maldito juscelino sete sete quafá vila igaratã...

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Primeiro de Março Paciência Sete Sete Quafá Vila Igaratã Camarista Meyer Coelho Netto Rio do Ouro Santa Isabel Rio Parnaíba Canal do Anil Bosque Mont Serrat Mesa do Imperador Jardim Moriçaba Campo de Paulo Medeiros Vista Alegre Belo Granja Sítio do Pai João Caminho do Lúcio Ladeira do Calharins Caminho do Waldemar Ponte do Rio dos Cachorros Caminho do Arroio Estrada do Quitite Nossa Senhora da Penha n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nt t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t te e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d do o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o s s s s s s s s s s s s s s s s s s s C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C Ca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a am m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m mi i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i in n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h ho o o o o o o o o o o o o o o o o o o o d d d d d d d d d d d d d d d 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S S S S S S S S S S Se e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e en n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h ho o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o or r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r ra a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d da a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P Pe e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e en n n n n n n n n n n n n n n n n n nh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h ha a a a a a a a a a a a a a a a a a a P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P Pr r r r r r r ri i i i i i i i i i i i i i i i im m m m m m me e e e e e e ei i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ir r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r ro o o o o o o o o o o d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d de e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M Ma a a a a a a a a a a a a a a ar r r r r r r r r r r r r r r rç ç ç ç ç ç ç ç ç ç ç ç ç ç ç o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P Pa a a a a a a a a a a a a a c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ê ên n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n n nc c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ia a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a S S S S S S S S S S S S S S S S Se e e e e e e e e e e e e e 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g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g g ga a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a ar r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r ra a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a at t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t tã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã ã C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C Ca a a a a a a a a a a a a a a a am m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m ma a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a ar r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r r ri i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i is s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t t ta a a a a a a 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C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C C Ca a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a am m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m mp p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d d de e e e e e e e P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P P Pa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a au u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u ul l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l lo o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M 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Primeiro de Março Paciência Sete Sete Quafá Vila Igaratã Camarista Meyer Coelho Netto Rio do Ouro Santa Isabel Rio Parnaíba Canal do Anil Bosque Mont Serrat Mesa do Imperador Jardim Moriçaba Campo de Paulo Medeiros Vista Alegre Belo Granja Sítio do Pai João Caminho do Lúcio Ladeira do Calharins Caminho do Waldemar Ponte do Rio dos Cachorros Caminho do Arroio Estrada do Quitite Nossa Senhora da Penha

nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnttttttttttttttttttttttteeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ddddddddddddddddddddddooooooooooooooooooooooo sssssssssssssssssssss CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhoooooooooooooooooooo dddddddddddddddddddddddooooooooooooooooooooooo

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QQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQQuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaaaaaaaaaaffffffffffáááááááááááááááááááááááááááááááá VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVViiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilllllllllllllllllllllllllllllllllllllllaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIggggggggggggggggggggggggggggggggggggaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããã CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCaaaaaaaaaaaaaaaaammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiisssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssstttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 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GGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSííííííííííííííííííííííítttttttttttttttttttttttiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiooooooooooooooooooooooo ddddddddddddddddddddddddoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii JJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooãããããããããããããããããããããããããããããoooooooooooooooooooooooooooooo CCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo dddddddddddddddddddddddddddddddddddddooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo 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Pedro da Cunha e Menezes nasceu no Rio de Janeiro em 1961. É diplomata, torcedor do Fluminense e apaixonado pela Cidade Maravilhosa. Publicou vários livros sobre a história da cidade, entre eles Fluminense Football Club – 100 anos de glórias, O Rio de Janeiro na rota dos mares do Sul, Oswald Brierly: diários de viagens ao Rio de Janeiro, Transcarioca: todos os passos de um sonho e Trilhas do Rio.

A trama de Maldito Juscelino envolve crime, suspense e violência. Classificar o livro como um representante do gênero policial, entretanto, seria um equívoco só permitido aos cegos. Embora sua história objetive prender e agradar a todos os leitores, o valor da obra não está somente na substância, mas também na forma. Ao contrário de Brasília, que foi projetada sobre a

cartografia do Planalto Central, Maldito Juscelino foi concebido sobre um mapa detalhado do Grande Rio.O romance aborda a decadência da cidade maravilhosa sob o prisma de vários personagens. Alguns com pinta de estrela, outros com apenas 15 minutos de fama, nenhum deles aparece gratuitamente. Todos têm alguma ligação profunda com a Guanabara. Seus interesses e paixões são cariocas: leem Lima Barreto, José de Alencar e Rubem Fonseca, escutam Marcelinho da Lua, Farofa Carioca, Pixinguinha e MV Bill, evocam D. Sebastião, Zuenir Ventura e Raimundo de Castro Maia, mergulham nas Ilhas Cagarras, sobem as montanhas da região oceânica de Niterói, jantam nos restaurantes de Santa Teresa, apreciam as estátuas que adornam as ruas da antiga capital do Brasil.A trama discute os valores em voga na cidade e mostra o Rio nu e cru como ele é, apresentando ao leitor lados da Guanabara que ele provavelmente não conhece. Tudo fruto do mapa que o autor seguiu.

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Maldito Juscelino descobre o Rio de Janeiro em 1502 bairros, favelas e localidades. A cidade vai sendo descortinada ao longo da trama. Alguns bairros são protagonistas: Maria da Graça, Rocha, Glória, Bento Ribeiro e Vidigal emprestam seus nomes aos personagens principais do romance. Outros figuram como locais onde a história se desenvolve. São João de Meriti, Copacabana, Floresta da Tijuca e Aterro do Flamengo são exemplos dessa categoria. Ao leitor que se der ao trabalho de procurar todas as citações, uma por uma, o autor agradece o esforço e deseja sorte; dos demais – que, tem certeza, serão a imensa maioria – espera arrancar um pequeno sorriso de prazer quando identificarem um ou outro bairro no desenrolar da narrativa.

Pedro da Cunha e Menezes9 788588 742406

ISBN 978-85-8874-240-6

Maldito Juscelino

Capa final indesignRA.indd 1Capa final indesignRA.indd 1 19.04.10 17:51:3619.04.10 17:51:36

MALDITO JUSCELINO

�Pedro da Cunha e Menezes

© Andrea Jakobsson Estúdio Editorial Ltda., 2010.

Texto: Pedro de Castro da Cunha e Menezes

Produção editorial: Renata Arouca

Revisão: Maria Beatriz Branquinho da Costa

Capa: Erika Martins

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do todo ou parte em qualquer

suporte sem a autorização expressa da Editora.

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M51m

Menezes, Pedro da Cunha e., 1961-Maldito Juscelino / Pedro da Cunha e Menezes. -

Rio de Janeiro : Andréa Jakobsson Estúdio, 2010.172p.

ISBN 978-85-88742-40-6

1. Romance brasileiro. I. Título.

10-1063. CDD: 869.93CDU: 821.134.3(81)-3

10.03.10 16.03.10 017994

MALDITO JUSCELINO

�Pedro da Cunha e Menezes

PREFÁCIO

A trama do romance Maldito Juscelino envolve crime, suspense e violência. Classificar

o livro como um representante do gênero policial, entretanto, seria um equívoco só

permitido aos cegos. Embora sua história objetive prender e agradar a todos os

leitores, o valor da obra não está somente na substância, mas também na forma. Ao

contrário de Brasília, que foi projetada sobre a cartografia do Planalto Central, o

Maldito Juscelino foi concebido sobre um mapa detalhado do Grande Rio.

O romance aborda a decadência da cidade maravilhosa sob o prisma de vários per-

sonagens. Alguns com pinta de estrela, outros com apenas 15 minutos de fama,

nenhum deles aparece gratuitamente. Todos têm alguma ligação profunda com a

Guanabara. Seus interesses e paixões são cariocas: leem Lima Barreto, José de Alen-

car e Rubem Fonseca, escutam Marcelinho da Lua, Farofa Carioca, Pixinguinha e MV

Bill, evocam D. Sebastião, Zuenir Ventura e Raimundo de Castro Maia, mergulham

nas Ilhas Cagarras, sobem as montanhas da região oceânica de Niterói, jantam nos

restaurantes de Santa Teresa, apreciam as estátuas que adornam as ruas da antiga

capital do Brasil.

Seus nomes não foram escolhidos ao acaso. O Major Vidigal é figura real da história

setecentista da cidade e personagem da ficção de Joaquim Manuel de Macedo

(Memórias de um sargento de milícias), Edson Passos é uma homenagem ao co-

pacabaníssimo personagem Ed Mort de Luís Fernando Veríssimo (não por outra

razão é gaúcho e torcedor do América), Ilha é um apelido cuja gênese explica o

nome do bairro homônimo na região de Guaratiba, Campo dos Afonsos é aero-

nauta (ou araújo na gíria dos aviadores) e mora na rua Gago Coutinho (o grande pi-

loto português, que foi o primeiro a sobrevoar o Atlântico Sul), Magalhães é um

oficial intendente da FAB. Enfim, todos os nomes, mesmo quando não parecem,

têm relação com a geografia, mas também com a história e a situação atual do Rio

de Janeiro. Assim, o penteado do comandante do Bope em estilo príncipe valente,

além de ser um corte de cabelo, é uma referência a dois ex-comandantes daquele

batalhão da polícia carioca, o turbilhão em que o dr. Coelho Netto vê o Rio de

Janeiro se debater é um famoso livro daquele ilustre tricolor e o Cutty Sark que em-

bebeda os personagens foi escolhido menos pelo malte e mais pelo seu rótulo que

mostra a entrada da Baía de Guanabara. Tampouco há no livro data ou número

sem significado. O 1711 do voo Paris-Rio é o ano que Duguay Trouin invadiu o Rio

de Janeiro; Primeiro de Março é a data de fundação da cidade, Dezoito e Sete Sete

são comunidades em Bangu.

Estoril, Nova Jérsei, San Francisco, Colúmbia, Califórnia, Monte Carlo, Cabo Verde,

Madagascar, Ubá, Uberlândia, Olinda, Santa Catarina e Rio Grande, entre outros,

estão no livro não por serem cidades e estados do mundo e do Brasil, mas por de-

nominarem bairros do Rio de Janeiro e sua área metropolitana. Olavo Bilac, José

Bonifácio, Carlos Drummond de Andrade, Tancredo Neves, João XXIII e João Paulo

II tampouco ganharam espaço no livro por seus dotes literários, políticos ou reli-

giosos, mas porque fazem parte da geografia carioca.

Pois é, se a trama discute os valores em voga na cidade, também mostra o Rio nu e

cru como ele é e apresenta ao leitor lados da Guanabara que ele provavelmente

não conhece. Isso é tudo fruto do mapa que o autor seguiu.

A ideia vem de longe. No fim da década de 1980, com muito tempo livre nas mãos,

Pedro da Cunha e Menezes comprou o Guia Quatro Rodas e decidiu visitar cada um

dos bairros do Grande Rio, sem esquecer nenhum. Não conseguiu vê-los todos (na

verdade, visitou pouco mais da metade), mas ao longo de cinco anos tornou-se co-

nhecedor da cidade em que nasceu como poucos. Seguiu a mesma proposta para

redigir Maldito Juscelino. Listou 1.565 bairros, favelas, conjuntos residenciais, subúr-

bios, morros habitados e marcos urbanos relevantes do Rio (isso é que os geográfos

chamam de megalópole). O objetivo era que a história percorresse todos eles, um a

um, e que o desenrolar do romance fosse definido pelo traçado imposto ao autor

pela cartografia carioca. Também nessa empreitada foi mal-sucedido. Infelizmente,

mesmo com todos os recursos da ficção, não conseguiu ir a Quafá, Vila Igaratã e

Camarista Meyer. Tampouco logrou navegar nas águas do Rio Parnaíba, represar o

Canal do Anil ou desfrutar das sombras benfazejas do Bosque Mont Serrat. Os fran-

gos que quis criar na Granja de Paulo Medeiros morreram antes de serem chocados

e não chegaram à Mesa do Imperador, como planejado. As flores que plantou nos

jardins Moriçaba, do Carmo e Campo Belo, murcharam, não chegando a formar

buquês. Sem elas, o charme do autor não foi suficiente. Acabou repelido nas tenta-

tivas de flerte com Adriana, Eliane, Maria José, Núbia e Ana Clara. Suas pernas

cansaram-se na subida das ladeiras do Calharins e de Santa Isabel. Não alcançou o

topo. Paciência, a Vista Alegre do Recreio que se descortina lá de cima fica para

outra vez. Por fim, perdeu-se em sua tentativa de visitar o sítio do Pai João. Arriscou

três trajetos diferentes: pelo Caminho do Lúcio, na hora de cruzar o Rio do Ouro,

escolheu a Ponte de Coelho Netto. Ao perceber o equívoco, voltou. Tomou o

Caminho do Waldemar, mas por ali, a Ponte do Rio dos Cachorros estava quebrada.

Arriscou ainda o Caminho do Arroio Pavuna, mas foi parar na Estrada do Quitite

que não tinha nada a ver com o destino desejado. Em sua obsessão para citar todas

as localidades, ainda tentou uma prece à Nossa Senhora da Penha. Não adiantou,

ainda há tantos lugares recalcitrantes que sozinhos poderiam formar uma nova

cidade. Ainda assim, o romance descobre, com seus personagens, locais, diálogos e

citações exatos 1502 bairros, localidades e favelas dessa metrópole que, apesar de

suas mazelas, insiste em seguir sendo a síntese do Brasil. No trajeto, faz alusão a

diversos episódios marcantes da história e da cultura do Rio de Janeiro.

Talvez nem mesmo o leitor atento seja capaz de identificar mais de um terço dessas

localidades ou citações. Embora fique aqui o desafio, esse não foi o objetivo do

autor. Pelo contrário, espera-se que a homenagem a tantos lugares, efemérides,

personagens e acontecimentos da Guanabara não seja em detrimento do prazer da

história contada. Afinal, a parte é menos importante que o todo e essa é a men-

sagem que o carioca precisa aprender, se genuinamente deseja que sua cidade ja-

mais deixe de ser maravilhosa. Na ficção, assim como na realidade, é tarefa difícil de

ser empreendida com sucesso, mas o objetivo almejado vale o esforço.

Horácio Cardoso Franco

Dedico esse livro especialmente a Luiz Barros, mas também a todos aqueles que,

cariocas da gema, da clara ou da casca do ovo, teimam em querer fazer do Rio de

Janeiro uma Cidade Maravilhosa de se viver.

Agradeço a Mag Paletta, Rogério Fulgêncio, Carlos da Cunha e Menezes, Ruy

da Cunha e Menezes, Celina Lutz, Frederico Faulhaber, Luiz Fernando Vitor Filho,

Ana Leonor e Cristina Capêlo, conjunto de amigos cuja revisão paciente ajudou-

me a corrigir os infinitos erros e impropriedades. Qualquer falha que tenha per-

manecido é de minha exclusiva responsabilidade.

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MALDITO JUSCELINO

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PRELÚDIO

Onze e trinta da manhã. A viatura 01-1565 entra em contato com a sala de ope-

rações do 21º BPM:

— 1565, 1565, câmbio.

— Prossiga, 1565.

— Operações, Zulu 20 para Romeu Delta Juliete primeiro-nono-sexto-negativo.

O operador da sala digita a placa pedida no computador ligado com maré-zero:

— VOLKSWAGEN BRASÍLIA, ANO 1960, COR AZUL E AMARELA, PRODUTO DE ROUBO.

O operador solta um palavrão.

— Não pode ser, os dados não batem. Tem vírus nessa merda. Levanta, troca de

computador, redigita a placa.

– VOLKSWAGEN GOLF, ANO 2000, VERMELHO E PRETO, PRODUTO DE ROUBO.

1565, 1565, a placa pertence a Golf, ano 2000, vermelho e preto, produto de roubo,

repito, produto de roubo, positivo?

– Positivo, positivo, 1565.

A viatura liga a sirene e inicia a perseguição. O Golf é bem mais veloz que a limi-

tada patrulhinha do batalhão, mas os dois carros têm que costurar pelo trânsito da

avenida, e a sirene ajuda a viatura a se aproximar do Golf. O estampido é seco e

muito conhecido dos soldados. A viatura está sendo repelida a tiros. O “SD” carona

saca um dos seus 38 e revida. O Golf bate; seu motorista não sabia que, em frente ao

21º BPM, a avenida 28 de Agosto tem suas duas mãos divididas por um canteiro.

Rapi-damente os quatro bandidos saem do carro, jogam-se no asfalto e continuam o

tiroteio. O “SD” motorista para a 1565 e os soldados procuram abrigo, descarregando

seus revólveres. Do portão do batalhão saem dezenas de papa-mikes disparando con-

tra os ocupantes do veículo batido. O reforço do 21º chegou em boa hora; as sub-me-

tralhadoras já estão funcionando, trazendo consigo a certeza de uma definição

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favorável da peleja. Os meliantes põem as mãos nas cabeças e, ainda deitados, es-

peram, sem muita esperança, a sentença final. Os policiais engatilham suas armas.

�O capitão está em sua sala refrigerada, mas o ruído do ar-condicionado é superado

pelos tiros. Sai para o pátio e pergunta ao primeiro “SD” que encontra:

— Que porra é essa!!!?

— O pau tá comendo aqui em frente, senhor, uns bandidos que estavam trocando

tiros com a 1565 colidiram em frente ao batalhão. Bateram no canteiro da avenida.

Tenente, sargentos, tá todo mundo lá, só não fui porque estou preso.

Rapidamente o capitão retorna à sua sala, põe um carregador na sua HK-9 mm,

pega dois de reserva e sai do quartel. O barulho é ensurdecedor. Entra no meio do fogo

cruzado. Pouco depois o tiroteio cessa. Os papa-mikes engatilham suas armas.

— Não matem eles, não matem eles! — grita o capitão.

Os PMs continuam com suas armas apontadas e prontas para disparar. Não querem

acreditar no que estão ouvindo. O capitão aponta sua pistola para os PMs e repete:

— Ninguém atira!

Numa sala dentro do 21º, os ocupantes do Golf são questionados e respondem às

perguntas. Estão presentes um major, o capitão e a guarnição da 1565.

— Sim, senhor. A gente meteu um Peugeot lá em Bangu, mas ele enguiçou. Então

ganhamos esse Golf em Nova Iguaçu para assaltar um banco aqui em São João. Pre-

cisávamos do dinheiro para alugar umas peças. Depois deu no que deu. Se não fosse

o senhor, a gente tava morto.

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MARLENE E GLÓRIA

Conheci Glória há cerca de três anos. Lembro-me bem de que era um dois de maio,

pois no feriado da véspera meus amigos foram todos à praia enquanto eu tive que

fazer um voo para La Paz. Ela embarcou no aeroporto de El Alto. Chegou a bordo

vestindo uma saia esvoaçante e um casaco de alpaca. A pele muito branca, realçada

por uma vasta cabeleira negra, o pescoço adornado por um vistoso cordão de prata

e o rosto parcialmente escondido atrás de um par de óculos escuros. Estava de braços

dados com Guadalupe, uma estudante boliviana que fazia graduação na Universi-

dade Federal do Rio de Janeiro, com quem uns meses antes eu me embriagara de

amores na noite de Copacabana. Guadalupe abriu um belo sorriso para mim e su-

geriu um novo encontro. Depois da decolagem e terminado o serviço de voo, sentei-

me ao lado delas. Quando pousamos, já tinha anotado o telefone de Glória.

Guadalupe, apesar do charme e do brilho radiante nos olhos amendoados, sumiu da

minha vida. Minha cota de salsa e merengue estava prá lá de esgotada. Glória pas-

sou a ser onipresente.

Em nosso primeiro encontro, quis impressioná-la. Levei-a para passear em Itacoa-

tiara, que não frequentava há muitos anos. Minha memória fantasiava a praia como

um pequeno paraíso na região oceânica de Niterói, onde na maré baixa ainda era pos-

sível retirar mexilhão e catar tatuí. Achava o lugar uma maravilha, mas não foi por isso

que o escolhi. Tinha recém-terminado um namoro de cinco anos com uma despa-

chante de voo da Varig, com quem ainda sonhava reatar. Ela me flagrara aos beijos

com uma aeromoça dentro do avião. Não era para ter acontecido, Marlene deveria

estar de folga no dia. O problema é que foi cobrir uma colega que adoecera e me

pegou com a boca na botija. Rodou a baiana e terminou o relacionamento.

O estranho é que a gente é galinha e pegador mas, quando uma coisas dessas

acontece, nos damos conta de quanto amávamos nossas namoradas. Tentei de tudo

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para reatar. Fiz ponto em sua casa, na parte alta da Rocinha. Fui laborioso. Levei

ramos de hortênsias coroados por uma gardênia azul que, em qualquer parque, das

flores é a mais bela. Comprei caixas de bombons, presentei-a com perfumes france-

ses, escrevi cartas apaixonadas, prometi levá-la de férias para as Ilhas Baleares ou para

o Havaí, cheguei a fazer reserva de hotel em Malibu. Pedi interferência das suas tias

que moravam na favela. Dona Irene e dona Francisca bem que tentaram ajudar. Tam-

bém seu Pedro, amigo antigo da família, quis interceder. Mas não houve jeito. Perdi

meu sossego, minha alegria e quase fiquei sem esperança. Apelei até para o Espírito

Santo. Pensei em escrever ao Vaticano implorando a interferência de João Paulo II em

pessoa. Como não tinha acesso ao Papa, conversei com quem tinha relações e in-

fluência com Deus no terreno da favela. Frei Gaspar e Frei Sampaio, dois jesuítas que

distribuíam graças na comunidade, me atenderam solícitos. Segui seus conselhos, fiz

do Senhor meu bom pastor. Passei a frequentar a Igreja de Nossa Senhora da Con-

ceição, rezei novenas e pais-nossos, realizei trabalhos de caridade na favela. Marlene

que é bom, contudo, não voltava para mim. Só me sobrou um baita vazio no coração.

Quase morro do amor, quase morro da fé. Nada disso adiantou. “Besteira faz quem

quer”, foi a última coisa que Marlene me disse, “agora vê se some do morro. Adeus”.

E assim Glória começou como um prêmio de consolação. Uma menina branquinha

de formas curvilíneas em cujo afeto eu poderia afogar as mágoas. Levei-a para Ita-

coatiara por que era o canto do Rio mais afastado que eu c-nhecia. Se ainda nutria

alguma aspiração de voltar com Marlene, a armação tinha que ser bem feita. Ali as

chances de trombar com algum amigo da minha ex eram quase nulas. Eu frequentava

aquele extremo da Cidade Maravilhosa desde meus tempos de escoteiro, quando ir

até lá era um empreendimento cansativo, feito de barca seguida de ônibus baldeador,

que demorava anos para chegar ao destino. Dessa vez, fomos de moto. É longe, mas

fizemos boa viagem. Não tive dificuldades para encontrar a figueira centenária que

marca o início da trilha ligando o topo da estrada Gilberto Carvalho ao Pico do Alto

Mourão. Filho de mateiro e criado na Floresta da Tijuca, quis impressionar Glória com

meus supostos conhecimentos dos encantos escondidos do Rio de Janeiro (porque

Niterói para mim é Rio). O tiro saiu pela culatra. Glória, apesar de esguia e bela, não

é muito atlética. Sofreu horrores para subir a montanha. Na parte final, pouco antes

de chegar ao cume do Morro do Elefante, onde há uma escala-minhada, travou. Ficou

histérica. Não quis prosseguir de jeito nenhum. Estava morrendo de medo. Procurei

convencê-la de tudo que é maneira, mas não fui bem-sucedido. Descemos sem

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conseguir alcançar a mais bela vista de todo o Grande Rio. O que tinha sido pensado

para ser uma brincadeira no parque virou programa de tupinambá.

Quando finalmente pisamos nas areias de Itacoatiara, Glória estava exausta. Ten-

tei chamar sua atenção para a praia formosa encaixada entre dois belos pontões de

pedra lisa, crua e reluzente, sem igual do outro lado da baía. Glória só queria saber

de se deitar. Transpirava profusamente, coçava sem parar as pernas picadas de

formiga e ainda estava tensa da caminhada. Para o seu nível de experiência, aquela

excursão no mato havia sido uma grande aventura por uma terra nova e bravia que

ela só conhecia dos filmes de Indiana Jones. Quis logo apertar um baseado para re-

laxar. Me opus à ideia. Gosto da minha maconha, mas acho que fumar na praia dá

bandeira, incomoda quem é careta e chama atenção da polícia. Glória não fez caso

da argumentação e queimou sua erva. Me destaquei e fui dar um mergulho. Saí do

mar alegre, achando que aquele era o meu dia, mas felicidade de pobre dura pouco.

Glória havia caído no mais profundo dos sonos. Fiquei sem saber o que fazer. Im-

buído de segundas intenções, tinha planejado almoçar em um restaurante caseiro

em Piratininga e fechar a tarde com chave de ouro, apreciando o pôr do sol no Museu

de Arte Contemporânea no Ingá. O projeto era mostrar à Glória um Rio bonito e di-

verso daquele que ela conhecia. Deu tudo errado e eu não tinha um plano B. A moça

dormiu mais de duas horas. Fiquei a seu lado, de atalaia, para que nada, nem ninguém

perturbasse seu descanso. Deixei-me entreter por seu par de seios semicobertos pelo

escasso sutiã do biquíni. Fiquei imaginando aqueles peitos alvos e rijos como se fos-

sem o Chimborazo e o Cotopaxi, dois vulcões cônicos que flanqueiam a capital do

Equador, eternamente cobertos pelas neves da Cordilheira dos Andes. Foi um erro

crasso. Glória passou esse tempo todo com a pele branca exposta ao sol. Despertou

muito queimada. Saiu da praia vermelha como um pimentão. Um desastre.

Tinha idealizado fazer sexo madrugada adentro. Preparara um arsenal de golpes

sedutores: frases de efeito, espumantes gelados, filmes românticos, haxixe trazido de

Amsterdã para ser fumado em narguilê digno dos califas de Bagdá e outros badu-

laques. A realidade foi um pouco diferente. Passei a noite na cama com Glória, sim.

Mas com novalgina, água de coco e termômetro do lado de cá, cuia com cremes

hidratantes e unguentos do lado de lá. Tirei serviço de enfermeiro.

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QUATRO PLANTÕES

Sexagésima quarta delegacia de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, São João

de Meriti, Baixada Fluminense. Vinte de janeiro, meio-dia.

O delegado Castilho chama o detetive André Rocha Miranda. Recebe-o com as

janelas e o colarinho abertos. O ar-refrigerado da sala do delegado, único da repar-

tição, está quebrado. Seu rosto suarento encontra-se encoberto por um jornal. Está

lendo as notícias do dia. Não olha para cima, fala sem desviar a atenção do matutino.

— Tá aí a portuguesa. Se despencou lá do Moneró só para falar comigo. Essa mu-

lher vive aqui. É meio pancada, mas em memória ao inspetor Juliano Moreira, seu fi-

nado marido, atende ela pra mim e vê se trata ela direitinho.

Rocha vira-se para sair. Ao atravessar a porta, ainda ouve o del. Castilho sussurrar

alto instruindo-o a não revelar que ele estava na delegacia. A portuguesa era per-

sonagem folclórico na 64ª. Viúva de um policial das antigas, pirou quando o marido

faleceu. Com efeito, a morte do velho Juliano Moreira foi cruel. Ao ser parado em

uma falsa blitz, foi identificado pela bandidagem como cana dura. Ainda tentou rea-

gir, mas não teve tempo. Morreu com mais de 15 tiros. A maioria no rosto, que ficou

completamente desfigurado. No enterro, era lamentável o estado da portuguesa.

Uivava como o vento; as lágrimas saíam aos borbotões, saltando de seus olhos como

se fossem os gordos pingos de uma chuva de verão.

Nos meses que se seguiram, a portuguesa se entregou à religião. Foi a forma que

encontrou para aliviar a dor. Passou a frequentar a missa todos os dias. Assistia aos ser-

mões de Miguel Dibo, um beneditino culto, muito mais devotado à história do que

aos ensinamentos da Bíblia. Padre Miguel, por sua vez, era discípulo de Dom Sebastião,

um bispo que, na década de 1950, empreendera uma nova cruzada se opondo com

veemência à remoção da capital para Brasília. Fiel aos ensinamentos do mestre, Miguel

acreditava que essa transferência tinha sido a mãe de todos os males que afligiam o

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Rio de Janeiro: a favelização, o desinvestimento, a deterioração dos costumes, a inse-

gurança pública e, sobretudo, a posterior fusão, que subordinara os interesses de uma

cidade acostumada à sua independência a um estado atrasado e corrupto.

D. Sebastião batera-se em sua cruzada pelo Rio até os limites de suas forças. Lutou

contra tudo e contra todos. Até na Igreja, que era sua própria corporação, encon-

trou dificuldades. Foi repreendido mais de uma vez pelo cardeal Dom Jaime Câmara

e, em sigilo, pelo próprio Papa João XXIII.

Tanto fez que acabou sumindo misteriosamente dois anos antes da inauguração da

nova capital. Após rezar uma missa dominical na matriz de Guaratiba, seguira para

uma reunião com os opositores da construção de Brasília em um restaurante chamado

A Casa dos Quibes, na verdade pouco mais que um boteco na avenida Marrocos, em

Bangu. O encontro não correu bem. Vários eleitores do presidente Juscelino — veio

gente até de Nova Iguaçu — haviam se infiltrado no bar e tumultuaram o discurso do

religioso. O clima subiu a temperaturas dignas do Saara e o pau comeu. Ao final, os

seguidores do bispo foram desbaratados à porrada. O próprio Dom Sebastião desa-

pareceu na confusão e jamais foi encontrado de novo.

Pois é. Desde que perdeu o marido, a portuguesa meteu na cabeça que Dom Se-

bastião não havia morrido na batalha da Casa dos Quibes. Insuflada pelos sermões se-

bastianistas de Padre Miguel, acreditava piamente que o bispo havia de reaparecer e

restaurar a grandeza e a autonomia do Rio de Janeiro.

Com o passar dos anos começou a ser acometida de delírios. Via Dom Sebastião nos

lugares mais estranhos, dentro do tanque de sua casa, jogando bola de gude com os

alunos na hora do recreio no meio do campo do colégio do seu neto, recolhendo

oferendas de macumba nas encruzilhadas do Parque Roial, pregando para crianças as-

sustadas agarradas à barra das saias das mães, negociando uma pechincha na venda

da varanda, saboreando as frutas mais maduras do jardim pedregoso que era o quin-

tal de sua casa, fritando castanha-de-caju com óleo de dendê em uma casinha no

Guarabu e por aí afora. A cada visão correspondia uma queixa na delegacia do bairro.

Queria que alguém fosse lá resgatar o pobre Dom Sebastião e convencê-lo a reas-

sumir suas funções de defensor perpétuo do Rio de Janeiro. No princípio, a tiragem

ainda a recebia, anotava seu pleito e prometia providências. Com o passar do tempo,

contudo, os antigos colegas de Juliano Moreira foram se aposentando e a portuguesa

não lograva mais sequer ser ouvida pela Polícia. Por isso é que, mês sim outro também,

ela empreendia a longa jornada até Meriti para informar o paradeiro de Dom

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Sebastião. O del. Castilho tinha sido íntimo de seu marido e, ainda por cima, era ca-

xias. Na 64ª, a portuguesa era sempre atendida.

Acabava sobrando para Rocha. Era o mais novinho na delegacia. Cabia a ele roer

o osso duro. Mal chegou à recepção, já deu com a pança da portuguesa apoiada no

balcão. Com seu forte sotaque de Lisboa temperado pelo hálito azedo dos dentes de

alho que comia todas as manhãs, ela metralhou:

— Dom Sebastião está a andar aí. Eu o vi hoje mesmo embaixo de um salgueiro que

plantei no viçoso jardim que mantenho nos fundos de casa. O gajo está com saúde,

mas está encantado ou coisa parecida. Quando comecei a falar com ele, saiu apres-

sado e se escondeu no terrenão da olaria desativada lá do bairro. Eu corri atrás e não

o encontrei, mas pá, que tá lá, isso ele tá. Ele não gosta de ser flagrado. É cheio de

engenhos esse Sebastião.

Rocha virou o rosto para se resguardar das lufadas impregnadas de alho e começou

a anotar. Simulava estar levando o caso a sério, mas a lusa não se convenceu. Entrou

a esbravejar:

— Vocês só escrevem e rabiscam. Para ter bom sucesso tem é que mandar alguém lá!

O detetive suspirou e respondeu:

— Não se preocupe dona, a polícia irá já. Tão logo tenhamos uma viatura, enviamos

alguém.

O argumento, construído em cima de um montão de veículos parados por falta de

manutenção, não aplacou a viúva.

— Estou vendo que o pátio está cheio de carros. Em bom português, irá já quer

dizer agora mesmo, não é depois, nem amanhã. Falta aqui é alguém como o finado

inspetor Mesquita. Com ele não havia essa falta de vontade de trabalhar. Vocês são

todos vagabundos!

Enquanto falava, lançava um chafariz de perdigotos no chão, no balcão, no rosto

do detetive. Rocha perdeu as estribeiras:

— Sua velha coroca, vira essa boca do mato pra lá. Vê se escova os dentes de

manhã antes de falar com as pessoas. Além disso, desiste. Troca o disco. Esse cara já

morreu. Faleceu. Bateu as botas! Ficou para santo. São Sebastião não vai renascer.

Nunca vai voltar, entendeu? Jamais! A senhora só vai encontrá-lo quando tomar o

caminho do céu.

Nem sequer tinha acabado de despejar sua ira e a portuguesa já estava uivando.

O del. Castilho apareceu em menos de 40 segundos. Abraçou a velha, acariciou seus

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cabelos. Chamou o detetive Sampaio, ordenou que pegasse seu automóvel e levasse

a viúva de volta para casa. Recomendou que vasculhasse a olaria.

— Se Dom Sebastião ainda estiver lá, ache-o.

Retornou à sua sala. Convocou o inspetor Silvestre.

— Esse Rocha é duro demais. Não tem maturidade para atender o público. Vamos

ter que tomar uma providência. O que você acha da ideia de transferi-lo para o setor

de homicídios?19

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64ª Homicídios

Sexagésima quarta delegacia, São João de Meriti, Baixada Fluminense. Primeiro de

março, três e trinta da manhã. Toca o telefone, atende o detetive Sampaio; fala, con-

versa, toma notas, desliga. Traga uma última vez seu Marlboro, suspira, amassa a

guimba do cigarro no cinzeiro e, pesadamente, levanta-se.

As paredes estão com a tinta descascando, o chão está impregnado de poeira e,

apesar dos janelões e do pé-direito altíssimo, a D.P. é quente como uma sauna fin-

landesa. Sampaio cruza a sala de atendimento e atravessa duas portas para entrar

num recinto escuro. Para em frente a um sofá velho e desconjuntado. Ali, com a barba

por fazer, dorme um homem. O inspetor ainda hesita antes de despertá-lo, chega a

levar as mãos aos bolsos em busca do maço de cigarros, mas desiste. Olha com ca-

rinho o pequeno ventilador que acalenta seu colega. Uma propriedade particular, é

claro. A Polícia Civil não possui verba para luxos.

O tira Rocha acorda com cara de espanto. Olhos arregalados, remela, dor de

cabeça, o cabelo em desalinho mais parece uma juba. Apruma-se no sofá. Estica os

braços. Espreguiça-se. Escancara a boca, abre o bocejo característico e largo dos leões,

com direito a bafo e tudo (Sampaio vira o rosto). Levanta-se. Lava a cara.

�Homicídios. A PM informa e a Civil faz a perícia do local, só que a 64ª não dispõe

de viatura para este tipo de serviço. Dos quatro veículos da delegacia, só o do dele-

gado está em condições de uso, os outros repousam há semanas na oficina Auto Cas-

tro, de propriedade de um detetive aposentado. O Estado não liberou a verba para

pagar a manutenção. Francisco de Castro não cobra mão de obra. Seus mecânicos vão

consertando os carros à medida que conseguem receber os acessórios que precisam

ser repostos, mas o processo não é simples. Sem dinheiro, nem mesmo as peças

chegam em sincronia com a necessidade. Dez para as quatro da manhã, o tira Rocha

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mal

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ino

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