manejo de insetos na soja intacta rr2 pro da tecnologia intacta rr2 pro® sem dúvida, estas...
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MANEJO DE INSETOS NA SOJA INTACTA RR2 PRO®
S E M E A N D O O F U T U R O
gemmatalis (lagarta da soja) e
Pseudoplusia includens (lagarta falsa
medideira). Contudo, outras lagartas
vêm causando dados expressivos à
cultura, mas por apresentarem ataques
ocasionais ou concentrados em certas
regiões, estas têm sido classificadas
como secundárias, sendo elas: lagarta
das maçãs (Heliothis virescens), lagarta
enroladeira (Omiodes indicata), e lagarta
Elasmo (Elasmopalpus lignosellus). De
forma ainda mais esporádica, o produtor
pode notar, também, danos causados por
diversas espécies do gênero Spodoptera
que, quando não identificadas de forma
correta no campo, podem ter o dano
confundido com outras pragas da cultura.
A cultura da soja está exposta, durante
todo o seu ciclo, ao ataque de diferentes
espécies de insetos. Esses insetos têm
as suas populações reduzidas por
predadores, parasitóides e doenças, em
níveis que dependem das condições
ambientais e do manejo de pragas que é
praticado na lavoura. Entretanto, estes
insetos, quando atingem populações
elevadas, são capazes de causar
perdas significativas no rendimento
da cultura, necessitando-se,
portanto, da adoção de medidas de
controle de pragas.
Dentre o grupo dos lepidópteros,
atualmente, as principais lagartas-
praga da cultura da soja são Anticarsia
S E M E A N D O O F U T U R O
INSETOS-ALVO DA TECNOLOGIA INTACTA RR2 PRO®
Sem dúvida, estas espécies de insetos
são as principais lagartas desfolhadoras
da cultura da soja, estando presentes
em todo o território nacional. Dentre as
lagartas desfolhadoras, além da lagarta da
soja (Anticarsia gemmatalis), as lagartas
falsa medideiras (Pseudoplusia includens
e Rachiplusia nu) são consideradas pragas
de difícil controle, principalmente por
atacarem prioritariamente a cultura da
soja após o fechamento das entrelinhas e
por habitarem o terço médio e inferior da
planta. Além da dificuldade de atingir as
mesmas pelas aplicações de inseticidas
e normalmente exigir, intrinsecamente,
doses maiores de produtos químicos
quando comparado, por exemplo,
à lagarta da soja.
No estádio R3 da cultura (Gráfico 1),
verificou-se a média de 10 indivíduos
de cada espécie por pano de batida,
com potencial de desfolha superior ao
nível de dano econômico para o estádio
reprodutivo (superior a 15%). Para o
tratamento sem controle químico, o nível
de desfolha chegou a 30%.
Lagarta da soja e Lagartas Falsa Medideiras(Anticarsia gemmatalis) e (Pseudoplusia includens e Rachiplusia nu)
Anticarsia gemmatalis Pseudoplusia includens
GRÁFICO 1
Dinâmica populacional
de Anticarsia gemmatalis
e Pseudoplusia includens
(esquerda) e % média
de desfolha (direita).
TD Safra 09/10 (RS, PR,
SP, MG, GO e MT).V6V3 V8 R2 R3 R4 R5 R6
2.00.0
4.06.08.0
10.012.014.016.018.020.0
Anticarsia gemmatalis Pseudoplusia includens
Núme
ro de
Laga
rtas/
m
Estádio da Cultura Estádio da Cultura
% de
Des
folh
a
0.0V3 V6 V9 R2 R3 R4 R5 R6
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
Nível de ação
11400
S E M E A N D O O F U T U R O
Lagarta das maçãs(Heliothis virescens)
Heliothis virescens
Recentemente, em função de diversos
fatores, dentre os quais incluem-se os
plantios contínuos de algodão no sistema
de safrinha, a lagarta das maçãs, Heliothis
virescens, tem preocupado os agricultores
por também ser uma praga de difícil
controle. Isso ocorre devido ao seu
hábito de ataque prioritário nas vagens
da soja, causando prejuízos diretos aos
grãos, além de possibilitar a entrada de
patógenos.
Até o momento, não se tem um
consenso quanto ao nível de ação a ser
adotado para o controle desta praga,
considerando que os danos causados
pelo inseto trazem um impacto direto
na produtividade. Em situação de campo
(Gráfico 2), verificou-se que, em alta
infestação, as parcelas de soja RR
tratadas e não tratadas com inseticidas
apresentaram níveis semelhantes quanto
ao número de vagens atacadas por
H. virescens, comprovando a dificuldade
de controle devido ao seu hábito e local
de alimentação na cultura da soja.
GRÁFICO 2
Dinâmica populacional de
Heliothisvirescens (esquerda)
e % média plantas com
vagens danificadas (direita).
TD Safra 11/12 (Fazenda São Tomás
do Aterradinho, Rio Verde-GO)
Estádio da Cultura
V6V3 V8 R3 R4 R5.1 R5.2 R5.3 R6
Soja RR comercial Soja RR sem inseticida
% de
vage
ns da
nifica
das
Soja RR Comercial0.0
5.0
10.0
15.0
20.0
Soja RR Sem Inseticida
Nível de ação
Em relação à broca das axilas, também
conhecida com broca dos ponteiros,
Crocidosema aporema, constata-se que
as maiores ocorrências se concentram na
Região Sul. Entretanto, mesmo ocorrendo
com baixa frequência, seu controle é
dificultado em função do hábito de
penetrar nas brotações, aliada à baixa
eficácia dos inseticidas. Para esta praga, o
nível de controle é de 25 a 30% de plantas
Lagarta broca das axilas(Crocidosema aporema)
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com ponteiros atacados, podendo atingir
facilmente altos níveis de infestação.
O Gráfico 3 mostra, em um ensaio
conduzido pelo time de TD, que o ataque
dessa praga na Soja RR não se diferenciou
entre as parcelas tratadas com inseticida
para as parcelas não tratadas. Ao mesmo
tempo, nenhuma parcela de INTACTA
RR2 PRO® foi danificada. Crocidosema oporema
GRÁFICO 3
Dinâmica populacional
de Crocidosema aporema
emSoja Intacta
RR2 PRO® e em Soja RR.
TD Safra 10/11
(Estação Monsanto do Brasil,
Morrinhos-GO)
% de
plan
tas d
anifi
cada
s
0.0
10.0
90.0
100.0
20.0
40.0
30.0
50.0
60.0
70.0
80.0
Estádio da Cultura
Soja conv. Sem inseticidas.
Nível de ação
Soja conv. ComercialIntacta RR2 PROTM Sem inseticidas
V3 V6 V8 R2 R3 R4 R5 R6
O nível de controle da tecnologia
INTACTA RR2 PRO® sobre a lagarta
Elasmo ainda está em estudo pelos
times de Desenvolvimento Tecnológico
e Regulatório. Este inseto, quanto ataca
a cultura da soja em alta infestação nos
estádios iníciais da cultura, causa a morte
de um grande percentual das plantas,
levando em muitos casos ao replantio da
área. O método de controle mais utilizado
atualmente, mesmo que de baixa
eficiência para o controle de lagartas
em estádio avançado, é o tratamento de
sementes com Fipronil.
Lagarta Elasmo(Elasmopalpus lignosellus)
Não há alterações no manejo de pragas
não alvo da tecnologia INTACTA
RR2 PRO® em relação a soja
convencional ou soja RR, e portanto
deve-se prosseguir normalmente com
o MIP (Manejo Integrado de Pragas),
conhecendo os insetos, respeitando
os níveis de ação para cada praga e
utilizando preferencialmente inseticidas
específicos e mais seletivos aos inimigos
Insetos NÃO alvo da tecnologia:
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naturais. Do grupo de insetos não alvo é
importante destacar as lagartas do gênero
Spodoptera, que podem causar danos
similares às principais lagartas da cultura
da soja controladas pela tecnologia
INTACTA RR2 PRO®, e percevejos, que
passam a ter ainda mais importância
como pragas primárias da cultura.
As lagartas do gênero Spodoptera não
são classificadas como pragas primárias
na cultura da soja, sendo portanto
atualmente de baixa ocorrência nas
lavouras. Essas lagartas não são alvo da
tecnologia, sendo a proteína Cry1Ac
pouco efetiva no controle das mesmas.
Por essa razão, faz-se necessário a
identificação do inseto no local, uma vez
que os danos causados podem ser
confundidos com danos causados pelas
principais lagartas da cultura da soja.
Para essas pragas, a recomendação é
que o produtor faça o Manejo Integrado
de Pragas (MIP) e atue tão logo o nível
populacional atinja o nível de ação. Para o
controle químico, alguns produtos como
Belt, Premio e Ampligo serão importantes
ferramentas de manejo. Porém, somente
o Belt possui registro atualmente no MAPA
para Spodoptera frugiperda na cultura da
soja.
Complexo de Spodoptera(Spodoptera frugiperda, Spodoptera eridania e Spodoptera cosmioides)
Spodoptera eridania
O complexo de percejos ocorre na fase
reprodutiva da cultura, e o seu aumento
populacional está ligado à disponibilidade
de recurso, ou seja, alimento (vagens).
Concentram-se, assim, nas áreas de
colheita mais tardias, onde ocorre intensa
migração dos insetos das áreas colhidas
para as áreas que ainda podem se
encontrar em estádio reprodutivo. Os
percevejos sugam as plantas e vagens a
partir de R3 até a maturação fisiológica,
prejudicando a qualidade dos grãos e
favorecendo a ocorrência de distúrbios
fisiológicos na planta (soja “louca” e grãos
verdes). O nível de controle
empregado atualmente é de 1 inseto
por metro para os cultivos de soja
semente e 2 insetos para os cultivos
visando produção de grãos. Atualmente,
os principais inseticidas utilizados no
Percevejos(Euschistus heros, Piezodorus guildinii e Nezara viridula)
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manejo de percevejos na cultura são o
Engeo Pleno, Connect e Pirephos. Estes
produtos também têm efeito sobre mosca
branca, Bemisia tabaci e coleópteros
desfolhadores (Diabrotica speciosa,
Megascelis spp., Maecolaspis spp., etc.).
No caso de necessidade de controle
de mosca branca e ácaros, o produto
comercial Oberon também é uma opção,
mas que requer um posicionamento
bastante técnico com relação ao momento
de sua aplicação.
Bueno, R.C.O.F. bases biológicas para utilização de
Trichograma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:
Trichogrammatidae) para controle de Pseudoplusia
includens (Walker, 1857) e Anticarsia gemmatalis
Hubner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae) em soja.
Piracicaba, 2008.
Embrapa. Tecnologia de Produção de Soja - Região
Central do Brasil, 2008, 261p.
EMBRAPA. Tecnologia de Produção de Soja - região
central do Brasil - 2007. Londrina: Embrapa Soja:
Embrapa Cerrados: Embrapa Agropecuária Oeste,
2006. 225p.
Referências:Wagner JustinianoTD Dourados-MS
Em caso de dúvidas ou necessidade de mais informações sobre o assunto, procure o TD mais próximo.
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