magazine benfica hd - nº4
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Magazine Benfica HD - MaioTRANSCRIPT
para que daqui a um ano seja-
mos bicampeões.
Jogador da época - Di Maria
Podia ser… “Tacuara”, foi
melhor marcador do campeona-
to e da liga Europa, mas o
argentino teve uma época de
um nível muito elevado, tanto
que já conseguiu um lugar no 11
de Maradona. É um desequili-
brador nato, com capacidade de
inventar jogadas e fintas em
espaços apertados, e com o seu
pé esquerdo a assistir os seus
companheiros. Vai deixar sauda-
de.
BHD
Cinco anos depois podemos
voltar a gritar “E o Benfica é
Campeão Olé Olé,”.
Obrigado a todos que tornaram
isto possível. Objectivo alcança-
do com distinção, numa época
que certamente será lembrada.
Grandes exibições com golea-
das (mais de 100 golos), está-
dios cheios (mais de 1M de
espectadores), isto é o Benfica!
Grande ambiente no estádio da
luz, até agradeço ao Porto ter
obrigado a adiar os festejos para
o dia 9 de Maio, porque foi
indescritível aquilo que vivi
nessa noite.
Para além do 32º título nacional,
vencemos a 2ª taça de liga e
chegámos aos 4ºFInal da Liga
Europa. Tirando a taça de Por-
tugal foi uma época muito posi-
tiva.
Futuro
Vamos preparar já a próxima
época, Faria, Jara e Gaitán estão
para chegar, agora é importante
não desmontar esta equipa por
completo. É quase um dado
adquirido que Di Maria sairá,
para além dele admite-se mais
uma saída do núcleo duro.
Depois é blindar os jogadores,
Rescaldo de Abril e Maio:
6 vitórias e 2 derrotas
20 golos marcados e
13 sofridos N E S T A
E D I Ç Ã O :
Resultados 2
Jogo a Jogo 4
Camadas
Jovens
20
Prospecção 21
Modalidades 22
Assistências 23
Futsal 24
Em Foco 26
Homens do
Título
28
M A I O 2 0 1 0
A G E N D A
Dia 20 Maio
New England
Revolution (F)
Dia 23 Maio
Panathinaikos
(N)
Dia 27 Julho
Sunderland (N)
CAMPEÕES NÓS SOMOS CAMPEÕES
A N O I N U M E R O 4
P Á G I N A 2
A LIDERANÇA
O Benfica vence o
campeonato com 5
pontos de avanço.
Liga Sagres
27ª Jornada
Académica 2-3 Benfica
Olhanense 1-2 Marítimo
Braga 3-1 Leixões
Porto 3-0 Guimarães
Sporting 2-1 Setúbal
Belenenses 0-0 Rio Ave
P.Ferreira 1-3 Naval
Nacional 2-0 U.Leiria
25ª Jornada
Naval 2-4 Benfica
Porto 4-1 Marítimo
Braga 3-2 Guimarães
Nacional 1-0 Leixões
Sporting 5-0 Rio Ave
P.Ferreira 0-0 Belenenses
Olhanense 2-2 Setúbal
Académica 0-0 U.Leiria
26ª Jornada
Guimarães 1-1 Olhanense
Marítimo 3-3 Belenenses
Setúbal 1-1 Académica
Leixões 2-0 P.Ferreira
U.Leiria 1-2 Braga
Naval 0-0 Nacional
Rio Ave 0-1 Porto
Benfica 2-0 Sporting
Marcadores
Cardozo 26 Benfica
Falcão 25 Porto
Liedson 13 Sporting
Cássio 12 U.Leiria
Djalmir 12 Olhanense
Edgar Silva 12 Nacional
JOGO GRANDE
Porto - Benfica
O Porto vence em
casa e impede o
Benfica de festejar o
título no dragão
TÍTULOS
Benfica 32
Porto 26
Sporting 18
Belenenses 1
Boavista 1
28ª Jornada
Benfica 5-0 Olhanense
Guimarães 2-0 Belenenses
Naval 0-4 Braga
Rio Ave 0-0 Marítimo
Nacional 1-1 P.Ferreira
Leixões 1-3 Académica
Setúbal 2-5 Porto
U.Leiria 1-1 Sporting
29ª Jornada
Porto 3-1 Benfica
Académica 3-3 Nacional
Braga 1-0 P.Ferreira
Olhanense 1-0 Leixões
Rio Ave 0-0 Guimarães
Marítimo 2-0 Setúbal
Sporting 0-1 Naval
Belenenses 5-2 U.Leiria
30ª Jornada
P.Ferreira 2-2 Olhanense
Benfica 2-1 Rio Ave
Setúbal 1-2 Belenenses
Guimarães 1-2 Marítimo
Naval 0-1 Académica
Nacional 1-1 Braga
Leixões 1-2 Sporting
U.Leiria 1-4 Porto
P Á G I N A 3 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Classificação
Benfica 78-20 76 2 24 4
Braga 48-20 71 3 22 5
Porto 70-26 68 4 21 5
Sporting 42-26 48 8 13 9
Marítimo 42-43 41 11 11 8
Guimarães 31-34 41 11 11 8
Nacional 36-46 39 11 10 9
Naval 20-35 36 14 10 6
U.Leiria 35-41 35 13 9 8
P.Ferreira 32-37 35 11 8 11
Académica 37-42 33 13 8 9
Rio Ave 22-33 31 11 6 13
Olhanense 31-46 29 11 5 14
Setúbal 29-57 25 15 5 10
Belenenses 23-44 23 15 4 11
Leixões 25-51 21 19 5 6
Descem para a Liga Honra
Belenenses
Leixões
Sobem para a Liga Sagres
Beira Mar
Portimonense
Descem para a II Divisão
Chaves
Carregado
Sobem para a Liga Honra
Apurados para o Playoff
Moreirense/Arouca/U.Madeira
P Á G I N A 4
“Sabia que, pela qualidade
ofensiva das duas equipas,
qualquer uma delas podia
marcar golos, só não
pensei sofrer um daquela
forma.O Benfica foi mais
equipa e dispôs de várias
situações de finalização. É
uma equipa de grande
categoria, que respira
confiança e que acredita no
que faz. Tivemos uma
inteligência tática muito
elevada e merecemos
vencer. “
“Alcançámos uma vitória
justa e mostrámos a nossa
grandeza com dois golos.
Foram dois penáltis
evidentes e posso ficar feliz
com a minha exibição, pois
consegui provocar a segunda
falta do lateral-direito do
Liverpool [Glen Johnson]
para podermos chegar ao 2-
1. Dar a volta a um resultado
adverso, ainda por cima
diante de uma grande equipa
como o Liverpool, só prova
que somos grandes “
Noite de Europeia
N Jogador C S G S G C N Jogador
13 Júlio César 74’ 84 Reina
14 Maxi Pereira 66’ 2 Glen Johnson
4 Luisão 29’ 9’ 5 Daniel Agger
23 David Luiz 37’ 78’ 23 Jamie Carragher
18 Fábio Coentrão 45’ 22 Insuá
6 Javi Garcia 20 Mascherano
8 Ramires 21 Lucas
20 Di Maria 90’ 8 Gerrard
17 Carlos Martins 72’ 18 Kuyt
10 Pablo Aimar 86’ 19 Babel
7 Cardozo 59’ 79’ 82’ 9 Fernando Torres
T Jorge Jesus T Rafael Benitez
1 Moreira 1 Cavallieri
27 Sidnei 16 Kyrgiakos
22 Luís Filipe 28 Plessis
2 Airton 86’ 47 Daniel Pacheco
5 Ruben Amorim 72’ 90’ 15 Benayoun
21 Nuno Gomes 66’ 31 El Zhar
31 Kardec 82’ 24 David Ngog
62.629 (96%)
Cardozo
Análise - Sabor a pouco...
P Á G I N A 5 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Se antes do jogo alguém me tivesse proposto o resultado de 2-1, tê-lo-ia aceite sem hesitações. O Liverpool
é um gigante do futebol europeu, tem na Liga Europa a sua grande oportunidade de conquista, e nesta fase
da competição - marcada normalmente pelo equilíbrio - uma vantagem, por curta que seja, não deixa de
ser… uma vantagem.
Olhando para o que se passou em campo, para o facto do Benfica ter jogado cerca de uma hora em superio-
ridade numérica, e, sobretudo, para a relativa naturalidade com que deu a volta ao golo madrugador de
Agger, não posso deixar de reconhecer que, com um pouco mais de sorte – e acerto na finalização – as con-
tas da eliminatória poderiam ter ficado, desde já, bastante mais favoráveis. E confesso que, quando Cardozo
transformou irrepreensivelmente o segundo penálti, me convenci que ainda surgiria mais um golito, que, a
acontecer, poderia revelar-se decisivo.
Nada disto reduz a enorme felicidade que todos os benfiquistas devem sentir neste momento: pela grande
exibição (foi disso que se tratou), pela vitória ante uma das melhores equipas da Europa (a quarta consecu-
tiva sobre o Liverpool), pelo alimentar do sonho de ir ainda mais além na competição, e pelo grandioso
espectáculo a que puderam assistir, dentro e fora do relvado, mais uma vez (a segunda em poucos dias)
com as bancadas repletas de entusiasmo e amor clubista. Este 2-1 deixa todas as esperanças em aberto
para o mítico Anfield Road, e creio que o Benfica tem hoje mais possibilidades de chegar às meias-finais do
que tinha ontem.
O jogo começou muito mal, com um golo consentido a lembrar – também ele – uma épica noite de 2005 em
que o Manchester United saiu da Luz vergado a uma derrota por 2-1. O Liverpool dava mostras de conhecer
bem o Benfica, limitando-lhe o espaço, e procurando explorar amiúde os corredores laterais, onde Babel e
Kuyt eram setas apontadas à baliza de Júlio César, mas, simultaneamente, também os primeiros tampões à
construção de jogo encarnada. A ausência de Saviola fazia-se igualmente sentir, e as dificuldades que a
equipa de Jesus encontrava no último terço do campo eram visíveis, mau grado os “convites” que a linha
defensiva britânica demasiadas vezes distribuía. Individualmente gostaria de destacar Cardozo, que mesmo
desperdiçando várias situações de perigo, acabou por se tornar no pai desta vitória; e também Fábio Coen-
trão, que realizou mais uma grande exibição. O papel dos centrais fica marcado pelo golo sofrido, mas daí
para a frente, tanto Luisão, como, sobretudo, David Luíz estiveram em plano elevadíssimo. Javi Garcia tam-
bém foi dos melhores, tal como Di Maria, que no entanto insistiu demasiado em iniciativas individuais, mes-
mo quando elas não se justificavam. Em sentido contrário há que referir que Maxi Pereira, Carlos Martins,
Aimar e Ramires ficaram longe daquilo que têm feito durante a época.
Nota final para o comportamento absolutamente lamentável de alguns No Name Boys. O meu benfiquismo
tem-me feito defender frequentemente a claque, mesmo para além daquilo que ela porventura merece. Des-
ta vez porém, não posso deixar de exprimir o meu veemente desagrado com o ignóbil lançamento de petar-
dos, e ainda por cima para perto do local onde estava estacionado o fiscal-de-baliza. Espero, e acredito, que
sejam os próprios lideres da claque a pôr na ordem os elementos responsáveis por tamanha estupidez. Os
restantes sócios do Benfica, a sua esmagadora maioria, mostraram de imediato o seu desagrado.
http://vedetadabola.blogspot.com
P Á G I N A 6
“Não entrámos bem no jogo,
mas há alguma justificação
para isto. Quando os
jogadores estão
sobrecarregados não
desenvolvem e isto aconteceu
ino princípio do jogo. O
relvado, que está mal tratado,
também dificulta a equipa
tecnicamente mais evoluída.
Estivemos a perder e demos a
volta ao resultado. A equipa
esteve sempre tranquila,
nunca perdeu a identidade e a
sorte de termos lançado o
Weldon, porque foi ele que
ajudou à equipa a
recuperar”
“Fico feliz, entrei e consegui
dois golos. Nos primeiros
minutos estávamos um
pouco desconcentrados, mas
felizmente encontrámos o
caminho do golo. Vencemos
e agora vamos pensar no
próximo jogo.”
Um pequeno susto
N Jogador C S G S G C N Jogador
13 Peiser 30 Quim
4 Diego 45’ 14 Maxi Pereira
6 Daniel 65’ 4 Luisão
7 Carlitos 23 David Luiz
26 Gomis 78’ 18 Fábio Coentrão
45 Camora 6 Javi Garcia
5 Bruno Lazaroni 23’ 5 Rúben Amorim
15 Hauw 70’ 10 Pablo Aimar
25 Godemeche 60’ 37’ 20 Di Maria
11 Bolívia 75’ 11’ 55’ 15’ 18’
19 Weldon
28 Fábio Júnior 2’ 55’ 7 Cardozo
T Augusto Inácio T Jorge Jesus
1 Jorge Baptista 13 Júlio César
13 João Real 78’ 27 Sidnei
30 Giuliano Amaral 70’ 8 Ramires
77 Marinho 60’ 55’ 90’ 17 Carlos Martins
9 Michel Simplício 65’ 21 Nuno Gomes
10 Davide 75’ 32 Éder Luís
39 Kerrouche 31 Kardec
7.491 (79%)
Weldon
Análise - Reviravolta
P Á G I N A 7 A N O 1 , N Ú M E R O 4
A primeira vez que conseguimos dar a volta ao marcador no campeonato nacional fizemo-lo em grande estilo. Ven-
cemos 4-2 na Figueira da Foz depois de estarmos a perder por 0-2. Mais um mito que se quebra (provavelmente
ainda havia quem dissesse que o Benfica só virava resultados perante as equipas menores de Liga Europa…), mas
este sinceramente dispensava-o. Estar a perder por 0-2 aos 12’ numa partida absolutamente decisiva não me fez
nada bem ao coração. Felizmente tivemos uma resposta avassaladora e conseguimos a vitória.
Como é óbvio, entrámos pessimamente no jogo. Duas falhas individuais (David Luiz e Maxi Pereira) resultaram em
outros tantos golos, se bem que no primeiro (aos 2’!) a movimentação do Javi García também não tenha sido nada
famosa. Levámos dois socos no estômago e mal tínhamos entrado em campo. O facto de termos feito o 1-2 pouco
depois (16’) ajudou a que a equipa e os adeptos acreditassem que iam acordar do pesadelo. Foi o Weldon
(que fez de Saviola) que marcou depois de dois remates defendidos pelo Peiser. O brasileiro saltou muito bem e fez
o golo de cabeça aproveitando o segundo ressalto. Dois minutos depois, a partida ficou igualada novamente pelo
Weldon e novamente de cabeça. Canto do Aimar na esquerda, o David Luiz não chega a tocar na bola, mas desposi-
ciona a defesa e o Weldon percebeu muito bem a jogada, e cabeceou à vontade. Voltava tudo ao início, mas até ao
intervalo continuámos com algumas desconcentrações defensivas que permitiram à Naval criar lances de perigo. Um
azar num ressalto isolou um avançado deles, mas o Quim defendeu bem e logo a seguir ficámos finalmente na fren-
te. Um passe longuíssimo do David Luiz isolou o Di María, que desviou muito bem a bola do guarda-redes. Estáva-
mos no minuto 38 e senti que, se não houvesse mais falhas defensivas (tão pouco habituais este ano), a vitória nºao
nos fugiria.
A 2ª parte foi completamente diferente da 1ª e era essencial marcarmos mais um golo para termos uma vantagem
confortável. Foi o que aconteceu logo aos 55’ num lance que começou e acabou no Cardozo, com o Weldon a ter
papel fundamental ao fazer a assistência para um remate do Rúben Amorim que o Peiser defendeu. Na recarga, o
paraguaio não perdoou. A partir daqui, era difícil a vitória fugir-nos. A dúvida estava mais em saber se marcaríamos
mais golos. O Benfica deste ano faz jus à ideia de que “o ataque é a melhor defesa” e o jogo continuou a desenrolar-
se principalmente no meio-campo adversário. O Jorge Jesus começou a fazer substituições, mas confesso que estra-
nhei que o Weldon fosse o primeiro a sair logo um minuto depois do golo. Esteve em três dos nossos quatro tentos,
não jogava há uma série de tempo e só entendo a saída por eventuais dificuldades físicas que não descortinei.
Entrou o Carlos Martins, mas se fosse eu teria tirado o Aimar, porque estávamos a ganhar por dois golos e vamos a
Anfield na 5ª feira. Aos 70’, saiu o Aimar e entrou o Ramires, mas a toada da partida manteve-se. Passávamos mais
tempo no meio-campo adversário, mas a pontaria passou a estar desafinada. Mesmo assim ainda houve tempo para
um petardo do Carlos Martins à barra. Uma incrível perda de bola do Di María no nosso meio-campo proporcionou à
Naval a única situação de golo do 2º tempo, mas o jogador que estava isolado atirou por cima. Faltavam pouco mais
de 10’ para os 90 e foi um lance que nos poderia ter causado um final de jogo intranquilo. Felizmente isso não acon-
teceu e a vitória é mais que justa.
http://nao-se-mencione-o-excremento.blogspot.com
P Á G I N A 8
“Viemos para discutir a
eliminatória e fomos
muito fortes até
sofrermos o primeiro
golo. Depois fomos
perdendo velocidade e
até algum
posicionamento “
“Eles montaram uma
estratégia que passava
por sair rápido para o
contra-ataque e isso
demonstra o respeito
que tiveram pela nossa
equipa. Mas como
sofremos dois golos
logo de início, eles
fecharam-se muito e a
partir daí as coisas
tornaram-se mais
difíceis. Infelizmente não
conseguimos passar
esta eliminatória “
O fim de um sonho
N Jogador C S G S G C N Jogador
25 Reina 79’ 12 Júlio César
2 Glen Johnson 5 R.Amorim
5 Daniel Agger 4 Luisão
16 Kyrgiakos 27 Sidnei
23 Jamie Carragher 23 David Luiz
20 Mascherano 6 Javi Garcia
21 Lucas 24’ 8 Ramires
8 Gerrard 88’ 20 Di Maria
18 Dirk Kuyt 28’ 66’ 17 Carlos Martins
15 Benayoun 75’ 90’ 86’ ’ 84’ 10 Pablo Aimar
9 Fernando Torres 86’ 59’ 82’ 70’ 7 Cardozo
T Rafael Benitez T Jorge Jesus
1 Cavalieri 79’ 1 Moreira
27 Degen 14 Maxi Pereira
40 Daniel Ayala 2 Airton
4 Aquilani 88’ 86’ 18 Fábio Coentrão
47 Daniel Pacheco 24 Felipe Menezes
31 El Zhar 90’ 32 Éder Luís
24 David N’Gog 86’ 66’ 31 Kardec
42.377
Carlos Martins
Análise -
P Á G I N A 9 A N O 1 , N Ú M E R O 4
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Estivemos a 1 golo da passagem às meias finais a 15' do fim. Depois do golo de Cardozo senti que podíamos fazer
história novamente mas o nosso percurso na Liga Europa terminou hoje num estádio mítico contra uma grande equi-
pa europeia que beneficiou da inspiração de um dos melhores pontas de lança do mundo, o homem que decidiu a
final do último Euro, e da infelicidade nos momentos chave do jogo do nosso Benfica.
Entrámos bem e fizemos o mais complicado que foi aguentar mais de meia parte sem grandes sufocos perto da nossa
baliza. Depois veio um golo muito estranho que foi invalidado pelo auxiliar do árbitro que marca falta de Kuyt sobre
Júlio César mas o árbitro resolve originalmente dar golo. O Benfica acusou o golpe edesconcentrou-se permitindo o 2-
0 logo de seguida. Sem querer arranjar culpados direi apenas que com um guarda redes de qualidade superior tínha-
mos evitado bem aqueles 2 golos. Paciência, hoje tudo correu mal ao Júlio César que até acabou por sair atordoado.
Jesus hoje também não quis arriscar muito e não mexeu na equipa para a 2a parte e foi com alguma naturalidade
que o Liverpool fez o 3º golo. Só com 2 golos de desvantagem é que o Benfica reagiu a sério e quando Cardozo fez o
3-1 tudo ficou novamente em aberto. Faltava apenas um golo para continuar o sonho. Golo que esteve muito perto
de acontecer em novo livre de Cardozo mas a bola bateu na barreira e saiu um pouco ao lado do poste de Reina. Foi
ali que acabou a nossa carreira europeia desta época porque depois o Liverpool como grande equipa que é soube
aproveitar a nossa subida em campo e a quebra de ritmo provocada pela nossa substituição de guarda redes para
acabar com a eliminatória com Torres a fazer um golo de grande classe a Moreira.
É o fim de uma bonita campanha europeia, a melhor dos últimos tempos onde o Benfica juntou mais umas noites épi-
cos ao seu glorioso historial e que vão ficar na nossa memória. Ultrapassámos equipas como o Marselha, o Hertha de
Berlim, o Everton, o AEK entre outras. Começámos em Agosto esta caminhada e ficámos a 2 jogos da final.
Caímos com o Liverpool por dois golos de diferença e viramo-nos para os 5 jogos que faltam para sermos campeões
nacionais.
Para estreia na Liga Europa não foi nada mau, fomos os últimos representantes de Portugal a cair e para o ano esta-
remos na competição mais importante do mundo, a Champions com o objectivo de chegarmos (pelo menos) tão lon-
ge quanto esta temporada.
A Liga Europa ficará bem entregue ao grande clube de Liverpool.
Obrigado por todas estas belas noites europeias, Benfica. Em Agosto regressamos na Liga dos Campeões e não
vamos reencontrar o Liverpool que ficará por esta competição outra vez.
Aplaudo de pé!
P Á G I N A 1 0
“O Sporting não foi a mesma
equipa na 2.ª parte. Na 1.ª foi
muito agressiva, não nos
deixou construir o jogo como
sabemos e como
costumamos fazer. Sabíamos
que face à nossa qualidade
técnica e ao facto do
Sporting não poder aguentar
o ritmo do primeiro tempo,
tivemos a sorte de o
Aimar entrar daquela forma.
Foi uma estratégia pensada
que surtiu efeito. Depois do 2
-0, começámos a defender o
resultado, como é normal “
“Ainda falta muito, restam
ainda 4 jogos, que
serão difíceis. Ainda assim, o
jogo de hoje lembra um pouco
esse desafio pela grandeza de
um dérbi disputado na reta
final do campeonato “
Derby ganho com 2ªparte de luxo
N Jogador C S G S G C N Jogador
12 Quim 40’ 1 Rui Patrício
5 R. Amorim 67’ 45’ 78 Abel
4 Luisão 46’ 3 Daniel Carriço
23 David Luiz 13 Tonel
18 Fábio Coentrão 55’ 78’ 18 Grimi
6 Javi Garcia 2 Pedro Mendes
8 Ramires 87’ 24 Miguel Veloso
17 Carlos Martins 85’ 28 João Moutinho
20 Di Maria 76’ 21 João Pereira
23 Éder Luís 45’ 20 Yannick
7 Cardozo 67’ 62’ 31 Liedson
T Jorge Jesus T Carlos Carbalhal
1 Moreira 16 Tiago
22 Luis Filipe 4 Anderson Polga
27 Sidnei 6 Adrien
2 Airton 85’ 25 Pereirinha
10 Aimar 45’ 77’ 78’ 14 Matias Fernandez
19 Weldon 23 Helder Postiga
31 Kardec 67’ 67’ 9 Carlos Saleiro
59,317 (91%)
David Luiz
Análise - Cheira a campeão
P Á G I N A 1 1 A N O 1 , N Ú M E R O 4
A equipa do Benfica realizou os primeiros 45 minutos mais fracos deste ano na Luz. A pressão alta do Sporting, logo no
primeiro quarto do campo, fez com que Luisão e David Luiz tivessem muita dificuldade em sair a jogar. O Benfica só
conseguiu levar perigo à baliza de Rui Patrício através de lances de bola parada, mas nem esses saíram bem, de tão
mal executados que foram. O Sporting soube explorar o contra-ataque e conseguiu levar perigo à baliza de Quim, que
se mostrou inseguro desde o início, baqueando completamente num canto do lado direito, onde se sai à bola da manei-
ra mais inacreditável possível. João Pereira, pela direita, também criou dificuldades a Coentrão e Ramires, que actuou
muito tempo sobre a esquerda. No entanto, e apesar do maior domínio territorial dos verdes, não houve grandes lances
de perigo para a baliza encarnada, apesar de admitir que se alguma equipa deveria chegar a vencer ao intervalo, essa
equipa seria o Sporting. Falta claramente ao Sporting um médio ofensivo que saiba pautar jogo, que saiba construir
lances de ataque. A primeira parte chegava ao fim com muito pouco futebol e já com algumas picardias, típicas de
um clássico.
No segundo tempo Jesus promove a alteração que desbloqueia autenticamente o jogo. Éder Luís sai para a entrada
do mago Aimar. O Benfica começa, finalmente, depois de 45 minutos de avanço dados ao adversário, a trocar a bola no
meio-campo leonino. Bola a circular por Aimar, Martins, Amorim, Javi, Ramires, Di Maria, aquele carrossel que todos já
vimos. Sucedem-se entradas merecedoras de cartão como a de Luisão sobre Liedson, Moutinho sobre Ramires e Grimi
sobre Cardozo, esta última já na área, e que acaba por lesionar o paraguaio. Cardozo não aguenta, fica agarrado à per-
na. É assistido, fora das quatro linhas. Jesus chama Kardec. O Sporting tem a sua melhor oportunidade de golo, num
remate fortíssimo de Abel para boa intervenção de Quim. Boa parte do público espera e desespera pela saída de Cardo-
zo, que foi novamente ao banco receber assistência. E eis que Rúben Amorim cria uma auto-estrada por entre a defesa
do Sporting, cruza longo para Coentrão, que remata forte de pé esquerdo, e aparece Cardozo a emendar com o seu pé
favorito (e único?) para a baliza de Patrício. 1-0, Benfica na frente.
Kardec entrou, finalmente, para o lugar de Tacuara, muito queixoso. E daí para a frente o Benfica soltou-se e dominou
o jogo a seu bel-prazer. Foram toques de calcanhar, rabonas, olés, bola a circular ao primeiro toque no último terço do
relvado, um festival, um banho de bola. E eis que num lance em que a defesa do Sporting está a dormir, Ramires isola
Pablo Aimar, que passa por Patrício e atira, quase em esforço, de pé esquerdo, para o fundo das redes dos leões. Beija
o símbolo, faz a festa, vitória garantida.
O Benfica superiorizou-se ao Sporting no segundo tempo e acaba por conseguir uma vitória mais que merecida. A pri-
meira parte teve pouco futebol mas na segunda viu-se um pouco daquele rolo compressor de Jesus. Aimar foi o homem
do jogo, conseguiu trazer um Benfica dominador para a segunda parte, deu muita qualidade ao futebol encarnado. Vitó-
ria justíssima que nos deixa a sete pontos de festejar o campeonato. Viva o Benfica.
http://eternobenfica.blogspot.com
P Á G I N A 1 2
“O Benfica está a um
pequeno passo do
título, um passo
decisivo e que é o
mais difícil. Era
importante não perder
este jogo e
continuamos com
uma vantagem de 6
pontos sobre o Sp.
Braga. “
“O título ainda não
está ganho, mas é
verdade que demos
um passo muito
importante frente a
um adversário
bastante difícil. Segue
-se o Olhanense e, se
ganharmos, então
ficaremos mais
tranquilos .“
Passou o teste em Coimbra
N Jogador C S G S G C N Jogador
1 Rui Nereu 80’ 12 Quim
22 Rafael 45’ 90’ 14 Maxi Pereira
4 Luiz Nunes 15’ 82’ 27 Sidnei
5 Berger 73’ 23 David Luiz
19 Pedrinho 18 Fábio Coentrão
33 Tiero 88’ 83’ 6 Javi Garcia
66 Nuno Coelho 81’ 53’ 5 R.Amorim
25 João Ribeiro 45’ 20 Di Maria
85 Diogo 80’ 28’ 76’ 10 Aimar
18 Sougou 26’ 66’ 2’
41’ 19 Weldon
21 Eder 55’ 7 Cardozo
T Vilas Boas T Jorge Jesus
12 Ricardo 1 Moreira
2 Amoreirinha 28 Miguel Vitor
30 Pedro Costa 2 Airton
17 Cris 76’ 8 Ramires
28 Bru 55’ 17 Carlos Martins
27 Vouho 45’ 21 Nuno Gomes
14 M.Fidalgo 82’ 66’ 31 Kardec
21.742 (73%)
Weldon
Análise - Doutorados na vitória
P Á G I N A 1 3 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Mais uma vitória e vão nove seguidas, penso que já merecemos um doutoramento em vitórias. Menos três pontos que faltam para sermos campeões, e feitas as contas são apenas quatro os pontos que nos separam
do título que merecemos e justificamos. E ontem em Coimbra voltámos a fazê-lo, juntámos a magia, raça, sofrimento e muita, muita vontade de ser triunfar.
Jesus fez várias alterações no onze relativamente ao jogo contra o Sporting, Maxi reentrou para a direita,
Sidnei substituiu Luisão, Ramires descansou, dando lugar lugar Rúben Amorim, Aimar desta vez foi titular
relegando Carlos Martins para o banco, e Weldon voltou a ser o segundo avançado no papel de que Éder
Luís tinha desempenhado na terça. Grande é o clube que pode mudar tantos jogadores jogo a jogo sem que
isso afecte o resultado final dos jogos - a nossa vitória.
Vitória essa que começou a ser construída desde o minuto inicial, catapultada pelos mais de 20 mil adeptos
presentes em Coimbra, os nossos jogadores entraram a todo o gás, ganhando cantos e lançamentos nas
imediações da área adversária, de forma que não foi surpresa nenhuma que Weldon tenha chegado ao golo
numa jogada de insistência depois de um lançamento longo de Maxi Pereira. Estava dado o mote para o que
viria a ser um jogo de muita luta, muito sacrifício e porque não glória no final obviamente.
Falar deste jogo é obviamente falar de Weldon, mais uma vez de utilidade máxima o brasileiro que Jesus pediu a Rui Costa no ultimo defeso. Capacidade de sacrifício, excelente eficácia, magnífico jogo de cabeça e grande velocidade fizeram dele o homem do jogo. Se é verdade que Di Maria inventou dois golos com duas jogadas mágicas, quem concretizou foi mesmo o brasileiro, portanto é para ele que vai o estatuto de melhor em campo.
Mais uma vez gostei da exibição de Rúben Amorim, há semanas que o afirmo, é dos jogadores que mais
gosto tenho em ver vestir a camisola do nosso clube e marcou me a forma como festejou o golo, agarrando o emblema e gritando Benfica! Benfica! Ah ganda Rúben pa!
Concluindo, temos que ganhar 4 pontos dos próximos 9 em disputa, e penso que não será a coisa mais impossível do mundo, se tomarmos em conta que nos últimos 81 conquistámos 70. Temos de manter a con-centração lá em cima e a intensidade máxima em cada lance para alçarmos o título que tanto sonhamos e tanto merecemos!
Carrega Benfica!
http://tribunabenfiquista.blogs.sapo.pt
P Á G I N A 1 4
“Temos tudo para
sermos vencedores
neste campeonato.
Temos sido a melhor
equipa, que melhores
jogos faz e mais golos
marca, com qualidade de
jogo. Acredito que o
Braga vai ser vencedor
novamente e que o
Benfica vai ter de
esperar “
“Ainda não nos
sentimos campeões.
Falta 1 ponto e vamos
continuar a trabalhar da
mesma forma“
Só mais um para a festa
N Jogador C S G S G C N Jogador
12 Quim 1 Bruno Veríssimo
5 Ruben Amorim 60’’ 26 Lionn
4 Luisão 20’ 2 Anselmo
23 David Luiz 49 Miguel Angelo
18 Fábio Coentrão 13 Carlos Fernandes
6 Javi Garcia 3’ 9’ 27 Delson
8 Ramires 21’ 7 Rui Baião
20 Di Maria 18’ 81’ ’ 17 Ukra
10 Aimar 61’ 82’ 79’ 10 Castro
19 Weldon 61’ 65’ 19 Nwokolo
7 Cardozo 55’ 3’
53’ 56’
65’ 11 Djalmir
T Jorge Jesus T Jorge Costa
1 Moreira 31 Ricardo Fernandes
14 Maxi Pereira 87’ 60’ 3 Sandro
27 Sidnei 5 Pietravallo
17 Carlos Martins 23 Paulo Sérgio
21 Nuno Gomes 82’ 65’ 9 Toy
30 Saviola 61’ 65’ 14 Yazalde
31 Kardec 81’ 29 Rabiola
62.147
Cardozo
Análise - Chapa 5
P Á G I N A 1 5 A N O 1 , N Ú M E R O 4
O Benfica este ano não vacila. Já perdi a conta ao jogos para o campeonato em que ganhamos sem espinhas conse-
cutivamente. Ontem havia uma preocupação da minha parte quanto à postura do Olhanensepor ser treinado por
quem é e por ter tantos jogadores emprestados do mesmo clube. O jogo de Olhão foi das piores noites desta época,
não me esqueço que caímos ingenuamente naquela armadilha bem montada pelas mentes tripeiras que habitam em
Olhão. Na altura fiquei tão ou mais irritado como na noite de Braga.
Na Luz tudo é diferente. As equipas já entram encolhidas, o Estádio voltou a ser um inferno para quem nos visita e
o Olhanense não suportou a pressão de um ambiente com mais de 60 mil adeptos em loucura. Já houve tempos em
que esse ambiente era um problema para a equipa da casa, hoje não. O Benfica teve uma noite tranquila uma vitó-
ria calma que começou logo aos primeiros minutos com Delson a fazer penalti que Cardozo aproveitou. E aos
9' Delson estava na rua por ter visto 2º amarelo. Para quem não acredita que estes ambientes ganham jogos per-
guntem ao pobre Delson como é.
Com a vitória a ser construída naturalmente e com um futebol de ataque do melhor que se pode ver por essa Euro-
pa os adeptos entraram em total delírio chegando mesmo a declarar já o Benfica campeão. DiMaria fez o 2-0 confir-
mando a grande época que está a fazer e na 2ª parte deu para levar Cardozo para a frente de Falcao na lista de
melhores marcadores. O nosso Tacuara não se escondeu e ontem assinou o seu 4º hat trick da época!
Aimar também selou mais uma grande exibição com um golo contribuindo assim para mais uma goleada de Era Jor-
ge Jesus.
Não tenho a menor dúvida em afirmar que estamos a assistir a momentos históricos, este Benfica vai ser recordado
por muitos e bons anos da mesma maneira que ainda hoje recordamos o Benfica de 1983/84 ou o de 1980/81.
Cada jogo nosso é um livro aberto de futebol de ataque, de golos e de classe. Marcar 75 golos em 28 jogos no fute-
bol moderno é absolutamente fantástico. E nós, benfiquistas, podemos festejá-los juntamente com a equipa nos
estádios. Uma dádiva que já merecemos há muito tempo
Agora falta somarmos um pontinho e rebenta a festa por um país inteiro que já reservou as suas cidades para cele-
brar. O gigante vai acordar e vai fazer um estrondoso barulho que se vai ouvir no mundo todo. Hoje, para a semana
ou daqui a duas semanas. Vai acontecer e quanto mais tempo demorar maior é a agonia dos antis em ver o tempo
passar e nada poderem fazer para evitar o Benfica Campeão.
http://redpass.blogspot.com
P Á G I N A 1 6
“Temos todas as
condições para
sermos campeões no
próximo jogo, como
era o objectivo desde
o primeiro dia, e
vamos sê-lo
certamente “
“Queríamos acabar com
a questão do
campeonato já hoje, mas
o futebol não é sempre
como queremos. Faltou-
nos tranquilidade quando
empatámos a
partida para segurar o
resultado. Agora temos
de concentrar energias e
força porque todos
querem prejudicar o
Benfica “
Vitória adiada
N Jogador C S G S G C N Jogador
24 Beto 12 Quim
13 Fucile 5 51’ 90’ 14 Maxi Pereira
14 Rolando 56’ 57’ 4 Luisão
2 Bruno Alves 56’ 42’ 15’ 23 David Luiz
15 Álvaro Pereira 13’ 18 Fábio Coentrão
25 Fernando 63’ 63’ 41’ 6 Javi Garcia
7 Belluschi 90’ 82’ 79’ 8 Ramires
6 Guarín 5’ 20 Di Maria
3 Raul Meireles 44’ 53’ 81’ 17 Carlos Martins
12 Hulk 66’ 30 Saviola
19 Farías 61’ 59’ 7 Cardozo
T Jesualdo Ferreira T Jorge Jesus
33 Nuno 1 Moreira
22 Miguel Lopes 53’ 27 Sidnei
16 Maicon 25 César Peixoto
20 Tomás Costa 90’ 28 Miguel Vitor
8 Valeri 63’ 10 Aimar
10 Rodriguez 61’ 66’ 19 Weldon
29 Orlando Sá 81’ 31 Kardec
44.902 (89%)
Di Maria
Análise - Decisão adiada
P Á G I N A 1 7 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Derrota no Dragão, vitória do Sp.Braga, vários jogadores benfiquistas fora de combate para a última jornada. A noite não
podia ter sido pior para o Benfica, que terá agora noventa minutos dramáticos frente ao Rio Ave para mostrar que toda a
sua excelente temporada não foi em vão.
Olegário Benquerença condicionou a entrada dos encarnados no jogo (distribuindo amarelos cirúrgicos e deixando Fucile
em campo demasiado tempo), a agressividade posta em cada lance pelos jogadores do FC Porto foi absolutamente inu-
sual (e levanta algumas dúvidas quanto à sua origem), os golos portistas surgiram contra a corrente do jogo, mas a ver-
dade é que o Benfica nunca se entendeu muito bem com esta partida, nem com aquilo que seria necessário para a ven-
cer, ou, pelo menos, não a perder.
Talvez o clima de festa que se vive desde há algumas semanas tenha tomado conta do subconsciente dos jogadores ben-
fiquistas. Talvez a extrema motivação da equipa de Jesualdo Ferreira (afastada do título, mas carregada de ódio e vonta-
de de vingança) para esta partida os tenha surpreendido. A verdade é que me deu a sensação que o Benfica confiou
demasiado na sua superior capacidade técnica e no seu virtuosismo, esperando que assim, com naturalidade, a ver o que
dava, mais tarde ou mais cedo as coisas lhe viessem a sorrir. Não critico a entrega da equipa, nem, obviamente, a sua
vontade de vencer. Mas no contexto em que esta partida se disputou, no local onde foi, contra este adversário, só com
outra abordagem estratégica - sobretudo em termos de velocidade de processos, robustez e capacidade de choque - saria
possível vencer.
Olhando para os noventa minutos, e partindo do princípio que a força e a intensidade portista se deveram única e exclusi-
vamente ao ódio incutido aos seus jogadores (sem elementos externos ou alheios à natureza), terei de concluir que
ganhou quem mereceu, e quem mais fez por isso. O FC Porto deu a vida para ganhar este jogo, enquanto o Benfica,
demasiado tranquilo e descontraído, nunca se esqueceu que lhe bastava empatar com o Rio Ave na próxima semana, e
isso ter-lhe-á subtraído o sentimento de urgência e a alma guerreira a que o momento apelava.
Deixar toda a decisão de uma época para noventa minutos, com uma bola redonda e onze de cada lado, não deixa de ser
perigoso. A situação em que o Benfica está é invejável (tomara todos os seus adversários estarem a um ponto do título),
mas será necessária uma enorme força mental para suportar a pressão que pesará nos ombros dos jogadores encarnados
quando entrarem em campo no próximo domingo, e em vez de se limitarem a pousar para as fotografias, tiveram de
arregaçar as mangas para marcar golos e ganhar (pois jogar para o empate seria suicidário). E sem Di Maria e Fábio
Coentrão (todo o flanco esquerdo), e ainda sem Javi Garcia, a última coisa que o Benfica poderá fazer é pensar em facili-
dades. A partida com o Rio Ave será o jogo de uma vida, e terá que ser encarado como tal.
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P Á G I N A 1 8
“O objectivo
foi conquistado. Desde o
1.º dia que sabíamos que
éramos capazes. Foi um
jogo difícil, com muita
ansiedade em relação ao
resultado. Soubemos
esperar pelos momentos
certos. Sofremos um golo,
o que criou um certo
nervosismo, mas
soubemos aguentar e
marcar o outro “
“Parabéns aos adeptos,
agradeço-lhes por tudo,
esta festa é deles. Este
é o dia mais feliz da
minha vida.“
CAMPEÕES
N Jogador C S G S G C N Jogador
12 Quim 13 Carlos
5 Ruben Amorim 18 Zé Gomes
4 Luisão 2 Gaspar
23 David Luiz 24 André Vilas Boas
25 César Peixoto 24’ 25 Sílvio
2 Airton 85’ 72’ 73’ 3 Ricardo Chaves
17 Carlos Martins 65’ 11’ 30 Wires
8 Ramires 46’ ’ 83 Tarantini
10 Aimar 77 Bruno Gama
30 Saviola 61’ 63’ 19 Sidnei
7 Cardozo 78’ 3’
78’ 54’ 99 Bruno Moraes
T Jorge Jesus T Carlos Brito
1 Moreira 1 Trigueira
14 Maxi Pereira 65’ 32 Magno
27 Sidnei 17 Adriano
24 Felipe Menezes 16 Tiago Terroso
21 Nuno Gomes 83’ 65’ 4 Evandro
32 Éder Luís 46’ 65’ 7 Wesliem
31 Kardec 81’ 15 Chidi
64.103 (99%)
Cardozo
Análise - Haverá algo mais bonito?
P Á G I N A 1 9 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Sim, talvez, mas serão poucas coisas. Mais que um país, um credo, uma religião, Benfica é uma forma de estar na vida. Pode parecer
frase-feita, até é, mas não deixa de ser verdade. Ser Benfiquista é meter milhões de pessoas nas ruas a festejar o título. É sair de
casa e ir à Luz ou ficar em frente à TV, roer as unhas, praguejar, sofrer e festejar, gritar "Golo!", cantar o hino "Ser Benfiquista" e sair
às ruas, nos Restauradores, no Marquês, na Boavista, em Coimbra, Braga, Faro, mas também nas antigas colónias, Paris, Suíça, Bru-
xelas, Newark, por todo o mundo. E isto é o que me chama mais à atenção: tanta gente que sofreu nos seus países com a guerra e
mesmo assim mantêm um elo de ligação fortíssimo a um clube do país com o qual estiveram em guerra. Nem os milhares de quiló-
metros e os anos de residência fora de Portugal levam ao esmorecer do amor pelo Sport Lisboa e Benfica. Por isso, a pergunta impõe-
se: haverá algo mais bonito que o Benfica campeão?
Talvez haja. Benfica bi-campeão, Benfica campeão europeu, etc. No que ao jogo diz respeito, os adeptos criaram um ambiente fabulo-
so e nem o falhanço da águia Vitória serviu para desmoralizar quem se encontrava no Estádio da Luz. É engraçado como os benfiquis-
tas vivem o clube: eu estava em pulgas para o jogo com o Porto, estava aceleradíssimo, depois do encontro na Invicta tive uma
semana difícil de dúvidas em relação ao que poderíamos encontrar na Luz, mas em todo o fim-de-semana fui "assaltado" por uma
tranquilidade surpreendente, como se a vitória estivesse assegurada. Curioso, não é? De qualquer das formas o ambiente foi simples-
mente à campeão, fumo, barulho, e aquilo que eu tanto queria ver: 65 mil cachecóis ao alto no hino Ser Benfiquista. Foi sem dúvida
um dos momentos mais bonitos que vi no novo estádio.
O Benfica entrou em jogo com a corda toda, muito por culpa de César Peixoto, que regressou numa forma invejável para quem esteve
tanto tempo afastado por lesão. Os ataques sucediam-se, a equipa parecia extremamente confiante (apesar do que Luisão e Jesus
disseram no pós-jogo) e o golo apareceu com naturalidade pelo homem-golo Óscar "Tacuara" Cardozo, após insistência de Saviola,
um dos jogadores mais perspicazes do campeonato. Com o primeiro golo e com um público vibrante, os jogadores do Rio Ave passa-
ram um mau bocado, tendo o descontrolo emocional apoderado-se de Wires, que agrediu propositadamente e com maldade Ramires,
acabando por lesiona-lo, sendo que foi expulso. E aqui não interessa se jogámos um terço da época contra dez, pois se um jogador
agride, deve ser, obviamente, expulso. E quando esta crítica é feita por um indivíduo cuja equipa jogou maioritariamente com 14, aí
saímos do campo da crítica ridícula e entramos no campo da palhaçada. Quem sabe se ele não tivesse "baixado as calças" quando foi
ao Dragão, até poderia ter ganho isto. No entanto, o resto da primeira parte foi tudo menos tranquilo. Apesar de o Rio Ave não ter
criado uma ocasião digna de golo, o Benfica demonstrou grande nervosismo no último terço do relvado, falhando sempre o último
passe, fruto da velocidade excessiva de jogo e da alguma impaciência. Por isso, o intervalo chegou com 1-0 no marcador, resultado
merecido mas que deixava os benfiquistas ainda intranquilos. O segundo tempo começou com excelentes notícias vindas da Madeira.
Nesse momento estava precisamente a ouvir o relato na Renascença e eis que surge o tão esperado "Goooooooolo Nacionaaaaaal!". O
estádio salta e festeja, a vitória no campeonato estava praticamente garantida.
"Nós só queremos o Benfica campeão", "Ninguém pára o Benfica", "Campeões, campeões, nós somos campeões", cantava-se de tudo
no estádio, e eis que num livre aparentemente inofensivo à entrada do meio-campo encarnado, a nossa equipa, já em festa, ficou a
dormir na marcação do lance. Resultado? Mais um golo sofrido num lance de bola parada, mostrando que a marcação à zona é tudo
menos eficaz, aliás, revelou-se um autêntico desastre ao longo da época. O Braga já tinha empatado e renascia a esperança na
Madeira, enquanto que na Luz crescia a incerteza. O Benfica reagiu a medo, como seria de esperar. Afinal de contas, para todos os
efeitos, o resultado em Lisboa era favorável aos nossos interesses. O Benfica trocou a bola na zona mais recuada no terreno, e face à
ausência de pressão dos vila-condenses, o tempo foi passando com o resultado que nos favorecia. Cardozo, esse, via Falcao ficar-lhe
com a bola de prata. E eis que num pontapé de canto, após cabeceamento de Airton, a bola sobra para Cardozo que, ironia das iro-
nias, marca de pé direito, o seu pé cego, valendo-lhe o título de melhor marcador e ao Benfica o título de campeão nacional de fute-
bol.
Não havia dúvidas, o Benfica ia mesmo sagrar-se campeão. Cinco anos depois, o título estava por um fio. Quando Jorge Sousa apitou
para o final do encontro, Rúben Amorim caiu de joelhos sobre o chão, festejando. Era eu que estava ali. Eram todos os outros que
sentem o Benfica a 100%. Ele era o espelho fiel de um adepto. Por fim acabou, o Sport Lisboa e Benfica é campeão nacional de fute-
bol.
http://eternobenfica.blogspot.com
P Á G I N A 2 0
Camadas Jovens
RESULTADOS
Marítimo 2-4 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
Benfica 81
Sporting 75
Nacional 62
Marítimo 62
PRÓXIMOS JOGOS
(2ªFase)
Benfica - Sporting
Porto - Benfica
RESULTADOS
L.Évora 1-3 Benfica
Benfica 4-0 Salão
Estoril 0-4 Benfica
Benfica 2-0 L.Évora
Salão 0-5 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
Benfica 15
Estoril 10
L.Évora 3
Salão 1
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Estoril
RESULTADOS
Benfica 9-0 Santa Clara
Académica 1-3 Benfica
Benfica 4-0 Setúbal
Santa Clara 0-5 Benfica
Benfica 3-2 Académica
CLASSIFICAÇÃO
Benfica 15
Académica 9
Setúbal 6
Santa Clara 0
PRÓXIMOS JOGOS
Setúbal - Benfica
Juniores Juvenis Iniciados
Caixa Futebol Campus
Departamento de
Formação
Contacto:
Hugo Ribeiro
Actividades
1 Maio - Seixal
1ª Seminário
Nacional Treino de
Guarda Redes
Organizado pela Área
de Formação do
Benfica, vai decorrer,
no Caixa Futebol
Campus, o
1ºSemínário Nacional
“Aspectos Práticos do
Treino de Guarda-
redes”, com a
presença de vários
especialistas da área.
Programa
Preços
Participantes 35€
Estudantes 25€
Prospecção
P Á G I N A 2 1 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Pablo César Aguilar, já internacional "A" pelo Paraguai e depois de
se destacar no campeonato argentino ao serviço do Colón, onde
de resto apareceu como profissional, transferiu-se para o San Luís
do México e lá tem revelado as mesmas qualidades que lhe eram
reconhecidas na Argentina. Defensivamente, é pau para toda a
obra. Joga naturalmente como defesa central, mas encaixa também
bem como lateral direito ou esquerdo. Raçudo, é essencialmente
um excelente jogador de antecipação, onde ganha muitos lances
pela facilidade de leitura de jogo e destreza com que sai com bola
controlada. No jogo aéreo é onde acrescenta toda a qualidade que
tem o seu futebol. Mesmo não sendo muito alto nem tendo uma
impulsão por aí além, tem um excelente tempo de salto que o
torna quase intransponível nas alturas. Vai ainda à área contrária
criar muitas situações perigosas nas bolas paradas.
Nome: Pablo Aguilar
Clube: San Luis
Idade: 22 anos
Peso: 75 kg
Altura: 180cm
Nacionalidade: Paraguaio
Ainda um adolescente (geração de
1992), Cosic, formado no Red Star de
Belgrado, saiu sem cumprir nenhum jogo oficial pelos sérvios para o
CSKA de Moscovo. Tem sido bem guardado, mas os registos do
seu talento já chegaram a Manchester, com Alex Ferguson a eviden-
ciar todos os esforços para contratar aquele que no seu entender
será o sucessor natural de Nemanja Vidic. Cosic é um central rela-
tivamente rápido, muito forte na antecipação e na forma como
consegue participar na organização ofensiva da equipa através da
boa qualidade de passe que apresenta. Muito forte no jogo aéreo,
se continuar a evoluir irá certamente dar muito que falar.
Nome: Uros Cosic
Clube: CSKA
Idade: 17 anos
Peso: 79 kg
Altura: 187cm
Nacionalidade: Sérvio
O campeonato argentino está actualmente dotado de grandes
nomes para o futuro. Formica é, juntamente com Boghossian, o
ganha pão de um Newell's que lutou até à última jornada pelo
título. Fez 6 golos e encantou. Com 21 anos assume-se como um
dos mais promissores camisola 10, modernos, do país das pampas.
Moderno, porquê? Tem tudo o que necessita um jogador daquele
lugar para o futebol actual, digamos que é um extremo disfarçado
de 10. Rápido, muito dinâmico e irrequieto, excelente tecnicamen-
te e no drible, forte no último passe, ambidestro, gosta de assumir
e cair nos flancos para desequilibrar. Um jogador preparado para a
Europa. Que gozo deu ver tantas vezes ele e Boghossian dizimar
as defesas contrárias.
Nome: Mauro Formica
Clube: Newell’s
Idade: 21 anos
Peso: 64 kg
Altura: 176cm
Nacionalidade: Argentino
http://vidadofutebol.blogspot.com
A baixa estatura não parece ser problema para mais um dos inter-
nacionais argentinos que Maradona fez questão de estrear. Ota-
mendi esteve em grande destaque na Abertura, revelando-se
como uma das principais peças do Velez. Jogador muito agressivo
em todos os seus movimentos, consegue ter a lucidez necessária
para abordar os lances com a qualidade de resolver sem efectuar
falta. A Europa deverá ser o seu próximo destino.
Nome: Nicolas Otamendi
Clube: Velez
Idade: 22 anos
Peso: 75 kg
Altura: 178cm
Nacionalidade: Argentino
P Á G I N A 2 2
Modalidades
RESULTADOS
Iliabum 62-81 Benfica
Benfica 88-75 Guimarães
Porto 78-69 Benfica
Benfica 105-71 Sampaense
CLASSIFICAÇÃO
Benfica 35
Porto 34
Ovarense 33
Guimarães 30
PRÓXIMOS JOGOS
Vagos - Benfica
Benfica - Física
RESULTADOS
D.João V 6-2 Benfica
Benfica 5-1 Mogadouro
Benfica 1-0 UTAD
CLASSIFICAÇÃO
Belenenses 58
Sporting 53
Benfica 52
D. João V 41
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Vila Verde
Onze Unidos - Benfica
RESULTADOS
Porto 5-2 Benfica
Benfica 4-2 Oliveirense
O.Barcelos 3-2 Benfica
CLASSIFICAÇÃO
Porto 52
Benfica 39
Oliveirense 36
Juv.Viana 35
PRÓXIMOS JOGOS
Benfica - Braga
Espinho - Benfica
Basquetebol Futsal Hóquei
1ªFase
Madeira 24-23 Benfica
Fafe 21-23 Benfica
Benfica 27-25 Marítimo
São Bernardo 24-25 Benfica
Benfica 29-27 Belenenses
CLASSIFICAÇÃO
Porto 61
Benfica 54
Madeira 53
Nacional
Benfica 24-25 Madeira
CLASSIFICAÇÃO
Porto 32
Madeira 30
Benfica 28
Andebol
CLASSIFICAÇÃO
Espinho 43
Benfica 41
Guimarães 39
Castelo Maia 38
RESULTADOS
2º vs 3º
Benfica 3-0 Guimarães
Guimarães 1-3 Benfica
PRÓXIMOS JOGOS
1º vs 2º
Espinho - Benfica
Benfica - Espinho
Espinho - Benfica
Voleibol
RESULTADOS
Benfica 19-66 Belenenses
CLASSIFICAÇÃO
Agronomia 50
Direito 46
CDUL 43
...
5º Benfica 22
PRÓXIMOS JOGOS
CDUL - Benfica
Rugby
Assistências da Luz
P Á G I N A 2 3 A N O 1 , N Ú M E R O 4
Benfica 1-2 A.Madrid 57.462 3ªF - 19h45 Apresentação Esgotado
Benfica 1-1 (5-4) Milan 62.342 Sab - 19h Eusébio Cup Esgotado
Benfica 1-1 Marítimo 54.103 Dom - 20h15 Liga Sagres Esgotado
Benfica 4-0 Poltava 34.177 5ªF - 19h45 Liga Europa
Benfica 8-1 Setúbal 40.915 2ªF - 20h15 Liga Sagres
Benfica 2-0 Bate 34.953 5ªF - 20h05 Liga Europa
Benfica 5-0 Leixões 43.283 Sab - 21h15 Liga Sagres
Benfica 5-0 Everton 44.534 5ªF - 18h Liga Europa
Benfica 6-1 Nacional 47.011 2ªF - 20h15 Liga Sagres
Benfica 1-0 Naval 41.981 2ªF - 20h15 Liga Sagres
Benfica 0-1 Guimarães 30.000 Dom - 19h45 Taça Portugal
Benfica 4-0 Académica 41.206 Dom - 20h15 Liga Sagres
Benfica 2-1 AEK 20.000 5ªF - 20h05 Liga Europa
Benfica 1-0 Porto 58.659 Dom - 20h15 Liga Sagres Esgotado
Benfica 1-0 Nacional 36.521 Dom - 18h15 Carlsberg Cup
Benfica 3-1 Guimarães 52.616 Sab - 20h15 Liga Sagres
Benfica 3-0 U.Leiria 33.179 4ªF - 21h Liga Sagres
Benfica 1-0 Belenenses 45.329 Sab - 17h Liga Sagres
Benfica 4-0 Hertha 30.402 3ªF - 17h Liga Europa
Benfica 3-1 P.Ferreira 42.971 Dom - 20h15 Liga Sagres
Benfica 1-1 Marselha 46.635 5ªf - 18h05 Liga Europa
Benfica 1-0 Braga 63.679 Sab - 20h15 Liga Sagres Esgotado
Benfica 2-1 Liverpool 62.629 5ªf - 20h05 Liga Europa Esgotado
Benfica 2-0 Sporting 59.317 3ªf - 20h45 Liga Sagres Esgotado
Benfica 5-0 Olhanense 62.147 Sab - 21h15 Liga Sagres Esgotado
Benfica 2-1 Rio Ave 64.103 Dom - 18h Liga Sagres Esgotado
Lotação do Estádio da Luz: 65.376 espectadores
Média de assistência na LIGA SAGRES: 50.033 espectadores
Oficial na Luz
P Á G I N A 2 4
Futsal faz história Jornada de grande glória no pavilhão Atlântico, com a disputa da final da UEFA Futsal Cup.
Uma oportunidade única para o Benfica se afirmar como uma potência europeia na modali-
dade, perante um pavilhão quase esgotado, com mais de 9000 pessoas. A mobilização dos
adeptos benfiquistas ajudaram a equipa a superar-se e a lutar arduamente por um feito inédi-
to na história.
André Lima preparou muito bem o jogo contra o poderosíssimo Interviu, um histórico da
modalidade e detentor do troféu até esta final. A equipa soube travar o pragmatismo cínico
do ataque dos espanhóis, mas na primeira parte raramente conseguiu perturbar de forma
continuada o último reduto do adversário. O Interviu foi a primeira equipa a marcar, numa
excelente jogada de Marquinho, mas o Benfica não se atemorizou. Sempre com o público em
fundo a apoiar, a equipa aproveitou muito bem as bolas paradas. Em duas ocasiões, Joel
Queiroz primeiro e Arnaldo depois puseram o Benfica em vantagem, o 2º golo já na 2ª parte.
A segunda parte foi muito diferente da primeira, e foi um autêntico massacre encarnado. Só o
enorme guarda-redes do Interviu impediu que o Benfica arrumasse com a final, e garantiu
tempo extra de sofrimento. Isto porque apesar do domínio esmagador encarnado, o Interviu
conseguiu alcançar o empate. O volume de jogo encarnado foi sempre muito superior ao do
adversário, com César Paulo e Ricardinho em maior destaque nas acções ofensivas.
Gonçalo Alves, Pedro Costa e Davi foram sempre mais importantes em missões defensivas,
cumprindo sempre com grande determinação e acerto as tarefas que lhes foram incumbidas.
Já no prolongamento, na 1ª parte, Davi desferiu um remate indefensável e fixou o resultado
no 3-2 final. Na segunda parte do tempo extra o Interviu apertou imenso, jogando em 5 para
4 com guarda-redes avançado, e foi aí que mais se notou a boa preparação da equipa para
este jogo. Contrariamente a desafios recentes em que o Benfica teve dificuldades em lidar
com esta estratégia do adversário, o Benfica defendeu de forma exemplar.
Bebé ainda fez duas defesas crucias para segurar a vitória, e quanto o tempo se esgotou
finalmente, foi a explosão de alegria. Um feito inédito do Benfica e do futsal português, com o
título de campeão europeu a ser ganho às mãos do anterior detentor do troféu, equipa repu-
tada como a mais forte do continente.
Um feito histórico, conseguido por uma equipa que fez do seu talento natural e da capacida-
de de sofrimento as principais armas para conseguir levar ao rubro um pavilhão ansioso por
celebrar um feito deste calibre. Excelente toda a equipa, excelente a preparação da equipa
para este desafio de dificuldade máxima, e fantástico também o público presente.
Muitos parabéns ao futsal, e viva o Benfica!
por trainmaniac no SerBenfiquista
P Á G I N A 2 6
Em Foco: David Luiz
Sabe qual o cúmulo da generosidade? Um pai que oferece um sonho a um filho.
É algo que não se explica. São raízes de humanismo elevadas a um patamar
apenas compreensível por quem toma essa atitude. Esta é uma história extensí-
vel a um sem-número de lares. Serve de exemplo. Por isso nos centramos nela.
Filho de Ladislau e Regina, irmão mais novo de Isabelle, David Luiz está a viver
o sonho que outrora acalentou o seu pai. E a história tem tanto de simples
como de reveladora. Outrora jogador profissional de futebol, Ladislau chegou a
ver a realidade lá ao fundo mas numa época em que os sonhos não davam
dinheiro, teve de optar. Com dois filhos pequenos no colo deixou o futebol,
que tanto amava, e dedicou-se ao trabalho, no duro, para ganhar o sustento
que alimentasse os rebentos familiares. Ali, naquele momento de decisão, ofe-
receu o seu sonho ao filho. “O gosto pela bola começou cedo e a culpa
foi do meu pai, que sempre disse que esse sonho estava guardado
para mim. Os meus pais sempre se dedicaram ao máximo para que
nada nos faltasse e ainda assim tinham dificuldades. Não tinha sem-
pre o que queria, mas tinha o necessário pois eles nunca deixaram
faltar nada, incluindo esse gosto pelo desporto”. Longas eram as noites
em que, Ladislau, após chegar da labuta, ainda esgotava as quase nulas energias
com o pequeno David. A bola, essa, estava sempre pelo meio, ou talvez não.
“Eu chutava para longe e lá ia ele, com muita paciência, buscar a
bola. Incrível a forma como ele vivia para mim, como notava nos
olhos deles a alegria de ver este meu gosto pela bola. Hoje sei que
ele me estava a oferecer algo muito importante. Algo simbólico, mas
divino. A liberdade para cumprir um sonho.”
Explanou o seu talento no Vitória da Bahia, clube que o ajudou a formar-se
enquanto jogador. Ficava para trás uma fase de grandes conquistas, mas igual-
mente de sacrifícios. O “Macarrão” - nome pelo qual era conhecido pelos cole-
gas devido a ser muito magro e ter o cabelo encaracolado que hoje todos lhe
reconhecem - estava longe de casa, mas permanecia forte em busca de um
sonho.
“Estava a 36 horas de autocarro. Cheguei a estar ano e meio sem ver
os meus pais. Muitas vezes passava fome e quando os meus pais liga-
vam eu dizia que estava tudo bem. Mas não estava”. Foram tempos
difíceis, mas para o jovem não passavam de obstáculos num caminho que tinha
de ser trilhado: “Sabia que Deus me tinha destinado o papel de mudar
vida da minha família e a saudade era uma dor que precisava de sen-
tir para conseguir dar um passe em frente.”
O clube atravessava uma grave crise de resultados e caiu na III Divisão. Era a
hora de dar uma oportunidade aos mais jovens, como David Luiz. Ao fim de
pouco tempo já era chamado às selecções jovens brasileiras: “O Vitória sem-
pre formou bons jogadores e as categorias de base da selecção teve
sempre muitos representantes do clube, daí que tenha também che-
gado à selecção”.
Hoje sei que ele [o pai] me estava a
oferecer a liberdade para cumprir um
sonho.
David Luiz Moreira Marinho
Nacionalidade: Brasileira (Diadema) (SP)
Idade: 23 anos (22 de Abril de 1987)
Altura: 1,88m
Peso: 84kg
Percurso: Vitória da Bahia e Benfica
Internacional Sub20: Brasil (24jogos)
O sinuoso caminho da Luz
Um dia tudo mudou: “Tinha jogado num domingo
à noite e ligaram a dizer que tinha de ir para o
Benfica no dia seguinte. Não acreditei, mas era
mesmo verdade. Só que a aventura mal come-
çara. As inscrições estavam quase no fecho e
tinha passagem de avião. Só que não sabia do
passaporte. Em São Paulo, o meu pai revirou
tudo e achou o passaporte atrás de uma estan-
te.
O meu empresário viajou de carro para ir bus-
car o passaporte, mas não deu tempo. Então
alugou um jacto para me levar até São Paulo e
apanhar um voo que estava a partir. Quando lá
cheguei ainda vi o avião descolar, Foi então que
pensei que não ia dar certo. Mas, felizmente,
ainda havia um voo no dia seguinte e, ainda, deu
para chegar a Portugal e ser inscrito a tempo.”
Podia dizer-se que David aterrou pé ante pé e à expe-
riência. “Quando cheguei ao aeroporto, os jorna-
listas não me reconheceram. Pudera, vinha com
roupa emprestada pelo empresário. Só quando
me viram com o Shéu perceberam que o miúdo
magrinho era o novo reforço”, lembra. “Tinha
um contrato um contrato de seis meses e após
os primeiros três ainda nem tinha jogado. Aos
19 anos anos estava a substituir um campeão,
como o Ricardo Rocha. Até que em Paris se deu
a estreia. O Benfica jogava mais uma eliminató-
ria da Taça Uefa, quando a indisponibilidade
física de Katsouranis e, já durante o jogo, a lesão
de Luisão obrigaram o treinador Fernando San-
tos a colocar em campo o miúdo. O Benfica
estava a vencer por 1-0 quando entrei, mas em
menos de cinco minutos sofremos dois golos e
eu pensei que no dia seguinte ia voltar para o
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Brasil. Ao intervalo até pensei que pudessem achar que eu ia pedir para
sair, mas o que pedi foi força a Deus e na segunda parte já joguei à minha
maneira. A partir daí conquistei a „torcida‟”.
A mística num abraço
Após duas épocas de altos e baixos, com boas exibições, mas algumas lesões, na épo-
ca actual David Luiz explodiu definitivamente. Tornou-se titular no centro da defesa
“encarnada”, realizando exibições de sonho, marcando golos, evitando outros tanto e
revelando uma atitude de guerreiro que despertaram a a atenção de toda a Europa
do futebol. Na Luz, é cada vez mais ídolo. Algo que respeita e que transporta para
dentro de campo. “Sempre tive este jeito de jogar, sempre me dediquei ao
máximo e isso só tem de aumentar pois cada vez tenho mais responsabili-
dade. Quando entro em campo penso em mim, na família, mas também
nos pais que compram bilhetes aos filhos ou em quem está doente e se
alegra com o Benfica. O mínimo que eu posso fazer é deixar tudo em
campo, ter esta garra. Quando estou a jogar, estou a respirar pelos pul-
mões de todos os adeptos, jogo com esta pessoas todas no meu corpo e só
dessa forma consigo dar aquilo que se fosse só pensando em mim eu não
conseguiria dar”. Aquilo a que chamam mística, não é, por isso, desconhecido do brasileiro: “Viver de alma e coração o clube,
sentir o abraço de um adepto, gerar um sorriso no rosto de alguém. Gosto de fazê-los felizes dentro de campo, mas
também de lhes dar atenção fora dele. Não podemos apenas pensar em nós. Eu preciso dos adeptos. Eles são a minha
família. O Benfica é família. Logo tenho de lhes dar o meu coração tal como dou à minha família. Para mim, isso é a
mística”. Uma forma de estar que se manifesta igualmente quando lhe falamos nos diversos patamares da evolução enquanto jogador:
“Manter-me no topo é mais difícil do que lá chega. Muitos podem dizer que tenho um bom carro, uma boa casa, mas
não imaginam o que sofri para aqui chegar. Mas também sei o que me vai custar manter o nível. O ser humano aco-
moda-se naturalmente quando chega a determinado patamar. Esquecemo-nos de agradecer o que comemos ou a
cama em que dormimos, por ser tão natural. É o mesmo no futebol. Só quando corre mal é que pedimos a ajuda de
Deus”. Por isso mesmo, só pode mesmo ser fabuloso o destino de David Luiz. Um destino talhado para o encaminhar na Luz do
“Glorioso”. “Nunca duvidei do sucesso. Todas as dificuldades sempre me fortaleceram e eu sabia que ia ser jogador e
que para isso tinha de me dedicar. Só se conseguem grandes coisas com luta, perseverança… Foi dessa forma que os
meus pais me ensinaram. Foi assim que a minha personalidade foi moldada por eles e por Deus.” Razão tinha o senhor
Ladislau quando um dia ofereceu ao pequeno David o sonho de uma vida. Um sonho feito realidade pelo miúdo dos caracóiis.
Retirado da Revista Mística Nº10
Making Of:
http://www.slbenfica.pt/Informacao/RevistaMistica/noticiasrevistamistica_video_revistamisticadavidluiz_230410_61000.asp
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No esquema montado por Jorge Jesus há peças que
se destacam como fundamentais na campanha do
título nacional. Importância que é facilmente percep-
tível na contabilidade do tempo de utilização das
mesmas.
Quim surge à cabeça como o guarda-redes da Liga,
com todos os minutos da Liga jogados, sendo que
nem Júlio César, nem Moreira tiveram oportunida-
de.
Depois, na defesa, David Luiz e Luisão foram peças
nucleares, tal como mais à frente Javi Garcia - o pên-
dulo táctico desta equipa encarnada - enquanto, no
ataque Cardozo, Saviola e Di Maria foram as referên-
cias, sem esquecer Aimar, que apesar de ser sistema-
ticamente alvo de gestão de esforço, consegue, somar
números impressionantes.
Todavia, além do onze mais utilizado existem ainda
alguns suplentes fundamentais, casos de Carlos Mar-
tins e Rúben Amorim. No banco encarnado houve
trunfos oportunamente usados por Jesus - Weldon,
autor de golos importantes na recta final, ou Nuno
Gomes quem em apenas 204 minuto marcou por 3
ocasiões.
Para a história do título ficam outros que apesar do
papel pouco importante, ganharam essa menção, o
lateral Shaffer, o extremo Urreta ou o brasileiro Keir-
rison. Menos sorte tiveram Moreira, Júlio César,
Roderick, Jorge Ribeiro e Mantorras que não chega-
ram a alinhar.
Equipa Tipo: Quim, Cardozo, David Luiz, Javi Garcia, Ramires, Luisão (em cima),
Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Saviola, Di Maria e Aimar (em baixo)
Os 26 campeões Nº Jogador N J T M G A V
12 Quim POR 30 30 2.700 -20 1
14 Maxi Pereira URU 25 21 1.954 2 8
22 Luís Filipe POR 1 24
4 Luisão BRA 28 28 2.520 4 7
23 David Luiz BRA 29 29 2.610 2 8
27 Sidnei BRA 5 3 257
28 Miguel Vítor POR 2 1 103
18 Fábio Coentrão POR 26 18 1.717 9
3 Shaffer ARG 4 4 335
25 César Peixoto POR 15 10 913 3
6 Javi Garcia ESP 26 26 2.225 3 9
8 Ramires BRA 26 23 1.947 4 1
5 Rúben Amorim POR 24 14 1.360 3 4
17 Carlos Martins POR 17 11 866 3 2 1
20 Di Maria ARG 26 26 2.242 5 9 1
10 Aimar ARG 25 21 1.711 4 4
24 Felipe Menezes BRA 5 0 133
2 Airton BRA 4 3 233
16 Urreta URU 1 1 66
30 Saviola ARG 27 26 2.088 11 4
7 Cardozo PAR 29 28 2.211 26 4 1
19 Weldon BRA 12 3 394 5
21 Nuno Gomes POR 13 1 204 3
31 Kardec BRA 8 0 80
32 Éder Luís BRA 6 2 211 1
11 Keirrison BRA 5 1 185
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A Frase
«O dia mais feliz da minha vida»
David Luiz, depois de se sagrar Campeão Nacional
Agradecimento
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A Foto
Benfica vence o Campeonato
O Vídeo
«Mensagem que os jogadores viram»
http://benficahd.blogspot.com/2010/05/mensagem-
que-os-jogadores-do-benfica.html
Os Números
O último sócio conhecido tem o nº 215.995. Esta época o Está-
dio da Luz já recebeu mais de 1 milhão de espectadores.