madrinhas de guerra
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Madrinhas de Guerra
Guerra Colonial Portuguesa
1961-74
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Matchbox: Portugal is not a Small Country (143-41) 2009 | jacto de tinta sobre papel | 52x64 cm
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► No final dos anos 50 e início dos anos 60 do séc. XX, surgiram movimentos
defensores da independência em quase todas as colónias portuguesas.
Em Angola O MPLA (1961)
A UPA/ O FNLA (1962)
A UNITA ( 1966)
Na Guiné ► O PAIGC (1963)
Em Moçambique ► A FRELIMO (1964)
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► Os guerrilheiros iniciam os ataques contra
a presença dos portugueses nas colónias.
► Salazar mobilizava tropas, na flor da idade,
para combaterem no Ultramar. “Para Angola,
rapidamente e em força!”
► Iniciou-se uma guerra de guerrilha iria
durar 13 anos, com vitórias e reveses de parte
a parte.
► De Lisboa partiam sucessivos contingentes
de militares com destino às colónias.
► A Guerra Colonial provocou milhares de
mortos e de feridos, consumindo verbas muito
avultadas aos nossos cofres.
► Esta Guerra sem tréguas levou a que
Portugal ficasse cada vez mais isolado a nível
internacional, levando Salazar a fazer a
célebre afirmação:
“Estamos orgulhosamente sós”.
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Três Frentes de Batalha em África
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Guerra Colonial
Nas três frentes o ambiente que se vivia era o mesmo: a morte e o desespero
estavam presentes no dia a dia dos nossos soldados.
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Jovens soldados morriam em África, longe dos seus familiares,
numa guerra com a qual não concordavam, mas eram
obrigados a ir.
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O cenário de guerra era demasiado stressante, o convívio com a morte dos
camaradas deixou sequelas nos sobreviventes, que permanecem até hoje.
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“A morte saiu à rua…”
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Mães, mulheres, noivas e restantes familiares faziam
peregrinações em Portugal.
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Quantos regressavam vivos, mas
estropiados.
A romaria ao Santuário de
Fátima por familiares em
desespero, era um cenário
recorrente na Metrópole.
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Movimento Nacional Feminino
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♦ O Movimento Nacional Feminino (MNF) foi criado no dia 28 de Abril de 1961 pela Drª Cecília Supico Pinto, mais conhecida nos meios militares por "Cilinha". Tratava-se de um movimento patriótico de mulheres, que se dedicaram ao apoio moral e, tanto quanto possível, material dos militares que prestavam serviço no Ultramar.
♦ Para além de outras iniciativas, foi este Movimento que criou
os célebres e populares aerogramas. Baratos e por vezes grátis,
sem precisarem de selo nem de sobrescrito, tiveram uma larga aderência de militares e famílias como forma prática e rápida de trocarem correspondência postal.
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Áreas de Intervenção do Movimento Nacional Feminino
• Presidente:
Cecília Supico Pinto (durante os anos de existência do Movimento)
• - Apoio Social:
• a) Secção de embarque b) Secção das madrinhas de guerra c) Serviço de acolhimento de feridos e doentes d) Secção de visitas aos hospitais e) Secção de empregos f) Secção de assistência à família g) Serviço de urgência
• - Administrativas:
• a) Secretaria b) Tesouraria
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• - Apoio Material:
• a) Secção de aerogramas b) Secção de passagens c) Bibliotecas d) Secção de apoio aos oficiais milicianos e) Auxílio aos capitães militares e missões f) Secção de farmácia g) Secção de encomendas h) Secção de lembranças individuais e colectivas; i) Secção de contencioso
• - Informação
• a) Secção de participação de baixas b) Secção de notícias c) Secção de informação e divulgação
• - Publicações próprias:
– a) Revista Presença b) Revista Mensagem c) Revista Guerrilha d) Revista Movimento
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O Movimento Nacional Feminino (1961-1974) apresentava-se como
uma estrutura de mulheres criada e organizada para apoiar os militares,
as suas famílias e o esforço do Estado Português em África.
De facto, a secção do Movimento com o nome de Madrinhas de
Guerra, incluída nos seus registos, disponibilizava para apoio aos
soldados nas colónias.
As mulheres teriam que cumprir os seguintes requisitos: nacionalidade
portuguesa, maiores de 21 anos, moral idónea, espírito patriótico,
coragem, capacidade de sacrifício, confiança na vitória e capacidade de
transmissão dessa ideia.
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Às Madrinhas de guerra era pedido/estipulado a
distracção do(s) seus(s) afilhados através da troca de
correspondência na qual se devia transmitir coragem,
confiança, orgulho pela prestação de um importante
serviço à Pátria.
Por outro lado, deviam também estabelecer contactos
com a(s) família(s) desse(s) soldado(s), amparando-a(s)
em tudo o que fosse possível, nomeadamente em
termos morais e materiais.
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Registe-se que o pedido dos soldados de "Madrinhas de Guerra" devia fazer-se directamente para a Comissão Central do Serviço Nacional de Madrinhas, onde era devidamente analisado e correspondido de acordo com as possibilidades.
Salienta-se que as madrinhas deviam ser da mesma região, cidade ou povoação vizinha do(s) afilhado(s), por questões de afinidade, conhecimento da família e mais fácil prestação de apoio. Importa dizer que o aumento entretanto verificado do número de pedidos tornou notória a insuficiência de inscrições por parte de voluntárias.
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As "Madrinhas de Guerra", pelo tipo de trabalho
desenvolvido, foram muito importantes em termos de apoio
psicológico àqueles que estava longe de sua casa e dos
seus familiares
Uma carta recebida e uma carta escrita eram fundamentais
num contexto como aquele em que milhares de homens
(jovens) se encontravam.
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Madrinhas de Guerra
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MADRINHAS DE GUERRA:
"Que cada uma de nós se lembre que lá longe, nas províncias
ultramarinas, há rapazes que deixaram tudo: mulheres, filhos, mães,
noivas e o seu trabalho, o seu interesse, tudo enfim, para cumprirem o
seu dever de soldados. É preciso que as mulheres portuguesas se
compenetrem da sua missão, e assim como eles estão cumprindo o seu
dever, lutando pela nossa querida Pátria, também vós tendes para
cumprir o vosso, lutando pelo bem-estar dos nossos soldados - luta essa
bem pequenina, pois uma só palavra, um pouco de conforto moral basta
para levar alguma felicidade aos que estão contribuindo para a defesa da
integridade do nosso Portugal.
OFEREÇAM-SE PARA MADRINHAS DE GUERRA. MANDEM O VOSSO
NOME E A VOSSA MORADA PARA A SEDE DO MOVIMENTO
NACIONAL FEMININO".
("Madrinhas de guerra". In: Revista Presença. Nº 1, 1963, p. 36-37).
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A Crónica Feminina Nessa altura circulava em Portugal uma
revista, a “Crónica Feminina”, que,
apesar de ser considerada leitura inferior,
era lida religiosamente todas as semanas,
quer pelas novidades da moda, quer pelo
fotonovela - folhetim, encaixado nas
páginas centrais.
Na última página era havia uma lista de
pedidos de correspondência: Beltrano
Sicrano, 1º cabo do RA5, em comissão
de serviço na Guiné, deseja
corresponder-se com menina dos 17
aos 25 anos, alegre, comunicativa e que
goste de música pop. Resposta para o
SPM 123456789. Era mais ou menos este
o teor do pedido. Entrou na moda, estava
na moda.
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Eu fui Madrinha de Guerra
“Os anos 60 (finais) e 70 preencheram a minha
adolescência e juventude. O rock, o flower power, a mini-
saia, ocupavam os nossos dias descontraídos enquanto
que as baladas, os livros emprestados à socapa e a
guerra no ultramar deixavam no ar perguntas sem
resposta e desenhavam uma realidade mal
compreendida.
Todos os rapazes meus conhecidos passavam por um
interregno nas suas vidas. Largavam os empregos, as
famílias, os amigos e abalavam do cais de Alcântara, aos
magotes, para África. O porquê era sempre uma pergunta
difícil de responder.”
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![Page 25: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/25.jpg)
"Querido militar:
(...) Lutas pela paz da tua família. Lutas para que, em tua
casa, todos possam viver sem terror. Lutas para que os
rapazinhos de agora tenham aquela Pátria grande e livre
que herdaste!
Tu enfrentas de armas na mão, orgulhosamente, o
inimigo que pretende roubar a segurança do teu lar!
Obrigada, soldado! SAÚDA-TE A TUA MADRINHA".
("Querido Militar". In: Revista Mensagem.
Nº 2, 1962, p. 2).
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Madrinhas de Guerra na primeira pessoa
“Então eu respondia a esses gritos de solidão, de liberdade adiada. Durante três ou quatro anos fui madrinha de guerra de uns quantos soldados. Os aerogramas não tinham franquia, pelo que a correspondência circulava com muita assiduidade. Eram palavras simples, descrições do dia a dia, relatos de filmes, letras de canções, poemas, fotografias, postais ilustrados. Enfim, baús cheios de tesouros para quem estava confinado ao mato, à imensidão africana, longe de tudo e de todos.”
![Page 27: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/27.jpg)
Madrinhas de Guerra na primeira pessoa
“Havia um dia em que o aerograma
trazia a notícia do fim da comissão, o
agradecimento profundo pelos bons
momentos de leitura e o conforto que as
palavras da madrinha desconhecida
tinham dado. A vida continuava.”
“Por duas ou três vezes houve um último aerograma sem resposta do
lado de lá. O passar dos dias encarregou-se de apagar a dúvida, um
pensamento doloroso.
De todos os afilhados de guerra, só conheci um. Acabada a sua
tarefa, voltou para a terra e veio conhecer-me. Trouxe o irmão com
quem tinha sido criado e ficou amigo lá de casa. As coisas que ele
contava eram um mundo à parte. Ajudou-me a compreender a tal
realidade que nos passava um pouco ao lado e trouxe-me algumas
respostas às tais perguntas difíceis. Ajudou-me a crescer em
consciência. Hoje recordo-lhe o riso franco e aberto. O Tempo, esse
insano amigo, levou o resto.”
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♦ A correspondência entre os
militares e as suas famílias, amigos,
namoradas e madrinhas de guerra
era realizada através deste suporte em papel designado “aerograma”. Os
de cor amarela eram destinados ao
correio entre as províncias
ultramarinas e a metrópole,
enquanto os de cor azul faziam o
percurso inverso.
♦ Dobrados sobre si mesmos,
guardaram sonhos e promessas de
amor, outras vezes medos e
fantasmas. Foram o elo de ligação
entre a distante e quente África e o
cantinho mais escondido de Portugal
continental e insular.
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♦ Em qualquer ponto de África onde houvesse militares lá chegavam os aerogramas, também designados por “bate-estradas” ou “corta-capim” embora chegassem via aérea através dos pequenos aviões militares Dornier (DO).
♦ Apesar de a morada do militar ser definida por código, o chamado SPM (Serviço Postal Militar) a entrega do correio nunca falhou, mesmo tendo em conta uma média de 10 toneladas por dia de correio que o SPM tratava e enviava. O indicativo postal do SPM era composto por 4 dígitos e nos primeiros tempos de guerra os três primeiros definiam a unidade militar e o último a província ultramarina. Moçambique tinha o 4, Angola o 6 e a Guiné o 8. Só com esta definição do último dígito era fácil ao SPM em Lisboa encaminhar o correio para a respectiva província.
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♦ Quanto aos três primeiros dígitos e dado que a mobilização de unidades em África cresceu muito, houve a necessidade de rapidamente se alterar o critério inicial, mas mantendo sempre o último dígito definidor do território de destino.
Mas o correio não nos trazia só aerogramas, por vezes também vinham algumas encomendas mais pesadas. Essas eram sempre as mais desejadas.
Base táctica da Cecília (2/11/1971), no planalto do Luaia, província do Uíge,
Angola,
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• NR: Quem quiser conhecer em detalhe a história do SPM não deixe de ler o
livro “História do Serviço Postal Militar” de Eduardo Barreiros e Luís Barreiros.
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![Page 33: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/33.jpg)
NATAL DE 1971
“O primeiro que o nosso Batalhão passa em Moçambique. Não nos
detivemos a chorar o facto de nos encontrar-mos longe dos nossos
familiares, a quem muito queremos. Não que os esqueçamos, tentamos
sim, viver esta quadra o melhor que nos for possível. No dia 13 de
Dezembro, tivemos a presença amiga e generosa de D. Lisete Lopes,
locutora do Rádio Clube de Moçambique e orientadora do programa
dedicado às Forças Armadas, que saía para o ar todos os Sábados à
tarde. Nesse dia esteve também presente uma equipa de reportagem do
Rádio Clube de Moçambique que em colaboração com a Emissora
Nacional, vieram gravar mensagens dos soldados para serem ouvidas na
Metrópole.” In Blogue de antigos soldados
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Cecília Supico Pinto em visita às tropas
![Page 36: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/36.jpg)
Cecília Supico Pinto em visita às
tropas
![Page 37: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/37.jpg)
A alegria momentânea da visita de Cecília Supico Pinto
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![Page 39: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/39.jpg)
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![Page 42: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/42.jpg)
![Page 43: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/43.jpg)
![Page 44: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/44.jpg)
O Regresso dos Militares
![Page 45: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/45.jpg)
A alegria do reencontro/ Regresso do Soldado são e salvo…
![Page 46: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/46.jpg)
![Page 47: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/47.jpg)
Guerra Colonial
Mortos
Feridos Desaparecidos
Massacrados
SOLDADOS
![Page 48: Madrinhas de guerra](https://reader034.vdocuments.site/reader034/viewer/2022042511/55a38ef41a28ab5b028b45ad/html5/thumbnails/48.jpg)
As Nossas Jornadas IV
Grupo de História
Biblioteca Escolar
23 de Maio de 2012