tipo Kappa ou Lambda): Mieloma e

Macroglobulinemia de Waldenströn.

b) Tipo II (Mista):

Composição IgM-IgM, IgG-IgG ou IgA-IgG: Artrite Reumatóide, Síndrome de Sjögreen, Crioglobulinemia

essencial mista.

c) Tipo III (Policlonal Mista):

Composição: IgG-IgM,IgG-IgA-IgM: LES, A.R. Síndrome de Sjögreen, Mononucleose, Citomegalia, Hepatite

viral aguda e crônica ativa. Cirrose Biliar Primária, GNDA pós-estreptocóccica, Cirrose Biliar Primária,

Endocardite, Hanseníase, Síndrome esplenomegálica Tropical, Pneumonite Intersticial por Micoplasma.

Informações importantes: sexo, idade, medicação e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CRIPTOCOCCUS - PESQUISA

Sinônimo mais usado: criptococcose

GRUPO SÃO CAMILO

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Material e conservação para envio: 2 mL de LCR ou 2 mL de escarro, ou raspado de lesões de mucosa e/ou

pele, coletados em swabs de alginato, bastante umidecido, sob refrigeração. Os tubos de coleta devem estar muito

bem tampados, reforçados com fita adesiva.

Instruções para coleta: O LCR deve ser coletado esterilmente, em frasco estéril fornecido pelo Laboratório,

pelo médico-solicitante. O escarro deve ser coletado pela manhã, antes do paciente levantar, após inspiração

profunda, com ou sem inalação, recolhido em frasco estéril de boca larga. Após liquefação do escarro, passa-lo para

tubo de coleta, estéril e bem tampado. Para ser aceito o escarro, como material significativo, deverá ser mais

leucócitos que células descamativa, 4:1. Os raspados de lesões de mucosa e/ou pele , devem ser feitos com o swabs

de alginato e haste de plástico, principalmente nas bordas das lesões. Nestes casos a cultura em meio próprio, com

antibióticos para inibir o crescimento bacteriano, deverá ser mais significativa que a pesquisa direta.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: a criptococose no SNC, pode ser evidenciada através do LCR, que geralmente é positiva na pesquisa

direta, com tinta Nankin. Os casos negativos devem ser cultivados em Sabouraud com cloranfenicol e

gentamicina a temperatura ambiente e a 36°C. O escarro (Blastomicose Européia) deverá ser sempre cultivado

em meio próprio. As lesões mucosas e/ou pele serão sempre cultivadas, pois dificilmente dão positivas na

pesquisa direta.

Valores de Referência: pesquisa e cultura negativas.

Interferências: uso de medicação anti-fúngica.

Indicações : diagnóstico de infecções por Cryptococcus sp, principalmente Cryptococcus neoformans.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual ou pregressa.

_______________________________________________________________________________________

CRIPTOCOCCUS – POLISSACARÍDEOS - PESQUISA

Sinônimo mais usado: Polissacarídeos de Criptococcos.

Material e conservação para envio: líquor por coleta médica, escarro (primeiro escarro do dia, coletado antes do

paciente se levantar pela manhã). Manter sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: aglutinação de látex sensibilizado.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: não há referências.

Indicações: pesquisa dos polissacarídeos dos criptococos em casos onde o número de fungos é inferior à

sensibilidade das pesquisas diretas.

Informações importantes: dados clínicos.

_______________________________________________________________________________________

CRIPTOSPORÍDIOS E OUTROS PROTOZOÁRIOS FECAIS

Sinônimo mais usado: pesquisa de criptosporidiose.

Material e conservação para envio: fezes recentes, principalmente líquido-pastosas ou líquidas. “In natura”

pode ser conservadas sob refrigeração por 4 horas, transportadas em caixas de Isopor. Para períodos maiores,

deve-se preparar 4 a 5 lâminas de microscopia, produzindo esfregaços não espessos, que devem ser fixados em

álcool-ácido (o mesmo da coloração de Ziehl-Neelsen) por 5 a 10 minutos. Enviar lâminas em protetores de plástico.

Instruções para coleta: coletar fezes recentes em potes estéreis fornecidos pelo laboratório.

Não há dieta e horário crítico para a coleta. Paciente não pode estar utilizando medicamentos específicos contra

protozoários fecais ou medicamentos que bloqueiem o trânsito intestinal. Alguns autores recomendam o mínimo

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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de três coletas com intervalo de 3 a 4 dias. Deve-se evitar conservar em formol, devido à retração que o formol

produz nos protozoários em questão.

Estabilidade da amostra:“In Natura” até 4 horas sob refrigeração. Fixadas às lâminas, tempo indeterminado.

Método: coloração segundo Ziehl-Neelsen modificada.

Valores de Referência: pesquisa Negativa.

Interferências: vide instruções para coleta.

Indicações: diagnóstico de criptosporidiose. Os criptosporidios podem causar diarréias tanto em pacientes

imunocompetentes como em imunodeprimidos, porém, nestes últimos o quadro é mais severo e toma

características de cronicidade, podendo em pacientes com AIDS, produzir quadros graves de colangiopatias,

com febre, dor e colestase.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CRISTAIS – PESQUISA

Sinônimo mais usado: cristais urinários

Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina ao acaso, refrigerada.

Instruções para coleta: urina ao acaso.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: M.O.C.

Valores de Referência: ausência de cristais patológicos.

Interferências: contaminação bacteriana e presença de cristais medicamentosos.

Indicações: alguns pesquisadores consideram o seu estudo como parte da avaliação prognóstica de indivíduos

com litíase frequente ou portador de doença litogênica de fundo hereditário. Outros acreditam que a presença de

cristais de forma frequente ou permanente possa ser um fator de risco a ser considerado nos quadros de litíase

renal ou mesmo na nefrocalcinose que pode anteceder insuficiência renal.

Os cristais podem ser divididos em três grupos:

a) Cristais não patológicos: são cristais que são frequentemente encontrados no sedimento urinário e

que não representa risco de litíase renal. São esses: uratos e fosfatos amorfos, oxalato de cálcio,

fosfatos de cálcio, ácido úrico, carbapatitas, Fosfato de Magnésio e Amônio.

b) Cristais medicamentosos: ribavirina, sulfonamidas, quinolonas, aminopenicilinas, contrastes

radiológicos, etc.

c) Cristais patológicos: a sua presença está fatalmente ligada a uma doença renal ou associada: cistina

(cistinúria-lisinúria), tirosina (tirosinose), Leucina (doença de Hartnup), xantina (xantinúria

familiar), Oxalato de cálcio hidratado (dependente da concentração do cristal na urina).

Informações importantes: medicação atual e litíase renal anterior.

_______________________________________________________________________________________

CROMATINA SEXUAL

Sinônimo mais usado: Pesquisa de cromossomo X.

Material e conservação para coleta: pedir que o paciente faça vários buchechos com água filtrada. Secar a mucosa

com gaze. Se o paciente for muito pequeno, limpe a mucosa oral com gaze umedecida e depois seque-a com gaze.

Coletar o raspado de mucosa oral, com escovinha do tipo endocervical, montando os esfregaços nas lâminas, sempre na

mesma direção, rodando lentamente a escovinha, tanto para coletar, como na montagem do esfregaço. Deve-se coletar

em jejum pela manhã. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Fixar as lâminas

imediatamente após a coleta, em etanol a 95%, por 2 a 4 horas. Deixar secar e transportar em porta-lâminas de plástico.

GRUPO SÃO CAMILO

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Instruções para coleta: vide item anterior.

Método: Harris-Schorr modificado e coloração de Tiamina após digestão celular.

Valores de Referência: segundo a Sociedade

Brasileira de Hematologia e Hemoterapia:

Homens : até 5% de células com corpúsculos de Walker-Barr.

Mulheres : acima de 17%.

Interferências: infecções orais ou acúmulo de bactérias não removidas na limpeza ou ainda restos alimentares,

incluindo leite.

Indicações: diagnóstico laboratorial de anomalias do cromossomo X.

Informações importantes: suspeita clínica.

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CROMATOGRAFIA DE AMINOÁCIDOS - NEONATAL/QUALITATIVA

( Ver Aminoácidos – Cromatografia – Plasma – Urina)

_______________________________________________________________________________________

CROMO SANGÜÍNEO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: cromo no sangue.

Material e conservação para envio: 5 mL de soro, em tubo próprio para toxicologia. Não utilizar frascos com

gel separador. Manter refrigerado.

Instruções para coleta: Jejum não é obrigatório. Para análise operacional o colaborador deve estar há pelo

menos um mês na função, sem afastamento. O horário da coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: 0,05 a 0,50 mcg/L

Interferências: amostras inadequadas, como baixo volume de soro, coleta em tubo não específico, coágulos ou

falta de refrigeração.

Indicações: O cromo é um oligoelemento, que sempre está em concentrações muito baixas no sangue humano.

Valores mais elevados indicam exposição ambiental, geralmente funcional, em galvanoplastia, indústrias

petroquímicas, da borracha, nas cerâmicas, fotocopiadoras, fábricas de baterias e cimento. O Cromo costuma

causar dermatites de contacto, eczemas, úlceras de pele e mucosas, broquiolites e nefrites do tipo intersticial.

Informações importantes: profissão, tempo de trabalho e freqüência de contacto.

_______________________________________________________________________________________

CROMOGRANINA - A

Sinônimo mais usado: secretogranina I

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: radioimunoensaio.

Valores de Referência: até 6 nmol/L

Interferências: não há referências.

Indicações: forma um grupo de proteínas que estão presente em tecidos neuroendócrinos. Tem uma função de

marcador tumoral para neoplasia endócrinas como feocromocitoma, síndrome carcinoide, carcinoma medular

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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da tireóide, carcinoma de células da ilhota do pâncreas, neoplasia endócrina múltipla, adenomas hipofisários,

etc.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CROMO NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: cromo urinário.

Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina em frasco novo de PVC, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar a urina no final da jornada semanal de trabalho, fora do ambiente de trabalho. O

funcionário deve trocar de uniforme, lavar bem as mãos e genitais, e coletar a urina sem encostar na boca do

frasco de coleta.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: População em geral (não-exposta) : até 5 mcg/g de creatinina

Indivíduos expostos ..........: IBMP: 30 mcg/g de creatinina.

Interferências: alterações no modo de coleta.

Indicações: monitoramento de indivíduos expostos ao cromo.

Informações importantes: profissão, tempo de trabalho, freqüência de contacto, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CROMOSSOMO PHILADELPHIA – TRANSLOCAÇÃO BRC-ABL

Sinônimo mais usado: cromossomo philadelphia.

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue da medula óssea em EDTA ou sangue total periférico em

EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, de segunda a quarta-feira, jejum não é necessário.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.

Método: Reação em Cadeia da Polimerase Reversa.

Valores de Referência: ausência da translocação.

Interferências : uso de medicação específica.

Indicações: A detecção da translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Philadelphia) caracteriza

geneticamente a Leucemia Mielóide Crônica (LMC). O exame serve para monitoramento do tratamento dos

pacientes com translocação.

Informações importantes: dados do último hemograma, quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CROMOSSOMO Y – MICRODELEÇÕES – ESTUDO GENÉTICO –PCR

Sinônimo mais usado: Microdeleções do Cromossomo Y

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: ausência das microdeleções no cromossomo Y.

Interferências: Hemólise.

Indicações: homens que apresentam azoospermia e oligozoospermia resistente a tratamento devem ser

submetidos a Pesquisa das Microdeleções do Cromossomo Y. Por volta de 12%, em média dos azoospérmicos

tem microdeleções, e 7%, em média acontece em homens com oligozoospermias refratárias a tratamentos.

Informações importantes: dados laboratoriais dos exames andrológicos, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

C-TELOPEPTÍDEO – CTX

Sinônimo mais usado: Telopeptídeo

Material e conservação para envio: 1 mL de plasma de EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Homens: até 50 anos : 0,016 – 0,590 ng/mL

50 a 70 anos : até 0,700 ng/mL

Acima de 70 anos : até 0,860 ng/mL

Mulheres: Pré-menopausa : 0,025 – 0,570 ng/mL

Pós-menopausa : 0,100 – 1,000 ng/mL

Interferências: hemólise e lipemia.

Indicações: o CTX é um metabólito da degradação do colágeno e funciona como um marcador de reabsorção

óssea. Valores elevados são encontrados em crianças, pacientes com osteroporose, osterodistrofia renal,

osteomalácia, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo e Doença de Paget. O seu uso como seguimento de

pacientes em tratamento tem demonstrado que as respostas à terapia de reposição é muito mais rápida que a

densitometria óssea.

Informações importantes: entre 5 e 8 horas da manhã os valores do C-Telopeptídeo são os mais elevados do dia.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA DE ESCARRO – QUANTITATIVA

Sinônimo mais usado: cultura de escarro

Material e conservação para envio: Mínimo de 1 mL de escarro em tubo de coleta estéril, bem tampado,

reforçado com fita adesiva. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: O paciente deverá coletar o escarro pela manhã antes de levantar.

Bochechar água filtrada por 3 a 4 vezes, antes da coleta para diminuir a flora microbiota oral. O paciente deverá

tossir com energia e profundamente para se obter material significativo, do trato respiratório inferior. Caso não

consiga, o paciente pode tentar novamente, fazendo moderada pressão com o dedo indicador, sobre a faringe,

exatamente na fúrcula do externo, com movimentos laterais, para estimular a tosse. Se mesmo assim não

conseguir um bom material, pode-se recorrer à inalação, com 10 mL de água destilada e ½ ampola de Fluimucil,

durante 15 minutos, sem interrupções, antes de novas tentativas de coleta. Evitar a coleta de saliva. Todo o

escarro antes de ser processado no Laboratório, é analisado para contagem de leucócitos e células descamativas.

Escarros com maior número de neutrófilos por campo de 400 X, em relação às células descamativas, maior é o

significado do material. Quanto maior o número de neutrófilos >25 por campo de 400X e mais próximo de zero as

células descamativas forem, mais é representativo o material.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

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Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.

Método: Microbiológico com semeadura através de diluições decimais significativas do escarro, até

1:100.000.000, pode indicar a maior probabilidade de se diagnosticar o agente patológico, em meios aeróbios e

anaeróbios.

Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias patogênicas.

Interferências: medicação antibiótica atual.

Indicações: infecções de vias aéreas inferiores.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA DE FUNGOS

Sinônimo mais usado: micológico completo.

Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, páginas 45 a 52.

Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,

páginas 45 a 52.

Estabilidade da amostra: idem.

Método: dependendo do fungo suspeito e do material coletado há uma gama grande de metodologias

micológicas, seguindo o princípio de cultura em meios de Saboraud, com ou sem antibióticos (para inibir a flora

bacteriana agregada) , meios próprios como Mycosel, Agar Alpiste, etc., exame bacterioscópico direto, que pode

auxiliar o diagnóstico e muitas vezes realiza-lo de forma definitiva, como encontro de corpos de frutificação em

micológico direto, Paracoccidioides brasiliensis no escarro ou lesões de pele ou mucosas, Cryptococcus sp no

exame do LCR com tinta nanquim, etc., anátomopatológico de lesões fúngicas, etc.

Valores de Referência: ausência de fungos .

Interferências: uso de antifúngicos sistêmicos e/ou tópicos, uso de soluções anti-sépticas tópicas.

Indicações: indicado para o diagnóstico laboratorial de fungos superficiais ou micoses profundas. Os fungos

mais freqüentes são: os dermatófitos, as leveduras com predomínio da Candida albicans, Cryptococcus

neoformans, Aspergillus sp, Paracoccidioides brasiliensis, Histoplasma capsulatum,etc.

Informações importantes: uso de medicamentos atuais, quadro clínico e a possibilidade de reinfecção .

Nota: quando a suspeita for leveduras, deve ser solicitada a sua identificação especificamente, pois os

prazos de entrega destes exames passam a ser menores.

Tanto quanto possível o Laboratório São Camilo emite os laudos de pesquisa ou cultura de fungos ao

nível de espécie.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA DE URINA (Ver Urina Cultura com contagem de colônias)

_______________________________________________________________________________________

CULTURA EM GERAL (Vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, páginas 15 a 43).

_______________________________________________________________________________________

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

CULTURA PARA ANAERÓBIOS

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: os materiais clínicos para cultura de bactérias anaeróbicas são

basicamente os que não passam por vias normais que têm flora bacteriana própria. Os materiais clínicos

aceitáveis para cultura de anaeróbios, são:

Aspirados com seringa e agulha de locais fechado, como coleções líquidas ou lesões rocim fechadas, Punção de

glândulas de Bartholin, Bile, Sangue para hemocultura, Escovado brônquico protegido, aspirado de fundo de

saco vaginal (culdocentese), aspirado de trompa de Fallopio, DIU para cultura de Actinomyces sp., aspirado de

material de ovário, Placenta via cesareana, aspirado sinusal, fezes para cultura de Clostridium difficile, swabs

obtidos intracirurgicamente, tecidos obtidos em cirurgias, aspirado transtraqueal, urina por aspiração

suprapúbica, aspirado endometrial.

Os materiais inaceitáveis são: lavados e aspirados bronco-pulmonares, pela contaminação final do oro-faringe,

Secreções cervicais, pela contaminação vaginal, Material endocervical, pelo mesmo motivo, Swabs do naso-

faringe, pela flora normal local, Materiais perineais abertos, escarro expectorado, induzido, pela flora da

cavidade bucal, fezes ou amostras retais, Swabs da garganta, aspirado por traqueostomia, pela flora local,

secreções uretrais devido pela flora local, urina por sonda ou por micção, devido a flora da uretra.

Outros materiais podem ser considerados utilizáveis devido à alternativas :

Materiais Alternativa ou comentário

Swabs de queimaduras ou ferimentos tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade

Descarga de colostomia recomenda-se não processar o material

Swabs de úlceras de decúbito tecido subcutâneo ou aspirado de serosidade

Secreção ou líquido de cateter de Foley recomenda-se processar com restrições

semeando o material clínico em diluições.

Locos placentários Idem

Lesões periodontais aspirados de abscessos fechados

Abscessos periretais idem

Swabs de úlceras varicosas aspirados de serosidades subdérmicas

Vômitos recomenda-se não processar os matérias

Instruções para coleta: vide tabela acima.

Estabilidade da amostra: em meio de cultura pré-reduzido fornecido pelo Laboratório São Camilo, o material

poderá ficar até 48 horas a temperatura ambiente. Materiais obtidos por punção em seringa e agulha podem

permanecer por 6 a 12 horas a temperatura ambiente.

Método: microbiológico em ambiente sem oxigênio.

Valores de Referência: negativo para bactérias anaeróbicas.

Interferências: uso de antibióticos específicos.

Indicações: diagnóstico laboratorial de bactérias anaeróbicas.

Informações importantes: local de coleta dos materiais clínicos.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA BAAR

Sinônimo mais usado: Cultura para BK

Material e conservação para envio: a) secreções pulmonares: escarro (expectorado, induzido), lavado

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brônquico. Enviar em 48 horas, em frasco muito bem tampado, sob refrigeração. b) Urina: jato médio da primeira

urina da manhã. Colocar o conteúdo de uma cápsula de Ácido Bórico para cada 50 mL de urina. Homogeneizar

bem a urina, sem formar espuma. Desta forma a urina, sob refrigeração, pode se conservar por até 48 horas. c)

Líquidos corporais ou coleções líquidas: LCR, líquido sinovial, ascítico, amniótico, esperma, coleções pleurais,

pericárdicas, etc. Enviar até 48 horas sob refrigeração. d) Sangue menstrual : coletar nos primeiros dias da

menstruação, com seringa, com a paciente em posição ginecológica. Enviar até 48 horas sob refrigeração.d)

Lavado gástrico: geralmente utilizado em crianças que não conseguem expectorar. Adicionar solução aquosa de

Bicarbonato de Sódio a 10% para alcalinizar o lavado (adicionar aproximadamente 1 mL de solução aquosa de

Bicarbonato para cada mL de lavado gástrico). Para outros materiais entrar em contacto com o laboratório.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: vide item acima.

Método: cultura em meio de Lowenstein-Jensen após liquefação, descontaminação e concentração dos

matérias.

Valores de Referência : ausência de crescimento de BAAR.

Interferências : medicação específica, contaminação na coleta.

Indicações: diagnóstico laboratorial de micobactérias e avaliação de pacientes em tratamento.

Informações importantes : medicação atual, local de coleta , etc.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA Campylobacter ssp.

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: as fezes devem ser colocadas em meio de Cary-Blair e em temperatura

ambiente até 48 horas.

Instruções para coleta: não há horário crítico para a coleta. Paciente deve estar sem medicação específica por

pelo menos 48 horas. Colocar 2 gramas de fezes no meio de Cary-Blair, escolhendo preferencialmente materiais

diarréicos, com muco, sangue e pus.

Estabilidade da amostra: vide item anterior.

Método: cultura em meios específicos e classificação sorológica de gênero.

Valores de Referência: ausência de crescimento de Campylobacter ssp.

Interferências: uso de antibióticos específicos.

Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Campylobacter ssp.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA COQUELUCHE (Bordetella pertussis)

Sinônimo mais usado : cultura de Bordet-Gengou

Material e conservação para envio: ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, páginas 33 e 34. Manter sempre a temperatura ambiente.

Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,

páginas 33 e 34.

Estabilidade da amostra: uma vez semeado no meio de Bodet-Gengou, a amostra pode ficar a temperatura

ambiente por 48 horas. Enviar também o swab utilizado para a coleta.

Método: cultura em meio de Bordet-Gengou e identificação bioquímica e sorológica da Bordetella pertussis.

Valores de Referência: auseência de crescimento da bactéria.

GRUPO SÃO CAMILO

VI138

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Interferências:uso de antibióticos e dificuldades de coleta.

Indicações: confirmação de síndrome clínica com aparência coqueluchosa.

Informações importantes: como é uma doença de notificação compulsória é muito importante saber sobre a

vacinação do paciente, quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA Gardnerella vaginalis

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: secreção vaginal. Enviar um swab de alginato com haste de plástico, com

meio de Stuart e um swab sem o meio, sendo que este deve estar muito carregado com o material clínico. Enviar

em período de no máximo 24 horas, a temperatura ambiente; e duas lâminas da secreção vaginal fixadas em

etanol a 95% por pelo menos 2 horas, ou enviada em protetor de lâminas com o etanol.

Instruções para coleta: As lâminas devem ser montadas através de coleta com escova cervical, do colo uterino e

do fundo de saco vaginal. Os swabs devem ser coletados posteriormente ao uso da escova. As lâminas devem ser

imediatamente mergulhadas em etanol a 95%. Não deixar o esfregaço secar para se evitar a retração celular. Os

swabs devem ser bem carregados da secreção para se evitar ressecamento e perda da cultura.

Estabilidade da amostra: a amostra em swab tem estabilidade por 48 horas. As lâminas fixadas em álcool

devem ser enviadas até 7 dias após a coleta.

Método: coloração tipo Papanicolaou e Gram das lâminas fixadas. Cultura em meio anaeróbio e em meio

microaerófilo. Análise bioquímica e morfológica completam o diagnóstico bacteriológico.

Valores de Referência: cultura e bacterioscópico negativos para a Gardnerella vaginalis.

Interferências: uso de antibióticos sistêmicos ou tópicos específicos.

Indicações: diagnóstico bacteriológico das vaginoses.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA Helicobacter pylori

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: coletas obtidas através de biópsias gástricas no antro e bordas de úlceras,

duodenais e no esôfago. O meio de transporte é enriquecido com soro de cavalo, uréia e indicador de pH (viragem

para pH alcalino) que é utilizado para o teste da uréase, fortemente produzida pela bactéria. Amostras fecais

devem ser colocadas em meios especiais, suplementados com soro de cavalo e antibióticos inibidores da flora

normal. O transporte é feito a temperatura ambiente sob proteção da luz.

Instruções para coleta: as amostras obtidas por biópsias são coletadas pelo médico-assistente e imediatamente

colocadas em meio de transporte. As fezes devem ser recentes, sem horário crítico para coleta e imediatamente

colocadas em meio de transporte fornecido pelo laboratório. Conservar e enviar a temperatura ambiente.

Estabilidade da amostra: em meio de transporte, tanto os materiais de biópsias como as fezes têm estabilidade

de 24 a 36 horas.

Método: cultura em meio Colúmbia enriquecido com sangue de cavalo e antibióticos como vancomicina,

anfotericina B ou cetoconazol e ácido nalidíxico. A coloração de Hiss para flagelos irá demonstrar uma bactéria

espiralada, geralmente em forma de “S” possuindo de 4 a 6 flagelos unipolares. É Gram-negativa. A

caracterização é bioquímica, sendo a grande produção de uréia uma das características da espécie.

Valores de Referência : ausência de crescimento de bactérias.

Interferências: medicações específicas, como amoxicilina e metronidazol.

Indicações: diagnóstico diferencial das gastrites crônicas.

139

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: hora da coleta, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA LEPTOSPIRAS

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: LCR, Sangue em EDTA e urina recente.Sob refrigeração pode-se

conservar por até 24 horas. Todas as amostras são submetidas a concentração e observação em campo escuro.

Este método pode auxiliar nos casos de perda da viabilidade das bactérias.

Instruções para coleta: o sucesso do cultivo das Leptospiras depende da fase da doença :

Primeira semana de doença : presença de Leptospiras no LCR e sangue. Coletar 2 a 5 mL de LCR em frasco

estéril e protegida da luz. Manter e enviar sob refrigeração. O sangue deve ser coletado em dois tubos de EDTA

estéreis e pode ser conservado, um a temperatura ambiente e outro sob refrigeração.

Segunda semana de doença: presença de leptospiras na urina. Coletar urina recente e colocar 2 mL de solução de

bicarbonato a 8,4 % (ampolada) para cada 18 mL de urina. Manter e enviar sob refrigeração.

Convalescença: nesta fase os pacientes podem eliminar Leptospiras pela urina por até três meses após a cura

clínica. A coleta e conservação da urina é igual a da segunda semana.

Quando o período for maior que 48 horas, o material pode ser semeado em meio líquido de Fletcher por até 15

dias a temperatura ambiente.

Estabilidade da amostra: vide item anterior.

Método: pesquisa direta dos materiais concentrados em microscopia de campo escuro e cultivo em meio líquido

de Fletcher e EMJH, por 15 dias. As leptospiras crescidas são submetidas a sorologia para aglutinação

microscópica em campo escuro.

Valores de Referência: ausência de crescimento de leptospiras.

Interferências: medicação antibiótica prévia principalmente por tetraciclina e penicilina.

Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico. Geralmente na doença de Weil,

produzida pela Leptospira interrogans sorovar ictero-hemorragiae, a urina no fim da primeira semana e início da

segunda, apresenta-se intensamente colúrica, com presença de sangue, poucos leucócitos e freqüentes cilindros

hemáticos. A partir da segunda semana há uma evidente melhora do quadro urinário.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA Vibrio cholerae e outros vibrios

Sinônimo mais usado: cultura para cólera.

Material e conservação para envio: fezes colhidas logo aos primeiros sinais clínicos suspeitos, como diarréia

líquida tipo água de arroz. Enviar em água peptonada alcalina, em até 24 horas, a temperatura ambiente. Se o

período for maior solicitar ao laboratório placas de meio TCBS, onde após o enriquecimento por algumas horas, na água

peptonada alcalina, o inoculo é semeado no TCBS e assim pode ser transportado, a temperatura ambiente por 48 horas.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio.

Método: enriquecimento em água peptonada alcalina e semeadura em TCBS e aglutinação com anti-soros

específicos polivalentes. A classificação por soros monoespecíficos para os sorotipos Ogawa, Inaba e Hikojima é

encaminhada para laboratórios de saúde pública. Os soros polivalentes podem apresentar reações cruzadas com

Brucella ssp, Salmonella e Yersinia enterocolitica. Os testes bioquímicos podem diferenciar as bactérias.

Valores de Referência: ausência de crescimento de Vibrios patogênicos para o homem.

Interferências: antibióticos, tempo de transporte do caldo peptonado .

GRUPO SÃO CAMILO

VI140

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Informações importantes: tempo de doença, quadro clínico e quadro diarréico.

_______________________________________________________________________________________

CULTURA PARA Yersinia enterocolitica

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: as fezes devem ser coletadas com swab alginatado com haste de plástico,

que devem ser mergulhados profundamente nas fezes e introduzido no meio de transporte tipo Cary-Blair, a

temperatura ambiente. Ao mesmo tempo semear as fezes previamente diluídas em salina estéril, em meio de Mac

Conkey e Hecktoen, que podem ser transportados a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: obter fezes recentes. Não há horário crítico para a coleta. Imediatamente semear as fezes nos

meios indicados e introduzir swabs no meio de transporte tipo Cary-Blair. Manter e enviar à temperatura ambiente.

Estabilidade da amostra: até 48 horas nos meios indicados acima, à temperatura ambiente.

Método: cultura, testes bioquímicos e sorológicos indicados pela Associação Americana de Microbiologia.

Valores de Referência: ausência de crescimento de Yersinia ssp. nas fezes .

Interferências: medicação antibiótica prévia. Problemas de coleta e transporte, como validade dos meios de

cultura e temperatura de envio.

Indicações: diagnóstico microbiológica da presença de Yersinia ssp. nas fezes.

Informações importantes: quadro clínico, tempo de doença e medicação prévia e atual.

_______________________________________________________________________________________

CURVA INSULÍNICA

Sinônimo mais usado: teste de reserva de insulina.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro de cada tempo, sob refrigeração.

Instruções de coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,

páginas 65 e 66. Variações nos tempos e quantidade de glicose ficam a cargo dos médicos-assistentes.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência .

Valores de Referência: ( em mUI/mL):

141

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Jejum

Após 30 minutos

Após 60 minutos

Após 90 minutos

Após 120 minutos

Após 180 minutos

Após 240 minutos

Após 300 minutos

2,5 a 25,0 µIU/mL

25,0 a 230,0 µIU/mL

18,0 a 275,0 µIU/mL

27,0 a 180,0 µIU/mL

16,0 a 165,0 µIU/mL

4,0 a 80,0 µIU/mL

2,0 a 25,0 µIU/mL

Até 25,0 µIU/mL

Interferências: dieta hipercalórica nos dias que antecedem o teste. Uso de medicação específica oral.

Indicação: acompanhamento da reserva da insulina durante curva de tolerância à glicose.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

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CURVA DE RESISTÊNCIA DOS ERITRÓCITOS À HEMÓLISE

Sinônimo mais usado: Resistência Globular à Hemólise

Material e conservação para envio: 2 frascos com sangue total com EDTA (p/ adulto) e pelo menos 3 lâminas

com esfregaço com sangue periférico, sem anticoagulante.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Isolar os frascos deste exame, com papel, de modo a

não encostar os frascos diretamente no gelo.

Método: Dacie.

Valores de Referência: Pode ser solicitada curvas de 30 minutos e/ou 24 horas de incubação.

Concentração

de NaCl ºa 37 C/30

minutos a 37°C / 24

horas

0,10%

0,20%

0,30%

0,35% 0,40%

0,45% 0,50% 0,55% 0,60% 0,65% 0,70% 0,75% 0,85%

97 -97 -97 -90 - 50 - 5 - 0 -

100% 100%

100%

99% 95%

45% 6% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

97 -

97 -

97 -

75 - 65 -

55 - 40 - 15 - 0 - 0 - 0 -

100%100%100%100%100%

95%85%70% 60%10%

5%0%0%

Interferências: quadros de hemólise em atividade, quadros infecciosos em atividade.

Indicações: o que determina a fragilidade osmótica das hemácias é a sua forma. Primordialmente o teste serve

para confirmação laboratorial do diagnóstico de esferocitose hereditária. O aumento da fragilidade osmótica ou

desvio à direita da curva também pode ocorrer na esferocitose adquirida, na eliptocitose hereditária e na anemia

hemolítica do recém-nascido. O aumento da resistência se encontra em casos de pós-esplenectomia, nas

hepatopatias, na talassemia, na anemia ferropriva e na leptocitose.

Informações importantes: idade e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

D-DÍMERO

Sinônimo mais usado : Dímero D

Material e conservação para envio: 1 mL de plasma citratado sob refrigeração (vide Instruções para coleta).

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo de coleta com Citrato de sódio, respeitando

a proporção de 4,5 mL de sangue total, para 0,5 mL do anticoagulante (tubos de coleta com tampa azul claro).

Separar imediatamente o plasma após a coleta, por centrifugação de 15 minutos a 3000 rpm. Congelar imediata-

mente o plasma, mantendo a -20° C até o momento do envio, que será feito sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: até 250 ng/mL.

GRUPO SÃO CAMILO

VI142

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Interferências: outras patologias não cursando com tromboses ou micro-tromboses.

Indicações: como o D-Dímero é um produto da degradação da fibrina pela plasmina, após a ativação do

plasminogênio, sua determinação tem sido utilizada no diagnóstico laboratorial das tromboses venosas

profundas (TVP) e dos quadros de tromboembolismo pulmonar (TEP). O D-Dímero é detectado uma hora após a

formação do trombo, permanecendo elevado até 8 dias após o início do quadro clínico. Apesar da sua alta

sensibilidade para a detecção de TVP ou TEP, ele tem baixa especificidade, podendo ser positivo nos casos de

infarto agudo do miocárdio, neoplasias, coagulação intravascular disseminada, anemia falciforme, pneumonias,

sepses, insuficiência cardíaca e nos quadros pós-operatórios.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

D-XILOSE – TESTE DE ABSORÇÃO

Sinônimo mais usado: teste de absorção da xilose.

Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, páginas 67 e 68. As urina coletadas, a Basal e 5 horas após a ingestão da D-Xilose devem ser enviadas sob

refrigeração.

Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo,

páginas 67 e 68.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico

Valores de Referência: Crianças :

Normal : excreção superior a 1,2 g/5 horas.

Indeterminado : 0,9 a 1,2 g/5 horas.

Má absorção : excreção inferior a 0,9 g/5 horas.

Adultos : 4,0 a 9,0 g/5 horas.

Interferências: Elevações da absorção: etanol

Diminuições: Aspirina, Colchicina, Kanamicina, Inibidores da MAO, Ácido Nalidíxico,

Neomicina, Alcalóides do ópio, Atropina, digitálicos e sais de ouro.

Indicações: diagnóstico das Síndromes Coprológicas de má absorção intestinal.

Informações importantes: medicação atual, idade e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

DEHIDROEPIANDROSTERONA

Sinônimo mais usado: DHEA.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio - Enzimaensaio.

143

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de Referência:

Interferências: o clomifeno e a corticotrofina elevam os níveis séricos de DHEA.

Indicações: o córtex da supra-renal secreta 3 grupos de esteróides, entre os quais os andrógenos

Dehidroepiandrosterona e androstenediona. Nos homens as gônadas também são fontes de sua produção. Eles

são sintetizados a partir do colesterol através da cisão da sua cadeia lateral, para formar a Pregnenolona. Por sua

vez esta sofre oxidação e várias hidroxilações até a formação da 17-Hidroxiprogesterona. Mais um corte na

cadeia lateral permite a síntese da DHEA e da Androstenediona. A principal indicação de sua dosagem é o

diagnóstico laboratorial dos quadros de hirsutismo e virilização.

Variações patológicas podem ser encontradas no Hipercortisolismo androgênico por deficiência enzimática. A

hiperplasia supra-renal congênita é uma patologia relativamente freqüente com proporção de 1/5000 casos,

transmissão autossômica recessiva e maior prevalência para o sexo feminino (4:1).

Deficiência da 21-Hidroxilase representa mais de 90% dos casos. Esta deficiência leva a uma queda do cortisol e

de seus metabólitos e da 17-hidroxiprogesterona.

Quando a DHEA, a Androstenediona e a Testosterona total estão acima dos valores normais :

Deficiência da 11-Beta-Hidroxilase (5% dos casos). Ocorre sinais de hiperandrogenia, porém menos intensos

que na deficiência da 21-Hidroxilase.

Valores do cortisol diminuídos: deficiência da 17-Hidroxilase, que leva a uma deficiência na via dos

glicocorticóides e dos andrógenos, com ausência de menstruações na puberdade e nos meninos a feminização

dos órgãos sexuais.

A Hiperandrogenia ovariana ocorre com 30% da testosterona circulante produzida pelo ovário e a dosagem feita

no início do ciclo menstrual, permite detectar os valores elevados, nem sempre presentes nas outras fases do

ciclo. Os tumores andrógenos-secretores, quando ovarianos, com aumento da produção da androstenediona ou

quando supra-renais com hiperprodução de testosterona associada a um aumento do Sulfato de

Dehidroepiandrosterona.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

DEHIDROEPIANDROSTERONA SULFATO

Sinônimo mais usado: DHEA-Sulfato

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

GRUPO SÃO CAMILO

VI144

Mulher Homem

Idade Nível Idade Nível

20 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60 - 69

70 - 79

>80

106 - 300 pg/mL

77 - 217 pg/mL

47 - 200 pg/mL

38 - 136 pg/mL

36 - 107 pg/mL

32 - 99 pg/mL

33 - 90 pg/mL

20 - 29

30 - 39

40 - 49

50 - 59

60 - 69

70 - 79

>80

137 - 336 pg/mL

82 - 287 pg/mL

68 - 221 pg/mL

49 - 177 pg/mL

40 - 158 pg/mL

35 - 135 pg/mL

37 - 106 pg/mL

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Valores de Referência:

MULHERESPré-puberalAdultaPós-menopausa3ª Idade

HOMENSAdultos (17 a 49 anos)Adultos (> 50 anos)3ª Idade

11,0 – 67,235,0 – 430,010,0 – 190,0

3,9 – 150,0

80,0 – 560,065,0 – 255,030,0 – 200,0

CRIANÇASNeonatos1 a 10 anos11 a 14 anos15 a 17 anos

37,0 – 3770,05,0 – 186,0

18,0 – 344,047,0 – 441,0

Homens Mulheres44,0 – 367,06,0 – 160,0

12,0 – 301,039,0 – 339,0

Interferências: Variações Fisiológicas: No sangue de cordão umbelical os níveis são tão elevados quanto os da

mãe. Os níveis vão diminuindo progressivamente até um ano de idade. Aos 6 anos

aproximadamente há um aumento devido ao aumento da atividade da supra-renal. Na

puberdade os níveis vão se elevando lentamente acompanhando o desenvolvimento dos

caracteres sexuais secundários. As dosagens do DHEA-Sulfato devem ser realizadas entre o

segundo e sexto dia do ciclo.

Variações Patológicas: Na puberdade precoce os níveis de DHEA-Sulfato estão

moderadamente elevados. Na deficiência da 21-Hidroxilase os seus níveis não estão elevados,

mesmo após estímulo com o Synacten. Na deficiência da 11-beta-Hidroxilase, com hiperplasia

congênita, os seus valores estão elevados.

Tumores virilizantes da supra-renal.

Quando os valores são elevados e não inibidos pela ação da dexametasona podemos ter quadros de deficiência supra-

renal e retardos pubertários. Valores geralmente diminuídos podemos encontrar na deficiência da 17-Hidroxilase.

Informações importantes: idade e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

DEHIDROGENASE LÁTICA - LDH

Sinônimo mais usado: LDH/DHL

Material e conservação para envio: 2 mL de soro totalmente sem hemólise, sob refrigeração. 2 mL de líquido

ascítico sem acidente de punção, sob refrigeração. 2 mL de líquido pleural sem acidente de punção, sob

refrigeração. 2 mL de LCR sem acidente de punção.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico enzimático a 37° C.

145

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores pediátricos (em UI/mL):

Faixa etária Homens MulheresAté 30 dias 125 – 735 145 – 765 Até 1 ano 170 – 450 190 – 420

1 a 6 anos 155 – 345 135 – 395

7 a 12 anos

120 –

325

140 a 280

13 a 18 anos 105 – 220 100 – 275

Valores de adultos (em UI/mL):

Faixa etária

Homens

MulheresAté

60 anos

200 –

480

200 – 480

60 a 79 anos 105 – 440 120 – 45080 anos 125 – 385 123 - 465

Outros materiais clínicos (em UI/mL):

Líquido Pleural Exsudato : > 200 Transudato: < 200

Líquido Ascítico soro até 0,6 (>0,6 indica exsudato) LCR ± 10% dos níveis séricos(*) Líquido abdominal soro > 0,6: efusões neoplásicas

0,4 a 0,6: Peritonite bacteriana (*) sempre ensaiar uma amostra sérica em paralelo.

Interferências: fisiológica: gravidez (pode haver aumento de 25 a 100% dos níveis normais na segunda metade

da gestação); medicamentosa: anti-epiléticos: chegam a elevar em até 25% os níveis basais e penicilamina

(aumento de até 200% dos níveis normais).

Indicações: Infarto agudo do miocárdio, com atividade máxima após 72 horas , podendo atingir até 5 vezes os

valores basais, com 7 a 14 para a volta aos valores normais. O aumento ocorre por conta da Isoenzima LDH-1.

Embolia pulmonar, dor torácica com valores de CK normais e LDH elevados. O aumento se dá pela elevação das

Isoenzimas LDH-2 e LDH-3.

Infarto Renal: aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2.

Nas anemias megaloblásticas, anemias hemolíticas, em pacientes com uso de válvulas cardíacas, principalmente

as metálicas e eritroblastose fetal, o aumento da LDH deve-se pelo aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2.

Nas miopatias temos aumento das Isoenzimas LDH-1 e LDH-2 na distrofia de Duchenne e uma elevação da

Isoenzima LDH-5 nas necroses, nos traumatismos e miopatias inflamatórias.

A Isoenzima LDH-5 apresenta uma grande aumento nas cirroses, Hepatomas , metástases hepáticas, colestases e

nas hepatites agudas virais.

Nos linfomas o aumento da LDH deve-se ao aumento da Isoenzima LDH-3.

A LDH total elevada também se encontra nos quadros de estado de choque, queimaduras, quadros pós-

cirúrgicos, quadros hipocalêmicos com coma, rejeições de transplantes e nas colagenoses. Nos tumores todas as

frações podem estar aumentadas:

Células germinativas ( de ovários ou testículos): LDH-1.

Próstata, seio, cólon, estômago, pulmão e útero: frações elevadas LDH-4 e LDH-5.

Neuroblastomas, feocromocitomas e câncer brônquico: Isoenzimas LDH-2, 3 e 4.

A análise no Líquido Pleural ajuda a diferenciar exsudato e transudato: a relação LDH pleural/sérica > 0,6 e o

LDH pleural > 200 U/L, indicam exsudato.Valores de 8 a 10 vezes os valores basais séricos, no Líquido pleural

Valores de Referência: sangue:

GRUPO SÃO CAMILO

VI146

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indicam quadros neoplásicos e empiemas.

No Líquido Ascítico: normalmente os níveis de LDH são até 50% mais elevados que os níveis séricos. Está

elevado nas carcinomatoses , tuberculose peritonial e nas peritonites em geral.

No LCR a LDH é mais ou menos 10% dos valores séricos e valores elevados são encontrados nos AVCs

isquêmicos, meningites, encefalites e tumores do sistema nervoso central.

Em todos os casos ensaiar a medida no LDH sérico em paralelo.

Informações importantes: medicação atual, hora e dia da coleta e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

DENGUE – DETEC. E GENOTIPAGEM PCR RT – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: n.a.

Material e conservação para envio: 2,0 mL de plasma (EDTA) congelado (-20° C); O material congelado deve

ser transportado em gelo seco ou refrigerado (gelo reciclável);

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias, congelado.

Método: PCR semi-Nested específico para Den1, Den2, Den3 e Den4.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para

entrega e temperatura de transporte).

Indicações: Quando apresentar febre alta (normalmente entre 38° e 40° C) de início abrupto, mal-estar, anorexia

(pouco apetite), cefaléias, dores musculares e nos olhos; Descrição: O Dengue é uma doença infecciosa aguda

causada por um flavivírus transmitido por meio da picada do mosquito vetor Aedes aegypti. Não é transmitido

por contado direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimentos.

Após a transmissão, existe um período de incubação de dois a sete dias. Existem quatro sorotipos causadores de

dengue (Den1, Den2, Den3 e Den4), que não oferecem proteção cruzada entre si e que apresentam os mesmos

sintomas, a diferença é que a pessoa não pode ser reinfectada por um mesmo sorotipo. Em determinadas

situações, a evolução pode dirigir-se para a forma hemorrágica, que raramente ocorre na infecção primária, sendo

mais comum na reinfecção, geralmente quando o agente é o Den2 ou Den3. A síndrome de choque hemorrágico

da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido à infecção passada já resolvida são infectadas por

outro sorotipo, os anticorpos produzidos não são específicos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo,

mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais

perigosas que as da infecção inicial. A confirmação do diagnóstico de dengue pode ser realizada por meio de

exames sorológicos (ELISA) ou de PCR. A PCR é útil durante o período de viremia, em geral, antes de surgirem

os sintomas até o sétimo dia da infecção. É possível realizar a genotipagem e definir o sorotipo do vírus da

dengue, por meio da utilização de marcadores específicos.

Informações importantes: Este exame depende da antigenemia do vírus, é qualitativo e deve ser pedido na fase

aguda da viremia, de preferência nos primeiros 5 dias de evolução; Reações falso-negativas ocorrem quando a

quantidade de RNA está abaixo da sensibilidade de detecção do teste, após 10 dias do início dos sintomas ou na

presença de inibidores da PCR na amostra.

_______________________________________________________________________________________

DENGUE – IgG

Sinônimo mais usado: Sorologia para Dengue – G

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem colher

imediatamente antes da próxima mamada.

147

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI148

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência: Não Reativo ( Negativo) : < 9,0 U

Reativo ( Positivo) : > 11,0 U

Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U

Interferências: reações com outros Flavivírus. Uma causa comum de reação falso-positiva ocorre em pacientes vaci-

nados contra Febre Amarela. Deve-se tem em conta possíveis ocorrências de transferências verticais de IgG materna.

Indicações: diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-Dengue da classe IgG. Os vírus da Dengue

apresentam 4 sorotipos distintos, como o Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4. Esses vírus pertencem à família dos

Flavivírus, que é formada por mais de 70 espécies, das quais destaca-se os vírus da Febre Amarela e da Dengue.

Atenção: todos os vírus da família dos Flavivírus compartilham epítopos comuns localizados no envelope

protéico, o que possibilita reações cruzadas em testes sorológicos de alta sensibilidade.

É muito importante a determinação de anticorpos da classe IgG e IgM, para o diagnóstico, pois hoje em dia é

muito comum a reinfecção, que pode não apresentar positividade para anticorpos anti-IgM. Na reinfecção os

níveis de anticorpos anti-IgG se elevam já no segundo dia de doença.

Informações importantes: quadro clínico, vacinações recentes e história recente de estar em locais

epidemiológicos de interesse para o caso.

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DENGUE – IgM

Sinônimo mais usado: sorologia para Dengue – IgM

Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência:

Não Reativo ( Negativo) : < 9,0 U

Reativo ( Positivo) : > 11,0 U

Indeterminado ( zona cinza) : 9,0 a 11,0 U

Interferências: vide Dengue IgG

Indicações: diagnóstico sorológico da infecção primária da Dengue. Aproximadamente 75% dos pacientes

apresentam positividade do teste após 3 dias de doença. Após 6 a 10 dias , por volta de 90% dos pacientes

apresentam a viragem sorológica.Um pequeno grupo de pacientes apresentam a viragem sorológica somente

após 10 a 22 dias do início da doença. Como são quatro os sorotipos de vírus da Dengue, a infecção com um

sorotipo não protege o paciente contra outro sorotipo, e em casos de reinfecção com ou outro sorotipo pode haver

novamente a presença de anticorpos da classe IgM. Os níveis destes anticorpos são geralmente baixos na infecção

secundária. Nas infecções primárias os anticorpos anti-IgM podem ficar presentes no sangue por até três meses. Na

grande maioria dos pacientes esta presença persiste por até 45 a 60 dias.

Como todo teste sorológico, este teste pode apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos. A causa

mais comum de teste falso-positivo são reações cruzadas com anticorpos contra outros Flavivírus, e a causa mais

comum de teste falso-negativo deve-se a coletas realizadas muito precocemente, antes do sexto dia de doença.

Informações importantes: dados epidemiológicos, quadro clínico e vacinação recente.

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Interferências: vacinação recente para febre amarela, hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: o teste precoce para o diagnóstico sorológico da Dengue ou ELISA para Dengue Inicial, é um teste

imunológico para Captura do antígeno NS1 da Dengue. O teste está indicado para a detecção qualitativa do

antígeno NS1 no soro, usando como auxiliar no diagnóstico clínico-laboratorial de pacientes com sintomas

clínicos compatíveis com a febre da Dengue. Este teste, em conjunto com testes sorológicos tradicionais, pode

ampliar e tornar mais rápido o diagnótico laboratorial desta arbovirose, além de estadiar seu início. O vírus da

Dengue é uma flavivírus amplamente encontrado nas regiões tropicais e sub-tropicais, com mais da metade da

população mundial potencialmente sujeita ao risco de contrair Dengue, sendo assim, a mais importante

arbovirose em termos de morbidade e mortalidade. Os quatro sorotipos conhecidos são antigenicamente

relacionados, e os seus principais vetores são os mosquitos: Aedes aegypti, A. albopictus e A. polinesiensis.

As manifestações clínicas são muito amplas e podem ir desde uma infecção sub-clínica (principalmente na

primo-infecção) até a morte. A doença pode ser classificada conforme a sua gravidade:

a) Doença Febril Inespecífica

b) Febre da Dengue Clássica

c) Febre Hemorrágica da Dengue (Graus I ou II)

d) Síndrome do Choque da Dengue (Graus III ou IV).

A Febre da Dengue Clássica é de início repentino, geralmente seguida de pelo menos dois sintomas abaixo:

149

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

DENGUE – PESQUISA DO ANTÍGENO NS1

Sinônimo mais usado: NS1

Material e conservação para envio: 1mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a qualquer período, com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 1 mês sob congelamento ou 7 dias sob refrigeração.

Método: Imunocromatográfico.

Valores de Referência: Negativo.

Cefaléia, dor retro-ocular, mialgia, artralgia, erupção cutânea, manifestações hemorrágicas,

leucopenia e plaquetopenia.

Período febril bifásico, insônia e anorexia (acompanhada de perda da sensibilidade ao sabor ou gosto amargo na

boca) são sintomas paralelos comuns à Dengue.

Tanto a Febre Hemorrágica como a Síndrome do Choque da Dengue são complicações graves e potencialmente

fatais, frequentemente associadas à infecções por um segundo sorotipo.

A detecção do antígeno NS1 é um procedimento valioso pois permite a detecção da infecção pelo vírus da

Dengue, antes da soro-conversão (aparecimento dos primeiros anticorpos específicos). O antígeno NS1 pode ser

detectado no soro a partir do primeiro dia do início da febre, ficando em circulação sangúnea, até o 9º dia da doença.

Se considerarmos que os anticorpos da classe IgM somente serão detectados entre o 3º e o 5º dia, a pesquisa do

antígeno NS1, nos casos suspeitos de Dengue, proporciona uma grande vantagem diagnóstica laboratorial.

O diagnóstico precoce da Dengue permite a implementação rápida do monitoramento e da terapia de suporte,

reduzindo a probabilidade de complicações, como os quadros hemorrágicos ou a Síndrome de Choque,

principalmente onde a doença é endêmica.

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Resultados

Negativo ouNão Reagente

Antígeno NS1 não detectável: o resultado não exclui a infecção pela Dengue. Uma segunda amostra deve ser avaliada por testes sorológicos no prazo de 7 a 14 dias, dependendo dos sinais e sintomas dos pacientes. Propriedades específicas da relação agente-hospedeiro, tamanho do inóculo, etc, podem determinar alterações nos resultados.

Duvidoso Amostras duvidosas são aquelas cujos sintomas se situam na "zona cinza", entre 9 e 11 Unidades e devem ser repetidas com a nova coleta de sangue. As amostras que persistirem duvidosas devem ser submetidas a teste de Biologia Molecular em nosso Laboratório de Biotecnologia, sob pedido médico especial.

Interpretação

Positivo ouReagente

Presença detectável do antígeno NS1 da Dengue. Dependendo do quadro clínico dos pacientes outros testes sorológicos devem ser indicados para a confirmação do diagnóstico laboratorial.

Limitações do teste: Todo teste sorológico só tem valor quando interpretado à luz do quadro clínico e sob

supervisão médica. O valor preditivo positivo depende da probabilidade do vírus estar presente na amostra. O

teste só deve ser realizado em pacientes com sintomas clínicos semelhantes ou quando houver forte suspeita de

exposição à doença. É comum a reatividade sorológica cruzada entre os membros do grupo dos flavivírus

(Dengue sorotipos 1, 2, 3 e 4), e ainda de outros flavivirus como os da Febre Amarela, doença pelo vírus do Nilo

Ocidental, etc.

O Antígeno NS1 da Dengue é detectado no soro somente nas fases iniciais da doença, entre o 1º e o 9 º dia após o

início dos sinais clínicos. Uma vez iniciada a produção de IgG anti-NS1 (o que corresponde à deverfescência), o

NS1 não é mais detectável no soro. Assim, o presente teste é um marcador de infecção aguda ativa da Dengue.

Fora desta fase deve-se esperar a soro-conversão para as provas sorológicas rotineiras.

A infecção primária da Dengue caracteriza-se pela elevação características dos níveis de IgM por volta do

TERCEIRO AO QUINTO DIA após o estabelecimento da infecção, e que pode persistir por três a cinco meses

no plasma dos pacientes. A infecção secundária é caracterizada pelo aumento de IgG específica em um a dois dias

após o início do quadro clínico, o qual também é acompanhado pelo aumento dos níveis de IgM. Nas infecções

iniciais em alguns casos de infecção secundária, os níveis de IgM detectados podem ser baixos. Alguns pacientes

não produzem níveis suficientes de IgM para serem detectados, outros somente o fazem após sete a dez dias.

Nestes casos a utilização da detecção do NS1 pode auxiliar.

A presença de altos níveis de Fator Reumatóide pode produzir reações falso-positivas.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual e quadro vacinal recente.

_______________________________________________________________________________________

DEOXIPIRIDINOLINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas ou outro período por

determinação médica. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl a 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10

mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo

maior durante a noite do que de dia, a maioria dos pesquisadores recomenda a coleta de 24 horas.

Estabilidade da amostra: estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias.

GRUPO SÃO CAMILO

VI150

Interpretação dos Resultados:

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Interferências: medicamentos que possam modificar a fisiologia óssea, sangue menstrual ou secreções genito-

urinárias no momento da coleta de urina. Evitar dieta hiperprotéica nos três dias que antecedem o dia da coleta.

Indicações: a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação

urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do

colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é

mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado.

São indicadas para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida

que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osterosporose simples, hipertireoidismo e

hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis da deoxipiridinolina e piridinolina na urina.

Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria.

_______________________________________________________________________________________

DIAZEPAN – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Diempax

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta:coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento, estando o paciente em

jejum de pelo menos 8 horas.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 100 a 1000 ng/mL.

Interferências: a) Diminuições: fenitoína, fenobarbital, rifampicina e tabagismo, diminui a meia vida do

diazepan (meia vida de 20 a 50 horas).

b) Aumentos: Anticoncepcionais orais, cimetidina e isoniazida.

Indicações: controle terapêutico da droga em tela.

Informações importantes: medicação em uso, dosagem utilizada, dia e hora da última dose.

_______________________________________________________________________________________

DICLORODIFENILDICLOROETILENO SÉRICO

Sinônimo mais usado: DDE

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração

Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBMP: nada consta.

Interferências: não há referências.

Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDE.

Informações importantes: coletar no período da manhã.

Faixa etária2 a 10 anos 30 a 110

11 a 14 anos 17 a 10015 a 17 anos 59Adultos

12,8 a 25,616,0 a 37,0Adultos

Valores de Referência: (em nmol/mmol de creatinina):

151

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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DICLORODIFENILTRICLOROETANO SÉRICO

Sinônimo mais usado: DDT

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração

Instruções para coleta: jejum dispensável. Horário de coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBMP: nada consta.

Interferências: não há referências.

Indicações: contaminação de colaboradores pelo DDT.

Informações importantes: coletar no período da manhã.

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DIFENILHIDANTOÍNA – vide Fenitoína.

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DIFTERIA – ANTICORPOS ANTI-

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-Corynebacterium diphtheriae.

Material e conservação para envio: 2 mL soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: não imune : < 0,1 UI/mL

Imune após 5 anos de vacinação : 1,0 a 1,5 UI/mL

Imune após 7 anos de vacinação : 1,5 a 2,0 UI/mL

Imune após 10 anos de vacinação : acima de 2,0 UI/mL

Interferências: lipemia e hemólise

Indicações: avaliação do estado imune dos indivíduos vacinados.

Informações importantes: tempo de vacinação.

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DIGOXINA

Sinônimo mais usado : Digoxinemia

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar preferencialmente antes da próxima dose do medicamento ou seguindo

instruções médicas. Na maioria dos casos orienta-se a coletar 6 horas após a última dose. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubos contendo gel separador.

Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Eletroquimioluminescência.

Valores de Referência: Níveis terapêuticos Crianças : 1,1 a 1,7 ng/mL

Adultos : 1,0 a 2,0 ng/mL

Interferências: Há uma correlação estreita entre dose e níveis séricos, porém fatores gastrointestinais e renais

podem influenciar na absorção e eliminação da droga. Outros fatores, como características individuais e uso de

outras medicações podem também influenciar a absorção da digoxina. Derivados da colestiramina, neomicina,

GRUPO SÃO CAMILO

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kanamicina e pectina diminuem a absorção da digoxina. Síndrome de malabsorção, gastroenterites e medicamentos

que aumentam o trânsito intestinal. Medicamentos que inibem a motilidade intestinal elevam a absorção do

medicamento. As espirolactonas que diminuem o clearance renal podem manter uma digoxinemia elevada por

diminuição da eliminação tubular. A amiodarona promove uma remoção da digoxina dos tecidos elevando os seus

níveis séricos. Verapamil diminui o clearance da digoxina elevando os seus níveis séricos. As quinidinas e derivados

atua na diminuição do volume de distribuição e de excreção renal elevando a digoxinemia.

Informações importantes: informar outros medicamentos em uso, dia e hora da última dose e dosagem utilizada.

_______________________________________________________________________________________

DISTROFIA DE BECKER-DUCHENNE - DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Distrofia de Duchenne, Pesquisa de

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somentes às segunda, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência das deleções gênicas das mutações da distrofina.

Interferências: Hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular das mutações do dez principais “exons” do gene da distrofina, cobrindo até

80% dos casos nacionais.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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DOENÇA CELÍACA - PERFIL GENÉTICO BÁSICO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Intolerância ao glúten.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR qualitativo.

Valores de referência: Qualquer heterodímero detectado (DR4-DQ8 e/ou DR3-DQ2) apresenta o risco de

desenvolvimento da doença celíaca. Nenhum heterodímero detectado: não apresenta perfil genético para o

desenvolvimento da doença celíaca.

Interferência: Contaminações durante a coleta.

Indicações: Familiares de primeiro grau de pacientes com a doença celíaca; indivíduos com anemia por

deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral; indivíduos que apresentam desconforto intestinal na ingestão de

alimentos que contenham glúten.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

DOENÇA DE CHARCOT-MARIE-TOOTH 1A - DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Doença de Charcot-Marie PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência da duplicação do gene PMP22.

Interferências: Hemólise.

Indicações: diagóstico molecular da doença de Charcot-Marie-Tooth 1A, com neuropatia periférica

desmielinizante. A progressão é bastante lenta e o ínicio pode acontecer dos 5 aos 25 anos. O exame consegue

detectar por volta de 80% dos casos da doença, que apresenta no teste molecular a duplicação do gene PMP22.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

DOENÇA DE GAUCHER – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher, PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente, sob

refrigeração. As coleta devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 48 a 72 horas sob refrigeração.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência das mutações L444P, N370S e R463C.

Interferências: Hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular da Doença de Gaucher, uma esfingolipidose, com mutações L444P, N370S e

R463C, no gene da glicocerebrosidase lisossomal.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

DOENÇA DE HUNTINGTON – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Doença de Huntington por PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente sob

refrigeração. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 72 hora sob refrigeração.

Método: PCR-STR com Fluorescência.

Valores de Referência: ausência da mutação no gene HD.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular para doença de Huntington, que leva a degenerações neurológicas, com

início tardio, entre os 35 a 45 anos, produzindo alterações motoras, cognotivas e psiquiátricas ocorre pela mutação

do gene HD, por expanção da seqüência de trinucleotídoes CAG. A transmissão genética é autossômica dominante.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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DOENÇA DE KENNEDY – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Doença de Kennedy – PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

GRUPO SÃO CAMILO

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DST - PAINEL MASCULINO AMPLIADO, PCR

(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;

Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum – sífilis)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de

lesões.

155

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência de mutação no gene para receptor de androgênio em braço longo do

cromossomo X.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular para a Doença de Kennedy, que apresenta uma mutação no gene do receptor

da androgênios, no braço longo do cromossomo X, com herança recessiva. Os sintomas aparecem mais

frequentemente por volta dos 30 anos e são principalmente fraqueza muscular proximal progressiva,

oligozoospermia, atrofia testicular, ginecomastia, atrofia muscular e fasciculações.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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DROGAS DE ABUSO

Sinônimo mais usado:

Material e conservação para envio: urina ao acaso sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar até 48 a 72 horas após a suspeita de uso de drogas de uso proibido.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunocromatográfico.

Valores de Referência: analito não detectado.

Interferências: coletas acima do período de sensibilidade do teste.

Indicações: suspeita de uso inícito de drogas de abuso. O tempo que a droga permanece na urina, depende do tipo

de usuário. O casual ou social apresenta a droga por 2 a 3 dias no máximo. O usuário crônico apresenta

positividade por maior tempo, ou permanentemente, dependendo da freqüência do uso. Geralmente o usuário

social ou casual tem positividade até segunda ou terça-feira, não mais apresentando positividade nos demais dias.

O usuário crônico tem positividade em todos os dias da semana, ou na maioria deles.

Informações importantes: informar, se possível qual o tempo entre a coleta e o possível uso da droga ilícita.

Níveis de sensibilidade por droga:

Quantidades mínimas detectáveis:

Drogas testadas:

1000 ng/mL

Anfetamina, Antidepressivos tricíclicos, Ecstasy, Metanfetamina500 ng/mL

Tetrahidrocanabinóides

300 ng/mL Barbitúricos, Benzodiazepínicos, Benzoilecgonina (cocaína), Metadona, Morfina.

OBS.: Este exame carece de valor médico-legal por não ter posse jurídica. Sua função é dar orientação médica para o tratamento do paciente.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI156

Instruções para coleta: Vide em HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.

Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;

Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.

Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma

hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.

Informações importantes: -

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DST – PAINEL MASCULINO BÁSICO, PCR

(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de

lesões.

Instruções para coleta: Vide em HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.

Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

Informações importantes: -

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DST – PAINEL MASCULINO INTERMEDIÁRIO

(HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;

Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã, secreção uretral, raspado uretral ou raspado/swab de

lesões.

Instruções para coleta: Vide em HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR+RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.

Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium;

Mycoplasma hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.

Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Mycoplasma genitalium; Mycoplasma

hominis; Ureaplasma urealyticum; Treponema pallidum.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 a 5 mL de sangue total em EDTA sob refrigeração. Não enviar nos fins de

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semanas e vésperas de feriados.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração.

Método: eletroforese em acetato de celulose a pH 8,6 e gel de agarose em pH ácido.

Valores de Referência: Hemoglobina A1 : 95,0 a 97,0 %

Hemoglobina A2 : 1,0 a 3,5 %

Hemoglobina Fetal : 1,0 a 2,0% (níveis a partir de 1 ano)

Interferências: transfusões sangüíneas podem ocultar ou diminuir a concentração da hemoglobina patológica

durante período que pode chegar até 120 dias.

Indicações: Diagnóstico das principais Hemoglobinopatias, com aumento de HbF na Talassemia Minor,

Hemoglobinopatias homozigóticas, como Talassemia Major, Anemia Falciforme HbSS, raros casos de HbCC,

etc. Nos casos de persistência hereditária de HbFetal, algumas síndromes mielóides, etc. A HbA2 está

geralmente elevada nos casos de Beta-Talassemia Minor e na Talassemia Major. A Hemoglobina S está presente

nos casos de portadores do traço falciforme (HbAS), nos casos da doença falciforme (HbSS), nas formas mistas

como HbSC, Talassemia –S, etc.

Os casos mais raros são encaminhados ao Centro Nacional de Diagnóstico de Hemoglobinopatias.

Informações importantes: idade, sexo, raça e quadro clínico são dados muito importantes para auxiliar no

diagnóstico laboratorial.

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ELETROFORESE DE LIPOPROTEÍNAS

Sinônimo mais usado: Lipidograma eletroforético

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para os pacientes com diagnóstico

prévio de dislipidemia recomenda-se período de jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração. Em casos de presença de quilomícrons formará uma camada

na superfície do soro, após refrigeração, o que não altera a qualidade do material para envio.

Método: eletroforético

Valores de Referência : Fração Alfa : 100 a 200 mg/dL

Fração Pré-Beta : 80 a 100 mg/dL

Fração Beta : 220 a 500 mg/dL

Interferências: Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos, Anticoncepcionais.

Diminuições: Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol (na cirrose) e

Tiroxina.

Indicações : a eletroforese de lipoproteínas é um dos principais elementos para classificação das dislipidemias

para a Classificação de Fredrickson.

157

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Fenótipo

Lipoproteína

Elevada

Colesterol

Sérico

Triglicérides

Sérico

Potencial Aterogênico

Prevalência

I

QM

N a ↑

����

RaraIIa

LDL

���

Normal

∆∆∆

ComumIIb

LDL e VLDL

��

��

∆∆∆

ComumIII

IDL

��

���

∆∆∆

IntermediáriaIV

VLDL

N a ↑ ��

ComumV QM e VDRL N a ↑

∆ RaraN= normal QM=

quilomícrons∆= nível de : aterogênese Elevação

Page 176: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, repouso antes da coleta.

_______________________________________________________________________________________

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS SÉRICAS

Sinônimo mais usado: Proteinograma

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : eletroforético

Valores de Referência:

Valores para adultos em g/dL:

Frações Intervalo de normalidadePré-albumina

0,01 – 0,04

Albumina

3,50 – 5,00Alfa-1 Globulina 0,10 – 0,50Alfa-2 Globulina

0,40 – 0,90

Beta-Globulina 0,50 – 1,20Gama-Globulina 0,70 – 1,60

OBS.: os valores infantis são liberados juntamente com os resultados de rotina.

Nota: As proteínas séricas são agrupadas de acordo com o fracionamente eletroforético, como segue:

Fração Pré-Albumina: pré-albumina

Fração Albumina: Albumina

Fração Alfa-1: Alfa-1-Antitripsina, Alfa-1-Glicoproteína Ácida, Alfa-1-Lipoproteína.

Fração Alfa-2: Alfa-2-Macroglobulina, Alfa-2-Haptoglobina, Hemopexina e Apolipoproteínas. Pequeno grupo

de Gama-Globulina com maior carga negativa.

Fração Beta: Transferrina, C3, Apolipoproteína B, pequeno grupo de Gama-Globulina com mediana carga

negativa.

Fração Gama: Imunoglobulinas, com maior predominância da IgG (maior carga positiva) Proteína C Reativa e

Fibrinogênio (quando a coagulação for parcial).

Interferências: Elevações: Albumina: quadros de desidratação. Alfa-1: fase aguda inflamatória, uso de

estrogênios e gestação. Alfa-2: fase aguda inflamatória, síndrome nefrótica, hipertireoidismo e

insuficiência renal crônica. Beta: A fração pode se elevar devido a aumento da transferrina e

pode mimetizar um pico monoclonal. Hiperlipidemias que cursam com Colesterol elevado

podem aumentar a fração Beta pela presença de Beta-Lipoproteína. Gama: Doenças auto-

imunes, Doenças linfoproliferativas, Doenças hepáticas (padrão policlonal) e Gamopatias

(plasmocitomas), com picos monoclonais.

Diminuições: Albumina: problemas de hidratação, desnutrição. Alfa-1: quadros em

homozigoze para deficiência de Alfa-1-Antitripsina. Alfa-2: asparaginase. Beta: raramente

apresenta-se diminuída. Gama: quadros de Hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia de

origem primária ou secundária.

Em %

50,0 a 65,01,0 a 5,75,8 a 11,58,0 a 14,7

11,8 a 20,2

GRUPO SÃO CAMILO

VI158

Proteínas Totais 6,00 – 8,00

Page 177: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Informações importantes: idade, sexo, estado alimentar , quadro clínico e estado nutricional.

_______________________________________________________________________________________

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS NO LCR

Sinônimo mais usado: Proteinograma do LCR

Material e conservação para envio: 5 a 7 mL de LCR sob refrigeração.

Instruções para coleta: horário de coleta não é crítico. Coleta médica.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração. Não congelar.

Método: eletroforese após concentração do material clínico.

Valores de Referência: Proteínas totais : Lombar: ............... 15 a 45 mg/dL

Cisternal: ............... 15 a 25 mg/dL

Ventricular: ............ 5 a 15 mg/dL

Eletroforese:

Pré-Albumina : 0,3 a 3,1 mg/dL 3 a 7 %

Albumina : 8,4 a 34,0 mg/dL 48 a 68 %

Alfa-1 : 0,3 a 3,1 mg/dL 3 a 7 %

Alfa-2 : 0,6 a 5,4 mg/dL 4 a 12 %

Beta e Tao : 0,4 a 2,0 mg/dL 8 a 10 %

Gama : 0,4 a 5,4 mg/dL 5 a 13 %

Interferências: acidentes de punção.

Indicações: Pré-Albumina: nem sempre presente em todas as separações, tem origem ventricular e sua diminuição

pode ser um bom marcador de bloqueio da circulação liquórica. A Albumina apresenta-se aumentada nas

alterações da barreira hematoencefálica. As Alfa-1 aumentam nos AVC isquêmicos. As Alfa-2 se apresentam

elevadas nos processos infecciosos e nos processos tumorais, benignos ou não. As Beta-Globulinas se elevam nas

doenças degenerativas do SNC. As Gama-globulinas se elevam em processos infecciosos e degenerativos do SNC.

Informações importantes: local e condições de punção, idade e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS URINÁRIAS

Sinônimo mais usado: Proteinograma urinário

Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração.

Instruções de coleta: coletar urina de 24 horas, juntando-se todas as micções em um só frasco, que será mantido por

todo o período da coleta sob refrigeração. Homogeneizar, antes de medir o volume de 24 horas e separar a

alíquota.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: eletroforético após concentração do material clínico.

Valores de Referência: Geralmente as urinas normais contém somente baixas concentrações de Albumina e

traços de globulinas nas posições beta/gama. Com proteinúrias superiores a 300 mg/L já é possível realizar a

concentração urinária. A urina concentrada pode permitir as dosagens de Imunoglobulinas (IgG,IgA,IgM), além

de algumas frações alfa e beta. Com densidade urinária inferior a 1.010 pode-se ter resultados falso-negativos,

principalmente em casos de eliminação de cadeias leves.

Interferências: contraste radiológico, medicamentos a base de penicilinas, Hematúrias, processos infecciosos

urinários.

Indicações: pesquisa de gamopatias e seu acompanhamento, como Mieloma Múltiplo, Macroglobulinemia de

Waldestron, Doença da cadeia pesada, Doença da Cadeia Leve, Amiloidose, Síndrome Nefrótica.

159

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: volume urinário de 24 horas. Sexo e idade do paciente.

_______________________________________________________________________________________

ENOLASE NEURÔNIO ESPECÍFICA (ENS)

Sinônimo mais usado: NSE.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Fluoroimunoensaio.

Valores de Referência: Como marcador tumoral ...................... : < 16,3 ng/mL

Como marcador de coma post-anoxia

Mal prognóstico nas primeiras 72h ...... : > 33,0 ng/mL

Interferências: lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.

Indicações: a Enolase é uma das 13 enzimas neuronais que agem na cadeia glicolítica intracitoplasmática ,

levando a formação do lactato, catalisando a transformação do 2-fosfoglicerato em fosfo-enol-piruvato, formada

por dímeros das cadeias alfa, beta e gama. A sub-unidade beta é encontrada no tecido muscular esquelético e as

sub-unidades alfa e gama são encontradas no tecido nervoso. As isoenzimas (formadas com sub-unidades, duas a

duas) , alfa-alfa são produzidas pelas células gliais e as isoenzimas gama-gama e alfa-gama provêm das células

neuronais. Como a Enolase Neurônio Específica também está presente nas células endócrinas do sistema APUD

(Amine Precursor Uptake and Decarboxylation), tumores destes tipos celulares, nos insulinomas, tumores

carcinóides intestinais, feocromocitomas, neuroblastomas, carcinomas de pequenas células pulmonares e

carcinomas medulares da tireióide, produzem altos níveis desta proteína. No câncer brônquico de pequenas

células, os níveis do NSE são muito mais elevados que nos demais carcinomas brônquicos. Há uma relação direta

entre os níveis da enzima sérica e a quantidade de metástases. A elevação dos seus níveis durante a quimioterapia

é sinal que o processo está produzindo lise celular e que está sendo efetivo para o tratamento daquele tumor.

Informações importantes: quadro clínico, hipóteses diagnósticas e tratamento atual.

_______________________________________________________________________________________

ENTEROVÍRUS – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: PCR para ECHO virus, Coxsakievirus e Poliovirus

Material e conservação para envio: Swab de orofaringe; Swab retal; em kit fornecido pelo laboratório enviado

refrigerado a 4°C. 1ml de Líquor; 1ml soro; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas, refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Diagnóstico diferencial. O enterovirus (EnV) humano é adquirido através de transmissão fecal-oral

e, de forma menos comum pela via respiratória. Esses vírus são responsáveis por uma variedade de

manifestações clínicas, afetando diversos órgãos do corpo. Uma vez presente, as manifestações clínicas, variam

desde doença febril indiferenciada até paralisias graves e permanentes, algumas vezes fatais. A maior parte das

infecções por EnV são assintomáticas. Dentre as síndromes clínicas causadas por EnV destacam-se aquelas que

GRUPO SÃO CAMILO

VI160

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afetam o sistema nervoso central, pulmões e coração. Síndromes como poliomielite, meningite, conjuntivite e

doenças respiratórias, gastrointestinais e ulcerações de mão, pé e boca são as mais frequentemente associadas aos

EnVs. O diagnóstico laboratorial considerado padrão ouro é o isolamento viral, contudo demanda tempo (3 a 10

dias) e tem uma sensibilidade de 65 a 75%. A técnica de PCR é rápida, sensível e específica, otimizando assim o

diagnóstico em pacientes com complicações.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (ECA)

Sinônimo mais usado: ECA

Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade para coleta: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimático automatizado.

Valores de Referência: Adultos................. : 35,0 a 90,0 U/L

6 meses a 17 anos..: 3,0 a 100,0 U/L

(a unidade é convenção do fabricante dos reagentes, portanto, o Laboratório deve levantar os seus próprios

valores referenciais que podem depender da população atendida).

Interferências: além das interferências analíticas, como hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia, algumas

alterações patológicas podem interferir nos resultados, como : asbestose, diabetes com complicações

microangiopáticas retinianas, doença de Gaucher, hanseníase, tuberculose crônica, pneumopatias

imunoalérgicas e silicoses.

Indicações: a ECA converte a Angiotensina I em Angiotensina II. A ECA está especialmente elevada nos casos

de Sarcoidose, Psoríase e Hipertireoidismo, havendo relação direta entre níveis e severidade da patologia. As

demais alterações patológicas que podem alterar a ECA tem níveis não tão elevados.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

EOSINÓFILOS – PESQUISA EM MUCO NASAL – Ver Citograma Nasal

_______________________________________________________________________________________

EPSTEIN BARR VÍRUS – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: pesquisa do DNA do Epstein Barr vírus

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab orofaringe, 2 mL de líquor, coletado

pelo(a) médico(a)-assistente. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima coleta. LCR: não necessita de jejum e não tem momento crítico para coleta.

Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), líquor (1 mês congelado).

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: Negativo

Interferências: não há referências.

Indicações: confirmação da presença viral, em casos sorológicos e reações imunológicas inconclusivas, no

LCR, para o diagnóstico da mononucleose infecciosa. Pode ser utilizado em casos indeterminados de Síndrome

da Mononucleose símile. O EBV pode ser encontrado em baixos níveis em portadores sãos do vírus.

161

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

EPSTEIN BARR VÍRUS – SOROLOGIA IgG E IgM

Sinônimo mais usado: EBV-G ou EBV-M

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Razão > = 1,1 ......... : Reagente

Razão < 0,9 ......... : Não Reagente

Razão 0,9 a 1,1........ : Indeterminado

Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico e seguimento da Mononucleose infecciosa.

Informações importantes: quadro clínico.

Nota: Razão = CPS amostra ÷ CPS Cut-off

Os resultados indeterminados devem ser confirmados com novo exame 15 dias após esta data.

_______________________________________________________________________________________

ERITROPOIETINA

Sinônimo mais usado: EPO

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, entre às 7:00 e 12:00 horas, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes

podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Quando a indicação é para controle terapêutico, a coleta deve preferencialmente ser realizada ser imediatamente

antes da próxima dose. Anotar a quantidade terapêutica, o horário da última dose.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio

Valores de Referência : 2,6 a 18,5 mUI/mL.

Interferências: Hemólise, Lipemia e Hiperbilirrubinemia.

Indicações: A Eritropoetina é um importante fator de crescimento que atua na produção e controle da produção

dos glóbulos vermelhos.

A produção da eritropoetina ocorre no terceiro trimestre da gravidez, após um período inicial no fígado. Sua

função inclui o recrutamento de células eritróides, sobrevivência e sua diferenciação. Em 1985 o gene da EPO foi

seqüenciado passando a ser produzido em escala comercial, por DNA recombinante, propiciando a sua utilização

terapêutica e desenvolvendo métodos de dosagem. A principal indicação, hoje, para a determinação da EPO, é o

seu controle terapêutico, porém, é longa a lista de variações patológicas que podem ser avaliadas por sua

dosagem sérica:

Elevações: nas anemias, nas hemoglobinopatias, como na anemia falciforme, talassemia, etc, anemias

hemolíticas transfusionais, anemias por doenças crônicas, anemias por insuficiência renal crônica,

em anemais por doenças auto-imunes, anemias por doenças inflamatórias, anemias

mielodisplásicas, doenças cardíacas cianóticas, shunts artério-venosos, doenças hipoxêmicas,

principalmente as pulmonares, síndrome de Cushing, cistos renais, feocromocitomas, hepatomas,

GRUPO SÃO CAMILO

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leiomiomas, adenocarcinomas renais, hemangioblatomas centrais, flebotomias, uso de

anabolizantes, etc.

Diminuições: poliglobulias, alguns cânceres do pulmão, seios, ovário, tubo digestivo, transfusoes de sangue e

estrogenioterapias.

A diminuição da produção da EPO, principalmente na IRC propicia uma terapêutica com a EPO

recombinante.

Informações importantes: medicação atual, horário e dose da medicação, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________ EЯЯOS INATOS DO METABOLISMO – TESTE DE TRIAGEM Sinônimo mais usado: Triagem para Erros Inatos

Material e conservação para envio: 20 mL de urina coletada ao acaso, sem horário crítico para a coleta, sob

refrigeração.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Análises químicas e microscópicas diversas.

Valores de Referência: Pesquisas negativas, dos testes realizados.

Interferências: presença de corpos cetônicos, glicosúria, proteinúria intensa, uso de analgésicos

(principalmente Ácido Acetilsalicílico), uso de ácido ascórbico, antibióticos como ampicilina, cloranfenicol e

tetraciclina, sulfonamídicos, bilirrubinúria, salicilatos, fenotiazinas, e alimentação rica em proteínas em dias

imediatamente antes do teste.

Indicações:

a) Alterações hereditárias do metabolismo dos hidratos de carbono, como substâncias redutoras, pesquisa de

Sacarose, pesquisa de Lactose, pesquisa de Galactose, pesquisa de Frutose e pesquisa de Glicose. A glicosúria

mais frequentemente na diabetes, Síndrome de Fanconi, Síndrome de Lowe e Doença de Wilson. A

Lactosúria aparece nos quadros de deficiências de lactase. A Frutosúria ocorre nos quadros de Frutosemia,

intolerância hereditária à frutose, frutosúria essencial e intolerância transitória à Frutose.

A Galactosúria ocorre na Galactosemia Hereditária e nas variantes conhecidas.

b) Pesquisa de aminoacidúrias pela reação direta com Ninhidrina: pesquisa de aminoácidos totais,

Fenilcetonúria, Homocistinúria, Tirosinose, Alfa-cetoácidos (Maple Syrup Disease), etc, com confirmação

em cromatografia qualitativa em camada delgada.

c) Teste da Dinitrofenilhidrazina (DNFH): positiva nos casos de alfa-cetoácidos, principalmente nos casos de

Maple Syrup Disease (reações mais fortes, com precipitado avermelhado na reação). Provas positivas, mais

fracas podem ocorrer em outras aminoacidúrias, como na Fenilcetonúria, Histidinemia, Tirosinose e em

várias quadros de acidose.

d) Reação do Cianeto de Potássio – Nitroprussiato de Potássio: Positiva nos casos de Cistinúria e

Homocistinúria. Pode se positivar na presença de outros aminoácidos sulfurados, e devem ser confirmados

com Cromatografia Qualitativa de Aminoácidos, em Camada Delgada.

e) Reação da para-Nitroanilina: positiva na presença de Ácido Metilmalônico na urina, nos quadros de Acidúria

Metilmalônica.

f) Reação do Nitrosonaftol: positiva na presença de tirosinúria. Pode ser positiva na Frutosúria, Galactosúria e

com bilirrubinúria acentuada.

g) Reação do Brometo de Cetiltrimetilamônio (CTBA): positivas nas Mucopolissacaridoses. Todas as

patologias com eliminação pela urina de ácido condroitin-sulfato e correlatos, podem positivar este teste,

como nas carcinomatoses, Síndrome de Marfan, etc.

h) Teste do Azul de Toluidina: teste complementar para as pesquisas de Mucopolissacaridoses.

163

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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i) Reação de Erlich para detecção de urobilinogênio e porfobilinogênio.

j) Reação do Cloreto Férrico: para detecção de Fenilcetonúria e outras aminoacidopatias, que devem ser

confirmados pela cromatografia qualitativa de aminoácidos.

Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ESCHERICHIA COLI – DETEC. E GENOT. (Epec, Stec, Etec, Eac e Eiec) BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: n.a

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em

coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para

coleta ao laboratório.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR Multiplex

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria

simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à

disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal

à invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é

devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos.

As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente

diferentes. E. coli pode ser tipificada em EPEC, STEC, ETEC, EAEC e EIEC. O diagnóstico pode ser realizado

por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação microscópica com análises bioquímicas. O

diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível, específico e rápido para a tipificação de E.

coli.

- EPEC (E.coli Enteropatogênica): causa diarréias não sanguinolentas epidêmicas em crianças, especialmente

em países pobres. Têm um fator de adesão aos enterócitos e produzem enterotoxinas, resultando em

destruição dos vilos do intestino delgado, com má absorção dos nutrientes e conseqüente diarréia osmótica.

Há também febre, náuseas e vômitos.

- STEC (E.coli produtora de toxina Shiga): é um tipo entero-hemorrágica podendo causar doenças que variam

de dores intestinais leves a doenças renais graves. Os sintomas típicos incluem cólicas abdominais graves,

início súbito de diarréia aquosa, freqüentemente com sangue, e às vezes vômito e febre baixa. Complicações

mais graves, tais como colite hemorrágica, síndrome urêmica hemolítica (HUS), ou púrpura

trombocitopênica trombótica (TTP) pode ocorrer em até 10% dos casos.

- ETEC (E.coli Enterotoxinogênica): é a causadora mais comum de diarréia do turista, sendo ingerida em

grandes números em comida mal cozida ou água contaminada com detritos fecais. Infecta principalmente o

intestino delgado. Sintomas adicionais são dores violentas abdominais, vômitos, náuseas e febre baixa.

Produzem enterotoxinas semelhantes à toxina da cólera, com atividade de adenilato ciclase. O aumento do

GMPc (um mediador) dentro do enterócito causa aumento da secreção de eletrólitos, como cloro e sódio, para

o lúmen intestinal, seguidos de água por osmose. O resultado é diarréia profusa aquosa, tipo água de arroz,

sem sangue. A doença é perigosa para crianças pequenas devido à desidratação.

- EAEC (E.coli Enteroagregativa): apresenta fímbrias, produz toxinas semelhantes às da ETEC, resultando em

diarréia aquosa ou hemorrágica persistente em crianças. As bactérias têm aparência característica,

aglutinando-se umas às outras em "muros de tijolos".

GRUPO SÃO CAMILO

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- EIEC (E.coli Enteroinvasiva): é invasiva e destrutiva da mucosa intestinal, causando úlceras e inflamação. O

resultado é diarréia aquosa inicial seguida em alguns doentes de diarréia com sangue e muco, semelhante à da

disenteria bacteriana.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

ESCHERICHIA COLI – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Colibacilose

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Fezes em

coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para

coleta ao laboratório.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Quando houver suspeita de toxicação alimentar, apendicite, septicemia. E. coli é a bactéria

simbionte mais comum do homem, fazendo parte da microbiota normal no intestino. A doença é devida à

disseminação, em outros órgãos, das estirpes intestinais normais, ou nos casos de enterite ou meningite neonatal à

invasão do lúmen intestinal por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo. A maioria das doenças é

devido a E. coli vindas de indivíduos diferentes e portanto, de estirpe diferente, não reconhecida pelos linfócitos.

As intoxicações alimentares em particular são quase sempre devidas a bactérias de estirpes radicalmente

diferentes. O diagnóstico pode ser realizado por cultura de amostras dos líquidos infectados e observação

microscópica com análises bioquímicas. O diagnóstico molecular por PCR demonstra ser altamente sensível,

específico e rápido para a identificação e tipificação de E. coli (Ver Detecção e Genotipagem de Escherichia coli).

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

ESPERMOGRAMA

Sinônimo mais usado: Análise do líquido seminal.

Material e conservação para envio: esperma coletado a menos de 60 minutos. Conservar a temperatura

ambiente, evitando baixas e altas temperaturas. Proteger da luz direta. COMO PODE-SE CONCLUIR ESTE

MATERIAL NÃO PODE SER ENVIADO PARA ESPERMOGRAMA, SE O TRANSPORTE

DEMORAR MAIS QUE UMA HORA. ASSIM O LABORATÓRIO SÃO CAMILO DISPONIBILIZA

ESTÁGIOS PARA LABORATÓRIOS APOIADOS.

Instruções para coleta: paciente deve estar entre 3 a 5 dias de abstinência sexual, e a coleta deverá ser

preferencialmente feita no Laboratório, em frasco próprio, que não iniba a motilidade dos espermatozóides. A

coleta é realizada por automasturbação solitária e o paciente deve ser orientado a não utilizar nenhum tipo de

lubrificante (incluindo saliva). Ao laboratório cabe disponibilizar períodos para coleta do material, por exemplo,

das 7:00 às 11:00 horas, para que seja factível a realização de todos os testes, sem solução de continuidade, devido

ao grande número de provas e curto período para as realizar, após a liquefação.

Estabilidade da amostra: todos os testes devem ser realizados logo após a liquefação total do material e devem

estar prontos em até 3 horas após o término do período de liquefação. Manter o material a 32 °C desde a sua coleta.

165

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Método: Análises Físico-Químicas, análises citológicas, fornecendo o número de espermatozóides, número de

formas vivas, motilidade (tipo a, tipo b, tipo c e tipo d), morfologia normal, concentração total de

espermatozóides funcionais, índice de motilidade e análises microscópica, incluindo contagens de hemácias ,

leucócitos, pesquisas de Macrófagos, formas jovens, pesquisa e aglutinação e Teste Hiposmótico.

Valores de Referência: Classificação dos espermas e valores referenciais segundo a O.M.S. (5ª Edição - 2010):

Notações:

Normozoospermia : �15 milhões de espermatozóides/mL.

Oligozoospermia : < 15 milhões de espermatozóides/mL

Oligozoospermia leve : 10 a 14 milhões de espermatozóides/mL

Oligozoospermia moderada : 5 a 9 milhões de espermatozóides/mL

Oligozoospermia acentuada : < 5 milhões de espermatozóides/mL

Criptozoospermia : < 1 milhão de espermatozóides no ejaculado

Astenozoospermia : < 32% de somatória de espermatozóides com progressão a + b

Teratozoospermia : < 50% de espermatozóides com morfologia normal e clássica

Oligoastenoteratozoospermia : Significa distúrbio nas três variáveis (combinações de apenas dois prefixos podem ser

utilizados).

Azoospermia : Ausência de espermatozóides no ejaculado (em pelo menos 2 análises realizadas

no espaço mínimo de 7 dias e máximo de 3 semanas).

Azoocitospermia : Ausência de qualquer tipo de células germinativas no sedimento do ejaculado .

Polizoospermia : > 250 milhões de espermatozóides/ mL.

Aspermia : Ausência de ejaculado.

Hiperzoocitospermia : > 3 milhões de formas jovens por mL.

Hipospermia : volume ejaculado < 1,5 mL

Hiperespemia : volume ejaculado > 8,0 mL

Globozoospermia : Tipo morfológico predominante (> 50%) com cabeças redondas.

Leucospermia : > 1.000.000 de leucócitos/mL

Hematospermia : > 1.000.000 de hemácias/mL.

Liquefação primária : Ausência de coagulação do esperma após ejaculação.

Liquefação secundária : Liquefação normal após período normal de coagulação, após a ejaculação.

Valores referenciais (mais baixo limite referencial – 95% de intervalo de confiança):

Volume : 1,5 mL (1,4 – 1,7 mL)

pH : 7,2 (acima de 8,0 pode ser prejudicial ao semen)6Concentração de espermatozs : 15.000.000/mL (12 – 16 x10 /mL)

Motilidade Total (Progressiva

e Não Progressiva) : 40% (38 – 42)

Motilidade Progressiva : 32% (31 – 34) motilidade a + b.

Morfologia clássica : 30% de espermatozóides com formas normais.

Morfologia estrita (Kruger) (*) : 4% de formas com morfologia estrita normal.

(*) alguns pesquisadores têm alertado para a importância de se descriminar todos os tipos de anormalidades dos espermatozóides na morfologia estrita, pois a presença de formas como bicefálicos, bicaudais, triplóides, etc, podem estar relacionados à gestações com alterações cromossômicas como trissomias, anencefalias , etc.

Vitalidade : > 58% (55 – 63)

Leucócitos : < 1.000.000/mL.

Hemácias : < 1.000.000/mL

Teste hiposmótico : > 60 % de formas edemaciadas: normal

GRUPO SÃO CAMILO

VI166

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167

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

50 a 60% de formas edemaciadas: Intermediário

< 50% de formas edemaciadas: anormal ou negativo

Índice de degradação do DNA: até 30% de espermatozóides com DNA degradado (método fluorescente pela

Alaranjado de Acridina)

Tempo de Redução do azul

de metileno : 45 minutos (para a redução do Azul de Metileno)

Penetração espermática : Em Ringer Frutose: >500.000 espermatozóides/mL

(2 horas a 35°C) (todos os : Em meio de Ham F-10 : > 550.000/ mL

meios tem vitamina E : Em Ham F-10+Frutose+Pentoxifilina:> 660.000/mL

como suplemento.

MAR-Test : < 50% de formas com partículas aderentes.

Frutose : 1,5 a 3,5 mg/mL (ou 13μ mol/ejaculado)

Ácido Cítrico : 3,5 a 6,8 mg/mL.

Alfa-glucosidase neutra : 20 mU/ejaculado

Zinco : 2,4μ mol/ejaculado)

Interferências:

Período insuficiente ou excessivo de abstinência.

Perda de material durante a coleta.

Temperaturas altas ou baixas durante o transporte do material até o laboratório, nos casos de coleta em domicílio.

Utilização de frasco de coleta com potencial inibidor da motilidade.

Exposição do material clínico à luz solar direta.

Medicamentos (listagem dos mais comuns):

- Medicamentos que aumentam as contagens de espermatozóides ̈ in vivo¨: Clomifeno e Tamoxifeno

- Medicamentos que não aumentam as contagens de espermatozóides ¨in vivo¨: Mezalazina, Naproxeno,

Pentoxifilina, Ranitidina.

- Medicamentos que diminuem as contagens dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de Leuprolida, Acetato de

Megestrol, Azatioprina, Bicalutamida, Bissulfano, Captopril, Cetoconazol, Cimetidina, Ciproterona,

Clorambucil, Cloridrato de Procarbazina, Colchicina, Danazol, 17- Decanoato de Nandrolona, Decanoato de

Testosterona, Democlociclina, Espirolactona, Estrógenos, Etanol, Finasterida, Fluconazol, Fluoxymesterona,

Flutamida, Goserelina, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Itraconazol, Menotrofina, Metiltestosterona,

Metrotexato, Mezalazina, Nitrofurantoina, Pimozida, Pirimetamina, Reserpina, Ribavirina, Ritornavir,

Tabaco, Trimetoprina, Undecanoato de Testeosterona.

- Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Pentoxifilina, Tamoxifeno.

- Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides¨in vivo¨: Acetato de megestrol, Acetato de

leuprolida, Ácido Valpróico, Fenitoína, Gossypol, Griseofulvina, Haloperidol, Reserpina, Tabaco e

Trimetoprina.

- Medicamentos que diminuem a motilidade dos espermatozóides ̈ in vitro¨: drogas ilegais, Gossipol.

- Medicamentos que aumentam a motilidade dos espermatozóides ̈ in vitro¨: Pentoxifilina.

Jejum: quando há solicitação da dosagem de Frutose espermática há necessidade do paciente estar em jejum

alimentar de 8 horas. Evitar excesso de frutas cítricas se houver solicitação da dosagem de Ácido Cítrico

no esperma. Com o desenvolvimento excepcional dos exames de ultrassonografia, a dosagem de alguns

”Marcadores Espermáticos” caíram em desuso.

Indicações : avaliação dos estados de fertilidade masculina.

Informações importantes: medicação atual e pregressa, profissão e local de trabalho, tempo de abstinência,

resultados anteriores, cirurgias urológicas

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GRUPO SÃO CAMILO

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ESTANHO URINÁRIO

Sinônimo mais usado: SN

Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar urina em sanitário afastado do local de trabalho. Horário e dia de coleta não são

críticos.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: até 16,6 µg/L (Cassarett e Doull – 2001) IBMP: nada consta.

Interferências: coleta em local de trabalho e tempo de conservação maior que o preconizado.

Indicações: controle de colaboradores em contato com estanho.

Informações importantes: local e tempo de trabalho em contato com o estanho.

_______________________________________________________________________________________

ESTEATÓCRITO

Sinônimo mais usado: micrométodo para gorduras nas fezes

Material e conservação para envio: 2 gramas de fezes recentes sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar em frasco limpo e seco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, fezes ao acaso,

estando o paciente submetido a sua dieta habitual.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração

Método: micrométodo segundo Phuapardit modificado por Tran et al.

Valores de Referência: primeira semana de vida : até 25%

1 a 4 semanas : até 13%

1 a 3 meses : até 7%

Acima de 3 meses : até 2%

Adultos : até 2%

Interferências: fezes contaminadas com urina, sangue, uso de medicamentos que alterem o trânsito intestinal.

Indicações: A avaliação da esteatorréia é clinicamente útil em pacientes com fibrose cística e com outras

síndromes de malabsorção intestinal, que pode compremeter seu estado nutricional devido à insuficiente

produção de lipase pancreática, principalmente. O método apresenta vantagens em relação aos métodos de Van

Kramer, por acidificar as amostras obtendo-se técnica de maior sensibilidade.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

ESTRADIOL

Sinônimo mais usado : E2

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada. As mulheres em idade que tem ciclo menstrual devem, preferencialmente coletar entre o

13° e 15° dias do ciclo, salvo outra orientação médica, conforme o quadro clínico.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

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Valores de Referência: intervalo de confiança de 97,5%

Valores Pediátricos (pg/mL): Feminino:

RN ...................................................... : 0 a 36 pg/mL

até 10 anos........................................... : 0 a 46 pg/mL

11 a 14 anos......................................... : 0 a 136 pg/mL

Fase Folicular (-12 a -4 dias) .............. : 19,5 a 144,2 pg/mL

Meio do ciclo (-3 a +2 dias) ................ : 63,9 a 356,7 pg/mL

Fase Lútea (+4 a +12 dias) ................. : 55,8 a 214,2 pg/mL

Pós menopausa ................................... : 0 a 32,2 pg/mL

Masculino:

até 14 anos ........................................... : 0 a 24 pg/mL

15 a 19 anos ........................................ : 0 a 29 pg/mL

> 20 anos ............................................ : 0 a 39,8 pg/mL

169

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências:

Elevações: Fatores externos: contracepção, tratamentos substitutivos, uso de indutores da ovulação.

Fatores orgânicos: Gravidez, Tumores secretores de estradiol, que podem ser Adrenais, Ovarianos ou

Testiculares, Puberdade precoce e ginecomastia.

Diminuições: Insuficiência ovariana, ciclos curtos devido a diminuição da fase lútea, amenorréia primária ou

secundária, Tumores da hipófise, Síndrome de Stein-Leventhal e anorexia nervosa.

Indicações: vide interferências.

Nos casos de insuficiência ovariana pode-se utilizar da associação da dosagem do Estradiol, com as dosagens do

FSH e mesmo do teste da Gonadorolina (LHRH) :

FSH elevado: pode ocorrer em Amenorréia primária por disgenesia ovariana. Amenorréia secundária ou

adquirida, como na menopausa, normal ou precoce, castração ou radioterapia, etc.

FSH Normal: craniofaringioma, fim de tratamento com estrógenos e progestágenos, amenorréia psicogênica,

anorexia nervosa (geralmente com aumento da Prolactina), Síndrome de Morsier, etc.

FSH baixo: hipopituitarismo.

Informações importantes: medicação atual, cirurgias, data da última menstruação, menopausa e idade.

_______________________________________________________________________________________

Estradiol Biodisponível: (pg/mL):

Homens: 3,8 – 30,0Mulheres:- Fase folicular

7,0 – 47,0

- Meio de ciclo 35,0 – 118,0- Fase luteínica 8,2 – 52,0- Pós-menopausa 0,0 – 6,0

ESTRIOL LIVRE

Sinônimo mais usado: E3-livre

Material e conservação para envio: 2 ml sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Em mulheres não grávidas os níveis

podem não ser detectados pelos métodos usuais.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

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Método: quimioluminescência.

Interferências: Durante a gestação, diabetes, hipertensão, tabagismo, etilismo e obesidade podem diminuir os

níveis de estriol livre. As gestantes podem apresentar baixos níveis de estrio livre com fetos pequenos, em

alterações cromossômics, como na Síndrome de Down e outras trissomias, na Mola Hidatiforme, anencefalia e

perda fetal. Medicamentos como corticoides, diuréticos, penicilina e derivados e estrógenos podem tambem

diminuir os níveis de Estriol. A gemelaridade e o uso de ocitocina podem elevar os seus níveis. Nas doenças

renais e nas alterações do perfil protéico sérico, o estriol total pode sofrer alterações, preferindo-se, atualmente, a

dosagem do estriol livre.

Indicações : O estriol é o resultado da hidroxilação do estradiol e estrona. É o principal catabólito dos estrógenos

urinários. Durante a gestação há um aumento da síntese do estriol, pela unidade feto-placentária, através da ação

da 6-alfa Hidroxilase, sobre o Sulfato de Dehidroepiandrosterona, no fígado fetal, sendo a sua atividade

estrogênica 100% mais fraca que o estradiol. Compete com os receptores do estradiol, agindo como um anti-

estrogênio. Assim, há uma correlação estreita entre os valores gestacionais do estriol livre e a vitalidade fetal,

assim como o peso no nascimento e o tamanho placentário. Uma queda nos níveis do Estriol Livre pode ser uma

indicação de indução do parto ou senescência placentária. Análises seriadas do estriol ajudam no seguimento

gestacional.

Informações importantes: A paciente deve informar sobre tabagismo, semanas de gestação, medicação atual,

etilismo, uso de medicamentos, uso de drogas, etc.

_______________________________________________________________________________________

ESTRONA

Sinônimo mais usado: E1

Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Mulheres não grávidas, com ciclo menstrual, devem coletar entre o

13° e 15◦ dias do ciclo, ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob congelação ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

GRUPO SÃO CAMILO

VI170

Valores de Referência: Homens (adultos) . . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL

Mulheres (adultas) . . . . . . . . . . : < 0,2 ng/mL

Mulheres Grávidas:

06 a 10 semanas : 0,0 a 1,6 ng/mL 26 semanas . . . . . . : 1,9 a 9,5 ng/mL

11 semanas . . . . : 0,1 a 2,8 ng/mL 28 semanas . . . . . . : 1,9 a 9,5 ng/mL

14 semanas . . . . : 0,2 a 3,0 ng/mL 30 semanas . . . . . . : 2,0 a 10,8 ng/mL

15 semanas . . . . : 0,2 a 3,5 ng/mL 32 semanas . . . . . . : 2,5 a 11,3 ng/mL

16 semanas . . . . : 0,3 a 4,2 ng/mL 34 semanas . . . . . . : 2,2 a 12,7 ng/mL

17 semanas . . . . : 0,4 a 5,2 ng/mL 36 semanas . . . . . . : 2,5 a 25,0 ng/mL

18 semanas . . . . : 0,4 a 5,8 ng/mL 37 semanas . . . . . . : 3,6 a 25,3 ng/mL

19 semanas . . . . : 0,4 a 6,2 ng/mL 38 semanas . . . . . . : 6,6 a 29,7 ng/mL

20 semanas . . . . : 0,4 a 6,8 ng/mL 39 semanas . . . . . . : 6,7 a 25,3 ng/mL

22 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL 40 semanas . . . . . . : 7,2 a 22,9 ng/mL

24 semanas . . . . : 0,4 a 9,1 ng/mL 41 semanas . . . . . . : 8,8 a 31,5 ng/mL

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Valores de Referência: (em pg/mL)

Mulheres:

1◦ trimestre de gestação : 61,7 a 715,4

2◦ trimestre de gestação : 166,8 a 1861,0

3◦ trimestre de gestação : 1040,0 a 3209,0

Pós-menopausa com TRH : 40,0 a 346,0

Pós-menopausa sem TRH : 14,1 a 102,0

Fase folicular : 15,0 a 100,0

Fase lútea : 15,0 a 130,0

Menopausa : 15,0 a 65,0

Pré-Puberal : até 25,0

Homens

Adultos : 30,0 a 55,0

Pré-Puberal : até 25,0

Interferências : medicação estrogênica ou anti-estrogênica, tumores ou hiperplasia adrenal.

Indicações: Na mulher aproximadamente 30% da estrona é produzida pela conversão do estradiol e da delta-4-

androstenediona e 70% são produzidos pelos ovários. Na menopausa, com o fim da atividade ovariana, toda

estrona circulante provém da conversão da delta-4-androstenediona. A sua potência estrogênica é muito inferior

ao do Estradiol. A estrona praticamente não sofre alterações com o ciclo menstrual, mas apresenta um ciclo

diurno devido à ativação adrenal. Sua eliminação é rápida, pois não se liga ao SHBG. Serve como indicador da

maturação adrenal na puberdade.

Uma das principais indicações para a dosagem da Estrona são os casos suspeitos de hiperplasia congênita

virilizante ou tumores de produção independente, das supra-renais, que apresentam elevados níveis de Estrona.

Informações importantes: idade, sexo, medicação atual, semanas de gestação.

_______________________________________________________________________________________

EXAME A FRESCO

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para o envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório

São Camilo (ed.2008).

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: vide item acima.

Método: o Laboratório São Camilo utiliza na observação em lâmina/lamínula, solução salina estéril, coloração de

Steinheimer-Malbin, Fenol-azul algodão ou tinta Nanquin, conforme o objetivo do exame a fresco, como para

observações bacteriológicas, citológicas ou micológicas. As observações são realizadas em Microscopia óptica comum

ou em Microscopia de fase, ou campo escuro (para pesquisa de espiroquetídeos, como treponemas ou leptospiras).

Valores de Referência: negativo para agentes patológicos.

Interferências: local da coleta, quantidade significativa de material, conservação pré-analítica, medicação

anterior ou atual, fase menstrual, etc.

Indicações: muitos diagnósticos são fechados por exames a fresco, como pesquisa positiva de treponemas em

lesões genitais, ou leptospiras em urina de pacientes com quadro clínico sugestivo, ou presença de leveduras ou

agentes da vaginites bacterianas, ou ainda presença de Criptococos no sedimento de LCR com contraste com

tinta Nanquim. Algumas micoses subcutâneas e mesmo profundas podem ser diagnosticadas com exames a

fresco, como a presença de Paracoccidioides brasiliensis em escarro ou lesões mucosas.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: local correto da coleta, informações sobre a lesão, ou lesões, medicação atual ou

pregressa, sexo, tempo de doença, etc.

_______________________________________________________________________________________

EXAME DE URINA- ROTINA

Sinônimo mais usado: Urina I, Parcial de urina

Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo. 2ª Edição.

Instruções para coleta: são várias as opções de materiais para este exame, desde amostra recente ao acaso ou

aleatória, principalmente nos casos infantis ou urgências, ou primeira urina da manhã ( jato médio) ou ainda

segunda urina da manhã.

- Para amostras ao acaso ou aleatórias, segue as normas pré-analíticas da ABNT CB-36, geralmente para casos

agudos, mas pode oferecer resultados falsos-positivos ou negativos.

- Primeira urina da manhã: atualmente alguns clínicos referem-se a primeira micção após repouso no leito, pois

está aumentando o número de profissionais que trabalham a noite. É necessária uma retenção urinária mínima

de 4 horas. Apresenta uma maior concentração dos elementos usuais da urina, e o número de bactérias é mais

significativo nestes materiais. É o material de escolha para pacientes hospitalizados. Como o número de

enterobactérias que possam estar colonizando uma urina dobra a cada 20 minutos, a entrega deste material

coletado em casa deve ser o mais breve possível. Com a colocação de 500 mg de Ácido Bórico estéril para cada

50 mL de urina emitida, o número bacteriano permanece o mesmo, e o material pode ser entregue, ao

laboratório, até um período de 24 horas após a micção. Melhor ainda é utilizar lâmino-cultivo e enviar a

temperatura ambiente (solicitar o Lâmino-Cultivo).

- Segunda micção após repouso no leito: o período de retenção urinária deve variar de 2 a 4 horas após a primeira

micção, após período de repouso. É o material mais indicado para pacientes atendidos em regime de

ambulatório. Para se evitar interferências pré-analíticas, algumas instruções devem ser seguidas:

a) manutenção do jejum

b) hidratação controlada em até 200 mL de água após a primeira coleta.

c) manter o paciente sentado ou deitado para se evitar resultados falso-positivos para proteinúria (por esforço

físico).

Em qualquer tipo de coleta utilizar sempre o jato médio. Instruir o paciente para eliminar aproximadamente

metade da urina retida na bexiga, e coletar por volta de 50 mL de urina, e desprezar o restante da micção.

Lavar bem as mãos com sabonete e seca-las com papel toalha absorvente, ou toalha limpa. Os genitais devem ser

lavados com água e sabonete, e enxutos com papel absorvente ou toalha limpa. Os homens devem retrair bem o

prepúcio durante a higiene e a coleta. As mulheres devem abrir bem os lábios vaginais, para que a micção possa

sair em jato.

Nota: as mulheres que estiverem menstruadas ou que apresentarem corrimento vaginal, deverão colocar um

absorvente interno (tipo OB, Tampax, etc.) aguardar 10 minutos antes de proceder a higiene dos genitais para

posterior coleta. Não deixar de retirar o absorvente interno logo após a coleta.

Estabilidade da amostra: vide instruções para coleta e o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do

Laboratório São Camilo.

Método: Físico-químico, automatizado e Microscópico em câmaras de Neubauer.

Valores de Referência:

Caracteres Adultos Crianças

Cor : amarelo-citrina amarelo-palha a amarelo-citrina

Aspecto : límpida límpida

Densidade : 1016 a 1025 1001 a 1030

GRUPO SÃO CAMILO

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pH : 4,5 a 8,0 4,5 a 7,5

Pesquisa de Nitritos : Negativa Negativa

Proteínas : < a 30 mg/L R.N Primeiros dias

: < 490 mg/L(*) R.N ( 15 dias)

: < 50 mg/L(*) Até 16 anos

: < 80 mg/L(*) Glicose

: Ausentes Ausentes

Corpos cetônicos : Ausentes Ausentes

Urobilinogênio : inferior a 1 mg/dL Inferior a 1 mg/dL

Bilirrubinas : Ausentes Ausentes

Hemoglobina : Ausente Ausente

Vitamina C : Ausente Ausente (**)(*) = No R.N de poucos dias a relação Albumina/Globulina atinge valores de 1/3 ; Após os 15 dias de vida esta relação passa a ser de 1/10.(**) = A vitamina C, assim como tetraciclina ou Ácido Homogentísico podem produzir resultados falso-positivos. Nestes casos a suspensão da medicação pode definir o diagnóstico, e a pesquisa de Ácido Homogentísico também define o diagnóstico.

Valores de Referência para Sedimento Urinário:

Eritrócitos : < 10.000/mL ( geralmente íntegros)

Leucócitos : < 10.000/mL ( geralmente íntegros)

Células descamativas : raras

Filamentos de muco : raros

Cilindros (Hialinos) : < 110/mL

Bactérias : ausentes

Indicações:

Cor: a urina tem uma variação normal que vai do amarelo palha ao amarelo-citrina. As variações mais comuns

são:

Incolor: geralmente por urina de baixa densidade, por polidipsia ou poliúria, comuns no diabetes.

Leitosa: presença de grande quantidade de cristais de fosfatos na urina alcalina, quilúria, devido à

obstrução do sistema linfático.

Verde-azulada: presença de biliverdina ou cor medicamentosa.

Amarelo-avermelhado: medicamentosa, principalmente por Complexo B e outros medicamentos.

Amarelo-ouro: alta densidade ou cor medicamentosa.

Amarelo-esverdeada: bilirrubinas

Âmbar: altas concentrações de bilirrubinas.

Densidade: varia de acordo com o estado de hidratação e capacidade de concentração renal. Os limites

fisiológicos ficam entre 1.005 e 1.040. Acima de 1.020 a capacidade de concentração renal está preservada. A

presença de altos níveis de corpos cetônicos pode interferir na reação de cor da área da densidade em tiras

reativas.

pH urinário: com o jejum a urina tende a ser ácida. A ingesta tende a torna-la alcalina. O pH ácido ocorre nos

quadros de diarréia, na perda urinária de potássio, nas desidratações, febre alta, nos quadros de acidose e em

intoxicações com hidrocarbonetos. O pH alcalino pode ocorrer em quadros de hiperemese, alcalose metabólica,

medicamentos alcalinos, como bicarbonatos e presença, na urina, de bactérias que quebram a uréia.

Proteinúria: posição ortostática prolongada pode gerar proteinúrias seletivas. Alterações morfológicas da

membrana basal dos glomérulos alteram a proteinúria quantitativa e qualitativamente. Necrose tubular, com

queda da reabsorção protéica, insuficiência cardíaca.

Nitritos: aparecem nas infecções urinárias por enterobactérias, devido a conversão do nitrato urinário em nitrito

.Infecções bacterianas com mais de 100 mil Bacilos Gram-Negativos, produtores de redutase/mL apresentam o teste

de Nitritro positivo.

173

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Glicose: em condições renais normais, a glicosúria ocorre somente quando a glicemia ultrapassa a concentração

de 180 mg/dL (TM-renal). Ocorre no Diabetes Mellitus, na Glicosúria renal, na Síndrome de Cushing,

hipertireoidismo, acromegalia, feocromocitoma, acidose metabólica, gestação, síndrome nefrótica, síndrome de

Fanconi, etc.

Corpos cetônicos: a cetonúria ocorre nos estados de catabolismo intenso, jejum prolongado ou no Diabetes

Mellitus descompensado.

Bilirrubinas: a bilirrubina eliminada pela urina é a Conjugada ou Direta e seu aparecimento ocorre nos casos de

obstrução pós-hepática e hepática.

Urobilinogênio: pode se elevar na urina nos surtos hemolíticos, em alguns outros quadros hepáticos

Hemoglobina: a sua pesquisa é geralmente utilizada como controle da presença de hemácias ou hemoglobina livre

na urina ou mioglobina. As principais causas de hematúrias patológicas são: diáteses da coagulação, infecções uriná-

rias, litíase renal, necrose papilar renal, nefrite intersticial, rins policísticos, traumatismos renais e de vias renais, tumores

dos rins, vias urinárias e bexiga, e tumores do retro-peritônio.(Hemácias dismórficas tem item específico).

Limitações dos testes:

Densidade: para cada 1% de proteína a densidade se eleva em 0,003. Para cada 1% de glicose a densidade se

eleva em 0,004. Contrastes de Raio-X e conservantes podem elevar a densidade urinária falsamente.

pH: atinge-se valores de 5 a 9. Alterações podem ocorrer com medicações que alteram a coloração urinária

ou excesso de material que pode escorrer de uma para outra área de teste.

Proteínas: o limite de detecção deste método é de 10 mg/dL . Resultados falso-positivos são encontrados com pH

acima de 9, na presença de drogas anti-maláricas, trimetoprina e com o uso de expansores plasmáticos.

Nitritos: o teste detecta nitritos a partir da concentração mínima de 0,03 mg/dL, em densidade urinária normal e

com níveis de até 20 mg/L de Ácido Ascórbico. O teste é específico. Podem ocorrer reações falso-

negativas com micções freqüentes, já que a urina não fica muito tempo da bexiga, não dando tempo da

transformação dos nitratos em nitritos pela enterobactérias. Períodos prolongados de jejum podem

diminuir a quantidade de nitrato oriundo da alimentação para a urina, que também pode ocorrer nas

alimentações parenterais ou dietas isentas de vegetais. A urina armazenada por períodos maiores que 4

horas, podem, sem refrigeração adequada, ou mal manipulada ou colhida, apresentar resultados falso-

positivos ou falso-negativos. Deve-se ter em mente, que um resultado negativo não é garantia de

ausência de bacteriúria significativa.

Glicose: em condições normais nenhuma glicose é detectada na urina, embora uma pequena quantidade, sempre

seja eliminada pelos rins. O limite mínimo de detecção da glicose é de 100 mg/dL de glicose, sendo um

teste específico. As fitas reagentes não reagem cruzadamente com lactose, galactose ou frutose, nem

reduz os metabólitos de salicilatos ou ácido nalidíxico. Resultados falso-negativos com concentração

baixa de glicose, podem ocorrer com densidades maiores que 1.020 e pH elevado. Concentrações elevadas

(> 50 mg/dL) de Ácido Ascórbico também interferem negativamente nas urinas com baixas concentrações

de glicose, fato que também é produzido por elevadas taxas de corpos cetônicos (> 40 mg/dL).

Corpos cetônicos: a reação é específica para ácido acetoacético, não ocorrendo reações com a acetona ou ácido

betahidroxibutírico. A presença de medicamentos que alteram a cor da urina pode prejudicar a

leitura da reação. O nível mínimo de detecção é de 5 mg/dL. Metabólitos da Levodopa podem

produzir reações falso-positivas. Jejum, gestação e exercícios físicos intensos podem produzir

corpos cetônicos detectáveis na urina. Alta densidade e pH baixo podem produzir reações fracas

(traços) na área do teste.

Urobilinogênio: o teste detecta o urobilinogênio a partir de 0,1 Unidade de Erlich/dL. Medicamentos baseados

na azo-Gastrina podem provocar reações falso-negativas.

Bilirrubinas: Normalmente a bilirrubina não é detectada na urina pelos métodos mais sensíveis. Logo resultados

em traços de bilirrubina são considerados anormais e devem orientar para investigações adicionais

sobre o achado. O teste detecta bilirrubina a partir de 0,5 mg/dL. Medicamentos que dão cor em

GRUPO SÃO CAMILO

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urinas ácidas, como Piridium, Selenium, etc, podem produzir resultados falso-positivos ¨in vitro¨.

Concentrações de ácido ascórbico superiores a 25 mg/dL podem produzir reações falso-negativas.

Hemoglobina (presença de sangue na urina): a reação é específica para hemoglobina livre ou mioglobina. A

presença de pontos verdes na área de reação indicam a presença de eritrócitos intactos. A

sensibilidade analítica mínima é de 0,015 mg/dL de Hb-livre ou de 5 15 eritrócitos íntegros por

mcL, com densidade urinária de no mínimo 1.005 e concentrações de ácido ascórbico inferiores a

40 mg/dL. Densidade elevada e presença de ácido ascórbico (> 40 mg/dL) pode levar a reação falso-

positiva. Densidade elevada ou proteína elevada podem reduzir a reação do teste de sangue.

Contaminantes oxidantes como o hipoclorito de sódio ou a peroxidase microbiana associada à cistite

infecciosa podem produzir resultados falso-positivos. Dependendo da cor da urina, do resultado da tira

teste e da presença de hemácias no sedimento urinário, podemos diferenciar hematúria, de

hemoglobinúria e de mioglobinúria. As três condições apresentam o teste para hemoglobina positivo

na fita. Na hematúria há a presença de hemácias no sedimento. Na hemoglobinúria, a cor da urina é

vermelha, sem hemácias no sedimento e na mioglobinúria a urina tem a coloração marron (ficando

exposta à luz tende a ficar mais escura), sem hemácias no sedimento.

Sedimento urinário: (interferências)

Cilindros Hialinos (sua presença ocasional é normal): Elevações com Anfotericina, Cefaloridina, Ácido

Etacrínico e Furosemide. Ocorre nos quadros de estase urinária.

Cilindros Granulosos: Elevações no uso de Sais de Bismuto, Calcitonina, Kanamicina, Indometacina e

Anfotericina. Aparecem nas lesões tubulares.

Cilindros hemáticos: podem aparecer nas nefrites intersticiais, GNDA e na associação de presença de

cilindros hialinos com medicações que podem levar a quadros de hematúria.

Cilindros leucocitários: não sofrem interferências medicamentosas, e podem aparecer durante quadros de

piolonefrite.

Cilindros epiteliais: ocorrem em lesões tubulares, sem interferências outras.

Cilindros Céreos: ocorrem em lesões tubulares e insuficiência renal, com longos períodos de estase

tubular.

Cilindros lipídicos: ocorrem na Síndrome nefrótica grave.

Hemácias: elevações: Alopurinol, Anfotericina, Anticoagulantes orais, Heparina, Colchicina,

Ciclofosfamida, Indometacina, Levodopa, Oxifenbutazona, Penicilina, Fenilbutazona,

substâncias radiográficas de eliminação renal, sulfonamidas e fenóis.

Células tubulares (de presença ocasional): Elevações: Alopurinol, Acetominofeno, Salicilatos, Sais de Bismuto,

Cafeína, Calcitonina, Óleo de Rícino, Corticosteróides, Fenacetina e intoxicação por Tálio.

Células tumorais e células descamativas: não sofrem qualquer interferência.

Cristais: Com menor importância clínica, os cristais de fosfatos, uratos e oxalato de cálcio são muito comuns na

urina normal. O pH urinário é um dos fatores importantes na formação de cristais na urina. Cristais que podem

indicar doença são: cristais de cistina (cistinúria), leucina e tirosina. Os cristais de Oxalato de Cálcio podem

aparecer em dietas ricas em vegetais, doença renal crônica grave, ressecção do intestino delgado, intoxicação por

etilenoglicol e metoxiflurano. Os cristais de Fosfato triplo amoniacal-magnesiano pode aparecer na ingestão

elevada de frutas. Cristais de tirosina e leucina podem ser encontrados em doenças hepáticas graves. Colesterol :

infecções graves das vias urinárias, nefrites, ruptura ou obliterações de vasos linfáticos da pelve renal. Cristais de

Ácido Úrico ocorre somente em 10 a 20% dos pacientes com gota clínica. Pode ocorrer em pacientes com

linfoma maligno e leucoses.

Informações importantes: tipo do material: primeira ou segunda urina após período de repouso. Medicação

atual, idade e sexo do paciente. Se a paciente está menstruada, se há corrimento vaginal.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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FATOR V (Fator Lábil)

Sinônimo mais usado: Proacelerina

Material e conservação para envio: frasco com citrato de sódio, tampa azul (preferência BD ou Vacuette),

respeitando a proporção de 4,5 de sangue total e 0,5 de anticoagulante. Homoneizar o tubo imediatamente após a

coleta. Separar imediatamente o plasma, centrifugando a 3000 rpm por 15 minutos. Estocar sob congelamento

até o momento do envio. Enviar congelado em gelo seco.

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Evitar garroteamento prolongado. Pacientes reconhecidamente

hiperlipêmicos devem coletar após jejum não inferior a 12 horas.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.

Método:: coagulométrico.

Valores de Referência: 70 a 140% (concentrações de 5 a 10% são suficientes para se manter a homeostasia).

Indicações: O Fator V é estruturalmente uma glicoproteína produzida no fígado, independente da Vitamina K,

não é afetado por medicação coumarínica. Sua deficiência pode ser congênita ou adquirida. A deficiência

congênita severa produz um quadro clínico hemorrágico conhecido por para-hemofilia, podendo produzir

quadros de hemartrose, hemorragia cerebral e hematomas profundos. Os quadros adquiridos são produzidos por

insuficiência hepática grave, CIVD. Em aproximadamente 35% dos casos o tempo de sangramento é

prolongado. Nos testes de triagem o KPTT e o TAP se apresentam elevados.

Informações importantes: quadro clínico, terapêutica atual.

OBS.: não confundir com Fator V de Leiden (vide abaixo)

_______________________________________________________________________________________

FATOR V DE LEIDEN

Sinônimo mais usado: FQ 506

Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal

em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método : PCR em tempo real.

Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal).

Interferências: como é um teste em PCR para detecção da mutação gênica, não sofre interferências da

anticoagulação . Os níveis de falso-positivos atingem níveis inferiores a 5% e se devem a outras mutações com

estrutura gênica semelhante.

Indicações: a presença de resistência à Proteína C, que é uma mutação que leva a resistência do Fator V à

ação do complexo Proteína C/Proteína S, pode levar a produção de trombose. Esta mutação pode ser

responsável por aproximadamente 20 a 62% dos casos de tromboembolismo recorrente, principalmente se

associada a outra alteração, como deficiência da Proteína C, Proteína S ou AT-III. Geralmente ocorre em

pacientes com menos de 45 anos, que tem histórico familiar, trombose recorrente e em sítios pouco comuns,

como trombose mesentérica e trombose de veias cerebrais. Pacientes com Fator V de Leiden associados à

hiper-homocisteinemia, ou estado gestacional ou em uso de anticoncepcionais orais, tem maior

probabilidade de quadros de trombose que a população em geral.

Informações importantes: histórico familiar e quadro clínico.

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GRUPO SÃO CAMILO

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FATOR VII (Proconvertina)

Sinônimo mais usado: Fator estável.

Material e conservação para envio: vide Fator V.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, com jejum mínimo de 4 horas. Pacientes reconhecidamente

dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelação.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: 60 a 140% (Uma concentração de 5 a 10% de Fator VII é suficiente para manter a

hemostasia).

Interferências: antibióticos que inibem a absorção da Vitamina K.

Indicações: A deficiência congênita do Fator VII provoca, dependendo do nível da deficiência, uma Síndrome

hemorrágica de severidade condizente com os níveis circulantes do fator. Os quadros geralmente se apresentam com

equimoses, epistaxes e sangramentos menstruais aumentados. As deficiências adquiridas são associadas à doenças

hepáticas, como insuficiência hepática, cirrose, etc., ou excesso de consumo, como na CIVD e nos quadros de

fibrinolise.

Pode haver associação com deficiências dos fatores II, IX,X e Proteína C e S. O Fator VII é vitamina K

dependente.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico. Acima dos níveis normais pode estar relacionado

a fenômenos troboembólicos.

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FATOR VIII

Sinônimo mais usado : Fator anti-Hemofílico A

Material e conservação para envio: vide Fator V.

Instruções para coleta: vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: Para a população não afetada geneticamente. : 50 a 150%

Hemofilia A : Grave ....................................: < 1%

Moderadamente grave.....................................: 1 a 5%

Leve......................................: 5 a 30%

Interferências: Medicamentos que impedem a absorção ou ação da Vitamina K, já que o Fator VIII é dependente

desta Vitamina.

Indicações: a deficiência do Fator VIII é suspeitada, laboratorialmente, quanto temos um KPTT anormal, TP

normal , TT normal , TS e TC (Quick) normais. A determinação dos níveis do Fator VIII, abaixo de 30% permite o

diagnóstico de Hemofilia A. Atualmente níveis elevados de Fator VIII, acima de 170% podem estar relacionados

com hipercoagulabilidade do sangue, ou trombofilia.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

Nota: Por ser uma proteína de fase aguda, o fator VIII deve sempre ser realizado na ausência de processos

inflamatórios. A determinação da atividade do fator VIII necessita sempre ser correlacionado com a

proteína C reativa ou a dosagem da Alfa-1-Glicoproteína Ácida. Alguns pacientes do grupo sanguíneo O

podem apresentar níveis mais baixos de fator VIII, mas ainda dentro da faixa de referência.

177

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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FATOR IX

Sinônimo mais usado: fator anti-hemofílico B

Material e conservação para envio: vide Fator V.

Instruções para coleta: vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: na população não afetada : 60 a 135%

Hemofilia B .........Grave : < 1 %

Moderada : 1 a 5 %

Leve : 5 a 30%

Interferências: como é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que possa interferir na sua absorção

ou metabolismo, pode interferir na produção hepática deste Fator.

Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências de Fator IX. O Fator IX tem menor importância que o Fator

VIII nos casos de Trombofilia, mas valores superiores a 135% devem ser investigados.

Informações Importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

FATOR X

Sinônimo mais usado: Fator de Stuart-Prower

Material e conservação para envio: vide Fator V

Instruções para coleta: vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: na população em geral encontramos valores de 80 a 140%

OBS.: Nível homestático mínimo é de 10% (necessário para manter a homeostasia).

Interferências: como o Fator X é dependente da Vitamina K, qualquer medicamento que impeça a sua absorção

ou ação pode interferir nos resultados.

Indicações: pacientes com deficiência de Fator X apresentam o KPTT e o TP elevados, com TT normal. A

deficiência congênita grave é muito rara e geralmente os pais tem consanguinidade. As deficiências adquiridas

geralmente são por deficiência de Vitamina K, anticoagulação oral e hepatopatias graves. Os casos de defeitos

de síntese são raríssimos.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

FATOR XI

Sinônimo mais usado :Fator antecedente da Tromboplastina plasmática.

Material e conservação para envio: vide Fator V.

Instruções para coleta: vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: 80 a 130%

Nota: Nível homeostático mínimo é de 20% a 30%.

GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: como não depende da Vitamina K, é isento da ação de anticoagulantes orais.

Indicações : Somente são conhecidos casos de deficiências congênitas. Os quadros clínicos podem ocorrer com

a mesma intensidade tanto nos casos homo como heterozigóticos autossômico-recessivos. Os sangramentos

podem ser leves a moderados e sempre pós-traumáticos, o mesmo ocorrendo com os quadros graves. Os

pacientes heterozigóticos podem não apresentar hemorragias após intervenções cirúrgicas. Todos os pacientes

com deficiência do Fator XI apresentam o KPTT elevado, com TP e TT normais.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

FATOR XII

Sinônimo mais usado: Fator de Hageman

Material e conservação para envio: vide Fator V

Instruções para coleta: vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: vide Fator V

Valores de Referência: 70 a 130%

Nota: O nível homeostático mínimo é desconhecido.

Interferências: não há dados confiáveis.

Indicações: A deficiência do Fator XII é geralmente um achado laboratorial, uma vez que não se relaciona a

quadros hemorrágicos, somente um KPTT alterado, com TP e TT normais.

A explicação para este fenômeno é que o Fator XII somente é utilizado para iniciar a coagulação in vitro e

não in vivo.

Informações importantes: quadro clínico

_______________________________________________________________________________________

FATOR XIII

Sinônimo mais usado: Fator Estabilizador da Fibrina

Material e conservação para envio: vide Fator V

Instruções para coleta:vide Fator V.

Estabilidade da amostra: vide Fator V.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: 55 a 140%.

Interferências: o Fator XIII não é Vitamina K- dependente e não sofre ação de coumarínicos.

Indicações: diagnóstico laboratorial das deficiências do Fator XIII.

As deficiências podem ser congênitas (muito raras) ou adquiridas, como na insuficiência hepática, na

insuficiência renal aguda, em algumas leucemias, nas cardiopatias em geral, nos períodos pós-operatórios, nas

intoxicações agudas com venenos, mercúrio e fósforo, e nas CIVD.

Informações importantes: quadro clínico e medicação recente.

_______________________________________________________________________________________

FATOR ANTI-NUCLEAR (FAN) - VER ANTICORPOS CONTRA ANTÍGENOS CELULARES -

PESQUISA

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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FATOR Du (Rh FRACO)

Sinônimo mais usado : Du

Material e conservação para envio: 2 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.

Método: Imunohematológico, em gel.

Valores de Referência: -

Interferências: hiperlipemia pode ser uma interferência a ser considerada, apesar das hemácias serem lavadas

antes do teste. A presença de geléia de Wharton, nos sangues obtidos de cordão umbilical, pode inviabilizar o teste.

Indicações: o teste de Du ou Rh Fraco serve para confirmatório de sangue Rh positivo.

Os pacientes Du-positivos, devem ser considerados Rh positivos como doadores e Rh negativos como receptores.

Informações importantes: se o paciente sofreu transfusão sangüínea recentemente.

_______________________________________________________________________________________

FATOR INTRÍNSECO – ANTICORPOS ANTI-

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-fator intrínseco

Material e conservação para envio: 1,5 mL soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente : até 6 U/mL

Reagente : � 6 U/mL

Interferências: hemólise e lipemia.

Indicações: o fator intrínseco(FI) é uma glicoproteína produzida pelas células do fundo do estômago. A

absorção da Vitamina B12 só é possível quando o Fator Intrínseco formam um complexo, para que a absorção

ocorra no íleo. Na anemia de Biermer a presença de auto-anticorpos anti-fator intrínseco inibe a sua ligação com

a vitamina B12, impedindo a sua absorção. Existem também auto-anticorpos que são específicos contra o

complexo FI-B12. Tanto um como o outro tipo de anticorpos produzem quadros de anemia megaloblástica.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e perfil hematológico.

_______________________________________________________________________________________

FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL - VER PRO-BNP

_______________________________________________________________________________________

FATOR REUMATÓIDE

Sinônimo mais usado : FR.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima coleta.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: turbidimetria quantitativa.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: até 20 UI/mL

Interferências: Hiperlipemia, anticorpos heterófilos, hiperbilirrubinemia e hiperproteinemia.

Indicações: O Fator Reumatóide é formado por um grupo de anticorpos anti-imunoglobulinas que se apresenta

elevado na Artrite Reumatóide. Esses anticorpos reconhecem determinantes antigênicos do fragmento Fc das

imunoglobulinas IgG. Uma vez ativados os linfócitos B a produção do fator Reumatóide é iniciada, com a produção

de complexos antígeno-anticorpo que levam a ativação do sistema de complemento e produção de lesões tissulares.

Durante a evolução da doença, quantidades diferentes do fator podem ocorrer levando a piora ou melhora do quadro,

principalmente em relação ao tratamento.

Há uma correlação entre os níveis de fator circulante e o grau de acometimento articular.

Em aproximadamente 20% dos casos a sorologia pode ser negativa, por uma série de características pessoais,

como em portadores de HLA-DR4, por deficiência na produção de IgM como FR, ou produção de FR em IgA

produzindo patologias extra-articulares, como na doença de Berger, como na nefropatia por depósito de IgA, na

doença de Henoch-Schoenlein e ainda nas endocardites infecciosas.

Outras colagenoses podem cursar com FR presente, sem correlação clínica com a sua positividade. Por volta de

5% dos indivíduos normais podem apresentar FR reagente. Outros tipos de patologias não associadas, como

sífilis, adenoviroses, tuberculose, leishmaniose visceral , mononucleose, etc podem apresentar reação cruzada

com o FR. Geralmente a doença aparece 1 ano após a sua detecção. As formas infantis geralmente são

sorologicamente negativas (FR). A pesquisa de anticorpos anti-CCP ou MVR, podem mudar o quadro sorológico

e antecipar em alguns anos o diagnóstico da AR.

Informações importantes: medicação pregressa, atual, patologias recentes, etc.

_______________________________________________________________________________________

FENILALANINA

Sinônimo mais usado: PKU

Material e conservação para o envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: HPLC

Interferências: Elevações: medicações anti-fúngicas sistêmicas.

Diminuições: Ácido Ascórbico, Glicose, Histidina e Progesterona em doses elevadas.

Indicações: exame confirmatório da alteração específica no teste do pezinho. Pode ser utilizado nos

acompanhamentos de pacientes positivos.

Informações importantes: níveis de PKU obtidos nos testes do pezinho, medicação atual e medicação materna.

_______________________________________________________________________________________

FENITOÍNA

Sinônimo mais usado: Difenilhidantoína

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas, coletar preferencialmente antes da próxima

181

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: Preamturos até 6 semanas . . . . : 98 a 213 nmol/mL

0 a 1 mês . . . . . . . . . . . . . . . . . : 38 a 137 nmol/mL

1 a 24 meses . . . . . . . . . . . . . . : 31 a 75 nmol/mL

2 a 18 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 26 a 91 nmol/mL

Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 35 a 85 nmol/mL

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dose do medicamento, ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Níveis terapêuticos : Adultos : 10 a 20 mcg/mL

: Crianças : 6 a 11 mcg/mL

Interferências: Elevações: nas insuficiências renais, o principal metabólito (5-P-Hidrofenil-5-Fenil-

Hidantoína) pode produzir resultados falsamente elevados. Salicilatos, Fenilbutazona,

Amiodarona, Cimetidina, Etanol, Imipramina, Isoniazida, Miconazol, Metronidazol, Nifedipi-

na, Trimetoprin.

Diminuições: Ácido Fólico, Ácido Valpróico, Carbamazepina, Cimetidina, Nitrofurantoina,

Oxacilina e Warfarina.

Indicações: Monitoração dos níveis terapêuticos.

Informações importantes: medicamento tomado, dose, hora da última dose, jejum, intercorrências clínicas.

_______________________________________________________________________________________

FENOBARBITAL

Sinônimo mais usado: Gardenal

Material e conservação para envio: 2 mL sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 8 horas. Coletar preferencial e imediatamente antes da

próxima dose, ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Adultos : 15 a 40 mcg/mL

Crianças : 20 a 60 mcg/mL

Interferências: Diminuições: acetazolamina, anti-psicóticos em geral, clorafenicol, fenitoína, pirodoxina e

trimetoprina.

Elevações: interações medicamentosas: Ácido Valpróico, Fenitoína e Furosemide.

Interferências patológicas: Insuficiência Renal por diminuição da eliminação dos metabólitos

séricos e nas Hepatopatias por diminuição da metabolização da droga.

Indicações: seguimento dos níveis terapêuticos e quadros de toxicicidade.

Informações importantes: medicamento utilizado, dose, hora da última dose, outros medicamentos em uso,

quadro clínico. Tempo de uso da droga, quando no início do tratamento é um dado importante, pois são

necessários, por volta de 2 semanas para que os níveis séricos sejam atingidos.

_______________________________________________________________________________________

FENOL URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: 100 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina

no final da jornada, evitando-se a primeira jornada da semana. Coletar em frascos plásticos fornecidos pelo

laboratório.

Estabilidade da amostra: até 30 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia em fase gasosa.

Valores de Referência: até 20,0 mg/ g creatinina.

IBPM : 250,0 mg/ g creatinina.

GRUPO SÃO CAMILO

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: fenilsalicilatos, barbitúricos, bebidas alcoólicas e alguns tipos de alimentos.

Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos ao fenol e derivados.

Informações importantes: uso de bebidas alcoólicas, medicamentos atuais.

_______________________________________________________________________________________

FERRITINA

Sinônimo mais usado: Ferritina sérica

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . : 32 a 432 ng/mL

Até 5 meses . . . . . . . . . . . . . . : 50 a 200 ng/mL

6 a 11 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 70 ng/mL

1 a 5 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 6 a 75 ng/mL

6 a 14 anos. . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 93 ng/mL

15 a 19 anos. . . . . . . . . . . . . . . : 10 a 115 ng/mL

Adultos:

Homens . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 22 a 322 ng/mL

Maior 60 anos . . . . . . . . . . . . . : 40 a 202 ng/mL

Mulheres Férteis . . . . . . . . . . . : 10 a 241 ng/mL

Pré-menopausa . . . . . . . . . . . . : 6 a 159 ng/mL

Pós menopausa . . . . . . . . . . . . : 5 a 270 ng/mL

Para percentil de 95%

Interferências: A Ferritina sofre uma série de interferências de nível fisiológico e de nível patológico:

Interferências fisiológicas: sexo: os valores são mais elevados em indivíduos do sexo masculino; nas mulheres a

ferritina é mais baixa durante a idade fértil, devido às menstruações. Durante a gravidez e amamentação seus

níveis são mais baixos. Idade: no RN os níveis são elevados, atingindo pico máximo aos 2 meses. Os valores de

adultos são alcançados no final da puberdade. Não há , como o Ferro sérico, variações nictemerais.

Variações patológicas: Hipoferritinemias: A carência de ferro leva a uma baixa dos níveis da Ferritina Sérica.

Essa baixa ocorre muito antes dos sinais hemáticos da carência.

Quando a anemia já estiver instalada, com anemia hipocrômica microcítica bem definida, os níveis da ferritina

estarão muito baixos ou indetectáveis pelos níveis analíticos dos métodos utilizados, e pode ser usada como

parâmetro da eficácia do tratamento de reposição. Doações freqüentes de sangue, hipermenorréias, exercícios

intensos e regulares, crises freqüentes de malária com hemólise, regimes vegetarianos, eritropatias

constitucionais, etc, também diminuem os níveis de ferritina.

Hiperferritinemias: uma das principais causas de aumento da ferritina, são os processos inflmatórios, já que a

ferritina faz parte do grupo de proteínas de inflamação ou fase aguda. Sobrecarga de ferro, como na

hemocromatoses primárias, por mutações dos genes C282Y, H63D e S65C (os principais) ou secundárias por

transfusões crônicas ou tratamento inadequado com ferro. Certos tumores podem cursar com aumento da

ferritina, como fígado, pulmões, rins, seios, pâncreas, assim como em algumas doenças hematológicas, no

linfoma de Hodgkin, em leucemias agudas, anemias hemolíticas, beta-talassemia major, principalmente com

transfusões freqüentes e anemia sideroblástica. Hepatopatias também podem cursar com altos níveis de

ferritina, como nas hepatites virais agudas ou crônicas, auto-imunes e em etilistas.

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Conversão: mcg/dL x 0,179 = mcmol/L.

Interferências: Hipoferremia: a quedas dos níveis de ferro podem ocorrer por deficiência de suprimento (má-

nutrição ou em lactentes após término dos depósitos hepáticos), deficiências de absorção (síndromes de

malabsorção, pacientes gastrectomizados, pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, etc), aumento das

necessidades diárias do ferro, como na gravidez (no início da gestação pode haver aumento dos níveis séricos do

ferro devido à ação da progesterona, mas haverá uma queda dos níveis devido ao aumento das necessidades do

ferro), durante o período da amamentação, aumento de perdas, como nas hemorragias, hipermenorréia, câncer

intestinal, ancilostomíase, estrongiloidíase, úlceras gástricas ou duodenais, hérnia hiatal, etc.

Hiperferremia: são devidas às hemocromatoses e hemossideroses: hemocromatose primária ou secundária

(vide Ferritina), alcoolismo, cirrose hepática, etc, e ainda por defeitos da eritropoiese, por erro na utilização do

ferro na medula óssea, como na beta-talassemia major, saturnismo, displasia medular, anemias sideroblásticas,

anemia de Biermer e anemias refratárias.

Indicações: o ferro é um dos principais oligoelementos do corpo, que entra na composição da hemoglobina,

mioglobina e das principais enzimas respiratórias celulares. É usado no diagnóstico diferencial das anemias,

hemocromatoses e hemossideroses.

Informações importantes: idade do paciente, horário da coleta, jejum, medicação utilizada, quadro clínico e

suspeita diagnóstica.

_______________________________________________________________________________________

FIBRINOGÊNIO

Sinônimo mais usado: Fator I.

GRUPO SÃO CAMILO

VI184

Indicações: a dosagem da ferritina é uma forma de avaliar as reservas de ferro, tanto nas anemias ferroprivas

como nos casos de hemocromatose.

_______________________________________________________________________________________

FERRO SÉRICO

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta : como o ferro tem ritmo nictemeral com pico máximo pela manhã, até por volta das

12:00 horas, a coleta deve ser matutina, em jejum de 8 horas para adultos e 4 horas para crianças. Lactentes

podem coletar imediatamente antes da próxima mamada, mas respeitando o período matinal.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Ferene-S automatizado.

Valores de Referência: em mcg/dL:(até às 12:00 horas)

Masculino

01 a 30 dias . . . . . . : 32 a 110 µg/dL

01 a 12 meses . . . . : 27 a 109 µg/dL

01 a 06 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL

07 a 12 anos . . . . . : 25 a 115 µg/dL

13 a 18 anos . . . . . : 27 a 138 µg/dL

19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL

60 a 64 anos . . . . . : 35 a 145 µg/dL

65 a 75 anos . . . . . : 35 a 179 µg/dL

Acima de 75 anos . : 50 a 185 µg/dL

Feminino

01 a 30 dias . . . . . . : 30 a 127 µg/dL

01 a 12 meses . . . . : 25 a 126 µg/dL

01 a 06 anos . . . . . : 25 a 110 µg/dL

07 a 12 anos . . . . . : 30 a 110 µg/dL

13 a 18 anos . . . . . : 30 a 115 µg/dL

19 a 59 anos . . . . . : 35 a 150 µg/dL

60 a 64 anos . . . . . : 30 a 145 µg/dL

65 a 75 anos . . . . . : 45 a 168 µg/dL

Acima de 75 anos . : 60 a 175 µg/dL

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Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado, coletado em proporção de 1mL de citrato para 9

mL de sangue total. Congelar imediatamente após a centrifugação e enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências, lembrando-se que o

fibrinogênio pós-prandial pode ter elevações de até 30% dos níveis basais. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento.

Método: coagulométrico.

Valores de Referência: 1,75 a 4,0 g/L

Interferências: problemas de coleta, com presença de coágulos de fibrina no material, elevações devido ao uso

de contraceptivos orais, estrógenos, testosterona, etc.

Indicações: níveis inferiores a 100 mg/dL estão relacionados a estados hemorrágicos, e valores superiores a 500

mg/dL podem aparecer em processos de trombofilia.

Informações importantes: sexo, idade , medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

FIBROSE CÍSTICA - PESQUISA MICROBIOLÓGICA

Sinônimo mais usado: estudo bacteriológico na fibrose cística.

Material e conservação para envio: secreções do oro-faringe, escarro ou lavado brônquico. As secreções

devem ser coletadas em swabs, sem meio de cultura, com haste de plástico e algodão alginatado a temperatura

ambiente, protegido do calor e da luz. O escarro e o lavado brônquico devem ser acondicionados em frasco

estéril, fornecido pelo laboratório, a temperatura ambiente, protegido da luz.

Instruções para coleta: secreções do oro-faringe: coletar swabs da região dos pilares e fundo da faringe. Escarro

deve ser coletado antes do paciente se levantar. Se houver dificuldades para se conseguir o escarro, deve-se

realizar inalações com água destilada estéril, durante 10 a 15 minutos. Enviar o mais rapidamente possível para o

laboratório, a temperatura ambiente. Os lavados brônquicos são coletados pelo(a) médico(a)-assistente, em

frascos estéreis fornecidos pelo laboratório. Enviar o mais rapidamente possível ao laboratório, a temperatura

ambiente.

Estabilidade da amostra: até 12 horas após a coleta.

Método: Microbiológico, com pesquisa de Pseudomonas aeroginosa mucóide.

Valores de Referência: ausência de bactérias patogênicos.

Interferências: antibioticoterapia vigente.

Indicações: diagnóstico presuntivo de Fibrose Cística e controle microbiológico dos pacientes.

Staphylococcus aureus – após o advento da antibioticoterapia houve queda na sua prevalência. Pseudomonas

aeroginosa: cepa mucoóide, sem pigmento. Sua presença é diagnóstico de Fibrose Cística. Haemophilus ssp.:

10 a 40% dos pacientes são portadores de cepas Beta-Lactamase-positivas. Pseudomonas cepacia: pode produzir

cepas mucóides que podem produzir pneumonias fatais.

Informações importantes: diagnósticos anteriores, antibióticos em uso.

_______________________________________________________________________________________

FIBROSE CÍSTICA – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Fibrose Cística por PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

185

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausências das mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular para as mutações pontuais ΔF508, N1303K e R553X, para a Fibrose Cística.

Essas mutações se apresentam no gene CFTR, de caráter autossômico recessivo.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

FILÁRIA – PESQUISA DE

Sinônimo mais usado: pesquisa de Filariose.

Material e conservação para envio: colher entre 9:00 e 10:00 horas da manhã, punção digital do dedo anelar.

Nova coleta, se pesquisa negativa, poderá ser feita às 17:00 horas.

Instruções para coleta: preparar de 5 a 10 lâminas com o sangue digital, realizando esfregaços finos. Fixar por

60 segundos no primeiro reagente do sistema panótico de coloração.

Estabilidade da amostra: após a fixação a estabilidade da amostra é bem longa.

Método: microscópico segundo Knott.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: coletas em horários diferentes dos picos de parasitemia.

Indicações: diagnóstico laboratorial das filarioses.

Informações importantes: medicação específica.

_______________________________________________________________________________________

FLUORETOS/FLUOR NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Fluoreto

Material e conservação para envio: 100 mL de urina de final de jornada sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a amostra em sanitário afastado do local de trabalho. Coletar a amostra de urina

no início e final de jornada do 4° dia de trabalho da semana, em frasco fornecido pelo Laboratório. Proteger da

luz.

Estabilidade da amostra: até 2 semanas sob refrigeração.

Método: Potenciometria com eletrodo de íon seletivo.

Valores de Referência: até 0,5 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br)

IBPM: 3,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para início de jornada.

10,0 mg/g de creatinina (NR-7, 1994, MT/Br) para fim de jornada.

Interferências: cremes dentais, frutos do mar, água fluoretada e consumo de chá mate, podem elevar os

resultados.

Indicações: indicador biológico da exposição ocupacional ao flúor ou fluoretos.

Informações importantes: dados do item Interferências.

_______________________________________________________________________________________

FORMALDEÍDO

Sinônimo mais usado: formol

Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.

GRUPO SÃO CAMILO

VI186

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187

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Instruções para coleta: coletar ao final da jornada de trabalho, fora do ambiente de trabalho. Lavar as mãos antes

da coleta. Obter a urina após retenção urinário de 4 horas. Desprezar o primeiro jato. Lavar os genitais antes da

coleta. Secar com papel toalha. Coletar somente em frascos fornecidos pelo Laboratório São Camilo.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: � 17 mg/L

Interferências: coleta em ambiente de trabalho. Algumas frutas e legumes, carnes e derivados de tabaco podem

conter níveis elevados de formol.

Indicações: controle de colaboradores que tem contato com aldeído fórmico.

Informações importantes: tempo de trabalho em contato constante com formol.

_______________________________________________________________________________________

FOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA

Sinônimo mais usado: FAP

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico.

Valores de Referência: Até 2,5 UI/L

Interferências: não há referências.

Indicações: diagnóstico de Carcinomas Prostáticos principalmente em estádios avançados. Assim a dosagem

não tem interesse para o diagnóstico precoce do carcinoma prostático. Com o advento da dosagem do PSA este

exame perdeu a importância que tinha anteriormente.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FOSFATASE ÁCIDA TOTAL

Sinônimo mais usado: FAC

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Separar o mais rapidamente possível e estocar sob refrigeração até o

momento da análise ou envio.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimático-colorimétrico

Valores de Referência: 2,2 a 11,0 UI/L

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: Diagnóstico laboratorial da hiperfunção óssea com osteólise, como na doença de Paget,

Hiperparatireoidismo, metástases ósseas, Doença de Gaucher, Doença de Nieimann-Pick, nas Leucemias

Mielóides, trombocitoses e algumas outras doenças hematológicas que cursam com lesões ósseas. Podem

ocorrer aumentos durante a embolia pulmonar e infarto do miocárdio.

Informações importantes: medicação atual, idade e sexo do paciente, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

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GRUPO SÃO CAMILO

VI188

FOSFATASE ALCALINA

Sinônimo mais usado: FAL

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes poder coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico-enzimático.

Valores de Referência:

Masculino

01 a 30 dias . . . . . . : 75 a 319 U/L

01 a 11 meses . . . . : 82 a 383 U/L

01 a 03 anos . . . . . : 104 a 345 U/L

04 a 06 anos . . . . . : 93 a 309 U/L

07 a 09 anos . . . . . : 86 a 315 U/L

10 a 12 anos . . . . . : 42 a 362 U/L

13 a 15 anos . . . . . : 74 a 390 U/L

16 a 19 anos . . . . . : 52 a 171 U/L

20 a 50 anos . . . . . : 53 a 128 U/L

Mais de 50 anos . . : 56 a 119 U/L

Feminino

01 a 30 dias . . . . . . : 48 a 406 U/L

01 a 11 meses . . . . : 124 a 341 U/L

01 a 03 anos . . . . . : 108 a 317 U/L

04 a 06 anos . . . . . : 96 a 297 U/L

07 a 09 anos . . . . . : 69 a 325 U/L

10 a 12 anos . . . . . : 51 a 332 U/L

13 a 15 anos . . . . . : 50 a 162 U/L

16 a 19 anos . . . . . : 47 a 119 U/L

20 a 50 anos . . . . . : 42 a 98 U/L

Mais de 50 anos . . : 53 a 141 U/L

Interferências: Idade do paciente: as crianças e os adolescentes tem taxas muito elevadas em relação aos adultos

devido a atividade osteoblástica óssea, gravidez, etc.

Medicamentos podem alterar a atividade da FAL, como anticoncepcionais orais e drogas anti-lipemiantes pode

produzir quedas da FAL de até 15%. Drogas anti-convulsivantes e anticoagulantes orais podem elevar a FAL em

até 20% dos valores basais.

Lipemia, hemólise e alcalose podem alterar muito o teste.

Drogas hepatotóxicas: A) Drogas colestáticas: Ácido Nicotínico, andrógenos, Azatioprina, Benzodiazepínicos,

Carbamazepina, Eritromicina, Fenotiazina, Imipramina, Penicilina e sulfonamidas. B) Drogas Hepatocelular

tóxicas: Acetaminofeno, Ácido Valpróico, Aloperidol, Andrógenos, Anticoncepcionais orais, Aspirina, Azatioprina,

Carbamazepina, Cloranfenicol, Clorpropamida, Estrógenos, Fenilbutazona, Inibidores da MAO, Metildopa,

Metotrexate, Nitrofurantoina, Papaverina, Penicilina, Probenecid, Quinidina, sulfonamidas, Tetraciclina.

Indicações: A Fosfatase Alcalina eleva-se muito nas doenças da Árvore Biliar (colestase intra e pós-hepáticas), e

nas doenças ósseas com hiperatividade Osteoblástica, como na Doença de Paget, nos tumores ósseos e nos

quadros de vigilância da doença.

Informações importantes: sexo e idade do paciente e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FOSFATASE ALCALINA – FRAÇÕES

Sinônimo mais usado: FAL-Frações

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico-enzimático com inibição seletiva com fenilalanina e com calor.

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Valores de Referência:

Origem da isoenzima

Inibição com fenilalanina

Inibição pelo calor

Fígado

Osso Intestino Placenta (isoenzima de Nagao) Isoenzima de Regen (CA)

10%10%75%80%80%

60%90%60%0%0%

Nota: os valores acima só tem valor preditivo positivo quando a Fosfatase Alcalina total for ≥�300 UI/L. Os

principais tecidos que são ricos em FAL são o Fígado, os ossos, intestino, placenta, rins e leucócitos

(estes serão tratados em capítulo especial sobre fosfatase alcalina dos leucócitos).

Interferências: (Vide Fosfatase Alcalina)

Indicações: (Vide Fosfatase Alcalina)

Informações importantes (Vide Fosfatase Alcalina)

_______________________________________________________________________________________

FOSFATASE ALCALINA LEUCOCITÁRIA

Sinônimo mais usado: FAL nos neutrófilos

Material e conservação para envio: esfregaços normais (nem finos e nem grossos), em lâminas de microscopia,

fixados por 60 minutos em acetona gelada. Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar sangue total, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Preparar as lâminas com esfregaços normais que depois serão fixados

em acetona. O restante do sangue é colocado em frasco de coleta com EDTA.

Estabilidade da amostra: as lâminas fixadas em acetona podem ser mantidas a temperatura ambiente por até 10

dias. O sangue total em EDTA pode ser mantido, para este teste até 24 horas sob refrigeração.

Método: coloração citoquímica intra-citoplasmática com metilfenilfosfato.

Valores de referência : 16 a 56%

Interferências: Hemólise.

Indicações: auxílio laboratorial na diferenciação de quadros mieloproliferativos e reação leucemóide.

Informações importantes: quadro clínico ou hipóteses diagnóstica.

_______________________________________________________________________________________

FOSFOLIPÍDEOS

Sinônimo mais usado : -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Para pacientes que tem dislipidemia

conhecida, recomenda-se jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico

Valores de Referência: 100 a 300 mg/dL

Interferências: dislipidemias intensas. Elevações: Clorpromazina, Adrenalina, Estrógenos e anticoncepcionais

orais. Diminuições :Asparaginase, Aspirina, Colesterolamina, Clofibrato, Etanol e Tiroxina.

189

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Indicações: Exame auxiliar no diagnóstico das dislipidemias.

São considerados elementos essenciais do metabolismo intermediário das lipoproteínas. Com origem hepática e

intestinal, representam aproximadamente 25% das HDL, 20% das LDL e 94% das VLDL. Auxiliam na síntese de

lipoproteínas pelo fígado, que juntamente com as apolipoproteínas forma a parte polar das lipoproteínas. São

quebrados pelas ações das enzimas fosfolipases e lecitina-colesterol-acil-transferase (LCAT), sendo reaprovei-

tadas posteriormente como fosfolípides celulares.

Estão diminuídos em quadros de má-nutrição e nas hipolipidemias familiares. Estão elevados nas

hiperlipidemias do tipo II e do tipo III, segunda a classificação de Fredrickson e nas hepatites que cursam com

colestase intra-hepática. As maiores taxas de Fosfolipídeos aparecem nas deficiências de LCAT, com colesterol

moderadamente elevado com ou sem hipertrigliceridemia. Pode ainda se elevar em doenças que propiciam

quadros de hiperlipidemia, como Síndrome Nefrótica ou Hipotireoidismo.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FÓSFORO SÉRICO

Sinônimo mais usado: Fósforo no sangue, fosfatemia.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo com 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico UV-VIS

Valores de Referência: Até 15 anos: 2,9 a 6,5 mg/dL

> 15 anos...: 2,7 a 4,9 mg/dL

Líquido sinovial: 75 a 100% dos valores séricos;

Líquido ascítico: 90 a 95% dos valores séricos.

OBS.: recomenda-se a dosagem concomitante de uma amostra sérica.

Interferências: hemólise, hiperlipidemia. Elevações : Andrógenos, Calciferol, Furosemide, HGH,

Hidroclorotiazida, Anticoncepcionais orais, PTH, Fosfatos, Tetraciclina, etc. Diminuições: Acetazolamida,

Antiácidos alumínicos, Anticonvulsivantes, Calcitonina, Adrenalina, Estrógenos, Frutose, Glicose, Insulina, etc.

Indicações: Diagnóstico das Hiperfosfatemias, como insuficiência renal crônica, Cetoacidose diabética,

Hipotireoidismo, etc.

Informações importantes: idade, sexo, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FÓSFORO URINÁRIO

Sinônimo mais usado: Fosfato urinário, fosfatúria.

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, enviada sob refrigeração, ou urina ao

acaso (alíquota de 50 mL) sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, em frasco fornecido pelo laboratório com HCl a 50% (20 mL

por litro de urina). Atenção !: avisar o paciente do risco em manipular o frasco com HCl, nunca coletando a

urina diretamente no frasco. Deixar fora de alcance de crianças. Coletar a urina em urinol limpo, para

depois transferi-la ao frasco de urina, que deve ficar sob refrigeração durante todo tempo de coleta e

GRUPO SÃO CAMILO

VI190

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transporte. Enviar alíquota de 100 mL de urina do volume de 24 horas, bem homogeneizada. Anotar o volume

total.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração.

Método: colorimétrico

Valores de Referência: Adultos : 340 a 1000 mg/24 horas

Valores pediátricos: a) mg/24 horas : 340 a 1000 mg/24 horas

b) ao acaso : 179 a 880 mg/g de creatinina

Urina ao acaso: (Adultos) : 22,0 a 100 mg/dL.

Interferências: Elevações: acetazolamida, L-Alanina, Asparaginase, Aspirina, Bicarbonatos, Sais de Bismuto,

Calcitonina, Corticosteróides, Hidroclorotiazida, Diuréticos mercuriais, PTH, Fosfatos, Triptofano e Vitamina

D. Diminuições: Alanina, Antiácidos com alumínio.

Indicações: Estudo do balanço cálcio/fósforo. Uso diagnóstico nos casos de hiperfosfatúria, como

Hiperparatireoidismo, uso de diuréticos, Síndrome de Fanconi, Acidose Tubular Renal, Hipoparatireoidismo e

no Pseudohipoparatireoidismo.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FRUTOSAMINA

Sinônimo mais usado: Proteína Glicada.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 15 dias sob congelamento.

Método: espectrofotométrico

Interferências: Ácido Ascórbico, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: seguimento dos casos de diabetes sob controle metabólico inadequado, por período acumulativo de

20 dias que antecedem a data do exame.

Informações importantes: idade, controle anterior, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

FRUTOSE – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Frutosúria-Pesquisa.

Material e conservação para envio: 20 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: urina recente, coletada sob jejum mínimo de 8 horas, inclusive crianças de qualquer idade.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob congelamento.

Método: Seliwanoff modificado.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: Não há referências para medicamentos. Interferentes alimentares como mel, açúcar, frutas,

xaropes, glicose, podem em alguns casos, positivar a reação.

Indicações: Diagnóstico e seguimento de casos de Frutosúria essencial, Intolerância Hereditária à Frutose,

191

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: (em µmol/L)

Adultos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 185 a 285

Diabéticos Controle Adequado. . . : até 320

Diabéticos Controle Parcial . . . . . : até 370

Diabéticos Controle Inadequado . : > 370

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Insuficiência Hepática, alguns casos de Síndrome de Fanconi, etc.

Informações importantes: medicação atual, alimentação habitual e imediata ao período de jejum antes do teste.

_______________________________________________________________________________________

FRUTOSE – DOSAGEM NO ESPERMA

Sinônimo mais usado: Frutose no esperma

Material e conservação para envio: 1,0 mL de esperma congelado. Caso não haja condições para manter o

congelamento durante todo o período de transporte, e para se evitar a frutólise por parte dos espermatozóides,

centrifugar o material por 10 minutos a 2500 rpm ou mais, e enviar o sobrenadante sob refrigeração.

Instruções para coleta: paciente com 3 a 5 dias de abstinência sexual e jejum alimentar de pelo menos 8 horas.

Coletar pela manhã. Proceder o preparo do material imediatamente. Anotar o volume total do ejaculado.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração, após separação dos espermatozóides ou 2 meses sob

congelamento.

Método: Segundo Bloom modificado.

Valores de Referência: 1,0 a 3,5 mg/mL, ou 13μ mol/ejaculado.

Interferências: Não há referências para drogas e pesticidas .Alimentos como mel, açúcar, xaropes, glicose, etc.,

podem alterar a concentração da frutose espermática. A glicose no trato reprodutor masculino transforma-se

rapidamente em glicose-1-fosfato, que se transforma em frutose-1-fosfato, que por sua vez perde um ATP e transforma-

se em frutose. Baixos níveis de testosterona total e/ou testosterona livre levam a baixos níveis de frutose espermática.

Indicações: Marcador espermático da insuficiência das vesículas seminais, obstruções distais ou agenesia de

vesículas seminais ou agenesia de deferentes.

Informações importantes: período de abstinência sexual e jejum alimentar. Anotar se o paciente é diabético, e

neste caso seria conveniente coletar uma amostra sangüínea para dosagem da glicemia em jejum, para se avaliar a

interferência desta da dosagem da frutose espermática.

_______________________________________________________________________________________

FSH – HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE

Sinônimo mais usado: FSH

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. As mulheres devem coletar no sétimo dia

do ciclo menstrual. Os homens devem coletar pelo sistema de pool (coletar em jejum, e mantendo o paciente em

repouso, coletando-se mais duas amostras com intervalo de 30 minutos cada). Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. No sistema de pool, para homens a partir de 10 anos de idade, o conjunto

de soros são preparados juntando-se volumes iguais dos soros das amostras basais, 30 e 60 minutos.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência de partículas.

Valores de Referência: em período de atividade sexual plena : LH > FSH

Em andropausa : FSH > LH

Mulheres: (com ciclos menstruais)

Fase Folicular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 2,50 a 10,20 mUI/mL

Fase Ovulatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 3,40 a 33,40 mUI/mL

Fase Lútea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 1,50 a 9,10 mUI/mL

Pós-menopausa sem TRH . . . . . . . . . . : 23,00 a 116,30 mUI/mL

Com Anticoncepcionais Orais . . . . . . . : 0,00 a 4,90 mUI/mL

Pós-menopausa com TRH . . . . . . . . . . : 9,70 a 111,0 mUI/mL

GRUPO SÃO CAMILO

VI192

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193

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Grávidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : < 0,30 mUI/mL

1 mês a 3 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a 13,0 mUI/mL

4 a 9 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,11 a 1,6 mUI/mL

(*) A partir dos 10 anos recomenda-se

ser feito com ''POLL'' de 3 amostras.

Até 2 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,00 a 2,10 mUI/mL

2 a 5 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,00 a 1,70 mUI/mL

6 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,00 a 1,60 mUI/mL

11 a 20 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,40 a 8,70 mUI/mL

Homens: Adultos (Pool) . . . . . . . . . . : 1,40 a 18,10 mUI/mL

Valores Pediátricos Masculinos (Pool)

Interferências:

Interferências: medicamentosas:

a) Elevações : Clomifeno, levodopa.

b) Diminuições: anticoncepcionais orais, fenotiazinas, estrógenos (diestrilbestrol, etinilestradiol, Miestranol),

que dependem da dose e do tempo de tratamento (grandes doses podem diminuir, e pequenas doses podem

elevar os níveis do FSH).

Variações fisiológicas na mulher: antes de se iniciar a puberdade, os valores do FSH são baixos, assim como

do LH. Esses aumentam com o início da puberdade e o FSH se eleva mais rapidamente que o LH. No ciclo

menstrual, o FSH se mantém estável durante a fase folicular, geralmente com a relação FSH/LH > 1. O FSH se

eleva no período ovulatório, para depois diminuir e voltar a ficar estável na fase final do ciclo. Na fase

luteínica o LH/FSH > 1. O FSH torna-se muito elevado na menopausa, por falta dos estrógenos que garantiam

o feed-back.

Variações patológicas no homem: Hipogonadismo hipogonadotrófico:

a) Secundárias, por deficiência do LH-RH : anorexia nervosa, deficiências hipotalâmicas com perda do

ciclo hipotálamo-hipófise por traumatismos, tumores ou sarcoidose, etc, deficiências isoladas da

produção de gonadotrofinas hipofisárias, Doença celíaca, Destruição da hipófise e do hipotálamo por

radioterapia, Síndrome de Kallmann e Síndrome de Prader-Willi.

b) Primárias por deficiências hipofisárias , com baixa ou sem produção de gonadotrofinas : adenomas

hipofisários produtores de prolactina ou de HGH ou ACTH, terapêutica com estrógenos,

Hemocromatose primária e tumor endócrino de testículos.

c) Hipogonadismo congênito: Síndrome de Kleinefelter e outras anomalias cromossômicas, alterações

genéticas autossômicas, Anorquidia e distrofia miotônica de Steinert.

d) Hipogonadismo adquirido: pós-infecciosos, por caxumba, adenovírus e DST, Alcoolismo,

Desnutrição, Quimioterapia e/ou radioterapia, Sarcoidose e IRC.

Variações patológicas nas mulheres, geralmente estão ligadas à anomalias ovarianas que cursam com sinais de

sua insuficiência, como desde a diminuição do muco cervical até a atrofia dos genitais, podendo ocorrer quadros

de hiperandrogenismo, com hirsutismo, acne, hipertrofia clitoriana e atrofia dos seios. Dentro destes quadros

podemos ter a insuficiência ovariana primária, com o estradiol baixo, FSH e LH elevados, e uma acentuada

resposta ao estímulo com o LHRH. Disgenesia dos ovários, como na Síndrome de Turner, pura ou mosaico, na

amenorréia iatrogênica (cirúrgica, quimioterápica ou radioterápica), amenorréia autoimune e na síndrome dos

ovários policísticos. Esta síndrome cursa com elevação dos níveis de estradiol, LH e da Androstenediona. Em

conseqüência há sinais claros de hiperandrogenismo, e antecedendo a amenorréia pode-se ter um período de

espaniomenorréia. O FSH se apresenta normal. O teste com o Clomifeno é positivo e o teste com estímulo do LH-

RH tem resposta muito acentuada.

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Ainda pode-se ter quadros de anomalias hipofisárias com LH e FSH baixos e sem resposta positiva ao estímulo

com LH-RH. Dentre estes quadros estão a insuficiência da hipófise anterior, Síndrome de Sheehan, pós-parto,

alterações hipotalâmico-hipofisária devido ao uso de anticoncepcionais ou por problemas psicogênicos.

Indicações: além do que consta no item ¨Interferências¨, de forma geral o FSH é ulitizado nas análises dos

distúrbios do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas, incluindo casos de Hipogonadismo Primário, Secundário,

Puberdade Precoce e diagnóstico da menopausa.

Informações importantes: idade, data da última menstruação, dias do ciclo menstrual, anticoncepção,

terapêutica hormonal anterior ou atual, etc.

_______________________________________________________________________________________

FTA-ABS – IgG

Sinônimo mais usado: imunofluorescência para sífilis

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada. Pacientes conhecidamente dislipidêmicos devem coletar com jejum não inferior a 14 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorescência indireta com ou sem absorção do soro com suspensão de Treponema de Reiter.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: lipemias intensas.

Indicações: O FTA-ABS, utilizando diluição de 1:5, com suspensão de Treponema de Reiter, reúne a alta

sensibilidade do teste, com a especificidade, devido à absorção de anticorpos contra outros treponemas,

principalmente da cavidade oral e de anticorpos anti-cardiolipina que possam circular pelo sangue periférico.

Assim um resultado positivo, de FTA-ABS tem pouquíssima chance de se apresentar falso-positivo.

Como fica positivo por longos períodos da vida do paciente, como cicatriz sorológica, não serve como

diagnóstico de atividade da doença, que é feito pelo teste do VDRL. O teste de Enzima-imunoensaio apresenta as

mesmas características clínico-laboratoriais do FTA, por se tratar de teste com antígeno treponêmico. Doenças

crônicas como Sarcoidose e Amiloidose Primária podem produzir resultados falso-positivos, tanto no FTA-ABS,

como no Enzima-Imunoensiaio. Gestantes podem apresentar títulos baixos, tanto em um como em outro teste.

Informações importantes: gestação, doenças crônicas e idade.

_______________________________________________________________________________________

FTA-ABS – IgM

Sinônimo mais usado: fluorescência para sífilis

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Pacientes sabidamente dislipidêmicos devem coletar após jejum não

inferior a 14 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunofluorescência indireta com e sem absorção com suspensão de Treponema de Reiter.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: Hiperlipemia.

Indicações: Pesquisa de casos congênitos de Sífilis.

Informações importantes: vide dados do exame anterior.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI194

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GABAPENTINA – DOSAGEM

Sinônimo mais usado: Neurontin

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar 3 a 4 horas após dose do medicamento ou conforme orientação médica.

Lactentes devem coletar de tal forma que possam acomodar o tempo após medicação com período

imediatamente antes da próxima mamada.Não coletar em tubo com gel separador.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: HPLC

Valores de Referência: os níveis terapêuticos não são ainda totalmente estabelecidos, mas de forma orientativa ,

alguns pesquisadores indicam os níveis de 3 a 4 mg/L, 3 a 4 horas após dose do medicamento na concentração de

300 a 400 mg. Alguns autores tem indicado os níveis terapêuticos entre 2 e 10 mg/L. Recomenda-se que cada

laboratório determine os valores referenciais para este medicamento.

Interferências: elevações: ácido valpróico. Diminuições: fenitoína e antiácidos (diminui a absorção).

Indicações: a gabapentina é um medicamento indicado como anticonvulsivante adjuvante nos casos de crises

convulsivas ditas parciais, em casos de dores crônicas, como neuralgias, incluindo as pós-herpéticas e em

algumas afecções neuro-psiquiátricas.

Informações importantes: medicamentos de uso, concentração, dia e hora da última dose.

_______________________________________________________________________________________

GALACTOSÚRIA – PESQUISA

Sinônimo mais usado: galactose na urina.

195

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Antígenos

Não-Treponêmicos

Antígenos

Treponêmicos

Interpretação

Não Reagente

Reagente

-

Sífilis primária, secundária, latente ou tardia.-

Anticorpos passivos em Recém-nascidos-

Sífilis curada (cicatriz sorológica)Reagente

Não Reagente

-

Falso Positivo Biológico: gravidez, Sarcoidose,

Hanseníase ou outras doenças crônicas, etc.Reagente

Não Reagente

-

Sífilis

ativa –

Sífilis secundária.Reagente

( títulos em elevação*)

Reagente

-

Sífilis ativa

-

Sífilis congênita

Reagente

(títulos em declínio*)

Reagente

-

Sífilis curada com VDRL com títulos estáveis ou em declínio

-

Secundária Latente.-Anticorpos passivos em R.N.

Reagente(positividade e títulos

Variáveis*)

Reagente(FTA-ABS-IgM**)

- Sífilis congênita

Reações com antígenos Não-Treponêmicos: VDRLReações com antígenos Treponêmicos: FTA e Enzimaimunoensaio.As reações com antígenos treponêmicos pelo método de Enzimaimunoensaio (ELISA) seguem, com mais sensibilidade, a mesma interpretação para os resultados do FTA-ABS.*Valorizar somente com aumentos ou diminuições de mais de um título.** Esta prova para anticorpos anti-Treponema pallidum , da classe IgM (FTA-ABS-IgM) é específica somente até os 2 anos de idade. Nos casos de suspeita de sífilis secundária, Latente, ou Tardia e neurossífilis, recomenda-se Reações Imunológicas no LCR.

FTA-ABS (INTERPRETAÇÃO)

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Material e conservação para envio: urina recente ou primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração.

Instruções para coleta: efetivamente hão há horário definido para coleta podendo ser coletadas amostras ao acaso

ou todo o volume da primeira urina da manhã.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: químico.

Valores de referência: negativa

Interferências : presença de lactose na urina.

Indicações: a galactose é detectada na urina quando por defeito congênito falta da enzima galactose-1-uridil-

transferase ou da enzima galactoquinase, acumulando-se no sangue (galactosemia), por não haver a conversão

da galactose em glicose.

Informações importantes: dados clínicos, exames anteriores e idade.

_______________________________________________________________________________________

GAMA-GLUTAMIL-TRANSFERASE

Sinônimo mais usado: Gama GT

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de no mínimo 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimático-colorimétrico automatizado.

Valores de Referência:

Interferências: Elevações: intoxicação por acetominofeno, barbitúricos, etanol (em grandes e moderados

bebedores), Fenitoína e estreptoquisase.

Indicações: Variações fisiológicas: idade. Os RN tem valores 5 s 10 vezes maiores que os níveis de adultos. Os

jovens até 14 anos tem valores até 40% inferiores aos níveis de adultos. Anticonvulsivantes podem elevar em até

200% os níveis basais da Gama GT, enquanto os anticoncepcionais orais elevam em 25%, os antidepressivos em

100% e alguns medicamentos anti-oncóticos podem elevar os níveis basais em até 150%.

As variações patológicas podem ser divididas em: afecções hepatobiliares e as de outras patologias. As afecções

hepatobiliares podem ser as hepatites crônicas e agudas, virais, tóxicas, medicamentosas e alcoólicas (cirrose

alcoólica). Metástases hepáticas ou de carcinomas hepáticos primários. Colestases intra e extrahepáticas e

esteatoses.

Nas outras patologias, podemos ter Infarto do Miocárdio, nefropatias, diabetes, Hipertireoidismo, pancreatites,

carcinoma pancreático e carcinomas de seios. O seguimento de alcoólicos pode ser feito através da dosagem da

Gama-GT, um aumento em mais de 2 vezes que o normal é sinal de impregnação alcoólica. Nos processos de

abstinência alcoólica os níveis diminuem em até 50% em 8 a 10 dias..

Informações importantes: medicação atual e pregressa.

GRUPO SÃO CAMILO

VI196

Feminino

Menor que 01 anos : 15 a 132 U/L

01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L

10 a 13 anos . . . . . : 14 a 28 U/L

14 a 19 anos . . . . . : 11 a 28 U/L

20 a 59 anos . . . . . : < 38 U/L

60 a 69 anos . . . . . : 11 a 33 U/L

70 a 79 anos . . . . . : 9 a 36 U/L

80 a 89 anos . . . . . : 9 a 38 U/L

Mais que 90 anos . : 06 a 37 U/L

Masculino

Menor que 01 anos : 12 a 122 U/L

01 a 09 anos . . . . . : 06 a 25 U/L

10 a 13 anos . . . . . : 17 a 44 U/L

14 a 19 anos . . . . . : 11 a 40 U/L

20 a 59 anos . . . . . : < 53 U/L

60 a 69 anos . . . . . : 15 a 52 U/L

70 a 79 anos . . . . . : 11 a 50 U/L

80 a 89 anos . . . . . : 11 a 52 U/L

Mais que 90 anos . : 09 a 52 U/L

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GASOMETRIA (ARTERIAL OU VENOSA)

Sinônimo mais usado: gasometria

Material e conservação para envio: o material coletado, sangue arterial ou venoso podem ser enviados até 10

minutos após a coleta, a temperatura ambiente ou até 2 horas sob refrigeração (geralmente em gelo reciclável)

somente para unidade matriz. O sangue tanto o arterial como o venoso deve ser coletado em seringas

heparinizadas, sem bolhas de ar e com a agulha lacrada com rolha de borracha.

Instruções de coleta: o sangue arterial deve ser coletado preferencialmente da artéria radial, salvo orientação

por escrito do médico-assistente. O sangue venoso pode ser coletado da veia média do ante-braço. Proteger da

luz direta. Deve-se dar preferência a seringas de vidro, pois elas facilitam, na coleta arterial, a chegada do sangue.

Deve-se solicitar à equipe médica a colocação de um cateter para facilitar as coletas repetitivas, já que é

freqüente, em UTI o uso da gasometria para correção de alterações respiratórias, sistêmicas e crônicas, no caso

de coletas venosas.

Estabilidade da amostra: vide ̈ Material e conservação para envio¨.

Método: eletrodo (íon) seletivo.

Valores de Referência:

Sangue arterial Sangue venosopH

PO2 mmHg

pCO2 mmHg CO2 total(mmol/L) HCO3 (mmol/L)

Sat de 02

B.E. (mmol/L)

7,36 a 7,4485 a 100

36 a 44 22 a 26 21 a 25

94 a 100%- 3 a + 3

7,32 a 7,4225 a 40 41 a 5124 a 2822 a 2940 a 70%-2 a + 2

B.E. Base excess.

Interferências: pO2: diminuições: drogas que provocam depressão respiratória, como barbitúricos, heroína,

crack, meperidina, etc.

pCO2: elevações: morfina, barbitúricos, corticosteróides, diutéticos, uso excessivo de laxantes.

Indicações: estudo do equilíbrio ácido-básico, na manipulação dos quadros das alterações metabólicas e

respiratórias. Controlando-se as variáveis pré-analíticas, como excesso de heparina na seringa, excesso de tempo

entre a coleta e a dosagem, falta de conservação sob refrigeração para períodos superiores a 10 minutos entre

coleta e determinação. Nas coletas arteriais pode ocorrer contaminação de sangue venoso, que pode ser

suspeitada pela soma do PO2 + PCO2 < a 90 mmHg.

A acidose metabólica, geralmente por cetoacidose diabética, apresenta o pH baixo, HCO3 elevado e baixa pCO2.

A alcalose metabólica que ocorre principalmente por vômitos e/ou presença de fístulas digestivas, com aumento

do HCO3 e elevação da pCO2. A acidose respiratória apresenta pCO2 elevado e HCO3 elevado. A alcalose

respiratória apresenta tanto a pCO2 e HCO3 baixos.

Informações importantes: tipo de material coletado, arterial ou venoso, medicamentos em uso, hora da coleta e

hora da chegada do material no setor.

_______________________________________________________________________________________

GASTRINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Adultos................................... : 13 a 115 pg/mL

Recém-nascidos .................... : 119 – 141 pg/mL

Pré-puberes e púberes:

Jejum de 3 a 4 horas .............. ..: 9 – 109 pg/mL

Jejum de 5 a 6 horas .............. ..: 8 – 76 pg/mL

Jejum de 8 horas ou maior ..... ..: 0 – 47 pg/mL

Interferências: Elevações: aminoácidos (V.O.), Carbonato de Cálcio (V.O.), Cloreto de Cálcio, Catecolaminas, Café e

insulina. Diminuições: Atropina e Secretina.

Indicações: Diagnóstico da Síndrome de Zollinger-Ellison. Casos de Hipo ou Acloridrica, como Anemia

Perniciosa, Carcinoma Gástrico, Úlcera Gástrica, Síndrome Pós-Vagotomia e Gastrite Atrófica. Apresentam

níveis elevados de gastrina, porém sempre bem menores que os da Síndrome de Zollinger-Ellison, que

geralmente são superiores a 1000 pg/mL. Sendo a principal função da gastrina, elevar a produção de ácido

clorídrico e enzimas no estômago, geralmente a elevação da gastrina está ligada a maior secreção clorídrica pelo

estômago. Todas disfunções do aparelho digestório relacionadas às dispepsias, úlceras gástricas e/ou duodenais,

além de quadros de diarréia crônica – esteatorréia com hiperacidez gástrica (hiperplasia das células G gástricas)

devem indicar a dosagem da gastrina, pelo seu excesso.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e outros exames já solicitados.

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GAUCHER – DOENÇA DE (N370S, L444P e R463C)

Sinônimo mais usado: Doença de Gaucher-biomol

Material e conservação para envio: 5 mL ST em EDTA sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR-RT

Valores de Referência: ausência das mutações próprias do doença.

Interferências: hemólise.

Indicações: a Doença de Gaucher é a esfingolipidose (armazenamento lipídico) mais frequente, e é causada por

mutações que levam à deficiência da enzima glicocerebrosidade lisosomal. As mutações mais comuns são

N370S, L444P e R463C.

Informações importantes: dados clínicos.

_______________________________________________________________________________________

GLICOSE

Sinônimo mais usado: glicemia de jejum.

Material e conservação para envio: 1 mL de plasma fluoretado sob refrigeração. O material deve chegar ao

laboratório no máximo em 2 horas. Sob gelo seco o material pode chegar em até 48 horas.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 30 dias sob congelamento.

GRUPO SÃO CAMILO

VI198

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Método: colorimétrico enzimático.

Valores de Referência : 70 a 100 mg/dL

: De acordo com a Americam Diabetes Association os valores devem ser de 60 a 99 mg/dL.

Crianças : 60 a 100 mg/dL

Maiores de 60 anos : 80 a 110 mg/dL

Maiores de 70 anos : 80 a 100 mg/dL

Interferências: Elevações: cafeína, ACTH, Corticosteróides, d-Tiroxina, Adrenalina, Estrógenos,

Indometacina, Anticoncepcionais orais, Lítio, Fenotiazida, Fenitoína, Tiabendazol,

Diuréticos, hiperpotassemia e Cabamazepina.

Diminuições: Acetaminofeno, Anabolizantes, Anti-Histamínicos, altas doses de Ácido Acetil

Salicílico, Etanol em altas doses, Inibidores da MAO, Pentamidina, Propranolol,

Hipopotassemia.

Indicações: Diagnóstico do Diabetes Mellitus e Hipoglicemias.

Pré-diabetes: São consideradas glicemias de jejum alteradas, valores superiores a 100 e inferiores a 125 mg/dL

em duas ocasiões diferentes, ou melhor em dois exames em dias diferentes (no máximo em duas

semanas). Estes casos, considerados de pré-diabetes, termo novamente utilizado (segundo a

Associação Americana de Diabetes-ADA e Instituto Nacional de Diabetes, Doenças Digestivas e

Renais dos EUA), ou intolerantes à glicose, os pacientes que:

a) com pelo menos duas glicemias de jejum entre 100 e 125 mg/dL, em dias diferentes,

b) Com tolerância diminuída à glicose , 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose, obtendo-se

valores de 140 a 200 mg/dL.

Diabetes: a) Glicemias de jejum ≥ �a 126 mg/dL em dois exames em dias diferentes,

b) Valores superiores a 200 mg/dL ,2 horas após a ingestão de 75 g de glicose,

As glicemias realizadas a qualquer hora do dia sem o indivíduo estar de jejum podem ser:

Valores da glicemia (mg/dL)

Diagnóstico a ser confirmado pelo médico-assistente

Conduta

Sem alteração Manter as pesquisas anuais.

Suspeita de Diabetes Confirmar com curva glicêmica

< 140 140 a 200

> 200 Diagnóstico de Diabetes Tratamento clínico

Para > de 50 anos, pode-se acrescentar à glicemia de jejum 10 mg/dL a cada nova década.

Para a sobrecarga oral de glicose pode-se acrescentar 9,5 mg/dL a cada década para a 1ª hora da curva e 5,3 mg/dL

a cada década para a 2ª hora.

Para os quadros de hipoglicemia, podemos classificar de acordo com a glicemia obtida:

Hipoglicemia leve : 51 a 59 mg/dL

Hipoglicemia moderada : 41 a 50 mg/dL

Hipoglicemia acentuada : < 41 mg/dL

Líquido Sinovial: 75 a 100 % do valor sérico.

Líquido Pleural: 95 a 100% do valor sérico.

Líquido Ascítico: 70 a 80% do valor sérico.

De forma diferente da hiperglicemia, a hipoglicemia depende da sensibilidade de cada paciente e pode ser

responsabilizada por 4 a 7 % das mortes de diabéticos do tipo 1, por provocar acidentes com veículos, mudança

de comportamento, etc. Muitos pacientes apresentam sintomas evidentes de hipoglicemia com valores de

glicemia entre 41 e 50 mg/dL. Nos pacientes que usam insulina pode ocorrer por erro de dosagem, uso de bebidas

alcoólicas , IRC, distúrbios hidro-eletrolíticos , etc.

Nos casos de insulinoma a glicemia baixa é concomitante à insulinemia normal ou elevada. A hipoglicemia pode

ser reativa, principalmente alimentar, por trânsito gástrico muito rápido, doenças ligadas à intolerância a outros

199

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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açúcares, idiopática, ou pode aparecer no início da intolerância à glicose. A hipoglicemia em jejum pode refletir

outras doenças orgânicas, que devem deixar o clínico alerta, incluindo uso de drogas , algumas doenças

neoplásicas e hipoglicemia factícia. As hipoglicemias podem ser reativas e de jejum associadas, como no

insulinoma , anticorpos anti-insulina ou anti-receptores de insulina ou ainda por insuficiência adrenal.

No teste para insulinoma a ADA preconiza jejum assistido de 72 horas, com Glicemia infeiror a 45 mg/dL,

Insulinemia normal ou levemente elevada, Peptídio C baixo e Pró-insulina elevada .

Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos utilizados , idade e sexo.

_______________________________________________________________________________________

GLICO-HEMOGLOBINA (VER HEMOGLOBINA GLICADA)

_______________________________________________________________________________________

GLICOSE PÓS-PRANDIAL OU GLICOSE POTENCIALIZADA

Sinônimo mais usado: glicose pós refeição/ glicose pós sobrecarga

Material e conservação para envio: vide glicose

Instruções para coleta: a coleta pode-se dar a qualquer tempo pós-prandial. Geralmente pede-se duas horas

após o almoço. Alguns médicos solicitam que os pacientes coletem as 17:00 ou outro horário, para avaliação de

pacientes que são diabéticos e utilizam o exame como controle terapêutico. A Glicose Potencializada é a glicose

após duas horas após sobrecarga de 75 g de glicose para não-grávidas. As mulheres grávidas devem receber 100 g de

Glicose V.O. As crianças devem receber 1,75 gramas de glicose, V.O. por Kg de peso, até o máximo de 75 gramas.

Estabilidade da amostra: vide Glicose

Método: vide Glicose

Valores de Referência: A qualquer tempo após a sobrecarga ou pós-prandial, a glicose não deve ultrapassar a

140 mg/dL.

Interferências: vide Glicose

Indicações: vide Glicose

Informações importantes: período pós-prandial, medicação atual, idade, sexo, peso e gestação.

_______________________________________________________________________________________

GLICOSE 6-FOSFATO DEHIDROGENASE

Sinônimo mais usado: G6PD

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração, colocando bastante

papel entre o frasco e o gelo renovável.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas para adultos. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.

Método: enzimático.

Valores de Referência: 4,6 a 13,5 U/g de Hb.

Classificação por classes:

Classes

Variantes

Classe 1 Variantes deficientes associadas à anemia hemolítica crônica.

Classe 2 Deficiência grave com menos de 10% de atividade

Classe 3 Deficiência moderada com 10 a 60% de atividade Classe 4 Deficiência leve com 60 a 90% de atividade

Classe 5 Variantes normais com atividade superior a 100%

GRUPO SÃO CAMILO

VI200

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Interferências: Níveis elevados podem ser encontrados no período neo-natal, ou em anemias hemolíticas sem

significado patológico específico.

Indicações: Teste de triagem de quadros hemolíticos pela deficiência de G6PD, primária (congênita) ou

secundária (adquirida), como infecciosa ou metabólica.

Informações importantes: idade, sexo, raça, medicação utilizada.

_______________________________________________________________________________________

GLICOSE 6 FOSFATO DEHIDROGENASE – MUTAÇÃO 202 (G6PD) – PCR

Sinônimo mais usado: G6PD ,mutação 202

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR – RFLP

Valores de Referência: ausência da mutação 202.

Interferências: Hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular da mutação 202 da G6PD.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

GLICOSÚRIA – PESQUISA QUALITATIVA

Sinônimo mais usado: glicosúria

Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina recente, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, a primeira urina da manhã. Pode-se coletar em outros horários

conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração, ou 2 meses sob congelamento.

Método: glicose oxidase qualitativa.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: Elevações: corticosteróides, EDTA, D-Tiroxina, Fenotiazidas, Lítio, derivados Fenólicos,

Nucleoproteínas, Oxalatos, Ruibarbo, Fenilcetonúria, Furosemide, Carbamazepina e Ácido Sulfossalicílico.

Indicações: teste coadjuvante para seguimento de pacientes diabéticos, e diagnóstico de glicosúria renal.

Informações importantes: período de coleta e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

GLICOSÚRIA – DOSAGEM

Sinônimo mais usado: glicosúria quantitativa

Material e conservação para envio: amostra de pelo menos 10 mL de urina de 24 horas, após homogeneização e

separação da alíquota, sob refrigeração. Urina ao acaso: 10 mL sob refrigeração. Urina de 12 horas: 10 mL sob

refrigeração.

Instruções para coleta: ao levantar pela manhã, desprezar todo o volume de urina da primeira urina da manhã e

marcar essa hora. Coletar em um só frasco, mantido sob refrigeração, todos os volumes obtidos das micções do

dia, inclusive a amostra da manhã, coletada no mesmo horário que a primeira amostra, do dia anterior tenha sido

201

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências: a) Fisiológicas: sexo, idade e atividade sexual.

- Elevações : gravidez, estrógenos, anti-convulsivantes,

- Diminuições : andrógenos e menopausa.

b) Patológicas :

- Elevações: doenças hepáticas:cirrose hepática ou biliar, deficiências de HGH, Hipogonadismo

masculino, hipertireoidismo, magreza extrema, anorexia nervosa e terapia com estrógenos.

- Diminuições: acromegalia, hiperandrogenismo feminino, hipercorticalismo ou terapia com

corticosteróides, Hiperprolactinemia, hirsutismo idiopático, mixedema, obesidade e

terapêutica com androgênios.

Indicações: A SHBG é uma glicoproteína de produção hepática, cuja finalidade é carregar os hormônios sexuais

esteróides, tanto os estrógenos como os andrógenos (testosterona e dihidrotestosterona). É uma forma do corpo

controlar a biodisponibilidade dos hormônios sexuais, já que sempre haverá uma forma livre e outra ligada à proteína,

sendo a fração livre aquela de imediata utilização, tanto para ação sobre os tecidos em geral, como no eixo hipotálamo-

hipófise-gônadas, controlando as interações em “feed-back” positivo ou negativo. Variações nas produções dos

desprezada. Solicitar ao paciente que leve todo o volume coletado, imediatamente ao laboratório ao fim do período

da coleta, sob refrigeração em caixa isotérmica (Isopor®).

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: glicose-oxidase quantitativo.

Valores de Referência: Urina de 24 horas: até 500 mg/24 horas.

Urina ao acaso: até 10,0 mg/L

Urina de 12 horas: 250 mg/12 horas.

Interferências: erros de coleta com perda de material, contaminação bacteriana por mal conservação da

amostra, demais interferências constantes da Glicosúria- Pesquisa Qualitativa.

Informações importantes: vide Glicosúria – Pesquisa Qualitativa.

_______________________________________________________________________________________

GLOBULINA TRANSPORTADORA DE HORMÔNIOS SEXUAIS - SHBG

Sinônimos mais usados: SHBG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: duas semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI202

Feminino

Até 09 anos. . . . . . . : 39 a 145 nmol/L

10 a 12 anos . . . . . . : 30 a 99 nmol/L

13 a 19 anos . . . . . . : 09 a 76 nmol/L

Fase folicular . . . . . : 18 a 144 nmol/L

Fase luteínica . . . . . : 48 a 185 nmol/L

Contraceptivos oral : 60 a 270 nmol/L

Masculino

Até 09 anos . . . . . . : 38 a 145 nmol/L

10 a 12 anos . . . . . : 30 a 99 nmol/L

13 a 15 anos . . . . . : 13 a 76 nmol/L

16 a 19 anos . . . . . : 10 a 56 nmol/L

Acima de 19 anos . : 13 a 71 nmol/L

Gestante

01º trimestre. . : 49 a 450 nmol/L

02º trimestre. . : 280 a 440 nmol/L

03º trimestre. . : 240 a 550 nmol/L

Menopausa . . : 30 a 230 nmol/L

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hormônios, como na produção da SHBG, irão determinar as modificações dos níveis circulantes destes hormônios. As

mulheres tem valores mais elevados que o dos homens, devido à maior proporção de estrógenos que andrógenos. Assim,

pode-se explicar o outro aumento de sua concentração durante a gravidez e durante a administração de estrógenos. Por

outro lado, os andrógenos diminuem esses níveis. A testosterona circula basicamente ligada à proteínas, principalmente

a SHBG, Albumina e um pouco na Globulina Carreadora do Cortisol. Os níveis de SHBG, são inversamente

proporcionais aos níveis de Testosterona, podendo ser utilizados como controle da dosagem da testosterona. O índice

Androgênico, que tem em seu cálculo a relação entre a testosterona e a SHBG é um bom indicador da condição anormal

do Hirsutismo. Valores baixos de SHBG são frequentemente encontrados no Hirsutismo, Acne e na Síndrome dos

Ovários Policísticos. Por volta de 32% das mulheres tem o SHBG diminuído. No hipotireoidismo, hiperprolactinemia,

acromegalia e Doença de Cushing, o SHBG está levemente diminuído. Na Obesidade Mórbida chega a ser suprimido,

assim como na administração de andrógenos, principalmente testosterona ou Danazol (que compete com andrógenos pela

ligação do SHBG). Os glicocorticóides e o Hormônio do Crescimento diminuem os níveis de SHBG. No hipertereoidismo,

cirrose hepática e gravidez, os níveis podem ser elevados.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

GLUCAGON

Sinônimo mais usado: Peptídeo alfa, IRG

Material e conservação para envio:2 mL de plasma coletado em frasco com EDTA + Trasilol, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência: 40 a 130 pg/mL

Interferências: as principais variações patológicas geram elevações do Glucagon: nos glucagonomas a

elevação acentuada está sempre relacionada a uma hiperglicemia. A glicemia reage de forma exagerada aos

testes de estímulo (hipoglicemia insulínica) e aos testes de bloqueio (hiperglicemia via oral). Na Síndrome

dérmica eritematosa migratória e necrótica (de evolução lenta), associada a estomatite, com queda do estado

geral, tromboflebites, anemia tipo doença crônica e diabetes não-insulinodependente .

Os testes auxiliam no diagnóstico dos glucagonomas, que podem ser um tumor pancreático, geralmente maligno

(o mais freqüente), tumores plurifocais secretórios e por último a hiperplasia das células alfa do pâncreas.

Sendo produzido pelas células alfa do pâncreas e por células intestinais, o Glucagon age sobre a glicogenólise, na

neoglicogênese, na proteólise e na lipólise. A hipoglicemia, a ingestão de triglicérides e o aumento de ácidos

graxos livres levam a aumentos variáveis do Glucagon.

Indicações: A sua dosagem está indicada para a avaliação de pacientes diabéticos, em pacientes com quadros de

hipoglicemia por déficit de Glucacon, e nos pacientes com diarréia crônica com suspeita de glucagonoma.

Informações importantes: níveis recentes de glicemia, medicação atual, sexo e idade.

_______________________________________________________________________________________

GLUTATIONA PEROXIDASE

Sinônimo mais usado: GP

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

203

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração.

Método: cinético-enzimático.

Valores de Referência: 10 a 15 mU/mg de Hb.

Interferências: a deficiência de selênio pode levar a alterações da atividade enzimática.

Indicações: triagem para quadros de anemia hemolítica. A deficiência da Glutationa Peroxidase é uma patologia

autossômica recessiva, cujas formas clínicas são muito parecidas com a deficiência de G6PD, com hemólise aguda

de origem medicamentosa, hemólise crônica não-esferocítica e nas formas neonatais.

Informações importantes: dados de hemograma recente, idade e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

GLUTATIONA REDUTASE

Sinônimo mais usado: atividade da Glutationa Redutase.

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total com heparina, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 a 3 dias sob refrigeração.

Método: Cinética enzimática.

Valores de Referência: 1,0 a 1,2 mU/mg de Hb

Interferências: elevações inadequadas de riboflavina.

Indicações: a deficiência da Glutationa Redutase pode levar a quadros hematológicos diversos, como anemia

hemolítica não-esferocítica, pancitopenia, trombopenia idiopática, megaloblastose medular e hemólise aguda

medicamentosa. É uma deficiência constitucional geralmente de caráter moderado.

Informações importantes: idade, medicação atual e dados de hemograma recente.

_______________________________________________________________________________________

GONADOTROFINA CORIÔNICA TESTICULAR

Sinônimo mais usado: Beta-HCG testicular

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência de partículas.

Valores de Referência: valores inferiores a 5,0 mUI/mL.

Interferências: não há referências na literatura médica.

Indicações: Valores acima de 25 mUI/mL, são encontrados em 40 a 60% dos pacientes com neoplasias não-

seminomatosas puras. Falso-Negativos ocorrem em 20 a 30% dos casos, mesmo com comprometimento de

linfonodos retroperitoniais. Casos falso-positivos são raros. Seu uso é maior como marcador do que

diferenciador de massa escrotal.

Informações importantes: idade, suspeita clínica e resultado da Alfa-Fetoproteína.

_______________________________________________________________________________________

GORDURA FECAL – PESQUISA OU DOSAGEM

Sinônimo mais usado: -

GRUPO SÃO CAMILO

VI204

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Material e conservação para envio: fezes recentes coletadas após 3 dias de dieta padrão para gordura fecal,

vide abaixo, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Regime indicado: acima de 50 kg : introduzir às refeições normais, 3 colheres de sopa

de manteiga, divididas em três refeições, uma colher para o café da manhã, uma colher para o lanche da tarde e

uma colher no jantar ou na ceia, entre 22:00 e 23:00 horas. Pode ser servida com pão, ou derretida e introduzida

em algum prato, etc.

Entre 25 e 50 Kg, introduzir às refeições, 2 colheres de sopa de manteiga, cuja quantidade pode ser dividida em 3 ou 4

refeições do dia. Entre 10 e 25 kg, introduzir 1 colher de sopa de manteiga, dividindo a quantidade em 3 ou 4

refeições do dia, no pão ou derretida e introduzida em algum prato, como sopas, mingaus, etc. Abaixo de 10 kg, para

não lactentes, fornecer ½ colher de manteiga dividida entre as refeições do dia. Para lactentes, introduzir ½ colher de

sobremesa de manteiga, dividida entre as refeições do dia. O médico-assistente deverá aprovar este regime antes de

ser instituído ao paciente. Seguir estas instruções por 3 dias seguidos. No quarto dia coletar todas as evacuações, e

junta-las em um único frasco, fornecido pelo Laboratório São Camilo, que deverá ficar guardado sob refrigeração,

por todo o período de coleta. Levar ao laboratório na manhã do quinto dia. O regime deverá ser suspenso caso haja

piora do quadro do paciente, que justifique esta medida, com conhecimento do médico-assistente. Obs.: caso seja

impossível conservar as fezes na geladeira, pode-se conserva-las em recipiente de Isopor com gelo renovável,

fornecidos pelo Laboratório São Camilo.

Estabilidade da amostra: após coletada as fezes podem ser estocadas por mais 48 horas sob refrigeração.

Recomenda-se encaminhar as fezes de segunda-feira a quinta-feira. Não enviar às vésperas de feriado.

Método: Sudan III ou Fosfovanilina.

Valores de Referência: Pesquisa: Negativa, Dosagem: até 9,0 g de ácidos graxos/100g de fezes.

Interferências: Elevações: medicamentos que aumentam o trânsito intestinal, reposição de enzimas

pancreáticas, Colestiramina em doses superiores a 15g/dia, antibióticos de baixa absorção intestinal.

Diminuições : uso de medicamentos que diminuem o trânsito intestinal.

Indicações: a presença de gorduras nas fezes indica a presença de esteatorréia, assinalando quadros de má-digestão

dos alimentos por deficiências pancreáticas, como doença celíaca , enteropatias infecciosas, amiloidose, etc., ou

quadro de má-absorção intestinal.

Informações importantes: adesividade ao regime, possíveis perdas de fezes durante o período de coleta,

medicação atual e imediatamente pregressa.

_______________________________________________________________________________________

Haemophilus ducreyi – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Cancro mole

Material e conservação para envio: raspado de lesões suspeitas, em áreas genitais, masculina ou feminina,

sendo realizados esfregaços em lâminas de microscopia (pelo menos 4 lâminas), que devem ser fixadas em bico

de Bunsen, e enviadas em porta-lâminas. (vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório

São Camilo pg 22-23).

Instruções de coleta: limpar bem as superfícies das lesões com gaze. Coletar todo o material de superfície das

lesões, espalhando-o sobre as lâminas de microscopia, principalmente os obtidos das bordas das lesões. A coleta

deverá ser feita com alça de platina flambada e esfriada, ou alça plástica estéril e descartável. Secar as lâminas e

após fixa-las ao fogo. Enviar em porta-lâminas a temperatura ambiente.

Geralmente as lesões de cancro mole são dolorosas, com cheiro fétido e são mais que uma. As bordas são

irregulares e o material de superfície é mais abundante que as lesões do cancro duro.

Estabilidade da amostra: uma vez fixadas ao fogo, a estabilidade, a temperatura ambiente, protegida da luz e

umidade, é de um ano.

205

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Método: microscópico com coloração segundo Gram.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: uso de medicação tópica e de antibioticoterapia prévia e atual.

Informações importantes: medicação prévia e atual, tempo de lesão.

_______________________________________________________________________________________

HAM- TESTE DE

Sinônimo mais usado: Teste para Hemoglobinúria Paraxística Noturna. (HPN)

Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem nenhuma fibrina e 2 mL de sangue total em EDTA, sob

refrigeração. Colocar sob refrigeração imediatamente após a coleta.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.

Método: Hemólise ácida.

Valores de Referência: teste negativo. Tubo com tampão ácido não apresenta hemólise.

Interferências: Falso-negativos: transfusões sangüíneas recentes (menos que 120 dias), terapia com heparina.

Falso-positivos: anemias auto-imunes, anemias megaloblásticas, por deficiência de Vitamina B12 ou de Ácido

Fólico e na Metaplasia Mielóide Agnogênica.

Indicações: A HPN é uma patologia hematológica adquirida, onde há uma sensibilidade anormal das hemácias

aos componentes do complemento sérico, possibilitando a hemólise, principalmente à noite, quando ocorre

acidificação fisiológica do sangue.

Informações importantes: presença de quadros de hemólise, medicação atual e idade.

_______________________________________________________________________________________

HAPTOGLOBINA

Sinônimo mais usado: Alfa-2 Haptoglobina

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Não pode haver hemólise na amostra.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. A coleta deve ser feita até às 12:00 horas.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria.

Valores de Referência:

Faixa Etária Em mg/dLRN ( primeira semana) < 10,0 1 semana a 1 mês

5,0 – 15,0

1 mês a 6 meses 10,0 – 70,06 meses a 1 ano

40,0 – 150,0

1 ano a 19 anos 40,0 – 160,0Adultos (> 19 anos) 40,0 – 240,0

Interferências: Hemólise.

Alterações patológicas: a) Elevações: Processos inflamatórios agudos: Diabete Mellitus, Doenças auto-imunes,

Infecções, Inflamações inespecíficas, Necrose, Neoplasias, Síndrome Nefrótica , TRA

e TRH. Quadros de obstrução biliar.

b) Diminuições: Quadros de hemólise, doença hepática grave, como cirrose e neoplasias

GRUPO SÃO CAMILO

VI206

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Para anticorpos da classe IgM: Não Reagente

Para anticorpos da classe IgA: Não Reagente.

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Indicações: Os métodos imunológicos séricos para pesquisa de anticorpos anti-Helicobacter pylori

possibilitam o diagnóstico de infecção sem a endoscopia. Para confirmação da erradicação o teste deve ser

quantitativo. O critério de erradicação da infecção consiste em queda dos títulos em mais de 20% em pelo menos

6 meses após o tratamento.

Informações importantes: medicação atual, tempo de tratamento.

_______________________________________________________________________________________

Helicobacter pylori – PCR – RT QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR do Helicobacter pylori

Material e conservação para envio: 2 ml de suco gástrico, biópsia gástrica, saliva, placa dental e fezes. Enviar

sob refrigeração.

Instrução para coleta: Para swab bucal solicitar kit de coleta ao Laboratório.

Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias).

Método: PCR em Real Time.

Valores de Referência: ausência de DNA de Helicobacter pylori.

Interferências: contaminações durante a coleta ou separação do soro.

Indicações : diagnóstico de infecção por Helicobacter pylori.

Informações importantes: medicação atual, tempo de medicação.

_______________________________________________________________________________________

207

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

hepáticas primárias ou metastáticas, Perda protéica, por lesões cutâneas extensas ou

perdas gastrointestinais. Deficiências ou falta de produção da proteína de fundo genético.

Indicações: Diagnóstico dos quadros de hemólise intravascular. A Haptoglobina é uma Alfa-2 globulina que liga a

hemoglobina livre do plasma. Elevando-se nos processos inflamatórios agudos, pode prejudicar o diagnóstico

de hemólise. Cerca de 15% dos pacientes tem seus níveis normais na vigência de quadros leves de hemólise.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

Helicobacter pylori - ANTICORPOS IgG, IgA ou IgM

Sinônimo mais usado: Helicobacter –IgG ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescencia.

Valores de Referência:

Para anticorpos da classe IgG:

Reagente/Positivo > 1,1 UI/mLNão Reagente/Negativo < 0,9 UI/mLIndeterminado (zona cinza) 0,9 – 1,1 UI/mL

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HEMÁCIAS DISMÓRFICAS

Sinônimo mais usado: dismorfismo eritrocitário

Material e conservação para envio: urina recente pode ser a primeira ou a segunda urina da manhã. Enviar

mínimo de 5 mL de urina recente, sob refrigeração. O frasco com a urina não pode encostar no gelo renovável.

Utilizar papel ou espuma de látex para isola-lo.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, coletando a primeira ou segunda urina da manhã.

Estabilidade da amostra: máximo 4 a 6 horas sob refrigeração controlada.

Método: microscopia de contraste de fase.

Valores de Referência: Hemácias dismórficas: Lesão Glomerular:

< 20% Exclui Hematúria glomerular (HG)

21 a 29% Possível HG

30 a 59% Fortemente associado à HG

> 59% HG

Tipos morfológicos Associação ̀ HG.

- Acantócitos > 5%

- Glomerular Shaped > 5%

Número de populações: Até 4 tipos morfológicos

Interferências: secreções genitais contaminantes, tempo maior de conservação que o indicado.

Indicações: localização da origem da hematúria. Valores elevados de hemácias dismórficas (vide Valores de

Referência) indica hematúria glomerular.

Informações importantes: hora da coleta e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

HEMATOZOÁRIOS – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Plasmodium sp

Material e conservação para envio: coletar com o paciente com febre alta, ou imediatamente após a queda de

temperatura. Coletar sangue digital e sangue periférico em EDTA. Preparar 4 a 6 lâminas finas (esfregaços) de

ambos materiais. Deixar secar a temperatura ambiente. Bem secas, podem ser embrulhadas, uma a uma com

papel alumínio ou colocadas em porta-lâminas.

Instruções para coleta: proceder como acima e anotar a medicação atual, temperatura no momento da coleta e

qual a periodicidade dos picos febris.

Estabilidade da amostra: as lâminas podem ficar a temperatura ambiente, protegidas, por tempo

indeterminado. O sangue periférico tem estabilidade, no EDTA , de 24 horas.

Método: coloração tipo Romanovski (Leishmann, Rosenfeld, Panótico, etc). A observação das lâminas é

microscópica.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: terapêutica específica anterior. Coleta fora do período febril ou imediatamente pós-febril.

Indicações: diagnóstico laboratorial de infestações por hematozoários.

Informações importantes: medicação prévia, ciclos febris e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI208

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HEMOCROMATOSE – DIAGNÓSTICO MOLECULAR – PCR

a) Teste para mutação S65C

b) Teste duo: mutações C282Y e H63D

c) Teste plus: mutações C282Y, H63D e S65C

Sinônimo mais usado: Diagnóstico molecular da Hemocromatose

Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal

em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA

Genômico).

Valores de Referência: Negativo (homozigoto normal). Heterozigoto: Possui mutação em um dos

cromossomos associados com aumento discreto do ferro sérico, da ferritina e saturação da transferrina.

Homozigoto: Possui mutação nos dois cromossomos. Está associada com aumento do ferro sérico, da ferritina e

saturação da transferrina.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular das principais mutações da Hemocromatose.

Informações importantes: quadro clínico, níveis de Ferritina, dados familiares, dia e hora da coleta.

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HEMOCULTURA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: Atualmente estamos utilizando o sistema Hemobac Trifásico II da Probac .

Coletar o sangue conforme instruções no Manual de Coletas Especiais do Laboratório São Camilo, não

descuidando da assepsia dos locais de coleta e da tampa onde o sangue será introduzido no frasco da Hemocultura

[Utilizar álcool iodado (70% / 1%) ou PVPI]. Aguardar um minuto a ação dos desinfetantes. Para inocular o

sangue, levante a parte central da tampa de alumínio. Não rompa este lacre. Uma vez inoculado o sangue no

frasco de hemocultura, homogeneizar o conteúdo do frasco, com inversões lentas. Coletar 10 mL de sangue

para adultos (utilizar frasco com tampa verde) e 5 mL para crianças (frasco com tampa da cor salmão).

O transporte pode ser feito a temperatura ambiente sob proteção da luz.

Instruções para coleta: vide o item anterior.

Estabilidade da amostra: após a inoculação do sangue no frasco de hemocultura, a amostra pode ficar até 48

horas a temperatura ambiente, tempo que deve chegar ao laboratório de microbiologia para continuação da

montagem do teste (colocação do complemento em Lâmino-Cultivo).

Método: microbiológico.

Valores de Referência: ausência de crescimento de bactérias.

Interferência: antibioticoterapia anterior, contaminação durante a coleta.

Informações importantes: medicação anterior, quadro clínico, procedimentos cirúrgicos recentes, uso de

instrumentos invasivos.

Nota: Hemocultura automatizada está em fase de validação.

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209

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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HEMOGLOBINA A2 (ver eletroforese de hemoglobina)

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HEMOGLOBINA FETAL (ver eletroforese de hemoglobina)

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HEMOGLOBINA GLICADA

Sinônimo mais usado: HbA1c

Material e conservação para envio: sangue total em EDTA, 1 frasco, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes conhecidamente

hiperlipêmicos devem estar sob jejum não inferior a 12 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquida de alta performance (HPLC)

Valores de Referência:

Segundo Sociedade Brasileira de Diabetes: meta: inferior a 6,5%.

Segundo a DCCT (Diabetes Control and Complication Trial e UKPDS-United Kingdom Prospective Diabetes

Study): meta: inferior a 7,0%.

Para população em geral : 4,0 a 6,0%

Controle inadequado : > 6,5%

Correspondência entre níveis de A1c e níveis médios de glicemia em mg/dL

Ref. Bibliográfica: Natahan, DM et al. Translating the A1c Assay into Estimated Average

Glucose Values. Diabetes Care 31:1-6,2008.

Valores de HbA1c em % e de Glicemia em mg/dL (níveis médios mensais):

Nível de A1c % Estudo DCCT Estudo ADAG4 65 705

100

98

6

135

126Meta SBD : 6,5 152 140Meta DAD: 7

170

154

8

205

182

9

240

21110 275 23911 310 26712 345 295

Interferências: Redução do valor real de HbA1c em função da diminuição do número de hemácias,

concentração de hemoglobina e do hematócrito:

- Afecções hematológicas que levam ao aumento do número de hemácias e/ou do hematócrito.

- Anemia hemolíticas de várias etiologias.

- Deficiência secundária de Eritropoetina devido a insuficiência renal.

- Deficiências nutricionais de folatos, vitamina B6 e Vitamina B12, ou patologias gástricas que diminuam a

GRUPO SÃO CAMILO

VI210

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absorção desses elementos.

- Doenças que atinjam a produção da medula óssea, como fibrose, mieloesclerose, radiação, toxinas, tumores, etc.

- Hemoglobinopatias que podem produzir resultados falsamente aumentados ou diminuídos.

- Hipertireoidismo

- Intoxicação por chumbo (Saturnismo)

- Leucemias (alguns tipos)

- Mieloma múltiplo

- Queimaduras graves com perdas protéicas e líquidos.

- Terapêutica com grandes concentrações de Vitamina C e Vitamina E, que podem inibir a glicação da

hemoglobina dentro das hemácias.

Aumento do valor real da A1c:

- Anemia ferropriva com aumento de mais de 2% nos níveis da hemoglobina glicada.

- Presença de hemoglobina acetilada (quimicamente ligada a salicilatos) em pacientes que fazem uso de doses

elevadas de ácido acetilsalicílico.

- Presença de hemoglobina carbamilada (quimicamente ligada à uréia), em pacientes com uremia por

insuficiência renal.

Alguns medicamentos podem alterar os níveis de HbA1c por interferências na cromatografia: antibióticos

macrolídeos e penicilina.

Uso de bebidas alcoólicas e hiperlipemias podem alterar os resultados desse exame.

OBS: os equipamentos que utilizamos no Laboratório São Camilo, podem sofrer alterações devido à

presença de HbE e Hemoglobina F elevada (acima de 5%).

Indicações:

Estudos clínicos de 2008 e 2009 demonstraram que a glicemia tem uma variabilidade que constitui-se em um

fator de risco independente pela amplitude das taxas de glicose, que variam com os horários do dia. A média das

glicemia do dia é um fator importante de risco endotelial, produzindo ou favorecendo as complicações

cardiovasculares dos diabéticos. Como a A1c é um valor que reflete somente o nível médio das glicemias no

últimos 60 a 120 dias, deve-se avaliar a variabilidade dos níveis de glicose sanguínea. Estes dados podem, hoje,

ser obtidos com facilidade dos monitores de glicose, através de programas de informatização. Outro fator que

deve ser lembrado é que as glicemias mais recentes tem maior impacto sobre os níveis de HbA1c do que as

glicemias mais antigas:

Influência das glicemias mais recentes e das “mais antigas” sobre os níveis de HbA1c:

1 mês antes | 2 meses antes | 3 meses antes | 4 meses antes50% | 25% | 25%

O impacto de qualquer variação significativa (tanto para cima como para baixo), nos níveis de glicemia média

será diluído dentro de 3 a 4 meses, em relação aos níveis de Hemoglobina Glicada. As glicemias mais recentes

causarão maior impacto nos níveis médios de HbA1c. Para que esta avaliação seja mais segura para o paciente e

tenha efeito sobre o controle da doença, a determinação da Hemoglobina Glicada deve ser realizado pelo menos

2 vezes ao anos para todos os pacientes diabéticos com esquemas terapêuticos bem estabelecidos e pelo menos 4

vezes ao anos (trimestralmente) para os pacientes que tiveram que alterar o seu esquema terapêutico ou que ainda

não atingiram os objetivos ou suas metas com o tratamento prescrito.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

211

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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HEMOGLOBINA H (ver eletroforese de hemoglobina)

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HEMOGLOBINA–S

Sinônimo mais usado: depranocitose ou teste de eluição

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração e pelo menos 3 lâminas

com esfregaços não grossos, bem secas, protegidas em porta lâminas.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 12 horas sob refrigeração, em caixa isotérmica, com gelo renovável, separada por

camadas de papel.

Método: teste da depranocitose com ditionito de sódio em ambiente anaeróbico e teste da eluição segundo

Ramalho et al, também com ditionito de sódio e centrifugação.

Valores de Referência: testes negativos. Para o teste de eluição podemos ter :

GRUPO SÃO CAMILO

VI212

Hb AA Hb AS HbSS Sobrenadante Incolor Levemente vermelho Vermelho (hemól ise)Precipitado Vermelho Vermelho claro Claro

Indicações: o teste da depranocitose demonstra a presença de Hemoglobina S em heterozigose ou homozigose,

com a formação de hemácias falciformes (em forma de foice) na montagem entre lâmina-lamínula. Testes falso-

Negativos podem ocorrer quando as concentrações de HbS são inferiores a sensibilidade analítica mínima do

teste, ou quando a quantidade de Hemoglobina Fetal (HbF) é muito elevada. Nos testes de eluição, há a possibi-

lidade de se diagnosticar casos hetero, como homozigóticos. Testes falso-positivos podem ocorrer em algumas

hemoglobinopatias mais raras e nos quadros de policitemias.

Informações importantes: uso de medicações específicas contra a falcização, como o uso de tiouréia, etc,

transfusões recentes de sangue, etc.

_______________________________________________________________________________________

HEMOGRAMA

Sinônimo mais usado: exame hematológico

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total em EDTA, mais pelo menos dois esfregaços em lâmina

de microscopia, secos a temperatura ambiente. O sangue pode ser estocado e enviado sob refrigeração, separado do

gêlo renovável por papel e as lâminas enviadas a temperatura ambiente em porta lâminas.

Instruções para coleta: coletar preferencialmente pela manhã, para os exames de rotina, com jejum mínimo de 4

horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Como o Hemograma é um dos itens

laboratoriais mais solicitados em casos de emergêmcias, o exame pode ser coletado a qualquer momento, pois as

variações de valores de referência, com ou sem jejum passam a ser desprezíveis frente a um quadro clínico de

emergência, como hemorragias, infecções agudas, etc.

Estabilidade da amostra: as lâminas (esfregaços secos), mesmo não fixadas tem longo período de estabilidade,

desde que sejam guardadas em porta-lâminas, em local fresco e ao abrigo da luz. Se forem coradas a validade é ainda

maior. Temos revisado lâminas coradas, com mais de um ano, sem perda da qualidade. Lâminas não coradas tem

sido observadas após um mês de arquivo, e coradas posteriormente, sem perda das características

morfotintoriais. O sangue em EDTA, coletado em frascos comerciais (BD, Cral, Terumo, etc) tem apresentado

boas condições de análise até 12 horas após a coleta. Após este período, há perda da qualidade de contagens,

dosagem da Hemoglobina, análise da porcentagem dos reticulócitos, etc.

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Método: análise em contadores eletrônicos de partículas, capazes de captar variações de resistividade, difração e

dispersão óptica, absorção espectrofotométrica/fluorométrica, impedância e laser. Como a análise é tridimensional, o

tamanho, forma e variabilidade dos elementos normais e anormais são possíveis com grande qualidade e confiabilidade.

Valores de Referência: o Laboratório São Camilo tem pesquisado, por longos anos os valores referenciais para

várias faixas etárias e também para vários períodos da gestação.

Valores referenciais para período de 0 a 2 anos:

Analito 0-7 dias 8-14 dias 15-30 dias 2-5 meses 6-11 meses 1-2 anos

Eritrócitos (milhões/mm³) 3,9 - 6,0 3,6 - 6,0 3,0 – 5,5 3,1 – 4,5 3,7 – 6,0 3,7 – 6,0

Hemoglobina (g/dL)

13,5 -

22,0

12,5 –

21,0

10,0 -

20,0

10,0 -

14,0

10,0 –

13,5

10,5 – 13,5

Hematócrito (%)

42,0 – 60,0

39,0 –

60,0

31,0 -

55,0

28,0 -

42,0

33,0 –

40,0

33,0 – 40,0

RDW V.C.M. ( µ³ ou F -femto)

88,0 –

120,0

86,0 –

120,0

85,0 –

110,0

77,0 -

110,0

74,0 –

89,0

74,0 – 89,0

H.C.M ( pg ou f/mol)

20,0 -

40,0

28,0 –

40,0

20,0 -

40,0

26,0 -

34,0

25,0 –

35,0

27,0 – 35,0

C.H.C.M ( % ou mmol/L) 28,0 -

38,0

29,0 -

37,0

29,0 –

37,0

29,0 –

37,0

30,0 –

36,0

33,0 – 36,0

RETICULÓCITOS (%) ≤ 7% ≤ 7% 0,5 – 1,5 0,5 - 1,5 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5

V.P.M. (fL) 6,5 - 12,0 6,5 - 12,0 6,5 - 12,0 6,5 - 12,0 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0

PLAQUETAS (mil / mm³) 150 – 500 150 - 500 150- 500 150 - 500 150 – 500 150 – 500

LEUCÓCITOS (mil/mm³) 9 - 34 5 - 21 5 - 20 5 – 15 6 - 11 6 - 11

BASÓFILOS / mm³ 0 – 600 0 - 600 0 – 600 0 – 600 0 - 200 0 - 200

EOSINÓFILOS/mm³ 20 - 850 20 - 850 20 – 850 20 – 850 500 – 700 0 - 500

PROMIELÓCITOS/mm³ 0 0 0 0 0 0

MIELÓCITOS / mm³ 0 0 0 0 0 0

METAMIELÓCITOS/mm³ 0 0 0 0 0 0

BASTONETES / mm³ 0 -

4100

0 -

2200

0 -

1900

0 –

1340

0 -

910 0 – 890

SEGMENTADOS / mm³

1500 – 10000

1000 -

9500

1000 –

9000

1000 –

8500

1500 –

8500

1500 – 8000

LINFÓC. TÍPICOS/mm³

2000 – 17000

2000 –

17000

2500 –

16500

4000 –

13500

4000 -10500 1500 – 7000

LINFÓC. ATÍPICOS/mm³

0

0

0

0

0 0

MONÓCITOS / mm³ 400 - 1800 400 - 1800 50 - 1100 50 - 1100 50 - 1100 0 – 800

PLASMÓCITOS / mm³ 0 0 0 0 0 0

Valores Referenciais para faixas etárias de 3 a 14 anos:

ANALITO 3 - 5 anosMasculino

3 - 5 anosFeminino

6 - 11 anosMasculino

6 - 11 anosFeminino

12 -14 anos Masculino

12 - 14 anosFeminino

Eritrócitos ( milhões/mm³ ) 4,1 - 5,3 4,1 – 5,2 4,2 – 5,1 4,1 – 5,3 4,3 – 5,4 4,0 – 5,1

Hemoglobina ( g/dL) 11,0 – 14,5 11,8 – 14,7 12,0 – 14,0 12,0 – 14,5 12,5 – 15,0 11,5 – 14,8

Hematócrito ( % ) 33,0 – 43,0 35,0 – 44,0 35,8 – 42,4 35,7 – 43,0 36,5 – 46,0 34,5 – 44,0

RDW (%) 12,0 – 14,0 12,0 – 14,0 12,0 – 13,4 11,6 – 14,0 11,9 – 14,5 12,5 – 14,4

VCM ( µ³ ou fL (femto)) 74,0 – 89,0 74,0 – 89,0 76,5 – 90,6 78,5 – 90,4 78,0 – 92,5 80,7 – 91,7

HCM ( pg ou f/mol ) 24,0 – 32,0 25,0 – 32,0 25,0 – 33,0 27,0 – 33,0 25,5 – 34,0 27,5 – 33,3

CHCM ( % ou mmol/L) 32,0 – 36,0 32,0 – 36,0 31,0 – 36,0 32,0 – 36,0 31,0 – 36,0 32,9 – 34,9

RETICULÓCITOS (%) 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5 0,5 – 1,5

V.P.M. (fL) 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0 6,5 – 12,0

PLAQUETAS mil/mm³ 150 – 500 150 – 500 150 – 500 150 – 500 150 – 500 150 – 500

LEUCÓCITOS mil/mm³ 4,0 – 12,0 5,0 – 11,5 4,0 – 10,8 4,8 – 10,7 5,0 – 10,0 4,8 – 10,0

BASÓFILOS/ mm³ 0 – 200 0 – 200 0 – 200 0 – 200 0 – 200 0 – 200

EOSINÓFILOS / mm³ 0 – 650 0 – 650 0 – 650 0 – 500 50 – 500 50 – 500

PROMIELÓCITOS/mm³ 0 0 0 0 0 0

MIELÓCITOS /mm³ 0 0 0 0 0 0

METAMIELÓCITOS/mm³ 0 0 0 0 0 0

BASTONETES / mm³ 0 – 960 0 – 900 0 – 810 0 – 780 0 – 840 0 – 800

SEGMENTADOS / mm³ 1500 - 8500 1400 – 8300 1500 – 8500 1500 - 8500 1600 – 8500 1400 – 8400

LINFÓC. TÍPICOS / mm³ 1500 – 7000 1500 – 7000 1500 – 6500 1500 – 6800 900 – 2900 1000 - 3000

LINFÓC. ATÍPICOS /mm³ 0 0 0 0 0 0

MONÓCITOS / mm³ 0 – 800 0 – 900 0 – 800 0 – 850 300 – 900 300 - 1000

PLASMÓCITOS / mm³ 0 0 0 0 0 0

213

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores Referenciais para adultos: (> 14 anos atingem os valores de adultos )

ANALITO HOMENS MULHERES

ERITRÓCITOS ( milhões/mm³ ) 4,32 – 5,72 3,9 – 5,1

HEMOGLOBINA (g/dL) 13,5 – 17,5 12,0 – 15,5

HEMATÓCRITO ( % ) 38,8 – 50,0 34,9 – 44,5

R.D.W. ( % ) 11,8 - 15,6 11,9 – 15,5

V.C.M. ( µ³ ou fL ( femto)) 81,2 – 95,1 81,6 – 98,3

H.C.M. ( pg ou f/mol)

26,0 –

34,0

26,0 – 34,0

C.H.C.M. ( % ou mmol/L)

31,0 –

36,0

31,0 – 36,0

RETICULÓCITOS (%)

0,5 –

1,5

0,5 – 1,5

V.M.P. ( fL)

6,5 –

12,0

6,5 – 12,0

PLAQUETAS ( mil/mm³ )

150 –

400

150 – 400

LEUCÓCITOS (mil/mm³)

5,0 –

10,0

5,0 – 10,0

BASÓFILOS /mm³

0 –

100

0 – 100

EOSINÓFILOS / mm³

50 –

500

40 – 450

PROMIELÓCITOS /mm³

0

0

MIELÓCITOS / mm³ 0 0

METOMIELÓCITOS/mm³ 0 0

BASTONETES / mm³

0 –

840

0 – 860

SEGMENTADOS /mm³

1700 –

8000

1750 – 8200

LINFÓC. TÍPICOS/mm³

900 –

2900

850 – 8000

LINFÓC. ATÍPICOS/mm³ 0 0

MONÓCITOS / mm³ 300 - 900 300 – 900

PLASMÓCITOS / mm³ 0 0

GRUPO SÃO CAMILO

VI214

Valores de Referência para gestantes:

Semanas de gestação

12 – 17 18 – 23 24 – 27 28 – 31 32 – 35 36 – 40 1 dia p.p.

ERITROGRAMA

Eritrócitos ( milhões/mm³) 3,36 –

4,93

3,37 –

4,54

3,35 –

4,33

3,37 –

4,30

3,40 –

4,53

3,51 –

4,71

3,32 – 5,08

Hemoglobina (g/dL)

11,2 –

14,7

10,6 –

14,1

10,4 –

13,9

10,2 –

14,1

10,4 –

14,3

10,8 –

14,7

10,5 – 15,6Hematócrito ( % )

31,7 –

43,0

31,0 –

41,5

30,6 –

40,2

30,0 –

40,8

30,2 –

42,3

32,2 –

42,7

30,5 – 43,0RDW (%) 12,0 –

14,8

12,6 –

15,1

12,6 –

14,7

12,0 –

14,9

11,5 –

16,5

11,4 –

16,6

12,8 – 15,8VCM (fL) 83,2 –

99,3

84,1 –

99,4

84,0 –

100,9

83,4 –

101,5

81,2 –

102,0

80,7 –

102,0

77,8 – 101,9HCM ( f/mol) 27,0 –

33,9

26,6 –

33,1

27,2 –

34,1

26,5 –

35,0

25,7 –

34,9

25,6 –

34,0

24,6 – 34,5CHCM( mmol/L) 32,0 –

35,3

31,6 –

35,3

32,0 –

35,2

31,6 –

35,6

31,7 –

35,3

31, -

35,5

31,5 – 35,1Reticulócitos ( % )

0,5 –

1,5

0,5 –

1,5

0,5 –

1,6

0,5 –

1,7

0,4 –

1,4

0,4 –

1,2

0,4 – 1,8VPM ( fL) 5,6 – 11,2 5,4 – 10,9 5,2 – 11,0 5,2 – 11,2 5,8 – 10,7 5,8 – 11,1 5,8 – 11,1Plaquetas ( mil/mm³ ) 135 – 470 134 – 493 122 – 492 120 – 485 120 – 485 110 – 489 100 - 630

LEUCOGRAMA 12 – 17 18 – 23 24 – 27 28 – 31 32 – 35 36 – 40 1 dia p.p

Leucócitos ( mil/mm³ )

6,3 –

13,6

6,3 –

13,9

8,0 –

14,0

8,0 –

14,0

8,6 –

14,8

8,6 –

14,8

6,7 – 25,0Basófilos 0,0 –

0,1

0,0 –

0,1

0,0 –

0,1

0,0 –

0,1

0,0 –

0,1

0,0 –

0,1

0,0 – 0,1Eosinófilos 0,05 –

0,5

0,05 –

0,5

0,05 –

0,5

0,05 –

0,5

0,05 –

0,5

0,05 –

0,5

0,05 – 0,5Promielócitos Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

AusentesMielócitos Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

AusentesMetamielócitos Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

AusentesBastonetes 0,0 –

0,84

0,0 –

0,84

0,0 –

0,84

0,0 –

0,84

0,0 –

0,84

0,0 –

0,84

0,0 – 0,84Segmentados 5,2 –

12,2

2,7 –

13,0

2,3 –

13,0

7,0 –

13,0

8,0 –

14,0

7,0 –

14,0

8,9 – 19,0Linfócitos típicos 1,8 –

11,8

1,0 –

9,3

2,0 –

10,0

2,3 –

10,5

2,3 –

9,3

3,1 –

10,0

2,3 – 9,3Linfócitos atípicos

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

Ausentes

AusentesMonócitos 0,6 – 1,0 0,1 – 1,2 0,6 – 1,0 0,1 – 1,4 0,3 – 1,6 0,9 – 1,2 0,1 – 1,4

Legenda : p.p = pós-parto.

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Interferências: medicações que podem alterar a produção sanguínea, transfusões de sangue, hemorragias

crônicas ou agudas, doenças hematológicas, doenças sistêmicas que podem cronicamente alterar a

hematopoiese ou destruição celular, etc. Interferência podem ocorrer no período pré-analítico, como período

pré-menstrual, uso de bebidas alcoólicas, tabaco, exercícios, problemas na coleta, como período longo de

estase, coagulação do sangue, etc. Muitas considerações podem ser lidas no item sobre indicações do exame.

Indicações: (esse item tem que ser muito resumido, comparando-se os livros de texto que tratam desse tema.

Aqui somente faremos referência aos principais e mais freqüentes).

Linhagem eritrocitária:

Anemias: são em geral definidas pela queda dos índices hematológicos, sendo sempre úteis as análises dos

valores eritrocitários, seus índices e as contagens dos reticulócitos (% e absoluta), para definir, se possível, as

etiologias das anemias.

As anemias medulares ou centrais, encontradas principalmente nas insuficiências medulares, leucemias em nos

cânceres, são não-regenerativas e os níveis de reticulócitos sempre estão diminuídos (A contagem dos

reticulócitos é indissociável das análises das anemias, sendo cada vez um item importante para a análise dos

hemogramas). O termo diseritropoiese pode ser usado, quando os índices estão alterados.

Os mais usados índices ou constantes eritrocitários são:

a) VCM ou VGM (Volume corpuscular Médio dos eritrócitos, ou Valor Globular Médio dos eritrócitos):

que é calculado

b) CHbCM (Concentração de hemoglobina corpuscular média): que é calculado:

CHbCM = __Hemoglobina (g/100 mL) x 100__ % ou mmol/LHematócrito (%)

215

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

c) HCM (Hemoglobina corpuscular média): que é calculado:

HCM = ____Hemoglobina (g/100mL) x 10__ pg ou f/moln° de hemácias (milhões/mm³)

As anemias periféricas ou não medulares são geralmente regenerativas e a contagem dos reticulócitos estão

normais ou elevadas. Com estes dados, dependendo dos índices eritrocitários e da contagem dos reticulócitos, o

diagnóstico tenderá para perdas sanguíneas crônicas ou agudas ou quadros de hemólise. As hemólises podem ser

extra-globulares por ação mecânica de próteses valvulares, imunológicas por ação de anticorpos anti-membrana

eritrocitária, tóxica por ação de toxinas bacterianas, fúngicas ou externas e parasitárias, como ocorre na malária.

Temos ainda o hiperesplenismo com destruição acentuada de hemácias pelo baço, que pode ser primário ou

secundário (como nas anemias autoimunes). As hemólises intraglobulares podem ocorrer por anomalias de

membrana das hemácias, hemoglobinopatias que cursam com hemólise, como HbC e Talassemia, ou

deficiências enzimáticas como G6PD, Piruvatoquinase, etc.

As anemias normocíticas normocrômicas geralmente ocorrem nas hemorragias agudas.

As anemias macrocíticas normocrômicas podem ocorrer nas anemias megaloblásticas, alcoolismo, e em

algumas parasitoses.

As anemias mais comuns em nosso meio são as microcíticas hipocrômicas. Estas podem ser divididas em

hipossiderêmicas por carência de ferro ou processos inflamatórios crônicos e hiperssiderêmicas como no

saturnismo ou nas anemias sideroblásticas.

A poliglobulia pode ocorrer pelo aumento da contagem de hemácias:

a) Poliglobulias Primárias : como na Policitemia Vera, Doença de Vasquez, etc.

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b) Poliglobulias Secundárias, como nas poliglobulias reacionais (metahemoglobinemia), tumorais e hipoxêmicas

(insuficiência cardíaca, pneumopatias crônicas, e genéticas como nas poliglobulias familiares).

A poliglobulia eleva a viscosidade do sangue e geralmente vem acompanhada de aumento da contagem das

plaquetas, o que pode dificultar as contagens nos equipamentos eletrônicos.

- Alterações morfológicas das hemácias:

Tamanho: Microcitose (hemácias pequenas), Macrocitose (hemácias grandes), variação do tamanho das

hemácias, populações de eritrócitos grandes, pequenos e normais denomina-se Anisocitose.

Forma: alterações de formas chama-se Poiquilocitose.

Dependendo do tipo da forma pode-se ter Esquizontes, que ocorre nas síndromes urêmicas dos RN, nos

portadores de válvulas cardíacas e nos quadros de Coagulação Intravascular Disseminada. Acantócitos,

Equinócitos, Hemácias em lágrimas, Eliptócitos, Ovalócitos, Depranócitos, Esferócitos, Estomatócitos, etc .

Todas essas forma podem ser vistas no exame Morfologia dos Eritrócitos, mais a frente.

- Alterações da cor das hemácias: Os Anulócitos:apresentam um aumento do centro claro dos eritrócitos, o que é

encontrado nas anemias ferroprivas. Células em Alvo, ou Dianócitos: são eritrócitos que apresentam uma zona

clara circular, encontradas nas hemoglobinopatias, nas anemias ferroprivas, nas cirroses e nos quadros de

talassemia. A Anisocromia, refere-se as alterações de cor no sangue de um mesmo paciente, é encontrada nas

hemoglobinopatias, nas talassemias, nas anemias ferroprivas e nas cirroses, por distribuição irregular das

hemoglobinas dentro das hemácias. Hipocromia: eritrócitos pouco corados, vistos nas anemias hipocrômicas.

Policromatofilia: são hemácias mais escuras, com tons acinzentados, encontradas nas anemias regenerativas (

hemácias jovens e/ou reticulócitos com coloração não específica, tipo Romanovski). Hemácias com

pontilhado basófilo: encontradas nas anemias hemolíticas, nas talassemias, nas anemias tóxicas e no

saturnismo.

- Inclusões anormais: Anéis de Cabot- presença de linha em anel, em forma de raquete, ou em forma de oito,

com cor avermelhada, encontrados nas diseritropoieses. Corpúsculos de Heinz:aparecem no sangue com a

mesma coloração para os reticulócitos, só que são mais grosseiros e escassos do que aqueles, são encontrados

nas deficiências de G6PD, intoxicações medicamentosas, principalmente por sulfas, e na presença de

Hemoglobina H. Corpúsculos de Howell-Joly: presença de granulação, geralmente solitária, de cor vermelho

violácea, com aproximadamente 1 micra de diâmetro, presentes nas anemias megaloblásticas e após

esplenectomia. Corpúsculos de Pappenheimer: inclusões (2 a 5), basofílicas, redondas, agrupadas em um pólo

da hemácia ( são grãos de ferro das mitocôndrias. São reveladas pela coloração de Perls).

O VCM: A diminuição do VCM está relacionado a uma anemia microcítica. Assim poderemos ter as anemias

hipocrômicas microcíticas com ou sem carência de ferro e as anemais hemolíticas constitucionais.

O aumento do VCM está relacionado a uma macrocitose, que pode ser por anemia regenerativa (os reticulócitos e

as hemácias jovens tem uma tendência a macrocitose), insuficiência pancreática exócrina , hipotiroidismo e

cirrose hepática de fundo alcoólico. Quando o tamanho das hemácias é bem grande, podemos ter as

megaloblastoses, com a presença do predomínio dos megaloblastos medulares, o que pode ocorrer na má

nutrição, nas síndromes de malabsorção intestinal e gástrica, nas gastrectomias antrais, nas doenças intestinais,

no uso de medicamentos que tem ação antifólica, como os anticancerígenos, os anticonvulsivantes, etc.

O CHbCM: A diminuição do CHbCM aparece nos casos de microcitose com HCM normal ou diminuído nos

casos de anemias hipocrômicas. O seu aumento relaciona-se à macrocitoses.

O HCM: Diminuído: anemia hipocrômica.

Aumentado: pode ser desde uma medida errônea do hematócrito e/ou da hemoglobina ou altos níveis

de Hemoglobina com aumento da viscosidade sanguínea com ou sem valores elevados de proteínas séricas,

como ocorre nas imunoglobulinopatias monoclonais.

GRUPO SÃO CAMILO

VI216

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Leucócitos: Suas variações podem ser quantitativas e/ou qualitativas. As variações qualitativas ligam-se as

variações dos tipos morfológicos (ver livros de texto sobre o assunto).

Pancitopenia: diminuição de todas as linhagens sanguíneas, como mielóide, linfóides, eritrocitárias,

plaquetárias, etc. As pancitopenias de origem central ou medular requerem a realização de mielograma ou

biópsia de medula óssea para o diagnóstico. A pancitopenia pode ser devida à aplasia medular, invasão medular

metastática ou mielofibrose, tuberculose, etilismo, necrose medular , medicamentosas como nos tratamentos

mielossupressivos e toxicidade de metais pesdos. As pancitopenias periféricas ou não medulares podem ocorrer

por hiperesplenismo, hemoglobinúria paroxística noturna e no LES.

Agranulocitose: ausência de neutrófilos polimorfonucleares do sangue periférico (valores ≤ � 200 /mm³),

geralmente conseqüência de terapias com drogas supressoras da medula. Pode ocorrer por reação imunoalérgica

com destruição dos neutrófilos circulantes e medulares ou de forma mais rara devido a citotoxicidade do

medicamento sobre os polimorfonucleares, como antibióticos, anti-histamínicos, analgésicos,

anticonvulsivantes, anti-tireoidianos, diuréticos, principalmente os mercuriais, fenotizaidas e anti-inflamatórios

(hoje os de maior prevalência nos casos). Geralmente os processos são de regressão espontânea, levando uma a

duas semanas para a recuperação, após a suspensão do tratamento. O mielograma é útil tanto na fase diagnóstica,

como na fase de recuperação.

Polimorfonucleares neutrófilos:

- Neutrofilia (aumento do número de neutrófilos):

Infecções bacterianas, Síndromes mieloproliferativas, nas hemorragias e hemólises, processos

metabólicos, com gota, IRC, acidose diabética, etc, Doenças autoimunes e inflamatórias, algumas

parasitoses, necrose tissular, quadros de isquemia, tromboses, Cânceres, tabagismo, e algumas doenças

linfoproliferativas.etc.

- Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos):

Infecções virais, Infecções por alguns bacilos gram-negativos, como febre tifóide ou paratifóide,

hipotireoidismo, aplasia medular, agranulocitose tóxica, constitucional, imunoalérgica, invasão medular

Síndrome de Felty , malária, Leishmaniose visceral, doenças linfoproliferativas, como doença de

Waldenström, doença de Kahler etc.

Eosinófilos:

- Eosinofilia (aumento dos eosinófilos) :

Doenças alérgicas, parasitárias, doenças linfoproliferativas, vasculites e arterites, com a presença de

complexos imunes, circulantes, como na Periarterite nodosa, Síndrome de Shulman, Granulomatose de

Churg, e Granulomatose de Strauss.

- Eosinopenias : são dignas de nota quando associadas a quadros infecciosos agudos.

Linfócitos:

- Linfocitose (aumento dos linfócitos):

Infecções virais, Coqueluche, Doenças autoimunes, Doenças linfoproliferativas, endocrinopatias, reações

alérgicas medicamentosas, etc.

- Linfopenia (diminuição dos linfócitos):

Doenças neoplásicas, Sarcoidose, Alinfocitose congênita, Hipercorticolismo, AIDS, Linfomas, acidose

diabética.

Monócitos:

- Monocitose (aumento dos monócitos):

Leucemias agudas mielomonocíticas, leucemias crônicas mielomonocíticas, nos quadros de regeneração das

neutropenias medicamentosas e após tratamento quimioterápico. Tuberculose, e quadros gripais.

Anomalias qualitativas:

Geralmente são alterações ligadas à presença de células precursoras no sangue periférico, como

eritroblastemia, Mielemia, Blastose periférica, com a presença de células blásticas, nos casos de leucemias

217

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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agudas ou agudizadas, etc.

Pode-se ainda encontrar anomalias dos linfócitos que podem ser patognomônicas de certas doenças, como

no caso da tricoleucemia ou reticuloendoteliose leucêmica, onde são encontrados linfócitos com o

citoplasma apresentando tipo de franja ou cabelos e linfócitos do tipo T, com núcleos cerebriformes

característicos da doença de Sézary.

Anomalias morfológicas leucocitárias:

- Anomalia de Adler: aparece em um tipo de mucopolissacaridose, que podem ser encontradas nas granulações

dos eosinófilos, nas granulações dos neutrófilos e até em linfócitos e monócitos (que normalmente não as

apresentam). As granulações se apresentam maiores, de coloração azurrófila e mais coloridas.

- Anomalia de Chediak-Higashi: Anomalias também das granulações, que são de grandes tamanhos, muito

características e podem aparecer tanto nos polimorfonucleares, como nos monócitos e linfócitos. É de origem

hereditária, autossômica e recessiva, e homozigótica. Devido ao tipo anômalo de grânulos, os pacientes tem

dificuldade de fagocitose e quimiotactismo, levando a infecções repetidas.

- Anomalia de May-Hegglin: incide sobre os polimorfonucleares que apresentam corpúsculos de Döhle,

sempre associada a quadros de trombocitopenia com plaquetas gigantes. A anomalia é de herança genética,

autossômica, dominante. Os corpúsculos de Döhle são áreas do citoplasma dos polimorfonucleares

desprovidas de granulações, de cor basofílica. São encontrados em algumas infecções como na escarlatina,

caxumba, etc, e em pacientes queimados.

Corpúsculos de Auer: são bastonetes, de aspecto cristalino, azurrófilo-acinzentado, encontrados nos citoplasmas

de mieloblastos e promielócitos, tanto no sangue periférico, como na medula óssea, nas leucemias mielóides

agudas, nas formas mieloblásticas ou promielocítica. Quando a sua presença é abundante nas células, devido à

lise celular, os bastonetes podem ser encontrados livres, fora das células.

Informações importantes: medicação atual, jejum e suspeitas clínicas.

_______________________________________________________________________________________

MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA:

Tipos morfológicos

Relação com quadros hematológicosMicrócitos hipocrômicos

Anemias ferroprivas, talassemias, sangue de crianças

Micrócitos hipercrômicos

Anemias hemolíticas esferocíticas congênitas, ou anemias autoimunes.

Macrócitos policromáticos

Reticulocitose, eritropoiese hiperpástica ou displásica.

Macrócitos hipercrômicos

Uso de anti-retroviais, hepatopatias, anemias megaloblásticas

Estomatócitos

Estomatocitose hereditária, etilismo, anemias hemolíticas e artefatos de técnica

Hemácias em alvo

Codócitos ou target -cells: talassemias minor e major, hemoglobinopatias

S,C e E. Pós-esplenectomia e hepatopatias.

Ovalócitos

Idiopática, ovalocitose congênita, anemia ferropriva, anemia megaloblástica.

Eliptócitos

Eliptocitose hereditária, mielodisplasias, anemia ferropriva, talassemias.

Dacriócitos (Hemácias em lágrimas)

Hemácias piriformes: talassemias, mielofibrose, anemias megaloblástica, mielotísicas e mielodisplásicas.

Hemácias falciformes (drepanócitos)

Anemia falciforme

Acantócitos

Hemácias espiculadas ou spurr-shapped cells: pós-esplenectomia, hepatopatias, acantocitose congênita, insuficiência renal.

Equinócitos (hemácias crenadas) Burr-shapped cells: uremia, pós-esplenectomia ou artefatos de técnica

Esquizócitos Hemácias fragmentárias: CIVD,PTT, mielodisplasias, queimaduras, hemólises e microangiopatias.

Queratócitos ( Semilunares) Hemácias em capacete: hemólise oxidativa, deficiência de G6PD e terapia com sulfona.

Cristais em Hemácias Hemoglobinopatia C.

GRUPO SÃO CAMILO

VI218

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219

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

HEMOSSEDIMENTAÇÃO

Sinônimo mais usado: VHS

Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em tubo com EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.

Método: fotometria capilar em fluxo cinético de ponto final, em radio freqüência, automatizada.

Valores de Referência:

Até 50 anos Em mmHomens Até 5Mulheres

Até 7

> 50 anos Homens Até 7 Mulheres Até 10

Interferências: a) Fatores técnicos: elevações da velocidade por problemas com a conservação do material clínico,

alterações da temperatura no equipamento utilizado, b) alterações por medicamentos: aumento da velocidade: uso de

Ácido Acetilsalicílico e anti-inflamatórios não-hormonais, diminuição da velocidade: doses elevadas de

corticosteróides.

Indicações: elevações: na maioria dos casos de elevações do VHS é por aumento dos níveis do Fibrinogênio.

Paraproteínas também podem elevar a velocidade de hemossedimentação. Moléstias inflamatórias, doenças

infecciosas, gestação no segundo e terceiro trimestres e no pós-parto imediato. Convalescença de pós-

operatórios, níveis elevados de colesterol, macrocitose, anemias, hipotereoidismo, hipertireoidismo, baixos

níveis de albumina, hiperfibrinogenemia idiopática, hemorragia aguda, ICR, diabetes,etc.

Diminuições: Policitemia Vera, microcitose, esferocitose, hipofibrinogenemia,

hipogamaglobulinemia, ICC, quadros de caquexia e grandes leucocitoses.

A VHS só tem valor apenas quando elevado. Muito pouco específico e sensível é um teste utilizado como

triagem. É ainda utilizado como “sinal de doença” para algumas escolas médicas. Pode ser utilizado como

acompanhamento de melhora de algumas doenças, devido à resposta terapêutica, como Polimialgia Reumática,

Artrite Reumatóide e Artrite Temporal.

Algumas patologias cursam com valores muito elevados de VHS (geralmente superiores a 100 mm), como

Neoplasias sólidas metastáticas, Mieloma Mútiplo, Hiperfibrinogemia, outras neoplasias, Polimialgia

Reumática, Poliarterite Nodosa, macroglobulinemia, doenças renais, Tuberculose pulmonar, boncopneumonias

agudas, Lúpus Eritematose Sistêmico, doenças arteriais agudas, períodos de reagudização de parasitoses (como

Malária, Kala-Azar), doença de Crohn, etc.

Informações importantes: idade, sexo e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

HEMOSSIDERINA - PESQUISA

Sinônimo mais usado: pesquisa de sideroblastos e lâminas.

Material e conservação para envio: a) Urina: centrifugar no mínimo 10 mL de urina recente, a

aproximadamente 3000 rpm por 15 minutos. Desprezar o sobrenadante. Aplicar o sedimento sobre uma lâmina

de microscopia, espalhando-a ligeiramente. Deixar secar naturalmente. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos.

Deixar secar e colocar em protetor de lâminas. Assim fixada pode ficar a temperatura ambiente, em local seco por

10 a 20 dias. O envio é feita a temperatura ambiente. b) Lâminas de sangue periférico ou medula óssea : Preparar

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esfregaços finos em 4 a 6 lâminas e deixar secar. Fixar em Metanol P.A. por 15 minutos. Colocar em protetor de

lâminas. O transporte pode ser feito a temperatura ambiente, protegido da umidade.

Instruções para coleta: coletar o sangue periférico, pela manhã, sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. A urina deve ser preferencialmente a primeira da manhã, não

havendo necessidade de desprezar o primeiro jato. A medula óssea pode ser coletada a qualquer hora,

independente de jejum.

Estabilidade da amostra: após fixadas as lâminas podem ser estocadas a temperatura ambiente por até 20 dias.

Método: coloração segundo Perls (azul da Prússia).

Valores de Referência: os sideroblastos normalmente não são vistos no sangue, medula ou urina. Os

sideroblastos são encontrados após episódios de hemoglobinúria.

Interferências: não há referências na literatura.

Indicações: a pesquisa da hemossiderina, principalmente no material de medula óssea, serve para avaliação da

reserva de ferro no mielograma. Sideroblastos em anel, podem ser vistos nas anemias sideroblásticas congênitas

ou adquiridas, leucemia mielóide crônica, alcoolismo crônico, anemias refratárias, hemoglobinúria paroxística

noturna e outras síndromes mielóide-proliferativas.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE A – IgG (HVA-IgG)

Sinônimo mais usado: HVA-IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: (S/CO) < 1,0 - Amostras não reativas (Não reagentes)

1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)

>1,1 - Amostras reativas (Reagente)

Interferências: não há referências.

Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgG aparecem 1 a 2 semanas

após o início dos sintomas, geralmente tendo um pico após 30 dias, peristindo REAGENTE como cicatriz soroló-

gica por décadas. A sua presença indica imunidade à Hepatite A, que está presente em mais de 90% da população em

geral. Pesquisa de pacientes que apresentam infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE A – IgM (HVA-IgM)

Sinônimo mais usado: HVA-IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: (S/CO) Inferior a 0,8 - Amostras não-reativas (Não reagentes)

0,8 a 1,20 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)

> 1,20 - Amostras reativas (Reagente)

GRUPO SÃO CAMILO

VI220

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Interferências: não há dados específicos.

Indicações: diagnóstico laboratorial das Hepatites virais. Os anticorpos do isotipo IgM inicia sua elevação

durante o período prodrômico ou imediatamente no início dos sintomas. Geralmente permanecem sendo

detectados por 2 a 24 semanas, na maioria dos casos. Podem persistir, atualmente com as técnicas muito

sensíveis, por até dois anos. É um marcador de doença ativa ou recente. Pesquisa de pacientes que apresentam

infecções concomitantes de Hepatite A, HIV e Hepatite C.

Informações importantes: tempo de doença, vacinação para Hepatite A e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – HbeAg

Sinônimo mais usado: antígeno do envelope da Hepatite B

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Interferências: -

Indicações: A detecção do HbeAg é concomitante ao HbsAg, indicando replicação viral e portanto estado de

transmissão da doença. Contrariamente o seu desaparecimento da circulação sanguínea indica redução ou

final da replicação do vírus. Geralmente o seu desaparecimento está relacionado com o aparecimento do anti-

HbeAg (soroconversão). Quando há evolução para cronicidade com a persistência do HbsAg por pelo menos

6 meses, a persistência do HbeAg é sinal de maior gravidade. Quando o vírus apresenta mutação do tipo pré-

Core, isto é vírus que não produzem a proteína do envelope (e), este marcador não pode ser detectado, mesmo

na presença de replicação viral.

Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado : PCR-HBV

Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: PCR em tempo real.

Valores de Referência: Indetectável.

Interferências: hemólise em qualquer intensidade.

Indicações: é o indicador mais sensível para prova de infectividade e de replicação viral em pacientes com a

doença crônica. Pode ser indicada, também nos casos de infecção viral oculta, quando há presença de Anti-Hbc e

ausência de Anti-Hbs e HbsAg, como também utilizada nos casos de vírus mutante do antígeno e (envelope),

quando o paciente apresenta HbsAg negativo. Para seguimento terapêutico anti-viral, é recomendado o PCR

quantitativo (RT) ou Carga Viral.

221

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: (S/CO) Amostras não-reativas : < 1,0

Amostras indeterminadas : 1 a 1,1

Amostras reativas : > 1,1

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Aproximadamente 10% dos pacientes que adquirem infecção pelo Vírus B, desenvolverão a forma crônica,

podendo permanecer como portador assintomático ou ainda, evoluir para cirrose hepática e/ou evoluir para o

carcinoma hepático primário.

Informações importantes: informar se esse exame é para monitoramento terapêutico ou somente diagnóstico.

O usuário deve estar ciente que este exame, embora de ocorrência rara, pode produzir resultados falso-positivos

ou falso negativos, o que é uma característica da metodologia empregada, e também que a presença de um

resultado negativo pode não descartar a presença de inibidores nesta amostra ou viremia abaixo do limite

detecção da técnica.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – PCR QUANTITATIVO (CARGA VIRAL)

Sinônimo mais usado: HBV – PCR carga viral.

Material e conservação para envio: 3 mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: PCR em tempo Real.

Valores de Referência: Abaixo do limite de detecção.

Interferências: hemólise em qualquer intensidade.

Indicações: as mesmas do item anterior , e ainda como monitoração da terapêutica.

Informações importantes: vide item acima.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – ANTI-Hbc IgG

Sinônimo mais usado : Anti-Core IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento e 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: ( em Cut-off/S):

Reagente/Positivo > 1,30Não Reagente/Negativo

< 1,0

Indeterminado (zona cinza) 1,00 – 1,30

Cut-off/S = Índice da D.O do Cut-off DO do Soro.D.O = Densidade Óptica.

Interferências: Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (superior a 15 mg/dL) e hemólise acentuada.

Indicações: O anti-Hbc IgG aparece, na maioria dos casos na seqüência do desaparecimento do Anti-Hbc IgM

(este pode ser indetectável após períodos variáveis, mas em geral após 4 a 6 meses do início do quadro). Persiste

pela vida toda na grande maioria dos indivíduos, representando infecção atual ou prévia. Pode haver casos

(bastante freqüente) que pacientes tenha o Anti-Hbc IgG reagente e ausência do HbsAg e do Anti-ABs. Esse tipo

de resultado pode ocorrer em testes falso-positivos, por doenças auto-imunes, mononucleose, outras viroses e

hipergamaglobulinemia. Pode ocorrer em casos de transmissão passiva de anticorpos, infecções recentes com

GRUPO SÃO CAMILO

222

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223

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

“janela imunológica”(fase em que ocorre a negativação do HbsAg e a positivação do Anti-Hbs) e nos casos de

infecção crônica com níveis de HbsAg indetectáveis , indivíduos com anti-Hbs indetectável ou a presença dos

dois marcadores mas complexados. Nos indivíduos vacinados, aparece o anti-Hbs sem aparecer o anti-Hbc.

Informações importantes: quadro clínico, terapêutica utilizada, tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – ANTI-Hbc IgM

Sinônimo mais usado: Anti-Core IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração .

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: (Coeficiente)

Não Reagente : < 0,8 coeficiente

Indeterminado : 0,8 a 1,0 coeficiente

Reagente/Positivo : 1,0 coeficiente

Interferências: Hiperlipemias, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada.

Indicações: surge no início da infecção, podendo durar por 4 a 6 meses, quando cede lugar, na maioria dos

indivíduos, para o Anti-Hbc IgG. Pode muitas vezes ser o único marcador sorológico positivo no período da

“Janela Imunológica”, indicando infecção aguda ou menos frequentemente infecção crônica com alto nível de

replicação viral.

Informações importantes: vide item anterior.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – ANTI- Hbe

Sinônimo mais usado: Anti-antígeno do envelope

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima coleta.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência : (S/CO) > 1,1 - Amostras não reativas (Não reagentes)

1,0 a 1,1 - Amostras indeterminadas (Zona cinza)

< 1,0 - Amostras reativas (Reagente)

A presença de anticorpos Anti HBe, é inversamente proporcional à unidade de leitura.

Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.

Indicações: a presença do anti-Hbe indica final da fase de replicação e o fim da presença sérica do HbeAg. A sua

presença pode ficar por muitos anos após a recuperação da infecção viral, e no portador do vírus, representa baixa

infectividade ou mesmo inatividade viral. Sua presença em pacientes que apresentam mutação viral, não mais

tem o mesmo significado de pacientes sem mutação do HBV.

Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B.

_______________________________________________________________________________________

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GRUPO SÃO CAMILO

VI224

HEPATITE B - ANTI-HBs

Sinônimo mais usado: anticorpos anti-HBV

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: Não Reagente/Negativo Até 10 UI/mLReagente/Positivo > 10 UI/mL

Após Vacinação

(após a 3ª dose)Reavaliar após 6 meses 10 a 100 mUI/mLReavaliar após 10 anos > 100 mUI/mL

Interferências: Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.

Indicações: O anti-HBs passa a ser detectado no soro 2 a 6 meses após o início da infecção viral, geralmente

concomitante ao desaparecimento do HbsAg. Sua presença indica a cura e persiste, na maioria dos indivíduos,

pela vida toda. Nos casos de vacinação é o único marcador de Hepatite B presente no soro. Níveis inferiores a 10

UI/mL requerem reforço vacinal.

Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B e vacinação para HBV.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B – HbsAg ( Antígeno de Superfície do vírus da Hepatite B)

Sinônimo mais usado: Antígeno Austrália

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: (em índice):

Amostras Não Reativas ou Negativas < 1,0Amostras Reativas ou Positivas

Interferências: vide itens anteriores sobre Hepatite B.

Indicações:

Detecção do HBsAg:

FASE

TEMPO EM SEMANAS

Início da infecção 2 a 8 semanasAntes da alteração da ALT

2 a 6 semanas

Antes dos sinais e sintomas 2 a 5 semanas

Mais raramente pode-se detecta-lo somente após 6 meses após o início da infecção/sintomas.

Geralmente, nos quadros de evolução normal o antígeno desaparece em 2 meses após o início dos sintomas, com

o aparecimento do anti-HBs. Os quadros crônicos (5% dos casos) são diagnosticados laboratorialmente, quando

o HbsAg persiste por mais de 5 a 6 meses, em média, após o início dos sintomas, persistindo a infectividade

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ANTÍGENOS PCR __________ ANTICORPOS __________

HbsAg HbeAg DNA-HBV Anti-Hbc IgM Anti-Hbc IgG Anti-Hbe Anti-HBs InterpretaçãoINFECÇÃO AGUDA

+ + + - - - - FASE INICIAL PRECOCE

+ + + + - - - FASE INICIAL

+ +/- + +/- + +/- - FASE TARDIA

- - - - + + + FASE DE RESOLUÇÃO

INFEÇÃO CRÔNICA

+ +/- + - + +/- - TÍPICA

+ +/- + + + + - REAGUDIZAÇÃO

- - - - + + + CURA ( RESOLUÇÃO )

- - - - +/- +/- +/- POSSÍVEL INFECÇÃO AN-TIGA

PÓS-VACINAL

- - - - - - + RESPOSTA NORMAL

- -

-

-

-

-

- SEM RESPOSTA VACINAL

QUADROS ATÍPICOS

+ -

-

-

-

-

- FALSO-POSITIVO (?)

- - - - + - - REAÇÃO CRUZADA(*)

- - - - - - - NÃO INFECTADO

(*) Intercorrências com outras doenças ou situações, como doenças auto-imunes, infecção por Epstein vírus, doenças que cursam com hipergamaglobulinemias, janela-imunológica, anticorpos de transmissão passiva, presença de soros com o anti-HBs ligado ao HbsAg, e outras hepatites virais.

GRUPO SÃO CAMILO

enquanto houver a sua presença. Os portadores sãos geralmente não tem sintomas e suas enzimas hepáticas são

normais.

A confirmação dos achados podem ser feitas por outras metodologias, como os testes em PCR, quali ou

quantitativo, dependendo do caso. Em raros casos a pesquisa do HbsAg pode ser positivo logo após a vacinação.

Informações importantes: vide itens anteriores sobre Hepatite B.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE B- PERFIL SOROLÓGICO

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE C – ANTI HCV

Sinônimo mais usado: anticorpos anti-Hepatite C

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência S/CO < 1,0 : Não reativo

S/CO 1,0 a 1,2 : Indeterminado

S/CO > 1,2 : Reativo

Resultados indeterminados devem ser repetidos, com nova coleta, após 15 dias do primeiro exame.

Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada. Gravidez, quadros que

cursam com hipergamaglobulinemia, doenças auto-imunes, presença de fator reumatóide, presença de

225

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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paraproteínas e vacinação para gripe.

Indicações: a infecção pelo vírus da Hepatite C geralmente é assintomática, mas 65 a 75% dos indivíduos

infectados evoluem para uma forma crônica, e destes, aproximadamente 20 a 25% vão evoluir para cirrose

hepática, após 20 anos da infecção. Inicialmente os pesquisadores acreditavam que o período entre a infecção e o

aparecimento dos anticorpos específicos seria de 6 meses (janela imunológica), mas ensaios cada vez mais

sensíveis e específicos mudaram este período para 2 a 4 meses. A falso-positividade deste teste é muito alta

podendo chegar a quase 50% dos casos em indivíduos normais. Nestes casos somente um teste de PCR quali ou

quantitativo pode elucidar o quadro sorológico.

Informações importantes: quadro clínico, níveis de enzimas hepáticas.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE C – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado - PCR para HCV

Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada .

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: RT-PCR em tempo real.

Valores de Referência: Indetectável.

Interferências: Hemólise em qualquer grau e falta de esterilidade na separação do material clínico.

Indicações: como a infecção pelo HCV é geralmente inaparente e grande parte dos infectados, após 20 anos, em

média, vão desenvolver a doença, a utilização da pesquisa do RNA viral é de extrema importância. Serve para a

confirmação da presença da infecção ativa, com infectividade real (replicação viral) quando de um resultado

positivo ou indeterminado para anticorpos anti-HCV, para a confirmação da infecção em pacientes com

imunodeficiências, como HIV, pacientes transplantados que podem ter a sorologia negativa, mesmo na presença do

vírus ativo e detectar precocemente a infecção, logo após a exposição ao vírus. Muito embora de ocorrência rara,

resultados falso-positivos ou negativos podem ocorrer com esta técnica, como qualquer teste imunológico.

Informações importantes: possíveis exposição e tempo da exposição.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE C – PCR QUANTITATIVO

Sinônimo mais usado: Carga viral para HCV

Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes de próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: RT-PCR em tempo real.

Valores de Referência: Indetectável.

Interferências: Hemólise de qualquer grau ou contaminação durante a coleta.

Indicações:determinação da carga viral para acompanhamento da resposta terapêutica e avaliação do paciente

infectado. Quanto mais alta for a carga viral pior será o prognóstico.

Informações importantes: quadro clínico e dados laboratoriais anteriores. O teste é sensível a partir de 50

cópias por mL.

GRUPO SÃO CAMILO

VI226

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HEPATITE C – GENOTIPAGEM

Sinônimo mais usado: HCV Genotipagem

Material e conservação para envio: mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: RT-PCR em tempo real.

Valores de Referência: classificação do vírus do HCV em seis genótipos diferentes e em 8 subtipos : Genótipo

1: subtipos: 1a,1b e 1c, Genótipo 2: subtipos: 2a,2b e 2c, Genótipo 3: subtipos : 3a e 3b , Genótipo 4, Genótipo

5 e Genótipo 6. Existem hoje, catalogados mais de 50 subtipos, mas somente esses 8 tem importância clínica até

a presente data.

A genotipagem pode não ser realizada quando a carga viral for inferior a 1000 UI/mL, produzindo resultados

inconclusivos.

Interferências: hemólise de qualquer grau e carga viral inferior a 1000 UI/mL.

Indicações: como foi visto no item sobre Valores de Referência existe um grande número de genótipos e subtipos do

HCV e isto se deve a grande variabilidade genética do vírus, com reflexo na variação da seqüência dos nucleotídeos.

A Genotipagem é um exame que ajuda no prognóstico da infecção pelo HCV e a sua conduta terapêutica.

Os pacientes que apresentam HCV com genótipo 1, respondem menos à medicação com o interferon, tendo um

curso clínico mais agressivo. Isto também influência no tempo de duração do tratamento: Pacientes com

genótipo 1 e viremia elevada devem tratar por período não inferior a 12 meses. Com viremia baixa (menos de 1

milhão de cópias por mL) o tratamento pode se completar em seis meses. Com HCV de genótipos 2 ou 3,

geralmente o prognóstico é melhor e o tempo de tratamento é de 6 meses. O pior prognóstico, com doença mais

grave e fraca resposta ao interferon ocorre com o subtipo 1b.

Informações importantes: carga viral realizada em outro serviço, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE D – IgG e IgM

Sinônimo mais usado: Anti-Delta IgG e Anti-Delta IgM

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima coleta.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise acentuada.

Indicações: A hepatite D é produzida por um vírus RNA incompleto, que necessita do envoltório do HBV para

produzir a sua expressão viral (antígeno delta no interior viral, recoberto por HbsAg, ou uma sobreinfecção onde

pacientes já infectados pelo HBV contraem infecção pelo HDV), normalmente adquirido como uma co-infecção

com o HBV.A sobreinfecção geralmente ( 95%) evolui para cronicidade. A associação do HBV e o HDV tem uma

alta relação com quadro de hepatite viral fulminante e câncer hepático. Na doença crônica alguns anticorpos se

destacam, como o anti-LKM (anticorpos microssomais do Fígado e dos Rins).

Os anticorpos do isotipo IgM definem o quadro de infecção recente pelo HDV. Tanto os anticorpos do isotipo

IgG como IgM podem aparecer tardiamente na co-infecção, podendo levar de 5 a 7 semanas para serem

detectados.

227

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 246: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Informações importantes: quadro clínico, quadros de piora, medicação atual e perfil enzimático do paciente.

_______________________________________________________________________________________

HEPATITE E – ANTICORPOS

Sinônimo mais usado: Anti HEV

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências : Hiperlipemia, hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e hemólise acentuada.

Indicações: a hepatite E tem o mesmo tipo de transmissão que a Hepatite A e também quadro clínico da hepatite

A. Também é uma vírus de RNA, porém apresenta quadros mais graves que o HAV. Apresenta um período de

incubação que vai de 2 a 9 semanas. Especialmente em gestantes é muito grave, sendo que 20% das grávidas

que o adquirem apresentam quadro fatal. É detectado em mais de 90% pacientes e pode persistir por volta de 3

meses na circulação e 50% dos pacientes de qualquer doença.

Informações importantes: quadro clínico e tempo de infecção.

_______________________________________________________________________________________

HERPES – PESQUISA EM LESÕES (CÉLULAS DE TZANCK)

Sinônimo mais usado: Células de Tzanck – Pesquisa

Material e conservação para envio: líquido vesicular de lesões semelhantes às produzidas pelo herpesvírus

(Herpes simples ou Varicela-Zoster).

Instruções para coleta: Coletar líquido das vesículas herpéticas. Proceder assepsia das lesões bolhosas com

álcool etílico a 70%. Esperar secar naturalmente. Romper as vesículas com agulha descartável ou com lanceta

descartável. Com alça microbiológica, descartável e estéril, recolher o líquido das vesículas e raspar as paredes

vesiculares. Todo o material recolhido é transferido imediatamente a uma lâmina de microscopia, sendo

espalhado na região central da lâmina, que é então imediatamente fixada em etanol a 95% (Não deixar o material

secar antes de fixa-lo). Deixar fixando por pelo menos 3 horas. Secar as lâminas, identifica-las corretamente e

protege-las em protetor adequado, para não quebrarem durante o envio.

Estabilidade da amostra: após a fixação o material pode ser estocado e transportado a temperatura ambiente

por até 7 semana. Proteger da luz.

Método: colorações de Papanicolaou e May-Grunwald-Giemsa.

Valores de Referência: Ausência de lesões características (células multinucleadas com núcleos moldados, com

marginação da cromatina = Células de Tzanck , também conhecidos como histiócitos balonizados).

Interferências: utilização de medicação anti-viral ou lesões muito antigas.

Indicações: auxiliar no diagnóstico de infecções bolhosas.

Informações importantes: medicação em uso e tempo de aparecimento das vesículas.

_______________________________________________________________________________________

HERPES PLUS – (HHV – 1,2,3,4,5,6,8) - BIOMOL

Sinônimo mais usado: genotipagem de herpes vírus, tipagem de herpes.

GRUPO SÃO CAMILO

VI228

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Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em

frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em

EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura

ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).

Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Identificação de vírus do grupo Herpes, que é necessária para determinar a terapia apropriada. Tipos

HHV1 (Herpes simplex 1) e HHV2 (Herpes simplex 2): Neurotrópicos. Tipos HHV3 (VZV), HHV4 (EBV),

HHV5 (CMV) e HHV6: Linfotrópicos. Tipo HHV8: Sarcoma de Kaposi;

O período de latência assintomática pode ser interrompido por reativação viral, e em pacientes

imunocomprometidos as infecções por Herpes são recorrentes. Em muitos casos, o diagnóstico não pode ser feito

pelos achados clínicos, já que os sintomas são inespecíficos e o paciente pode estar infectado por mais de um tipo

de vírus Herpes.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES SIMPLES – 1 e 2, DETER. + GENOTI. – BIOMOL

Sinônimo mais usado: Herpes vírus, Tipo Detecção do DNA do HSV 1 e 2, PCR para Herpes vírus, Herpes

tipagem.

Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar

refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia

seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de

lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit

de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de

tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Determinação do genótipo específico para a discriminação entre o herpes simplex 1 e 2. Os Herpes

simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de manifestações clínicas,

variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes neonatal são fatais em 70% dos

casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões mucocutâneas podem ser graves e de

evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento anti-viral pode alterar o curso da

infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da PCR é necessário nos casos de:

- Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade

de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico.

- Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites

recorrentes.

229

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI230

- Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo).

- Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES SIMPLES I/II – IgG e/ou IgM

Sinônimo mais usado: HVS I/II- IgG ou IgM.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência:

a) IgG :

Não Reagente Index inferior a 0,9Inconclusivo Index entre 0,9 a 1,1Reagente Index

b) IgM : Não Reagente.

Interferências : Hiperlipemia, Hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL) e Hemólise acentuada.

Indicações: quase 90% da população brasileira apresenta anticorpos anti-Herpes simplex HSV-1, até 30 anos de

idade, e 15 a 30% apresenta anticorpos anti-HSV-2, principalmente os que tem vida sexual ativa. O HSV-2

geralmente atua nos genitais e o HSV-1 pode produzir lesões em áreas próximas de mucosas, como mucosa

bucal, nariz, lábios, etc. A presença de anticorpos do isotipo IgM nas primeiras semanas de vida indica infecção

congênita. Na infecção neonatal os anticorpos são detectados 2 a 4 semanas após o nascimento. Em indivíduos

mais velhos a presença de anticorpos do isotipo IgM ´pode ser exceção. Entretanto muitos infectologistas

entendem que coletas de sangue em dias diferentes pode facilitar o estudo da curva sorológica, coletado-se uma

amostra na fase aguda e outra pelo menos 15 dias, onde a diferença de pelo menos 2 vezes o título basal é critério

de infecção.

Informações Importantes: tempo de doença e sintomas.

_______________________________________________________________________________________

HERPES SIMPLES – PCR, VÍRUS 1 E 2 – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: HSV I e II, Detecção por PCR do Herpes Simples Vírus 1 e 2, PCR para Herpes Vírus,

Detecção do HSV 1 e 2.

Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); Lavado broncoalveolar (3 mL): enviar

refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia

seguinte. Sangue total, 5 mL em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de

lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal: até 2 semanas em temperatura ambiente, no kit

de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C). Biópsia fresca de

tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

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Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Os Herpes simples vírus (HSV) dos tipos 1 e 2 estão relacionados a uma grande variedade de

manifestações clínicas, variando desde uma estomatite leve até uma doença fatal. A encefalite e o herpes

neonatal são fatais em 70% dos casos, com sequelas neurológicas na maioria dos sobreviventes. Lesões

mucocutâneas podem ser graves e de evolução prolongada no paciente imunocomprometido. Como o tratamento

anti-viral pode alterar o curso da infecção pelo HSV, o diagnóstico precoce é de extrema importância. O uso da

PCR é necessário nos casos de:

- Encefalite herpética: apresenta sensibilidade em detectar o DNA do HSV no líquor de 98% e especificidade

de 99%. A PCR é, atualmente, método "padrão-ouro" recomendado para o seu diagnóstico.

- Síndromes neurológicas em pacientes com AIDS (apesar de incomum) ou nos pacientes com meningites

recorrentes.

- Suspeita de herpes neonatal (líquor, aspirado nasofaringeo).

- Presença de lesões cutâneas de etiologia indefinida ou duração prolongada.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES TIPO 6, PCR (HHV-6, ROSEOLA) - BIOMOL

Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola.

Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em

frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em

EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura

ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).

Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida

como Roseola.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES TIPO 7, PCR (HHV-7, ROSEOLA) BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Exantema súbito, Roseola infanto, Herpes vírus 6, Roseola.

Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em

frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em

EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura

ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).

Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

231

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 250: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida

como Roseola.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES TIPO 8, PCR (HHV-8, SARCOMA DE KAPOSI)

Sinônimo mais usado: Herpes vírus 8, Sarcoma de Kaposi.

Material e conservação para envio: Líquor e líquido amniótico (1 mL); enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em

frasco estéril, preferencialmente no mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Sangue total, 5 mL em

EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente. Raspado, escovado ou swab de lesão: até 2 semanas em temperatura

ambiente, no kit de coleta do Laboratório São Camilo para HPV; em tubo estéril transportado refrigerado (4° C).

Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: de acordo com o descrito acima.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: O Herpes vírus humano tipo 8 é um vírus que causa uma enfermidade cutânea conhecida como

Sarcoma de Kaposi.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HERPES TIPOS 6 e 7, PCR (HHV-6,7, ROSEOLA) – GENOTIPAGEM - BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Roséola

Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA: Até 5 dias em temperatura ambiente.

Líquor e líquido amniótico (1 mL): enviar refrigerado entre 2 e 8 ºC, em frasco estéril, preferencialmente no

mesmo dia da coleta ou no máximo no dia seguinte. Lavado bronco-alveolar. Fluido ocular, swab/raspado.

Escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal (não há necessidade de

adição de líquido conservante). Biópsia fresca de tecidos (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL):

enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: O Herpes vírus humano tipo 6 e 7 são os vírus que causam uma enfermidade cutânea conhecida

como Roseola.

GRUPO SÃO CAMILO

VI232

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Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

HEXACLOROCICLOHEXANO SÉRICO

Sinônimo mais usado: HCH

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum é dispensável e horário da coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBPM: nada consta

Interferências: hemólise.

Indicações: avaliação de colaboradores que tem contato com o Hexaclorociclohexano.

Informações importantes: a amostra deve ser coletada em frasco com gel separador.

_______________________________________________________________________________________

HEXOSAMINIDASE – A

Sinônimo mais usado: Hexosaminidase Alfa

Material e conservação para envio: 5 mL de ST em heparina (seringa lacrada)sob refrigeração.

Instruções para coleta: jejum dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: enzimático-cinético

Valores de Referência: total: 552 a 1662 nmoles/h/mg de proteína

Hexosaminidase A/total: 48 a 89%

Interferências: Hemólise.

Indicações: a deficiência de hexosaminidase A (portadores de doença de Tay-Sachs) ou a ausência desta enzima

(doentes) propicia o depósito de gandliosídeos GM2 em diversos órgãos, principalmente no cérebro e tecidos

neurais periféricos. A doença de Tay-Sachs é um transtorno neurodegenerativo autossômico recessivo, que

ocorre no período de lactância e pode se apresentar a partir do 3 mês de vida. Os sintomas iniciais são debilidade

motora progressiva. As alterações psicomotoras são progressivas de uma forma rápida a partir dos 12 anos de

idade. Durante esse período outras alterações clínicas podem ocorrer, como surdez, convulsões, espasticidade

generalizada e cegueira.

Informações importantes: hemólise e coágulos no sangue total.

_______________________________________________________________________________________

HGH - HORMÔNIO DO CRESCIMENTO

Sinônimo mais usado: GH, HGH.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Paciente deve repousar por 30 minutos antes da coleta.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: quimioluminescência.

233

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI234

Crianças Sexo Masculino

Neonatos : 0,70 a 27,00 ng/mL

1 a 10 anos : 0,01 a 2,00 ng/mL

11 a 14 anos : 0,08 a 9,00 ng/mL

15 a 19 anos : 0,08 a 11,40 ng/mL

Adultos : 0,00 a 5,00 ng/mL

Crianças Sexo Feminino

Neonatos : 1,00 a 18,00 ng/mL

1 a 10 anos : 0,08 a 5,40 ng/mL

11 a 14 anos : 0,12 a 18,00 ng/mL

15 a 19 anos : 0,24 a 12,00 ng/mL

4 horas de vida : 20,00 a 44,00 ng/mL

1 dia de vida : 18,00 a 26,00 ng/mL

3 dias de vida : 14,00 a 18,00 ng/mL

4 dias de vida : 15,00 a 21,00 ng/mL

5 dias de vida : 10,00 a 14,00 ng/mL

6 dias de vida : 11,00 a 15,00 ng/mL

7 dias de vida : 11,00 a 15,00 ng/mL

Após 20 minutos de exercícios: em esteira, com batimentos cardíacos controlados (até 120 batimentos por

minuto): 2 a 3 vezes o valor basal.

Teste de supressão do HGH após sobrecarga de glicose (75g para adultos e 1,75g por Kg de peso, até 75g, V.O.,

para crianças: queda de pelo menos 25% dos níveis basais aos 30 e 60 minutos de teste (teste para diagnosticar

acromegalia).

Teste de estímulo do HGH após clonidina ou guanabenz: aumento de no mínimo 9,0 ng/mL em relação aos níveis

basais, aos 60 ou 90 minutos de teste. Dose 4,0 mcg por Kg de peso, até o máximo de 100 mcg.

Interferências: lipemia e hemólise intensas, e hiperbilirrubinemia superior a 15 mg/dL.

Indicações: de produção hipofisária, atua no crescimento por sulfatação das somatomedinas. Tem um “feed

back” positivo pelo GRF hipotalâmico e negativo pela somatostatina. Os resultados metabólicos, dependem do

balanço da atividade do GH e das somatomedinas, principalmente da IgF-1 (Somatomedina C), que atuam como

co-fatores de crescimento dos ossos e também das células somáticas. No metabolismo ósseo promove o

crescimento dos ossos e das cartilagens, fixando o fósforo e promovendo hipercalciúria. No metabolismo

lipídico tem função lipolítica e remoção das gorduras, produzindo um aumento sérico dos ácidos graxos. No

metabolismo da glicose, promove glicogenólise com aumento da glicemia e na gliconeogênese diminui a

utilização da glicose do sangue periférico. Tem um efeito anabolizante com aumento da síntese protéica,

principalmente produzindo mais colágeno, com conseqüente aumento da excreção da hidroxiprolina.

Pode ser utilizado no diagnóstico de distúrbios do crescimento, quando associado ao exame radiográfico para

estudo da idade óssea. Pode ser indicado para o diagnóstico etiológico-laboratorial dos níveis de GH, da sua

secreção nictemeral, com testes de estimulação de sua secreção e a dosagem do IGF-1 e da IGFPB-3.

Como o GH tem uma variação nictemeral, que pode provocar até 8 picos diários, uma amostra isolada pode não

refletir o real estado de secreção do hormônio, tanto para diagnósticos de deficiência como de excesso de

produção, como em adultos na acromegalia.

Os níveis de GH podem estar elevados: na Acromegalia, pós-exercício, Anorexia nervosa, Ansiedade, Cirrose,

Doenças agudas, Desnutrição, Uso de medicamentos, como Clonidina, Glucagon, Bromocriptina, Levodopa e

estrógenos conjugados, Insuficiência Renal crônica, jejum prolongado ou regime alimentar muito rigoroso e

durante o sono, principalmente nas fase III e IV.

Os níveis do GH podem estar diminuídos: Hipopituitarismo, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Obesidade

grave e Corticoterapia.

Os níveis de GH podem ser superiores a 10 ng/mL em aproximadamente 75 a 80% dos pacientes com

acromegalia, com valores médios de 40 a 50 ng/ml. De forma inversa, níveis inferiores a 2,5 ng/mL são utilizados

como resposta adequado ao tratamento de pacientes acromegálicos.

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Informações importantes: quadro clínico, medicação atual, exercício antes da coleta e período de sono na noite

que antecede a coleta.

_______________________________________________________________________________________

HIDATIDOSE- SOROLOGIA PARA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Equinococose.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunodifusão bidimensional.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: infestações por protozoários ou vermes intestinais.

Indicações: diagnostico laboratorial da Equinococose ou Hidatidose.

Reações negativas não afastam o diagnóstico, já que a sensibilidade da técnica é de 67%.

Informações importantes: quadro clínico, medicação pregressa ou atual específica.

_______________________________________________________________________________________

HIDROXIPROLINA TOTAL

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: alíquota de 200 mL de urina homogeneizada do volume de 24 horas, sob

refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas adicionando 20mL de HCl 50% para cada litro de urina

coletado. CUIDADO PARA NÃO TOCAR OS GENITAIS QUANDO COLETAR A URINA. NÃO

INALAR, NÃO INGERIR, NÃO DEIXAR AO ALCANCE DAS CRIANÇAS. Para coletas infantis,

tomando os mesmos cuidados acima, utilizar 10 mL de HCl 50% para cada litro de urina coletada, como

conservante. Refrigerar durante a coleta. Dieta para a coleta: 48 horas antes e durante a coleta suspender a

ingestão de carnes, gelatinas, embutidos e mocotó.

Estabilidade da amostra: mesmo com o conservante, até uma semana sob refrigeração.

Valores de Referência:

Faixa etária Valores de Referência

1 a 5 anos

10

38 mg/24 horas6 a 10 anos

12

58 mg/24 horas

11 a 20 anos 70 – 140 mg/24 horas> 20 anos 15 75 mg/24 horas

––

Interferências: vide instruções para coleta. Pacientes menstruadas devem aguardar o fim do fluxo para a coleta.

Indicações: A Hidroxiprolina é um aminoácido considerado essencial que se encontra em abundância no

colágeno e na trama orgânica dos ossos. Origina-se a partir da hidroxilação da prolina, na presença da vitamina C.

Sua fonte são os alimentos, principalmente as carnes e derivados. Na urina a hidroxiprolina está praticamente

toda ligada a peptídeos, daí a necessidade de hidrolisar e depois oxidar a urina antes de sua leitura

espectrofotométrica.

Elevações da Hidroxiprolina (fisiológicas): depende do regime alimentar, durante o crescimento e durante a

gravidez.

Elevações por alterações patológicas: Acromegalia, aumento da excreção da hidroxiprolina,

235

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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(hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo, IRC, má nutrição, insuficiência hipofisária com atraso de crescimento),

Colagenoses, Deficiência congênita da hidroxiprolina-oxidase, hiperparatireoidismo, mucopolissacaridose,

doença de Paget, tuberculose óssea, Osteomalácea, etc.

Medicamentos que aumentam a eliminação da hidroxiprolina: Hormônio do crescimento, Hormônios

tireoidianos, Paratormônio e Vitamina D3.

Medicamentos que diminuem a excreção da hidroxiprolina: estrogênios, androgênios, Calcitonina, principalmente

por via nasal e Vitamina C em altas doses.

Informações importantes: medicamentos, doenças associadas, dieta.

_______________________________________________________________________________________

HIPERTENSÃO - PERFIL GENÉTICO BÁSICO PARA PRÉ-DISPOSIÇÃO

Sinônimo mais usado: Estudo Molecular da Proteína G e da Enzima Conversora de Angiotensina.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR qualitativo e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA

Genômico).

Valores de referência:

Estudo Molecular da Proteína G:

- Genótipo CC: negativo, não possui a mutação;

- Genótipo CT: possui a mutação em um dos alelos, que pode apresentar risco de hipertensão e obesidade em

brancos e negros;

- Genótipo TT: apresenta a mutação nos dois alelos, apresentando alto risco de hipertensão e obesidade em

brancos e negros.

Enzima Conversora de Angiotensina:

- Genótipo II: apresenta concentrações séricas mais baixas da enzima conversora de angiotensina;

- Genótipo ID: apresenta concentrações séricas medianas da enzima conversora de angiotensina;

- Genótipo DD: apresenta concentrações séricas mais elevadas da enzima conversora de angiotensina,

possuindo um risco de infarto aumentado em 3,2 vezes em relação ao genótipo II e ID.

Interferência: -

Indicações: Os genótipos TT e DD atuam independentemente e sinergicamente para o desenvolvimento de

hipertensão, sendo indicado para indivíduos com histórico familiar desta patologia, com medidas de prevenção

quanto ao seu desenvolvimento.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

HISTONA – ANTICORPOS ANTI-

Sinônimos mais usados: Anti-Histona

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima coleta.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: imunoensaio enzimático com triagem por IFI.

Valores de Referência: Não Reagente : até 1/10 da diluição do soro.

GRUPO SÃO CAMILO

VI236

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237

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: hiperlipemia e hemólise intensa.

Indicações: pode ocorre no Lúpus Induzido por Drogas, atingindo 96% dos casos, sempre associado ao anti-

DNA dupla-hélice (sendo a Procainamida a droga mais envolvida). No Lupus Eritematoso Sistêmico pode variar

de 50 a 70 % dos casos, caído para 20 a 25% dos casos na Artrite Reumatóide.

Informações Importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

Histoplasma capsulatum – PESQUISA – Ver Fungos – Pesquisa

_______________________________________________________________________________________

HISTOPLASMOSE – PCR – QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Histoplasmose.

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR Qualitativo

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e

período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: A histoplasmose trata-se de infecção endêmica causada pelo fungo dimórfico Histoplasma

capsulatum var. capsulatum. A maioria dos casos agudos de infecção é subclínica e benigna em hospedeiros

imunocompetentes. No entanto, quadros clínicos graves são vistos em pessoas gravemente imunossuprimidas,

crianças com menos de 2 anos, idosos e pessoas expostas a grande inóculo. Com o surgimento da infecção pelo

HIV, a histoplasmose ressurgiu e casos de doença disseminada tornaram-se mais frequentes. A infecção primária

é adquirida através da inalação de microconídias. Os pulmões são, portanto, o sítio mais frequentemente afetado

e doença pulmonar crônica pode ocorrer, muitas vezes simulando a tuberculose. Como o fungo pode permanecer

viável dentro de granulomas após a infecção autolimitada (muitas vezes assintomática), o comprometimento do

sistema imune pode reativar focos previamente inativos.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

HISTOPLASMOSE - SOROLOGIA PARA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Histoplasmose

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: imunodifusão bi-dimensional (tipo Oüchterlony).

Valores de Referência: Não reagente.

Interferências: hiperlipemia, pode haver resultados falso-positivos com o Paracoccidioides brasiliensis,

Coccidioides immitis ou Blastomyces dermatitidis. Medicação anti-fúngica específica.

Indicações: diagnóstico sorológico da histoplasmose.

Informações importantes:medicação atual e prévia imediata, quadro clínico. Doenças fúngicas profundas

concomitante ou anterior.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI238

HIV-1, PCR QUALITATIVO (DNA PRÓ-VIRAL) – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Detecção de HIV por PCR, Pesquisa de HIV por PCR, DNA pró-viral de HIV.

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR em Tempo Real

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e

período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: Detectar a presença da infecção por pesquisa do DNA do HIV-1 integrado ao genoma do paciente. O

HIV-1 é um vírus RNA que infecta células do sistema imune que apresentam a molécula CD4 expressa na sua

superfície (linfócitos T helper e monócitos), sendo responsável por quase todos os casos de AIDS em todo o

mundo. A infecção apresenta aspecto crônico e progressivo, sendo caracterizada por severa imunodeficiência

associada à infecções oportunistas, desenvolvimento de tumores, especialmente sarcoma de Kaposi, e

envolvimento do sistema nervoso, que caracterizam a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É demonstrado

que o diagnóstico pró-viral apresenta 99,9% de acerácea em detectar a presença de HIV em 28 ou mais dias após a

infecção, mas não é conhecida a sua precisão antes dos 28 dias.

Informações importantes: A presença de um resultado negativo não descarta a possibilidade de inibidores na

amostra ou viremia abaixo do limite de detecção do teste. A utilização deste diagnóstico como teste

confirmatório de infecção por HIV-1 não é recomendada.

_______________________________________________________________________________________

HIV – ANTICORPOS ANTI- (ver Anticorpos anti-HIV I/II)

_______________________________________________________________________________________

HIV - ANTICORPOS ANTI- CONFIRMATÓRIO - WESTERN BLOT (ver Anticorpos anti-HIV -

Confirmatório - Western Blot)

_______________________________________________________________________________________

HIV – PCR CARGA VIRAL (QUANTITATIVO)

Sinônimo mais usado: Carga viral do HIV

Material e conservação para envio:mL de plasma em EDTA e coletado em tubo PPT ou Vacuette com gel

separador. Enviar congelado.

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 6 meses congelado.

Método: RT-PCR em tempo real.

Valores de Referência: Indetectável.

Interferências:

a) aumentos da carga viral:

- Doença de caráter progressivo, com aumento natural da carga viral.

- Associação com infecções bacterianas (nos últimos 30 dias).

- Tuberculose ativa (chega a aumentar a carga viral em 160 vezes)

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- Pneumonia pneumocócica (chega a aumentar a carga viral em 5 vezes).

- Imunizações nas últimas 4 semanas.

b) Primoinfecção pelo HIV: a carga viral é usualmente utilizada para detectar a síndrome aguda, em pacientes no

estágio anterior à soro conversão. Os anticorpos anti-HIV não se desenvolvem até o final da viremia e

geralmente aparecem entre 2 a 8 semanas após a infecção. Após 3 semanas , aproximadamente metade dos

indivíduos infectados terão soro-conversão. Essa porcentagem sobe para 95% três meses após a infecção e

para 99% ou mais após 6 meses de infecção.

c) Reações falso-positivas: a reação falso-positiva clássica é relativamente rara, ocorrendo mais

frequentemente resultados indeterminados (com um só exame imunológico reagente, com baixos títulos,

Western Blot Test positivo mas com somente uma fração, geralmente a p24). Esse tipo de situação geralmente

ocorre quando da soroconversão com o aparecimento da fração p24, nas reações cruzadas com aloanticorpos

na gestação, em transfusões sanguíneas ou transplantes, na AIDS avançada, em doenças autoimunes e em

algumas neoplasias, infecções por HIV-1 que não de clade B, por subtipo O ou por HIV-2. Ainda, mais

raramente em voluntários de vacinas experimentais para o HIV.

Indicações: quantificação da carga viral, para acompanhamento e decisões terapêuticas em associação ao CD4 e

CD8. Terapêutica bem sucedida cursa com queda constante da carga viral. Após um início mais rápido, a carga viral

sofre um declínio mais lento. O Consenso Brasileiro de terapêutica anti-retroviral sugere que nas 4 a 6 semanas de

tratamento deve ocorrer 1 log de queda. Em 12 a 16 semanas deve cair para 2 log. Os níveis devem se tornar

indetectáveis após 6 meses de esquema tríplice. O Consenso Brasileiro considera que valores inferiores a 0,5 log

entre duas determinações não são consideradas significativas, já que essa é a faixa de variabilidade de intertestes.

a) A carga viral é utilizada para a detecção da síndrome retroviral aguda, para pacientes em fase anterior à

soroconversão. A carga viral pode ser detectada em 2 semanas após o contacto positivo. Nesta fase, em que a

carga viral é geralmente alta, resultados falso-positivos são devidos a contaminações durante o processo de

separação ou triagem.

b) Fator prognóstico: existe na literatura uma grande correlação entre carga viral e velocidade de progressão da

doença, independentemente do tratamento de escolha e das taxas de CD4.

c) Falha terapêutica: além do quadro clínico de piora do paciente, a queda persistente de linfócitos CD4 é um

importante indicador de falha terapêutica. Os níveis aceitos para falha são: quedas maiores que 25% do número

absoluto e/ou quedas maiores que 3% em percentual do número basal. Um aumento significativo da carga viral,

entre dosagens seqüenciais, principalmente acima de 0,5 log. Reduções da carga viral, inferiores a 0,75 log após 4

semanas de tratamento ou menos de 1 log após 8 semanas ou persistência de carga viral após 6 meses de

tratamento são fatores que indicam falha terapêutica. Confirmações dever ser realizadas antes da decisão de troca

terapêutica, cujos testes devem ser feitos no mesmo laboratório e coletados no mesmo horário do dia.

d) Periodicidade: os exames devem ser realizados a cada 3 a 4 meses em pacientes sem tratamento. Duas

dosagens em tempos diferentes devem ser feitas antes de se iniciar a terapêutica.

Com o início do tratamento os testes devem ser repetidos após o primeiro mês de medicação e posteriormente a

cada 3 a 4 meses.

As mulheres tem uma tendência de apresentar carga viral duas vezes menor que dos homens, com os mesmos

níveis de CD4 e com o mesmo tempo de evolução da AIDS.

Informações importantes: tempo de tratamento, tempo de doença, outras doenças associadas.

_______________________________________________________________________________________

HIV – TESTE DE RESISTÊNCIA

Sinônimo mais usado: Resistência ao HIV.

Material e conservação para envio: 3 mL de plasma com EDTA sob refrigeração.

239

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI240

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Os pacientes devem ser alertados em coletar os exames sempre no

mesmo horário. Os pacientes devem ser orientados a manter a medicação indicada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Genotipagem e fenotipagem.

Valores de Referência: genotipagem : detecta mutações presentes em genes virais relevantes que podem

conferir resistência fenotípica à terapêutica anti-retroviral. Fenotipagem : indica a capacidade dos vírus de

crescer em meios com diferentes concentrações de drogas, tal como um antibiograma, pelo sistema MIC50 e o

MIC90 (inibição de 50 a 90% da replicação viral).

Interferências: baixos níveis de carga viral, inferiores a 500 cópias/mL.

Indicações: falência terapêutica, gestação em pacientes diagnósticas, com ou sem exposição a anti-retrovirias. Na

suspeita de transmissão de vírus resistentes.

As mutações mais freqüentes são contra as seguintes drogas: Não-Nucleosídeos inibidores da Transcriptidase

Reversa, Nucleosídeos Inibidores da Transcriptidase Reversa e Inibidores da Protease.

Informações importantes: medicação utilizada, tempo de doença e dados dos linfócitos CD.

_______________________________________________________________________________________

HLA-B27

Sinônimo mais usado: CMA B27.

Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal

em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: detecção da seqüência gênica específica por PCR-tempo real.

Valores de Referência: ausência do antígeno leucocitário.

Interferências: material fora do prazo de estabilidade. Transfusões sanguíneas de até 90 dias.

Indicações: pesquisa de espondiloartropatias sorologicamente negativas.

A sensibilidade do teste para espondiloartropatias:

Espontiloartropatia: Sensibilidade:Espondilite anquilosante

95%

Síndrome de Reiter 80%Espondilite Psoriática 70%Espondilites associadas a DII: 50%

DII: doença inflamatória intestinal.

Na população em geral a presença do HLA-B27 varia de 5,5 a 10%. O número de testes falso-positivos vem

paulatinamente caindo devido as melhorias técnicas atualmente utilizadas. Métodos como microlinfocitoxicidade

podem produzir até 30% de testes falso-positivos. A técnica de citometria de fluxo pode produzir até 20% de testes

falso-positivos. A metodologia em PCR tem apresentado até 10% de resultados falso-positivos. Assim, frente a um

resultado positivo, a literatura mundial recomenda a repetição do teste antes de uma resolução diagnóstica e terapêutica.

É sempre bom lembrar que somente uma pequena parte dos pacientes HLA-B27 positivos irá desenvolver

alguma das espondiloartropatias.

Informações importantes: quadro clínico, suspeitas diagnósticas, raça e sexo dos pacientes.

_______________________________________________________________________________________

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Glicemia de jejum 70 – 100 mg/dLInsulina de jejum 2,5 – 25,0 μUI/mLInsulina de jejum para obesos até 77,0 μUI/mL

HOMA – RI (Resistência à insulina)

Homens Até 3,5%Mulheres

Até 3,9%

HOMA –

BcC% por IMC

BcC%:IMC

< 25

150 – 320IMC 25 –

30

134 – 424

IMC 31 –

40

234 – 836IMC > 40 325 - 983

HOMA - (AVALIAÇÃO DE MODELO HOMEOSTÁTICO) - ( BcC & %RI)

Sinônimo mais usado: Avaliação homeostática da glicose.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro (para insulina) e plasma fluoretado (para glicemia).

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas.

Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Plasma fluoretado: 48 horas sob refrigeração ou 7 dias sob congelamento.

Método: insulina: quimoluminescência; glicemia: espectrofotometria automatizada.

Valores de Referência:

241

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

HOMA –

RI por IMC

RI%:

IMC < 25

2,1 – 3,7%IMC 25 – 30 1,6 – 5,8%IMC 31 – 40 1,8 – 11,0%IMC > 40 4,1 – 17,9%

Padrão universal: indivíduos hígidos com menos de 35 anos:IMC normal: HOMA-BcC% = 100% HOMA-RI = 1

Legendas: BcC = Capacidade funcional das células beta RI = Resistência periférica à insulina IMC = Índice de Massa Corpórea HOMA = Homeostasis Model Assesment

Interferências: veja os itens Glicose e Insulina

Indicações: estudo da capacidade funcional das células beta e resistência periférica à insulina.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

HOMOCISTEÍNA

Sinônimo mais usado: HCT

Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

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Valores de referência: Homens adultos : 5,0 a 15,0 mcmol/L

Mulheres adultas : 5,0 a 15,0 mcmol/L

Acima dos 60 anos ( �e �) : 5,0 a 20,0 mcmol/L

Homocisteinemia leve : 15,0 a 25,0 mcmol/L

Homocisteinemia moderada : 25,0 a 50,0 mcmol/L

Homocisteinemia grave : 50,0 a 500,0 mcmol/L

Homocisteína após estímulo de Metionina: até 40 mcmol/L (após administração de Metionina na dose de 50 a

100 mg/Kg de peso, com coleta de sangue – soro – 6 horas após a dose V.O). Este teste serve para detectar casos

de elevações de homocisteína em resultados indeterminados ou “borderline”.

Interferências: medicamentos que podem elevar os níveis da homocisteinemia: Ácido Nicotínico , Fenitoína e

outros anticonvulsivantes, Levodopa e derivados, Metrotrexate e Teofilina.

Condições clínicas que podem elevar os níveis de homocisteina: doenças ósseas, doenças hepáticas,

hipotireidismo, IRC, LES, Leucemias agudas, Carcinomas (Mama, Ovário e Próstata), Osteroporose, retardo

mental específico ligado a hiperhomocisteinemia (alterações genéticas com deficiências de enzimas envolvidas

no metabolismo da homocisteina), Síndrome de Marfan, Síndromes de má absorção. Tabagismo e Idade.

Por alterações dietéticas: deficiências de vitaminas B6 e B12, deficiência de ácido fólico (é a etiologia mais

envolvida)

Indicações: a homocisteinemia superior a 25 mcmol/L tem alta correlação com quadros de aterosclerose e

tromboembolismo cerebrais, cardiovasculares e da circulação periférica. O risco de vasculopatia tem relação

direta com os níveis séricos. Pacientes com diabetes do tipo 2 e hiperhomocisteinemia tem grande probabilidade

de desenvolver retinopatia.

Na população em geral, a hiperhomocisteinemia ocorre em 7% dos indivíduos. Entre os pacientes com

aterosclerose a prevalência pode chegar a 30%.

Informações importantes: medicação atual, tipo de alimentação e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

HOMOCISTEINA – APÓS ESTÍMULO DE METIONINA

Sinônimo mais usado: HCT com estímulo de metionina.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Adultos:

a) basal :coletar pela manhã sob jejum mínimo de 8 horas.

b) Administrar por Via Oral, 50 a 100 mg/kg de peso de metionina. c) 2° coleta: coletar nova amostra 6 horas

após a administração da metionina para nova determinação da homocisteína.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: até 38 mcmol/L

Interferências: vide Homocisteína.

Indicações: o teste de homocisteina após estímulo com metionina, aumenta em até 30% a identificação de

pacientes com hiperhomocisteinêmicos que não foram detectados nos testes de jejum.

Informações importantes: vide Homocisteinemia.

_______________________________________________________________________________________

HOMOCISTEÍNA – MUTAÇÃO DO GENE A1298C – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Glu429Ala,

Mutação A1298C, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

GRUPO SÃO CAMILO

VI242

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Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do

DNA Genômico).

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: A mutação A1298C, em homozigose, e responsável pela redução da atividade da MTHFR,

aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos observados para os homozigotos 677TT, ocorrem

na combinação de heterozigose para as duas mutações da MTHFR. Está combinação é de grande relevância

clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as

referências bibliográficas.

_______________________________________________________________________________________

HOMOCISTEÍNA – GENE DA MTHFR MUT. C677T e A1298C – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação

A1298C, Mutação C677T, Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do

DNA Genômico).

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: O genótipo homozigoto mutante (677TT), encontrado em 4 a 14% da população em geral, está

associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos neurológicos,

retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo. A mutação A1298C, em homozigose, e

responsável pela redução da atividade da MTHFR, aumentando os níveis de homocisteína. Efeitos similares aos

observados para os homozigotos 677TT, ocorrem na combinação de heterozigose para as duas mutações da

MTHFR. Está combinação é de grande relevância clinica para os eventos vasculares, visto que a frequência de

A1298C e C677T varia de 40 a 50%, conforme as referências bibliográficas.

_______________________________________________________________________________________

HPV - PAPILOMAVIRUS HUMANO

Sinônimo mais usado: Papiloma Vírus Humano.

Material e conservação para envio: a) feminino: raspado cervical, raspado vaginal e raspado vulvar. Raspados

anais (condiloma acuminato), endo-retais. b) raspados penianos, da glande, glanz corona, prepúcio e de áreas

suspeitas. Grande parte das lesões pelos HPV podem produzir lesões planas, muitas vezes sub-clínicas. O

material raspado, em escova própria para a coleta, será diluído diretamente ao líquido de transporte, dentro do

tubo apropriado. Repetir os procedimentos de coleta por várias vezes. Na última vez, cortar a haste e inserir a

escova no tubo de coleta. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Os pacientes devem estar a pelo menos 5 dias sem utilização de medicação tópica, 3 dias

243

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI244

de abstinência sexual e 5 dias da procedimentos médicos, como US trans-vaginal, trans-retal, toque ou

colposcopia, etc. Não realizar assepsia tanto em locais externos como internos, pelo menos com 18 horas de

antecedência. Conservar sob refrigeração após a coleta. Se houver pedido concomitante de citologia cérvido-

vaginal pelo método de Papanicolaou, a citologia deverá ser coletada em primeiro lugar, sendo que não se deve

utilizar lubrificantes para a introdução do espéculo. Se testes como Schiller ou aplicação de ácido acético tiver

que ocorrer durante a colposcopia, deverão ser realizados após a coleta para HPV. (Solicitar kit de coleta ao

laboratório).

Estabilidade da amostra: 7 dias refrigerado.

Método: PCR+ RFLP.

Valores de Referência: ausência de cópias virais no material.

Interferências: meio de transporte não indicado, problemas de conservação, tempo de coleta, medicações

interferentes.

Indicações: os papilomavírus pertencem à família papovavirideos, com DNA, e são específicos do hospedeiro

humano e de seus tecidos. Infectam as células epiteliais da pele e das mucosas. Sua replicação e sua maturação

acontece nos núcleos das células diferenciadas e queratinizadas. São sexualmente transmissíveis e são agentes

etiológicos de cânceres humanos. Existem fatores que favorecem as infecções virais, principalmente pelos vírus do

HPV, como falta de higiene, micro-traumatismos e manutenção da umidade, além das deficiências imunológicas,

que podem ser as principais causas do desenvolvimento tumoral.

Os genótipos do HPV que produzem epidermodisplasia verruciforme são:

3,5,8,9,10,12,14,15,17,19,20,21,23,24,25 e 36

Há mais de 70 genotipos de vírus do HPV e podem ser divididos em três grupos principais:

RISCO GENOTIPOS MAIS FREQUENTES GENOTIPOS (ASSOCIAÇÕES MENOS FREQUENTES)ALTO RISCO 16-18-33-35( 90% ) 26,31,39,45,51,52,53,55,56,58,59,66,68,69,73 e 82BAIXO RISCO 6-11 34,40,42,43,44,54,61,70,72,CP6108INTERMEDIÁRIOS 3,3a,7,10,27,28,29,31b,32,62,64,MN4,MN7,MM9,LVX100,

CP141CCP8304,CP4173 e CP8061.

Não é raro serem detectadas lesões por infecções mistas por genótipos diferentes de HPV.

Informações importantes: uso de medicamentos, realização de assepsia, procedimentos médicos prévios,

abstinência sexual.

_______________________________________________________________________________________

HTLV I/II – ANTICORPOS ANTI-

Sinônimo mais usado: anti-HTLV I/II

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência: Negativo ou Não Reagente.

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e lipemia.

Indicações : O HTLV = Human T-Cell Lymphoma vírus. São transmitidos por via sexual, por transfusões de

sangue, por transmissão vertical e por uso de drogas injetáveis, sendo esta via a mais envolvida na propagação

desses vírus. Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos anti-HTLV I e II.

O HTLV-I é associado a leucemias de células T em adultos, alveolites linfocitárias e paraplegia espástica tropical

(TSP).

O HTLV-II é associado à tricoleucemia (hairy cells) ou leucemia dos tricô-leucócitos.

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Cerca de 95% dos indivíduos que apresentam esses anticorpos a infecção não resulta em quadro clínico,

permanecendo como portadores sãos. Somente 5% dos infectados irão apresentar evolução clínica.

A confirmação pode ser feita ou por PCR específico ou Western Blot test, que discriminarão também o tipo de

HTLV, I ou II.

Interferências: problemas de conservação, hiperbilirrubinemia ou hemólise intensa.

_______________________________________________________________________________________

HTLV-I OU II – PCR

Sinônimo mais usado: HTLV-PCR

Material e conservação para envio: 3 mL de plasma de EDTA, separado esterilmente, sob refrigeração.

Instruções de coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração . Não congelar.

Método: Reação qualitativa em PCR.

Valores de Referência: Negativo

Interferências: Hiperbilirrubinemia ou Lipemia.

Indicações: diagnóstico confirmatório para sorologia reagente. Distinção entre o HTLV-I do HTLV-II. Raros

casos de infecção pelos dois vírus.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

IDENTIFICAÇÃO DE HELMINTOS

Sinônimo mais usado: Identificação de Vermes

Material e conservação para envio: vermes isolados das fezes, lavados em solução fisiológica e conservados a

temperatura ambiente, mergulhados em vinagre caseiro incolor, solução a 50% com água destilada. Para os

laboratórios que tem permissão de uso, pode-se utilizar o Ácido Acético Glacial a 30% como conservante. Não

utilizar formol a 10% ou mesmo em concentrações inferiores para se evitar a contração das estruturas dos

helmintos. Para laboratórios que não tem licença para uso de voláteis controlados pode se usar Ácido Acético

Alimentar a 5%, volume a volume com formol a 0,5%.

Instruções para coleta: os vermes recebidos com as fezes, para exame parasitológico, devem ser

imediatamente isolados, lavados e conservados conforme descrito no item anterior.

Estabilidade da amostra: sob conservante pode ser conservada até 7 dias a temperatura ambiente, desde que

não haja resíduos fecais junto aos vermes.

Método: transparentização e observação microscópica das estruturas dos vermes.

Valores de Referência: -

Interferências: problemas na conservação dos vermes.

Indicações: dificuldades de identificação de vermes presentes nas fezes.

Informações importantes: eliminação de vermes nas fezes ou encontro de vermes nas roupas dos pacientes.

_______________________________________________________________________________________

IgA

Sinônimo mais usado: Imunoglobulina IgA

Material e conservação para envio: 2 mL de soro, sem hemólise, enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI246

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Evitar situações de re-

congelamento para se evitar a denaturação da imunoglobulina.

Método: imunoturbidimetria automatizada.

Valores de Referência: Valores Pediátricos: Em mg/dLRecém-Natos : 0,0 a 2,2 1 a 3 meses : 2,0 a 50,04 a 6 meses : 3,0 a 82,0 6 meses a 1 ano : 14,0 a 108,02 a 6 anos :

23,0 a 190,06 a 12 anos :

29,0 a 270,012 a 16 anos :

81,0 a 232,0 Valores Adultos :

Homens : 43,0 a 350,0Mulheres : 40,0 a 340,0Valores para 3ª idade: 57,0 a 390,0

Interferências:

a) Diminuições:

- Agamaglobulinemia ligada ao sexo (Doença de Bruton)

- Agamaglobulinemia do tipo suiço (linfopênica)

- Agamaglobulinemia intermitente

- Ataxia-telangectasia

- Aumento do catabolismo geral, como hipoproteinemia hipercatabólica idiopática e síndrome de Wiskot-

Aldrich.

- Cirrose hepática e outras doenças de origem hepática.

- Deficiências congênitas de IgA, geralmente ligada a deficiência na produção de IgA secretorias.

- Diminuição da síntese, como em leucemias e tumores digestivos.

- Disglobulinemia congênita do tipo III

- Doença de Still (Artrite Reumatóide Juvenil com HLA-B27 positiva, soro-positiva)

- Gestação ou uso de anticoncepcionais orais podem levar a uma diminuição da IgA em aproximadamente

20% dos casos.

- Hipoglobulinemia idiopática adquirida e Imunodeficiências adquiridas.

- Infância: os valores de referência até 1 ano são geralmente muito baixos em relação aos valores de adultos.

- Inibição da síntese da IgA, como o uso de corticosteróides e/ou outros imunossupressores.

- Perdas protéicas, como nas enteropatias e síndrome nefrótica

- Síndrome de DiGeorge.

b) Aumentos da IgA:

b.1) Aumentos devido a picos monoclonais:

- Doença da cadeia pesada alfa

- Gamopatia monoclonal benigna

- Mieloma Múltiplo por IgA (a maioria com cadeias kappa)

- Neoplasias secretoras de IgA

b.2) Aumentos de IgA do tipo Policlonal:

- Cirrose hepática, principalmente quando há um predomínio da concentração da IgA sobre a

Transferrina.

- Conjuntivite viral ou bacteriana com elevações na lágrima da relação IgG/Albumina, doenças

hepáticas como hepatites ou carcinomas primários do fígado processos infecciosos de tratos

produtores de IgA, como pulmonar, urinário e digestivo.

Indicações: vide item acima.

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Informações importantes: medicação atual, idade correta, incluindo dias e meses.

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IgA Salivar

Sinônimo mais usado: IgA secretória

Material e conservação para envio: 2 mL de saliva ativada. Centrifugar a 4000 rpm por 10 minutos. Enviar o

sobrenadante refrigerado. Outros líquidos biológicos, como por exemplo líquido pleural ou secreções

brônquicas devem ser tratados como acima.

Instruções para coleta: a saliva pode ser ativada utilizando-se essência de frutas cítricas ou abacaxi para o

paciente cheirar. Coletar em placa de Petri estéril aproximadamente 10 mL de saliva. Verificar o estado de

hidratação dos pacientes antes de iniciar a coleta. Para os outros materiais clínicos, a coleta é feita pelo(s)

médico(a) solicitante. As coletas devem ser sempre realizadas no mesmo horário, para cada paciente, devido a

variações circadianas. Coletar preferencialmente período da manhã, em jejum.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: Nefelometria

Valores de Referência: (para saliva): Até 6 anos: 1,7 a 9,1 mg/dL

> 6 anos: 6,9 a 27,0 mg/dL

Interferências: forma da coleta, principalmente da saliva. Os valores podem variar conforme a idade, estado de

hidratação. A falta de centrifugação antes do envio das amostras é uma causa freqüente de contaminação e valores

baixos de IgA secretória.

Indicações: pode-se utilizar a dosagem da IgM na saliva ou outros líquidos biológicos. Há praticamente uma

compensação, com valores de IgM superiores aos da IgA secretória nos casos de deficiência da imunoglobulina

A. Pacientes com deficiência de IgA secretória geralmente sofrem de Síndrome de má absorção intestinal,

infecções intestinais de repetição e infecções respiratórias. Na ataxia-telangectasia os níveis são sempre muito

baixos ou há ausência detectável de IgA secretória.

_______________________________________________________________________________________

IgD

Sinônimo mais usado: Imunoglobulina D

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

|Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Nefelometria

Valores de Referência: até 4,5 mg/dL

Interferências: elevações nos casos de Mieloma D (muito raros).

Indicações: a IgD é uma imunoglobulina monomérica com peso molecular de 180kD, com fórmula molecular

de duas cadeias delta com 2 cadeias kappa ou duas cadeias delta e 2 cadeias lambda. A sua concentração

geralmente é inferior a 0,2% do total das imunoglobulinas circulantes. Sua maior função é servir de receptor para

antígenos específicos na superfície de linfócitos do tipo B. Em algumas patologias como na Imunodeficiência de

Hiper IgM, pode, juntamente com a IgM ser os únicos receptores para antígenos nos linfócitos B do tipo CD19+.

Parece que há certa atividade desta imunoglobulina contra antígenos da insulina, alfalactoalbumina, beta-

lactoglobulina e caseína, antígenos tireoidianos e contra o toxóide diftérico.

Informações importantes: quadro clínico, principalmente alterações de fundo imunológico, níveis de outras

imunoglobulinas e medicação atual.

247

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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GRUPO SÃO CAMILO

VI248

IgE - TOTAL

Sinônimo mais usado: Imunoglobulina E

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: (calibração segundo WHO 2nd IRP 75/502)

Idade ( Anos) Mediana ( UI/mL) Variação em espaço de confiança de 95% ( UI/mL)

0 - 1

6,6

até 291 - 2 10,1 até 492 - 3 12,9 até 453 - 9

14,4

até 52

10 - 18

20,8

até 92Adultos 20,4 até 87

Interferências:

a) Diminuições:

- Ataxia-telangectasia

- Deficiência congênita de IgE

- Hipogamaglobulinemia congênita

- Hipogamaglobulinemia adquirida

- Hipogamaglobulinemia ligada ao sexo (variante da Doença de Bruton)

b) Elevações:

- Alergia do tipo I, como anafilaxia, asma, eczema atópico, edema de Quincke, febre do feno, rinite alérgica,

urticária, etc.

- Aspergilose pulmonar e outras micoses profundas pulmonares ou sinusais.

- Doença de Hodgkin

- Doenças de fundo imunopatológico, como pênfigo e pendigóide bolhoso, periarterite nodosa, piodermite

recorrente, Síndrome de Buckley, Síndrome de Wiskott-Aldrich, etc.

- Infecções bacterianas (dependendo da bactéria e do local de infecção).

- Mieloma por IgE

- Parasitoses

- Sarcoidose

- Síndrome Nefrótica.

Indicações: para confirmação de uma doença atópica, testes cutâneos negativos com quadro clínico sugestivo de

atopia, risco de anafilaxia, quadros de hipersensibilidade a substâncias não constante nos testes cutâneos ou na

pesquisa de IgE-específico.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Uma dosagem elevada de IgE não é diagnóstico de alergia. Mas níveis

elevados aumentam a chance de um diagnóstico alergológico. A aspergilose pulmonar pode ser excluída com

níveis normais ou baixos de IgE. Deve ser lembrado que reações alérgicas podem ser desencadeadas na

presença de níveis normais de IgE. A IgE está presente nas reações anafiláticas do tipo I, mas reações

anafilactóides podem prescindir da sua atuação.

Informações importantes: medicação atual.

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249

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

IgE Específico

Sinônimo mais usado: IgE rast, Rast.

Material e conservação para envio: mínimo de 2 mL dependendo do número de testes solicitados, sendo

utilizado 500 microlitros por teste. Enviar refrigerado. Evitar hemólise.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência ou fluoroenzimaensaio.

Valores de Referência:

Em UI/mL Classe Níveis de Anticorpos IgE específicos> 100,00

6

Positivo de extrema reatividade

52,50 a 100,00

5

Positivo de muito alta reatividade17,50 a 52,49 4 Positivo de alta reatividade

3,50 a 17,49 3 Positivo de moderada reatividade0,70 a 3,49 2 Positivo de baixa reatividade0,35 a 0,69 1 Duvidoso ou intermediário

< 0,35 0 NegativoUI/mL equivale a Ku/L

Interferências: vide IgE total. Valores baixos de IgE total podem resultar em resultados falso-negativos. Valores de

IgE total inferiores a 20 UI/mL: atopia improvável. Valores de IgE total superiores a 100 UI/mL: atopia altamente

provável.

Indicações: há uma grande concordância destes testes com os testes cutâneos. Com inalantes a concordância pode

chegar a 80% ou mais. A principal indicação para a realização destes testes é a impossibilidade de se realizar testes

cutâneos (prick-test): dermatoses generalizadas, dermografismo, utilização de antígenos que podem produzir reações

anafilactóides violentas, como venenos de insetos, penicilina, etc., baixa reatividade da pele de crianças, crianças

rebeldes que não permitam a realização do teste cutâneo, alergênos insolúveis, etc.

Informações importantes: idade do paciente, medicação atual e quadro clínico.

OBS. Relação dos IgE específicos e dos IgE múltiplos:

Específicos: Abacaxi (F 210), Acarus siro (D 70), Aipo (F 85), Alfa Lactoalbumina (F 76), Alface (F 215), Algodão (K

83), Alho (F 47), Alternaria alternata (M 6), Ameixa (F 255), Amendoim (F 13), Amoxicilina (C 6), Ampicilina (C 5),

Arroz (F 9), Aspergillus fumigatus (M 3), Aveia (F 7), Bacalhau (F 3), Banana (F 92), Barata doméstica (I 6), Batata (F

35), Beta lactoglobulina (F 77), Blomia tropicalis (D 201), Camarão (F 24), Candida albicans (M 5), Caranguejo (F 23),

Carne de Frango/Galinha (F 83), Carne de porco (F 26), Carne de vaca (F 27), Caseína (F 78), Castanha do Pará (F 18),

Cebola (F 48), Cefalosporinas (C 201), Cenoura (F 31), Centeio (F 5), Chocolate (F 105), Cladosporium herbarum

(M2), Clara de ovo (F 1), Cloramina T (K 85), Culicídeos (I 71), Côco (F 36), Couve (F 216), Curvularia lunata (M 16),

Dermatophagoides farinae (D2), Dermatophagoides microcera ( D3), Dermatophagoides pteronyssinus (D1),

Diclofenaco (C 281), Dipirona (H 75), Dixiciclina (C 216), Epitélio de vaca (E 4), Epitélio de Cão (caspa) (F 5),

Epitélio de Cavalo (E 3), Epitélio de Gato (caspa) (E 1), Epitélio de Carneiro (caspa) (E 81), Ervilha (F 12),

Espinafre (F 214), Eucalipto (T 18),Feijão (F 15), Figo (F 328), Formiga (I 70), Gema de ovo (F 75), Gergelim (F

10), Glúten (F 79), Grama Comum (G 10), Grama Bahia (G 17), Grama de centeio (G 70), Clister Stier Poeira

doméstica) (H2), Ibuprofen (C 286), Inalantes (Phadiatop), Insulina Humana (C 73), Insulina Bovina (C 71), Lã (K

20), Lactose (C 312),Laranja (F 33), Látex (K 82), Leite de Cabra (F 300), Leite de Vaca (F 2), Leveduras

alimentares (F 45), Limão (F 208), Lula (F 258), Maçã (F 49), Malte (F 90), Manga (F 91), Mamão Papaia (F 293),

Marinbondo-veneno (I4), Marisco (F 37), Mel (F 247), Melão (F 87), Milho (F 8), Morango (F 44), Mosquito (ver

Culicídeos) , Mostarda (F 89), Nozes (F 256), Pêlo de coelho (E 82), Pêlo de Hamster (E 84), Pena de Canário (E

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201), Pena de Galinha (E 85), Pena de Papagaio (E 213), Pena de Pato (E 95), Penicilina G (C 1), Penicilina V (C2),

Penicillium notatum (M1), Pêssego (F 95), Pêra (F 94), Pernilongo (ver Culicídeos), Peru (Carne) (F 284), Pimenta

Malagueta (F 279), Pimenta Verde (F 263), Pimentão (F 218), Polvo (F 59), Queijo Cheddar (F 81), Rhizopus

nigricans (M 11), Salmão (F 41), Salsa/Cheiro verde (F 86), Sardinha (F 61), Soja (F 14), Tartrazina (Corante

Amarelo Alimentar) (C 220), Tomate (F 25), Traça (I 8), Trigo (F 4), Trigo mourisco (F 11), Uva (F 259), Vespa

Amarela (I 5), Vespa cabeça branca (I 2), Vespa comum (I 3), Vespa de caibro (F 75).

Múltipos ( ou Painéis):

Epitélios Mix (EP1 ou EX1): Epitélios de Gato, Cavalo, Boi e Cão, Fungos Mix (MP1 ou MX1): Penicillium

notatum, Cladosporium herbarum, Aspergillus fumigatus, Candida albicans e Alternaria tenuis, Gramíneas Mix

(GP1 ou GX1): Grama de pomar, Grama Prado, Centeio Perene, Timóteo e Grama de Junho, Gramíneas Mix (GP2

ou GX2): Grama das Bermudas, Centeio Perene, Timóteo, de Junho e Tipo Johnson, Painel de Alimentos (FP2 ou

FX2): Bacalhau, Camarão, Mexilhão Azul, Atum e Salmão, Painel de alimentos (FP3 ou FX3): Trigo, Aveia,

Milho Gergelim e Trigo sarraceno, Painel de alimentos (FP5 ou FX5): Clara de ovo, leite de vaca, Trigo,

Amendoim e Soja, Painel de Oleoginosas (FP1 ou FX1): Amendoim, Avelã, Castanha do Pará, Amêndoa e Côco,

Painel de Poeira Doméstica (HP1 ou HX1): Pó caseiro tipo Greer, Dermatophagoides pteronyssinus,

Dermatophagoides farinae e Barata doméstica, Painel de Pólens (WP5 ou WX5): Erva daninha comum,

Artemísia, Margarida, Dente de leão e Vara dourada.

_______________________________________________________________________________________

IgF-1

Sinônimo mais usado: Somatomedina C

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: em ng/mL (para percentil de 95%).

GRUPO SÃO CAMILO

VI250

Faixa etária (anos) Val.de Referência Faixa etária( anos) Val.de Referência

1 55 – 327 18 163- 5842 51- 303 19 141- 4833 49 – 289 20 127- 4244 49 – 283 21-25 116- 3585

50

286

26-30

117-

329

6

52

297

31-35

115-

307

7

57

316

36-40

109-

284

8

64

345

41-45

101-

267

9

74

388

46-50

94-

252

10

88

452

51-55

87-

238

11

111-

551

56-60

81-

225

12

143-

693

61-65

75-

212

13

183-

850

66-70

69-

200

14

220-

952

71-75

64-

188

15 237–996 76-80 59- 177 16 226–903 > 80 55- 166 17 193-731

Valores neonatais: 1 a 7 dias: ND – 26,0 ng/mL 8 a 15 dias: ND – 41,0 ng/mL

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251

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: terapêutica hormonal de reposição com HGH.

Indicações:

A) Valores elevados: acromegalia, durante a gravidez pelo aumento da Prolactina, que tem sinergismo na

produção da Somatomedina C.

B) Valores normais: valores normais de Somatomedina C estão fortemente correlacionados à presença de HGH

em quantidades normais e suficientes.

C) Valores baixos: No nanismo com função hipofisária normal, a deficiência ponderal está ligada à deficiência

da produção da Somatomedina C. Também são encontrados níveis baixos no hipotireoidismo, estados de

má-nutrição e na insuficiência hepática.

Informações importantes: medicação atual e doenças associadas.

_______________________________________________________________________________________

IGFBP-3 PROTEÍNA LIGADORA DE IGF-1

Sinônimo mais usado: IGFBP-3

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio ( ELISA)

Valores de Referência:

Faixa etária

1 ano

4 anos

7 anos

10 anos

13 anos

16 anos

19 anos

26-30 anos

41-45 anos

56-60 anos

71-75 anos

V. Referência

0,7 – 3,6

0,9 – 4,3

1,4 – 6,10

2,1 – 7,7

3,1 – 9,5

3,4 – 9,5

2,9 – 7,3

3,5 – 7,6

3,3 – 6,6

3,4 – 6,9

2,8 – 5,7

Faixa etária

2 anos

5 anos

8 anos

11 anos

14 anos

17 anos

20 anos

31-35 anos

46-50 anos

61-65 anos

76-80 anos

V. Referência

0,8 – 3,9

1,1 – 5,2

1,6 – 6,5

2,1 – 8,4

3,3 – 10,0

3,2 – 8,7

2,9 – 7,3

3,5 – 7,0

3,3 – 6,7

3,2 – 6,6

2,5 – 5,1

Faixa etária

3 anos

6 anos

9 anos

12 anos

15 anos

18 anos

21-25 anos

36-40 anos

51-55 anos

66-70 anos

81 anos

V. Referência

0,9 – 4,3

1,3 – 5,6

1,8 – 7,1

2,7 – 8,9

3,5 – 10,0

3,1 – 7,9

3,4 – 7,8

3,4 – 6,7

3,4 – 6,8

3,0 – 6,2

2,2 – 4,5

Fator de conversão : ng/mL x 0,035 = nmol/L ng/mL x 0,001 = mcg/mL

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: As IGFBPs formam uma família de proteínas que ligam os fatores de crescimento “insulin-like”,

que tem aproximadamente 10 proteínas. A IGFBP-3 é a mais utilizada para diagnósticos, ligando quase a

totalidade das IgFs, principalmente as IgF-1. As funções da IGFBP-3 além de modular a resposta e a

biodisponibilidade da IgF-1, tem uma ação anti-proliferação celular e ação apoptótica, em oposição a ação da

IgF-1 que tem ações mitogênicas eanabólicas.

Alterações nas concentrações da IgF-1 e da IGFBP-3 podem favorecer o aparecimento de neoplasias e as suas

dosagens podem substituir a dosagem do HGH para diagnóstico de alterações do crescimento.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

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IgG

Sinônimo mais usado: Imunoglobulina G

Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração:

Instruções para coleta: coletar pela manhã sob jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria automatizada.

Valores de Referência: Valores Pediátricos ( mg/dL):

Faixas etárias mg/dLRN 700 – 1480

1 a 3 meses 250 – 11004 a 6 meses 300 – 10006 a 12 meses 500 – 12002 a 6 anos

500 –

13006 a 12 anos

700 –

1650

12 a 16 anos

700 –

1550

Adultos 650 – 1600

Interferências: processos infecciosos ou inflamatórios em atividade. Terapia de reposição com

imunoglobulinas. Corticoterapia e uso de medicamentos anti-oncóticos.

Indicações: a IgG é a principal imunoglobulina circulante, produzida por linhagem linfocítica do tipo B, em

cooperação ou não com linfócitos T. As IgG apresentam grande número de propriedades, como: fixação com o

complemento sérico, opsonização e citotoxicidade, pela sua ligação a uma série de receptores celulares. A IgG é

subdividida em 4 sub-classes, com propriedades biológicas distintas.

a) Elevações policlonais de seus níveis:

- Cirrose hepática alcoólica

- Colagenoses

- Hepatites virais agudas, paralelamente aos níveis de viremia

- Infarto agudo do miocárdio, com pico durante a segunda semana.

- Infecções bacterianas

- Infecções parasitárias (leishmaniose visceral, malária)

b) Elevações monoclonais:

- Mieloma múltiplo (cadeia kappa em 70% dos casos)

- Doença da cadeia pesada (gama)

- Gamopatia monoclonal benigna

- Doenças neoplásicas produtoras de IgG.

c) Diminuições :

- Deficiências primárias com diminuição da síntese

- Disglobulinemia (Waldenström com queda das IgGs e Kahler)

- Hipercatabolismo (doença de Steinert)

- Hipercatabolismo na doença de Wiskott-Aldrich

Diminuição da síntese por terapia com corticosteróides, imunossupressores, etc.

Informações importantes: medicação atual e idade correta.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI252

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IgG- SUBCLASSES (IgG-1, IgG-2, IgG-3, IgG-4)

Sinônimo mais usado: Sub-classes da IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade para amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: nefelometria

Valores de Referência:

253

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubina.

Indicações: A IgG é constituída por 4 sub-classes, tendo propriedades biológicas distintas. Há produção de

níveis direrentes de sub-classes de IgG, a cada resposta imunológica. A resposta imunológica a antígenos

protéicos é preferencialmente de IgG-1 e IgG-3, sendo mediada por linfócitos T. Quando o estímulo é feito por

polissacarídeos, os anticorpos formados é de IgG-2, também timo-dependente. Alterações às respostas

imunológicas, leva à deficiência s de certas sub-classes, principalmente em pacientes com infecções e

gamopatias monoclonais associadas e imunodificiência primárias e secuntãrias. Deficiências de IgG-2 e IgG-3

estão associadas à infecções recorrentes de vias aéreas, por pneumococos e Haemophilus influenzae. Crianças

com baixos níveis de IgG-2 respondem mal a vacinação com antígenos polissacarídicos. Outras associações de

relevância de IgG-2 e IgG-4 é com deficiência da IgA.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

IgM

Sinônimo mais usado: imunoglobulina M

Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria automatizada.

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Valores de Referência:

Valores Pediátricos (em mg/dL):

Faixas etárias (mg/dL):RN 5 – 30

1 a 3 meses 10 – 804 a 6 meses

15 – 109

6 a 12 meses 43 – 2392 a 6 anos

50 – 199

6 a 12 anos 50 – 26012 a 16 anos 45 – 240

Valores de adultos (mg/dL):

Homens > 16 anos 50 – 300Mulheres > 16 anos 55 – 350

Interferências: processos infecciosos atuais, terapia imunossupressora.

Indicações: as imunoglobulinas M estão ligadas à primeira resposta imune humoral. São produzidas por

linhagem linfocítica do tipo B e seu aparecimento ocorre alguns dias após o contacto com antígenos. Seu

aumento é muito rápido. Estão ligados à infecções primárias. Alguns tipos de antígenos chamados timo-

dependentes, principalmente polissacarídeos, só provocam a síntese de IgM. As suas principais propriedade

são: aglutinação de antígenos, não atravessam a placenta (por isso seu aparecimento no período neonatal é

patognomônico de infecção congênita) e ativam o complemento pela via clássica.

a) Aumentos policlonais das IgM:

- Infecções virais, como Rubéola, CMV, Herpes, etc,

- Infecções parasitárias : malária, toxoplasmose, doença de Chagas.

- Infecções bacterianas

- Doenças hepáticas: cirrose alcoólica, hepatite crônica ativa, cirrose biliar, etc.

- Doenças intestinais: colite ulcerativa complicada com infecções secundárias.

b) Aumento monoclonal das IgM:

- Doença de Waldenström,

- Doença da cadeia pesada µ

- Gamopatia monoclonal benigna,

- Afecções neoplásicas produtoras de IgM

c) Diminuições:

- Doenças malignas

- Doenças da cadeia leve, com diminuição das três classes de imunoglobulinas

- Perdas protéicas por enteropatias.

- Inibição da síntese por medicamentos imunossupressores ou corticosteróides.

- Hipoproteinemia hipercatabólica

- Deficiência primitivas por ausência de células produtoras de imunoglobulinas, como agamaglobulinemia

de Bruton (ligada ao sexo), Síndrome de Wiskott-Aldrich.

Informações importantes: medicação atual e idade correta.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI254

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Propriedades principais de cada classe de imunoglobulinas e

das sub-classes das IgG

Atividade funcional IgM IgD IgG1 IgG2 IgG3 IgG4 IgA IgE

Neutralização

+

-

++

++

++

++

++ -Opsonização

-

-

+++

(*)

++

+

+ -Sensibilização para morte pelas células NK

-

-

++

-

++

-

- -

Sensibilização dos mastócitos

-

-

+

-

+

-

- +++Ativa o sistema do complemento sérico

+++

-

++

+

+++

-

+ -

Distribuição

IgM

IgD

IgG1

IgG2

IgG3

IgG4

IgA

IgETransporte através do epitélio

+

-

-

-

-

-

+++Dímero

-

Transporte através da placenta

-

-

+++

+

++

+/-

-

-Difusão nos locais extravasculares

+/-

-

+++

+++

+++

+++

++ Monômero

+

Nível sérico médio ( mg/dL) 150 0,04 900 300 100 50 210 50UI/mL

Ref.Bibliog. Estudos de casos em Imunologia 3ª ed. Artmed Editora 2002,Porto Alegre,RS

_______________________________________________________________________________________

IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES

Sinônimo mais usado: complexos ag-ac

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob conservação.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 1 dia sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunoensaio enzimático

Valores de Referência: inferior a 35 mcg/mL

Interferências: medicação anti-inflamatória hormonal.

Indicações: confirmação de doença ativa para casos de LES e AR.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

IMUNOFIXAÇÃO

Sinônimo mais usado: identificação de imunoglobulinas monoclonais

Material e conservação para envio: 2 mL de soro ou 5 mL de LCR ou 10 mL de urina de 24 horas, conservados

sob refrigeração. Não utilizar conservantes. Não enviar soros hemolisados ou LCR com acidente de punção.

Instruções para coleta: Soro: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Urina: enviar alíquota de 10 mL de urina de 24 horas, estocada durante a coleta sob refrigeração.

LCR: coletado pelo(a) médico(a)-assistente em tubo estéril.

Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

LCR: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Urina: 5 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Evitar o recongelamento das amostras para se evitar a desnaturação das imunoglobulinas.

255

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Método: Imunofixação

Valores de Referência: ausência de picos monoclonais de imunoglobulinas.

Interferências: hemólise sérica, acidente de punção do LCR e contaminação bacteriana e fúngica da urina.

Indicações: classificação de paraproteínas, que determinam a produção de picos monoclonais de imunoglobulinas,

detectadas no exame eletroforético das proteínas. As doenças que podem produzir picos monoclonais nas eletrofore-

ses, são: mieloma múltiplo, doença de Waldenström, gamopatia monoclonal idiopática, doenças das cadeias

pesadas, doenças das cadeias leves, amiloidose sistêmica, etc.

A imunofixação é uma técnica extremamente sensível e específica que reúne técnicas da separação eletroforética

e de imunoprecipitação, que substitui com vantagens a imunoeletroforese clássica. Após a separação

eletroforética das proteínas anti-soros específicos, contra IgA, IgG, IgM, cadeias leves kappa e lambda, são

colocados sobre as frações já separadas. Após período de imunoprecipitação as fitas são lavadas em tampões

especiais, e as frações não precipitadas são lavadas e o que foi imunoprecipitado aparece na coloração posterior.

A proteína que apresentou imunoprecipitação com o anti-soro específico, aparece com uma banda única.

Informações importantes: dados sobre a eletroforese de proteínas.

_______________________________________________________________________________________

INCLUSÃO CITOMEGÁLICA

Sinônimo mais usado: pesquisa de células de inclusão do CMV.

Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente coletada sem conservante, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar qualquer amostra de urina. Refrigerar imediatamente.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Após este período, colocar por 10 minutos em banho-

maria a 37°C para se diluir cristais que possam ter se formados durante a refrigeração, centrifugar a 2000 r.p.m.

por 10 minutos. Preparar esfregaços em lâminas muito bem desengorduradas. Imediatamente após a secagem

dos esfregaços, fixar as lâminas, por 30 a 60 segundos com o primeiro reagente da coloração Panótica. Enviar em

protetores de lâminas.

Método: coloração pelo método de Giemsa.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: não há referências.

Indicações: em pacientes imunocompetentes a infecção por CMV é auto-limitada, mas para pacientes

imunocomprometidos ou em recém-natos ela pode ser devastadora. A par da baixa sensibilidade do método, é um

método rápida para o diagnóstico da infecção.

Informações importantes: hora da coleta, tempo de conservação.

_______________________________________________________________________________________

INFLUENZA A(H1N1) – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Gripe Mexicana, Nova Gripe, H1N1 Suína, Gripe Suína.

Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado brônquico alveolar: 3,0 mL; Aspirado traqueal:

1,0 mL; Aspirado ou lavado de nasofaringe: 1,0 mL; Aspirado ou lavado de orofaringe: 1,0 mL: até 48 horas

refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril.

Swab combinado de nasofaringe e orofaringe: Kit específico enviado pelo Laboratório São Camilo, até 48 horas

refrigerado entre 2 e 8 ºC, após este período congelar e enviar congelado.

Instruções de Coleta: Realizar a coleta entre o 1º e 7º dia após aparecimento dos sintomas: febre, tosse, dor de

garganta, coriza e dispneia. Jejum desejável de pelo menos 2 horas (evitar vômito). Se a coleta for realizada pela

manhã, vir ao laboratório antes do desjejum.

Estabilidade da amostra: Escarro, Lavado brônquico alveolar, Aspirado traqueal, Aspirado ou lavado de

GRUPO SÃO CAMILO

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nasofaringe, Aspirado ou lavado de orofaringe: até 48 horas refrigerado entre 2 e 8 °C, em frasco estéril.

Swab combinado de nasofaringe e orofaringe; swab de nasofaringe; swab de orofaringe: até 48 horas refrigerado

entre 2 e 8 ºC, em kit específico. Após este período congelar e enviar congelado.

Método: RT-PCR em Tempo Real

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Volume baixo; Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para

entrega e temperatura de transporte).

Indicações: Dentre os agentes etiológicos associados a um quadro de gripe lista-se o vírus Influenza A H1N1

linhagem suína. A apresentação clínica varia de um quadro gripal auto-limitado (febre, dor de garganta, tosse,

mialgia, cefaléia, sintomas gastrointestinais e fadiga) até as formas mais complicadas com evolução para Doença

Respiratória Aguda Grave. A única técnica de diagnóstico preconizada pela Organização Mundial de Saúde

(OMS) para confirmação laboratorial do Influenza A (H1N1) linhagem suína é a RT-PCR (Transcrição Reversa

seguida de Reação em Cadeia da Polimerase) em Tempo Real. É um teste sensível e específico, capaz de detectar

a presença do vírus. As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas preferencialmente entre o

primeiro e o sétimo dia, após o início dos sintomas.

Informações importantes: As amostras devem ser coletadas até o terceiro dia e, eventualmente, poderá ser

realizada até o sétimo dia, após o início dos sintomas;

* Laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde e SeSa-PR para execução do teste molecular para H1N1

conforme instrução da OMS/CDC.

_______________________________________________________________________________________

INIBIDOR DA C1-ESTEARASE : FUNCIONAL

Sinônimo mais usado: C1 – Estearase

material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Congelar o soro e deixar no congelador até o

momento do envio. Colocar o tubo diretamente em contacto com o gelo de transporte.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 15 dias sob congelamento. Em relação ao transporte: 24 horas sob refrigeração.

Método: Imunoturbidimetria.

Valores de Referência: 78 a 131% de atividade.

Interferências: doenças linfoproliferativas podem elevar falsamente os valores.

Indicações: o Inibidor da C1- estearase é um modulador da reação inflamatória, inibindo a cascata de reação do

complemento, impedindo a ativação do C1. É uma proteína tipo de fase aguda, pertencendo ao grupo das

inibidoras de proteoses. Além de regular as enzimas do Sistema do Complemento, da Coagulação e Fibrinólise.

Quando há queda acentuada dos seus níveis ou a sua ausência, provoca a ativação exacerbada do sistema do

complemento. Pode também atuar na via das cininas ativando os fatores XIa e XIIa no sistema fibrinolítico.

Essa deficiência provoca o edema angioneurótico, que é uma doença autossômica dominante, provocando edemas

de pele, mucosas, principalmente de face, extremidades, vias aéreas superiores (principalmente edema de glote) e

trato gastrointestinal.

Há duas formas conhecidas dessa deficiência: congênita (tipo I) e adquirida (tipo II). Na forma congênita (85%

dos casos) ocorre o angioedema hereditário que caracteriza-se por episódios recorrentes de edemas. Na forma

adquirida (15% dos casos), ocorre geralmente em associação a várias doenças, incluindo linfomas e outras

doenças linfoproliferativas. No tipo adquirido ocorre a inativação das proteases. Quando a redução atinge

valores de 50% pode-se estar frente a quadro heterozigótico.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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INIBIDOR DA C1-ESTEARASE: QUANTITATIVA

Sinônimo mais usado: C1s Estearase quantitativa

Material e conservação para envio: 2 mL de soro congelado. Enviar em gelo.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 15 dias sob congelamento ou 24 horas sob refrigeração para o envio.

Método: enzimático cromogênico.

Valores de Referência : 22 a 34 mg/dL.

Interferências: vide item anterior.

Indicações : vide item anterior.

Informações importantes: vide item anterior.

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INIBINA – A

Sinônimo mais usado: INIB-A

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: Homens : < 10 pg/mL

Mulheres: F.folicular : 4 – 10 pg/mL

F. luteínica : 65 – 115 pg/mL

Pico ovulatório: 30 – 56 pg/mL

Interferências: hemólise e lipemia

Indicações: a Inibina A é um polipeptídeo que pertence ao grupo de fatores de crescimento. É produzida pelas

células da granulosa ovariana e pelas células de Sertoli nos testículos. Agem no eixo gônadas-hipófise inibindo a

produção e secreção do FSH. Durante a gestação é produzida pela placenta e seus níveis podem atingir um pico

entre a 8ª e a 10ª semanas de gravidez, declinando até a 20ª semana. A partir desta semana há um aumento

constante até o termo. A inibina não é detectada no período pré-puperdade e seus níveis são muito baixos no

período pós-menopausa. Nos homens não tem ainda maior significado clínico (normalmente os níveis baixos se

mantém por toda a vida). A Inibina A pode se elevar na pré-eclampsia, em algumas neoplasias malignas e na

Síndrome de Down.

Informações importantes: período gestacional, medicação atual.

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INIBINA - B

Sinônimo mais usado: INIB-B

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 8 horas.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Homens : adultos: 25 – 320 pg/mL

< 12 anos: 4 – 250 pg/mL

Mulheres: 3º dia do ciclo: até 275 pg/mL

Pós-menopausa: até 4 pg/mL

< 12 anos : até 85 pg/mL

GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: Hemólise e lipemia.

Indicações: Nas mulheres a Inibina –B é produzida pelas células da granulosa dos pequenos folículos.

Apresenta um pico durante o início da puberdade e depois se mantém com níveis constantes. Nos homens tem

grande importância na retroalimentação da hipófise para a produção e secreção do FSH na espermatogênese.

Pode estar diminuída nos casos de infertilidade masculina, mas ainda não há consenso sobre sua função nestes

casos.

Informações importantes: quadro e suspeita clínica.

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INSULINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 6 a 8 horas. Valores inferiores e superiores a este

intervalo podem interferir nos resultados. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: Neonatos : 3 a 20 µIU/mL

Adultos : com IMC normal : 2,5 a 29,1 µUI/mL

com IMC elevado : até 70,0 µUI/mL

Após 60 anos ....... : até 35,0 µUI/mL

Interferências:

A) Variações fisiológicas: diminuições durante o sono, ativação pós-prandial e na presença de anticorpos anti-

insulina.

B) Variações patológicas: Diabetes do tipo I: os níveis basais estão diminuídos. Os níveis de insulina não se elevam

nos testes de hiperglicemia V.O.

Diabetes tipo II: o valor de base é sempre normal.

No insulinoma os níveis de insulina se mantém normais ou um pouco elevados, mesmo na presença de

hipoglicemia.

Indicações: A insulina é um hormônio do tipo polipeptídico produzido nas ilhotas de Langerhans, nas células beta.

É um potente hipoglicemiante havendo um feed-back negativo entre a insulina e a glicose sérica, glucagon e o HGH.

Informações importantes: período de jejum, medicação atual e quadro clínico.

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INTERLEUCINA 28B (IL28-B), POLIMORF. – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Resposta ao Interferon, IL28, Polimorfismo rs12979860, Polimorfismo rs8099917.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5

mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: A infecção crônica pelo vírus da hepatite C afeta 170 milhões de pessoas no mundo inteiro e é

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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importante causa de cirrose e câncer de fígado. O tratamento indicado para o genótipo 1 (mais frequente) é feito

por 48 semanas. A resposta virológica sustentada (RVS) é atingida em cerca de 40 a 50% dos pacientes tratados.

Como o tratamento preconizado (interferon e ribavirina) apresenta efeitos colaterais potencialmente graves e

como a taxa de sucesso não é elevada, preditores de resposta são pesquisados para a decisão do tratamento.

Estudos identificaram dois polimorfismos únicos em nucleotídeos, no gene da IL-28B. O genótipo C/C no

nucleotídeo rs12979860 e o genótipo T/T no nucleotídeo rs8099917 estão associados a maiores taxas de resposta

virológica sustentada e de clareamento viral espontâneo após infecção aguda, no genótipo 1. Para os genótipos 2

e 3, já é esperada uma elevada taxa de sucesso terapêutico, portanto o estudo do polimorfismo da IL28B nestas

circunstâncias apresenta valor limitado. O conhecimento do polimorfismo pode auxiliar na decisão de iniciar ou

protelar o tratamento.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

ISOPROPANOL NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: 2-Propanol

Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar uma amostra de urina pós-jornada de trabalho, após, pelo menos dois dias de

exposição contínua, ou conforme orientação médica. Completar o frasco de urina totalmente, não deixando

espaço vazio dentro do mesmo. Frasco com volume incompleto serão rejeitados. Tubos cônicos são mais

facilmente preenchidos com o volume máximo.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBMP: 50 mg/L (DFG-BAT)

Interferências: frascos com espaço vazio.

Indicações: acompanhamento laboral de colaboradores expostos ao produto.

Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho ininterrupto.

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Isospora belli – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Isospora belli nas fezes.

Material e conservação para envio: 5,0 a 10,0 g de fezes sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar em frasco do tipo coletor, de plástico, sem conservante.

As crianças podem coletar na fralda, mas as fezes devem ser imediatamente transferidas para frasco plástico de

transporte.

Estabilidade da amostra: amostra recente. Deve ser enviada sob refrigeração, o mais rapidamente possível. Até

24 horas após a coleta, sob refrigeração.

Método: Microscopia após separação por gradiente e centrifugação.

Valores de Referência: Negativa

Interferências: medicação específica anterior à coleta.

Indicações: diarréias aquosas e crônicas em crianças e pacientes imunodeprimidos, já que é uma infestação auto-

limitada em indivíduos hígidos.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

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GRUPO SÃO CAMILO

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KLEINHAUER – PESQUISA

Sinônimo mais usado: teste de Kleinhauer

Material e conservação para envio: 1 a 2 mL de sangue total em EDTA.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método: coloração específica segundo Kleinhauer.

Valores de Referência: Até 2 anos de idade : 100% das hemácias coradas fortemente pela hemoglobina fetal, até

0,05% para indivíduos com menos de 2 anos de idade.

Acima de 2 anos de idade : valores inferiores a 0,05% de hemácias fracamente coradas pela

hemoglobina fetal.

Interferências: transfusões sanguíneas.

Indicações: este teste é indicado para a pesquisa de Hemoglobina Fetal (HbF) dentro das hemácias. É um teste

auxiliar em alguns casos de Talassemia, com distribuição heterogênea de HbF nas hemácias e nos casos de

persistência hereditária de HbF com distribuição homogênea, que também podem ocorrer na microesferocitose

hereditária e em casos de anemias aplásticas. Pode se indicar a pesquisa de sangue fetal por coleta intrauterina para

diferenciação entre o sangue materno e fetal, nos casos de transfusão feto-materna ou vice-versa.

Informações importantes: ocorrência de transfusões com menos de 3 meses.

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KPC, DETECÇÃO MOLECULAR – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: KPC, gene blaKPC, superbactéria, Klebsiella pneumoniae produtora de

carbapenemase.

Material e conservação para envio: Cultura (colônia ou 300 µL de meio), solicitar kit apropriado para coleta ao

laboratório.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 5 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: As enzimas KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemicosase) são carbapenemases pertencentes à

classe A de Ambler e ao subgrupo 2f de Bush, Jacoby e Medeiros. Estas enzimas são inibidas por ácido

clavulânico e tazobactam e, possuem a habilidade de hidrolisar uma grande variedade de ß-lactâmicos como

cefalosporinas, penicilinas, aztreonam e inclusive, os carbapenêmicos. Foi encontrada pela primeira vez em K.

pneumoniae, porém hoje já foram descritos casos de resistência pela presença de KPC em Salmonella enterica,

K. oxytoca e Enterobacter spp, entre outros. O grupo KPC tem um alto potencial de disseminação devido à sua

localização em plasmídio e é mais frequentemente encontrada em K. pneumoniae, uma bactéria com grande

capacidade de acumular e ser responsável pela transferência de genes de resistência. Esta disseminação dificulta

o controle de epidemias, e preocupa os profissionais da área de saúde, pois o tratamento destas infecções é

extremamente difícil, elevando as taxas de mortalidade. Uma PCR gene blaKPC positiva indica que o isolado

carrega o gene blaKPC codificador da enzima KPC.

Informações importantes: Este teste só pode ser realizado em bactérias isoladas em cultura. Não é possível

realizar este teste diretamente em amostras de pacientes.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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LACTATO – (ver Ácido Lático)

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LACTOSE – DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo C13910T do gene

LCT.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C; 5

mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real

Valores de referência: genótipo CC: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo TT:

persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo CT: persistência da enzima lactase (tolerante à

lactose);

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a

lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em

energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose

chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia,

desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual

nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação

da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo C

por T na posição 13910 do gene da lactase (LCT) na população brasileira está presente em 43% dos

brancos/pardos descentes de europeus/ africanos, 20% dos negros descendentes de africanos e ausente nos

descendentes asiáticos. Nestes, o polimorfismo que caracteriza tolerância à lactose é a troca do nucleotídeo G por

A na posição 22018 do gene LCT. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a

Tolerância à Lactose. É importante saber que embora o paciente tenha genótipo CC, que determina a Intolerância

a Lactose, o mesmo poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na

produção da enzima lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase.

Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de

Detecção Genética da Intolerância à Lactose.

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LACTOSE – ASIÁTICOS - DET. GENÉTICA DA INTOLERÂNCIA – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Hipolactasia primária, deficiência primária de lactase, polimorfismo G22018A do gene

LCT.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real

Valores de referência: genótipo GG: não persistência da enzima lactase (intolerante à lactose); genótipo AA:

GRUPO SÃO CAMILO

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persistência da enzima lactase (tolerante à lactose); genótipo GA: persistência da enzima lactase (tolerante à

lactose);

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de

transporte).

Indicações: Pessoas com histórico de mal estar após ingestão de leite e derivados, com suspeita a intolerância a

lactose. A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado no nosso organismo em

energia (glicose) pela ação da enzima lactase (LPH). A falta ou a deficiência dessa enzima faz com que a lactose

chegue até o intestino sem ser absorvida, sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarreia,

desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Na população em geral, há um declínio natural e gradual

nos níveis de lactase presentes no organismo com o avançar da idade, se inicia por volta dos 2 anos. Essa variação

da enzima e consequentemente da tolerância pode ter interferência genética e étnica. A troca do nucleotídeo G

por A na posição 22018 do gene da lactase na população brasileira está presente em 5,4% dos descendentes

asiáticos. Esta mutação determina a persistência da enzima lactase, ou seja, determina a Tolerância à Lactose. É

importante saber que embora o paciente tenha genótipo GG, que determina a Intolerância a Lactose, o mesmo

poderá apresentar sintomas apenas na idade adulta em virtude da diminuição progressiva na produção da enzima

lactase, causada pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase.

Informações importantes: Necessário preenchimento do termo de consentimento informado para exame de

Detecção Genética da Intolerância à Lactose.

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LAMOTRIGINA

Sinônimo mais usado: dosagem de Lamictal® ou Neurium®.

Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas e 8 horas após a última dose do

medicamento. Alguns especialistas indicam a coleta imediatamente antes da próxima dose. Preferencialmente

seguir as instruções do médico solicitante. Não coletar em frasco com gel separador.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 14 dias sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: nível terapêutico : 3,0 a 14,0 mcg/mL.

Interferências: elevações: Ácido Valpróico (inibe o metabolismo da Lamotrigina)

Diminuições: Carbamazepina e Fenobarbital (por indução do sistema microssomal).

Indicações : controle terapêutico do uso da droga e seus níveis terapêuticos e tóxicos.

Informações importantes: doses utilizadas e seus horários.

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LDH – (ver Dehidrogenase Láctica)

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Legionella dumoffi –PCR – QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Legionella dumoffi PCR-QL

Material e conservação para envio: escarro, lavado brônquico e líquido pleural, 3mL cada e 250 mg (mínimo) de

material para biópsia. O material de biópsia deve ser enviado sob congelamento (de preferência em gêlo sêco). Pode

ser conservado em etanol. Escarro, lavado brônquico e líquido pleural podem ser enviados sob refrigeração.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: o escarro deve ser coletado pela manhã, se possível antes do paciente se levantar. Deve

ser coletado após tosse profunda, sem a presença de saliva. Coletar em frasco estéril. O lavado brônquico e o

líquido pleural devem ser coletados pelo médico-assistente em frasco estéril.

Estabilidade da amostra: Até 24 horas sob refrigeração.

Método: Reação em cadeia da Polimerase, usando o gene 5S rRNA, comum ao gênero.

Valores de Referência: Negativo.

Interferências: inibidores do PCR, principalmente hemoglobina.

Indicações: As legionelas produzem infecções respiratórias agudas. Cresce muito bem em reservatórios

hídricos contaminados. Geralmente ocorre uma pneumonia grave (conhecida como Doença dos legionários).

Quadros pseudo gripais (Febre de Pontiac). Há uma série de fatores individuais que favorecem este tipo de

infecção, como alcoolismo, imunodeficiências, tabagismo, sexo (com maior prevalência entre os homens) e

idade (maior prevalência por volta dos 50 anos).

Informações importantes: quadro clínico.

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Legionella pneumophilla – ANTI – IgG

Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose IgG

Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: hemólise ou lipemia. Reações falso-positivas são bastante raras.

Indicações: diagnóstico sorológico das legioneloses, principalmente em pacientes com infecções respiratórias

agudas, graves, em pacientes acima de 40 anos (geralmente perto dos 50 anos), imunodeprimidos, homens,

ocorrendo em surtos restritos, etc. Esses anticorpos podem aparecer na circulação após um período de 4 a 12

semanas. Por volta de 1/3 dos pacientes podem apresentar níveis elevados de anticorpos já na primeira semana de

doença. Como na maioria dos testes sorológicos a antibioticoterapia pode alterar o desenvolvimento dos anticorpos

ou até abortar a resposta sorológica. Pacientes imunodeprimidos podem não produzir a soroconversão. Pacientes

com infecção por Legionella do sorogrupo 1 apresentam maior sensibilidade e especificidade ao teste. Geralmente

títulos iguais ou maiores a 1:128 são patognomônicos de doença ativa. O pareamento de amostras entre a fase aguda e

a convalescença podem auxiliar no diagnóstico retrospectivo. Como a infecção assintomática pelas legionelas é

muito prevalente, títulos elevados só podem ser valorizados frente a quadro clínico compatível.

Informações importantes: quadro clínico e terapia atual.

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Legionella pneumophilla – ANTI – IgM

Sinônimo mais usado: sorologia para Legionelose aguda.

Material e conservação para envio: 2,0 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento ou 20 dias sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências: hemólise, lipemia ou antibioticoterapia anterior.

Indicações: diagnóstico sorológico das infecções agudas por legionelas.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

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Legionella pneumophilla - PCR - QUALITATIVO -vide Legionella dumoffi.

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LEISHMANIOSE – PCR – QUALITATIVA

Sinônimo mais usado: PCR – QL para Leishmaniose humana

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 1,0 mL de aspirado de medula óssea, pelo

menos 300 mg de material de biópsias ou aspirado de linfonodos, em recipientes estéreis, sob refrigeração.

Instruções para coleta: o sangue deve ser coletado pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. Os demais materiais são coletados exclusivamente pelo

médico-assistente, em frasco estéril.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: Negativo.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico definitivo da Leishmaniose visceral (L.donovami, L.chagasi ou L. infantum) ou da

Leishmaniose muco-cutânea (L.braziliensis).

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

LEISHMANIOSE – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado:Sorologia para Leishmaniose

Material e conservação para envio: 1,5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Não Reagente ou Negativo.

Interferências: O tratamento precoce dos quadros clínicos, principalmente da Leishmaniose cutânea, pode

provocar o desaparecimento precoce dos anticorpos, principalmente da classe IgM, produzindo resultados muito

baixos ou falsamente-negativos. Lipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.

Indicações: A leishmaniose cutânea é uma parasitose transmitida pela picada do mosquito flebótomo. No Brasil

a leishmaniose cutânea é produzida pela Leishmania braziliensis. As lesões cutâneas, principalmente no início

da doença não provocam respostas imunológicas muito importantes por isso um resultado negativo não exclui a

doença. O comprometimento de mucosas principalmente da oro-faringe, produzem grande quantidade de

anticorpos.

As leishmanioses viscerais, são doenças com transmissão por vetores, como o flebótomo infectado com a

Leishmania donovani. Também conhecida como Kala-Azar, é uma doença que afeta o sistema reticuloendotelial

e pode ser classificada como uma doença oportunista, que aparece durante a queda da imunidade celular,

principalmente em pacientes com infecção pelo HIV. A doença pode mimetizar uma hemopatia maligna,

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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cursando com poliadenopatia, hepato-esplenomegalia , febre e emagrecimento. Em associação com o HIV,

podem provocar quadros clínicos atípicos. A doença pode ocorrer por uma infestação recente ou a reativação de

uma infestação anterior. Nos quadros sem associações, as manifestações clínicas sugestivas da doença ocorrem

tardiamente, com níveis muito baixos dos linfócitos CD4. Geralmente, nestas fases o Hemograma apresenta-se com

anemia normocítica e normocrômica, geralmente com leucopenia, neutropenia e monocitose. O VHS

precocemente está alterado, devido a hipergamaglobulinemia policlonal, que aparece logo no início da infestação

parasitária. Plaquetopenia ocorre com o quadro clínico típico em curso. No mielograma é possível visualizar

formas amastigotas nas células mononucleadas.

De forma diversa da doença cutânea, a Leishmaniose Visceral provoca intensamente o sistema imunológico,

apresentando imunoglobulinas específicas em mais de 97% dos casos. Períodos de anergia podem provocar

queda dos níveis de anticorpos. Nas associações com HIV, os testes sorológicos podem, em mais de 30% dos

casos, ser negativos. É indicado, desta forma, os testes por PCR.

Resultados falso-positivos podem ocorrer em outras infestações hemoparasitárias, como malária e

tripanosomíase.

Após o início do tratamento, o hemograma pode se normalizar em duas semanas, e a eletroforese de proteínas volta

aos níveis normais na segunda fase do tratamento.

Informações importantes: terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

Leptospira interrogans – PCR – QUALITATIVA

Sinônimo mais usado: PCR qualitativo para Leptospirose.

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, urina recente, cultura. Enviar sob

refrigeração.

Instruções para coleta: Sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. LCR: coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-Assistente. Enviar sob

refrigeração.

Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), swab bucal (7 dias).

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: Negativo.

Interferências: Hemólise.

Indicações: diagnóstico das leptospiroses, como confirmação de dados sorológicos ou de quadro clínico

sorologicamente negativo.

Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

LEPTOSPIROSE – AGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA

Sinônimo mais usado: Aglutinação para leptospirose.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: aglutinação microscópica com cepas vivas das principais sorovares de lepstospiras: Andamana,

Australis, Ballum, Bataviae, Bratislava, Butenbo, Canicola, Celledoni, Copenhageni, Grippothyphosa,

Hardjo, Hebdomadis, Icterohaemorragiae, Javanica, Panamá, Patoc var. São Paulo, Patoc var. biflexa,

GRUPO SÃO CAMILO

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Pomona, Pyrogenes, Shermani, Tarassovi e Wolffi.

Valores de Referência: segundo o guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, para critérios de

confirmação de casos suspeitos (M.S./2005), títulos inferiores a 1/100 são considerados Negativos.

Alterações:

- Elevação de títulos (progressão da doença): 4 vezes entre duas amostras, no intervalo de 2 a 3 semanas.

- Amostra isolada: valores iguais ou superiores a 1/800, (ausência de teste prévio).

- Soroconversão: com amostra prévia negativa, valores iguais ou superiores a 1/200.

Os níveis de anticorpos proporcionam testes positivos, geralmente após 7 dias de sintomas.

O teste é considerado positivo na maior diluição que aglutinar pelo menos 50% das leptospiras em suspensão em

meio específico.

Interferências: lipemia e hemólise.

Informações importantes: Terapêutica atual, quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

LEPTOSPIROSE – PESQUISA EM LÍQUIDOS BIOLÓGICOS

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Lepstospiras em campo escuro.

Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. Como a maior parte dos casos, o material

destina-se também para cultura de leptospiras, deve ser mantido estéril, na coleta e transporte. Sangue total em

EDTA (coletar esterilmente e não separar), Urina coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo

urgências, sob intensa assepsia. LCR, coletado esterilmente pelo(a) médico(a)-assistente.

Instruções para coleta: sangue total em EDTA (não separar), urina estéril e LCR: a) Sangue total em EDTA:

coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada. b) Urina: coletar todo o volume da primeira urina da manhã, salvo urgências, sob rigorosa

assepsia, em frasco estéril. c) LCR: coletado esterilmente pelo(a)-médico(a)-assistente.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração. Proteger os materiais clínicos da luz.

Método: microscopia em campo escuro.

Valores de Referência: Negativo para leptospiras.

Interferências: hemólise intensa, lipemia, excesso de cristais e outras bactérias na urina. Acidente de punção

no LCR. Fase da doença.

Indicações: Diagnóstico laboratorial das leptospiroses. A positividade deste exame está diretamente ligado a

fase da doença:

1ª semana: Presença de Leptospiras no sangue e LCR.

2ª semana: Presença de Leptospiras na urina.

Convalescença: Pacientes podem eliminar Leptospiras na urina por até 3 meses após a cura clínica.

A leptospirose tem um período de incubação que varia de 1 a 2 semanas até 1 a dois meses, dependendo do

sorovar envolvido e do inoculo inicial.

Informações importantes: fase da doença e terapêutica.

_______________________________________________________________________________________

LEUCÓCITOS NAS FEZES, PESQUISA DE

Sinônimo mais usado: Pesquisa de leucócitos fecais.

Material e conservação para envio: até 24 horas sob refrigeração. O material pode ser enviado na forma de

esfregaços finos, fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica (com tempo indeterminado

para o envio).

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: coletar através de evacuações naturais, sem utilização de supositórios ou medicações

purgativas. Não há horário mais indicado para a evacuação. Em casos de obstipação, pode-se utilizar medicações

purgativas, em gotas, conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: vide Material e conservação para envio.

Método: coloração panótica.

Valores de referência: ausentes ou muito raros (menos de um por 10 campos microscópicos de 1000 X): vide

indicações.

Interferências: medicação antibacteriana, anti-diarréicos, etc.

Indicações:

a) infecções do Intestino Delgado ..................................:

E.coli enteropatogênica clássica .................................: presença ou não de leucócitos.

E.coli enterohemorrágica (O157) ................................: presença de leucócitos e hemácias.

Vibrio cholerae ............................................................: Raros leucócitos nas fezes.

Vibrio parahemolyticus................................................: Raros leucócitos na fase inicial.

Campylobacter jejunii e

Helicobacter pylori......................................................: Freqüentes leucócitos.

Clostridium perfringens...............................................: Raros leucócitos.

b) Infecções nos intestinos delgado e grosso:

Salmonella ssp .............................................................: Grande quantidade de leucócitos

Yersinia enterocolitica .................................................: Raros leucócitos

c) Infecções no intestino grosso:

Shigella ssp : ..................................................................Grande número de leucócitos

E.coli – invasora ..........................................................: Leucócitos em quantidade variável

Clostridium difficile.....................................................: Raros leucócitos.

d) Infecções virais ............................................................: Raros leucócitos (predomínio de linfócitos)

Informações importantes: tipo de diarréia, medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

LEVEDURAS, PESQUISA DE

Sinônimo mais usado: Pesquisa de monilíase.

Material e conservação para envio: a) lesões úmidas: secreções vaginais, cervicais, orofaringe, uretrais, ungueais,

inter-triginosas, abscessos, líquidos biológicos, etc,: devem ser enviadas em swabs com haste de plástico, estéreis,

umedecidas com salina estéril. Não refrigerar. b) lesões secas :lesões de pele, couro cabeludo, unhas, etc: enviar em

pote estéril .Não refrigerar. c) Fezes : enviar fezes recentes refrigeradas. Pode-se enviar esfregaços finos, fixados

pelo fogo e outros fixados por 30 segundos no primeiro líquido da coloração panótica.

Instruções para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais.

Estabilidade da Amostra: Lesões úmidas: até 48 horas sob refrigeração. Lesões secas: até 24 horas a

temperatura ambiente. Fezes: até 24 horas sob refrigeração. Esfregaços em lâminas fixadas, tempo

indeterminado.

Método: para materiais não fixados: Gram, Azul-fenol-algodão e coloração panótica. Materiais fixados:

coloração pelo Gram e panótica.

Valores de Referência: ausência de leveduras.

Interferências: presença de grande flora bacteriana, medicação anti-fúngica.

Indicações: As leveduras, principalmente do gênero Candida ssp, são saprófitas habituais da pele e das mucosas,

que podem se tornar patogênicos nos seguintes casos: antibioticoterapia, uso de corticóides, alterações hormonais,

GRUPO SÃO CAMILO

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pacientes prematuros ou idosos, tuberculose, pacientes com imunodeficiência

Informações importantes: medicação atual, localização das lesões coletadas e quadro clínico.

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LH - HORMÔNIO LUTEINIZANTE

Sinônimo mais usado: Hormônio Luteinizante

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Homens a partir de 11 anos: Repouso por 15 a 30 minutos. Programar

3 coletas com intervalo de 30 minutos, para produção de pool de amostras. Mulheres: para mulheres seguir a

orientação médica, geralmente com indicações para a fase folicular (7° dia do ciclo menstrual), fase ovulatória

(14° dia do ciclo) e fase luteínica (21° dia do ciclo menstrual).

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: (mUI/mL) (WHO 2nd I.R.P. - HMG)

Faixa Etária Homens* Mulheres

< 1 ano 1,3 – 2,8 < 0,5

1 a 10 anos < 1,3 < 1,3

11 a 14 anos 1,3 – 3,8 0,3 – 9,8

15 a 19 anos 1,3 – 8,0 0,5 – 21

* A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras

Homens (Pool de 3 amostras coletadas a cada 30 minutos)

20 a 70 anos 1,5 – 9,3 –

< 70 anos 3,1 – 34,6 –

Mulheres (com ciclos menstruais)

Fase Folicular – 1,9 – 12,5

Melo de Ciclo – 8,7 – 76,3

Fase Luteínica – 0,5 – 16,9

Mulheres em condições especiais

Grávidas – 0,0 – 1,5

Pós Menopausa sem TRH – 15,9 – 54,0

Com contraceptivos – 0,7 – 5,6

A partir dos 10 anos o teste deve ser feito com pool de 3 amostras.

Padrão internacional de referência: WHO 2nd. I.R.P. – HMG

Interferências: terapêuticas hormonais, várias endocrinopatias (hipotireoidismo, hiperprolactina, etc.),

variações do ciclo menstrual .

Indicações: Avaliação do ciclo ovulatório, Puberdade Precoce, Estudo de Retardo Pubertários, Hipogonadismo

Primário ou Secundário, Tumores hipofisários, Tumores ectópicos secretores de LH, Menopausa.

- Valores diminuídos: Hipogonadismo secundário: Craniofaringiomas, Deficiência isolada de LH, Doenças

sistêmicas crônicas, Pan-hipopituitarismo congênito ou adquirido, Síndrome de Kallmann-De Moisier,

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Síndrome de Prader–Labhart-Willi-Fanconi, Talassemia, Hemocromatose primária, Adenoma hipofisário

produtor de Prolactina, Tumor testicular endócrino, etc.

- Valores elevados: Hipogonadismo primário, anorquia ou testículo irresponsível. Menopausa, Puberdade

precoce central, Síndrome dos ovários policísticos, Tumores hipofisários ou ectópicos secretores de LH, etc.

O LH é uma glicoproteína produzida na hipófise anterior, e controla a produção de esteróides sexuais na

gônadas.

Informações importantes: para mulheres: informações sobre o ciclo menstrual, DUM, uso de medicamentos ou

anticoncepcionais, etc, gravidez, idade gestacional, abortamentos, etc. Homens: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

LH-RH

Sinônimo mais usado:LH-RH – Teste do estímulo do LH e FSH

Material e conservação para envio: 1 mL de soro de cada tempo de coleta, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes devem estar sem

medicação, com conhecimento médico. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Após a coleta da amostra de jejum e aplicação da Gonadorolina, os lactentes podem voltar a se alimentar

normalmente.Os tempos mais utilizados, ou indicados pelos médicos são: basal, 30 e 60 minutos após

Gonadorolina E.V. Os pacientes devem ficar em repouso por 30 minutos antes da coleta basal. Adultos recebem

uma ampola de 0,1 mg (100 μg) de gonadorolina. Crianças: dose mínima de 25 μg ou ¼ de ampola, ou 60 μg por

área corpórea. Crianças com área corpórea superior a 1,67 m² devem receber uma ampola (100μg). As mulheres

que menstruam devem realizar este teste, preferencialmente durante a fase folicular.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimiolumenescência.

Valores de Referência: 2 ou mais vezes os valores basais em qualquer dos tempos posteriores a aplicação da

Gonadorolina.

Interferências: uso de medicações hormonais que possam interferir no eixo hipotalâmico-hipofisáio-gonadas.

Indicações: o LH-RH é um hormônio sintético hipotalâmico símile, capaz de provocar a secreção do LH e do

FSH. O teste permite avaliar o potencial hormonal da hipófise anterior e distinguir as deficiências hipotalâmicas e

hipofisárias. Pode diagnosticar os quadros de anovulações e amenorréias de origem alta. Nas mulheres, quando a

resposta hipofisária está diminuída, pode ser uma deficiência hipofisária orgânica, sem resposta ao teste na maior

parte dos casos. Quando a resposta é exagerada, deficiência das gônadas pode ser suspeitada. Nas distrofias

ovarianas as respostas são geralmente muito elevadas. Alguns casos de retardo da puberdade podem tem resultados

elevados.

Na insuficiência ovariana, os resultados basais geralmente são bastante elevados, e as respostas ao LH-RH tem

elevações de FSH de aproximadamente 200% e do LH superior a 500%. Nos casos de insuficiência de origem

hipofisária (casos de tumores, Síndrome de Kallman-De Morsier, hemocromatose, seqüelas meníngeas ou

acidentes), os valores basais são diminuídos e as respostas do FSH são inferiores a 50% e do LH inferiores a

100% dos níveis basais. Na Síndrome dos ovários policísticos o valor basal do FSH é normal , o valor basal do

LH é elevado e a resposta do LH é superior a 500%. Os casos de Distrofia do tipo II, com hiperprolactinemia e

hiperplasia das suprarrenais, os valores basais são normais e o teste do LH-RH cursa com uma resposta do LH

muito pequena.

Nos homens: Na insuficiência testicular: os valores basais são aumentados e com uma resposta ao LH-RH muito

intensa, principalmente nos casos de atrofia testicular, anorquidia, Síndrome de Kleinfelter e seqüelas de orquite. Na

insuficiência gonadotrófica, os valores basais se encontram diminuídos e a resposta ao LH-RH é sempre inferior a 2

vezes os valores basais, principalmente nos casos de Síndrome de Kallmann-De Morsier, hemocromatose, etc.

GRUPO SÃO CAMILO

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Nos pré-púberes: Nos pacientes com puberdade precoce, os valores basais podem ser variáveis, principalmente

do LH e a sua resposta ao LH-RH é sempre muito alta, no casos de patologias orgânicas centrais. Os médicos

devem sempre aventar a possibilidade de Pseudo-puberdade Precoce, que pode ocorrer nos casos de Tumores

gonadais e Disgerminoma HCG-secretante.

Nos casos de puberdade retardada, temos os casos de Hipogonadismo Hipergonadotrófico, como nos casos de

Síndrome de Turner e casos de anorquidia: os valores basais do FSH e do LH são sempre muito elevados,

tornando o teste de estimulação de pouca utilidade, como a resposta de crianças impúberes. Na insuficiência

gonadotrófica há uma ausência de resposta. Para se diferenciar uma insuficiência gonadotrófica de um caso de

retardo de crescimento, o teste do LH-RH pode ser associado ao teste do Clomid: há um pico de LH no primeiro

caso e uma diminuição da resposta do LH nos casos de retardo de puberdade simples.

Nos casos de retardos de puberdade secundários, que tem diversas etiologias, isolados ou mesmo associados a outros

casos de patologias endócrinas, como disfunções tireoidianas, hipercorticalismo, deficiência do HGH e hiperplasia

das suprarrenais, os níveis basais podem ser variáveis, mas com resposta insuficiente ao LH-RH, geralmente

demandando outros testes complementares.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

LICOPENO

Sinônimo mais usado: Licopeno

Material e conservação para envio: 3 mL de soro sob refrigeração, com proteção à luz.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Proteger da luz direta.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: 0,5 a 1,0 nmol/L.

Interferências: hemólise e hiperlipemia.

Indicações: utilizado com anti-oxidante e transportado no sangue pela lipoproteína LDL e uma das substâncias

capazes de prevenir e reparar as lesões produzidas por radicais livres.

Estudo dos níveis ideais de Licopeno.

Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

LIPASE

Sinônimo mais usado: Lp

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico-enzimático.

Valores de Referência: até 60 UI/L

Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia.

Indicações: Diagnóstico laboratorial das patologias pancreáticas. Elevações dos níveis de Lipase são

observadas nas pancreatites agudas,(após as primeiras 3 a 7 horas há um aumento significativo, atingindo um

pico por volta das 24 às 48 horas após o início do quadro agudo, podendo alcançar até 20 vezes os valores

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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normais. Após a resolução do quadro, a lípase retorna aos níveis referenciais por volta de 7 a 14 dias), crônicas,

obstruções do duto pancreático e obstrução do esfíncter de Oddi.

A lipase se eleva mais precocemente, apresenta valores maiores e dura mais tempo que amilase. A lipase pode se

elevar também em patologias extra-pancreáticas, como nas insuficiências renais agudas ou crônicas, nas patologias

abdominais obstrutivas, traumáticas ou inflamatórias, como perfuração de úlcera péptica, Colicistite aguda, Infarto

intestinal, Alcoolismo, nos transplantes de órgãos, como rins, coração e fígado, principalmente se houver rejeição,

infecções oportunistas, com maior gravidade nos casos de CMV, toxicidade à Ciclosporina, cetoacidose diabética e

obstrução do intestino delgado ou duodeno.

Na Caxumba a lipase se mantém normal. A lipase na urina não tem valor preditivo.

Informações importantes: tempo de doença, níveis de amilase se houver, terapêutica atual.

_______________________________________________________________________________________

LÍPIDES TOTAIS

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 12 horas. Pacientes sabidamente dislipidêmico

devem coletar em jejum de 14 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada. Deve-

se evitar a coleta deste material às segundas feiras, pois geralmente aos fins de semana os pacientes abusam um

pouco mais de comidas calóricas, que podem atrapalhar este exame.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: 400 a 800 mg/dL

Interferências : Hiperlipidemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.

Indicações: confirmação de estados dislipidêmicos.

Informações importantes: tempo de jejum, medicamentos atuais e tipo de dieta habitual.

_______________________________________________________________________________________

LIPOPROTEÍNA (a)

Sinônimo mais usado:LPa

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 30 dias sob congelamento.

Método: imunoturbidimetria

Valores de Referência: até 30 mg/dL

Interferências: soros hiperlipêmicos, hemólise e hiperbilirrubinemia.

Indicações: A LPa é uma lipoproteína que tem a sua estrutura molecular muito parecida com a LDL, sendo

formada por duas apolipoproteínas, a Apo B-100 e a Apo (a). A primeira com constituintes LDL e VLDL, e a

segunda que apresenta uma grande variabilidade estrutural. Os níveis da LPa podem ser determinados

geneticamente ou ser adquiridos (diabetes, renais crônicos, etc).

A LPa é considerada como um fator aterogênico independente, não se alterando, na maioria dos casos com ações

dietéticas ou terapêuticas. Geralmente é indicada a sua determinação a indivíduos com histórico familiar de doença

vascular, como doença coronariana, acidente vascular cerebral, trombose arterial profunda, hiperlipemias, etc. Outras

patologias podem cursar com níveis elevados de LPa, como na IRA ou IRC, tromboembolismo e pré-eclâmpsia.

Informações importantes: histórico familiar e HPDA.

GRUPO SÃO CAMILO

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LÍQUIDO AMNIÓTICO – ESPECTROFOTOMETRIA E OUTROS TESTES

Sinônimo mais usado: densidade óptica do LA

Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, coletado pelo(a) médico(a) assistente,

sob refrigeração e proteção contra a luz. Cobrir o tubo com papel de alumínio.

Instruções para coleta: coleta médica, sob assepsia e proteção da luz. Se ocorrer acidente de punção, coletar

mais tubos após a troca de seringa.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção da luz.

Método: espectrofotometria diferencial, UV-VIS

Valores de Referência:

Espectrofotometria:

28° Semana : até 0,075 mg/dL de Bilirrubinas Totais.

40° Semana : até 0,060 mg/dL de Bilirrubinas Totais

Testes de Clements: maior ou igual a 1,2 da diluição do LA

Células alaranjadas: Semanas de gestação % de células alaranjadas28 a 34 semanas < 1%35 a 38 semanas

1 a 10%38 a 40 semanas

11 a 50% > 40 semanas > 50%

Creatinina em mg/dL: Feto imaturo < 1,5Valores limítrofes 1,5 – 2,0Maturidade fetal > 2,0

Interferências: Hiperbilirrubinemia materna (correr um soro materno paralelamente), hemólise, acidente de

punção durante a amniocentese.

Indicações: Diagnóstico laboratorial dos estados de sensibilização materna pelo sangue fetal. Eritroblastose

fetal.

Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta e tempo de armazenamento.

_______________________________________________________________________________________

LÍQUIDO AMNIÓTICO – RELAÇÃO LECITINA/ESFINGOMIELINA

Sinônimo mais usado: Relação L/E no LA

Material e conservação para envio: 3 mL de líquido amniótico recente, obtido por coleta médica, sob assepsia

e com proteção contra luz.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração e proteção contra a luz.

Método: cromatografia de camada delgada.

Valores de Referência: Semanas de gestação Relação L/E > 1,0

1,0 a 1,5

1,5 a 1,9 2,0 a 2,2 2,5 a 3,8 3,8 a 5,2

26 a 30 semanas30 a 34 semanas34 a 35 semanas35 a 36 semanas37 a 40 semanas41 a 42 semanas

> 42 semanas > 6,0

L/E=relação Lecitina/Esfingomielina

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências:

a) Diminuições da Relação L/E: a presença de Hemoglobina suprime a fração cromatográfica da Lecitina; urina

ou mecônio alteram o padrão de migração cromatográfica. Em 5% dos casos há resultados falso-negativos,

L/E menor que 2, sem que haja ocorrência da Síndrome de Desconforto Respiratório do RN (SDR). Em 6%

dos casos pode ocorrer resultados falso-positivos, sendo que em 50% as mães são diabéticas.

b) Elevações da relação L/E: desnutrição, hipertensão ou toxemia, placenta prévia, ruptura prematura de

membranas, hemoglobinopatias, feto do sexo feminino, atraso no crescimento fetal, intra-útero.

c) diminuição na produção das substâncias tenso-ativas, tanto a Lecitina como a Esfingomielina: gestante

idosa (> 40 anos), doença renal, colagenoses, hepatopatias, doenças infecciosas, como sífilis,

toxoplasmose, citomegalovírus, anemia, baixa dos depósitos de ferro (ferritina baixa), polihidrâmnios,

hipotireoidismo, iso-imunização, feto do sexo masculino e gemelaridade.

Indicações: estudo da maturação pulmonar fetal.

Informações importantes: semanas de gestação, hora da coleta do LA.

_______________________________________________________________________________________

LÍQUIDO ASCÍTICO – ROTINA BÁSICA (LAsc)

Sinônimo mais usado : Análise de Líquido Ascítico

Material e conservação para o envio: 5 mL de Líquido Ascítico, sob refrigeração. Proteger da luz. O

material dever ser coletado esterilmente. Caso tenha pedido de exames microbiológicos e bioquímicos,

recomenda-se a separação de modo estéril, de 30% do material coletado, para destinar ao exame microbio-

lógico. O restante deve ser centrifugado a uma velocidade de 1500 rpm, por 15 minutos e o sobrenadante ser

separado para os testes bioquímicos. O sedimento será aplicado como esfregaço em algumas lâminas e

rapidamente fixado em etanol a 95%. Para os testes bacterioscópicos o sedimento será aplicado de modo

usual em lâminas de microscopia e fixados ao fogo, logo após a secagem natural. Para a dosagem de

glicose, coletar também em um tubo contendo fluoreto de sódio.

Instruções para coleta: a coleta será médica, de forma estéril.

Estabilidade da amostra: conforme o item Material e Conservação para envio, 2 dias sob refrigeração.

Método: citológico, bacterioscópico, microbiológico e bioquímico.

Valores de Referência:

Aspecto e cor: límpido e cor citrina

Citologia: inferior a 250 leucócitos por mm³ com predomínio de linfócitos.

Exames bioquímicos:

Diferenciação de transudatos e exsutados:

Analitos

Transudatos

ExsudatosProteínas totais < 2,0 g/dL > 2,0 g/dL

LDH < 240 U/L > 240 U/L

Glicose: 80 a 100% dos valores séricos.

LDH : razão LDH pleural/ LDH sérico = > 0,6 sugere exsudatos.

Amilase: iguais aos séricos.

Lipase: até 95% dos níveis séricos.

Triglicérides:

Analito

Ascite quilosa

Ascite

não quilosaTriglicérides > 300 mg/dL < 300 mg/dL

Alfa-1-Glicoproteína Ácida: valores próximos aos séricos.

CA 125: Relação CA125 L.ascítico/CA125 sérico: < 1,0

GRUPO SÃO CAMILO

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CA 15-3: Relação CA 15-3L.ascítico/CA 15-3 sérico: < 1,0

CA 19-9: Relação CA 19-9L.ascítico/CA 19-9 sérico: < 1,0

Alfa-Fetoproteína (AFP): Relação AFP L.ascítico/AF:P sérico: < 1,0

ADA: até 20 U/L.

Exame citológico: até 200 células por mm³ com predomínio de linfócitos e raros monócitos.

Interferências: acidente de punção ou contaminação durante a coleta.

Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial dos tipos de ascite.

Ascite cirrótica geralmente é pobre em células, com menos que 200 por mm³, com líquido límpido e amarelo

citrino.

Ascite cirrótica infectada tem grande quantidade de neutrófilos polimorfonucleares, com líquido turvo.

Ascite tuberculosa ou tumoral apresenta um predomínio de linfócitos com contagens superiores a 1000 células

por mm³.

Ascite quilosa ou hemorrágica pode ser ascite tumoral (geralmente por cânceres digestivos) ou pancreática (com

amilase elevada).

Ascite com líquido límpido, citrino e com Alfa-1-glicoproteína inferior a 300 mg/dL indica a possibilidade de

ascite cirrótica, na insuficiência cardíaca ou nefrótica.

Marcadores tumorais :

CA 125: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite por câncer ovariano.

CA 15-3: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer de seio.

CA 19-9: relação Lasc/soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer gastrointestinal.

AFP : relação Lasc./soro acima de 1,0 indica ascite ligada a câncer hepático primário.

Informações importantes: hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

LÍQUIDO PLEURAL – ROTINA BÁSICA (LP)

Sinônimo mais usado- Análise de Líquido Pleural.

Material e conservação para envio: 5 mL de LP obtido assepticamente por coleta médica. Enviar sob

refrigeração. Preparar a citologia com o sedimento, centrifugando todo o volume coletado, assepticamente. Separar

o sobrenadante (agora próprio para os testes bioquímicos). As lâmina de citologia devem ser preparadas como

esfregaços. Fixar imediatamente em etanol a 95%. As lâmina para bacterioscopia devem ser preparadas do modo

usual, e fixadas ao fogo de bico de Bunsen. Se culturas estiverem sendo solicitadas, separar 30% do volume coletado,

esterilmente, antes do início da manipulação do material clínico. Para dosagem de glicose coletar 2 a 4 mL em tubo

com fluoreto de sódio.

Instruções de coleta: coletar sob assepsia, em frasco estéril.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico e microscópico.

Valores de Referência:

Aspecto: claro, translúcido, cor citrina.

Citologia: até 5000 células por mm³, com maioria de células mononucleares, como monócitos e linfócitos, e

raras células mesoteliais.

Exame bacteriológico: ausência de crescimento de bactérias aeróbias, anaeróbias, negativo para BAAR e ausência

de crescimento de fungos e leveduras.

Exame bioquímico:

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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a) classificação de Transudato e Exsudato:

Analitos

Transudatos

ExsudatosProteínas totais < 3,0 g/dL > 3,0 g/dL

LDH < 240,0 UI/L > 240,0 UI/LColesterol < 45,0 mg/dL > 45,0 mg/dL

Glicose : 70 a 80% dos valores séricos (S)

pH: 7,2 a 8,0

Amilase: mesmos valores séricos

Antígeno Carcinoembriogênico –CEA: Relação LP/S < 1,0

Fator Reumatóide: negativo.

Testes opcionais: ADA : até 40,0 U/L ;

Triglicérides:Analito Derrame quiloso Derrame não quiloso

Triglicérides > 110 mg/dL < 50 mg/dl

Lactato : até 90 mg/dL.

Lipase: até 95% dos valores séricos.

Interferências: acidentes de punção e contaminação durante a coleta.

Indicações: Diagnóstico laboratorial diferencial das coleções pleurais.

Aspecto e cor: límpido e cor citrina, com aspecto serofribroso: infecções virais, neoplasias, cardiopatias, e

tuberculose (fase inicial da doença com coleção pleural).

Hemorrágico ou róseo nas neoplasias de pelura, nas embolias pulmonares, cardiopatias congestivas e na

tuberculose. O aspecto pode ser purulento: com predomínio de neutrófilos, nos empiemas e na tuberculose. O

aspecto quiloso ou quiliforme ocorre nos líquidos ricos em lípides.

Exame citológico:

Perfil citológico com predomínio de linfócitos ( 80%) com umas poucas células mesoteliais, pode ser observado

em pleurisia tuberculosa.

A presença de eosinófilos pode ser encontrada após traumatismos, pleurisia benigna idiopática ou após embolia

pulmonar.

Neoplasias: a sensibilidade para o encontro de células tumorais e de 50 a 60% dependendo da neoplasia.

A presença de pelo menos 50% de polimorfonucleares pode indicar uma pleurisia puruleta, mesmo que as

culturas sejam negativas.

Exame bacteriológico:

Não se pode afastar uma etiologia bacteriana ou fúngica com resultados negativos. Quando a suspeita é

Tuberculose, a biópsia de pleura pode ajudar.

BAAR positivo: geralmente em piopneumotórax tuberculoso. Nos casos de pleuresias serofibrinosas

tuberculosas a pesquisa e cultura são positivas em apenas em 20 % dos casos.

A pesquisa de antígenos polissacarídeos bacterianos solúveis pode ser útil.

Informações importantes: terapêutica atual, hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

LÍQUIDO SINOVIAL – ROTINA BÁSICA (LS)

Sinônimo mais usado: Sinoviograma.

Material: 5 a 10 mL de líquido sinovial, dividido em três frascos estéreis. Um com 2 a 4 gotas de heparina estéril

e outro sem anticoagulante e outro com fluoreto de sódio para dosagem de glicose. Centrifugar o tubo coletado

GRUPO SÃO CAMILO

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com heparina a 1500 rpm por 15 minutos. Separar o sobrenadante em outro frasco estéril. O sedimento é utilizado

para preparo de esfregaços fixados em etanol a 95% e lâminas para bacterioscopia fixadas ao fogo em bico de

Bunsen.

Instruções para coleta: A coleta médica é realizada sob assepsia nos frascos indicados acima.

Estabilidade da amostra: coletada conforme descrito no item Material, 2 dias sob refrigeração.

Método: bioquímico, citológico e microbiológico.

Valores de Referência:

Viscosidade : normal.

pH: 7,2 a 7,6

Proteínas totais: até 2,0 g/dL

Mucina: nível normal.

Glicose: 75 a 100% dos níveis séricos

Sódio: 75 a 100% dos níveis séricos.

Potássio: 75 a 100% dos níveis séricos.

Cloro: 75 a 100% dos níveis séricos.

Fósforo: 75 a 100% dos níveis séricos.

Colesterol: 3 a 13 mg/dL

Magnésio: 2 a 4 mg/dL

Leucócitos: até 180 por mm³

Neutrófilos: até 10 %

Linfócitos: até 25 %

Monócitos: 0 a 75%

Histiócitos: até 65%

Células sinoviais: raras.

Ragócitos: ausentes (leucócitos com inclusões intraleucocitárias arredondadas, com dimensões variáveis,

refringentes, com aspecto esverdeado ou cinza. Eles são desprovidos de especificidade e representam um critério de

inflamação sinovial).

Cristais: ausentes.

FAN: negativo

Látex RF: Negativo

CH50%: mesmos níveis séricos.

Exame microbiológico: negativo.

Interferências: acidente de punção e contaminação durante a coleta.

Indicações:

Classificação das principais doenças articulares:

Tipo 1 – Não inflamatórias:

Líquido sinovial com menos de 2000 leucócitos por mm³ .

Edema

Neuroartropatia de Charlot

Traumática

Doenças degenerativa das juntas.

Osteocondromatosis

Osteocondrite dissecante, necrose asséptica

Tipo 2- Inflamatórias não infecciosas leves e/ou hemorrágicas

Líquido sinovial com leucócitos usualmente menor que 5000/mm³

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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LES

Escleroderma

Sinovite vilonodular hemorrágica

Osteoartropatia hipertrófica.

Tipo 3 – inflamatórias não infecciosas severas:

Liquido sinovial com 5000 a 50.000 leucócitos por mm³

Gota (presença de cristais de ácido úrico)

Pseudogota (cristais de pirofosfato de sódio)

Febre Reumática

Artrite Reumatóide

Doença de Reiter

Tipo 4 – inflamatórias infecciosas

Líquido sinovial com mais de 50.000/mm³

Infecções bacterianas agudas

Tuberculose

Micoses profundas com invasão articular.

Exames complementares:

LDH: níveis elevados nas artrites e artroses, como marcador de lise celular importante.

PCR: sua presença indica um quadro inflamatório agudo.

Alfa-1-Glicoproteína e Alfa-2-Macroglobulina elevadas : processo crônico.

CH50%- valores muito baixos são encontrados nos casos de artrite lúpica, AR. Nos processos inflamatórios os

níveis de C3 e C4 se elevam.

Informações importantes: medicação atual, hora da coleta e quadro clínico.

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LIQUOR – ANÁLISE DE ROTINA

Sinônimo mais usado: Análise de LCR

Material e conservação para envio: 3 a 5 mL de LCR em pelo menos 2 tubos isolados. Se houver acidente de

punção prolongar a coleta até terminar a contaminação com hemácias. Se houver pedido de exame bacteriológico,

um frasco estéril deverá ser coletado especificamente para cultura. Se exame citológico for solicitado, o LCR será

centrifugado a 1500 rpm por 15 minutos. As lâmina devem ser preparadas conforme o usual. Encaminhar sob

refrigeração.

Instruções para coleta: coleta médica sob assepsia rigorosa.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: bioquímico, microbiológico e citológico.

Valores de Referência:

Contagem global: adultos : até 3 células por mm³

RNascidos : até 10 células por mm³

Diferencial de Leucócitos : Linfócitos : 80 a 90%

Monócitos: 10 a 20%

Neutrófilos: 0 a 1%

Eosinófilos: 0 a 1%

Hemácias: ausentes

GRUPO SÃO CAMILOGRUPO SÃO CAMILO

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Proteínas Totais

Ventrículo

Cisterna

LombarRecém-nascidos Até 55 mg/dL Até 65 mg/dL Até 85 mg/dLApós 2 meses Até 25 mg/dL Até 30 mg/dL Até 45 mg/dL

Glicose: 55 a 90 mg/dL

Cloretos: 122 a 135 mEq/L

Uréia: 12 a 35 mg/dL

TGO: 4 a 15 UI/L

LDH: 10 a 40 UI/L

CPK: até 7,5 UI/L

Lactato: 1,1 a 2,2 mmol/L

IgG: 0,0 a 3,4 mg/dL

Eletroforese de Proteínas no LCR:

Pré-Albumina : 3 a 10 %

Albumina : 48 a 68%

Alfa-1-Globulina : 3 a 7%

Alfa-2-Globulina : 3 a 9 %

Tau e Beta : 3 a 7 %

Gama-Globulina : 5 a 13 %

Interferências: acidente de punção.

Indicações:

Grandes Síndromes Liquóricas:

a) Estase: abaixo dos bloqueios do canal raquiano, do tipo parcial ou completo. Nos testes laboratoriais há

dissociação protéico-citológica.

b) Processos expansivos intracranianos: Tumores, abcessos, cistos, hematomas, aneurismas volumosos

(dissociação protéico-citológica, aumento de LDH, CK e TGO). Possível presença de células neoplásicas:

hipoglicorraquia possível.

c) Hemorragias sub-aracnóides: Aumento de hemácias ou xantocromia. Hematófagos com pigmentos.

Hematomas podem desencadear processos inflamatórios assépticos ou infecciosos.

d) Síndromes inflamatórias: Aguda, crônica ou subaguda.

Infecções virais: líquor límpido ou levemente turvo, com dissociação protéico-citológica, com desvio à

esquerda, glicose e cloretos normais. Predomínio linfomonocítico.

Infecções bacterianas: levemente turvo a turvo, hipercitose com grande número de neutrófilos, com

hiperproteicorraquia, hipocloretorraquia, hipoglicorraquia. Cultura deve ser realizada.

Tuberculose: hipercitose linfo-mononuclear, aumento das proteínas e hipoclororraquia e hipoglicorraquia e

pesquisa de BAAR.

Micose: hipoglicorraquia e hipoclororraquia acentuadas, hipercitose com predomínio linfomonocitário e

presença de alguns plasmócitos. Aumento das proteínas principalmente das globulinas.

Neurossífilis: hipercitose linfomonocitária, leve aumento de proteínas, com demais itens bioquímicos

normais.

Neurocisticeercose: hipercitose e hiperproteinorraquia.

Informações importantes: terapia atual, hora da coleta.

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LISTERIOSE – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Listeria

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: aglutinação lenta em tubos.

Valores de Referência: Antígenos somáticos (O), para sorovares de Listeria monocytogenes 1/2 a, 4a e 4b:

Reagentes até 1/80. Antígenos flagelares para os sorovares de Listeria monocytogenes , ½ a,4 a e 4 b: Reagente

até 1/80.

Interferências : hemólise, hiperlipemia.

Indicações: A Listeria monocytogenes , produz doença tanto em humanos como em animais, apresentando um

tropismo por certos tratos, podendo desenvolver patologias neuromeningiais, genitais ou septicêmicas. No

hemisfério norte a doença pode-se dizer sazonal, entre março e setembro, entre a primavera e o outono. No Brasil não

há uma estatística mais acurada, mas o número de sorologias positivas, com níveis elevados ocorre entre Setembro e

Março, quando temos maior tempo de calor, muito embora, estes achados somente ocorrem na região sul .

A contaminação geralmente vem da secreção ou de produtos animais.

Os quadros clínicos mais freqüentes são:

Listeriose Neonatal : representam 60% dos casos de listeriose. No hemisfério norte a maior parte dos casos é de

formas septicêmicas, com ou sem acometimento neuromeníngeo. Na Santa Casa de São Paulo, demonstrou-se

que a segunda maior causa de hepato-esplenomegalia de RN nascidos naquele hospital era devido a Listeriose

(1974 a 1976). Em crianças e adultos a listeriose (25 a 30% dos casos), provoca neuromeningites. As formas

septicemicas são encontradas em pacientes com comprometimento imunológico, como AIDS, Diabetes,

Cirróticos, portadores de neoplasias ou deficiência imunológica primária. A listeriose em mulheres grávidas

pode provocar abortamento ou parto prematuro, geralmente após quadro febril.

Na maior parte dos casos, em indivíduos hígidos, a listeriose se apresenta como um quadro febril, leve, de

persistência variável, podendo ser um dos itens de exclusão para febre de origem desconhecida.

A Listeria monocytogenes é um microrganismo de difícil isolamento, principalmente em materiais onde há

outros microrganismos. A seletividade do meio pode ser auxiliada pela adição de Ácido Nalidíxico e incubação

de meios líquidos, com este antibiótico, a temperaturas baixas, por 1 a 2 semanas. A pesquisa pelo método de

PCR auxilia muito, principalmente por abreviar o tempo de diagnóstico.

As sorologias que tem somente anticorpos somáticos demonstram casos de infecção inicial pelas listérias. Os

anticorpos flagelares somente aparecem de 15 a 30 dias após a primo-infecção.

A antibioticoterapia pode alterar a curva sorológica. As Listeria monocytogenes apresenta antígenos comuns

com os Staphycoloccus aureus, Enterococcus faecalis e Bacillus ssp.

Informações importantes: medicação atual, idade dos pacientes e quadro clínico.

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LÍTIO – DOSAGEM PARA CONTROLE TERAPÊUTICO

Sinônimo mais usado: Dosagem de Lítio

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar em jejum mínimo de 4 horas, imediatamente antes da próxima dose do

medicamento (geralmente 12 horas após a última dose), ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração.

Método: eletrodo seletivo

Valores de Referência: Níveis terapêuticos : 0,6 a 1,2 mEq/L ou mmol/L.

Níveis tóxicos : > 1,5 mEq/L

Lítio endógeno : 0,004 a 0,006 mEq/L

GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: Diminuições ocorrem por aumento da depuração do lítio, pelo uso de acetazolamida, cafeína e

teofilina. Elevações: com diuréticos inibidores da ECA, anti-inflamatórios não hormonais, clorpromazina,

haloperidol e resperidona. Hemólise devido à competição com o Potássio e hiperlipemia.

Indicações: controle terapêutico laboratorial para o uso do lítio, em pacientes com distúrbio bipolar, hipertimias,

distímicos e alguns casos de esquizofrenia.

Informações importantes: medicamento, dia e hora das doses.

Observações importantes: a depuração do lítio varia de 15 a 40 mL/minuto. Sendo que mais de 80% do lítio

ingerido tem eliminação urinária, um índice de recuperação inferior a 60% da dose ingerida indica que o

tratamento deve ser revisto. (a dosagem do lítio na urina deve ser próxima a posologia das 24 horas).

_______________________________________________________________________________________

LKM-1

Sinônimo mais usado: Anti-LKM

Material e conservação para envio: 1 mL sob congelação.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: IFI

Valores de Referência: Não Reagente

Interferências: Hemólise e Lipemia.

Indicações: Os anticorpos anti-LKM-1, reagem contra a enzima Citocromo P4502D6 e são utilizados como

marcadores sorológicos da Hepatite Autoimune do tipo 2 (mais frequente mulheres abaixo de 16 anos), com

valores significativos quando acima de 1:40 da diluição do soro.

Informações importantes: exames anteriores e quadro e suspeita clínicos.

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LYME (BORRELIOSE) - ANTICORPOS PARA DOENÇA DE - IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Anticorpos anti-doença de Lyme IgG ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: (iGg) (IgM)

Negativo : < 10 U/mL Negativo : <12 U/mL

Indeterminado : 10 a 14 U/mL Indeterminado : 12 a 17 U/mL

Positivo : > 14 U/mL Reagente : > 17 U/mL

Nota: Resultados indeterminados devem ser repetidos após 30 dias do primeiro teste.

Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico laboratorial nas suspeitas de Doença de Lyme e Fibromialgia.

Aparecimento de eritema com a presença de anticorpos específicos da classe IgM diagnóstica a doença em sua

primo-infecção. Somente 30% dos pacientes são reagentes na primeira semana de doença e 70% são reagentes no

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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período de convalescença. Níveis iguais ou superiores a 90% são encontrados após 4 a 6 semanas. A terapêutica

antibiótica pode alterar a curva sorológica.

A confirmação dos resultados sorológicos pode ser feita através de testes por Imunoblot ou PCR. A sorologia

pode permanecer reagente por muitos anos após o tratamento.

Reações cruzadas podem ocorrer com outras borrelioses (vide relação abaixo), leptospiroses e trepanomatoses.

Outras borrelias que produzem febres recorrentes:

Borrelia recurrentis (Febre recorrente por piolhos), Borrelia duttoni, Borrelia hispânica, Borrelia crocidurae e

Borrelia tillae (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades africanas), Borrelia pérsica, Borrelia

latyschevil, e Borrelia caucásia (produzem febres recorrentes por carrapatos em variedades asiáticas) e

finalmente Borrelia bermsii, Borrelia parkeri, Borrelia turicatae e Borrelia venezuelensis (que produzem febres

recorrentes em variedades americanas).

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

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MACONHA - PESQUISA DE (Ver Tetrahidrocanabinol ou Drogas de Abuso)

_______________________________________________________________________________________

MACROPROLACTINA

Sinônimo mais usado : Big-Prolactina

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, após 30 minutos de repouso, com jejum mínimo de 4 horas.

Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunofluorimetria; análise basal e após precipitação com Polietilenoglicol a 25%.

Valores de Referência:

Presença de Macroprolactina : recuperação inferior a 30%

Indeterminado : recuperação de 30 a 65%

Ausência de Macroprolactina : recuperação superior a 65%

Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise.

Indicações : a macroprolactina é uma forma polimétrica da prolactina (forma dimérica - Big Prolactina com

50000 Daltons e forma polimérica – Big-Big Prolactina com 150000 Daltons), que é um agregado de moléculas

deste hormônio, que normalmente é presente em pequenas quantidade na circulação, mas quando é elevada irá

interferir nos testes laboratoriais de determinação da prolactina sérica. Este teste é de grande importância pois irá

diferenciar os pacientes com altos níveis verdadeiros de prolactina dos que apresentam a macroprolactina.

Na grande maioria dos indivíduos que tem macroprolactinemia os resultados não passam de 100 ng/mL. É

encontrada em ambos os sexos e normalmente não produz quadro clínico. Alguns com macroprolactinemia

podem ter alterações menstruais, galactorréia, levando a duas hipóteses, que o paciente tenha uma aumento de

prolactina paralelamente à presença de macroprolactina ou que esta formação polimétrica pode ter atividade

biológica. A percentagem dos indivíduos que tem macroprolactina não é bem conhecida, mas há fundamentos

que indicam que esta desordem possa ter origem genética. É relativamente comum que indivíduos que

apresentam um tipo de macromolécula possa ter outras moléculas macro, como macro-CK, macro-LDH, etc.

Informações importantes: histórico familiar, quadro clínico, medicação atual.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI282

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MAGNÉSIO SÉRICO

Sinônimo mais usado : Mg++

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: colorimétrico automatizado.

Valores de Referência: Homens até 12 anos . . . . . : 1,6 a 2,5 mg/dL

13 a 16 anos . . . . : 1,5 a 2,6 mg/dL

> 16 anos . . . . . . : 1,3 a 2,7 mg/dL

Mulheres até 12 anos . . . . . : 1,7 a 2,5 mg/dL

13 a 16 anos . . . : 1,5 a 2,5 mg/dL

> 16 anos . . . . . . : 1,5 a 2,7 mg/dL

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Elevações: Aspirina, Lítio, Medroxiprogesterona, Progesterona e Vitamina D.

Diminuições: Aminoglicosídeos, Aldosterona, Cloreto de Amônio, Anfotericina B, Sais de Cálcio, Citrato de Sódio

(anticoagulante de transfusões de sangue), Ácido Etacrínico, Etanol, Furosemide, Insulina em grandes doses

(durante coma diabético), diuréticos mercuriais e tiazídicos, anticoncepcionais orais.

Indicações:

O magnésio é um cátion bivalente com grande poder redutor. É um cofator de muitas enzimas mitocondriais. Tem

ação na contratilidade muscular, com propriedades anti-tetanizante. Tem também participação na agregação

plaquetária e na redução da aterosclerose e como antagonista do cálcio. Quase 65% do magnésio está nos ossos.

Os depósitos intracelulares chegam a 35% e somente 1% é circulante.

Avaliação dos distúrbios hidro-eletrolíticos.

O magnésio eleva-se na desidratação, nas insuficiências renais aguda e crônica, insuficiência córtico-

suprarrenal, traumatismos, hipotireoidismo e pode estar elevado em casos de Diabetes mellitus não controlada.

Diminuições do magnésio podem ocorrem na ingesta inadequada, malabsorção intestinal, pancreatite aguda,

hipoparatireoidismo, etilismo crônico, Delirium tremens, perda de líquidos orgânicos, Glomerulonefrite Crônica,

Hipercalcemia, Hiperaldosteronismo, acidose diabética, lactação excessiva, baixa secreção de ADH, gravidez

(segundo e terceiro trimestre), casos idiopáticos.

Os níveis séricos de magnésio podem ficar normais mesmo quando as reservas corpóreas atingem níveis de

somente 20% do normal. Os ácido fíticos, ácidos graxos e fosfatos em excesso impedem a absorção do

Magnésio. A hipomagnesemia altera a secreção e ação do PTH. Sintomas de hipomagnesemia aparecem com

níveis inferiores a 0,75 mg/dL, com debilidade, irritabilidade, delírio e convulsões. O decúbito faz elevar o nível

de magnésio. A hiperganesemia potencializa os efeitos cardíacos da hiperpotassemia.

Informações importantes: medicação atual, estado do paciente, principalmente se esta acamado e tipo de dieta.

_______________________________________________________________________________________

MAGNÉSIO URINÁRIO – URINA DE 24 HORAS

Sinônimo mais usado: Mg urinário.

Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sem conservantes, sob

refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a urina por período de 24 hora, estocando as amostras em frasco extremamente

limpo, e conservado sob refrigeração durante todo o período de coleta.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: colimétrico automatizado.

Valores de Referência:

Adultos: 73,0 a 122,0 mg/24 horas.

Interferências: vide Magnésio sérico

Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários

precedem a redução do magnésio sérico.

Informações importantes: medicação, hora do início e final da coleta, volume da urina de 24 horas.

_______________________________________________________________________________________

MAGNÉSIO URINÁRIO – AMOSTRA AO ACASO

Sinônimo mais usado: Mg urinário amostra única

Material e conservação para envio: Alíquota de 100 mL de urina coletada ao acaso.

Instruções para coleta: coletar todo o volume da primeira urina da manhã. Não utilizar conservantes. Refrigerar

imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: colorimétrico automatizado.

Valores de Referência: 4,1 a 14 mg/dL.

Interferências: vide Magnésio sérico

Indicações: avaliação das perdas urinárias e balanço do magnésio. Ingestão e perdas. Baixos níveis urinários

precedem a redução do magnésio sérico.

Informações importantes: hora da coleta e volume total da coleta.

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MALÁRIA – PESQUISA DE ANTÍGENO

Sinônimo mais usado: pesquisa de antígeno de malária.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunocromatografia.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: nível de parasitemia, inferior a 100 parasitas por microlitro.

Indicações: diagnóstico de infecção por Plasmodium falciparum, que não cruza com outros plasmódios.

Detecta a enzima pLDH (proteína que é produzida pelo Plasmodium falciparum, dentro dos eritrócitos

infectados) através de anticorpos monoclonais específicos. Estes anticorpos não se cruzam com a LDH humana.

Pode ser positivo mesmo quando as lâminas dão resultado negativo. Após o tratamento, 4 a 5 dias depois, o teste

se torna negativo, o que atesta o sucesso do tratamento. A persistência de positividade do teste após tratamento

indica cepa resistente de plasmódio. A sensibilidade depende do nível de parasitemia. De forma geral a

sensibilidade atinge níveis de 90% e sensibilidade próxima de 100%.

Informações importantes: tempo de doença, medicação atual.

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GRUPO SÃO CAMILO

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MALOILALDEÍDO

Sinônimo mais usado: Dialdeído Malônico

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma com EDTA sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico UV-VIS

Valores de Referência: homens : até 4,8 nmol/L

Mulheres : até 4,3 nmol/L

Interferências: hemólise, hiperlipemia e medicação e alimentos que aumentam os níveis de radicais livres (como

alho, alho porro, carnes defumadas).

Indicações: O aumento dos níveis de Maloilaldeído é um reflexo direto do aumento dos níveis de radicais livres

no sangue periférico. O Maloilaldeído é o metabólito final da peroxidação lipídica. Além de função direta como

radical livre, tem ação inflamatória pela ativação de citocinas pró-inflamantórias como o TNF-Beta e a IL-8.

Informações importantes: medicação atual e tipo de dieta.

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MANGANÊS URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional)

Sinônimo mais usado: Mn na urina

Material e conservação para envio: mínimo de 100 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: a amostra de urina deve ser coletada ao final da jornada de trabalho, após pelo menos 2

dias seguidos de exposição, em sanitário afastado do local de trabalho, ou conforme orientação médica, que

deverá ser feita por escrito. Lavar muito bem as mãos antes da coleta. Colocar a tampa do frasco, invertida, sobre

um papel absorvente durante a coleta de urina. Coletar em frascos de plástico fornecidos pelo Laboratório.

Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectroscopia de absorção atômica.

Valores de Referência: inferior a 8,0 mcg/L

I.B.M.P.: 50 mcg/L

Interferências: coleta realizada muito próximo ao local de trabalho, pois níveis ambientais chegam a 1000

vezes maior que os níveis séricos. Frascos de coleta contaminados.

Indicações: O manganês é considerado essencial na dieta humana por compor o núcleo de uma série de enzimas

do metabolismo. Em indivíduos não expostos níveis elevados podem ocorrer em quadros de colestase e

insuficiência hepática crônica, especialmente em crianças.

Níveis baixos podem ser encontrados em pacientes submetidos à hemodiálise, indivíduos que fazem uso de

Hidralazina ou Ácido Valpróico.

Não há correlação entre os níveis séricos e urinários, histórico de exposição anterior e a gravidade do quadro

clínico. Valores de referência em pessoas não expostas ainda não estão totalmente definidos. Em muitos casos de

quadros neurológicos de manganismo, com níveis cerebrais elevados, os níveis séricos e/ou urinários podem

estar normais.

Fontes de exposição (fabricação e uso): de borracha, catalisadores, cerâmicas, conservantes de madeira,

esmaltes e tintas, fármacos, Fósforos, fungicidas, magnetos, materiais elétricos, pilhas secas e soldas.

Informações importantes: local de coleta, hora da coleta, tempo de exposição antes da coleta e níveis anteriores.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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MANGANÊS SÉRICO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Mn sérico

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: a amostra de sangue pode ser coletada a qualquer momento, pois o horário de coleta não

é crítico, não havendo necessidade de jejum. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectroscopia de absorção atômica.

Valores de Referência: 0,43 a 0,75 mcg/L

IBPM : nada consta.

Interferências: contaminação ambiental no momento da coleta. Hemólise, hiperlipemia.

Indicações: vide Manganês Urinário.

Informações importantes: vide Manganês Urinário.

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MCAD – DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA MUTAÇÃO

Sinônimo mais usado: Mutação do MCAD por PCR

Material e conservação para uso: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: ausência de mutação A985G no gene ACADM.

Interferências: hemólise (qualquer grau).

Indicações: diagnóstico molecular da mutação A985G no gene ACADM, localizado no cromossomo 1. Esta

mutação leva a deficiência da enzima acil-coenzima A desidrogenase de cadeia média (MCAD), provocando

uma alteração no processo de oxidação dos ácidos graxos. Os sintomas tem início por volta dos 3 meses a 2 anos

de idade, provocando morte súbita e obviamente inesperada em crianças recessivas (alteração autossômica),

após um período de jejum (vide MCAD - Neonatal).

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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MCAD – MUTAÇÃO DO GENE

Sinônimo mais usado: MCAD-PCR

Material e conservação para envio: 3 mL de ST em EDTA, sob refrigeração

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR-RT-EP

Valores de Referência: Negativo: ausência de mutação A985G

Heterozigoto: um dos cromossomos com a mutação A985G

Homozigoto : dois cromossomos com a mutação A985G.

Interferências: hemólise

Indicações: A frequência populacional da homozigoze (doença) da mutação do MCAD, chega na região sul do

Brasil a 1:12000, dependendo da região estudada. A doença ocorre devido à deficiência da enzima

GRUPO SÃO CAMILO

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Desidrogenase da Acilcoenzima A de cadeia média (MCAD, sigla em inglês), levando à falta da beta oxidação

dos ácidos graxos mitocondriais. Os mutantes homozigóticos se apresentam normais ao nascer, mas entre o 3º

mês e 2 anos de vida os sintomas se iniciam. Esses sintomas são desencadeados por jejum prolongado ou

processos infecciosos, mesmo que comuns da infância, como IVAS, GECA, etc.

Informações importantes: outras mutações em outros genes ou mesmo outras mutações no gene da MCAD,

que possam causar deficiência da enzima e/ou Síndrome da morte súbita não estão excluídas por este teste. A

mutação A985G que é situada no cromossomo 1, na região p31 é a mais frequente (90% dos casos).

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MCAD – NEONATAL

Sinônimo mais usado: Acetil-Coa Dh – MCAD

Material e conservação para envio: enviar pelo menos dois círculos de sangue, separados, em papel de filtro

especial, bem saturados nos dois lados do papel. Enviar a temperatura ambiente. Proteger da luz e da umidade,

colocando o papel de filtro bem seco em saco plástico.

Instruções para coleta: coletar sangue de punção do calcâneo, preenchendo dois círculos no papel de filtro

especial, com o sangue saturando os dois lados do papel. Deixar secar a temperatura ambiente. Em dias muito

úmidos, pode-se utilizar secadores de cabelos com ar frio. Geralmente o sangue estará totalmente seco entre 2 a 3

horas. Esta coleta deve ser realizada entre 3 e 30 dias de vida.

Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegida da luz e umidade.

Método: PCR

Valores de Referência: Ausência de mutação dos genes da MCAD.

Interferências: coletas incompletas, sem saturação dos círculos do papel de filtro, exposição à luz ou umidade

no papel.

Indicações: a deficiência MCAD é uma alteração autossômica recessiva que resulta em uma beta-oxidação de

ácidos graxos incompleta, geralmente desencadeada por jejum prolongado ou infecções. Os quadros são agudos,

desenvolvendo hepatomegalia ou encefalopatia. Quadros fulminantes, resultantes de hipoglicemia não-cetótica

podem ocorrer, produzindo quadro de morte súbita na infância (3% desses quadros). Ocorrem na proporção de

1:10.000 nascidos vivos. O tratamento é feito com prevenção de estados de jejum prolongado, dieta com restrição de

gorduras saturadas e suplementação de carnitina na alimentação, que deve ser monitorada conforme indicação

médica.

Informações importantes: idade do paciente e data exata da coleta.

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MELANINA – PESQUISA

Sinônimo mais usado: melanúria –pesquisa

Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, coletada ao acaso, protegida da luz, sob

refrigeração.

Instruções para coleta: vide item acima.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração ao abrigo da luz.

Método: físico-químico, com separação seletiva de proteínas (Reação de Thormalen).

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: outras substâncias provenientes de metabolismos anômalos ou medicação interferente, que

altera a coloração urinária.

Indicações: A melanina é um pigmento da pele, que confere coloração a mesma, sintetizada pelos melanoblastos

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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da camada basal epidérmica. Quando a melanogênese se encontra aumentada, como na doença de Addison,

tumores melânicos e desvio metabólico da tirosina após o uso de alfametildopa, a melanina excedente passa a ser

eliminada na urina. Em contacto com o ar os metabólitos indólicos incolores se oxidam, escurecem, tornando a

urina de cor âmbar a negra, dependendo dos níveis de melanúria.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

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MERCÚRIO – URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Hg urinário.

Material e conservação para envio: 100 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a urina em sanitário afastado do local de trabalho. O Quadro I da NR-7 do MT,

recomenda a coleta da primeira urina da manhã, ou segundo orientação médica por escrito. Coletar em frascos

plásticos fornecidos pelo Laboratório. Lavar muito bem as mãos antes da coleta.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectroscopia de Absorção Atômica.

Valores de Referência: inferior a 5 mcg/g de creatinina

IBMP : 35 mcg/g de creatinina

Interferências: coleta em local próximo ao de trabalho, uso de recipiente não fornecido pelo laboratório.

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METAHEMOGLOBINA (inclui Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar amostra ao final da jornada de trabalho de uma semana. Não coletar na primeira

jornada do colaborador. Pode-se fazer diferenciação entre pré e pós-jornada. Sob orientação médica, por escrito,

os horários de coleta poderão ser alterados.

Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e com proteção contra luz.

Método: espectrofotometria na região UV-Vis.

Valores de Referência: inferior a 2,0 %

IBMP : 5,0 %

Interferências: uso de salicilatos e derivados, anilinas e derivados, polifenóis e hidrazidas.

Indicações: quando ocorre a oxidação do ferro ferroso da hemoglobina em ferro férrico, há a formação da

metahemoglobina, que é incapaz de transportar o oxigênio. Sempre, uma pequena quantidade de

metahemoglobina está presente na circulação, pela ação das enzimas intraeritrocitárias, metemoglobina –

redutase I e II.

Esta dosagem está indicada nos casos de intoxicações que cursa com cianose aguda e nos pacientes com

deficiência congênita da metemoglobina redutase I e nos indivíduos sensíveis a agentes metemoblobinizantes.

Os sinais clínicos estão intimamente ligados às porcentagens de metahemoglobina detectados no sangue dos

pacientes: 5 a 10% = leve cianose; 10 a 30% = cianose severa; 30 a 50% = sinais funcionais de anóxia ; 50 a 70% =

acometimento do SNC com lesões neurológicas e Superior a 70% = coma e morte.

Níveis elevados são encontrados: a) nas intoxicações: profissionais, anilina , hidrazinas, nitrobenzeno e

polifenóis. b)Alimentares: agentes oxidantes: cloratos, nitritos e nitratos; c) medicamentos, acetanilida,

antipirina, fenacetina,quinina e sulfamida. d) deficiência congênita de metemoglobina-redutase I (nos RN a

atividade desta enzima é 2 vezes mais fraca que no adulto, o que explica a toxicidade dos nitratos, reduzidos a

GRUPO SÃO CAMILO

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nitritos pela flora intestinal. e) Hemoglobina M: hemoglobinopatia genética dominantes encontrada em todas as

raças, tem níveis entre 20 a 40%.

Em termos laborais, a metahemoblobina é um inidicador biológico da exposição à anilina e ao nitrobenzeno.

A metahemoglobina aparece mais tardiamente no sangue que o paraaminofenol na urina , que também é um bom

indicador do efeito da anilina.

Informações importantes: dia e hora da coleta, terapêutica e alimentação.

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METANFETAMINA – PESQUISA DE

Sinônimo mais comum : MDA

Material e conservação para envio: 10 mL de urina recente, sob conservação.

Instruções de coleta: não há horário mais indicado para a coleta, desde que ocorra até 48 horas do possível uso

de drogas de uso ilícito.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método: imunocromatografia seletiva com anticorpos monoclonais.

Valores de referência: pesquisa Negativa.

Interferência: uso de outras drogas que podem produzir reações cruzadas.

Indicações: controle de uso diagnóstico e terapêutico para indivíduos adictos.

Informações importantes: tempo após o possível uso da droga.

Nota: este exame não tem valor médico-legal pois carece de posse legal, sendo somente realizado para triagem

de casos de intoxicação aguda.

_______________________________________________________________________________________

METANEFRINAS URINÁRIAS

Sinônimo mais usado: Metanefrinas – frações

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, com conservante e sob

refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas utilizando nos frascos de coleta 20 ml de solução aquosa de

HCl a 50% para cada litro de urina coletado. INFORMAR NO FRASCO DE COLETA QUE O

CONSERVANTE É CORROSIVO E QUE O PACIENTE DEVE TOMAR CUIDADO PARA NÃO

ENCOSTAR A PELE NOS FRASCOS E DEIXAR FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS. Após o

término da coleta conservar o material clínico sob refrigeração. O(a) médico(a)-assistente deve ter ciência da

grande série de medicamentos que alteram a dosagem das metanefrinas. A suspensão de algum medicamento só

será realizado com ordem médica por escrito.

Estabilidade da amostra: após acidificação até 30 dias sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: (resultados em mcg/24 horas)

Idade

Metanefrinas totais

Metanefrina

Normetanefrina3 a 8 anos 47 – 260 9 – 86 20 – 1869 a 12 anos 72 – 410 20 – 156 10 – 319

13 a 17 anos 130 – 520 31 – 156 71 – 395Homens adultos < 1200 Mulheres adultos

< 400 < 800

< 1200 < 400 < 800

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências:

a) Medicamentos que podem elevar os níveis de Metanefrinas: alfa-bloqueadores, anti-depressivos, anti-

histamínicos, beta-bloqueadores, antagonistas do canal de cálcio, catecolaminas sintéticas, cocaína, diuréticos,

estimulantes do SNC, fentazocina, inibidores da monoaminoxidase, simpatomiméticos, insulina (várias

preparações), levodopa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, proclorperazina, TRH e

vasodilatadores.

b) Medicamentos que podem diminuir os níveis de Metanefrinas: antihipertensivos, antipsicóticos.

Dissulfiram, metirosina e octreotida.

Indicações: As metanefrinas, formadas pela normetanefrina e a metanefrina são metabólitos da norepinefrina e

epinefrina respectivamente. É indicado no diagnóstico de feocromocitomas, paragangliomas e neuroblastomas.

É indicado que o paciente fique sete dias sem ingerir qualquer medicamento por 7 dias. Somente com

conhecimento médico.

Informações importantes: medicação atual, medicação suspensa, quadro clínico.

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METANOL URINÁRIO

Sinônimo mais usado: Metanol na urina

Material e conservação para envio: mínimo de 20 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar uma amostra de urina pré-jornada e outra pós-jornada de trabalho, com pelo

menos dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica, por escrito. Completar o volume do

frasco de coleta com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo. FRASCOS COM ESPAÇO VAZIO

SERÃO REJEITADOS. A coleta deverá ser feita em frascos plásticos fornecidos pelo Laboratório.

Nota: tubos cônicos tipo Falcon são mais facilmente preenchidos sem deixar espaço vazio.

Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: inferior a 5 mg/L

IBMP : 15 mg/L

Interferências: A principal interferência é a falta de preenchimento dos frascos de coleta.

Indicações: controle laboral de colaboradores expostos ao metanol e derivados.Informações importantes: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de

dois dias, antes da coleta.

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METILETILBUTILACETONA – URINÁRIA (vide Metiletilcetona)

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METILENOTETRAHIDROFOLATO REDUTASE – MUT. C677T – MTHFR – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Metilenotetrahidrofolato Redutase, MTHFR, Hiperhomocisteinemia, Mutação C677T,

Mutação da Enzima Conversora da Homocisteína.

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

GRUPO SÃO CAMILO

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Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e/ou PCR + RFLP (Analise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do

DNA Genômico).

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: tubo sem líquido coletor ou swab bucal, hemólise, amostra congelada, volume baixo;

Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: A hiperhomocisteinemia é o aumento da concentração plasmática de homocisteína, um derivado da

metionina, cuja concentração é influenciada por fatores genéticos, nutricionais e patológicos. O aumento da

homocisteína plasmática, de natureza genética, resulta de alterações funcionais das enzimas metileno

tetrahidrofolato redutase (MTHFR) e cistationa beta sintetase (CBS), envolvidas no metabolismo da metionina

ou da deficiência de co-fatores enzimáticos, como as vitaminas B6 e B12 e o ácido fólico. O genótipo

homozigoto mutante 677TT no gene da MTHFR, encontrado em 4 a 14% da população em geral, está

associado ao aumento de 25% da concentração plasmática de homocisteína e pode gerar defeitos

neurológicos, retardo psicomotor, doença vascular prematura e tromboembolismo.

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METILETILCETONA – URINÁRIA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: METC urinária

Material e conservação para envio: 50 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: Completar o frasco com urina, não deixando espaço vazio dentro do mesmo, entre a

amostra clínica e a tampa. Coletar em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Tubos cônicos, tipo Falcon, são

mais facilmente preenchidos ao máximo volume sem perdas de material. Refrigerar imediatamente após a

coleta. Coletar uma amostra pós-jornada de trabalho após no mínimo dois dias seguidos de exposição.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: somente o IBMP: 2 mg/L

Interferências: falta de preenchimento correto do frasco de coleta.

Indicações: Controle laboral de colaboradores expostos.

Informações: tempo de trabalho no setor, ocorrência de acidentes ou afastamentos por mais de dois dias, antes

da coleta.

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MICETOMAS – PESQUISA DE (TESTE ESPECIAL)

Sinônimo mais usado – Pesquisa de Micetomas

Material e conservação para envio: material purulento abundante: coleta pode ser feita com seringa, sem

agulha (após a coleta, tampar a seringa com agulha e borracha espetada na ponta) ou coleção por swab (umidecer

o swab, com 5 gotas de salina estéril), diretamente das fístulas dos membros inferiores.

Material purulento escasso: fazer assepsia de toda a região a ser coletada, com etanol a 70%. Deixar secar

naturalmente. Colocar sobre as fístulas camada dupla de gaze estéril, fixando-a com faixa crepe. Deixar durante

12 a 18 horas. Após este período, retirar a gaze, com todo o cuidado para não dobrar. Guardar em placa de Petri

(de plástico descartável e estéril), umidecer a gaze com algumas gotas de salina estéril. Lacrar a placa com fita

adesiva. Proteger da luz. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide acima.

Estabilidade da amostra: 2 dias sob refrigeração

Método: observação dos grãos formados pelo entrelaçamento das hifas dos fungos ou actinomicetos aeróbios,

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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em microscopia esteroscópica ou microscópio optico comum.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: uso de antifúngicos específicos.

Indicações: o quadro clínico é bastante sugestivo e a presença dos grãos fecham o diagnóstico etiológico e

microbiológico.

O fungos mais frequentemente isolados são:

Cephalosporium sp, Fusarium sp, Leptosphaeria senegalensis, Madurella grisea, Madurella mycetomi,

Neostestudina rosatii.

Os actinomicetos mais frequentemente isolados são:

Nocardia madurae, Nocardia pelletieri, Nocardia asteróides, Nocardia brasiliensis, Nocardia caviae,

Streptomyces somaliensis.

De acordo com a cor podemos ter:

a) grãos de cor preta: fungos: (Madurella grisea, Madurella mycetomi, Leptosphaeria senegalensis)

b) grãos de cor branca: fungos: (Cephalosporium ssp, Fusarium ssp, Neotestudina rosatii).

actinomicetos : (Nocardia madurae)

c) grãos de cor amarela: actinomicetos: (Streptomyces somaliensis)

d) grãos de cor vermelha: actinomicetos: (Nocardia pelletieri)

e) grãos de cor bege: actinomicetos: (Nocardia asteróides, N.brasiliensis, N.caviae)

Informações importantes: medicação prévia e atual (tópica ou sistêmica).

_______________________________________________________________________________________

MICOLÓGICO (Ver Fungos)

_______________________________________________________________________________________

MICOPLASMAS – ANTIBIOGRAMA

Sinônimo mais usado: Antibiograma para Micoplasmas

Material e conservação para envio: São vários os materiais clínicos passiveis de coleta, dependendo da

topografia da infecção. As secreções podem ser oculares, vaginais (cervicais), uretrais, etc. O material coletado é

transferido para um tubo com meio de transporte, distribuído pelo Laboratório, a temperatura ambiente e

protegido da luz.

Instruções para coleta: Materiais genito-urinários: comparecer ao laboratório pela manhã, sem urinar e sem

realizar higiene íntima a pelo menos 12 horas. Nas mulheres, em posição ginecológica, coletar raspado cervical

ou uretral, com escova ginecológica, mergulhando e agitando a escova no meio de transporte. Coletar até obter

turvação do meio. A coleta uretral feminina pode ser feita com swab estéril especial. Nos homens, desprezar a

secreção inicial, que vem após a expressão do canal urinário, e coletar com escova da foceta uretral, com escova

tipo ginecológica. Passar para o frasco com meio de cultura, conforme descrito acima. Material ocular: Com alça

microbiológica descartável e estéril, proceder raspado da mucosa conjuntival, retirando o excesso de secreção

com gaze estéril. Para esta coleta o paciente deverá estar sem medicação tópica ou sistêmica específica por 48

horas antes, e não poderá lavar os olhos pela manhã antes da coleta do material.

Estabilidade da amostra: até 2 dias a temperatura ambiente e protegido da luz, desde que o material clínico

tenha sido colocado no meio de transporte.

Método: Microcultivo para isolamento e antibiograma em Concentração Inibitória Mínima.

Os antibióticos utilizados são: Tetraciclina-cloridrato, Sulfametoxazol-Trimetoprin, Lincomicina,

Roxitromicina, Minociclina-Cloridrato, Doxiciclina-Cloridrato, Eritromicina, Norfloxacina-Cloridrato e

Ciprofloxacina-Cloridrato.

GRUPO SÃO CAMILO

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Interferências: uso de antibióticos anteriormente a coleta de materiais. Ter o paciente urinado antes da coleta.

Indicações: estudo da sensibilidade aos antibióticos dos Mycoplasma hominis e Ureaplasma urealyticum. Nota:

como os isolamentos para Mycoplasma genitalium e Mycoplasma fermentans são mais raros e a cultura muito

demorada, estamos realizando a suas pesquisas por biologia molecular.

Informações importantes: local exato da coleta, medicação atual ou imediatamente prévia.

_______________________________________________________________________________________

MICOPLASMAS (Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis) - CULTURA

Sinônimo mais usado: Cultura para Micoplasma

Material e conservação para envio:vide item anterior.

Instruções para coleta: vide item anterior

Estabilidade da amostra: 2 dias a temperatura ambiente e protegido de luz, desde que o material clínico tenha

sido colocado no meio de transporte.

Método: microcultivo em meio líquido seletivo, semeadura em meio semi-sólido comprobatório e testes

bioquímicos de fermentação.

Valores de Referência: cultura negativa.

UAC/mL Situação clínica10 a 100 UAC/mL

Portador

100 a 1000 UAC/mL Possível infecção

> 1000 UAC/mL InfecçãoUAC = Unidades Alteradoras de Cor.

Interferências: quantidade, qualidade dos materiais clínicos e antibioticoterapia prévia (uso de cremes vaginais,

mesmo que sem antibióticos podem produzir resultados falso-negativos).

Indicações: pesquisa de infecções por Micoplasmas.

Informações importantes: terapia atual e local exato da coleta.

_______________________________________________________________________________________

MICROALBUMINÚRIA

Sinônimo mais usado: microalbumina urinária.

Material e conservação para envio: 100 mL de urina ,em frasco plástico fornecido pelo laboratório sob

refrigeração .

Instruções para coleta: Coletar urina de 24 horas, 12 horas, 6 horas ou uma amostra ao acaso, de preferência

pela manhã. Conservar todas as alíquotas sob refrigeração durante o período da coleta. Enviar uma alíquota de

100 mL do volume total da urina coletada. Anotar no rótulo o volume total coletado e o período de coleta. O

transporte é feito sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: imunoturbidimetria.

Valores de Referência:

Urina de 24 horas:

NormalMicroalbuminúriaMacroalbuminúria

Até 30 mg/24hs30 a 300 mg/24hs

> 300 mg/24hs

NormalMicroalbuminúriaMacroalbuminúria

Até 20 µg/min20 a 200 µg/min

> 200 µg/min

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Urina de 12 horas: (Albuminúria Clínica)

Urina ao acaso (Microalbuminúria randômica):

Normal < 25 mg/litro Microalbuminúria > 25 mg/litro

Urina ao acaso (por mg de creatinina):

Normal Até 30 mcg/mg de creatininaMicroalbuminúria 30 a 299 mcg/mg de creatininaMacroalbuminúria   300 mcg/mg de creatinina

NormalMicroalbuminúriaMacroalbuminúria

Até 15 mg/24hs16 a 150 mg/12hs

150 mg/12hs

NormalMicroalbuminúriaMacroalbuminúria

Até 20 µg/min20 a 199 µg/min

200 µg/min

Interferências: a presença de proteinúria acentuada os valores da microalbuminúria podem sofrer “efeito

gancho” produzindo resultados falsamente diminuídos. Outras condições clínicas podem produzir resultados

falsamente elevados, como infecções urinárias, quadros infecciosos sistêmicos, hematúria, após exercícios

físicos e proteinúria postural.

Indicações: A microalbuminúria indica valores de albumina urinária compreendidos entre os valores

fisiológicos de eliminação da albumina, que é inferior a 20 mg/24 horas, e a albuminúria que caracteriza

nefropatia diabética, que é definida como eliminação de albumina em níveis superiores a 50 mg/24 horas para

alguns autores e 300 mg/24 horas definido por outros. Muito embora essa nefropatia possa ser potencialmente

reversível, pela melhora do quadro glicêmico, é uma microangiopatia, ao lado da retiniana e em nervos

periféricos, considerada uma complicação nefasta, dependente do tempo de diabetes não controlado e

hipertensão arterial.

A microalbuminúria tem um valor preditivo de aparecimento de lesões microantiopáticas em 10 anos, levando a

insuficiência renal.

Assim um bom controle das complicações do diabetes é formado por uma tríade formada pelo controle da

glicemia, controle da pressão arterial e uma alimentação protéica adequada.

Limiar crítico para complicações renais: 50 mg/24 horas.

Outras condições clínicas podem levar a microalbuminúria anormal, como:

- Estados inflamatórios agudos,

- Exercícios físicos intensos,

- Hipertensão arterial,

- Infecções urinárias,

- Uropatias (ex. rins policísticos) ou transplante renal.

Informações importantes: medicação atual, intercorrências clínicas, principalmente infecções urinárias,

volume total da urina coletada.

_______________________________________________________________________________________

MIELOGRAMA

Sinônimo mais usado: estudo da medula óssea.

Material e conservação para envio: no mínimo 6 lâminas com esfregaços de aspirado medular, como em

hemogramas, fixadas por 1 minuto com metanol ou no primeiro líquido dos corantes panóticos (NÃO CORAR).

Enviar as lâminas em protetores fornecidos pelo laboratório, a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: sob intensa assepsia, a coleta médica é feita por punção esternal ou na crista ilíaca

através de um “trocard” de Mallarmé ou agulha e aspiração do material medular, com auxílio de uma seringa.

Realizar os esfregaços e seca-los imediatamente ao ar. Fixar conforme instruções acima.

GRUPO SÃO CAMILO

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Estabilidade da amostra: após fixados, protegidos da umidade, luz e calor, os esfregaços tem estabilidade de 20

dias a temperatura ambiente.

Método: observação microscópica e discriminatória das linhagens medulares.

Valores de Referência:

O resultado contém a avaliação das porcentagens das diversas células da medula sanguínea, indicando se o

esfregaço é rico ou pobre, predomínio das linhagens sanguíneas e a presença de megacariócitos. A contagem é

feita em pelo menos 1000 células. Testes citoquímicos são realizados para estudo das linhagens presentes, como

a mieloperoxidase para estudo das linhagens neutrofílica e eosinofílica; fosfatase ácida para estudo dos

tricoleucócitos; Perls para determinação de sideroblastos; estearase neutra para estudo da linhagem monocítica.

Linhagem granulocítica (50 a 75%)

MieloblastosPromielócitos

Mielócitos

Metamielócitos

Neutrófilos

0,5 a 4,0 %

1,0 a 8,0 % 5,0 a 20,0 %

10,0 a 25,0 % 10,0 a 30,0 %

Linhagem eritrocítica (8 a 30%)

Proeitroblastos Eritroblastos basófilos Eritroblastos policromáticos Eritroblastos acidófilos

1,0 a 4,0 %

1,0 a 8,0 %

2,0 a 10,0 %

5,0 a 20,0 %

Elementos não mielóides

(3 a 15%)

Linfócitos

Plasmócitos

Monócitos

5,0 a 15,0 %

0 a 2,0 %0 a 2,0 %

Avaliação dos megacariócitos.

Análise de células malignas através de imunocitoquímica (opcional).

Interferências: contaminação com sangue periférico.

Indicações:

Variações patológicas:

a) Medula rica: medula regenerativa ou leucemias

b) Medula pobre: hipoplasia ou aplasia

c) Aumento dos hemoblastos (acima de 2%) e dos mieloblastos (acima de 4%): leucemia aguda (blastos acima

de 50%), leucemia aguda em início ou início da remissão ou remissão incompleta (blastos entre 10 e 30%),

anemia refretária com mielofibrose parcial, agudização de uma leucemia mielóide crônica ou regeneração de

quadros de aplasia.

d) Aumentos dos promielócitos (acima de 10%): Leucemia aguda de promielócitos com presença de

corpúsculos de Auer, agudização de leucemia mielóide crônica ou início de regeneração de quadros de

aplasia.

e) Aumento da linhagem granulocítica (acima de 80%): Leucemia mielóide crônica (mielócitos acima de

30%), infecção bacteriana (maturação com estádios regulares), f) Diminuição da linhagem granulocítica

(inferior a 50%): agranulocitoses com diminuição da linhagem medular ou parada da maturação, levando a

uma falsa linfocitose, plasmócitos e eritroblastose. Aplasia medular com medula pobre.

g) Aumentos da linhagem eritroblástica: anemia em regeneração, anemia sideroblástica, anemia

megaloblástica, desiritropoiese constitucional e anemias ferroprivas.

h) Diminuição da linhagem eritroblástica: eritroblastopenia (inferior a 5%) nas anemias hemolíticas agudas ou

anemias crônicas como por exemplo a anemia de Fanconi.

i) Aumento dos linfócitos medulares (superior a 15%): crianças (valores até 35%), idosos (valores mais altos

que os jovens), relatividade (durante as aplasias e agranulocitose), e alterações patológicas extra-medulares:

Leucemia linfóide crônica, Doença de Waldenström, Mielosclerose linfóide e reações linfóides diversas.

j) Aumento dos plasmócitos (superior a 5%): mielomas, apresentam conglomerados de plasmócitos,

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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citoplasmas flamados, corpúsculos de Russel e células de Mott. Leucemia de plasmócitos associada a

plasmocitose sanguínea, Doenças de Waldenström, Metástases com ajuntamento de plasmócitos simulando

mieloma e em alguns casos de Cirrose.

k) Anomalias megacariocíticas: proliferação, elementos anormais e ausência da linhagem.

Informações importantes: local de punção, número de lâminas, fixação prévia das lâminas.

_______________________________________________________________________________________

MINERALOGRAMA

Sinônimo mais usado:estudo mineral do cabelo.

Material e conservação para envio: mínimo de 1 grama de cabelos, retirados da região occipital. Conservar em

frasco plástico, erméticamente fechado, protegido da luz e umidade.

Instruções para coleta: os pacientes não poderão usar qualquer tipo de cosméticos capilares, por pelo menos 3

meses. Recomenda-se não cortar os cabelos neste período. A coleta deve ser feita com tesoura esterilizada, sem

resquícios de ferrugem ou outras sugidades. Os cabelos são apreendidos com pinça limpa, nas mesmas condições

que a tesoura. Imediatamente enrodilhar os fios e acomoda-los em frasco estéril e novo. O coletador tem de usar

luvas novas e lavar as mãos com as luvas exaustivamente com sabão neutro. Enxaguar e seca-las muito bem.

Não é infrequente a necessidade de se repetir o teste com nova coleta, devido a presença inesperada de

contaminantes na amostra. O paciente deve receber essa informação e ser orientado a somente voltar a utilizar

cosméticos capilares após o exame estar pronto.

Estabilidade da amostra: 30 dias a temperatura ambiente, protegido de luz e umidade.

Método: Espectroscopia de absorção atômica.

Valores de Referência:

Minerais Essenciais:

Mineral Símbolo Valores em PPMCálcio 200,000 a 1.600,000Magnésio 20,000 a 130,000Sódio 10,000 a 130,000Potássio

5,000 a 40,000Fósforo

134,000 a 240,000Silício

0,010 a 16,400Cloro

0,010 a 0,630Manganês

0,070 a 1,000

Molibdênio

0,020 a 1,000Ferro 5,460 a 13,000Cobre

5,480 a 40,000

Zinco

142,000 a 248,000

Selênio

0,210 a 5,460Lítio

0,001 a 0,540Germânio

0,004 a 0,432Boro

0,008 a 4,000Ouro 0,002 a 0,752Vanádio 0,012 a 0,551Cobalto 0,004 a 0,451Estrôncio

CaMgNaKPSiClMn

Mo

FeCu ZnSeLiGe

BAuVCoSr 0,292 a 0,410

GRUPO SÃO CAMILO

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Minerais Tóxicos:

Mineral Símbolo Limite Biológico Máximo em PPMAlumínio

Al

17,000

Cádmio

Cd

0,752

Chumbo Pb 5,000 Arsênico As 1,130 Bário Ba 4,430 Prata Ag

1,300

Berílio

Be

0,125 Níquel Ní 1,300

PPM= Partes por Milhão.

Interferências: uso de medicamentos ou cosméticos capilares. Contaminação durante a coleta.

Indicações: orientação para avaliações orto-moleculares.

Informações importantes: medicamentos e cosméticos capilares nos últimos 3 meses.

_______________________________________________________________________________________

MIOGLOBINA –DOSAGEM

Sinônimo mais usado: Mioglobinemia.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: até 70,0 ng/mL

Interferências: hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados, principalmente no

miocárdio. Logo após a lise de células musculares, por infarto do miocárdio ou rabdomiólise a mioglobina é

encontrada no sangue periférico, com liberação massiva e precoce, já na terceira hora de uma necrose

miocárdica. Em comparação com os demais marcadores cardíacos, como a fração MB da CK ou a Troponina I,

que são detectadas 5 e 4 horas após o infarto do miocárdio, respectivamente, a Mioglobina é o primeiro marcador

a estar presente na circulação após o infarto do miocárdio.

Os valores séricos superiores a 100 ng/mL são patognomônicos de lesão cardíaca. A mioglobina também pode

ser eliminada dos politraumatismos, nas doenças infecciosas, nas distrofias e nas isquemias musculares, nas

miopatias congênitas e no infarto do miocárdio. É também encontrada após esforços intensos e prolongados e

em alguns quadros de intoxicações. No infarto do miocárdio a sua presença precoce no sangue permite um

tratamento tromboembólico mais eficiente. As dosagens da Mioglobina também são utilizadas como Padrão-

ouro para o tratamento trombolítico e isquemia miocárdica e vigilância na isquemia miocárdica per-operatória.

Informações importantes: tempo decorrido entre o início das dores e a coleta do material, medicação atual,

principalmente se o paciente faz uso de astatinas e derivados.

_______________________________________________________________________________________

MIOGLOBINA NA URINA – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa da mioglobinúria.

Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente, se possível o jato médio da primeira urina da

manhã. Enviar sob refrigeração.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Instruções para coleta: coletar todo o volume do jato médio da primeira urina da manhã, ou logo após exercício

intenso, ou conforme a orientação médica. Refrigerar e proteger da luz imediatamente.

Estabilidade da amostra: até 2 dias sob refrigeração e protegido da luz.

Método: precipitação seletiva de proteínas,

Valores de Referência: Pesquisa negativa.

Interferências: hematúria, infecção urinária, hemólise intravascular com eliminação urinária de hemoglobina

livre, pacientes com alcaptonúria ou melanúria.

Indicações: A mioglobina é uma hemoproteína encontrada nos músculos estriados e é liberadas das miocélulas

após dano celular. Dependendo da extensão da lesão e sua intensidade, grandes quantidades de mioglobina são

lançadas ao sangue periférico, podendo em algumas ocasiões provocar dano renal. As principais causas de dano

renal são: uso extremo dos músculos, como nas convulsões, exercícios físicos intensos e traumas. Outras causas

são: distrofias musculares, esteróides, hipertermia, imobilizações prolongadas, infecções virais, infecções virais,

intoxicações por drogas, isquemias, miosites e tireotoxicose grave com perda de massa muscular.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

MONONUCLEOSE – ANTICORPOS HETERÓFILOS

Sinônimo mais usado: monoteste.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: aglutinação em lâmina.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: alguns pacientes do grupo sanguíneo A, e crianças podem não produzir anticorpos heterófilos,

hiperlipemia, etc.

Indicações: teste de triagem para Mononucleose (anticorpos da classe IgM). A sua sensibilidade não é muito

boa, sendo positiva geralmente na quarta semana de doença, diminuindo após a fase aguda, e podendo persistir

por até um ano. A sensibilidade alcança níveis máximos de 84% e a especificidade chega a 90%. Reações falso-

positivos tem sido observadas em pacientes com linfomas, hepatite viral e doenças autoimunes. Pacientes com

imunodeficiência não respondem bem a estes anticorpos.

Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

MORFOLOGIA ESTRITA DOS ESPERMATOZÓIDES

Sinônimo mais usado: Morfologia estrita de Kruger

Material e conservação para envio: extensões de esperma liquefeito e recente em pelo menos 5 lâminas de

microscopia. Fixa-las, imediatamente após prepara-las, com fixador de aerossol de Papanicolaou.

Instruções para coleta: a coleta deve ser por auto-masturbação solitária, em sala de coleta do laboratório, após 2

a 7 dias de abstinência. As lâminas devem ser confeccionadas logo após a liquefação.

Estabilidade da amostra: após fixadas, as lâminas podem ser conservada a temperatura ambiente por 10 dias.

Método: coloração segundo Papanicolaou.

Valores de Referência: � 4 % de formas normais

Interferências: artefatos de fixação

Indicações: estudo dos estados de fertilidade masculina ligadas à morfologia dos espermatozoides.

GRUPO SÃO CAMILO

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Informações importantes: alguns médicos solicitam que além da contagem percentual, seja feita a contagem

descritiva dos tipos morfológicos mais comuns. Através da coloração de Papanicolaou e utilizando os critérios

de Kruger, pode-se chegar a pelo menos 42 tipos morfológicos mais frequentes:

I - ALTERAÇÕES DE CABEÇA:

a) Alterações acrossômicas secundárias: 1) Deficiência acrossômica, 2) Ausência acrossômica; 3)

Alterações acrossômicas primárias.

b) Alterações estruturais da cabeça: 4) Macrocefálicos; 5) Microcefálicos; 6) Vacuolizados; 7) com

invaginações; 8) Diplóide ou triploide (Ridged); 9) Duplicação Nuclear; 10) Cabeças amorfas (inclui

núcleo filamentar).

c) Cabeças alongadas: 11) Levemente alongadas; 12) Moderadamente alongadas; 13) Fortemente

alongadas; 14) Fusiformes; 15) Gota citoplasmática; 16) Com condensações.

d) Alterações da linha equatorial: 17) Com invaginações; 18) Com vacuolizações.

e) Bicefálicos: 19) Cabeças duplas; 20) Cabeças duplas e um flagelo; 21) Cabeças duplas sem flagelo;

22) Acefálicos; 23) Globoformes; 24) Cabeças com separação parcial; 25) cabeças amorfas.

II - ALTERAÇÕES DE PEÇA INTERMEDIÁRIA:

26) Gota citoplasmática; 27) Pseudo-gota citoplasmática; 28) Espirilada; 29) Aplasia total ou parcial; 30)

Afilada; 31) Implantação excêntrica; 32) Com angulação; 33) Com vacuolizações.

III - ALTERAÇÕES DE FLAGELOS:

34) Bicaudais; 35) Flagelos curtos; 36) Flagelos enrolados (DAG); 37) Espermatozóides sem flagelos.

IV - ESPERMATOZÓIDES PLEOMÓRFICOS OU AMORFOS:

38) Amorfos e/ou bizarros; 39) Com defeitos de cabeça e peça intermediária; 40) Com defeitos de cabeça e

cauda; 41) Com defeitos de peça intermediária e cauda; 42) Com defeitos nos três sítios; 43) Outras

alterações a serem descritas.

Índice de teratozoospermia seg. Johannet: nº de defeitos =

Nº de espermatozoides com defeitos

Índice de deformidades dos espermatozoides(SDI) = nº de defeitos =

Nº de espermatozoides com contados

Valores de Referência dos índices: Índice de teratozoospermia : 1 a 3

Índice de deformidades : até 1,6

_______________________________________________________________________________________

MRSA – QUALITATIVO OU QUANTITATIVO - (Staphylococcus aureus –resistente à Meticilina) PCR

em Tempo Real.

Sinônimo mais usado: MRSA-PCR

Material e conservação para envio: secreções: orofaringe, vestíbulo nasal, vagina ou lesões epidérmicas: cada

material suspeito é coletado em swab com meio de Stuart. Enviar a temperatura ambiente. Meios de cultura já

com bactérias isoladas (principalmente para isolamentos provenientes de urina).

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: até 3 dias a temperatura ambiente.

Método: PCR em tempo real.

Valores de Referência: ausência de cepas MRSA.

Interferências: uso de antibióticos

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Indicações: pesquisa e/ou quantificação de cepas de Staphylococcus aures resistentes à meticilina em materiais

clínicos, incluindo pesquisa de colonização cutâneo-mucosa para pesquisa de portadores.

Informações importantes: local exato da coleta, uso de antibioticoterapia, uso de produtos anti-sépticos

tópicos.

_______________________________________________________________________________________

MUCOPOLISSACARIDOSE – PESQUISA

Sinônimo mais usado: pesquisa de mucopolissacarídeos.

Material e conservação para envio: 20 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, o jato médio da primeira urina da manhã. Crianças pequenas podem

utilizar coletores infantis. Nestes casos a urina pode ser coletada a qualquer hora do dia. Refrigerar imediatamente

após a coleta.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: segundo Steines

Valores de referência: pesquisa negativa.

Interferências: proteinúria intensa, cristalúria intensa.

Indicações: as mucopolissacaridoses são anomalias da degradação dos mucopolissacarídeos, secundárias a

deficiências enzimáticas, autossômicas e recessivas.

a) Mucopolissacaridose tipo I (Doença de Hurler): deficiência da alfa-L iduronidase.

b) Mucopolissacaridose tipo II (Doença de Hunter): deficiência da 1-iduronato sulfatase.

c) Mucopolissacaridose tipo III (Doença de Sanfilippo): deficiência de heparan-N-sulfatase (tipor IIIa),

deficiência de N-acetil-alfa-D-glucosaminidase (tipo IIIb) e deficiência de alfaglucosaminidase (tipo IIIc).

d) Mucopolissacaridose tipo IV (Doença de Morquio): deficiência de condroitina sulfato-N-acetil-hexosamina-

sulfatase.

e) Mucopolissacaridose tipo V (Doença de Ulrich e Scheie): deficiência de alfa-1-irudonidase.

f) Mucopolissacaridose do tipo VI (Nanismo polidistrófico): deficiência de N-acetil-galactosamina-4-sulfato

sulfatase.

g) Mucolipidose tipo I (Sialidose): deficiência de alfaneuraminidase

h) Mucopolidose tipo II e III: deficiência de hidrolase ácida.

i) Mucolipidose do tipo IV: deficiências de neuraminidase e betagalactosidase.

j) Doença de Maroteaux-Lamy: deficiência de arilsulfatase B

k) Manosidose: deficiência de alfamanosidase.

l) Fucosidose: deficiência de alfafucosidase.

m) Aspartilglucosaminúria: deficiência de aspartilglucosamina-amido-hidrolase.

n) Doença de Wolman: deficiência de lípase ácida.

o) Ceróide lipofuscinoses.

p) Síndrome do histiócito azul.

Em todas essas anomalias há aumento de mucopolissacarídeos ou glicosaminoglicanas.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

Mycobacterium tuberculosis – EIE – ANTICORPOS TOTAIS

Sinônimo mais usado: Sorologia para Tuberculose

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

GRUPO SÃO CAMILO

VI300

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Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunocromatográfico com anticorpos monoclonais e biotina.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: hiperlipemia, soro hemolisado e soros que sofreram descongelamento por mais de uma vez.

Indicações:

A presença de anticorpos por esta metodologia significa doença em fase ativa. Soros de indivíduos vacinados

geralmente resultam negativos por este método. O teste detecta principalmente imunoglobulinas específicas das

classes IgA e IgG, mas IgM em níveis elevados também produzem reações positivas. Este teste tem um cut-off

ajustado para 350 unidades de anticorpos séricos, baseados em estudos de K.Toman, de 1981, para se obter melhores

sensibilidade e especificidade, quanto a valores preditivos positivos e negativos consernentes à fase ativa ou não da

doença. O teste imunocromatográfico apresenta melhores resultados que os métodos em ELISA, pois sua

positividade cumulativa é sempre superior aos do teste enzimatico, produzindo um menor número de testes falso-

positivos ou falso-negativos.

Comparação de preditividade, sensibilidade e especificidade, positividade e negatividade entre pacientes com

tuberculose ativa, outras micobacterioses não-tuberculosas ativas, pacientes de alta para tuberculose e outras

doenças infecto-contagiosas:

Estado clínico Resultados dos testes Imunocromatográficos

Número de casos

Casos

Positivos

Casos

Negativos

% de

positividade

Tuberculose pulmonar ativa

130

113

17

87

Micobacterioses

não-tuberculosas ativas

24

20

4

83

Tuberculoses curadas

15

4

11

27

Outras doenças respiratórias

79

4

75

5

Outras doenças infecciosas 60 2 58 3 Pessoas sãs 83 7 76 8

SegundoC.Cocito e F. Valliden, 1986 e J.M. Grange, 1984.

Assim temos 87% de sensibilidade para pacientes com tuberculose pulmonar ativa e 83% de sensibilidade para

pacientes com outras micobacterias ativas. A especificidade alcançada é de 92,8%, com uma correlação de 90%.

Estes dados mostram a superioridade deste teste em relação aos métodos de ELISA e também frente ao PPD,

sendo as correlações de ambos inferiores a 70%. As vantagens deste teste em relação ao PPD e a pesquisa de

BAAR no escarro (BAAR-E) podem ser vistas no quadro abaixo:

Teste imunocromatográfico

PPD Bacterioscopia para BAAR no escarro

Resultado no mesmo dia

Resultado em 72 horas Mínimo de 3 amostras em dias alternados,

dependendo da facilidade de coleta (*)Amostra sérica Reação intradérmica ,

resultado pode variar com local aplicado

Amostras precisam ser significativas, sem saliva

Baixa positividade em indivíduos vacinados

Pessoa vacinadas ou curadas podem ter nódulos positivos

Baixa sensibilidade .Crianças costumam não ser bacilíferas

(*) crianças geralmente não são bacilíferas.

Informações importantes: idade correta dos pacientes, medicação atual, suspeita diagnóstica.

_______________________________________________________________________________________

301

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS, PCR QUAL. – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Tuberculose, Pesquisa do DNA bacteriano Micobacterium tuberculosis, Detecção do

DNA Micobactérias PCR, PCR para BK.

Material e conservação para envio: Escarro: 3,0 mL; Lavado bronco alveolar: 3,0 mL; 1ª urina da manhã: 30,0

mL; Líquor: 1,0 mL; Demais líquidos corporais e fluídos corporais: 1,0 mL. Fragmentos de biópsia (manter em

soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Biópsia (manter em soro fisiológico, não utilizar FORMOL): enviar congelado.

Demais materiais: até 4 dias refrigerado entre 2 e 8 ºC em frasco estéril.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: A tuberculose permanece como um dos maiores problemas de saúde pública em todo mundo. O

diagnóstico rápido é essencial para início do tratamento apropriado e controle dos contatos. Detecta diretamente

o DNA da micobactéria nas amostras clínicas. Trata-se de técnica específica, sensível e rápida, permitindo o

diagnóstico e tratamento precoce, auxiliando no controle de disseminação da doença.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

_______________________________________________________________________________________

Mycoplasma genitalium – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma genitalium por PCR

Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical

(Mulher). Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: sangue na amostra.

Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por micoplasmas.

Informações importantes: medicação atual, tópica ou sistêmica.

_______________________________________________________________________________________

Mycoplasma hominis – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Mycoplasma hominis por PCR

Material e conservação para envio: 1ª urina da manhã ou raspado uretral (Homem), raspado endocervical

(Mulher). Enviar sob refrigeração.

Os materiais clínicos aqui descritos podem ser coletados conforme o MANUAL DE COLETA DE MATERIAIS

CLÍNICOS ESPECIAIS, sendo, para PCR, colocados em frascos especiais fornecidos pelo Laboratório São

Camilo:

a) Escarro – vide página 20 do Manual.

b) Raspado uretral: página 29

c) Secreção vaginal e uretral femininas- página 40

GRUPO SÃO CAMILO

VI302

Page 321: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

d) Urina – primeiro jato- centrifugar e passar o sedimento para um frasco tipo Eppendorf com tampão para PCR.

e) Secreção prostática (obtida por massagem) proceder igual a urina.

f) Secreção ocular (conjuntival): página 31.

Para todos os materiais clínicos o procedimento é muito semelhante, pois uma vez obtido, o material clínico

deve ser colocado em frasco tipo Eppendort com tampão apropriado, fornecido pelo Laboratório.

Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: sangue na amostra.

Indicações: pesquisa de infecções por Mycoplasma hominis.

Informações importantes: medicação atual, uso de medicamentos tópicos nos locais de coleta.

_______________________________________________________________________________________

Mycoplasma pneumoniae – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Pesquisa de infecções por Mycoplasma pneumoniae

Material e conservação para envio: lavagem broncoalveolar, expectorações, líquido pleural, raspagem

rinofaríngea, LCR , Líquido alveolar. São coletas médicas que devem ser colocadas em frascos estéreis

fornecidos pelo Laboratório São Camilo. Enviar refrigerado.

Instruções para coleta: mínimo de 1 mL de material clínico em frasco próprio, mantido sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR em Tempo Real.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: presença de sangue no material.

Indicações: diagnóstico laboratorial de infecções por Mycoplasma pneumoniae.

O M.pneumoniae é responsável por várias infecções do trato respiratório, que podem evoluir de maneira

endêmica, com picos de ocorrências no outono e no inverno. Atualmente o M.pneumoniae também é tido como

uma das causas da produção de ateromas produzindo e complicando doenças cardio-vasculares.

Geralmente as infecções ocorrem em crianças e adultos jovens, mas os quadros graves acontecem em pacientes

idosos ou imunocomprometidos. A suspeita de infecção por este micoplasma ocorre diante dos seguintes

quadros:

a) infecções do trato respiratório inferior, (pneumonia atípica primária, geralmente benigna, ou formas graves

como pleuropneumonia aguda, broncopneumopatias crônicas, etc)

b) Infecções do trato respiratório superior: rinites, sinusites, otites e faringites.

c) Infecções extra-respiratórias: anemias hemolíticas, artralgias, endocardites, eritema, meningites,

meningoencefalites e mialgias, etc.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

Mycoplasma pneumoniae – SOROLOGIA – IgG e/ou IgM

Sinônimo mais usado: Sorologia para Mycoplasma pneumoniae IgG e/ou IgM.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

303

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 322: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência: Positivo : > 1,10

Negativo : < 0,90

Indeterminado: 0,90 a 1,10

Interferências: hiperlipemia, hemólise ou hiperbilirrubinemia.

Indicações: Diagnóstico laboratorial da presença de anticorpos específicos contra Mycoplasma pneumoniae.

Todas as indicações clínicas para este teste podem ser vistas no item Mycoplasma pneumoniae – PCR

QUALITATIVO.

Os anticorpos da classe IgM geralmente aparecem na primo infecção 7 dias após o início do quadro clínico e

pode persistir por meses. Anticorpos da classe IgG aparecem geralmente na segunda semana, e podem

permanecer a vida toda. Os seus valores máximos geralmente ocorrem na terceira semana.

Podem ocorrer reações cruzadas com resíduos glicoprotéicos de estreptococos, tecidos humanos

(principalmente em doenças autoimunes) e tecidos vegetais. Valores falsamente positivos podem ocorrer na

vigência de pancreatites agudas ou crônicas.

OBS: As aglutininas frias aparecem em 50% das pneumonias atípicas por Mycoplasma pneumoniae, e pode ser

um dado de presunção diagnóstica bastante auxiliar, quando os anticorpos ainda não se encontram

presentes.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

Neisseria gonorrhoeae – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Neisseria gonorrhoeae.

Material e conservação para envio: Raspado cervical, vaginal e vulvar, 1ª jato da manhã, secreção uretral,

secreção endocervical, secreção vaginal, secreção conjuntival, esperma. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Solicitar kit de coleta ao Laboratório.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: uso de pomadas, cremes, colírios, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: diagnóstico das infecções gonocóccicas com baixo índice bacteriano.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

NÍQUEL URINÁRIO (Toxicologia Ocupacional)

Sinônimo mais usado: níquelúria

Material e conservação para envio: mínimo de 50 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina no último dia da semana de trabalho antes do início da jornada em sanitário

afastado do local de trabalho, ou sob orientação médica, em frasco plástico fornecido pelo laboratório. Refrigerar

imediatamente.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

GRUPO SÃO CAMILO

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Page 323: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: até 8,0 mcg/L (NR-7 redação de 1978 até 23 mcg/L)

IBMP: 60,0 mcg/L

Interferências: coleta no ambiente de trabalho.

Indicação: controle do ambiente laboral em relação ao níquel nas indústrias metalúrgicas. O níquel tem

predominância de depósitos na pele, rins, ossos, pâncreas, cérebro, genitais e pulmão. O níquel é um

oligoelemento de grande importância no metabolismo de enzimas, no metabolismo hormonal. As principais

alterações patológicas são: a) intoxicações em ambientes industriais: distúrbios respiratórios como dispnéia,

asma e edema pulmonar. b) Distúrbios neurológicos e distúrbios cutâneos.

Informações importantes: local de trabalho, tempo de trabalho no mesmo setor.

_______________________________________________________________________________________

NÍQUEL SÉRICO (Toxicologia Ocupacional)

Sinônimo mais usado: Dosagem de Níquel sérico.

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: não há horário preferencial para coleta e não há necessidade de jejum.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofometria de absorção atômica.

Valores de Referência: 0,14 a 1,00 mcg/L

Para expostos : 3,00 a 11,00 mcg/L

Interferências: hemólise, hiperlipemia.

Indicações: vide Níquel na urina.

Informações importantes: vide Níquel na urina.

_______________________________________________________________________________________

N – METILFORMAMIDA NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: n-Forma

Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar amostra de urina em sanitário afastado do local de trabalho ao final da jornada de

trabalho, após no mínimo dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: IBMP: 40,0 mg/g de creatinina.

Interferências: volume insuficiente, local de coleta do material clínico.

Indicações: controle laboral de colaboradores que são expostos à dimetilformamida (DMF), utilizado na

fabricação de acrílicos, tintas, resinas, indústria farmacêutica, poliuretanos e outros polímeros plásticos.

Informações importantes: local e tempo de trabalho sem interrupções .

_______________________________________________________________________________________

NUCLEOSSOMO – ANTICORPOS ANTI-

Sinônimo mais usado: Anti-Nucleossomo

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima

mamada.

305

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 324: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: até 2,9 U/mL

Interferências: hemólise e lipemia

Indicações: Marcador de LE com aparecimento precoce e correlacionando níveis dos anticorpos com a

gravidade dos quadros clínicos. Tem maior positividade quando há comprometimento nefrítico.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

OPIÁCEOS – PESQUISA ( ver Drogas de Abuso- pesquisa)

_______________________________________________________________________________________

OSMOLALIDADE SÉRICA OU URINÁRIA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração ou 20 mL de urina recente.

Instruções para coleta: Coletar o sangue pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. A urina pode ser o jato

médio da primeira urina da manhã. Refrigerar imediatamente.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: osmolarímetro

Valores de Referência: soro: 300 a 900 mOsm/L

Urina: 285 a 310 mOsm/L

Interferências : bebidas alcoólicas, uso de manitol, diuréticos.

Indicações: a osmolaridade representa a quantidade de partículas osmoticamente ativas por quilograma de água. As

principais partículas osmoticamente ativas são: sódio, potássio, glicose e uréia. Estados hiper ou hiposmolares,

diabetes insipidus, nefropatias medulares.

Informações importantes: medicação atual, estado clínico.

_______________________________________________________________________________________

OSTEOCALCINA

Sinônimo mais usado: Bone GLA-Protein

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração .

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: eletroquimioluminescência.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

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Mulheres saudáveis

Pré-menopausa superior a 20 anos . . . : 11 a 48 ng/mL

Pós menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 15 a 51 ng/mL

Doentes com osteoporose . . . . . . . . . . : 13 a 53 ng/mL

Homens saudáveis

Inferior a 30 anos. . . . . . . . . . . . . . . . . : 24 a 70 ng/mL

30 – 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 11 a 48 ng/mL

Superior a 50 anos . . . . . . . . . . . . . . . : 14 a 56 ng/mL

Page 325: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Interferências: ingestão alcoólica, esteróides e glicoesteróides (diminuição), esteróides anabolizantes (elevação).

Há uma série de fatores fisiológicos que alteram os níveis de Osteocalcina: altura (diminuição em crianças

pequenas), amamentação (elevações de até 50%), gestação (diminuição no segundo semestre de até 50% dos

níveis em relação aos basais), Idade (na infância, os valores chegam a 2 a 4 vezes os valores de adultos), Meno-

pausa: elevações de até 50%, Obesidade (aumentos de 20 a 50%), Sexo: valores de até 30% maiores nos homens.

Indicações: diagnóstico laboratorial das formas assintomáticas de hiperparatireoidismo primário, podendo ter o

PTH e AMP cíclico normais.

Diagnóstico e controle laboratoriais da osteodistrofia renal, associado à dosagem do PTH. Auxiliar a

classificação dos casos de osteosporose em função do tipo histológico. Controle após corticoterapia prolongada.

Os níveis de osteocalcina refletem o “turn-over” ósseo. Pode haver elevações dos níveis de osteocalcina em:

Doença de Paget, Fratura óssea, Hemodiálise, Hiperparatireoidismo primário ou no Hiperparatereoidismo

Secundário de origem renal, Hipertireoidismo, Metástases ósseas, Osteroartropatias, Osterodistrofias de origem

renal, Osteomalácia e Osteosporose. Níveis baixos são encontrados em: Hipoparatireoidismo, Hipotireoidismo,

Mieloma, Osteosporose com baixo nível de remanejamento ósseo, Osteosporose após corticoterapia de longa

duração), e algumas patologias hepáticas.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico, doenças associadas.

_______________________________________________________________________________________

OXALATOS (ver Ácido Oxálico)

_______________________________________________________________________________________

OXAZEPAN

Sinônimo mais usado: metabólito de benzodiazepínico.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dosagem ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: 200 a 1400 ng/mL

Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise.

Indicações: é metabólito de vários tipos de benzodiazepínicos. Sua dosagem é indicada para controle

terapêutico, seus níveis e valores de toxicidade.

Informações importantes: medicamento em uso, dosagem e horários das doses.

_______________________________________________________________________________________

OXCARBAZEPINA

Sinônimo mais usado: Hidroxicarbazepina

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração.

Método: HPLC

Valores de Referência: 15 a 35 mcg/mL (Faixa Terapêutica).

Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise ou hiperlipemia.

Indicações: Controle terapêutico e dos níveis tóxicos ou hipocontrole. Medicamentos: Trileptal ou Auran. Os seus

níveis são reduzidos quando associados a carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, verapamil e ácido valpróico. A

oxcarbazepina aumenta os níveis de fenitoína e fenobarbital, e pode diminuir os níveis da lamotrigina e de

anconcepcionais orais.

Informações importantes: medicação, doses e seus horários.307

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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PAINEL DE TROMBOFILIA (ver isoladamente, Fator V de Leiden, Mutação

G20210A do gene da Protrombina e Mutação do gene da Metilenotetrahidrofolato Redutase)

_______________________________________________________________________________________

PAINEL GINECOLÓGICO AMPLIADO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia

trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma genitalium; Ureaplasma

urealyticum; Trichomonas vaginalis

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo

uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve

ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: Vide em HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR + RFLP; PCR em Tempo Real e PCR qualitativo.

Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2;

Mycoplasma genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis.

Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; Herpes simplex 1 e 2; Mycoplasma

genitalium; Ureaplasma urealyticum; Trichomonas vaginalis.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

PAINEL GINECOLÓGICO BÁSICO (DST's) – HPV, Detecção e Genotipagem; Chlamydia trachomatis e

Neisseria gonorrhoeae

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: Raspado/swab de lesões ou raspado de região considerada suspeita: colo

uterino, vagina, vulva, região perineal, perianal, anal, cavidade oral, biópsia de lesões suspeita. O material deve

ser coletado em kit para HPV fornecido pelo Laboratório e enviado sob refrigeração.

Instruções para coleta: Vide em HPV.

Estabilidade da amostra: 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR+RFLP; PCR em tempo real e PCR qualitativo.

Valores de referência: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

Interferência: Uso de pomadas, cremes, antibióticos tópicos ou sistêmicos.

Indicações: Vide HPV, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

PARA-AMINOFENOL – URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: pelo menos 50 mL de urina de uma amostra de urina ao final da fornada de

trabalho, após um mínimo de dois dias seguidos de exposição, ou conforme orientação médica.

Instruções para coleta: utilizar frasco novo, de plástico e seguir instruções do item anterior.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: IBMP: 50 mg/g de creatinina

Interferências: contaminações durante a coleta.

Indicações: serve como indicador da exposição ambiental da anilina. Seu aparecimento acontece após 24 horas

após a exposição durante a fabricação de borrachas, medicamentos e tintas. O para-aminofenol aparece na urina

primeiro que a metahemoglobina no sangue.

Informações importantes: tempo de trabalho, local de trabalho e contactos com produtos industriais.

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PAPILOMAVÍRUS (ver HPV)

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PARACOCCIDIOIDES – (ver Blastomicose)

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PARATORMÔNIO – MOLÉCULA INTACTA (PTH )

Sinônimo mais usado – PTH

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob congelamento..

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Valores de adultos:

309

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Até 60 anos:

14 a 72 pg/mLTerceira idade 14 a 89 pg/mL

Valores pediátricos:Neonatos 0 a 10 pg/mL

1 a 10 anos

0 a 50 pg/mL

11 a 14 anos 9 a 52 pg/mL15 a 19 anos 10 a 65 pg/mL

Conversão: pg/mL x 0,1053 = pmol/L

Interferências: hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e hemólise.

Indicações: as glândulas paratireóides produzem e liberam o PTH que tem um papel principal da manutenção

da homeostase do fósforo e cálcio, agindo sobre o esqueleto, intestino e rim.

A secreção do PTH é estimulada pela calcitonina, as catecolaminas, o magnésio e o próprio cálcio. Seus níveis são

diminuídos pela ação da Vitamina D. Age sobre os ossos estimulando a reabsorção óssea em conjunção com a

vitamina D, estimulando os osteoclastos e inibindo os osteoblastos. Estimula a absorção do cálcio pelos intestinos.

No rim a sua ação estimula a reabsorção tubular de cálcio, aumentando a fosfatúria, inibindo a hidroxilação da 25-

hidroxi-vitamina D3. Inibe a reabsorção tubular do bicarbonato e a excreção dos íons Hidrogênio.

Variações patológicas:

a) Hiperparatireoidismo Primário:

Aumento do PTH, do cálcio sérico e calciúria. Diminuição da fosfatemia e aumento da fosfatúria, com diminuição

do Índice de Reabsorção do Fósforo.

Quando há insuficiência renal associada, a calcemia e a calciúria podem, dependendo do tempo e gravidade da

insuficiência, se apresentarem normais.

Page 328: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

b) Hiperparatireoidismo Secundário:

Nas doenças renais em geral que cursam com insuficiência: tendência à hipocalcemia, hiper-fosfatemia.

Quadros clínicos associados: IRC, diálise peritonial, acidose tubular, Síndrome de Fanconi, tubulopatias

congênitas e diabetes.

c) Hipoparatireoidismo primário: com diminuição do PTH: cirurgias das Paratireóides ou intervenções

tireoidianas, Neonatal e transitória (com mães hipercalcêmicas) . Posteriormente o quadro cursa com

hipocalcemia, hipocalciúria, hiperfosfatemia e hipofosfatúria, com aumento dos índices de reabsorção de

fósforo.

d) No Pseudo-hipoparatireoidismo: o PTH está elevado, devido a uma falta de receptividade periférica ao PTH.

Anomalias morfológicas e/ou psicológicas podem ser encontradas.

e) Hipercalcemias malignas: o PTH está diminuído ou dentro dos valores de referência, mas com os níveis

normais mais baixos.

OBS.: há uma série de testes dinâmicos que podem ser realizados, que devem ser prescritos pelo(a)

médico(a)-assistente para cada caso específico. Alguns testes, devido aos riscos que podem provocar

só podem ser feitos em hospital com a assistência do médico-assistente.

Informações importantes: medicação atual (principalmente vitamina D, calcitonina, fosfatos, etc.), tipo de

dieta (principalmente em relação a ingestão de leite e derivados).

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PARVOVÍRUS B 19 – SOROLOGIA IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Sorologia para Parvovirose

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar sangue pela manhã, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoensaio enzimático tipo ELISA.

Valores de Referência:

Negativo/ Não Reagente

Índice inferior a 0,90Indeterminado/Borderline Índice entre 0,90 e 1,10Positivo/ Reagente

Índice superior a 1,10

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia, Hiperlipemia.

Indicações: diagnóstico sorológico das infecções pelo Parvovírus B 19. É um vírus de uma só hélice de DNA,

incompleto, sem envelope, com um grande tropismo por células eritroblásticas, podendo provocar doença

eruptiva denominada megaleritema epidêmico, infecções fetais com possíveis abortamentos, infecções crônicas

em pacientes imunodeprimidos, crises eritro-blastopênicas em pacientes das doenças de Minkowski-Chauffard,

pacientes talassêmicos e com anemia falciforme, etc.

Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

PARVOVÍRUS B 19 – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Parvovirose

GRUPO SÃO CAMILO

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Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 2,0 mL de plasma congelado, 1 mL de

líquido amniótico. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Enviar sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: sangue total (5 dias), plasma (6 meses congelado), líquido ammniótico (dois dias).

Método: PCR.

Valores de Referência: Reação Negativa.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Parvovírus B19.

Informações importantes: quadro clínico e tempo de doença.

_______________________________________________________________________________________

PARIETAIS – ANTICORPOS ANTI-CÉLULAS (Ver Anticorpos Anti-células Parietais)

_______________________________________________________________________________________

PASTEURELLA MULTOCIDA, PCR QUALITA. – BIOMOL SC NOVO

Sinônimo mais usado: Pasteurelose.

Material e conservação para envio: Escarro, 2,0 mL de lavado bronco-alveolar, 5,0 mL de urina do 1° jato da

manhã, líquido pleural, secreção orofaringe, 1,0 mL de líquor, líquido ascítico, líquido sinovial, outros fluidos

corporais, fragmentos de biópsia. Enviar sob refrigeração.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 48 horas refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

Indicações: Pasteurella multocida é uma bactéria cocobacilar gram negativa que pode causar infecções

zoonóticas em humanos, as quais são tipicamente resultantes de mordidas ou arranhões de animais domésticos.

P. multocida secreta uma endotoxina que altera as propriedades do surfactante pulmonar, alterando assim a

mecânica pulmonar e as trocas gasosas, ocasionando assim rinite, conjuntivite, pneumonia, abcessos, infecções

no trato genital e septicemia. A bactéria pode ser transmitida via aerosol ou por contato direto ou por fômites.

Informações importantes: Indicar medicamentos utilizados pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

PCR ULTRASSENSÍVEL

Sinônimo mais usado : PCR-US

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 330: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: Risco cardiovascular:

Risco Alto : > 3,0 mg/dL

Risco Médio : 1,0 a 3,0 mg/dL

Risco Baixo : < 1,0 mg/dL

Para doenças inflamatórias na fase aguda : > 11,0 mg/dL.

OBS.: A interpretação dos valores para risco cardiovascular só tem valor preditivo na ausência de quadros

inflamatórios sistêmicos.

Interferências : hiperlipemia, hemólise, hiperbilirrubinemia e presença de anticorpos Heterófilos. Quadros

inflamatórios sistêmicos. Os médicos devem levar em conta algumas limitações do exame: a) os aumentos do

PCR podem não ser específicos e só podem ser interpretados com a história clínica completa, b) a dosagem do

PCR-US não elimina a necessidade dos exames para risco cardíaco, c) não é um indicador para síndrome

coronariana aguda, d) valores persistentemente acima de 11,0 mg/dL devem ser investigados para outras

etiologias não cardiovasculares isoladamente, e) Não deve ser usado isoladamente como monitoração de

efeitos de tratamento.

Indicações: A PCR é uma proteína do grupo das beta-globulinas, considerada de fase aguda e 118 kD. É na

realidade um pentâmero de sub-unidades cíclicas idênticas e pertence à família das pentaxinas. Os seus

níveis séricos podem se elevar de forma não específica para doenças inflamatórias infecciosas e à

colagenoses, como AR, doenças cardiovasculares. É produzida pelo fígado e seus níveis séricos em quadros

normais são muito baixos ou não é detectada. O seu papel parece estar ligado ao reconhecimento e eliminação

de patógenos , auxiliando assim a imunidade celular e humoral, através de atividade de opsonização. Os

níveis de PCR se elevam um ou dois dias após quadro inflamatório agudo, chegando a quase que mil vezes os

níveis basais. A tendência é a sua queda com o passar da fase aguda da inflamação. É bem conhecida que há

estreita relação entre inflamação e arteriosclerose, que leva a doenças cardiovalculares. Assim, a PCR-US é

um marcador de arteriosclerose. Os seus níveis alterados tem valor prognóstico em pacientes com síndrome

coronariana aguda e é também um indicador independente dos eventos futuros das coronárias de pacientes

sem quadros clínicos sugestivos.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

PENTACLOROFENOL (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Penta-CL

Material e conservação para envio: 100 mL de urina pré-jornada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: em frasco plástico fornecido pelo laboratório, coletar urina pré-jornada de trabalho, no

último dia da semana de trabalho, ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: Cromatografia líquida.

Valores de Referência: IBMP : 2,0 mg/g de creatinina.

Interferências: contaminações durante a coleta do material

Indicações: controle de colaboradores contactantes. Conhecido como“pó da China”, é utilizado na conservação

de móveis, utilizado como anti-séptico, fungicida ou herbicida.

Informações importantes: local de trabalho e tempo de trabalho em setor com contacto.

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GRUPO SÃO CAMILO

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PEPTÍDEO C

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: 0,9 a 7,1 ng/mL

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Indicações: durante a produção da insulina, nas células beta do pâncreas, a pró-insulina sofre uma clivagem

liberando a insulina e o Peptídeo C como molécula de conexão, em uma proporção equimolar. Devido ao

metabolismo dos dois produtos e diferenças na depuração da insulina, a concentração do Peptídeo C no sangue

periférico é sempre maior que o da insulina.

O Peptídeo C de forma bem diversa que a Insulina, é um peptídeo inerte. Dessa forma a concentração do Peptídeo

C indica a atividade do pâncreas na produção de insulina, mesmo na presença de anticorpos anti-insulina. No

início do quadro de diabetes tipo II ou no diabetes juvenil, os níveis de insulina ou peptídeo C são muito baixos.

Níveis em elevação do Peptídeo C, após tratamento de quadros de hiperglicemia severa e/ou cetoacidose,

demonstram a recuperação das células beta, mesmo que parcialmente. A piora do quadro de produção é refletida

na diminuição dos níveis do Peptídeo C. Níveis de insulina alta e Peptídeo C baixa, em pacientes insulino-

dependentes indica hiperinsulinismo iatrogênico.

Informações importantes: quadro clínico, medicação utilizada, principalmente insulina ou hipoglicemiantes orais.

_______________________________________________________________________________________

PH FECAL

Sinônimo mais usado: pH das fezes

Material e conservação para envio: 2 a 5 gramas de fezes recentes sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar as fezes pela manhã, guardando imediatamente em frasco plástico limpo e

estéril sob refrigeração.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração. Em tampão tipo PBS neutro, pode-se conservar por até 48

horas sob refrigeração.

Método: Potenciométrico.

Valores de Referência: Lactentes com aleitamento materno exclusivo : 5,0 a 6,0

Lactentes recebendo leite de vaca : 7,2 a 9,0

Lactentes recebendo leite de cabra : 7,0 a 8,5

Lactentes recebendo leite de soja : 6,5 a 7,5

Crianças até 4 anos : 5,6 a 7,5

Crianças > 4 anos (valores de adultos) : 6,5 a 7,5

Interferências: uso de medicação obstipante, antiácidos, medicação que aumente o trânsito intestinal. Uso de

antibióticos por via oral pode reduzir a flora intestinal e não ocorrer a fermentação dos carbohidratos, não

acidificando o pH.

Indicações: geralmente indicado nos casos de diarréias crônicas, principalmente em crianças.

Ajuda a diferenciar casos de afecções putrefativas e fermentativas.

Valores de pH abaixo de 5,5 sugere intolerância a carbohidratos, devido à fermentação bacteriana, total ou

parcial. A flora sacarolítica age sobre os carboidratos não absorvidos, principalmente nos cólons. A análise do pH

geralmente é realizada em paralelo com a pesquisa de substâncias redutoras.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Informações importantes: tipo de dieta, medicação atual e ritmo de evacuações.

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PIRINOLINA-D

Sinônimo mais usado: Piridinolina

Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina ao acaso, de 24 horas, 12 ou outro período por

determinação médica. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: A urina deve ser acidificada com HCl 50%, 20 mL por litro de urina para adultos ou 10

mL por litro de urina para crianças. Estocar em refrigeração. Como a liberação pela urina não é constante, sendo

maior durante a noite do que durante o dia, a maioria dos pesquisadores recomendam a coleta de 24 horas. Os

pacientes devem ser avisados do conteúdo de HCl nos frascos de coleta. Não devem encostar os genitais no

frasco e mater fora do alcance de crianças. Evitar dieta hiperprotéica três dias antes da coleta.

Estabilidade da amostra: Estando acidificada a urina pode ficar sob refrigeração por 20 dias.

Método: HPLC

Valores de Referência:

Faixa etária Em nmol/mmol de creatinina2 a 10 anos

160

a 440

11 a 14 anos

105 a 400

15 a 17 anos 42 a 200 A

20

a

61

22 a 89

Interferências: sangue menstrual, contaminação com fezes e secreções genito-urinárias durante as coletas.

Indicações : a atividade dos osteoclastos, que realizam a reabsorção óssea pode ser observada pela eliminação

urinária da deoxipiridinolina, que em conjunto com a piridinolina constituem-se nas ligações da estrutura do

colágeno, do tipo I, sendo a primeira 3 vezes mais concentrada que a piridinolina. Como a deoxipiridinolina é

mais sensível que a piridinolina e não sofre influência da dieta, este exame é mais solicitado.

São indicados para estudo da resposta terapêutica para doenças ósseas, permitindo uma avaliação mais rápida

que a densitometria óssea, para patologias como Doença de Paget, osteosporose simples, hipertireoidismo,

hiperparatireoidismo. O hipotireoidismo pode diminuir os níveis na urina.

Informações importantes: medicação atual, dados da densitometria óssea, etc.

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PLAQUETAS (Inclui morfologia)

Sinônimo mais usado: Contagem de plaquetas.

Material e conservação para envio: 1 mL de sangue total em EDTA,

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: Contador automático de hematologia, contagem segundo Fônio e câmara de Neubauer (principalmente

para coletas feitas com outros anticoagulantes em casos de autoaglutinação das plaquetas com EDTA).

Valores de Referência: 150 a 450 mil por mm³

GRUPO SÃO CAMILO

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OBS.: Qualquer flag emitido pelos equipamentos e/ou valores anormais, os resultados são confirmados em

câmaras em microscopia comum, de contraste de fase e contagem e morfologia em lâminas de

microscopia, seg. Fônio.

Interferências: formação de coágulos ou hemólise.

Indicações: avaliação rotineira da contagem de plaquetas, em casos de plaquetose, plaquetomenias, alterações de

morfologia , etc (Ver Plaquetograma).

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

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PLAQUETOGRAMA

Sinônimo mais usado: Análise morfológica das plaquetas.

Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 lâminas com esfregaços finos do sangue periférico e um tubo

com 2 mL de sangue total em EDTA.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Logo após a coleta e realização dos esfregaços, fixa-los em Metanol

PA por 30ª 60 segundos, ou fixa-los no primeiro líquido do kit de coloração panótica. Não Corar. Proteger as

lâminas em porta-lâminas.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: análise em microscopia óptica comum, com coloração tipo Romanovski, segundo Rosenfeld.

Valores de Referência: morfologia normal, sem alterações a serem anotadas.

Interferências: hemólise e aglutinações inespecíficas.

Indicações: A análise que é feita no Plaquetograma, são ao todo 15 observações, a saber:

a) Morfologia,

b) contornos,

c) Granulômero (conjunto central de grânulos),

d) Hialômero (área hialina externa),

e) diâmetro plaquetário (3,6 ± 0,7 mm), VPM (volume plaquetário médio) (varia de 6 a 12 fentolitros),

f) Anisocitose,

g) Pesquisa de Plaquetas gigantes,

h) Megatrombócitos,

i) Microtrombócitos,

j) Plaquetas bizzaras,

k) plaquetas basofílicas,

l) Plaquetas cinzas, m) Grânulos gigantes e n) Satelitismo.

Com estes dados, pode-se classificar uma série de eventos importantes que são envolvidas as plaquetas, sua

morfologia, sua produção , etc. Para exemplos: Síndrome de Chediak-Higashi, de Hegglin, de Sebastian, de

Bernard-Soulier, hiperesplenismo, anemias aplásticas, mielofibrose, etc. Ver Plaquetograma no site :

laboratoriosaocamilo.com.br/analises.

Informações importantes: quadro clínico, hora da coleta.

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PLASMODIUM – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Hematozoários.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: enviar 4 a 6 esfregaços de sangue periférico e lâminas com gota espessa.

Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: as coletas devem ser realizadas nos picos febris, ou nos pródromos dos picos de febre,

quando o número de parasitas periféricos aumenta muito.

Estabilidade da amostra: os esfregaços sem corar tem estabilidade de 7 dias a temperatura ambiente, em

protetores de lâminas, protegidos do calor, umidade e luz. Se corados, a temperatura ambiente, com as mesma

proteções acima, tempo de estabilidade indeterminado.

É preferível enviar as lâminas sem corar.

Método: observação microscópica de montagens coradas.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa

Interferências: medicação específica prévia e coleta fora dos períodos de parasitemia.

Indicações: dignóstico de malária e da espécie de Plasmódio presente: Plasmodium falciparum, Plasmodium

vivax e Plasmodium malariae.

Informações importantes: temperatura no momento da coleta, medicação atual e antecedentes

epidemiológicos.

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PNEUMOCOCOS – ANTICORPOS – IgG (Streptococcus pneumoniae)

Sinônimo mais usado: Anti-Pneumococos

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob congelação.

Instruções para coleta: jejum é dispensável.

Estabilidade da amostra: 3 meses sob congelação.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: Imunidade : acima de 1,0 (Índice)

Pós-vacinal: acima de 1,0 (Índice)

Interferências: Lipemia ou hemólise.

Indicações: estudo da imunidade humoral de indivíduos vacinados.

Informações importantes: o substrato utilizado contém polissacarídeos de 23 sorotipos específicos de

Streptococcus pneumoniae: 1-5, 6B, 7F, 8,9N, 9V, 10ª,11ª, 12 F, 14, 15B, 17F, 18C, 19ª, 19F, 20, 22F, 23F e 33F.

Exposição prévia pode apresentar níveis elevados sem vacinação.

_______________________________________________________________________________________

Pneumocystis jirovesi – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Pneumocystis

Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado broncoalveolar ou aspirado

transtraqueal por coleta médica. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: ver o Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São Camilo. Os

materiais de coleta devem ser estéreis e fornecidos pelo Laboratório.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração.

Método: coloração de Gomori-Grocott

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: uso de medicação específica.

Indicações: O Pneumocystis carinii é um fungo oportunista que se multiplica desde o orofaringe até nos

alvéolos. Os quadros clínicos geralmente ocorrem em prematuros e em pacientes imunodeprimidos, adquiridos e

GRUPO SÃO CAMILO

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congênitos. Geralmente é de início abrupto e grave, com começo de tosse seca para logo se desenvolver

insuficiência respiratória aguda e quadro radiológico de pneumonia intersticial difusa. Os fungos parasitas

podem ser encontrados nas se-guintes formas: a) esporozoita, b) trofozoíta, c) pré-cisto e d) cisto maduro com 8

esporozoítos.

Em pacientes com HIV, geralmente os quadros são mais floridos e o número de fungos é muito grande. Pacientes

submetidos a quimioterapia ou pacientes transplantados apresentam sempre um número pequeno de parasitos

nos materiais coletados.

Informações importantes: medicação atual.

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Pneumocystis jirovesi – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Pneumocystis carinii

Material e conservação para envio: escarro expectorado ou induzido, lavado bronco-alveolar e aspirado

transtraqueal (coletas médicas), coletadas em frascos estéreis fornecidos pelo laboratório, contendo tampão

PBS.

Instrução para coleta: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.

Método: PCR em Tempo Real.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: a principal é sangue nos materiais coletados.

Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções por Pneumocystis carinii.

Informações importantes: medicação em uso e quadros de hemoptise.

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PORFOBILINOGÊNIO – DOSAGEM

Sinônimo mais usado: PBG

Material e conservação para envio: 100 mL de alíquota de urina de 24 horas sob refrigeração, sob proteção da luz.

Instruções para coleta: pela manhã, desprezar todo o volume da primeira urina da manhã, e guardar todas as mic-

ções posteriores, juntando-as em frasco fornecido pelo Laboratório, e mantendo sob refrigeração. Proteger da luz.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico.

Valores de Referência: até 2,0 mg por 24 horas.

Interferências: sangue na amostra, luz direta sobre o material.

Indicações: diagnóstico laboratorial das profirias, principalmente da forma intermitente aguda.

Informações importantes: medicação utilizada atualmente, presença de crises de porfiria.

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PORFOBILINOGÊNIO – PESQUISA

Sinônimo mais usado: PBG

Material e conservação para envio: primeira urina da manhã, volume total, sob refrigeração. É necessário o

envio de pelo menos 50 mL de urina.

Instruções para coleta: vide item anterior.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração e protegido da luz.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Interferências: hemólise. Medicamentos que podem alterar os valores do potássio sérico:

Elevações: amilocida, Ácido Epsilon-Aminocapróico, Agentes anti-Neoplásicos, Arginina, Cefaloridina,

Adrenalina, Heparina, Isoniazida, Lítio, Manitol, Meticilina, Penicilina Potássica, Propranolol,

substituos do sal caseiro, Espirolactona, Succinilcolina, Tetraciclina e Magnésio.

Diminuições: Anfotericina B, Carbenecilina, Corticosteróides, Diuréticos, EDTA, Glicose EV e Salicilatos.

Indicações: Diagnóstico das alterações do equilíbrio Hidro-Eletrolítico e Ácido-Básico. Seguimento de

pacientes que tomam digitálicos, Insuficiência Renal, Cetoacidose diabética, Hidratação parenteral,

Insuficiência Hepática, terapia com diuréticos, etc.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

POTÁSSIO URINÁRIO

Sinônimo mais usado: Potassiúria, Caliúria

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL do volume total de 24 horas ou alíquota de 100 mL de

urina ao acaso, principalmente a primeira da manhã para adultos ou 20 mL de urina ao acaso para crianças que

GRUPO SÃO CAMILO

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Método: colorimétrico.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: sangue na amostra e luz incidental.

Indicações : triagem para certos tipos de porfirina.

Informações importantes: medicação atual e histórico de crises de porfiria.

_______________________________________________________________________________________

POTÁSSIO SÉRICO

Sinônimo mais usado: Calemia, K

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Íon Seletivo – ISE.

Valores de Referência:

Valores de Adultos em mEq/L Homens até 65 anos 3,5 a 5,5Mulheres até 65 anos 3,5 a 5,5Homens: 65 a 75 anos 3,9 a 5,5Mulheres: 65 a 75 anos

3,8 a 5,5Homens > 75 anos

3,7 a 4,5

Mulheres > 75 anos

3,9 a 5,2

Valores Pediátricos

em mEq/L

Prematuros: sangue do cordão

5,0 a 10,2

Prematuros com 48 horas

3,0 a 6,0RN a termo: sangue do cordão 5,6 a 12,0RN a termo: sangue periférico 3,7 a 5,9Crianças até 7 anos 3,4 a 5,3

mEq/L = mmol/L

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não controlam a micção e devem coletar com saco coletor, independente da hora da coleta sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas, conforme já descrito anteriormente, estocando cada micção

sob refrigeração em mesmo frasco, fornecido pelo Laboratório.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: Íon seletivo ( ISE)

Valores de Referência: Urina de 24 horas : 25 a 125 mEq/24 horas

Urina ao acaso : Homens : 13 a 100 mEq/g de creatinina

Mulheres : 17 a 120 mEq/g de creatinina

mEq/L=mmol/L

Interferências: contaminação bacteriana ou fúngica maciças.

Medicações: além das já citadas no Potássio Sérico, temos:

- Elevações: corticosteróides, Calcitonina, Carbenecilina, Penicilina, Estreptomicina,etc.

- Diminuições: Alanina, Amilorido, Anestésicos, Adrenalina, HGH, etc.

Indicações: Diagnóstico diferencial das Hipocalemias de origem renal ou extra-renal. Potássio urinário inferior

a 20 mEq/dia, indica Hipocalemia de origem não renal. Valores superiores a 50 mEq/dia, indica perdas renais.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

PRIMIDONA

Sinônimo mais usado: Primidona sérica

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento ou conforme orientação

médica.

Estabilidade da amostra: 10 dias sob refrigeração ou 1 mês sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Níveis terapêuticos: 5,0 a 15,0 mcg/mL

Interferências: Analíticas: hemólise, hiperbilirrubinemia, hiperlipemia.

Medicamentosas: o uso associado a Carbamazepina pode produzir diminuição dos níveis séricos da Primidona,

pela ativação de enzimas hepáticas. A queda dos níveis está relacionada às doses de Carbamazepina.

Informações importantes: informar o medicamento, a dose utilizada, data e hora da última medicação e a hora

da coleta.

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PRO-BNP – PEPTÍDEO NATRIURÉTICO CEREBRAL

Sinônimo mais usado: p-BN

Material e conservação para envio: 1 mL de plasma em EDTA, sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. Coletar o sangue em tubo com EDTA, e separar

imediatamente o plasma para um tubo plástico. Só utilizar EDTA como anticoagulante. Enviar no mesmo dia da

coleta. Manter sob congelamente se houver maior espera para o envio.

Estabilidade da amostra: até 20 dias sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: HOMENS

Até 50 anos : até 88 pg/mL

Maior que 50 anos : até 227 pg/mL

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

MULHERES

Até 50 anos : até 153 pg/mL

Maior que 50 anos : até 334 pg/mL

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Interferências: hiperbilirrubinemia (> 15 mg/dL), hemólise e lipemia.

Indicações: marcador de função do músculo cardíaco, é produzido em resposta fisiológica à elevação da pressão

dentro das câmaras cardíacas, o que acontece de modo mais intenso na Insuficiência Cardíaca Congestiva. Assim

este marcador serve para o diagnóstico de ICC, ser acompanhamento e prognóstico.

Informações importantes: quadro clínico, doenças associadas e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

PROGESTERONA

Sinônimo mais usado: Progesterona sérica

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Coletas relacionadas ao ciclo menstrual devem ter orientação médica.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: Fator de conversão de unidades: ng/mL x 3,18 = nmol/L

GRUPO SÃO CAMILO

VI320

Automatizada

Valores de Referência

MASCULINO:

Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,35 a 3,00 ng/mL

1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : até 1,30 ng/mL

11 a 14 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,30 a 1,50 ng/mL

15 a 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,80 a 3,70 ng/mL

Adultos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,28 a 1,22 ng/mL

FEMININO:

Neonatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,35 a 2,20 ng/ml

1 a 10 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : até 1,00 ng/mL

11 a 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,40 a 12,00 ng/mL

15 a 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,70 a 14,00 ng/mL

Fase folicular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 0,15 a 1,40 ng/mL

Fase luteínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 3,34 a 25,56 ng/mL

Meio do ciclo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 4,44 a 28,03 ng/mL

Pós Menopausa . . . . . . . . . . . . . . . . . . : até 1,00 ng/mL

Com anticoncepcionais . . . . . . . . . . . . : 0,34 a 0,92 ng/mL

GRÁVIDAS:

1º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 9,30 a 33,20 ng/mL

2º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 29,50 a 50,00 ng/mL

3º trimestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 83,10 a 160,00 ng/mL

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Medicamentos: Elevações: Clomifeno e Oxiprogesterona

Diminuições: Ampicilina, Prostaglandina (PFG 2 Alfa), Etinilestradiol e anticoncepcionais orais.

Indicações: A Progesterona é um hormônio que tem três momentos de produção, sendo dois ovarianos e um

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placentário além de uma produção supra-renal: a) produzido pelo corpo amarelo no período ovulatório do ciclo

menstrual, b) pelo corpo amarelo gravídico e c) pela placenta. Sua produção é dependente do LH.

O LH se eleva no pico pré-ovulatório e o corpo amarelo começa a se desenvolver aumentando os valores séricos

da Progesterona, cujo pico máximo de produção ocorre no sétimo dia após a ovulação. Com a senescência do

corpo amarelo, por falta de fecundação, os níveis de progesterona vão caindo e vão subir novamente no pico

ovulatório do novo ciclo menstrual. O seu principal papel é preparar o útero para uma gravidez e as glândulas

mamárias para a lactação em associação com a Prolactina.

Os valores da Progesterona podem estar baixos, principalmente nos casos de insuficiência luteínica, devido a

ciclos anovulatórios, hipogonadismo secundário, devido a insuficiência de LH e FSH, e ciclos menstruais muito

curtos, com valores de FSH e Estradiol baixos. Estes quadros geralmente tem etiologia na insuficiência funcional

dos ovários, Hiperandrogenismo, Hiperprolactinemia e deficiência da secreção do LH.

Informações importantes: data da última menstruação e medicação.

_______________________________________________________________________________________

PROLACTINA

Sinônimo mais usado: PRL

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, coletando o material somente após

descanço de pelo menos 30 minutos.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: para percentil de 97,5%

Valores de Adultos em ng/mLHomens > 20 anos 2,1 – 17,7Mulheres

> 20 anos

2,8 –

29,2

Com anticoncepcional

até

32,5

Grávidas 1° trimestre

16,0

151,0

Grávidas 2° trimestre

52,0

212,0

Grávidas 3° trimestre 99,0 – 560,0

Valores Pediátricos em ng/mL

Homens

MulheresNeonatos

45,0

392,0

31,0

– 328,0

1 a 10 anos

2,7

49,0

3,1

– 22,011 a 14 anos 2,6 – 18,0 3,2 – 27,015 a 19 anos 2,7 – 18,0 3,1 – 33,0

Fator de Conversão: ng/mL x 21,2 = mUI/mLPadrão Internacional: WHO 3nd IS 84/500

321

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Pós-menopausa 1,8 – 20,3

Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia, hemólise.

Medicamentos: Elevações: Carbidopa, Cimetidina, Ranitidina, Estrógenos, Haloperidol, Metildopa,

Metoclopramida, Inibidores da MAO, Anticoncepcionais orais, Reserpina e TRH.

Diminuições: Bromocriptidina e Levodopa.

Indicações: A Prolactina é um hormônio polipeptídico hipofisário, que apresenta semelhança molecular com o

hormônio do crescimento e o lactogênico placentário. Com controle hipotalâmico, é inibido pela Dopamina e

estimulado pelo TRH (Fator de Liberação da Tireotrofina). Age iniciando e mantendo a lactação, por sua ação

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sobre as glândulas mamárias. Para tanto os níveis de estradiol e progesterona devem alcançar certas taxas para

que as glândulas possam receber os estímulos da prolactina. De forma diversa, os quadros de hiperprolactinemia

levam a diminuição dos níveis de progesterona.

Na mulher grávida, a queda brusca dos estrógenos no pós-parto permite a ação direta da Prolactina iniciando a lactação.

No homem tem ação sobre a regulação do LH influenciando indiretamente a produção de Testosterona.

Elevações acentuadas da Prolactina ocorrem em tumores da hipófise (Prolactinomas), que podem atingir níveis

superiores a 100 ng/mL, nas galactorréias, amenorréias, impotência, infertilidade. Pode refletir a reserva

hipofisária da Prolactina.

Em casos de níveis muito elevados de Prolactina, sem correspondente alterações gonadais deve-se suspeitar de

Big-Prolactinemia - ver o Item Big-Prolactina.

_______________________________________________________________________________________

PROLACTINA – MACRO (Ver Macroprolactina)

_______________________________________________________________________________________

PROLACTINA – TESTE DE ESTÍMULO COM TRH

Sinônimo mais usado: estímulo de Prolactina com TRH

Material e conservação para envio: 1 mL de cada tempo de coleta sob refrigeração.

Instruções para coleta: com o paciente em jejum mínimo de 4 horas, e após 30 minutos de repouso, é coletada

uma amostra de sangue total, sem anticoagulante, e aplicado 200 microgramos de TRH , endovenoso lento.

Deixar o paciente novamente em repouso, com a veia pega. O paciente deve ser vigiado nos primeiros minutos após

a aplicação. Efeitos fugazes podem ocorrer, como calor perineal, gosto amargo, náuseas, tonturas e urgências de

evacuação ou micção. Coletar ainda amostras de sangue aos 15, 30, 45 e 60 minutos.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Na maioria dos casos a resposta normal ocorrem entre os 15 e 30 minutos e é de 2,5 a 10

vezes o valor basal.

Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.

Indicações : Estudo da reserva hipofisária de prolactina e diagnóstico de prolactinomas que produzem a

prolactina de forma autônoma e não apresentam resposta à aplicação do TRH, com níveis basais elevados.

Informações importantes: medicação, ciclos menstruais, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA C FUNCIONAL (COAGULAÇÃO)

Sinônimo mais usado: Proteína C

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento .

Método: colorimétrico automatizado.

Valores de Referência: �70 a 140%.

Interferências: falhas no congelamento, hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Contaminação

bacteriana com bactérias que utilizam o citrato como substrato, levando o plasma a formação de coágulos.

Indicações: Avaliação de estados de hipercoagulabilidade, trombose profunda e trombose. Como a Proteína C

GRUPO SÃO CAMILO

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age após a ativação da superfície endotelial, como anticoagulante e tem ação fibrinolítica, a deficiência de

Proteína C pode levar a quadros graves de trombofilia. Esta deficiência pode ser hereditária ou adquirida. As

causas adquiridas mais freqüentes são: Síndrome nefrótica, uso de anticoncepcionais orais, Insuficiência

Hepática, Diabetes Mellitus insulina dependente, fase aguda da angina péctoris, período pós-operário e nas

crises hemolíticas e sequestração da Anemia Falciforme, em alguns casos de hipertensão arterial (principalmente

Síndrome Metabólica) e Coagulação Intravascular Disseminada.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA DE BENCE-JONES (ver Bence-Jones – Proteínas)

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA S FUNCIONAL (COAGULAÇÃO)

Sinônimo mais usado: Proteína S

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado sob congelamento.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento.

Método: coagulométrico automatizado.

Valores de Referência: 55 a 140%

Interferências: maior prazo de congelamento além de uma semana. Contaminação bacteriana que utiliza o

citrato como substrato levando o plasma a apresentar coágulos.

Indicações: a deficiência da Proteína S proporciona o aparecimento de quadros tromboembólicos. A Proteína S é

um co-fator da Proteína C ativada, acionando o seu efeito anticoagulante e degradando os fatores Va (Fator V

ativado) e VIIIa (Fator VIII ativado) e a estimulação do sistema fibrinolítico. Nos quadros de deficiências

hereditárias homozigóticas há a ocorrências de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências

heterozigóticas em risco elevado de fenômenos tromboembólicos, quando atinge a idade adulta.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA S – LIVRE

Sinônimo mais usado: OS-Livre

Material e conservação para envio: 1 mL plasma citratado sob congelamento.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob congelamento.

Método: coagulométrico automatizado.

Valores de Referência: 58 a 118%.

Interferências: congelamento prolongado, acima de 7 dias. Contaminação bacteriana por microrganismos que

utilizam o Citrato como fonte de Carbono, podendo formar coágulos no plasma, por falta do anticoagulante.

Indicações: A proteína S Livre é uma glicoproteína produzida no fígado e nas células endoteliais, Vitamina K

dependente. Ela se apresenta sob forma livre (35 a 40%) e sob a forma transportada pela Proteína C ativada,

inativando os fatos Va e VIIIa e inibindo a formação da Protrombina e os complexos tenases, na presença de

fosfolípides e do Cálcio. Aproximadamente 2 a 7% dos pacientes com quadro de trombose venosa profunda

apresentam deficiência congênita autossômica dominante.

323

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Variações Fisiológicas: Como se comporta como uma proteína de fase aguda de processos inflamatórios, a

Proteína S pode estar elevada sem que isso indique alguma alteração em sua função fundamental. Também

pode-se apresentar elevada nos casos de Síndrome Nefrótica, no uso de estrógeno-progestativos e em

síndromes inflamatórias, tanto agudas como crônicas. As deficiências adquiridas ocorrem na insuficiência

hepática, devido a diminuição da produção dos fatos de coagulação vitamina K dependentes, CIVD, gestação

de 3º trimestre, câncer, obesidade e tratamentos com medicamentos que competem com a vitamina K1. As

deficiências congênitas são devido à transmissão autossômica dominante. Nos quadros de deficiências

hereditárias homozigóticas podem ocorrer quadros de púrpura fulminante após o nascimento. As deficiências

heterozigóticas podem produzir risco elevado de fenômenos troboembólicos, quando os pacientes atingem a

idade adulta.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA C REATIVA – QUANTITATIVA

Sinônimo mais usado: PCR

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Imunoturbidimetria automatizada.

Valores de Referência: até 0,6 mg/dL

Interferências: medicação anti-inflamatória prévia, medicação IM profunda, que possam produzir dano

muscular, como penicilina benzatina, preparados de ferro, etc. Hemólise, Hiperlipemia e Hiperbilirrubinemia.

Elevações podem ocorrer na terapia com estrógenos e anticoncepcionais orais. Diminuições podem ocorrem

com terapia com corticosteróides, sendo dose dependente. Quanto mais altos os seus níveis mais o PCR pode

diminuir.

Indicações: Normalmente ausente da circulação, a PCR é uma proteína alfa-2 globulina, indicadora de fase

aguda do soro, de processos inflamatórios e infecciosos. Elevações ocorrem nas doenças do colágeno, pós-

operatórios, infarto do miocárdio, doenças infecciosas agudas e neoplasias. Pode ser usada no seguimento do

tratamento terapêutico das doenças reumáticas, como febre reumática, nos períodos de remissão ou

reagudização e ainda nas vasculites sistêmicas e prognóstico do IAM.

Informações importantes: medicação atual e prévia, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA C REATIVA ULTRASSENSÍVEL (ver PCR ultrassensível)

_______________________________________________________________________________________

PROTEÍNA TOTAL E FRAÇÕES

Sinônimo mais usado: PTF

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico automatizado.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência:

Valores de adultos (19 a 59 anos):

325

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Proteínas Totais 6,0 a 8,0 g/dLAlbumina(A)

3,5 a 5,5 g/dL

Globulinas(G) 2,0 a 3,5 g/dLRelação A/G 1,5 a 2,0

Valores para 3ª Idade (em g/L):

Faixa etária

PT homens

Alb homens PT mulheres

Alb mulheres

60 a 69 anos 6,0 – 8,0 3,6 – 4,6 6,8 – 8,0 3,6 – 4,770 a 79 anos 5,8 – 7,6 3,6 – 4,5 6,0 – 7,6 3,6 – 4,680 a 89 anos 5,8 – 7,4 3,7 – 4,6 6,0 – 7,6 3,7 – 4,5

> 90 anos 5,8 – 7,4 3,7 – 4,3 5,8 – 7,4 3,5 – 4,4

Valores pediátricos (em g/dL):

Homens MulheresFaixa etária

PT

Alb

PT

Alb

Até 30 dias

3,8 –

7,0

2,0 – 3,6

3,8 –

7,0

2,0 – 3,6

1 mês a 3 anos 5,9 – 7,0 3,4 – 4,2 5,9 – 7,0 3,4 – 4,24 a 6 anos 5,8 – 7,8 3,5 – 5,2 5,8 – 7,8 3,5 – 5,27 a 9 anos 6,2 – 8,1 3,7 – 5,6 6,1 – 8,2 3,6 – 5,810 a 19 anos 6,3 – 8,6 3,8 – 5,7 6,2 – 8,5 3,7 – 5,6

PT= proteínas totais; Alb= albumina

Interferências: hiperbilirrubinemia, hemólise e hiperlipemia.

Indicações: valores superiores a 9 g/dL sugere hiperimunoglobulinemia, gamopatias poli ou monoclonais.

Elevações podem ocorrer nas desidratações pronuniciadas (pseudohiperproteinemia). Níveis inferiores a 6 g/dL

são associados com perda de protínas (perdas maciças: gastroenteropatias perdedoras de proteínas, queimaduras

agudas, Síndrome Nefrótica), Redução de síntese na deficiência protéica grave, doença hepática crônica,

Síndromes de Malabsorção. Hipo ou agamaglobulinemia. As Proteínas Totais podem estar diminuídas nas

gestações (hemodiluição) e nas infusões I.V. maciças. Em relação específica à albumina, elevações podem

ocorrer com ampicilina, heparina, fenazopiridina, e nas hiperlipemias. Diminuições da albumina, ocorrem nas

terapias com estrógenos, anticoncepcionais orais, Penicilina, Cefalotina, Aspirina e Sulfonamídicos. A albumina

pode ser utilizada para avaliação dos estados nutricionais, muito embora a pré-Albumina se apresente como um

marcador mais sensível.

Informações importantes: medicação atual, estado nutricional, doenças associadas.

_______________________________________________________________________________________

PROTEINÚRIA DE 24 HORAS / DE 12 HORAS E AO CASO

Sinônimo mais usado: proteínas na urina.

Material e conservação para envio: alíquota de 50 mL da urina de 24 horas, sob refrigeração ou 50 mL de urina

de 12 horas ou 50 mL de urina coletada ao acaso.

Instruções para coleta: coleta de 24 horas ou de 12 horas.

Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico automatizado.

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Valores de Referência: Valores para adultos :

Urina de 24 horas : até 150 mg/24 horas

Grávidas : até 160 mg/24 horas

Urina de 12 horas : até 100 mg/12 horas

Urina ao acaso : até 20 mg/dL

Valores Pediátricos em mg/24 horas:

2 a 12 meses Até 155 1 a 4 anos Até 140

4 a 10 anos Até 19010 a 16 anos Até 210

Interferências: exercícios físicos ou posição ortostática prolongada. Hemólise.

Indicações: Pesquisa de proteinúria nas doenças renais tubulares e/ou glomerulares, como nas Síndromes

Nefróticas, glomerulopatias, nefrites túbulo-intersticiais, hipertensão arterial, nefropatia gravídica, nefropatia

diabética, nas paraproteinemias como presença de Proteínas de Bence Jones. Nos casos de mioglobinúrias e

hemoglobinúrias, podem ocorrer proteinúria por excesso de filtração dessas proteínas, sem , necessariamente

ocorrer doença renal. Nas alterações tubulares, a proteinúria não costuma ser superior a 2 g/24 horas, e as perdas

geralmente são de pequeno peso molecular, tal como a Beta-2-Microglobulina. Os níveis anormais de

albuminúria, que ainda não sejam detectadas pelos métodos comuns, são rotulados como microalbuminúria e

podem ser preditivas de nefropatia diabética em desenvolvimento (ver Microalbuminúria).

Informações importantes: medicação atual, volume total de 24 horas.

_______________________________________________________________________________________

PROTOPORFIRINA LIVRE ERITROCITÁRIA

(Toxicologia Ocupacional)

Sinônimo mais usado: PPF-livre.

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total heparinizado.

Instruções para coleta: a hora da coleta não é crítica. Seguir orientação médica. Jejum não é necessário.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método: espectrofotometria UV-Vis

Valores de Referência: até 60 mcg/dL

IBMP: 300 mcg/dL

Interferênicias: amostra fortemente hemolisada.

Indicações: a Protoporfiria eritrocitária é uma forma de Porfiria leve, devido à deficiência de uma enzima

denominada ferroquelatase, que cursa com elevados níveis de Protoporfiria. Pode ser congênita ou adquirida,

com intoxicações por chumbo, que inibe a precocemente a enzima ferroquelatase, sendo um dos primeiros

exames a se alterar na intoxicação por este metal.

Informações importantes: local de trabalho e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

PROTROMBINA – MUTAÇÃO G20210A – PCR QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: Mutação da Protrombina

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, swab bucal (solicitar kit de coleta ao

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Laboratório). Enviar sob refrigeração.

Estabilidade: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Swab bucal em kit fornecido pelo

laboratório enviado refrigerado a 4°C.

Instruções para coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR + RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico).

Valores de Referência: Negativo: Não possui a mutação, homozigótico normal. Heterozigoto: Possui a

mutação em um dos alelos, pode não estar associada com o aumento dos níveis de homocisteína, não está

relacionada com doença coronariana. Homozigoto: Possui a mutação nos dois alelos, está associada com

aumento dos níveis de homocisteína e com o aumento do risco para trombose venosa.

Interferências: hemólise.

Indicações: como as Trombofilias compõem um grupo de patologias multifatoriais, onde fatores genotípicos e

fenotípicos determinam a susceptibilidade indivudual a quadros trombóticos venosos. Em conjunto, o Fator V

de Leiden e a Mutação do gene da Protrombina são as duas patologias genéticas que mais frequentemente

produzem quadros de trombose venosa. Para trombose arterial, a mutação do gene da metilenotrtrahidrofolato

redutase-MTHFR e a Homocisteína são as mais freqüentes.

Informações importantes: quadro clínico, uso de medicamentos que podem alterar o quadro de coagulação e

anti-coagulação.

_______________________________________________________________________________________

PROVA DE GILBERT (Restrição calórica – Teste de)

Sinônimo mais usado: Teste de Gilbert

Material e conservação para teste: 1 mL de soro basal e 1 mL de soro da segunda coleta, sob refrigeração e

protegidos da luz.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Colher a amostra basal para dosagem

de Bilirrubinas Total e Frações. Durante as próximas 12 horas o paciente permanecerá sem se alimentar,

recebendo via oral, somente uma solução de glicose de 100g em 1 litro de água potável. Hidratação neste período

é normal, somente com água. O paciente deverá retornar ao laboratório após as 12 horas para a coleta de nova

amostra de sangue, para a segunda dosagem de Bilirrubinas total e frações. Após esta última coleta o paciente já

poderá se alimentar normalmente. Nenhuma medicação deverá ser suspensa durante o período de coleta. Os

tubos devem ficar ao abrigo da luz.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração protegido da luz.

Método: espectrofotométrico automatizado.

Valores de Referência: elevação de pelo menos 20% dos níveis de bilirrubina indireta após a restrição calórica,

em relação à amostra basal.

Interferências: hiperlipemia, hemólise, barbitúricos e derivados.

Indicações: teste auxiliar para o diagnóstico laboratorial da Síndrome de Gilbert .

Informações importantes: níveis de bilirrubinemia indireta. Medicação utilizada.

_______________________________________________________________________________________

PSA – ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO – TOTAL

Sinônimo mais usado: PSA TOTAL

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas para pacientes sabidamente

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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hiperlipêmicos, já que para este teste não há necessidade de jejum e pode ser coletado a qualquer horário do dia.

O laboratório deve seguir estritamente a orientação médica quanto ao preparo pré-analítico dos pacientes, já que

há muita polêmica quanto a estes procedimentos. A maioria das Sociedade Urológicas mundiais recomendam

que este teste só pode ser coletado após:

Contra-indicação Aguardar:Ultrassom transretal

24 horas antes da coleta

Toque retal 48 horas antes da coletaEjaculação 48 horas antes da coletaMassagem prostática

4 semanas antes da coleta

Biópsia prostática 4 semanas antes da coleta

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelação.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: sem deixar de ter o toque retal como o principal procedimento médico para nortear o

diagnóstico de hiperplasia benigna ou maligna da próstata, atualmente os níveis de PSA, considerados seguros é

de 2,5 ng/mL. Esse nível tem valor estatístico e funciona como cut-off para aqueles pacientes que passam a ter

outra orientação diagnóstica.

Interferências: além das interferências pré-analíticas já expostas acima, hipelipemia, hiperbilirrubinemia,

hemólise e uso de medicamentos que agem sobre lócus celular para a testosterona.

Indicações: Detecção e seguimento de pacientes com câncer prostático.

Informações importantes: procedimentos médicos anteriores a coleta, relação sexual há menos de 48 horas

antes da coleta e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

PSA LIVRE

Sinônimo mais usado: PSA-L

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide PSA total.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimiolumiescência

Valores de Referência: 0,46 a 1,72 ng/mL

A relação PSA-Livre/PSA-Total: acima de 15% indica a presença de Hipertrofia Benigna da Próstata. Em alguns

serviços esses valores variam de 20 a 27%.

Para valorizar a relação PSA-Livre/PSA-total os valores do PSA-total devem estar acima de 2,5 ng/mL.

Interferências: vide PSA total.

Indicações: separar casos de Hipertrofia Benigna de casos de câncer prostáticos.

Informações importantes: vide PSA total.

_______________________________________________________________________________________

REABSORÇÃO TUBULAR DO FÓSFORO

Sinônimo mais usado:

Material e conservação para envio: Urina: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração. Soro: 1

mL sob refrigeração.

GRUPO SÃO CAMILO

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Instruções para coleta: vide Creatinina – Depuração.

Estabilidade da amostra: soro: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Urina: 7 dias sob

refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria VIS-UV

Valores de Referência: 78 a 97% (< 78% = hiperparatireoidismo).

Interferências: vide Fósforo sérico.

Indicações: teste de triagem para alterações da função das paratireóides.

Informações importantes: medicação atual e volume da urina de 24 horas.

_______________________________________________________________________________________

RENINA PLASMÁTICA

Sinônimo mais usado: Renina

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma de EDTA, sob congelamento.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Deixar o paciente em repouso por 2

horas. O exame pode ser coletado com o paciente em pé por 2 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada. Congelar imediatamente após a separação do plasma.

Estabilidade da amostra: 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: Deitado : 0,2 a 2,8 ng/mL/horas

Sentado / em pé : 1,5 a 5,7 ng/mL/horas

Interferências: Elevações: Medicações: clortalidona, Ácido Etacrínico, Estrógenos, Furosemide, Guanetidina,

Hidralazina, Espirolactona, Diuréticos tiazídicos, anticoncepcionais orais. Diminuições: angiotensina,

clonidina, Metildopa, Potássio V.O. e Propranolol.

Hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: a renina é produzida e liberada por células do aparelho justa-glomerular, em resposta a diversos

estímulos, entre eles temos queda do fluxo renal, alterações no conteúdo eletrolítico dos túbulos distais, ação de

catecolaminas, estímulo beta-adrenérgico.

Diagóstico diferencial da hipertensão arterial. Está diminuída no hiperaldosteronismo primário. A renina se

encontra elevada na hipertensão renovascular e nas fases de malignização da hipertensão. Pode ser usada no

diagnóstico da Síndrome de Bartter e no hipoaldoesteronismo hiporreninorrênico.

Informações importantes: tipo de dieta, se normo, hipo ou hiperssódica, medicação atual, quadro clínico e

níveis pressórios.

_______________________________________________________________________________________

RESISTÊNCIA GLOBULAR À HEMÓLISE

(ver Curva de Resistência à Hemólise )

_______________________________________________________________________________________

RESTRIÇÃO CALÓRICA – TESTE DE (ver Prova de Gilbert )

_______________________________________________________________________________________

RETICULÓCITOS – CONTAGEM

Sinônimo mais usado: reticulócitos

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: sangue total com EDTA, um tubo e 3 lâminas de microscopia com

esfregaço de sangue periférico, não fixadas, colocadas em protetores de lâminas. Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente.

Método: coloração de azul de cresil brilhante.

Valores de Referência: 0,5 a 1,5% para adultos.

Interferências:Elevações: Fase de recuperação de anemias, reticulocitose fisiológica, drogas que provacam

hemólise. Diminuições: drogas que podem deprimir a atividade da medula óssea.

Indicações: Na cadeia de maturação das hemácias, os reticulócitos são os precursores imediatos das hemácias,

situando-se entre os eritroblastos acidófilos e a hemácia madura. Tem o seu volume um pouco maior que os

eritrócitos normais e uma diminuição de sua carga total de RNA. É utilizado para o diagnóstico das alterações da

função eritropoiética na medula óssea. Ocorre reticulocitose na Esferocitose, Anemia Falciforme, Eritroblastose

Fetal, Anemia aguda pós-hemorrágica, Anemia Hemolítica auto-imune adquirida, hemoglobinúria paroxística

noturna e nas respostas terapêuticas às anemias carenciais. Reticulocitopenia ocorre na anemia aplástica, nas

crises aplásticas das anemias hemolíticas e nas anemias megaloblásticas. Tratamento com eritropoetina.

Informações importantes: quadro hematológico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

RETRAÇÃO DO COÁGULO

Sinônimo mais usado : Retr. Coágulo

Material e conservação para envio: tubo sem anticoagulante com aproximadamente 1 a 1,5 mL de sangue total.

Não centrifugar. Manter a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 2 horas após a coleta.

Método: segundo MacFarlane, Aggelar-Hucia.

Valores de Referência: coágulo retrátil e único.

Interferências: medicações que alteram a agregação plaquetária e a produção dos fatores de coagulação.

Indicações: diagnóstico indireto da atividade plaquetária modificada pela concentração plaquetária. A retração está

diminuída quando a concentração plaquetária for inferior a 100 mil plaquetas por mm³, hipofibrinogenemia e nas

alterações qualitativas como na Púrpura Trombocitopênica Idiopática (Doença de Werlhof), Púrpuras

Trombocitopênicas Sintomáticas ou secundárias à drogas, como a fenilbutazona, fenobarbital, quinino e

sulfonamidas. A retração também está alterada nas anemias acentuadas, leucoses, LES, Septicemia, Carcinomas,

Doença de Glanzmann ou Trombocitoastenia e na Hipofibrinogenia.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

RISCO DE CÁRIE DENTÁRIA

Sinônimo mais usado: análise da saliva ativada.

Material e conservação para envio: coletar toda a saliva produzida durante 10 a 15 minutos, após ativação.

Toda a saliva deve ser obtida em placa de Petri, homogeneizada e passada para tubo de ensaio com tampa.

Instruções para coleta: solicitar que o paciente tome pelo menos dois copos de água filtrada antes de se iniciar o

teste, para se ter certeza que o paciente esteja bem hidratado. O paciente deve estar em jejum pelo menos há uma

hora. Bochechar com água filtrada 4 vezes com grandes volume de água.

GRUPO SÃO CAMILO

VI330

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Coleta:

1 - Fazer o paciente mastigar chiclete especial por 1 minuto, usando os dois lados da boca, deglutindo toda a

saliva produzida neste período.

2 - Recolher toda a saliva produzida nos próximos 2 minutos,continuando a mascar o chiclete, em plada de Petri

estéril e descartável.

3 - Medir corretamente o volume de saliva produzido, com seringa estéril de 5 mL.

4 - Passar 1 mL de saliva para o Tubo A e restante para o Tubo B . Agitar por 30 segundos. Enviar ao laboratório.

Identificar corretamente os tubos.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração.

Método: microbiológico e potenciométrico.

Valores de Referência: Número de Streptococcus mutans/mL de saliva:

UFC= Unidade Formadoras de Colônias

Categorias de Risco:

I – Baixo : < 10.000 UFC/mL

II – Médio : 10.000 a 100.000 UFC/mL

III – Alto : 100.000 a 1.000.000 UFC/mL

IV – Muito Alto : > 1.000.000 UFC/mL

Capacidade Tampão da Saliva – pH:

pH = 5,0 a 7,0

Intensidade de Fluxo Salivar :

Classificação : Normal : 1,0 a 3,0 mL/minuto

Baixo : 0,7 a 1,0 mL/minuto

Hipossalivação : < 0,7 mL/minuto

Interferências: terapia por antibióticos, tópicos ou sistêmicos e uso de antissépticos bucais.

Indicações: Avaliação do Índice Cariogênico e Risco de Cárie.

Informações importantes: quadro bucal, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

ROTAVÍRUS – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Rotavírus nas fezes.

Material e conservação para envio: 2 a 3 gramas de fezes recentes imediatamente refrigeradas após a coleta.

Enviar refrigerada.

Instruções para coleta: as fezes devem ser coletadas por emissão natural, após o terceiro dia do aparecimento

do quadro diarréico. Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 24 horas sob refrigeração.

Método: fixação viral em substrato imune- EIE.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: medicação que altere o trânsito intestinal.

Indicações: diagnóstico laboratorial diferencial das diarréias virais.

Informações importantes: tempo do quadro diarréico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

RUBÉOLA – IgG AVIDEZ

Sinônimo mais usado: Avidez dos anticorpos IgG para Rubéola.

331

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada, após tratamento com Uréia 5M.

Valores de Referência: Baixa Avidez : inferior a 50% - Sugere infecção ocorrida nos últimos 3 meses.

Inconclusivo : Entre 50 e 60% - não permite definir o período da infecção.

Alta Avidez : Superior a 60% - sugere que a infecção tenha ocorrido há mais de 3 meses

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: a presença de anticorpos com alta avidez evidencia infecção crônica, com pelo menos 4 meses de

duração. Esse teste é de grande importância, pois atualmente com testes sorológicos para anticorpos específicos

de grande especificidade, mas de grande sensibilidade, os anticorpos da classe IgM são detectados no soro por

longos períodos, o que dificulta o diagnóstico de primo-infecção recente. Os anticorpos da classe IgG aparecem

posteriormente ao aparecimento dos da classe IgM. Com o passar do tempo os anticorpos daquela classe vão se

tornando mais ávidos evidenciando que quanto mais avidez, maior o tempo de infecção.

Informações importantes: medicação atual, tempo de doença e valores dos testes sorológicos para anticorpos

da classe IgG e IgM para Rubéola.

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RUBÉOLA – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: Soro e plasma (3,0 mL): enviar congelado. 1,0 mL de líquido amniótico:

enviado refrigerado a 4°C. 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. Sangue do cordão

umbilical: enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: RT-PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Amostra hemolisada, congelada ou abaixo do volume indicado.

Indicações: A rubéola é uma doença causada pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma

doença geralmente benigna, mas que pode causar malformações no embrião em infecções de mulheres grávidas.

A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

RUBÉOLA – SOROLOGIA IgG

Sinônimo mais usado: sorologia para Rubéola IgG

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94).

Reagente : ≥�10,0 UI/mL

Não Reagente : < 5,0 UI/mL

Indeterminado (zona cinza) : 5,0 a 10,0 UI/mL

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: a presença de anticorpos anti-Rubéola da classe IgG demonstra que o indivíduo está imunizado

contra esse vírus, através de vacinação ou da doença natural. Variações dos títulos séricos entre o período de

doença e convalescença define a conversão sorológica, definindo que houve a infecção aguda.

Informações importantes: medicação atual, exames anteriores para rubéola.

_______________________________________________________________________________________

RUBÉOLA – SOROLOGIA IgM

Sinônimo mais usado: Sorologia para Rubéola IgM

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: (OMS 1st IS RUBI-1-94).

Reagente : Superior a 1,10 UI/mL

Não Reagente : Inferior a 0,90 UI/mL

Indeterminado : 0,90 a 1,10 UI/mL

Resultados são considerados indeterminados valores de testes que estiverem no intervalo de ± 10 % do valor do

“cut-off”. (O laboratório informará este cálculo).

Interferências: hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico sorológico de quadros agudos de rubéola. Atualmente com a alta sensibilidade dos

testes sorológicos, os anticorpos IgM anti-Rubéola podem persistir por até 15 meses ou mais após a infecção

aguda da rubéola. Daí a necessidade, em casos de gestantes de se utilizar o teste de Avidez da IgG para Rubéola,

para se ter certeza do tempo que esta infecção aguda aconteceu.

Informações importantes: medicação atual, se gestantes quanto tempo de gestação e exames anteriores.

_______________________________________________________________________________________

SALMONELLA SPP – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Salmonelose.

Material e conservação para envio: 5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C. 3,0 mL de

plasma/soro em EDTA. Fezes em coletor universal enviada refrigerada a 4°C. Cultura (colônia ou 300 µL de

meio), solicitar kit apropriado para coleta ao Laboratório. Instruções de Coleta: Não necessita preparo do

paciente.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado a 4°C.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Não detectado.

Interferências: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte).

333

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Page 352: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Indicações: Salmonella é uma bactéria gram negativa que ocorre em todo o mundo, estando presente no trato

intestinal de muitas espécies, incluindo humanos, primatas, aves, cães, gatos, ratos e outra diversidade de

espécies. Humanos e animais infectados por Salmonella podem ser assintomáticos, e as infecções clínicas

podem progredir para enteretite, septicemia e mortalidade. Em humanos, a gastroenterite aguda pode resultar

em início súbito de dores abdominais, diarréia, náusea e febre. A septicemia pode, algumas vezes, desenvolver

em humanos, especialmente em paciente imunocompromentidos.

Informações importantes: Indicar medicações utilizadas pelo paciente.

_______________________________________________________________________________________

Salmonella typhi - PCR QUALITATIVO (Vide Salmonella ssp)

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SANGUE OCULTO HUMANO – AC.MONOCLONAIS – EIE

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Hemoglobina humana nas fezes.

Material e conservação para envio: coletar todo o volume de fezes de uma evacuação, refrigerar imediatamene

após a coleta. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar todas as fezes de uma evacuação matinal, em frasco fornecido pelo laboratório.

Não há necessidade de dieta com restrição de cárneos. As restrições para escovação dos dentes, tratamento

dentário e certos medicamentos fica valendo para este exame também (vide Sangue Oculto – Teste Químico).

Estabilidade da amostra: até 48 horas após a coleta, sob refrigeração.

Método: enzimaimunoensaio (EIE) tipo Imunodot, para anticorpos monoclonais anti-Hemoglobina humana.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: vide Instruções para coleta.

Indicações: Vide Sangue Oculto – Teste Químico, com a vantagem de não se ter de fazer o regime alimentar.

Informações importantes: medicação atual.

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SANGUE OCULTO HUMANO – COMPLEXO HB-HP

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: amostra de fezes recentes, sob refrigeração.

Instruções para coleta: com as mesmas restrições medicamentosas do Sangue Oculto – Teste Químico, a coleta

não depende de dieta alimentar específica. Coletar fezes recentes e refrigerar imediatamente.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método : enzimaimunoensaio tipo imunodot, com três tipos de anticorpos: anticorpos anti Hemoglobina

humana, anticorpos anti-Haptoglobina humana e anticorpos anti-complexo Hemoglobina-Haptoglobina

Humanas., tornando o teste muito mais sensível, devido a sua maior área de abrangência no trato intestinal .

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências : vide teste anterior.

Indicações : vide teste anterior.

Informações impotantes: vide teste anterior.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI334

Page 353: MANUAL DE PROCEDIMENTOS SÃO CAMILO · EMPRESA GENUINAMENTE BRASILEIRA O Grupo São Camilo não tem filiais fora da cidade de Maring ... MANUAL DE PROCEDIMENTOS

SANGUE OCULTO – TESTE QUÍMICO

Sinônimo mais usado: Pesquisa de sangue oculto

Material e conservação para envio: coletar toda a quantidade de fezes de uma única evacuação ocorrida após 3

dias de dieta específica, sob refrigeração.

Instruções para coleta: realizar 3 dias de dieta com restrição total de carne, tanto de vaca, como frango ou peixe.

O paciente não pode escovar os dentes ou fazer tratamento odontológico durante este período, pois qualquer

sangramento deglutido irá alterar o exame. Alguns medicamentos que podem provocar sangramentos gastro-

intestinais devem ser suspensos, com conhecimento médico, como Ácido Acetilsalicílico, Corticosteróides,

Indometacina, Heparina, etc. As fezes devem ser coletadas na manhã do quarto dia de dieta, coletadas em frasco

fornecido pelo laboratório. Refrigerar logo após a coleta das fezes. Refrigerar durante o transporte.

Estabilidade da amostra: até 48 horas sob refrigeração.

Método: pesquisa de sangue com guaiaco, benzidina e água oxigenada.

Valores de Referência: pesquisa Negativa.

Interferências: medicamentos acima descritos e Vitamina C que pode, dependendo da concentração fecal pode

inibir a reação positiva.

Indicações: Diagnóstico das lesões da mucosa do trato gastro-intestinal. Diagnóstico precoce do câncer do

cólon, principalmente acima de 40 anos. A pesquisa deve ser sempre repetida em casos de positividade e casos de

resultados duvidosos, sempre com 3 dias de dieta antes da coleta do material para análise.

Informações importantes: confirmação sobre o tipo de dieta realizada, medicamentos atuais.

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SARAMPO – IgG – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Sarampo – IgG

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência:

IgG (mUI/mL)

Negativo/Não Reagente < 150 Indeterminado/Borderline

150 – 200

Positivo/Reagente > 200mUI seg. WHO NIBSC 97/648

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico sorológico da fase aguda do Sarampo.

OBS.: Este exame quando positivo/reagente é de comunicação compulsória à autoridade sanitária do

município.

Informações importantes: medicação atual, vacinação prévia, quadro clínico.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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IgM (mUI/mL) Negativo/Não Reagente < 16 Indeterminado/Borderline 16 – 24 Positivo/Reagente > 24

mUI = WHO NIBSC 97/648

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: diagnóstico sorológico da fase aguda do Sarampo.

OBS.: Este exame quando positivo/reagente é de comunicação compulsória à autoridade sanitária do

município.

Informações importantes: medicação atual, vacinação prévia, quadro clínico.

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Sarcoptes scabei – PESQUISA

Sinônimo mais usado: pesquisa de sarna.

Material e conservação para envio: escarificação das regiões dos túneis com agulha estéril. Colocar todo

resultado da escarificação da pele em um pote estéril, bem tampado. Manter a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: fazer assepsia da pele, onde se encontram lesões de pele sugestivas de infestação por

Sarcoptes scabei (túneis sub-cutâneos em áreas pruriginosas). Passar para pote estéril bem tampado. Estocar a

temperatura ambiente.

Estabilidade da amostra: até 7 dias a temperatura ambiente e local seco.

Método: microscopia óptica comum.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: medicação prévia específica.

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SELÊNIO NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Selenúria de 24 horas ou Selenúria ao acaso

Material e conservação para envio: a) Urina de 24 horas: enviar alíquota de 100 mL de urina de 24 horas sob

refrigeração. b) Urina ao acaso: coletar todo o volume urinário no último dia de jornada de trabalho, antes do início

da jornada, em sanitário afastado do local de trabalho, ou conforme orientação médica. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide Material e conservação para envio.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de absorção atômica.

GRUPO SÃO CAMILO

VI336

SARAMPO – IgM – SOROLOGIA

Sinônimo mais usado: Sorologia para Sarampo IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA

Valores de Referência: Não Reagente/ Negativo.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de Referência: a) Urina de 24 horas: 7 a 160 mcg/L

IBMP: nada consta

b) Urina ao acaso: < 30 mcg/L

IBMP : nada consta

Interferências: local inadequado para coleta, frascos não fornecidos pelo Laboratório e contaminação com

fezes ou sangue.

Indicação: controle laboral de colaboradores contactantes.

Informações importantes: tempo e local de trabalho e acidentes anteriores com a substância tóxica.

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SELÊNIO NO SANGUE (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Selenemia

Material e conservação para envio: a) Sangue total: 5 mL de sangue total coletado em tubo a vácuo

heparinizado sob refrigeração. Proteger da luz. B) Soro: 5 mL de soro sob refrigeração e protegido da luz.

Instruções para coleta: jejum não é necessário e o horário da coleta não é crítico.

Estabilidade da amostra: a) sangue total: até 5 dias sob refrigeração e protegido da luz, b)

Soro: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria de absorção atômica.

Valores de Referência: a) sangue total: 58 a 234 mcg/dL

IBMP : nada consta

b) soro : 46 a 143 mcg/dL

IBPM : nada consta.

Interferências: hiperlipemia.

Indicações: controle laboral de colaboradores contactantes.

Informações importantes: tempo e local de trabalho e acidentes anteriores com a substância tóxica.

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SEROTONINA NA URINA – (Ver Ácido 5 Hidróxido Indol Acético)

_______________________________________________________________________________________

SEROTONINA SÉRICA

Sinônimo mais usado: Serotoninemia

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade do material: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: HPLC

Valores de Referência: 30 a 200 ng/mL

Interferências: medicamentos: antidepressivos, imipramina, lítio, metildopa, morfina e derivados, naproxeno,

paracetamol e reserpina. Alimentos: abacate, banana, berinjela, nozes, tomates e pickles.

Indicações: a principal indicação para a dosagem da Serotonina é o diagnóstico laboratorial de tumores

carcinóides (Síndrome Carcinóide). Alguns médicos tem utilizado a determinação da Serotonina (valorizando

valores baixos) para controle de pacientes com patologias psiquiátricas.

Informações importantes: medicação atual, dieta habitual, etc.

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SEXAGEM FETAL – TESTE DE AMOSTRA MATERNA

Sinônimo mais usado: Análise de DNA fetal por PCR.

Material e conservação para envio: 2 tubos de plasma em EDTA, coletado obrigatoriamente em tubo PPT ou

Vacuette com gel separador. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: Não é necessário jejum. A coleta deve ser realizada por profissional do sexo feminino.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado. 6 meses congelado.

Método: PCR em Tempo Real.

Valores de referência: -

Interferência: Contaminações durante a coleta.

Indicações: O teste pode ser realizado em qualquer fase da gravidez, a partir de oito semanas gestacionais.

Informações importantes: Obrigatório preenchimento do documento "Informações a candidata ao teste de

sexagem fetal". (solicitar ao laboratório).

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SÉZARY – CÉLULAS DE – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa de células de Sézary

Material e conservação para envio: 4 a 6 lâminas de esfregaços finos de ST periférico não fixadas e não

coradas.

Instruções para coleta: Coletar sangue periférico sem anticoagulante e preparar imediatamente os esfregaços.

Estabilidade da amostra: 3 dias a temperatura ambiente em porta-lâminas.

Método: coloração tipo Romanovisky.

Valores de Referência: Ausência de células de Sézary.

Interferências: anticoagulantes.

Indicações: diagnóstico diferencial de eritrodermias difusas. Aparece nas Síndromes de Sézary, que é um

Linfoma de Células T cutâneo, relacionado com a Micose Fungóide. Os núcleos dessas células são impregnados

por sulcos finos, causados por pregueamento da membrana nuclear, que se apresenta confoluto e apresentam um

padrão cerebriforme característico. Geralmente não se observa nucléolos.

Informações importantes: esfregaços grosseiros impossibilitam a observação.

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SHBG – (ver Globulina Transportadora de Hormônios Sexuais)

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SÍNDROME DE GILBERT – DIAGNÓSTICO MOLECULAR

Sinônimo mais usado: Síndrome de Gilbert PCR

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA, coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas dever ser feitas somente à segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até uma semana a temperatura ambiente.

Método: PCR – STR

Valores de Referência: ausência de mutação no gene da UDP-glucuroniltransferase.

Interferências: hemólise.

GRUPO SÃO CAMILO

VI338

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339

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Indicações: diagnóstico molecular da doença de Gilbert.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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SÍNDROME DE TURNER - PESQUISA DE CROMOSSOMO Y

Sinônimo mais usado: Pesquisa de Cromossomo Y (Sind. Turner)

Material e conservação para envio: 1 tubo de sangue total em EDTA coletado e mantido esterilmente a

temperatura ambiente. As coletas devem ser feitas somente às segundas, terças e quartas feiras.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas a temperatura ambiente.

Método: PCR

Valores de Referência: por volta de 6 a 7% dos pacientes com a Síndrome de Turner podem apresentar

mosaicismo puro, onde um grupo menor de células pode ter o cromossomo Y e a maior parte não, ou quadros

onde temos céluas com o cromossomo Y e outro grupo tem somente parte deste cromossomo.

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico molecular da presença do cromossomo Y, ou a sua presença parcial, para a Síndrome de

Turner. Como é uma síndrome que pode desenvolver gonadoblastomas, é importante este diagnóstico.

Informações importantes: quadro clínico, dados familiares, dia e hora da coleta.

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SIROLIMUS

Sinônimo mais usado: Rapamune

Material e conservação para envio: 2 mL de Sangue total em EDTA sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar uma hora antes da próxima medicação.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração.

Método: cromatografia líquido-gasosa.

Valores de Referência: níveis terapêuticos: 5,0 a 15,0 ng/mL.

Interferências: coágulos e/ou hemólise.

Indicações: controle dos níveis terapêuticos ou tóxicos de pacientes em uso de Sirolimus.

Informações importantes: enviar dados sobre a medicação e seus horários.

_______________________________________________________________________________________

SÓDIO SÉRICO

Sinônimo mais usado: natremia

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 4 horas. Lactentes pode coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: íon seletivo- ISE

Valores de Referência: ( em mEq/L) Adultos até 65 anos 136 a 145 Homens 65 a 75 anos 140 a 148Mulheres 65 a 75 anos

139 a 144Homens

> 76 anos

140 a 146

Mulheres

> 76 anos

140

a 145

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Crianças:

Recém Nascidos

133 a 1461 mês a 1 ano 134 a 143Até 7 anos 133 a 143

mEq/L = mmol/L

Interferências: Elevações: andrógenos, corticosteróides, DOCA, Estrógenos, Guanetidina, Metildopa,

Anticoncepcionais orais, Fenilbutazona, Bicarbonato de Sódio, Clonidina, Reserpina, etc. Diminuições: todos

os tipos de diuréticos de uso freqüente, manitol Espirolactona, Uréia, Cloreto de Amônio, Vasopressina,

Ciclofosfamida, Vincristina, etc., Hemólise.

Indicações: Estudo do equilíbrio Hidro-Eletrolítico. Hipernatremia ocorre na desidratação hipertônica, no

Diabetes Insipidus, nos comas hiperosmolares, etc. A hiponatremia ocorre mais frequentemente na Síndrome

Nefrótica, Insuficiência Cardíaca, desidratação hipotônica, secreções inapropriadas do hormônio anti-diurético,

no hipoadrenalismo (Doença de Addison).

Informações importantes: tipo de dieta e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

SÓDIO URINÁRIO

Sinônimo mais usado: Natriúria.

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas, sob refrigeração ou 50 mL de

urina ao acaso (recente).

Instruções para coleta: coletar urina de 24 horas ou coletar urina ao acaso (recente).

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração.

Método: íon seletivo – ISE

Valores de Referência:

Valores masculinos (mEq/24 horas):

Adultos 40 a 2206 a 10 anos

41 a 115

10 a 14 anos 63 a 177

GRUPO SÃO CAMILO

VI340

Valores femininos (mEq/24 horas):

Amostras ao acaso (em mEq/g de creatinina):

Adultas 40 a 2206 a 10 anos 30 a 169

10 a 14 anos 48 a 148

Homens 20 a 233 mEq/g de creatininaMulheres 28 a 280 mEq/g de creatinina

Interferências: contaminações com sangue, fezes ou contaminação bacteriana. Os medicamentos que podem

alterar a dosagem do sódio na urina são os mesmos que alteram o sódio sérico.

Indicações: diagnóstico diferencial entre oligúria pré-renal com sódio urinário inferior a 10 mEq/l e renal com

valores superiores a 10 mEq/L . O sódio elevado pode estar presente na insuficiência adrenal, uso de diuréticos,

acidose tubular.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

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SOMATOMEDINA C (ver IgF-1)

_______________________________________________________________________________________

SUB-CLASSES DE IgG (IgG-1, IgG-2, IgG-3 e IgG-4)

(ver IgG sub-classes)

_______________________________________________________________________________________

SUBSTÂNCIAS REDUTORAS NAS FEZES

Sinônimo mais usado: Pesquisa de açúcares nas fezes.

Material e conservação para envio: urina recente ou urina de 24 horas. Para urina recente enviar mínimo de

20 mL de urina sob refrigeração. Urina de 24 horas: enviar alíquota de 100 mL do volume de 24 horas. Enviar

sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide item acima. O paciente, com ordem médica deve suspender medicamento abaixo

assinalados, para se evitar resultado falso-positivos.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método:pesquisa qualitativa : reação de Benedict e pesquisa quantitativa: teste enzimático.

Valores de referência: Pesquisa qualitativa : negativo

Pesquisa quantitativa : até 500 mg/24 horas.

Interferências: as principais interferências são medicamentosas, por interferir na reação química: Elevações:

Corticosteróides, Ácido Salicílico, Tiazídicos, Lítio, Ácido Ascórbico, Constrastes Radiológicos,

Cefalosporinas, EDTA, T4, Ácido Nicotínico, Ácido Glucurônico, Substâncias fenólicas, nucleoproteínas,

oxalatos, ruibarbo, Fenilalanina em concentrações elevadas, Cloranfenicol, Levodopa, Metildopa, Ácido

Nalidíxico, Probenecid, Sulfonamidas, Tetraciclinas, Furazolidona, Formaldeído, morfina, Pencilina V.O.,

Fenacetina, Estreptomicina e Nitrofurantoina.

Indicações: Útil para os casos de melitúria, no final da gravidez, lactosúria (incluindo período de lactação),

na galactosemia, na distrofia muscular (ribosúria), na pentosúria essencial e nas dissacaridases e

monossacaridases em geral.

Informações úteis: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

SUPERÓXIDO DISMUTASE (SOD)

Sinônimo mais usado: SOD

Material e conservação para envio: 3 mL de sangue total heparinizado.

Instruçções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotométrico enzimático.

Valores de Referência: 6,5 a 15,0 U/mgHb.

Interferências: hemólise e uso de medicação anti-oxidante.

Indicações: sua determinação é indicada para avaliação do potencial anti-oxidante do metabolismo aeróbio.

Informações importantes: medicação atual.

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341

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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T3 – TRIIODOTIRONINA TOTAL

Sinônimo mais usado : T3 total

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instrução para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: (em ng/mL):

Até 1 ano 0,33 a 2,56 ng/mL1 a 2 anos

0,36 a 2,54 ng/mL3 a 13 anos 0,41 a 2,48 ng/mL13 a 18 anos

0,42 a 1,82 ng/mL

> 18 anos 0,60 a 1,81 ng/mL

Fator de Conversão: ng/mL x 1,536 = nmol/L

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia, hiperlipemia.

Elevações: Anticoncepcionais orais, Estrógenos, Haproxeno sódico, Heroína, Metadona, etc.

Diminuições: Andrógenos, Danazol, Dexametazona, dicumarínicos, Miodarona, Propranolol, Salicilatos, etc.

Indicações: diagnóstico de Hipertireoidismo, mas pode estar normal em aproximadamente 30% dos pacientes com

Hipotireoidismo. Como o T4 total, pode estar alterado nas alterações da TBG. Nas doenças graves em geral, período

pós-operatório, jejum prolongado, pode-se encontrar diminuído. Está elevado na Doença de Graves, no hipertireoi-

dismo secundário, com elevação do TSH, Triidrotoxicose, nos casos que há aumento da TBG e na gravidez.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

T3 – LIVRE

Sinônimo mais usado: T3-L

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência:

Valores em pg/mL

GRUPO SÃO CAMILO

VI342

Idade Homens MulheresRN 1,4 –

5,5

1,4 – 5,4

1 mês a 5 anos 1,6 – 5,2 1,5 – 5,06 a 18 anos

1,6

5,5

1,5 – 5,0Adultos 1,5 – 4,1 1,5 – 4,0

Interferências: vide T3-Total.

Indicações: Somente 0,3% do T3-Total é fração livre, ou T3-Livre. Com o aumento da TBG, os níveis de T3-Total se

eleva, daí a indicação da determinação do T3-Livre. Ele vai confirmar se há hipertireoidismo real ou se o aumento da

concentração do T3-total se deve ao aumento da TBG. O T3-Livre está diminuído nos casos de hipotireoidismo, nos

Eutiroidianos doentes. Valores elevados de T3-Total é praticamente diagnóstico de hipertereoidismo, mas é

necessária a determinação de outros parâmetros associados, para se ter uma idéia do real diagnóstico. Na Doença de

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Valores de adultosEutireoidismo

0,8 – 1,5

Eutireoidismo > 65 anos

0,8 – 2,0Hipotireoidismo < 0,8Hipertireoidismo > 1,8Doença não tireoidiana 0,8 – 1,8

Valores Pediátricos: valores em ng/dL

Faixas etárias Homens MulheresNeonatos 0,78 –

2,95

0,85 – 2,09

1 a 10 anos 1,09 – 1,86 1,09 – 1,8611 a 14 anos 1,16 – 1,71 1,00 – 1,6315 a 19 anos 1,16 – 1,71 1,00 – 1,64

Fator de Conversão: ng/dL x 12,87 = pmol/L

Interferência: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia. Elevações: Heparina, Amiodarona e

Hiperalbuminemia. Diminuições: Lítio.

Indicações: O efeito metabólico dos hormônios tireoidianos é realizado pela sua fração livre. A determinação

dos níveis de T4-Livre é indicada no diagnóstico laboratorial de hipotireoidismo ou hipertireoidismo, não sendo

influenciada pelos níveis de TBG.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

T4 NEONATAL

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: coletar dois círculos de sangue em papel de filtro, saturando o papel dos

dois lados, sem deixar ultrapassar o limite do círculo. Manter a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar entre o 3° e 30° dia de vida. Coletar da região calcânea em suas lateralidades.

Massageam bastante as regiões próprias para coleta, para aumentar o fluxo sanguíneo. Aplicar a lanceta e coletar

os círculos de sangue, conforme já descrito. Deixar o papel secar na posição horizontal por 3 horas. Manter a

temperatura ambiente, com proteção da luz e em saco plástico fechado.

Estabilidade da amostra: até 30 dias a temperatura ambiente, sob proteção da luz, em local seco e vedado.

Médoto: quimioluminescência.

343

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Graves, triiodotiroxicose, adenomas produtores de T3 e na resistência periférica ao T3, os níveis geralmente são

bastantes elevados. O T3-Livre é a fração funcional do hormônio.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

T4 – LIVRE

Sinônimo mais usado: T4-L

Material e conservação para envio:1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

Valores de Referência: valores em ng/dL

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Valores de Referência: 4,5 a 22,2 mg/dL

Interferências: dentro do teste do pezinho é utilizado para triagem do Hipotireoidismo Congênito. As causas

mais freqüentes são: hipopituitarismo, alterações da hormonogênese, cretinismo endêmico e agenesia ou ectopia

glandular. Devido à variações dos níveis de TBG, geralmente a suspeita de Hipotireoidismo Congênito deve ser

confirmada com as determinações do T4-Livre e TSH ultrassensível. T4-baixo pode acontecer na presença de

um TBG baixo, o que pode acontecer com mais freqüência nos meninos, nos casos de prematuridade, infecções

intra-uterina ou em conceptos de baixo peso. Nos casos de hipotireoidismo, o aumento do TBG pode levar a

níveis normais de T4 Neonatal.

Informações importantes: data de nascimento. Quantos dias está sob amamentação, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

T4 – TIROXINA TOTAL

Sinônimo mais usado: T4-Total

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes

da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência

Valores de Referência: em mcg/dL

Faixas Etárias Homens MulheresNeonatos

7,0 –

66,0

4,8 – 83,0

1 a 10 anos

3,5 –

11,8

5,8 – 14,011 a 14 anos 5,1 – 11,0 5,2 – 12,015 a 19 anos

4,6 –

10,0

4,8 – 10,0

Adultos 4,5 – 10,9 4,6 – 10,5 Fator de Conversão: mcg/dL x 12,87 = nmol/L

Interferências: Hemólise, hiperlipemia, hiperbilirrubinemia.

Elevações: Estrógenos, Heroína, Metadona, Anticoncepcionais orais, Hormônios tireoidianos, Tireotrofina e

TRH. Diminuições: Andrógenos, Ácido Acetilsalicílico, Colestiramina, Clofibrato, Cobalto, corticosteróides,

Danazol, Lítio Fenilbutazona, Fenintoína, Iodeto de Potássio, Propiltiuracil, Reserpina, Sulfonamidas, T3,

Ácido Valpróico.

Indicações: O T4 é o principal hormônio da tireóide, que é carreado no sangue periférico pela TBG, Albumina e

pré-albumina. A sua concentração reflete a capacidade de produção da glândula, mas 99,97% do T4 fica inativo

devido a sua ligação com as proteínas.

Elevado no Hipertireoidismo e diminuída no Hipotereoidismo, variações de sua concentração está ligada à

variação da TBG. Elevações do T4 podem ocorrer também nos aumentos da TBG, no aumento da pré-albumina e

na disalbuminemia familiar. Diminuições podem ocorrer também nos quadros com redução da TBG e nas

doenças sistêmicas graves.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TACROLIMUS

Sinônimo mais usado: FK 506, Prograf

Material e conservação para coleta: 5 mL de sangue total em EDTA, não separar o plasma. Refrigerar.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose do medicamento ou conforme orientação

GRUPO SÃO CAMILO

VI344

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médica. Jejum mínimo de 8 horas.

Estabilidade da amostra: até uma semana sob refrigeração.

Método: Imunoensaio enzimático.

Valores de Referência:

Valores em mcg/L:

Níveis terapêuticos :

5,0 a 20,0Níveis tóxicos: > 20,0

Interferências: Não coletar em tubos com gel separador. Coágulos na amostra, hemólise, hiperbilirrubinemia

severa e hiperlipemia.

Indicações: O Tacrolimus é um antibiótico tipo macrolídeo que tem propriedades imunossupressoras, usado

para previnir rejeição de órgãos transplantados. Por suas reações adversas como nefrotoxicidade,

neurotoxicidade e em nível menor hepatotoxicidade, deve ser utilizado em níveis ideais. O controle é feito com

dosagens séricas com periodicidade indicada pelo(a) médico(a)- assistente.

Informações importantes: data e hora da última dose do medicamento, data e hora da coleta de sangue.

Dosagem do medicamento.

_______________________________________________________________________________________

TBG (GLOBULINA TRANSPORTADORA DE TIROXINA)

Sinônimo mais usado: Proteína Ligadora da Tiroxina

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra : 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Valores pediátricos: em mg/L

Faixas etárias Homens Mulheres1 a 12 meses

16,2 –

32,0

17,7 – 32,0

1 a 3 anos 16,4 – 32,0 19,3 – 33,84 a 12 anos 16,5 – 29,8 15,0 – 30,0

13 a 18 anos 13,4 – 25,6 13,7 – 28,7

345

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores de adultos: 13,6 – 27,2 mg/L

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Indicações:é a principal carreadora de hormônios tireoidianos no sangue, com mais de 75% de atividade. Alterações

dos níveis da TBG modificam as concentrações do T3-Total e do T4-Total, podendo levar a confundir alterações

fisiológicas com doença tireoidiana verdadeira. Valores de T3 e T4 totais aumentados, com TSH normal, deve-se

dosar a TBG, T4-Livre e T3-Livre. A TBG pode estar aumentada em: Hipotireoidismo, colagenoses,

hiperestrogenismos, como gravidez e terapia hormonal, mielomas, porfiria aguda, hereditária, com níveis elevados

de TBG e por medicamentos, como tamoxifeno e drogas de uso ilícito. A TBG pode estar diminuída em:

hipertireoidismo, acromegalia, hereditariedade com níveis baixos de TBG, Insuficiência hepática (cirrose),

insuficiência renal como Síndrome Nefrótica e má-nutrição, com queda dos níveis de albumina. Por medicamentos:

Andrógenos, esteróides anabolizantes, glicocorticóides, etc. Ainda com medicamentos, podemos ter quadros de

perturbação da afinidade do T4 pela TBG, como nas terapias com clofibrato, fenilbutazona, fenitoína e salicilatos.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

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TEMPO DE LISE DAS EUGLOBULINAS

Sinônimo mais usado: TLE

Material e conservação para envio: plasma citratado sob congelamento.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar imediatamente o plasma após a coleta. Centrifugar a

3000 rpm por 15 minutos. Estocar a -20°C até o momento do envio, que será feito sob refrigeração, com o frasco

tocando o gelo renovável. Utilizar frasco de tampa azul clara (citrato de sódio), da BD preferencialmente.

Respeitar RIGOROSAMENTE a proporção sangue: anticoagulante (4,5: 0,5).

Estabilidade da amostra: 6 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: seg. Dacie et al.

Valores de Referência: plasmas normais tem um TLE superior a 120 minutos.

Interferências: medicamentos anticoagulantes, Protamina, ácido acetilsalicílico, Heparina, etc.

Indicações: detecção qualitativa de ativadores da profibrinolisina e pode ser anormalmente curto na fibrinólise

primária.

O início de um processo fibrinolítico que não segue a formação da fibrina é de ocorrência rara. Quando ocorre

estamos frente a um quadro de FIBRINÓLISE PRIMÁRIA. Isto ocorre quando os ativadores inertes, presentes

nas células dos tecidos, no endotélio vascular, no plasma e secreções, são ativados e liberados na circulação

sanguínea. Estes rapidamente convertem a profibrinolisina em fibrinolisina, resultando na degradação do

fibrinogênio circulante e dos fatores V e VIII, com a produção de Fatores de Degradação do Fibrinogênio, como

o D-Dímero, sem consumo dos fatores I e V. Em oposição ao consumo desses fatores na CID, a degradação

resulta numa concentração subnormal desses fatores sem a formação de fibrina. Essas ocorrências ligadas às

propriedades inibitódias dos Fatores de Degradação do Fibrinogênio, resultam em uma hemostasia deficiente.

OBS.: tanto nos quadros de Coagulação Intravascular Disseminada como nos quadros de Fibrinólise

primária, as concentrações subnormais de fibrinogênio e dos fatores V e VIII podem ser

determinadas. Uma diferença importante é que a CID causa depleção plaquetária enquanto a

Fibrinólise Primária não produz essa depleção.

A Fibrinólise Primária pode ser iniciada fisiologicamente através de exercícios físicos extremos, ansiedade

grave, tensão emocional acentuada e anóxia. Patologicamente podemos ter devido à cirrose hepática ou em

quadros de câncer prostático devido a liberação de uroquinase em grandes concentrações.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TEMPO DE PROTROMBINA AUTOMATIZADO (TP)

Sinônimo mais usado: TAP,TP

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma citratado, sob refrigeração

Instruções para coleta: ver item TEMPO DE LISE DAS EUGLOBULINAS.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: coagulométrico automatizado.

Valores de Referência:

TP: 11 a 14 segundos (> 70% de atividade)

INR : 1,0 a 1,32 ( para ISI muito próximos a 1,0)

Interferências: Medicamentos:

GRUPO SÃO CAMILO

VI346

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• Medicamentos que potencializam a resposta aos dicumarínicos:

Acetaminofeno, Ácido Acetilsalicílico, Ácido Etacrínico, Ácido Mefenâmico, Alopurinol, Aztreonam,

Cimetidina, Clofibrato, Clorpropamida, Colestiramina, Cefalosporinas, Dextram, Dissulfiram, Estrógenos,

Fenilbutazona, Fenitoína, Hormônios da Tiredióide, Ibuprofeno, Imipenem, Isoniazida, Indometacina,

Inibidores da Monoaminoxidase, Metildopa, Metilfenidato, Metronidazol, Moxalactan, Probenecide,

Quinidina, Quinino, Reserpina, Tolbutamida, Vitaminas do Complexo B.

• Medicamentos que diminuem a resposta aos cumarínicos:

Antiácidos, Barbitúricos, Corticóides, Digitálicos, Diuréticos (excluído o Ácido Etacrínico), Haloperidol e

Rifampicina.

• Outras situações que elevam o Tempo de Protrombina:

Deficiência de vitamina K, Coagulopatias de consumo, Hemoconcentração, Hiperlipemia, Anticoagulantes

circulantes, hipoprotrombinemia, Hipofibrinogenemia, Deficiências de vários tipos de fatores de

coagulação, Hepatopatias, etc.

Problemas de coleta , como punção traumática ou garroteamento prolongado, podem alterar os resultados.

Medicações que diminuem o Tempo de Protrombina: Aspirina em pequenas doses, menadiol, fitonadione,

anticoncepcionais orais, barbitúricos, Carbamazepina, Corticosteróides, Griseofulvina, Rifampicina, etc.

Indicações: controle dos pacientes submetidos à terapêutica com dicumarínicos, avaliação da função hepática e

pesquisa de alterações do sistema de coagulação.

Avaliação da via extrínseca da coagulação: O TP se encontra prolongado nas deficiências dos fatores de

coagulação como o Fator VII,V,X, II (Protrombina) e Fibrinogênio, e na presença de anticoagulantes naturais da

circulação , como Proteína C e Proteína S. Nas doenças hepáticas, com envolvimento da função dos hepatócitos e

nas deficiências da Vitamina K (deficiências da Síntese, absorção ou tratamento com anticoagulantes

dicumarínicos – Produção de Vitamina K defectiva). Útil no diagnóstico da terapia coma anticoagulantes orais.

Padronização Internacional do TP: O sistema INR normatiza os resultados do TP em relação a padrões

internacionais da OMS, fazendo com que a monitoração dos pacientes que estão sob terapêutica oral, com

anticoagulantes dicumarínicos tenham o mesmo significado, com qualquer reativo tromboplastínico, desde que

este tenha sido testado em relação ao Padrão Internacional. ( INR= Relação de Normatização Internacional).

Condição Clínica pelo INR :

- Profilaxias de Tromboses venosas em pacientes de alto risco: 2,0 a 3,5

- Tratamento da Trombose Venosa Profunda: 2,0 a 3,0

- Prevenção de trombose venosa profunda:

• Primária ou secundária: 2,0 a 3,0

• Recorrente: 2,4 a 4,0

- Prevenção de recorrência de embolismo, trombose arterial profunda ou tratamento de pacientes com válvulas

cardíadas mecânicas : 3,0 a 4,5

- Cirurgia Geral : 1,8 a 2,5

- Cirurgias articulares: 2,0 a 3,0

_______________________________________________________________________________________

TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO ( KPTT) AUTOMATIZADO

Sinônimo mais usado: KPTT

Material e conservação para transporte: 2 mL de plasma citratado sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada. Separar imediatamente o plasma após a coleta. Centrifugar a

3000 rpm, por 15 minutos. Estocar a - 20°C até o momento do envio, sob refrigeração (encostar o tubo no gelo

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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renovável). Utilizar frasco de tampa azul clara (citrato de sódio) (BD). Respeitar a proporção

sangue/anticoagulante (4,5:0,5).

Estabilidade da amostra: 12 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: coagulométrico automatizado.

Valores de Referência: 25 a 34 segundos.

Interferências: Valores elevados (KPTT prolongado):

Deficiência de Fibrinogênio, da Protrombina (fator II), Fatores V,VIII, IX, X, XI e XII. Deficiência de Vitamina

K (que afeta os fatores II, VIII, IX, X) e doenças hepáticas (deficiência de síntese dos fatores).

Tratamento com Warfarina, Síndome Nefrótica, Doença de von Willebrand, tratamento com dicumarínicos,

presença de inibidores da coagulação. Etc.

Indicações: avaliação da Via Intrínseca da Coagulação (Fatores I, II, V, VIII, IX, X, XI, XII), no controle com

terapia com heparina, e presença de anticoagulantes endógenos (Anticoagulante Lúpico), etc.

Informações importantes: medicação atual. Quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TEOFILINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas( vide abaixo). Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Não coletar em tubo com gel separador. As coletas de controle podem

ser realizadas somente após o terceiro dia de terapêutica sem interrupções.

As coletas devem ser realizadas no pico da concentração sérica:

Tipo de Teofilina

Hora preferencial da coleta

Preparações rápidas 2 horas após o uso do medicamentoPreparações lentas 4 a 6 horas após o uso do medicamentoEV 15 a 30 minutos após aplicação.

Deve-se lembrar que em indivíduos adultos normais a teofilina tem uma meia-vida de 6 a 10 horas. Em crianças

varia de 2 a 9 horas.

Em casos de patologias associadas, como insuficiência cardíada ou renal, a meia-vida pode chegar a 20 horas em

média. Pacientes hepatopatas graves a meia-vida pode chegar a 30 horas.

Estabilidade da amostra: até duas semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: HPLC

Valores de Referência:

Níveis Terapêuticos: Adultos : 10 a 20 mcg/mL

Crianças : 8 a 15 mcg/mL

Interferências: interações medicamentosas: Diminuem o catabolismo da teofilina: Alopurinol, amiodarona,

antibióticos macrolídeos, antidepressivos tricíclicos , anticoncepcionais orais, cimetidina, ciprofloxacina,

clindamicina, eritromicina, propranolol e Roxitromicina. Aumenta a eliminação urinária da teofilina: lítio.

Aumentam a metabolização hepática da teofilina por indução enzimática: fenitoína, fenobarbital e rifampicina.

Drogas: Reduzem a meia vida da teofilina: tabaco e maconha.

Indicações: Monitoração de pacientes submetidos a terapêutica com broncodilatadors a base de teofilina.

Informações importantes: dia e hora da última dose, dia e hora da coleta, medicamento com o princípio ativo

indicado e outros medicamentos associados.

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI348

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TESTES DE ESTÍMULO – (ver Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo, a partir da página 55)

_______________________________________________________________________________________

TESTE DE PATERNIDADE (INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE)

Sinônimo mais usado: Teste de investigação de paternidade.

Material e conservação para envio: a) para pacientes da cidade de Maringá: Raspado de mucosa bucal,

colocados nos círculos em papel de filtro especial, específicos para cada participantes: suposto pai, filho e mãe.

Não há preparo ou restrições a este tipo de coleta, realizado somente por pessoal especializado do Laboratório. b)

para materiais enviados por laboratórios apoiados: coletar sangue periférico, com seringa, que é colocado em

círculos indicados, nos cartões de papel de filtro, para o suposto pai, filho e mãe. Após secar, manter a

temperatura ambiente.

Instruções para coleta:

A) DADOS DOS ENVOLVIDOS (periciados) : 1) preencher com letra de forma e legível as requisições; 2)

Enviar xerocópias dos documentos de identidade de todos os envolvidos; 3) A assinatura do responsável

técnico do laboratório apoiado tem de estar na requisição do exame, no verso do cartão de coleta e no

envelope que protege o cartão de coleta. Carimbar a requisição e o verso do cartão de coleta (carimbo pessoal

com o Número do Conselho Regional); 4) Não esqueça de colocar o número do selo de segurança na

requisição do exame; 5) colete o sangue e lacre o cartão de coleta na frente dos envolvidos. Não esqueça de

pegar as assinaturas dos envolvidos e da mãe, também nos espaços destinados ao filho menor de idade. 6) Nos

casos de DUO (somente o suposto pai e o(a) filho(a) somente aceitar realiza-lo se o envolvido solicitante

constar como pai no Registro de Nascimento apresentado. Casos de teste DUO, onde o suposto pai não consta

na Certidão de Nascimento á necessidade de autorização expressa da mãe, devidamente identificada com

documentos que constam sua foto, como RG ou CNH. 7) Coletar as digitais dos envolvidos, na requisição do

exame, nos quadrados escrito “POLEGAR DIREITO”(OBRIGATÓRIO).

B) COLETA DOS MATERIAIS: para Laboratórios Conveniados somente aceitamos amostras sanguíneas.

Preencher corretamente os círculos correspondentes a cada indivíduo envolvido.

OBS.: na dúvida de algum erro cometido durante a coleta, destrua todo o material de coleta e reinicie a

mesma, em um novo cartão devidamente preenchido e assinado.

C) DADOS DO LABORATÓRIO CONVENIADO: não esqueça de colocar corretamente os dados do

Laboratório Conveniado, como nome do Laboratório e seu endereço completo.

D) PRAZO DE ENTREGA: os prazos de entrega estão baseados na média da demanda anual. Sendo um tanto

“sazonal”, de março a junho e setembro a novembro onde ocorre maior demanda. Dependendo da demanda

pode haver uma antecipaçãodo prazo proposto. Nos casos em que os envolvidos são somente PAI E FILHO

(A), chamado de teste “DUO”, se o(a) filho(a) não for registrado(a) com o nome do Pai, é OBRIGATÓRIA a

presmissão por escrito da MÃE ou RESPONSÁVEL LEGAL pelo menor, com documentos com fotos ( vide

acima). Para os casos que envolverem mais outras pessoas no lugar ou PAI e/ou MÃE, entar em contato com o

Laboratório (Sra. Vera Lúcia) , para maiores informações.

São necessários alguns procedimentos de rotina e segurança na coleta desse exame. Seguir criteriosamente os

passos na instrução de coleta constante do Kit de Transporte de Materiais Biológicos para Exames de DNA.

E) PROCEDIMENTOS PARA A COLETA:

1) Emprego obrigatório de Luvas:

2) Identificar no cartão de coleta o nome e o parentesco das pessoas envolvidas e fornecedoras dos

materiais. Colher a rubrica dessas pessoas, informando data e locar no cartão, além de rubrica-lo;

349

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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3) Coletar os materiais biológicos (sangue periférico) nos campos indicados no cartão de coleta;

4) Deixar secar os materiais coletados por 5 (cinco) minutos, a temperatura ambiente;

5) Inserir o cartão de coleta com os materiais no envelope próprio. Lacrar o envelope e coletar as rubricas

das pessoas envolvidas e, bem como a do COLETADOR.

6) Vedar o envelope e inseri-lo no entalhe do Kit, localizado na parte da aba superior, lado esquerdo;

7) Preencher o Termo de Identificação e Autorização de Coleta, juntando a cópia dos documentos pessoais

de cada indivíduo e da Autoridade Solicitante, se for o caso;

8) Colocar o Termo de Identificação preenchido e assinado, as cópias dos documentos e, se for o caso o

pagamento no interior deste Kit devidamente identificadas no seu verso com o nome e parentesco;

9) Caso haja por parte do Coletador ou das pessoas envolvidas na coleta suspeita quanto aos envolvidos no

exame, sugere-se tirar foto digital e encaminhar cópias das fotos tiradas, anexando-as no presente KIT

devidamente identificadas no seu verso com o nome e parentesco;

10) Fechar o KIT e inserir o conjunto no envelope plástico de segurança postal, coletando as rubricas das

pessoas envolvidas e do Coletador sobre a região do lacre.

Estabilidade da amostra: até 30 dias a temperatura ambiente.

Método: a) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) – Sistema Identifiler® - termociclador GeneAmp PCR

System 9700. b) Detecção em analisador genético de DNA ABI Prism® 310; c) Análise de resultados em

softwares Genescan® e Genotyper®; d) Calculos estatísticos baseados no artigo “Parentage testing –

Accreditation Requerements Manual ( AABB), 3ª Ed. (1998); e) Base de dados genéticos com frequências

alélicas extraídas da população brasileira.

Valores de Referência: -

Interferências: problemas na identificação dos pacientes, transfusão sanguínea com menos de 120 dias,

transplante de medula óssea.

Indicações: investigação de paternidade sistema DUO (suposto pai e filho ou mãe e filho)

ou Trio (Suposto Pai, Filho e Mãe).

Informações importantes: vide informações acima.

_______________________________________________________________________________________

TESTOSTERONA LIVRE

Sinônimo mais usado: testo livre.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Enzimaimunoensaio

Valores de Referência: em pg/mL (para intervalo de confiança de 97,5%)

GRUPO SÃO CAMILO

VI350

FEMININO

Idade Variação

Pré-púberes . . . . . . : 0,02 a 3,09 pg/mL

Púbere (até 19 anos) : 0,87 a 3,90 pg/mL

20 a 59 anos . . . . . . : 0,00 a 2,60 pg/mL

> 60 anos . . . . . . . . : 0,00 a 1,60 pg/mL

MASCULINO

Idade Variação

Até 10 anos . . . . . . : 0,50 a 5,50 pg/mL

11 a 14 anos . . . . . . : 0,30 a 25,0 pg/mL

15 a 19 anos . . . . . : 6,10 a 30,0 pg/mL

20 a 39 anos . . . . . : 8,8 a 27,0 pg/mL

40 a 59 anos . . . . . : 7,2 a 23,0 pg/mL

> 60 anos . . . . . . . . : 5,6 a 19,0 pg/mLCom TRH os valores femininos se aproximam dos

valores pré-menopausa. Não há valores pediátricos para

a presente técnica.

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Interferências : hiperlipemia.

Indicações: a testosterona livre representa uma pequena parte da testosterona total, que representa a porção

metabolicamente ativa, que não está ligada às proteínas transportadoras, que a ligam com grande afinidade

(SHBG), e com afinidade menor (albumina).

A dosagem não é influenciada pelas alterações patológicas das proteínas transportadoras, como na cirrose

hepática, síndromes inflamatórias e síndrome nefrótica. No hipogonadismo , como na Síndrome de Kleinefelter,

insuficiência hipotalâmico-hipofisária e na anorquidia e na estrogenoterapia, no tratamento com os derivados

do LHRH e no hipertireoidismo.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TESTOSTERONA TOTAL

Sinônimo mais usado: Testo total

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método : quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: para intervalo de confiança de 95%

351

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Mulheres

Neonatos . . . . . . . : 75 a 400 ng/dL

Até 10 anos . . . . : Até 30 ng/dL

11 a 14 anos . . . . : 15 a 280 ng/dL

15 a 19 anos . . . : 105 a 545 ng/dL

Em ovulação . . . : até 73 ng/dL

Pós Menopausa . : até 43 mg/dL

Com uso de contraceptivos orais: 24 a 42 ng/dL

Homens

Neonatos . . . . . : 75 a 400 ng/dL

Até 10 anos . . . : Até 30 ng/dL

11 a 14 anos . . . : 15 a 280 ng/dL

15 a 19 anos . . : 105 a 545 ng/dL

20 a 49 anos . . : 160 a 726 ng/dL

> 50 anos . . . . . : 129 a 767 ng/dL

Devido a pulsasibilidade da Testosterona em homens, melhores resultados são obtidos entre 7:00 e 11:00 horas.

Interferências: hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: a testosterona é o andrógeno mais potente. No homem é produzida principalmente pelas células de

Leydig nos testículos e secundariamente pelas supra-renais. Na mulher é produzida pelas supra-renais e ovários e

deriva da conversão periférica da delta-4-androstenediona e da dehidroepiandrosterona respectivamente. A

testosterona, no sangue periférico liga-se à SHBG e à albumina. Somente a fração livre (Testosterona Livre) é

ativa metabólicamente. Na célula, a ação da testosterona pode variar, dependendo do tecido onde ela está agindo

e também pela presença de uma enzima, a 5-alfa-redutase. De uma forma geral, a testosterona é transformada em

DHT que representa a forma hormonal ativa.

No tecido hepático a testosterona é metabolizada em 17-cetosteróides. No homem a testosterona total , é

transformada no sangue periférico, sob a ação de uma aromatase , em estrógeno, sendo a principal fonte de

produção de estradiol.

A secreção da testosterona (produzida pelas células de Leydig) é controlada pelo LH, e por sua vez, em conjunto

com o FSH controla a espermatogênese, por ação direta sobre as células de Sertoli.

Alterações patológicas:

- Aumento dos níveis de testosterona:

- Na mulher:

• Hirsutismo, hirsutismo idiopático com aumento da DHT e tumores de ovário ou supra-renais.

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- No homem:

• administração exógena de testosterona ou de gonadrotrofinas, Síndrome dos testículos

feminilizantes com resistência periférica aos andrógenos com aumento resultante do LH.

- Diminuição dos níveis de testosterona:

- No homem:

• insuficiência de produção pelas células de Leydig (seqüelas de orquite, ressecção dos testículos) com

elevação do FSH e LH.

• insuficiência hipofisária com queda da produção de LH e FSH.

• medicamentos: andrógenos de síntese, estrogênios, antiestrogênios, como espironolactona que

bloqueia a síntese da testosterona e o acetato de ciproterona, que inibe os receptores celulares para a

testosterona. Tratamento de câncer de próstata com análogosdo LH-RH, que diminui os níveis da

testosterona. A avaliação laboratorial completa poderá ser feita pelas dosagens da Testosterona total,

Testosterona Livre, Dihidrotestosterona-DTH, SHBG, albumina total e a Testosterona Biodisponível.

- Na mulher:

• diminuição ou perda da libido.

Pesquisa Laboratorial para casos de Hirsutismo:

- dosar a testosterona total, androstenediona e SHBG:

Aumento da Testosterona e da Androstenediona:

a) síndrome dos ovários policísticos: teste de LH-RH para dosagens de LH e FSH.

b) bloqueio das enzimas da supra-renal:

- para bloqueio da 21-hidroxilase: dosar a 17-Hidroxi-progesterona basal e após cortrosina.

- para bloqueio da 3-beta-ol-esteróide desidrogenase: dehidroepiandrosterona (DHEA)

Androstenediona (basal e após cortrosina).

- para bloqueio da 11-beta-hidroxilase: aumento o 11-desoxicortisol.

GRUPO SÃO CAMILO

VI352

Hirsutismo

Níveis da Testosterona

Diagnóstico

Tratamento

Com mais de 2 anos, família e isolado. Ciclos ovulatórios regulares.

Normais

(incluindo os demais hormônios)

Hirsutismo idiopático

Acetado de ciproterona

Início na puberdade, distúrbios do ciclo, ovários aumentados, anovulação LH aumentado, resposta intensa sob LHRH, com Androsterona aumentada.

Normais

ou LEVEMENTE

aumentada

Distrofia ovariana

Acetado de ciproterona

Com mais de 2 anos, intenso, progres -sivo, hipertrofia clitoriana, anteceden-tes familiares, com androstenediona elevada e resposta intensa da 17 -Hidro-xiprogesterona após cortrosina.

Elevada

Hiperplasia supra-renal

Acetado de ciproterona,

e/ou Hidrocortisona.

Recente, intenso, com amenorréia re -sistente, teste com cortrosina negativo

Elevado

Tumor ovariano

ou supra-renal

Cirurgia

Hiperandrogenismo sérico, sem hirsutismo, com aumento da SHBG

Variável Hepatopatias frequentemente

-

Aumento da testosterona, Androstenediona e do Sulfato da Dehidroandrostenediona:

- adenoma ou carcinoma da supra-renal.

- realizar um teste de supressão com dexametasona (teste basal e após 1 mg de dexametasona na noite anterior a

segunda coleta). Ausência de supressão indica à patologia supra-renal.

Informações importantes: medicação utilizada e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

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TESTOSTERONA BIODISPONÍVEL

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência (testosterona total e SHBG), radioimunoensaio (testosterona livre) e

espectrofotometria (albumina).

Valores de referência: (intervalo de confiança de 95%)

Homens ng/dL17 – 40 anos 82 – 62641 – 60 anos 58 – 43661 – 90 anos 43 – 424

Mulheres ng/dL

Fase folicular 4,4 –

39Meio do ciclo 7,1 –

55

Fase luteínica 4,1 – 44Pós-menopausa s/ TRH

4,3 –

55

Pós-menopausa c/ TRH 2,4 – 38

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia.

Medicamentos: vide itens anteriores como Testosterona Livre e Testosterona total.

Indicações: As determinações da Testosterona Total são de utilidade nas avaliações do estado hipogonadal dos

homens e hirsutismo e virilização em mulheres. Testículos e Córtex adrenal são as fontes masculinas da testosterona.

É o hormônio masculino dominante e age sobre a diferenciação dos ductos de Wolff, na secreção das gonadotrofinas,

na espermatogênese e nas características sexuais secundárias. As mulheres tem 3 a 4 vezes menos testosterona que os

homens,os ovários e as supra-renais produzem uma pequena parte da Testosterona Total, sendo que a maior parte

vem do metabolismo periférico da Androstenediona (Andro) e da Dehidroepiandrosterona (DHEA). Nas mulheres

a Testosterona age como regulador folicular. Tanto nos homens como nas mulheres a maior parte da Testosterona

circulantes está ligada às proteínas de transporte. Uma pequena parte, que é a fração biologicamente ativa, circula

como fração livre (ou não-ligada). A SHBG – Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais é a que carrega a maior

parte da Testosterona circulante ligada. O verdadeiro estado dos androgênios é obtido com as dosagens das

Testosterona total e Livre e da SHBG. Essas dosagens propiciam o cálculo do Índice Androgênico Livre (FAI).

O FAI está geralmente elevado nos casos de calvice, hirsutismo, acne severa e outras condições clínicas onde os

níveis de testosterona são normais e as taxas de SHBG estão diminuídas. Como exemplo desta situação são as

mulheres obesas, hipomenorréia, com níveis elevados do FAI no início da fase folicular, o que pode ser um bom

indicador de ovário policístico ou de hiperatividade androgênica ovariana. Assim, estabelecendo-se correlação

clínico-laboratorial com a SHBG e por conseguinte com a FAI, pode-se explicar os casos de hirsutismo em

aproximadamente 25 a 30% das mulheres com Testosterona Total normal. Os níveis aumentados de

Testosterona nas mulheres podem resultar em irregularidades menstruais, como Oligomenorréia, Amenorréia,

etc, Síndrome de Stein-Leventhal (Síndrome dos ovários policísticos), Acne, Tumores Adrenais e Hiperplasia

Adrenal. Pequenas elevações da Testosterona total ocorrem na Doença de Cushing, na Menopausa, na Gravidez

e em pacientes submetidas a tratamento com Androgênios.

Após ser secretada ou transformada a partir da DHEA ou Andro, a Testosterona total é quase toda ligada às

proteínas de transporte. Assim, independentemente do sexo, a Testosterona está presente na circulação periférica

353

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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em três formas: a) Livre ou não-ligada, correspondendo à forma molecular ativa, b) Fracamente ligada à

Albumina e à Globulina Ligadora do Cortisol; c) Fortemente ligada à SHBG.

A Testosterona Livre é a fração biologicamente ativa, e a Testosterona fracamente ligada à Albumina pode ser

imediatamente ativada através de sua rápida dissociação da Albumina. Entretanto, o “pool” da Testosterona

Livre e a fracamente ligada à Albumina é chamado de TESTOSTERONA BIOLOGICAMENTE

DISPONÍVEL OU TESTOSTERONA BIO-DISPONÍVEL (Ou ainda Testosterona Não-Ligada à SHBG-

NSB-T).

Tipos de Testosterona Circulante e sua porcentagens em ambos os sexos.

Forma da testosterona

Proteína transportadora

% total em Homens % total nas Mulheres

Testosterona Livre

Nenhuma

0,16 a 0,68 %

0,01 a 3,00 %Fracamente Ligada

Albumina

45,0 a 85,0 %

25,0 a 65,0 %

Fortemente Ligada

SHBG

14,0 a 50,0 %

35,0 a 75,0 %

Assim, a Testosterona Total é a soma da Testosterona Biodisponível (Testosterona Livre + Testosterona ligada à

Albumina) + Testosterona ligada à SHBG.

A SHBG é a principal proteína ligadora da Testosterona. Ela carrega principalmente nas mulheres a maior

porcentagem de Testosterona, mais que a Albumina e a Globulina Ligadora do Cortisol, e sua ligação química é

muito mais forte que qualquer outra globulina. Porém a SHBG diferentemente da Albumina é muito sensível à

mudanças nas concentrações de Estrogênios e Androgênios circulantes.

Desta forma, os níveis de Testosterona Livre sofrem muito mais influência dos níveis da SHBG. Os níveis da

Testosterona podem variar de acordo com as taxas de SHBG, para poder manter a concentração da Testosterona

Livre constante. É também esperado que quando a concentração da Testosterona Livre aumente, a Testosterona

Total também aumente e a SHBG diminua. Quando os níveis de SHBG diminuem na presença de níveis normais

ou levemente aumentados da Testosterona Total, há um aumento da Testosterona Biodisponível, com maior

atividade periférica dos androgênios: Índice de Androgênios Livres (FAI).

O FAI é muito útil nos estados de anormalidades androgênicas. Ele está geralmente elevado nos casos de acne

severa, alopecia androgênica nos homens (calvice), hirsutismo, etc., que cursam com Testosterona Total normal

e SHBG baixos. Como foi visto acima, mulheres obesas com hirsutismo, pouca menstruação, um FAI elevado

encontrado no período inicial da fase folicular, sendo um indicador específico e muito sensível das Síndromes de

Stein-Leventhal ou dos ovários policísticos. O FAI corresponde de forma mais efetiva aos quadros clínicos do

que as dosagens isoladas dos androgênios.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TETRAHIDROCANABINOL – THC (Metabólito da maconha)

Sinônimo mais usado – Pesquisa de Metabólitos de Maconha na urina.

Material e conservação para envio: urina recente, mínimo de 10 mL sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar a qualquer hora do dia, desde que esteja com menos de 48 horas de possível uso

da droga ilícita. A coleta deve ser monitorada para não haver fraudes.

Estabilidade da amostra : até 7 dias sob refrigeração.

Método: imunoensaio

Valores de Referência: Pesquisa Negativa, quando concentração for infeiror a 50 mcg/mL.

Interferências: contaminação bacteriana intensa.

Indicações: auxilio diagnóstico para acompanhamento de pacientes drogadictos.

Informações importantes: este exame carece de valor médico legal por não possuir posse jurídica e é voltado

unicamente ao auxílio clínico para pacientes droga adictos.

GRUPO SÃO CAMILO

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TIOCIANATO URINÁRIO (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: tiocianatúria

Material e conservação para envio: duas amostras de urina recente, com mínimo de 50 mL cada, uma pré-

jornada e outra pós-jornada, sob refrigerada.

Instruções para coleta: coletar uma amostra pré-jornada e outra pós-jornada, coletadas após no mínimo dois dias

seguidos de exposição. Coletar em frasco de plástico fornecido pelo laboratório. Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria UV-Vis.

Valores de Referência: até 2,5 mg/g de creatinina (para não fumantes)

IBMP: 6,0 mg/g de creatinina (para não fumantes)

Interferências: o enxofre se liga ao cianeto no fígado, através da ação de uma enzima chamada rodanase,

formando o tiocianato. Desta forma o cianeto pode ser monitorado através da formação do tiocianato. O

tabagismo é a maior fonte de interferência na determinação do tiocianato urinário. Duas formas de superar esta

dificuldade podem ser utilizadas na interpretação dos resultados: 1- Estabelecer a diferença entre os resultados de

pós-jornada e pré-jornada e utilizar este valor para comparar com o Valor de Referência e o IBMP. 2- Desde que

não exista exposição conjunta a um agente carboxihemoglobinizante (como por exemplo monóxido de carbono,

diclorometano), determinar também a carboxihemoglobina sanguínea (outro indicador influenciado pelo

tabagismo). A razão entre os valores de SCN e COHb não deve ser superior a 3.

Informações importantes: tempo de trabalho, local de trabalho e ingestão de bebidas alcoólicas.

_______________________________________________________________________________________

TIREOGLOBULINA

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instrução para coleta:coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente

antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência automatizada.

Valores de Referência: 0,73 a 84,00 ng/mL.

Interferências: Hiperbilirrubinemia, hiperlipemia e Hemólise.

Indicações: seguimento de pacientes com carcinoma papilar ou folicular residual, recorrente, misto ou ainda

metastático da tireóide, pós-tereoidectomia. É um indicador importante, pois a tireóide é a única fonte de

tireoglobulina circulante. Da mesma forma, as determinações de tireoglobulina são utilizadas para

complementar a digitalização de radioidodina e outras técnicas, como imunohistoquímica ou mesmo técnicas de

imagem por ultrassonografia da tireóide, na identificação de presença ou ausência de tecido ativo ou ainda no

aumento do referido tecido em relação a valores de base de referência estabelecidos individualmente. O

diagnóstico diferencial de hipotireoidismo congênito é um bom exemplo para uso da dosagem de tireoglobulina

sérica.

Os valores da Tireoglobulina se encontrar elevados nos Adenomas de tireóide e Adenoma tóxico, Bócio

endêmico, Bócio multinodular tóxico, Carcinomas de Tireóide, Doença de Graves em atividade, Pós-cirúrgico

da tireóide, Pós-irradiação da Tireóide, Pós-palpação prolongada da Tireóide, Pós-traumatismo agudo,

Processos inflamatórios da tireóide,Tireoidite sub-aguda.

Níveis de Tireoglobulina normais:

a) Carcinoma diferenciado pós-tiroidectomia total e iodo radioativo, com terapia de reposição hormonal.

355

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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b) Carcinoma medular da tireóide (níveis sempre normais)

c) Níveis normais no hipertireoidismo factício (a tireoglobulina está baixa ou normal devido à supressão do

hormônio da tireóide pela tireotrofina).

Níveis de Tireoglobulina aumentados:

a) presença de metástases pós-tireoidectomia.

b) Carcinoma Papilar (níveis sempre elevados)

c) Após tireoidectomia e iodo radioativo, valores superiores a 5 ng/mL já indica a persistência da doença

(metástases).

d) Hipertireoidismo de qualquer tipo, com exceção do factício.

e) Recém-nascidos com glândulas hipoplásicas, tecido ectópico, bócio dishormogênico, deficiência de TBG

congênita ou Hipotireoidismo de transição.

Níveis de Tireoglobulina baixos ou indetectáveis:

Recém-nascidos sem tecido tireoidiano (agenesia de tireóide).

Informações importantes: medicação atual e quadro histológico se houve biópsia.

Nota: anticorpos anti-tireoglobulina interfere nos resultados do teste, devendo ser pesquisado sempre em

conjunto com a tireoglobulina.

_______________________________________________________________________________________

TIROSINÚRIA – PESQUISA

Sinônimo mais usado: Pesquisa da tirosina na urina.

Material e conservação para envio: mínimo de 10 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, a primeira urina da manhã, não é necessário desprezar o primeiro

jato. Refrigerar imediatamente.

Estabilidade da amostra: 72 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: teste do Nitrosonaftol.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: medicamentos que alterem a cor da urina, hematúria macroscópica com hemólise,

contaminação bacteriana maciça e possível contaminação fecal em casos de crianças muito pequenas.

Terapêuticas com Ampicilina e macrolídeos devem ser suspensas por 5 dias antes da coleta do material.

Terapêuticas com aminoácidos E.V .ou outras vias devem ser suspensas por 5 dias antes da coleta.

Indicações: Pesquisa da casos de Tirosinemia. Este teste detecta além da tirosina, Ácido para-

Hidroxifenilpirúvico e Ácido para-Hidroxifenilacético, que são metabólitos da tirosina.

Nem sempre a presença de um aminoácido na urina é diagnóstico de Erro Inato de Metabolismo. Doenças

Hepáticas e patologias de túbulo renal podem apresentar aminoácidos aumentados na urina. Neste último caso,

pode estar associado à Síndrome de Fanconi adquirida.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TOXOCARÍASE – SOROLOGIA – IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Toxocara IgG, Toxocara IgM

Material e conservação para envio: 2mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

GRUPO SÃO CAMILO

VI356

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Método : enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência: IgG: Não Reagente/Negativo.

IgM: Não Reagente/Negativo.

Interferências: hiperlipemia e hemólise.

Indicações: a toxocaríase é produzida por um parasita do cachorro (Toxocara canis) ou do gato (Toxocara cati),

sendo considerada uma parasitose cosmopolita. A infestação ocorre pela ingestão de ovos embrionados no meio

ambiente, através de alimentos mal preparados ou, principalmente em crianças que colocam as mãos a boca nas

brincadeiras com areia.

O diagnóstico laboratorial geralmente é solicitado após o achado de uma hipereosinofilia em hemograma de

rotina, ou o encontro de valores muito elevados de IgE total. Resultados falso-positivos podem ocorrer por

infestação de outros helmintos. Os níveis de anticorpos podem variar de acordo com o local da infestação. Nos

quadros meníngeos ou oculares os níveis de IgE geralmente são levemente elevados. Nas infestações intestinais os

níveis são bastante elevados. Um resultado Não Reagente/Negativo não exclui quadro de toxocaríase. Níveis

baixos de anticorpos podem não ser detectados pela sensibilidade natural do método, principalmente no início da

infestação. Se o quadro clínico e laboratorial (hipereosinofilia e altos níveis de IgE total) mesmo com a sorologia

negativa, é sugestivo uma nova amostra deve ser coletada e ensaiada após 3 semanas. Tratamento precoce da

infestação pode alterar a curva sorológica.

Informações importantes: exames complementares anteriores, quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TOXOPLASMOSE – IgA

Sinônimo mais usado: Toxo IgA

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência: em UA/mL

357

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Negativo/Não Reagente

< 5,0

Indeterminado 5,0 – 20,0 Positivo/Reagente

> 20,0

UA = Unidades em IgA

Testes Indeterminados devem ser repetidos após 15 dias para estudo da curva sorológica.

Interferências: Hemólise, hiperlipemia e hiperbilirrubinemia.

Indicações: sua determinação está indicada para casos de toxoplasmose congênita, já que esta classe de

imunoglobulina não atravessa a barreira placentária. Geralmente é detectada nos casos agudos, podendo ser detectada

e com títulos elevados por até 7 meses. Atualmente é um teste pouco pedido pois não consegue discriminar, de forma

efetiva, infecção aguda da infecção antiga, com IgM residual.

Informações importantes: idade do paciente, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TOXOPLASMOSE – IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Toxo IgG ou IgM

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Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Valores em UI/mL:

Anticorpos da classe IgG:

Reagente

Superior a 3,0 UI/mL

Não Reagente Inferior a 1,6 UI/mLIndeterminado 1,6 a 3,0 UI/mL

UI/mL = Unidades Internacionais seg. OMS:WHO 3 rd IS to T.gondii antibodies.

Anticorpos da classe IgM:

Não Reagente Index Inferior a 0,50Borderline Index 0,50 a 0,60Reagente

Index Superior a 0,60

S/Co = é a relação da DO do soro e a DO do Cut-Off.

GRUPO SÃO CAMILO

VI358

Testes Indeterminados devem ser repetidos, com nova coleta, após 15 dias desta data.

Interferências: Hiperlipemia e hemólise.

Indicações: Correlações entre as classes de anticorpos anti- toxoplasmose e a interpretação :

IgM IgG InterpretaçãoNão Reagente Não Reagente Presume-se que o doente não tenha sido infectado pelo

Toxoplasma gondii e não progrida para fase aguda. Persistindo os sintomas testar uma nova amostra dentro de 3 semanas

Não Reagente

Reagente

Não se pode determinar se há ou não uma infecção ativa. É muito provável ter havido uma prévia infecção por Toxoplasma gondiihá mais de um ano.

Não Reagente

Indeterminado

Deve-se obter nova amostra para novo teste. O quadro pode não progredir para uma infecção aguda. Não é possível determinar se o doente foi previamente infectado.

Indeterminado

Não Reagente

Deve-se obter uma nova amostra para confirmação dos anticorpos da classe IgM anti -Toxoplasma gondii . Não é possível determinar se o paciente vai progredir para uma infecção aguda. Parece que não houve infecção prévia. Se o resultado de uma nova amostra para anticorpos da classe IgM for Reagente/Positivo, pode -se optar por teste qualitativo em PCR Real Time.

Indeterminado Reagente Obter uma nova amostra para a confirmação da sorologia IgM. Não se pode determinar se o paciente vai ou não progredir para uma infecção aguda. É possível que o paciente tenha sido infectado previamente . Se o resultado de uma nova amostra, para IgM for Reagente/Positiva, ou indeterminada deve-se realizar teste qualitativo em PCR em Real Time.

Indeterminado

Indeterminado

Obter uma nova amostra para mais testes . Não se pode saber se o paciente vai progredir para uma fase aguda.. Se o novo resultado voltar a ser Indeterminado deve -se indicar Pesquisa em PCR Real Time.

Reagente Não Reagente

Obter uma

nova amostra para mais testes. O paciente pode ou não estar com uma infecção aguda por Toxoplasma gondii. Como os anticorpos IgG específicos não são reativos, a amostra deve ser obtida precocemente no processo da doença para uma determinação da fase aguda. Testar uma nova amostra com diferentes ensaios para os anticorpos IgM. Se persistirem os resultados, novos testes, entre eles PCR, devem ser testados.

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Situações especiais:

a) Coriorretinite: IgG com títulos baixos e IgM não reagente. A primo infecção é congênita, daí a negatividade da

IgM. Quadros clínicos característicos com anticorpos da classe IgG presentes fecham o diagnóstico. Com

lesão não típica, a pesquisa de anticorpos no humor aquoso passa a ser necessário. Níveis mais elevados no

humor aquoso do que no soro indicam infecção intraocular. Teste de PCR para toxoplasmose é uma opção boa

para o humor aquoso.

b) encefalite em pacientes com AIDS: nestes pacientes a IgM não tem poder preditivo. Como os pacientes tem

imunodeficiência, os quadros clínicos são por reativação. IgG Não Reagente praticamente elimina o

diagnóstico. A pesquisa de DNA do Toxoplasma gondii por PCR é uma opção interessante. No LCR apesar da

alta especificidade, a sensibilidade é muito baixa.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TOXOPLASMOSE – IgG – AVIDEZ

Sinônimo mais usado: Avidez para Toxoplasmose IgG

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência após tratamento com Uréia 5M.

Valores de Referência: calculado em Índice:

359

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Índice de Avidez dos anticorpos da classe IgG - T. gondii:

< 50% : Baixa avidez

Sugere infecção ocorrida nos últimos 4 meses

50 a 59,9% : Moderada avidez

Não permite definir o período (zona cinza)

>/= 60% : Elevada avidez

Sugere infecção ocorrida há mais de 4 meses

Interferências: hiperlipemia e hemólise.

Indicações: é um teste útil para diferenciar infecção aguda de infecção crônica com mais de 4 a 6 meses de tempo.

Na infecção aguda os anticorpos da classe IgG são de baixa avidez. Com o progredir da infecção, os anticorpos

aumentam a sua avidez. Essa mudança geralmente acontece por volta dos 6 meses de doença.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TOXOPLASMOSE NEONATAL – IgM

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: coleta em papel de filtro específico, a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: coletar dois círculos isolados de sangue, em papel de filtro específico, bem saturado dos

dois lados do papel. A coleta deve ser realizada entre o terceiro e trigésimo dia de vida. Não há horário específico

para a coleta. Deixar secar o papel de filtro na posição horizontal, a temperatura ambiente, no mínimo por 3

horas. Colocar em saco plástico hermeticamente fechado e protegido contra a luz.

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Estabilidade da amostra: até 7 dias a temperatura ambiente.

Método: enzimaimunoensaio

Valores de Referência: Não Reagente.

Interferências:-

Indicações: Triagem neonatal de infecção congênita por Toxoplasma gondii. A transmissão vertical ocorre nas

gestantes que adquirem a primo-infecção. No primeiro trimestre a infecção congênita tem probabilidade de 10 a

24 % de chance de ocorrer. No segundo trimestre a chance sobe para 30 a 60%. No terceiro trimestre a

probabilidade alcança os maiores níveis de 60 a 70%, porém é no início da gravidez que os quadros são mais

graves. A incidência pode variar de estado para estado. Na região Sul a incidência é de 1: 3000.

Informações importantes: idade correta do paciente.

_______________________________________________________________________________________

TOXOPLASMOSE – PCR – QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Toxoplasmose.

Material e conservação para envio: 1 mL de líquor, 1 mL de líquido ammniótico, material de biópsia, 5 mL de

sangue total em EDTA. Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta: com exceção da coleta do sangue, todas as demais coletas são feitas pelo(a) médico(a)-

assistente. Todas as coletas são feitas em frascos estéreis próprios para reações para PCR. A coleta de sangue não

necessita de jejum. Enviar sob refrigeração.

Estabilidade: líquor (1 mês congelado), líquido ammniótico (2 dias), sangue total (5 dias).

Método: PCR em Tempo Real.

Valores de Referência: Negativo

Interferências: hemólise.

Indicações: teste indicado para definir quadros clínicos que não podem ser definidos com testes sorológicos

tradicionais, principalmente em pacientes com imunodeficiências ou imunodeprimidos, nos acometimentos do

Sistema Nervoso Central, diagnóstico de infecção congênita pré ou pós-natal ou doença ocular.

Informações importantes: quadro clínico, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TPO - ANTI (PEROXIDASE TIREOIDIANA)

(ver Anticorpos anti-Peroxidase)

_______________________________________________________________________________________

TRAB – ANTICORPOS ANTI-RECEPTORES DE TSH

Sinônimo mais usado: Trab.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Radioimunoensaio.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI360

Negativo

<= 1 UI/L

Indeterminado 1 a 1,5 UI/LPositivo

> 1,5 UI/L

Interferências: hiperlipemia.

Indicações: é indicado para pacientes com doença tireoidiana autoimune. Aparecem na Doença de Graves,

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principalmente nos pacientes com oftalmopatia e eutireoidianos. Este teste pode ser utilizado como seguimento de

pacientes submetidos a tratamento anti-tireoidianos. O reaparecimento dos anticorpos ou a sua elevação após

estabilização de valores pode determinar estados de recaídas durante ou após o tratamento. Os anticorpos anti-

receptores de TSH – TRAB podem ser divididos em duas categorias: a) TRAB-TS-Ab: anticorpos estimuladores da

tireóide: possuem ação igual ao TSH e explicam o hipertireoidismo na Doença de Graves-Basedow, e b) TRAB-

TBAb: anticorpos bloqueadores da tireóide: compete com o TSH em seus sítios de ligação, levando ao

hipotereoidismo em certo número de pacientes com Tireoidite de Hashimoto.

Há outras sub-categorias do TRAB, que são mais raras: que estimulam o crescimento celular: TRAB-TG Ib, e os

que bloqueiam o crescimento celular : TRAB-TG II.

Todos esses tem identidade imunológica comum e são determinados todos no teste do TRAB habitual.

Informações importantes: quadro clínico e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TRANSGLUTAMINASE TECIDUAL – IgA ou IgG

Sinônimo mais usado: Transglutaminase A ou G

Material e conservação para envio: 1 mL de soro para cada teste, sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio.

Valores de Referência:

Para anticorpos da classe IgG ou IgA:

Negativo/Não Reagente < 20 U/mL

Positivo/Reagente ≥ 20 U/mL

Interferências: hemólise e hiperlipemia. A presença de anticorpos heterófilos pode alterar o resultado do teste.

Indicações: teste indicado para diagnóstico laboratorial da Doença Celíaca e Dermatite Herpetiforme. Esses

anticorpos séricos podem ser usados para seguimento do tratamento daquelas duas doenças. O teste para

determinação dos anticorpos anti-Transglutaminase tem uma sensibilidade de 98,2% , sendo mais sensível que

os testes que detectam os anticorpos anti-Endomísio, porém a sua especificidade é um pouco menor que este,

mas de maior especificidade que os anticorpos anti-Gliadina. Os teste para anticorpos da classe IgG devem

sempre ser ensaiados em conjunto com os de classe IgA, pois frequentemente, pacientes com Doença Celíaca ou

Dermatite Herpetiforme apresentam deficiência desta classe de imunoglobulinas. Os três tipos de anticorpos,

Anti-Gliadina, Anti-Endomísio e Anti-Transglutaminase tornam-se negativos após 3 a 6 meses após a retirada do

Glúten da alimentação dos pacientes afetados.

A biópsia intestinal fecha o diagnóstico de quadros sorológicos indeterminados.

Informações importantes: medicação utilizada, quadro clínico e se realiza dieta sem glúten.

_______________________________________________________________________________________

TRANSAMINASES GLUTÂMICO OXALACÉTICA ( AST ) E GLUTÂMICO PIRÚVICA (ALT)

Sinônimo mais usado: Aspartato aminotransferase(AST, TGO) e Alanina aminotranferase (ALT, TGP).

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 4 dias sob refrigeração ou 1 mês sob congelamento.

361

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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> 2 e TGP

< 300 UI/L

Patologia alcoólica: quanto maior a relação maior a probabilidade de uma patologia alcoólica presente.

Método: enzimático UV-VIS automatizado.

Valores de Referência:

AST/TGO:

Valores Pediátricos

Em UI/L ( IFCC)

Até 3 anos até 50 UI/L> 3 anos até 40 UI/L

Valores de adultos:

Faixas etárias Homens MulheresAté 60 anos

até 34

UI/L

até 34 UI/L

60 a 69 anos até 35 UI/L até 30 UI/L70 a 79 anos até 29 UI/L até 28 UI/L

> 79 anos até 27 UI/L até 26 UI/L

ALT/TGP:

Faixas etárias:

Homens

Mulheresaté 12 anos

até 30 UI/L

até 27 UI/L13 a 59 anos 10 – 49 UI/L 10 – 40 UI/L

> 59 anos 10 – 42 UI/L 10 – 30 UI/L

Interferências: hemólise, hiperlipemia.

Indicações: as transaminases, atualmente denominadas aminotransferases, são enzimas glicoproteícas e

citoplasmáticas. Seus níveis séricos refletem renovação celular normal (níveis normais) ou lesões celulares

(níveis elevados) como hepatócitos, lesões cardíacas, lesões renais ou musculares.

Variações fisiológicas: Medicamentos: anticonvulsivantes, anticoncepcionais orais e medicamentos

hepatotóxicos (vide Fosfatase Alcalina), elevam os níveis das transaminases.

Gravidez: diminui os níveis das transaminases em 20%. Ingestão alcooólica: aumento de 10 a 40%,

principalmente da TGP. Elevação de peso: aumento de 10% no sexo feminino e de até 50% no sexo masculino.

Deficiência de Vitamina B6: diminuição de até 20% da atividade, principalmente da TGP.

Variações Patológicas:

- Aumentos de mais de 10 vezes os níveis basais: Hepatite viral aguda com TGP > TGO. Hepatites por drogas e

hepatites tóxicas, obstruções de vias biliares e isquemia hepática aguda, ligada a insuficiência cardíaca aguda

(IAM, disritimias graves, etc).

- Aumentos entre 2 a 10 vezes os níveis basais: hepatites infecciosas virais, como na Mononucleose Infecciosa,

CMV, HIV, V-Z, e outros vírus hepatotrópicos, além de hepatites infecciosas por parasitas (toxoplasmose),

bacterianas (legionelose, leptospirose, sífilis, salmoneloses, septicemia por bacilos Gram-negativos, etc).

Hepatites de fundo auto-imunes, como LES, Síndrome de Sjögren, Artrite Reumatóide, etc.

- Aumento prolongado: (acima de 6 meses de doença): alcoolismo, com hepatopatias graves, como cirrose,

estetose ou hepatite alcoólica, obesidade mórbida, Hemocromatose, Doença de Wilson, Hepatomas e

tumores metastáticos no fígado, Hepatites virais crônicas, etc. Hepatopatias por drogas, hepatopatias por

toxinas. Alterações por doenças do aparelho gastrointestinal, como Doença Celíaca e Retrocolite ulcerativa.

- Patologias musculares e cardíacas: IAM, miopatias, citólises musculares , etc.

Através da Relação TGO/TGP, cujo normal é 0,7 a 1,4; pode-se presumir algumas patologias,

independentemente de sintomas:

GRUPO SÃO CAMILO

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Hepatopatia crônica leve: relação entre 1 e 1,5

Hepatopatia isquêmica: relação entre 1 e 2

Cirrose hepática: relação entre 1,3 e 2,2

Colestase intra-hepática: 1,5 a 3,0

< 1

Hepatite viral aguda:

< 0,7: maioria dos casos

0,3 a 0,6 : bom prognóstico

> 1,6 : mau prognóstico

0,2 a 0,8 : Colestase extra-hepática

< 0,5 : outras lesões hepáticas

Outra avaliação de mau prognóstico, na hepatite fulminante é uma queda repentina das transaminases, com

elevação das bilirrubinas e aumento do TAP.

Os valores absolutos das aminotransferases estão diminuídos na:

- Hepatopatias severas, Cetoacidose diabética, Hemodiálise crônica, Insuficiência Renal, etc.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TRANSFERRINA

Sinônimo mais usado: Siderofilina

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar somente pela manhã, até as 12:00 horas, em jejum mínimo de 4 horas.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: imunoturbidimétrico.

Valores de Referência: Valores em mg/dL (intervalo de confiança de 97,5%)

363

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Doença de Wilson: Relação superior a 4, com sintomas hepáticos graves pode sugerir Hepatite fulminante pela

Doença de Wilson.

Hepatotoxicidade por medicamentos ou toxinas.

> 1

Faixas etárias Homens MulheresR.nascidos

97 –

202

92 – 208

31 dias a 1 ano

106 – 357

128 – 364

1 a 6 anos 196 – 335 149 - 3397 a 10 anos 149 –

320

162 – 325

Adultos 170 – 340 170 – 340

Interferências: diminuições: transfusões frequentes de sangue, elevações: anticoncepcionais orais e etilismo.

Indicações: a transferrina é uma proteína do grupo das Beta-globulinas (Beta-1), com produção hepática, cuja

função é o transporte de ferro, principalmente e secundáriamente do cobre e zinco. A sua síntese é controlada

inversamente com a quantidade de ferro circulante, sendo importante para a avaliação do metabolismo do ferro.

Isto ajuda o diagnóstico diferencial da anemias e a avaliação nutricional, no contexto protéico.

Em indivíduos normais a saturação da transferrina gira em torno de 20 a 45% de sítios ocupados. O nível mínimo

de saturação para a homeostase do ferro é de 15%. Valores muito elevados de saturação são encontrados na

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hemacromatose (> 90%) e na ingestão abusiva de ferro (> 100%).

Variações fisiológicas:

- Elevações: gestação: chega a aumentar 50% a partir do quarto mês. Anticoncepcionais orais chega a

aumentar 30% dos valores.

Variações patológicas:

- Elevações: a) com queda dos níveis de saturação: carência marcial (anemias ferroprivas) e hemorragias

agudas.

- Diminuições (frequentemente com aumento da saturação): sobrecarga de ferro pela hemocromatose,

sobrecargas secundárias devida à transfusões de sangue e também nos quadros de Porfiria Cutânea Tardia.

Processos inflamatórios com níveis baixos de ferro. Valores diminuídos com níveis variáveis de saturação,

podemos ter na cirrose hepática, má-nutrição, perdas aumentadas de transferrina na Síndome Nefrótica e

tumores intestinais, com perda protéica elevada. Casos de atransferrinemia congênita, com anemia

neonatal hipocrômica com acúmulo de ferro não tranportado no fígado.

Relação IgA/Transferrina: Na cirrose hepática podemos ter uma diminuição importante da transferrina em

relação a um aumento da produção da IgA, sendo um parâmetro de evolução da doença:

Relação IgA/TransferrinaRelação normal

< 1,4

Cirrose inicial 1,5 – 3,0Cirrose instalada

> 3,0

Indicação para transplante de fígado > 12,0

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

TRANSLOCAÇÃO BCR-ABL

Sinônimo mais usado: Translocação para LMC

Material e conservação para envio: 3,0 mL de sangue de medula óssea, em EDTA ou 1 tubo de sangue total em

EDTA, coletados esterilmente. Manter os tubos fechados para não contaminar o material clínico. Manter sob

refrigeração.

Instruções para coleta: o sangue periférico é coletado pelo laboratório de apoio, pela manhã, em jejum mínimo

de 4 horas. O sangue da medula óssea é coletado pelo(a) médico(a)-assistente, em frasco estéril, com EDTA,

fornecido pelo Laboratório.

Estabilidade da amostra: até 3 dias sob refrigeração.

Método: PCR- RT

Valores de Referência: ausência de translocação.

Interferências: hemólise

Indicações: diagnóstico da translocação entre os cromossomos 9 e 22 (conhecida como Cromossomo

Philadelphia – Ph1), encontrada na LMC.

Informações importantes: quadro clínico, hematológico, dados familiares, dia e hora da coleta.

_______________________________________________________________________________________

TRANSLOCAÇÃO BCR-ABL – PCR (P210 – transcritos b2as;b3a2) (Vide Translocação BCR-ABL)

_______________________________________________________________________________________

GRUPO SÃO CAMILO

VI364

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TREPONEMA – IFI ( ver FTA-ABS)

_______________________________________________________________________________________

TREPONEMA – ANTICORPOS – ELISA – IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Sorologia para Sífilis –EIE

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Pacientes reconhecidamente

hiperlipêmicos devem coletar o sangue com jejum não inferior a 14 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração e 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio tipo ELISA.

Valores de Referência: IgG : Não Reagente

IgM : Não Reagente

Interferências: hiperlipemia, hemólise e hiperbilirrubinemia.

Indicações: por se tratar de um teste cujos antígenos são treponêmicos, todas características, com exceção das

sensibilidade e especificidade (98 e 97%, respectivamente), são semelhantes aos testes de FTA-ABS, IgG e IgM

(Vide quadro para análise de anticorpos anti-treponêmicos e anti-cardiolipídicos, logo abaixo do item

FTA-ABS IgM)

Informações importantes: medicação atual. Tratamento específico com Penicilina pode alterar a curva sorológica.

_______________________________________________________________________________________

Treponema pallidum – PCR – QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Treponema sp.

Material e conservação para envio: swab ou escovinha, com raspado de lesões, em tampão PBS para PCR.

LCR: 1 mL de LCR. Humor aquoso: 0,2 mL. Refrigerar.

Instruções para coleta: lesões de mucosa: independente do local das lesões, limpa-las com gaze, para tirar o

excesso de secreções e contaminação bacteriana. Raspar o Swab ou escovinha sobre a lesão e passar para o

tampão. Repetir várias vezes este procedimento.

Para LCR ou Humor aquoso, o material é coletado pelo(a) médico(a)-assistente, em frasco estéril fornecido pelo

Laboratório.

Estabilidade da amostra: 48 horas sob refrigeração.

Método: PCR- Reação em cadeia de Polimerase em tempo real.

Interferências: contaminação com sangue.

Indicações: diagnóstico molecular da Sífilis.

_______________________________________________________________________________________

TRICLOROCOMPOSTOS TOTAIS NA URINA (Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado:TCC

Material e conservação para envio: 50 mL de urina recente sob refrigeração.

Instruções para coleta: Coletar amostra em sanitário afastado do local de trabalho ao final da última jornada da

semana, ou conforme orientação médica. Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria UV-VIS.

365

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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Valores de Referência: IBMP para exposição ao tricloroetano: 40 mg/g de creatinina.

(NR-7,1994,MT/BR) IBMP para exposição ao tricloroetileno: 300 mg/g de creatinina.

Interferências: local de coleta não adequado.

Indicações: controle laboral de colaboradores expostos ao tricloroetano e/ou ao tricloroetileno. Como o etanol

pode diminuir a taxa de depuração urinária dos metabólitos, é possível que por indicação médica alguns

colaboradores realizem dosagem de etanol na urina, concomitante a este teste.

Informações importantes: medicação utilizada, uso de bebidas alcoólicas.

_______________________________________________________________________________________

TRICOGRAMA

Sinônimo mais usado: análise quantitativa do cabelo.

Material e conservação para envio: amostra de 50 a 100 fios , torcidos entre si, para formar um pequeno grupo

ou chumaço. Com os fios presos a fita adesiva, veja em Instruções para coleta, o material pode ser enviado em

placa de Petri descartável e de plástico, bem fechada com fita adesiva incolor, a temperatura ambiente por 48

horas. Para períodos maiores é conveniente mergulhar o material de coleta em formol a 10%.

Instruções para coleta: é indicado que a coleta seja realizada no local onde a patologia está em maior atividade,

como por exemplo nas bordas das placas de alopécia, ou nos locais com queda mais pronunciada. Nas suspeitas

de alopécia androgenética coleta-se material de quatro regiões distintas: frontal, occipital e regiões parietais. O

preparo dos pacientes tem grande importância no resultado dos exames. Os pacientes deverão ficar de 4 a 7 dias

sem lavar ou molhar o couro cabeludo (aumenta o número de elementos distróficos após a lavagem dos cabelos).

Escovar e pentear com freqüência, umedecer ou prender os cabelos sob tensão também devem ser evitados.

Colocar o paciente sentado. Após observar os locais com maior atividade e as regiões acima citadas, aplicar o

anestésico de contacto EMLA® pelo tempo indicado na bula do medicamento para realizar analgesia local.

Isolar os fios a serem extraídos.Coletar de 50 a 100 fios de cabelo, que deverão estar torcidos entre si, para formar

uma pequeno chumaço. Na extremidade mais proximal (mais próxima do couro cabeludo) prende-se uma fita

adesiva, do tipo micropore para manter-los fixados. Após tirar os adesivos de Emla, umidecer a região escolhida

para coleta, com água, para facilitar a remoção dos fios de cabelo. A porção distal é presa por um porta-agulha,

com as pontas envolvidas em manquito de látex. Os cabelos são enrolados no corpo do porta-agulha até que este

se aproxime da superfície do couro cabeludo. Segurando o porta-agulha com muita firmeza, e se possível com

movimento único removemos todos os fios de uma só vez, fazendo um movimento contra-lateral ao couro

cabeludo, obtendo-se uma tração perpendicular ao couro cabeludo, com movimento único e rápido. Com tração

lenta e não direcionada, o número de normais diminui muito.(Anais Brasileiros de Dermatologia mai/jun,

1993,vol.68,n°3,145-152-Pereira, J.M.)

Método: seg. Braum-Falco e Heilgemeir, modificado.

Valores de Referência:

GRUPO SÃO CAMILO

VI366

Tipos de raiz %Telógenos 12 – 15Catágenos

1 - 3

Anágenos

60 – 80Anágenos Displásicos até 20Anágenos Distróficos

até 2

Fragmentados até 6Malformações (*) até 1

Legenda (*) = Monolétrix, tricorrexe nodosa e “pili torta”.

Interferências: vide Instruções para Coleta.

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Indicações:

Dependendo do agente que atua sobre a matriz do cabelo, dependendo da intensidade e qualidade da ação, pode-

se ter três tipos de transformações :

a) Telogenização: que ocorre nos eflúvios telógenos e alopécia androgênica.

b) Alterações metabólicas da matriz: revelada pela transformação dos anágenos em anágenos distróficos, que

ocorre nas alopécias por radiação.

c) Necrose da matriz: distrofias que ocorre na alopécia areata.

d) Destruições do folículo: cicatrizes, queimaduras, foliculites, etc

O aumento de Telógenos (vide Valores de Referência), o aumento de anágenos normais caracteriza o Tricogama

Anágeno. O aumento dos anágenos distróficos, determina o tricograma distrófico. Há também o Tricograma

misto.

As alterações nos valores do tricograma nem sempre está ligada a uma queda de cabelos. Também pode-se ter

quedas intensas com tricograma normal.

Tricograma telógeno:

a) Fisiológico: variações do tempo de evolução dos cabelos, variações devido a idade, etc.

b) Topográfico: há variações da relação telogênica/anagênica conforme a região do couro cabeludo a ser

coletada. A região mais estável é a região parietal junto ao vértex.

c) Eflúvio telógeno: parada de crescimento dos cabelos anágenos, levando a uma telogenização precoce com

queda de cabelos, sem alterações inflamatórias ou cicatrizes, com exceção da psoríase seborréica. Pode ser

abrupta ou insidiosa. Alopécia severa é mais rara. Pode-se ter eflúvios telógenos associados a quadros febris,

doenças crônicas, recém-nascidos, pós-parto e distúrbios psicogênicos. Alterações sistêmicas podemos ter:

LES, LE discóide, dermatomiosite, doença de Hodgkin, quadros de desnutrição grave, hipotireoidismo,

doenças linfoproliferativas, alterações hormonais femininas, psoríase, dermatite seborréica, dietas para

emagrecimento, pênfigo vegetante, etc. Grande número de drogas podem desencadear o eflúvio telogênico:

Heparina, propranolol, captopril, anticoncepcionais orais, bromocriptina, colchicina, dicumarínicos,

retinóides, etc. O minoxidil apesar de suas indicações, pode provocar eflúvios telogênicos, tanto em via oral

ou tópica. O eflúvio telogênico geralmente é de curso benigno e reversível.

d) Alopécia androgenética: no início há o afinamento dos cabelos, com discreta distrofia. Com o tempo o

número de anágenos diminuiu e ocorre o aumento de telógenos. Com a alopécia instalada o número de

telógenos chega a 95%, nos locais de maior atividade.

e) Alopécia areata: característica com telógenos com a matriz em forma de seta.

f) Miscelânea: psoríase, dermatite seborréica e “Adquired Progressive Kinking of the hair”.

Tricograma anágeno: é um tricograma raro e sua total interpretação é feita em associação com a clínica. O

aumento de anágenos não leva a queda de cabelos.

a) Fisiológico: relacionado a idade, gravidez e na recuperação após quadro de queda.

b) Topográfico: a região frontal sempre tem menos anágenos.

c) Tricotilmania: número elevado de anágenos, próximo a 100%, com o paciente extraindo os telógenos.

d) Queda anágena: perda de cabelos anágenos com grande facilidade, quando tracionados, e com reposição

toda com anágenos, elevando muito a sua presença (chegando a 100%).

Tricograma distrófico: devido a parada da atividade mitótica da raiz. Clínica com queda abrupta, com valores

de 60 a 90% de anágenos:

a) Radiação: ação dos raios X;

b) Citostáticos: eflúvio anágeno: é um indicador dos efeitos citostáticos em pacientes em quimioterapia,

principalmente ametopterina, diclormetotrexate, 5-fluoruracil, actinomicina D, trietileno-trifosfaramide,

colcimid, ciclofosfamida e outras;

c) Alopécia androgenética: o eflúvio telógeno devido a rarefação difusa, com afinamento dos cabelos precede

o quadro clássico de calvicie e com posterior aumento dos anágenos distróficos;

367

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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d) Alopécia difusa feminina crônica: ocorre em mulheres jovens, com forma difusa, na região parietal e mais

raramente em todo o couro cabeludo. Muitas vezes o tricograma resulta com predomínio de telógenos. Quase

30% dos casos podem ser classificados como Alopécia difusa feminina idiopática;

e) Pelada areata: tricograma telógeno com grande quantidade de anágenos distróficos;

f) Genodermatoses: grande quantidade de anágenos distróficos: pili torti, tricorrexis nodosa, moniletrix, hair

kinky, acidúria argininosuccínica, hipotricose hereditária de Marte-Unna ,tricorrexis invaginata, Síndrome

de Pollit´s, etc;

g) Doenças Sistêmicas: doenças autoimunes, sarcoidose, amiloidose primária ou secundária, pênfigo foliáceo,

vulgar ou vegetante, linfomas, doenças da tireóide, sífilis, hiperprolactinemia, etc., com tricograma

distrófico;

h) Drogas: Retinóides, colchicina, hipervitaminose A e intoxicações com tálio;

i) Traumas: factícia pelo excesso de manipulação, como aplicações quentes, pressão, tração e traumas, etc;

j) Tópicos: queda de cabelos pelo sulfeto de selênio na forma de xampu, produzindo acentuada distrofia que

pode chegar a 60% após uma semana de uso;

Tricograma misto: se apresenta com telógenos e distróficos aumentados, porém não é específico de nenhuma

patologia. Alguns autores tem relacionado estes achados com alopécia areata, sífilis secundária, pênfigo

vegetante e infecções crônicas e sarcoidose. Alguns medicamentos podem produzir tal quadro, como os

citostáticos, retinóides, colchicina, etc. Tem caráter passageiro e tanto pode evoluir para cura, como pode tomar

um dos tipos acima, como telogenização ou distrofia. Variações de dose da colchicina e raios X podem em níveis

baixos produzir telonização e em níveis mais elevados produzir distrofia, com quadros intermediários entre os

extremos.

O tricograma é um teste complementar à clínica, que ajuda o dermatologista a compreender as alterações

fisiológicas ou patológicas por que passa o cabelo para optar pelo melhor tratamento capilar. Intensidade de

radiações, níveis de quioterápicos, uso de cosméticos, alterações hormonais, doenças sistêmicas, quadros febris,

podem ser avaliados quanto às alterações produzidas nos cabelos.

Informações importantes: tempo de suspensão de tratamento capilar ou uso de cosméticos, indicações de

locais de coleta, medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

TRIGLICÉRIDES

Sinônimo mais usado: Triglicerídeos, trigliceridemia.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 12 a 14 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada. Quando existe diagnóstico de dislipidemia é recomendado que o

paciente faça uma dieta hipocalórica e hipolipídica antes da coleta, de pelo menos uma semana.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotométrico enzimático automatizado.

Valores de Referência: em mg/dL (intervalo de confiança de 97,5%)

De acordo com o IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose do Departamento de

Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia:

GRUPO SÃO CAMILO

VI368

Valor Adulto:

< 150 mg/dL . . . . : Ótimo / Desejável

150 - 199 mg/dL . : Limítrofe

200 - 499 mg/dL . : Alto / Elevado

≥ 500 . . . . . . . . . : Muito Alto / Muito Elevado

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Fator de conversão: mg/dL x 0,0113=mmol/L

Para líquido pleural: até 50 mg/dL (efusões quilosas: > 110 mg/dL)

Para líquido ascítico: 90 a 95% dos valores séricos (recomenda-se ensaiar um teste sérico comparativo).

Para líquido peritonial: por volta de 80% dos valores sérico (recomenda-se ensaiar um teste sérico comparativo).

Interferências: dieta e/ou jejum não cumpridos, medicação que pode interferir nos resultados, patologias não

cardíacas que podem alterar os níveis de Triglicérides.

Indicações: os triglicérides são formados por ácidos graxos e glicerol, sendo a principal reserva de energia. São

estocados no tecido adiposo, com origem externa através da alimentação e endógena, através da síntese hepática.

A biossíntese dos quilomícrons ocorre nos intestinos, em resposta à absorção de gorduras da alimentação. O

fígado produz as VLDL ricas em triglicérides de origem endógena, ininterruptamente. Sob a ação da enzima

Lipoproteína-lipase, os quilomícrons e as VLDL liberam ao ácidos graxos e outros compostos que são levados ao

fígado para a catabolização. Ainda no fígado, os ácidos graxos livres são reesterificados em triglicérides. Uma

certa quantidade de ácidos graxos livres vão para os tecidos como composto energético. Assim uma

hipertrigliceridemia é resultante de:

a) Acúmulo de quilomícrons que normalmente estão ausentes no jejum;

b) Acúmulo de VLDL;

c) Acúmulo de lipoproteínas residuais que sobram da degradação periférica das lipoproteínas.

O risco aterogênico em potencial dos triglicérides indica o tratamento dos quadros de hipertrigliceridemia, para

se evitar problemas cardiovaculares, devido a aterogenicidade, trombofilia e hiperagregabilidade plaquetária e

aumento da atividade do Fator VII.

Nos homens os triglicérides são 30% mais elevados que nas mulheres. A gestação, anticoncepcionais orais, uso

de bebidas alcoólicas, tabagismo, obesidade, dietas ricas em carbohidratos, são fatores para aumento dos

triglicérides.

As variações patológicas podem ser Primárias ou Secundárias:

As Primárias são bem estabelecidas pela classificação de Framingham:

369

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Hiperlipoproteinemia do tipo I Hiperquilomicronemia devido à deficiência de lipo- proteína-lipase( 1 caso para 1 milhão de habitantes) , com persistência de quilomícrons séricos e risco de Pancreatite aguda.

Hiperlipoproteinemia do tipo IIb Aumento do Colesterol Total e Triglicérides: apresenta aumento da beta e pré-betalipoproteínas (em 15 % dos casos de patologias cardiovasculares).

Hiperlipoproteinemia do tipo III Aumento de Colesterol total e Triglicérides, mas com ampla faixa beta/pré-betalipoproteínas, com grande potencial aterogênico e pré-sente na população 1:5000.

Hiperlipoproteinemia do tipo IV Triglicérides até 400 mg/dL em média, aumento das pré -betas, mas pode apresentar elevações acentuadas dos triglicérides quando da ingestão de carbohidratos e álcool, facilitando a predisposição à uma pancreatite aguda, geralmente grave.

Hiperlipoproteinemia do tipo V Hipertrigliceridemia mista, com origem endo e exógena. Há um acúmulo de quilomícrons e VLDL que depende da ingestão de gorduras associadas a carbohidratos.

Hipoalfalipoproteinemia Hipertrigliceridemia moderada que são observadas na deficiências da LCAT e doença de Tangier, etc.

Valor Pediátrico:

Menor que 10 anos. . . : < 100 mg/dL : Desejável

: > 100 mg/dL : Aumentado

10 a 19 anos . . . . . . . . : < 130 mg/dL : Desejável

: > 130 mg/dL : Aumentado

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Hipertrigliceridemias Secundárias ou adquiridas:

Diabetes Deficiência na ativação da lipase, principalmente nos diabéticos in-

sulino-dependentes. Hiperinsulinismo com associação à Síndrome Metabólica e síntese aumentada de triglicérides e VLDL em diabéticos não-insulino-dependentes.

Hiperuricemia 80% dos casos ligados à hipertrigliceridemia. Infarto do Miocárdio Aumento dos triglicérides na fase aguda em resposta à necessidade

de elementos energéticos para o coração.

Intolerância a carbohidratos Hipertrigliceridemia em obesos

Insuficiência Renal

Hipertrigliceridemia e aumento de VLDL.

O aspecto do soro varia com os níveis de triglicérides circulantes:

a) até 150 mg/dL.............................................. .: Límpido

b) acima de 180 mg/dL até 300mg/dL................: levemente opalescente,

c) entre 300 e 500 mg/dL ...................................: opalescente

d) Acima de 500 mg/dL......................................: lactecente

Informações importantes: medicação atual, tempo de jejum, dieta anterior ao teste, resultados anteriores.

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TRIPSINA NEONATAL

Sinônimo mais usado: triagem neonatal para fibrose cística.

Material e conservação para envio: sangue total sem anti-coagulante, colocado em dois círculos de papel de

filtro especial, em kit próprio para esta coleta. Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: as coletas devem ser feitas entre o terceiro e o trigésimo dia de vida. O sangue pode ser

coletado por punção da região calcânea ou coletado com seringa de veia periférica. Preencher dois círculos

determinados em kit próprio para coleta, em papel de filtro especial, saturados dos dois lados. Deixar secar a

temperatura ambiente por 3 horas em posição horizontal. Acondicionar em saco plástico e proteger da luz.

Estabilidade da amostra: 48 horas a temperatura ambiente, protegido da luz, bem vedado.

Método: imunofluorimetria automatizada.

Valores de Referência: até 100 ng/mL.

Interferências: indivíduos com mais de 30 dias podem apresentar, embora de ocorrência rara, resultado

falsamente elevados.

Indicações: está indicado como teste de triagem para Fibrose Cística ou Mucovicidose. Esta é uma doença

autossômica recessiva, relativamente comum na população. A mutação promove uma deficiência da proteína

transportadora do cloro pelas células epiteliais, alterando a produção de muco, que tem a característica de ser

espesso. A mutação mais freqüente é a ΔF508 (1:2500 na população em geral), levando a um acúmulo de tripsina

devido à obstrução dos canais do pâncreas e apresenta elevações do cloro (cloreto de sódio) no suor. O melhor

teste é a determinação das mutações por PCR (Reação da Polimerase em Cadeia).

Informações importantes: idade correta do RN e dados familiares.

_______________________________________________________________________________________

TROMBOFILIAS - PAINEL AMPLIADO – PCR – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: (Fator V de Leiden – R506Q; Protrombina, Fator II – G20210A; MTHFR C677T e

A1298C; ECA – ID; Varfarina – CYP2C9*2*3 e VKORC1)

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

GRUPO SÃO CAMILO

VI370

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Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA

Genômico).

Valores de referência: vide Fator V de Leiden, Protrombina, MTHFR (C677T e A1298C), ECA-ID e Varfarina.

Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo, tubo sem líquido coletor. Armazenamento da

amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: vide Fator V de Leiden, Protrombina, MTHFR (C677T e A1298C), ECA-ID e Varfarina.

Informações importantes: -

_______________________________________________________________________________________

TROMBOFILIAS - PAINEL BÁSICO – PCR - BIOMOL

Sinônimo mais usado: (Fator V de Leiden – R506Q; Protrombina, Fator II – G20210A; MTHFR C677T)

Material e conservação para envio: swab bucal em kit fornecido pelo laboratório enviado refrigerado a 4°C;

5,0 mL de sangue total em EDTA enviado refrigerado a 4°C.

Instruções de Coleta: Não necessita preparo do paciente.

Estabilidade da amostra: Refrigerado a 4°C, 5 dias swab ou 3 dias sangue.

Método: PCR em Tempo Real e PCR+RFLP (Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA

Genômico).

Valores de referência: vide Fator V de Leiden, Protrombina e MTHFR (C677T).

Interferências: hemólise, amostra congelada, volume baixo, tubo sem líquido coletor. Armazenamento da

amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e temperatura de transporte).

Indicações: vide Fator V de Leiden, Protrombina e MTHFR (C677T).

Informações importantes: -

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Trypanossoma cruzi – PESQUISA DIRETA

Sinônimo mais usado: Pesquisa direta de Tripanossomas

Material e conservação para uso: o material mais utilizado na fase aguda, até a terceira semana de doença é a

análise de esfregaço de sangue periférico. Preparar 5 a 10 lâminas, com esfregaços medianos (nem grossos e nem

finos), de sangue sem anticoagulante, fazendo as lâminas diretamente da seringa de coleta. Fixar as lâminas no

primeiro líquido do sistema panótico de coloração. Não corar. Enviar em protetor de lâminas. Imprint de biópsia

ganglionar e biópsia muscular podem ser positivos e em fases crônicas. Os imprints devem ser fixados no álcool a

95% imediatamente após serem preparados. Deixar no fixador por 1 a 3 minutos. Acetona PA gelada também e

uma boa solução para fixar as lâminas, podendo ficar por 3 a 5 minutos na fixação. Após fixadas as lâminas

podem ser enviadas a temperatura ambiente. Enviar também 1 tubo com sangue total em EDTA sob refrigeração.

Instruções para coleta: na fase aguda as coletas são mais positivas pela manhã, entre 5 e 7 horas e a tarde entre

17 e 18 horas. Na fase crônica as cultura em meio NNN são mais indicadas.

Estabilidade da amostra: lâminas fixadas não tem prazo definido de validade. O sangue em EDTA tem

estabilidade de 24 horas sob leve refrigeração.

Método: microscopia óptica comum com coloração tipo Romanoswky para lâminas fixadas e Microscopia de

fase para suspensões oriundas do sangue total com EDTA.

Valores de Referência: pesquisa negativa.

Interferências: medicação específica.

Indicações: as formas encontradas no sangue periférico, principalmente durante a fase aguda, são de

371

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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protozoários flagelados, característicos. O quadro clínico pode apresentar o cancro de inoculação com

adenopatia satélite (chagoma) e edema palpebral com comprometimento vascular e linfático, conhecido por

sinal de Romaña. O hemograma apresenta leucocitose acentuada (>15.000 leucócitos), com monocitose

superior a 15%, até a terceira ou quarta semanas, quando o quadro hematológico é dominado por uma linfocitose,

que pode durar alguns meses. A presença de eosinofilia é uma constante nos pacientes chagásicos, com maior

predomínio nas fases agudas.

Informações importantes: medicação específica antecipada.

_______________________________________________________________________________________

TROPONINA T ou I

Sinônimo mais usado: troponinemia.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã, salvo urgências, em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 5 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência: até 1,0 ng/mL

Interferências: insuficiência renal pode produzir resultados falsamente elevados. Hemólise, hiperlipemia e

hiperbilirrubinemia.

Indicações: embora não possa ser utilizada totalmente como único marcador de infarto do Miocárdio (IAM), é o

segundo elemento, após a mioglobina, a se elevar após o Infarto Agudo do Miocárdio. A troponina é uma proteína

encontrada somente no músculo cardíaco. É liberada no momento da instalação do quadro de necrose e pode

persistir na circulação por até 10 dias. É o parâmetro mais sensível para lesões de pequenas dimensões e também para

lesões necróticas pós-cirúrgicas, e ainda no acompanhamento de medicações cardiotóxicas.

Sua detecção geralmente ocorre após 4 horas após o início das lesões miocárdicas. O pico de sua liberação

depende da extensão da lesão, podendo aparecer após 12 a 18 horas. Após o IAM novas elevações da Troponina

indicam novas ou outras causas de lesão.

Informações importantes: Tempo de dor, medicamentos utilizados, resultados de outros marcadores de IAM.

_______________________________________________________________________________________

TSH – NEONATAL

Sinônimo mais usado: -

Material e conservação para envio: sangue em papel de filtro (vide Instruções para coleta), a temperatura

ambiente.

Instruções para coleta:coletar por punção calcânea ou coleta tradicional de veia periférica, preenchendo dois

círculos do kit específico de coleta, de ambos os lados do papel de filtro. Deixar secar por 3 horas na posição

horizontal, a temperatura ambiente. Após colocar em saco plástico e com proteção contra a luz.

As coletas devem ser feitas entre o terceiro e o trigésimo dia de vida.

Estabilidade da amostra: até 48 horas a temperatura ambiente e com proteção contra a luz.

Método: imunofluorometria.

Valores de Referência: até 20 mcUI/mL

Interferências: má qualidade da amostra, por coleta incompleta ou má conservação da amostra.

Indicações: indicado como teste de triagem do hipotireoidismo congênito.Valores alterados, acima de 18

mcUI/mL devem ser repetidos após mais 10 dias. A persistência de dados elevados devem ser encarados como

hipotireidismo e necessitam de outros testes complementares a critério médico. Outras condições clínicas podem

GRUPO SÃO CAMILO

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(*) ou eutireoidiano doente.

373

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

determinar a elevação dos níveis de TSH, mas normalmente são transitórias e voltam ao normal em duas semanas

no máximo.

Informações importantes: idade correta do RN, condições clínicas da mãe, associadas à patologia e outros

exames neonatais.

_______________________________________________________________________________________

TSH – ULTRASSENSÍVEL

Sinônimo mais usado: TSH-US

Material e conservação para uso: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Valores em μUI/mL: Faixas etárias Homens MulheresNeonatos 2,00 – 28,0 1,80 – 13,0

1 a 10 anos

0,50 -

6,2

0,50 - 6,0

11 a 14 anos 0,60 - 4,6 0,40 - 5,015 a 19 anos

0,70

-

3,4

0,50 - 4,6

Adultos 0,35 – 5,5 0,35 – 5,3

Interferências: hiperlipemia, hiperbilirrubinemia e hemólise. Elevações: Amiodarona, Iodeto de Potássio,

Lítio, TRH, estrogênios, endorfinas, sulpiride. Noradrenalina e Metoclopramida. Diminuições: Ácido

Acetilsalicílico, Corticosteróides, Heparina (em tratamentos prolongados e com doses elevadas, como

hemodiálise), T3, dopamina, Hormônio de Crescimento, somatomedina, opiáceos e derivados, testosterona e

antagonistas da serotonina.

Indicações: útil no diagnóstico laboratorial do hipotireoidismo primário, alterando-se precocemente. Pelo

método ultrassensível pode-se atingir níveis de sensibilidade de 0,03 mcUI/mL, sendo utilizado para o

diagnóstico do hipertireoidismo (TSH de valores muito baixos), dispensando o teste de TRH. Sua função

fisiológica é estimular a produção e liberação do T3 e do T4 pela tireóide, com feed-back positivo ou negativo,

incluindo o TRH hipotalâmico. Está elevado no hipotireoidismo primário. Eleva-se nas seguintes patologias:

além do hipotireoidismo primário, na secreção inapropriada de TSH, como nos casos de tumores hipofisários

secretores de TSH, Tireoidite de Hashimoto e Tireoidite sub-aguda. Valores baixos podem ser encontrados nas

seguintes patologias: hipertireoidismo sub-clínico e os casos de hipotireoidismo secundário e terciário.

Informações impotantes: medicação atual, quadro clínico.

Utilização das dosagens do TSH, T4-livre e T3-Livre:

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GRUPO SÃO CAMILO

VI374

TSH – TESTE DO ESTÍMULO COM TRH

Sinônimo mais usado: Teste do TRH-TSH.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro de cada amostra coletada, sob refrigeração.

Instruções para coleta: com o paciente em jejum mínimo de 4 horas, e após 30 minutos de repouso, é coletada

uma amostra de sangue total, sem anticoagulante, e aplicado 250 microgramos de TRH, endovenoso lento. Deixar o

paciente novamente em repouso, com a veia pega. O paciente deve ser vigiado nos primeiros minutos após a

aplicação.Efeitos fugazes podem ocorrer, como calor perineal, gosto amargo, náuseas, tonturas e urgência de

evacuação ou micção. Coletar amostras de sangue aos 15,30, 45 e 60 minutos após a aplicação do TRH.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimiluminescência.

Valores de Referência: elevação de 5 mcUI/mL em um dos tempos de coleta em relação aos valores basais.

Interferências: na insuficiência de hormônio do crescimento a resposta do TSH ao TRH é excessiva. Nas

patologias maníaco-depressivas (patologia bi-polar) e em idosos a resposta pode estar ausente. Nas doenças

hepáticas e renais a resposta é exagerada.

Indicações: é indicado à exploração a alterações tireoidianas, sendo que as respostas são proporcionais à reserva

hipofisária de TSH, sensível ao efeito feed-back inibitório dos hormônios circulantes.

Informações importantes: medicação atual, idade do paciente.

_______________________________________________________________________________________

Ureaplasma ssp (Ver Micoplasmas – cultura)

_______________________________________________________________________________________

UREAPLASMA SPP – PCR QUALITATIVO – BIOMOL SC

Sinônimo mais usado: Uretrite inespecífica, Uretrite não gonocócica (UNG), Vaginite inespecífica, Vaginite

não gonocócica.

Material e conservação para envio: Escovado de colo uterino, cervical, vaginal, uretral (no kit de coleta do

Laboratório São Camilo para HPV), 5,0 mL de urina do 1° jato da manhã, 5,0 mL de sangue total em EDTA, 1,0

mL de líquido amniótico, 1,0 mL de líquor. Enviar sob refrigeração. O material deve ser transportado refrigerado

(4° C).

Instruções para coleta: Abstinência sexual de 24 horas. Não fazer uso de óvulos e cremes vaginais. Não realizar

duchas ou lavagem interna. Não realizar ultra-som trans-vaginal.

Estabilidade da amostra: 3 dias refrigerado.

Método: PCR Qualitativo.

Valores de referência: Negativo.

Interferência: Armazenamento da amostra (temperatura e período); Transporte (prazo para entrega e

temperatura de transporte); Medicações interferentes.

Indicações: Para mulheres grávidas, pessoas sexualmente ativas, pacientes imunocomprometidos, que

apresentem alguns sintomas, como artrite, osteomielite, pericardite e doença pulmonar progressiva. U.

urealyticum é uma bactéria que está associada com várias doenças do trato urogenital masculino ou feminino,

estando presente na microbiota urogenital de cerca de 60-80% da mulheres sexualmente ativas e está associada à

ocorrência de doenças pulmonares, septicemia e meningite em recém-nascidos. Em homens, está associada com

uretrite não gonocócica e infertilidade.

Informações importantes: Indicar medicamentos e resultados anteriores.

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Ureaplasma parvum ou Ureaplasma urealyticum - PCR – QUALITATIVO

(vide item abaixo)

_______________________________________________________________________________________

Ureaplasma urealyticum + U.parvum – PCR – QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Ureaplasmas.

Material e conservação para envio: Homens: secreção uretral coletada em PBS estéril ou sedimento do

volume total da primeira urina da manhã, diluída volume a volume (0,5 mL de sedimento + 0,5 mL de PBS

estéril). Mulheres: secreção cervical coletada em frasco com PBS estéril. A coleta das mulheres deve ser feita

com escova endocervical. A paciente não pode estar em período menstrual ou pós-menstrual imediato para não

haver contaminação com sangue. Sedimento urinário de todo o volume da primeira urina da manhã de forma

igual acima.

Estabilidade da amostra: 24 horas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: PCR – Reação em Cadeia da Polimerase tipo Multiplex.

Valores de Referência: teste Negativo.

Interferências: sangue no material.

Indicações: Principais agentes da uretrite não-gonocóccica. As mulheres podem ter complicações tardias com

estas bactérias como endometrite, salpingite. Os homens podem ter prostatites e epididimites.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

URÉIA SÉRICA

Sinônimo mais usado: nitrogênio não protéico, azotemia.

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria automatizada.

Valores de Referência: (em mg/dL)

Fator de conversão: mg/dL x 16,8 = mmol/L

No líquido peritonial, a uréia é até 20% inferior à sérica. Níveis mais elevados que os séricos indicam entrada de

urina na cavidade abdominal.

Interferências: hiperlipemia, hemólise.

Indicações: é a maior fração de nitrogênio não protéico do corpo humano, chegando a 85 a 92 % do nitrogênio

que é eliminado pela urina nos adultos. Suas alterações geralmente estão ligadas a variações da função renal,

catabolismo, ingestão protéica, nível de hidratação e função hepática. Produzida pelo fígado, através do ciclo de

Krebs, pelos rins a partir da citrulina e hidrólise da arginina.

Elevações fisiológicas da uréia:

- Os lactentes têm níveis até 30% inferiores aos níveis dos adultos. Acima dos 50 anos a uréia chega a elevações

Adultos Mulheres: Adultos Homens: Crianças

< 50 anos . . . : 15,0 a 40,0 mg/dL < 50 anos . . . : 19,0 a 44,0 mg/dL Até 3 anos. . . : 11,0 a 36,0 mg/dL

> 50 anos . . . : 21,0 a 43,0 mg/dL > 50 anos . . . : 18,0 a 55,0 mg/dL 4 a 13 anos . . : 15,0 a 36,0 mg/dL

14 a 19 anos . : 18,0 a 45,0 mg/dL

375

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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de 20% em relação a faixas etárias anteriores. Durante a gravidez seus níveis chegam a cair por volta de 50%

dos níveis normais. O homem apresenta valores até 5% maiores que as mulheres. Dietas hiperproteícas,

exercícios fortes elevam os níveis de uréia.

- Elevações patológicas: patologias renais, insuficiência cardíaca, hemorragia gastrointestinal, desidratação,

período pós-cirúrgico e síndrome urêmica. Diminuições patológicas: geralmente ligadas à patologias

hepáticas, hepatite tóxica, tumores hepáticos, primários ou secundários, alcoolismo grave e ma-nutrição.

Informações importantes: medicação atual e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

URÉIA URINÁRIA ( vol de 24 horas ou amostra ao acaso)

Sinônimo mais usado: azotúria.

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas sob refrigeração, ou urina ao

acaso, coleta pela manhã, sob refrigeração.

Instruções para coleta: vide coleta de urina de 24 horas.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria automatizada.

Valores de Referência:

Urina de 24 horas: 26 a 43 g/24 horas.

Urina ao acaso....: 0,93 a 5,40 mg/dL

Interferências: as mesmas da uréia sérica e contaminação bacteriana intensa.

Indicações: Vide uréia sérica

Informações importantes: medicação autual e volume de 24 horas em mL.

_______________________________________________________________________________________

URÉIA – TESTE DE DEPURAÇÃO (CLEARANCE)

Sinônimo mais usado: Clearance de Uréia.

Material e conservação para envio: alíquota de 100 mL de urina de 24 horas e 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: Iniciar a coleta de urina de 24 horas um dia antes do teste, desprezando-se a primeira

urina da manhã do primeiro dia de coleta, estocando todas as micções em frasco(s) fornecido(s) pelo laboratório,

juntando todo material coletado, que é conservado sob refrigeração. Ao completar 24 horas a coleta, coletar na

manhã do dia seguinte o sangue. Alimentação e hidratação normais durante o período.

Estabilidade da amostra: urina: até 5 dias sob refrigeração. Sangue: o soro pode-se conservar por 20 dias sob

refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: espectrofotometria automatizado.

Valores de Referências:

Depuração Padrão da Uréia

Em mL/minutoa) para diurese < a 2 ml/minuto 41 – 68 b) para diurese > a 2 ml/minuto 65 – 100

% de eficácia renal: > 75% de eficácia

(só tem valor preditivo para uréia sérica < 45 mg/dL)

Interferências: vide itens anteriores.

Indicações: teste auxiliar na avaliação da função renal, principalmente em renais crônicos com Taxa de Filtração

GRUPO SÃO CAMILO

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Glomerular inferior a 20ml/minuto.

Informações: volume de 24 horas e medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

URINA – CULTURA + CONTAGEM DE COLÔNIAS + ANTIBIOGRAMA (SN)

Sinônimo mais usado: Urocultura + antibiograma.

Material e conservação para envio: vide Manual de Coleta de Materiais Clínicos Especiais do Laboratório São

Camilo (solicitar) páginas 41 a 45.

Instruções para coleta: vide acima.

Estabilidade da amostra: vide acima.

Método: microbiológico segundo Hamburger.

Valores de Referência:

Para Bacilos Gram-Negativos:

Negativa Até 10.000 UFC/mLDuvidosa 10.000 a 100.000 UFC/mLPositiva Além de 100.000 UFC/mL

Para Cocos Gram-Positivos:

Negativa Até 10.000 UFC/mLPositiva Acima de 10.000 UFC/mL

377

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

UFC/mL = Unidade Formadora de Colônia.

Interferências: contaminação durante a coleta por erro de assepsia.

Indicações: diagnóstico laboratorial das infecções urinárias bacterianas.

As bactérias mais freqüentes são: E.coli, Proteus ssp, Klebsiella pneumoniae, Serratia marcecens,

Pseudomonas aeruginosa, Sthaphycoccus saprophiticus, Streptococcus faecalis, etc.

A urocultura também serve para controle da terapia da infecção urinária: um tratamento eficaz torna a urina

estéril em até 48 horas e normaliza a leucocitúria (quando presente) em uma semana. Por outro lado a não

efetividade do tratamento ou uma recidiva são acompanhadas pela continuação da bacteriúria e da leucocitúria.

Informações importantes: medicação atual, se a amostra é para controle de tratamento.

_______________________________________________________________________________________

UROCITOGRAMA SERIADO (1 a 4 amostras)

Sinônimo mais usado: Avaliação hormonal do epitélio vaginal, na urina.

Material e conservação para envio: lâminas com sedimento urinário da primeira urina da manhã, fixadas.

Enviar a temperatura ambiente.

Instruções para coleta: para pacientes que menstruam: coletar urina no sétimo, décimo quarto, vigésimo

primeiro e vigésimo oitavo dia do ciclo menstrual. Coletar todo o volume de urina da primeira urina da manhã.

Centrifugar a 1000 rpm por 15 minutos. Preparar 4 lâminas de microscopia com o sedimento de todo o volume.

Fixar imediatamente em etanol a 95%. Enviar a temperatura ambiente em protetores de lâminas. Para as

pacientes que não menstruam, coletar uma única amostra, da mesma forma que acima, sem dia certo para a

coleta.

Estabilidade da amostra: após fixadas não há prazo de validade destas lâminas.

Método: coloração segundo Papanicolaou.

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Valores de Referência:

Classificação dos Urocitogramas:

Tipos Escore AchadosTróficos +++

++ +

Células eosinofílicas > 60% Células eosinofílicas 40 – 59% Células eosinofílicas 15 – 39%

Hipotróficos + ++

Células eosinofílicas 1 – 14 % Presença de céls. Eosinofílicas+ cianofílicas superficiais

Atróficos + ++

Céls.intermediárias e eosinofílicas profundas

Interferências: medicações tópicas, como hormônios, antibióticos, anti-fúngicos, etc. Algumas vezes a

menstruação não permite a coleta de todas as amostras programadas.

Indicações: avaliação indireta hormonal do epitélio vaginal.

Informações importantes: tempos de ciclos, medicamentos utilizados, idade correta da paciente.

_______________________________________________________________________________________

VARFARINA – SENSIBILIDADE À – POLIMORFISMOS (Ver Trombofilia - Painel Ampliado)

_______________________________________________________________________________________

VARICELLA – ZOSTER – IgG ou IgM

Sinônimo mais usado: Herpes zoster IgG ou IgM

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: enzimaimunoensaio, tipo ELISA.

Valores de Referência: ( em U/mL)

Para anticorpos da classe IgG:

GRUPO SÃO CAMILO

VI378

Negativo/Não Reagente < 50Indeterminado (*) 50 – 100Positivo/Reagente > 100

Sensibilidade analítica: > 10 U/mL

Para anticorpos da Classe IgM: (em U/mL)

Negativo/Não Reagente < 13Indeterminado (*) 13 – 20Positivo/Reagente > 20

Sensibilidade analítica: > 5 U/mL(*) resultados indeterminados devem ser repetidoscom uma nova coleta após mais 15 dias, para estudo da curva sorológica.

Interferências: hemólise, hiperbilirrubinemia e hiperlipemia. Os anticorpos anti-Varicella-Zoster, podem

apresentar reações cruzadas com outros vírus da família Human Herpesvírus 3.

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Indicações: esses Herpesvírus, são responsáveis pela infecção de caráter epidêmico e de primo-infecção, que

ocorre na infância, produzindo a doença Varicela. No adulto, como recidiva, produz o quadro de Herpes Zoster.

Na varicela os anticorpos (IgM) podem ser detectados a partir do quinto dia após o início da erupção. A presença

desta classe de anticorpos confirma a infecção. Nos adultos com Herpes Zoster os anticorpos da classe IgG sobe

mais rápida e intensamente que durante a varicela. Os anticorpos específicos da classe IgM raramente podem se

apresentar positivos.

Informações importantes: tempo de quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

VARICELLA – ZOSTER – PCR – QUALITATIVO

Sinônimo mais usado: PCR para Varicella-Zoster

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em EDTA, 1 mL de líquor, secreção ocular, raspado,

escovado ou swab de lesão localizada no trato genital inferior, pênis e região perianal, biópsia fresca de tecidos.

Enviar sob refrigeração.

Instruções para coleta:

a) sangue: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar imediatamente antes da

próxima mamada.

b) Líquido das vesículas: Coletar em laboratório, realizar assepsia com álcool 70% sobre as vesículas íntegras.

Rompe-las com a ponta de agulha estéril. Por absorção coletar os líquidos das vesicular.

c) LCR: coletado pelo(a) médico(a)- assistente.

Estabilidade da amostra: 24 a 48 horas sob refrigeração, com exceção do sangue que tem 24 horas de

estabilidade à temperatura ambiente.

Método: PCR qualitativo.

Valores de Referência: Pesquisa Negativa.

Interferências: Hemólise.

Indicações: suspeitas de infecção pelo Herpes Zoster.

Informações importantes: quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

VASOPRESSINA – HORMÔNIO ANTI-DIURÉTICO

Sinônimo mais usado: ADH

Material e conservação para envio: 2 mL de plasma em EDTA, sob congelação.

Instruções para coleta: deixar o paciente em repouso por uma hora antes da coleta; jejum dispensável. Separar

o plasma imediatamente e congelar.

Estabilidade da amostra: 1 mês sob congelação.

Método: radioimunoensaio.

Valores de Referência: até 7,0 pg/mL.

Interferências: estresse no dia da coleta, lipemia e hemólise.

Indicações: Nas elevações : diagnóstico da Síndrome da secreção inapropriada do ADH (Síndrome de Schwartz-

Bartter): de origem hipotalâmica por neoplasia ou processo infeccioso, ou origem tumoral ectópica por câncer

brônquico. Processos inflamatórios e/ou infecciosos do SNC, Traumatismos crânio-encefálico, epilepsias, crise

psicótica aguda, Síndromes poliuro-polidípsicas com hipoosmolalidade: diabetes insipidus, traumatismos

hipofisários. Potomania.

Informações importantes: mediacação atual, diurese diária.

379

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

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VDRL

Sinônimo mais usado: sorologia para sífilis

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Venereal Disease Reserch Laboratories.

Valores de Referência: Não Reagente

Interferências: hemólise, hiperlipemia. Resultados falso-positivo biológicos podem ocorrer na presença de

anticorpos anti-cardiolipina, pós-vacinações, gravidez, anticoagulante lúpico, doenças do colágeno,

mononucleose infecciosa, Hanseníase, Sarcoidose, Tuberculose, Malária, infecções bacterianas, parasitárias,

virais, micoplasmas, etc. Treponemas anaeróbicos da cavidade bucal podem produzir anticorpos contra o

antígeno cardiolipídico. Toda reação cardiolipínica deve ser confirmada com testes treponêmicos.

Indicação: teste útil para o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com Sífilis. Os títulos se apresentam

elevados na fases agudas, normalizando-se após o tratamento. Títulos baixos (soro puro, ½, ¼, etc) persistentes,

podem permanecer após tratamento caracterizando uma “cicatriz sorológica”. Reações falso-positivas como

vimos acima podem ocorrer com o teste do FTA-ABS IgG: Não Reagente. As reações de VDRL são feitas em

diluições seriadas. Variações de uma diluição entre duas determinações, não tem valor sorológico de elevação de

títulos de anticorpos.

Informações importantes: medicação prévia e atual.

_______________________________________________________________________________________

VIGABATRINA

Sinônimo mais usado: Sabril® -dosagem

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar imediatamente antes da próxima dose ou conforme orientação médica.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração e 1 mês sob congelamento.

Método: HPLC

Valores de Referência: níveis terapêuticos: 12 a 22 mg/L

Interferências: pode haver interações com a fenitoína. Hiperlipemia e Hemólise.

Indicações: controle da efetividade terapêutica do medicamento.

Informações importantes: medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da coleta, dia e hora da última dose.

_______________________________________________________________________________________

VITAMINA A (RETINOL)

Sinônimo mais usado: Retinol

Material e conservação para uso: 3 mL de soro sob refrigeração. Utilizar tubo âmbar ou proteger da luz

cobrindo o tubo com papel alumínio.

Instruções para coleta: coletar pela manhã com jejum mínimo de 8 horas. Não ingerir bebidas alcoólicas nas 24

horas que antecedem a coleta. Lactentes podem coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Proteger da luz.

Método: HPLC

GRUPO SÃO CAMILO

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Valores de Referência:

Valores em mcg/dL:

1 a 6 anos 18 a 417 a 12 anos

27 a 52

13 a 18 anos 27 a 75≥ 19 anos 29 a 81

Interferências: luz direta sobre o material clínico, anticoagulantes de coleta.

Elevações: bebidas alcoólicas, anticoncepcionais orais e estrogênios.

Indicações: a vitamina A é lipofilica e fica depositada no tecido gorduroso periférico e do fígado. Na circulação

liga-se fracamente a uma globulina tipo Alfa-2, que é a Proteína Ligadora do Retinol (RBP) (95%) e Pré-

Alumina (5%). Tem uma função somática, atuando como catalizadora do crescimento, ação sobre os epitélios e

ossos, devido à sua ação mitogênica. Na visão age sobre a visão de cores e sobre a visão crepuscular.

Variações patológicas podem ocorrer na Hipovitaminemia A, na deficiência de Vitamina A do RN e na

Hipervitaminemias A:

a) Hipovitaminose A: carências alimentares, má-absorção intestinal, de gorduras ou funcionais, parasitoses,

doenças crônicas febris, nefrites, deficiências de estocagem, como alcoolismo, cirrose e hipocolesterolemia;

b) Deficiência do RN, caracterizada por baixos níveis séricos, queda das reservas hepáticas e diminuição da

Proteína Ligadora do Retinol;

c) Hipervitaminose, com excessos alimentares com gordura animal, fígado, etc, superdosagens terápêuticas e

insuficiência renal, nefropatia tubular por diminuição da degradação da RBP que ocorre nos rins.

Informações importantes: medicação atual, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

VITAMINA B12 (COBALAMINA)

Sinônimo mais usado: Cobalamina

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração. Proteger da luz.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 7 dias sob refrigeração, protegido da luz, ou 2 meses sob congelamento.

Método: quimioluminescência.

Valores de Referência:

Valores em pg/mL:

381

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Feminino Masculino

Neonatos . . . . . . . . . : 228,00 a 1.510,00 pg/mL Neonatos . . . . . . . . : 283,00 a 1.210,00 pg/mL

Até 10 anos . . . . . . . : 247,00 a 1.410,00 pg/mL Até 10 anos . . . . . . : 245,00 a 1.220,00 pg/mL

11 a 14 anos . . . . . . . : 197,00 a 1.020,00 pg/mL 11 a 14 anos . . . . . . : 183,00 a 1.090,00 pg/mL

15 a 19 anos. . . . . . . : 182,00 a 820,00 pg/mL 15 a 19 anos . . . . . . : 182,00 a 820,00 pg/mL

Acima de 20 anos . . : 193,00 a 982,00 pg/mL Acima de 20 anos. . : 193,00 a 982,00 pg/mL

Fator de conversão: pg/mL x 0,7378= pmol/L

Interferências: diminuições por inibição da absorção: biguamidas, colchicina, colesterolamina, ravastatina,

neomicina, PAS, etc. Hemólise, hiperlipemia.

Diminuição por inibição enzimática: metnormina.

Indicações: as fontes alimentares são basicamente as proteínas de origem animal, como fígado, rins, peixes,

frutos de mar, ovos e leite e derivados. A reserva hepática pode durar 3 anos. Para a absorção da Vitamina B12, é

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necessário a associação da acidez e da pepsina, ambas no suco gástrico, para a liberação dos alimentos e posterior

transporte na circulação. No estômago, a Vitamina A, liga-se a duas glicoproteínas, o fator intrínseco e a

haptocorrina, ambas secretadas pelas células parietais. O complexo Vitamina B12-Haptocorrina é dissociado

pela ação das proteases pancreáticas no intestino delgado. A Vitamina B12 liga-se então ao Fator Intrínseco,

permitindo a absorção da Vitamina na altura do íleo. Uma vez no enterócito a Vitamina é enviada à corrente

sanguínea pelo pólo interno, onde se liga às transcobalaminas I e II, chegando ao Fígado, onde é excretada através

da bile, realizando um ciclo entre o intestino e o fígado. A excreção urinária é bem pequena.

A Vitamina A tem variações fisiológicas como no Regime Vegetariano, onde há diminuições variáveis. Idade

pode alterar o perfil da Vitamina B12, com valores menores nos adultos. Nas gestações os níveis chegam a ficar

30% mais baixos.

A variações patológicas podem ser:

a) diminuições dos níveis periféricos da Vitamina B12:

Carências suplementares, em casos de dietas vegetarianas . Má absorção gástrica devido à gastrectomia,

gastrite atrófica. Síndrome de alça cega, Síndrome de Zollinger-Ellison, Doença de Crohn, Doença Celíaca,

Ressecções do intestino delgado, Insuficiências pancreáticas, mucovicidose, infestações parasitárias intestinais

acentuadas, principalmente por Giárdias.

Os quadros de carência podem provocar: Anemia megaloblástica com macrocitose. Distúrbios neurológicos e

psiquiátricos, Distúrbios do Trato digestivo.

Elevações da Vitamina B12, podem ocorrer: Tratamentos com cianocobalamina e doses elevadas, Doenças

hepáticas, como tumores primários e cirrose. Leucemia Mielóide crônica.

Informações importantes: medicamentos atuais, quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)

Sinônimo mais usado: Ácido Ascórbico

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração. Proteger da luz.

Instruções para coleta: Coletar pela manhã em jejum mínimo de 8 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: HPLC

Valores de Referência: 0,4 a 1,5 mg/dL

Interferências: Ácido Acetil Salicílico, anticoncepsionais orais, barbitúricos, Estrogênios, metais pesados,

nitrosaminas e paraldeído. Hemólise e hiperlipemia.

Indicações: é um dos principais anti-oxidantes, proporciona a hidroxilação da lisina, para a síntese do colágeno

estrutural. A carência da Vitamina C desencadeia uma série de paradas de sínteses, como vimos do colágeno,

estruturas endoteliais, ósseas, desenvolvendo a síndrome da atrofia dos pequenos vasos sanguíneos (escorbuto).

Seu consumo mínimo diário é de 75 mg. Todos os mamíferos sintetizam a Vitamina C, com exceção do homem e

do cobaio. É encontrado em verduras e frutas cítricas. Valores diminuídos são encontrados na cirrose hepática, na

Doença de Addison, em grandes queimados, nos pacientes que fazem diálise peritonial ou hemodiálise,

alcoolismo, Síndrome Nefrótica, quadros de má-absorção intestinal, descompensação diabética, etc.

Informações importantes: medicação atual, principalmente Vitamina C ou medicamentos que tenha essa

vitamina associada.

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GRUPO SÃO CAMILO

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VITAMINA D – 25 - HIDROXI ou 1,25 DIHIDROXI – VITAMINA D

Sinônimo mais usado: 1,25 Vitamina D, 25 Vitamina D

Material e conservação para uso: 2 mL de soro (para cada teste), sob refrigeração e proteção contra a luz.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Quimioluminescência.

a) 1,25-dihidroxi Vitamina D: 18 a 78 pg/mL

b) 25-Hidroxi Vitamina D: (em ng/dL)

Valores de Referência: 25 - Hidroxi –Vitamina-D

383

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Valores Adultos (em ng/mL)

< 5,0 Severa deficiência de Vitamina D (Raquitismo e/ou Osteomalácia)

5,0 - 10,0 Deficiência moderada de Vitamina D.

10,0 - 20,0 Deficiência leve de Vitamina D (= insuficiência de vitamina D)

20,00 - 70,00 Suficiência de Vitamina D (= "faixa normal").

30,0 - 70,0 Desejável para tratamento de osteoporose, pacientes com reduzida função renal, ou em

tratamento de diálise (diretriz K/DOQI), prevenção de câncer e doenças auto-imunes.

70,00 - 100,00 Observado após forte-exposição à luz UV.

> 100 Início de intoxicação; níveis obtidos durante tratamento de hipoparatireoidismo com 40.000

UI/dia de Vitamina D.

Meninos (ng/mL)

Idade Verão Inverno

01 a 30 dias 6 - 33 4 - 29

1 mês a 1 ano 18 - 37 7 - 53

1 a 03 anos 7 - 47 10 - 39

4 a 12 anos 4 - 37 6 - 36

13 a 18 anos 10 - 60 5 - 41

Meninas (ng/mL)

Idade Verão Inverno

01 a 30 dias 6 - 31 2 - 32

1 mês a 1 ano 16 - 48 11 - 36

1 a 03 anos 11 - 49 11 - 41

4 a 12 anos 3 - 37 8 - 29

13 a 18 anos 10 - 60 6 - 40

Interferências: hiperlipemia e hemólise.

Indicações: O conteúdo de Vitamina D do organismo, vem da síntese da pele, através da ação dos raios UV sobre

o colecalciferol e da Vitamina D absorvida pela alimentação, principalmente dos vegetais. No fígado a Vitamina

D é hidroxilada e forma o 25-hidroxicolecalciferol e o 25-hidroxiergocalciferol, cujo conjunto é denominado 25-

Hidroxi Vitamina D. Na circulação periférica os metabólitos 25-Hidroxi são transportados por uma proteína

Alfa-2 Globulina. Nos rins a 25-Hidroxi Vitamina D sofre uma outra a hidroxilação, agora na posição 1,

produzindo o metabólito mais ativo que é a 1,25 dihidroxi Vitamina D e uma terceira hidroxilação na posição 24,

produzindo um metabólito pouco ativo, que é a 24-25- dihidroxi Vitamina D3. A hidroxilação renal é realizada

pelas 1-25 Hidroxilase e 24-25- Hidroxilase, ambas estimuladas pela hipofosfatemia e pelo PTH. A ação da

Vitamina D é aumentar a absorção intestinal e renal de Cálcio e a absorção intestinal de Fósforo.

O feed-back envolve o PTH, o cálcio, o fósforo e as hidroxilases hepáticas e renais. A Calcitonina, a insulina, as

IgFs e os hormônios sexuais também tem papel na síntese desta Vitamina.

A carência vitamínica D leva a um retardo na mineralização óssea provocando raquitismo infantil e osteomalácia

nos adultos. Quando ocorre uma carência relativa de vitamina D, ocorre uma hipocalcemia que será compensada

pela ação do PTH, formando o quadro de hiperparatireoidismo secundário, sendo ativadas as hidroxilases de

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formação renal do 1,25 dihidroxi Vitamina D. Nos renais crônicos há queda da formação do metabólito 1-25-

dihidroxi Vitamina D, com níveis séricos normais de 25-Hidroxi Vitamina D. Em algumas patologias, como a

osteomalácia vitamina resistente, doenças da paratireóide e Sarcoidose, a dosagem do 1,25-dihidroxi Vitamina

D, pode refletir melhor o quadro da homeostase da Vitamina D. Nos demais casos, a dosagem da 25-Hidroxi

Vitamina D é de maior importância para se avaliar a dinâmica da Vitamina D.

Os níveis de Vitamina D podem variar com as estações do ano e com os níveis de insolação.

Diminuições da 25-Hidroxi Vitamina D:

- Uso de anticonvulsivantes pela inibição da enzima 25-hidroxilase hepática.

- Câncer de Próstata com metástase óssea,

- Cirrose hepática, crescimento, Doença de Paget, gestação, Hiperparatireoidismo, Idosos, Nefrose,

Osteomalácia, Osteoporose, Raquitismo, etc.

Diminuições da 1,25-dihidroxi Vitamina D:

- Hipoparatireoidismo e Insuficiência Renal.

Aumento da 1,25-dihidroxi Vitamina D:

- Na gravidez há aumento da 1,25-dihidroxi e diminuição da 25-hidroxi Vitamina D. Se houver necessidade

de controle, a 25-Hidroxi reflete mais as alterações desta fase. Intoxicação vitamínica por tratamento

excessivo, Litíase renal com hipercalcemia, geralmente por hiper absorção intestinal de cálcio,

Sarcoidose, etc.

Informações importantes: quadro clínico, idade e medicação atual.

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VITAMINA E (TOCOFEROL)

Sinônimo mais usado: Alfa-Tocoferol

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração e proteção contra luz.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade do material: 2 semanas sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento. Protegido da luz.

Método: HPLC

Valores de Referência: < 6,0 µg/mL

Interferências: Hemólise, Hiperlipemia.

GRUPO SÃO CAMILO

VI384

Indicações: controle laboratorial das carências de Vitamina E, como desnutrição em todos os níveis, casos de

malabsorção intestinal, por mucovicidose, pancreatite crônica e ressecções intestinais, abetalipoproteinemia,

alcoolismo, hepatites crônicas, cirrose e prematuridade.

Controle laboratorial da hipervitaminose E: diabetes mellitus, hipercolesterolemia e patologias tireoidianas.

A Vitamina E tem uma atividade antioxidante intensa. Sua queda pode produzir quadros de abortamentos de

repetição, anemias hemolíticas, arterosclerose, colagenoses, insuficiência de espermatogênese e visão alterada.

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

WAALER ROSE – TESTE DE

Sinônimo mais usado: Waaler Rose

Material e conservação para envio: 1 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes de próxima mamada.

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Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: reação de aglutinação em lâmina.

Valores de Referência: até 8 UI/mL.

Interferências: hemólise.

Indicações: vide Fator Reumatóide

Informações importantes: medicação atual.

_______________________________________________________________________________________

WEIL – FELIX - REAÇÃO DE

Sinônimo mais usado: Teste de Weil-Felix

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 horas. Lactentes podem coletar

imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Reação de aglutinação lenta em tubos.

Valores de Referência: até 1:160

Interferências: hemólise.

Indicações: diagnóstico laboratorial das rickettsioses (febre da Montanhas Rochosas, tifo epidêmico e Tifo

Murino). Na fase aguda, primo-infecção os anticorpos aparecem 4 a 5 dias após o início da infecção, com pico no

sétimo dia da doença. Como o teste não discrimina anticorpos da classe IgG ou IgM, assim um aumento de três a

quatro vezes, pelo menos, entre dois testes, um no início da infecção e outro há pelo menos uma semana após, é

um dado mais sensível e específico para do diagnóstico da Rickettsiose.

Informações importantes: dados epidemiológicos, data do início dos sintomas e medicação atual.

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WIDAL – REAÇÃO DE

Sinônimo mais usado: Reação para Febre Tifóide e Paratifóide.

Material e conservação para envio: 2 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar pela manhã em jejum mínimo de 4 anos, salvo urgências. Lactentes podem

coletar imediatamente antes da próxima mamada.

Estabilidade da amostra: 20 dias sob refrigeração ou 2 meses sob congelamento.

Método: Aglutinação direta.

Valores de Referência:

385

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Antígeno Título normalSalmonella paratyphi A

Até 1:80

Salmonella paratyphi B Até 1:80Salmonella typhi O(somático)

Até 1:80

Salmonella typhi H(flagelar) Até 1:80

Interferências: terapia precoce com antibióticos pode alterar a formação normal dos anticorpos específicos.

Indicações : diagnóstico laboratorial de Febre tifóide e paratifóide. Os anticorpos somáticos, (A,B e O) são os

primeiros a aparecer, o que acontece no final da segunda semana de doença. Esses anticorpos costumam

desaparecer da circulação no final de um mês de doença. Os anticorpos flagelares surgem do final da segunda

para o início da terceira semana, com títulos em elevação até o trigésimo dia, quando iniciam uma queda lenta

que pode durar vários anos.

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GRUPO SÃO CAMILO

VI386

Como o teste não discrimina anticorpos da classe IgG e IgM, elevações do título entre dois testes coletados no

início da doença e após 15 dias fecha o diagnóstico sorológico.

Informações importantes: medicação atual, dados epidemiológicos e quadro clínico.

_______________________________________________________________________________________

X-FRÁGIL – PESQUISA – MTP-PCR (Ver Cromossomo X-Frágil)

_______________________________________________________________________________________

ZINCO SÉRICO (inclui Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: Zn

Material e conservação para envio: 5 mL de soro sob refrigeração.

Instruções para coleta: a amostra de sangue pode ser coletada a qualquer momento, pois o horário de coleta não

é crítico, não havendo necessidade de jejum. Não coletar com gel separador.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: Espectrofotometria de Absorção Atômica.

Valores de Referência: 70 a 120 mcg/dL

IBMP : 150 mcg/dL

Interferência: hemólise

Indicações: o zinco é um oligoelemento essencial, que tem ação em diversas funções fisiológicas. As fontes

principais estão nas carnes, leite e derivados. As necessidades diárias de zinco variam de 1,5 a 3,0 mg por dia. Esses

valores são bastante elevados na gravidez que chegam a 6 mg/dia. A absorção ocorre no duodeno e jejuno, e sua

eliminação é fecal, cujos valores diarios chegam a 0,5 a 1,0 mg, dependendo da ingestão. No sangue periférico o

zinco se divide entre os eritrócitos (80 a 85%), leucócitos (3 a 5 %) e plaquetas (1 a 2%). No soro o zinco fica ligado à

proteínas como a Alfa-2-Macroglobulina, Albumina, Transferrina e aminoácidos (95% do zinco sérico). Os outros

5% são formados por zinco-livre.

Níveis baixos de zinco:

Alterações do estado geral, atrazo do crescimento, com possibilidade de nanismo, alterações imunológicas com

susceptibilidade de infecções generalizadas e diarréias virais e bacterianas. Alterações neuro-psiquiátricas com

irritabilidade, insônia, anorexia, etc., distúrbios oculares, com queda da acuidade visual, alterações de pele, com

hiperceratose, problemas de cicatrização, queda de cabelos, acrodermite enteropática hereditária do lactente,etc.,

alterações sexuais, com hipogonadismo, oligozoospermia, astenozoospermia, etc. alterações nutricionais por má-

nutrição, malabsorção, doença Celíaca, Doença de Crohn, insuficiência pancreática, mucovicidose, alcoolismo, etc,

distúrbios relativos a perdas como na síndome Nefrótica, diarréia crônica, grandes queimados, quadros extensos de

psoríase, etc, distúrbios devido ao aumento do catabolismo, como inflamações crônicas, câncer, etc., alimentação

parenteral, diálise peritonial, hemodiálise, medicamentos, como penicilamina, antibióticos, anti-inflamatórios,

diuréticos, etc.

Elevações da zincemias: hereditária, Doença de Pick, que apresenta aumento do zinco urinário, zinco

eritrocitário e com valores normais de zindo sérico. Intoxicações laborais por inalações de vapores com zinco,

com febre, cólicas intestinais, vômitos, cefaléias, etc.

Informações importantes: medicação utilizada, dieta atual, quadro clínico, local de trabalho.

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ZINCO URINÁRIO (inclui Toxicologia ocupacional)

Sinônimo mais usado: zincinúria

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Material e conservação para envio: 50 mL de urina sob refrigeração.

Instruções para coleta: coletar no último dia da semana de trabalho ao final da jornada, em sanitário afastado do

local de trabalho. Como o líquido seminal é rico em zinco, a coleta deve ser realizada com os pacientes com

abstinência sexual de pelo menos 24 horas. Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 7 dias sob refrigeração.

Método: espectrofotometria da absorção atômica.

Valores de Referência: 150 a 700 mcg/L

IBMP: 1200 mcg/L

Interferências: contaminação do ambiente de trabalho.

Indicações:

387

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Zinco urinário Zinco sérico PatologiaElevado

Baixo

Aumento do catabolismo, pós-operatórios, alimentação parenteral, câncer, hepatite viral crônica, anemia falciforme, cirrose hepática e alcoolismo.

Baixo Baixo Raros casos de deficiência do zinco Elevado Variável Uso de medicamentos: bunetamida,

cisplatina, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida, naproxeno, penicilamina e triantereno.

Informações importantes: medicação atual, tratamento atual.

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ZINCO – PROTOPORFIRINA (Toxicologia operacional)

Sinônimo mais usado: ZN-protoporfirina

Material e conservação para envio: 5 mL de sangue total em heparina, sob refrigeração.

Instruções para coleta: o momento de coleta não é crítico, não há necessidade de jejum.

Refrigerar imediatamente após a coleta.

Estabilidade da amostra: até 5 dias sob refrigeração.

Método: fotofluorimetria.

Valores de Referência: até 40 mcg/dL

IBMP: 100 mcg/dL

Interferências: hemólise.

Indicações: é o melhor indicador de exposição crônica pelo chumbo.

Informações importantes: medicação atual.

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