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CLIPPING 21 de outubro de 2019
DIA NACIONAL DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5
Zoneamento ecológico-econômico de SP deve ser concluído até julho de 2020 ...................................... 5
Defesa Civil do Estado realiza oficinas preparatórias para temporada de chuvas .................................... 7
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E IO AMBIENTE ........................................................................... 8
Governo de SP regulamenta lei que proíb e canudos plásticos no Estado .............................................. 8
Canudos plásticos proibidos em São Paulo ....................................................................................... 9
Contexto paulista - São Paulo ficará sem canudos plásticos no início de 2020 ..................................... 10
Guerra dos canudos ..................................................................................................................... 11
Fiscalização ficará a cargo do Procon; penalidades podem chegar a multas que ultrapassam R$ 5 mil .... 13
Procon-SP sera responsável pela fiscalização de lei dos canudinhos ................................................... 14
Palavra do leitor .......................................................................................................................... 15
Caconde proíbe entrada de banhistas em represa por suspeita de contaminação ................................. 16
Coluna do Diário – Licença ambiental ............................................................................................. 18
A São Carlos Ambiental comprovadamente é referência e tratamento de resíduos ............................... 19
Moradores encontram peixes mortos dentro de lago em condomínio de Sorocaba ................................ 20
Trânsito: Buraco sendo aberto na Avenida Morumbi. Milton Jung pede ação urgente da CET e Prefeitura 21
Coden inicia elaboração de planos de segurança das quatro barragens ............................................... 22
Autoridades buscam liberação de recurso para construção de ETE em Rio das Pedras .......................... 24
Justiça manda Senac demolir construções feitas em área de preservação em Campos do Jordão ........... 25
Programa Via Rápida Empresa está migrando para a REDE SIM ........................................................ 27
Seminário discute a economia da RMRP ......................................................................................... 28
Abrafiltros entrega Relatórios Anuais aos governos estaduais com resultados do programa Descarte Consciente em 2018 .................................................................................................................... 30
Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados pelo morador de Santo André ................................................................................................................................................. 32
Cerca de 1.300 ex-funcionários da Ajax seguem sem receber seus direitos POR EMERSON LUIZ ON 18 DE
OUTUBRO DE 2019 ...................................................................................................................... 34
Cavernas são para as crianças ...................................................................................................... 35
Poupatempo das prefeituras' é licitado ........................................................................................... 36
São Paulo ficará sem canudos plásticos no início de 2020 ................................................................. 37
Cetesb é acionado após vazamento de 5 mil litros de combustível provocado por acidente entre ônibus e
caminhão ................................................................................................................................... 39
Mancha escura aparece na praia do Guarujá ................................................................................... 40
Avenida do Aeroporto ganha novo projeto ...................................................................................... 41
Entrada de Santos passa por serviço de descontaminação de solo ..................................................... 42
Caixa d'água é um símbolo ........................................................................................................... 44
Mais de 14mil toneladas de lixoforam retiradas da rede de esgoto ..................................................... 45
Defesa Civil realiza desafio de salvamentos em diversos cenários ...................................................... 46
Relatório da Sabesp aponta melhorias no saneamento e na qualidade da água ................................... 47
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Grupo de Comunicação
Sabesp substitui quase dois quilômetros de redes de água e esgoto no Jardim Santa Maria .................. 48
Níveis de poluição na represa Billings estão muito acima do que a lei permite ..................................... 49
Aumentam queixas contra serviços essenciais ................................................................................. 50
Agora é lei: proibido canudo plástico .............................................................................................. 51
Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas .................................................... 52
São Paulo: Operadoras de ônibus conhecem ferramenta para transporte limpo ................................... 53
Dívidas da Codemar crescem 57% e contas de 2017 são rejeitadas ................................................... 54
Avanço do setor sucroenergético e normatização do setor foram temas da AEARP ............................... 55
Avenida do Aeroporto ganha novo projeto ...................................................................................... 56
Média da qualidade da água do rio Paraíba é boa, aponta Cetesb ...................................................... 57
Colisão deixa 13 pessoas feridas ................................................................................................... 58
Afan retoma atividades ................................................................................................................ 59
Os Repórteres do Rio Pinheiros ..................................................................................................... 61
Moradores reclamam de vazamento em Santo André ....................................................................... 62
Reclamações contra empresas que prestam serviços essenciais dispararam este ano ........................... 63
Cantareira registra nova queda e opera com 43,5% da capacidade do reservatório neste domingo ........ 64
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 65
E se manchas de petróleo nas praias do Nordeste fossem um aviso dos deuses? ................................. 65
Vice de Doria diz que túnel entre Santos e Guarujá não sairá do papel ............................................... 67
O que muda no Cadastro Ambiental Rural após a extinção do prazo final ............................................ 68
Pré-sal paulista exigirá gasodutos.................................................................................................. 69
Leilões vão gerar R$ 22,4 bi em investimentos ................................................................................ 70
Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão ajudar a reduzir
gastos recorrentes das instituições de saúde ................................................................................... 73
Em entrevista, Ricardo Salles explica como funciona o Plano Nacional de Contingencia para acidentes com óleo ........................................................................................................................................... 75
Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento ................................................................... 76
Resposta às mudanças climáticas pode vir das cidades, diz líder da ONU ............................................ 78
E se manchas de petróleo nas praias do Nordeste fossem um aviso dos deuses? ................................. 80
O que muda no Cadastro Ambiental Rural após a extinção do prazo final ............................................ 82
Palmeiras plantadas por Burle Marx há meio século finalmente dão flores no Rio ................................. 83
Brasileiros criam código para impedir tratores e outras máquinas de funcionarem em áreas protegidas . 84
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 86
O QUE A FOLHA PENSA: Derrame de inépcia .................................................................................. 88
O QUE A FOLHA PENSA: Nova infraestrutura ................................................................................... 89
Soberania, Amazônia e aquecimento global .................................................................................... 90
Tasso deve retirar fim de isenção a filantrópicas de PEC paralela da Previdência ................................. 91
Doria turbina imagem pública com inaugurações privadas e anúncios duplicados................................. 93
Painel S.A.: Levantamento aponta 298 obras de mobilidade paradas ou atrasadas em SP .................... 96
Técnica usada em desastre aéreo ajuda na busca por origem do óleo que atinge o Nordeste ................ 98
Foto premiada registra momento único entre raposa e marmota nas montanhas do Tibet ................... 100
Mônica Bergamo: STF teve aumento de 25% no número de visitantes em 2019 ................................. 101
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Grupo de Comunicação
Novas normas tarifárias podem afogar mercado de energia solar ..................................................... 103
Quase um terço das espécies de bichos e plantas é substituído a cada década ................................... 104
Alckmin é 'lançado' candidato a governador em 2022 e cria saia-justa a Doria ................................... 106
Governo Bolsonaro extinguiu comitês do plano de ação de incidentes com óleo .................................. 108
Opinião: O planeta reclama com muitas dores ............................................................................... 111
Governo Doria quer terceirizar merenda das escolas em São Paulo ................................................... 113
ESTADÃO .................................................................................................................................. 116
O futuro das energias renováveis no Brasil .................................................................................... 116
Quinze das 25 empresas estaduais de saneamento aumentaram a conta de água acima da inflação ..... 118
Governo quer direcionar repasses para saneamento a locais que sigam diretrizes de agência............... 120
Eletrobrás preparada para a privatização ....................................................................................... 122
Turismo em São Paulo ................................................................................................................ 123
Ministérios ensaiam aproximação por crise da Amazônia ................................................................. 125
‘Temos de nos preocupar menos com boicote e mais com a imagem’, diz Ricardo Salles ..................... 126
Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento .................................................................. 128
Governo Federal anuncia novas regras para importação de etanol sem tarifa ..................................... 130
De ciclovia em ciclovia, Paris se transforma ................................................................................... 131
Em busca de energia limpa no furacão do aquecimento global ......................................................... 133
Geração distribuída e tributação ................................................................................................... 135
Agricultura sem Amazônia ........................................................................................................... 137
Conheça os diferentes tipos de câncer de mama ............................................................................ 139
VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 142
Estaduais do setor elétrico atraem grupos do exterior ..................................................................... 142
Novo pacote de elétricas atrai estrangeiros .................................................................................... 143
Governo sugere pacote legislativo para fortalecer novo mercado do gás ............................................ 145
Leilão surpreende e contrata R$ 11 bilhões em investimentos .......................................................... 147
Abiquim pede a Guedes que preço do gás caia rápido ..................................................................... 148
Concessões animam madeireiras .................................................................................................. 149
Leis incentivam adoção da prática pelo poder público ...................................................................... 151
A receita para melhorar a saúde de uma companhia ....................................................................... 153
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Governo de SP
Data: 19/10/2019
Zoneamento ecológico-econômico de SP
deve ser concluído até julho de 2020
Comissão que reúne 12 secretarias de Estado
foi criada para implantação de plataforma
inovadora de planejamento territorial
Nesta terça-feira (15), o Governador João
Doria e o Secretário de Estado de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, assinaram o decreto que cria a
Comissão Estadual de Zoneamento Ecológico-
Econômico de São Paulo (CEZEE-SP).
O grupo coordenará implantação da Rede ZEE,
um instrumento de planejamento territorial
inovador que englobará em uma única
plataforma o mapeamento hídrico, climático e
de biodiversidade de todo o Estado. Essa
ferramenta de desenvolvimento multissetorial
deve ser disponibilizada até o fim do 1º
semestre de 2020.
A CEZEE-SP é uma comissão permanente e
deliberativa, que reúne 12 pastas de
rebatimento territorial: Secretaria de Governo,
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Secretaria de Desenvolvimento
Regional, Secretaria da Justiça, Secretaria de
Agricultura e Abastecimento, Secretaria de
Logística e Transportes, Secretaria de
Transportes Metropolitanos, Secretaria da
Habitação, Secretaria da Saúde, Secretaria de
Turismo, Casa Militar e Defesa Civil.
Governança
O grupo representa a governança que
oferecerá subsídios técnicos para as políticas
setoriais, além de acompanhar a implantação
do Zoneamento Ecológico-Econômico de
maneira integrada.
Após quase dez anos da lei estadual de
mudanças climáticas, que insere o
zoneamento ambiental no Estado como
instrumento básico e referencial para o
planejamento e gestão territorial, a medida
tomada pelo Governo do Estado consiste em
um salto de gestão dos processos para que
São Paulo possa atingir seus objetivos de
desenvolvimento.
A criação da comissão multissetorial fortalece
ainda mais o trabalho. A Rede ZEE será uma
ferramenta estratégica importante para o
planejamento de territórios. A plataforma
tecnológica está pronta e concentrará
informações uniformes de todos os setores
para diagnósticos de investimentos e agilidade
nos processos de licenciamento ambiental.
Esse processo é coordenado pela
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente e conta com a participação
popular, de setores econômicos, ONGs e
universidades que estão presentem em mesas
de debates bilaterais para o fortalecimento das
políticas públicas e territoriais.
Diretrizes
A elaboração do ZEE-SP é guiada por cinco
diretrizes estratégicas que sintetizam as
principais demandas e desafios ambientais e
socioeconômicos enfrentados pelo Estado:
resiliência às mudanças climáticas, segurança
hídrica, salvaguarda da biodiversidade,
6
Grupo de Comunicação
redução das desigualdades regionais e
economia competitiva e sustentável.
Com uma base de dados completa e
integrada, será possível identificar a
potencialidade e a vocação de um território
aliada ao desenvolvimento econômico, social e
ambiental das cidades e regiões do Estado,
gerando qualidade de vida e bem-estar à
população.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/zoneamento-ecologico-economico-de-
sp-deve-ser-concluido-ate-julho-de-2020/
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7
Grupo de Comunicação
Veículo: Governo SP
Data: 19/10/2019
Defesa Civil do Estado realiza oficinas
preparatórias para temporada de chuvas
Até o dia 29 de novembro, serão promovidos
oito treinamentos envolvendo profissionais de
diversas regiões de São Paulo
Nesta quinta-feira (17), a Coordenadoria
Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC)
iniciou a série de Oficinas Preparatórias para
Operação Chuvas de Verão 2019. Até 29 de
novembro, serão promovidos oito
treinamentos envolvendo as regiões de São
José dos Campos e Litoral Norte, Registro,
Região Metropolitana de São Paulo, Sorocaba,
Itapeva, Campinas e Santos.
O município de Campos do Jordão recebeu o
primeiro treinamento, que seguiu até sexta-
feira (18). Os interessados podem saber mais
informações sobre o cronograma de atividades
e as inscrições pela internet.
A iniciativa busca reduzir danos materiais e,
principalmente, preservar vidas, durante o
período chuvoso. A CEPDEC realiza, nos meses
que antecedem essa temporada, treinamentos
para capacitação e especialização dos agentes
municipais que operam os Planos Preventivos
de Defesa Civil (PPDC), levando conhecimento
fundamental a respeito de práticas
operacionais preventivas para minimizar os
efeitos de eventos como deslizamento de terra
e inundações.
Estão programadas palestras da Defesa Civil
Estadual, Secretaria de Desenvolvimento
Social do Estado, Somar Meteorologia, Cruz
Vermelha de São Paulo e também dos
Instituto Geológico (IG) e Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), abordando
temas pertinentes ao período de chuvas,
incluindo um modelo de vistoria técnica.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-
noticias/defesa-civil-do-estado-realiza-
oficinas-preparatorias-para-temporada-de-
chuvas/
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8
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
IO AMBIENTE Veículo: A Cidade Votuporanga
Data: 19/10/2019
Governo de SP regulamenta lei que proíb e canudos plásticos no Estado
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32605130&e=577
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9
Grupo de Comunicação
Veículo: Costa Norte
Data: 19/10/2019
Canudos plásticos proibidos em São
Paulo
http://cloud.boxnet.com.br/y4ff354n
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10
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha da Região Araçatuba Diário
Data: 20/10/2019
Contexto paulista - São Paulo ficará sem
canudos plásticos no início de 2020
Agora, não tem volta. O governador João
Doria, o secretário de Estado de fraestrutura e
Meio Ambiente, Marcos Penido, eo presidente
da Fundação de Proteção e Defesa do
Consumidor (Procon-SP), Fernando Capez,
assinaram em conjunto o decreto que proíbe o
fornecimento de canudos confeccionados em
material plástico no Estado de São Paulo. A
medida é regulamentada pela Lei n° 17.110,
de 12 de julho de 2019, e foi publicada
quarta-feira no Diário Oficial do Estado.
Entrará em vigor em 120 dias.
0 QUE DIZ A LEI A lei veda a distribuição
de canudos de plásticos em estabelecimentos
comerciais como hotéis, bares, restaurantes,
padarias e clubes, entre outros, além de
orientar para a utilização desse objeto
confeccionado em papel reciclado, material
comestível ou biodegradável.
MEIO AMBIENTE PRESERVADO Segundo o
Procon, as multas poderão variar de R$
530,60 aR$ 5.306,00 (no caso de
reincidências). “O objetivo dessa lei não visa
meramente à punição, mas sim sensibilizar as
pessoas sobre a responsabilidade de cada um
no cuidado com o meio ambiente”, diz Penido.
Os canudos plásticos estão provocando
enormes danos à fauna marinha ea colocação,
nas praias e nos estabelecimentos, de lixos
inorgânicos, incapazes de serem absorvidos
organicamente, segundo Capez.
http://cloud.boxnet.com.br/y2x255ad
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11
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia Americana
Data: 20/10/2019
Guerra dos canudos
http://cloud.boxnet.com.br/yygcsdyu
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12
Grupo de Comunicação
Veículo: Bragança Jornal Diário
Data: 19/10/2019
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13
Grupo de Comunicação
Veículo: Bragança Jornal Diário
Data: 19/10/2019
Fiscalização ficará a cargo do Procon; penalidades podem chegar a multas que ultrapassam R$ 5 mil
O governador João Doria, o secretário de
Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente,
Marcos Penido e o presidente da Fundação de
Proteção e Defesa do Consumidor (Procon),
Fernando Capez, assinaram nesta semana o
decreto que regulamenta a Lei n°17.110, de
12 de julho, que proíbe o fornecimento de
canudos confeccionados em material plástico
no Estado de São Paulo.
O decreto prevê o Procon como órgão
responsável pela fiscalização e autuação dos
estabelecimentos comerciais. As multas
podem variar de R$ 530,60 a R$ 5.306,00 no
caso de reincidências. A lei veda a distribuição
de canudos de plásticos em estabelecimentos
comerciais como hotéis, bares, restaurantes,
padarias, clubes, entre outros, além de
orientar para a utilização desse objeto
confeccionado em papel reciclado, material
comestível ou biodegradável.
Na primeira autuação, a multa será de 20
Unidades Fiscais do Estado do São Paulo
(UFESPs), R$ 530,60; a cada reincidência o
valor será dobrado podendo alcançar 200
UFESPs (R$ 5.306,00).
O valor arrecadado das multas, 50% será
destinado ao Fundo Estadual de Prevenção e
Controle da Poluição (FECOP) e a outra
metade ao Procon, para aplicação em
programas de educação, prevenção e
fiscalização relacionados ao consumo
sustentável.
Caberá à Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente (SIMA) em parceria com o Procon
implementar programas de educação
ambiental para orientar consumidores e
fornecedores.
BRAGANÇA PAULISTA?
No final do mês de maio, a Câmara Municipal
de Bragança Paulista aprovou um projeto de
lei semelhante, de autoria dos vereadores
Marcus Valle e Rita Leme. A norma (lei 4.680),
foi sancionada pelo prefeito Jesus Chedid em
31 de maio.
No entanto, há um conflito entre os dois
dispositivos. A lei municipal deu prazo de 120
dias para entrar em vigor, ou seja, começaria
a valer neste mês. Contudo, como a lei
estadual está em vigor na data de sua
publicação (12 de julho de 2019), a norma
municipal perde efeito.
Quando a lei estadual foi sancionada, o
Bragança-Jornal questionou o departamento
jurídico da Câmara sobre o assunto.
'A lei municipal é revogada pela lei estadual
pelo princípio da ordem constitucional, por ser
uma norma superior à municipal. A lei
estadual tem eficácia nos 645 municipais
paulistas', explicou o diretor jurídico da
Câmara, Romeu Pinori Taffuri Júnior.
http://bjd.com.br/v2/cotidiano/governo-
regulamenta-lei-que-proibe-canudos-plasticos-
no-estado/
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14
Grupo de Comunicação
Veículo: DHoje Interior
Data: 19/10/2019
Procon-SP sera responsável pela fiscalização de lei dos canudinhos
http://cloud.boxnet.com.br/y6mxop9f
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15
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Grande ABC
Data: 19/10/2019
Palavra do leitor
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32602378&e=577
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Veículo2: Gazeta do rio Pardo
Veículo3: Plantão Diário
Veículo4: EPTV
Data: 19/10/2019
Caconde proíbe entrada de banhistas em represa por suspeita de
contaminação
Prefeitura publicou nota destacando a
preocupação com a saúde da população e
turistas.
A Prefeitura de Caconde (SP) proibiu a entrada
de banhistas na represa Graminha, que está
interditada por suspeita de contaminação.
Segundo o município, desde quarta-feira (16),
as águas estão esverdeadas e, em alguns
pontos, com mau cheiro, podendo oferecer
perigo à saúde pública.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa
da Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo (Cetesb) informou que a represa
é gerenciada pela empresa de energia AES
Tietê e que as licenças ambientais foram
concedidas por órgãos federais.
Em nota, a AES Tietê informou que a
coloração da água está relacionada à
proliferação exacerbada de algas por causa de
poluição, mas que não tem poder de
fiscalização nesses casos (veja abaixo o
posicionamento da empresa na íntegra ).
Situação 'trágica'
Em nota publicada nas redes sociais do
município, a prefeitura informou que a água se
transformou em “um tipo de cola verde e
fétida” e se referiu à situação como “trágica”.
De acordo com a prefeitura, os banhistas
estão proibidos de acessar a região conhecida
como prainha até a altura do bambuzal.
Disse ainda que a situação é questão de saúde
pública e a determinação é uma prevenção até
que tenham um resultado da análise da água.
Segundo a nota, os piscicultores, produtores
rurais, empresários às margens da represa,
pescadores, turistas, e os animais que vivem
no local foram prejudicados.
A situação, segundo a prefeitura, já foi
informada a todos os órgãos responsáveis.
Veja a posição da AES Tietê na íntegra:
A AES Tietê informa que a proliferação
exacerbada de algas na represa Graminha
acontece, principalmente, devido a poluição
difusa e/ou pontual, como por exemplo o
despejo de efluentes não tratados de origem
municipal urbano, industrial e agrícola.
A AES Tietê, como geradora de energia
elétrica, reconhece o seu papel como uma das
usuárias do recurso hídrico, atende todas as
condicionantes estabelecidas pelo órgão
ambiental para desenvolvimento de suas
atividades e entende que a busca pela
preservação dos recursos hídricos é de
extrema importância. A companhia possui
diversos programas ambientais, no entanto,
não possui poder de polícia sobre as fontes de
poluição do Rio Pardo.
https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-
regiao/noticia/2019/10/18/caconde-proibe-
entrada-de-banhistas-em-represa-por-
suspeita-de-contaminacao.ghtml
https://gazetadoriopardo.com.br/regionais/cac
onde-proibe-entrada-de-banhistas-em-
represa-por-suspeita-de-
contaminacao/?utm_source=rss&utm_medium
17
Grupo de Comunicação
=rss&utm_campaign=caconde-proibe-
entrada-de-banhistas-em-represa-por-
suspeita-de-contaminacao
http://www.plantaodiario.com.br/portal/artigo
s/sao-paulo-sp/2019/10/18/caconde-proibe-
entrada-de-banhistas-em-represa-por-
suspeita-de-contaminacao.html
http://cloud.boxnet.com.br/y24nyxng
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário da Região
Data: 20/10/2019
Coluna do Diário – Licença ambiental
Licenga ambiental - Embora o governo federal
ainda náo tenha autorizado a renovagáo
antecipada oficialmente, ela é dada como
certa. Tanto que a Rumo, com anuencia do
Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit), já protocolou na Cetesb,
órgáo do governo estadual, pedido de licengas
a mbi entais necessári as para o contorno
ferroviario de Rio Preto.
http://cloud.boxnet.com.br/y2qwevtv
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Primeira Página
Data: 20/10/2019
A São Carlos Ambiental
comprovadamente é referência e tratamento de resíduos
http://cloud.boxnet.com.br/y3zygbxk
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 20/10/2019
Moradores encontram peixes mortos dentro de lago em condomínio de
Sorocaba
Caso também foi relatado no bairro do Éden,
em outro ponto da cidade. Ainda não se sabe
o que causou a morte dos animais.
Por G1 Sorocaba e Jundiaí
Dezenas de peixes mortos foram encontrados
no lago de um condomínio localizado na zona
leste de Sorocaba (SP), na manhã deste
domingo (20).
Segundo a vizinhança, praticamente todos os
peixes do lago, em torno de 40 a 50 quilos,
morreram. Ainda não se sabe o que causou a
morte dos animais.
De acordo com o diretor do condomínio, o lago
onde os peixes foram encontrados já tem
problemas antigos com poluição constatados
pelo laudo de uma instituição especializada,
além de assoreamento de origens
desconhecidas.
A Polícia Ambiental orientou que os moradores
procurem a Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb). O caso
também deve ser repassado para a Secretaria
do Meio Ambiente de Sorocaba.
Outro caso
Moradores do bairro do Éden reclamam do
mesmo problema no Rio Pirajibú-Mirim. De
acordo com uma moradora, há muita sujeira e
peixes mortos no local, situação que se repete
há alguns anos.
"Há três anos este rio está nesta situação em
determinadas épocas do ano. Fizemos uma
denúncia em uma unidade da Casa do
Cidadão, mas até agora nada aconteceu",
comenta Suely de Oliveira.
A Cetesb deve ser acionada esta semana pelos
moradores. O G1 solicitou um posicionamento
do órgão sobre o caso, mas até a divulgação
desta reportagem não obteve resposta.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/10/20/moradores-
encontram-peixes-mortos-dentro-de-lago-em-
condominio-de-sorocaba.ghtml
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN
Data: 21/10/2019
Trânsito: Buraco sendo aberto na Avenida Morumbi. Milton Jung pede
ação urgente da CET e Prefeitura
http://cloud.boxnet.com.br/y2v7onrj
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN
Data: 21/10/2019
Coden inicia elaboração de planos de segurança das quatro barragens
Reservatórios foram considerados como sendo
de alto e médio risco no Relatório de
Segurança de Barragens no Estado
Profissionais da Hydros Engenharia concluíram
na última quinta-feira (17/10) a inspeção em
quatro reservatórios que compõem o sistema
de captação de água de Nova Odessa. As
vistorias nas represas Recanto 1,2 e3e Lopes
2é uma ação preliminar do estudo que
resultarána elaboração dos PSBs (Planos de
Segurança de Barragem), conforme prevê a
Lei Federal n° 12.334/2010. Todos os
reservatórios foram considerados como sendo
de alto e médio risco no Relatório de
Segurança de Barragens no Estado de São
Paulo, divulgado em julho pelo Governo
Estadual.
A empresa paulistana venceu a licitação
aberta pela Coden (Companhia de
Desenvolvimento de Nova Odessa),
responsável pelos serviços de Saneamento no
município, e terá seis meses para concluir o
trabalho, orçado em R$ 210 mil.
0 diretor-presidente da Coden, Ricardo
Ongaro, eo diretor técnico da companhia, Eric
Padela, acompanharam a inspeção na represa
Recanto 1, na manhã da última quinta-feira. 0
reservatório éo maiordo Sistema Recanto e
abriga uma das duas Estações de Captação da
cidade (a outra fica no Jardim São Jorge),
levando água bruta à ETA (Estação de
Tratamento) 1, que funciona na sede da
empresa municipal,no Jardim Bela Vista.
“Nesse primeiro momento, eles conheceram
as barragens, observaram a estrutura ea
topografia. Numa análise preliminar, não
viram nenhum problema nos reservatórios. E
isso é fruto do criterioso trabalho de
acompanhamento que fazemos
constantantemente. A partir de agora, eles
vão fazer levantamentos, análises e todos os
apontamentos necessários para garantir a
segurança das represas”, explicou Ongaro.
Já o diretor técnico da Coden ressaltou a
complexidade da elaboração dos Planosde
Segurança. “Éum trabalho eminentemente
técnico e minucioso, que exige análises
multidisciplinares e estudos hidráulicos e
hidrológicos, geológicos e geotécnicos de
estabilidade”, afirmou Padela.
As inspeções nas quatro barragensforam
realizadas por quatro profissionais da empresa
- dois engenheiros civis, um geólogo e um
técnico projetista -e acompanhadas pelo
encarregado do Departamento Técnico da
Coden, Antônio de Pádua Pisoni Benincasa, eo
técnico em edificações Norberto Luiz Cordeiro.
“A contribuição do senhor Pádua foi muito
importante nesse processo. Afinal, ele
acompanhou a construção das quatro
barragens”, afirmou o engenheiro civil, chefe
da equipe e responsável técnico pelo Plano de
Segurança, Hideaki Ussami. Segundo ele, o
trabalho será desenvolvido em seis etapas,
partindo do levantamento geral de
informações das estruturas ede tudo que
existe no entorno, documentação técnica até a
elaboração do PSB (Plano de Segurança de
Barragem) e do PAE (Plano de Ação de
Emergência) de cada represa.
Após a conclusão dos trabalhos, o Plano de
Segurança de Barragem de Nova Odessa será
encaminhado para avaliação do Daee
(Departamento Estadual de Água e
Energia Elétrica), órgão responsável pela
gestão dos recursos hídricos no Estado. A
água que abastece a cidade é retiradade cinco
represas: Recanto 1,2 e3e Lopes 1e 2. Juntas,
elas têm capacidade para armazenar2,4
bilhões de litros.
RISCO
23
Grupo de Comunicação
Os laudos de estabilidade das estruturas
responsáveis pelo abastecimento da população
de Nova Odessa foram exigidos em fevereiro
deste ano pelo Daee, depois da classificação
das barragens do município. Antes do
enquadramento, as represas da cidade
passavam por inspeções periódicas feitas por
engenheiros da Coden, com acompanhamento
e fiscalização do órgão estadual.
Com a classificação de risco, as barragens
passaram a ser enquadradas na lei federal
12.334, de 20 de setembro de 2010. A lei
estabelece a PNSB (Política Nacional de
Segurança de Barragens) e cria o SNISB
(Sistema Nacional de Informações sobre
Segurança de Barragens), plataforma que
reúne informações de barragens de todo país.
http://cloud.boxnet.com.br/y5rb3r5n
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: O Regional
Data: 19/10/2019
Autoridades buscam liberação de recurso para construção de ETE em
Rio das Pedras
Uma comitivadc Rio das Pedras formada pelo
secretário dc Administração e RH. Daniel
Gonçalves, secretário dc Planejamento,
Francisco Eduardo Marrano. c pelo chefe dc
Gabinete. Lucas Carretero. participou de
evento na EsakfUSP dc Piracicaba, onde se
encontraram com o Secretário dc
Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.c
solicitaram com apoio Carlos Defâxari, a
liberação dc R$ 5 milhões a serem financiados
pelo município para a ccnstniçào dc uma
Estação dc Tratamento dc Esgoto (ETE). O
repasse viria cm forma dc financiamento junto
ao DescnvolveSP.
Dc aaiido com o projeto já elaborado pdo
DAEE, a ETE dc Rio dus Pedras terá
quatrolagoas para tratamerto dos esgotas sa
nitários, sendo duas anacrúbias (onde o
esgoto c tratado por bactérias que nào
consomem oxigênio), duas lagoas aeróbias
(onde o esgoto c tratado por
bactériasqueconsomemoxigênio)cdedesinlècçS
o; uma estação elevatória dc esgoto bruto,
linhas dc recalque c emissáriodc esgoto
tratado, com escadas hidráulicasque
favorecema oxiguiação dos efluentes.
A implantação desta ETE vai contribuir dc
maneira efetiva paraapreservaçãoda bacia
dorio Piracicabaccnia remoção 1,7 mil
quilos/diadc carga orgânica que é lançada in
natura do RibeirãoTíjjco
Preto.
“Contar com uma LIE é fundamental para
ccntiniuro afastamentodeesgotoc trata-lo da
maneira correta, longe da área urbana da
cidade Infclizmcntco municipal não dispõe de
recurso» suficientes para a construção
dcestação, por isso a necessidade do
financiamento'’, explicou o secretário dc
Administração e RH. Daniel Gonçalves,quc
estevecomo sípcrirtcndcntc do SAAEi» início du
busca porecscs recursos.
O inicio da construção da ETE ccoircu há oito
anos, com a adesão ao programa Agua Limpa
do Governo do Estado. Contudo, a obra foi
interrompida por falta dc documentação para
instalação da csttção clcvatórii. Devido ao
longo tempo sem manifestação do município.
a verba destinada voltou aos cofres do
Governo Estadual.
“No iníciodo rosso mandato. regularizamos a
documentação necessária c buscou rcctrsos
paraconcluir a obra. Porém, o programa Agua
Limpa foi extintocjuntocomelefoi averba
queRio das Pedras tinha disponível ()caminho
que encontramos foi junto ao Desenvolve Sâo
Paulo, que ira financiar a obra, orçada cm RS
7 milhões. O município entrará com RS 2
milhões, enquanto que o estado irá financiar
RS 5 milhões. A Prefeitura terá 120 meses
para pagaro financiinmto,quenãoterá a
cobrança dc jures. Mas todo esse processo
burocrático tem levado mais tempo do que
gostaríamos. Esperamos que. com a
intervenção do Vinholi. finaImente saia a
liberaçãodo financiamento”, explicou o prefeito
Carlos Defavari.
http://cloud.boxnet.com.br/y5ad2ufq
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 20/10/2019
Justiça manda Senac demolir construções feitas em área de
preservação em Campos do Jordão
Instalações listadas na decisão, que teve
origem em uma ação do Ministério Público,
são parte do estacionamento, um galpão, um
depósito de ferramentas e a caixa d’água.
Instituição informou que vai cumprir a
determinação.
A Justiça determinou que o Grande Hotel
Senac de Campos do Jordão faça a demolição
de construções feitas sobre área de
preservação ambiental. As instalações
abrangidas na decisão, que teve origem em
uma ação do Ministério Público, são parte do
estacionamento, um galpão, um depósito de
ferramentas e a caixa d’água. A instituição
informou que vai cumprir a determinação (leia
mais abaixo).
A sentença em primeira instância é de julho de
2009, mas só foi ratificada este ano, após
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF),
que julgou recurso apresentado pelo Senac
como improcedente. Assim, o processo chegou
à última instância, quando não há mais
possibilidade de recorrer.
Desde a primeira decisão foi determinada a
anulação da autorização emitida pelo
Departamento Estadual de Proteção de
Recursos Naturais (DEPRN) para que as
construções fossem feitas. A autorização foi
concedida em maio de 1998. O DEPRN foi
extinto em 2009 e as atribuições do órgão
passaram a ser de responsabilidade da
Cetesb.
A decisão ainda determina que o entulho
decorrente da demolição das construções deve
ser imediatamente removido e ter destinação
dos resíduos feita de forma adequada.
Também foi determinado que o Estado e
Senac devem realizar a recomposição florestal
da Área de Preservação Permanente (APP)
danificada.
Linha do tempo
Após o resultado do julgamento em primeira
instância, o Senac recorreu à segunda
instância e teve o apelo negado pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo. A instituição apelou
com um recurso especial ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ), que também foi rejeitado em
2018. Por fim, o STF negou, em agosto de
2019, andamento ao agravo apresentado pela
entidade.
O Ministério Público chegou a propor um
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que
foi rejeitado pelo Senac. A entidade
apresentou uma contraproposta de fazer a
reparação compensatória em outra área, o
que foi considerado como insuficiente para
reparação do dano ambiental.
26
Grupo de Comunicação
Curiosamente, segundo os autos, o caso veio
à tona quando o MP recebeu uma denúncia
feita por um diretor da instituição sobre
vizinhos do Grande Hotel Senac que estariam
destruindo a vegetação nas imediações. Ao
solicitar um laudo de vistoria técnica foi
constatado que a área utilizada como
estacionamento do Senac fazia parte da APP.
Com o esgotamento de recursos jurídicos, o
Ministério Público informou que vai apresentar
um pedido de cumprimento da sentença.
Originalmente, a decisão previa a demolição
em 120 dias do trânsito em julgado.
O que diz o Senac
Procurado pela reportagem, o Senac informou
que “está tomando todas as providências
necessárias para o cumprimento da decisão
judicial que anulou a autorização emitida pelo
extinto Departamento Estadual de Proteção de
Recursos Naturais”.
https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-
regiao/noticia/2019/10/20/justica-manda-
senac-demolir-construcoes-feitas-em-area-de-
preservacao-em-campos-do-jordao.ghtml
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: Garça online
Data: 20/10/2019
Programa Via Rápida Empresa está migrando para a REDE SIM
O programa Via Rápida Empresa está
migrando para a Rede SIM e passa por um
período de transição, portanto, as prefeituras
não estão tendo acesso ao novo sistema em
sua totalidade.
Segundo o diretor do Departamento de
Fiscalização de Posturas, Marcos Roberto
Pellate, até o momento é possível acessar
somente a consulta de viabilidade, dificultando
o prazo determinado de dois dias para
resposta, pois só é possível ter acesso ao
cadastro da empresa.
O diretor disse ainda que, não está sendo
possível acessar o sistema de licenciamento de
forma digital perante os órgãos licenciadores
estaduais, como Cetesb e Bombeiros (Auto de
Vistoria do Corpo de Bombeiros) e, também,
perante a Prefeitura (Vigilância Sanitária),
onde seria possível ter acesso às informações
quanto às autorizações de funcionamento pela
internet.
“Pedimos a compreensão, pois a Jucesp (Junta
Comercial do Estado de São Paulo), está
tomando as providências necessárias para
solucionar os problemas”, finalizou o diretor.
https://garcaonline.com.br/2019/10/programa
-via-rapida-empresa-esta-migrando-para-a-
rede-sim
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna de Ribeirão
Data: 18/10/2019
Seminário discute a economia da
RMRP
A prefeitura e a Associação Comercial e
Industrial de Ribeirão Preto (Acirp)
promovem, na próxima segunda-feira, 21 de
outubro, o seminário “Investe RP SP –
Diálogos & Oportunidades”, com o objetivo de
debater propostas para acelerar o
desenvolvimento econômico da Região
Metropolitana (RMRP), responsável por cerca
de 2,95% das riquezas produzidas no País,
segundo estudo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) sobre o
Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 – o mais
recente.
O evento será no período da manhã, das 8h30
às 12 horas, com entrada franca. Quem
comparecer poderá acompanhar três
palestras que terão como moderador o
prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB),
também presidente do Conselho de
Desenvolvimento da RMRP. A primeira
palestra, às 9h30, será “Licenciamento e
Simplificação”, ministrada por Patrícia Iglesias,
diretora presidente da Companhia de
Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb), e terá como debatedores o
presidente da Acirp, Dorival Balbino, e a
secretária municipal de Meio Ambiente, Sônia
Valle Walter Borges de Oliveira.
Às 10h15 ocorre a palestra “Linhas de
Financiamento”, ministrada por Ana Paula
Shuay, superintende de Negócios – Setor
Privado, do Desenvolve SP, tendo como
debatedores André Fávero, subsecretário de
Competitividade da Indústria, Comércio e
Serviços, e Edsom Ortega, secretário
municipal de Planejamento e Gestão Pública.
A terceira palestra, “Eixos de Desenvolvimento
da Região Metropolitana de Ribeirão Preto e
Oportunidades”, começa às onze horas e será
ministrada por Wilson Melo, presidente da
Investe SP, tendo como debatedores André
Fávero, subsecretário de Competitividade da
Indústria, Comércio e Serviços; Nelson Rocha
Augusto, economista e presidente do Banco
Ribeirão Preto, e Guilherme Feitosa, diretor
regional do Centro das Indústrias do Estado
de São Paulo (Ciesp).
O seminário será na sede da Acirp, no
Auditório Amin Antônio Calil, na rua Visconde
de Inhaúma nº 489, sexto andar, no Centro. A
inscrição deve ser feita no site
https://www.acirp.
com.br/eventos/evento_list. php?cod=1416. O
evento tem o apoio do Ciesp e do Sindicato do
Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região
(Sincovarp). A Região Metropolitana de
Ribeirão Preto (RMRP), formada por 34
cidades, tem uma população de 1.720.469
habitantes, crescimento de 1,05% em relação
aos 1.702.479 do ano passado, segundo
estimativa do IBGE divulgada em 29 de
agosto.
Houve um acréscimo de 17.990 moradores no
período. O índice de crescimento foi inferior
ao de 2018, quando a população da RMRP
avançou 1,4%. A metrópole é a mais
populosa, com 703.293 pessoas. Ribeirão
Preto também é a 23ª cidade que mais produz
riquezas no País, mas é apenas a 414ª no
ranking do PIB per capita. Segundo o estudo,
em 2016, quando a cidade tinha 674.405
habitantes de acordo com o próprio IBGE, o
Produto Interno Bruto da cidade era de R$
29,98 bilhões, o 23º do Brasil.
A participação de Ribeirão Preto na produção
das riquezas nacionais é de 0,48% – era de
0,46% em 2015 e de 0,49% no período
anterior. No ranking estadual, a cidade, que
havia galgado uma posição entre 2014 e
2015, subindo do 11º para o 10º lugar – era o
12ª em 2013 –, agora voltou para o 11º lugar
. A participação do PIB ribeirão-pretano no
29
Grupo de Comunicação
Estado é de 1,43%, contra 1,44% do estudo
anterior.
Ribeirão Preto perdeu onze posições no
ranking do PIB per capita – divisão da
produção local pelo número de habitantes – e
caiu do 403º para o 414º lugar.
O valor que cada trabalhador da cidade
recebe por ano, no entanto, aumentou 6,5%,
de R$ 41.736,07 em 2015 para R$ 44.463,80
em 2016, acréscimo de R$ 2.727,73 – pelo
valor atual (R$ 954), são quase três salários
mínimos a mais.
Compõem a RMRP as cidades de Altinópolis,
Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia
dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba,
Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis
Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo,
Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras, Pontal,
Pradópolis, Ribeirão Preto, Sales Oliveira,
Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do
Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo
Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul,
Serrana, Sertãozinho, Taiuva, Tambaú e
Taquaral.
https://www.tribunaribeirao.com.br/site/semin
ario-discute-a-economia-da-rmrp/
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Negócios em Movimento
Data: 18/10/2019
Abrafiltros entrega Relatórios Anuais aos governos estaduais com
resultados do programa Descarte Consciente em 2018
A Abrafiltros – Associação Brasileira das
Empresas de Filtros e seus Sistemas –
Automotivos e Industriais, entregou às
Secretarias Estaduais de Meio Ambiente de
São Paulo, Paraná e Espírito Santo, os
Relatórios Anuais de 2018 do Descarte
Consciente Abrafiltros, programa de logística
reversa de filtros usados do óleo lubrificante
automotivo.
Somados todos os relatórios estaduais e
clipping impresso, o trabalho totaliza 1.485
páginas e apresenta informações detalhadas
do programa, seguindo as determinações
legais.
“O programa Descarte Consciente Abrafiltros
vem avançando e cumprindo as metas
estabelecidas pela lei, em prol do meio
ambiente. É uma referência em sistemas de
logística reversa”, comenta João Moura,
presidente da Abrafiltros.
É importante ressaltar que a Abrafiltros já
havia entregue em março, os dados do
Relatório Anual de Sistema de Logística
Reversa para o Estado de São Paulo, conforme
prevê a Decisão de Diretoria Cetesb
07/2018/C. “Os relatórios anuais entregues a
partir do final de agosto seguem o padrão da
Abrafiltros e apresentam todos os dados
comprobatórios da rastreabilidade do sistema,
como planilhas de coleta, notas fiscais de
remessa, certificados de coprocessamento e
ações de comunicação, que garantem a
confiabilidade do programa para os órgãos
ambientais e empresas associadas
participantes”, explica Marco Antônio Simon,
gestor do programa.
Criado em julho de 2012 em São Paulo, o
programa, que se estendeu ao Paraná em
fevereiro de 2013, e Espírito Santo em 2015,
já reciclou mais de 15 milhões de filtros
usados do óleo lubrificante automotivo até
agosto de 2019. Em 2020, a previsão é de
implementar também no Mato Grosso do Sul,
a depender da aprovação governamental da
proposta de implantação e tramitações legais,
em atendimento à legislação.
No processo de reciclagem, o metal é
encaminhado para siderúrgicas; o óleo
contaminado para rerrefino; e os demais
componentes para coprocessamento em
cimenteiras (geração energética). O programa
é totalmente custeado pelas empresas
participantes do sistema e não há qualquer
tipo de retorno financeiro.
Atualmente, 16 empresas fazem parte do
programa: Cummins Filtration do Brasil;
Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais
Ltda.; Ford Motor Company; General Motors
do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros
Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de
Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.;
Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix;
Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. –
Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio
de Peças para Autos Ltda.; Rheinmetall
Automotive – Motorservice Brazil; Robert
Bosch Ltda.; Scania Latin América Ltda;
31
Grupo de Comunicação
Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil;
Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; e
Wega Motors Ltda.
A Abrafiltros reforça a importância em aderir
ao programa, já que o cumprimento da
legislação e a implantação de sistemas de
logística reversa são condicionantes para a
emissão e renovação das licenças de operação
no Estado de São Paulo. Além disso, há
sanções e multas para quem não cumprir as
leis. Informações no site:
www.abrafiltros.org.br/descarteconsciente
http://www.negociosemmovimento.com.br/ne
gocios/abrafiltros-entrega-relatorios-anuais-
aos-governos-estaduais-com-resultados-do-
programa-descarte-consciente-em-2018/
https://www.reparacaoautomotiva.com.br/sin
gle-post/2019/10/18/Abrafiltros-entrega-
Relat%C3%B3rios-Anuais-aos-governos-
estaduais-com-resultados-do-programa-
Descarte-Consciente-em-2018
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Prefeitura de Santo André
Data: 18/10/2019
Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os serviços mais bem avaliados
pelo morador de Santo André
Coleta de lixo e limpeza pública estão entre os
serviços mais bem avaliados pelo morador de
Santo André
Munícipes ouvidos por instituto de pesquisa
afirmam ter alto grau de satisfação com o
trabalho, que é de responsabilidade do
Semasa
Santo André, 18 de outubro de 2019 - A
qualidade da gestão dos resíduos sólidos em
Santo André voltou a ser reconhecida pela
população, segundo pesquisa do instituto
Indsat (Indicadores de Satisfação de Serviços
Públicos). O mais recente levantamento,
divulgado esta semana, informa que a limpeza
pública na cidade alcançou o Alto Grau de
Satisfação. Já a coleta de lixo é considerada o
melhor serviço público de Santo André entre
16 pesquisados, com moradores também
atestando Alto Grau de Satisfação.
"O bom desempenho dos serviços públicos em
Santo André denota a atenção da
administração à zeladoria do município,
resultado de um novo modelo de gestão
implantado em 2017, que reduziu cerca de
80% as dívidas da cidade e permitiu investir
em infraestrutura", afirmou o prefeito Paulo
Serra.
Há 20 anos, a coleta e destinação de lixo em
Santo André passou a ser realizada pelo
Semasa (Serviço Municipal de Saneamento
Ambiental de Santo André). Desde então, a
cidade investe na coleta seletiva e na
ampliação da qualidade dos serviços prestados
à população.
"Estamos felizes com este reconhecimento
pela população. Neste último ano, estamos
com nossas equipes ainda mais centralizadas
na limpeza da cidade, o que certamente
contribui para a satisfação dos moradores com
os serviços do Semasa", afirmou o
superintendente da autarquia, Almir Cicote.
Atualmente, os caminhões de recicláveis, ou
secos, passam em todas as ruas da cidade
pelo menos uma vez por semana. A coleta de
secos é reforçada por 21 ecopontos, onde os
moradores podem deixar, gratuitamente, não
apenas recicláveis, mas também resíduos
volumosos, como pneus, madeira,
eletrodomésticos e eletrônicos, entulho, sofás
e colchões. O índice de reaproveitamento de
resíduos na cidade cresceu mais de 140% na
atual gestão e alcança 30% do total.
Santo André é a única do ABC que tem aterro
sanitário municipal, com uma das melhores
notas concedidas pela Cetesb em toda a
região metropolitana de São Paulo: 9,4. A
totalidade dos resíduos úmidos gerados na
cidade vai para o aterro público, o que reduz
gastos da municipalidade com a disposição em
locais privados.
Já na varrição, são 8.600 km de vias públicas
limpas todo mês e a cidade ainda possui cerca
de 5.500 papeleiras de rua instaladas.
Segundo o Indsat, para a elaboração de cada
uma das pesquisas são ouvidos 400
moradores. No 3º trimestre deste ano, 56%
afirmaram que a limpeza pública na cidade é
ótima ou boa. Sobre a coleta de lixo, a
pesquisa foi elaborada no 2º trimestre e 84%
dos entrevistados a consideraram ótima e boa.
33
Grupo de Comunicação
https://www2.santoandre.sp.gov.br/index.php
/noticias/item/13131-coleta-de-lixo-e-
limpeza-publica-estao-entre-os-servicos-mais-
bem-avaliados-pelo-morador-de-santo-
andre?tmpl=component&print=1
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34
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio 94 fm
Data: 19/10/2019
Cerca de 1.300 ex-funcionários da Ajax seguem sem receber seus
direitos
POR EMERSON LUIZ ON 18 DE OUTUBRO DE 2019 Quatro anos depois da falência decretada pela
Justiça, a situação da Acumuladores Ajax
segue indefinida para ex-funcionários e
também em relação aos patrimônios da
empresa. No mês de setembro, a Cetesb
aplicou quatro multas para a empresa, por
descontinuidade dos trabalhos nas áreas
contaminadas.
Mais informações com o repórter Emerson
Luiz.
A Ajax teve a falência decretada em outubro
de 2015 e 1.300 trabalhadores ainda não
receberam seus direitos trabalhistas.
https://94fm.com.br/cerca-de-1-300-ex-
funcionarios-da-ajax-seguem-sem-receber-
seus-direitos/
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35
Grupo de Comunicação
Veículo: Correio Popular
Data: 19/10/2019
Cavernas são para as crianças
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32598275&e=577
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36
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade
Data: 20/10/2019
Poupatempo das prefeituras' é
licitado
O edital para a reforma do prédio do DER foi
publicado há dois dias; local reunirá dez
secretarias e 14 órgãos estaduais
Em visita recente a Bauru, o secretário Marco
Vinholi mostrou como deverá ficar o prédio
A Secretaria de Desenvolvimento Regional do
Estado de São Paulo começou, na última
sexta-feira, a licitar a reforma do prédio do
Departamento de Estradas de Rodagem
(DER), em Bauru. O local abrigará o
"Poupatempo das prefeituras". O serviço,
intitulado Canal Direto SP Perto, reunirá dez
secretarias e 14 órgãos estaduais para facilitar
a vida dos prefeitos de 39 municípios da
região.
O titular da pasta, Marco Vinholi, esteve no
município para anunciar o projeto, em julho.
"Mais de 300 repartições públicas, prédios
antigos, funções que não são mais necessárias
serão transformados em 15 escritórios
regionais, com eficiência, tecnologia e
sobretudo que possibilitarão mais
investimentos aos municípios do Interior do
Estado de São Paulo", afirmou Vinholi.
Porém, o projeto piloto ocorrerá em Bauru,
devido à sua importante localização
estratégica, acrescenta o secretário Executivo
da Secretaria do Desenvolvimento Regional,
Rubens Cury. "O novo espaço aproximará o
governo estadual das prefeituras e,
consequentemente, da população", argumenta
Cury.
A pasta desembolsará cerca de R$ 9,3
milhões. A expectativa é de que o
"Poupatempo das prefeituras" comece a
funcionar dentro de 9 meses, contados a partir
do resultado da licitação.
Além de ajudar os prefeitos nos trâmites junto
ao governo estadual, outro benefício da
iniciativa diz respeito à redução de custos, fato
que levará a uma economia de até R$ 90
milhões aos cofres públicos. Coordenado por
Lea Zorzete, o projeto vem sendo
desenvolvido desde o governo Mário Covas
(PSDB), mas só agora conseguiu sair do papel.
ESTRUTURA
A sede do DER possui 19 mil metros
quadrados e muitas salas estão paradas. Logo,
a iniciativa não deverá atrapalhar a prestação
dos serviços. Em Bauru, o novo prédio
receberá as seguintes secretarias e os seus
respectivos órgãos estaduais: Agricultura e
Abastecimento (EDR e EDA), Desenvolvimento
Econômico (CRT), Desenvolvimento Regional
(subconvênios), Desenvolvimento Social
(Drads), Esportes (DREL), Governo (Iamspe,
Fundo Social, Artesp, Superintendência do
Detran.SP e Defesa Civil), Direitos da Pessoa
com Deficiência, Habitação (CDHU),
Infraestrutura e Meio Ambiente (Cetesb,
DAEE) e Meio Ambiente, Logística e
Transportes (DER).
SERVIÇO
O "Poupatempo das prefeituras" ficará na sede
do DER, situado na avenida Cruzeiro do Sul,
13-15.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32618720&e=577
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade Bauru
Data: 20/10/2019
São Paulo ficará sem canudos
plásticos no início de 2020
Agora, não tem volta. O governador João
Doria, o secretário de Estado de Infraestrutura
e Meio Ambiente, Marcos Penido, e o
presidente da Fundação de Proteção e Defesa
do Consumidor (Procon-SP), Fernando Capez,
assinaram em conjunto o decreto que proíbe o
fornecimento de canudos confeccionados em
material plástico no Estado de São Paulo. A
medida entrará em vigor em 120 dias.
O que diz a lei
A lei veda a distribuição de canudos de
plásticos em estabelecimentos comerciais
como hotéis, bares, restaurantes, padarias e
clubes, entre outros, além de orientar para a
utilização desse objeto confeccionado em
papel reciclado, material comestível ou
biodegradável.
Meio ambiente preservado
Segundo o Procon, as multas poderão variar
de R$ 530,60 a R$ 5.306,00 (no caso de
reincidências). "O objetivo dessa lei não visa
meramente à punição, mas sim sensibilizar as
pessoas sobre a responsabilidade de cada um
no cuidado com o meio ambiente", diz Penido.
Os canudos plásticos estão provocando
enormes danos à fauna marinha e a
colocação, nas praias e nos estabelecimentos,
de lixos inorgânicos, incapazes de serem
absorvidos organicamente, segundo Capez.
Menos dinheiro, menos noivos
Pelo terceiro ano consecutivo, o número de
casamentos legais caiu no Estado de São
Paulo. A tendência de queda vem se
acentuando depois de um período de alta nos
casamentos, especialmente de 2003 em
diante. Em 2016, porém, teve início a queda,
o que coincide com a crise econômica do país.
De acordo com estatísticas do Registro Civil do
Estado de São Paulo, elaboradas pela
Fundação Seade, em 2018 foram feitos
279.899 registros de casamento, quase 12 mil
a menos do que em 2017, quando foram
contadas 291.943 uniões, o que significou
queda de 4%. (Leia à página 27)
Mais velhos
A média de idade dos noivos também tende a
aumentar. Em 2017, a média era de 33,9 anos
para homens e de 31,3 anos, para mulheres.
No ano passado, a média passou para 34,7
anos para os homens e 32,1 anos para as
mulheres. Os dados são baseados em
registros dos cartórios civis.
Laranja em alta
As exportações de suco de laranja brasileiro
tiveram uma alta de 33% no primeiro
trimestre da safra 2019/20, em relação ao
mesmo período da temporada passada. Os
embarques do Brasil, maior exportador global
de suco de laranja, atingiram 291.767
toneladas entre julho e setembro, registrando
receita de 508,4 milhões de dólares no
período, alta de 23% ante o primeiro trimestre
da safra anterior.
Notícia positiva
Repercute bastante nos meios médicos
científicos a notícia, divulgada oficialmente na
última semana, sobre tratamento inovador
contra o câncer, feito com células
reprogramadas do próprio paciente e inédito
na América Latina, conduzido por
pesquisadores do Centro de Terapia Celular da
USP em Ribeirão Preto.
Remissão comprovada
A novidade bombou depois que um paciente,
funcionário público aposentado, morador de
Belo Horizonte, recebeu a informação de que
um exame de imagem constatou que o
linfoma em fase terminal, que dava como
prognóstico a ele apenas mais um ano de
vida, tinha entrado em remissão total, ou seja,
sem nenhum sinal de células cancerígenas. O
paciente recebeu alta no último dia 12 e deve
retornar a Ribeirão em três meses para
38
Grupo de Comunicação
refazer os exames. Mas só será considerado
"curado", de fato, se durante os próximos
cinco anos não surgirem indícios de novas
células cancerígenas. Esse é o protocolo usual
no caso desse tipo de doença.
https://www.jcnet.com.br/opiniao/colunistas/c
ontexto_paulista/2019/10/700524-sao-paulo-
ficara-sem-canudos-plasticos-no-inicio-de-
2020.html
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39
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio CBN Ribeirão Preto
Data: 19/10/2019
Cetesb é acionado após vazamento de 5 mil litros de combustível provocado
por acidente entre ônibus e caminhão
Oito e quarenta e três quatro vítimas de um
acidente entre um ônibus e um caminhão
carregado com combustível.
Seguem internadas em hospitais da região o
acidente aconteceu na madrugada de ontem
no quilômetro duzentos e trinta da rodovia
Anhanguera a sp trezentos e trinta e um
trecho de porto a Ferreira. No sentido capital
segundo apurou o jornal da ipê tv
Três pessoas estão internadas no hospital
Dona Balbina em Porto Ferreira e uma foi
trazido aqui para Ribeirão Preto o hospital da
vítima de Ribeirão Preto. Não foi informado os
passageiros que não tiveram ferimentos já
estão em suas casas se recuperando desse sus
que foi com acidente bastante grave a viação
cometa informou EPTV que tá prestando
assistência às vítimas.
Doze pessoas ficaram feridas nesse acidente
né houve vazamento de cinco mil litros de
combustível na pista e a polícia militar
rodoviária. Precisou acionar a Cetesb que a
companhia ambiental de São Paulo
exatamente por esse vazamento né que isso
pode provocar. Sérios danos ao meio
ambiente o ônibus saiu de Franca e a via
precisou ser interditada o congestionamento
ontem chegava a cinco quilômetros já no início
da manhã.
Esse e outros assuntos você acompanha aqui
na CBN Ribeirão em noventa ponto cinco e se
você sentiu alguma complicação ainda o
trânsito embora hoje seja sábado.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32616951&e=577
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40
Grupo de Comunicação
Veículo: Record News
Data: 19/10/2019
Mancha escura aparece na praia do
Guarujá
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32616991&e=577
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41
Grupo de Comunicação
Veículo: GC Net
Data:
Avenida do Aeroporto ganha novo
projeto
Após 6 anos, via é alvo de um TAC. Cabeceira
da avenida deve ser rebaixada para receber
iluminação
Após enfrentar problemas ambientais,
embargos e seis anos de espera, a nova
avenida de acesso ao complexo dos bairros do
Aeroporto pode, enfim, sair do papel. O
projeto da obra, orçada em R$ 4 milhões,
precisou passar por algumas transformações
para que fosse assinado um TAC (Termo de
Ajustamento de Conduta) nessa semana,
entre a Prefeitura e a Promotoria de Justiça,
para solucionar alguns entraves.
Primeiramente, seria construída uma outra via
próxima a já existente avenida Euclides Vieira
Coelho que, pela proximidade da pista do
Aeroporto “Tenente Lund Presotto”, não pode
ser ampliada ou iluminada.
A obra inicial iria atingir uma área de
recreação e de proteção ambiental, por isso
sua construção ficou inviabilizada. Já a
adequação atual prevê o alargamento e o
afundamento da avenida Euclides Vieira
Coelho, que também seria regularizada com a
alteração do projeto.
“Essa avenida hoje é clandestina e sem
iluminação. Ela será dobrada com outra
paralela, ficando com aproximadamente 40
metros de largura, também já incluso uma
ciclovia. No rumo da cabeceira da pista do
aeroporto ela será rebaixada 7 metros para
ser iluminada e não atrapalhar pousos e
decolagens de aviões”, explicou Claudinei da
Rocha (PSB), vereador que luta pela melhoria
há anos.
Com a assinatura do TAC, o parlamentar vê
suas esperanças renovadas. “Para mim, é uma
alegria, porque há muitos anos trabalho para
essa avenida ser construída. Ainda não perdi a
fé. Espero vencer as dificuldades e, em março,
no fim das chuvas, espero que essa avenida
possa ser iniciada. Se dependesse de mim, ela
estaria pronta”, disse.
A nova avenida ajudará no acesso aos bairros
Jardim Aeroporto I, III e Santa Bárbara,
proporcionando mais segurança aos milhares
de pedestres, ciclistas, motoristas e
motociclistas. “ Com a aprovação do projeto
atendendo as exigências da Cetesb, o
promotor fará outro TAC autorizando a
construção da avenida. Passa a ser agora um
projeto único que vai solucionar vários
aspectos no local”, garante o vereador.
O Poder Executivo terá 90 dias para protocolar
junto à Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) o novo projeto. Por
fim, há ainda que se garantir os recursos e
licitar a obra.
https://gcn.net.br/noticias/403307/franca/201
9/10/avenida-do-aeroporto-ganha-novo-
projeto-
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42
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 19/10/2019
Entrada de Santos passa por serviço
de descontaminação de solo
Plano é transformar a área do antigo posto de
combustíveis Marilu, na Nossa Senhora de
Fátima com Martins Fontes, em uma base da
Polícia Militar, Guada Municipal e CET
Empresa terá 180 dias para trabalhar no local,
onde será construída uma base da PM, dentro
do programa Nova Entrada de Santos
Com um custo superior a R$ 1,5 milhão, a
Prefeitura de Santos contratou uma empresa
especializada para investigação e remediação
de área contaminada, localizada na esquina
das Avenidas Nossa Senhora de Fátima e
Martins Fontes. No endereço, recém-
desapropriado pelo Poder Público, funcionou o
Marilu, tradicional posto de combustível. Os
planos são de instalar ali uma base da Polícia
Militar, Guada Municipal e CET.
O extrato do contrato foi publicado na edição
de quinta-feira (17) do Diário Oficial de
Santos. Conforme a publicação, a empresa
Ambplus Soluções Ambientais terá 180 dias
para fazer a limpeza da área possivelmente
contaminada. Segundo a Prefeitura, a ação
ficará concentrada “nas estruturas
subterrâneas que abasteciam as bombas de
combustíveis e que precisam ser removidas
para a utilização da área”.
Uma pesquisa da Cetesb indica os postos de
combustíveis como os maiores responsáveis
pela contaminação do solo nas cidades. Isso
ocorre por meio de vazamento de
combustíveis e gases decorrente da má
instalação dos tanques subterrâneos – muitos
dos quais não têm proteção contra corrosão.
Levantamento da ONG Terra Brasil Ambiental
cita que as empresas vêm investindo em
tanques mais seguros, visto que o custeio em
melhores instalações é bem menor do que o
gasto com reparações dos problemas
ocasionados pela contaminação do solo e da
água.
“A Administração frisa que não há riscos à
população do bairro. A contratação da
empresa é justamente para a avaliação do
local, que deve ocorrer nos próximos dias”,
informa a Prefeitura, por meio de nota.
Detalhes
Contudo, a Administração santista reconhece
que devido às características do antigo
comércio no local, é necessário “realizar o
processo de descomissionamento (desativação
de linha de produção ou de armazenamento
de material com potencial contaminante) e
encerramento do empreendimento junto à
Cetesb”.
Por essa razão, foi apresentada à Cetesb a
lista dos procedimentos para que se investigue
a área e depois possa ser utilizada. “Em tese,
todo estabelecimento deste tipo é considerado
fonte poluidora do solo e das águas, devendo
ser monitorado”, continua o comunicado da
Prefeitura.
43
Grupo de Comunicação
Entrada
As intervenções fazem parte do pacote de
obras denominado Programa Nova Entrada de
Santos.
A iniciativa tem por princípio a melhoria da
mobilidade urbana, da segurança e da
qualidade de vida.
O terreno em questão será utilizado também
na implantação de bases da Polícia Militar
(PM), da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET) e da Guarda Civil Municipal (GCM).
https://www.atribuna.com.br/cidades/santos/
entrada-de-santos-passa-por-servi%C3%A7o-
de-descontamina%C3%A7%C3%A3o-de-solo-
1.72000
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44
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna – Turismo
Data:
Caixa d'água é um símbolo
Em 1950, um novo reservatório de água foi
construído em Mogi das Cruzes. O
equipamento, já nos anos 60, com a criação
do Serviço Municipal de Águas e Esgoto
(Semae), por meio da Lei Municipal 1.613, de
7 de novembro de 1966, passou a ser utilizado
pela autarquia. Tinha capacidade para 600 mil
litros de água e, naquela época, era capaz de
abastecer todo o município. Hoje, o
reservatório quase não tem sem uso. Mesmo
assim, continua lá, intacto, como um ícone
que pode ser visto de vários pontos da cidade.
A antiga caixa d'água, entretanto, se tornou
um símbolo mogiano, assim como o Semae.
Em 2016, a autarquia completou 50 anos e,
para comemorar o cinquentenário, a prefeitura
confeccionou um livro, escrito pelos jornalistas
Julio Nogueira, Luiz Maritan e Marco Aurélio
Sobreiro, que conta a história da empresa.
'O Semae tem muita identificação com Mogi.
Tanto que a imagem da caixa d'água se tornou
um símbolo. E o mogiano sente o Semae como
um patrimônio da cidade', ostentou o diretor
do Semae, Glauco Silva.
Crise hídrica
Durante a entrevista, o dirigente contou ainda
que o susto provocado pela crise hídrica, em
2015, serviu de lição, tanto para a autarquia
como para a conscientização da população. A
partir daquela época, o Semae mudou uma
série de protocolos. 'Mudaram atitudes, não só
aqui, mas da população também. Percebemos
hoje que as pessoas se preocupam mais
quando presenciam um vazamento de água,
por exemplo. Elas querem que o problema
seja resolvido rapidamente. Antes eu creio que
tivesse uma certa conformidade. Há uma
conscientização da população da real
importância A propósito, a água - um dos
principais recursos naturais do planeta - já era
assunto na infância do diretor do Semae. O
pai dele, por uma grande coincidência, foi
funcionário do Departamento de Águas e
Energia Elétrica, o DAEE. 'Eu morei por muitos
anos na barragem de Taiaçupeba. Morei lá por
17 anos. Depois que meu pai se aposentou,
nós viemos morar no centro de Mogi. Hoje, ele
tem 85 anos. O mais bacana nisso tudo é que
eu acabo me relacionando com muitos
funcionários destes órgãos institucionais,
DAEE, a Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), e tem muita gente
remanescente da época do meu pai. Tem até
gente que eu conheci quando era criança.
Muito. legal isso', finalizou.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32619502&e=577
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45
Grupo de Comunicação
Veículo: Correio de Itapetininga
Data: 18/10/2019
Mais de 14mil toneladas de lixoforam
retiradas da rede de esgoto
http://cloud.boxnet.com.br/y44ghbyg
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46
Grupo de Comunicação
Veículo1: Prefeitura de Guarulhos
Veículo2: Guarulhos Hoje
Data: 18/10/2019
Defesa Civil realiza desafio de
salvamentos em diversos cenários
A 9ª edição do Desafio Cross da Defesa Civil
testou habilidades físicas e técnicas para
salvamentos em terra, altura e água no
Parque Estadual da Cantareira - Núcleo
Cabuçu, nesta sexta-feira (18). Com apoio do
SAMU, Tiro de Guerra, GCM, Sabesp e NBR
Treinamentos, cerca de 50 pessoas
percorreram a mata para cumprir com êxito
todos os procedimentos de socorros.
Divididos em doze equipes, a atividade iniciou
com a corrida de 1 km entre todos os
participantes. O agente de Defesa Civil,
Ivanildo da Silva, acredita que a preparação
física é um ponto importante para enfrentar as
ocorrências. "Devemos nos preparar
fisicamente e psicologicamente para lidar com
a época de muita chuva e riscos de desastres
naturais, como as enchentes", explica.
O monitor do Tiro de Guerra, Teodoro Inácio,
ficou em 3º lugar na corrida. "Participamos do
desafio sempre que podemos, dessa vez foi
bem longo, eu e meus companheiros
estávamos bem dispostos e foi uma boa
corrida, cheguei em terceiro lugar",
comemora.
Após a corrida, todos os times continuaram as
provas em terra com o atendimento de
primeiros socorros para vítimas de traumas
físicos. Com monitoramento do Samu, os
participantes realizaram a imobilização das
vítimas para transporte em maca. Segundo
um dos avaliadores da atividade, Demitrius
Bellezo, do Núcleo de Educação Permanente
(NEP), o Samu avalia os primeiros socorros de
modo técnico, observando se os equipamentos
foram utilizados adequadamente e se a
abordagem à vítima está dentro das normas
exigidas, assim como é feito no dia a dia.
Outro desafio foi em altura, realizado por um
circuito em rapel e falsa baiana. O objetivo é
compreender o salvamento de vítimas em
diversos cenários. "É uma atividade com
muitas técnicas para que estejamos
preparados e não esqueçamos os
procedimentos de segurança", salientou o
instrutor Rodolfo Aquino, instrutor da NBR
Treinamentos, que auxiliou a Defesa Civil no
oferecimento de equipamentos e montagem
da estrutura de cordas
A atividade foi finalizada com o carregamento
de vítima em trilha e o salvamento em água,
realizado com botes e equipamentos salva
vidas. "É sempre muito bom interagir com a
Defesa Civil e o Tiro de Guerra pelo bem da
população. No dia a dia, podemos participar
de ocorrências como as que foram simuladas
hoje. Aqui adquirimos habilidades para
enfrentá-las", enalteceu Graciele Santos,
bombeiro civil do Arco de Fogo.
Imagens - Fábio Nunes Teixeira / PMG
https://www.guarulhos.sp.gov.br/index.php/ar
ticle/defesa-civil-realiza-desafio-de-
salvamentos-em-diversos-cenarios
https://www.guarulhosweb.com.br/noticia/360
160/Defesa+Civil+realiza+desafio+de+salvam
entos+em+diversos+cenarios
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47
Grupo de Comunicação
Veículo1: O Vale – São Jose dos Campos
Veículo2: Gazeta de Taubaté
Data: 20/10/2019
Relatório da Sabesp aponta melhorias no
saneamento e na qualidade da água
http://cloud.boxnet.com.br/y58l23ge
http://cloud.boxnet.com.br/y3mx9ty5
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48
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Debate – Lins
Data: 19/10/2019
Sabesp substitui quase dois quilômetros
de redes de água e esgoto no Jardim
Santa Maria
http://cloud.boxnet.com.br/y3ofox7s
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49
Grupo de Comunicação
Veículo: SP2 Globo
Data: 19/10/2019
Níveis de poluição na represa Billings
estão muito acima do que a lei permite
3 min
Exibição em 19 Out 2019
Aumentam as reclamações dos moradores do
entorno da represa a respeito da sujeira e
mau cheiro.
A Sabesp diz que a água que abastece a população e retirada de um braço, não
é separado da bilhões e não do corpo principal da represa que concentra a
maior parte da punição a esses consumir a água para ela a causar
desconforto.
https://globoplay.globo.com/v/8018679/progr
ama/
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50
Grupo de Comunicação
Veículo: SP2 Globo
Data: 19/10/2019
Aumentam queixas contra serviços
essenciais
3 min
Exibição em 19 Out 2019
Procon registrou mais de 4 mil reclamações só
contra a Enel.
Também aumentou o número de reclamações
contra a Sabesp. Em 2018, foram 892,
enquanto neste ano houve 1.407 (alta de
quase 60%).
https://globoplay.globo.com/v/8018740/progr
ama/
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51
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Araraquara
Data: 21/10/2019
Agora é lei: proibido canudo plástico
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32586846&e=577
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52
Grupo de Comunicação
Veículo: Canal executivo
Data: 19/10/2019
Novo portal de SP agiliza abertura, alteração e baixa de empresas
A Junta Comercial de São Paulo (Jucesp),
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, lançou o portal Integrador
Estadual, que permitirá ao empreendedor
realizar em um único ambiente as principais
interações para seu negócio, desde a
viabilidade locacional e registro mercantil até a
legalização de funcionamento e exercício de
atividades econômicas.
Desenvolvido pela Prodesp, em parceria com a
empresa G&P, a plataforma ficou mais
moderna e funcional para facilitar o acesso aos
serviços disponíveis para abertura, alteração e
baixa de empresas. É por meio dele que é
feita a troca de informações com os órgãos e
entidades federais, estaduais e municipais que
são responsáveis pelo processo de registro e
legalização de todas as empresas do Estado de
São Paulo.
“A grande vantagem é que o site promove a
integração entre os sistemas de diversos
órgãos do Governo e traz mais agilidade e
simplificação na tramitação de processos e na
transparência pública”, afirma Ernesto
Mascellani Neto, Superintendente da Prodesp.
Com o Integrador Estadual todo o processo
será feito em um único portal, on-line, de
maneira simples e prática, não sendo mais
necessários inúmeros comparecimentos
presenciais às Prefeituras, Receita Federal,
Corpo de Bombeiros, CETESB, entre outros
órgãos.
Todas as informações sobre o Integrador
Estadual e as etapas do registro empresarial
estão disponíveis no site da Junta Comercial
do Estado de São Paulo (Jucesp).
https://canalexecutivoblog.wordpress.com/20
19/10/18/novo-portal-de-sp-agiliza-abertura-
alteracao-e-baixa-de-empresas/
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53
Grupo de Comunicação
Veículo: Instituto Energia e Meio
Ambiente
Data: 19/10/2019
São Paulo: Operadoras de ônibus conhecem ferramenta para transporte
limpo
IEMA apresenta PlanFrota para auxiliar
SPTrans e operadoras na troca de ônibus de
acordo com lei
Mais de 50 representantes de operadoras de
ônibus da cidade de São Paulo compareceram
ao evento realizado pela SPTrans no centro da
cidade, quarta-feira (16), sobre a ferramenta
PlanFrota feita pelo Instituto de Energia e Meio
Ambiente (IEMA). Essa é uma calculadora a
ser usada pela SPTrans para checar se a troca
de ônibus da frota irá cumprir a Lei Municipal
16.802 de 2018, que prevê a redução gradual
de emissões de poluentes em 20 anos. Em
breve, todas as operadoras de ônibus da
capital paulista também poderão receber a
ferramenta e treinamento para auxiliá-las
nessa substituição. Representantes de órgãos
públicos da capital, do estado e de
organizações do terceiro setor também
assistiram à palestra.
“Essa é uma parceria com o poder público.
Todo o trabalho será doado”, ressaltou o
pesquisador do IEMA David Tsai, durante a
apresentação. O uso da ferramenta pelas
empresas operadoras de ônibus é opcional,
mas a calculadora está completa com fatores
de emissão já validados pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb). Ela deverá incluir todos os tipos de
ônibus e tecnologias que circulam no Brasil
com suas respectivas emissões de gases de
efeito estufa (GEE). Assim, as operadoras
poderão simular ao longo dos 20 anos como
será a queda das emissões de suas frotas de
acordo com as trocas propostas. Ou seja, se
conseguirão cumprir as metas anuais definidas
nos seus contratos.
O que é a PlanFrotaA calculadora de emissões
atmosféricas para apoio ao planejamento das
frotas de ônibus do sistema SPTrans, batizada
de PlanFrota, avalia automaticamente se
determinada frota de ônibus planejada para
operar em um lote de concessão irá ou não
cumprir as metas de redução de emissões.
Dessa forma, ela auxilia a SPTrans na
fiscalização do cumprimento das metas de
redução de emissões e as operadoras de
ônibus. Neste caso, ajudando-as no
planejamento do cronograma de inclusão e
remoção de veículos de suas frotas.
Ela calcula as emissões anuais, de 2016 a
2038, de CO2, MP e NOx por lote de
concessão. Para isso, insere-se a
quilometragem contratada, a caracterização
da frota e as fontes energéticas utilizadas. A
PlanFrota compara para cada ano de 2019 até
2038, prazo para o cumprimento completo da
Lei, as emissões projetadas com os níveis
referentes ao ano de 2016, ano de referência
para o qual foram estabelecidas as metas de
redução de emissões.
Vale ressaltar que a ferramenta já foi
apresentada no Comitê Gestor do Programa de
Acompanhamento da Substituição de Frota por
Alternativas Mais Limpas (Comfrota-SP). Este
foi previsto na Lei Municipal nº 14.933 de
2009, que instituiu a política de mudança do
clima na capital. Ele tem a função de avaliar o
cumprimento das metas de redução de
emissões. “A calculadora ajuda a cumprir um
dos nossos objetivos: promover a mobilidade
urbana inclusiva e de baixas emissões de
poluentes atmosféricos e gases de efeito
estufa”, lembra André Luis Ferreira, diretor-
presidente do IEMA.
http://www.energiaeambiente.org.br/sao-
paulo-operadoras-de-onibus-conhecem-
ferramenta-para-transporte-limpo
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54
Grupo de Comunicação
Veículo: Marília Notícia
Data: 18/10/2019
Dívidas da Codemar crescem 57% e contas de 2017 são rejeitadas Leonardo Moreno
As dívidas da Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Marília (Codemar) cresceram
57% em 2017 e o Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou as
contas da empresa irregulares.
Foi aplicada multa no valor de quase R$ 8 mil
reais contra os responsáveis pela empresa
naquele ano, Rene Fadel e Claudirlei
Domingues. Ainda cabe recurso contra a
decisão do auditor Josué Romero.
A Codemar é uma empresa de economia
mista, com mais de 95% de suas ações em
propriedade da Prefeitura de Marília.
Atualmente sua atuação se resume a
recapeamento e produção de asfalto em
contratos com a administração municipal.
A dívida da Companhia saltou de R$ 14
milhões para R$ 22 milhões no primeiro ano
da gestão Daniel Alonso (PSDB).
Boa parte das novas dívidas envolvem
encargos previdenciários não recolhidos,
segundo a corte de contas.
“A entidade, a exemplo do ocorrido em vários
exercícios, apurou em 2017 um déficit
orçamentário de R$ 2.006.080,18,,
equivalente a 20,42% do total de suas
receitas, perfazendo um prejuízo acumulado
de R$ 14.095.853,20”, consta na decisão do
auditor.
Falta de liquidez, ordem cronológica de
pagamento desrespeitada, irregularidades em
pagamentos para cargos em comissão, dívidas
com a Cetesb (R$ 3,5 milhões) e falta de
controle do almoxarifado são outros problemas
apontados.
Fiscalização do TCE descobriu, por exemplo,
uma diferença de 12 mil litros de óleo diesel
entre o existem nas bombas e a quantidade
acusada no sistema da Codemar.
A empresa também não conta com alvará dos
bombeiros e precisaria de dedetização e
desratização, segundo o TCE.
https://marilianoticia.com.br/dividas-da-
codemar-crescem-57-e-contas-de-2017-sao-
rejeitadas/
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55
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Clube
Data: 18/10/2019
Avanço do setor sucroenergético e normatização do setor foram temas
da AEARP
http://cloud.boxnet.com.br/y6ltq4tz
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56
Grupo de Comunicação
Veículo: Comércio de Franca
Data: 19/10/2019
Avenida do Aeroporto ganha novo
projeto
http://cloud.boxnet.com.br/yxn89v9l
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57
Grupo de Comunicação
Veículo: O Vale
Data: 20/10/2019
Média da qualidade da água do rio Paraíba é boa, aponta Cetesb
Relatório feito pela Cetesb que mede
qualidade da água nos rios de São Paulo
mostra que o Paraíba se manteve acima da
média em todos os trechos da sua bacia;
levantamento também avalia a qualidade para
os peixes
A qualidade da água do rio
Paraíba do Sul no ano passado se manteve
estável em relação ao ano anterior, com a
maioria dos trechos que cortam a RMVale
ficando com nota acima da média.
Um relatório feito pela Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) que
mede a qualidade das águas interiores em
todo estado mostra que a avaliação do IQA
(índice de Qualidade das Águas) do rio Paraíba
é considerada ‘Boa’ em 10 dos 12 pontos
monitorados na região: dois em Santa Branca,
um em Jacareí, dois em São José dos Campos,
um em Caçapava, um em Tremembé, um em
Pindamonhangaba, um em Lorena e um em
Queluz. O reservatório de Santa Branca, que
na avaliação da Cetesb é apontado como
Jambeiro, apresenta classificação ‘Ótima’ no
levantamento. Já o trecho de Aparecida, uma
das áreas mais urbanizadas de toda a bacia do
rio, permaneceu na categoria ‘Regular’.
Os dados são referentes ao ano de 2018, e
permanecem equivalentes ao período anterior
-- em 2017, porém, a qualidade da água do
Paraíba caiu em sete trechos.
LITORAL.
O relatório também avaliou a qualidade da
água de 27 rios e córregos que deságuam nas
praias do Litoral Norte. Do total, dois
apresentaram qualidade regular (rio Lagoa,
em Caraguatatuba, e o rio Quilombo, em
Ilhabela) e um em qualidade ruim (rio Acarau,
em Ubatuba), em cenário que se mantém
desde 2016.
Segundo a própria Cetesb, as classificações
ruim ou regular destes três pontos de cursos
d’água foram “influenciadas por fatores
associados ao lançamento de esgotos
domésticos sem tratamento, originados
principalmente de áreas irregularmente
ocupadas”.
PEIXES.
A Cetesb também avalia o IVA (índice de
Qualidade das Águas para Proteção da Vida
Aquática), e a qualidade das águas do Paraíba
para vida de peixes foi classificada como ótima
ou boa nos trechos iniciais (Jambeiro, Santa
Branca e Jacareí) e regular em quase toda sua
extensão, a não ser em Pindamonhangaba que também é considerada boa. ■
Água. Pescador no Rio Paraíba
http://cloud.boxnet.com.br/y65e6ydo
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58
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal Tribuna
Data: 19/10/2019
Colisão deixa 13 pessoas feridas
http://cloud.boxnet.com.br/y4pdqr7v
59
Grupo de Comunicação
Veículo: Debate
Data: 20/10/2019
Afan retoma atividades
http://cloud.boxnet.com.br/y2ncne5m
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60
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Capital
Data: 21/10/2019
Capital Social, com Carla Mota: Ouvinte pede
troca de lâmpada na Travessa Caliandra, Vila
Formosa; Sabesp responde pedido de
ouvinte acerca de esgoto a céu aberto em
Parelheiros
http://cloud.boxnet.com.br/y5sau4wo
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61
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 21/10/2019
Os Repórteres do Rio Pinheiros
http://cloud.boxnet.com.br/y2k35qmn
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62
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 21/10/2019
Moradores reclamam de vazamento
em Santo André
http://cloud.boxnet.com.br/y5572mhb
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63
Grupo de Comunicação
Veículo: Super Rádio AM
Veículo2: Rádio Globo
Data: 21/10/2019
Reclamações contra empresas que prestam serviços essenciais dispararam este ano
http://cloud.boxnet.com.br/y3w9h8s4
http://cloud.boxnet.com.br/yxnem4y5
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64
Grupo de Comunicação
Veículo: G1
Data: 20/10/2019
Cantareira registra nova queda e
opera com 43,5% da capacidade do reservatório neste domingo
Manancial administrado pela Sabesp teve
queda de 0,2% em 24 horas.
Por G1 SP — São Paulo
O Sistema Cantareira registrou nova queda e
opera com 43,5% de sua capacidade neste
domingo (20), de acordo com a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp). Em 24 horas, o nível de água caiu
0,2 ponto percentual.
Há uma semana, no domingo passado (20), o
sistema operava com 44,9% da capacidade,
segundo dados da Sabesp.
Com exceção das represas Rio Grande, que se
manteve estável, e da Rio Claro, que registrou
pequena alta no nível nada, os demais
mananciais que abastecem a região
metropolitana de São Paulo tiveram queda nas
últimas 24 horas.
Veja o nível dos reservatórios
Cantareira 43,5%
Alto Tietê 84%
Guarapiranga 74%
Cotia 85,1%
Rio Grande 82,9%
Rio Claro 103,5%
São Lourenço 52,8%
https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2019/10/20/cantareira-registra-
nova-queda-e-opera-com-435percent-da-
capacidade-do-reservatorio-neste-
domingo.ghtml
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65
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: El País - Opinião
Data: 18/10/2019
E se manchas de petróleo nas praias do
Nordeste fossem um aviso dos deuses?
Resíduos de petróleo também podem ser um
alerta da decadência política, social e humana
que o país está enfrentando
JUAN ARIAS
As misteriosas manchas escuras que estão
sujando as belas praias do Nordeste do Brasil,
cuja origem ainda é desconhecida, podem ser
mais do que resíduos de petróleo lançados ao
mar. Poderiam ser também um aviso dos
deuses neste momento em que o Governo
brasileiro tem uma política desastrosa de
defesa do meio ambiente.
Não sei se existem deuses e demônios, mas a
linguagem se alimenta de símbolos. E essas
manchas pretas também poderiam ser um
alerta da decadência política, social e humana
que o país está enfrentando. Um território
todo ele rico em reservas de todo tipo e pobre
em líderes que poderiam transformá-lo em
fonte de riqueza para acabar com uma
pobreza que asfixia todo o país e
especialmente o Nordeste, se excetuarmos a
pequena dinastia do dinheiro fácil e dos
privilégios de seus governantes, às vezes
únicos no mundo das democracias ocidentais.
Antes que as misteriosas manchas de petróleo
infestassem cada vez mais as praias
nordestinas, o governo Bolsonaro, com sua
política de exclusão, seus escarceis
autoritários e racistas, já tinha sujado a
imagem do país no exterior. O Brasil acabou
provocando vergonha no mundo livre, que
pergunta assombrado o que está acontecendo
com um país que já foi um sonho feliz para
tantos estrangeiros. Hoje são os brasileiros
que gostariam de deixar um país do qual um
dia se disse que Deus havia nascido nele.
O Nordeste do Brasil, com a face cristalina de
seus mares e rios, cuja beleza e doçura do
clima são proverbiais no mundo, não está
sofrendo apenas um desastre ambiental. É
também uma catástrofe para sua já frágil
economia, para seus milhares de pescadores
cujo peixe, única fonte de subsistência,
ninguém quer comprar por medo de que possa
estar contaminado. Pode ser uma catástrofe
para o turismo, um dos mais prósperos do
país.
O Nordeste do Brasil é acusado injustamente
de ser, com sua indolência, a causa de seu
atraso econômico. Ao contrário, como afirmam
os especialistas em economia, está
demonstrando ser uma das regiões com maior
desejo de empreender e se libertar de seu
atraso atávico, e não como resultado do saque
da política atrasada e corrupta de seus
caciques.
O Nordeste está de luto e os governantes
calam e olham para outro lado. Que eu saiba,
o presidente da República, que já ofendeu os
nordestinos com sua linguagem racista, não
fez o gesto de ir ao local dessa nova catástrofe
ambiental para consolar os trabalhadores que
a estão sofrendo.
Nem sabemos ainda de onde vêm essas
guirlandas negras misteriosas e ameaçadoras.
Afinal, isso afeta o território mais pobre do
país que carrega o estigma injusto de ser o
culpado de sua pobreza. Se isso tivesse
acontecido no Brasil rico, os políticos já
estariam correndo para lá para derramar
lágrimas de crocodilo.
O Brasil e seu exército de evangélicos querem
levantar um grande museu da Bíblia na capital
do país. O que se precisa neste momento é
um profeta como os do Antigo Testamento,
que explicasse que essas manchas de óleo,
como feridas negras em nosso rosto, podem
conter um aviso dos deuses. Como o foram as
terríveis pragas do Egito com as quais Deus
puniu o faraó para que deixasse Moisés tirar
seu povo da escravidão para levá-lo à
liberdade.
Hoje existe um poder no Brasil preocupado
principalmente com o crescimento da minoria
rica e privilegiada do país. Esquecem que na
pirâmide que o representa, a grande base é
66
Grupo de Comunicação
composta por milhões de trabalhadores para
os quais as novas leis e projetos que o
Governo está aprovando os empurra ainda
mais para um estado de escravidão disfarçado
de liberdade, enquanto reduz direitos daqueles
que mais precisariam vê-los ampliados.
Os deuses, com a praga negra que aflige os
nordestinos, que toda vez que os visitei me
surpreenderam e me emocionaram com a
delicadeza elegante e alegre de seu trato,
poderiam estar avisando que ou os faraós que
os governam se esforçam para devolver as
liberdades das quais estão sendo despojados e
os preconceitos com os quais estão sendo
ofendidos, ou novas pragas piores poderiam
continuar atormentando todo o país.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/18/op
inion/1571395042_669271.html
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67
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 19/10/2019
Vice de Doria diz que túnel entre Santos e Guarujá não sairá do papel
Rodrigo Garcia afirma que o projeto de túnel
de ligação entre as cidades não é viável na
atual gestão.
De acordo com Garcia, a proposta do túnel
poderia ter dificuldades de viabilidade
econômica.
O vice-governador de São Paulo, Rodrigo
Garcia, afirmou nesta sexta-feira (18) que um
projeto de um túnel de ligação entre as
cidades de Santos e Guarujá, preferido pelo
governo federal, não é viável para realização
na atual gestão Doria. Ele defende a
construção de uma ponte no local.
"Temos negociado com a concessionária
Ecorodovias a ponte do porto de Santos. São
Paulo tem condições de fazer a ponte, através
de um aditivo contratual com concessionária.
A ponte é efetivamente dentro do porto, e
precisaria da autorização da autoridade
portuária, do governo federal", afirmou a
jornalistas durante premiação do ranking de
competitividade dos estados.
Segundo Garcia, o projeto atual da ponte
atende às necessidades da Codesp. "O porto
criticava o projeto porque ele poderia inibir o
avanço do porto pós-ponte, os grandes navios
não chegariam. Eu garanto que todos os
navios hoje em atividade no mundo podem
passar a ponte projetada pelo governo de São
Paulo", disse.
A proposta do túnel, de acordo com Garcia,
não seria implementada pela Ecorodovias e,
por isso, poderia ter dificuldades de viabilidade
econômica.
"A autoridade portuária sugeriu a construção
de um túnel que não está no escopo da
Ecorodovias e, portanto, no nosso governo é
impossível discutir, estamos focados na ponte.
Deixamos claro para a sociedade que este
projeto o governo tem condições de iniciar
imediatamente. Nós já estamos em
licenciamento ambiental."
A construção da ponte, que levaria 24 meses,
pode ser iniciada mesmo antes do processo de
eventual privatização do porto, diz Garcia.
"Mesmo com o porto estatal, ao nosso ver, é
possível iniciar a construção. Essa é a opinião
do governador Doria e para isso estamos
negociando com o governo federal. Para o
governo de São Paulo, o projeto da ponte é o
melhor e é viável, uma realidade. Qualquer
outro projeto vai demandar estudos de
impacto econômico e ficaria para outros
governos."
Garcia afirmou ainda que a prioridade do
governo Doria na área da infraestrutura é o
trem intercidades, que ligaria São Paulo e
Campinas.
"Dependemos de uma certidão de nascimento
que é a prorrogação da malha ferroviária da
Rumo e da MRS Logística, concessionárias
federais, para que São Paulo tenha o direito
de passagem e de uso desses trilhos. Estamos
com o modelo pronto para o trem
intercidades, que ligará São Paulo a Campinas.
Esperamos que até o final do ano esse
contrato esteja renovado."
O vice-governador de São Paulo afirmou
também que, nos próximos dias, os governos
estadual e federal deverão assinar um
memorando de entendimento para garantir
que a Ceagesp mude de local.
https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/v
ice-de-doria-diz-que-tunel-entre-santos-e-
guaruja-nao-saira-do-papel/129689/
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68
Grupo de Comunicação
Veículo: Globo Rural
Data: 20/10/2019
O que muda no Cadastro Ambiental Rural
após a extinção do prazo final
4 min
Exibição em 20 Out 2019
Após vários adiamentos, legislação não impõe
mais uma data-limite para a adesão ao
sistema do Código Florestal, mas que não fizer
poderá perder benefícios.
https://globoplay.globo.com/v/8019303/progr
ama/
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69
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 20/10/2019
Pré-sal paulista exigirá gasodutos
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32617754&e=577
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70
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo
Data: 20/10/2019
Leilões vão gerar R$ 22,4 bi em
investimentos
Ritmo de concessões é considerado positivo
por especialistas, mas montante representa,
por enquanto, apenas 10% de tudo o que o
governo pretende entregar à iniciativa privada
até 2022. Votações no Congresso podem
viabilizar mais projetos
MANOEL VENTURA
Os leilões de concessões de infraestrutura e
energia elétrica já realizados pelo governo Jair
Bolsonaro irão garantir R$ 22,4 bilhões em
investimentos da iniciativa privada nos
próximos anos, além de gastos obrigatórios
com manutenção e operação. Um único leilão
de energia realizado na sexta-feira vai gerar
investimentos de R$ 11,1 bilhões e ampliar a
geração de eletricidade através de diversas
fontes, como eólica, solar, hidrelétrica e
térmica. Ao todo, já foram 20 leilões nos
setores de portos, aeroportos, ferrovia,
rodovia e energia elétrica.
Para especialistas, o resultado é positivo, mas
o governo precisa manter o ritmo nos
próximos anos, já que esses leilões
representam apenas 10% de tudo o que o
governo pretende repassar à iniciativa privada
até 2022.
CARTEIRA DE R$230 BI Com as contas
públicas no vermelho, privatizar o maior
número possível de ativos foi a maneira
encontrada pelo governo para garantir
investimentos em áreas estratégicas.
Os leilões também representaram um suspiro
para as contas do Tesouro. Os pagamentos
que as empresas fizeram à União somam R$
5,8 bilhões só este ano. Os editais preveem
também remunerações mensais ao longo das
concessões. Isso fará a arrecadação final subir
para cerca de R$ 8 bilhões ao fim dos
contratos.
Até 2022, o governo tem na carteira leilões
que podem gerar mais de R$ 230 bilhões em
investimentos ao longo dos contratos. Nessas
contas não estão incluídos os leilões de
petróleo e gás. Parte do sucesso do programa,
porém, ainda depende do andamento de
projetos no Congresso. Deputados e
senadores analisam propostas que podem
destravar projetos nas áreas de ferrovias, gás
natural, energia elétrica e saneamento.
- É um número ótimo. A tendência é continuar
nesse ritmo. No mundo, há muito capital que
precisa ser investido, e o Brasil acaba sendo
uma boa opção - diz a advogada Renata de
Abreu Martins, sócia do escritório Siqueira
Castro.
O governo conseguiu repassar para empresas
privadas a administração de uma série de
aeroportos, como os de Recife, Maceió,
Aracaju, Vitória e Macaé. Os terminais
licitados representam 9,5% do mercado
doméstico e atendem 20 milhões de
passageiros ao ano.
A equipe do Ministério da Infraestrutura
conseguiu também leiloar o principal trecho da
Ferrovia Norte-Sul. O trecho tem 1.537
quilômetros e liga Estrela d'Oeste, em São
Paulo, a Porto Nacional, em Tocantins,
passando por Minas Gerais e Goiás. Licitações
de ferrovias são consideradas complexas e
difíceis no Brasil. O país tem pouca
experiência na área, e a legislação nesse tipo
71
Grupo de Comunicação
de certame é considerada frágil quando
comparada à de outros modais, como
aeroportos e rodovias.
Por isso, o governo tenta aprovar no
Congresso uma mudança na lei que permita a
construção de ferrovias pelo modelo de
autorização, em que o governo fará primeiro
uma chamada pública de interessados, o que
pode aumentar os investimentos no setor.
Diferentemente da concessão, pelo modelo de
autorização, o investidor é dono da
infraestrutura, e o serviço que presta é
regulado.
Foram leiloadas ainda treze áreas em portos
de Pará, Espírito Santo, Paraíba e São Paulo.
Para Cláudio Frischtak, da Inter.B consultoria,
o país continua sendo muito atraente para
investidores de infraestrutura, pelo tamanho
do seu território e pelo excesso de demanda
no setor, além da limitação do poder público.
Ele destaca, porém, que parte importante da
agenda está no Congresso.
- O Executivo não vai resolver sozinho. A
agenda do Legislativo em infraestrutura é
muito importante - afirmou.
Entre os projetos, estão propostas para
aumentar investimentos em saneamento
básico, setor elétrico, gás natural, ferrovias e
rodovias.
- É possível aumentar em 0,3 ponto
percentual do Produto Interno Bruto (PIB) o
volume de investimentos em infraestrutura
anualmente a partir do ano que vem,
ampliando o esforço de concessões com a
agenda do Congresso - estima Frischtak.
Hoje, o investimento em infraestrutura é de
apenas 1,8% do PIB, acrescentou.
CONTRATO EM DÓLAR
Outro ponto que precisa passar pelo
Congresso, destacado pela especialista do
escritório Siqueira Castro, é a criação de um
mecanismo de proteção cambial para as
concessões. Por exemplo, a dolarização desses
contratos.
Na prateleira, o governo tem o desafio de
acelerar os estudos e os leilões. A meta é alta.
O objetivo é leiloar 16 mil quilômetros de
rodovias federais, com investimento previsto
de R$ R$ 137 bilhões; investir R$ 62 bilhões
em ferrovias novas e em atualização de
contratos que já estão em vigor; mais leilões
de portos, aeroportos e do setor elétrico.
Com uma lista desse tamanho, Pablo Sorj,
sócio especialista em infraestrutura do Mattos
Filho, alerta para a necessidade de coordenar
72
Grupo de Comunicação
os projetos para evitar que leilões sejam
esvaziados por competição com outros.
- Não é interessante, por exemplo, ter um
leilão de rodovia federal e estadual muito
próximos - afirmou.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32618457&e=577
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73
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 21/10/2019
Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão ajudar a reduzir
gastos recorrentes das instituições de saúde
Instalação de usinas fotovoltaicas e troca de
lâmpadas para tecnologia mais eficiente vão
ajudar a reduzir gastos recorrentes das
instituições de saúde Em prol da melhoria na
saúde pública em toda asuaá reade atuação, a
CPFL Energia e o Instituto CPFL lançam o
Programa CPFL nos Hospitais, iniciativa que
ajudará instituições públicas e filantrópicas a
reduzir suas contas de energia elétrica. O
Programa conta com três frentes de trabalho:
ações de eficiência energética, investimento
na melhoria dos hospitais e um programa de
doação em conta deenergia para hospitais.
O primeiro pilar de eficiência energética
contará com investimento de até R$ 150
milhões nas quatro distribuidoras- CPFL
Paulista ,CPFL Piratininga ,CPFLSanta Cruz e
RGE - do Grupo CPFL e atenderá até 200
hospitais com a instalação de usinas
fotovoltaicas e a substituição de lâmpadas
com tecnologia obsoleta por modelos mais
eficientes, deLE D. Segundo Rafael Lazzaretti,
Diretor de Estratégia e Inovação da empresa,
o Programa CPFL nos Hospitais realizará o
maior investimento já registrado no Brasil em
energia solar fotovoltaicadentro de Programas
de Eficiência Energética. 'O valor total será
destinado para a realização dos projetos em
três anos, já a partir de 2019. Estão aptos a
participar da ação as instituições públicas e
filantrópicas de saúde situadas nas cidades
das áreas de concessão das nossas
distribuidoras', reforça Lazzaretti.
Inicialmente, em 20 19,o prog rama - que já
tem mapeado cerca de 80 hospitais- dará a
oportunidade a essas instituições de reduzirem
os gastos com suas faturas deenergia elétrica
einvestirem o dinheiro economizado em outras
áreas, para melhoria do atendimento,
beneficiando a comunidade e a região onde
estão inseridos. Ao final do Programaé
esperado queos hospitais economizem
aproximadamente R$ 1 8MM p oran oem suas
contasdeenergia.
Além do benefício da redução nas contas dos
hospitais, a iniciativa também gera ganhos
ambientais. O menor consumo de energia
elétrica evita, por exemplo, o acionamento de
usinas térmicas, mais caras e poluentes. A
implantação de energia solar fotovoltaica nos
clientes reforça o compromisso da CPFL com o
meio ambiente e a sustentabilidade, através
de uma matriz energética renovável e limpa.
O segundo pilar desse Programa dará
continuidade a uma iniciativa conduzida pelo
Instituto CPFL. Através do Pro non( Programa
Nacional de Apoio à Atenção Oncológica) e dos
Conselhos Municipais do Idoso (CMI), o
Instituto CPFL vem investindo na melhoria nas
condições dos hospitais .Os objetivos desse
pilar é ampliar a oferta de serviços e
expandira prestação de serviços médico-
assistenciais, apoiar a formação, o
treinamento e o aperfeiçoamento de recursos
humanos - em todos os níveis, e realizar
pesquisas clínicas, epidemiológicas,
experimentais e socio antropológica s.
Desde 2018 estão e mandamento
investimentos que somam R$ 4,8 MM que
incluem melhorias nos hospitais d oInstituto
do Câncer (Fortaleza-CE), Hospital
Fornecedores Cana Piracicaba-SP, Hospital
Infantil Varela Santiago (Natal-RN), Hospital
de Caxias do Sul-RS, Hospital do Câncer de
Barretos-SP e Hospital Comunitário São
Peregrino Lazziozi de Veranópolis-RS. O
terceiro pilar do Programa CPFL nos Hospitais
permite que os clientes realizem doações para
os hospitais através da conta de energia.
Essas doações aumentam a arrecadação dos
hospitais e santas casas permitindo que sejam
74
Grupo de Comunicação
feitos investimentos na melhoria das
condições de atendimento. A CPFL Total -
empresa do Grupo CPFL Energia - oferece esse
serviço hoje para 94 hospitais nos estados do
Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Essa iniciativa de doação arrecada em média
R$ 3,7 MM por ano, recursos que auxiliam a
gestão diária dos hospitais participantes. O
objetivo é expandir essa iniciativa em 2019 e
2020, um exemplo concreto é a adesão da
Santa Casa de Chavantes que passará a
receber doação a partir do mês de outubrode
20 19. Com esses três pilares de atuação,
oPrograma CPFL nos Hospitais reforça o
compromisso da CPFL Energia e do Instituto
CPFL de atuarem conjunto coma sociedade em
prol da saúde pública e o bem-estar da
população. Para saber mais, acesse o site
www. cpfl. com .br/ hospitais
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32636977&e=577
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75
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Band News
Data: 19/10/2019
Em entrevista, Ricardo Salles explica
como funciona o Plano Nacional de Contingencia para acidentes com óleo
O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales,
explica que o Plano Nacional de Contingencia
para acidentes com Óleo (PNC), serve para
causas determinadas, quando se sabe a
origem do óleo e causas indeterminadas, que
é o caso atual, pois ainda não se sabe os
antecedentes do óleo que está poluindo as
praias do Nordeste. O ministro diz que o PNC
também usa satélites, avião-radar do Ibama e
helicópteros para monitorar toda a área
poluída. Os aviões e helicópteros são da
Marinha e da Petrobras (1:57).
"O óleo não é encontrado nem identificado nos
radares nem pelos satélites, pois se trata de
um óleo mais denso, que não fica na superfície
do mar", afirma Salles. Quando a maré traz o
óleo até as prais, os voluntários tratam logo
de retirar e mandar para locais apropriados
para despejo, ou para incinerar em industrias
cimenteira. O ministro disse que ainda não se
sabe de onde o óleo está vindo.
Salles também disse que os laboratórios
fizeram uma comparação do óleo coletado nas
praias com todos os óleos brasileiros, com
isso, foi constatado que o produto não é
nacional. Depois dessa etapa, o mesmo óleo
foi comparado com o de outros acidentes, com
o laudo da Petrobras (6:30), veio a
confirmação que é venezuelano.
O ministro disse que já são 18 pontos distintos
no litoral com óleo. Os voluntariados precisam
estar munidos de equipamentos para ajudar
na remoção do óleo. Está sendo distribuído um
manual para os voluntários.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=32617583&e=577
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76
Grupo de Comunicação
Veículo: Terra
Data: 21/10/2019
Estados do Nordeste querem taxa sobre o sol e o vento
Senador Marcelo Castro (MDB-PI) pretende
incluir na reforma tributária emenda para
permitir a cobrança de royalties sobre as
energias solar e eólica
Anne Warth
BRASÍLIA - Enfrentando dificuldades
financeiras, os Estados da Região Nordeste
querem taxar o sol e o vento para reforçarem
seus caixas. A ideia, defendida pelo senador
Marcelo Castro (MDB-PI), é aproveitar as
discussões sobre reforma tributária no
Congresso para criar a possibilidade de
cobrança de royalties sobre a energia solar e a
eólica .
O texto proposto por Castro é simples: inclui,
na Constituição, como "bens da União", os
"potenciais de energia eólica e solar" e
permite a possibilidade de cobrança de
participação ou compensação financeira na
exploração desses recursos. A definição da
alíquota dos royalties seria feita por meio de
lei, que exige maioria simples na Câmara e no
Senado, bem como os critérios de divisão
desses recursos entre União, Estados e
municípios.
Para o senador, não há diferença entre essa
proposta e os royalties cobrados sobre
petróleo, minérios e cursos de água com
potencial de geração de energia. O que
diverge, segundo ele, é o fato de que as
energias solar e eólica ainda não eram viáveis
em 1988, quando a Constituição foi feita.
Segundo Castro, o royalty é compensação aos
Estados produtores, já que o ICMS (imposto
estadual) é cobrado no Estado para onde a
energia vai, e não naquele em que ela foi
gerada.
"O vento não é propriamente uma jazida, mas
tem em alguns lugares e em outros não. A
minha emenda tenta fazer com que os Estados
com potencial de vento e sol tenham algum
benefício, já que hoje eles não têm nenhum",
disse.
Proposta controversa
Mas a cobrança de royalties sobre sol e vento
é controversa. A taxa tem como origem uma
solução econômica para resolver conflitos de
direito de propriedade. No Brasil, a
Constituição definiu que a posse de petróleo,
gás natural, minérios e da água utilizada para
geração de energia é da União. O pagamento
de royalties, nesses casos, seria uma
compensação pela cessão desse direito de
propriedade a terceiros.
No caso de petróleo, gás e minérios, trata-se
de recursos finitos, e o fim da exploração
tende a inviabilizar a economia das regiões
atingidas. Para hidrelétricas, quase sempre há
impactos irreversíveis nas áreas alagadas e
que inviabilizam outras atividades - nesse
caso, a cobrança se dá sobre a geração de
energia, e não sobre a água em si. Em todos
os casos, o royalty funciona como uma
compensação às localidades atingidas.
Para especialistas, não há como comparar
essas situações com a geração de energia
solar e eólica. Vento e sol são recursos
infinitos e sua exploração não inviabiliza
outras atividades econômicas. Além disso, não
há conflito de propriedade, pois outras
pessoas podem utilizar, ao mesmo tempo, os
recursos para outras finalidades - entre elas,
aquecer água para chuveiros e mover moinhos
de trigo, por exemplo.
O secretário estadual de Fazenda de
Pernambuco, Décio Padilha, afirma, porém,
que algum tipo de compensação - seja royalty
ou imposto - aos Estados produtores é
necessária. Segundo ele, os governos vivem
dificuldades financeiras pela transição rápida
em direção a uma matriz limpa e pela
desoneração de bens de capital usados na
produção de energia, como baterias e turbinas
de eólicas. Segundo ele, esses fatores têm
reduzido a arrecadação derivada da energia,
um dos setores que mais reforçam os cofres
estaduais.
"Queremos continuar estimulando as fontes
renováveis, mas com cautela, pois os Estados
precisam sobreviver também", afirma. Padilha
convocou todos os secretários de Fazenda
nordestinos para uma reunião para fechar
uma posição sobre o tema.
Conceito inadequado?
77
Grupo de Comunicação
A presidente da Associação Brasileira de
Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Gannouom,
considera o conceito de royalty sobre vento
inadequado. "O mesmo vento que gera
energia bagunça os meus cabelos. Vamos ter
de pagar pela brisa? Se o sol e o vento
pertencem a alguém, é a Deus", disse. "Quem
vai pagar essa conta é o consumidor. Estarão
taxando energia limpa no Brasil, enquanto o
resto do mundo incentiva essa produção."
Para o presidente da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo
Sauaia, não há fundamento jurídico nem
técnico para esse tipo de taxa sobre a energia
solar. "O sol é um recurso renovável,
disponível e de uso democrático", afirma. "O
sol é também um recurso imprescindível para
agricultura e traz competitividade para a
produção nacional. Vão taxar o agronegócio?",
questionou. Para ele, a cobrança é o remédio
errado para um problema legítimo: a falta de
recursos dos Estados e municípios.
Alternativas
Uma proposta alternativa para contribuir com
os Estados produtores é a do senador Jean-
Paul Prates (PT-RN). Ele defende uma
redistribuição dos recursos arrecadados com
ICMS sobre energia, hoje concentrados no
destino, para a origem. Essa proposta,
segundo ele, reequilibraria a arrecadação
entre os Estados e beneficiaria o Nordeste.
"Royalty sobre energia solar e eólica é algo
errado sob o ponto de vista jurídico. Isso só se
aplica sobre recurso não renovável, pois ele
não estará disponível para gerações futuras.
Vento e sol, até que se prove o contrário,
sempre estarão aí", disse. Segundo ele, seria
uma solução regressiva e que inviabilizaria
investimentos.
A proposta dele é permitir que parte da
arrecadação de ICMS sobre energia também
fique com os Estados produtores. Esse tributo
sempre é aplicado sobre a origem, exceto nos
casos de energia, petróleo e derivados - uma
compensação, segundo ele, dada pela
Constituição de 1988 para beneficiar o Estado
de São Paulo.
"A preocupação do senador Marcelo Castro é
válida e meritória. Precisamos de
compensações, mas o instrumento correto não
é esse: é reverter o polo beneficiado do
ICMS", disse. Essa ideia integra uma proposta
de emenda constitucional que tramita no
Senado e, segundo ele, pode se transformar
em uma emenda à reforma tributária.
"Queremos propor uma calibragem para não
ser algo radical e que gere resistências. Em
vez de trazer todo o ICMS da energia para a
origem, vamos fazer cálculos até que se
chegue a um empate entre Estados produtores
e consumidores, para quem perde perder o
menos possível e para quem ganha ganhar o
máximo possível", disse.
https://www.terra.com.br/economia/senador-
quer-a-criacao-de-royalties-sobre-energia-
solar-e-
eolica,8b8629b55e7ba5b29514103353bd47d7
2foeu9fq.html
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78
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 21/10/2019
Resposta às mudanças climáticas pode vir
das cidades, diz líder da ONU
Amélia Gonzalez
Há muito as cidades se tornaram o centro das
atenções para aqueles que se preocupam com
a qualidade de vida dos cidadãos que habitam
o planeta hoje. Em 2050, segundo previsões
da Organização das Nações Unidas (ONU), a
população estará dividida assim: quase sete
pessoas em cada dez estarão vivendo nos
grandes centros urbanos.
Em busca de emprego, procurando fazer
contato com outras pessoas para trocar
experiências. As grandes cidades podem se
tornar celeiros de ideias, berços de inovações,
justamente porque têm o elemento
impulsionador disso: o humano.
António Guterres, secretário-geral da ONU,
quando fez o discurso de abertura na Cúpula
Mundial de Prefeitos, que aconteceu em
Copenhague de 9 a 12 de outubro,
acrescentou mais um atributo às grandes
cidades. Segundo ele, como os centros
urbanos hoje respondem por mais de 70% das
emissões globais de carbono, as escolhas que
serão feitas (pelos prefeitos) na infraestrutura
urbana nas próximas décadas – construção,
moradia, eficiência energética, geração de
energia e transporte – terão uma “influência
tremenda sobre a curva de emissões”. Falando
à plateia de prefeitos, ele disse:
São apenas palavras que, para o pequeno
exército de negacionistas que anda
desprezando, inclusive, a força da organização
que Guterres representa, não significam nada.
Trago aqui, no entanto, reflexões sobre a
realidade do nosso dia a dia, no micro espaço
chamado Rio de Janeiro, onde vivo. Conclui-se
que as palavras do líder da ONU não fazem
parte de uma retórica inútil, mas são um
alerta que todos os prefeitos, eleitos por voto
da população, deveriam ouvir. Sobretudo
aqueles que se inscreveram e foram aceitos
para fazer parte do C40, que hoje já tem 90
cidades. O Rio de Janeiro está entre elas.
Ando bastante na minha cidade. Escrevo aqui
na condição de cidadã, pedestre, mas admito
que tenho um olhar diferenciado porque
acumulo informações sobre tudo o que se
espera do espaço urbano para oferecer
qualidade de vida aos cidadãos. Ou, como
preferirem, para que se possa investir, de
fato, em desenvolvimento urbano sustentável.
Nas minhas andanças, ando ouvindo mais o
barulho da "Maquita", aquela máquina que soa
onde tem obra. Isto é bom, comemora-se,
porque a construção civil foi um dos
elementos da economia que colaborou para a
pequena (íssima) elevação do PIB este ano,
segundo especialistas. Percebo também,
andando por aí, grandes espigões de
concretos que se erguem em terrenos onde
antes havia outros empreendimentos.
Comemoram, assim, algumas centenas de
empregos que tais obras estão trazendo, o
que não é muito considerando os quase 13
milhões de desempregados no país. Mas é
uma lufada de esperança para essas pessoas,
depois de tanto desalento.
A minha pergunta é: o que acontece depois
que a obra termina?
Sabemos a resposta na maioria das vezes.
Contratados temporariamente para aquele
serviço, alguns dos operários vão para a fila
do desemprego novamente. Quando são
trazidos de outros estados, a situação piora.
Por falta de lugar onde pousar, muitos vão
aumentar a gigantesca quantidade de
moradores de rua. Está aí, estampado em
cores e rostos, o impacto social das grandes
obras.
Mas há também os impactos ambientais
desses empreendimentos. Um deles, a rede de
esgoto do local.
Em Botafogo, por exemplo, há uns dois ou
três grandes prédios sendo construídos. Um
relatório que está sendo concluído pelo
Movimento Enseada Limpa (criado em
fevereiro deste ano) em parceria com a
Associação dos Moradores de Botafogo (Amab)
ao qual tive acesso, esmiúça a atual
79
Grupo de Comunicação
conjuntura de poluição da Enseada de
Botafogo, e ela não é nada boa. A praia está
permanentemente imprópria para banho,
cheia de coliformes fecais. Melhor traduzindo,
esgoto in natura.
“Existem duas fontes de poluição direta na
Enseada de Botafogo. A primeira fonte são os
rios Berquó e Banana Podre (os dois correm
quase totalmente submersos no bairro de
Botafogo) e a segunda fonte são os despejos
irregulares de esgoto diretamente na enseada
por meio de galerias... e, atualmente existe
um despejo de esgoto contínuo na enseada
através de galerias que ficam embaixo do
Clube Iate Clube do Rio de Janeiro”, diz o
relatório, ressaltando a necessidade de se
rever o projeto de governança na área de
saneamento do município.
O que acontece, ainda segundo o relatório, é
que o sistema de esgotamento sanitário do
bairro é centenário, “com vários trechos da
rede coletora ainda em manilha de barro, e foi
projetado para um bairro de residências
unifamiliares, casas e sobrados”.
Como se sabe, Botafogo hoje é bem diferente.
São 82.890 habitantes morando em estruturas
cada vez mais verticalizadas e, por conta
disso, a infraestrutura de coleta e transporte
de esgoto não está suportando a carga. Sem
outra solução, o que está posto são ligações
clandestinas que direcionam o esgoto direto
na rede de águas pluviais. E não precisa ter
bola de cristal para saber que isto não dá
certo.
“Vale aqui chamar a atenção que a vizinha
região do vale do Rio Carioca sofre dos
mesmos problemas aqui abordados, pois não
teve sua rede de esgotos bem mantida e
devidamente ampliada para atender as
numerosas novas construções habitacionais. O
rio Carioca, que deságua na praia do
Flamengo, foi transformado em coletor de
esgotos e foi instalada em sua foz, desde
2000, uma Unidade de Tratamento de Rio –
UTR, hoje de responsabilidade também da
Fundação Rio Águas. Essa foi uma solução
paliativa, de custo elevado de operação e de
manutenção, e que também prejudica a vazão
livre das suas águas”, diz ainda o relatório.
A outra questão que deveria constar num
estudo de impacto ambiental de grandes
prédios é a malha viária urbana. Sim, haverá
garagem para todos os carros de todos os
moradores do prédio, e eles pagarão bem por
isso, valor incluído no condomínio, lucro para
as construtoras.
O que parece que se esquecem os donos dos
prédios é que todos esses carros, em algum
momento, sairão das ruas e vão ajudar a
congestionar ainda mais o trânsito já sufocado
de bairros como, por exemplo, Laranjeiras. Ali
também há espigões crescendo, de um jeito
que assusta.
Guterres, em seu discurso para os prefeitos,
lembra que temos recursos, tecnologia, para
lidar com as mudanças climáticas e que as
cidades podem ser o caminho para uma
grande virada. Mas o líder da ONU parece ter
noção exata da complexidade que envolve as
medidas que exige dos prefeitos.
“O que falta ainda em muitos níveis é a
vontade política”, diz ele.
E vontade política não se constrói, não se
embala. Ela precisa estar no DNA de quem se
acha no direito de se candidatar a um cargo
público. E precisa ser cobrada por quem deu o
voto.
https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-
gonzalez/post/2019/10/21/resposta-as-
mudancas-climaticas-podem-vir-das-cidades-
diz-lider-da-onu.ghtml
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80
Grupo de Comunicação
Veículo: El País - Opinião
Data: 18/10/2019
E se manchas de petróleo nas praias do
Nordeste fossem um aviso dos deuses?
Resíduos de petróleo também podem ser um
alerta da decadência política, social e humana
que o país está enfrentando
JUAN ARIAS
As misteriosas manchas escuras que estão
sujando as belas praias do Nordeste do Brasil,
cuja origem ainda é desconhecida, podem ser
mais do que resíduos de petróleo lançados ao
mar. Poderiam ser também um aviso dos
deuses neste momento em que o Governo
brasileiro tem uma política desastrosa de
defesa do meio ambiente.
Não sei se existem deuses e demônios, mas a
linguagem se alimenta de símbolos. E essas
manchas pretas também poderiam ser um
alerta da decadência política, social e humana
que o país está enfrentando. Um território
todo ele rico em reservas de todo tipo e pobre
em líderes que poderiam transformá-lo em
fonte de riqueza para acabar com uma
pobreza que asfixia todo o país e
especialmente o Nordeste, se excetuarmos a
pequena dinastia do dinheiro fácil e dos
privilégios de seus governantes, às vezes
únicos no mundo das democracias ocidentais.
Antes que as misteriosas manchas de petróleo
infestassem cada vez mais as praias
nordestinas, o governo Bolsonaro, com sua
política de exclusão, seus escarceis
autoritários e racistas, já tinha sujado a
imagem do país no exterior. O Brasil acabou
provocando vergonha no mundo livre, que
pergunta assombrado o que está acontecendo
com um país que já foi um sonho feliz para
tantos estrangeiros. Hoje são os brasileiros
que gostariam de deixar um país do qual um
dia se disse que Deus havia nascido nele.
O Nordeste do Brasil, com a face cristalina de
seus mares e rios, cuja beleza e doçura do
clima são proverbiais no mundo, não está
sofrendo apenas um desastre ambiental. É
também uma catástrofe para sua já frágil
economia, para seus milhares de pescadores
cujo peixe, única fonte de subsistência,
ninguém quer comprar por medo de que possa
estar contaminado. Pode ser uma catástrofe
para o turismo, um dos mais prósperos do
país.
O Nordeste do Brasil é acusado injustamente
de ser, com sua indolência, a causa de seu
atraso econômico. Ao contrário, como afirmam
os especialistas em economia, está
demonstrando ser uma das regiões com maior
desejo de empreender e se libertar de seu
atraso atávico, e não como resultado do saque
da política atrasada e corrupta de seus
caciques.
O Nordeste está de luto e os governantes
calam e olham para outro lado. Que eu saiba,
o presidente da República, que já ofendeu os
nordestinos com sua linguagem racista, não
fez o gesto de ir ao local dessa nova catástrofe
ambiental para consolar os trabalhadores que
a estão sofrendo.
Nem sabemos ainda de onde vêm essas
guirlandas negras misteriosas e ameaçadoras.
Afinal, isso afeta o território mais pobre do
país que carrega o estigma injusto de ser o
culpado de sua pobreza. Se isso tivesse
acontecido no Brasil rico, os políticos já
estariam correndo para lá para derramar
lágrimas de crocodilo.
O Brasil e seu exército de evangélicos querem
levantar um grande museu da Bíblia na capital
do país. O que se precisa neste momento é
um profeta como os do Antigo Testamento,
que explicasse que essas manchas de óleo,
como feridas negras em nosso rosto, podem
conter um aviso dos deuses. Como o foram as
terríveis pragas do Egito com as quais Deus
puniu o faraó para que deixasse Moisés tirar
seu povo da escravidão para levá-lo à
liberdade.
Hoje existe um poder no Brasil preocupado
principalmente com o crescimento da minoria
rica e privilegiada do país. Esquecem que na
pirâmide que o representa, a grande base é
composta por milhões de trabalhadores para
os quais as novas leis e projetos que o
Governo está aprovando os empurra ainda
81
Grupo de Comunicação
mais para um estado de escravidão disfarçado
de liberdade, enquanto reduz direitos daqueles
que mais precisariam vê-los ampliados.
Os deuses, com a praga negra que aflige os
nordestinos, que toda vez que os visitei me
surpreenderam e me emocionaram com a
delicadeza elegante e alegre de seu trato,
poderiam estar avisando que ou os faraós que
os governam se esforçam para devolver as
liberdades das quais estão sendo despojados e
os preconceitos com os quais estão sendo
ofendidos, ou novas pragas piores poderiam
continuar atormentando todo o país.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/18/op
inion/1571395042_669271.html
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82
Grupo de Comunicação
Veículo: Globo Rural
Data: 20/10/2019
O que muda no Cadastro Ambiental Rural
após a extinção do prazo final
4 min
Exibição em 20 Out 2019
Após vários adiamentos, legislação não impõe
mais uma data-limite para a adesão ao
sistema do Código Florestal, mas que não fizer
poderá perder benefícios.
https://globoplay.globo.com/v/8019303/progr
ama/
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83
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 21/10/2019
Palmeiras plantadas por Burle Marx há
meio século finalmente dão flores no Rio
Talipots, como são conhecidas, florescem
apenas uma vez na vida e morrem na
sequência.
Por Diogo Dias e Rogério Coutinho
Árvores plantadas no início dos anos 60 pelo
paisagista Burle Marx começam a dar flor no
Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio. A
florada, porém, só ocorre uma vez na vida, e
depois disso a planta – uma espécie de
palmeira – morre.
A curiosa palmeira é a Corypha umbraculifera,
chamada popularmente de talipot. É nativa do
Sul da Índia e do Sri Lanka, pode chegar a 30
metros de altura e tem folhas de cinco metros
de diâmetro.
É no topo que sua beleza se destaca, onde as
flores - minúsculas - nascem. Cada palmeira
só se exibe assim uma única vez, geralmente
quando atinge ente 40 e 70 anos de idade.
Talipots floridas no Aterro do Flamengo —
Foto: Reprodução/TV GloboTalipots floridas no
Isabela Ono, diretora do Instituto Burle Marx,
diz que a partir da florada a talipot começa a
morrer. “Ela dá essa floração, vai dar uns
cachos enormes de frutos. Os furtos vão cair,
e ela vai começar realmente a definhar –
como a gente mesmo, né”, enumera.
“Ela vai ficando velhinha, velhinha, até que ela
tomba. Por isso que cortamos, para ela não
cair em cima de alguém”, destaca Isabela.
Flores da talipot, a palmeira que só floresce
uma vez na vida — Foto: Reprodução/TV
Globo
Origem das plantas é um mistério
A diretora do instituto conta que o paisagista
testou plantar as talipots no Aterro e no sítio
dele, em Barra de Guaratiba. Mas a origem
delas ainda é um mistério.
“Não se sabe exatamente de onde ele trouxe
as sementes. Ele foi à Índia, pode ter sido de
lá. Ou de hortos de amigos botânicos em torno
do mundo”, disse Isabela.
Os grupos estão espalhados pelo Parque do
Flamengo. As que conseguem receber luz do
sol crescem mais – as mais altas estão floridas
agora.
O fotógrafo Gustavo Pedro de Paula já tinha
visto uma florada das talipots no Aterro. “É
uma oportunidade única”, resume.
https://g1.globo.com/rj/rio-de-
janeiro/noticia/2019/10/21/palmeiras-
plantadas-por-burle-marx-ha-meio-seculo-
finalmente-dao-flores-no-rio.ghtml
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84
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 21/10/2019
Brasileiros criam código para impedir
tratores e outras máquinas de
funcionarem em áreas protegidas
Usando mapa oficial de áreas protegidas,
ativistas levaram cinco meses para escrever
código que, implantado em máquinas novas
ou antigas, pode impedir remotamente crimes
ambientais como desmatamento e garimpo.
Por Ana Carolina Moreno, G1
Código da Consciência foi criado por uma
equipe brasileira para impedir que tratores e
outras máquinas funcionem em áreas
protegidas — Foto: Divulgação/AKQA
Diante da impossibilidade de instalar cercas e
câmeras de segurança para proteger as
florestas de crimes ambientais, e da baixa
probabilidade de demover grupos de
exploradores de se aproveitarem da vastidão
das áreas protegidas para desmatar ou
garimpar ilegalmente, um grupo de brasileiros
decidiu conscientizar as máquinas usadas por
eles.
Foi assim que nasceu, no mês passado, o
Código da Consciência, um código de
programação escrito por uma equipe de sete
pessoas em menos de cinco meses que,
usando a geolocalização e um mapa das áreas
protegidas em todo o mundo, faz com que
qualquer máquina pare de funcionar sempre
que estiver em uma delas.
O código vale tanto para tratores e
motosserras usados para derrubar árvores
quanto para as motobombas e escavadeiras
hidráulicas essenciais para o garimpo,
passando pelos caminhões que transportam a
madeira nobre e o ouro extraídos ilegalmente
dessas terras.
Criado pelo estudo AKQA, que fica em São
Paulo, com o apoio de diversas entidades
ambientais, o Código da Consciência é
"relativamente simples", disse ao G1 a equipe
por trás do projeto.
Como pode ser implantado e usado em
qualquer lugar do planeta, os brasileiros
enviaram o código para um teste na Austrália
– que foi bem sucedido.
Como funciona o Código da Consciência?
O código foi escrito na linguagem de
programação python, por ser simples e poder
ser facilmente traduzida para outras
linguagens;
Como atualmente esse tipo de maquinário
pesado já usa tecnologia avançada, com GPS
e computador de bordo, a ideia é que as
fabricantes incluam o código em seu software
original, e equipamentos já fabricados podem,
com uma atualização de software, ganhar
acesso ao programa;
Como se trata de um código aberto, as
fabricantes podem fazer adaptações para
implementá-lo ao seu software;
Combinando as latitudes e longitudes de
mapas oficiais já existentes e o GPS dos
equipamentos, o código pode desligar a
máquina sempre que ela estiver em uma área
de proteção oficial.
De proposta a produto
A proposta foi apresentada às dez maiores
fabricantes do mundo de equipamentos
pesados como tratores, escavadeiras e
caminhões, instrumentos sem os quais não é
possível derrubar ou transportar árvores
amazônicas, por exemplo.
85
Grupo de Comunicação
Segundo os idealizadores, nenhuma delas é
brasileira, mas todas têm fábricas no Brasil, e
uma "grande fabricante global" já está em
conversa para adicionar o código ao sistema
operacional de suas máquinas.
Além disso, vários políticos já pensam em criar
leis para obrigar a implantação do código nos
equipamentos.
Agora, o grupo busca parceiros para produzir
o produto em larga escala.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/1
0/21/brasileiros-criam-codigo-para-impedir-
tratores-e-outras-maquinas-de-funcionarem-
em-areas-protegidas.ghtml
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Data: 21/10/2019
86
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Elio Gaspari - O atraso, a energia solar e as
patinetes
Assuntos de Interesse: Energia solar
O que se quer em Pindorama é afogara
concorrência do novoJornalista, autor de cinco
volumes sobre a história do regime militar, entre
eles "A Ditadura Encurralada"
O atraso sabe se defender. Ele precisa de tempo
e de um deba te embaralhado. Se uma coisa não
andou num governo, talvez ande no próximo. A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
apresentou uma proposta para redesenhar as
tarifas do mercado de energia solar
Grosseiramente, uma família que mora numa
casa e paga R$ 300 mensais por sua energia
pode investir R$ 15 mil em painéis solares,
derrubando sua conta para R$50. Como essa
casa está ligada à rede das distribuidoras, elas
querem redefiniras normas do mercado, ficando
com uma parte do que se economizou.
Desde o ano passado, realizaram-se consultas
públicas que duraram até quatro meses, com três
reuniões presenciais, em Brasília, São Paulo e
Fortaleza. Desse trabalho sobrou mui to pouco e
a Aneel apresentou uma nova proposta. Nela,
para quem já usa energia solar, até 2030 fica
tudo como está. Quem entrar nesse tipo de
consumo a partir das novas normas, que viriam
em 2020, tomará uma tunga crescente, de 30%
a 60% do que vier a poupar.
A conduta da Aneel fica esquisita quando se sabe
que a nova consulta pública durará 45 d ias e
desta vez haverá uma só audiência presencial.
Seria pressa, vá lá.
Como qualquer assunto relacionado com energia,
a discussão das tarifas é coisa complexa. Mesmo
assim, sabe-se que a luz do Sol é limpa, produzi
da pelo Padre Eterno. As distribuidoras sustenta
m que esse mercado já está maduro e por isso
devem cobrar mais de quem está ligado às suas
redes.
No Brasil a energia solar está com 0,18% do
mercado. O problema do equilíbrio com as tarifas
das distribuidoras foi enfrentado em regiões dos
Estados Unidos, na Alemanha e na China. Em
todos os casos, só se mexeu nas normas depois
que a energia solar tomou em torno de 5% do
mercado. O que se querem Pindorama é afogar a
concorrência do novo.
No lance da Aneel há 0 interesse específico das
distribuidoras. O que se pode dizer da Prefeitura
de São Paulo apurrinhando as patinetes? Os
doutores querem que se definam pontos de
estacionamento para elas. Tudo bem, 0 sujeito
pega uma patinete para um percurso de dois
quilômetros e depois precisa percorrer mais mil
metros para estacioná-la.
Isso acontece numa prefeitura que deveria
fiscalizar as caçambas de entulho que se
transformam em lixeiras. Desde 2008 uma lei
manda que exista um cadastro eletrônico das
caçambas. Cadê? Em 2017 a prefeitura (gestão
João D ori a) prometeu que cada uma dessas
lixeiras a céu aberto teria um chip e assim seria
possível evitar que elas ficassem nas ruas além
dos prazos permitidos. Cadê?
No caso das patinetes o atraso ataca o novo
apenas porque ele apareceu.
A Hiroshima de Janot
O Intercept Brasil revelou que, às 20h11 do dia
17 de maio, o procurador Deltan DalIagnol disse
o seguinte a uma colega:
“Janot me disse que não sabe se Raquel é
nomeada porque não sabe se o presidente vai
cair”
Poucas horas antes da conversa de Janot com
Dallagnol havia explodido a bomba do grampo de
Temer com o empresário Joesley Batista,
ocorrida em março. Janot conhecia o áudio e,
desde o início de maio, sabia também que o
repórter Lauro Jardim recebera uma narrativa da
conversa gravada.
A frase desconjuntada de Dallagnol revela que
naquela noite Janot associava uma possível
queda de Michel Temer ao desejo de bloquear a
escolha de Raquel Dodge para o seu lugar. O
então procurador-geral da República ficou na
situação do japonês de Hiroshima que, em
agosto de 1945, acordou, foi ao banheiro, deu a
descarga e BUUUM explodiu a bomba atômica. O
japonês da piada enganou -se, mas Janot achou
que detonara 0 governo e Temer cairia. Nas 24
horas seguintes, pareceu possível que o
presidente renunciasse.
Data: 21/10/2019
87
Grupo de Comunicação
Antes da explosão do grampo de Joesley Batista,
Janot teve pelo menos duas conversas com
Temer; tratando da sua substituição na
procuradoria-geral, pois seu mandato ia até
setembro. Em ambas, criticou os colegas que
provavelmente viriam na lista tríplice da guilda
de procuradores, esperada para junho. Seu
desapreço pela doutora Dodge era enfático. Na
segunda conversa, Temer cortou a manobra
dizendo-lhe que se estivesse interessado em ser
reconduzido, seria melhor que se inscrevesse
como candidato.
A conversa de Janot com Dallagnol também
sugere que o procurador-geral difiicilmente iria
ao Supremo no dia 11 de maio decidido a fuzilar
0 ministro Gilmar Mendes, matando-se em
seguida. Noves fora que ele não estava em
Brasília, mas em Belo Horizonte, ele tinha outro
projeto: soltar 0 grampo de Temer, derruba Io,
impedir a escolha de Raquel Dodge e, quem
sabe, ser reconduzido para a procuradoria-geral.
A trompa da Nona
O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara
Federal Criminal de Brasília, absolveu 0 ex-
presidente Michel Temer no processo em que era
acusado de ter obstruído a ação da Justi ça no
diálogo que manteve com 0 empresário Joesley
Batista.
Os critérios jurídicos que levaram 0 magistrado a
essa decisão são de sua alçada. Contudo, 0
doutor desqualificou 0 conteúdo da fita porque o
laudo da perícia registra a existência de 76
trechos ininteligíveis e outros 76 momentos de
“descontinuidade”
Os 38 minutos do grampo de Joesley Batista
quebraram a perna do governo de Temer. Ele
tem trechos ininteligíveis e descontinuidades e
enquanto não/oi conhecida a sua íntegra, ganhou
interpretações precipitadas. Apesar de tudo isso,
é uma peça sólida.
Desqualificá-lo pelos detalhes seria o mesmo que
negar o desempenho de uma orquestra que
tocou a Nona Sinfonia de Beethoven porque a
quarta trompa desafinou. A trompa de fato
escrocou, mas aquilo que a orquestra tocou era a
Nona.
VB na rede
Às vésperas de decisão do Supremo sobre a
prisão depois da segunda instância, 0 general da
reserva Eduardo ViliasBôas voltou às redes
alertando para 0 risco de uma “eventual
convulsão social".
Se ele falou como assessor especial do Gabinete
de Segurança Institucional, a falta de detalhes
torna seu alerta um simples asterisco.
Se falou como ex-comandante do Exército, o
melhor que se tem a fazer é ouvir o silêncio de
três de seus antecessores, os generais Enzo Peri,
Francisco Albuquerque e Gleuber Vieira.
Comandaram 0 Exército durante 17 anos,
passaram 0 bastão e deixaram seus sucessores
trabalhar em paz.
Embaixador radioativo
O melhor que Bolsonaro tem a fazer é arquivar a
ideia de in dicar seu filho Eduardo para a
embaixada em Washington.
Depois do escândalo da diplomacia de compadrio
de Donald Trump e do tenebroso telefonema que
deu ao presidente da Ucrânia, o 03 perto da Casa
Branca seria uma fonte de radioatividade.
Nova política
Ganha uma licença para queimar três alqueires
da Amazônia quem puder dizer um só item de
interesse público na briga de Bolsonaro com 0
PSL e do PSL com Bolsonaro.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=32619243&e=577
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Data: 21/10/2019
88
Grupo de Comunicação
O QUE A FOLHA PENSA: Derrame de inépcia
Falta governo esclarecer se cumpre plano de
2013 para deter óleo em praias do NE
Mancha de óleo na praia de Sítio do Conde (BA) -
Raul Spinassé/Folhapress
Quase dois meses após as primeiras manchas de
óleo chegarem às praias do Nordeste, persiste o
enigma sobre a origem do derramamento. Não
que achar culpados seja a maior prioridade,
diante do desafio de livrar 2.100 km de litoral do
piche que parece interminável, mas a
incapacidade de fazê-lo ilustra bem a letargia do
governo.
Pela extensão alcançada do desastre, cerca de
um quarto da costa brasileira, já se trata do
maior acidente do gênero. Foram afetadas 187
localidades em 77 municípios dos 9 estados
nordestinos.
Mais que organizar e liderar ações concretas de
remediação, o Planalto parece empenhado em
apontar o dedo para a Venezuela e propagar
vaga teoria conspiratória sobre intenção
criminosa na poluição. Uma coisa é o óleo ter
sido extraído de território venezuelano; outra,
bem diversa, é atribuir responsabilidade pelo
vazamento ao regime de Nicolás Maduro.
A hipótese mais provável indica que as manchas
parecem vir de alto-mar, a centenas de
quilômetros do litoral de Pernambuco e Paraíba.
Poderia ser um naufrágio, ou transbordo
desastrado de óleo a partir de um navio sem
registro contratado para burlar o embargo à
Venezuela. Ninguém sabe.
Sem indício palpável algum, o presidente Jair
Bolsonaro (PSL) sugeriu na sexta-feira (18) que o
objetivo oculto seria prejudicar o megaleilão de
cessão onerosa marcado para o mês que vem.
Trata-se de manobra canhestra para tentar
faturar politicamente uma tragédia para a fauna
e a flora com potencial de prejudicar o turismo e
a pesca no Nordeste.
Tal diversionismo trai o propósito de passar ao
largo do esclarecimento devido: estaria o
governo federal cumprindo tudo que prevê o
Plano Nacional de Contingência para Incidentes
de Poluição por Óleo em Água (PNC) aprovado
em 2013, ainda na administração da presidente
Dilma Rousseff (PT)?
Cabe ao Ministério do Meio Ambiente e à
Marinha, peças centrais do esforço necessário de
contenção dos danos, prestar contas à opinião
pública sobre isso. Com detalhes, com dispensa
de declarações pomposas de boas intenções.
Entretanto descobriu-se que a gestão de Jair
Bolsonaro extinguiu dois comitês integrantes do
PNC, em meio a sua ofensiva cega contra
conselhos e outros colegiados consultivos
instalados no Executivo federal —que o Planalto
julga serem herança dos anos petistas.
Difícil dizer agora se os comitês, caso estivessem
em funcionamento, permitiriam uma resposta
mais rápida e eficaz ao desastre. Fato é que esse
governo não se ajuda.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/
derrame-de-inepcia.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
O QUE A FOLHA PENSA: Nova infraestrutura
Se bem negociados, projetos que redesenham
setores poderão alavancar o PIB
Estação de compressão de gás natural em São
Carlos, interior de São Paulo - Edson Silva
/Folhapress
Tramitam pelo Congresso projetos de lei que
tendem a causar mudança de grande relevância
para o investimento privado em setores centrais
da economia do país.
Há textos que redesenham o mercado de gás, o
segmento de energia elétrica, o saneamento, o
modelo de concessões e parcerias público-
privadas, além de complementar a recém-
aprovada nova lei geral de telecomunicações,
que ainda precisa ser regulamentada.
Fora do Legislativo, há novidades emperradas
nas agências reguladoras, como o leilão das
redes móveis 5G, o que deve adiar investimentos
para daqui a dois anos.
São notáveis o alcance e a profundidade das
alterações que essas possíveis novas legislações
podem causar no panorama da infraestrutura e
da tecnologia nacionais. Mais do que isso, trata-
se de inovações necessárias para uma
recuperação do crescimento.
A lista constitui, na prática, um programa de
metas regulatórias, de criação de condições para
o investimento privado, ainda mais relevante em
uma situação de penúria estatal que não será
atenuada antes de meia década. Essa agenda
deveria ser prioridade de um governo que se
quer reformista.
Não é bem o que se observa —um tanto devido à
desarticulação parlamentar e à indefinição de
rumos do governo Jair Bolsonaro (PSL).
Quanto ao setor elétrico, por exemplo, tramitam
vários projetos de reorganização, baseados em
documento elaborado ainda no governo de Michel
Temer (MDB). Talvez surja outro projeto, do
Executivo, em uma desordem política.
O texto do saneamento avança, mas depende de
ajustes que facilitem a entrada de empresas
privadas nesse setor. Também nesse caso, falta
coordenação de esforços.
Ao menos a reforma da lei de concessões e PPPs,
que pode dar mais celeridade e garantias a essas
variantes de privatização, passou a andar em
ritmo apreciável, graças ao interesse do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A liberalização dos setores de gás e saneamento,
o 5G e regras mais seguras para concessões
devem mudar o padrão do investimento no país.
A limpeza da imensa confusão no setor elétrico e
a privatização da Eletrobras podem garantir o
fornecimento de energia para a retomada do
crescimento.
O país e, espantosamente, mesmo a área
econômica do governo parecem não se dar conta
da enorme relevância de tais temas. A correta
primazia atribuída à reforma da Previdência não
justifica que essas pautas recebam menos
atenção do Planalto que ninharias políticas e
picuinhas ideológicas.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/
nova-infraestrutura.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Soberania, Amazônia e aquecimento global
Queimada no Pará afeta paquistanês ou
trumpista
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
No começo da década de 1980, o brilhante
brigadeiro Aldo Vieira da Rosa, professor emérito
da Universidade Stanford (EUA) e especialista em
ionosfera (parte superior da atmosfera terrestre),
escreve um artigo para esta Folha alertando
sobre a emissão de gases de efeito estufa e as
consequências para o clima. Peguei o pião na
unha. Voltei para os livros, para os artigos.
Conclui então que a combinação de fenômenos
físicos responsáveis pelo efeito estufa
atmosférico tinha como consequência inexorável
o aquecimento da Terra e de sua atmosfera. E
tais fenômenos decorriam necessariamente da
combustão de materiais orgânicos, tais como
petróleo e seus derivados, carvão, gás natural,
madeira e outros produtos vegetais.
Meus cálculos mostravam que o volume de gases
do efeito estufa que seriam produzidos pela
queima total da floresta amazônica seria
equivalente ao daquele emitido pelo petróleo já
queimado somado às suas reservas medidas.
Lancei-me à luta pelo esclarecimento da
população e dos governantes.
O físico e professor emérito da Unicamp Rogério
Cezar de Cerqueira Leite - Keiny Andrade -
29.mar.17/Folhapress
Fui chamado de alarmista, inclusive por eméritos
acadêmicos. Todavia, já no início do século 21
não havia um único cientista, reconhecido pela
competência, que negasse o aquecimento global
e sua gênese na atividade humana. As poucas
vozes que negam hoje o aquecimento global e
sua origem antropogênica ou são de
pseudocientistas em busca de holofotes ou de
sustento alimentar. Também é possível que
sejam tão tapados intelectualmente que não
consigam entender os fenômenos da física
elementar envolvidos no aquecimento global.
Por falar em Jair Bolsonaro, o presidente do
Brasil tem toda a razão em lutar veementemente
pela soberania nacional. Mas voltemos à vaca
fria.
O negacionismo científico relativo ao
aquecimento global entre cientistas é hoje zero.
De cerca de 25 mil artigos sobre o assunto,
publicados de 2014 a 2016, apenas 5 negam a
natureza antropogênica do aquecimento global. E
pode-se imaginar quais sejam suas obscuras
motivações.
Não nego a soberania de meu vizinho sobre sua
casa e seu quintal, mas peço a interferência da
polícia se depois das dez da noite ele põe
naquela altura o seu rock metálico.
Se pudéssemos manter em nosso espaço
soberano as insidiosas moleculazinhas que
emitimos quando pomos fogo em nossa mata,
situada em nosso território nacional, então
poderíamos falar em soberania. Mas acontece
que essas danadas moleculazinhas são
indisciplinadas. Não aceitam ordem unida. Elas e
seus efeitos nocivos se espalham pela Terra.
Uma queimada no Pará pode contribuir para
matar um pobre paquistanês que nunca ouviu
falar em Amazônia —ou um letrado alemão e até
mesmo um americano trumpista.
As moléculas de gases de efeito estufa emitidas
no Brasil não respeitam a soberania dos demais
países do planeta. Eis por que essa soberania
sobre a Amazônia tem que ser mais bem
compreendida.
E não devemos esquecer o sábio ensinamento de
Goethe: “Aquele que não se controla acaba
sendo controlado”. A soberania sobre a Amazônia
precisa ser conquistada. Só a mereceremos se a
cultivarmos e a respeitarmos como verdadeiro
patrimônio a ser conservado.
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Físico, professor emérito da Unicamp, membro
do Conselho Editorial da Folha e presidente do
Conselho de Administração do CNPEM (Centro
Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais)
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/10/
soberania-amazonia-e-aquecimento-global.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Tasso deve retirar fim de isenção a
filantrópicas de PEC paralela da Previdência
Vão-se os anéis
O relatório da PEC paralela da reforma da
Previdência deve desembarcar desfalcado nos
próximos dias na Comissão de Constituição e
Justiça do Senado. O fim da isenção tributária a
entidades filantrópicas será suspenso. Segundo
aliados, o relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) teria
se convencido a tratar do tema em projeto de lei
após a reforma, detalhando como corrigir o que
ele considera uma injustiça. Entre as beneficiadas
pela menor tributação, há faculdades de elevado
padrão aquisitivo.
Catecismo
Parlamentares narram que universidades e
outras entidades ligadas a igrejas intensificaram
o lobby nas últimas semanas e conquistaram
apoio contra a ofensiva, como o do chefe da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni. O ministro prometeu
levantar oposição do próprio governo, em tese o
maior interessado em aumentar a arrecadação.
De boas intenções…
Tasso calculava economizar R$ 155 bi em dez
anos com a contribuição ao INSS das entidades
filantrópicas e do agronegócio, compensando
parte da desidratação da reforma da Previdência
no Senado. Com a retirada, a PEC paralela se
concentrará nas aposentadorias de estados e
municípios.
Segundo tempo
Com estrada em temas fiscais, o ex-ministro do
Planejamento Esteves Colnago, adjunto na
secretaria especial de Fazenda, pilotará o contato
com parlamentares na tramitação do pacote pós-
Previdência que Paulo Guedes lança nos
próximos dias.
Barreira de coral
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) não gostou
de saber que a equipe de Guedes estuda inserir
medidas que reduzem os gastos do governo em
proposta de emenda constitucional que elaborou
quando ainda era senadora e aliada do governo
Dilma Rousseff.
Barreira de coral 2
O espírito de seu texto, diz, é permitir que o
gasto público aumente quando a economia
patina, como agora, e não o oposto. “Não vou
permitir que usem o projeto para isso. Se
precisar retiro.”
A regra é clara
Gleisi, que é presidente do PT, rejeita ainda o
diagnóstico feito por colegas de partido ao Painel,
de que a soltura de Lula pode ajudar a reagrupar
a direita, em crise. “É como deixar o Pelé no
banco porque os adversários vão reforçar a
retranca”, diz. Para ela, a direita teme competir
com Lula livre. “Quem tem medo de jogar, não
desce pro play.”
Senhor de mim
Escalado pelo PSL para representar o partido na
comissão parlamentar que investiga a
disseminação de fake news, o deputado Julian
Lemos (PB), hoje desafeto da família
presidencial, adiantou ao Painel seu
posicionamento. “Eu vou ser imparcial. Ponto
final. Serei justo”.
Senhor de mim 2 A comissão é um dos maiores
focos de preocupação de aliados do presidente
Jair Bolsonaro —os filhos dele condenam a
investigação.
Que se come frio
Apesar das derrotas impostas à ala bolsonarista,
o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo
(PSL-GO), não escondeu de ninguém a satisfação
pessoal que sentiu com a queda de Joice
Hasselmann (PSL-SP).
Que se come frio 2 Joice, tirada por Bolsonaro da
liderança do governo no Congresso, criticava o
desempenho de Hugo, de quem o presidente é
pessoalmente próximo.
Parede com ouvidos
A sequência de gravações ocultas patrocinadas
por membros do PSL intrigou líderes de outras
legendas da Câmara. A partir de agora, diz um
deles, reunião com o PSL só se puder ser pública,
sem bastidor nem confidência.
Teus sinais
Conselheiros do CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público), responsável por analisar e
aplicar sanções contra procuradores, dizem que a
interlocução com Augusto Aras, procurador-geral
da República, hoje é mínima. E que, por isso,
eles não têm ideia de como será a condução dele
à frente do órgão.
Front
O CNMP precisa escolher seu novo corregedor. A
eleição poderia ocorrer nesta terça (22), mas
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Grupo de Comunicação
conselheiros estão pessimistas. A ala que quer
aplicar sanções a Deltan Dallagnol, por exemplo,
quer emplacar Sebastião Caixeta, do Ministério
Público do Trabalho. Já Aras trabalharia por
Marcelo Weitzel, do Ministério Público Militar.
TIROTEIO
Seria descaramento histórico qualquer
movimento fora do cárcere, e o STF deve ter a
exata noção de sua responsabilidade
Do senador Álvaro Dias (Pode-PR), sobre os
planos do ex-presidente Lula de rodar o país caso
conquiste vitória no STF e saia da prisão
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/10/21/t
asso-deve-retirar-fim-de-isencao-a-filantropicas-
de-pec-paralela-da-reforma-da-previdencia/
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Doria turbina imagem pública com
inaugurações privadas e anúncios
duplicados
Governador busca se manter em evidência com
agenda recheada de eventos e entrevistas
Joelmir Tavares
Carolina Linhares
SÃO PAULO
Com uma agenda moldada para mantê-lo em
evidência, João Doria (PSDB) turbina sua
exposição pública ao privilegiar contatos com a
mídia, incluir inaugurações e investimentos
privados na sua lista de afazeres como
governador e anunciar medidas mais de uma
vez.
Cotado para disputar a Presidência em 2022, o
tucano manteve um ritmo intenso de atividades
em nove meses no Palácio dos Bandeirantes —
chegou a fazer até o descerramento da placa de
instalação de escadas rolantes em um terminal
de ônibus de Francisco Morato, em setembro.
Governador do Estado de São Paulo, João Doria
participa da implantação do terminal rodoviário
oeste de Franco da Rocha Local: Franco da
Rocha - SP. Data: 04\09\2019 Foto: Governo
do Estado de São Paulo
A Folha analisou a agenda dele de 1º de janeiro a
10 de outubro —foram 166 entrevistas coletivas
à imprensa em 283 dias, a maioria para anunciar
feitos do governo. No período, Doria participou
do lançamento de 32 programas, esteve em 58
inaugurações e fez 121 anúncios de medidas.
A tabulação foi feita com base nos registros da
agenda oficial divulgada no site do governo e no
grupo de WhatsApp usado pela assessoria de
imprensa para compartilhar conteúdos de Doria
com jornalistas.
Foram excluídas do levantamento reuniões a
portas fechadas ou participações em eventos sem
relação direta com o governo.
Cerca de 10% dos anúncios e inaugurações
descritos na agenda correspondem a ações e
investimentos de empresas privadas. Seja no
lançamento da nova fábrica da Cargill ou da nova
sede da Nestlé, o governador se apropria dos
eventos ao posar para fotos e fazer discursos.
No mês passado, por exemplo, o tucano
inaugurou uma fábrica de chocolates da Mars
Wrigley, em Guararema, e posou com uma caixa
de Snickers, produto da marca.
Ainda em setembro, ele usou touca e avental no
ato que marcou a abertura de uma nova linha de
produção da fábrica de sucos Natural One, em
Jarinu.
A prática de conciliar interesses públicos e
privados foi mais comum no setor automotivo,
considerado estratégico por Doria.
Depois de anunciar, em março, o programa
IncentivAuto (que dá desconto no ICMS para
montadoras), o governador participou de
anúncios de investimentos da Honda, da Toyota e
da Volkswagen e ainda celebrou a compra da
Ford pela Caoa.
Com o programa São Paulo pra Todos, o
governador usou a mesma lógica de
propagandear um incentivo ao setor privado e,
depois, explorar a adesão de cada empresa como
uma nova conquista.
Lançado em fevereiro, o programa reduziu o
imposto sobre combustível de aviação. Nos
meses seguintes, o tucano anunciou à imprensa
novos voos de Passaredo, Gol e Azul. Para cada
anúncio, uma entrevista coletiva —algumas no
Bandeirantes.
As duas plataformas, IncentivAuto e São Paulo
pra Todos, exemplificam ainda outra estratégia
do governador: a de anunciar medidas antes que
elas entrem formalmente em vigor.
Quando Doria lançou esses programas, o governo
nem sequer havia enviado as propostas para a
Assembleia de São Paulo, onde os deputados
poderiam aprová-las ou rejeitá-las.
Anunciado em 5 de fevereiro, o São Paulo pra
Todos só foi encaminhado à Assembleia em 18
de abril. Os deputados aprovaram a medida em
26 de junho. Já o IncentivAuto, divulgado em 8
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Grupo de Comunicação
de março, foi proposto ao Legislativo em 11 de
junho e recebeu sinal verde em 2 de outubro.
Outra prática do governador é dedicar mais de
uma entrevista para anunciar uma mesma
medida. O programa SP Gastronomia apareceu
na agenda em 13 de agosto, data em que foi
apresentado ao tucano.
A medida surgiu mais duas vezes: falas à
imprensa em 23 de agosto e em 27 de setembro
foram classificadas pela equipe dele como
lançamento do programa.
Foi em uma etapa do SP Gastronomia em
Taubaté, no último dia 15, que Doria foi recebido
com um protesto e gritou aos manifestantes:
"Vai pra casa, vagabundo. [...] Vai pra casa,
aposentado". O governador acabou admitindo
que se excedeu.
Como mostrou a Folha, a agenda de Doria em
2019 também incluiu relançar, com novo nome,
um programa da gestão José Serra (PSDB) de
habitação para idosos e inaugurar uma estação
do Metrô que deveria estar funcionando desde
2014.
O pente-fino na agenda do tucano revela ainda
uma predileção por compromissos de curta
duração. Raras vezes os itens da pauta se
estendem por mais de uma hora.
Com eventos breves, o dia de Doria comporta
mais atividades, o que contribui para a
construção de uma fama almejada por ele: a de
gestor produtivo e chefe que nunca dorme.
O cronograma habitualmente é cumprido à risca
—o tucano costuma ser pontual e cobra o mesmo
de seus auxiliares.
A agenda formatada sob medida para render
boas imagens remonta à estreia de Doria na
gestão pública. Em seus apenas 15 meses como
prefeito da capital, o tucano foi pródigo em criar
situações.
Ao longo de 2017, ele surgiu vestido de gari,
plantou árvore, pintou ponto de táxi e usou
cadeira de rodas para testar uma calçada. Tudo
registrado por suas próprias equipes e pela
mídia.
Embora mais discreto como governador, ele já
embarcou em bote e foi navegar no rio Pinheiros
para prometer despoluição, dirigiu trator em uma
feira agrícola e botou chapéu de caubói em
Barretos.
Jornalista e publicitário, Doria comandou
programas de entrevistas na Band e o reality
show "O Aprendiz", na Record, antes de entrar
de vez para a política.
A experiência faz com que a área mereça atenção
especial do governador. Por isso, a agenda é
discutida com o secretário de Comunicação,
Cleber Mata, e com o coordenador de Marketing
do governo, Duílio Malfatti.
OUTRO LADO
Em nota, o governo paulista justificou a presença
de Doria em inaugurações e anúncios de
investimentos de empresas privadas.
"É papel do gestor estadual se preocupar e agir
para garantir mais emprego e renda para o
estado. Portanto, a participação do governador
em eventos desse tipo mostra a proatividade da
gestão em trazer cada vez mais emprego e
receita fiscal", afirma.
Em relação ao anúncio de programas que ainda
não foram votados pela Assembleia, o governo
diz que "desrespeito seria se a ação fosse por
decreto, por exemplo, sem o amplo debate que
as questões exigem".
Sobre os projetos anunciados mais de uma vez, o
governo diz que "são compostos por várias fases
e cada uma tem sua relevância".
A AGENDA DE DORIA
Governador de SP aposta em entrevistas e
anúncios para se manter em evidência
De 1º jan.19 a 10.out.19 (283 dias)
166 entrevistas à imprensa
121 anúncios de medida
58 inaugurações
32 lançamentos de programas
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Cerca de 10% dos eventos correspondem a
inaugurações e anúncios feitos por empresas
privadas com a participação do tucano
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/d
oria-turbina-imagem-publica-com-inauguracoes-
privadas-e-anuncios-duplicados.shtml
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Painel S.A.: Levantamento aponta 298 obras
de mobilidade paradas ou atrasadas em SP
Segundo sindicato, problema é enfrentado em
mais de 30 pontes e viadutos
Canteiro de obras paradas
A indústria da construção pesada apurou 298
obras de mobilidade urbana paradas ou
atrasadas em São Paulo, em um levantamento
do Sinicesp (sindicato do setor). São mais de 30
obras de pontes e viadutos, que abrangem cerca
de R$ 100 milhões, três terminais e um VLT (R$
104 milhões). Mas o que preocupa o setor são as
mais de 250 obras urbanas e rodoviárias, como
metrô e trecho do Rodoanel Norte, por exemplo,
que representam ainda um volume de R$ 24
bilhões.
Asfalto
Um mercado que já empregou 120 mil pessoas
em 2014 e hoje gira em torno de 75 mil postos
de trabalho, a construção pesada lamenta até a
redução nas verbas para manutenção de pistas.
Buraco
“Vai entrar a estação chuvosa. A manutenção
feita no ano passado já foi menor do que em
anos anteriores. Se não preservar o que já tem,
vai deteriorar muito. Isso é questão de
segurança”, diz Carlos Eduardo Prado, gerente
técnico do Sinicesp.
Planta
Para além do uso medicinal da maconha debatido
no setor farmacêutico, as empresas de
cosméticos se interessam cada vez mais pelo
tema, segundo a Abihpec (associação das
indústrias de higiene e beleza). No foco estão a
criação de produtos usados no combate de rugas
e cremes anti-inflamatórios.
Fila
A Anvisa ainda não estuda regular cosméticos à
base da erva. Segundo a Abihpec, o setor, caso
autorizado, está disposto a importar óleo feito da
planta, sem THC, substância psicoativa, evitando
a resistência que haveria caso a maconha fosse
plantada aqui.
Lute como...
Uma menina de seis anos do Arkansas provocou
a indústria de brinquedos americana a repensar a
produção de bonecos de soldadinhos, uma
tradição de mais de 80 anos. Com a ajuda da
mãe, ela enviou uma cartinha a três fabricantes
pedindo versões femininas dos personagens.
...uma garota
A correspondência, que descrevia a frustração da
criança por encontrar, na melhor das hipóteses,
soldadinhos fardados pintados de rosa, chegou
até a imprensa americana. Segundo o New York
Times, a empresa BMC Toys, da Pensilvânia,
planeja lançar em 2020 uma linha com soldadas
empunhando bazucas, binóculos, pistolas e rifles.
Bula
A Abradilan, associação de distribuiddores
farmacêuticos, registrou alta de 7% nas vendas
de janeiro a agosto deste ano, atingindo R$ 3,9
bilhões. Os medicamentos genéricos e similares
representaram 44,5% do mercado.
Tanque
O debate sobre a venda direta de combustíveis
para postos esquenta no Congresso. Nas
próximas semanas, deve entrar na pauta a
votação do projeto de decreto a favor da medida
para o etanol.
Mamadeira
A mudança foi defendida na quarta (16) na
comissão de Minas e Energia pelo deputado Elias
Vaz (PSB-GO), que, para criticar o papel das
distribuidoras no processo, comparou a venda do
combustível com a de leite. “As crianças bebem
leite e não tem esse tipo de regra. Motor de carro
é mais importante do que gente?”, disse.
Visita
Já os parlamentares com visão oposta,
apontando risco de concentração de mercado,
aprovaram requerimento para convocar o diretor-
geral da ANP, Décio Oddone, pela segunda vez.
Querem que ele explique o debate na agência
para autorizar a venda de gasolina diretamente
da refinaria aos postos.
Luxo ecológico
No contexto de tragédias ambientais, a MCF,
consultoria de gestão de luxo de Carlos
Ferreirinha, convidou a executiva global Sylvie
Bérnard, da LVMH, para falar sobre
sustentabilidade em evento no dia 31.
Pilares
A crise no PSL tem sido acompanhada com
cautela por presidentes de empresas com
potencial de investimento. Os próximos capítulos
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Grupo de Comunicação
do racha no partido, dizem, devem ser
observados com a lupa econômica. Segundo um
alto executivo do setor financeiro, um presidente
precisa ter ao menos um de dois pilares para
tocar seu mandato: Congresso ou economia.
Equilíbrio
Conforme essa leitura, Dilma Rousseff sobreviveu
sem o Congresso até a economia estourar e
Michel Temer foi segurado pelos congressistas na
esteira de uma recuperação econômica pífia, mas
Bolsonaro precisa estar ciente de que a paciência
de 12,6 milhões de desempregados tem limite.
Multiplicação
A fintech Neon diz que abriu 450 mil contas em
setembro e que a alta invadiu outubro, com 70
mil adesões só na quinta-feira (17).
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
Painel S.A.
Jornalista, Joana Cunha é formada em
administração de empresas pela FGV-SP. Foi
repórter de Mercado e correspondente da Folha
em Nova York.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/10/levantamento-aponta-298-obras-de-
mobilidade-paradas-ou-atrasadas-em-sp.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Técnica usada em desastre aéreo ajuda na
busca por origem do óleo que atinge o
Nordeste
Cientistas independentes usam modelo de busca
de restos de avião para achar fonte das manchas
Simon Ducroquet
SÃO PAULO
Um esforço conjunto entre pesquisadores da
agência americana Noaa (Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica dos EUA) e da
Universidade de Miami propõe um método usado
para rastrear destroços do avião da Malaysia
Airlines no oceano Índico, em 2014, para
identificar a origem do petróleo nas praias do
Nordeste.
Entre os cientistas dedicados à tarefa está o
oceanógrafo brasileiro Marlos Goes, que
disponibilizou os resultados preliminares do
estudo à Folha.
O método se baseia no uso de “derivadores
oceânicos”, boias um pouco maiores que uma
bola de basquete com um arrasto de 15 metros
de profundidade e que são arrastadas pelas
correntes marinhas.
Há milhares delas espalhadas pelos oceanos,
coletando dados sobre pressão atmosférica,
temperatura e localização. Esses dados são
enviados em tempo real para os computadores
da Noaa através de satélites.
Com esses dados, os pesquisadores conseguiram
construir o mapa que mostra as correntes
marítimas no momento anterior ao início do
aparecimento das primeiras manchas de óleo no
Nordeste brasileiro.
Esses dados alimentaram um modelo estatístico
no qual vários cenários são levados em conta e o
resultado aponta para a probabilidade da origem
do óleo em diversas áreas, e não um único
ponto.
Quando esse método foi aplicado no caso da
Malaysian Airlines, existiam fortes indícios do
ponto onde o avião havia caído no oceano Índico,
mas os destroços já tinham sido dispersados
pelas correntes marítimas. O método baseou-se
nos dados coletados pelas boias derivadoras para
determinar até onde os destroços tinham sido
levados.
De fato, muitos estavam encontrados próximos à
costa leste do continente africano, a milhares de
quilômetros do local de origem, como havia
previsto o método baseado nas boias.
No caso do petróleo no Nordeste, o modelo foi
aplicado ao reverso, porque não se sabe o ponto
de origem das manchas, e sim o local onde elas
são encontradas ao atingir a costa.
Para isso foram considerados vários cenários,
levando em consideração diferentes durações, já
que o momento em que o vazamento ocorreu, ou
ainda está ocorrendo, também é desconhecido.
Um dos cenários considera que o petróleo
começa a ser derramado cerca de 2 meses antes
das primeiras manchas aparecerem nas praias.
Nesse caso, é mais provável que o vazamento
tenha ocorrido distante do litoral, numa faixa que
acompanha as grandes correntes do Atlântico, a
cerca de 700 km da costa.
Outro cenário considera que o derramamento
tenha sido mais recente, cerca de duas semanas
antes das primeiras manchas aparecerem. Nesse
caso, o mais provável é que o ponto de origem
seja próximo à costa, numa faixa onde há uma
rota movimentada de navios.
Goes e a equipe do estudo não tiveram acesso a
detalhes da química do óleo, que poderia indicar
há quanto tempo a substância está no mar e,
com isso, aumentar a precisão do resultado.
Segundo ele, o óleo sofre modificações durante
seu trajeto devido ao consumo por bactérias e
evaporação, e isso poderia indicar há quanto
tempo o vazamento aconteceu.
Há ainda a possibilidade de que o óleo esteja se
deslocando logo abaixo da superfície da água,
sob a ação de outras correntes. Nesse caso, as
simulações indicaram que a substância estaria se
dispersando mais lentamente. Ou seja, mesmo
que o vazamento tenha ocorrido há poucos
meses, a sua origem poderia ser próxima da
costa, a cerca de 400 km.
Outras simulações já vêm sendo feitas. Estudo
do pesquisador Fernando Túlio Camilo Barreto,
vinculado ao Inpe, sugere que a origem do óleo
está a cerca de 400 km da costa. Outro estudo,
da UFRJ, indica a origem numa faixa de 600 a
700 km da costa.
Os representantes do governo federal declararam
que monitoram o óleo desde o dia 30 de agosto.
Data: 21/10/2019
99
Grupo de Comunicação
Até a sábado (19), 200 localidades do Nordeste
tinham sido afetadas pela manchas de óleo, de
acordo com o Ibama.
Durante coletiva de imprensa, neste domingo
(20), um representante do Ibama informou que
foram identificados, até o momento, 67 animais
atingidos pelo óleo, dos quais 14 tartarugas
mortas.
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que
2.100 km nos nove estados da região foram
afetados desde o fim de agosto, quando as
primeiras manchas de óleo surgiram.
O MPF entrou, na quinta (17), com uma ação
contra a União por omissão no desastre das
manchas de óleo.
Segundo o MPF, trata-se do maior desastre
ambiental da história no litoral brasileiro em
termos de extensão.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/tecnica-usada-em-desastre-aereo-ajuda-na-
busca-por-origem-do-oleo-que-atinge-o-
nordeste.shtml
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Data: 21/10/2019
100
Grupo de Comunicação
Foto premiada registra momento único
entre raposa e marmota nas montanhas do
Tibet
Fotógrafo chinês Yongqing Ba venceu o Wildlife
Photographer of the Year
Yongqing Bao capta momento em que uma
marmota do Himalaia é surpreendida por uma
mãe raposa tibetana com três filhotes famintos
para alimentar Yongqing Bao/Natural History
Museum
SÃO PAULO
Um momento único em que uma raposa tibetana
entra em conflito com uma marmota do Himalaia
foi capturado pelo fotógrafo Yongqing Bao, nas
montanhas Qilian, na China.
A imagem ganhou o Wildlife Photographer of the
Year (WPY), uma das principais premiações de
fotografias de vida selvagem do mundo. A foto
foi escolhida entre 48 mil imagens inscritas,
vindas de cem países diferentes, informou o site
de Museu de História Natural de Londres, que
promove a WPY, nesta terça-feira (15).
"Fotograficamente, é simplesmente o momento
perfeito", diz Roz Kidman Cox, um dos juízes da
premiação. "Imagens feitas naquela região já são
suficientemente raras, mas ter capturado essa
poderosa interação entre a raposa e a marmota
foi extraordinário", completou Cox, explicando
que são duas espécies importantes para o
ecossistema da região.
As raposas tibetanas são encontradas no planalto
tibetano e pelo Ladaque, que se estendem pelo
Nepal, China, Índia e Butão. Embora elas não
sejam tão raras, as raposas são difíceis de
encontrar por viverem em até 5.300 metros de
altitude.
O fotógrafo Yongqing Bao é nascido e criado na
região e é totalmente fascinado pela vida
selvagem local. Ele é diretor e chefe de fotografia
ambiental da Qilian Mountain Nature
Conservation Association of China.
"Após anos de fotografia, percebi que há ainda
muito o que se fazer em termos de conservação
do meio ambiente. Como fotógrafo, eu acredito
que e minha responsabilidade fazer com que as
pessoas saibam que os animais selvagens são
amigos indispensáveis dos seres humanos".
Além de Yongqing Bao, Cruz Erdmann também
foi premiado no concurso, só que entre os
jovens. Durante um merguho noturno, o
fotógrafo registrou as cores de uma lula de recife
na Indonésia. Ela foi batizada de "Brilho Noturno"
https://f5.folha.uol.com.br/bichos/2019/10/foto-
premiada-registra-momento-unico-entre-raposa-
e-marmota-nas-montanhas-do-tibet.shtml
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Data: 21/10/2019
101
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: STF teve aumento de 25%
no número de visitantes em 2019
O maior interesse é creditado, entre outras
coisas, ao fato de a corte ter destaque na mídia
O número de visitantes no STF (Supremo
Tribunal Federal) aumentou 25% neste ano, em
relação a 2018. O interesse é creditado, entre
outras coisas, ao fato de a corte, mesmo
atacada, estar sempre em destaque na mídia —a
cada dia, os ministros recebem um resumo de
200 páginas do que é publicado sobre o tribunal.
BANDEIRAS
A média mensal de visitantes passou de 1.030
em 2018 para 1.290 este ano. Os paulistas são
maioria (3.745), seguidos pelos brasilienses
(1.828) e mineiros (1.585).
BANDEIRAS 2
Os estrangeiros representam apenas 2% do
total. Neste ano, o Supremo já foi visitado por
cidadãos americanos, franceses, chilenos e sul-
coreanos.
MEGAFONE
E o STF já está em fase final de elaboração de
um curso, presencial ou à distância, sobre o
próprio tribunal. A estratégia é apresentar dados
oficiais e estatísticos que demonstrem a
importância dele para o país e desmitifiquem a
imagem propagada por fake news.
LUZ
O curso, idealizado pelo assessor de
Comunicação da Presidência, Adão Paulo Oliveira,
abordará questões como a história do tribunal,
grandes decisões, transparência e mitos e
verdades sobre o STF.
TOMA LÁ
O PSL está em pé de guerra também nos
estados. No Ceará, o deputado estadual André
Fernandes (PSL-CE) acusa o deputado federal
Heitor Freire (PSL-CE) de usar o conselho de
ética do diretório estadual do partido para
intimidá-lo e expulsá-lo da legenda.
DÁ CÁ
Na quinta (17), Fernandes usou suas redes
sociais para acusar Freire de ter gravado e
vazado a conversa na qual o presidente Jair
Bolsonaro articula com deputados do PSL a
mudança na liderança da sigla na Câmara. Ele o
chamou de “canalha” e “traidor”.
BATE
Freire nega que tenha gravado Bolsonaro e diz
que vai processar Fernandes. Ele afirma que a
notificação foi motivada por denúncias de filiados
sobre postagens de Fernandes contra o partido e
faltas do parlamentar na assembleia. “Ele está se
vitimizando.”
TELONA
O cantor Criolo interpreta o escravo Couraça no
longa “O Juízo”, dirigido por Andrucha
Waddington; o filme será exibido na quinta-feira
(24), no Espaço Itaú da Augusta, dentro da
programação da Mostra Internacional de Cinema
em SP
PODE CHAMAR
Um grupo de parlamentares do PT vai convidar a
deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) para
prestar esclarecimentos à CPI mista das fake
news sobre a postagem em uma rede social na
qual ela diz não temer a “milícia digital” pró-
Bolsonaro. “Não estou preocupada. Tenho coisas
mais importante para resolver”, disse Joice à
coluna.
VIRTUAL
Na sexta (18), ela postou que “não tenho medo
da milícia, nem de robôs!”. “Eu sei quem vocês
são e o que fizeram no verão passado”, disse. A
mensagem exibe uma montagem com o rosto de
Joice em uma nota de R$ 3.
PAI E FILHO
Data: 21/10/2019
102
Grupo de Comunicação
A imagem foi postada pelo deputado Eduardo
Bolsonaro em retaliação à fala de Joice que disse
que ele “não consegue nada sozinho”. Na quinta
(17), ela foi destituída do posto de líder do
governo no Congresso. Os dois estão em lados
opostos no racha que se instalou no PSL.
VOZ
Os cantores Jorge Ben Jor, Emicida e Liniker e a
escritora Conceição Evaristo estão entre os
destaques da programação do Mês da
Consciência Negra, organizado pela Secretaria
Municipal de Cultura de São Paulo.
VOZ 2
O evento, que ocorre ao longo de novembro, terá
mais de 750 atividades, entre shows, encontros,
espetáculos de teatro e debates, realizados em
cerca de 130 pontos espalhados por todas as
regiões da capital paulista.
MEDALHA
O ex-presidente do Inpe, Ricardo Galvão, que foi
exonerado após críticas a dados sobre
desmatamento considerados sensacionalistas
pelo governo, será homenageado com o título de
cidadão paulistano em sessão solene organizada
pelo vereador Xexéu Tripoli (PV-SP).
MEDALHA 2
O artista Eduardo Srur, a jornalista chilena
Paulina Chamorro, o analista ambiental do Ibama
Roberto Cabral e o Fórum Nacional de Proteção e
Defesa Animal, representado pela ativista Sônia
Fonseca, também receberão honrarias. O evento
ocorre no dia 5 de novembro, na Fundação
Instituto de Física Teórica.
AULA
O escritor israelense Yuval Noah Harari, autor
dos best-seller “21 Lições para o Século 21” e
“Sapiens”, participará de encontro aberto ao
público no Memorial da América Latina, no dia 6
de novembro. O evento, organizado pela
Companhia das Letras, terá mediação do
jornalista André Petry.
NOITE ARTÍSTICA
Os banqueiros Olavo Setubal Jr., acompanhado
de sua mulher mulher, Nádia, e Alfredo Setubal
foram a jantar oferecido pelos empresários
Matheus Farah e Bruno Setubal para os jovens
patronos do Masp, em SP, na semana passada. O
curador-chefe do museu, Tomás Toledo, a artista
Mônica Ventura e a empresária Chris Pitanguy
compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O livro “Herói Mutilado”, da jornalista Laura
Mattos, será lançado nesta terça (22). Às 19h, na
Livraria da Vila da alameda Lorena.
Benedikte Astrid Ingeborg Ingrid, princesa da
Dinamarca, visita a Fundação Dorina Nowill para
Cegos nesta segunda (21).
Ocorre nesta segunda (21) o bate-papo “O
Cinema Uruguaio”, com mediação de Yael Steiner
e Paula Cohen. No B_arco, às 20h.
Taissa Buescu comanda nesta segunda (21)
coquetel de abertura da 5ª edição da Casa Vogue
Experience.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
Mônica Bergamo
Jornalista e colunista.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/10/stf-teve-aumento-de-25-no-
numero-de-visitantes-em-2019.shtml
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Data: 21/10/2019
103
Grupo de Comunicação
Novas normas tarifárias podem afogar
mercado de energia solar
Distribuidoras sustentam que esse mercado já
está maduro e por isso devem cobrar mais de
quem está ligado às suas redes
Elio Gaspari
O atraso sabe se defender. Ele precisa de tempo
e de um debate embaralhado. Se uma coisa não
andou num governo, talvez ande no próximo. A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
apresentou uma proposta para redesenhar as
tarifas do mercado de energia solar.
Grosseiramente, uma família que mora numa
casa e paga R$ 300 mensais por sua energia
pode investir R$ 15 mil em painéis solares,
derrubando sua conta para R$ 50. Como essa
casa está ligada à rede das distribuidoras, elas
querem redefinir as normas do mercado, ficando
com uma parte do que se economizou.
Desde o ano passado, realizaram-se consultas
públicas que duraram até quatro meses, com três
reuniões presenciais, em Brasília, São Paulo e
Fortaleza. Desse trabalho sobrou muito pouco e a
Aneel apresentou uma nova proposta. Nela, para
quem já usa energia solar, até 2030 fica tudo
como está. Quem entrar nesse tipo de consumo a
partir das novas normas, que viriam em 2020,
tomará uma tunga crescente, de 30% a 60% do
que vier a poupar.
A conduta da Aneel fica esquisita quando se sabe
que a nova consulta pública durará 45 dias e
desta vez haverá uma só audiência presencial.
Seria pressa, vá lá.
Como qualquer assunto relacionado com energia,
a discussão das tarifas é coisa complexa. Mesmo
assim, sabe-se que a luz do Sol é limpa,
produzida pelo Padre Eterno. As distribuidoras
sustentam que esse mercado já está maduro e
por isso devem cobrar mais de quem está ligado
às suas redes.
No Brasil a energia solar está com 0,18% do
mercado. O problema do equilíbrio com as tarifas
das distribuidoras foi enfrentado em regiões dos
Estados Unidos, na Alemanha e na China. Em
todos os casos, só se mexeu nas normas depois
que a energia solar tomou em torno de 5% do
mercado. O que se quer em Pindorama é afogar
a concorrência do novo.
No lance da Aneel há o interesse específico das
distribuidoras. O que se pode dizer da Prefeitura
de São Paulo apurrinhando as patinetes? Os
doutores querem que se definam pontos de
estacionamento para elas. Tudo bem, o sujeito
pega uma patinete para um percurso de dois
quilômetros e depois precisa percorrer mais mil
metros para estacioná-la.
Isso acontece numa prefeitura que deveria
fiscalizar as caçambas de entulho que se
transformam em lixeiras. Desde 2008 uma lei
manda que exista um cadastro eletrônico das
caçambas. Cadê? Em 2017 a prefeitura (gestão
João Doria) prometeu que cada uma dessas
lixeiras a céu aberto teria um chip e assim seria
possível evitar que elas ficassem nas ruas além
dos prazos permitidos. Cadê?
No caso das patinetes o atraso ataca o novo
apenas porque ele apareceu.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspa
ri/2019/10/novas-normas-tarifarias-podem-
afogar-mercado-de-energia-solar.shtml
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Data: 21/10/2019
104
Grupo de Comunicação
Quase um terço das espécies de bichos e
plantas é substituído a cada década
Estamos diante de uma bagunça sem
precedentes na diversidade da vida, indica
pesquisa
Reinaldo José Lopes
Que diabos está acontecendo com a
biodiversidade da Terra? Se essa pergunta não
costuma lhe passar pela cabeça nem tira um
pouquinho que seja do seu sono, gentil leitor,
esta coluna talvez coloque a proverbial mosca na
sua sopa.
Uma análise de 239 estudos publicados
anteriormente indica que, em escala local (ou
seja, a que envolve florestas, recifes de corais ou
pradarias individuais, por exemplo), temos vivido
uma bagunça sem precedentes na diversidade da
vida. Em média, a cada década, quase um terço
das espécies de animais e plantas de cada local
está sendo simplesmente trocado por
representantes de outras espécies.
Uma variedade de corais no recife de Flynn, parte
da Grande Barreira de Corais perto de Cairns, em
Queensland, na Austrália.
Uma variedade de corais no recife de Flynn, parte
da Grande Barreira de Corais perto de Cairns, em
Queensland, na Austrália. - Toby Hudson /
WikiMedia Commons
Sim, parece conversa de doido, mas é o que
indica uma pesquisa que acaba de sair na revista
especializada Science, uma das mais prestigiosas
do mundo. Coordenado por Shane Blowes, do
Centro Alemão de Pesquisa Integrativa em
Biodiversidade, o trabalho sugere que a crise
ambiental que atravessamos é muito mais
complicada do que o mero desaparecimento de
algumas espécies ou a diminuição drástica de
suas populações.
Nas palavras de Blowes e de seus colaboradores,
estamos presenciando uma "ampla reorganização
composicional" da diversidade de seres vivos em
cada lugar. Trocando em miúdos, as relações
entre plantas, presas e predadores (entre outros;
a lista está muito longe de ser exaustiva),
construídas ao longo de milhares de anos de
evolução, estão sendo rapidamente substituídas
por outras "“ que ninguém ainda sabe bem quais
são.
Vale a pena dar um passo atrás para entender
como a equipe internacional chegou a essas
conclusões. O primeiro passo foi coletar
informações numa base de dados chamada
BioTIME, cujo objetivo é quantificar mudanças na
diversidade de espécies em quase 400
ecossistemas que foram monitorados ao longo do
tempo mundo afora.
Algumas dessas informações sobre mudanças na
composição de espécies vêm desde o fim do
século 19, embora a maioria se concentre nos
últimos 40 anos. Para facilitar a comparação
entre regiões e entre áreas do mesmo grande
bioma (como a mata atlântica ou o cerrado, por
exemplo), o grupo de cientistas subdividiu o
mapa-múndi em repartições hexagonais, com
área de 96 quilômetros quadrados, incluindo aí
os oceanos.
À primeira vista, o resultado foi contraintuitivo.
Na média global, os ambientes não estão
perdendo riqueza de espécies, ou seja, o número
absoluto de tipos de animais e plantas em cada
local, em média, permanece mais ou menos o
mesmo. O que predomina é o que os
especialistas chamam de "turnover", essa troca
intensa de espécies, correspondente a 28% do
total a cada dez anos.
Data: 21/10/2019
105
Grupo de Comunicação
O fenômeno parece ser especialmente intenso
em ambientes marinhos de águas quentes,
enquanto acontece mais devagar em florestas de
locais mais frios. Isso não significa que, em
alguns locais, a riqueza de espécies não esteja
caindo — há perda de diversidade em 23 dos
casos estudados.
De todo modo, não há motivos para imaginar que
estejamos diante de uma boa notícia. As espécies
que estão sendo "expulsas" de ambientes locais
provavelmente estão sendo substituídas, ao
menos em parte, por rivais generalistas (capazes
de se virar em muitos tipos de ambiente) ou
espécies invasoras, trazidas pelo ser humano. O
espectro diante de nós, portanto, é o de
ecossistemas muito mais homogêneos e, talvez,
menos resilientes.
Reinaldo José Lopes
Jornalista especializado em biologia e
arqueologia, autor de "1499: O Brasil Antes de
Cabral".
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoj
oselopes/2019/10/quase-um-terco-das-especies-
de-bichos-e-plantas-e-substituido-a-cada-
decada.shtml
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Data: 21/10/2019
106
Grupo de Comunicação
Alckmin é 'lançado' candidato a governador
em 2022 e cria saia-justa a Doria
Ex-governador tucano foi aclamado em
restaurante, mas aliados de Doria veem vice
como sucessor
Carolina Linhares
SÃO PAULO
Depois de terminar em quarto lugar a corrida
presidencial do ano passado, com cerca de 5%
dos votos, o pior resultado de um candidato do
PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)
afirmou que ia "voltar para a planície" e se
dedicar a dar aulas.
Na noite da última quarta-feira (16), no entanto,
num jantar que reuniu Alckmin e um grupo de
prefeitos e vereadores tucanos, ele foi aclamado
como candidato ao Governo de São Paulo em
2022. O tucano já governou o estado por mais de
12 anos (2001 a 2006 e 2011 a 2018).
O governador João Doria (PSDB), atual ocupante
do Palácio dos Bandeirantes, seria o candidato
natural à reeleição pelo partido se não estivesse
planejando voos maiores —o tucano almeja a
Presidência da República em 2022.
Doria foi criticado no mesmo jantar em que
Alckmin foi informalmente lançado ao Governo de
SP. "Ele foi governador de gente humilde, não é
engravatado que quer tirar vantagem do
governo", discursou Pedro Tobias, ex-deputado
estadual e ex-presidente do PSDB em São Paulo.
"Nós que precisamos dele. O estado de São Paulo
precisa dele. Prefeito precisa dele. Vocês,
prefeitos, conseguiram alguma fotografia com
João Doria? Nenhuma. Foi à cidade de vocês?
Não. Vamos trabalhar e já, pra não deixar
alguém ocupar espaço", completou Tobias.
Tobias foi efusivamente aplaudido ao dizer que
estava lançando Alckmin a governador de São
Paulo. "Viva, Geraldo", gritaram alguns prefeitos.
Em seguida, Alckmin agradece e sorri.
A fala ocorreu durante um jantar com prefeitos e
vereadores do PSDB, em Campos do Jordão,
após participação de Alckmin no 63º Congresso
de Municípios Paulistas.
"Ele vai ser nosso candidato. A receptividade foi
nota 10", disse Tobias à Folha. Questionado
sobre a disposição de Alckmin em disputar mais
uma eleição, ele respondeu: "Ele topa. Ele diz
que está cedo, mas adorou a ideia."
Tobias afirmou ainda que Doria é candidato à
Presidência, o que deixa o espaço livre para
Alckmin ser o candidato do PSDB ao Governo de
SP. Ele disse que a fala sobre "engravatado" foi
porque "Doria se esqueceu do interior, que
elegeu ele", e voltou a dizer que os prefeitos
cobram uma foto com o governador.
Tucanos do governo Doria, porém, veem seu
vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), como
sucessor natural ao Palácio dos Bandeirantes. Em
troca, o DEM apoiaria sua candidatura ao
Planalto. Garcia, quando questionado sobre o
assunto, desconversa e diz que se concentra no
atual mandato.
A hipótese esbarra no próprio PSDB, que teria
que abrir mão, em 2022, de um candidato
próprio no estado que governa desde 1995 —
algo considerado improvável por alguns tucanos.
"Se o PSDB não lançar candidato em São Paulo,
o partido acaba de uma vez", ponderou Tobias à
Folha.
Tucanos próximos a Doria consideraram o
lançamento da candidatura de Alckmin um
constrangimento, que cria divisões no partido.
Afirmam ainda ser muito cedo para falar em
eleição de 2022 e avaliaram que tal antecipação
é prejudicial ao ex-governador.
Embora Alckmin tenha sido o padrinho de Doria e
o grande patrocinador de sua candidatura
vitoriosa à Prefeitura de São Paulo em 2016, a
relação entre eles já não é mais a mesma.
Após se eleger prefeito, Doria passou a articular
uma candidatura própria à Presidência da
República. Alckmin se impôs e saiu candidato ao
Planalto no ano passado, enquanto Doria, após
Data: 21/10/2019
107
Grupo de Comunicação
apenas 15 meses na prefeitura, deixou o cargo
para disputar o governo do estado.
Em reunião de líderes tucanos após a eleição de
2018, Alckmin chegou a insinuar que Doria era
traidor.
Desde então, o grupo de Doria dominou o PSDB,
com um aliado dele, o ex-deputado federal Bruno
Araújo (PE), substituindo Alckmin no comando da
sigla. No diretório de São Paulo, saiu Tobias,
crítico de Doria e fiel a Alckmin, e entrou Marcos
Vinholi, alinhado ao governador.
Doria, no entanto, ainda enfrenta resistência na
sigla. Em julho, ele foi derrotado em votação na
executiva nacional. Por 30 votos a 4, o órgão que
reúne os líderes do partido rejeitou a abertura de
um processo de expulsão de Aécio Neves (PSDB-
MG) que havia sido patrocinado pelo governador
de São Paulo.
Mais do que um sinal de apoio a Aécio, a derrota
expressiva foi vista como um recado de
desaprovação dos deputados federais a Doria.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/10/al
ckmin-e-lancado-candidato-a-governador-em-
2022-e-cria-saia-justa-a-doria.shtml
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Data: 21/10/2019
108
Grupo de Comunicação
Governo Bolsonaro extinguiu comitês do
plano de ação de incidentes com óleo
Em ação, Procuradoria fala em omissão do
governo frente ao maior desastre ambiental no
litoral brasileiro
Phillippe Watanabe
Nicola Pamplona
SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO
A extinção por parte do governo Jair Bolsonaro
(PSL), em abril, de dezenas de conselhos da
administração federal deu fim a dois comitês que
integravam o Plano Nacional de Contingência
para Incidentes de Poluição por Óleo em Água
(PNC), instituído em 2013.
Na quinta-feira (17), o Ministério Público Federal
entrou com ação contra a governo federal por
omissão diante do maior desastre ambiental no
litoral brasileiro e pediu que a Justiça Federal
obrigue a União a colocar o PNC em ação em 24
horas.
Segundo a Procuradoria, a União não está
adotando as medidas adequadas para responder
à emergência.
Até a sexta-feira (18), 187 locais de 77
municípios do Nordeste foram atingidos por
manchas de óleo, segundo o Ibama.
O MPF afirma que 2.100 km nos nove estados da
região foram afetados desde o fim de agosto,
quando as primeiras manchas de óleo foram
avistadas na Paraíba.
Segundo fontes ouvidas pela Folha no Ministério
do Meio Ambiente, no Ibama e em ONGs, a
extinção dos conselhos pode ser parte da
explicação para a demora e a desorganização do
governo no combate às manchas de óleo.
Instituído pelo governo Dilma Rousseff (PT), o
PNC tem o objetivo de preparar o país para casos
justamente como esse.
Também prevê a organização de diferentes
órgãos do governo e a definição de
procedimentos para atuação conjunta de agentes
públicos na resposta a incidentes de poluição por
petróleo ou combustíveis em águas brasileiras.
Por decreto, Bolsonaro extinguiu conselhos,
comissões, comitês, juntas e outras entidades
criadas por decretos ou por medidas
administrativas inferiores no primeiro semestre.
Foram mantidos apenas aqueles criados na
gestão atual e os criados por lei.
Na estrutura do PNC havia dois comitês que
foram extintos: o Executivo e o de Suporte.
Ambos eram compostos por Ministério do Meio
Ambiente, Ministério de Minas e Energia,
Marinha, Ibama, Agência Nacional do Petróleo,
entre outros.
Seria do Comitê Executivo a atribuição de
elaborar simulados e treinamento de pessoal e
manter recursos para a resposta à emergência.
Era dele também a responsabilidade de elaborar
o manual de resposta a emergências, que ainda
não teria sido aprovado.
Já ao Comitê de Suporte cabia a indicação de
recursos humanos e materiais para ações de
resposta a incidentes com óleo e liberar a
entrada de profissionais ou equipamentos
importados no país.
Conforme prevê o plano, o governo criou um
grupo de acompanhamento e avaliação,
composto por representantes da Marinha, do
Ibama e da ANP, que analisa a situação e define
prioridades na atuação da Petrobras.
Pesquisa nos arquivos da Marinha e do Ibama,
porém, mostra que as poucas ações
compreenderam a participação e ou realização de
seminários sobre o tema. Em um deles, na
semana passada, coube à Petrobras simular
sozinha o combate a uma emergência.
Não há informações sobre a atuação das outras
estruturas previstas no plano, como o Comitê de
Suporte.
Data: 21/10/2019
109
Grupo de Comunicação
Segundo o decreto, a liderança do Plano Nacional
de Contingência é da autoridade nacional,
representada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Mas, até o momento, os trabalhos de limpeza e
contenção do petróleo vêm sendo feitos pela
Petrobras, embora a empresa não seja apontada
como responsável pelo derramamento, sob
coordenação do Ibama.
Em nota, o instituto diz que realiza a avaliação
do impacto e direciona as ações de resposta,
enquanto a estatal responde pela contratação de
mão de obra e organização das frentes de
trabalho.
A Petrobras diz ter mobilizado cerca de 1.700
pessoas para a limpeza das áreas impactadas e
mais de 50 empregados próprios para
planejamento e execução da resposta.
A estatal acionou os centros de defesa ambiental
e estruturas de emergência em suas unidades
operacionais.
Ainda não está claro quem pagará os custos da
operação. Procurado, o Ministério do Meio
Ambiente ainda não respondeu questões sobre o
acionamento e funcionamento do Plano Nacional
de Contingência.
A extinção dos comitês do PNC é uma parte do
problema, agravado por deficiências nos quadros
do MMA, segundo Anna Carolina Lobo,
coordenadora do programa mata atlântica e
marinho da WWF-Brasil.
Pesa ainda a complexidade do vazamento
enfrentado, considerando que ainda não se
conhece sua origem ou tamanho real, o que
dificulta possíveis medidas de contenção, e o fato
da mancha de óleo normalmente se mover
abaixo da superfície do mar, o que dificulta a
detecção por satélite.
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação é o
mais importante braço de ação do Plano Nacional
de Contingência para Incidentes de Poluição por
Óleo em Água (PNC), segundo um especialista
em petróleo que preferiu não se identificar.
Com isso, diz o especialista, a extinção dos
comitês não deveria ter, a princípio, prejudicado
a resposta do governo, já que esses serviam
para assessorar o grupo.
Além da ação mais recente do MPF, a Justiça já
foi acionada duas vezes para determinar que o
governo agisse na crise do óleo.
Em Sergipe, a União foi obrigada a implantar
barreiras de proteção nos rios São Francisco,
Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris e Real.
Nesta sexta (18), a Justiça Federal do estado da
Bahia determinou a criação, em até 48 horas, de
uma força tarefa, composta por um
representante do MPF da Bahia, um da União, um
da Marinha, um do Ibama, entre outros, para
desenvolver uma plataforma de
compartilhamento de informações para reduzir os
danos ambientais e monitorar as áreas afetadas.
Na decisão, a juíza federal Rosana Kaufmann
afirma que é “possível perceber que diversas
providências estão sendo adotadas isoladamente
sem a necessária coordenação e
compartilhamento de informações”.
O primeiro relatório de atividades deve ser
encaminhado em cinco dias, afirma a sentença.
As reações do presidente Jair Bolsonaro sobre o
assunto centraram-se em suposições sobre
suposta ação criminosa, sem provas, e críticas a
ONGs. O presidente também sugeriu que as
organizações estivessem ignorando o
derramamento de óleo.
O presidente voltou ao assunto na sexta (18).
Desta vez, questionou se o vazamento poderia
ter sido cometido intencionalmente para
prejudicar o megaleilão da cessão onerosa,
previsto para novembro e voltou a dizer que o
óleo é venezuelano.
O Ibama confirmou a origem, mas disse que isso
não significa que a Venezuela seja a responsável
pelo vazamento. A Venezuela negou na semana
passada responsabilidade no caso.
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Pelo Twitter, o presidente afirmou na quinta-feira
(17) que o governo federal montou uma força
tarefa para interceder no assunto. Ele cita a
participação de 1.700 agentes ambientais e 50
funcionários da Petrobras na operação
coordenada pelo Ibama.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por
sua vez, fez dois sobrevoos no litoral para
conferir as manchas de óleo. Na quarta-feira,
disse que a hipótese mais provável é que o
material “tenha vazado de um navio, seja
durante transporte de um navio para o outro,
seja uma avaria ou despejamento.”
A visita foi criticada pelo governador Rui Costa
(PT). “Se reúne em sigilo, posa para foto na praia
e vai embora. Nenhuma ligação deu. Mostra o
descaso, desrespeito”, disse.
Salles ainda afirmou que não é possível saber
quanto ainda existe de óleo no mar nem como
prever se novas manchas aparecerão.
Questionados pela Folha, o ministro e o MMA não
responderam.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/1
0/governo-bolsonaro-extinguiu-comites-do-
plano-de-acao-de-incidentes-com-oleo.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Opinião: O planeta reclama com muitas
dores
José Dias
A que viemos? O que estamos fazendo? Essas
são duas indagações que precisamos responder!
O efeito acumulado de anos de intervenção
equivocada no meio ambiente, por parte dos
seres denominados de humanos, gerou uma
reação de desequilíbrio no planeta que levará
décadas para restabelecer o reequilíbrio.
Isto é, se houver iniciativas urgentes e concretas
para corrigir o que por muito tempo foi feito com
a compreensão de normalidade, mas, na
verdade, tratava-se de práticas equivocadas de
uso e manejo dos recursos naturais.
Uma árvore, dependendo da espécie, leva
décadas para atingir sua fase adulta, quando
estará com seu potencial de contribuição para o
processo de equilíbrio ambiental, mas poderá ser
dizimada em minutos, seja pela ação da
motosserra ou do fogo.
Da mesma forma acontece com as espécies de
animais e insetos que habitam o planeta,
considerados fundamentais no âmbito da
biodiversidade, condição essencial para o
processo de sustentabilidade.
Já há muitas décadas que se fala, se escreve e se
estuda sobre a sustentabilidade, palavra bonita.
No entanto, não é assumida em nossas atitudes
e empreendimentos, executados em nome do
desenvolvimento.
Uma questão vem à tona: que tipo de
desenvolvimento queremos? A quem se destina o
desenvolvimento que estamos construindo? Que
herança deixaremos para os que irão nos
substituir?
A terra e os demais recursos naturais têm vida.
Mas, dependendo da forma como utilizarmos,
pode vir a morrer.
É o que já aconteceu e continua acontecendo em
grandes proporções, gerando impactos danosos
para a vida dos que habitam o planeta, não só
para os denominados de humanos, mas para
todos.
O reclamar do planeta é consequência desse
acúmulo e pede uma ação urgente de todos nós.
Por certo tempo, quando se falava de meio
ambiente, logo vinha à mente a imagem de
fauna e flora.
Hoje já está mais evidente que o meio ambiente
é o espaço onde vivemos, com quem, com o que
e como nos relacionamos. É das atitudes e
práticas que regem esse relacionamento que
podem nascer iniciativas verdadeiramente
sustentáveis ou que causam o desequilíbrio,
trazendo como consequência grandes desastres
ambientais.
Por isso vale refletir: a que viemos? O que
estamos fazendo? Já parou para refletir sobre
isso?
Antes de só reclamar, devo pensar: o que estou
fazendo para mudar as práticas equivocadas de
uso e manejo dos recursos naturais? Já tenho
suficiente consciência de que um simples ato
meu, equivocado, somado ao de muitos outros é
que gera insustentabilidade. De que forma estou
reagindo a essa consciência?
Partindo dessa reflexão posso buscar fazer algo
para mudar. Existem muitas maneiras: tornando-
me um voluntário de uma organização que faz
um trabalho de formiguinha para o equilíbrio
ambiental, porém com a minha ação o trabalho
pode ser potencializado. Ou, então, tornando-me
um doador de uma causa que vem sendo
trabalhada por alguma organização e, a partir da
minha solidariedade a iniciativa pode ser
potencializada.
Minha doação pode ir muito além do aspecto
financeiro. Posso mobilizar pessoas para
potencializar uma iniciativa que já vem dando
certo e que precisa de apoio. Posso compartilhar
uma experiência que vem dando certo e que
pode inspirar muitas outras pessoas para
também virem a reaplicar o que está sendo feito,
de conformidade com a realidade local.
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
São imensas as possibilidades de cooperação
para um novo jeito de viver, com mais coerência
com o que nos foi ofertado pela própria natureza
para a vida, gerando mais vida.
Pensemos e reflitamos sobre tudo isso. Alguma
coisa com certeza irá mudar.
José Dias
Formado em ciências econômicas, é coordenador
e captador de recursos do Centro de Educação
Popular e Formação Social (CEPFS). É
empreendedor social da Ashoka e da Rede Folha
de Empreendedores Socioambientais.
https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc
ial/2019/10/o-planeta-reclama-com-muitas-
dores.shtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Governo Doria quer terceirizar merenda das escolas em São Paulo
Pasta da Educação convoca audiência pública;
alunos deverão apresentar carteirinha com
código digital para receber comida
Criança come merenda escolar da Escola
Estadual Maria José, na Bela Cintra, em SP -
Adriano Vizoni - 18.set.2017/Folhapress
Thaiza Pauluze
SÃO PAULO
A Secretaria da Educação de São Paulo, sob
gestão de João Doria (PSDB), quer terceirizar a
merenda das escolas estaduais, desde a compra
e distribuição até toda a mão de obra envolvida
no preparo dos alimentos. Para receber a
comida, os alunos passarão a apresentar uma
carteirinha com QR code, um código digital.
A pasta, comandada por Rossieli Soares, vai
fazer uma audiência pública na manhã desta
terça-feira (22), com a presença do secretário,
para discutir a viabilidade de contratar uma
empresa para prestar "serviço de gestão da
alimentação escolar".
A convocação foi publicada no Diário Oficial do
Estado no dia 15 de outubro.
O documento base para contratação prevê que a
empresa elabore novos cardápios, priorizando
alimentos in natura, e cuide da aquisição dos
itens, da logística de distribuição,
armazenamento, higienização, e do preparo.
Além disso, também ficará responsável pela
manutenção e aquisição de equipamentos e
utensílios, adequação das cozinhas, dedetização
e por fornecer mão de obra para preparação dos
itens (merendeiras) e para limpeza das cozinhas
e despensas (faxineiras).
Parte dos serviços poderão ser subcontratados e
será possível acrescer ou reduzir a quantidade
dos alimentos, sem alteração do preço unitário —
observado limite.
A empresa deverá instalar duas câmeras em
cada escola: uma dentro da cozinha e outra no
local de entrega da merenda aos alunos. As
imagens devem ficar armazenadas por ao menos
seis meses.
A outra forma de controle da merenda será via
carteirinha (impressa ou no celular) com QR
code. Os alunos receberão o documento, que
deverá ser apresentado para leitura óptica em
dois momentos.
Primeiro, quando chegarem à escola, os
estudantes terão acesso ao cardápio do dia e
terão que decidir se vão comer ou não e
apresentar a carteirinha ao fiscal. Após a entrada
de todos do turno, o sistema de solicitação será
fechado. A ideia é medir qual quantidade de
refeições e lanches devem ser preparadas. Na
hora de pegar a merenda, o aluno deve
apresentar a carteirinha de novo.
O contrato de terceirização terá vigência de 30
meses, podendo ser prorrogado. Não há, no
texto, a previsão do preço unitário de cada
refeição.
A rede estadual tem 5.500 escolas, com 3,5
milhões de alunos, e oferece 3 milhões de
refeições por dia (parte dos alunos não come a
merenda —ou traz de casa ou compra na
cantina).
Em 2018, o governo do estado gastou R$ 881
milhões com a alimentação escolar.
Hoje, a secretaria da Educação centraliza metade
da compra e entrega de alimentos da rede.
Funciona assim: a pasta é encarregada de
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Grupo de Comunicação
comprar cada um dos itens, por meio de
licitação, e distribuir 1,5 milhão de refeições para
120 municípios.
O gasto é de R$ 2,58 por dia com cada aluno. Em
2018, foram gastos R$ 262 milhões com a
compra de alimentos —83% com verba federal—
e R$ 339 milhões com logística.
A outra metade é servida por 525 municípios
paulistas, por meio de convênios. Ou seja, a
secretaria repassa a verba e a gestão municipal
se encarrega da compra e distribuição da
merenda.
Com os convênios, foram gastos R$ 280 milhões
no ano passado. Cada aluno, por dia, custou R$
1,30, sendo parte (R$ 0,94) paga pelo governo
do estado e o restante vindo dos cofres federais.
Os municípios acrescentam mais um valor, que
varia.
Nesse modelo, a secretaria vê como desafios a
fiscalização da qualidade das refeições e a
prestação de contas. No primeiro, os imbróglios
são com a distribuição e o gerenciamento dos
contratos com fornecedores.
Parte das merendeiras já são terceirizadas.
Segundo a própria secretaria, merendeiras
concursadas já são uma espécie em extinção no
estado, mas, questionada, a pasta não
respondeu qual percentual as terceirizadas
representam do total.
A Secretaria da Educação afirmou que a
audiência pública tem como objetivo ouvir a
sociedade e buscar contribuições "para
posteriormente, se julgar pertinente, adotar
alterações no modelo existente". Ainda segundo
a pasta, não existe nenhuma definição adotada
por ora.
MERENDA POLÊMICA
A gestão Doria já foi alvo de polêmicas
envolvendo merenda escolar. Em 2017, quando
estava na prefeitura, o tucano defendeu a adoção
no cardápio dos alunos de uma farinha preparada
com uma combinação de alimentos, a farinata —
após as críticas, ele voltou atrás.
Neste ano, com Doria no governo do estado, a
secretaria da Educação firmou contrato de
fornecimento de carne para merenda com três
frigoríficos que tiveram atividades suspensas pelo
Ministério da Agricultura.
Após a Folha relevar o certame, a pasta demitiu
três funcionários. Mas, sem punição, um dos
frigoríficos autuados voltou a ganhar licitações.
Para cuidar do programa de alimentação das
escolas, a gestão trouxe a nutricionista Vanessa
Alves Vieira, exonerada após suspeita de
envolvimento na chamada máfia da merenda. Ela
assumiu o mesmo cargo que tinha à época, mas
não foi nomeada em Diário Oficial —uma
irregularidade.
Se multiplicam ainda relatos de falta de itens da
merenda e de funcionárias para prepara-las.
Em outubro, uma escola estadual na Vila
Esperança, na zona leste da capital, passou a
pedir aos alunos que levassem alimentos de casa
para complementar as refeições. A escassez é
principalmente de temperos, como sal, alho e
cebola.
Na zona sul, a falta é de merendeiras. Por lá, os
alunos passaram a receber alimentos secos, ou
seja, leite em caixinha e bolacha de água e sal.
TERCEIRIZAÇÃO NO ALVO
Em maio do ano passado, a Polícia Federal
deflagrou a Operação Prato Feito para apurar
desvios de recursos federais para a merenda,
uniformes e material didático em pelo menos 30
municípios do estado de São Paulo.
De acordo com as investigações, prefeitos eram
procurados por lobistas em época de campanhas
eleitorais com propostas de financiamento em
troca da terceirização da merenda escolar.
Após a terceirização, as empresas, que
formavam um quartel, estipulavam os valores
dos lances e quem venceria cada licitação. Elas
garantiam que as outras na disputa não
venceriam com pagamento de propinas para que
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os contratos tivessem cláusulas que
direcionassem o certame.
Em setembro deste ano, 96 pessoas foram
indiciadas pela PF, entre prefeitos, empresários e
servidores. Foram devassados 65 contratos,
cujos valores totais ultrapassavam R$ 1,6 bilhão.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/1
0/governo-doria-quer-terceirizar-merenda-das-
escolas-em-sao-paulo.shtml
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Data: 21/10/2019
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ESTADÃO O futuro das energias renováveis no Brasil
É essencial construir hidrelétricas com
reservatório, prática que está sendo abandonada
José Goldemberg, O Estado de S.Paulo
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou
recentemente a publicação do Plano de Expansão
de Energia para o decênio 2019-2029, que
consiste de estudos e projeções realizadas pela
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do
próprio ministério, e contém estimativas de
custos das obras, mas não especifica as fontes
desses recursos.
No passado distante os planos da Eletrobrás –
onde eles eram preparados – tinham relação
direta com os recursos da empresa ou dos
aportes do Tesouro. Isso acabou, não só porque
essas fontes de recursos “secaram”, mas porque
as obras são agora licenciadas pelas agências
reguladoras de eletricidade (Anel) e petróleo
(ANP) e postas em leilão.
Apesar dessas limitações o Plano de Expansão
tem influência em orientar os investidores
privados e as próprias estatais como a
Eletrobrás, a Cemig, a Copel e outras que podem
competir nos leilões, que são diferenciados para
os diferentes tipos de energia. Esse procedimento
garante espaço para as diferentes fontes –
energia hidrelétrica, térmica a gás e carvão,
eólica, biomassa e solar fotovoltaica.
Uma novidade anunciada pelo governo é que
pretende incluir nos planos de expansão seis
usinas nucleares (de 1 milhão de quilowatts) do
tipo da de Angra-2, a um custo estimado de US$
30 bilhões, a serem instaladas até 2050. O custo
por quilowatt seria, então, de US$ 5 mil por
quilowatt, muito mais elevado do que outras
opções, como energia hidrelétrica ou eólica.
A instalação de um grande parque nuclear no
Brasil – mesmo no horizonte de 2050 – implica
também outros investimentos, porque seria
necessário garantir a produção do combustível
para esses reatores nucleares. A intenção do
Ministério de Minas e Energia é retomar a
mineração – que se encontra praticamente
paralisada – e ampliar a usina de enriquecimento
de urânio. A justificativa para essas propostas é a
de garantir a autonomia energética numa área
considerada estratégica e tornar o País um
exportador de urânio enriquecido.
Essas ideias podem ser questionadas tanto do
ponto de vista político como econômico. Há um
excesso de produção de urânio enriquecido no
mundo e seu preço está caindo, porque as
perspectivas de expansão da energia nuclear
estão se reduzindo. Eletricidade nuclear, que
chegou a representar mais de 15% da produção
mundial de eletricidade, caiu para menos de 11%
em 2019.
Planos de um “Brasil grande” produtor e
exportador de urânio enriquecido existem desde
o período militar e persistiram nos governos Lula-
Dilma, mas, ao que parece, jamais foram
analisados do ponto de vista de sua viabilidade
econômica.
O mais sensato seria garantir apenas o
combustível necessário para os reatores
instalados no País e abandonar sonhos
fantasiosos de grande potência nessa área.
Urânio enriquecido pode ser comprado no
exterior, como está sendo feito até hoje para
suprir as necessidades dos reatores de Angra dos
Reis (RJ). O Brasil pode fazê-lo porque deixou de
ser suspeito de pretender fabricar armas
nucleares quando assinou acordos internacionais
com a Agencia Internacional de Viena e um
acordo bilateral com a Argentina de inspeções
mútuas.
Além disso é tempo de o governo abrir uma
discussão séria sobre o que seria melhor para
garantir a independência energética na produção
de eletricidade no País, já que a de petróleo e
gás está assegurada com a produção do pré-sal.
A verdade é que existe ainda um grande
potencial inexplorado para a instalação de
hidrelétricas no País, principalmente na Região
Amazônica, mas os planos do governo federal
mostram que ele praticamente desistiu de
implementar grandes projetos hidrológicos na
Amazônia por causa dos problemas que foram
encontrados na construção da Usina de Belo
Monte. O próximo leilão de energia a ser
realizado será dominado por energia eólica, solar
e térmica. Hidrelétricas, só de pequeno porte.
Esse é um grave equívoco, que terá fortes
consequências no futuro.
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Argumenta-se que hidrelétricas se tornaram
inviáveis porque inundam grandes áreas da
floresta e afetam as populações ribeirinhas e
populações indígenas. Esses impactos são reais,
mas, frequentemente, exagerados. Em Belo
Monte a construção da usina causou o
deslocamento de 22 mil pessoas que viviam às
margens do Rio Xingu e na cidade de Altamira e
tiveram que ser realocadas. No entretanto, a
eletricidade produzida pela usina ilumina cerca de
5 milhões de residências nos grandes centros
urbanos do País, que foi a razão para construir a
hidrelétrica. Os danos causados pela construção
devem e podem ser reparados, como é feito de
forma satisfatória em muitas outras usinas, como
Itaipu.
Mesmo a área da floresta inundada, de cerca de
500 quilômetros quadrados, em Belo Monte é
pequena (e ocorreu apenas uma vez) se
comparada com o desmatamento ilegal que é
perpetrado todos os anos na Amazônia, que é de
cerca de 7 mil quilômetros quadrados.
Argumenta-se, incorretamente, que outras
energias renováveis, como a eólica e a solar,
também produzem energia limpa e renovável,
como as hidrelétricas, tornando estas
desnecessárias. Contudo essas energias são
intermitentes, isto é, não são disponíveis quando
ventos não sopram e o sol não brilha. Elas
precisam ser usadas em conjunto com energia
estável, que vem das hidrelétricas (ou de
reatores nucleares), economizando água nos
reservatórios para ser usada quando não houver
vento ou sol. Sem isso não será possível ampliar
muito a contribuição das fontes intermitentes.
É por essa razão que é essencial construir usinas
com reservatórios, que é uma prática que está
sendo abandonada no Brasil. Se ela não for
revertida, usinas nucleares ou térmicas usando
combustíveis fósseis serão as alternativas.
* PROFESSOR EMÉRITO DA USP, FOI
PRESIDENTE DA COMPANHIA ENERGÉTICA DE
SÃO PAULO (CESP)
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,o-futuro-das-energias-renovaveis-no-
brasil,70003057278
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Quinze das 25 empresas estaduais de
saneamento aumentaram a conta de água
acima da inflação
Os investimentos, no entanto, ficaram abaixo dos
mínimos R$ 20 bilhões anuais necessários
segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico
Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Estudo do Ministério da Economia
aponta que, de 2010 a 2017, 15 das 25
empresas estaduais de saneamento reajustaram
a conta de água do consumidor acima da
inflação, que foi de aproximadamente 60% no
período. A Casal, estatal de Alagoas, aumentou
as tarifas em 523%.
Os investimentos, no entanto, ficaram abaixo dos
mínimos R$ 20 bilhões anuais necessários
segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico.
No período, o estudo mostrou que todas as
companhias alocaram R$ 60 bilhões, o que
significa uma média de R$ 7,4 bilhões por ano.
No total, segundo o governo, foram investidos no
setor R$ 12,3 bilhões por ano em média nos
últimos 15 anos.
As empresas estaduais são as principais
prestadoras do serviço de saneamento no Brasil,
correspondendo a cerca de 70% do setor. A
continuidade desse cenário está em jogo nas
discussões sobre o novo marco legal do setor.
Em análise na Câmara, a proposta abre espaço
para a iniciativa privada atuar com mais força
neste mercado. Hoje, a participação é pequena,
apenas de 6%.
Em 2017, o investimento, na média das
companhias, representou 16,6% da receita
operacional, enquanto que os gastos para
pagamento de despesa com pessoal consumiram
mais da metade (51,2%) da receita.
Especialistas e profissionais do setor apontam a
regulação falha e problemas de eficiência na
gestão dessas companhias como causas do
cenário incerto de tarifas e investimento. “Falta
regulação técnica. Tem de estabelecer preço de
acordo com o custo do serviço, da infraestrutura,
do investimento”, afirmou o professor da FGV e
ex-presidente da Sabesp, Gesner Oliveira.
Presidente da Associação Brasileira das Empresas
Estaduais de Saneamento (Aesbe), Marcus
Vinícius Fernandes Neves reconhece que há
problemas na definição tarifária. Ele aponta para
uma legislação “pulverizada e destoante” sobre
os itens que devem compor a conta do
consumidor. Por outro lado, considera muito
simplista o panorama que investiga um intervalo
tarifário de muitos anos, como fez o Ministério da
Economia. “As vezes, num ano, se teve escassez
hídrica. Então, quando se olha de 2010 a 2017, é
simplificar demais”, disse Neves.
No caso dos reajustes, na maioria das vezes a
palavra final é do regulador, após receber os
cálculos feitos pelas empresas estaduais. Ele
observa ainda que esses órgãos têm liberdade
para fazer ajustes no pedido de revisão solicitado
pelas companhias. São mais de 50 agências
reguladoras no Brasil, sem que haja um órgão
central para a formatação de diretrizes. A ideia
da proposta do novo marco regulatório é que a
Agência Nacional de Águas (ANA) agregue mais
essa função.
Bases baixas
Sobre os altos reajustes identificados num
ambiente majoritariamente de baixo
investimento, o ex-presidente da Sabesp acredita
que as revisões saíram de uma base muito baixa
de cobrança, além de terem sido mal geridas por
grande parte das empresas estaduais. Dessa
forma, não há recursos suficientes para serem
investidos.
“Desconfio que, mesmo que os reajustes tenham
sido acima da inflação, a tarifa é insuficiente para
investimento. O que infelizmente também é
verdade é que a maioria das companhias tem
gestão muito ruim”, disse. Para Oliveira, existe
um “populismo tarifário” na cobrança dos
serviços de água. “O preço é completamente
irreal."
O presidente da Aesbe destaca que as agências
precisam seguir padrões de independência e que,
em teoria, situações de ingerência não deveriam
existir. “Agora, em um País continental como o
nosso, há variações de todas as naturezas”, disse
Neves.
Entre as regiões com maior carência de
investimento em saneamento, o Norte
concentrou apenas 1,7% do total investido. O
Nordeste vem em seguida, com 22%. Depois, a
Região Sul com 14%, seguida por Centro-Oeste
com 9%. Mais de 50% desses recursos estão no
Data: 21/10/2019
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Sudeste. Enquanto isso, Norte e Nordeste
concentraram oito dos nove Estados que
utilizaram mais de 50% da receita operacional
para pagamento de pessoal em 2017.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s
eis-em-cada-dez-empresas-de-saneamento-
aumentaram-a-conta-de-agua-acima-da-
inflacao,70003054893
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Governo quer direcionar repasses para
saneamento a locais que sigam diretrizes de
agência
Estados e municípios precisarão se encaixar nas
referências elaboradas pela Agência Nacional de
Águas se quiserem receber auxílio do Executivo
Amanda Pupo, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Ao sugerir a Agência Nacional de
Águas (ANA) como órgão responsável pela edição
de normas de referência de saneamento, o
governo federal pretende direcionar o acesso a
recursos da União a quem se ajustar às diretrizes
do órgão. Ou seja, se quiser auxílio do Executivo,
município ou Estado precisarão, através de
agências locais, se encaixar nas referências que
serão elaboradas pela ANA.
A ideia está em projeto de lei enviado ao
Congresso em agosto e foi incorporada no
relatório do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP)
sobre a proposta que atualiza o marco legal do
saneamento.
O plano, no entanto, encontra resistências. A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) teme
que, no atual cenário de escassez de recursos
federais, a regra torne ainda mais difícil o
recebimento de verba pelos governos locais. A
previsão é de que o Ministério da Saúde corte
55,3% das verbas de obras que garantam água e
saneamento para cidades com menos de 50 mil
habitantes em 2020. Isso num contexto em que
103,2 milhões de brasileiros estão sem acesso a
esgotamento sanitário, e 40,8 milhões sem
abastecimento de água, segundo dados oficiais.
“Temos um cenário onde os recursos são
escassos, e eles ainda serão condicionados ao
município cumprir ou não com essa norma de
referência para regulação”, disse ao
Estadão/Broadcast a supervisora do Núcleo de
Desenvolvimento Territorial da CNM, Cláudia
Lins.
O governo, por outro lado, aposta nessa regra
para que haja uma virada no ambiente
regulatório. A grande pulverização de normas - e
também a falta delas - preocupa. Dados da
Associação Brasileira de Agências de Regulação
(Abar) apontam a existência de pelo menos 52
entidades reguladoras que cobrem os serviços de
saneamento em cerca de três mil cidades.
Enquanto isso, de acordo com o governo federal,
quase metade (48%) dos municípios não
possuem nenhum tipo de regulação.
Para o diretor da área de Regulação da ANA,
Oscar de Moraes Cordeiro Netto, a previsão que
condiciona os repasses é o principal aspecto
regulatório que virá da área federal. Técnicos do
Executivo acreditam que um bom ambiente de
regras também irá atrair maiores investimentos
da iniciativa privada, além de dar segurança ao
dinheiro repassado pela União.
“O município é independente para atender ou não
as normas. Se ele não atender, ele não estaria
apto a receber os recursos da União”, disse. No
texto do projeto, também é definido que, além
da alocação de recursos, os financiamentos com
verbas da União, ou com recursos operados por
órgãos federais, serão condicionados à
observância da ANA.
Secretária Especial do Programa de Parceria de
Investimentos (PPI), Martha Seillier disse à
reportagem que a previsão será capaz de
“influenciar” os entes a aderir aos padrões da
ANA. “Financiamento muitas vezes é via banco
público, Caixa, BNDES, então você consegue ir
influenciando aqueles que não querem aderir
voluntariamente aos padrões. Quer
financiamento da União? Observe os nossos
padrões regulatórios”, afirmou.
‘Cheque em branco’
Para a supervisora da CNM, no entanto, a regra é
um “cheque em branco”, já que não há como
saber quais serão exatamente as diretrizes
editadas pela agência, caso o Congresso aprove
sua nova condição. “Não sabemos se elas vão
atender a realidade dos municípios, se serão
viáveis”, disse Lins.
O que poderia diminuir a preocupação, segundo
ela, é o artigo que prevê que as entidades
representativas de municípios serão ouvidas
durante a elaboração das normas. Cordeiro Neto
pontua que a ANA sempre trabalhou com
articulação, e que pretende “repetir essa filosofia
de trabalho” dentro do saneamento.
No geral, os envolvidos no debate concordam
que a ANA não poderia substituir as várias
agências de saneamento que existem no País.
Como o serviço é prestado de forma local, não
haveria como um único órgão monitorar todo o
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
sistema. Além disso, como em regra a tarefa de
oferecer água e esgoto à população não é de
competência da União, seria inviável uma
agência federal emitir diretamente as regras do
setor.
Para lembrar
O condicionamento dos repasses à observância
da ANA já foi sugerido em duas medidas
provisórias editadas no governo Michel Temer,
que acabaram perdendo a validade. À época,
gerou maior resistência no Congresso a previsão
que facilitava a privatização de companhias
estaduais de saneamento. Por outro lado,
considerada a importância do tema, o Legislativo
concordou em continuar debatendo o assunto.
Relator de uma das MPs, o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE) apresentou então projeto de
lei com base no texto da medida, aprovado em
junho no Senado. A proposta passou na Casa
sem explorar a questão regulatória, já que, para
legislar sobre isso, o Congresso precisaria
receber uma proposta do Executivo - o que ficou
a cargo do governo Bolsonaro.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
governo-quer-direcionar-repasses-para-
saneamento-a-locais-que-sigam-diretrizes-de-
agencia,70003054924
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Eletrobrás preparada para a privatização
Aumento de capital permitirá limpar o balanço da
empresa, reforçar seu caixa e melhorar sua
capacidade de investimentos.
O Estado de S.Paulo
Anunciada pelo governo do presidente Jair
Bolsonaro como uma das prioridades de seu
programa de privatização, a transferência do
controle da Eletrobrás para o setor privado
ganhou impulso. A aprovação pelo conselho de
administração, há dias, do aumento de capital de
até R$ 10 bilhões deixa a estatal preparada para
a privatização, na avaliação de seu presidente,
Wilson Ferreira Junior.
O aumento será feito por meio de emissão de
ações, pelo preço unitário de R$ 35,72 para as
novas ações ordinárias e de R$ 37,50 para as
novas ações preferenciais. Esses valores
embutem um deságio de 15% sobre a média
ponderada da cotação de fechamento dos 30
pregões da B3 que antecederam o dia 7 de
outubro. O valor mínimo de R$ 4,05 bilhões será
subscrito pela União, atual controladora da
empresa, por meio da conversão em ações de
Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital
concedidos em 2016.
De acordo com o presidente da Eletrobrás, o
aumento de capital permitirá limpar o balanço da
empresa, reforçar seu caixa e melhorar sua
capacidade de investimentos. Ferreira Junior
falou também da possibilidade de “reversão dos
dividendos retidos”. Ao anunciar o lucro de R$ 13
bilhões no exercício de 2018, a empresa
suspendeu a distribuição de R$ 2,3 bilhões, sob a
alegação de não dispor de dinheiro em caixa para
distribuir o mínimo estabelecido pela legislação.
Segundo o presidente da estatal, o modelo de
aumento de capital aprovado prevê que outra
parcela de dividendos, que soma R$ 1,2 bilhão,
poderá ser utilizada pelos acionistas em troca de
ações na operação. Isso evitará que a Eletrobrás
transfira o valor equivalente para os acionistas.
A privatização da principal estatal do setor
elétrico está em discussão pelo governo com
membros do Congresso, pois depende de projeto
de lei específico. A Eletrobrás vem se preparando
para a transferência de seu controle para capitais
privados por meio de programas de redução de
custos e de corte de pessoal. Na semana
passada, anunciou o início de novo plano de
demissão consensual, que tem por meta o
desligamento de 1.681 empregados até o fim do
ano. Esse programa consta de acordo coletivo de
trabalho assinado no Tribunal Superior do
Trabalho. O plano terá custo de cerca de R$ 548
milhões, mas sua execução propiciará economia
de R$ 510 milhões por ano.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/editorial-
economico,eletrobras-preparada-para-a-
privatizacao,70003056380
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Data: 21/10/2019
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Turismo em São Paulo
Estado tem um potencial inexplorado enorme.
Explorá-lo depende sobretudo da articulação
entre setores.
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
O turismo é uma atividade pouco associada ao
Estado de São Paulo pelo imaginário popular,
incluindo o dos próprios paulistas. Os números,
porém, mostram uma realidade diferente: São
Paulo é, no Brasil, não só o maior emissor de
turistas, como o maior receptor.
Dos R$ 3,3 trilhões que constituem o PIB
paulista, o turismo representa cerca de 10%. O
Ministério do Turismo aponta que o Estado foi o
que mais recebeu turistas estrangeiros no ano
passado, cerca de 2,25 milhões, 34% do total
nacional. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre
deste ano o turismo cresceu em média 3,1% no
País em comparação com o mesmo período em
2018. Já em São Paulo esse crescimento foi de
7,7%. De todos os empregos formais em turismo
no Brasil, 30% (3,5 milhões) estão em São
Paulo.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo revelam que 41% das
vendas nacionais feitas por empresas
relacionadas ao turismo estão concentradas em
São Paulo. A título de exemplo, a participação do
Rio de Janeiro é de 10,4%. Nos últimos quatro
anos, o volume de serviços em turismo no Brasil
cresceu 1,4% ao ano. Em São Paulo, cresceu
4,4%, três vezes mais que a média nacional.
Visando a potencializar essas condições, a
Secretaria de Turismo estadual lançou no início
do ano o programa São Paulo Pra Todos.
Uma das medidas já tomadas foi a redução da
alíquota do ICMS sobre o combustível de aviação.
Em contrapartida, as companhias aéreas criaram
660 novos voos no Estado e se comprometeram
a investir R$ 40 milhões em publicidade para
promover o Estado. Segundo estudo da
Associação Brasileira de Empresas Aéreas, os
novos voos e os destinos atendidos têm um
potencial de gerar 59 mil empregos e compensar
diretamente a queda de arrecadação no ICMS em
R$ 110 milhões ao ano.
Além disso, seguindo um modelo bem-sucedido
em países como Portugal, o governo está
implementando com as companhias de aviação
um programa que permite que passageiros com
conexão nos principais aeroportos paulistas
possam ficar em São Paulo alguns dias, sem
custo adicional no valor da passagem.
Em parceria com o BNDES, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal, o governo estadual
também pretende viabilizar uma série de linhas
de crédito totalizando mais de R$ 1 bilhão para
financiamentos de iniciativas turísticas nos
setores público e privado.
Para otimizar esses recursos, um trabalho
importante será o mapeamento das regiões do
Estado e suas potencialidades. A partir daí
deverão ser montados portfólios para apresentar
aos investidores as oportunidades do setor. Com
este mapa, será possível fomentar ações como
rotas gastronômicas, artísticas ou ecológicas. Um
passo que ainda precisa ser mais bem
consolidado são as parcerias com instituições
voltadas para a educação e formação, a fim de
preparar quadros profissionais para o setor.
Peça-chave para a promoção do turismo no
Estado é sem dúvida a capital, que já é o
principal destino de turismo de negócios do País.
Um levantamento do site de viagens TripAdvisor
aponta a cidade de São Paulo como o sexto
Data: 21/10/2019
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destino preferido do Brasil e o 11.º da América
do Sul. O estímulo ao turismo pode ajudar a
concretizar programas há muito esperados pelos
paulistanos, como a limpeza do Rio Pinheiros e,
sobretudo, a revitalização do centro. Durante o
governo de Michel Temer, o Ministério do
Turismo, por exemplo, foi responsável por um
aporte de R$ 30 milhões ao chamado Triângulo
Histórico.
São Paulo é não só uma realidade enquanto
destino turístico, como tem um potencial
inexplorado enorme. Explorá-lo depende
sobretudo da articulação entre instâncias
municipais e estaduais, assim como entre o
poder público e a iniciativa privada. Se a
Secretaria de Turismo conseguir catalisar estes
setores em ações comuns, os paulistas
certamente poderão comprovar que São Paulo,
assim como sempre foi um destino para todo o
tipo de imigrantes, é um destino para todos os
turistas.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,turismo-em-sao-paulo,70003057296
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Data: 21/10/2019
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Ministérios ensaiam aproximação por crise
da Amazônia
Com imagem do País abalada no exterior,
ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura
buscam se unir na defesa do agronegócio
Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
Em meio à imagem abalada do Brasil pelos
incêndios na Amazônia, os ministérios da
Agricultura e Meio Ambiente tentam alinhar o
discurso para fazer frente a um possível ataque
de importadores, sobretudo da Europa, aos
produtos do agronegócio brasileiro.
Desde que a crise veio à tona, há quase dois
meses, as duas pastas tentam reduzir as
turbulências externas, mas cada uma com
agenda própria. A falta de uma estratégia de
defesa comum tem gerado preocupações entre
as lideranças do agronegócio, que temem um
boicote ao País.
Parlamentares da bancada ruralista no Congresso
e no Senado evitam fazer críticas abertas à
maneira como o governo tem conduzido a crise.
Sob reserva, contudo, deputados e senadores da
base ruralista afirmaram ao Estado que faltam
respostas rápidas e um maior alinhamento do
governo para evitar potenciais perdas ao País,
com risco de comprometer o acordo Mercosul e
União Europeia.
Nos últimos dias, os ministros da Agricultura,
Tereza Cristina, e do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, que nunca foram próximos, estão
tentando se aproximar, segundo fontes a par do
assunto.
O desalinhamento entre as duas pastas não é de
hoje. Entre o fim de 2018 e o início do ano, o
clima pesou na Agricultura e Meio Ambiente,
quando o presidente Jair Bolsonaro cogitou unir
os dois ministérios. Desde então, cada ministro
seguiu com suas agendas.
Quando a crise da Amazônia ficou mais aguda,
cada pasta preparou suas estratégias de
discussões para conduzir o assunto.
Mas a falta de um discurso conciliatório entre as
duas pastas é vista como um ponto sensível na
defesa dos interesses do Brasil lá fora, afirmaram
pessoas próximas aos ministros.
Tereza Cristina e Salles viajaram,
separadamente, para a Europa nas últimas
semanas para conversar com importadores,
governos e setor privado para explicar que o
Brasil não incentiva o desmatamento ilegal, que
o governo brasileiro está atento às questões da
Amazônia e apertando o cerco contra exploração
de áreas da região.
Preocupação
Embora ainda não haja uma retaliação aos
produtos brasileiros – diversos países
importadores e empresas globais consultaram o
ministério da Agricultura sobre eventuais riscos –
, a ameaça de imposição de barreiras preocupa
exportadores de grãos e carnes, principais itens
da pauta de exportações brasileira.
“Não há hoje uma ameaça real de barrar as
exportações brasileiras. O governo está
trabalhando para reverter a imagem lá fora. Mas
claro que há uma preocupação sobre como o
consumidor internacional vê os produtos
brasileiros”, disse Marcello Brito, presidente da
Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
O Ministério da Agricultura admite que falhas na
comunicação são apontadas como principal fator
que o impede o Brasil de ser difundido como uma
potência agrícola sustentável. A apresentação de
dados mais consistentes sobre preservação das
florestas também precisa ter um plano de ação
mais contundente.
“Temos erros muito sérios de comunicação tanto
internamente como externamente. Precisamos
corrigi-los se quisermos continuar vendendo mais
e desbravando novas oportunidades”, disse
Tereza Cristina, no dia 10 de outubro, durante o
Fórum de Investimentos Brasil 2019, realizado
em São Paulo. “Precisamos não só falar lá fora o
que fazemos, mas mostrar a quantidade de área
que preservamos”, afirmou.
Ao Estado, o ministro Ricardo Salles disse que as
discussões sobre Amazônia vão muito além da
parte da Agricultura (ver mais abaixo). Segundo
ele, o ministério do Meio Ambiente está em
conversas intensas com vários ministérios. “A
missão do Ministério da Agricultura é uma e a do
Meio Ambiente é outra.”
Procurado, o Ministério da Agricultura não quis
comentar o assunto.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
ministerios-ensaiam-aproximacao-por-crise-da-
amazonia,70003057586
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
‘Temos de nos preocupar menos com
boicote e mais com a imagem’, diz Ricardo
Salles
Segundo o ministro, governo trabalha em uma
campanha para Amazônia que envolve vários
ministérios
Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
disse ao Estado que os encontros fora do País
ajudaram a desmistificar muitos conceitos que os
estrangeiros tinham sobre a Amazônia. Segundo
ele, o governo discute um plano conjunto para
melhorar a imagem do Brasil fora. A seguir, os
principais trechos da entrevista.
Há razão para o agronegócio se preocupar
com um possível boicote aos produtos
brasileiros?
Acho que tem de se preocupar, menos pelo
boicote, mas pelo dano da imagem. Como é o
consumidor que decide o que vai consumir em
qualquer lugar do mundo, a imagem prejudica
diretamente a demanda. Isso é um ponto
importante. Minha ida à Europa foi para isso.
Como o sr. foi recebido?
Falei com diversos segmentos: setor privado
(investidores, importadores e bancos), entidades
do terceiro setor, autoridades governamentais e
imprensa, em cinco cidades. O que sentimos é
que do lado da imprensa havia muita
desinformação. Foi muito importante falar,
mostrar dados. Melhorou muito. No governo
também. Mas, no geral, as autoridades têm mais
informações. O setor privado conhece bastante,
mas eles sentem falta das interpretações, das
explicações do dado frio. Além de levar o dado,
você explica a complexidade e porque tais
assuntos não são tão simples de serem
resolvidos. E eles entendem perfeitamente. E,
para minha surpresa, as ONGs com as quais nos
reunimos – e foram muitas – entenderam nosso
grau de desafio. Com essas viagens, não só a
minha, mas da própria Tereza Cristina
(Agricultura) e do Tarcisio de Freitas
(Infraestrutura), você vai dando um pouco de
bom senso para as coisas.
O governo vai fazer uma campanha nacional
pró-Amazônia?
Temos de estruturar e o governo está
trabalhando em um plano de desenvolvimento
para Amazônia. É fundamental.
Isso já está sendo feito?
Está sendo feito, mas é um assunto que engloba
diversos ministérios: Agricultura, Meio Ambiente,
Ciências e Tecnologia. Não é coisa de um só
ministério. Não é uma resposta. É complexo,
precisa de um esforço conjunto.
Como é a sua interlocução com as
lideranças do agronegócio?
Fui diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB),
me dou muito bem com o setor. Como todo e
qualquer segmento da economia, você tem
diversas opiniões. Se olhar o agronegócio no
Brasil, tem um grupo que é contra todas essas
discussões. Eles têm pontos importantes e
entendemos. Mas o agronegócio não é só o que
eles pensam. O agronegócio tem outros grupos,
outras visões. O papel de quem está no governo
é trabalhar em prol de todos. Não escolher um
grupo contra o outro.
O sr. também tem bom trânsito com o
presidente. Qual foi a missão que ele te deu
nessa crise?
O presidente dá autonomia para todos os
ministros, não só para mim. Ele escolheu os
ministros pelo critério técnico. É claro que, para
questões mais sensíveis, a gente consulta o
presidente antes. Mas, no dia a dia, os ministros
que decidem sobre as suas respectivas pastas e
vão harmonizando com o presidente.
Temos números e dados suficientes para
explicar para o mercado externo que não há
desmatamento ilegal?
Os europeus entenderam muito quando
mostramos os dados sobre desmatamento.
Houve uma redução a partir de 2004. Em 2004, a
gente tinha três vezes mais desmatamento que
hoje – 28 mil km² – e até 2018 quase 9 mil km².
Entre 2004 e 2012, caiu muito. De 2012 a 2019,
há uma curva ascendente.
E qual explicação?
Essa pergunta eu fiz nessa viagem: quais os
motivos que nos levaram a ter um aumento de
desmatamento de 2012 até agora? Dizer que o
Bolsonaro é a favor do desmatamento não cola.
Se esse argumento é verdadeiro, por que há sete
anos, mesmo com a atuação de ambientalistas e
governos com outras visões, houve aumento do
Data: 21/10/2019
127
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desmatamento? Foi bom explicar esse contexto
lá fora.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,t
emos-de-nos-preocupar-menos-com-boicote-e-
mais-com-a-imagem-diz-ricardo-
salles,70003057573
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Data: 21/10/2019
128
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Estados do Nordeste querem taxa sobre o
sol e o vento
Senador Marcelo Castro (MDB-PI) pretende
incluir na reforma tributária emenda para
permitir a cobrança de royalties sobre as
energias solar e eólica
Anne Warth, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Enfrentando dificuldades financeiras,
os Estados da Região Nordeste querem taxar o
sol e o vento para reforçarem seus caixas. A
ideia, defendida pelo senador Marcelo Castro
(MDB-PI), é aproveitar as discussões sobre
reforma tributária no Congresso para criar a
possibilidade de cobrança de royalties sobre a
energia solar e a eólica .
O texto proposto por Castro é simples: inclui, na
Constituição, como “bens da União”, os
“potenciais de energia eólica e solar” e permite a
possibilidade de cobrança de participação ou
compensação financeira, em articulação com os
Estados, na exploração desses recursos. A
definição da alíquota dos royalties seria feita por
meio de lei, que exige maioria simples na
Câmara e no Senado, bem como os critérios de
divisão desses recursos entre União, Estados e
municípios.
Para o senador, não há diferença entre essa
proposta e os royalties cobrados sobre petróleo,
minérios e cursos de água com potencial de
geração de energia. O que diverge, segundo ele,
é o fato de que as energias solar e eólica ainda
não eram viáveis em 1988, quando a
Constituição foi feita. Segundo Castro, o royalty é
compensação aos Estados produtores, já que o
ICMS (imposto estadual) é cobrado no Estado
para onde a energia vai, e não naquele em que
ela foi gerada.
“O vento não é propriamente uma jazida, mas
tem em alguns lugares e em outros não. A minha
emenda tenta fazer com que os Estados com
potencial de vento e sol tenham algum benefício,
já que hoje eles não têm nenhum”, disse.
Proposta controversa
Mas a cobrança de royalties sobre sol e vento é
controversa. A taxa tem como origem uma
solução econômica para resolver conflitos de
direito de propriedade. No Brasil, a Constituição
definiu que a posse de petróleo, gás natural,
minérios e da água utilizada para geração de
energia é da União. O pagamento de royalties,
nesses casos, seria uma compensação pela
cessão desse direito de propriedade a terceiros.
No caso de petróleo, gás e minérios, trata-se de
recursos finitos, e o fim da exploração tende a
inviabilizar a economia das regiões atingidas.
Para hidrelétricas, quase sempre há impactos
irreversíveis nas áreas alagadas e que
inviabilizam outras atividades - nesse caso, a
cobrança se dá sobre a geração de energia, e não
sobre a água em si. Em todos os casos, o royalty
funciona como uma compensação às localidades
atingidas.
Para especialistas, não há como comparar essas
situações com a geração de energia solar e
eólica. Vento e sol são recursos infinitos e sua
exploração não inviabiliza outras atividades
econômicas. Além disso, não há conflito de
propriedade, pois outras pessoas podem utilizar,
ao mesmo tempo, os recursos para outras
finalidades - entre elas, aquecer água para
chuveiros e mover moinhos de trigo, por
exemplo.
O secretário estadual de Fazenda de
Pernambuco, Décio Padilha, afirma, porém, que
algum tipo de compensação - seja royalty ou
imposto - aos Estados produtores é necessária.
Segundo ele, os governos vivem dificuldades
financeiras pela transição rápida em direção a
uma matriz limpa e pela desoneração de bens de
capital usados na produção de energia, como
baterias e turbinas de eólicas. Segundo ele, esses
fatores têm reduzido a arrecadação derivada da
energia, um dos setores que mais reforçam os
cofres estaduais.
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
“Queremos continuar estimulando as fontes
renováveis, mas com cautela, pois os Estados
precisam sobreviver também”, afirma. Padilha
convocou todos os secretários de Fazenda
nordestinos para uma reunião para fechar uma
posição sobre o tema.
Conceito inadequado?
A presidente da Associação Brasileira de Energia
Eólica (Abeeólica), Élbia Gannouom, considera o
conceito de royalty sobre vento inadequado. “O
mesmo vento que gera energia bagunça os meus
cabelos. Vamos ter de pagar pela brisa? Se o sol
e o vento pertencem a alguém, é a Deus”, disse.
“Quem vai pagar essa conta é o consumidor.
Estarão taxando energia limpa no Brasil,
enquanto o resto do mundo incentiva essa
produção.”
Para o presidente da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo
Sauaia, não há fundamento jurídico nem técnico
para esse tipo de taxa sobre a energia solar. “O
sol é um recurso renovável, disponível e de uso
democrático”, afirma. “O sol é também um
recurso imprescindível para agricultura e traz
competitividade para a produção nacional. Vão
taxar o agronegócio?”, questionou. Para ele, a
cobrança é o remédio errado para um problema
legítimo: a falta de recursos dos Estados e
municípios.
Alternativas
Uma proposta alternativa para contribuir com os
Estados produtores é a do senador Jean-Paul
Prates (PT-RN). Ele defende uma redistribuição
dos recursos arrecadados com ICMS sobre
energia, hoje concentrados no destino, para a
origem. Essa proposta, segundo ele,
reequilibraria a arrecadação entre os Estados e
beneficiaria o Nordeste.
“Royalty sobre energia solar e eólica é algo
errado sob o ponto de vista jurídico. Isso só se
aplica sobre recurso não renovável, pois ele não
estará disponível para gerações futuras. Vento e
sol, até que se prove o contrário, sempre estarão
aí”, disse. Segundo ele, seria uma solução
regressiva e que inviabilizaria investimentos.
A proposta dele é permitir que parte da
arrecadação de ICMS sobre energia também
fique com os Estados produtores. Esse tributo
sempre é aplicado sobre a origem, exceto nos
casos de energia, petróleo e derivados - uma
compensação, segundo ele, dada pela
Constituição de 1988 para beneficiar o Estado de
São Paulo.
“A preocupação do senador Marcelo Castro é
válida e meritória. Precisamos de compensações,
mas o instrumento correto não é esse: é reverter
o polo beneficiado do ICMS”, disse. Essa ideia
integra uma proposta de emenda constitucional
que tramita no Senado e, segundo ele, pode se
transformar em uma emenda à reforma
tributária.
“Queremos propor uma calibragem para não ser
algo radical e que gere resistências. Em vez de
trazer todo o ICMS da energia para a origem,
vamos fazer cálculos até que se chegue a um
empate entre Estados produtores e
consumidores, para quem perde perder o menos
possível e para quem ganha ganhar o máximo
possível”, disse.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s
enador-quer-a-criacao-de-royalties-sobre-
energia-solar-e-eolica,70003057396
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Data: 21/10/2019
130
Grupo de Comunicação
Governo Federal anuncia novas regras para
importação de etanol sem tarifa
Cota de importação sem tarifa será limitada a
produtores do biocombustível; isenção é de 20%
Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo
O governo federal publicou, em edição extra do
Diário Oficial da União, resolução do Comitê
Executivo de Gestão da Secretaria-Executiva da
Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex)
com as novas regras para a cota de importação
de etanol, de 750 milhões de litros, isenta de
tarifa de 20%. A medida, assinada pelo ministro
da Economia, Paulo Guedes, ratifica a deliberação
do Gecex/Camex aprovada durante a semana.
Brasil defende etanol em conferência do clima na
Alemanha
A isenção será destinada apenas aos produtores
do biocombustível. As distribuidoras e outras
empresas importadoras continuarão a pagar 20%
para todo o etanol que comprarem no exterior
Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
Segundo as novas regras, a cota de importação
de etanol sem tarifa, vigente de 31 de agosto de
2019 a 30 de 2020, será destinada apenas aos
produtores do biocombustível. As distribuidoras e
outras empresas importadoras continuarão a
pagar 20% para todo o etanol que comprarem no
exterior. No entanto, as licenças de importação
sem tarifa concedidas antes da publicação da
resolução serão honradas.
Ficou definida também a divisão temporal dessa
cota de importação no período de vigência. Até
29 de fevereiro de 2020, ou seja, em um período
de seis meses, o volume máximo importado e
isento dos 20% será de 200 milhões de litros.
Entre 1º de março e 31 de maio de 2010, o
volume sem tarifa será de 275 milhões de litros.
Para os três meses restantes, de 1º de junho a
30 de agosto, mais 275 milhões de litros de
etanol poderão ser adquiridos sem os 20%.
Cada produtor ou grupo de usinas poderá
importar, no máximo, 2,5 milhões de litros com
isenção no período. A medida atende demanda
de produtores nordestinos de etanol, pois a cota
menor, de 200 milhões de litros, pelo maior
período, de seis dos 12 meses, coincide com a
safra local de cana-de-açúcar. A região é a porta
de entrada do biocombustível importado,
basicamente dos Estados Unidos, o que deprime
os preços locais do etanol.
Os restantes 550 milhões de litros sem tarifa,
divididos igualmente em dois trimestres, poderão
entrar no País no início da próxima safra de cana-
de-açúcar do Centro-Sul do País.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
governo-federal-anuncia-novas-regras-para-
importacao-de-etanol-sem-tarifa,70003056119
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Data: 21/10/2019
131
Grupo de Comunicação
De ciclovia em ciclovia, Paris se transforma
Mais congestionamento no meio de canteiros de
construção, mas menos automóveis
Adam Nossiter, The New York Times
PARIS - Em toda Paris, as ruas estão sendo
reviradas, divididas ao meio, as antigas pedras
do calçamento arrancadas para a construção de
quilômetros de ciclovias. Uma importante rodovia
foi fechada para os automóveis e destinada
exclusivamente aos pedestres.
As temperaturas recordes do mês de julho
transformaram a cidade em uma estranha visão
caótica, prenúncio do que poderá ocorrer
futuramente. O calor brutal acabou com qualquer
dúvida na mente da prefeita, Anne Hidalgo: a
mudança climática chegou. A prefeita, nascida na
Espanha, passou os últimos cinco anos
procurando transformar a cidade milenar em
uma versão mais verde de si mesma. No final do
verão, havia em andamento mais de 8 mil
projetos, com praças históricas transformadas
para se tornarem mais transitáveis aos
pedestres.
Paris hoje é a oitava de uma lista de cidades que
preferem a bicicleta, em comparação com 2015,
quando ocupava o 17º lugar. E há novas ciclovias
em planejamento. Foto: Andrea Mantovani para
The New York Times
Tanto os visitantes quanto os moradores agora
podem passear pelas margens do rio de bicicleta,
protegidos dos carros por barreiras de granito, e
também por toda a cidade, ganhando dos
engarrafamentos de trânsito.
A ideia da prefeita é simples: para garantir um
futuro com o atual clima incerto, Paris deve
proteger-se e voltar ao passado - um passado
com menos automóveis.
“O que empreendemos é um programa de
adaptação completo, a reintrodução da natureza
na cidade”, ela disse.
Anne Hidalgo, uma socialista que se candidatará
à reeleição no próximo ano, ganhou partidários
da sua visão avançada, e também milhares de
inimigos em razão da destruição provocada por
seus projetos.
“É uma histérica”, disse Hamza Hansal,
proprietário de uma frota de 10 táxis. “Agora, só
há ciclovias e obras. O caos total.”
Outros críticos, particularmente de direita, a
acusaram de fazer experimentos com o ambiente
em detrimento dos moradores.
A cidade registrou uma queda abrupta dos carros
particulares, de 60% dos domicílios em 2001, a
35% hoje.
“Há menos carros, mas há mais
congestionamentos, e isto pode afetar os níveis
de poluição”, observou Paul Lecroart, do
departamento de planejamento da região de
Paris.
No meio tempo, Paris subiu na lista de cidades
que preferem a bicicleta, do 17º lugar em 2015,
para o oitavo.
“Ela é muito rigorosa com os automóveis”,
afirmou Darnaud Guilhem, um jardineiro
profissional, referindo-se a prefeita. “Mas acho
que está certa. Está provocando ranger de
dentes. Mas Paris, com todo este trânsito,
acabou se tornando uma cidade onde é
impossível viver”.
Data: 21/10/2019
132
Grupo de Comunicação
“Está na direção certa”, acrescentou.
Uma das medidas mais contestadas da prefeita
foi o fechamento de algumas partes da rodovia
construída há 42 anos ao longo da Margem
Direita do Sena, e a sua transformação em um
parque. A longa margem hoje está repleta de
uma juventude alegres nas noites quentes, e, em
termos de raça e casses sociais, virá a ser uma
das partes mais integradas da cidade.
“Com isto, conseguiu ter todos contra ela”, na
opinião de Corinne Lepage, ex-ministra do Meio
Ambiente da França. “Esta foi uma verdadeira
reconquista do espaço urbano”.
Agora, Anne planeja “florestas urbanas”, árvores
beirando o rio e em frente a alguns pontos mais
icônicos da cidade, como a Opera Garnier, o
Hôtel de Ville e a estação ferroviária Gare de
Lyon. Um alto funcionário divulgou uma nota
detalhando um possível corredor verde que
atravessará a cidade, se ela for eleita para um
segundo mandato.
Leo Fauconnet, um especialista em urbanismo do
departamento de planejamento da região de
Paris, deu todo o crédito a Anne Hidalgo. “Agora
nós temos uma política de ação, em comparação
com outras cidades do mundo”, afirmou.
Mas os ambientalistas ferrenhos, cujo prestígio
político aumentou com a criação do Partido
Verde, não estão convencidos.
“A política ambiental visa limitar os danos”, disse
Jacques Boutault, o prefeito verde do Segundo
Distrito Administrativo (Arrondissement) de
Paris, central. “Não se pode simplesmente jogar
concreto, e depois plantar árvores sobre o
pavimento”.
Críticos mais contundentes falaram em simpatia
da Prefeitura pelas construtoras. O gabinete da
prefeita “usa uma linguagem dupla”, afirmou
Antoine Picon, especialista em história da
arquitetura da Universidade Harvard. “Verde,
sim, mas vamos continuar encorajando a
densificação de Paris, que já é uma das cidades
mais compactas do mundo. Toda a cidade está
sendo transformada em um centro comercial”.
De fato, o caráter da cidade está mudando em
certos aspectos que Hidalgo se mostrou menos
ativa em enfrentar.
As famílias da classe trabalhadora estão deixando
as áreas centrais como o Segundo
Arrondissement, que perdeu cerca de 10% de
sua população desde 2015. A Airbnb criou bairros
de proprietários ausentes. O preço médio do
metro quadrado de um apartamento chega a $
10.000, o que torna a cidade uma das mais caras
do mundo.
A prefeita diz que está consciente destes perigos
também, e que trabalha para mitigá-los.
“Paris não pode ser apenas uma cidade para os
vencedores”, afirmou. “O papel dos políticos é
regulamentar. E impedir que esta cidade seja
apenas dos vencedores”. / TRADUÇÃO DE ANNA
CAPOVILLA
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,de-ciclovia-em-ciclovia-paris-se-
transforma,70003057971
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Data: 21/10/2019
133
Grupo de Comunicação
Em busca de energia limpa no furacão do
aquecimento global
Empresas criaram a Iniciativa Climática do
Petróleo e Gás para investir em tecnologias de
baixas emissões de carbono e reduzir gás
metano do efeito estufa
Stanley Reed, The New York Times
Há 20 anos, John Browne chocou a indústria
petrolífera afirmando que “não se pode descartar
a possibilidade” de um elo entre as emissões de
carbono produzidas pelo homem e o aquecimento
global, e que estava na hora de “agir”. Em 1997,
Browne, então diretor executivo da British
Petroleum, a companhia petrolífera sediada em
Londres, foi, na época, a voz única voz entre os
seus pares.
A maioria das grandes petrolíferas já não nega a
relação entre os combustíveis fósseis e a
mudança climática. Na realidade, elas procuram
posicionar-se a fim de serem vistas como parte
da solução do que os cidadãos encaram como
uma grave ameaça.
A Royal Dutch Shell, a petrolífera europeia, a
Total da França e outras estão investindo
consideráveis recursos em projetos de energia
limpa. Várias delas criaram a Iniciativa Climática
do Petróleo e Gás para investir em tecnologias de
baixas emissões de carbono e reduzir o poderoso
gás metano do efeito estufa.
As companhias tentam preparar-se para o que
consideram uma grave ameaça aos seus
negócios: as exigências da sociedade,
principalmente na Europa, de uma redução
substancial do consumo de gás e petróleo que
constituem a própria vida destas organizações.
Entretanto, atualmente, está se queimando cerca
de 33% a mais de petróleo do que no fim da
década de 90, em grande parte por causa do
aumento do número de consumidores em países
como China e Índia que passaram a dirigir
automóveis, a voar de avião e a comprar
produtos de plástico fabricados a partir do
petróleo.
Além disso, há um grande ceticismo do público
quanto à eliminação gradativa de combustíveis
como petróleo, gás e carvão em todo o mundo,
como se exige para manter as temperaturas
globais dentro de limites considerados seguros.
“Seriam necessários trilhões de dólares” para
substituir os atuais sistemas de fornecimento de
energia por outros produzidos pelos ventos e
pelo sol, afirmou Neil Beveridge, analista da
Bernstein, empresa de pesquisa de Wall Street. E
acrescentou que a indústria do petróleo e gás
deverá ser rejeitada dentro em breve pelos
ambientalistas e por alguns investidores, embora
seja, por outro lado, “essencial para o mundo
continuar girando”, afirmou.
Energia limpa
A Shell montou então uma operação para a
produção de eletricidade, adquirindo partes de
uma pequena companhia britânica e uma start-
up holandesa de veículos elétricos, e investiu em
energia eólica em alto mar. Estes investimentos
visam posicionar a Shell para uma nova era da
energia ancorada em energia elétrica limpa para
veículos e outros usos e não em combustíveis
fosseis.
Aparentemente, a Shell decidiu deixar de ser
uma empresa petrolífera. A americana Chevron
não pensa assim. Ao que tudo indica, está
preocupada em tornar as suas operações de
petróleo e gás mais eficientes de modo a reduzir
as suas emissões. A Chevron afirma que seria um
erro obrigar companhias bem administradas a
reduzir sua produção de petróleo e gás. Na
realidade, elas poderão ser a razão para as mais
eficientes aumentarem sua produção, embora
cumprindo as metas da mudança climática,
acrescentou a companhia.
Segundo os críticos, ainda que estas empresas
estejam investindo em energia limpa, uma
proporção muito maior dos seus gastos destina-
se a projetos com petróleo e gás, causadores de
emissões de gases do efeito estufa. “Ainda não
vimos os seus investimentos corroborarem as
suas afirmações e refletirem o reconhecimento
de que terão de aderir à transição”, disse Fred
Krupp, presidente do Environmental Defense
Fund.
Valentina Kretzschcmer, analista da Wood
Mackenzie, empresa de pesquisa de mercado,
calculou que de 2016 a 2018 sete entre as
maiores petrolíferas, como Shell e Exxon Mobil,
gastaram US$ 5,8 bilhões na aquisição de
energia alternativa, cerca de 5% dos seus
desembolsos com acordos de petróleo e gás e em
novas empresas. A Shell informou que planeja
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134
Grupo de Comunicação
gastar US$ 2 bilhões ao ano no que chamou de
investimentos em nova energia, uma soma
pequena se comparada aos US$ 25 bilhões ou
mais em gastos gerais de capital.
Por que somas relativamente tão insignificantes?
Kretzschmar disse que as companhias ainda
tateiam em um território que não é familiar para
elas. Por outro lado, é cada vez maior o número
de acionistas que hesitam investir em
companhias petrolíferas, por desaprovarem o
papel que os seus produtos exercem na mudança
climática ou por temerem que o petróleo deixe
de ser utilizado no futuro. Neste caso, as
preciosas reservas de petróleo e gás cujos
direitos as companhias detêm permaneceriam
abandonadas no solo.
As companhias, entretanto, acreditam que
afastarão alguns investidores e as suas ações
despencarão se eles considerarem que o seu
dinheiro está sendo desperdiçado ou for colocado
em negócios que não produzem lucros
satisfatórios e dinheiro vivo para pagarem
polpudos dividendos. “Dificilmente, os acionistas
aceitariam investimentos maiores”, ressaltou
Kretzschmer. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,emissoes-de-carbono-aquecimento-global-
energia-limpa,70003057214
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Data: 21/10/2019
135
Grupo de Comunicação
Geração distribuída e tributação
Luis Claudio Yukio Vatari*
Nos últimos anos, o termo sustentabilidade se
tornou vocábulo obrigatório nos discursos de
autoridades administrativas e figuras públicas.
Apesar da motivação claramente política, não se
pode deixar de lado o tema, especialmente no
que tange ao modelo energético adotado no
Brasil.
Apesar dos avanços, a implantação de um parque
gerador sustentável e adequado à realidade
brasileira ainda ocorre em ritmo muito menor do
que no restante das principais economias
mundiais, especialmente no que se refere à
chamada Geração Distribuída que, normalmente
não ganha as primeiras páginas dos noticiários,
mas que vem atraindo atenção de empresários e
investidores devido à dinâmica de implantação se
comparada a uma unidade da Geração
Centralizada tradicional.
Um paralelo interessante é a comparação com a
indústria: enquanto a Geração Centralizada seria
a grande empresa que visa atender o território
nacional e possuiu maior projeção midiática; a
Geração Distribuída seria a pequena empresa
que lida com a demanda local, sem tanta
publicidade, mas ambas cumprindo um papel
crucial dentro da economia.
Nessa metáfora, os pequenos geradores
desempenham papel crucial no sistema
energético brasileiro para atender demanda
localizada que, em conjunto com os grandes
projetos de Geração Centralizada, formam o
sistema energético brasileiro.
O marco regulatório para a Geração Distribuída
somente veio, em 2012, com a Resolução
Normativa nº 482/2012, no qual a Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) “Estabelece
as condições gerais para o acesso de
microgeração e minigeração distribuída aos
sistemas de distribuição de energia elétrica e o
sistema de compensação de energia elétrica”.
Apesar do marco regulatório, apenas em 2015 foi
editado, no âmbito do CONFAZ, o Convênio nº
16/2015 que autoriza a concessão de isenção do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) sobre a energia produzida pelo
próprio consumidor.
Adicionalmente a esse lapso temporal, somente
no mês de agosto de 2019, o estado de Santa
Catarina, através do Decreto nº 233/2019,
regulamentou e internalizou a isenção do ICMS
para a Geração Distribuída. Isso significa dizer
que foram necessários mais de seis anos, desde
o marco regulatório, para que todos os estados
da Federação adequassem sua legislação interna
para fins de incentivar o setor.
O governo federal também demorou a isentar as
operações de injeção de energia elétrica
produzida pelos minigeradores e microgeradores
da Contribuição ao PIS e à COFINS, o que
ocorreu somente com o advento da Lei nº
13.169, de 06 de outubro de 2015.
Percebe-se que as autoridades administrativas
não agiram com o afinco e rapidez que o seu
discurso atual leva a crer para aumentar a
sustentabilidade da produção de energia elétrica.
Se existe o interesse em um modelo energético
sustentável, o primeiro passo é a modernização
dos conceitos, que não apenas garanta a
viabilidade econômica de projetos, como também
corrija algumas discrepâncias tributárias.
Por anos os consumidores que tinham projetos
que se enquadravam no conceito de Geração
Distribuída tiveram que conviver com o
recolhimento dos tributos federais e estaduais ou
mesmo com estruturas complexas e
questionáveis para fins de redução da carga
tributária.
Vale destacar, ainda, que os incentivos poderiam
ser ainda maiores no âmbito federal. No entanto,
a ANEEL entende que os projetos de Geração
Distribuída não podem ser enquadrados dentro
do Regime Especial de Incentivos para o
Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI –
isenção de PIS/COFINS para construção da
unidade geradora), sob o argumento de que
essas iniciativas não podem ser consideradas
como obras de infraestrutura.
Esse posicionamento é discutível não apenas
sobre o aspecto técnico, mas também do ponto
de vista econômico, uma vez que os projetos de
Geração Distribuída, apesar de uma abrangência
descentralizada, configuram em verdadeira obra
de infraestrutura que acaba por ajudar a
desafogar o gargalo energético que o país se
colocou (100 projetos de micro geração podem
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
ter o mesmo efeito de um projeto de geração
centralizada).
Voltando à metáfora do início do texto, a Geração
Distribuída seria equivalente ao regime do
Simples Nacional para as pequenas empresas, no
qual as normas tributárias e societárias foram
simplificadas para ajudar essas iniciativas. No
entanto, no caso de geração de energia, o que
ocorre é o oposto, os grandes empreendimentos
têm uma carga tributária menor que os pequenos
geradores, ou seja, um contrassenso legal e
econômico.
Diante desse cenário, pode-se verificar que o
discurso sobre sustentabilidade energética, pelo
menos nos últimos anos, não tem sido
totalmente vazio (apesar da motivação ser
altamente questionável), uma vez que o setor foi
agraciado com incentivos fiscais. No entanto,
pode-se fazer mais, inclusive com a adequação
dos modelos já existentes para fins de ampliação
do investimento no setor energético.
*Luis Claudio Yukio Vatari, sócio de tributário do
Toledo Marchetti Advogados.
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/geracao-distribuida-e-tributacao/
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Data: 21/10/2019
137
Grupo de Comunicação
Agricultura sem Amazônia
Simulações indicam que a preservação da
floresta é essencial para o agronegócio
Fernando Reinach*, O Estado de S.Paulo
Se você acompanha a devastação da Floresta
Amazônica, deve ter se perguntado o que
acontecerá quando toda a floresta desaparecer.
Agora dois cientistas americanos simularam esse
cenário e a notícia não é boa.
Prever o futuro é difícil, mas foi exatamente para
isso que o ser humano desenvolveu a Ciência. As
leis da Física permitem prever o futuro de
maneira perfeita para fenômenos simples.
Sabemos exatamente quando vai ocorrer um
eclipse.
Quando fenômenos dependem de muitos
processos, as previsões ficam mais imprecisas:
não somos capazes de prever o dia de nossa
morte, mas é certeza que todos morreremos
antes dos 110 anos. Outros fenômenos são ainda
mais difíceis de prever. Eles envolvem todo o
planeta, como o ritmo do aquecimento global e
suas consequências. Nesses casos, cientistas
constroem modelos que simulam cada um dos
fatores que influenciam o fenômeno, juntam
todos em um supermodelo e tentam prever o que
vai acontecer. É assim que são construídos os
cenários de aquecimento global. A ideia é
simples, mas na prática os modelos são
complicados, e muitas vezes diferentes modelos
produzem resultados discordantes.
Um bom exemplo é a previsão da rota de um
furacão. Os melhores modelos conseguem prever
a rota do furacão, mas dificilmente acertam
exatamente onde ele vai passar e qual será sua
força. Mas isso não é um problema: é melhor um
modelo razoável do que a ignorância. Foi usando
esse tipo de modelo que dois cientistas do
laboratório que analisa a rota de furacões e o
aquecimento global tentaram simular o que
aconteceria com o Brasil e o planeta se a Floresta
Amazônica fosse derrubada. Para isso, eles
começaram com dois dos melhores modelos que
simulam o aquecimento global até 2050.
Esses modelos assumem a configuração atual do
planeta (temperatura, chuvas, ventos, marés,
etc) e tentam prever o que vai acontecer à
medida que a quantidade de gás carbônico
aumenta. A cobertura vegetal do planeta é
levada em conta e influencia o resultado. Por
exemplo, eles preveem que o Saara vai continuar
sem vegetação e a Floresta Amazônica
continuará como é hoje (parcialmente
preservada). O que eles fizeram nesse novo
estudo foi modificar o modelo, substituindo toda
a área da Floresta Amazônica por áreas contendo
50% ou 100% de pastagens (é bom lembrar que
hoje já temos de 15% a 20% da floresta
transformada em pastagens). Após essa única
mudança, eles recalcularam o que deve
acontecer nos próximos anos.
Sem a presença da Floresta Amazônica entre
agora e 2050, os modelos indicam que devem
ocorrer duas grandes mudanças. A primeira é
que a temperatura da região amazônica deve
aumentar entre 2°C e 3°C a mais do que o
previsto inicialmente. Esse aumento não somente
ocorreria na Amazônia, mas também, em menor
escala, no Cerrado brasileiro. O mais
preocupante é o que aconteceria com as chuvas
no Brasil. Elas diminuiriam brutalmente na
Amazônia e também no Cerrado. O nível dessa
diminuição é suficiente para tornar a região
imprópria para o cultivo de soja, algodão e milho.
Essa falta de chuva se estenderia até o Sudeste.
Ou seja, o Brasil seria forçado a abandonar seu
papel de potência mundial na agricultura. Parte
de nosso PIB simplesmente desapareceria.
É assustador, mas importante lembrar que essa é
uma simulação preliminar, que vai ser refinada
nos próximos anos, e que os resultados
completos ainda não foram publicados em revista
científica. De qualquer forma, essas simulações,
mesmo que imperfeitas, indicam a direção da
tragédia. Também sugerem que a preservação da
Amazônia é essencial para o agronegócio
brasileiro.
Portanto, se você planta soja no Cerrado e está
pouco ligando para a Amazônia, é bom educar
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
seus filhos para procurarem outra ocupação. Seu
ganha-pão e patrimônio podem desaparecer em
35 anos caso 50% da Amazônia seja desmatada.
É mais uma razão para o setor progressista do
agronegócio (que pensa além de uma década)
começar a se preocupar com a Amazônia.
Ambientalistas e agricultores deveriam começar a
conversar antes que seja tarde.
MAIS INFORMAÇÕES: SHEVLIAKOVA, E. PACAIA,
S. EXPLORING A WORLD WITHOUT THE
AMAZON. GEOPHYSICAL FLUID DYNAMICS
LABORATORY, NOAA 2019
*É BIÓLOGO
https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,agri
cultura-sem-amazonia,70003055714
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Data: 21/10/2019
139
Grupo de Comunicação
Conheça os diferentes tipos de câncer de
mama
LUDIMILA HONORATO - O ESTADO DE S.PAULO
Doença é classificada de acordo com a presença
ou ausência de determinados receptores e
conhecer cada um deles ajuda a definir o melhor
tratamento
Identificar o tipo exato do câncer de mama
permite tratar melhor a doença, com melhores
resultados. Foto: marijana1/Pixabay
Quando se fala em câncer de mama, pode
parecer que a doença é sempre igual para todas
as pessoas. No entanto, nunca foi tão real o que
se costuma dizer: cada caso é um caso. Do ponto
de vista médico, identificar exatamente o tipo da
enfermidade, como ela se desenvolve e age,
permitiu criar tratamentos mais eficazes. Do
ponto de vista de quem é diagnosticado,
conhecer o que está no próprio corpo traz sentido
ao processo que, conforme disse Ana Furtado,
pode ser uma "grande professor".
O primeiro fato a se entender é que o câncer de
mama ocorre devido à multiplicação desordenada
de células mamárias. Esse processo gera células
anormais, que se replicam rapidamente e vão
formar o tumor. Por conta das características
próprias de cada caso, a doença vai evoluir de
diferentes formas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca),
esse tipo de enfermidade é o mais comum entre
as mulheres no mundo e no Brasil,
correspondendo a cerca de 29% dos casos novos
a cada ano no País. Nos homens, a doença
representa 1% do total de casos registrados.
Diante do diagnóstico do câncer de mama, é
comum que se comece a fazer comparações com
quem já fez ou está fazendo tratamento. "Por
que ela não está fazendo quimioterapia e eu
estou?", algumas podem se perguntar. Por isso,
segundo o oncologista Carlos Henrique
Escosteguy Barrios, é importante que os
pacientes sejam bem informados sobre seu tipo
de câncer.
"É fundamental que a paciente entenda que ela
tem de receber a explicação e que existem
diferenças que são importantes no desenho do
tratamento. Tem de saber qual é o detalhamento
do diagnóstico e o tipo de câncer que está
atacando para que o tratamento faça sentido",
afirma o especialista, que é professor na
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul (PUCRS). Compreender a doença também
pode ajudar na melhor adesão ao tratamento.
Tipos de câncer de mama
As células cancerígenas da mama têm receptores
que se ligam aos hormônios estrogênio e
progesterona e dependem deles para crescer.
Outro receptor importante é o da proteína HER2.
Após uma biópsia para análise do tipo de tumor,
o médico classifica o câncer em alguns grupos:
Receptor hormonal positivo (RH+): nesse
caso, as células do câncer têm receptores de
estrogênio (ER+), ou de progesterona (PR+), ou
dos dois hormônios. Barrios afirma que esse tipo
de tumor mamário é menos agressivo, pois
cresce mais devagar do que aqueles com
receptor hormonal negativo.
Segundo a Sociedade Americana de Câncer, dois
a cada três cânceres de mama têm, pelo menos,
um desses receptores. A porcentagem é maior
em mulheres mais velhas. O tratamento pode ser
feito com terapia hormonal que reduz os níveis
Data: 21/10/2019
140
Grupo de Comunicação
de estrogênio ou bloqueiam os receptores.
Embora as mulheres apresentem resultados
positivos em pouco tempo, esse tipo de câncer
pode, algumas vezes, voltar anos após o
tratamento.
Receptor hormonal negativo (RH-): ocorre
quando o câncer de mama não tem receptor de
estrogênio nem de progesterona. Esse tipo tende
a crescer mais rápido do que com receptor
positivo e a terapia hormonal não é útil nesses
casos. São mais comuns em mulheres que ainda
não chegaram à menopausa e, caso haja
recidiva, geralmente retornam poucos anos após
o tratamento.
Receptor de HER2 positivo: ocorre quando o
tumor tem altos níveis dessas proteínas.
Segundo Barrios, embora seja mais agressivo do
que o hormonal positivo, pois cresce e se espalha
mais rapidamente, há tratamentos muito mais
eficazes. São medicamentos com anticorpo que
age diretamente no receptor do HER2 e que faz o
prognóstico ser melhor. Essa terapia deve ser
combinada com a quimioterapia.
Triplo negativo: na ausência de receptores de
estrogênio, de progesterona ou de HER 2, o
câncer de mama é classificado, por exclusão,
como triplo negativo. Nesses casos, segundo a
Sociedade Americana de Câncer, terapias
hormonais ou que têm como alvo a proteína não
ajudam no tratamento.
Esse tipo de câncer de mama representa de 10%
a 15% de todos os casos registrados, sendo o
mais ofensivo de todos os outros tipos. Há
também o triplo positivo, em que o tumor
responde aos hormônios e à proteína. Esses
cânceres são tratados tanto com drogas
hormonais quando com aquelas que atingem o
HER2.
Detalhamento do câncer de mama
No resultado da biópsia, outros nomes ainda
podem aparecer para identificar o tumor. Pode
ser um carcinoma ductal ou lobular, invasivo ou
in situ. O oncologista explica que a mama tem
diferentes estruturas: ductos (que transportam o
leite materno), glândulas e lóbulos (onde o leite
materno é produzido).
"Se o câncer aparece em um dos ductos, é
chamado de ductal, e 70% aparece nos ductos.
Se a doença começa no lóbulo, que representa
de 15% a 20% dos casos, chama de lobular.
Geralmente, os lobulares são mais
frequentemente do tipo hormonal positivo", diz
Barrios.
O carcinoma ductal ou lobular pode ser ainda
invasivo quando ultrapassa a membrana no
ducto ou do lóbulo. Se o tumor cresce para
dentro dessas paredes, é chamado de in situ. "Às
vezes, tem as duas situações no mesmo tumor:
algumas partes são in situ e outras invasoras. O
importante é que se for invasor, tem
possibilidade de o câncer se disseminar", alerta o
médico. Há ainda outra variação, muito mais
rara, que é a doença de Paget, um tumor que
aparece no mamilo e geralmente acomete
apenas uma mama.
Tratamento para câncer de mama
O professor da PUCRS afirma que, quando o
tumor é muito grande ou metastático, a maioria
das pacientes vão precisar fazer quimioterapia,
independente do tipo do câncer. Em alguns
casos, a terapia hormonal ou terapia alvo (no
caso de HER2 positivo) podem ser associadas. A
radioterapia é feita para que não ocorra recidiva,
ou seja, a volta do tumor.
Barrios destaca que um dos avanços mais
recentes para tratamento do câncer de mama é
destinado ao grupo do triplo negativo. "Dois
estudos mostraram que a imunoterapia
combinada com a quimioterapia funciona melhor
do que a quimio sozinha para pacientes com um
marcador específico, o PDL-1", explica o médico.
Quando a mulher com a doença inicial é tratada
dessa forma, o tumor desaparece em 60% dos
casos, segundo o oncologista. Porém, isso não
elimina a cirurgia. "Ela é necessária mesmo
assim, porque é a única maneira de ter certeza
que o tumor desapareceu. Mas o procedimento é
menor, com consequência estética mais
Data: 21/10/2019
141
Grupo de Comunicação
favorável", diz o médico. Somente com a cirurgia
é possível retirar qualquer resquício do tumor,
que pode ser invisível nos exames de imagem.
Barrios reforça a importância de as mulheres
conhecerem exatamente o tipo de câncer que as
afeta. "Hoje, temos de nos esforçar para
individualizar ao máximo o que está acontecendo
com o tumor. Dessa forma, vamos desenhar o
tratamento de que a pessoa precisa. Cada
situação exige um tratamento diferente", diz.
https://emais.estadao.com.br/noticias/bem-
estar,conheca-os-diferentes-tipos-de-cancer-de-
mama,70003058005
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Data: 21/10/2019
142
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Estaduais do setor elétrico atraem grupos
do exterior
Os governos do Rio Grande do Sul, do Amapá e
do Distrito Federal estão em estágio avançado
para a venda de suas distribuidoras
A grave crise fiscal está obrigando os Estados a
vender ativos que, no passado recente,
governadores não admitiam privatizar. Entre
esses ativos, destacam-se as empresas estatais
de energia elétrica. Os governos do Rio Grande
do Sul, do Amapá e do Distrito Federal estão em
estágio avançado para a venda de suas
distribuidoras - respectivamente, CEEE, CEA e
CEB.
O governo de Minas Gerais planeja vender a
Cemig, mas isso demandará mais esforço político
do governador Romeu Zema (Novo). A
companhia é tida pelos mineiros como uma
espécie de “Petrobras”. Consideradas as quatro
estatais, trata-se de um mercado de 11,4
milhões de clientes e um parque gerador de mais
de 8 mil megawatts (MW) de capacidade, com
força de trabalho de 10,7 mil pessoas.
Enquanto as distribuidoras da Eletrobras foram
adquiridas por investidores nacionais, a
expectativa é que as novas privatizações atraiam
grupos estrangeiros, entre os quais, a italiana
Enel e a chinesa State Grid. Ambas sinalizaram
interesse em comprar novos ativos no Brasil.
Também estão no páreo a espanhola Iberdrola,
controladora da Neoenergia, e a EDP, de capital
português e chinês, que aumentou em 2018 sua
participação para 23,56% na catarinense Celesc.
No início do ano, o BNDES contratou a Investor
Consulting Partners e o consórcio formado pela
Deloitte Touche Tohmatsu e a Fialho Canabrava
Andrade Salles Advogados para a prestação de
serviços relacionados à licitação da CEA. Com
relação à CEEE, a privatização já foi aprovada
pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Sul.
No caso da CEB, foi assinado em agosto contrato
prevendo que o BNDES dê suporte técnico no
processo de desestatização. O presidente
mundial da Enel, Francesco Starace, disse que a
possível aquisição da CEB “faria sentido”.
Haveria, por exemplo, sinergia com a goiana
Celg, adquirida em 2016, por um total de R$ 2,2
bilhões.
https://valor.globo.com/impresso/noticia/2019/1
0/21/estaduais-do-setor-eletrico-atraem-grupos-
do-exterior.ghtml
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Data: 21/10/2019
143
Grupo de Comunicação
Novo pacote de elétricas atrai estrangeiros
Depois da venda das distribuidoras da Eletrobras
no ano passado, um novo pacote de
privatizações de elétricas se avizinha, desta vez
em âmbito estadual. Em estágio mais avançado
estão os processos da CEEE (RS), CEB (DF) e
CEA (AP). Em um passo mais atrás, está a
desestatização da Cemig (MG), que demandará
mais esforço político do governador mineiro
Romeu Zema, já que a companhia é uma espécie
de “Petrobras” dos mineiros.
Considerando os dados das quatro estatais
estaduais, estão em jogo um mercado de 11,4
milhões de clientes e um parque gerador de mais
de 8 mil megawatts (MW) de capacidade, com
uma força de trabalho de 10,7 mil empregados.
Apesar do apoio do governo federal para
impulsionar as vendas, via suporte técnico do
BNDES, uma luz de alerta foi acesa na última
semana, quando a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), sob forte pressão de políticos
locais, negou a revisão extraordinária de tarifas
de três distribuidoras recém-privatizadas.
Enquanto as empresas da Eletrobras foram
arrematadas por investidores nacionais - a
Equatorial Energia levou Cepisa (PI) e Ceal (AL);
a Energisa ficou com Ceron (RO) e Eletroacre
(AC); e o consórcio Oliveira Energia/Atem
assumiu o controle de Amazonas Energia (AM) e
Boa Vista Energia (RR) -, a expectativa é que o
novo conjunto de privatizações atraia grupos
estrangeiros, entre eles a italiana Enel e a
chinesa State Grid, que já sinalizaram interesse
em novos ativos do tipo no Brasil.
Também estão no páreo a espanhola Iberdrola,
controladora da Neoenergia, e a EDP, de capital
português e chinês, que aumentou em 2018 sua
participação para 23,56% na catarinense Celesc.
Entre as elétricas previstas para serem colocadas
à venda, a gaúcha Companhia Estadual de
Energia Elétrica (CEEE) e a Companhia de
Eletricidade do Amapá (CEA) são as que estão
com o processo de privatização mais adiantado.
No início do ano, o BNDES contratou a Investor
Consulting Partners Consultoria e um consórcio
formado pela Deloitte Touche Tohmatsu e a
Fialho Canabrava Andrade Salles Advogados para
a prestação de serviços relacionados à licitação
da CEA.
No caso da CEEE, a privatização já tem
aprovação da Assembleia Legislativa do Estado.
Com isso, o BNDES já iniciou processo para
contratar empresas para prestar serviço para a
licitação da companhia gaúcha. Ainda não há
uma definição clara se será colocada à venda a
empresa inteira ou se a operação será separada
entre o braço de distribuição (CEEE-D) e o de
geração e transmissão (CEEE-GT).
No caso da Companhia Energética de Brasília
(CEB), foi assinado em agosto um contrato
prevendo que o BNDES dê o suporte técnico no
processo de desestatização.
O caso da Cemig é, de fato, bem mais delicado.
Além da aprovação na Assembleia Legislativa, de
acordo com a Constituição estadual, a
privatização da elétrica precisa passar por um
referendo popular. O governo mineiro trabalha
em uma proposta de emenda à Constituição para
revogar a necessidade do referendo. Ao Valor na
última semana, o governador Romeu Zema
reafirmou o plano de desestatizar a Cemig.
Na outra ponta, entre os potenciais compradores,
o presidente mundial da Enel, Francesco Starace,
disse que uma potencial aquisição da CEB “faria
sentido” para o grupo. Isso porque haveria
sinergia com a goiana Celg, adquirida em 2016,
por R$ 2,2 bilhões. “Não é um mercado em que
podemos simplesmente decidir comprar, alguém
tem que vender. Não sabemos o que haverá no
mercado em 2020 no Brasil. Poderia ser [a
distribuidora de] Brasília. Vamos olhar as
oportunidades”, afirmou Starace, em evento em
São Paulo.
A estratégia é a mesma da chinesa State Grid.
Dona da CPFL Energia, que possui ativos de
distribuição em São Paulo e Rio Grande do Sul, a
companhia admite o interesse por novos ativos
no país, entre eles distribuidoras. “Temos
interesse em aquisições [no Brasil], se estiverem
em conformidade com os planos do grupo”, disse
o presidente da filial no Brasil, Chang Zhongjiao,
na semana passada.
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Grupo de Comunicação
Por outro lado, além de estarem envolvidas com
os bilionários compromissos de investimentos
assumidos para readequar as condições
operacionais das distribuidoras adquiridas da
Eletrobras, as elétricas nacionais têm outro
motivo para terem cautela com relação à nova
fase de privatizações.
Na última semana, a Aneel negou pedidos de
revisão tarifária extraordinária de três
distribuidoras recém-privatizadas: Cepisa, Ceron
e Eletroacre. A revisão era uma possibilidade
prevista no contrato firmado pelas novas
controladoras. A decisão da autarquia, porém,
ocorreu sob forte pressão de políticos dos
respectivos estados, presentes à reunião da
diretoria da agência - transmitida ao vivo pela
internet - para criticar possível alta tarifária.
Oficialmente, a Aneel entendeu que os laudos
apresentados pelas distribuidoras tinham
inconsistências e que não atendiam a qualidade e
o prazo requeridos pela regulação do setor. A
medida, porém, foi vista por especialistas do
setor elétrico como um risco inclusive para as
futuras privatizações.
“Foi assustador o que aconteceu no processo de
decisão da Aneel. A agência foi constrangida em
um limite que eu nunca tinha visto”, disse
Claudio Sales, presidente do Instituto Acende
Brasil. “Parlamentares pediram a palavra e
fizeram discursos políticos, ao arrepio das regras
que estavam sendo discutidas”.
Segundo estimativas do J.P. Morgan, a não
realização das revisões extraordinárias terão um
impacto no Ebitda de R$ 350 milhões para a
Energisa e de R$ 225 milhões para a Equatorial.
O banco acrescentou que a Aneel está
caminhando para um modelo de regulação mais
rigoroso.
De acordo com as regras da Aneel, as
companhias poderão fazer novo pedido em
dezembro e submeter um novo laudo em junho
de 2020, para uma possível revisão
extraordinária em dezembro do mesmo ano.
(Colaboraram Tais Hirata, de São Paulo, e Marcos
de Moura e Souza, de Belo Horizonte)
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/21/novo-pacote-de-eletricas-atrai-
estrangeiros.ghtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Governo sugere pacote legislativo para
fortalecer novo mercado do gás
Ainda em implantação, o “choque de energia
barata” a partir da exploração do gás do pré-sal
prometido pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes, precisa de base jurídica mais sólida. Por
enquanto, as mudanças estão amparadas em
atos administrativos, que podem ser alterados
com relativa facilidade. O ideal seria estarem
consagradas em lei e até mesmo na Constituição,
avaliam os ministérios da Economia e de Minas e
Energia.
O governo elaborou três sugestões que
fortalecem a tributação do gás natural. Constam
de um boletim elaborado pela Secretaria de
Planejamento, Avaliação, Energia e Loterias
(Secap), em parceria com o Ministério de Minas e
Energia.
O pacote é formado por uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC), uma proposta de
lei complementar e uma Resolução do Senado.
Por tratarem de um tributo estadual, o ICMS,
essas propostas não serão apresentadas ao
Congresso pelo Executivo federal. A ideia é que
algum parlamentar as adote.
A PEC ajudaria a baratear a energia gerada por
térmicas a gás. Atualmente, essas usinas não
conseguem utilizar os créditos tributários gerados
na compra do combustível. Ainda assim,
respondem por 29,8% do consumo de gás
natural no Brasil.
A Constituição determina que, no caso da energia
elétrica, a cobrança do ICMS se dá no Estado de
destino, ou seja, onde a energia é consumida. Se
a usina térmica fica em outra unidade da
federação, os créditos da compra do gás não têm
contra o quê serem abatidos e se acumulam.
Isso vira custo da usina, aponta o boletim. Há
duas consequências negativas: o custo é
repassado ao consumidor e as usinas térmicas a
gás ficam menos competitivas.
A lei complementar ataca uma questão ainda
mais fundamental: a forma como o ICMS do gás
é calculado. A lei que regula o tributo foi
desenhada para o transporte físico de
mercadorias. Mas o gás tem características
próprias. “Não dá para saber se o gás que foi
injetado na Bolívia é exatamente o mesmo que
sai lá em Santa Catarina”, exemplificou o
secretário de Planejamento, Avaliação, Energia e
Loterias, Alexandre Manoel.
Por essa razão, foi proposto que o ICMS fosse
calculado em cima de volumes transacionados
nos contratos, e não de seu transporte físico.
Essa alteração foi aprovada este mês, numa
reunião extraordinária do Confaz, por 50% dos
votos mais um. O governo defende que ela seja
sacramentada em uma lei complementar.
A terceira sugestão é uniformizar as alíquotas do
ICMS do gás natural em todo o país. Hoje, elas
variam bastante e a maioria está em 7% ou
12%.
Uma tributação igual facilitará a operação de um
mercado que ainda não existe: o de swaps de
contrato de gás. Nele, carregadores de gás
poderiam “trocar” compromissos de fornecimento
para aproximar fornecedores e compradores e,
dessa forma, economizar no transporte.
Essas sugestões complementam o novo marco
regulatório do gás, relatado pelo deputado Silas
Câmara (Republicanos-AM), com votação
prevista para a próxima quarta-feira na Comissão
de Minas e Energia.
O texto, alinhado com a equipe de governo e
com a indústria, proíbe a verticalização no
mercado. Ou seja: uma mesma empresa não
pode produzir, carregar e administrar os dutos
para o transporte do gás, como ainda ocorre na
prática com a Petrobras.
Essa redução do papel da estatal no mercado é o
ponto central do Novo Mercado do Gás. E é
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também o “coração” do Termo de Compromisso
de Cessação (TCC) assinado entre a Petrobras e
o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade).
Com base no TCC, a abertura começou a ser
implementada. A Petrobras abriu mão do uso de
parte da capacidade gasoduto que vem da
Bolívia. “É o primeiro ato do Novo Mercado do
Gás”, afirmou Alexandre Manoel.
Outro ponto importante do projeto de Câmara é
a adoção do regime de autorização para
construção de gasodutos. É, em tese, um
processo de rito burocrático mais rápido que o de
concessão.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/10/2
1/governo-sugere-pacote-legislativo-para-
fortalecer-novo-mercado-do-gas.ghtml
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Data: 21/10/2019
147
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Leilão surpreende e contrata R$ 11 bilhões
em investimentos
O leilão A-6 de geração de energia realizado na
sexta-feira surpreendeu o setor elétrico. Ao todo,
a concorrência gerou R$ 11,16 bilhões em
investimentos e R$ 44 bilhões em contratos, que
terão durações de 20 a 30 anos. Foram
contratados 91 empreendimentos, que somam
potência de 3 gigawatts (GW) e 1.702 megawatts
médios de garantia física - bem acima da
projeção de analistas.
As usinas começarão a operar em 2025 e
fornecerão a nove distribuidoras, que
participaram do leilão como compradoras. As
distribuidoras que mais adquiriram contratos
foram a Light (38,87% do total negociado), a
Cemig (15,21%) e a Coelba (11,75%).
O leilão durou quatro horas e terminou com um
preço médio de R$ 176,09 por megawatt-hora
(MWh), com desconto de 33,73% em relação ao
preço-teto.
Como já era esperado, os projetos térmicos a gás
foram destaque na concorrência. A maior usina
contratada foi a de Barcarena, no Pará, que,
sozinha, prevê investimentos de R$ 1,5 bilhão. O
empreendimento é da Golar Power, joint venture
entre a norueguesa Golar e o fundo americano
Stonepeak, em parceria com a Evolution Power
Plants. A empresa é dona do primeiro terminal de
regaseificação de gás natural liquefeito (GNL)
privado do país e já tem uma térmica de grande
porte, no Sergipe.
“Temos ressaltado a necessidade de modernizar
a matriz, e esse foi o primeiro sinal de térmicas
competitivas. É o tipo de usina que os sistema
precisa, tanto para segurança nacional como
comercial”, afirmou Rui Altieri, presidente da
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE), que operacionalizou o leilão.
Outras duas térmicas a gás foram contratadas no
leilão: uma da Eneva, no Maranhão, e uma
unidade da Imetame, na Bahia. Em média, os
três empreendimentos venderam ao preço de R$
188,87 por megawatt-hora (MWh), 35,32%
menor do que o valor definido como teto.
A fonte eólica atraiu a maior parte dos
investimentos do leilão: R$ 4,49 bilhões, para
contratos com duração de 20 anos. Juntos, os
projetos somam 480 MWh de garantia física e 1
GW de potência. O preço médio foi de R$
98,89/MWh, deságio de 47,68%. O valor ficou
acima do preço registrado nos últimos leilões de
geração, o A-4, realizado neste ano, onde a fonte
ficou em R$ 79,9 por MWh e, no A-6 do ano
passado, de R$ 80 por MWh.
A energia solar também ficou em patamar mais
alto do que no último leilão A-4, e fechou com
média de preço de R$ 84,39 por MWh, deságio
de 59,62%. No A-4 realizado neste ano, a fonte
atingiu média recorde de R$ 67,40.
O leilão foi considerado agressivo e com alto grau
de competição pelo presidente do Instituto
Acende Brasil, Claudio Sales. Ele destacou a
contratação de duas usinas hidrelétricas de
médio porte, o que não ocorria há anos: a de São
Roque, em Santa Catarina, e de Tibagi Montante,
no Paraná.
A maior delas é a de São Roque, que já havia
sido licitada no passado - à época, pela Engevix -
e está em fase avançada de construção. “É um
projeto importante, que tinha a expectativa de
ser cancelado pela Aneel [Agência Nacional de
Energia Elétrica], e que, agora, esse leilão
ensejou a oportunidade de contratação”, afirmou
Reive Barros, secretário de Planejamento e
Desenvolvimento Energético do Ministério de
Minas e Energia.
Para ele, o sucesso do leilão de sexta é uma
sinalização para as concorrências programadas
para 2020. O plano do governo é fazer, em
março, dois leilões para substituir térmicas
movidas a óleo diesel por usinas a gás natural,
que são mais baratas e menos poluentes. Ainda
restam 5 GW de térmicas a óleo diesel a serem
substituídas no país.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/21/leilao-surpreende-e-contrata-r-11-bilhoes-
em-investimentos.ghtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
Abiquim pede a Guedes que preço do gás
caia rápido
Insumo custa às empresas químicas locais, em
dólar, quatro vezes mais do que nos Estados
Unidos
No primeiro encontro do setor com o ministro da
Economia, Paulo Guedes, na sexta-feira no Rio
de Janeiro, executivos da Associação Brasileira
da Indústria Química (Abiquim) e de dez grandes
empresas químicas com operações no Brasil
enfatizaram a importância do acesso a gás
natural a preços mais baixos para a economia
brasileira. Principal conta da indústria, o gás
custa às empresas químicas locais quatro vezes
mais do que nos Estados Unidos.
“O setor mostrou que aplaude o programa Novo
Mercado de Gás e espera que se transforme em
realidade rapidamente”, disse ao Valor o
presidente do conselho diretor da Abiquim,
Marcos de Marchi. Conforme o executivo, a
indústria opera com ociosidade de 30% neste
momento e essa capacidade poderia ser ocupada
em pouco tempo se houvesse condições mais
favoráveis e melhora da competitividade do
produto químico brasileiro.
Entre as dez empresas que estiveram presentes
na conversa, havia representantes da Braskem,
Basf e Solvay, conforme a agenda do ministro.
Essas empresas também fazem parte da Mesa
Executiva da Química, anunciada em abril pelo
Ministério da Economia no relançamento da
Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) no
Congresso Nacional.
A indústria enfatizou que o preço do gás é um
dos principais pontos de atenção do setor, além
da energia elétrica. “Precisamos de gás mais
barato. Se cair a US$ 6 o milhão de BTU, como
pretende o ministro, nós damos conta”, afirmou
De Marchi. Hoje, o milhão de BTU custa US$ 12
no Brasil e US$ 3 nos Estados Unidos.
O ministro da Economia não se comprometeu em
termos de prazo para a oferta de gás mais
barato, mas disse esperar que as próximas
rodadas de licitações mostrem evolução nesse
sentido. O Rio de Janeiro pode liderar essa
corrida - para a indústria, conforme demonstrado
a Guedes, é importante que São Paulo, Bahia e
Rio Grande do Sul também ofereçam melhores
condições de preço, já que nesses Estados estão
localizadas as centrais petroquímicas, em torno
das quais a indústria se desenvolveu.
Durante o encontro, que durou cerca de uma
hora e meia, o setor apresentou a Guedes o
estudo “Um Outro Futuro é Possível”, uma
parceria entre a Delloite e a Abiquim, que lista 73
propostas da indústria para retomada da
competitividade dos químicos brasileiros.
Até agora, os contatos com a pasta de Guedes
haviam se dado por intermédio da Mesa
Executiva ou em encontros com membros de sua
equipe. A reunião de sexta, na representação
administrativa do Ministério da Economia no Rio,
foi a primeira diretamente com o ministro, que
foi convidado a participar do Encontro Anual da
Indústria Química, principal evento do setor, em
dezembro em São Paulo.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1
0/21/abiquim-pede-a-guedes-que-preco-do-gas-
caia-rapido.ghtml
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Data: 21/10/2019
149
Grupo de Comunicação
Concessões animam madeireiras
A indicação dada pelo governo de que pretende
acelerar a concessão de lotes de florestas
nacionais (Flonas) para a exploração via manejo
por parte da iniciativa privada mexeu com os
ânimos das madeireiras, que já traçam
projeções, mas também veem obstáculos para a
entrada de empresas no negócio.
O plano do governo, conforme informado pelo
Valor, é licitar 3 milhões de hectares até 2022.
Mas, entre as concessionárias atuais - que
administram 1 milhão de hectares e produziram,
em 2018, 300 mil metros cúbicos de toras- a
avaliação é que a demanda internacional está
caminhando a passos muito mais largos e criará
uma pressão por mais concessões.
Para a Confloresta, associação formada pelas
concessionárias, as perspectivas para a demanda
por madeira de manejo sustentável poderia advir
de 28 milhões de hectares de florestas
concedidas - duas vezes a área de Altamira (PA),
o maior município brasileiro.
O cálculo, apresentado em debate na semana
passada pela ONU Meio Ambiente (Unep),
considera um cenário de “baixa produtividade” e
toma como base uma estimativa do Centro de
Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces) de
que, em 2030, a demanda por madeira de
manejo sustentável da Amazônia será de 21
milhões de metros cúbicos.
“Há um ciclo de crescimento da demanda pela
madeira tropical nos próximos dez anos”, disse
Justiniano Netto, presidente da Confloresta.
Segundo ele, há interesse da União Europeia e
Japão por madeira de árvores tropicais, o que
prenuncia pressões maiores sobre a oferta
brasileira e o poder público.
Diferentemente da exploração predatória, de
cortes rasos, o manejo de floresta sustentável,
que é permitido nas concessões florestais
conforme lei aprovada em 2006, consiste na
retirada seletiva de árvores em fim de ciclo. Os
cortes devem ser limitados a um talhão por ano,
não ultrapassam cinco árvores por hectare e
devem obedecer a um plano de manejo aprovado
e fiscalizado pelo poder público. Finda a retirada
de árvores de um lote, o concessionário só pode
voltar à mesma área no fim do próximo ciclo -
após mais de 30 anos. As concessões também
podem ser foco de manejo de produtos não
madeireiros, como frutas.
Apesar do setor apontar que existe demanda por
madeira de manejo, os madeireiros querem
mudanças no atual sistema de remuneração do
poder público e nas regras para o financiamento
a áreas concedidas para atrair financiadores e
investidores, destravando aportes em
concessões.
Para atender parte dessas reivindicações, uma
emenda foi apresentada à MP do Agro para
incluir os produtos de floresta nativa ou plantada
como elegíveis a títulos usados pelo agronegócio,
como a Cédula do Produtor Rural (CPR).
Netto afirma que também as garantias de
empréstimos previstas na lei das concessões
florestais não dão segurança aos bancos para a
concessão de financiamento. “Ninguém na
prática aceita penhor florestal, como se prevê”,
reclama. Como as concessões são áreas públicas
de uso privado, não é possível haver garantias
sobre o imóvel.
Diretor de concessões florestais do Sistema
Florestal Brasileiro (SFB), Paulo Carneiro afirma
que o governo está começando a discutir com as
empresas do setor sobre como regulamentar as
garantias para os concessionários.
Jeanicolau Lacerda, assessor da suíça Precious
Woods, por sua vez, sustenta que a extração
ilegal de madeira é o principal entrave para a
madeira de manejo das concessões. “Não tenho
preço para concorrer com a madeira ilegal em
São Paulo”, afirma o executivo da companhia,
que possui uma área privada de 507 mil hectares
em Itacoatiara (AM), onde retira árvore através
das mesmas regras de manejo.
O presidente da Confloresta acredita que menos
da metade da produção de madeira hoje no país
seja ilegal. Carneiro, do SFB, prefere não dar
uma estimativa oficial. Um estudo recente do
Instituto Centro de Vida (ICV) em parceria com a
Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso
concluiu que 39% da exploração de madeira no
Estado é ilegal.
Data: 21/10/2019
150
Grupo de Comunicação
O representante da empresa suíça diz ainda que,
para a Precious Woods, áreas com histórico de
conflito fundiário, como invasão, ou alvo de
reivindicações também eliminam o interesse por
eventuais concessões.
A preocupação tem fundamento. Em 2014, a
concessão da Flona Crepori (PA), que chegou a
ser licitada para a Brasad’oc Timber, foi suspensa
pela Justiça após o Ministério Público Federal
(MPF) identificar que havia áreas com presença
do povo Munduruku.
No fim do ano passado, o ICMBio registrou
invasões de madeireiros na Flona Jacundá (RO),
onde a Madeflona tem concessão de 87,7 mil
hectares desde 2013. Em 2016 e 2017, a Amata
- empresa com aporte do BNDESPar e fundos de
investimentos, um deles do empresário
Guilherme Leal - comunicou invasões de
madeireiros ilegais em 2016 e 2017 dentro de
sua concessão de 46 mil hectares na Flona
Jamari (RO). Em 2018, o MPF abriu inquérito
para investigar ação de garimpeiros na mesma
concessão.
Neste ano, o MPF abriu ação civil pública contra a
própria Amata, acusando-a de usar um esquema
conhecido para mascarar origem ilegal de
madeira na Amazônia.
Em carta ao Valor, a presidente da Amata, Ana
Bastos, disse que a emissão de documentos de
origem florestal (DOFs) “está de acordo com a
regulamentação vigente” e que o laudo da Polícia
Federal apresentava equívoco “pelo
desconhecimento dos procedimentos
operacionais da empresa”. Ela disse também que
novo laudo da PF, de julho, reconheceu que a
área de origem da madeira ilegal “está sob
gestão de outra empresa e não integra a
concessão da Amata”.
Bastos afirmou ainda que as concessões
enfrentam desafios institucionais relacionados à
pouca jurisprudência sobre esse tipo de negócio,
além de dificuldades operacionais e de
concorrência com madeireiros ilegais.
https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/20
19/10/21/concessoes-animam-madeireiras.ghtml
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Data: 21/10/2019
151
Grupo de Comunicação
Leis incentivam adoção da prática pelo
poder público
A administração pública, direta e indireta,
responde por quase 10% de todos os processos
arbitrais que tiveram início em sete das oito
principais câmaras do país no ano passado. Esse
percentual, considerado alto por especialistas,
deve subir mais nos próximos anos em razão de
leis recém-editadas que incentivam a prática.
Trata-se de um método alternativo ao Judiciário.
A arbitragem tem como uma de suas principais
características a celeridade dos procedimentos.
Por meio desse sistema, árbitros são escolhidos
pelas partes e decidem a disputa. A decisão é
final, ou seja, não cabe recurso à Justiça (com
exceção a possíveis vícios previstos na
legislação).
As disputas envolvem assuntos do dia a dia das
empresas, principalmente conflitos contratuais -
societário e das áreas de construção e energia
em grande parte. A administração pública, desde
2015, pode participar. O aval foi dado pela Lei nº
13.126, que deixou expressa possibilidade de
levar aos tribunais arbitrais os conflitos relativos
aos direitos patrimoniais.
Há dados sobre a participação da administração
pública, direta e indireta, na pesquisa
“Arbitragem em Números e Valores”, que tem a
autoria da professora e advogada Selma Lemes.
A última edição foi divulgada no mês passado.
Tem como data de corte o ano de 2018 - não
contempla, então, os processos que foram
iniciados neste ano.
“Esses quase 10% que envolvem a administração
pública tratam, principalmente, dos contratos de
concessão, PPP [parceria público-privada], e têm
altos valores envolvidos”, diz Selma Lemes.
A pesquisa não revela a quantia específica dessas
causas. Mostra dados gerais: são 902 processos
em andamento nas oito principais câmaras do
país - 292 deles iniciados no ano passado - e R$
81,44 bilhões envolvidos. A duração dos
processos varia entre um e dois anos.
Sobre a arbitragem envolvendo o poder público,
especificamente, consta a quantidade e as
câmaras arbitrais onde correm as disputas. O
Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de
Comércio Brasil-Canadá (Cam-CCBC) é o que
concentra o maior número: nove casos novos em
2018.
O Cam-CCBC é um dos principais centros de
arbitragem do país - no ano passado, por
exemplo, respondeu por 44% do total de
processos. Foi nesta câmara que se desenrolou o
conflito entre a União e o Grupo Libra. A
arbitragem foi encerrada em janeiro com
sentença favorável à União.
Os três árbitros decidiram, de forma unânime,
condenar o Grupo Libra a pagar R$ 2,8 bilhões
por inadimplência em contratos com a
Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), relacionados a terminais no Porto de
Santos.
Na Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM),
órgão da B3, também tramitam processos
vultuosos em que a União está envolvida. A
maioria deles foi movida por sócios minoritários
da Petrobras, que cobram indenização por
prejuízos sofridos com a Lava-Jato.
“A linguagem mundial é a da arbitragem e não a
do Judiciário”, afirma Selma Lemes, acrescentado
que o poder público deverá se tornar, em pouco
tempo, o “grande usuário” desse sistema. Ela diz
isso com base na pesquisa e também por causa
da movimentação do mercado. Pelo menos três
normas foram editadas recentemente para
incentivar a participação da administração
pública na arbitragem.
O Decreto nº 10.025, publicado pela União em
setembro, é uma delas. Trata da arbitragem para
resolver conflitos que envolvam a administração
pública federal nos setores portuário e de
Data: 21/10/2019
152
Grupo de Comunicação
transporte rodoviário, ferroviário, aquaviário e
aeroportuário.
Há ainda a Lei nº 13.867, de agosto, que
permitiu ao poder público resolver por meio de
arbitragem e mediação os valores de indenização
nas desapropriação por utilidade pública e o
decreto paulista nº 64.356, do mesmo mês,
permitindo que os contratos celebrados pela
administração pública direta e suas autarquias
contenham cláusula arbitral.
https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2019/
10/21/leis-incentivam-adocao-da-pratica-pelo-
poder-publico.ghtml
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Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
A receita para melhorar a saúde de uma
companhia
Quando Bill Schaninger entrou na McKinsey, em
2000, ele acabara de concluir um PhD em análise
de mudança organizacional. Na consultoria, foi
designado para tocar um projeto e entender por
que certas empresas conseguem bons resultados
no longo prazo, enquanto outras fracassam.
Os estudos de Schaninger e de sua equipe
levaram à criação do Índice de Saúde
Organizacional - uma metodologia em nove
dimensões e 37 práticas de gestão para avaliar
como as empresas estão sendo lideradas e o
nível de satisfação dos funcionários. “As pessoas
respondem se estão felizes no trabalho e com
seu chefe, mas será que estão mesmo?
Queríamos trazer rigor científico para medir o
que faz os funcionários satisfeitos e como os
líderes conseguem motivá-los para o plano de
execução estratégico do momento”, afirmou
Schaninger, em entrevista ao Valor, durante
passagem pelo Brasil.
Sócio-sênior de prática organizacional da
consultoria, ele esteve no país para divulgar a
segunda edição do índice com empresas
brasileiras. De forma geral, organizações
saudáveis, segundo o índice, são aquelas que
têm clareza na estratégia, definindo para onde as
pessoas devem ir, prezando não apenas pelo
desempenho financeiro, mas também pela
agilidade e cultura.
Ao levar o índice para 100 países e realizar 5
milhões de pesquisas com líderes e funcionários
desde 2002, a McKinsey conseguiu montar um
banco com mais de um bilhão de “data points”.
Cruzando as informações a partir de análise
avançada de dados, é possível capturar certas
tendências, insights e novos aspectos envolvendo
cultura organizacional. “O que vemos é que as
organizações estão ficando ligeiramente mais
saudáveis ao longo desses anos”, afirma
Schaninger.
Uma nuance que os dados mostram é um novo
tipo de comportamento nas organizações. “Há
uma postura cada vez maior dos funcionários
dizendo: ‘não me diga o que tenho que fazer, me
envolva e vamos descobrir juntos como fazer’. É
basicamente eles afirmando: não me diga como
vamos ganhar dinheiro, me diga como vamos
gerar impacto”. Segundo Schaninger, as
respostas de funcionários mostram que as
pessoas se comprometem mais quando são
lideradas por alguém que compartilha dos
mesmos valores, inspiração e motivações. E com
gestores que também permitam a elas
trabalharem em um ambiente com menos regras
(novas ou antigas).
“Mesmo quando falamos dos sistemas ágeis e da
metodologia lean, nós precisamos entender como
motivar os funcionários na linha de frente,
porque se colocarmos ainda mais regras e
processos para eles trabalharem, no fim das
contas, o funcionário vai ficar esperando o que
deve ser feito. É um desperdício contratar
alguém para fazer algo rápido e ele
simplesmente não conseguir”.
Schaninger garante que não há fórmula para
criar uma empresa considerada saudável,
principalmente porque os aspectos que fazem
uma boa liderança mudam com o tempo, com as
gerações, com as novas demandas da sociedade.
“Os bons líderes dos anos 50 e 60 provavelmente
não são muito diferentes dos de hoje. A diferença
é que aquilo que celebramos como boa liderança
mudou”. Os dados do índice mostram que trata-
se de uma liderança mais colaborativa, com
maior capacidade de coordenação e de escuta.
“Com as mídias sociais e sites de avaliação, as
pessoas ganharam um megafone para dizer tudo
que pensam, inclusive do trabalho. Um líder hoje
se torna tóxico do dia para noite, dependendo do
que as pessoas falam dele”, diz ele.
“Penso que as demandas atuais coincidem com
aquilo que as pessoas nos anos 50 pediam - a
diferença é que agora os gestores não podem
mais fingir ou se esconder para pedidos como:
ajude-me a trabalhar em algo que importa, não
me trate como um robô, envolva-me nas
decisões, me dê mais responsabilidades, mas
também me treine para eu ter chances de
sucesso”.
Neste último aspecto, ele defende que o líder que
o mundo exige atualmente é aquele capaz de
“decompor” o trabalho das pessoas, como se
fatiasse as habilidades. “Eu nem digo isso em
termos técnicos, mas no sentido de analisar: o
que podemos fazer diferente? Quais habilidades
Data: 21/10/2019
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Grupo de Comunicação
devemos reajustar? Como trazemos mais
tecnologia para esse trabalho?”. Essa função não
deve ser exclusiva da área de recursos humanos,
segundo ele. Em sua visão, todo gestor precisa
pensar como se fosse seu próprio chefe de
talentos e entender quais são as habilidades
ausentes e necessárias. “Começaremos a falar
em inteligência competitiva não apenas sobre
quais produtos os concorrentes estão vendendo,
mas quais tipos de talentos eles não têm”.
As empresas que têm conseguido se sobressair,
segundo Schaninger, são aquelas que
entenderam que o “capital humano” é mais
escasso do que o “capital financeiro” e pautam
sua estratégia em descobrir, reter e satisfazer
talentos. “É menos aço e mais cérebro hoje”. No
índice deste ano, o Brasil foi um país onde o
capital financeiro possui mais importância do que
o humano para a maioria dos líderes
entrevistados. “O curioso é ainda ver que eles
pensam que esta é uma escolha: investir em
desempenho ou em cultura e talento. Esse trade-
off não existe mais”.
https://valor.globo.com/carreira/noticia/2019/10
/21/a-receita-para-melhorar-a-saude-de-uma-
companhia.ghtml
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