manual de instruções técnicas da ccih
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Manual de
Instruções
Técnicas da CCIH
GQVS/CCIH/01/2020
Versão 1.0
Divisão de Gestão da
Qualidade e Vigilância
em Saúde/CCIH
Manual
Manual de Instruções Técnicas da CCIH/HUAC- UFCG
GQVS/CCIH/01/2020
Versão 1.0
® 2020, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.ebserh.gov.br
Material produzido pela Divisão de Gestão da Qualidade e vigilância em Saúde/ CCIH - Ebserh
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais.
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação
Manual: Instruções Técnicas da CCIH– Divisão de gestão da qualidade e
vigilância em saúde/CCIH – Campina Grande: EBSERH – Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares, 2020. 44p.
Palavras-chaves: 1 – Manual; 2 – CCIH; 3 - Instruções; 4 – Técnicas.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL
DE CAMPINA GRANDE
ADMINISTRADO PELA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
(EBSERH)
Rua Carlos Chagas, S/N
Bairro São José | CEP: 58400-398 | Campina Grande - PB
Telefone: (83) 2101-5508 | E-mail: [email protected]
HOMERO GUSTAVO CORREIA RODRIGUES
Superintendente
CONSUELO PADILHA VILAR SALVADORE
Gerente de Atenção à Saúde
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Gerente Administrativa
ALANA ABRANTES NOGUEIRA DE PONTES
Gerente de Ensino e Pesquisa
ANDRÉIA OLIVEIRA BARROS SOUSA
Chefe do Setor de Gestão de Qualidade e Vigilância em Saúde
HISTÓRICO DE REVISÕES
Data Versão Descrição Gestor do Manual Autor/responsável por
alterações
10/12/2020 1.0 Trata das Instruções Técnicas
da CCIH
Karina Vilar
Jack Charley
Alexsandra Valéria de
Lima Pereira
INTRODUÇÃO
As medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas pelos profissionais
que atuam nos serviços de saúde para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de
microrganismos durante qualquer assistência à saúde realizada.
Neste Manual, serão abordadas instruções técnicas referentes a diversas atividades
desenvolvidas pela CCIH e demais setores do hospital. As mesmas foram desenvolvidas baseadas
em normatizações da ANVISA, bem como na literatura científica disponível.
Estas são orientações mínimas que devem ser seguidas por todos os serviços e poderá ser
modificada conforme recomendações da ANVISA.
Karina Vilar
Enfermeira da CCIH HUAC/UFCG/EBSERH
SUMÁRIO
IT 001 - Precauções recomendadas em diferentes situações clínicas........................................................6
IT 002 - Cultura de Vigilância para pacientes internados.........................................................................9
IT 003 - Coleta de Hemocultura.................................................................................................................14
IT 004 - Fluxo de coleta de roupas............................................................................................................19
IT 005 - Troca de dispositivos.....................................................................................................................20
IT 006 - Limpeza e desinfecção de Almotolia (picetas).............................................................................24
IT 007 - Higienização de camas e colchões...............................................................................................27
IT 008 - Higienização das mãos em serviços de saúde..............................................................................29
IT 009 - Higienização cirúrgica das mãos em serviços de saúde..............................................................37
IT 010 - Limpeza e desinfecção de caixa d’água.......................................................................................40
IT 011 - Limpeza e desinfecção de brinquedos.........................................................................................41
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA
CCIH
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OBJETIVO
Estabelecer diretrizes para prevenção da disseminação de micro-organismos e
consequentemente doenças e agravos em diferentes situações clínicas
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Todo profissional de saúde que entrar em contato com o paciente
IT 001 – CCIH-
HUAC/EBSERH
Precauções recomendadas
em diferentes situações
clínicas
Data da Emissão:
Outubro/2020
Previsão de data de
Revisão: Janeiro/2021
IT – 001
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ANEXO:
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS EM DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
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IT 002 – CCIH-HUAC/EBSERH
Cultura de Vigilância para
pacientes internados
Data da Emissão:
Janeiro2020
Previsão de data de
Revisão: Janeiro
2021
IT n° 002
CONSIDERAÇÕES
Micro-organismos multirresistentes são patógenos resistentes a diferentes classes de
antimicrobianos testados em exames microbiológicos. Alguns pesquisadores também definem
micro-organismos pan-resistentes, como aqueles com resistência comprovada in vitro a todos
os antimicrobianos testados em exame microbiológico.
São considerados, pela comunidade científica internacional, patógenos
multirresistentes causadores de infecções/colonizações relacionadas à assistência em saúde:
Enterococcus spp. Resistente a vancomicina, Staphylococcus spp. resistente a oxacilina ou
com sensibilidade intermediária a vancomicina, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter
baumannii, e Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ertapenem + meropenem + ou
imipenem) e cefalosporinas de 3ª e 4ª geração; Enterococcus sp resitente à vancomicina – R.
DEFINIÇÃO
Cultura de vigilância consiste na coleta de amostras em pacientes admitidos nas
Unidades de Terapia Intensiva no momento da sua admissão ou em prazo máximo de 48 horas
e que devem ser repetidas a cada 15 dias de permanência na instituição.
JUSTIFICATIVA
Observou-se que o perfil epidemiológico de bactérias multirresistentes tem mudado,
sobretudo nas Unidades de Terapia Intensiva e a incidência de infecções nosocomiais
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detectadas. Tornar-se então, necessário o estabelecimento de um controle mais rigoroso acerca
da microbiota dos pacientes no momento da sua admissão nas Alas e UTI’s (adulto e infantil)
para que possamos rastrear de forma mais clara a sua origem.
Ademais, tem ocorrido um aumento dos casos de enterobactérias resistentes aos
carbapenêmicos em vários centros brasileiros. Estas bactérias produzem a enzima
carbapenemase que inativa todos os antibióticos beta-lactâmicos, incluindo os
carbapenêmicos.
A Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima que foi identificada
inicialmente em Klebsiella pneumoniae pela primeira vez em 2001, nos Estados Unidos, mas
pode ser produzida por outras enterobactérias.
Assim sendo, as medidas de controle de microrganismos multirresistentes aplicam-se
não somente às bactérias portadoras do gene KPC, mas aos demais microrganismos
multirresistentes.
Vejamos o que Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em Nota
Técnica 01/2010 de 25 de outubro de 2010, preconiza, o que cabe à Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH):
“Avaliar a necessidade de implantar coleta de culturas de vigilância, de acordo com
o perfil epidemiológico da instituição.”
OBJETIVO
Conhecer a microbiota do paciente e impedir a transmissão cruzada de micro-
organismos de pacientes colonizados e/ou infectados para outros pacientes
CONSIDERAÇÕES
Realizar culturas nas seguintes situações:
1. Admissão de paciente Elegível que apresente:
Acamado
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Fez uso de Antimicrobianos a menos de 1 mês
Proveniente de outras instituições
Provenientes de Home Care
Portador de ostomias ou estomas (Feridas cirúrgicas, lesões por UPP, SVD de longa
permanência, TQT, entre outros)
2. Mantém isolamento de contato
3. Solicitação de Cultura de Vigilância pelo MA do PA caso vindo de outra instituição,
caso paciente proveniente da ALA para UTI pelo Médico plantonista da Unidade ao
qual foi encaminhado, pacientes da ALA deverá ser solicitado pelo Médico
Evolucionista
4. Aguarda laudo de análise laboratorial (O laboratório deverá enviar para o setor onde
localizado os pacientes (anexar em prontuário) e para a CCIH.
5. Após resultado, a CCIH deverá estabelecer as orientações e intervenções necessárias
a condução do caso.
6. Caso necessário notifica o MMR;
7. Mantém o acompanhamento do caso até alta do paciente;
CULTURA COLETADAS
No momento da admissão do paciente, as seguintes culturas de vigilância devem ser
solicitadas em caráter imediato:
Swab retal
Swab nasal
Urocultura
Aspirado traqueal
Hemocultura (ACM)
Observações:
Solicitar culturas adicionais em caso de sinais clínicos de infecção, de acordo com o
provável sítio;
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Culturas invasivas não devem ser solicitadas com o objetivo de vigilância (ex.: sangue,
líquor, etc.), mas apenas quando houver suspeita de infecção;
Após os resultados das culturas de vigilância, manter precauções de contato até a alta
se forem detectadas bactérias multirresistentes;
MATERIAL NECESSÁRIO
EPI: avental indicado para precaução de contato, máscara cirúrgica, óculos de
proteção Luva estéril e de procedimento;
Kit swab, frasco coletor de urina e aspirado traqueal;
Etiqueta ou esparadrapo para identificação;
OBSERVAÇÕES
Preferencialmente proceder a coleta antes da administração de antibioticoterapia;
Sempre higienizar as mãos antes e depois da coleta;
Identificar previamente todo o material de coleta (Nome completo, data e horário da
coleta, topografia da coleta, enfermaria/leito;
Usar os EPIs completos;
Não utilizar lubrificantes na coleta de swab perianal;
Em caso de coleta de swab perianal, não é necessário fazer higiene antes da coleta;
Encaminhar o material identificado ao laboratório imediatamente após a coleta
Registrar o(s) procedimento(s) realizado(s) no prontuário do paciente;
O laboratório de microbiologia deverá notificar o serviço de controle de infecção
hospitalar (CCIH) prontamente sobre a detecção de amostras suspeitas de serem
produtoras de carbapenemases;
Comunicar, no caso de transferência intra-institucional e inter-institucional, se o
paciente é infectado ou colonizado por microrganismos multirresistentes;
Aplicar, durante o transporte intra-institucional e inter-institucional, as medidas de
precauções de contato, em adição às precauções-padrão para os profissionais que
entram em contato direto com o paciente, incluindo o reforço nas medidas de higiene
do ambiente;
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Os pacientes colonizados e /ou infectados com micro-organismos multirresistentes
devem ser mantidos em isolamento de contato até a alta hospitalar;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIYAMOTO, Y.; AQUINO, I.S. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Conjunto Hospitalar
Sorocaba. Procedimento Operacional: Cultura de Vigilância. Sorocaba, 2008.
CASSETTARI, V.C.; BALSAMO, A.C.; SILVEIRA, I.R. Manual para Prevenção das Infecções
Hospitalares 2009. Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.
ANVISA. Medidas para identificação, prevenção e controle de infecções relacionadas à
assistência à saúde por microrganismos multirresistentes. Brasília: Anvisa, 2017.
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IT 003 – CCIH-HUAC/EBSERH
Coleta de Hemocultura
Data da Emissão:
Janeiro/2020
Previsão de data de
Revisão:
Janeiro/2021
IT n° 003
OBJETIVO
Detectar a presença de microrganismos no sangue do paciente, em situações de agravo
no processo infeccioso.
INDICAÇÕES DE COLETA DE HEMOCULTURA:
o Endocardite infecciosa
o Febre de foco desconhecido
o Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter vascular
o Infecções do trato biliar
o Infecções em transplantados e em outros pacientes com imunossupressão
o Infecção cirúrgica de sítio profundo e ou sepse Neutropenia febril
o Neutropenia febril (<500 neutrófilos/mm₃)
o Pielonefrite com critérios de admissão hospitalar
o Osteomielite aguda
o Pneumonia adquirida na comunidade com critérios de admissão hospitalar
o Pneumonia hospitalar
OBSERVAÇÕES
O resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é consequência da qualidade
da amostra recebida. COLETA e/ou TRANSPORTE INADEQUADOS podem
ocasionar falhas no isolamento do verdadeiro agente etiológico e favorecer o
desenvolvimento de microbiota normal ou contaminante induzindo a tratamentos
inapropriados. A identificação correta do sítio de coleta possibilitará a análise
adequada do crescimento microbiano na cultura.
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TODA requisição de exames microbiológicos deve conter:
Identificação do paciente: Nome completo, número de prontuário ou registro.
Local de internação: Clínica e leito
Data da solicitação
Identificação da amostra: sítio de coleta e tipo de amostra
Informar se uso de antimicrobianos
Suspeita Clínica
Exames solicitados
Identificação do médico requisitante: carimbo
Identificação das amostras
Nome completo do paciente
Identificação da amostra (Via da coleta)
Data e horário da Coleta
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Técnico de laboratório
Enfermeiro
Obs: Em casos de manipulação de cateteres venosos centrais de curta ou longa duração
a coleta deverá ser executada pelo enfermeiro.
MATERIAL NECESSÁRIO
EPI: Touca, máscara;
Luvas (procedimento e estéril - caso seja necessário palpar o local após realização da
antisepsia);
Bandeja;
Garrote;
Álcool a 70% (ou Clorexidina Alcoólica);
Gaze estéril;
Agulha e seringa estéril;
Soluções antisépticas (verificar data de abertura do frasco);
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Frasco de hemocultura;
Rótulo para identificação do frasco.
PROCEDIMENTO
1. Higienizar as mãos.
2. Remover os selos das tampas dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas
tampas com álcool 70%.
3. Realizar a desinfecção do garrote com álcool 70%.
4. Lavar as mãos, preferencialmente com sabonete antisséptico e secá-las.
5. Calçar as luvas de procedimento.
6. Identificar a veia, preferindo os locais com menor colonização da pele (dorso das mãos
e prega ulnar).
7. Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada. Esta área não deverá
ser mais tocada com os dedos.
Obs: Caso seja necessário palpar o local após realização da antissepsia usar luvas
estéreis.
8. Fazer antissepsia com álcool 70% de forma circular e de dentro para fora. Aplicar
solução de álcool 70% (3x fricção) ou clorexidina alcoólica também com movimentos
circulares e dentro para fora. Para ação adequada do antisséptico, deixar secar por um
ou dois minutos antes de efetuar a coleta.
9. Aplicar o antisséptico em sentido “caracol”, do centro para a periferia trocar a gaze a
cada antissepsia do local e sempre esperar a secagem completa entre as aplicações.
10. Após antissepsia, realizar a punção sem colocar a mão no local.
Obs: Caso seja necessário palpar o local após realização da antissepsia usar luvas
estéreis.
11. Coletar no mínimo 02 frascos, cada amostra deve ser coletada de punções separadas e
de sítios anatômicos diferentes. A quantidade de sangue necessária é de 5,0 ml para
adultos e 4,0 ml para crianças. Em se tratando de recém-nascido o volume pode ser de
0,5 ml.
12. Remover a solução residual de álcool 70% ou clorexidina alcoólica do braço do
paciente com álcool 70% para evitar reação alérgica.
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13. Descartar material utilizado.
14. Higienizar as mãos.
15. Enviar amostra ao laboratório juntamente com a solicitação médica devidamente
preenchida.
ATENÇÃO!!!
Transporte imediato ao laboratório em temperatura ambiente. Não refrigerar os frascos
de hemocultura, eles devem permanecer a temperatura ambiente até serem
introduzidos no equipamento de automação no setor de microbiologia, dentro de no
máximo 4 horas.
Não se recomenda a troca de agulhas para inocular nos frascos, pois esta prática
aumenta a incidência de acidentes perfuro cortantes, exceto no caso de suspeita de
contaminação acidental na hora da coleta.
Quando ocorrer a coleta de outros exames além da hemocultura, colocar
primeiramente o sangue no frasco de hemocultura e não utilizar heparina na seringa.
TÉCNICA DE COLETA PELO CATETER CENTRAL
Realizar a desinfecção do conector do cateter com gaze estéril fazendo fricção com
álcool 70% antiséptico (15 seg) ou clorexidina alcoólica (> 1min) antes de conectar a
seringa para a coleta.
A coleta através do cateter deve ser sempre pareada com hemocultura periférica.
Identificar no frasco a coleta realizada pelo cateter e a coleta pelo acesso periférico.
Retirar 05 ml antes da coleta da hemocultura.
Se houver troca do CVC enviar a ponta para cultura e amostras de sangue pareadas
(central e periférica) coletadas simultaneamente no máximo com 10 min de intervalo
OBSERVAÇÕES
1. ATENÇÃO!! Não é recomendado coletar sangue de cateter venoso periférico para
hemocultura quando se podem utilizar punções venosas, salvo em casos especiais.
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
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CCIH
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2. Ocorre interferência da antibioticoterapia no rendimento da hemocultura. Informar no
pedido para bacteriologia que o paciente está em uso de antibiótico. Preferencialmente
colher antes da administração de antibióticos
3. Punções arteriais não trazem benefícios na recuperação dos microrganismos quando
comparadas com punções venosas.
4. Método de coleta do sangue e o volume coletado influenciam diretamente no sucesso
da recuperação de micro-organismos e uma interpretação adequada dos resultados.
5. Volume de sangue coletado por frasco - O volume ideal corresponde a 10% do volume
total do frasco de coleta. Em Crianças colher amostras com 0,5ml a 3ml.
6. Evitar a coleta durante o pico febril (no paciente com febre constante, colher em
qualquer horário).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Manual de
Microbiologia Clínica Aplicada ao Controle de Infecção Hospitalar. 2ª edição – revisada e
ampliada. São Paulo: APECIH, 2004. 189p.
ANVISA. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
Salvador, 2004 mod III-7- 8- 9.
BRASIL. Manual de Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica para o Controle de
Infecção Hospitalar. MINISTÉRIO DA SAÚDE, p.22, Brasília, 2000.
HCFMUSP. Hospital de Clinica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Guia de
Utilização de anti-infecciosos e recomendação para prevenção de infecções hospitalares. P. 29-
30. 2012.
OPLUSTIL, C. P. et al. Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica, 2ªed. São Paulo: Sarvier
Editora, 2004. 340p.
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IT 004 – CCIH-HUAC/EBSERH
Fluxo de coleta de roupas
Data da Emissão: Julho /2020
Previsão de data
de Revisão:
Julho/2021
IT n° 004
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe rouparia/lavanderia
PROCEDIMENTO
Usar saco de hamper descartável, para roupas de pacientes portadores de doenças
transmissíveis, queimados ou roupas de centro cirúrgico molhadas com muito sangue
A roupa suja deve ser acondicionada em sacos de hamper
A roupa suja nas enfermarias e banheiros, deve ficar em local apropriado e em recipiente
fechado
Na coleta da roupa suja, o funcionário deverá usar métodos de proteção pessoal como luvas
de borracha (cano longo), calçado fechado, máscara e avental impermeável
Não entrar em quartos de isolamento; o funcionário deverá receber a roupa suja na porta,
auxiliando na embalagem em saco duplo
Utilizar para coleta da roupa suja, carro fechado e de uso exclusivo para essa finalidade
No final do turno de trabalho, o carro de coleta de roupa suja deverá ser limpo e desinfetado
com Hipoclorito de sódio a 1%
A distribuição da roupa limpa, deverá ser feita em carro próprio, fechado
A temperatura da água para lavagem da roupa deverá ser superior a 70 graus centígrados,
num tempo de exposição de 15 a 30 minutos
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IT 005 – CCIH-HUAC/EBSERH
Troca de dispositivos
Data da Emissão:
julho/2020
Previsão de data de
Revisão: julho /2021
IT 005
OBJETIVO
Visa prevenir a contaminação de dispositivos, bem como a diminuir a incidência de infecção
hospitalar associada aos dispositivos a seguir relacionados.
Para a substituição adequada dos dispositivos é fundamental a identificação com o NOME DO
PROFISSIONAL, DATA e HORA da inserção/instalação/troca, TIPO e CALIBRE do dispositivo, e
DATA e HORA da troca do curativo.
As informações sobre os dispositivos deverão também estar contidas no AGHU (dispositivos) bem
como as intercorrências que por ventura vierem a ocorre, para controle da CCIH/SCIRAS
TEMPO DE TROCA DOS DISPOSITIVOS
Tipo de Cateter ou
Dispositivo
Tempo de permanência
Observação
Cateter Venoso Central
(CVC)
(intracath)
Sem troca programada
(os curativos deverão ser
realizados com técnica
asséptica, com gaze seca ou
associada ao PHMB, trocas
diárias ou filme transparente
com troca a cada 7 dias ou
antes SN)
Retirar em caso de hiperemia local, secreção
no sítio de inserção do cateter, febre sem foco
definido ou exteriorização.
Os bundles de inserção e acompanhamento
para prevenção de IPCS deverão ser seguidos
e anexados aos prontuários.
Adultos: Cateter intra venoso
(Jelco®) → 72-96 horas.
Recomenda-se a troca do
cateter periférico em adultos
em 72 horas quando
O cateter periférico instalado em situação de
emergência com comprometimento da técnica
asséptica deve ser trocado tão logo quanto
possível.
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Cateter Venoso Periférico
confeccionado com teflon e 96
horas quando confeccionado
com poliuretano.
Crianças: trocar o cateter
apenas se ocorrer complicação
(ex: flebite)
Em pacientes neonatais e pediátricos não
devem ser trocados rotineiramente e devem
permanecer até completar a terapia
intravenosa, a menos que indicado
clinicamente (flebite ou infiltração).
Cateter Umbilical
Cateteres umbilicais
arteriais: preferencialmente,
não devem ser mantidos por
mais de 7 dias.
Cateteres umbilicais
venosos: devem ser
removidos quando não mais
necessários, mas podem
permanecer por até 14 dias.
Desde que mantidos por meio
de técnica asséptica
Retirar em caso de hiperemia local, secreção
no sitio de inserção do cateter, febre sem foco
definido ou exteriorização.
Cateter venoso para
Hemodiálise
Sem troca programada
Retirar em caso de hiperemia local, secreção
no sitio de inserção do cateter, febre sem foco
definido ou exteriorização.
Cateter Central de Curta
Permanência
Não realizar troca pré-
programada de dispositivo, ou
seja, não substituí-lo
exclusivamente em virtude de
tempo de sua permanência.
A princípio, trocas por fio guia deveriam ser
realizadas em complicações não infecciosas
(ruptura e obstrução).
Equipos
Infusão contínua – proceder
troca a cada 72 - 96h
Infusões intermitentes –
proceder a troca a cada 24h
Nutrição parenteral –
proceder a troca a cada 24 h
Emulsões lipídicas –
O sistema de infusão deve ser trocado na
suspeita ou confirmação de IPCS
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA
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proceder troca a cada 24h
Administração de sangue e
hemocomponentes –
proceder a troca a cada bolsa
Antimicronianos - trocar
imediatamente o sistema de
infusão ou no máximo em
24h
Circuito ventilador e sistema
de aspiração fechado
Trocar sempre que houver
sujidade visível
Atentar para a contensão dos condensados.
Frasco de Aspiração
Lavado com água e sabão a
cada 24 horas se for para o
mesmo paciente
Entre um paciente e outro os frascos devem
sofrer esterilização ou desinfecção de alto
nível
Reanimador manual
(Ambu®)
Trocar a cada 24 horas ou em
caso de sujidade visível
Entre um paciente e outro, o Ambu® deve
sofrer esterilização ou desinfecção de alto
nível.
Sonda Vesical de Demora
Não há troca programada
O intervalo é determinado pelo Fabricante
(devido ao desgaste do material, recomenda-
se 30 dias as siliconizadas poderão passar
cerca de 90 dias)
Coletor urinário sistema
fechado
Não há troca programada
Trocar quando houver necessidade de trocar a
SVD e na presença de sujidade (toda conexão
deverá ser trocada caso necessário)
Sonda Nasogástrica
A cada 07 dias
Observar recomendação do fabricante e EG do
paciente
Sonda Nasoentérica
A cada 30 dias
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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA
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Trocar antes em caso de obstrução ou
necessidade de reposicionamento, as SNE
siliconizadas poderão ter seu prazo de troca
prolongado, podendo chegar a 90 dias.
Equipo para dieta enteral
A cada 24 horas O equipo deve ser “lavado” com água potável
a cada uso, observar a quantidade
recomendada pelo médico
Umidificador de O2
A cada 48 horas
Quando for necessário trocar todo o sistema
Caso esteja sendo utilizado água destilada a
solução deverá ser trocada a cada 24h
Máscara de venturi
A cada 48 horas
Quando for necessário trocar todo o sistema
Trocar na presença de sujidade quando tempo
inferior a 48 h
Cateter de oxigênio
A cada 48 horas ou na
presença de sujidade visível
O extensor (chicote) deve ser limpo com álcool
a 70% diariamente
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe de enfermagem
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Infecção de Corrente Sanguínea - Orientações para
Prevenção de Infecção Primária de Corrente Sanguínea Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos
Efeitos Adversos. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES. Brasília, agosto de 2017.
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
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IT 006 – CCIH-HUAC/EBSERH
Limpeza e desinfecção de
Almotolia (picetas)
Data da Emissão:
julho/2019
Previsão de data de
Revisão: julho/2021
IT n° 006
OBJETIVO
Prevenir a contaminação de recipientes (almotolias/picetas)
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe de enfermagem (CME)
OBS.: Todas as almotolias (picetas) de uso no hospital que acondicionam sabão líquido, álcool,
clorexidina, etc, devem ser lavadas e desinfetadas pela CME em intervalo máximo de 07 dias.
MATERIAL NECESSÁRIO
Sabão líquido
Solução clorada
Esponja
Escova com cabo
Álcool a 70%
Compressas limpos
EPI padronizados (Luvas de procedimento, gorro e máscara)
PROCEDIMENTO
Após recolher as almotolias encaminhá-las para CME
Desprezar o material do recipiente (sabão líquido, álcool, clorexidina, etc, )
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Limpeza:
1. Lavar com água, sabão neutro e esfregar a parte externa com a esponja
2. Lavar internamente com a escova
3. Enxaguar abundantemente com água corrente
4. Enxugá-las com compressa limpa ou colocar os recipientes e suas respectivas tampas para
escorrer dispostas em compressas limpas, até secarem completamente
Desinfecção:
o Hipoclorito:
1. Realizar a limpeza prévia dos recipientes
2. Imergir os reservatórios abertos em um recipiente com tampa contendo solução de Hipoclorito
diluído a 1% e deixar por 30 min
3. Enxaguar abundantemente com água corrente de modo que não fique produtos no recipiente
4. Enxugá-las com compressa limpa ou colocar os recipientes e suas respectivas tampas para escorrer
dispostas em compressas limpas, até secarem completamente.
o Álcool:
1. Realizar a limpeza prévia dos recipientes
2. Passar álcool a 70% por dentro e por fora
Em ambos:
1. Guardar o recipiente limpo e seco com sua tampa (e quando necessário, reabastecer para o uso)
2. Identificar (tipo de solução, data do envase e validade após o envase)
OBSERVAÇÕES:
As almotolias (picetas) deverão ser legivelmente identificadas com nome da solução, data do
envase e validade após o envase
Os recipientes devem ser acondicionados longe da luz e calor
Envasar com soluções suficientes para o período de 7 dias
Nunca reabastecer os recipientes sem limpeza e desinfecção prévia
Nunca completar o conteúdo quando este estiver ainda estiver com produto antigo
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Adquirir o Hipoclorito a 1% (higienização), sempre deixar diluído em balde escuro com tampa e
trocar a solução a cada 12 horas.
Deverá ser marcado no balde o dia e horário de diluição das soluções que forem utilizadas para
imersão dos recipientes a serem desinfectados.
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IT 007 – CCIH-HUAC/EBSERH
Higienização de camas e
colchões
Data da Emissão:
Julho/2020
Previsão de data de
Revisão: Julho/2021
IT n° 007
OBJETIVO
Manter o leito livre de micro-organismos causadores de infecção, evitando a ocorrência de infecção
hospitalar
Impedir a transmissão cruzada de micro-organismos de um paciente para outro
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe de enfermagem quando o paciente estiver internado
Colaboradores da higienização quando os pacientes estiverem de alta hospitalar
MATERIAL NECESSÁRIO
EPI: Luva de borracha, avental impermeável, gorro, máscara.
Água e sabão líquido
Hipoclorito a 1% ou solução de Bacsan 200
Panos distintos (1 para água e sabão; 1 para o cloro; 1 para água limpa de enxaguar e 1 para
Bacsan)
Baldes distintos, Pulverizadores
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PROCEDIMENTO
Se houver matéria orgânica retirar primeiro com um pano velho ou tipo perfex, porém limpo
(descartá-lo)
Limpar toda superfície da cama com um pano umedecido com a solução de água e sabão/detergente
enzimático
Passar um pano umedecido (bem torcido) com cloro a 1% e aguardar 10 minutos, ou pulverizar o
Bacsan no local desejado e deixar agir por cerca de 10 minutos
Passar um pano (bem torcido) umedecido em água pura para retirar o excesso de cloro (caso o
material seja o cloro)
Seca com pano limpo
Friccionar um pano com álcool a 70% (Em caso de superfícies incompatível com o cloro ou com
Bacsan) em caso do uso do álcool a 70% repetir o processo por 3 vezes para melhor eficácia da
técnica
Aguardar secar completamente e a cama já estará pronta para ser usada por outro paciente
OBSERVAÇÕES
A limpeza do colchão deve ser feita da mesma forma que a limpeza da cama
O cloro só deve ser usado em superfícies ou objetos de plástico ou borracha (nunca em metais),
indicado o uso do Bacsan nestes locais
As camas de metal sofrem o mesmo processo, sendo que no lugar do cloro, pode ser utilizado o
álcool a 70%
Nunca utilizar a luva e os panos que usou para lavar o banheiro para limpeza das camas, mesinha
de cabeceira e suporte de soro
Lembrar que o álcool resseca os objetos de plástico ou borracha e o cloro oxida (enferruja) os
materiais de metal
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IT 008 – CCIH-HUAC/EBSERH
Higienização das mãos em
serviços de saúde
Data da Emissão:
Julho/2020
Previsão de data de
Revisão: Julho/2021
IT n° 008
DEFINIÇÕES
A ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e
consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS é considerado o método
que isoladamente apresenta maior prevenção da propagação de infecções, contribuindo inclusive para a
redução no tempo de hospitalização.
O termo engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção e antisséptica das mãos
com preparação alcoólica, definidas a seguir, e a antissepsia cirúrgica das mãos, que não será abordada
nesta IT.
Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma
líquida.
Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente
antisséptico.
Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação alcoólica nas
mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxágue em água ou secagem
com papel toalha ou outros equipamentos.
Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação contendo álcool,
na concentração final entre 70% a 80% destinadas à aplicação nas mãos para reduzir o número de
micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o
ressecamento da pele.
Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel: espuma e outras: preparações
contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada
por testes de laboratório in vitro (teste de suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de
micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o
ressecamento da pele.
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OBJETIVO
Instituir medidas de higiene das mãos com o intuito de prevenir e controlar as infecções
relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de
saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
Remover os micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor,
a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
micro-organismos.
Eliminar sujeiras, destruir a microbiota transitória e reduzir a microbiota residente
CARACTERÍSTICAS DOS AGENTES ANTI-SÉPTICOS
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MOMENTOS DA ASSISTÊNCIA QUE NECESSITAM DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
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RECOMENDAÇÕES – HIGIENIZAÇÃO COM SABONETE LÍQUIDO E ÁGUA
Quando estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou outros fluidos corporais ou após
uso do banheiro
Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou
comprovada
Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica
ATENÇÃO! Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizados
concomitantemente
TÉCNICA:
Retirar adornos
Abrir a torneira e ajustar a água para um volume adequado
Manter as mãos numa altura mais baixa que os cotovelos, molhar com cuidado as mãos
Aplicar o sabão líquido
Lave as mãos, dedos e unhas separadamente, seguindo as orientações de friccionar primeiro as
palmas das mãos uma contra a outra; após lave o dorso de cada mão no sentido do proximal para
o distal, incluindo os espaços interdigitais; siga posicionando as mãos em concha e acomodando
uma entre a outra de forma a friccionar bem as junções das falanges proximais contra a palma da
mão contrária e vice e versa
Com movimentos circulares, friccione os espaços interdigitais e sulcos da mão contrária, proceda
da mesma forma com a outra mão; por último friccione os punhos em movimentos rotatórios
uniformes. Estes movimentos devem ser realizados de 5 a 10 vezes cada um deles, em ambas as
mãos
Enxague as mãos de modo que à água corra no sentido das pontas dos dedos para o punho, sem
esfregar ou sacudir a mesma
Seque as mãos separadamente, começando pela palma de uma das mãos, dorso da mão e por último
punho. Após a secagem de uma das mãos utilize a mesma toalha de papel para fechar a torneira e
em seguida despreze a toalha de papel no lixo comum, proceda então a secagem da outra mão com
uma nova toalha de papel seguindo a mesma ordem citada acima, desprezando a toalha usada
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RECOMENDAÇÕES – HIGIENIZAÇÃO COM PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas e antes e depois de tocar o paciente e após
remover luvas caso não seja possível a lavagem com água e sabão e a mão esteja com pouco
resíduo de pó.
Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos
A fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de no mínimo 20 a 30
segundos.
ATENÇÃO! Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizados
concomitantemente apenas utilizar preparação alcoólica caso a mão esteja completamente seca.
TÉCNICA:
1. Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de concha para
cobrir todas as superfícies das mãos.
2. Friccione as palmas das mãos entre si
3. Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-
versa
4. Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados
5. Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com
movimento vai-e-vem e vice-versa
6. Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento
circular e vice-versa
7. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um
movimento circular e vice-versa
8. Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras
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CUIDADOS DURANTE A ROTINA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Aspectos que devem ser levados em consideração para garantir o bom estado da pele das mãos:
A fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele
do que a higiene com sabonete líquido e água
As luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos
alcoólicos
O uso de cremes de proteção para as mãos ajuda a melhorar a condição da pele, desde que sejam
compatíveis com os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas.
Os seguintes comportamentos devem ser evitados:
Utilizar sabonete líquido e água, simultaneamente a produtos alcoólicos
Utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água
Calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação
Higienizar as mãos além das indicações recomendadas
Usar luvas fora das recomendações
ATENÇÃO!!
Os punhos e os dedos deverão estar livres de adornos como relógios, anéis, pulseiras, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. SEGURANÇA DO PACIENTE-Higienização das mãos. Ministério da
Saúde. Brasília
BRASIL. Ministério da saúde. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 01:
PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE. Anvisa/ Fiocruz.
Brasília, 2017.
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IT 009 – CCIH-HUAC/EBSERH
Higienização cirúrgica das mãos
em serviços de saúde
Data da Emissão:
Janeiro/2020
Previsão de data de
Revisão: Janeiro/2021
IT n° 009
OBJETIVO
Esta tem a mesma finalidade que a lavagem simples, porém difere desta, pela técnica
desempenhada e pela inclusão dos cotovelos na escovação. É uma lavagem específica para procedimento
cirúrgico, mas muitas situações de assistência exigem uma lavagem de mãos mais meticulosa, como por
exemplo: ao entrar em berçário de neonatos e unidades de pacientes imunocomprometido, ao auxiliar na
sala de cirurgia ou ao realizar procedimentos assépticos.
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe médica e auxiliares
MATERIAL NECESSÁRIO
Sabão antisséptico ou degermante
Escova ou esponja para limpeza
Água corrente com controle automático ou de pedal
Toalhas ou compressas estéreis
PROCEDIMENTO
Retirar adornos
Ajustar a água há um volume corrente adequado
Manter as mãos acima da altura dos cotovelos e molhá-las cuidadosamente
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Aplique o degermante e ensaboe a palma e o dorso das mãos e comece a escovação pelas pontas
dos dedos usando a técnica circular até o cotovelo
Proceda a escovação de um braço de cada vez, em primeiro lugar as pontas dos dedos mantendo as
mãos acima do nível dos cotovelos
Seque as mãos separadamente no sentido da palma, dedo a dedo, dorso, punho, antebraço e
cotovelo; despreze a toalha e proceda da mesma forma com a outra mão
Caso vá vestir luvas e capote, manter as mãos acima do nível da cintura e não tocar em nada
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IT 010 – CCIH-HUAC/EBSERH
Limpeza e desinfecção de caixa
d’água
Data da Emissão:
Janeiro/2020
Previsão de data de
Revisão: Janeiro/2021
IT n° 010
OBJETIVOS
Manter as caixas limpas, de forma a evitar a proliferação de agentes nocivos à saúde.
Garantir a potabilidade da água usada para o consumo no ambiente hospitalar.
Evitar a transmissão de micro-organismos patógenos por meio da água.
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Técnico responsável por esta atividade, com capacitação específica.
MATERIAL NECESSÁRIO
Baldes, panos limpos, escovas grandes de nylon (ou vassoura de nylon nova) pazinha de plástico e
cloro.
EPI: Luvas, botas de borracha, máscara, gorro.
PROCESSOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO
1. Fechar o registro que fica na entrada da caixa d´água. Se a caixa não tiver este tipo de registro,
fechar o registro de passagem geral do imóvel.
2. Esvaziar totalmente a caixa d’água, abrindo todas as torneiras e dando evasão.
3. Colocar os EPIs.
4. Ao esvaziar a caixa deixar cerca de 10 cm de água para limpeza e feche a saída de água, que fica
no fundo da caixa, para evitar que a sujeira entre no encanamento. Usar um pano ou tampão.
5. Esfregar as paredes e o fundo da caixa com escova de nylon macia.
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Atenção: Nunca usar sabão, detergente ou produtos não indicados para a desinfecção, pois os resíduos
destes produtos podem contaminar a água.
6. Retirar a água suja com o auxílio de panos limpos, balde e uma pazinha. Usar um pano para limpar
as paredes e outro para limpar o fundo da caixa d’água.
7. Abrir o registro para encher a caixa. Misturar 1 litro de cloro para 5 litros de água. Deixar esta
mistura na caixa por 30 minutos. Durante este período a caixa está sendo desinfetada.
8. Após os 30 minutos abrir a saída da caixa e deixar escorrer toda água, que também estará fazendo
a limpeza dos canos. Usar esta água apenas para lavar pisos e descargas.
9. Abrir o registro de entrada da água e deixar encher a caixa normalmente.
10. Caso a caixa tenha tampa, lavar e desinfetar. Observar se esta tampa possui rachaduras. Ela deve
estar íntegra, pois isso evita a entrada de sujeiras, insetos e pequenos animais.
11. Registar a data da limpeza. Repassar esse registro para CCIH (Ramal CCIH: 5542)
OBSERVAÇÃO
Após limpeza da caixa d’água, o coordenador de manutenção deverá entrar em contato com a CCIH
para solicitar a análise de potabilidade da água. ATENÇÃO! Comunicar a CCIH para que esta acompanhe
o momento da coleta da água realizada pela CAGEPA.
CRONOGRAMA:
LIMPEZA DA
CAIXA
D’ÁGUA
AVALIAÇÃO DA
ÁGUA (CAGEPA)
Janeiro Fevereiro
Julho Agosto
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
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IT 011 – CCIH-HUAC/EBSERH
Limpeza e desinfecção
de brinquedos
Data da Emissão:
Janeiro/2020
Previsão de data de
Revisão: Janeiro/2021
IT n° 011
OBJETIVO
Estabelecer diretrizes para prevenção da disseminação de micro-organismos, sobretudo os micro-
organismos multirresistentes sistematizando o processo de limpeza e desinfecção dos brinquedos.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
Os brinquedos deverão ser preferencialmente de material lavável e atóxico (plástico, borracha,
acrílico, metal). Objetos de madeira deverão ser recobertos, pintados com tintas esmaltadas,
laváveis. Brinquedos de tecido não são recomendados.
Qualquer brinquedo ou objeto que entrar em contato com fluidos corpóreos deverá ser limpo
imediatamente.
Brinquedos utilizados pelas crianças, depois de usados devem ser encaminhados para limpeza e
desinfecção.
Todo brinquedo ou objeto de material não-lavável deverá ser desprezado após contato com
sangue, secreções e fluidos corpóreos.
Os brinquedos e objetos, após limpeza e desinfecção, deverão ser acondicionados em caixas de
material lavável, com tampa, ou em armários, e deverão ser limpos periodicamente.
RESPONSÁVEL NA EXECUÇÃO
Equipe de enfermagem
Responsável pela brinquedoteca
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TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA
CCIH
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MATERIAIS NECESSÁRIOS
Sabão líquido neutro.
Álcool líquido a 70%.
Cloro a 0,02%.
Compressas, escova ou esponja.
EPIs - Luva de borracha cano longo, óculos de proteção, máscara, avental impermeável (s/n).
PROCESSOS DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE BRINQUEDOS E OBJETOS
Lavar o material com água e sabão, utilizando compressas ou escovas e/ou esponjas.
Enxaguar e deixar secar.
Friccionar com álcool a 70%.
Deixar secar.
Guardar o brinquedo em recipiente fechado ou local protegido até o próximo uso.
As escovas e esponjas utilizadas na limpeza devem ser limpas e mantidas secas após o uso.
Brinquedos em contato com pacientes sobre precauções especiais, ou após contato com fluidos
corpóreos:
Realizar descontaminação colocando sobre as secreções corpóreas hipoclorito na quantidade que
sobreponha à secreção.
Lavar com água e sabão e enxaguar.
Imergir em solução de hipoclorito de sódio, por 30 minutos.
Se o objeto (brinquedo) for de metal usar álcool a 70%, enxaguar e deixar secar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Limpeza,
Desinfecção de artigos e áreas hospitalares e anti-sepsia. São Paulo: APECIH, 2004.
BRASIL. Segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies/
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2012.
EBSERH/GQVS – MANUAL DE INSTRUÇÕES
TÉCNICAS DA CCIH Versão 1.0
MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS DA
CCIH
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RODRIGUES, E.A.C. Infecção Relacionada à Assistência à Saúde: orientação práticas. São Paulo: SARVIER,
2008.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO. Manual do Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar. Minas Gerais, 2013
Elaborado por:
Nome: Karina Vilar
Função: Enfermeira da CCIH/HUAC
Data: 20/11/2020
Assinatura:
Revisado por:
Nome: Alexsandra Valéria de L.
Pereira
Função: Enfermeira assistencial
Data: 10 /12/2020
Assinatura:
Aprovado por:
Nome: Andréia Oliveira Barros Sousa
Função: Chefe da Divisão de Gestão da
Qualidade e Vigilância em Saúde
Data: 10 /12/2020
Assinatura: