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TROPA SÊNIOR MANUAL DO MONITOR Dicas, Truques e Macetes DEZEMBRO/2008 Chefe Arthur

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Page 1: Manual de pioneirias e tecnicas de campo

TROPA SÊNIOR

MANUAL DO MONITOR Dicas, Truques e Macetes

DEZEMBRO/2008

Chefe Arthur

Page 2: Manual de pioneirias e tecnicas de campo

Salve Rapaziada Este material é simplesmente para apoio em suas atividades, principalmente neste nosso início de Grupo Escoteiro. O principal, é que vocês usem a CRIATIVIDADE e a INTELIGÊNCIA, para montarem seus acampamentos.

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CONTEÚDO Viver ao Ar Livre ............................................................................. 4 Conselhos úteis: .............................................................................. 4 Ferramentas ................................................................................... 4 O Machado e a machadinha ........................................................... 4 Quebra do Cabo .............................................................................. 5 Afrouxamento da Cabeça ............................................................... 5 Manutenção do Machado .............................................................. 5 Afiação ............................................................................................ 5 Como substituir o cabo: Fio Correto Machado em ação ................ 5 Certo e Errado no uso do Machado ou Machadinha ...................... 6 ALGUMAS PRECAUÇÕES ................................................................. 6 FACA E CANIVETE ............................................................................ 6 FACÃO ............................................................................................. 6 LAMPIÕES ....................................................................................... 7 Lampiões a Querosene ................................................................... 7 Como usar: ..................................................................................... 7 Lampiões Elétricos .......................................................................... 7 Lampiões a gás ............................................................................... 7 Conselhos úteis ............................................................................... 7 NÓS E AMARRAS ............................................................................. 8 Nó Direito ....................................................................................... 8 Nó Direito Alceado ......................................................................... 8 Nó de Escota ................................................................................... 8 Nó de Escota Alceado ..................................................................... 8 Nó de Correr ................................................................................... 8 Nó em Oito ..................................................................................... 8 Volta da Ribeira .............................................................................. 8 Volta do Fiel .................................................................................... 8 Volta do Fiel Duplo ......................................................................... 8 Catau .............................................................................................. 8 Nó Aselha........................................................................................ 8 Nó de Arnez .................................................................................... 8 Balso pelo Seio ................................................................................ 9 Fateixa ............................................................................................ 9 Lais de Guia..................................................................................... 9 Nó de Pescador ............................................................................... 9 Volta Redonda com Cotes .............................................................. 9 Volta do Salteador .......................................................................... 9 Moringa .......................................................................................... 9 Nó de Frade .................................................................................... 9 Enfardador ...................................................................................... 9 Falcaça .......................................................................................... 10 Cadeira de Bombeiro .................................................................... 10 Amarra Diagonal ........................................................................... 10 Amarra Quadrada ......................................................................... 10 Amarra de Tripé ............................................................................ 10 Amarra Paralela ............................................................................ 10 ESTACAS E ESPEQUES ................................................................... 12 ancoragem .................................................................................... 12 PIONEIRIAS ................................................................................... 12 ABRIGOS, BIVAQUES E BARRACAS ................................................ 12 A Barraca ...................................................................................... 14 PORTAIS ........................................................................................ 16 Mesas ........................................................................................... 19 Pioneirias Variadas ....................................................................... 20 Canto do lenhador ........................................................................ 23 Forno de acampamento ............................................................... 24 Fossas em acampamentos ............................................................ 24 Latrina ........................................................................................... 25 Mastros ......................................................................................... 26 Chuveiro de acampamento .......................................................... 26 Lavatórios ..................................................................................... 27 FAZENDO FOGO SEM FÓSFOROS .................................................. 28 MÉTODO DO ARCO ....................................................................... 28 MÉTODO COM PEDRA .................................................................. 28 MÉTODO LUPA ............................................................................. 28 Fogo sem fósforos só com bambu ................................................ 28 Catapultas ..................................................................................... 29

Fogueiras ....................................................................................... 30 Os 7 passos que você deve saber sobre fogueiras: ....................... 30 1- Limpando o chão ....................................................................... 30 2- iniciando o fogo ........................................................................ 30 3- Mecha ....................................................................................... 30 4- Acendalha ................................................................................. 30 5- Fazendo o fogo .......................................................................... 30 6- Apagando o fogo ....................................................................... 30 7 - Tipos de fogueiras .................................................................... 30 COZINHA MATEIRA........................................................................ 31 FERRAMENTAS E CUIDADOS ......................................................... 32 fogo ............................................................................................... 32 HIGIENE ......................................................................................... 32 LATRINAS ....................................................................................... 33 PONTES E PINGUELAS ................................................................... 33 TRAÇADOR .................................................................................... 33 BASTÃO ESCOTEIRO ...................................................................... 33 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DISTÂNCIAS E ALTURAS ................. 37 Dicas para os integrantes da Corte de Honra ................................ 38 O que você deve saber sobre a Corte de Honra ............................ 39 O poder judiciário da Corte de Honra ........................................... 40 Ver POR regra 041 medidas disciplinares ..................................... 40 Atividades de patrulha .................................................................. 40 Conselho de monitores ................................................................. 40 Agilizando o Trabalho da Corte de Honra ..................................... 40 Votações ....................................................................................... 40 Tradições ....................................................................................... 41 Presidente da Corte de Honra ....................................................... 41 Competições e Pontuações ........................................................... 41 Cerimônias .................................................................................... 42 Atenção especial ........................................................................... 42 O Espírito de Patrulha ................................................................... 42 COMO SE COMPORTAR EM ATIVIDADES EXTERNAS ..................... 42 FOGUEIRAS:................................................................................... 42 ATALHOS: ...................................................................................... 42 LAVANDO A LOUÇA: ...................................................................... 42 ESCOVANDO OS DENTES: .............................................................. 42 BARULHOS: ................................................................................... 42 ANIMAIS E PLANTAS: ..................................................................... 43 LIXO: .............................................................................................. 43 Dicas para jornadas ....................................................................... 43 Jornadas ........................................................................................ 43 Paradas.......................................................................................... 43 Roupa da jornada .......................................................................... 43 Mochila ......................................................................................... 43 Sacos de dormir ............................................................................ 43 Capa de chuva ............................................................................... 43 Cantil ............................................................................................. 43 Sapatos .......................................................................................... 43 Agasalho ........................................................................................ 43 Faca ............................................................................................... 43 Material de higiene ....................................................................... 43 Roupa de reserva .......................................................................... 44 Iluminação ..................................................................................... 44 Remédios pessoais ........................................................................ 44 Documentos .................................................................................. 44 Material de alimentação ............................................................... 44 Material comum a todos os participantes .................................... 44 Alimentação .................................................................................. 44 Mapas ........................................................................................... 44 Necessidades Fisiológicas.............................................................. 44 Lixo ................................................................................................ 44 Acampamentos ............................................................................. 44 Atenção Especial ........................................................................... 44 MANUAL DO MONITOR ................................................................ 45 Inspeção de giwell ......................................................................... 71 Exemplo de uma planilha de pontuação na Inspeção de Gilwell .. 73 TRADIÇÕES DA PATRULHA ............................................................ 74 REFERÊNCIAS ................................................................................. 76

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VIVER AO AR LIVRE “Acampar é a parte mais alegre da vida de Escoteiro. Viver neste ar livre que Deus nos deu, entre colinas e árvores, pássaros e animais, junto ao mar e aos rios, isto é, viver com a natureza, tendo sua pequena casa de lona, preparando sua própria comida e explorando os arredores — tudo isso traz saúde e felicidade, num grau que nunca se consegue obter entre os tijolos e a fumaça da cidade. Excursionar, também quando penetramos cada vez mais longe, explorando cada dia, novos lugares, é uma gloriosa aventura, que nos torna mais fortes e rijos, insensíveis ao vento e à chuva, ao calor e ao frio. Aceitamos o que vier, com uma consciência de nossa capacidade com um sorriso, sabendo que venceremos no fim. Mas, naturalmente, para gostar de acampamentos e excursões é preciso saber como realizá-los adequadamente. É preciso saber como armar uma barraca, ou preparar um abrigo; como preparar e acender o fogo; como cozinhar; como amarrar troncos a fim de fazer uma ponte ou uma jangada; como se orientar e encontrar o caminho a seguir, de dia ou de noite, em lugares estranhos; e ainda muitas outras coisas.” (Baden-Powell – Escotismo Para Rapazes) O habitante da cidade, obrigado a viver entre paredes, que mal permitem o contato como sol, respirando continuamente o ar viciado por uma população densa, deve, forçosamente, sentir ao conviver com a natureza o prazer que experimenta o pássaro a quem se abriu a gaiola em que vive para desfrutar a liberdade de que gozara outrora. Ainda que a cidade tenha indiscutíveis encantos, e que por estarmos a eles acostumados já não nos poderíamos afastar, também é indiscutível que a vida urbana empobrece a saúde e diminui a alegria de viver que em alguns casos põe em aberto a luta do homem contra o homem. Parece que ao deixar de contemplar a natureza e seus encantos, o homem perde a sua natural simplicidade e vê abalada sua fé; é como ao se afastar de sua origem acaba, também a se afastar de Deus. Uma vez que não nos é possível restabelecer um vínculo íntimo com a natureza de forma permanente, é necessário que o façamos, ainda que de vez em quando. Os acampamentos se constituem em um modo de facilitar este retorno à fonte; uma aprendizagem de como amar e a admirar a natureza, como uma espécie de purificação da vida nas cidades. Um acampamento é uma comunidade que desenvolve sua vida em um lugar aprazível, afastada do ruído habitual, à beira de um rio, ao pé de uma montanha, na orla de um lago, ou próximo ao mar. É uma comunidade que se afasta da cidade, para encontrar no seio da natureza a tranqüilidade e o sossego que a vida urbana nega. Não chega a ela nem o rumor das ruas, nem os gases dos veículos, nem a fumaça das fábricas, nem os compromissos sociais e nem mesmo a preocupação dos negócios. Ocupa-se o tempo em gozar dos encantos da natureza, a brincar, rir, se divertir e ao mesmo tempo refletir sobre assuntos que talvez nunca nos preocuparam. A absoluta igualdade de abrigos, de comida e de direitos, faz com que não existam ali nem ódios, nem intrigas nem ambições ou mesquinharias de qualquer tipo. Uma amizade pura nasce assim naquela atmosfera de cordialidade e oferece seus melhores frutos e na cooperação, na tolerância e na solidariedade.

CONSELHOS ÚTEIS: • Escolha bem o terreno, preferencialmente um platô, eliminando tudo o que ficará debaixo do piso que possa causar desconforto ou mesmo rasgar o piso. • Isolar o piso da barraca do terreno pode aumentar, consideravelmente, o conforto. Uma lona envolvendo, jornais

melhora em muito o isolamento térmico e proporcionam um melhor nivelamento do colchonete ou do saco de dormir. • Ao deixar o local do acampamento, deixe-o ainda mais limpo do que o encontrou. • Caso o terreno seja arenoso e não permita a correta fixação dos espeques, pode-se fazer um amarrado de palha, capim ou gravetos, que enterrados à profundidade conveniente permitirão a fixação das adriças. • Observe a correta tensão das adriças que não devem estar frouxas nem tensionadas demasiadamente. Observe que os espeques mantenham a posição correta e que não tenham se deslocado em função da pouca firmeza do terreno. • A resistência ao vento é determinada pela tensão das adriças, pela correta montagem da barraca e do posicionamento em relação ao vento. Posicionar a entrada da barraca no lado oposto ao qual o vento sopra evita a excessiva ventilação que poderia esfriar em demasia em tempos mais frios, a entrada de poeira e impede que o vento infle a barraca prejudicando sua estabilidade. Em caso de ventos muito fortes, desmontar os avanços, que causam o efeito asa. • Antes de serem desarmadas, as barracas devem ser cuidadosamente limpas. Especialmente os pisos. Fechar os “zíperes”. A umidade também deve ser evitada, pois causa o apodrecimento da maioria dos materiais. • Caso seja inevitável, tão logo seja possível, as barracas devem ser abertas para que sequem e sejam convenientemente arejadas. • Lembre-se sempre da necessidade de limpeza do local do acampamento; todo o lixo gerado deve ser levado de volta, de forma que o lugar fique igual, ou melhor, do que estava antes do acampamento. • A menos que seja vital, não mutile a flora e a fauna; tenha em conta que você é um visitante ocasional e que eles são os “habitantes” permanentes. • Aprenda a desfrutar da paz e do canto dos pássaros, ao invés de gerar ruído com rádios e aparelhos de som. • Não se instale próximo a banheiros. Nos dias quentes e muito “concorridos”, não é o lugar mais agradável. • Pela manhã, remova tudo da barraca e permita que o sol entre na mesma.

FERRAMENTAS

O MACHADO E A MACHADINHA

Em nossas atividades de lenhadores, ouso de machados é de suma importância. Insubstituível no abate de árvores e no corte de lenha é uma ferramenta que tem como contrapartida de sua utilidade a necessidade de cuidados para manter tanto a eficiência, quanto a segurança. Os problemas mais freqüentes no uso de machados e machadinhas são:

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QUEBRA DO CABO Normalmente ocorre por uso inadequado de força, já que os machados devem cortar por seu próprio peso, ou por apodrecimento da madeira por má conservação.

Para se efetuar a substituição, deve-se enterrar a lâmina em terra úmida, para se proteger a têmpera, e fazer uma pequena fogueira sobre o “olho” para que se carbonize a madeira remanescente do cabo. A seguir deve-se ajustar o novo cabo, pelo uso de uma cunha de ferro ou aço a ser introduzida em uma ranhura previamente feita no novo cabo. Por ser parte vital da ferramenta, este ajuste deve ser perfeito, proporcionando grande firmeza ao conjunto cabeça-cabo. AFROUXAMENTO DA CABEÇA Com o passar do tempo, a tendência é de que todos os cabos venham a se afrouxar da parte metálica. Um método de resgatar a firmeza é a de mergulhar a parte metálica em óleo, ou água para que a dilatação da madeira por efeito da capilaridade da madeira possa resgatar a rigidez do conjunto. No entanto, não se trata de solução absolutamente segura, sendo, assim, aconselhável a substituição do cabo, como descrito anteriormente.

MANUTENÇÃO DO MACHADO

O machado é um instrumento ao qual se deve dispensar os cuidados necessários para que conserve sua eficiência. Acabamos de ver como proceder para a substituição dos cabos. Com relação à porção metálica, é conveniente que se mantenha livre de oxidação (ferrugem). Assim, durante o seu uso, é conveniente que se mantenha seco e após a sua utilização, seja guardado lubrificado ou envolto em vaselina sólida. AFIAÇÃO Apesar de ser um método bastante usual, o uso do esmeril é desaconselhável, pois além de retirarem grandes porções de metal, o efeito de alta rotação causa aquecimento com conseqüente perda de têmpera. No caso de utilização de pedras rotativas, deve ser dada preferência às “pedras de água”, em baixa rotação, pois causarão menor calor e permitem maior controle da afiação. O método preferencial deve ser o uso de pedras planas, lubrificadas com óleo. Através de movimentos circulares, se obtém um fio uniforme e confiável. (ver figuras abaixo).

COMO SUBSTITUIR O CABO: FIO CORRETO MACHADO EM AÇÃO

Apesar de se tratar de uma ótima ferramenta, a falta de habilidade no seu manuseio fará com que seja de pouca serventia. Alguma prática e seguir os conselhos abaixo ajudarão bastante a explorar todo o potencial da ferramenta.

Não golpear o tronco ou galho perpendicularmente. O ângulo correto é de cerca de 60º. Golpear alternadamente à direita e à esquerda. O primeiro golpe deve levantar uma lasca e o segundo deve cortá-la. Obviamente quanto mais profundo fique o talho, mais golpes serão necessários de cada lado. O apoio do material a ser cortado é de fundamental importância: Sendo o solo não rígido, os golpes serão amortecidos; Apoiar uma das pontas do tronco e golpeá-lo no meio também não é prática eficiente, já que o vão formado fará com que a tora oscile, diminuindo a eficiência dos golpes; Aplique sempre os golpes sobre o lado oposto àquele que está apoiado; Apenas quando se tratar de toras ou troncos muito grossos é que se pode dispensar o apoio. Uma prática muito usada, porém totalmente condenável, é se cortar a lenha diretamente sobre o solo, o que prejudica enormemente o fio do machado. Somente deve ser usado o apoio de madeira.

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CERTO E ERRADO NO USO DO MACHADO OU MACHADINHA

ALGUMAS PRECAUÇÕES

Além dos cuidados com o machado, devemos ter cuidado para evitar os graves ferimentos que o manuseio errado pode causar: Uma boa prática é a utilização de capa ou bainha que além de proteger o fio da ferramenta evita acidentes; Um erro muito freqüente é transportar o machado segurando-se o cabo pela extremidade oposta ao ferro. Qualquer descuido fará com que a parte cortante fique livre e sem controle. Deve-se adotar uma das soluções seguintes:

Levar a ferramenta com o ferro próximo à mão e com o fio para frente: Caso seja necessário o uso das duas mãos, Levar o machado ao cinto, em uma das laterais do corpo com o fio para trás.

Não deixar o machado largado no chão, o que pode causar acidentes.

FACA E CANIVETE A faca do acampador é um instrumento com tantos usos que qualquer descrição destes será incompleta. Assim, é um utensílio que deve servir para comer, cortar alimentos, cortar madeira, tiras, cordas, e emergencialmente, servir de chave de parafusos, abridor de latas, e uma infinidade de outras aplicações.

Além de robusta, uma boa faca de acampamento deve ter cerca de 12 cm de lâmina e 3mm de espessura. Deve terminar em ponta e ter fio apenas em um de seus lados. A empunhadura deve ser cômoda tanto por seu formato, quanto por seu material. É muito importante que a empunhadura tenha guarda, que evita que a mão deslize e se fira na lâmina. A bainha é um acessório importante, pois além de proteger a lâmina, evita cortes acidentais. As lâminas, normalmente são feitas de aço inoxidável, que ao não ser nos tipos mais caros nem sempre proporcionam um fio duradouro. Nas lâminas sujeitas a oxidação, é aconselhável que sejam mantidas secas e sejam guardadas em suas bainhas com uma fina película de óleo lubrificante.

Quando for emprestar uma faca, a lâmina deve estar com o fio para fora. A faca deve ser passada para que a outra pessoa pegue no cabo. (como desenho ao lado).

Um bom canivete pode ser um substituto eficiente da faca, desde que possua uma lâmina forte e que permaneça firme quando aberto. Por não possuir guarda como as facas, cuidado adicional deve ser tomado em seu uso e manuseio para não se cortar as mãos. Existem tipos de mola que não são aconselháveis, pois, têm lâminas mais finas e fio dos dois lados, o que não faz deles os tipos mais aconselháveis em acampamentos. Finalmente, é bom lembrar que deve ser evitada a ostentação desnecessária da faca, que deve ser levada à cinta, única e exclusivamente quando estiver em uso; caso contrário, deve ser levada nos bolsos da mochila.

FACÃO

Um bom facão é outro instrumento de grande utilidade, podendo, inclusive, substituir o machado em serviços mais leves. É necessário que seja de bom aço para que tenha a resistência necessária. O uso do facão é serviço pesado, e caso não tenha a qualidade necessária torna-se bastante desgastante. Deve ser leve, porém sua construção deve ser tal que quando em movimento ganhe a energia necessária aos cortes a que se destina. Os melhores modelos são os que têm lâmina com cerca

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de 4 cm de largura. Com relação ao comprimento, vários aspectos devem ser considerados:

O primeiro aspecto a ser considerado é a estatura de quem o usa. Os mais curtos são mais ágeis para uso em matas fechadas e densas, porém requerem mais força de quem os usa; Os mais longos ganham mais força quando em movimento, porém não são recomendados para vegetação densa e têm a tendência de envergar.

A exemplo das facas, os cabos devem ser de boa qualidade, anatômicos e sem protuberâncias a fim de que não machuquem as mãos. É sempre preferível que quando fora de uso seja levado em sua bainha. Quando de seu uso, certificar-se sempre de que não existem pessoas no raio de alcance da ferramenta. Quando caminhar, muito cuidado com o equilíbrio, pois quedas quando se seguram facões podem causar sérios acidentes. CANTIL Tão tradicional quanto útil, o cantil é um equipamento necessário em qualquer tipo de acampamento. Consiste de um recipiente de metal ou plástico revestido por uma bolsa que tem uma importante função. Quando molhada, esta bolsa mantém a água razoavelmente fresca, mesmo durante os dias mais quentes. Ainda que existam vários tipos de cantis, os melhores são os de alumínio com bolsa de feltro, que, entretanto, são mais caras.

Os plásticos são bem mais baratos, porém tendem a deixar gosto desagradável na água. Existem os modelos plásticos quimicamente inertes, porém são de custo mais elevado.

LAMPIÕES Dispor de luz suficiente é uma das necessidades que todos aqueles que se disponham a acampar. Entre os diversos tipos de lampiões conhecidos, podemos citar os seguintes modelos:

LAMPIÕES A QUEROSENE São aparelhos mais baratos, porém têm como principais inconvenientes o fato de produzir uma luz fraca e bastante amarelada, inadequada quando se necessita fixar as vistas em algo específico e o risco de que algum choque possa derramar o combustível, e vir a causar incêndios. Existem tipos que utilizam camisas incandescentes que proporcionam luz mais

intensa e menos amarela, porém o risco do derramamento do querosene é o mesmo.

COMO USAR:

Verifique o tamanho do pavio ou mecha. Quantidade de querosene, dependendo do transporte ás vezes é melhor levar vazio, para não derramar. Estado do vibro, sempre ter um de reserva. Antes de acender tenha a certeza que não há combustível em suas mãos e nem perto do lampião. Para acender pressione a alavanca para levantar o vidro, aproxime o fósforo ao pavio. Quando acender, baixe o vidro e regule a chama para não escurecer o vidro. Para apagar basta suspender o vidro e assoprar.

LAMPIÕES ELÉTRICOS Existem vários tipos de lampiões elétricos, inclusive os dotados de lâmpadas fluorescentes e os que possuem baterias recarregáveis. São caros e normalmente a vida das pilhas ou baterias não excede algumas horas.

LAMPIÕES A GÁS São os que apresentam a melhor relação custo benefício, pois propiciam luz intensa e duradoura a um custo razoável. São seguros já que não usam combustível líquido, sendo, atualmente o preferido dos acampadores.

CONSELHOS ÚTEIS

Estado da “camisa” - tenha sempre algumas de reserva Quantidade de gás no botijão E estado do “Filtro”. Se a rosca do lampião se adapta ao bujão de gás. Estado dos anéis de borracha de vedação, se estiverem ressecados, com rachaduras, troque. Para trocar a camisa, retire o parafuso de fixação, desmonte o lampião retirando o vidro . Prenda a “camisa” no “filtro” e remonte o lampião . Para acender o lampião, acenda o fósforo, o coloque bem perto da “camisa” pela abertura abaixo do vidro, até ela queimar totalmente. Depois de queimada abra um pouquinho a torneira, e regule a entrada de ar . • Se a “camisa” quebrar ou cair, desligue o lampião, espere esfriar e troque a “camisa”. • Sempre levar “camisas” de reserva, pois se rompem com facilidade quando em movimento, após a queima. • Evitar que se encostem objetos nas partes metálicas, pois o calor gerado poderia vir a causar incêndio. • Nunca mantenha lampiões a gás ou querosene dentro de barracas.

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Alem dos riscos de incêndios ou explosões por vazamentos, no caso dos lampiões a gás existe o risco de envenenamento.

NÓS E AMARRAS

NÓ DIREITO Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.

NÓ DIREITO ALCEADO

Como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é permanente e precisará ser desfeito mais tarde.

NÓ DE ESCOTA Utiliza-se para unir duas cordas de diferentes espessuras

NÓ DE ESCOTA

ALCEADO

Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. É muito utilizado para prender bandeiras na adriça.

NÓ DE CORRER

Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

NÓ EM OITO

Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo).

VOLTA DA RIBEIRA

Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mante-la sob tensão.

VOLTA DO FIEL

Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo.

VOLTA DO FIEL DUPLO

Utilizado para amarrar cabos de retenção e espias.

CATAU

Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.

NÓ ASELHA

É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.

NÓ DE ARNEZ É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas).

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BALSO PELO SEIO Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda

FATEIXA

Serve para prender um cabo a uma argola, ponta de toldo sem amassar.

LAIS DE GUIA Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

NÓ DE PESCADOR Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

VOLTA REDONDA COM COTES

Muito utilizado para amarar o sisal que estica um toldo no espeque.

VOLTA DO SALTEADOR

Utilizado para descer de algum lugar e levar a corda, o nó permite puxar a outra ponta e desfazer o nó. Utilizado para prender uma corda a um bastão, com

uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó.

MORINGA O Nó de Moringa é utilizado para amarrar um cabo em um gargalo de garrafa ou jarro. É seguro e resistente.

NÓ DE FRADE

Usado para criar um tensor na corda. Pode servir para parar uma roldana ou auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio. Também pode ser usado

para a transmissão de código Morse.

ENFARDADOR

Permite ser sempre ajustado quando é necessário manter uma corda ou cabo sempre esticado. Numa falsa baiana, por exemplo, ao receber muito peso o cabo afrouxa, com este nó é possível estica-lo novamente com firmeza ser desfazer completamente o nó.

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FALCAÇA

A falcaça é feita na ponta de um cabo evitando que ele comece a desmanchar com o uso e o tempo. Pode ser feita com linha grossa

CADEIRA DE BOMBEIRO É um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto. É seguro, porém mais utilizado em caso de emergência ou quando a altura não oferece grandes riscos. Para estes casos, existem cadeiras mais elaboradas e seguras.

AMARRA DIAGONAL

Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. É menos usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as peças (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial com um nó direito.

AMARRA QUADRADA

É usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.

AMARRA DE TRIPÉ

Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como suporte para qualquer outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com uma volta da ribeira e passando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. A vara do meio deve estar colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao lado. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.

AMARRA PARALELA

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Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça, passando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finalizadireito unindo as duas extremidades.

Dicas, Truques e Macetes – dezembro 2008

as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça, passando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó

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ESTACAS E ESPEQUES

ANCORAGEM

PIONEIRIAS

ABRIGOS, BIVAQUES E BARRACAS Quando em atividades mateiras, é natural que o escoteiro procure comodidade montando abrigos para se proteger do sol, vento ou chuva. Com uma pequena lona é possível montar rapidamente um abrigo para se proteger das intempéries durante as atividades.

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Existe uma inesgotável diversidade de modelos de abrigos e formas de acampar que só a experiência nos ensina. Uma simples lona em forma de tenda basta para construirmos um abrigo. Outro fator importante é sabermos aproveitar os materiais que a natureza nos oferece para a montagem de nosso abrigo. Não importa a altura de um abrigo ou o material que contamos para construí-lo, o importante é utilizar o que esta ao nosso alcance, para fazer da vida ao ar livre uma arte. A sobrevivência e a busca de conforto no campo desenvolvem o talento de fazer como uma lona plástica, diferentes desenhos de

abrigos e tendas para acampamentos

improvisados. Isso não quer dizer que não se tenha programado o acampamento, e sim que, com a lona que faz parte do equipamento, pode-se adaptar-se facilmente as

necessidades em caso de alguma emergência.

A escolha do local é muito importante, tente escolher uma área elevada e com um pequeno caimento, pois no caso de chuva você não correrá o risco de ter seu abrigo ou barraca alagada. Jamais monte seu abrigo na encosta de morros que apresentam riscos de desabamento, bem como sob árvores velhas que podem ter galhos derrubados com o vento. Tente imaginar o caminho que a água fará em caso de chuva forte,

procurando por sinais que demonstrem tais caminhos. Carregar na mochila uma lona plástica é imprescindível, pois alem de poder proteger a própria mochila, serve para construir abrigos e

nos proteger do sol, vento, frio e chuva, também como isolante do chão úmido e gelado, devendo fazer parte do equipamento para excursões e jornadas.

Hoje, mais do que nunca, não se permite abusar do meio ambiente, o cuidado com o habitat de animais silvestres e de insetos que cumprem sua função junto ao reino vegetal, se tornam cada vez maiores. Lembre-

se, o Escoteiro é bom para os animais e plantas. Por esta razão e usando a inteligência, evitamos danificar o local onde acampamos. Abrigos uma forma de improvisar uma casa

Abrigos com armação de galhos cobertos de sapé

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Abrigos com folhas de Seringueira, bananeira ou outras folhas grandes, são rápidos de construir.

Abrigo utilizando os brotos de arvores cortadas, dobrando os galhos temos uma armação.

Usando pedras do local Abrigo usando uma manta ou um plástico. Uma manta ou um pedaço de lona velha resolvem Um bom quebra vento e chuva. Abrigo com material da natureza, use o que estiver a seu alcance

Uma pequena lona e quase vira uma barraca aquecida

Abrigo feito com uma lona plástica contra o vento, baixinho, sem sombra de duvida e o mais aconselhado para todas as situações o conhecido ENVELOPÃO.

A BARRACA

A barraca sua casa no acampamento Existem atualmente vários tipos de barraca, sendo sem dúvida as melhores, as que possuem o assoalho impermeável, fixo as paredes. Isso assegura um perfeito isolamento da umidade do solo, e, quando a porta está fechada, impede a entrada de qualquer animal, até mesmo, insetos. A barraca deve ser uma confortável residência durante o acampamento, deve ser colocada em lugar bem seco ou gramado, onde bata o sol da manhã. Nunca a instale no capim alto, nem muito próximo a um rio, nem em lugar muito sombrio.

Dicas de como montar: A montagem varia de acordo com o tipo de barraca. Os tipos mais comuns usados atualmente podem ser montados pelo seguinte passos: Desdobre a barraca, estendendo-a no chão.

Verifique que suas portas estejam fechadas. Crave os espeques que prendem o assoalho ao chão. Monte a armação (varetas de vibra ou tubos) Prenda a barraca nas varetas (normalmente umas tirinhas com ganchinhos) Coloque o sobre-teto por cima da barraca, verifique o lado da porta, estique bem e coloque os espeques, sem bater muito. Cave a valeta de drenagem, para o caso de chuvas fortes. Fixe os espeques, firmemente no chão.

Barraca tipo iglu

Barraca de alta montanha

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Barraca suspensa

Barraca canadense

Algumas dicas

Os espeques devem sempre ser colocados a 45º de inclinação.

Na falta do espeque original de sua barraca você pode improvisar, corte uma maderinha de + - 20 cm afie a ponta e faça uma cava para o esticador

Cave a valeta de drenagem, para o caso de chuvas fortes. Obs.:

A ponta do sopre-teto deve ficar em cima da vala, não se esqueça de fazer uma saída para a água na direção do terreno mais baixo. A Barraca para Alta Montanha Quando você coloca sobre a mesa da sua casa uma garrafa recém tirada da geladeira, depois de alguns minutos ela começa a "suar", isto é, o vapor d'água presente no ar à sua volta, por estar numa temperatura mais alta do que a da garrafa esfria-se ao entrar em contato com a sua superfície externa e acaba se condensando. Quando você coloca uma panela com tampa bem fechada, ainda morna, dentro da geladeira o metal da panela resfria-se rapidamente, todavia o ar dentro da panela esfria-se mais devagar. Enquanto houver essa diferença de temperatura entre o metal da panela e o ar que está dentro dela, o vapor d'água presente no ar que está dentro da panela condensa-se e uma boa parte fica acumulada na superfície interna da tampa. Agora imagine a seguinte situação análoga: Você está acampado no alto de uma montanha, onde a noite costuma ser bem fria. Chega a hora de dormir, você entra na barraca, fecha bem a porta para que não entre vento, entra no saco de dormir, apaga a lanterna e fecha os olhos. Depois de alguns minutos você começa a perceber que está "chovendo" dentro da barraca e lá fora o tempo está firme, com céu estrelado. "Chove" tanto que molha o saco de dormir a ponto de ele perder o seu papel de aquecê-lo, e você acaba passando a noite acordado, com frio, "torcendo" para que o dia amanheça logo. Por que isso aconteceu? Porque você estava dentro de uma barraca sem sobre-teto, ou seja só havia um único pano de cobertura. O calor do seu corpo aqueceu o ar interno da barraca e como a superfície interna do tecido da mesma estava a uma temperatura muito menor do que a do ar de dentro da barraca houve então a condensação do vapor d'água na superfície interna do tecido da barraca. Essa condensação é grande porque o seu corpo permanece continuamente aquecendo o ar do interior da barraca. A partir de um certo tamanho, as gotas formadas desprendem-se da superfície do tecido e caem formando a "chuva" interna. É o mesmo processo que acontece quando se coloca uma panela quente com tampa dentro da geladeira. Como evitar essa "fria"? Só vá acampar numa montanha (ou em qualquer outro lugar que fique muito frio à noite) se estiver com uma barraca com sobre-teto. O fenômeno físico sempre vai ocorrer, todavia a condensação só acontece na superfície do tecido mais externo. Observe a figura a seguir:

O ar aquecido pelo seu corpo passa pela tela do teto interno e entra em contato com a cobertura externa e acaba se condensando. Todavia quando as gotas caem, elas entram em contato com a tela do teto interno (feita de malha bem fina) e escorrem pela parte externa da tela indo até o chão.

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O volume de ar existente entre os dois tetos é um isolante térmico; impede que a superfície da tela se resfrie tanto quanto o tecido da cobertura externa, não havendo então condensação nesta parte. O resultado do uso destes dois tetos é que você passa a noite seco, dorme bem e acorda tranqüilo e bem disposto no dia seguinte.

PORTAIS Um portal bem montado, um acampamento bem organizado, tudo limpo e em seu lugar. Isso é um autentico acampamento

Escoteiro .

Da mesma forma que o capricho e esmero do Escoteiro, um acampamento bem montado, limpo e organizado, confere dignidade e respeito próprio, mostra a qualidade e excelência de seus ocupantes.

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Ter um bom acampamento é fazê-lo com a melhor boa vontade e esmero, em qualquer lugar onde se encontre e com os elementos e materiais que estiverem disponível.

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MESAS A mesa deve ser bem planejada e sua construção caprichada, pois toda a patrulha devera caber sentada nela durante as refeições. Alem de servir como apoio para fogareiros, lampiões e mantimentos, é em torno da mesa que se passa boa parte do acampamento.

Um tripé é suficiente para se fazer uma mesinha, porém os melhores Escoteiros certamente preferirão uma mesa mais elaborada, equilibrada e resistente.

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PIONEIRIAS VARIADAS Não a limite para suas construções, deixe fluir sua criatividade e mãos a obra. Você sentira uma imensa satisfação ao termino da construção de sua pioneiria, adquirirá habilidades, conhecimentos

e destreza.

É possível realizar qualquer construção ao ar livre, por mais inútil que pareça, porque, com essa mesma atitude inventiva os grandes gênios têm alcançado os limites da tecnologia e os grandes acampadores a comodidade e diversão. A pedagogia que propõe os jogos Escoteiros é simples, estimulantes, divertidas, sugerem verdadeiras aventuras com espírito de equipe, desmotivam o uso de passatempos sedentários e dão uma fonte de idéias realizadas ao ar livre em acampamentos e excursões.

Na

sede é fácil e útil montar pioneirias para a patrulha praticar nós e amarras e se divertir com o desafio.

Tome cuidado e observe as regras de segurança utilizando somente materiais de qualidade e em bom estado de conservação.

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Latrina é algo indispensável em acampamentos onde não existem banheiros. Portanto nunca deixe de construí-la quando for a campo.

É estimulante um leito cômodo onde se possa descansar. Isolar o corpo do frio e da umidade é prioritário para a saúde. A palha é excelente para esse fim, muito cômoda, justificando amplamente a iniciativa de construir um tear.

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CANTO DO LENHADOR

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FORNO DE ACAMPAMENTO

Forno de barranco Este sem duvida é um dos mais fáceis de fazer, em todo acampamentos temos barrancos, e só escavar como vemos no desenho, um furo grande onde caiba a travessa que vamos usar e mais um espaço para que o buraco do calor fique fora da travessa, devemos deixar uns 20 cm na frente para termos espaço para fazermos uma porta, pode ser de latas de óleo abertas, ou uma esteira de bambu coberta de barro, o segundo buraco deve ter um buraco no teto para o calor ir para o forno, não se esqueça de fazer uma chaminé para a saída da fumaça, não pode ser muito grande ou o calor sairá todo.

Forno de buraco Este é o verdadeiro forno de preguiçosos, arrume uma panela sem cabos plásticos e com uma boa tampa justa, faça uma fogueira e um buraco com uns 15 cm maior por lado que a panela, pronto o forno está feito, e só colocar brasas por todos os lados.

Forno de lata Arrume uma lata de 18 litros, as que vêm com tinta, óleo, etc., evite usar lata com restos de tinta, limpe bem antes de usar, raspe a tinta com uma espátula, esfregue thinner com estopa, queime o resto da tinta colocando a lata no fogo, se você usar a lata com restos de tinta terá que jogar fora os alimentos que preparados no forno de lata, os alimentos ficarão com cheiro e gosto de tinta e ainda tóxicos. Tente arrumar uma lata que tenha sido usada com

produtos alimentícios, a melhor e de óleo de cozinha. De posse de uma lata limpa corte 3 partes da tampa (como no desenho acima) a parte que não cortou servirá de dobradiça da tampa do forno. Este modelo de forno e ótimo para ser usado em cima de um fogão suspenso de acampamento.

Forno tradicional Este modelo mais tradicional dos fornos, mas é mais trabalhoso de construir. Material necessário: Um pedaço de tubo de ferro de 40 cm, 1 tampa com 2 hastes com dobradiça, 1 chapa de ferro de 3 ou 4mm do tamanho do forno desejado uma boa medida 60x60cm, tijolos e muito barro argiloso. Como montar: Comece montando uma plataforma de aproximadamente 80x80cm com troncos grossos, com altura aproximada de 70 cm, cubra toda plataforma com folhas de bananeira, coloque uma camada de uns 5 cm de barro mas tome cuidado pois se for muito arenoso vai furar logo queimando a plataforma, quanto mais argiloso for mais dourará, coloque 3 fileiras de tijolos em forma de U a parte aberta ficará a frente, use barro para juntar os tijolos, o ideal é colocar um ferro na boca para segurar a chapa, no fundo devesse deixar uma entrada de ar, agora coloque a chapa vá montando conforme o desenho em formato de arco para quando chegar em cima só deve restar o espaço para a chaminé, cubra todo o forno com barro, é bom só usar no dia seguinte de um tempo do barro secar. Este modelo usa o fogo embaixo tipo o forno de lata, mas pode ser fabricado sem a chapa tipo pizzaria, mas deve ser maior para podermos colocar o fogo dentro.

FOSSAS EM ACAMPAMENTOS

Para manter a higiene e os animais afastados do acampamento e necessário construírem fossas, temos assim 2 tipos de fossa, a 1º e a escavada na terra, e a 2º aérea com sacos de lixo pendurados, mas as duas requerem uma serie de cuidados.

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1- Faça os buracos conforme medidas acima. (deixe a terra do lado para fechá-lo no final do acampamento)

2- Fabrique duas tampas, com madeiras ou bambus transados e amarrados.

3- Você pode fabricar um dispositivo para erguer a tampa automaticamente com um pedal ou contra peso.

4- Para a fossa liquida, fabrique com galhos a uns 10 cm de profundidade uma esteira, faça uma cama com folhas para a filtragem dos líquidos.

5- No final de todos os dias jogue nas fossas um pouco de cal nas fossas, para que o cheiro de restos de comida não chame animais.

1- Para segurar os sacos faça uma armação com madeira ou bambus , o tamanho dependera do tamanho de saco que você levou, pegue o saco e encha com folhas ou o que tiver de mais fácil, a demissão da armação deve ser um pouco menor pois as pontas devem ser amarradas nas esquinas da armação.

2- O saco que ficou para líquidos deve ter um filtro, prepare-o com areia + pedriscos + folhas.

3- Antes de ir dormir não se esqueça de amarar bem o saco de sólidos e levá-lo longe em algum lugar próprio para lixo ou incinerá-lo.

4- No final do acampamento tampe todos os buracos, não deve deixar marcas que alguém acampou ali, ou melhor, deve deixar o local melhor do que o achou.

LATRINA

A latrina e uma necessidade quando no local de acampamento não temos sanitários.

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MASTROS

CHUVEIRO DE ACAMPAMENTO

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LAVATÓRIOS

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FAZENDO FOGO SEM FÓSFOROS

MÉTODO DO ARCO

Neste método o Escoteiro mantém a haste de madeira dura na vertical, com uma das mãos, cuja palma deverá estar protegida por um pedaço de pedra ou madeira e o faz girar rapidamente por meio de um arco, cuja corda está enrolada na haste oitavada de madeira dura. A ponta da haste, girando, começa a perfurar uma taboa de madeira macia, que o Escoteiro mantém no lugar com um dos seus pés. Um pequeno entalhe feito na borda da tabua, antes de começar toda a operação, liga com o exterior o buraco feito pela haste girando, e as pequeninas brasas ou fagulhas que saem da madeira caem por esta pequena abertura e vão incendiar a isca ou mecha de fibra secas ou algodão que o Escoteiro pôs sob a borda.

MÉTODO COM PEDRA

Arranje um pedaço de pedra bem duro, de modo que, com a ponta de aço da faca, consiga produzir faíscas com o atrito. Se a pedra quebrar ou se deixar riscar facilmente quando friccionada pelo aço procure outra. Aproxime as mãos para friccionar a pedra por cima e bem próximo à mecha (que deverá estar completamente seca) e cuide para quando começar a fazê-lo, desviar a cabeça para o lado, para que as faíscas não atinjam seus olhos. Uma vez a mecha acesa, abana lentamente as brasas até surgirem as chamas que são alimentadas gradativamente com gravetos até produzir fogo quando você deverá alimentá-lo com a lenha.

MÉTODO LUPA

O meio mais comum de se atear fogo sem auxílio de fósforos consiste em tomar uma lente convexa qualquer (serve a do binóculo) e dirigir os raios solares por ela condensados sobre a mecha. As lentes, condensando os raios, têm capacidade de aumentar muito seu poder calorífico.

FOGO SEM FÓSFOROS SÓ COM BAMBU

1- Pegue um pedaço de bambu de mais ou menos 50 cm, com espessura media de 8 cm, bem seco, mas não pode ser podre. 2- Corte o bambu ao meio, vamos denominar para facilitar em parte 1 e parte 2. 3- Pegue a parte 1 e bem no meio faça um furo tipo v com a faca. 4- Pegue a parte 2 e afie um dos lados em toda sua extensão também no formato v. 5- Continuando com a parte 2 raspe a superfície tirando um tipo de verniz que o protege, raspe com a faca tirando uma espécie de palha fibrosa do bambu, faça uma bolinha, mas não muito densa para não abafar. 6- Coloque esta mecha de palha de bambu debaixo do corte em v da parte 1, ela deve ficar encostada no corte pela parte interna do bambu, ajude o aboio com uma lasca de bambu, 7- Esfregue a parte 2 com a berrada afiada no corte da parte 1 com a mecha, em poucos minutos terá fogo.

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CATAPULTAS Na sede ou fora da cidade no campo, se tem a oportunidade de desenvolver jogos simples ou sofisticados, o importante é a liberdade de ação e criação para arrancar uma risada do jovem mais rebelde, sacudir o apático e motivar o introvertido.

A catapulta foi um artefato de guerra usada na antiguidade. Os Escoteiros podem divertir-se lançando balões com água nas outras patrulhas

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A arte de construir boas pioneirias para se ter atividades interessantes deve ser fator motivador para o Escoteiro

FOGUEIRAS

Não seja um Joãozinho patatenra aprenda a acender um fogo

OS 7 PASSOS QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE FOGUEIRAS : 1- LIMPANDO O CHÃO

Antes de acender uma fogueira, lembre-se de remover todo o capim, folhas secas, mato, etc. ao redor do local escolhido a fim de evitar que o fogo se propague ao redor. Muitos pavorosos incêndios de matas foram causados por jovens acampantes que não observaram as regras de segurança.

2- INICIANDO O FOGO

Você deve apanhar e juntar toda a lenha necessária para o fogo. Madeira verde ou recém cortada não serve, nem madeira morta podre que já esteve caída no há muito tempo, galhos secos ainda presos nas árvores são um bom começo. Para fazer a fogueira, especialmente se o solo for úmido, você deve fazer uma base para depois montar a mecha.

3- MECHA

Mecha isto é, aparas, lascas, palha e qualquer outro material que pegue fogo facilmente com a chama de um fósforo, normalmente fazendo uma pequena bolinha.

4- ACENDALHA

Sobre a mecha arma-se uma pirâmide de gravetos finos, lascas, e tiras finas ou palitos de madeira seca, apoiadas na mecha e umas nas outras. Este material, que deve pegar fogo em contato com a

mecha é chamado de acendalha. Para acender tudo isso ponha a chama do seu fósforo sob o fundo da mecha.

5- FAZENDO O FOGO

Quando a madeira tiver realmente pegado fogo, juntar mais gravetos e galhos maiores e finalmente troncos. O melhor tipo de fogo para cozinhar é ter um bom monte de brasas vivas de lenha, ou umas três grandes toras de madeira.

6- APAGANDO O FOGO

Um Escoteiro é sempre muito cuidadoso com o fogo. Quando usar uma fogueira,verifica se esta bem apagada antes de abandonar o local. O fogo deverá ser apagado com água e terra, e deve se pisar bastante em cima dele para que não fique nenhuma fagulha acesa que possa mais tarde iniciar um incêndio finalmente, a camada de terra com vegetação que estava ali no inicio e que havia sido tirada, a posta de lado, antes de fazer a fogueira, deve ser colocada de volta ao lugar, de modo que dificilmente se deixe qualquer vestigio.

7 - TIPOS DE FOGUEIRAS

Esta seqüência de montagem de fogueira serve para iniciar qualquer tipo de fogo.

Fogo de Caçador

Um dos melhores para cozinhar, e o preferido dos exploradores. Escolha dois troncos verdes de cerca de 50 cm de comprimento e 15 cm de diâmetro cada. Coloque-os lado a lado, com a abertura mais larga virada para o vento

e a mais estreita sendo usada para apoiar as panelas. Mantenha o fogo baixo. Acrescente lenha quando for necessário. O uso de carvão também e pode ser apropriado. Os troncos verdes podem ser substituídos por grandes pedras

ou tijolos adequadamente empilhados. Fogo Estrela Nada melhor que fazer uma roda de amigos os redor deste fogo. Ele é de longa duração, com calor brando. Consome pouco combustível e não necessário cortar lenha. Junte alguns troncos ou galhos ecos, disponha-os em forma de estrela de modo que

todos se encontrem no centro, onde se acende uma pequena fogueira. À medida que as pontas vão se queimando, é só empurrar os pauzinhos mais para o centro.

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Fogo de conselho

Esta montagem e ótima para iluminar, comece com uma mecha em seguida comece a colocar os troncos mais grossos e vá

afinando.

Fogo em linha

Esta montagem de fogueira e pouco usada, pois e difícil iniciar o fogo.

Fogo de Trincheira

Este fogo consome pouca lenha, oferece menos riscos, não é incomodado pelo vento e não irradia tanto calor, sendo apropriado para os dias quentes. Construa uma valeta mais rasa e larga de um lado, e mais funda e estreita do outro, para que o vento sopre do lado mais largo para o mais estreito. Se o chão for duro, corte as bordas bem retas de modo que apóiem as panelas ou cruze sobre a cova alguns galhos bem verdes que possam apoiá-las. O único inconveniente deste fogo é ficar ao pé do chão, o que deixa seu uso pouco desconfortável.

Fogo Refletor

Para as noites frias, prepare este excelente aquecedor natural: construa uma pequena murada com troncos verdes para dirigir o calor em uma só direção. Prepare a fogueira protegida na muralha. Cuide para que o vento sopre em direção à

paliçada e não à barraca. Uma rocha ou barranco também podem funcionar como refletor. Neste caso, verifique se o local é bom para se armar uma barraca. Este tipo de fogueira longa e mais usada para fazer um grande braseiro para assar animais inteiros.

Agora posso começar uma fogueira

COZINHA MATEIRA

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FERRAMENTAS E CUIDADOS

FOGO

HIGIENE

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LATRINAS

PONTES E PINGUELAS

TRAÇADOR

BASTÃO ESCOTEIRO

1- Unidos entre si pelas mãos dos escoteiros e conservadas horizontalmente, servem para fazer uma barreira;

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2- Usada como vara de saltos serve para atravessar cursos de água;

3- Pode servir para puxar alguém que caiu num rio ou poço;

4- Colocada aos ombros de dois escoteiros serve para transportar qualquer coisa, dividindo o peso pelos dois;

5 - Com uma peça de roupa atada e agitando-se no ar serve para chamar a atenção ao longe;

6- Quando alguém se machuca no tornozelo, serve como muleta;

7- Colocadas em forma de tripé, serve para sustentar uma bacia, dá um bom lavatório no campo;

8- Em tripé, podem sustentar uma panela ao fogo, ou um lampião;

9- Serve de varal para secar roupa, colocada entre os galhos de uma árvore ou arbusto;

10-Pode-se improvisar uma escada;

11- Com uma lona tem-se um abrigo de emergência para a chuva;

12- Passada entre as pernas, serve temporariamente de «banco»;

13- Colocada ao ombro ou segura nas mãos entre dois escoteiros, forma um bom degrau para outro escoteiro escalar um muro;

14- Apenas com um, ou com vários bastões ligadas ums aos outros, serve para medir a profundidade de rios, riachos lagos ou tanques;

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15- Amarrando ramos numa extremidade pode ser usada como uma vassoura rudimentar;

16- Com vários bastões se constrói facilmente um mastro para bandeira;

17- Ao atravessar um riacho o bastão, serve como um ótimo apoio para manter o equilíbrio;

18- Segura com as duas mãos em cima das nádegas e por baixo da mochila, ajuda a aliviar o peso desta nas costas;

19 - Serve de apoio para longas caminhadas ou subidas íngremes;

20- Serve para testar o terreno à nossa frente, quando está coberto de ervas e não temos a certeza de ser enlameado ou seco;

21- Como apoio, ajuda a manter o equilíbrio em descidas muito acentuadas, ou a andar lateralmente em terrenos muito inclinados; Se estiver graduada metricamente serve de régua, e na avaliação de alturas e distâncias; 23- Enquanto se espera um transporte, os escoteiros podem-se entreter com alguns jogos de bastão; 24- Serve para registrar da vida escoteira do dono, dos locais de atividades, noites de campo, datas importantes etc.; 25- Pode-se usar para desenhar rapidamente sinais de pista no chão; 26- Batendo regularmente no chão, durante uma caminhada, serve para deixar uma boa pista para alguém que precise fazer o mesmo trajeto; 27- Fazendo do bastão uma alavanca, serve para remover grandes pesos; 28- Com um cobertor ou camisa do uniforme, servem para improvisar uma maca para transporte de feridos ou material; 29- Agitadas no ar, com o chapéu ou boina em cima, servem para as aclamações entusiásticas; 30- Serve para abrir ou alargar trilhos, principalmente em zonas rurais; 31- Á beira de um rio ou lago serve bem com vara de pescar; 32- Na vertical ou na horizontal pode se praticar nós e amarras; 33- Como defesa contra ataques de animais selvagens ou cães de rua; 34- Com um cabo atado, pode-se lançar por cima de um galho de árvore para depois fazer passar uma corda maior; 35- Numa noite escura e em mato denso ajuda a «apalpar» o caminho; 36- Enrolada no bastão, e servindo como pega, podes ter sempre um cabo amarrado em falcaça, com um comprimento fixo de 1 ou 2 metros, que pode usar sempre que precisar para medir distâncias. Todo Escoteiro deve saber usar seu bastão corretamente para descer uma colina.

Incorreto! Além de ser necessário fazer muito mais força, é perigoso, pois podemos "espetar" a ponta do bastão no corpo, caso não tenhamos força suficiente para suportar o nosso peso. Quando

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escorregamos, caímos sempre para trás, e o bastão nesta posição não serve de muito apoio.

Correto! A força maior é feita com o braço que segura mais atrás o bastão. No caso de cairmos para trás, não nos machucamos. Além disso, quando escorregamos, é sempre para trás que caímos, e contra isso, o bastão nesta posição é o melhor apoio. Bastões

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A forquilha Pioneira não e um bastão Escoteiro, ela contem uma mística própria, e só pode ser portada por Pioneiros Investidos.

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DISTÂNCIAS E ALTURAS

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DICAS PARA OS INTEGRANTES DA CORTE DE HONRA

Estas dicas para a Corte de Honra foram elaboradas para ajudar os novos integrantes da Corte de Honra.

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O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE A CORTE DE HONRA Corte de Honra deve sempre trabalhar em conjunto com a chefia de seção. Os chefes de sua seção estão para ajudá-lo no que for preciso como um irmão mais velho e experiente, para fazer as coisas acontecer ou dando todas as informações que você precisa. Se alguma coisa não funciona como deve ou como você acha que tem que ser, convoque a sua Corte de Honra, chame a chefia de sua seção e coloque o assunto em discussão. Você é tão responsável como todos os outros pelas boas ou más coisas que acontecem em sua tropa, então, mãos à obra nenhuma tropa pode existir sem uma boa Corte de Honra. Pertencer à Corte de Honra é um privilégio de poucos.A Corte de Honra A Corte de Honra é o órgão mais importante da tropa. Ela zela pala Honra da tropa exercendo dois poderes: o poder executivo e o poder judiciário. CONSTITUIÇÃO A Corte de Honra é formada pelos monitores ou monitores e sub-monitores de todas as patrulhas da tropa, é presidida por um membro eleito democraticamente para exercer a função sendo primordial ter um alto espírito escoteiro e preferencialmente uma boa experiência de movimento escoteiro. A corte deve eleger outro membro para aser o escriba da Corte de Honra cargo de muita importância pois todas as decisões da tropa devem ser lavradas no livro de atas por ele para terem validade e assinadas por todos os presentes. s monitores são indicados para o cargo em eleição realizada no conselho de patrulha e nomeado pelo chefe de tropa, os monitores são eleitos por uma prazo fixado pela Corte de Honra e podendo ser reeleito.O presidente da Corte de Honra e o escriba também devem ter braço fixado podendo ser reeleitos. Todo monitor tem o direito e obrigação de participar de todas as reuniões da Corte de Honra. O chefe de tropa pode vetar o cargo de monitor de uma patrulha pois o cargo de monitor é um cargo de confiança do chefe, os monitores são considerados graduados sendo assistentes diretos do chefe de tropa. QUEM CONVOCA A CORTE DE HONRA A Corte de Honra é convocada por qualquer monitor ou a pedido do chefe através do presidente da Corte de Honra. O presidente da Corte deve encontrar um dia e hora que todos possam estar presentes. Quando o chefe de tropa convoca a Corte e ela não se realiza em tempo hábil a Corte tem que endossar as decisões do chefe de tropa pois muitas decisões requerem providencias imediatas. Quando se reune a Corte de Honra A corte de Honra deve reunir-se sempre que houver verdadeira necessidade. Deve-se reunir periodicamente para despachar os assuntos de rotina.

Deve-se reunir para exercer o poder judiciário, fazer a programação anual e a revisão trimestral. Deve se reunir periodicamente para traçar metas de adestramento. Deve se reunir após os acampamentos ou atividades externas para avaliá-las. A reunião da Corte de Honra deve ser formal, solene, oficial e suas decisões são secretas. Em acampamentos, para avaliação da atividade do dia e planejar a atividade do dia seguinte. FUNÇÕES DA CORTE DE HONRA A Corte de Honra é responsável: Pela Administração da tropa. Pelas finanças da tropa. Pela programação de atividades da tropa. Pela competição inter-patrulhas. Pelo adestramento de seus monitores. Pela defesa da Honra da tropa. Manter altos padrões de conhecimento de etapas. Assegurar um alto nível de disciplina. Organização e de boa apresentação dos membros da tropa. Julgar os casos de quebra de compromisso da lei e promessa escoteira. Ela deve ainda: Em primeiro lugar deve guardar as verdadeiras aspirações e sentimento da tropa. Deve zelar pelo funcionamento correto das patrulhas dando-lhes condições e infra-estrutura para tal. Ela deve preparar para a tropa, bandeira, hino, grito, etc... Formular tradições e mantê-las. Nenhuma decisão da Corte de Honra pode quebrar a lei e a promessa escoteira ou levar qualquer membro da tropa ao perigo ou ridículo. A corte de Honra é guardiã dos costumes e tradições da tropa. A corte de honra deve cuidar para que seus monitores levem ao adestramento máximo da tropa. As decisões da Corte de Honra são todas secretas e nenhum de seus membros pode comentar ou divulgar suas decisões exceto no que tiver que ser levado ao conhecimento dos membros da patrulha pelos monitores, ou a tropa em geral, pelo chefe ou assistentes. COMO DEVE SER UMA REUNIÃO DA CORTE DE HONRA Após todos os presentes terem chegado ao local e hora marcada o presidente da Corte de Honra deve dizer: Como presidente da Corte de Honra da tropa declaro esta reunião da Corte de Honra aberta. Um membro da Corte previamente escolhido já preparou uma oração de abertura. Após a oração, o escriba da Corte fará a leitura da ata da última reunião , se todos estiverem de acordo a assinarão, se houver algum erro na próxima ata se colocará uma errata. O presidente da Corte de Honra uma errata. O presidente da Corte de Honra lerá a pauta do dia, previamente preparada poe ele com a sugestão de todos os monitores, que trazem as sugestões do conselho de patrulha. Após a debate e colocação de todos os assuntos do dia, o presidente deve perguntar aos chefes presentes se eles tem alguma pergunta a fazer ou aconselhar ou esclarecer algum assunto. Após todos tirarem suas dúvidas, o presidente da Corte deve dar ínicio as votações e contagem dos votos, após todos os dados da Corte serem anotados pelo escriba em um rascunho, para depois pássa-los a limpo no Livro de atas da tropa, será realizada a prece de encerramento. O livro de tas da Corte de Honra fica sobre a guarda do chefe de tropa. O chefe de

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tropa tem direito a vetar qualquer decisão da Corte de Honra, mas não tem direito a voto. poder judiciário da Corte de Honra

O PODER JUDICIÁRIO DA CORTE DE HONRA

Nos casos de julgamento deve ser assegurado a presença e a defesa do interessado, só se fazendo na sua ausência quando o interessado avisado por escrito não comparecer. A Corte de Honra deve sempre levar em conta: a - A capacidade de cada indivíduo. b - Se foi induzido a fazer ou não fazer. c - Se tem algum problema físico ou mental. d - Se foi acidente ou proposital. e - O que o levou a fazer ou não fazer. f - A ver todas as hipóteses possíveis. Todas as punições devem ser por escrito e ter a assinatura do presidente da Corte de Honra do chefe da tropa e do diretor presidente do G.E.

VER POR REGRA 041 MEDIDAS DISCIPLINARES

É aconselhável que a Corte de Honra tente resolver os problemas e não punir. Chamar o jovem e mostrar seus erros, pedir que ele mesmo encontre um castigo adequado, o ideal seria que ele prestasse serviços a comunidade. 1º Ser chamado a Corte de Honra e tomar uma advertência verbal. 2º Tomar uma advertência por escrito 3º Chamar os Pais e colocá-los a parte dos acontecimentos 4º Tomar uma suspensão entre uma e quatro atividades. 5º Tomar uma suspensão entre um mês e um ano. 6º Expulsão do movimento escoteiro em último caso.

ATIVIDADES DE PATRULHA Toda atividade de uma só patrulha deve ser aprovada previamente pela Corte de Honra. Para uma patrulha representar a tropa em atividades inter-grupos requer uma avaliação minuciosa da Corte de Honra, pois ela levara o nome da tropa e do G.E. para fora. Patrulha de “elite” este é o termo usado quando a Corte de Honra

monta uma patrulha com os melhores membros da tropa para representá-la em alguma atividade especial, normalmente esta patrulha tem um nome diferente das da tropa. CONSELHO DE MONITORES O conselho de monitores é realizado entre monitores de duas tropas ou mais podendo ser do mesmo G.E. ou de outros G.E.s masculinas, femininas ou mistas. O conselho de monitores é realizado para preparar ou avaliar, atividades entre tropas. As resoluções destes conselhos de monitores devem ser levados para aprovação das Cortes de Honra de cada tropa pois só assim terão validade. O QUE DEVEMOS FAZER ANTES DA CORTE DE HONRA O que é a pré Corte de Honra? Uma semana antes da corte de Honra se reunir, os membros da Corte devem se reunir informalmente por alguns minutos para passarem o resultado do conselho de patrulha para o presidente da Corte de Honra preparar a pauta para a Corte de Honra da próxima semana, assim também todos os membros da Corte terão tempo para ir formando sua opinião sobre todos os assuntos que serão tratados. AGILIZANDO O TRABALHO DA CORTE DE HONRA Toda vez em que se reúne todos os monitores e o chefe da tropa, isso se caracteriza uma Corte de Honra. Para um assunto que requer a aprovação da Corte de Honra, mas não seja polêmico ou complexo, reúnem-se os monitores e o chefe da seção, só para tratar de um assunto. Sendo aprovado por todos os presentes. esta decisão tem que ser lavrada na ata da reunião da próxima Corte de Honra. Pode-se também reunir informalmente os monitores com a chefia da seção para tratarem de assuntos corriqueiros da administração da tropa, sem a necessidade de convocar uma Corte de Honra ou lavrá-la na ata da reunião, da próxima Corte de Honra VOTAÇÕES Quem coloca em votação e conta os votos é o presidente da Corte de Honra. É de suma importância que, antes de um assunto entrar em votação, seja discutido abertamente, analisando todos os prós e contras, nos mínimos detalhes, tirando todas as dúvidas. Todos na Corte de Honra tem o direito e a obrigação de discutir todos os assuntos. Quando um assunto entra em votação na Corte de Honra e a contagem dos votos, termina empatada: 1º Perguntar se algum membro da Corte quer mudar seu voto. 2º Persistindo o impasse, adiar a votação no mínimo por 7 dias para que os membros da Corte reflitam. 3° Persistindo, o impasse, o chefe da tropa, deve ser o juiz dando o voto de Minerva, esta hipótese deve ser usada em último caso. 4º É aconselhável que todas as votações tenham um resultado unânime, para que demonstre as verdadeiras aspirações da tropa. 5º Quando persistir um empate as vezes é aconselhável que as partes entrem em acordo que seja razoável para as partes.

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TRADIÇÕES Toda tropa deve ter suas tradições tais como bandeira, grito, cerimônias, hino, etc assim também acontece com a Corte de Honra é aconselhável criar uma sala para a Corte de Honra e deve ficar fechada à sete chaves, ninguém deve saber o que há dentro. é dever da Corte de Honra manter todas as tradições da tropa

PRESIDENTE DA CORTE DE HONRA 1 - O Presidente da Corte de Honra representará a Tropa Sênior sempre que houver necessidade. 2 - O Presidente da Corte de Honra coordenará o conselho de tropa. 3 - O Presidente da Corte de de Honra coordenará a Corte de Honra. 4 - O Presidente da Corte de Honra com auxílio dos outros monitores, marcarão o is a local que será realizado, o conselho de tropa e a Corte de Honra. 5 -O Presidente da Corte de Honra deve preparar uma pauta antecipadamente com sugestões de todos os monitores para a Corte de Honra e conselho de tropa. 6 -O Presidente da Corte de Honra deve ter um local apropriado e decorado de acordo para realizar as seções da Corte de Honra 7 -O presidente da Cortde de Honra com o auxilio dos demais monitores são responsáveis pelo material comum à tropa,

devendo guardá-lo, limpá-lo, conserva-lo e relacioná-lo. 8- O Presidente da Corte de Honra será eleito entre os membros da Corte de Honra por voto direto e aberto, para esta função é necessário que o candidato tenha alto grau de espírito escoteiro, que seja um líder dentro da tropa e que seja bem adestrado. 9- Para um eleito assumir o cargo de presidente da Corte de de Honra terá que ter a aprovação do chefe de tropa pois o chefe de tropa poderá vetar este cargo. 10- Quando o Presidente da Corte de Honra chegar a idade de transferir-se para a próxima seção deverá preparar seu substituto pelo menos três meses antes, pois durante este período estará sendo preparado para assumir as novas responsabilidades que o cargo impõem. 11- É aconselhável que cada Corte de Honra crie uma cerimônia de passagem do cargo de Presidente. 12- O presidente da Corte de Honra é responsável por todo material das investiduras da tropa. Ser presidente da Corte de Honra de sua tropa é um privilégio e uma honra que só poucos alcançam. Quem sucede ou substitui o Presidente da Corte de Honra Quando o presidente da Corte de Honra chega a idade de transferir-se para a proxima seção ou se afasta do movimento ou não pode estar presente as reuniões da Corte de Honra, a corte deve eleger um substituto de preferência antes do atual se afastar para que ele possa ir se familiarizando e entrosando-se com as responsabilidade e obrigações que o cargo impõem. É aconselhavel haver um substituto eleito para o caso de uma falta inesperada do presidente da Corte de Honra é essencial levar em conta o espiríto escoteiro, responsabilidade, conhecimento de escotismo, esperiência, emfim tudo que possa levar a uma boa administração da tropa.

COMPETIÇÕES E PONTUAÇÕES Para um bom desempenho da tropa é necessário a competição inter-patrulhas, cabe a Corte de Honra decidir quantos pontos valerão cada item. Fica a cargo da chefia todos os detalhes para elaborar planilhas, contagens de pontos organizar as competições e vistoriá-las. Para uma patrulha representar a tropa em atividades inter-grupos é necessário ter a aprovação da Corte de Honra. Alguns itens que devem ser pontuados Presença em atividades. Garbo. Chamadas e formações. Inspeções nos cantos de patrulha. Jogos em geral. Materiais de acampamento. Pionerias em acampamentos. Qualidade de alimentação.atividades de patrulha. Atividades cívicas.

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Atividades religiosas. Algumas tropas costumam pontuar as notas escolares. Etapas de classe. Especialidade Cordões. Cabe a Corte de Honra instituir troféus, tais como: bandeirola de eficiência, mensal, anual ou melhor elemento do mês, troféus para atividades específicas. CERIMÔNIAS Estas cerimônias devem estar todas escritas no livro de atas da Corte de Honra, para que com o tempo não mudem ou se esqueçam, perdendo a a tradição da tropa. Cerimônias de chegada de um novo membro na tropa. Cerimônias de despedida de um membro da tropa. Cerimônias de Promessa. Cerimônias de graduação de monitores. Cerimônias de entrega de etapas de classe. Cerimônias de mudança de presidente na Corte de Honra ATENÇÃO ESPECIAL A Corte de Honra deve ter cuidados especiais para: Namoros, flertes, ficar e gravidez. Drogas; Aids; Homossexualismo; Segurança em atividades; Em primeiro lugar deve levar em conta a segurança; A Corte de Honra deve proibir a saída da sede de todas as patrulhas que não tiverem um caixa de primeiros socorros completa revisada e pelo menos um membro da patrulha que saiba usá-la. Os itens abaixo devem ser revisados no máximo a cada seis meses: Vencimentos dos remédios. Bulas. Manual de uso. Acomodamento dos remédios. Se todo material foi reposto.

O ESPÍRITO DE PATRULHA Como é que se consegue essa coisa tão especial que é o espírito de patrulha que faz com que todos os seus membros citam-se orgulhosos e participantes? O segredo está em fazer todas as coisas juntos e com isso, surge naturalmente o sentimento de que “todos fazemos parte”. Para chegar lá, aqui vão algumas dicas: Planejar as coisas como uma patrulha Seja o que for que a sua patrulha deseja fazer, como por exemplo, atividades externas como acampamentos, provas de classe, especialidades, uma campanha financeira, etc.. Procurem planejar com todo mundo dando suas idéias. Usem as reuniões de patrulha para isso, seja na sede da tropa, na casa de

algum membro da patrulha ou em algum lugar agradável ao ar livre. Fazer as coisas como uma patrulha Todas as atividades der sua patrulha Identificar-se como uma patrulha A unidade na tropa é a patrulha Todas as coisas que distinguem a sua patrulha das demais como por exemplo: o nome, o emblema, a bandeira, o grito, a canção, a assinatura, o código secreto. Aproveitem bem estas dicas.

COMO SE COMPORTAR EM ATIVIDADES EXTERNAS As atividades externas são uma parte importante do Escotismo. Porém, devemos sempre lembrar que, quando vamos para o meio da Natureza, NÓS somos os intrusos. Assim, devemos agir de forma a causarmos o menor impacto possível ao meio ambiente. Abaixo, vão alguma dicas de como usufruir das coisas boas que a Natureza nos oferece, com respeito carinho para com as coisas que nos cercam.

FOGUEIRAS: Quem não gosta daquela conversa ao redor de uma fogueirinha? Acho que todos nós, mas hoje em dia devemos evitar fazer fogueiras, pois cada vez mais o número de pessoas que praticam atividades ao ar livre aumenta, e se todos fizerem aquela fogueirinha, vamos acabar destruindo uma grande área verde, seja pra tirar lenha ou com incêndios. Isso sem contarmos que o fogo espanta qualquer animal do local. Em alguns lugares o problema com lenha é tão grande, que gera depredação, como é o caso do abrigo do Terreirão, no Parque Nacional do Alto Caparaó, que teve seu assoalho, janela e forro destruídos pela ação de vândalos em busca de lenha. Vamos utilizar os fogareiros e deixar as fogueiras para os casos de emergência.

ATALHOS: Os atalhos devem ser evitados, pois degradam muito e acabam se transformando em erosão devido a ação da água. A distância economizada é muito pouca, comparada com o impacto causado pelos atalhos que dificilmente serão fechados. Portanto, evite os atalhos e, nas trilhas, procure andar em fila indiana, pois o impacto é menor.

LAVANDO A LOUÇA: Procure não utilizar o rio para lavar sua louça. Uma sugestão é raspar todo o resto da panela no lixo, pegar água numa panela, mesmo que suja, e se afastar bastante do rio. Com a água da panela, você poderá ensaboar toda sua louça (procure utilizar sabão neutro; jogar um pouco de areia e esfregar com as mãos ajuda a tirar a comida grudada na panela). Depois é só pegar mais água e enxaguar tudo. Lembre-se de não deixar nenhum resíduo, nem mesmo espuma. Se for necessário pegue mais água e jogue no local.

ESCOVANDO OS DENTES: Como no parágrafo acima, tente pegar um pouco d'água e se afastar do rio, escove os dentes e utilize bastante água na hora de enxaguar a boca. Procure utilizar pouco creme dental, cuspir na grama e no mesmo lugar; com o que sobrou da água, jogue no local onde você cuspiu. Desta forma você não deixa nenhum resíduo aparente.

BARULHOS:

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É muito comum nos lugares mais acessíveis aquela gritaria desagradável ou aquele som alto. Acho importante alertar que o barulho também é uma forma de depredação da natureza, que afugenta os animais e quebra toda a tranqüilidade do local, além de ser uma grande falta de respeito com o próximo. Se você quer escutar música leve um walkman, e se quer fazer gritaria, vá para um estádio de futebol! Lembre-se que ninguém é obrigado a gostar da sua música ou a ouvir seus gritos.

ANIMAIS E PLANTAS: Os animais e as plantas fazem parte de um ecossistema local e onde cada um tem um papel importante, portanto devem ser apenas apreciados e fotografados.

LIXO: Uma regra para todo excursionista e amante da natureza é: TUDO QUE VAI, VOLTA. Todo o lixo deve ser trazido de volta até mesmo o papel higiênico, que pode ser colocado em duas sacolinhas. Até mesmo o que fazer com as fezes já está sendo discutido no meio excursionista; pode parecer engraçado mas é um tema importante, ainda mais quando falamos em alta montanha, onde a decomposição é quase nula. Em regiões como aqui no Brasil eu sugiro apenas cobrir com folhas e terra. Também é bom lembrar que devemos fazer nossas necessidades a, no mínimo, 100 metros de qualquer rio ou nascente. Colabore, não traga apenas seu lixo, tente trazer todo lixo que for possível. Nas caminhadas é bom deixar um bolso da calça ou da mochila separado para aqueles lixinhos como papel de bala, chicletes, etc... Os fumantes podem levar uma embalagem de filme fotográfico no bolso para utilizar de cinzeiro

DICAS PARA JORNADAS

Em todas as jornadas todo o material deve estar alojado dentro da mochila.

JORNADAS Durante as jornadas esteja preparado para tudo, chuva, garoa, ventos, de –7º a calor de 45º, mormaço escaldante, não lute contra a natureza e sim integre-se a ela.

PARADAS Durante a jornada caminhe uma hora e pare por dez ou quinze minutos, na terceira parada descanse por trinta minutos e assim sucessivamente até o fim do percurso, ( padrão militar). Com tempo frio diminua o tempo das paradas para 3 ou 4 minutos para não esfriar os músculos, e aumente o numero de paradas.

ROUPA DA JORNADA Uniforme completo com cobertura, em geral é muito bom para caminhadas mas em alguns casos é melhor com bermudas, ou uma calça de moletom de cotom, e meião escoteiro por cima, chapelão, boné ou ainda amarrar um lenço na cabeça para evitar que o suor caia nos olhos.

MOCHILA A mochila deve ser nylon com encosto de fibra ou armação com cinta e bolsos externos tipo cargueira com no mínimo capacidade de 75 litros, a montagens da mochila á muito importante, comece colocando no fundo o saco de dormir, ponho, a roupa de reserva, no centro coloque as panelas o prato envolva-os com parte da barraca, em seguida a alimentação o cantil, etc, deixe os bolsos para materiais que possam usar durante a jornada se tiver que levar as varetas da barraca coloque-as dentro da mochila em um canto. Todo material colocado na mochila deve ser alojado dentro de sacos plásticos. Cuidado com o ajuste da mochila ela deve ficar bem encaixada no corpo, evite levar coisas penduradas por fora, pois podem enroscar facilmente, ela deve ficar no máximo com 1/3 do seu peso.

SACOS DE DORMIR De tamanho ideal para dormir à vontade sem aperto de preferência com sacola de compactar, existem sacos impermeáveis que suportam temperaturas de ate –10 º, é aconselhável levar um isolante para que o saco de dormir não fique úmido e haja um maior conforto ao dormir pois em jornadas o descanso e essencial.

CAPA DE CHUVA E indispensável para todas as atv externas, existem modelos tipo poncho mais resistentes, ou mesmo aquelas simples tipo estádio, em ultimo caso usar um saco de lixo com 3 furos, para as mochilas que não forem impermeáveis existem capas próprias.

CANTIL

Nunca esquecê-lo, existem muitos tipos de cantis, os aconselháveis são os térmicos leves e que não atrapalham de lona tipo dromedário para transportar dentro da mochila com capacidade mínima de 3 litros.

SAPATOS Os sapatos para caminhada devem ser usados, confortáveis e de solado aderente de preferência a prova de d’água e que protejam os tornozelos tipo montanha, levar um par de sapatos de reserva ou os que esta usando de total confiança. Nunca caminhe com os pés molhados ou úmidos sempre com os pés secos e hidratados só assim não criarão bolhas, sempre cortar as unhas bem curtas. Use no mínimo 3 pares de meias se as meias molharem troque-as e isole a umidade do calçado com sacos plásticos.

AGASALHO O agasalho deve ser de nylon tipo jaquetão, pois protege bem do frio e do vento, não esqueça das luvas de couro.

FACA Uma faca tipo escoteiro é o suficiente, não há necessidade de nada grande e pesado, em muitas jornadas dependendo do terreno um canivete e o suficiente.

MATERIAL DE HIGIENE Uma toalha de rosto, escova de dentes, um sabonete e um creme dental para cada grupo de 6 e o suficiente, nunca esquecer sacos de lixo e papel higiênico.

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ROUPA DE RESERVA Poncho 3 pares de meias, 1 calça de moletom de cotom, 1 camiseta, uma troca de roupa de baixo. Para locais frios minhoca, meias de lã, camisa de flanela, calça de nylon.

ILUMINAÇÃO Para caminhadas curtas pode-se levar um lampião descartável, mas para as longas uma lanterna de duas pilhas basta, existem lanternas de colocar na cabeça que são muito práticas, não esqueça de levar lâmpada de reserva e pilhas.

REMÉDIOS PESSOAIS Nunca esquecer hidratante para os pés, hipoglós ou drenisom n, para assaduras, uma pomada antialérgica, óculos escuros, repelente de mosquitos, hidrafil ou manteiga de cacau para que os lábios não rachem no frio, todos os remédios alojados em saco tipo zip em local de fácil acesso.

DOCUMENTOS Documentos pessoais, passagens, dinheiro, etc devem ficar dentro de um saquinho tipo zip no bolso do uniforme ou na pochete.

MATERIAL DE ALIMENTAÇÃO Prato plástico ou alumínio e uma colher é o suficiente, para longos percursos, a caneca é substituída pelo cantil e o garfo e dispensável.

MATERIAL COMUM A TODOS OS PARTICIPANTES Dividir o material igualmente entre todos os participantes. Uma barraca iglu para cada três. Um toldo 3x4. Lampião descartável ou a carbureto. Fogareiro descartável e refil para cada alimentação. Uma panela Para trilhas perigosas cordas, cadeirinhas, mosquetoes, etc. Caixa de 1º socorros completa, sacos hipodérmicos.

ALIMENTAÇÃO À alimentação deve ser estudada minuciosamente para cada tipo de atividade, o cardápio deve ser apropriado para o clima mas deve ser bem dosado para alimentar, sustentar e não pesar no estômago.

Para caminhadas longas e aconselhável comer algo a cada duas ou três horas, mastigar chiclete, balas de goma chocolate, uva passa, bananinhas, são muito boas pois tem alto teor de potássio (evita as caimbras), certos alimentos ajudam a passar a sede e dão animo.

Algumas sugestões:

Para jantar o sopão tradicional, arroz com salsichas em lata, miojo com almôndegas em lata , um chá quente e umas pipocas é bom para encerrar a noite.

Almoço, um lanche reforçado e leve, coloque em tupperware queijo tipo provolone, salame, copa, bacon, etc cortado bem pequeno, algumas pessoas

gostam de pão tipo italiano pois este dura dias embrulhado em celofane ou papel alumínio.

Obs: Para longas caminhadas não se deve levar nada fresco ou dentro de geladeiras, leite em caixinhas, garrafas de refrigerantes, salgadinhos, pão fresco ou de forma, nada que amasse, estrague ou azede, para levar sal, óleo, temperos, etc, tubos de filmes fotográficos são ótimos.

MAPAS A patrulha deve levar mapas de todo o percurso, material para mapear o caminho, panfletos ou materiais informativos do local, saber os locais de apoio, pontos de informações próximos , telefones mais próximos, etc, enfim tudo que possa ajudá-lo na jornada e nunca esquecer de agradecer qualquer pessoa que o ajude por menos que for a ajuda ou informação.

NECESSIDADES FISIOLÓGICAS Quando não houver banheiro, fazer um local reservado e distante de cursos de água, sempre tomando o cuidado de cobrir para evitar contaminação, doenças e mau cheiro.

LIXO Sempre levar de volta e quando possível juntar o lixo que outros deixaram para trás, contribuindo assim para a despoluição da natureza, evite levar garrafas de vidro pois o vidro não é um material biodegradável.

ACAMPAMENTOS Procurar um local em que sua instalação cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Não abrir novas clareiras. Evitar de fazer valetas em volta da barraca ou fogões de trincheira, não cortar vegetação, evitar ao máximo fazer fogueiras pois o risco de incêndio e muito grande em algumas áreas leva a degradação da vegetação local prejudicando o equilíbrio da natureza.

ATENÇÃO ESPECIAL Nunca levar nada que não for essencial para jornadas, apos algumas horas de caminhada 1 grama pesa 1 kilo. Atenção, com o suor se da a perda de potássio, podendo vir a dar cãimbras, para repor o potássio, coma alimentos salgados, ou um pouco de sal, pode ser substituído por tabletes de caldo em cubos mastigados aos pedacinhos ou como caldo para aquecer. Mantenha as mãos sempre livres. Nunca corra riscos que não forem estritamente necessários. Deve-se sempre andar na velocidade do mais lento, nunca deixar ninguém para traz. Atenção para que no inicio da jornada não sair em disparada, manter um ritmo constante e o correto para chegar ao final. Andar sempre em fila indiana separados aproximadamente 2 metros um do outro. Em estradas ande sempre do lado esquerdo da pista. Nunca invada propriedade particular. Compras de material Antes de comprar materiais de jornadas, pesquise bem, veja em primeiro lugar a qualidade pois materiais de má qualidade podem deixá-lo em grandes dificuldades na hora que mais precisar, antes de comprar consulte lojas especializadas. Aproveite bem estas dicas que poderão tirá-lo de muitas dificuldades.

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As grandes aventuras estão aí, aproveite-as.

MANUAL DO MONITOR Você que pretende ser monitor ou que já é, este manual irá lhe ajudar a entender um pouco mais, definir algumas atitudes deste cargo tão importante e um dos mais cobrados. Você está em uma idade de mudanças e terá, que além de se encontrar, ajudar os elementos à encontrarem o seu caminho. É por isso que o cargo de monitor é tão difícil pois você terá que ajudar outras pessoas e a você ao mesmo tempo, sendo que algumas vezes terão o mesmo problema. A função deste manual é apenas para consulta, para ajudar e ensinar algo diferente “de um ex-monitor diretamente para um monitor”. Ele servirá quando você tiver alguma dificuldade ou quiser um conselho, pois neste caso será muito útil, tendo nele dicas, lembretes e fatos que aconteceram na minha tropa comigo e com outros monitores. Eu sei que você irá ler algumas coisas e não irá pôr em prática. Mas ficarei feliz se pelo menos tentar usar a maioria e observar como é verdade, pois muitas já passei e aprendi fazendo. E você sabe como é, só aprendemos quando “apanhamos” e só assim percebemos que era verdade e não esquecemos nunca mais da lição.

Não pense que com esse manual, você já irá ser um monitor e não irá precisar do seu chefe. Pelo contrário, a

função do Chefe é fundamentalpara a

sua formação como bom

monitor, você nunca será monitor sem a ajuda do seu chefe. “ Os que forem á frente tem obrigação de orientar os que vem atrás” Autor desconhecido As Sete Normas... As seis palavras mais importantes “ADMITO QUE O ERRO FOI MEU” As cinco palavras mais importantes “VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO” As quatro palavras mais importantes “QUAL A SUA OPINIÃO” As três palavras mais importantes “FAÇA O FAVOR” As duas palavras mais importantes “MUITO OBRIGADO” A palavra mais importante “NÓS” A palavra menos importante “EU”

Antes de você ler o resto é bom saber o que é um monitor. O monitor é um membro eleito por sua patrulha, no Conselho de Patrulha, para ser o líder dela. O Monitor deverá ser o melhor elemento e/ou aquele que se destaca em conhecimentos e liderança. O Monitor dirige SEMPRE: nos jogos, nas atividades, nas tarefas a serem cumpridas, nas provas de etapas, nos acampamentos e sempre que a patrulha estiver em atividade. Dirige na qualidade de líder da patrulha, sendo o Presidente do Conselho de Patrulha, gerenciando a vida da patrulha, atribuindo funções e avaliando o desempenho de todos. Como líder da patrulha participa da Corte de Honra, sendo a voz com direito de voto da Patrulha no órgão máximo de direção da Tropa. “Um líder não se improvisa, um líder se cria” Ser monitor não é ser “aquele que leva o bastão” ou “aquele que sabe mais que os outros”. Ser monitor é ser um líder a serviço da patrulha, aquele a quem todos ouvem e respeitam. Aquele que ajuda todos os membros da patrulha a atingirem suas metas, sem esquecer de ninguém, agindo sempre com “justiça e honestidade” Por ser o líder da patrulha, é responsável por todos os atos dela. Perante a chefia, monitores e demais membros. O monitor é responsável pela orientação de seus seniores e cabe a ele fazer com que todos trabalhem afinados e em prol da patrulha. O monitor deve dizer : "Nós trabalhamos" e não "eu trabalhei" "Nós vencemos" e não "eu venci"

Eu sempre brinquei com alguns, para entenderem um pouco da divisão da tropa.

Com um time de futebol, vôlei,... Podemos ter uma noção. Os elementos são os jogadores e o monitor o capitão que possui o dom da voz de liderança e respeito perante os demais. E a chefia seria o técnico que está sempre com eles comandando os jogadores e direcionado-os por onde é mais seguro e confiável caminhar para o sucesso (pois possuem conhecimento e já passaram por isso), mesmo não podendo entrar em campo (participar das atividades). “ A diferença básica entre um homem comum e um guerreiro é que um guerreiro torna tudo como desafio, enquanto um homem comum torna tudo como bênção ou como castigo” Autor desconhecido

Tenha certeza que muitos já se questionaram, o porquê de ser Monitor. E você que é monitor ou que irá pegar a monitoria, já se fez e conseguiu uma resposta simultânea ?. É muito difícil

definirmos assim diretamente, mesmo depois de ter saído da monitoria já ha algum tempo. Fica difícil definir o sentimento e a vontade que tive e que você espero que tenha pois são internas e portanto difíceis de aflorar de nós em palavras. Mas tentarei separar por épocas de monitoria e seus diversos pensamentos: os novos, os velhos seniores, os que já foram

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monitor e principalmente os que irão assumir o cargo ou que estão nele. Os novos, por não saberem o que vão fazer como monitor e como irá ser. Tudo é novidade, mesmo eles já tendo sido monitores no ramo escoteiro. Os velhos, são aqueles que sabem a cobrança que é imposta ao monitore no final da sênior querem a menor preocupação e responsabilidade possíveis. Não querem pegar funções, para não se aborrecerem. Onde pessoalmente acho errado, quem não quer pegar responsabilidade é porque tem medo de não conseguir exercer a função e acho que temos que vivênciar o ramo até o último minuto. O ex-monitor por saber a dor de cabeça que é ser monitor e que por algum motivo não foi bem sucedido no cargo, mas entende bem o porquê de ser monitor. Mas quem sabe este ex-monitor possa assumir de novo o cargo e tentar mais uma vez. E principalmente o sênior que irá assumir o cargo ou o que já está nele, fica difícil dizerem o porquê de estarem neste cargo. Mas o importante é que você esteja feliz por dentro e satisfeito com sua liderança, amizade, adestramentos e com a confiança depositada em você e que você depositará nos demais, mesmo tendo muitas cobranças, aborrecimentos, etc. As vantagens para quem gosta e tem prazer em ser monitor é ajudar os novos, fora algumas regalias que só o monitor possui, como acampamentos para graduados, adestramento avançado, participar da Corte de Honra, etc.

Irei tentar descrever um pouco do que o monitor deverá ter, ou com o tempo adquirir, pois ninguém nasce com todas as virtudes e como terão de aprender a té-las e conquista-las. E nunca se esqueça de ser você mesmo. Ser dedicado para com a sua patrulha. Uma boa patrulha começa com um monitor dedicado em adestrar e comandar sua patrulha. Terá que ter muito espírito escoteiro, ele deve saber comandar e cobrar sem desrespeitar seus elementos. Saber ensinar o que sabe e passar as instruções dadas pela chefia. Enfim, ser mais um membro da patrulha, só que, com a responsabilidade de não deixa-la, pois ele é a sua “alma”. Saber lidar com todos os membros da patrulha, saber lidar com a chefia, saber ouvir e saber o que falar e em que hora falar. Saber solucionar os problemas de forma a ser o melhor para toda patrulha. De preferência ser o mais adestrado, pois assim ele poderá adestrar os demais e mostrar confiança e conhecimento. Ter sempre uma opinião sobre tudo, ser flexível ás opiniões dos demais e saber explicar a solução tomada para o problema. Criatividade para expor seus conhecimentos e lidar com membros da patrulha. A chefia sempre propõe tarefas que exigem muito do monitor, como a criatividade, imaginação e respostas rápidas. Ser amigo dos elementos que confiam em você e você também terá que demonstrar confiança neles. Além de monitor você é um conselheiro que poderá ajudar na vida deles como amigo e poderá ajudar com problemas pessoais. Humildade para justificar-se quando está errado.

Sempre zelar pela união da patrulha e esclarecer os problemas internos. Ser aquele que nas horas difíceis de superar a barreiras é o primeiro a tentar superá-las, dizendo: “Se eu consigo, vocês meus elementos irão conseguir” Se por no lugar dos elementos, antes de exigir algo e cobrar. Assim você irá perceber se está cobrando muito ou pouco deles. Um elemento não é igual a outro, não esqueça disso ! Pense em preparar outros elementos para ser monitor, um dos papeis do monitor é iniciar o dom daqueles que gostariam de ser monitor, adestrando e ensinando-os para serem um dia. Você nunca será monitor para sempre. Existem muitas outras coisas que com o tempo você irá descobrir sozinho, pois a vida de um monitor é um aprendizado.

Importante Nunca abandonar a patrulha nas horas

difíceis, pois senão a patrulha irá perder totalmente a confiança em você, porque se você a abandonou 1 vez, quem dirá que não fará outras vezes.

Sempre falei que ser monitor é para

poucos, que é só para aqueles que durante sua vida escoteira tiveram a oportunidade de cultivar esse Dom, muito difícil de se encontrar hoje em dia. Quem sabe você tenha ? Eu dizia para aqueles membros da tropa que adoravam criticar os monitores, que seria bom todos passarem um dia que fosse, para sentir o que é ser monitor e assim eles poderiam compreender melhor este cargo e pensar antes de criticar. “Liderar não é impor, mas despertar nos outros a vontade de fazer.” Autor desconhecido O que um monitor terá que ter e aprender a ter Você deve imaginar após ler, que o monitor terá que ser uma pessoa perfeita. Longe disso, ele terá que ser um membro normal, mas com qualidades que poucos terão como ele. Auto - Controle Companheirismo (ser amigo) Comunicativo Conhecimento escoteiro Disciplinado Espírito de Equipe Espírito Escoteiro Estar sempre Presente Estar sempre se Adestrado e adestrar Força de vontade Garra Humildade Honestidade Liderança Paciência Respeito para com todos Responsabilidade

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Saber Ouvir Ser Alegre Ser Esforçado Ser Justo Ser Criativo e ter pensamentos Rápidos Voz de comando CUMPRIR a LEI ESCOTEIRA e seus ARTIGOS Obs.: Freqüentemente acontece de alguns monitores deixarem que o poder da monitoria suba a cabeça usando-o de forma errada e então, começar a maltratar os demais. E não esquecer que você é um deles e não tem o direito de pensar que é mais que alguém. A Promessa e Lei: “A promessa é muito difícil de se cumprida, mas é muito séria e importante e ninguém será realmente escoteiro se não fizer o melhor possível para viver de acordo com a promessa que fez. Como você está vendo, escotismo não é apenas divertimento pois também exige de você uma série de obrigações, mas eu sei que posso confiar em você e que fará o que for humanamente possível para cumprir com a promessa escoteira”. B.P. (Escotismo para Rapazes) “Nunca ande por caminhos já traçados, pois eles conduzem somente até onde ou outros já foram” Autor desconhecido OS DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS 1. FALE com as pessoas. Não há nada tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”. 2. SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos da face para chorar e somente 14 para sorrir. 3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome. 4. SEJA AMIGO e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo. 5. SEJA CORDIAL. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo o prazer. 6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém, você não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. SEJA GENEROSO em elogiar. CAUTELOSO em criticar. Os lideres elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros. 8. SAIBA CONSIDERAR os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro, dar confiança e elevar os outros. 9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: saber ouvir aprender e elogiar.

10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. “ISSO TAMBÉM É QUALIDADE. É QUALIDADE DE VIDA”

Ser monitor, não quer dizer ter todas as qualidades, é ser uma pessoa absolutamente igual as outras, as características pessoais não são tão importantes. O mais importante é o papel que está reservado dentro da patrulha.

1° Estar sempre presente, acompanhar muito de perto toda e qualquer atividade, cuja liderança lhe foi confiada, porque sua presença é ponto importante para que haja a necessária convergência de esforços. É uma qualidade a característica da sua assiduidade. 2° Manter uma atmosfera adequada ao andamento dos trabalhos significa que todos se sintam bem trabalhando, sem estarem pressionados e que transcorra o trabalho normalmente. Diria que o monitor tem que ter bom humor. 3° Reconhecer as capacidades e as limitações de cada um dos integrantes da patrulha é a única forma de direcionar cada um para a tarefa mais adequada e de orientar cada um no sentido de buscar seu autoaprimoramento. Basta para o monitor compreensão. 4° Conquistar a confiança está diretamente relacionada ao empenho do cumprimento de tarefas e os resultado das tarefas alcançadas pela patrulha, devem depositar no monitor uma grande dose de confiança, a qual deve ser conquistada por ele. Esta função poderia ser associada a uma característica que alguns definem como confiabilidade. 5° Colocar os interesses da patrulha acima de interesses menores, isto é, dedicar-se, sem exagero. Não são raros os monitores que interpretam erroneamente o significado da característica dedicação, que se associa a esta função e caem no exagero de colocar os interesses da patrulha acima de qualquer outro, o que trará prejuízos a si próprio e aos demais integrantes. 6° Estar disponível, nos momentos que a sua patrulha necessitar, sem buscar desculpas para fugir de suas responsabilidades. A disposição é a característica que pode se associar a esta função. 7° Cooperar para o sucesso da patrulha, não se limitando em só mandar, mas também pôr a “mão na massa”. Um monitor que se considera muito importante e acima dos demais e para não prejudicar a sua imagem de autoridade, demostra mais preocupação com a honra do cargo do que com legítimos interesses da patrulha. A função pode, igualmente, ser associada a uma característica: o espírito de cooperação. 8° Não dar colher de chá, sem grosserias, sem exigências absurdas, respeitando as limitações de cada um dos integrantes da patrulha, agindo sempre com cortesia e educação, marcando suas atitudes pela ponderação e pelo bom senso, o monitor não descuida de sua função principal, a de levar a patrulha até o objetivo final. Esta função está associada normalmente a uma característica que alguns identificam como firmeza.

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9° Reconhecer que não é o tal, que esta, como qualquer pessoa, sujeito a erros e limitações, que não é o sabe-tudo nem o dono-da-verdade. Em lugar de impor à patrulha suas decisões é função do monitor escutar a patrulha, na certeza de que todos os elementos querem, tanto quanto ele, que a patrulha alcance o sucesso. O exercício desta função está intimamente relacionado com a humildade. 10° Organizar os esforços da patrulha; as dificuldades para realizar as tarefas aumentam assustadoramente a medida em que aqueles que vão realizá-las não se organizam para o trabalho. Como a pessoa que se propõe organizar o trabalho da patrulha precisa, ela mesma, agir de forma ordenada, uma característica do monitor que não pode ser esquecida é a de organização. 11° Ouvir queixas, reclamações, ponderações e sugestões, acatando e buscando soluções para as que forem aparecendo e descartando as demais, sem ferir aquele que as apresenta e sem permitir que as mesmas interferem com o andamento do trabalho. Essa é uma função que pode ser feita porque tem a característica da paciência. 12° Cumprir e fazer cumprir os horários estabelecidos, está é uma função bastante simples, pois depende apenas de exercer uma virtude que não pode ser separada da boa educação, apontualidade. Estas funções não foram citadas em ordem de importância, pois todas são igualmente importantes. Estas características: assiduidade, bom humor, compreensão, confiabilidade,dedicação, disponibilidade, espírito de cooperação, firmeza, humildade, organização, paciência e pontualidade. As características citadas são qualidades que, seguramente, encontramos em todo verdadeiro Escoteiro, não exigem, portanto, que um Monitor seja alguém tão especial. Muitas outras características poderiam ser citadas, mas a principal função capaz de englobar todas aquelas que já citamos, além de muitas outras que ficaram fora da lista é dar o exemplo.(leia Cap.5 pág.25 ) É pesado o encargo que repousa sobre os ombros de um Monitor. Toda ajuda lhe é necessária, principalmente aquela que lhe vem do Monitor dos Monitores. Em suas orações diárias e em todos os momentos de sua vida, o Escoteiro rende suas graças Àquele que vela por nós todos e permite ao Monitor velar por sua Patrulha. “Dica para Graduados- Osny Câmara Fagundes”

Para ser monitor, não basta saber mais que os outros ou mesmo ser mais forte que os outros, é preciso acima de tudo, ser um exemplo para os seus comandados. Sendo assim, é necessário que você, como

monitor, esteja preparado para enfrentar todas as obrigações que o cargo exige. Como líder da patrulha, deve propor sempre novas idéias, originais e interessantes, para que sejam executadas pelos seus membros, cativando-os e ganhando o respeito de todos.

Ser um líder é ser o exemplo SEMPRE !!!. Pois o que você fizer, mesmo estando errado, ele irão ver como uma postura correta. A patrulha é o retrato mais fiel do seu Monitor, porque se identifica com ele, admira suas atitudes e pretende se esforçar para copiá-las. Uma vez feita a escolha, o mais importante dever do escolhido é aprimorar aquelas características que despertaram tal sentimento na Patrulha pois, melhorando a si próprio, o Monitor estará levando toda a Patrulha a melhorar. Deve dar o exemplo vivendo o ideal escoteiro. Para ser o exemplo vivo, deves ser justo e honesto. Um valor técnico: Todas as etapas e especialidades a teu alcance, deverás conquistá-las. (assim despertando vontade dos elementos de fazer o mesmo). Elas não servem para enfeitar, mas sim para aumentar o seu grau de conhecimento. É indispensável que seus elementos tenham certeza de que contigo, estarão seguros. Um valor intelectual: "O que fazes agora com o sênior, será a base do que farás amanhã". "Não duvide que para teres mais, terás que dar mais". Um valor moral: Considere que "teu próprio caráter não tardará em refletir em cada um de teus rapazes". Teus elementos imitarão tuas qualidades, mas também teus defeitos. Por fim há três virtudes que o monitor tem que ter: franqueza, energia e abnegação. Fraqueza: uma atitude correta, verdadeira e leal. Energia: a imagem da energia é espada de aço, pois bem temperada resiste a todos golpes. A energia não é o resultado de um minuto de exaltação, senão o fruto de um treinamento contínuo ao longo dos dias, formado por uma série de esforços e hábitos. A energia te ajudará a ser otimista. Abnegação: "em antes de ter dado tudo, não se deu nada”

Dirija seus elementos mostrando-lhes como fazer e não fazer por eles Porém distintivos não bastam. O exemplo pessoal é muito importante. MENSAGEM DE B.P. “Quero que vocês monitores, entrem em ação e adestrem as suas patrulhas inteiramente sozinho e à sua maneira, porque para você é perfeitamente possível pegar cada rapaz de sua patrulha e fazer dele um bom camarada, um verdadeiro homem. De nada vale ter um ou dois rapazes admiráveis na patrulha e o resto não prestando para nada. Vocês devem procurar fazê-los todos positivamente bons. Para conseguir isso, a coisa mais importante é o próprio exemplo, porque o que você fizer, os seus elementos também farão. Mostrem a todos eles que vocês também sabem obedecer ordens dada, sejam elas ordens verbais ou regras que estejam escritas ou impressas e que vocês cumprem ordens, esteja ou não o chefe presente. Mostrem que conseguem conquistar distintivos de especialidade e, com um pouco de persuasão, os seus rapazes seguirão o seu exemplo. Mas Lembre-se que vocês devem guia-los e não empurrá-los". ALERTA:

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“O que fizer, eles farão igual”. Eles terão em você a forma perfeita de ser sênior. Isso principalmente é para você monitor que já está um bom tempo no cargo e está cheio de vícios errados que são difíceis de mudar e você acha que é a forma certa de ser. Com certeza após um tempo perceberá que estava errado. Então é bom você parar e pensar um pouco nas conseqüências dos seus atos. Seus elementos estão sempre lhe observando. Mesmo sendo coisas mínimas, como se pendurar em coisas, brincar na hora errada, falar palavras indevidas, etc. E não esquecer dos elementos que estão entrando direto na sênior e não sabem nada do movimento, irão fazer de você um puro espelho de um sênior. “Uma grama de seu exemplo, valerá mais do que uma tonelada de conselhos.” Autor desconhecido “Nada é mais perigoso que um bom conselho acompanhado de um mau exemplo.” Autor desconhecido

Não existe muita regra para isso, pois você monitor terá que criar seu próprio jeito. Tem algumas coisas que poderão ajudar. Umas das mais importantes: Apresentar idéias originais e planos cheios de iniciativas, que

serão entusiasticamente postos em execução pelos seus irmãos escoteiros; É conhecer os pais de todos os elementos da patrulha;

Saber onde trabalham ou estudam os elementos; Conhecer quais são as suas esperanças futuras na vida e quais as oportunidades que esperam encontrar.

Saber dividir a hora de descontração e a hora de seriedade. Pois você monitor poderá as vezes confundir estes momentos e a sua patrulha fará o mesmo e futuramente não irão saber distinguir quando está falando sério e quando esta

brincando.

O Submonitor é um jovem escolhido pelo monitor com consentimento da chefia. Como assistente do monitor, este deve estar adestrado e com conhecimentos parecido com o do monitor, pois terá que estar pronto para assumir o posto na sua ausência. Ambos dividem a administração da patrulha, cabendo ao Monitor delegar-lhe as funções que deverá dar conta. Você monitor terá que observar bem seus elementos. Você deve imaginar que é um simples cargo que fica lá trás e você imagina que nunca estará ausente. Pelo contrário, você nunca sabe o amanhã e terá que preparar uma pessoa para assumir seu cargo. Entra aqui seu papel de monitor em escolher alguém apto para

substituí-

lo temporariamente e no futuro definitivamente. É uma escolha aparentemente fácil, pois é só colocar qualquer um lá, mas com o tempo perceberá que é difícil. E uma vez escolhida será mais difícil mudá-la. Para a Chefia Como monitor, você desfruta de algumas regalias que não são oferecidas à tropa. Reuniões especiais de adestramento, sejam semanais ou mensais, participação na Corte de Honra, adestramento mais elevado, etc. Porém estes privilégios também significam "RESPONSABILIDADE". Então ao receberem um tratamento "especial", que vocês trabalhem duro para liderar e conduzir as suas patrulhas. A chefia deposita muita confiança em você, pois ela sabe que precisa de sua ajuda para adestrar elementos. E cada vez que você faz algo bom e desempenha seu cargo ao nível adequado, a chefia irá depositar muito mais confiança em você. Eles irão desempenhar muito melhor o cargo deles. Para os Elementos O monitor tem um papel fundamental para seus elementos. Eles depositam muito confiança e espelham neles o que vêem em você. É raro uma patrulha que seja tão diferente do seu monitor, (só se ela estiver em conflito), isso poderá acontecer se você sair muito do ideal do escotismo, ramo e do seus elementos. Algumas vezes o monitor terá que observar, que poderá haver patrulhas diferentes (conjunto de elementos), onde terá que procurar modos diferentes de monitorá-las. Caso não se adeqüe a essa patrulha, ele poderá perder o controle, querendo aplicar o sistema em certos elementos, inaplicáveis. Mas não esqueça, se você conquistar a confiança da forma natural (dando tempo ao tempo), você já terá dado um grande passo. E não esqueça, você é uma peça chave na sua patrulha e para a

chefia. Eles dependem muito de você e, claro, você depende e terá que confiar muito neles também.

Os elementos não querem só “o monitor”, aquele líder que manda, etc. E sim uma amigo, conselheiro, que procura harmonia, mantém sempre o ambiente alegria. "A coisa mais importante para um monitor,

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É a confiança que os elementos depositam nele." ACT

A patrulha é a unidade no escotismo, seja para o trabalho, jogos ou divertimentos, seja disciplina ou dever. Formada por jovens, liderada por um deles, o Monitor, que é o responsável direto pela "vida" da patrulha. Como unidade autônoma a patrulha pode até desenvolver

suas atividades independentemente da tropa, cabendo ao Monitor zelar pela disciplina, adestramento e camaradagem entre seus membros. Cargos O monitor poderá designar para seus elementos, assim distribuindo tarefas e responsabilidades: Escriba (sede): Escrever as atas e demais documentos, ter espírito de observação para poder relatar fatos. Almoxarife (sede): Ter inventário de todas as propriedades da patrulha. Armazenar e manter sempre limpo e em ótimo estado de uso os materiais da patrulha, como ferramentas, panelas, lonas, etc. Tesoureiro (sede): Finanças da patrulha, Deve possuir um caderno de finanças organizado e ser um pouco "cara de pau" para cobrar os membros. Enfermeiro (sede e campo): Ter conhecimento de primeiros socorros e manter a caixa de primeiro socorros em bom estado e sempre com medicamentos no prazo de validade. Cozinheiro (campo): Cozinhar as refeições da patrulha, é preciso aptidão e organização. Lenhador (campo): Saber manusear ferramentas de corte e saber cortas as devidas arvores no acampamento. Senso de conservacionismo. Saber o que corta, para não destruir o que não será útil depois. Aguadeiro (campo): Responsável por buscar água. Sempre irá manter o campo com água potável. Intendente (sede e campo): Será responsável por buscar coisas e saber onde será colocado e guardado. Cuida de todo material. Guardiões das tradições da patrulha (sede e campo): Mantém vivas as tradições, lendas, costumes, canções. Essa é uma tarefa que o monitor poderá realizar, pois sempre poderá manter em pratica. Obs.: Outros cargos poderão ser criados, de acordo com a necessidade da patrulha. O importante é não sobrecarregar ninguém com excesso de funções, principalmente você.

Fique muito atento para quem você atribui um cargo incompatível com as

habilidades e vontade do elemento, pois ele irá fazer além de mal feito, com má vontade.

Obs.: De preferência, o monitor não deverá ocupar nenhum cargo fixo (principalmente em campo), pois ele já é o monitor e com isso terá que observar e ajudar toda a sua patrulha, onde isso já uma responsabilidade e tanto. Experiência de um ex-monitor. “Buscando o bem de nossos semelhantes, encontraremos o nosso” Autor desconhecido Coisas que a patrulha poderá ter: Canto de Patrulha (lugar íntimo, onde a patrulha se sinta a vontade, só visitado por seus integrantes e convidados); Caixa de patrulha, para guardar materiais; Carimbo; Bandeira; Canções e Gritos; Tradições; Camisetas, Agasalhos, Roupa de Campo, Bonés, Anéis personalizados. Totem; Álbum de fotos; Mensalidade da patrulha (para fazer coisas da vontade da patrulha, outra forma de arrecadar fundos financeiros); Jornal (na sede e nos acampamentos, Fatos que ocorreram e noticias); Quadro de Etapas (mostrar o adestramento, assim incentivando os elementos) Página na Internet; Etc.; Jornal: O jornal da patrulha é um bom elemento de união, pois além de unir a patrulha para trabalhar, une a tropa através de noticias, comentários, humor, fatos, conhecimentos, conquistas dela e dos elementos, avisos. Ele pode ser exposto em forma de mural assim facilitando o custo e também pode ser feito bimestral ou semestral. Poderá ter um nome como: "ODINews”, “CAÇÃOnline”, etc. E para isso será criado um cargo na patrulha de “Editor” que será responsável pelo jornal e organização dele. Tradição: A patrulha pode estabelecer tradições, que todos devem honrar e preservar. Estas tradições podem ser, por exemplo: Um macacão de acampamento; Um Boné; Uma Saudação; Um grito antes da refeição; Etc.

de Tradição Quando monitor da patrulha ODIN eu criei

uma tradição. Possuímos um carimbo da patrulha. E toda vez que entrava um elemento novo na patrulha e fazia seu primeiro acampamento, o elemento recebia de mim uma carimbada na testa. Pois assim ele estaria marcado e iria pertencer a patrulha definitivamente e assim tendo como compromisso lutar pela patrulha.

de Tradição Quando era elemento da patrulha Zeus a

patrulha já tinha uma tradição de antes das refeições gritar o Grito da Patrulha e depois uma certa oração sênior que é assim:

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"Vou comer sem parar, vou comer sem parar. Que a patrulha Zeus vai detonar" O mais legal, é que passa gerações na patrulha e até hoje em dia é feita esta tradição. “O caminho mais curto para fazer muitas coisas é fazer uma só de cada vez”

Autor desconhecido O Sistema de Patrulha é um dos pontos essenciais em que nosso treinamento se baseia, pois é uma forma de todos os membros se adestrarem e o monitor expor seu potencial. A alma do escotismo é o sistema de patrulha. Não é possível fazer escotismo sem que se aplique o sistema de patrulhas; na verdade é a única forma de se praticar o Escotismo. É na patrulha que os jovens podem desenvolver suas potencialidades, despertar vocações e desenvolver aspectos de cidadania e respeito para consigo e com o próximo. Uma forma de adestramento, mais rápida e com bons resultados. Onde a chefia irá adestrar os monitores e os monitores seus elementos. Que é bem mais fácil você monitor adestrar 5 elementos do que a chefia 24 elementos. Assim você irá dar muita mais atenção a eles.

O que é? Uma reunião formal de seus membros, presidida pelo monitor, cuja principal função é coletar as idéias e os anseios de seus membros, para que o monitor tenha subsídios para orientar as reuniões de patrulha e levar as necessidades da patrulha para a Corte de Honra. É onde é feita a escolha das funções, eleições, debates, cobranças de tarefas e solucionados os problemas internos. É importante que os monitores não imponham seus desejos à sua patrulha, mas que convide a patrulha a decidir sozinha qual destino quer seguir e se adestrar. Esta prática acaba trazendo um bom espírito de cooperação, liberdade e de expressar as vontades dos seus membros. Mas o monitor tem sempre que apresentar um caminho para a sua patrulha caminhar. Ter idéia formada e uma idéia de onde quer chegar, sempre expondo para patrulha sua opinião e nunca ficando em dúvida do caminho que almeja seguir. Também é uma ótima oportunidade para aprender adestramentos novos, concluir etapas e planejar atividades de patrulha. O mais importante é adestrar a sua patrulha, pois esta é uma forma da patrulha sentir segurança em ter um bom monitor e a chefia confiar em você. “Amigo sincero é aquele que mostra seus erros e ajuda a vencê-lo. Não aquele que os esconde somente para satisfaze-lo permitindo que você viva em um mundo de mentiras” Autor desconhecido

É bom sempre ter coisas simples como bandeira Nacional, ata, os tópicos a serem debatidos previamente escritos. Os elementos levarão a sério o Conselho e perceberão como o monitor é prevenido e pensa sempre em tudo. Tente manter a ordem, mas nunca deixe tão formal, a ponto de se tornar chato o Conselho ou Reunião. Obs.: Só os elementos com promessa tem direito a voto, mas todos tem direito a voz. Como realizar um conselho: 1° - Saudação a bandeira Nacional, pode-se colocar junto a da patrulha; 2° - Oração; 3° - Ler o último Conselho, registrado em ata; Para sabermos o que se passou no último Conselho e examinar o que foi decidido e realizado 4° - Expor os tópicos a serem debatidos; O que será debatido no Conselho 5° - Opiniões e Conclusão finais; 6° - Oração; 7° - Saudação a bandeira; Importante: Todas as decisões desse Conselho devem ser devidamente registradas em um Livro-ata, que deve ser muito bem preservado, pois é um documento oficial e histórico da patrulha e seus

membros. Tente sempre fazer no mínimo 1 reunião por mês, com isso os membros da patrulha,

começaram a ter responsabilidade e afinidade com a patrulha. Varie os lugares das reuniões, como: Fazer uma reunião em cada casa dos membros (é bom sempre ter um lanche, para quebrar a tensão e a formalidade que o conselho pode tornar-se); Lanchonetes, Pizzarias, Parques; Etc. Fazer 1 vez por semestre um dia da patrulha, onde possa haver

descontração, com certeza os membros irão confiar e se unir. Assim um confiando no outro, encontrarão além de membros da mesma patrulha, amigos dentro e fora do escotismo. Também com estas

atividades o monitor poderá conhecer os pais dos elementos e assim como os demais, estreitar os laços de fraternidade, que aos poucos irá se formar. “Procure ser Humilde em todas as circunstâncias. Humildade não é dizer “sim” a tudo e a todos. Nem é a pregar que somos humildes. Não é agachar-se mentalmente a tudo o que os outros dizem. Não ! Humildade é saber exatamente o que somos e o que valemos. É conhecer-mos a nós mesmos, procurando corrigir sinceramente nossos defeitos e não nos querendo impor aos outros. Quem é humilde, em geral, não sabe que é. Mas quem não é humilde é que pensa que é.”

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Corte de Honra

O que é uma Corte de Honra ? Dentro do sistema de patrulha, a Corte de Honra tem um papel fundamental, é uma comissão permanente de administração da tropa. Composição É composta pelos Monitores e Chefes da tropa. Quando convidados os Submonitores participam, embora que, no caso de tropas com duas ou três patrulhas isto é comum. O que faz ? Cabe à Corte de Honra debater e participar da programação da tropa, dando sugestões dos assuntos que as patrulhas gostariam de ter, como excursões e acampamentos. Também é função da Corte de Honra estabelecer as recompensas, definir as competições de tropa, aprovar a concessão de distintivos e projetos de eficiência 2, cuidar das finanças da tropa e resolver problemas relativos à disciplinas e conduta dos membros dela pertencentes, estabelecer as tradições e as regras de conduta da Tropa, no que diz respeito a garbo, disciplina, comportamento em público, linguajar, participantes nas atividades e respeito para com os companheiros da Tropa. Julgamento de Indisciplina Nos casos de julgamento deve ser assegurado a presença e defesa do interessado, só se fazendo na sua ausência quando, avisado previamente por escrito ou verbalmente, não comparecer. Ninguém gostaria de ser julgado, sem ter a voz de defesa e poder argumentar sobre o que está sendo julgado. Esse é uma atitude justa, que não poderá ser esquecida, em hipótese alguma. “Um homem verdadeiramente nobre, é aquele que sabe ser verdadeiramente justo” Autor desconhecido Papel do monitor O monitor tem um lugar na Corte de Honra, mais como representante de sua patrulha do que para expressar seus pontos de vistas pessoais. Ele irá expor o que está acontecendo na patrulha e irá expor o que a patrulha decidiu no Conselho de Patrulha realizado anteriormente. Organização A presidência deste órgão é exercida por um dos monitores eleito por um período definido pela própria Corte é ele quem deve conduzir os debates. Isto significa que é função do Presidente

convocar os participantes, estabelecer a pauta dos assuntos com antecedência, estabelecer a ordem dos debates e agir como mediador. O Chefe da Tropa e seus Assistentes participam apenas na qualidade de conselheiros, não tendo, em hipótese alguma direito a voto. No caso de uma decisão da Corte de Honra divergir da opinião do Chefe da Tropa, ele pode “vetar” e levar o caso para a diretoria do Grupo decidir. Por ser um órgão que cuida de todos os assuntos da Tropa, algumas de suas decisões são secretas e não podem ser reveladas a ninguém, comprometendo o bom andamento das atividades. Quando se reúne ? É conveniente que a Corte de Honra se reuna uma vez por mês, ordinariamente, para tratar dos assuntos normais da tropa. Porém ela pode se reunir sempre que necessário.

No caso de acampamentos convém fazer uma Corte ao final de cada dia, para avaliar as atividades, o desenvolvimento

das patrulhas e suas dificuldades. Sala de Corte de Honra A sala da Corte de Honra é decorada de acordo com a vontade de seus membros, porém é convenientemente ter sempre um quadro com as leis e a promessa, alguns livros para consulta, flâmulas e outros troféus conquistados pelas Patrulhas ou pela Tropa. No caso de Grupos Escoteiros que não possuem espaço, pode-se criar um baú contendo todos os objetos utilizados na Corte de Honra. É importante que somente os monitores tenham acesso à sala de Corte de Honra, pois isto contribui para estimular os jovens que não participam, a serem monitores. Livro-ata Todas as decisões da Corte de Honra devem ser devidamente registradas em um Livro-ata, que deve estar muito bem preservado, pois é um documento oficial e histórico da Tropa. O secretário ou escriba é escolhido entre um dos monitores por um período definido pela própria Corte para escrever as atas no Livro-ata. Iniciando uma Corte de Honra Após todos estarem no devido lugar, quietos e feita a saudação a bandeira Nacional, o Presidente (monitor) dá como iniciada a Corte de Honra, depois será feita a oração de iniciação por qualquer integrante da Corte de Honra. Tudo isso é comandado pelo Presidente e anotado pelo escriba (o horário que iniciou e quem fez a oração). O escriba irá ler a ultima ata, para que todos estejam cientes do que foi decidido pela Corte e observar o que foi feito e desfeito, caso esteja tudo certo todos irão assinar a ata passada. O Presidente irá expor os item e o que será discutido. Ele terá o poder de colocar ordem na Corte, para todos terem a vez de falar, sem ninguém interromper. Quem quiser falar, sair ou entrar terá que pedir permissão ao Presidente.

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Após as decisões e conclusões tomadas e não terem mais nada a ser decidido, o escriba irá ler suas anotações sobre o que aconteceu na Corte, para ver se está tudo certo. Depois será feita a oração de encerramento, a saudação da bandeira Nacional, dando como encerrada a Corte de Honra, pelo Presidente. Obs.: Caso a tropa tenha algum estandarte ou bandeira podem ser saldados também. Fotos da Tropa ou algo que seja relacionado ao escotismo também podem ser exposto na sala da Corte. A Corte de Honra, o purgatório ? “Vou te levar à Corte de Honra!”

Quem ainda não ouviu um Monitor ou Submonitor irritado ameaçar dessa maneira a um elemento menos disciplinado ou mais embromador? A visão da Corte de Honra como uma espécie de “tribunal” perante o qual deve comparecer, para ser julgado e punido, qualquer Sênior cujo procedimento contrarie as normas que regulam a vida da Tropas ou das Patrulhas, é infelizmente, bastante comum. Não são poucos Monitores que só se lembram de sua Corte de Honra

naqueles momentos, felizmente raros, em que precisam dela para corrigir falhas disciplinares que, na maioria das vezes, só estão ocorrendo porque lhes faltaram habilidade para exercer uma liderança efetiva sobre suas Patrulhas. Então, tome cuidado para você não tornar-se aquele que escolhe quem será punido, você não é dono e não puni ninguém. Seu papel é outro na Corte de Honra. Conselho de Tropa Quem participa e para que serve ? O Conselho de Tropa é formado por todos os Seniores com Promessa, o Chefe de seniores e seus Assistentes atuam como conselheiros e sintetizadores dos assuntos que estão sendo abordados. Se reunirá formalmente nas seguintes ocasiões: para sugerir atividades, para o planejamento anual, avaliar uma atividade após sua realização e emitir opiniões sobre decisões importantes para a vida da Tropa. Também para organizações de finalidade financeira, festas, etc. O Conselho de Tropa apenas sugere e avalia, cabendo as decisões à Corte de Honra. O Presidente do Conselho de Tropa é o mesmo do da Corte de Honra, mas o escriba poderá ser diferente do da Corte, onde qualquer membro poderá assumir este cargo. “É preciso coragem para levantar e falar, mas também é preciso coragem para sentar e ouvir”

ACT Iniciando um Conselho de Tropa É da mesma forma da Corte de Honra (leia Cap.12.1 pág.39) Aviso: Os elementos sem promessa não participarão do Conselho, mas geralmente algumas tropas deixam que eles participem, para que possam ir se apegando ao Sistema da Tropa e o que acontece dentro dela. Eles não terão direito a voto e voz, só terão direito a voz, caso o Presidente do Conselho permita. Amigos e amigos, Conselho a parte Nos Conselhos de Tropa sempre acontece de todos ficarem com medo de falar o que pensam ou algum acontecimento para relatar e ficam constrangidos na presença de outras pessoas, que são suas amigas. E isso não pode acontecer. Tem que lembrar que todos estão lá, para resolver problemas e “abrir o jogo”. É bem melhor falar no Conselho, do que sair ficar comentando o que deixou de falar. Dentro do Conselho todos estão lá como membros da Tropa, mesmo sendo amigos, então se tiver o que falar, fale!. E ninguém irá ficar com birra de você depois. É só esclarecer antes do Conselho, para todos serem sinceros, que tudo que será falado não será levado para o lado pessoal, depois do Conselho. “Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizei-lo” Voltaire Aviso: Não esqueça, quem fala são os membros da tropa e não a chefia, eles estarão lá para dar conselhos e ajudar nas decisões. Você como monitor terá que saber ter sua opinião e puxar a conversa para que todos participem. Evite que a Chefia tome conta do Conselho.

Não sei se aconteceu com você ou na

sua tropa, na hora de voltar, vem aquele voto “maria vai com as outras”, aquele que um começa e o outro vai falando igual. Isso geralmente acontece quando alguns não sabem expor suas idéias, por não terem suas próprias idéias. (Isso me irritava muito, profundamente !)

Uma reunião informal, realizada entre os monitores, com a presença ou não da chefia.

Que existe para conversar sobre problemas da tropa e troca de experiências, mas nenhuma decisão tomada poderá ser tratada

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como a decisão da tropa, pois essa só pode ser feita em Conselho e Corte de Honra. Mas é uma boa hora de trocar adestramentos e problemas que estão ocorrendo em sua patrulha, dificuldades do mês, bimestres, tarefas que terão que fazer, campanhas que irão participar e fazer um cardápio igual para as patrulhas. Sempre um poderá ajudar no problema do outro. Monitores bem sincronizados é sinal de que a tropa terá força para crescer e ser uma ótima tropa. Pode ser realizada em qualquer lugar, desde casa de uns dos monitores até lanchonetes, pizzarias, etc., o que torna bem mais divertida e descontraída essa reunião. Seria bom que esta reunião venha a ser feita continuamente. A chefia irá observar que os monitores "tem vida própria", o que quer dizer isso: Significa que a chefia não tem que ficar mandando fazer as coisas e os monitores já conseguem se organizar sozinhos. Assim a chefia terá muito mais confiança, o que significa responsabilidade. “Veneração mal empregada se torna bajulação Precaução mal empregada se torna covardia. Valentia mal empregada se torna agressão. Sinceridade mal empregada se torna grosseria.” Autor desconhecido

Você terá que ter um conhecimento amplo, um pouco de cada coisa dentro do movimento e fora também. Tente conversar com a chefia e procure saber o que eles esperam de um monitor. Nós

Nós, que todos deveriam saber, mas infelizmente a preguiça é maior. Alguns desses nós, você já deve saber e se não sabe é bom aprender, pois sempre são cobrados e utilizados. Nós e Amarras principais Nós Pedidos pelo Ramo

São os que considero mais utilizados Amarra Quadrada Amarra Diagonal Amarra Paulista (veja no cap.23.2) Aselha Balso pelo Seio Catau Cadeira de Bombeiro (veja no cap.23.2) Lais de Guia Nó Direito Nó de Escota Nó de Escota alceado Nó em Oito Nó de Correr Volta Redonda com cortes Volta de Ribeira Volta do Fiel Volta do Salteador Canções e Gritos da Tropa Canção da Despedida; Canção da promessa; Canções Escoteiras Canção de B.P.; Outras canções que a sua seção cante. Histórico da Patrulha É fundamental, saber o que significa o nome da sua patrulha e sua história também. Saber o que significa o grito, os elementos que marcaram e o que fizeram pela patrulha, como um dia você irá deixar suas pegadas nela. Não esquecer de conhecer história da Tropa e as glórias e aventuras que já fez e onde já esteve.

Quando fui para o VI Ajuri do Mar na Escola Naval no RJ, como monitor da patrulha

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ODIN, da Tropa VIKING, fomos recepcionados pelo chefe coordenador. Observou o nome da patrulha e da tropa e perguntou se eu sabia o que significavam, respondi que sim. Então ele perguntou uma coisa que poucos deveriam saber, "Você sabe quais dos Viking's que vão para Valhala?", lembro-me até hoje. Após eu explicar, ele falou: "São poucos monitores que sabem a história da sua patrulha e tropa, eles gritam o nome da patrulha e na maioria, nem sabem o que significa". E me deu os parabéns e fiquei muito contente. É por isso que os detalhes que fazem o monitor ser melhor e diferente dos demais monitores. Conhecer as etapas Conhecer o P.O.R. e o Manual do Ramo, sabendo como podem ser realizadas as etapas. É fundamental você conhece-las, pois precisará para conquistar as etapas e estar atento as mudanças, se mantendo sempre bem informado.

Os seus elementos irão lhe perguntar e você terá que saber, pois você já passou por essas etapas. Essa é uma parte do seu aprendizado que depende de sua vontade e do seu interesse, pois não adianta você ficar se lamentando por não ter conhecimento se você não "corre atrás dos seus interesses". Se você quer chegar no topo da montanha,

vá atrás, pois ela nunca virá até você. Ser Adestrado Essa é uma parte geralmente feita pela chefia, mas é claro que pode ser feita, por um outro

chefe, amigo de outra seção e outro grupo também. O adestramento é passado pela chefia durante as reuniões, palestras e atividades. Eles irão instrui-lo para saber o essencial e poder alcançar seus ideais e objetivos. Eles nunca irão lhe passar tudo, pois sempre esperam que você caminhe por si só. Se eles derem tudo para você, irá ficar preso a eles e não irá saber procurar seu próprio caminho, buscando o que gosta de aprender. Mas você também deve pedir algumas coisas de sua chefia, como adestramento (nós, amarras, pioneirias, informações, assuntos da sociedade atual, canções, acampamentos, atividades sociais, etc.) e também palestras de profissionais (Médicos, Engenheiros, Advogados, Publicitários, etc.) e cursos (1° Socorros, meio ambiente, etc.). (leia Cap.19.7 pág.77) " Ele irá mostrar o caminho e você deverá saber, por si só andar nele " Autor desconhecido Auto-Adestrar-me Essa parte depende de você e de mais ninguém. Você terá que procurar em amigos, livros e cursos algo que possa instrui-lo cada vez mais e claro, algo que lhe atraia.

Saber nós novos e mais usados em acampamentos, pois poucos irão saber; Pioneirias diferentes e formas de acampamentos ousados e inovadores; Cursos que possam ser úteis no escotismo (1° socorros, ..., etc.); História da patrulha e da tropa; Procurar tirar etapas e especialidades por sua conta, sempre buscando o ideal, de preferência junto com outro membro da tropa, ficando mais fácil e trocando sempre idéias com ele (se um der ânimo para o outro, com certeza ficará mais fácil). Seus elementos irão confiar muito mais em você, sabendo que existe um monitor que tem conhecimento suficiente para poder ensina-lhes (um ponto muito importante para a confiança deles em você ). Estes livros podem ser encontrados na sua região e até no seu próprio grupo. Não espere que o conhecimento venha até você, procure-o e com certeza irá encontrar. “Conhecimento nunca é demais, mas é claro conhecimento que possa ser útil.” ACT

Estar sempre atualizado e buscar pôr

em prática o que aprendeu. Não adianta saber só na teoria.

Uma dica que posso dar, que você esteja sempre atualizado no que já sabe e

relembrar o que você já aprendeu. Não adianta querer aprender coisas mais complexas e avançadas se você esqueceu do ensinamento básico e fundamental.

Na minha época de sênior, criei uma amizade muito forte com o Rodrigo

("Carmona") que se mantém até hoje. E por acaso eu já tinha sido monitor dele na Tropa Escoteira, mas a amizade só se fortaleceu na sênior, pois os dois tinham as mesmas vontades de aprender, ensinar e de realizar. E nós íamos atrás de nossas etapas juntos, íamos no trabalho de nosso chefe tirá-las, nunca ficamos parados, fizemos pioneirias ousadas e criativas. Com certeza aprendemos muito um com o outro independentemente de chefes. O impressionante é que nunca fomos da mesma patrulha na sênior, mas fomos monitores na mesma época, o que fortaleceu a tropa. E assim conseguimos nos adestrar, por vontade própria. “ A grandeza não consiste em receber honras, mas sim merecê-las” Aristóteles Quando der uma esmola, não anuncie a todos. “Não saiba sua mão direita o que faz a esquerda”. Ajude sem alarme, para não humilhar aquele a quem sua generosidade ajudou. Respeite o próximo e ajude sempre, mas em silêncio, porque o Pai, que vê no segredo, o recompensará muito mais do que o reconhecimento público que tiverem seus atos.

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Essa é uma parte que muitos monitores esquecem que é papel deles, e por isso é bom lembrar que não só o chefe adestra, o monitor também. Caso algum elemento de outra Patrulha, Tropa ou Grupo, venha a pedir sua ajuda

para adestrar ou ensinar algo, não custa nada e nem irá “cair seus dedos” se você for gentil e passar o que você aprendeu. Um dia alguém fez o mesmo com você. Adestramento na Sede Você pode adestrar, principalmente nas reuniões de patrulha; Podendo inicialmente ensinar adestramentos como: Hasteamento e Arriamento (simulando-os), Formações (ferraduras, em linha, etc.), apitos, etc. Ensinar a fazer Nós, ensinado em "cabos solteiros" um determinado nó. Pratica de 1° Socorros, simulando um acidente e a patrulha terá que socorrer. Sinais de pistas. Acender fogueira. Fazer comida. Montar barraca. Inspeção de Giwell, (leia Cap.22.1 pág.87). Montar uma mochila para atividade e acampamento História de B.P. História da Patrulha História da Tropa. Etc. E até poderá fazer, um tipo de competição saudável entre a sua patrulha, na hora de montar a barraca, cronometrando o tempo de montagem. E o recorte do elemento que monta mais rápido pode criar um tipo de tradição na patrulha. Importante: Quanto mais você praticar com eles, mais eles irão aprender, tente evitar a teoria, pois eles não terão noção do que você está falando. É sempre bom incentivar a vontade de buscar os objetivos, conquistas e aprender a cada dia que passa. Mantenha sempre seus elementos adestrados e atualizados com seus conhecimentos básicos. Isso é o mais importante, a chefia sempre cobrará isso. Obs.: Lembre de não repetir o ensinamento consecutivamente. Eles irão achar desinteressante e lhe achar um chato.

“Um elemento é diferente de outro e

cada elemento tem um jeito diferente do outro. Tenha paciência, aprenda a conhecê-los. Se ele falar que não consegue, mostre que você conseguiu que ele também poderá conseguir, mesmo que demore.”

“Sempre que ensinares, ensina também a duvidares do que ensina” Autor desconhecido

Adestramento no Campo O acampamento é a forma de pôr em pratica o que foi ensinado na sede e na patrulha e irá provar como ela é unida e testará

seus conhecimentos. É muito diferente saber na sede e aplicar no campo,

por vários motivos, que você monitor já deve saber. É uma ótima forma (eu considero a melhor, e tem a melhor fixação) de ensinar fazendo, na hora das pioneirias, mostrar para os elementos, o que fazer e o que não fazer. Eles irão perceber porque as coisas dão certo e porque dão errado. Você poderá adestrá-los e ensiná-los, ao fazer as pioneirias, as amarras, como montar, como deixar limpas, como se portar em um acampamento, segurança no campo, etc. Tenha paciência ao ensinar e não tenha preguiça. Eu sei que todos querem montar as coisas rápido e na maioria das vezes você acaba fazendo sozinho, pois assim vai mais rápido e você tem certeza das coisas saírem ao seu gosto e bem feitas. Mas nem tudo é assim, tem que saber que existem pessoas que querem aprender e se você não der esse espaço, elas sempre ficarão de lado. Confie nelas ! Você monitor poderá antes dos elementos irem para um acampamento, adestra-los: levando uma mochila sua e expo-la em uma Inspeção de Giwell (leia cap. 22.1 pág. 87), como fazer uma. E o que levar em uma mochila para a atividade e para o acampamento, para eles não levarem coisas a mais e nem a menos. Não esqueça, Ninguém nasce sabendo. “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina “Se as portas parecem fechadas é porque seus desejos são muitos. Se não tivesse nenhum desejo, não notaria as portas fechadas.” Autor desconhecido

Jogos Os jogos, portanto, constituem uma parte realmente importante do adestramento

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sênior. O próprio escotismo pode ser descrito como "o maior jogo de todos". Lembrar que, nos grande jogos ou nos pequenos, nos jogos de sede ou ao ar livre, num torneio de músculos ou num torneio de inteligência, o essencial é que a patrulha conserve a unidade em jogo que ninguém fique de fora, como espectador. Existe na patrulha elementos mais fortes, ágeis e outros rápidos e inteligentes. O monitor terá que saber formar a patrulha para que nos jogos mais de ação os elementos menos ágeis participem. O monitor terá que mostrar para o elemento que ele pode conseguir se quiser. Não esquecer de manter a alegria e a raça da patrulha, lá em cima. (leia cap. 20.3 pág. 79) Desafio Sênior No Ramo Sênior uma das atividades mais freqüentes são os desafios, que são tarefas especiais que exige muito do sênior, da patrulha e da tropa. É dado um tempo para a conclusão do desafio ser realizada e todos deveram dar o máximo de si para solucionar o problema. Esses desafios poderão exigir a parte física, intelectual e de todo tipo. Só que muitos pensam só em realizar o desafio e mais nada não percebendo o outro lado do desafio que é o que Chefe observa, o do Espírito de Equipe, onde um ajuda o outro e algumas vezes deixam de lado o objetivo final para ajudar o próximo. A chefia irá preferir bem mais que todos estejam com o Espírito de Equipe lá em cima, mesmo não completando o desafio ou completar fora do tempo do que completar no tempo, só que individualmente. Mas não quer dizer, que você nunca tenha que terminar o desafio, pois o próprio nome já diz desafio, para observar a capacidade para patrulha e da tropa trabalhar em equipe. Então dê o máximo de si e busque o Espírito de Equipe e tente chegar ao seu limite, pois só assim poderá saber o que é capaz de fazer. O desafio é uma ÓTIMA forma de levantar a moral de qualquer tropa, pois todos irão trabalhar em uma só meta. O desafio concluído é uma barreira conquistada e com certeza todos irão se sentir muito bem e alegres. Algumas vezes este sentimento vai tão fundo que todos chegam ao ponto de se abraçar e fazer uma linda comemoração e todos ficam contentes e recompensados pelo esforços que deram. E claro, a Chefia muito feliz por sua tropa conseguir superar mais este desafio. Atividades Sociais (Dicas) Almoço / Jantar Este é um bom momento para unir a patrulha e a tropa, além de ser uma das etapas e um dos desafios do ramo sênior (social). Poderá ser feito na casa de um dos membros da patrulha, o cardápio pode variar de acordo com a atividade e a ocasião. E para baratear, cada elemento poderá dar um alimento ou uma quantia em dinheiro, não ficando tão caro para quem está fazendo a atividade. Necessariamente não tem que ser só para comer, antes pode ser feita uma Reunião, Conselho, atividade esportiva, cultural, etc. A freqüência desta atividade informal é muito importante para a união da patrulha e da tropa. Assim irão conhecer a casa dos elementos e os seus pais irão conhecer os jovens e a chefia da tropa. "O Escotismo não é só na sede, durante um dia,

é também durante a semana". ACT Visitar outros grupos Uma atividade muito importante para a integração é a troca de informações entre tropas, patrulhas e monitores. O ramo e o escotismo existem varias formas de realizar, mas é claro com o mesmo ideal. E esse encontro é bom para observarmos outras formas de atividades como atividades náuticas, jogos, adestramentos e claro fazer novas amizades. E para isso acontecer é fácil, é só conversar com seu chefe e ele se comunicar com outros grupos de sua cidade e região. Obs.: Mas não esqueça de não tornar essa atividade de confraternização em uma atividade de duelos. Acampamento e Atividades Não tem muitos comentários sobre acampamentos, só que você aproveitam e tentem fazer o máximo. É no campo que a patrulha irá testar todas as qualidades e revelar suas falhas. Preste muita atenção para futuramente corrigi-las.

Não adianta nos acampamentos grandes ser a maior patrulha do mundo ganhar tudo se ela não se confraterniza

com as demais. O coração de um acampamento A Tropa VIKING tem o costume de durante a

noite toda manter uma fogueira central acesa. O chefe Marcelo e Anderson sempre diziam que a fogueira é o coração do acampamento e se durante a noite ela se apagar, o acampamento se acaba e todos teriam que desmontar o campo e ir embora. E nunca ela se apagou, pois todos faziam o maior esforço durante as suas rondas. Ainda bem que isso nunca aconteceu, imagina sair no meio da noite ! Antes do Acampamento A reunião de patrulha: Você monitor terá que fazer esta reunião antes do acampamento para estipular os encargos e listagem do que falta preparar, separar e comprar. Mostrar o que espera da patrulha no acampamento e os encargos estipulados. Não esqueça de fazer o “Check List” (leia Cap.23.8 pág.98) de todo material que pretende levar (desde uma colher até uma barraca). Tem que escrever tudo mesmo. E para que isso? Para manter o controle e não esquecer nada. “ O Acampamento começa em casa” ex-pi. Fábio A. Domingues Esta frase é muito importante, pois se você não fizer as coisas necessárias antes de acampar, poderá comprometer seriamente

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as atividades ou acampamento. Então corrija os erros antes de partir, para não se arrepender e se aborrecer depois.

Saída para atividade Chegou finalmente a hora tão esperada de sair para atividade, após tanta preparação. Antes de mais nada,

a pontualidade é essencial para o cumprimento do programa e respeito ao próximo, então todos os elementos da patrulha chegam ao ponto de reunião

no horário marcado e lá encontrarão o monitor e o Submonitor, que fazem a verificação, um tipo de lista (“Check List”), observando o que esqueceram. Fazendo o “Check List” com o cozinheiro, enfermeiro, almoxarife, intendente, rapidamente verificarão se não esqueceram nada e todas as recomendações cumpridas. E observar se todos trouxeram o seu material individual como combinado. Após isso é só fazer os últimos ajustes. O monitor dá uma ultima olhada, pois sempre temos a impressão de estar esquecendo algo e com a lista ficaremos muito mais seguros de não Ter esquecido. É só embarcar 1° o material e depois os elementos irão se acomodando, assegurando a apresentação da autorização assinada por seus responsáveis.

Muitas patrulhas tem caixa de patrulha que ajuda muito para transportar os utensílios, mas só funcionará para

acampamento de fácil acesso. E para as jornadas e acampamentos de difícil acesso? A melhor coisa a fazer é dividir o material nas mochilas dos elementos, facilitando muito o andamento da patrulha e segurança, onde todos ficarão com as mãos mais livres.

Dormir uma noite antes do acampamento em um só local seria muito bom para

união da patrulha, assim todos já estariam no clima do acampamento e com muita garra. Com certeza a chefia iria notar o espírito de patrulha. Chegando no Local Depois de uma viagem bem alegre ou de sono, ao descer verificar se não esqueceu nada, para não trazer futuros transtornos e futuras broncas vindas da chefia (para variar) . E toda atenção é pouca, pois é muito desagradável esquecer algo no ônibus, trem ou carro. O material poderá fazer muita falta na atividade.

Cheguei no Campo da Patrulha, como montar? Essa parte é bem difícil, pois você imagina um campo quando está na sede e quando chega é tudo bem diferente. Diante da realidade do terreno, o monitor visualizará uma realidade totalmente diferente. Terá que imaginar rapidamente o modo como vai instalar sua patrulha e imaginar as adaptações que terá que fazer no campo dentro do projeto imaginado e planejado anteriormente. Essa é a melhor oportunidade para avaliar o grau de eficiência de uma patrulha “Já houve quem comparasse uma patrulha eficiente, montando seu campo com uma orquestra excelente, regida por um excelente maestro, que seria você monitor.” Obs.: Ao chegar no acampamento terá que ter idéia do que fazer, mesmo nunca tendo visto o campo e ao chegar observar o que tem nas mão para poder montar o seu campo. E ser rápido, pois a patrulha espera de você uma resposta de onde começar e o que fazer. E você terá que ter essa idéia muito formada e a sua criatividade e imaginação entrará aqui. Adaptar o que você tem na imaginação e aplicar no real o que quer montar e onde irá colocar as pioneirias. Expor para a patrulha o que você gostaria de fazer e depois dividir os cargos. Com certeza, a patrulha aos poucos irá se adaptar ao seu jeito e pensamento e confiar no que você pensa e faz. Divida sempre as tarefas, pois assim você irá mostrar confiança neles. Montando Após ter imaginado o campo, você terá que explicar para a patrulha o que irá fazer. Após muitos acampamentos e experiências pessoais, eu criei um costume de montar, mas você pode seguir ou criar seu próprio. 1° O TOLDO, Por que? Montando ele primeiro, você poderá se abrigar da chuva repentina e proteger os alimentos da chuva e do sol, também onde será feita as refeições. Não poderá ser muito alto, para não passar muito vento e nem muito baixo pois ninguém irá entrar e poderá pegar fogo. Então, é só pegar o elemento mais alto da patrulha e ele levantar o braço e fazer uma média dessa altura. “Não esqueça de usar o bom senso”; 2° O FOGAREIRO onde será feita as refeições, se for fogão a lenha não esquecer que ele tem que ser baixo. A tampa da maior panela não pode ultrapassar o joelho do cozinheiro, para evitar acidentes como queimaduras maiores. (Essa medida será aplicada também para o fogareiro); 3° CANTO DO LENHADOR; 4° CERCAR O CAMPO, MESA, LATRINA; 5° MONTAR BARRACAS ( se for Bivaque terá que antecipar a construção); ...° Você terá que traçar seu próprio roteiro daqui em diante e deverá observar as prioridades e necessidades da patrulha e do campo. Obs.: Não esqueça do desafio, algumas vezes pegar um campo mais difícil, irá testar bem mais seus conhecimentos e criatividade

que um campo fácil. A simetria das pioneirias no campo

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sênior é fundamental na montagem de campo. Deixá-las perpendiculares e/ou paralelas uma da outra, deixando o campo bonito e espaçoso. A estética é importante para um campo sênior. Primeiras tarefas Após ter explicado para a patrulha, o que está dentro desta cabeça mirabolante, tem que dividir as primeiras tarefas, quem irá limpar o campo, cortar madeiras, pegar água, etc. Estás primeiras tarefas deverão ser feitas rapidamente e algumas vezes os cargos estipulados anteriormente não serão aplicados agora. O elemento irá falar que a tarefa que você pediu para ele não faz parte do seu cargo. Você deverá explicar que de início ninguém tem cargo fixo. Aviso: (Segurança no Campo) Não esqueça que noviços não usam facão, machadinha e machados. Atenção ao cortar madeiras, observe se não tem alguém a sua volta para não ter futuros acidentes.

Importante Evite cortar madeiras que não

serão usadas, o escoteiro preserva o meio ambiente (6o Artigo)

também. Então especifique que tipo de madeira precisa, para quem irá cortar. Para não cortar e depois deixar a madeira de lado. Tome cuidado com as ferramentas e fique atento na forma como elas estão sendo usadas e onde estão sendo deixadas após o uso, pois é muito perigoso deixar ferramentas jogadas no campo, podendo dar margem para acidentes e caso alguém se machuque será difícil socorre-lo. Atenção monitor com seus elementos, dependendo de quem usa a ferramenta, ela se tornará uma arma. MUITO IMPORTANTE: Nunca deixe a patrulha sem um responsável no campo. Caso você tenha que sair, deixe o seu Submonitor e caso o seu Submonitor esteja fora você será obrigado a ficar. Não se importe caso tenha trabalhado mais que os outros, pois cada um tem ritmo e capacidade diferentes. O campo é para todos e se você fizer com ânimo, com certeza outros irão perceber e farão o mesmo. Esqueça da palavra “EU” e use a palavra “NÓS” e diga “Um por todos e todos por um”. Esta é a base do acampamento. O campo montado Depois do grande esforço, de muito trabalho e enormes bolhas na mão, enfim o campo está pronto. Agora é só aproveitar, mas com muito cuidado para não destruir o trabalho de um dia em uma hora. E aos poucos tentar fazer as pioneirias pequenas. Elas dão um charme especial para o campo, mostrando a criatividade e capacidade da patrulha. Tente manter sempre a harmonia na patrulha, desde a chegada, montagem, durante a atividade e na hora de partir. Um dos principais pontos para um bom acampamento é a alegria que a patrulha passa para os demais e a chefia. Mesmo que o acampamento não seja bom, a alegria de todos irá torná-lo.

Desmontando o campo Esta parte é a mais rápida e a mais triste, porque depois de tanto esforço é chegado o fim do acampamento. Mas tudo que é bom dura pouco. 1° - Desmontar as barracas: deixando-as limpas por dentro e por fora, para não criar mofo e assim não danificando um material de muito uso e caro também. 2° - Desmontar as pioneirias: cortar o cizal, colocando-o no lixo e juntando as madeiras em um só lugar. 3° - Limpar panelas e ferramentas: é bem mais fácil limpar no acampamento, para assegurar que esse material dure durante um bom tempo. E quando chegar na sede é só afiar as ferramentas e passar um óleo queimado para assegurar futuro uso. 4° - O toldo: Tente dar uma limpada antes de guardar, com certeza terá de limpar depois. 5° - Fazer o “pente fino”: Limpeza total, assegurando que tudo seja deixado o mais limpo possível. Deixando o campo como se ninguém tivesse acampando antes. O lixo, deve ser levado junto para ser jogado onde possa ser coletado. E observar se não foi esquecido nenhum material da patrulha e individual.

Confira no “Check List” todo material; Atingir os 4 desafios sênior ( Físico, Espiritual, Intelectual, Social); Dividir tarefas, não fazer tudo sozinho; Ter um tempo de descanso (não muito grande), para a patrulha respirar e ver o que deu certo e o que irá fazer; Ferramentas nos seus devidos lugares; Manter sempre limpo e organizado o campo; Estar sempre observando o que os elementos estão fazendo; Nunca deixar o campo sem um responsável (Monitor ou Submonitor); Madeiras, deixá-la em um só lugar; Não pegar muito no pé da patrulha; Levantar a moral, pois sempre existe aquele momento que a patrulha cai de produção. Você monitor tem que perceber este momento e por garra na patrulha; Nunca brigar com o elemento na frente de outros da Tropa e da chefia. Tentar amenizar e falar particularmente; Se pôr no lugar do elemento. Limpar todo o material da patrulha antes de guardar (panelas, barracas, ferramentas, etc.) Fazer o “pente fino”; Tente deixar o campo mais próximo do normal, como se ninguém estivesse acampado; Atenção: Depois do uso, deixar Fogueiras e Brasas totalmente apagadas, para evitar incêndios; Resumo Geral ( TÓPICOS )

Reunião da patrulha

Estipular cargos, tarefas e fazer o “check list”.

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Saída Checar o Check List.

Chegada no local Ver se não esqueceu nada no ônibus, trem, etc.

Campo da patrulha

Imaginar o que você pretende fazer; Passar para a patrulha a sua idéia do campo; Dividir as primeiras tarefas (limpar campo, cortar madeira, etc.).

Montagem Dividir quem irá montar as pioneirias; Preparação do campo.

Campo pronto

Aproveitar e usufruir do trabalho de todos, mais com cuidado para não destruir antes do acampamento acabar.

Desmontar

Limpar o material, juntar a madeira em um só lugar, fazer “pente fino” no campo evitando de esquecer algo e de deixar o campo sujo.

A Patrulha no ponto Para observar se a sua patrulha está indo bem, o único som que você deve ouvir é aquele que acompanha o trabalho feito com alegria, risadas, comentários divertidos, ordens dadas com cortesia e cumpridas com satisfação, perguntas feitas com interesse e respondidas de forma adequada. E assim o trabalho irá fluir normalmente e renderá muito mais. Onde todos estarão com o Espírito de Equipe aflorado e se esquecerão do “EU” e usarão o “NÓS”.

Tente no acampamento incrementar o campo com a bandeira da patrulha, pioneirias práticas, não as grandes

pioneirias, mas as simples que dão muito efeito e trazem muita praticidade aos acampantes como tochas para portal, tampa do lixo com pedal, porta pratos e talheres, porta mochilas, sapateira, etc.

“O Homem Aquático” Em um acampamento em Pedro de Toledo-

SP, eu como monitor da patrulha ODIN distribuía as tarefas para os elementos e os cargos. Tinha um elemento, o Fábio, que pegava o cargo que ninguém queria pegar, o de lavar copos, pratos, pegar água, etc. Ele gostava e desempenhava tão bem o cargo, que a patrulha o apelidou de “Homem Aquático”, onde tudo que mexia com água ele estava lá. Era muito engraçado, até hoje em dia nos acampamentos o pessoal brinca sobre esse fato. Tudo que é bem feito e com vontade, todos irão parabenizá-lo por seu trabalho. “Se você faz o que sempre fez, conseguirá o que sempre conseguiu” Autor desconhecido

Esta é uma parte delicada para o monitor deparar-se. Terá que ter muita paciência e consciência do que está fazendo e até que ponto sabe o que fazer. Tem casos que não poderá

ajudar e terá que buscar ajuda externa para o problema. Elemento Problema São aqueles elementos que estão atrapalhando a patrulha, tendo atitudes fora do padrão da forma de encarar a patrulha e até do espírito escoteiro. E para resolver esse problema: 1° Uma boa conversa, expor e porquê dele estar tendo tais atitudes e por que ele está tendo tal atitudes; 2° Como você pode ajudá-lo a melhorar; 3° Esperar para ver o que dá. Essa conversa não é só uma e sim algumas. Se depois de algum tempo não der certo, você vai até o seu chefe e pede auxilio para o problema. E caso não dê em nada, ai o problema é bem mais em cima, mas com certeza até chegar na “Corte de Honra” o problema já terá sido solucionado. Mas nunca pense em 1

a hipótese tirá-lo da patrulha, pois:

“Transformar um elemento ruim em um bom, é a maior dificuldade de um monitor, a coisa mais fácil a fazer é expulsá-lo ele e passar o problema para outro. É muito fácil mudá-lo de patrulha, é bem fácil mesmo, se livrar de um problema assim. Mas você não fez o papel de monitor. O difícil é “arrumar” este elemento e não desistir de ajudá-lo, mas depois que você ajudar, irá perceber que ajudou alguém e transformou-o de um problema em uma solução, um bom elemento. Agora sim, você fez o papel de um monitor”.

Não sei se fiz certo. Quando monitor muitos diziam que eu era o "bonzinho" que acolhia a todos. Eu aceitava os elementos que as

outras patrulhas não queriam, os chamados “elementos problemas”. Por algum motivo eles se transformavam e melhoravam bem, não 100%, mas concideravelmente. E por acaso foi com eles e outros elementos fracos no ramo sênior que minha patrulha conquistou algumas das eficiências e muitos jogos. (leia Cap.19.5 pág.74) Problema do Elemento Esta é um situação que nem todas as vezes você poderá ajudar, mas pelo menos poderá tentar amenizar. O elemento pode ser “bom” ou “ruim”, mas nunca pode se esquecer que ele tem também sua vida cheia de problemas e dificuldades em casa. Cada dia que passa a sociedade traz mais problemas para o adolescente. E cada vez mais cedo ele terá de enfrentar como se fosse adulto.

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E alguns são tão graves que nem sabem como enfrentar. Entra aqui, não o monitor e nem o chefe, mas sim os amigos que ele tem no movimento escoteiro, que poderão conversar, auxiliar a enfrentar o problema e mostrar as saídas que poderá ter. Todos tem problemas e o escotismo terá um grande papel, pois ele não serve só para aprendizado de campo e atividades, mas também na parte social e principalmente na formação do caráter e na educação de cada jovem.

“Um sênior na tropa estava com um grande problema familiar e financeiro em casa. Ele

era uns dos mais dedicados da tropa e uns dos melhores também. A tropa era muito unida e não podia deixar de ajudá-lo. Ele gostaria muito de ir no acampamento que íamos fazer, só que não tinha condições de pagar, foi onde a tropa se juntou e cada elemento pagou uma parte do acampamento para ele, mesmo cada um tendo que pagar um pouco mais, pelo menos tivemos a presença dele no acampamento. E tenho certeza que ele não se esqueceu disso ”. No fim, tudo dá certo. Se não deu é porque ainda não chegou ao fim.”

Fernando Sabino São dificuldades e problemas que observei durante a minha época de monitor e como pi. As dificuldades durante a época de monitor, são normais e não imagine que outros nunca tiveram problemas, quem já

foi monitor sabe os problemas e responsabilidades que são colocadas neste cargo “Quando o futuro vira passado, é fácil ver o que tinha que ser feito” Auto desconhecido Perdi o controle da patrulha ! Quando a patrulha entra em conflito com o monitor, fica muito difícil de monitorá-la. Esta patrulha pode ter percebido o seu ponto fraco ou não quer mais você como líder. Você irá perceber logo quando isso acontecer, pois o clima ficará chato e pesado. Eles farão de tudo para tornar seus dias de monitor um “inferninho”. O mais importante para você fazer é conversar com eles e pôr tudo em “pratos limpos”. Presenciei muito desses casos acontecerem e as soluções não sei se foram as ideais, mas conseguiram amenizar o problema sem deixar futuras “feridas” na patrulha e tropa. 1) Conversar com a patrulha, expor o que está passando e o porquê deles estarem fazendo isso; 2) Esperar um pouco mais, esperando assim “baixar a poeira”; 3) Conversar com a chefia e ouvir os conselhos sobre o que poderá ser feito; 4) Sair do cargo (temporariamente), dando tempo para você pensar melhor no que acontece, evitando se aborrecer e fazer inimizades.

5) Última coisa a fazer é mudar de patrulha (só se estiver um clima muito ruim e desagradável). “Não seja forte como uma onda que tudo derruba, e sim como uma rocha que tudo suporta” Autor Desconhecido

Hora do desanimo, já é hora de parar ? Você deve pensar que é o 1° monitor com quem aconteceu isso e que desanimou do cargo e do Movimento Escoteiro. Comigo já aconteceu e tenho certeza que com muitos também. Chega um momento da vida como monitor, que o desânimo aparece por vários motivos: muitas cobranças, patrulha fraca, chefia “pegando no pé”, não ter conseguido e nem conquistado etapas por causa da monitoria. E nesse momento você terá

que pensar bastante e encontrar o verdadeiro motivo para você estar neste cargo e no Movimento Escoteiro. Juntar forças e conversar com seus amigos e chefia para superá-los. Não esqueça que a patrulha precisa de você e que se você está neste cargo é porquê ela confiou em você para liderá-la. Pense nos amigos que criou dentro do movimento e nas mudanças que o escotismo trouxe para sua vida. “O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento quando tudo parece perdido” Autor desconhecido

Não fale para todos que você está desanimado, pois ele irão perder a

confiança em você e alguns até farão coisas para te desanimar mais ainda. Já vi muito isso acontecer. Procure só os verdadeiros amigos para solucionar este problema. Não faça a besteira de sair da monitoria porque um dia não está afim de assumir. Monitor não é uma brincadeira onde se pode entrar e sair a hora que quiser, pois não estará de forma alguma fazendo o papel de monitor e dará margem para os elementos fazerem o que quiserem também e com isso eles irão aos poucos perder a confiança em você. Se é para fazer deste jeito, tenha coragem o suficiente para agüentar a chefia e os outros, que cobrarão de você uma resposta definitiva de se ficará no cargo ou não. A hora de sair da monitoria Não sei se é seu caso, mas existe um momento em que temos de parar, pensar e assim nos auto avaliar sobre como somos como

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monitor e se estamos exercendo o cargo direito. Sendo justo consigo mesmo e perguntar: Sou bom para minha patrulha? Estou fazendo meu papel como monitor? Estou prejudicando-a? Existem outras pessoas que poderiam estar em meu cargo e desempenha-lo melhor? Seja justo e não tente fingir o que você não é. Quem sabe você não esteja preparado ou com problemas, então será muito bom dar um tempo para si mesmo. Quem sabe, futuramente você possa assumir com mais experiência e tempo tal cargo? E seja justo consigo mesmo e perceba se a sua consciência não está pesada por estar ocupando um lugar e não estar conseguindo dar 100% de si. “Quem um dia disse que nunca errou. Acabou de comete-lo, mentiu!” ACT A embromação, o desanimo no acampamento Você logo irá perceber e a chefia mais ainda, quando a patrulha estiver neste momento de pouco trabalho e muita má vontade por estarem onde estão. Irão discutir, brigar e qualquer pretexto será motivo de reclamação, sem comentar nos jogos. Então esta é a hora de parar, sentar, conversar e buscar entender o porquê deles agirem assim. Com certeza você irá organizar a patrulha, pois algo estava errado e conversando tudo se resolve. Caso você tenha qualquer problema como esse na hora de montar o campo, por exemplo, pare, converse e observe o motivo. Tome uma simples decisão, pois algumas vezes o cansaço pode aparecer e para resolver bastam uns “minutinhos” de descanso. “As vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está perto de nós” Auto desconhecido Dificuldade com a Chefia A chefia é um grande desafio para os monitores, por causa da forte cobrança que ela impõem ao monitor, chegando até a sufocar e algumas vezes desanimar o monitor. Mas isso é uma constante neste cargo e você terá que encarar as críticas como construtivas e superá-las. Você deve mostrar para sua chefia que não se abalou, provando assim que você é bem mais forte do que eles imaginavam que você fosse, mostrando o verdadeiro monitor que existe dentro de você. Maiores problemas com a chefia.: A desigualdade de tratamento entre elementos Isso na maioria das vezes, vem de nossa imaginação, pois tentamos culpar alguém pelo nosso fracasso. Então pense bastante antes de responsabilizá-los. Mas acho que já viu acontecer algum caso de proteção com determinado elemento, mas para lidar com isso você deverá ter calma e não se revoltar, manter a cabeça no lugar e a postura para conversar com a chefia. Não se preocupe tanto com os outros, pois você deverá fazer seu papel e não ficar se metendo na vida dos outros. Seja você mesmo, assim já estará fazendo o bastante. Você deve estar pensando que aqui acharia a solução, caso estivesse com este problema. A solução é você não tumultuar a

situação, viver a sua vida e deixar isso de lado. Você não precisa desta proteção dada para o outro elemento. A Eficiência, a causadora de brigas Em muitas tropas existe a “Eficiência” ( prêmio para a melhor patrulha em um determinado tempo). E durante a eficiência são dados pontos aos vencedores dos jogos, atividades, tarefas, gincanas, nos acampamentos, etapas e tudo o que posso ser avaliado. É normal no ser humano e é claro, na sênior, a gana de vitória. E quando perdem, sempre tem a reclamação e a idéia de terem sido “prejudicados, lesados”. Acham sempre que não merecem o resultado e principalmente o monitor, o responsável pela patrulha, é quem mais reclama, que “bate boca” e algumas vezes por coisas tão bobas. Chegam até a extrapolar e a levar ao máximo a insistência e a chefia algumas vezes se enche dessas reclamações constantes. Então, pense duas vezes antes de reclamar. Conselho: Um conselho que posso dar, mesmo sabendo que “se conselho fosse bom, não se dava vendia”, é manter a calma e esperar. Conversar em particular com a chefia, pois ninguém gosta de reclamações em público, e então esperar o final do jogo ou da reunião para conversar sobre o que aconteceu. Assim eles irão ouvir e aceitar melhor as suas reclamações.

Eu também já reclamei, e muito, sobre a chefia e algumas vezes não tinha razão, mas

não me arrependo do que fiz, pois a monitoria é um cargo muito exigido e com tanta responsabilidade que algumas vezes nos sentimos sobrecarregados. Com o tempo fui observando que a melhor coisa a fazer é conversar. O tempo traz experiências e nos ensina a saber ouvir mais e também quando falar. Um ditado sempre foi dito pelos mais velhos e aos poucos um fundo de verdade que existe nele. “ Gostaria de ter sua idade, Mas com a cabeça e experiência que tenho hoje” Porque depois de um tempo, observamos que seria bom se tempo voltasse para podermos entender melhor o momento de hoje. Ser criticado na frente dos outros Não critique as pessoas na frente de outras, pois você poderá envergonha-las, deixando-as constrangidas e algumas vezes você pode até fazer isso sem perceber (leia Cap.20.4 pág.80). “ Se você quer os acertos, esteja preparado para os erros” Carl Yastrzemski Entendendo seu chefe, ele só quer seu bem Imagino que você já deve ter sentido vontade de “esganar” o seu chefe e falar coisas absurdas para ele. Eu sei como é isso, pois não é só com você que isso acontece, é um desejo normal no ramo

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sênior. Esta é uma fase que você está em transição e criação de suas idéias e muitas delas se confrontam com as da chefia. E você tem que entender que ele o chefe é um voluntária, que não ganha para estar lá e que se está é porque e se sente bem em estar com vocês. Algumas vezes, ele já foi escoteiro, sênior, pioneiro e agora quer ajudar transmitindo seu conhecimento, adquirido ao decorrer dos anos. Então, antes de fazer qualquer reclamação e extrapolar nas atitudes, pense nisso, pois além de chefia, ele são conselheiros e amigos. Pedir ou Exigir da Chefia ? As informações sobre o que os elementos necessitam vem de você monitor, pois a chefia nem sempre percebe o que realmente a sua tropa quer. É tão mais simples os monitores juntarem informações do que estão sentindo falta e depois passarem para o chefe o que querem, como atividades, jogos e instruções. É só pedir para chefia. Peça para que os seus Chefes estejam fazendo os cursos necessários, pois como você, eles também tem graduações (cursos) a cumprir. Não se sinta constrangido em cobrar da Chefia os adestramentos, pois eles tem de ser o exemplo para sua Tropa e se os elementos virem seus Chefes se adestrando, com certeza irão ter mais gosto em tirar suas etapas. Lidar com brigas e fofocas Em algum momento este tipo de confusão acaba existindo em quase todas as Tropas. É quando junta um certo grupo de pessoas que adoram tumultuar o ambiente. Mas é simples, não dê importância para as fofocas e tente ver de onde elas surgiram, sem levantar alerta do que procura. As fofocas vão e vem e algumas são só para se ter o que comentar, então não se preocupe com elas. As brigas você terá que resolver conversando com ambas as partes, procurar o melhor caminho. Algumas brigas são tão graves que a chefia terá que intervir, pois ao invés de "briguinhas", poderão se tornar grandes problemas. Converse, explique que eles fazem parte de uma tropa de garra e união, não de brigas. Tente expor o lado bom da Tropa, a união que é demostrada para todos e que não é simplesmente uma tropa de jovens e sim uma tropa de amigos jovens. “O rio atinge seus objetivos, porque aprendeu a contornar obstáculos.” Auto desconhecido “Seja fiel no cumprimento de todos os seus deveres. Execute com capricho e amor todas as tarefas que recebe embora pareçam insignificantes. Qualquer coisa que esteja fazendo, por menor que seja, é um passo à frente em seu progresso. Realize suas tarefas todas, como se delas dependesse – como de fato depende – todo o seu futuro.

Saber elogiar, mas não muito Você, como qualquer pessoa, gosta de receber um elogio de vez em quando. É

sempre bom ser elogiado pelas tarefas bem realizadas. Mas pode ocorrer o excesso de elogios e neste caso a pessoa pode imaginar que é "a perfeita" e irá se acomodar, não fazendo as coisas bem feitas, pois sabe que o que fizer será de agrado para os outros. Elogio é bom, mas não em exagero, pois existem pessoas e pessoas. Alguns elementos, quando elogiados irão produzir bem mais, esperando futuros elogios. Então fique atento a quem elogiar e em que momento. “ O homem que honra a si mesmo é capaz de ver as virtudes de outro.” Autor desconhecido Ser Educado, sempre é bom Em qualquer lugar que estiver, tente aplicar a educação. Palavras simples podem significar muito e surtir grande efeito, como um: Dá licença, De nada, Desculpe, Obrigado, Por favor,... Aplicar dentro da patrulha e claro fora também. A educação vem de casa, mas se você não a aplicar, não irá adiantar nada. Levantar a Moral da Patrulha e da Tropa É razoavelmente fácil levantar a moral da patrulha, a vontade de competir, ganhar e participar de qualquer atividade: com palavras de incentivo, canções, sempre mantendo a alegria e as palhaçadas. A garra é fundamental e puxar a patrulha é um dos papeis do monitor. E quanto a alegria, se você tiver essa qualidade, lhe será muito útil, pois sempre estará, no ritmo e com força para encarar a barreira mais difícil. “Digno de admiração é aquele que, tendo tropeçado ao dar o primeiro passo, levanta-se e segue em frente” Autor desconhecido

Gritar as e canções e o grito da patrulha como se fosse a última vez, com todo

ânimo e vontade, procurando a força que vem de dentro de você, pelo amor e afinidade que você tem com a patrulha e a tropa.

Mas não esqueça que existe "Momentos e Momentos"

Chamar atenção Quando você faz algo errado, claro que não gosta de ser chamado atenção na frente dos outros. É por isso que a chefia geralmente tenta chamar a atenção e falar em particular. Se você não gosta que chamem a sua atenção na frente dos outros, não chame a atenção dos elementos na frente dos demais, quando fizerem algo errado. Nos sentimos muito envergonhados com isso, como se estivéssemos sendo diminuídos perante os demais. É uma simples atitude que afeta muito a integridade moral do próximo.

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"O que não quer que faça com você, não faça com os outros" Ditado Popular “Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo” Autor desconhecido Falar e não fazer Este é um defeito muito grave e que afeta seu caráter e sua da palavra dada. Quando falamos ou nos comprometemos com alguém em fazer alguma tarefa ou favor, entra nosso comprometimento pessoal de realizar. Se não fizermos e deixarmos só no dito, ficará muito chato e a pessoa não irá mais confiar em você. Ela saberá que não poderá mais contar com sua ajuda, por você ter falhado, não ter tido consideração e por ter pego algo e não realizado. Então, antes de se comprometer com alguém, pegar algum encargo, tarefa ou função, pense consigo mesmo se tem disposição, vontade e conhecimento para fazer ou tentar fazer. E se for fazer, faça o melhor que você puder. Mas se for fazer as coisas de mau gosto e má vontade, deixe para outra pessoa que possa fazer melhor. Mesmo se ela fizer pior que você, terá feito com disposição de tentado fazer. “Falou, faça Se fez, não precisa falar, eles irão saber que você é quem fez.” ACT Pegar muito no pé, sempre criticar É uma atitude do monitor ou elemento considerado "mala, chato", que não faz nada no seu cargo ou nas tarefas, adora criticas os outros, mas na hora de trabalhar, nada. Sempre tem um "jeitinho" especial de "sair de fininho". Então pense melhor antes de criticar os outros, se você faz melhor ou não, oriente os outros à não criticar. Alguns criticam mas nunca dão uma solução e nenhuma ajuda. Só tentam diminuir o trabalho dos outros. “Se não tivéssemos defeitos, não teríamos tanto prazer em notá-los nos outros” La Rochefoucauld “Antes de começar a criticar os defeitos dos outros, enumere pelo menos 10 dos seus” Autor desconhecido Contra dizer-se Essa é uma forma dos outros perderem a confiança em você. Quando você fala algo e age diferente ou fala alguma coisa e daqui a pouco diz outra, deixa as pessoas confusas a respeito de sua opinião, principalmente os seus elementos. Então antes de fazer ou falar algo, tenho certeza que irá cumprir o que fala, para não contra dizer-se ou tentar fazer o menos possível.

“Triste não é mudar de idéia, Triste é não ter idéia para mudar” Autor desconhecido Sou o Bom, será mesmo !?! Você monitor que se acha o máximo, pensa ser o conhecedor do cargo, de tudo e sempre ter a razão, esse item é dedicado a você. Espero poder ajudá-lo a enxergar que você não é a metade do que pensa ser. Você já parou e pensou se seus conhecimentos são tão vastos assim ? Se você sabe tanta coisa assim ? Não adianta falar da boca pra fora para se intitular “o bom”, tem que fazer algo para justificar. Você não deve ser mais um, que na hora de trabalhar, fica mandando e criticando quem fazer e quando pedem para fazer, o rei das desculpas entra em ação. Geralmente quem se intitula “o bom” é para iludir outras pessoas a seu respeito, mostrando algo que gostaria de ser mas que não chega nem perto de ser. Então olhe no espelho e veja como você é naturalmente e observe se enquadra-se neste item. Seja sincero consigo mesmo e humilde. Algumas vezes você até poder ser “o bom”, mas deixe que as pessoas o intitule, não rotule seu próprio adjetivo. É como apelido, quem lhe dá são os outros e não você. “Quem sabe, sabe! Quem não sabe, é bom correr atras e procurar saber, Mas nunca diga que sabe, pois a outra pessoa poderá saber mais que você.” ACT “Por mais forte, duro e independente que possas ser, sempre haverá um momento em que precisarás de ajuda.” Autor desconhecido

Toda vez que o desempenho da patrulha não estiver satisfatório ou você sentir-se em dúvida em relação a sua capacidade de liderar, faça-se as seguintes perguntas: 1- Sou um bom exemplo para a minha patrulha ? Comentário: Todo monitor deve liderar pelo exemplo pessoal, ou seja, você é um exemplo que será imitado pelos seus elementos, tudo o que

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você fizer, sendo bom ou ruim, será visto pelos elementos como um exemplo de conduta. 2- Eu demonstro autoconfiança, iniciativa e garra ? Comentário: O monitor deve trabalhar sua personalidade para ganhar em autoconfiança, sem a qual é impossível liderar. A iniciativa em resolver problemas é outro ponto a ser trabalhado junto com a garra para persistir. Estes três pontos combinados motivam a patrulha e o monitor na busca de seus objetivos. 3- Estou promovendo um ambiente de respeito, amizade e união ? Comentário: Dentro de uma patrulha deve existir respeito entre todos, então respeite e será respeitado. O monitor deve criar e incentivar atividades extra na sede. Só com um grupo unido nascerá o espírito de patrulha. 4- Estou planejando e ouvindo os elementos nas tomadas de decisão ? Comentário: Planejar deve ser uma rotina de todo monitor, pois é seu dever prever as dificuldades, montar estratégias e dividir os trabalhos dentro da patrulha. No entanto o monitor não é um ditador que faz sem escutar a ninguém, sua liderança vem de sua competência e não de sua autoridade. 5- Estou seguindo a promessa e a Lei escoteira ? Sem comentários. ( leia cap. 3.1 – pág. 18 ) (úteis, que se usa na prática)

INSPEÇÃO DE GIWELL É feita para examinar o que os elementos trouxeram na mochila. E uma forma

organizada de expor seus materiais para arejar e observar o que está limpo e sujo. Durante os acampamentos é feita muitas vezes pela chefia, para observar o que os elementos trouxeram, examinando a organização, limpeza, etc. A inspeção é feita no material individual e no campo da patrulha também, observando a limpeza do campo, a cozinha, barraca, estética das pioneirias e a organização dos materiais. Existem várias formas de fazer, mas a mais simples ao meu ponto de vista é a seguinte: Postura A patrulha impecavelmente uniformizada deve ficar fora do campo, em linha (um do lado do outro), com o monitor ao lado do portal do campo.

A chefia irá chamar o monitor para acompanhar na inspeção e a patrulha irá se manter em forma.

Importante Não esquecer que a patrulha deve ficar

cantando músicas escoteiras alegres durante a inspeção. Isso é muito importante e tem que ser do começo ao fim da inspeção. Material Individual O material será colocado em cima do saco de dormir, o elemento ficará na frente do seu correspondente, identificando, assim, o proprietário dos pertences. Os sacos de dormir estarão em cima da lona, dentro do campo e os elementos estarão formados fora. Dê um espaço razoável entre um saco de dormir e outro, para a chefia examinadora distinguir o material de um elemento e os dos outros.

Seria bom se em cima do saco de dormir estivesse o seu “Check List” (leia

Cap.23.8 pág.98) para a chefia notar a organização do seu material. Disposição do Material Individual É muito simples organizar, mas exige organização e senso estético. Imagine você deitado no saco de dormir, então é só organizar desta forma, dividir a distribuição por partes do corpo. ( Cabeça, Tronco, Pernas, Pés). Alguns materiais e sua disposição como exemplos. CABEÇA Mochila e cobertor: Mochila totalmente vazia e com os compartimentos abertos, cobertor pode estar aberto em cima do saco de dormir ou pode ficar dobrado; Chapéu, boné, tocas; TRONCO Camisa, Camisetas, Agasalhos, Casacos, Capa de Chuva: Dobrados e empilhados, distinguindo usados dos não usados; Escova, pente, creme dental, sabonete, toalha e produtos de higiene pessoal: todos em cima da toalha, sabonete fora do porta sabonetes; Pochete: Terá que tirar tudo que está dentro dela, pois ela é como se fosse uma mochila pequena, então tem que deixar todos os compartimentos abertos; Máquina Fotográfica: de preferência tirar da capinha, mas o essencial é tirar as pilhas; Prato, copo e talheres: Limpos e em cima do pano de prato, porta pratos ou pode ficar na cozinha ( terá que fazer um padrão na patrulha, se 1 colocar na cozinha todos deverão colocar e vice e versa); PERNAS

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Calça, bermuda, shorts; Roupas intimas: Não é necessário tirá-las, pode deixar dentro de sacos plástico, mas tem que deixar a sacola aberta para ele ver o que contém; Lanterna: Aberta e com suas pilhas para fora, coloca-las ao lado junto com a tampa da lanterna; Canivete: fora da bainha, aberto e limpo; Faca: fora da bainha e limpa; Cantil: Aberto e vazio ou poderá ficar na cozinha; PÉS Tênis limpo: em cima do saco de dormir; Roupa suja: dentro do saco plástico, mas tem que deixar aberto, para poder observar o que contém dentro dele; Tênis sujo: fora do saco de dormir em cima de um saco plástico;

ATENÇÃO

A organização é fundamental para o examinador e a estética da divisão dos materiais; Dentro da mochila, não pode ter nada, tem que estar completamente vazia e com todos os bolsos e compartimentos abertos; Facão, Machadinhas, marretas particulares: Deverão ficar no canto do lenhador (não esqueça), pois mesmo sendo seu, deverá ficar de uso para a patrulha e não particular; Evite misturar coisas que não tenham nada em comum (ex.: higiene pessoal com roupa suja); Alimentos, nem pensar em estar junto do saco de dormir, mesmo sendo seu deverá ficar na cozinha. Tudo deverá ficar fora dos sacos plásticos a vista do examinador; O Campo Deverá estar muito limpo, organizado; As pioneirias firmes e com as amarras bem feitas; Cozinha: com as panelas limpas e mantimentos fechados, nos seus devidos lugares, fogão limpo (fogareiro ou a lenha) e o lixo fechado; Canto do lenhador: Materiais de campo, todos limpos e disposto no porta ferramentas; Barraca ou Bivaques: Totalmente aberto e bem limpo, sem qualquer sujeira.

Não deverá ter qualquer sujeira,

mesmo que seja mínima, como cizal, papeis, sacos plásticos, madeiras jogadas, etc. Madeiras todas no canto do lenhador, exceto a madeira cortada para o fogão a lenha (se for a lenha) cepo do canto do lenhador terá que ficar preso ao chão, (é só colocar em cada ponta do cepo, duas estacas uma de cada lado das pontas, depois bater com a marreta e amarrar com cizal) Obs.: Caso não seja feita a inspeção do material individual, as mochilas deverão ficar dentro da barraca ao fundo.

Antes de ir dormir, tente deixar o campo mais arrumado possível e nas rondas se cada elemento arrumar um pouquinho irá ajudar muito, pois no outro dia não sobrará muito tempo para arrumar o campo. Nós e Amarras Amarra Paulista , Enfardador ou Caminhoneiro Nó utilizado para esticar um cabo. Prende um cabo a um estai (Ribeira) e em seguida, no outro estai, faz-se um S (como no Catau) na corda colocando a ponta do S virado para o lado onde foi feito a Ribeira, fazendo um cote do outro lado, ficará com uma alça. Pegue a ponta da corda e dê uma volta sobre a árvore, esticando-a e volte pela árvore dando no cabo vários cotes. Algumas vezes no elo que se forma.

Será bom, colocar uma madeirinha na alça pequena, para assegurar que essa amarra não se desfaça. Cadeira de Bombeiro ou Encapeladura Simples É o nó feito com duas alças amplas, uma para atuar sob os braços e a outra por trás dos joelhos, ficando as pontas do cabo livres para o caso de salvamentos, sobretudo de certa altura, em casos de incêndio. O nó é reforçado por dois cotes laterais, para firmá-lo bem.

Nó da Amizade ou Quadrado O nó quadrado, belo e simétrico, é um nó essencialmente decorativo. Faz um belo efeito quando usado em um lenço.

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No Movimento Escoteiro ele é usado para demostrar a amizade que uma pessoa tem pelas outras, pois fazem este nó um no lenço do outro. Assim representa bem mais, do que fizermos em nós mesmos.

O esquema apresentado na seqüência 1, 2 e 3 da figura 4 dá a visão total de sua montagem. Após executarmos os movimentos indicados pelo diagrama, ajuste a laçada ao tamanho desejado e trabalhe as dobras convenientemente, para obter-se o efeito mostrado nas figuras 4. Nó da Moringa ou do Gargalo Um nó especial para arrumar nos gargalos de garrafas ou jarros, de grande utilidade. É seguro e resistente. Para executá-lo acompanhe os diagramas com atenção, pois embora pareça um pouco complicado, na verdade é muito simples. Faça uma lançada com dois meio-nós (figura 1) e em seguida puxe as duas partes interiores, cruzando-as (fig. 2). Sem deixar que as posições se modifiquem, puxe a parte inferior da laçada, passando-a pela direção da seta da figura 3. Ao se executar o movimento anterior, duas outras laçadas se formarão na frente e atras de laçada central. Na fig. 3, vire estas duas laçadas para baixo, ficando com um nó idêntico ao da fig. 4. Introduza o gargalo do jarro ou garrafa no interior do nó e puxe as duas pontas e a laçada, ajustando-o corretamente (fig. 5).

Nó de Arnez O nó de Arnez, é sempre executado com a corda em torno de algum objeto, de preferência cilíndrico. Existe vários exemplos para este nó simples, mais útil, como: para fazer uma escada, suportes, divisor de cordas, etc. Se você observar com mais atenção, irá perceber que é simplesmente um nó de correr.

Nó de Fateixa Este nó chamado de Fateixa, geralmente é muito usado pelo escoteiros do mar e claro para quem usa barcos. Mas nada impede que você precise dele para prender uma argola, haste, roldana. Um nó simples, mas muito firme, dando muita segurança para que o utiliza.

Bandeirola da patrulha, responsabilidade e atenção total

É o emblema da patrulha e você monitor que toma conta, deverá cuidar com muito carinho.

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Manter sempre limpa e em ótimo estado, pois ela representa um pouco da personalidade da patrulha e você terá que levá-la em qualquer lugar onde a patrulha estiver, sempre em sua mão. A chefia irá testar sua responsabilidade, sempre tentando pegá-la e se você for descuidado irá ficar se lamentando, com certeza depois irá escutar muito. Então sempre fique de “olho vivo”. O Chefe deu 2 apitos, o que eu faço?!? Dois apitos significa a chamada do chefe para os monitores, alguma instrução será passada ou algo ele quer falar com você. Você terá que ser rápido, pegar sua bandeirola, correr até onde foi dado o apito e apresentar a sua patrulha. Apresentar a patrulha?? É isso mesmo, chegar para o chefe e falar - "Patrulha ODIN, Sempre Alerta !" ( No lugar da pat. ODIN coloque o nome da sua patrulha) É só isso, ouvir o que ele tem para passar e depois reunir a sua patrulha e passar para ela o que o chefe transmitiu para você.

Já vi muitos monitores chegarem e falar

"Patrulha ... ao seu dispor", eu acho meio arriscado, pois nunca se sabe o que alguns chefes são capasses de te responder. Você está falando, estar disposto a fazer o que ele quer. Você estará ao dispor dele, isso é muito perigoso, hehehe. Atenção !, elementos novos na área Você monitor é quem vai receber esse jovem que está interessado em entrar no movimento, mostrar-lhe em alguns minutos como se portar e como é bom estar dentro do movimento. Mas não esqueça que ele não sabe nada e que a primeira

impressão é a

que fica. E se você tratá-lo bem e lhe der atenção com certeza ele irá voltar. E o escotismo irá formar mais um cidadão consciente. Rotas a caminho, um passo para sênior Quando escoteiros estão em época de rota ou estão quase na sênior, é muito importante você dar atenção e recebe-los de braços abertos, porque este é um ramo bem diferente do escoteiro e nessa mudança alguns sentem muito, chegando até a perder o interesse no movimento, por causa da má recepção do monitor, chefia, patrulha e tropa. E se você e a tropa der atenção para ele evitarão seu desânimo pelo ramo. Na época de rota, aproveite bem o elemento escoteiro, convidando-o para atividades, reuniões da patrulha e da tropa, fazendo o entrosamento dele com os membros e com o ramo. Despertando o interesse dele pelo ramo sênior e a vontade de passar e descobrir novos desafios e amigos.

Já vi muitos bons escoteiros que ao passarem para sênior encontravam algo que

os desanimava, só que eu não sei bem o que. Algumas vezes tentei pensar mas não cheguei a uma conclusão. Penso se foram eles que não tiveram pique para o ramo, se o ramo não abriu as portas para eles ou se os chefes escoteiros não deram base suficiente para que eles encarassem o ramo sênior. Quem pode fazer saudação ?

Muitos monitores esquecem dos adestramentos básicos como, por exemplo, os elementos sem promessa fazerem saudação para a bandeira. A posição deste elemento é em alerta e com camisa para dentro, etc. Caso este elemento por algum motivo venha a assumir a monitoria quando você for a bandeira, ele terá que ficar com o bastão sem fazer saudação, mesmo estando como monitor por aquele instante. Acho que nem deve ser citada as saudações do monitor com o bastão, porque isso se aprende em 1 minuto, com chefe e com os outros monitores. Garbo, todos bem organizados É sempre bom ver a patrulha em ótimo estado, com uniforme limpo, organizado e um padrão para a patrulha toda. Tente manter esse padrão, pois sempre a chefia estará de olho e na bandeira os elementos que não tem promessa não devem esquecer de colocar a camisa para dentro. Quanto aos distintivos da patrulha, examinar antes da inspeção para ver se ninguém está errado e se todos estão bem arrumados, mantendo o garbo.

Sempre ter distintivos extra da patrulha, caso algum elemento esqueça, pois

sempre tem um. Isso é normal !

Não usar na bandeira (hasteamento e

arriamento) junto ao corpo faca, canivete, .. etc. Terão que ficar fora da cintura e no chão. Por respeito ao pavilhão Nacional. “Check List” É uma forma de lembrar o que você terá que providenciar e o que você tem como material. Você faz uma listagem do que você tem de material disponível no campo e caso precise de algo e não lembre se levou, é só conferir na lista. Na hora de ir embora a mesma coisa, para observar se não esqueceu nada é só conferir a lista e checar. Ela pode ser feita com o material individual também, na hora de você arrumar o material para o acampamento evitando esquecer algo. Sempre temos a impressão de ter esquecido alguma coisa e desta forma irá ficar bem mais seguro levar tudo e não esquecer nada. Cardápio – MENU Chegou a hora de falar em comida e na atenção que você deverá ter na hora de fazer o cardápio. Terá que saber reforçar sem economizar muito, pois é nessa hora que damos energia ao corpo. Neste ramo, vários seniores comem muito, como se fossem três escoteiros. Ter o bom senso para distribuir as refeições de acordo com o horário e atividade. (Ex.: Fazer feijoada no jantar é inconveniente, pois é uma comida pesada para ser feita a noite. Imagine na hora de dormir !).

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Sempre de ,preferência, fazer comidas diferentes e sem repeti-las. Ter variedade é fundamental. Em todas as refeições, seria bom ter sobremesa (chocolate, frutas, etc.), para adoçar um pouco, açúcar também é fundamental para o corpo. Na ronda sempre ter um chá com bolachas para alimentar e esquentar durante a noite.

Faça um painel (menu, cardápio) expondo o que terá nas refeições do

acampamento. Irá ficar além de bonito muito mais fácil dos elementos e chefia saberem o que terá nas refeições. Irá mostrar a organização da cozinha e lógico da patrulha. A criatividade é sempre fundamental, portanto evite fazer coisas muito simples, que todos podem fazer. É sempre bom assistir programas culinários, você vai achar engraçado. Mas é isso mesmo, existem muitos pratos simples, bons e diferentes para se fazer em acampamentos. 3 anos e nada mais Você monitor ou elemento que estiver lendo e que já está no final de sua época de sênior, percebera bem melhor o que irei dizer. O ramo sênior, é um ramo espetacular que junta jovens que estão na época de amadurecimento e desenvolvimento. Mas só é ótimo para quem sabe aproveitar. Não deixe 3 anos únicos de sua vida passarem despercebidos, então viva-o, participe, divirta-se, anime-se, porque essa época é única e nunca mais irá voltar. Depois de alguns anos muitos poderão se arrepender de não ter aproveitado o suficiente, então se é época de fazer, faça, se é época de lutar, lute. Busque os seus ideais baseando-se nos 4 desafios sênior (Social, Espiritual, Físico, Mental), crie amigos que lhe ajudarão e que você poderá ajudar sem compromisso. O escotismo não vive só de etapas, jogos, etc., vive principalmente da confraternização e das amizades que você inicia a cada dia que passa e refortalece as amizades que fez no passado. Hoje – Viva este momento, agora !; Ontem – Relembre e baseie-se na lições aprendidas; Futuro – Sonhe e aplique o que aprende hoje e aprendeu ontem. ACT

Ajuda para o projeto:

m. Márcio Ricardo Minardi (mestre pi. Clã Pioneiro Fênix – 11° G.E.M.C.Carmo – SP)

m. Zilda Maria Domigues (mestra pi. Clã Pioneiro Fênix – 11° Carmo) ch. Adriano Penna (chefe da T.E.M. Xingu – 11° Carmo) parte

gráfica do manual Colaboradores para o projeto: ch. Daniela Dias (chefe guia da Tropa Sênior Viking – 11° Carmo) ch. Nilton Brandão S. Jr (chefe sênior da T. Sênior Viking – 11° Carmo) ch. Rodrigo Assis Bastos ( 254° G.E.Raposo Tavares – SP) ex.pi. Fábio A. Domingues (assist. sênior da T. Sênior Viking – 11° Carmo) guia Amanda Dias (monitora pat. Alcatrazes -11° Carmo) guia Patrícia Scarpelini (monitora pat. Kariri - 55° G.E.Morvan – SP) pi. Naomi Gomes Koga (46° G.E.Almirante Tamandaré – SP) pi. Roseane Akemi Hashiguchi (16° G.E.M. Amigo Velho – PR) sênior Bruno C. Fonseca (monitor pat. Odin -11° Carmo) sênior Thiago Borges (subm. da pat. Zeus -11° Carmo) Demais amigos da minha época e do grupo, que sempre me apoiaram. Que até agora não citei pi. Rodrigo Garcia Baptista “Carmona” (ex-m. Zeus - 11° Carmo) ex-pi Luís Gustavo Mazetti “Colorido” (ex-m. Zeus - 11° Carmo) pi Guillermo Oliveira (ex-m. Zeus - 11° Carmo) Iberê F. Machado (ex-m. Thor - 11° Carmo) Bira, ch. Anderson, ch Itiberê, Marcelo, ch. Roberto, Dafner, Francis, Hélio, Hiury, Irecê, Janaina, João, Luciana, Luciano, Márcio "Post", Richard, Rogério “Rabo”, Rubens, Valéria, William. Não podendo esquecer da formações da pat. ODIN, que deixou grandes lembranças e eficiências monitor Alex, Iberê, Bira, Rogério, Colorido, Fábio, subm. Márcio “Post” - 94 monitor Alex, João, Dafner, Fábio, subm. Rogério – 95 monitor Alex, João, Dafner, sub. Francis – 96 Desculpe se esqueci de alguém, foi só no papel, mas todos que foram da minha época e vivênciaram comigo desde 1986 até hoje, não esquecerei jamais na minha memória. Obrigado Melhor Possível Sempre Alerta SERVIR !

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Fico muito contente por você ler um pouco de quem fez este Projeto de IBP o "Manual do Monitor". O Escotismo é muito importante para mim, em todos os sentidos é por isso que sempre me dediquei ao máximo. Mas não quer dizer, que é tudo na minha vida, mas com certeza a completou bastante. Um dos propósitos por eu fazer este manual, foi por eu ter sido tanto tempo monitor e gostaria de passar um pouco do aprendizado que obtive. Parece ser fácil ser monitor, mas quando estamos lá é bem diferente, as barreiras aumentam enorme mente. O meu prazer em ser monitor era muito grande, principalmente na sênior, ainda mais que me identifiquei com a patrulha ODIN pela qual tenho muito carinho.

Ramo Lobinho (29/03/86 - 18/11/89):

segundo-primo 14/02/87 a 12/03/88 primo 12/03/88 a 18/11/89

Ramo Escoteiro (18/11/89 - 05/03/94):

submonitor 10/03/92 a 12/08/92 - p. Cação monitor 12/08/92 - 05/03/94 - p. Cação ( 1 anos e 7 meses)

Ramo Sênior (05/03/94 - 15/12/96):

Monitor 14/05/94 a 26/12/94 - pat. ODIN 26/12/94 a 26/03/95 - pat. ODIN 26/03/95 a 31/08/95 - pat. ODIN 31/08/95 a 09/03/96 - pat. ODIN 09/03/96 a 21/09/96 - pat. ODIN ( 2 anos e 4 meses) Todas pôr eleição na patrulha

O que conquistei nestes 13 anos de movimento escoteiro:

Ramo Lobinho (29/03/86 - 18/11/89):

Cruzeiro do Sul

Ramo Escoteiro (18/11/89 - 05/03/94):

Lis de Ouro

Ramo Sênior (05/03/94 - 15/12/96):

Escoteiro da Pátria & Cordão Dourado

Ramo Pioneiro (15/12/96 - 19/10/99):

Se tudo der certo IBP :)

O mais importante não é o que está em cima e sim o quanto aprendi a correr atrás dos meus ideais, sem pisar em ninguém, sempre dando a mão a quem gostaria de caminhar junto e chegar onde cheguei. Ter a consciência de ter ajudado alguém, sem precisar falar para ninguém, pois um dia alguém fez o mesmo comigo. SERVIR ! Pi. Alex de Carvalho Teixeira Clã Pioneiro Fênix 11° Grupo Escoteiro do Mar Colégio do Carmo - Santos/SP

BELMIRO, Arnaldo. O Livro dos Nós, de Trabalho e Decorativos, Rio de Janeiro - RJ: Editora Tecnoprint S.A., 1987. CONSULTA A INTERNET, Diversas Páginas de Poesias e Frases. CONSULTA A INTERNET, Diversas Páginas sobre Movimento Escoteiro. FAGUNDES, Osny Câmara. Dicas para o Graduado, 1

a Edição,

Brasília –DF: Editora abcBSB, 1998. TRURMAN, John. A Côrte de Honra, 3

a Edição, Livro do Escotista n°

5, São Paulo – SP: Editora Escoteira, 1973. UEB – Região de São Paulo, Livro do Graduado - Ponta de Flecha 1996, São Paulo: 1996. UEB – Região de São Paulo, Livro do Graduado - Ponta de Flecha 1997, São Paulo: 1997. WILSON, Coronel John Skinner, Outras 200 Idéias para Monitores, 2

a Edição, Livro de Patrulha n° 5, São Paulo – SP: Editora Escoteira,

1970.

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INSPEÇÃO DE GIWELL Desde o começo dos acampamentos escoteiros é feita uma inspeção matinal, para verificar se tudo esta em ordem, lampião limpo e abastecido, roupa molhada no varal, etc. Para manter um padrão foram criadas algumas normas do que seria inspecionado e de que modo. 1 - A inspeção será realizada por um escotista acompanhado do monitor da patrulha, onde o escotista explicara cada item se houver alguma deficiência deve explicar o modo correto de faze-lo. 2 - O escotista usará o mesmo critério para todas as patrulhas, ver planilha anexa, em algumas tropas a inspeção e competitiva e pontuada, e um bom incentivo para os jovens. 3- Os membros da patrulha ficam em frente da barraca com seu material exposto a sua frente (ver disposição abaixo) e costume em muitas tropas a patrulha ficar cantando durante todo o tempo da inspeção.. 4 - A inspeção não de ser feita em dias chuvosos ou com garoa, o ideal e um sol para secar tudo do orvalho ou chuva.

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Prato, caneca, talheres, são guardados na cozinha.

Cobertores e sacos de dormir no varal.

Toalhas e roupas úmidas no varal.

Facas, canivetes ficam guardados no canto do lenhador.

Todos os sapatos são guardados na sapateira.

A mochila fica totalmente vazia.

Barraca aberta, com fundo levantado para arejamento.

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EXEMPLO DE UMA PLANILHA DE PONTUAÇÃO NA INSPEÇÃO DE GILWELL

Itens a serem inspecionados pontos Patrulha1 Patrulha2 Patrulha3 Patrulha4

O VARAL ESTÁ CORRETO 5

ROUPAS ÚMIDAS NO VARAL 5

PILHAS FORA DA LANTERNA 5

LAMP. E PILHAS DE RESERVA 5

PENTES SEPARADOS ESCOVA DENTAL 5

ROUPA SUJA SEPARADA 5

ROUPA LIMPA DOBRADA 5

MOCHILAS VAZIAS 5

BARRACA S/NADA DENTRO 5

BARRACA C/PORTAS ABERTAS 5

REMÉDIOS PESSOAIS SEPARADOS 5

LIMPEZA GERAL

O CAMPO ESTÁ LIMPO 10

PONTAS DE SISAL 5

RESÍDUOS DE COMIDA 5

PANELAS/UTENSÍLIOS/LIMPOS 5

PRATOS, TALHERES, CANECAS 5

PANOS DE COZINHA 3

TEM MATERIAL LIMPEZA 2

FOGÃO LIMPO SÓ C/BRASAS 5

FOSSA LÍQUIDA NO TAMANHO 5

TELA PARA GORDURA 5

FOSSA SÓLIDA NO TAMANHO 5

TEM PROFUNDIDADE CORRETA 5

AS FOSSAS TÊM TAMPA 5

TOLDO ESTICADO 5

VIDRO LAMPIÃO LIMPO 5

TEM CAMISINHAS DE RESERVA 5

O BUJÃO TEM GÁS 5

FERRAMENTAS LIMPAS LUBRIFICADAS 5

OUTROS

TOTAL

DATA / /

ATIVIDADE

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TRADIÇÕES DA PATRULHA

P. L. Philippe fonte: Escoteiro Gaúcho, ano II nº5 jan/fev 55 A patrulha tem suas tradições próprias, que respeitamos e das quais nos sentimos orgulhosos. Só o Conselho de Patrulha está capacitado a considerá-las, modificá-las ou acrescentar novas, ou anulá-las. Todas as decisões são apresentadas para sua aprovação ao Chefe da Tropa. As tradições sempre foram respeitadas, ainda mesmo pelos novos monitores que se sucediam na patrulha: quando queriam mudá-las, sempre foi reunido o Conselho de Patrulha, tendo igualmente sido solicitado, por deferência, o parecer se deu percursor. Nas tradições da patrulha incluímos: - o emblema; - a oração; - as festas de patrulha; - o lema; - o regulamento; - a boa ação; - as especialidades; - o padroeiro; - o grito; - o hino, etc... Tal é a organização das Cegonhas. Não creias monitor que conseguirá tudo isto de uma só vez. Pouco a pouco ir-se-ão realizando teus ideais, graças a tua energia e imaginação. Não creias que basta que tua patrulha seja um modelo de organização para considerá-la como sendo uma “patrulha ideal”. Tem que ser uma patrulha cheia de vida e de alegria, e, pelo contrário, não basta que uma patrulha tenha um monitor dinâmico e escoteiros de boa vontade para mercer o nome de “patrulha ideal”. Conheci patrulhas em que ninguém sabia o que devia fazer, tanto nos jogos, instalação do acampamento, como na preparação das especialidades. Nestas mesmas patrulhas, avisa-se no último instante a hora das reuniões; os escoteiros chegam tarde aos encontros; o canto da patrulha está em constante desordem ou transformação; o equipamento em mau estado ou extraviado. Enfim, trata-se de uma patrulha sem ordem, de patrulhas que não se acham organizadas. Desejo-te que tua patrulha não se pareça a este desagradável relato. O REGULAMENTO DA PATRULHA Redatei-o com Paulo, e, em um Conselho de Patrulha memorável, todos os escoteiros promessados aceitaram-no a assinaram. Assim, desde este dia, este regulamento tem sido a “regra de ouro” da vida da patrulha. Cada um de seus escoteiros sabem muito bem que ele deve leal e fielmente observá-lo se quer ser considerado como um membro ativo e apreciado da patrulha. Sabe que se ennhum cumprir o nosso regulamento, logo virá a dissolução de nosso pequeno grupo. Duas vezes o Conselho de Patrulha teve que modificar um pouco nosso regulamento. Suprimimos o que parecia inútil e acrescentamos dois artigos importantes sobre o Lema e os cargos. Eis aqui os principais pontos de nosso Regulamento de Patrulha. DIREÇÃO DA PATRULHA “Somente o Monitor dirige. O Sub-Monitor o ajuda e atende. A Patrulha é uma família da qual o Monitor é verdadeiramente o chefe, e na qual deve reinar o que se chama Espírito de Patrulha”. LEMA E EMBLEMA “A Patrulha tem um lema conhecido de todos os escoteiros. Convém dizer que este não deve ser letra morta, mas sim o princípio diretivo da patrulha”. CARGOS E POSTOS DE AÇÃO “Cada um dos escoteiros da Patrulha tem uma função designada pelo Conselho da Patrulha, segundo as capacidades e necessidades desta. A função se compõe de um cargo permanente e de um posto de ação provisório. Os principais são: - secretário: Faz as atas do Conselho de Patrulha; mantém em dia o histórico da patrulha, o álbum de todos, desenhos e recordações da patrulha, os jogos,, danças e a coleção de cantos da Patrulha. Enfim, mantém a tradição. - tesoureiro: Administra a xaixa da Patrulha; recolhe os donativos e cotas. Cuida do livro caixa, onde se registram as contas de entradas e gastos da patrulha. Controla os gastos, dando seu parecer justo sobre os projetos de gastos. Presta contas ao Conselho de Patrulha da situação financeira e propõe as medidas que deve-se tomar para aumentar o fundo da caixa da patrulha. - almoxarife: Assegura a conservação e cuidado de todo o equipamento da Patrulha: móveis, material de campo, de jogo, de primeiros auxilios,

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ferramentas, material técnico e, cuida com que seja tudo devolvido, depois de retirado e ocupado. Pode ter um ajudante. - bibliotecário: Guarda e cuida da conservação dos livros da biblioteca da Patrulha. Organiza o sistema de retiradas entre os escoteiros. Compra livros novos, interessantes, cuja aquisição se submete ao Conselho de Patrulha. Outros A cada cargo de patrulha corresponde uma verdadeira missão e responsabilidade. Se faz falta, se criam novos cargos como: Mestre de Cerimônias, Mensageiro, etc. Se põem naturalmente igual aos demais, a disposição do monitor, se este necessitá-los. Os postos de ação, que são provisórios, consistem em desempenhar, as vezes, missões particulares. Os postos de ação que existem na patrulha são: enfermeiro, salva-vidas, cozinheiro, sinaleiro, carpinteiro, observador e pintor.

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REFERÊNCIAS Padrões de Acampamento Curso Técnico de Padrões de Acampamento – UEB/SP Site do Grupo Escoteiro Caoquira – 158/SP Curso Preliminar Nível II – Ramo Escoteiro – UEB/PR Curso Preliminar Nível II – Ramo Sênior – UEB/PR