linguagem, lÍngua e linguÍstica

23
LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA Professora Sabine Mendes [email protected]

Upload: kevork

Post on 20-Jan-2016

82 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA. Professora Sabine Mendes [email protected]. Breve histórico (revisão in Petter, 2002). IV A. C. – estudo por razões religiosas – Hinduísmo (garantir a integridade dos Vedas – conjunto de hinos sagrados escrito em sâncrito). - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICAProfessora Sabine [email protected]

Page 2: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Breve histórico (revisão in Petter, 2002) IV A. C. – estudo por razões religiosas –

Hinduísmo (garantir a integridade dos Vedas – conjunto de hinos sagrados escrito em sâncrito).

Gregos – “preocuparam-se em definir as relações entre o conceito e a palavra que o designa”: seriam essas relações naturais (necessárias) ou convencionais (arbitrárias)? Os fenômenos linguísticos se caracterizam pela sua regularidade (analogistas) ou irregularidade (anomalistas)? (Pimenta-Bueno, 2004).

Page 3: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Conceptus(conceito)

Res(coisa)

Vox(palavra)

Pietroforte & Lopes (2003)

Page 4: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

ModistasIdade média (do século IV/V d. C ao século XV).Estrutura gramatical una e universal (proposta da

Escolástica – reducionismo de teorias). Clássica discussão sobre a adequação das

palavras – realistas (palavras como reflexo natural das ideias) e nominalistas (relação arbitrária entre as palavras e o que elas representam).

Gramáticas medievais especulativas (speculum – espelho) viam a análise da linguagem como uma forma de analisar a realidade. Espelho da realidade extralinguística (influência grega).

De Modis Significandi ( sobre os modos de significar).

Page 5: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Século XVI – Reforma Protestante de Lutero Tradução de livros sagrados em

numerosas línguas.Prestígio do Latim como língua

internacional.Viajantes falando de línguas

desconhecidas.1502 - Dicionário de Ambrosio

Calepino (poliglota).Propósito pragmático

(utilitarista).

Page 6: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Gramática de Port-RoyalGrammaire Générale et

Raisonnée de Port Royal de Lancelot e Arnaud.

Modelo para as demais. Princípios de análise que não se

prendem a uma língua em particular – preocupações universalistas (Pimenta-Bueno, 2004) – precurssora da visão de Chomsky.

Filosofia de base racional.

Page 7: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Linguística Histórico-Comparativa XVI a XIX – período de transição da sociedade agrária à

industrial. Grandes descobertas europeias. Migrações. Redistribuição das riquezas e dos recursos humanos.

Descoberta do sâncrito. Língua afim do antigo persa, falada por invasores indo-europeus e foi língua dos sacerdotes Brâmanes, responsáveis pela transmissão oral dos Vedas.

Franz Bopp – tese sobre o sistema de conjugação do sânscrito (1816).

Parentesco. Indo-europeu – teria sido a língua falada cerca de 3000 a.

C por um povo que habitava a Ásia e se dispersou pela Índia, pelo Oriente Próximo e pela Europa.

Correlação mudanças na língua escrita e em línguas “filhas” (Português, Espanhol, Italiano...) a partir das mudanças na língua falada. (Exemplos do Tessier)

Page 8: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA
Page 9: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA
Page 10: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Estudo científicoFerdinand de Saussure (Universidade de

Genebra). Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo-européenes (1878).

Curso de Linguística Geral (1916)Estudo sempre dicotômico (sempre em

pares de conceitos). Método científico – observação dos fatos

anterior à formação de uma hipótese.Sistemática.Qual é a relação entre a forma de estudo e

o objeto?

Page 11: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Língua e LinguagemSaussure – linguagem fora do

escopo de estudo. “Não se deixa classificar em nenhuma categoria de fatos humanos, pois não se sabe como inferir sua unidade (1969)”

Língua – é um sistema de signos, a parte social da linguagem, exterior ao indivíduo: não pode ser modificada pelo falante e obedece às leis do contrato social estabelecido.

Page 12: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Língua e Fala

Língua

Regionalismos

Norma Culta

Níveis de Formalidade

Page 13: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Língua e FalaLíngua = social – “produto social

depositado no cérebro de cada um”.

Fala= individual (expressada a partir de mecanismos psicofísicos).

Estruturalismo.

Page 14: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Noam ChomskySyntactic Structures (1957). Visão

de linguagem que abrange muito mais do que as línguas naturais.

Papel do linguística = determinar se as sentenças são possíveis ou não em uma língua.

Nível alto de abstração – LAD (Language Acquisition Device).

Competência versus Desempenho Linguístico

Page 15: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Linguagem animalKarl Von Frisch – abelha obreira – dança

como meio de transmitir informação sobre o mel.

- Não há aparelho vocal.- Não provoca resposta, só conduta.- Não constrói mensagem a partir de

mensagem (não substitui a experiência, só representa a experiência).

- Conteúdo único versus conteúdo ilimitado da linguagem humana.

- Não pode ser decomposta em elementos menores (não é articulada).

Page 16: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Gramática Ponto de vista normativo (dizer como deve ser

a língua)Ponto de vista descritivo (dizer como é a

língua).Falsas noções: a língua escrita não serve como

base para a língua falada. Todas as línguas naturais são eficientes (se não há riqueza em determinado ponto é porque seus falantes não precisam de tal expressão). Não há evidências para línguas primitivas versus evoluídas.

Teoria da Gramática: que frases podem ser consideradas “gramaticais (possíveis) em uma língua.

Page 17: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Maingueneau (1997)Linguística geral, descritiva ou

contrastiva.Crítica aos gramáticos europeus –

existem línguas exóticas?Watashi wa Sally desu.Linguística como disciplina de

encruzilhada ( sua autonomia, dificuldade de gerar dados, o que considerar como dados, influência da escrita na análise).

Eu estou aqui e não euestouaqui (privilégio do eu como “ente” separado).

Page 18: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Corpus linguísticoBritish National Corpuswww.natcorp.ox.ac.ukCorpus Referencial do Português

Contemporâneo.Corpus Informatizado do Português Medieval.www.corpusdoportugues.org

Eu pretendo ser uma secretária no sentido amplo da palavra...A criançada gostou de ter a palavra...No projeto não tem a palavra homossexual...É maravilhoso ter podido converter tanta gente à Palavra de Cristo...

Page 19: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Gramatical e agramaticalChegar vou fazer, antes parada

uma de.Antes de chegar, vou fazer uma

parada.

Page 20: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

CorreçãoO julgamento de correção faz

intervir a norma:- Ele estava lá.- Ele tava lá.- Tu tava lá.- A gente tava lá.- Agenti tava.

Page 21: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

InterpretabilidadeA sombra bebe o aquecedor de

água.Agramatical, mas interpretável.Um contexto apropriado pode

tornar interpretável qualquer frase.

Page 22: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

AceitabilidadeA quem dizes tu que Paulo quis

que o projeto ao qual João pensa por vezes à noite estar ligado seja vendido.

Análise que exige muito esforço.Também depende do contexto de

enunciação (em certas obras, maior esforço de interpretação é aceito).

Page 23: LINGUAGEM, LÍNGUA E LINGUÍSTICA

Pertinência- Paulo está aí?- Chove muito.(não há pertinência textual).- Estava passando pela rua quando começou

a chover...- Bom dia!(não há pertinência em relação ao gênero

conversa).- Gostou da comida?- Nem um pouco. Obrigada.(não há pertinência com as normas de

cortesia ocidentais).