livros - lançamentos conbrace 2013
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Relação dos livros que serão lançados no XVIII CONBRACE.TRANSCRIPT
Educação Física, esporte e lazer: reflexões nada aleatórias
Lino Castellani Filho
Campinas: Autores Associados, 2013.
O livro vem organizado em três capítulos: No primeiro agrupamos reflexões
com centralidade na interlocução da Educação Física com a Educação Escolar
brasileira, diálogo em constante processo de construção e reformulação. É
composto por dois artigos, um deles resultado da participação em evento
acadêmico promovido pela Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus,
Bahia. Sua forma coloquial resulta de ter sido sistematizado a partir de minha
fala. Já o outro é fruto de esforço de síntese elaborada a partir de critérios mais
“formais”, permissionários de meu reencontro com componentes de minha tese
de doutorado. O segundo capítulo privilegia minha interlocução com o campo
das Políticas de Esporte e Lazer. Traz um texto inicial de uma fala em evento organizado pelo
Observatório de Políticas Sociais de Educação Física, Esporte e Lazer, então presente na Universidade
Municipal de São Caetano do Sul. Segue-o um conjunto de pequenos textos, ora sob a forma de crônicas,
ora de ensaios, que traduzem meus posicionamentos sobre fatos do cotidiano esportivo. O terceiro e
último reservei para homenagear dois grandes mestres que tive a honra de conhecer, Manuel Sérgio e
Paulo Freire, e na esteira de seus legados ético-políticos, também tecer considerações sobre personagens e
situações merecedoras de serem desmitificadas.
Educação física na formação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Luciano Galvão Damasceno
Campinas: Papirus, 2013, 224 p.
O livro trata dos 30 anos de história do Colégio Brasileiro de Ciências do
Esporte (CBCE). Visa demonstrar a relevância da Educação Física na
formação da entidade - lembremos que o CBCE tem sua gênese baseada na
ideia do "College", isto é, cria-se dentro da entidade espaço para
determinadas áreas mais vinculadas ao campo profissional e (no início)
menos acadêmico, como por exemplo, a Medicina, a Psicologia, a Educação,
Educação Física, com o intuito de ter o Esporte como objeto. Desde o início
a Educação Física teve um papel - junto a Medicina - fundamental para
entidade, o que nos possibilita afirmar que, desde seus primórdios, a
formação do CBCE foi tecida essencialmente com os fios da Educação
Física. O desenvolvimento do livro expõe o CBCE numa divisão baseada em características políticas,
administrativas e ideológicas, seguindo a periodização das presidências, mas não as reduzindo aos seus
presidentes. Busca demonstrar a importância do CONBRACE, das Secretarias Estaduais, dos GTTs como
base estrutural e da RBCE como meio difusor, estimulador da produção de conhecimento e veiculação
ideológica. Por fim, com base nos 30 anos o autor aponta algumas questões presentes com implicações
centrais para o futuro da entidade.
História da Educação Física no Brasil: currículo e formação superior
Ângela Celeste Barreto de Azevedo
Campo Grande: UFMS, 2013, 147 p.
Trazemos neste livro uma abordagem histórica curricular da formação
superior em Educação Física no Brasil com base em quatro marcos:
anos 1930 - criação da Escola Nacional de Educação Física e
Desportos, anos 1960 - período que culminou na primeira modificação
curricular do curso, anos 1980 - marco da reforma curricular que
introduz a formação de bacharelado e início do século XXI - marco da
prescrição curricular baseada na resolução 01/02. Esta resolução
estabelece que a formação em licenciatura não pode mais ocorrer em
grade comum com a do bacharelado, como era recorrente nos cursos
de Educação Física desde 1987. A partir dessa resolução fez-se
necessário promover diretrizes curriculares para o curso de Educação
Física que culminou na Resolução 07/04. De acordo coma perspectiva
histórica e de mudança observadas, pode -se verificar fatos relacionados presentes na comparação dos
marcos curriculares do curso superior de Educação Física em 1939, 1969, 1987 e pós 1987.
A educação do corpo na sociedade do capital
Tadeu João Ribeiro Baptista
Curitiba: Appris, 2013, 210 p.
O corpo é a expressão material/espiritual do ser humano e, por isso, está
subordinado à organização material da existência. Em outras palavras, isso significa
considerar o trabalho como o elemento constitutivo do corpo em toda a história.
Compreender a maneira como o trabalho organiza a nossa existência corporal,
considerando ainda as características particulares dos processos de alienação,
fetiche e reificação é o foco central desta obra. Assim, a partir da perspectiva do
materialismo dialético, este texto procura compreender, sobretudo, como o processo
de trabalho capitalista em suas leis mais gerais e a indústria cultural como um dos postos avançados na
disseminação de um modelo de corpo considerado saudável e belo, contribuem para o processo de
Educação do Corpo na sociedade Capitalista. Partindo predominantemente de autores de base dialética
materialista como Marx, Lukács e Adorno, pretendemos entender o processo de determinação das
relações sociais que entendem o corpo da consciência e a consciência do corpo como lócus de intervenção
do modelo de produção vigente.
Livro didático público: Educação Física
Jeimison de Araújo Macieira, Fernando José de Paula Cunha e Lauro Pires Xavier Neto (Organizadores)
João Pessoa: UFPB, 2012, 95 p.
Livro didático de Educação Física para o ensino fundamental do 6º ao
9º ano, organizado por capítulo com os conteúdos da cultura corporal
(jogo, esporte, dança e ginástica). Baseia-se na teoria do conhecimento
do materialismo histórico dialético na teoria pedagógica socialista e na
metodologia do ensino crítico-superadora. Os capítulos tratam dos
conteúdos da cultura corporal como um conhecimento historicamente
desenvolvido e acumulado pela humanidade, pares dialéticos no trato
com o conhecimento, dicas e sugestões de atividades de pesquisa e
curiosidades e novidades sobre o tema.
As práticas corporais no campo da saúde
Alex Branco Fraga, Yara Maria de Carvalho e Ivan Marcelo Gomes
São Paulo: Hucitec, 2013.
O livro é uma coletânea de oito textos escritos sob encomenda para o I Seminário Internacional Práticas
Corporais no Campo da Saúde realizado entre os dias 12 e 13 de novembro de 2012 na Escola de
Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os oito textos desta obra estão divididos
em quatro partes, seguindo a lógica de organização dos debates no seminário, ou seja, dois
palestrantes/escritores para cada uma das quatro mesas. São estudiosos da Educação Física e da Saúde
Coletiva que têm em comum as ciências humanas e sociais como fundamento teórico-conceitual e
metodológico para o desenvolvimento de suas ideias e investigações. As mesas foram compostas a partir
de eixos temáticos diretamente relacionados ao escopo do projeto de pesquisa interinstitucional que deu
origem ao "seminário-livro": 1) Políticas da vida e pedagogias do corpo; 2) Perspectivas de pesquisa em
saúde; 3) Práticas corporais e SUS; 4) Educação Física & Saúde Coletiva.
A educação em Mészáros: trabalho, alienação e emancipação
Caio Antunes
Campinas: Autores Associados, 2012, 229 p.
Que papel cumpre a educação na sociedade capitalista? A pergunta não é nova e já
deu ensejo a intensas discussões. Todavia, conserva-se atual, visto que as condições
históricas permanentemente cambiantes impõem sempre novas exigências à
educação. István Mészáros, não sendo pedagogo de ofício nem filósofo da educação,
nesse debate, introduzindo, como autêntico filósofo strictu sensu, categorias
analíticas originais, a partir das quais examina a relação educação-sociedade tal como
ela se dá na atual fase do capitalismo, por ele interpretada como uma época de crise
estrutural do sistema sociometabólico do capital. Assim, atualiza e revigora a questão supracitada,
residindo aí, talvez, sua maior contribuição para o referido debate.
Esporte: Fator de Integração e Inclusão Social?
André Malina e Sebastiana Cesario (Organizadores)
Campo Grande: UFMS, 2ª edição revista e ampliada, 2013, 164 p.
As diversas partes componentes da obra dizem muito a respeito da
abordagem de seu objeto central. Elas trazem à luz a compreensão do
esporte em sua totalidade, deixando, portanto, de compreendê-lo apenas a
partir de um ou outro aspecto. O bom uso que fazem da categoria totalidade
permite que o esporte seja abordado como uma realidade objetiva na qual
seus elementos não estão isolados. O mercado esportivo, a criação da
identidade nacional, o esporte como sublimação da agressividade, atletas
são super-homens, ídolos que devem ser imitados? O esporte leva a
ascensão social? Esforço social leva ao sucesso? Foram os principais
aspectos abordados nos painéis Aspectos Socioeconômicos do Esporte,
Esporte e Educação, Mídia e Esporte e Políticas Públicas e Gestão do Esporte.
Esporte e lazer: a cidadania em construção
Dulce Filgueira de Almeida e Alfredo Feres Neto (Organizadores)
Brasília: Thesaurus, 2012, 164 p.
A presente publicação é resultado de um estudo realizado entre os anos de 2006
e 2011, tendo como foco a análise do Programa Esporte e Lazer da Cidade tanto
em nível nacional como local, particularmente referindo-se ao contexto do
Distrito Federal e entorno. Para tanto, e tendo em vista a complexidade do fenômeno social investigado,
foi necessária a combinação de diferentes técnicas de investigação e de análise, a fim de dar conta de um
objeto de estudo dinâmico, que diz respeito a um programa social de nível federal atualmente em
desenvolvimento no Brasil. Portanto, precisamos de mediações quantitativas na pesquisa qualitativa pelos
seguintes aspectos: natureza do objeto do estudo; pretensão de generalização e, por fim, a busca por uma
análise um pouco mais aprofundada e que abrangesse aspectos objetivos, mas que gozasse, em certas
circunstâncias, de perspectivas interpretativas. Com esse ímpeto, decidir por um caminho metodológico
tortuoso, mas, ao tempo, prazeroso trouxe grande aprendizado para a equipe.
Lazer e tecnologia
Victor Andrade de Melo, Gisele Maria Schwartz e Alfredo Feres Neto (Organizadores)
Ijuí: Unijuí, 2012, 208 p.
Um dos temas centrais deste livro, os impactos das novas tecnologias na vivência
dos momentos de lazer, é algo que se tornou óbvio nos últimos anos, com o
crescimento do uso do computador e da Internet: de ilustre desconhecida, em
pouco tempo a informática incorporou-se definitivamente ao cotidiano de um
grande número de pessoas, impondo-se nas mais diversas esferas da vida em
sociedade. Mais ainda: o acesso à grande rede prescinde mesmo das antigas
máquinas; ou melhor, essas adquiriram novos formatos, tornaram-se mais
acessíveis e invadiram outros aparelhos, como os telefones celulares. Assim, passamos a conviver com
um novo vocabulário: redes sociais, e-mail, “baixar” músicas e uma miríade de termos técnicos antes
empregados somente por iniciados. Na verdade, essa relação entre lazer e tecnologia é anterior. Tem
como uma das marcas mais relevantes o surgimento das mídias domésticas, tendo como pioneiro o rádio.
A televisão, que surgiria anos depois, teria um impacto ainda mais significativo, inclusive porque no
rastro dela outros equipamentos surgiram: o videocassete, o aparelho de DVD, os videogames. Os
desdobramentos, efeitos, consequências, riscos e desafios desse processo já há alguns anos têm chamado
a atenção de pesquisadores de várias áreas, inclusive daqueles envolvidos com a discussão do lazer, que
têm apresentado suas reflexões em livros, periódicos e eventos científicos. O intuito do presente livro é
reunir uma parte desses estudiosos, apresentando um panorama sobre as relações entre as novas
dinâmicas de diversão e as novas tecnologias.
Corporeidade e cotidianidade na formação de professores
Rosa Malena de Araújo Carvalho
Niterói, UFF, 2012, 119 p.
O livro problematiza as noções hegemônicas de corpo (promovidas por
concepções que hierarquizam os seres humanos, de acordo com etnia,
gênero, opção sexual, idade, tônus muscular etc.), buscando afirmar
processos permanentes de educação, múltiplas possibilidades de existência,
contextos, sujeitos, saberes, tempos e espaços. O que vem se consolidando
através de mudanças curriculares – como as ocorridas no campo da
Educação Física escolar e, na formação daqueles que trabalham na educação
infantil e anos iniciais do ensino fundamental. A corporeidade, neste
percurso, pode se constituir em uma das possibilidades de ampliarmos a
noção de conhecimento, assim como os sentidos que damos à condição
humana e aos processos educacionais – aqui afirmados como lugares de encontros e criação/invenção de
novas possibilidades. O que significa entender o movimento curricular como devir – premente de
movimentos não previstos, mas que potencializam processos pedagógicos includentes e, ao mesmo
tempo, promotores de nova realidade escolar e social.
Educação Física escolar na educação de jovens e adultos
Rosa Malena de Araújo Carvalho (Organizadora)
Curitiba, CRV, 2011*, 174 p.
Este livro é resultado de um seminário realizado em 2008 e organizado pela
gestão da educação de jovens e adultos na Rede Pública Municipal de
Educação do Rio de Janeiro. Diferentes professores do Programa de
Educação de Jovens e Adultos constataram que havia um vazio de discussões
e de publicações específica sobre a inserção da Educação Física na educação
de jovens e adultos. Dessa forma o principal objetivo deste livro é fortalecer a
educação de jovens e adultos como modalidade da educação básica e a
Educação Física como área do conhecimento, integrante do processo
desenvolvido nas escolas. Afirmar a educação de jovens e adultos como
direito e, ao mesmo tempo, relacionar experiências corporais e processo de escolarização, na ideia
predominante de educação, não é tarefa fácil. Em nosso contexto, a educação ainda é considerada
privilégio, na qual os corpos e as práticas corporais são compreendidos como algo menor, obstáculo
daquilo selecionado para ensinar e aprender. Algumas experiências questionam isso.
*O livro não foi lançado no CONBRACE de 2011 e por isso foi incluído este ano.
Capoeira e escola: significados da participação
Marcelo Rocha Radicchi
Jundiaí: Fontoura, 2013, 128 p.
A capoeira vem sendo trabalhada na escola com diferentes enfoques e variadas
formas de inserção e atores. A depender do trabalho realizado, possui um enorme
potencial educativo relacionado não somente ao seu contexto sócio-cultural originário
ou à diversidade de experiências de movimento, ritmo, socialização, contexto
histórico que proporciona, mas também pela intensidade existencial experimentada
por alguns sujeitos que a praticam, dentro e fora da escola. Partimos do
aprofundamento teórico em referenciais da capoeira buscando as relações com os
alguns referenciais da fenomenologia e do existencialismo, para então discutirmos a formação de sentidos
e de significados existenciais criados pelos sujeitos (dentro e fora da escola) ao praticar, jogar, brincar,
viver a capoeira. Cruzamos então, a discussão teórica com análises empíricas provenientes da pesquisa
com alunos que praticavam a capoeira em duas escolas municipais. Seja como ferramenta de “sedução
pedagógica” para aqueles alunos “problemáticos”, seja como estratégia de criação de uma identidade
positiva para alguns alunos, seja como “alimento da alma” para os capoeiras mais experientes, a capoeira
para algumas pessoas constitui significativo elemento existencial capaz de, em algum momento,
responder o questionamento que todos somos.
História do voleibol no Brasil - Volumes I e II
Roberto Affonso Pimentel
Rio de Janeiro: Edição do autor, 2012, 1.047 p.
O livro apresenta narrativas contadas a partir de 1939, divididas em dois
volumes, reunindo cerca de 200 fotos de acervos particulares, índice
onomástico e mais de três mil nomes. No volume I, o retrato do esporte na
cidade do Rio de Janeiro como nunca visto: a evolução das Regras desde o
seu nascimento, as primitivas Atas da Liga, o ineditismo e fatos curiosos
contados pelos profissionais do apito sobre as arbitragens, as primeiras
bolas, pisos, uniformes e muito mais. Nos anexos, uma radiografia da
Federação do Rio, o início do Vôlei de Praia, linguagem e termos
empregados no ambiente. Acrescente-se o fato mais moderno, a introdução
do mini Voleibol no país e o pioneirismo do autor. No volume II,
acompanharão a trajetória das seleções brasileiras a partir de sua primeira manifestação em 1951, e os
respectivos envolvimentos em competições internacionais, além de conhecer as Federações filiadas à
FIVB e os bastidores de algumas participações em Olimpíadas. Uma retrospectiva centenária desde o
batismo do voleibol dá fecho à obra.
A pedagogia das lutas: caminhos e possibilidades
Luiz Gustavo Bonatto Rufino
Jundiaí: Paco, 2012, 164 p.
Como é o ensino das artes marciais? Qual é a preocupação dos professores e
mestres das mais diversas práticas durante os processos de ensino e
aprendizagem? De que modo os aspectos tradicionais e contemporâneos se
relacionam durante a prática pedagógica? Analisando o processo de ensino e
aprendizagem de algumas modalidades de artes marciais e buscando concepções
sobre o conceito destas práticas nas mais variadas áreas, este livro pretende
corroborar com a prática pedagógica em diversos contextos, podendo ser
estendidas inclusive para a compreensão dos processos de ensino e
aprendizagem de outras manifestações corporais. Além da análise das formas de ensinar de alguns
professores, a obra traça um panorama teórico sobre o conceito das artes marciais e da pedagogia do
esporte, propondo também formas de ensinar estas práticas pautadas em uma pedagogia crítica e
reflexiva, instituindo-as de sentido e significado e que considere os aspectos tradicionais e inovadores,
tendo como foco o sujeito que se-movimenta.
Epistemologia, ensino e crítica: desafios contemporâneos para a Educação Física
Ivan Marcelo Gomes, Felipe Quintão de Almeida e Emerson Luís Velozo (Organizadores)
Nova Petrópolis: Nova Harmonia, 2013, 306 p.
Este livro é resultado do VI Colóquio de Epistemologia da Educação
Física, evento organizado pelo Grupo de Trabalho Temático do Colégio
Brasileiro de Ciências do Esporte, como tema “Epistemologia, ensino e
crítica: desafios contemporâneos” e que foi realizada entre os dias 13 e 14
de dezembro de 2012 no Centro de Educação Física e Desportos da
Universidade Federal do Espírito Santo. Esperamos que além da busca de
repostas para os problemas epistemológicos da área, possamos socializar
nossas reflexões e que elas ajudem a construir novas perguntas que
continuem inspirando o ensino e a produção de conhecimento na
Educação Física. Se existe a necessidade de um grupo específico que
fomente e alavanque a discussão epistemológica na área de Educação Física, também nos parece
importante que essa discussão faça parte da formação e do cotidiano profissional daqueles que não se
dedicam especificamente ao tema, visto que se trata de questões que formam a base da produção de
conhecimento, independente do campo de atuação profissional. Por isso, além da relevância para os
grupos mais restritos interessados pelas questões epistemológicas da área, as discussões promovidas no
livro são pertinentes a toda a comunidade acadêmico-científica engajada na produção de conhecimento na
Educação Física.
Esporte, política e ciência: a produção científica sobre políticas públicas de esporte e lazer no Brasil
Fernando Augusto Starepravo
Curitiba, CRV, 2013, 164 p.
No momento em que o Brasil inicia um ciclo de realização de megaeventos
esportivos, sendo sede da 9ª edição da Copa das Confederações da Fifa, ao mesmo
tempo o país passa por uma onda de protestos nas ruas questionando, entre outras
coisas, o alto gasto de dinheiro público para a realização de tais megaeventos, o
presente livro toca em pontos latentes da sociedade brasileira: esporte, política e
ciência, problematizando como o campo científico/acadêmico tem observado e
analisado a relação entre esporte, lazer e política.
Cisão corpo/mente: espelhos e reflexos nas práxis da Educação Física
Fabio Zoboli
São Cristóvão: UFS, 2012, 240 p.
No transcorrer de seu complexo devir histórico o ser humano se deparou com
diversas problemáticas e perplexidades que dizem respeito a sua própria
existência. Uma delas, talvez a mais paradoxal de todas, é a cisão humana
fundada no dualismo corpo/mente. A Educação Física, como parte da educação
escolar, historicamente teve como função, a partir dessa visão dualista, o
cuidado para com o corpo – res extensa. A partir dessa perspectiva o presente
livro tenta estabelecer algumas tensões no sentido de compreender de que
forma nas diversas práxis da Educação Física se articulam a cisão humana
fundada em corpo/mente. A preocupação em se estabelecer tais articulações se deve ao fato de deduzir
que em tal cisão esta a origem de vários problemas da Educação Física. Reconheço nela também uma
desumanização, sobretudo como realidade histórica da condição humana. Condição esta que arrisco
afirmar foi de certa forma roubada pelas ciências que as sustentam e disseminam.
Ética e ciência na educação superior
Ricardo Rezer (Organizador)
Chapecó: Argos, 2013, 200 p.
Esta obra é resultado do III Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Universidade Comunitária da Região de Chapecó, realizado em
setembro de 2011. Os autores que compõem os capítulos da obra são
professores oriundos de diferentes países. Os textos procuram lançar
diferentes olhares acerca das relações entre ética e ciência na educação
superior, na perspectiva de provocar a interrogação sobre "para quê" e "para
quem" a universidade produz (e reproduz) conhecimento, ampliando a
compreensão sobre "nós mesmos" e sobre aquilo que fazemos. Da mesma
forma, se propõe a reconhecer e enfrentar os porquês pelos quais a própria
universidade se justifica em um mundo globalizado, pautado por uma agenda neoliberal, em meio a
tempos de apressamento, atarefamento e (aparente) barateamento da capacidade intelectual docente no
âmbito da educação superior em diferentes campos do conhecimento, entre eles a Educação Física.
O trabalho docente na formação inicial em Educação Física: reflexões epistemológicas
Ricardo Rezer
Porto Alegre: Orquestra, 2013, 351 p.
O trabalho docente na educação superior é um contexto com necessidades e
características próprias, com procedimentos específicos e, portanto, ainda
com insuficiência de produção teórica, tanto de cunho epistemológico, como
didático-pedagógico, especialmente no campo da Educação Física. Pensar
em um novo paradigma para o trabalho docente neste âmbito pode promover
significativos desdobramentos para processos de intervenção em outros
âmbitos, independentemente do campo de atuação dos egressos. Embora não
se trate de relação causa/efeito, refletir, discutir e tencionar a prática
pedagógica nos contextos de intervenção do egresso passa, por exemplo, por
pensarmos nas tensões presentes também no contexto da educação superior. Assim, esta obra se insere,
com os riscos que tal empreitada exige, no movimento de pensar o trabalho docente na educação superior,
tomando como referência o campo da Educação Física brasileira.
Jogos e brincadeiras: ações lúdicas nas escolas, ruas, festas, parques e em família
Tiago Aquino da Costa e Silva e Alipio Rodrigues Pines Junior
São Paulo: All Print, 2013, 136 p.
O livro tem por objetivo despertar, estimular e disseminar a importância do
brincar e do jogar na vida das pessoas – de crianças a idosos. Pensar na infância
traz saudade de um tempo que não volta mais. De um tempo em que os jogos e
as brincadeiras estavam presentes em diversos momentos e lugares, como nas
ruas, praças e escolas. É por meio dos jogos e das brincadeiras que as pessoas
ampliam seus conhecimentos sobre si, os outros e o mundo que está ao seu
redor, desenvolvem as múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos,
descobrem e agem com as regras, assumem papel de líderes e se socializam,
preparando-se para um mundo socializado e interativo.
Prosas e versos em Educação Física
José Ricardo da Silva Ramos e Roberta Jardim Coube (Organizadores)
Niterói: Muiraquitã, 2013, 70 p.
O modo de escrever algo referente ao saber corpóreo é plural, apesar da
Educação Física tomar conta de uma área literária de características mais
técnicas. Ela, no entanto, não deixa de ser híbrida. Dessa forma, em um
contexto mais folclórico que a Educação Física pode construir "identidades",
valores, crenças, modos de ser, pensar e agir de um grupo social. Pois, afinal
de contas, a Educação Física também produz metáforas, brincadeiras, rituais,
contos, "causos" e narrativas. É justamente essa perspectiva folclórica que
acaba por priorizar a Educação Física como uma fonte de humor, sátiras e
narrativas populares. Eis aqui a produção da ginástica, do marombeiro, do
personal, do aluno, do esporte no cerne dos textos deste livro.
Democratizando o ensino da ginástica: estudos e exemplos de sua implantação em diferentes contextos
sociais
Eliana de Toledo e Paula Cristina da Costa Silva (Organizadoras)
Jundiaí: Fontoura, 2013, 224 p.
Essa obra surgiu da necessidade presente no campo de formação inicial e
continuada em Educação Física de compartilhamento de experiências relacionadas
ao ensino-aprendizado da Ginástica em diferentes ambientes educacionais. Com o
objetivo de atender essa demanda buscamos sistematizar essas experiências abarcando aquelas
relacionadas à sua iniciação, seu ensino no ambiente virtual, sua abordagem no campo da inclusão e no
terceiro setor. Contando com a participação de diversos autores o livro apresenta uma coletânea de
experiências de sucesso que vem sendo desenvolvidas e de trabalhos científicos que tratam de questões
sobre o ensino da Ginástica, no sentido de democratiza-la! Traz relatos de experiências bem sucedidas e
devidamente respaldadas teoricamente, e que geraram ótimos resultados no que se refere ao ensino das
modalidades gímnicas, ao seu impacto social, à formação humana, colaborando para uma transformação
do indivíduo e da sociedade. Portanto, são experiências, reflexões e estudos que podem inspirar
professores e alunos em novas ações nesse campo, em diferentes contextos.
Formação continuada e politização docente: escola e universidade na luta pela educação no Maciço do
Morro da Cruz - Florianópolis
Luciana Pedrosa Marcassa, Fábio Machado Pinto e Jéferson Silveira Dantas (Organizadores)
Florianópolis: Insular, 2013, 296 p.
A formação continuada de professores e a politização docente são as questões
vivenciadas e apresentadas pelos autores deste livro. Trata-se de um conjunto de
registros, análises e reflexões críticas sobre as experiências políticas e pedagógicas
das escolas associadas à Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da
Cruz, em Florianópolis. São problemas, possibilidades e desafios na luta em defesa
das escolas públicas gratuitas e da qualidade da educação para crianças e jovens
empobrecidos que nelas estudam. Ações e alternativas pedagógicas -
protagonizadas pelos professores que atuam nos morros da capital catarinense em péssimas condições de
trabalho - compartilhadas entre universidade, movimentos sociais, poderes públicos e as próprias escolas,
pela manutenção, recriação e qualificação da educação pública brasileira, são então descritas e
sistematizadas neste livro.
Educação física, corporeidade e saúde
Manuel Pacheco Neto (Organizador)
Dourados: UFGD, 2012, 223 p.
Alicerçada em três eixos temáticos de grande relevância para a compreensão acerca do
ser humano em movimento - a saber: a Educação Física, a corporeidade e a saúde -,
esta obra abarca uma significativa pluralidade de enfoques, transitando pelas teorias
produzidas nas áreas da Educação e da Educação Física, pela formação profissional,
pela análise crítica da docência nas quadras, pelos jogos e brincadeiras, pelo lazer,
pelas atividades físicas entre não videntes, pela fisiologia do exercício e pelas lógicas médica e
educacional nas aulas práticas e teóricas. São dez capítulos escritos por catorze pesquisadores, ensejando
reflexões oportunas a estudantes e professores de Educação Física, bem como a todos os leitores
interessados em aprimorar seus conhecimentos sobre os temas abordados, tão importantes em nosso
tempo, quando observa-se, facilmente, uma conscientização cada vez mais crescente acerca da
necessidade das práticas corporais para o alcance da plenitude humana.
A prática pedagógica do balé clássico na educação infantil
Ana Aparecida Almeida de Souza
Jundiaí: Fontoura, 2012, 152 p.
O balé clássico, uma das mais nobres artes, está crescendo progressivamente nos
clubes, nos estúdios de dança, nas academias e principalmente nas escolas.
Atualmente, há uma grande procura por esta arte acentuadamente pelas mães, como
meio de realização do sonho de ter uma filha bailarina e/ou pelos benefícios que o
balé oferece. Este livro nasce de uma intensa historia de vida, de uma menina, hoje
mulher, que viveu/vive a dança como brincadeira, estudo, formação e profissão.
Ele nos apresenta como é possível ensinar dança para crianças, mas
especificamente como ensinar o balé clássico na infância, o qual, junto a outras
poucas produções, nos apresenta uma síntese sobre a educação infantil, a historia da dança e a expressão
do balé clássico acadêmico, elucidando experiências sobre o seu ensino, com imagens de aulas práticas e
teóricas, e a prática pedagógica do balé clássico na educação infantil.
Arte magia e malandragem: o imaginário cantado nas rodas de capoeira
Jorge Felipe Columá
Niterói: Nitpress, 2012, 160 p.
Nesta obra, o autor procura mostrar que é preciso pensar a malandragem,
entender a capoeira como uma aproximação entre pessoas e ao mesmo tempo
como uma luta perigosíssima. Na ginga com o outro, é o capoeira 'jogando
com', confraternizando com seus confrades, porém, sabendo que a qualquer
momento pode ocorrer o 'jogo contra'. Quando isso acontece a capoeira retrata
as adversidades vividas historicamente pelo capoeira. O autor mergulha no
imaginário cantado das rodas de capoeira, desvelando o processo de
institucionalização da modalidade, a partir de um estudo sobre as cantigas de
Mestre Suassuna.
Teorias pedagógicas da educação física e o uso de tecnologia de informação e comunicação
Marta Genú Soares et al
São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 2013, 35 minutos.
O DVD trata das teorias pedagógicas da Educação Física. Aborda as propostas
de ensino sistematizadas a partir da década de 1980, período que demarca
transformações expressivas no cenário político e, também, na Educação Física.
É parte do Projeto Uso de Tecnologias de Informação e Comunicação e
efetivação das atividades complementares na Formação de Professores de
Educação Física pelo PARFOR/PA, financiado pela Fundação Carlos Chagas
em ação da Secretaria de Estado de Educação do Estado do Pará.
Atos de coragem: ser tutor EaD
Fernanda Paiva e Tarcísio Mauro Vago (Organizadores)
Vitória: UFES, 2012, 32 minutos.
O DVD documenta parte do processo de formação de tutores do
curso de Licenciatura em Educação Física, modalidade a
distância, do CEFD/UFES, oferecido no âmbito do Programa Pró-
Licenciatura oferecendo ao público um vídeo (documentário), um
fascículo com as narrativas de tutoras sobre a sua relação com a
EaD e o Programa, e uma galeria de imagens. O documentário
também está disponível em http://sertutor.ldiufes.org/?p=1
Coleção dos fascículos do Curso de Licenciatura em Educação Física Pró-Licenciatura do
CEFD/UFES
Professores do CEFD/UFES e colaboradores
Vitória: UFES, 2008 a 2013.
A coleção é composta por fascículos que serviram de texto base para o curso de Licenciatura em
Educação Física, modalidade à distância, do CEFD/UFES, oferecido no âmbito do Programa Pró-
Licenciatura.
O bumba-meu-boi como fenômeno estético: corpo, estética e educação
Raimundo Nonato Assunção Viana
São Luís: EDUFMA, 2013, 205 p.
O autor propõe articular discussão entre os conceitos de corpo, estética e
educação, situando-os no cenário das danças tradicionais especificamente no
bumba-meu-boi do Maranhão. Parte da proposição de que o bumba-meu-boi
maranhense, assim como, outros folguedos tradicionais, reúnem elementos
constitutivos que configuram uma linguagem estética e essa linguagem,
expressa pelos corpos que a cultivam, também se constitui enquanto expressão
educativa nas formas de ser e de viver em sociedade, no espaço e no tempo,
criando e recriando estruturas, modos de ser e de fazer dos sujeitos sociais.
Afirma que no universo do bumba-meu-boi, através do canto, da dança, das ações organizativas; entre
outros aspectos estabelecem-se diferentes estratégias de leitura do mundo; movimentando-se,
reorganizando-se, informando-se sobre o ambiente e informando-se sobre si mesmo.
Cuerpo y educación física: perspectivas latinoamericanas para pensar la educación de los cuerpos
Eduardo Lautaro Galak y Valeria Varea (Editores)
Buenos Aires: Biblos, 2013, 150 p.
Esta obra, que se compone de doce capítulos escritos por académicos
argentinos, uruguayos, brasileros y colombianos reconocidos
internacionalmente, está dividida en tres grandes secciones: una primera, en la
que reunimos trabajos que tengan por motivación reflexionar sobre procesos
históricos para comprender las relaciones actuales entre sociedad, educación y
cuerpos y así proyectar prácticas innovadoras; una segunda que está dedicada a
los escritos cuyo principal interés está centrado en desentrañar el intrincado
vínculo entre Educación Física y cuerpo mediante recursos epistemo-
metodológicos claros y bien definidos; en tanto que, por último, la tercera
sección está destinada a agrupar aquellos textos que se ocupan de esbozar las potencialidades de
bosquejar nuevos rumbos por donde transitar las problemáticas que encierra el eje cuerpo-Educación
Física.
Educação Física: enfoques contemporâneos
Alexandre Paulo Loro, Marina Vinha e Carlo Henrique Golin (Organizadores)
Dourados: UFGD, 2013, 180 p.
O livro apresenta estudos realizados por seis cientistas que atuam nas instituições
de ensino superior no Mato Grosso do Sul e sete convidados de outras
instituições. As temáticas apresentadas nos artigos reportam às tensões
contemporâneas oriundas da diversidade, dos múltiplos contornos e das
conquistas científicas da Educação Física no Brasil. São nove artigos que
problematizam, apontam caminhos, assumem incertezas e desconstroem os
meandros de contextos regionais e o nacional, atualmente sob as vertentes
globalizantes que adentram nossas expectativas de vida diferenciadas,
conquistadas pela constituição brasileira.
Memórias de Cibele: caminhos trilhados, experiências corporais e identidade docente
Carolina Chagas Kondratiuk e Marcos Garcia Neira
São Paulo: Phorte, 2013, 184 p.
A narrativa de Cibele Lucas de Faria oferece contribuições para a reflexão sobre o
papel do corpo das crianças e do professor na educação da infância. As memórias
entrecruzam o individual e o coletivo, pois foram tecidas com base no substrato
produzido em instâncias sociais como a família, a escola, a cidade e o ambiente
profissional, e permeadas pela subjetividade. A vida dessa professora é, antes de
tudo, um estímulo para que o corpo dos alunos deixe de ser tratado como território
de dominação e um convite para que o corpo do professor possa reviver sua própria
história.
Mulheres e novelos: desentrelaçando a endometriose e a maternidade
Tatiana Passos Zylberberg (Organizadora)
Fortaleza: Edição do autor, 2013, 180 p.
A primeira parte do livro é composta de textos autobiográficos, que buscam identificar e desentrelaçar
vários aspectos da endometriose e da maternidade. Crônicas minhas e de outras tantas mulheres de idades
e realidades diversas. A segunda parte traz uma história que rompe os estigmas da idade para a
maternidade. Detalhadamente descrita, a experiência do casal sexagenário ilustra que um
encaminhamento cuidadoso e multidisciplinar pode ter êxito num tratamento de inseminação. Outra
história, também presente nestas páginas, descreve de forma madura e reflexiva, a escolha pela adoção. A
terceira parte apresenta a contribuição de especialistas para compreendermos de forma mais sensível e
criteriosa a saúde feminina. Contribuições do Direito, da Nutrição funcional, do exercício físico
sistemático e uma pesquisa fenomenológica sobre o corpo gestante. Na quarta parte apresento pequenos
textos que pontuam aspectos centrais de reflexão sobre a importância de desentrelaçarmos a endometriose
e a maternidade. Afinal, persistem questões graves ainda não respondidas pela ciência, que colocam as
mulheres num permanente desafio.
O corpo na pedagogia Freinet
Maria Aparecida Dias
São Paulo: Livraria da Física, 2013, 148 p.
Este livro estabelece um diálogo sobre os estudos do corpo na educação. Toma
com base os escritos e pesquisas do educador francês Celétin Freinet (1896-
1966) para pensar a aprendizagem integral do sujeito. Sugere um modelo de
educação que considere o corpo, o movimento corpóreo e a experiência
sensório-motor como um processo integral pautado na diversidade, nas
descobertas individuais e em grupo, na afetividade. O diálogo proposto tem
por finalidade provocar reflexões, novas atitudes e reencantamentos no
processo de aprender e ensinar, não somente na escola, mas na vida. Trata-se
de uma viagem corporal que valoriza a corporeidade vivenciada pela criança
por meio de descobertas e do movimento.
Pastoril: uma educação celebrada no corpo e no riso
Marcilio de Souza Vieira
Jundiaí: Paco, 2012, 184 p.
Por meio do Pastoril desvenda-se uma Educação celebrada no corpo e no riso,
visível por meio das cançonetas e da gestualidade licenciosa dos brincantes desse
folguedo. Para tal, apoiamo-nos na fenomenologia de Merleau-Ponty, na tradição
e transmissão da oralidade como é concebida por Paul Zumthor, bem como na
fenomenologia da memória dos brincantes e nos estudos da história cultural e da
filosofia do corpo. A pesquisa objetiva discutir o corpo e o riso como
aprendizagem da cultura, bem como realizar a produção de uma cartografia dos
pastoris potiguar, no sentido de discutir os elementos da gestualidade licenciosa
pelo olhar e das cançonetas pelo ouvir. Conforme ficou evidenciado nesse estudo, buscou-se dimensionar
o alcance de uma reflexão centrada no corpo e no riso através da escuta das cançonetas do Pastoril e da
visão através dos gestos licenciosos; uma reflexão centrada no corpo do brincante de Pastoril.