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Tema 1: conceitos iniciais de linguagem e língua;
histórico e características da língua portuguesa.
Prof. Marcus Vinicius Santos Kucharski, Ed. Ph.D.
Leitura e Produção de Textos
Autoapresentação I – a pessoa
• Pai da Amanda e da Marina!• 41 anos; músico; leitor inveterado (4 ou 5
livros ao mesmo tempo); viciado em séries de TV americanas; perfeccionista e admirador do potencial de meus alunos.
Autoapresentação II – o profissional
• Licenciado em Letras Português-Inglês; Especialista em Língua Portuguesa e em Literatura Brasileira; Mestre em Educação; Doutor em Educação.
• Experiência: ensino pré-escolar; toda a Educação Básica; cursos pré-vestibulares; cursos de redação criativa; cursos de redação in company; PUCPR; UEPG; UTP; Uniube (EAD); Assessoria Linguística Sênior da British-American Tobacco (Souza Cruz do Brasil); membro de corpo consultivo editorial da IGI Global (EUA). Estou no UNICURITIBA desde 2009.
Uma questão de foco
• Quem é o aluno-alvo desta disciplina?– Apaixonado pela escolha
que fez, criativo, colaborativo, pronto para contribuir, crítico coerente.
• O que a disciplina propõe para seu aluno-alvo?
Regrinhas do jogo
• Controle de faltas é sua responsabilidade! Limite: 25% (18h/a).
• Avaliação variada.
• Leituras de preparo: essenciais.
• Aulas de revisão para a prova são de presença opcional, mas interessante.
Alguns conceitos para começarmos o caminho
• Alguns conceitos que precisamos conhecer bem:
– linguagem x língua;
– ícone, índice e símbolo;
– variações da língua;
– de onde vem minha língua?
Exercitando
• Vamos resolver questões de provas que já foram aplicadas nesta disciplina para conferir o que vimos até agora. Mãos à obra!
Preparando
Para a próxima aula, realizar a leitura das p.11 a 16 do texto de Goldstein, Louzada e Ivamoto: “Linguagem, texto, gêneros textuais.”
Linguagem
• Define o potencial humano universal de conseguir comunicar uma mensagem, e se manifesta em inúmeros suportes –não necessariamente verbais.
Língua
• Realização verbal da linguagem. Ela é, necessariamente:– arbitrária;
– consensual;
– cultural;
–um elemento vivo!
Ícone
• Expressa algo por ser representação direta, imitação desse algo. A ligação é por semelhança.
Índice• Expressa algo por
ter uma contiguidade física ou lógica com a coisa representada, sem ser representação direta dela..
Símbolo• Representa algo
numa dimensão cultural: não é imitação, indicação direta nem possui contiguidade física, mas é o reflexo de acordos culturais que lhe atribuem valores definidos.
Variações históricas da língua“No mundo nom me sei
parelha,mentre me for’ como me
vai,ca ja moiro por vos – e aimia senhor branca e
vermelha,queredes que vos retraiaquando vos eu vi en saia!Mao dia que me levantei,
que vos entom nom vi fea!”
“No mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto minha vida continuar como vai,
porque morro por ti – e ai!,minha senhora de pele branca
e faces rosadas...Quer que descreva o momento
em que a vi sem manto? (saia = roupas íntimas)
Maldito o dia em que me levantei e não a vi feia!”
Paio Soares de Taveirós. Cantiga da Ribeirinha (em galaico-português). 1189.
Variações de registro da línguaSei lá o qué que cê tem,
guria... Cê num tem um plano de saúde?
Não posso te dizer o que você tem. Isso é coisa pra médico.
A estranha dor que acometeu a atriz ao final das gravações de ontem fez com que fosse internada para observação.
Luís, os médicos ainda estão em dúvida sobre a origem da dor que Adriana Falcão passou a sentir ontem à noite após as gravações. Ela realizará mais exames hoje e um novo boletim sairá pela manhã de amanhã. De volta com você.
Variações sociais da língua
Isso num pódi sê, meu senhor. Nóis temo faizhora na fila esperano pra sê atendido e agora alguém liga pra dizê que o dotô num vem pur causa dum congresso? I inquanto o congresso num termina nós fazemo o quê? Morremo aqui memo?
Isto é absolutamente ridículo. Pago um plano de saúde caríssimo pra quê? Pra ter que esperá o mesmo tanto que esperaria num pronto socorro do SUS e não ter um atendimento muito melhor do que lá? Isso não vai ficá assim, não. Hoje mesmo eu vou botá a boca no trombone.
Variações regionais da língua
• Pipa, pandorga, papagaio ou raia?
• Bergamota, mixirica ou mimosa?
• Lancheria ou lanchonete?
• Aipim, mandioca ou macaxeira?
• Abóbora ou gerimum?
• Vina, hot dog ou salsicha?
• Vou pra casa da/de Andrea.
• Não sei. / Sei não.
História concisa da língua portuguesa
• Séc. III a.C.: expansão do império romano para a Península Ibérica. Romanização dos povos do oeste e noroeste (lusitanos e galaicos).– Invasões subsequentes, até os anos 700 d.C.: alanos, vândalos,
suevos e visigodos.
• Ano 711: invasão árabe. Grande influência na cultura e na língua, mas não o suficiente para apagar as marcas da romanidade.
• A partir de 718: o processo da Reconquista reforça a influência romana na diferenciação dos vários dialetos latínicos – em especial, para nós, o do condado de Galiza (hoje mais ao norte de Portugal e sudoeste da Espanha), onde surgiu o galaico-português.
História concisa da língua portuguesa
• A partir do séc. XIII: fase do português histórico. Suas fases, de acordo com Evanildo Bechara (2001):– português arcaico: séc. XIII ao final do XIV;
– português arcaico médio: 1ª metade do séc. XV à 1ª metade do séc. XVI;
– português moderno: 2ª metade do séc. XVI ao final do XVIII;
– português contemporâneo: séc. XVIII aos nossos dias (houve, no período, mudanças estéticas que não deram à língua, entretanto, novidades gramaticais que lhe trouxessem nova feição e fase histórica).