manejo de pastagens magno josé duarte cândido universidade federal do ceará departamento de...
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Manejo de PastagensManejo de Pastagens
Magno José Duarte CândidoUniversidade Federal do Ceará
Departamento de Zootecnia
Fortaleza – Ceará30 de março de 2010
2
Objetivos do manejo de pastagensObjetivos do manejo de pastagens
Maximizar o lucro do produtor (buscando a
eficiência na produção);
Evitar riscos e estresses desnecessários aos
animais (fornecer conforto ao animal);
Manter o equilíbrio do ecossistema (alta produtiv.
no longo prazo).
3
Fatores do manejo de pastagensFatores do manejo de pastagens Produção e qualidade dos pastos;
Métodos de pastejo;
Consumo animal;
Suplementação;
Pressão de pastejo;
Ganho/animal x ganho/área;
Equilíbrio entre demanda e suprimento de alimentos
4Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
Relações anatômicas e bioquímicas na célula e as mudanças relativas a comparações de tecido jovem e maduro (a), folha x caule (b) e C3 x C4 (Huston e Pinchak, 1991).
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PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
Figura – Estrutura da parede celular. Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura – Formação da parede primária. Fonte: Profa. Durvalina M. M. dos Santos (2007)
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRASQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Lúmencelular
Parede celular primária
Parede celular secundária
%Lignina
Espessam.
Figura – Desenvolvimento da parede secundária. (JUNG e ALLEN, 1995)
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
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Parede primária
Parede secundária
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXA A A A
F
A = arabinoxilanas; F = ácidos ferúlicos
Figura – Lignificação da parede celular. (JUNG & DEETZ, 1993)
PAREDE CELULAR DE FORRAGEIRAS
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Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).
Rendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha)
Qualidade QuantidadeQualidade Quantidade
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura - Efeito do período de descanso sobre a altura do pasto (quantidade de forragem) e sua qualidade (adaptado de Cândido, 2003).
Rendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha)
Qualidade QuantidadeRendimento máximo de nutrientes por área (Ex.: kg PB/ha)
Qualidade Quantidade
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Idade do pasto (dias) 10 20 35
Teor de PB (% MS) 15 10 5
MSFT (kg/ha) 2000 4500 6000
Rendimento de PB (kg/ha) 300 450 300
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Pasto jovem Pasto velho
Proteína alta baixa
Carb. Solúveis alto baixo
Lignina baixa alta
Fibra baixa alta
Relação folha/colmo alta baixa
Produtivid. de forrag. baixa alta
Digestibilidade alta baixa
Consumo individual alto baixo
Consumo por área baixo baixo
Produtivid. Animal baixa baixa
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
13ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias
14ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 27 dias
15ALTURA DO PASTO
Altura pré-pastejo do pasto após descanso de aproxim. 37 dias
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Figura - Perfilhos reprodutivos no capim-tanzânia após descanso de 37 dias (3,5 folhas/perf) (Silva, 2004).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Figura - Perdas de forragem em capim-tanzânia após descanso de 37 dias (3,5 folhas/perfilho) (Silva, 2004).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura - Perdas de forragem em capim-canarana (foto do autor).
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura - Perdas de forragem em capim ‘coast-cross’ (foto do autor).
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 25 dias (2,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Figura - Pasto de capim Mombaça no primeiro dia de pastejo após 45 dias (4,5 folhas/perf) de descanso, em Capinópolis-MG (foto do autor).
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Tabela - Efeito do prolongamento do período de descanso em Panicum maximum cv. Mombaça sobre o desempenho e o rendimento de novilhos em pastejo
PD GMD TL PD PP CP Pi Pf Tempo Lotes Produtiv
dias
PD
g/nov nov/ha dias kg dias /ano @/ha x an
25 2,5 704 6,2 25 5 30 280 450 241 1,51 53
35 3,5 546 7,0 35 5 40 280 450 311 1,17 47
45 4,5 433 6,7 45 5 50 280 450 393 0,93 35
Fonte: adaptado de Cândido (2003)
f/perf
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da plantaQuantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
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Temperatura:
Favorece o crescimento
Reduz o valor nutritivo
Água:
Tanto falta quanto excesso diminuem o crescimento
Estresse hídrico: menor efeito na qualidade que no crescimento
efeitos na qualidade da forragem: são positivos, principalmente por causa do atraso na maturidade proporcionado pelo estresse hídrico
Quantidade x Qualidade do pastoQuantidade x Qualidade do pastoEfeito dos fatores abióticosEfeito dos fatores abióticos
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Luz:
Acelera o crescimento
Reduz o valor nutritivo, porém, melhora a estrutura
Nutrientes:
Aceleram o crescimento
Efeito variável sobre o valor nutritivo (efeito de diluição x efeito de concentração)
Quantidade x Qualidade do pastoQuantidade x Qualidade do pastoEfeito dos fatores abióticosEfeito dos fatores abióticos
25Quantidade x Qualidade do pastoQuantidade x Qualidade do pastoFigure - Linear regression models Figure - Linear regression models
describing the relationship describing the relationship between shrub encroachment between shrub encroachment (shrub index) and(shrub index) and(a) herbage mass of dry matter (a) herbage mass of dry matter (DM; 2 = 0Æ50, P < 0Æ001) and (DM; 2 = 0Æ50, P < 0Æ001) and variables describing nutritive variables describing nutritive value: concentrationsvalue: concentrationsof (b) crude protein (CP; R2 = of (b) crude protein (CP; R2 = 0Æ47, P < 0Æ001), (c) crude 0Æ47, P < 0Æ001), (c) crude fibre (CF; R2 = 0Æ17, P < 0Æ05), fibre (CF; R2 = 0Æ17, P < 0Æ05), (d) crude lipid (CL;(d) crude lipid (CL;R2 = 0Æ46, P < 0Æ001), (e) R2 = 0Æ46, P < 0Æ001), (e) water-soluble carbohydrates water-soluble carbohydrates (WSC; R2 = 0Æ58, P < 0Æ001) (WSC; R2 = 0Æ58, P < 0Æ001) and (f) metabolizable energyand (f) metabolizable energy(ME, R2 = 0Æ35, P < 0Æ01).(ME, R2 = 0Æ35, P < 0Æ01).
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QUADRO - Efeito da temperatura na digestibilidade das forrageiras
TEMPERATURA X QUALIDADE DA FORRAGEM
Espécie Tipo Digestibilidade¹ Fonte
Média de 10 gramíneas C3 e C4 - 1,14% Minson e McLeod (1970) citados por
HENDERSON e ROBINSON (1982b)
Brachiaria ruziziensis C4 - 0,8 a -1,0 % Deinum e Dirven (1975) citados por REIS
e RODRIGUES (1993)
Cynodon dactylon C4 - 1,07% HENDERSON e ROBINSON (1982b)
Festuca arundinacea C3 - 0,8 % Dirven e Deinum (1977) citado por
BUXTON e FALES (1994)
Phleum pratense L. C3 - 0,5 % Ohlsson (1991) citado por BUXTON e
FALES (1994)
Trifolium pratense L. C3 - 0,7 % Ohlsson (1991) citado por BUXTON e
FALES (1994)
¹ Redução proporcionada pelo aumento de 1°C na temperatura de crescimento.
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QUADRO - Teores de proteína bruta, digestibilidade “in vitro” da matéria seca (DIVMS), e carboidratos totais não estruturais (CTN), de gramíneas tropicais (média de seis gramíneas) cultivadas sob três níveis de sombreamento
RADIAÇÃO SOLAR X QUALIDADE DA FORRAGEM
Fonte: Adaptado de CASTRO (1996).
Nível de
sombra
(a) Proteína Bruta
(%)
(b) DIVMS
(%)
(c) CTN
(%)
Folha Caule Folha Caule Base do caule
0% 11,7 5,9 56,5 53,1 6,04
40% 13,5 6,7 53,7 51,7 5,88
60% 15,7 7,5 51,0 48,1 5,62
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Métodos de pastejoMétodos de pastejo
Lotação contínua
Lotação rotativa
Lotação rotativa convencional
Lotação rotativa alternada
Pastejo em faixas
Creep grazing
Primeiro-último
Pastejo diferido
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Métodos de pastejo - Lotação contínuaMétodos de pastejo - Lotação contínua
Definição: o rebanho tem acesso à toda a área da
pastagem durante toda a estação de crescimento
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Lotação rotativaLotação rotativa
Definição: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da
pastagem a cada momento, havendo momentos de
pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões
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Conceitos importantes:
Período de pastejo: período em que o rebanho
permanece num piquete;
Período de descanso = período entre dois pastejos
sucessivos num mesmo piquete;
Ciclo de pastejo = tempo que o rebanho leva para dar
uma “volta completa” no sistema, normalmente = PP+PD.
Métodos de pastejo - Lotação rotativaMétodos de pastejo - Lotação rotativa
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Lotação rotativa convencional
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
33
(Foto: Casagrande, 2008).(Foto: Casagrande, 2008).
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa(escalonamento do pasto nos piquetes)(escalonamento do pasto nos piquetes)
34
Pastejo em faixas
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
35
Pastejo em faixas
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
Exemplo:PD = 21 dias; PP = 1 dia; CP = 22 dias
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Primeiro último(“Ponta-rapador”?)
Usa 2 ou mais grupos de animais
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
Primeiro grupo:categoria de
maior exigência
Último grupo: categoria de
menor exigência
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Primeiro últimoModalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
Conceitos importantes:
Período de permanência: período em que um grupo de
animais permanece no piquete;
Período de ocupação: somas dos períodos de
permanência de todos os grupos de animais em cada
piquete;
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Creep Grazing
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
39
Pastejo diferido
Modalidades da lotação rotativaModalidades da lotação rotativa
Feno, silagem, diferimento
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Lotação contínua x lotação rotativaLotação contínua x lotação rotativa
Relação entre ganho por animal e a taxa de lotação nos métodos de pastejo sob lotação contínua e rotativa (RIEWE, 1985).
41
Vantagens da lotação contínuaVantagens da lotação contínua
Menor investimento em infra-estrutura;
Maior capacidade de “auto-correção” do ecossistema
Aceita mais erros;
Menor requerimento de mão-de-obra para o manejo.
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Método de pastejo x uniformidade de pastejoMétodo de pastejo x uniformidade de pastejo
Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf)Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf)
43Vantagens da lotação rotativaVantagens da lotação rotativa
> uniformidade de pastejo > taxa de crescimento do
pasto (kg MS/ha x dia) > capacidade de suporte do
pasto > rendimento (produtividade) de produto
animal por área com taxa de lotação;
Método de pastejo
Tx. Lotação Produção Produtividade
vacas/ha kg leite/vaca x d kg leite/ha x d
Lot. Contínua 5 10 50
Lot. Rotativa 5 11 55
Lot. Rotativa 6 10 60
Lot. Rotativa 7 7 49
Fonte: simulação do autor.
44Vantagens da lotação rotativaVantagens da lotação rotativa
Melhor acompanhamento da condição da
pastagem e do animal (mais fácil de enxergar
possíveis erros);
Distribuição mais uniforme dos excrementos;
Permite pastejo com mais de um grupo de
animais;
Permite uma colheita do excesso de forragem
com melhor qualidade para conservação.
45Vantagens da lotação rotativaVantagens da lotação rotativa
46
Uso da lotação rotativa intensivaUso da lotação rotativa intensiva
Condições climáticas
Precipitação (ou irrigação);
Luminosidade (radiação solar);
Temperatura.
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Adubação (principalmente N)
Dose: 600 kg N/ha x ano; PP = 3 dias; PD = 21 dias; CP = 24 dias; Uréia: 45% N
PD* = período de descanso do primeiro piquete
365 dias/ano 24 dias/ciclo = 15,21 ciclos/ano
600 kg N/ha x ano
15,21 ciclos = 39,45 kg N/ha x ciclo 1,0 ha
4,93 kg N/piq x ciclo 0,125 ha/piq
45 kg de N 100 kg de uréia
4,93 kg N/piq x ciclo 10,96 kg uréia/piq x ciclo
Requisitos para o uso da lotação rotativa intensivaRequisitos para o uso da lotação rotativa intensiva
PP3
2 3 4 5 6 7 81Piq.
PD*3
PD*6
PD*9
PD*12
PD*15
PD*18
PD*21
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Adubação (principalmente N)
Dose TPF Massa de forragem
(kg MS/ha)
(kg N/ha x ano) (kg MS/ha x dia) 25 dias 50 dias
100 40 2000 4000
400 110 4000 6000
TPF = taxa de produção de forragem. Fonte: simulação do autor
Adubar logo após a saída dos animais;
Irrigar após a adubação, quando feita em solo úmido;
Ver a necessidade de escalonar a adubação.
Requisitos para o uso da lotação rotativaRequisitos para o uso da lotação rotativaintensivaintensiva
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Uso da lotação rotativa intensivaUso da lotação rotativa intensiva
Espécie forrageira Elevada taxa de produção de forragem (kg MS/ha x dia);
Resposta à adubação e/ou à irrigação;
Elevada qualidade;
Tolerância a pastejos freqüentes;
Elevado vigor de rebrotação;
Facilidade de estabelecimento e propagação;
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Uso da lotação rotativaUso da lotação rotativaEspécie forrageira
Bovinos:
Capim-elefante
Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massai, Vencedor...
Coast-cross, Tifton, Estrela Africana
Braquiárias
Canaranas
Ovinos e caprinos (forrageiras até porte médio):
Tanzânia, Aruana, Massai
Coast-cross, Tifton-68, Tifton-85, Estrela Africana
Braquiárias: não usar com ovinos!
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Tipo de animalX
Categoria de produção
Morada NovaSomalis Brasileira
Santa InêsDorper
SRD
Uso da lotação rotativa intensivaUso da lotação rotativa intensiva
Théa M. M. Machado Rodrigo G. da Silva
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Conforto animalUso da lotação rotativa intensivaUso da lotação rotativa intensiva
Árvores na área de descanso
Centralização da área de descanso
Cortesia de Cavalcante (2004)
53
N = (PD/PP) + X
N: número de piquetes
PD: período de descanso
PP: período de permanência
X: número de grupos de animais
Dimensionam. de um módulo rotativoDimensionam. de um módulo rotativo
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Dimensionam. de um módulo rotativoDimensionam. de um módulo rotativo
55
Período de descanso (PD)
Planta:
Cynodon = 20 – 25 dias
Panicum = 20 – 35 dias
Animal: PD para ovinos < PD para bovinos
Dimensionam. de um módulo rotativoDimensionam. de um módulo rotativo
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Efeito do prolongamento do período de descanso em Panicum maximum cv. Tanzânia sobre o desempenho e o rendimento de ovinos em pastejo
Dimensionam. de um módulo rotativoDimensionam. de um módulo rotativo
Período de descanso Taxa de lotação Ganho médio diário Rendimento animal
(dias) (ovinos/ha) (UA/ha) (g/ovino x dia) (kg PV/ha x ano)
17 69B 7B 123A 3123A
27 74B 8AB 94B 2646AB
37 84A 9A 36C 1691B
Médias, na mesma coluna, seguidas de letras distintas diferem (P<0,05) pelo teste “t”, de Student.Fonte: adaptado de Silva (2004) .
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Período de permanência
Bovinos: 4 a 7 dias
Ovinos e caprinos: 3 a 5 dias
Bovinos, ovinos ou caprinos de leite: 1 dia?!?!
Dimensionam. de um módulo rotativoDimensionam. de um módulo rotativo
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Taxa de lotação x Densidade de lotaçãoTaxa de lotação x Densidade de lotação
Figura – Efeito do aumento no número de subdivisões (piquetes) de uma pastagem sob lotação rotativa sobre a taxa de lotação e a densidade de lotação (simulação do autor)
5 d
15 d
0,5 anim/ha x d
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Taxa de lotação x Densidade de lotaçãoTaxa de lotação x Densidade de lotação
Figura – Efeito do aumento no número de subdivisões (piquetes) de uma pastagem sob lotação rotativa sobre a taxa de lotação e a densidade de lotação (simulação do autor)
5 d
15 d
0,5 anim/ha x d
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Número de grupos de animais
Tipo de rebanhos do produtor
Nível tecnológico do produtor
Objetivos do sistema de produção
Resultado: 1 a 3 grupos de animais (no máximo)
10: Bezerros
20: Vacas em lactação
30: Novilhas e vacas secas
Dimensionam. de um módulo sob rotaçãoDimensionam. de um módulo sob rotação
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EXEMPLOS:Per. Descanso = 35 diasPer. Pastejo/Permanên. = 5 diasgrupos de animais = 1N = (35/5) + 1 = 8 piquetes
Dimensionam. de um módulo sob rotaçãoDimensionam. de um módulo sob rotação
PP5 5 5 5 5 5 5 5
PD = 35 dias
2 3 4 5 6 7 81Piq.
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OUTRO EXEMPLO:Per. Descanso = 21 diasPer. Pastejo/Permanên. = 3 diasgrupos de animais = 1N = (21/3) + 1 = 8 piquetes
se aumentar para 2 grupos de animais
8 = (PD/PP) + 2PD/PP = 6
Opções: PD = 18 dias e Per. Perman.= 3 dias
PD = 24 dias e Per. Perman.= 4 dias?PO = 8 dias
Dimensionam. de um módulo sob rotaçãoDimensionam. de um módulo sob rotação
PP3 3 3 3 3 3 3 3
PD = 21 dias
2 3 4 5 6 7 81Piq.
63
OUTROS EXEMPLOS:
descanso = 29 diasocupação = 1 diagrupos de animais = 1N = (29/1) + 1 = 30 piquetes
descanso = 28 diasocupação = 1 diagrupos de animais = 2 (vacas em lactação e vacas secas)N = (28/1) + 2 = 30 piquetes
Dimensionam. de um módulo sob rotaçãoDimensionam. de um módulo sob rotação
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Aproveitamento do excesso de forragemAproveitamento do excesso de forragemSituação 1: sem excesso de forragem
Área = 10 ha; MSFT = 48.000 kg/ciclo
2,5 ha
12000 kg
1,25 ha
6000 kg
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Aproveitamento do excesso de forragemAproveitamento do excesso de forragemSituação 2: com excesso de forragem
Área = 10 ha; MSFT = 55.000 kg/ciclo – 48.000 kg = 7.000 kg
2,5 ha
13750 kg
1,25 ha
6875 kg
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Escalonamento dos piquetesEscalonamento dos piquetes
PP3 dias
Roço no final da tarde
3 3 3 3 3 3 3
PD = 24 dias
Seg29/08
Qui1/9
Dom4/9
Qua7/9
Sáb10/9
Ter13/9
Sex16/09
Sex26/08
Data do roço
EXEMPLO: Tanzânia, PD = 21 dias, PP = 3 dias, CP = 24 dias
2 3 4 5 6 7 81Piq.
3 6 9 12 15 18 210IdadePiq. 1
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Layout de áreas sob lotação rotativaLayout de áreas sob lotação rotativa
68
Layout de áreas sob lotação rotativaLayout de áreas sob lotação rotativa
69
Layout de áreas sob lotação rotativaLayout de áreas sob lotação rotativa
70
Layout de áreas sob lotação rotativaLayout de áreas sob lotação rotativa
71
Layout de áreas sob lotação rotativaLayout de áreas sob lotação rotativa
72Lotação rotativa e eficiência de uso Lotação rotativa e eficiência de uso da forragemda forragem
Figura - Utilização de cerca temporária (fio eletrificado) para aumentar a eficiência de utilização da forragem em pastagens sob lotação rotativa.
Vantagens: aumenta a uniformidade de pastejo e estimula o consumo?
73Lotação rotativa e eficiência de uso Lotação rotativa e eficiência de uso da forragemda forragem
74Lotação rotativa e eficiência de uso Lotação rotativa e eficiência de uso da forragemda forragem
75Lotação rotativa e eficiência de uso Lotação rotativa e eficiência de uso da forragemda forragem
Figura - Utilização de cerca temporária (fio eletrificado) para aumentar a eficiência de utilização da forragem em pastagens sob lotação rotativa com metade do número de piquetes desejado (ilustração do autor).
Vantagem adicional: balanceamento da forragem ao longo de dois dias de pastejo.
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Temperaturas para o crescimento das forrageiras
Irrigação de pastagensIrrigação de pastagens
Temperatura (°C)Espécie forrageira
Mínima Ótima Máxima
Gramíneas e leguminosastropicais
15 30 a 35 35 a 50
Gramíneas e leguminosastemperadas
5 a 10 20 30 a 35
77Irrigação de pastagensIrrigação de pastagens
Temperaturas mínimas médias mensais em três localidades de Minas Gerais (Lavras, Paracatu e Araçuaí), do Centro-Oeste (Goiânia, Campo Grande e Cuiabá) e do Nordeste (Garanhuns, Ilhéus e Sobral) (BRASIL, 1969a,b,c)
78Irrigação de pastagensIrrigação de pastagensTaxa mensal de crescimento (kg/MS/ha), de cultivares de capim Elefante submetido ou não à irrigação durante a seca, em Pernambuco (Junior et al., 2000)
Taxa de produção de forragemCultivares
Irrigado Não-irrigado
(kg/ha x mês) irrig x n.irrig.
Taiwan A-146 1435aA 87,53179aBCameroon 1198abA 84,31188aBKizozi 972bcA 77,37220aBMineiro 793bcA 66,58265aBCana Africana 792bcA 78,28172aBMott 706cA 65,14247aBElef. de Pinda 607cA 67,38198aBMédia 929 77,40210
(%)
79Princípios básicos do uso da IrrigaçãoPrincípios básicos do uso da Irrigação
Irrigação de baixa pressão ( 20m.c.a. ou 2,0 kgf/cm2);
Irrigação setorizada;
Irrigar à noite: custos com energia e efic. aplic.;
Água boa qualidade + tela válvula de pé: entupimento;
Válvula de limpeza no final da linha principal;
Monitoramento da pressão (manômetro);
80
Consumo = f (facilidade de fragmentação das partículas, até 1,0 mm)
Redução do tamanho das partículas = f (mastigação e
ruminação)
Principais fatores que afetam o consumo em animais estabulados:
Diferenças entre espécies de plantas forrageiras:
Leguminosas vs. Gramíneas
Legum. resistência à fragmentação ( % CHOs estrut)
Trifolium repens = 6,4 h/kg MS
Lolium perenne = 9,1 h/kg MS (Aitchison et al., 1986)
Espécies de clima temperado vs. espécies de clima tropical
Clima temper. % de CHO estrut. e DMS consumo
Mistura de Leguminosas e Gramíneas Cons. = f ( % legumin. na mistura)
Proporções das partes (frações) da planta:
Folha resistência à mastigação consumo
(Laredo & Minson, 1973,1975)
Fatores que afetam o consumo em Fatores que afetam o consumo em estabulação (Minson, 1990)estabulação (Minson, 1990)
81
Idade da planta forrageira:
Forragem mais madura % CHO estrut. consumo
% colmo
cons. tanto da folha como do colmo
% lignina
energia requerida para a fragmentação do material
tempo de retenção de ambas as frações no rúmen
Deficiências nutricionais na forragem madura
Principalmente proteína nível crítico = 70 g/kg
MS
Formas de reverter esse baixo consumo:
suplementação protéica
Fatores que afetam o consumo em Fatores que afetam o consumo em estabulação (Minson, 1990)estabulação (Minson, 1990)
82
Figura - Relações entre o consumo de forragem e as características quanti-qualitativas do pasto (Poppi et al., 1987).
Fatores que afetam o consumo em Fatores que afetam o consumo em pastejopastejo
Altura do pasto (cm)Densidade de plantas (nº de indivíduos/m2)Densidade da forragem (g MS/cm3)Massa seca de forragem total, MSFT (kg/ha)Massa seca de lâminas foliares verdes (kg/ha)Oferta de forragem (kg MS/100 kg PV x dia)MSFT residual (kg/ha)
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Altura BAIXA ALTA ALTA
Densidade ALTA BAIXA ALTA
Massa MÉDIA MÉDIA ALTA
Consumo MÉDIO BAIXO MÉDIO
DENSIDADE DA FORRAGEM x CONSUMO
84DENSIDADE E MASSA DE FORRAGEM
Figura - Massa de forragem em capim Tifton-85 após 19 dias de descanso (cortesia de Cavalcante Júnior, 2005).
85
DENSIDADE E MASSA DE FORRAGEM
Figura - Massa de forragem em capim-mombaça após 26 dias de descanso (foto do autor).
86CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Figura - Relação entre consumo de forragem e produção animal (Alvim & Gardner, 1985)
87CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Figura - Relação entre consumo de forragem e produção animal (Spedding, 1963)
X
2X
88CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Tabela - Requerimentos de matéria seca e proteína por um novilho para recria, dos 150 aos 450 kg de peso vivo
GMD = ganho médio diário;
MS = matéria seca;
DIVMS = digestibilidade in vitro da matéria seca;
PB = proteína bruta;
Conversão alimentar = kg de matéria seca consumida/kg de ganho em peso vivo;
Fonte: adaptado de Blaser et al. (1986)
NecessidadesGMD
Tempo p/
engorda Diárias Totais
MS DIVMS PB MS PB
Conversão
Alimentar kg/anim
x dia dias
kg % % ton kg kg/kg
0,25 1200 6,10 57 8,9 7,3 648 24,4
0,50 600 7,44 59 8,7 4,9 431 14,8
0,75 400 7,63 67 10,2 3,4 323 10,2
1,10 273 7,95 74 11,8 2,4 254 7,2
89CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
CONSUMO: MANTENÇA E PRODUÇÃO
Ex.: Novilho de corte de 300 kg PV
Consumo de matéria seca (CMS) = 2,5% PV/dia = 7,5 kg MS/anim x dia
Consumo para mantença = 1,5% PV/dia = 4,5 kg MS/anim x dia
Consumo para produção = 1,0% PV/dia = 3,0 kg MS/anim x dia
MSFC Rebanho CMS Desempenho Produtividade
kg MS/d Animais kg MS/anim x d kg PV/anim x d kg PV/reb x d
1440 320 4,5 0,0 0,0
1440 240 6,0 0,65 156,0
1440 192 7,5 0,8 153,6
MSFC = massa seca de forragem colhível;
CMS = consumo de matéria seca;
Fonte: simulação do autor.
90CONSUMO DE FORRAGEM x PRECOCIDADE
Tempo (anos)
0 2 4
Figura - Relação entre consumo de forragem e idade de bovinos ao abate (Spedding, 1963)
91CONSUMO DE FORRAGEM x PRECOCIDADE
Tempo (anos)
0 2 4
Figura - Relação entre consumo de forragem e rotatividade de um sistema de produção de bovinos de corte (adaptado de Spedding, 1963)
92CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Tabela – Participação (%) de gramíneas tropicais na dieta de vacas em lactação, em função da produtividade
Produção Leite
Energia metabolizável
gramíneas tropicais na dieta
kg/vaca x d Mcal/kg MS %
15 2,43 80
25 2,64 20
35 2,86 0
Cowan (1996)
93CONSUMO DE FORRAGEM E PRODUÇÃO
Tabela – Gastos com mantença de vacas leiteiras de 450 e 650 kg de peso vivo, com produção diárias de 10 e 25 kg de leite, com 4% de gordura, respectivamente
Peso vivo Produção NDT Mantença Custo Custo Mantença
kg kg/dia kg/dia % NDT Tot R$/kg MS R$/dia
450 10 3,42 51,5 0,025 0,13
650 25 4,51 35,9 0,230 1,52
NRC (1999)
94CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA DIFERENTES CATEGORIAS
AFRC caprinos (1997):CMS = 0,062 x P0,75 + 0,305 LEx.: cabras 45 kg e 2,0 kg L/d CMS = 0,062 x 450,75 kg + 0,305 x 2,0 kg/d == 1,08 kg + 0,61 kg = 1,69 kg MS/cabra x d ou 3,8% PV (2,4% PV)
AFRC caprinos (1997)Cabra em mantença = 2,4% PVCabra em lactação (3,0 kg L/d) = 4,5% PV
NRC (2001) – Gado de leite:Vaca em mantença = 2,0% PVVaca em lactação = 3,4% PV
NRC (1985) – OvinosOvelha 50 kg PV, em mantença = 2,7% PVOvelha 50 kg PV, em lactação = 4,2% PV
Média = 3,5% PVOvinos em engorda (em pastejo) = 3,6% PV (Barbosa et al., 2003)
Novilhos de corte, em crescimento = 2,5% PV (Euclides et al., 1999)
95CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA DIFERENTES CATEGORIAS
CMS
% PV/d
NOVILHO DE CORTE 2,5 300 kg PV = 7,5 kg MS = 24,75 kg silagem + 20%
OVINO DE CORTE 3,5 20 kg PV = 0,7 kg MS = 2,3 kg silagem + 20%
VACA DE LEITE 3,5 450 kg PV = 15,75 kg MS = 52 kg silagem + 20%
CABRA DE LEITE 5,0 40 kg PV = 2,0 kg MS = 6,6 kg silagem + 20%
96
Grupos de substâncias presentes em algumas forrageiras que atuam como fatores antinutricionais, limitando o consumo:
Qualidade do pasto x consumo animalQualidade do pasto x consumo animal
Lignina
Tanino
Cumarina
Isoflavonóides
Terpenóides
Óleos essenciais
Alcalóides
Cianídas
Ácidos orgânicos
97Qualidade do pasto x consumo animalQualidade do pasto x consumo animal
98
Teoria do forrageamento ótimo (Stephens & Krebs, 1986): os animais tentam maximizar o consumo de energia e minimizar os gastos.
Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
99
Representação hierárquica do processo de pastejo (Senft et al., 1987)
Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
Bocado
100Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejoEscalas espaciais e temporais do processo de pastejo por grandes herbívoros (Bailey et al., 1996, em Goulart, 2006)
101Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
Unidade de paisagem (pasto, piquete, talhão etc.): composta por um complexo
de diferentes habitats ou grupos distintos de espécies vegetais em comunidade.
Comunidade: delimitada pelos tipos de plantas presents, seu arranjo espacioal e
sua configuração estrutural.
Mancha vegetacional: agrupamentos de espécies mais homogêneas.
Estação alimentar: delimitada pelo movimento de uma das patas dianteiras do
animal, reorientando-se para outro local onde deverá “baixar a cabeça” e iniciar
uma nova estação alimentar.
Em cada estação alimentar o animal deve decidir qual bocado ele deverá
perfazer, dentre vários bocados potenciais.
Bocado: é o átomo do pastejo (Paulo César de Faccio Carvalho)
102Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
(Stuth, 1991)
103Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
Figura - Modelo conceitual de como o consumo de longo prazo, em situação de pastejo, é atingido pelo somatório de ciclos de pastejo denominados refeições, submetidos a controles de ingestão de curto prazo.
104Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
105Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
Altur perfilho estend. (extended tiller height, cm) = 40
Profund. bocado (bite depth, cm) = 20 Área bocado (bite area, cm2) = 90
Fonte: simulação do autor, a partir de dados de Stobbs (1973) e Barrett et al. (2003).
20 cm x 90 cm2 = 1800 cm3 Densidade de forragem por
camada (bulk density) = 0,0005 g/cm3
Tamanho do bocado = 0,9 g MS/bocado(Bite mass)
Taxa de bocados = 30 bocados/min
(Bite rate)
Intake rate = 27 g MS/min Grazing time = 461 min/diaCMS = 12447 g/dia(Dry matter intake)
106
Fonte: simulação do autor, a partir de dados de Stobbs (1973).
Tabela _ - Efeito da qualidade do pasto sobre o comportamento ingestivo e o consumo de forragem (exemplo de aplicação com vacas Jersey, com peso vivo hipotético de 350 kg)
Comportamento animal em pastejoComportamento animal em pastejo
Tam. do
bocado
Taxa de
bocadoTempo de pastejo
N º
bocadosConsumo MS
(g MS/bocado)
(bocados/minuto)
(% de 1440 min = 24 h)
(minutos/dia)
(bocados/dia)
(kg/animal x dia) (% PV)
0,9 0 30 32 46 1 13824 12,4 3,55
0,85 32 32 46 1 14607 12,4 3,55
0,8 0 34 32 46 1 15529 12,4 3,55
0,75 36 32 46 1 16589 12,4 3,55
0,7 0 36 34 492 17729 12,4 3,550,65 36 37 531 19129 12,4 3,55
0,6 0 36 40 576 20736 12,4 3,55
0,55 36 40 576 20736 11,4 3,260,5 0 36 40 576 20736 10,4 2,96
0,45 36 40 576 20736 9,3 2,67
0,4 0 36 40 576 20736 8,3 2,370,35 36 40 576 20736 7,3 2,07
0,3 0 36 40 576 20736 6,2 1,78
107
108
109
110
111POTENCIAL NUTRICIONAL DA CAATINGA
Flutuações mensais do teor de matéria seca (%), proteína bruta (%) e disponibilidade de forragem (ton/ha) em pasto nativo, município de Quixadá - média de 3 anos (Adaptado de ARAÚJO FILHO, 1980).
112ESTACIONALIDADE NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM
Conservação do excesso de forragem no período das águas, para utilização na seca.
113
TAXA DE LOTAÇÃO x DEMANDA DE FORRAGEM CONSERVADA
114
Suplementação do pastoSuplementação do pasto
forragem substituição adição aditiva
substitutiva
aditiva com
estímulo
substituição com
depressão
forragem suplemento
Con
sum
o re
lativ
o d
e m
atér
ia s
eca
pelo
an
imal
(%
)
Tipo de resposta
Esquema simplificado das relações animal/pastagem/suplemento Esquema simplificado das relações animal/pastagem/suplemento (adaptado de MIERES, 1997)(adaptado de MIERES, 1997)
115
Suplementação do pastoSuplementação do pastoEFEITO SUBSTITUTIVO EFEITO SUBSTITUTIVO
Médias estimadas por regressão do consumo de MO e das taxas de Médias estimadas por regressão do consumo de MO e das taxas de substituição no consumo de vacas em função da oferta de forragem e substituição no consumo de vacas em função da oferta de forragem e da suplementaçãoda suplementação
Oferta de forragem, kg MO/vaca Suplementação (kg/dia)
15 20 25 30 0,8 10,9 13,2 14,8 15,7 3,2 10,6 12,5 13,6 14,0 5,6 10,4 11,7 12,4 12,4
Média de substituição 0,11 0,30 0,50 0,69
Fonte: Meijs & Hoekstra, 1984Fonte: Meijs & Hoekstra, 1984
116
Suplementação do pastoSuplementação do pasto
EFEITO ADITIVO EFEITO ADITIVO Consumo e parâmetros ruminais de novilhos recebendo suplementos Consumo e parâmetros ruminais de novilhos recebendo suplementos com baixa, moderada e alta concentração de proteína bruta, com baixa, moderada e alta concentração de proteína bruta, associados a forragem de baixa qualidadeassociados a forragem de baixa qualidade
Fonte: DelCURTO et al. (1990).Fonte: DelCURTO et al. (1990).
Suplemento, concentração protéicaParâmetros
Baixa, 13 % Média, 25 % Alta, 39%
Consumo suplemento, kg MO 1,48 1,46 1,44
Consumo forragem, kg MO 2,81 4,21 3,24
Consumo diário, kg MO 4,29 5,67 4,68
Digestibilidade da MO, % 43,3 48,9 44,5
Tx. passagem sólidos, %/h 3,1 3,4 3,4
Tx. diluição, l/h 10,7 11,3 11,3
117
Suplementação do pastoSuplementação do pasto
Manter o rebanho na época da seca
Imprimir ganhos moderados a elevados na época da seca
Atender às exigências de animais de mais alta produção
Limites da produção animal em pastos tropicais bem manejados:
Leite = 13 kg/vaca x d
Carne = 800 g/novilho x d
123 g/ovino x d
Elevar a capacidade de suporte da pastagem
Equilibrar a demanda e oferta de alimento (auxiliar no manejo do
pasto)
Fornecer medicamentos
Fornecer vitaminas e aditivos
118
PRESSÃO DE PASTEJOPRESSÃO DE PASTEJO
PV individual (kg) 300 300 300 300 300
N° novilhos 1 1 1 2 3
PV total (kg) 300 300 300 600 900
MSFT (kg) 10 20 30 30 30
Pressão Pastejo
(kg PV/kg MSFT) 30 15 10 20 30
Oferta forragem
(kg MSFT/100 kg PV, %) 3,33 6,67 10,0 5,0 3,33
PV = peso vivo;
MSFT = massa seca de forragem total. Fonte: simulação do autor.
119
Ajuste na taxa de lotaçãoAjuste na taxa de lotaçãoTabela - Capacidade de consumo e nível de oferta de
forragem para diversas espécies/categorias de ruminantes em pastejo (animais com potencial de produção médio a alto)
Capacidade de consumo
diária Espécie/categoria
animal (% do peso vivo)
Novilho em engorda 2,5 a
Vaca em lactação 3,5 b
Ovino em engorda 3,5 c
Cabra em lactação 5,0 d
Fonte: adaptado de Ribeiro (1997)d, Euclides et al. (1999)a, NRC (2001)b,. Camurça et al. (2002)c, Rodrigues et al. (2003)c.
120Estimativa da massa de forragemEstimativa da massa de forragem
MFFT = massa fresca de forragem total
MS = teor de matéria seca
MSFT = massa seca de forragem total
97 g = 97 g x 0,001 g/kg____ = 0,097 kg = 970 kgm2 1 m2 x 0,0001 ha/m2 0,0001 ha ha
Moldura Larg Comprim Áream m m2
0,71 1,41 1,00
MFFT Teor MS MSFT MSFTAmostra (g) (%) (g/m2) (kg/ha)
1 500,002 600,003 700,004 360,005 300,006 450,00
Média 485,00 20,00 96,76 967,62
121
Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob lotação rotativa)lotação rotativa)
Mét. Pastejo: Lotação RotativaSuprimento MFFT MS MSFT MSFT Per. TCC EUF MSFC
g/m2 % g/m2 kg/ha dias kg/ha x d % kg/ha x d
1600,00 20,00 320,00 3200,00 21,00 152,38 50,00 76,19Demanda PV In PV Fin PV méd CMS CMS
kg kg kg % PV/d kg/anim x d450,00 450,00 450,00 3,50 15,75
Tax. Lot. anim/ha x d 4,84Tax. Lot. UA/ha x d 4,84Rebanho animais 40,00 Ár. Nec. ha 8,27Área Disp. ha 10,00 Reb. Pos. Anim. 48,37
Demanda de forragem: rebanho de 40 vacas de leite de 450 kg PV
Suprimento de forragem: pasto de capim-tifton 85, adubado
MFFT = massa fresca de forragem total
MS = teor de matéria seca
MSFT = massa seca de forragem total
Per. = período de crescimento do pasto
TCC = taxa de crescimento da cultura
EUF = eficiência de uso da forragem
MSFC = massa seca de forragem colhível
PV = peso vivo
CMS = consumo de matéria seca
Tax. Lot. = taxa de lotação
122Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob lotação contínua)Ajuste na taxa de lotação (pasto cultivado sob lotação contínua)
Mét. Pastejo: Lotação ContínuaSuprimen MFFT MS MSFT MSFT
g/m2 % g/m2 kg/ha
800,00 20,00 160,00 1600,00MFFT MS MSFT MSFT Per. TCC EUF MSFCg/m2 % g/m2 kg/ha dias kg/ha x d % kg/ha x d
1320,00 20,00 264,00 2640,00 7,00 148,57 50,00 74,29Demand PV In PV Fin PV méd CMS CMS
kg kg kg (% PV/d) kg/anim x d450,00 450,00 450,00 3,50 15,75
Tax. Lot. anim/ha x d 4,72Tax. Lot. UA/ha x d 4,72Rebanho animais 40,00 Ár. Nec. ha 8,48Área ha 10,00 Reb. Pos. Anim. 47,17
Demanda de forragem: rebanho de 40 vacas de leite de 450 kg PV
Suprimento de forragem: pasto de capim-tifton 85, adubado
MFFT = massa fresca de forragem total
MS = teor de matéria seca
MSFT = massa seca de forragem total
Per. = período de crescimento do pasto
TCC = taxa de crescimento da cultura
EUF = eficiência de uso da forragem
MSFC = massa seca de forragem colhível
PV = peso vivo
CMS = consumo de matéria seca
Tax. Lot. = taxa de lotação
123
Ajuste na taxa de lotaçãoAjuste na taxa de lotação
y = x0,75
y = x1,0
x =
Dem
anda
ene
rgét
ica
(kca
l/kg
PV
)
ou p
eso
met
aból
ico
(kg0
,75
)
y = Peso vivo (kg)0 20 45 200 450 800
0
9,46
17,37
53,18
97,70
150,42
124
Relação entre peso vivo e peso metabólicoRelação entre peso vivo e peso metabólico
PV PM PM/PV
kg kg0,75
20 9,46 0,47
45 17,37 0,39
200 53,18 0,27
450 97,70 0,22
800 150,42 0,19
PV PM PM/PV
kg kg0,75
20 9,46 0,47
45 17,37 0,39
200 53,18 0,27
450 97,70 0,22
800 150,42 0,19
125Equivalência de unidade animalEquivalência de unidade animal
Fonte: adaptado de Vallentine (2001)
Bovinos
Touro adulto 1,5
Touro jovem 1,15
Vaca + bezerro 1,35
Vaca adulta seca (450 kg) = unidade animal 1,0
Novilha prenha ( 18 meses) 1,0
Garrote (18 - 24 meses, 394 kg) 0,9
Garrote (15 - 18 meses, 338 kg) 0,8
Garrote (12 - 15 meses, 281 kg) 0,7
Bezerro (desmame aos 8 meses, 203 kg) 0,5
Ovinos e caprinos
Ovelha com dois cordeiros 0,3
Cabra com dois cabritos 0,24
Ovelha adulta, não- lactante 0,2
Cabra adulta, não- lactante 0,17
Cordeiro ou cabrito desmamado 0,14
EUA
126
Ajuste na taxa de lotaçãoAjuste na taxa de lotaçãoEquivalência de peso metabólico:
Exemplo: trocar 40 vacas de 450 kg PV por novilhas de 225 kg
EPM = (225 kg)0,75 = 58,09 kg0,75 = 0,59 vacas
(450 kg)0,75 97,70 kg0,75 novilha
1 novilha de 225 kg = 59% da demanda metabólica de 1 vaca de 450 kg
onde se coloca 1 vaca de 450kg é possível colocar 100/59 = 1,69 novil. de 225kg
ao trocar todo o rebanho, é possível colocar 1,69 x 40 67,6 novilhas de 225 kg
Observação: se colocarmos pela equivalência de peso vivo:
1 novilha de 225 kg = 50% do peso de 1 vaca de 450 kg
onde se coloca 1 vaca de 450 kg, poderia se colocar 100/50 = 2 novilh. de 225 kg
ao trocar todo o rebanho, colocar-se-ía 2,0 x 40 80 novilhas de 225 kg
Ajuste = (lot epv–lot epm)x100 = (80 novilh - 67,6 novilh) x 100 = 18,34%
lot epm 67,6 novilh
127
Ajuste na taxa de lotaçãoAjuste na taxa de lotaçãoEquivalência de peso metabólico:
Exemplo: trocar 40 vacas de 450 kg PV por ovelhas de 45 kg
EPM = (45 kg)0,75 = 17,37 kg0,75 = 0,18 vacas
(450 kg)0,75 97,70 kg0,75 ovelha
1 ovelha de 45 kg = 18% da demanda metabólica de 1 vaca de 450 kg
onde se coloca 1 vaca de 450 kg é possível colocar 100/18 = 5,56 ovelh. de 45 kg
ao trocar todo o rebanho, é possível colocar 5,56 x 40 222 ovelhas de 45 kg
Observação: se colocarmos pela equivalência de peso vivo:
1 ovelha de 45 kg = 10% do peso de 1 vaca de 450 kg
onde se coloca 1 vaca de 450 kg, poderia se colocar 100/10 = 10 ovelh. de 45 kg
ao trocar todo o rebanho, colocar-se-ía 10,0 x 40 400 ovelhas de 45 kg
Ajuste = (lot epv–lot epm)x100 = (400 ovelh - 222 ovelh) x 100 = 80,18%
lot epm 222 ovelh
128
GANHO POR ANIMAL x GANHO POR ÁREA
?
129Equilíbrio demanda e suprimento de alimentosEquilíbrio demanda e suprimento de alimentosDemanda: Exigência individual de cada animal Mantença Produção Tamanho do rebanho
Suprimento:
Pasto (natural ou cultivado) de sequeiro nas águasConservação de forragens para a época da seca (fenação, ensilagem)Suplementação Mineral
Concentrado ProtéicoEnergético
Volumosa Feno, silagemBanco de ProteínaOutras cult. forrag. (cana, capineira, palma...)Resíduos de culturasResíduos agroindustriais
Diferimento do pasto (com ou sem suplementação)Irrigação de pastagensAdubações estratégicas
Durante as águas (ou sob irrigação na seca)No final das águas
130
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO
Sistema CBL (Caatinga-Búffel-Leucena)
131
PALHADAS
PALHADAS
PALHADAS
JJFFMMAAMMJJJJAASSOONNDD
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
BÚFFEL
BÚFFEL
BÚFFEL
PALHADAS
PALHADAS
RGOGRÃO
SO
PP
PP
DD
DD
Matr. par.per. verde
Reprodut. Marrões desm.p/ venda
Matr. par.per. seco
Marrães desm.p/ reposição
MESES P
ALHADAS
PALHADAS
PALHADAS
JJFFMMAAMMJJJJAASSOONNDD
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
CAATINGA
BÚFFEL
BÚFFEL
BÚFFEL
PALHADAS
PALHADAS
RGOGRÃO
SO RGOGRÃO
SO
PP
PP
DD
DD
Matr. par.per. verde
Reprodut. Marrões desm.p/ venda
Matr. par.per. seco
Marrães desm.p/ reposição
MESES
SISTEMAS DE PRODUÇÃO ANIMAL NO SEMI-ÁRIDO
Sistema SIPRO - manejo alimentar das diferentes categorias de caprinos
132
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