língua portuguesa

86
2009 Cursos e Apostilas Aprovação CNPJ 09.419.622/0001-23 www.apostilasaprovacao.com.br www.cursosaprovacao.com LÍNGUA PORTUGUESA Ortografia Oficial Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em „pato‟ e „bato‟ é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de Fonema. Pelo visto, pode-se dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um fonema, mas fica a advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra realidade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos tratando. A Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação escrita de um determinado som. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semivogais e consoantes, com algumas divergências entre os autores. VOGAIS = a e i o u As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais. São chamados fonemas silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba. AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME: FUNÇÃO DAS CAVIDADES BUCAL E NASAL Orais = a, e, i, o, u Nasais = ã, ê, î, õ, û. ZONA DE ARTICULAÇÃO Média = a Anteriores = e, i Posteriores = o, u TIMBRE Abertas = á, é, ó Fechadas = ê, ô

Upload: valdenor-santiago-de-castro

Post on 02-Aug-2015

64 views

Category:

Documents


9 download

TRANSCRIPT

Page 1: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

LÍNGUA PORTUGUESA

Ortografia Oficial

Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas,

entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os quais caracterizam a

oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em „pato‟ e „bato‟ é o som inicial das

consoantes p- e b- que opõe entre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de

Fonema. Pelo visto, pode-se dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um

fonema, mas fica a advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra

realidade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos tratando. A

Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação escrita de um determinado

som.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS

Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semivogais e

consoantes, com algumas divergências entre os autores.

VOGAIS = a e i o u

As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais. São chamados

fonemas silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba.

AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME:

FUNÇÃO DAS CAVIDADES BUCAL E NASAL

Orais = a, e, i, o, u

Nasais = ã, ê, î, õ, û.

ZONA DE ARTICULAÇÃO

Média = a

Anteriores = e, i

Posteriores = o, u

TIMBRE

Abertas = á, é, ó

Fechadas = ê, ô

Page 2: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Reduzidas = fale, hino.

INTENSIDADE

Tônicas = saci, óvulo, peru

Átonas = moço, uva, vida.

SEMIVOGAIS = I U

Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa mesma sílaba da

palavra, formando-se um ditongo ou tritongo. Por exemplo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-

guai.

CARACTERÍSTICAS DAS SEMIVOGAIS:

Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra.

São átonas.

CONSOANTES

As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, são fonemas

assilábicos, isto é, sozinhos não formam sílaba.

B C D F G H J L M N P Q R S T V X Z

ENCONTROS VOCÁLICOS

À seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de encontro

vocálico. Por exemplo, cooperativa.

TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS:

DITONGO

É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto

a uma vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.

OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM:

CRESCENTES = a semivogal antecede a vogal. EX: quadro.

DECRESCENTES = a vogal antecede a semivogal. EX: rei.

OBSERVAÇÕES:

Page 3: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu.

Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro.

Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão.

Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e U, têm valor de

semivogal. Ex: mãe; anão.

TRITONGO

É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas semivogais. Ex: sa-

guão; U-ru-guai.

Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais ou orais.

HIATO

É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes

emissões de voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.

O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da palavra em sílabas,

cada vogal fica em uma sílaba diferente.

SÍLABA

Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados numa só emissão

de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:

Monossílabo = possui uma só sílaba. (fé, sol)

Dissílabo = possui duas sílabas. (casa, pombo)

Trissílabo = possui três sílabas. (cidade, atleta)

Polissílabo = possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório).

TONICIDADE

Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se pronuncia com

mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exemplo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica

é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.

Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras em:

Oxítonas = quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó)

Page 4: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Paroxítonas = quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir)

Proparoxítonas = quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice).

OBS: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.

MONOSSÍLABOS

ÁTONOS = são os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada.

Também são chamados clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos átonos, os artigos,

as preposições, as conjunções, os pronomes pessoais oblíquos, as combinações

pronominais e o pronome relativo „que‟. Por exemplo, a, de, nem, lhe, no, me, se.

TÔNICOS = são os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a

sílaba. Por exemplo, pé, gás, foz, dor.

RIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo,

descrevo, descreves, descreve.

ARRIZOTÔNICAS - são as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por

exemplo, descreverei, descreverás, descreverá.

OBS: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especialmente às

formas verbais.

ENCONTROS CONSONANTAIS

O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra denomina-se encontro

consonantal. Os encontros consonantais podem ser:

Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, ple-beu e crô-ni-ca.

Exceto = sub-li-nhar.

Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas que é percebida, na

pronúncia, entre as duas consoantes. Por exemplo, rit-mo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo.

DÍGRAFOS

São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um

som simples. Há os seguintes dígrafos:

os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exemplo, chave, malha,

ninho.

Page 5: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss. Por exemplo,

carro, pássaro.

os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer, cresça, exceto,

exsurgir.

as vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba por em

uma palavra. Por exemplo, pomba, campo, onde, canto, manto.

não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma razão muito simples:

os dígrafos são consoantes que se combinam, mas não formam um encontro consonantal

por constituírem um só fonema.

2. Morfologia.

ABREVIATURAS E SIGLAS

Abreviatura é a representação abreviada de uma palavra ou expressão: Av.

(avenida), loc. adv. (locução adverbial).

Chama-se sigla à abreviatura formada pela letra inicial da palavra ou pelas iniciais

das palavras de um nome ou expressão: A. (autor), A.B.L. (Academia Brasileira de

Letras).

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E, O, seguidos ou não de

S: pás, já, mês, pés, pó.

2) Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em: A, E, O, seguidos ou não de

s; e os terminados em ENS, EM: Pará, Inglês, você, vovô, jacaré, parabéns,

ninguém.

3) Acentuam-se os vocábulo paroxítonos terminados em:

4) Acentuam-se todos os vocábulos proparoxítonos, com acento agudo, se forem

vogal tônica aberta: sólido, médico e com acento circunflexo, se o som for

fechado: lâmpada, pêssego.

5) Acentuam-se os ditongos abertos ÉU, ÉI, ÓI, quando tônicos: céu, papéis, herói.

6) Acentuam-se o I e o U quando segundo elemento tônico do hiato, seguidos ou não

de S: egoísta, reúne, juíza, faísca.

7) Não se acentuam as ditas vogais quando seguidas de L, N, R, Z, M finais da

sílabas ou dígrafo NH: ruim, juiz, rainha, ainda, cair.

8) Não se acentuam grupos vocálicos fechados ou ditongos fechados, com exceção

de ôo no final: pessoa, coroa, reis, vôo, enjôo.

Page 6: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

9) Acentuam-se as formas verbais:

- monossílabos terminados co EM na terceira pessoa do plural:

ele tem - eles têm; ele vem - eles vêm.

- monossílabos ou oxítonos terminados com Ê no singular são também acentuados

no plural: ele vê - eles vêem; ele lê - eles lêem; ele descrê - eles descrêem.

Obs.: Nos verbos derivados de TER e VIR, a terceira pessoa do singular recebe

acento circunflexo: ele contém - eles contêm; ele convém - eles convêm.

10) O trema deve ser colocado nos grupos GUE, GUI, QUE, QUI: agüenta,

cinqüenta, tranqüilo.

11) Acentuam-se para distinguir os homógrafos tônicos de átonos:

- pára (verbo) -- para (preposição);

- péla, pélas (verbo) -- pela, pelas (conjunções, per + a);

- pélo (verbo) , pêlo (substantivo) -- pelo (per + o);

- pólo, pólos (extremidade, jogo) -- pôlo, pôlos (falcão);

SIGNIFICADO DA PALAVRA NO TEXTO

SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

SINÔNIMOS são palavras de sentido igual ou aproximado, como alfabeto e

abecedário. No início da ficha acima podemos encontrar um sinônimo da palavra

endereço que é....... . Damos nome a este fato da nossa língua de Sinonímia.

ANTÔNIMOS são palavras de significação oposta, como triste e alegre. Na

ficha acima podemos encontrar um antônimo de completo que é ....... . Este fato chama-

se Antonímia.

HOMÔNIMOS são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma

grafia, porém têm sentido diferente. Os homônimos podem ser homógrafos => iguais

na escrita e diferentes na pronúncia; ou homófonos => diferentes na escrita e iguais na

pronúncia.

seção (ou secção) => divisões, subdivisões, repartição pública, segmento.

sessão => espaço de tempo de dura uma reunião, uma exibição de espetáculo,

cinema ou teatro.

cessão => ato de ceder colocar à disposição.

Estas três palavras são iguais na pronúncia e diferentes na grafia, são homófonas.

Outros exemplos:

concerto => consonância de instrumentos conserto => corrigir o que

estava danificado

mal => antônimo de bem

mau => antônimo de bom

tacha => preguinho ou nódoa

taxa => imposto, tributo

colher => verbo (colher as flores)

colher => talher de mesa

Page 7: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

PARÔNIMOS são palavras parecidas na escrita e na pronúncia. Exemplos:

inflação => desequilíbrio do sistema monetário infração => ato de

transgredir, violar

imigrante => quem entra num país estranho emigrante => quem muda

de terra, deixa seu país

cumprimento => gesto de cortesia

comprimento => extensão longitudinal

Temos parônimos no item 4 da ficha do cinema. Encontre-os:

................/.................

Exercícios: Complete as lacunas com as palavras dos parênteses. (use sempre o

dicionário).

1. Faça uma boa...................... .(viagem/viajem).

Espero que eles...................... .

2. O seu trabalho não está .........organizado. (mau/mal).

Ninguém acha que você seja um................ profissional.

3. A juiza decidiu .................. o réu. (discriminar/descriminar).

O importante é......................... o certo do errado.

4. Quando uma pessoa é discreta, ela tem .............. .(discrição/ descrição)

Quando eu descrevo um lugar, estou fazendo uma......... .

EMPREGO DO SUBSTANTIVO E ADJETIVO

(MASCULINO/FEMININO/SINGULAR - PLURAL)

CATEGORIAS MORFOSSINTÁTICAS (SUBSTANTIVO, ADJETIVO,

PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO E PREPOSIÇÃO)

Palavras variáveis

Os substantivos, os adjetivos, os artigos, os numerais, os pronomes e os verbos

flexionam-se, isto é, podem apresentar modificações na forma, para exprimir os

acidentes gramaticais de gênero, número, grau, pessoa, etc.

São, portanto, palavras variáveis ou flexivas

Palavras invariáveis

Os advérvios, as preposições, as conjunções e as interjeições têm uma só forma,

rígida, imutável.

São, por conseguinte, palavras invariáveis ou inflexivas.

SUBSTANTIVO

Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, animais, lugares,coisas ou seres

em geral. Divide-se em:

Page 8: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

1) Comum: é o substantivo que dá nome a todos os seres da mesma espécie:

aluno, animal, vegetal, homem.

2) Próprio: é o substantivo que dá nome a um ser da mesma espécie: Júlia,

Brasil, Copacabana, Tatuapé.

3) Concreto: é o substantivo que designa seres de existência real ou que a

imaginação representa: mulher, pedra, Deus, fada, lobisomem.

4) Abstrato: é o substantivo que designa qualidade ou sentimento, ação e estado

dos seres, dos quais se podem abstrair (separar) e sem os quais não poderiam existir:

beleza, coragem, brancura (qualidade), viagem, estudo, doação, esforço, fuga (ações),

morte, cegueira, doença (estados).

5) Simples: é o substantivo formado por um só elemento (radical): discos,

flor, vitrola, couve.

6) Composto: é o substantivo formado por mais de um elemento: couve-flor,

guarda-chuva, pingue-pongue, pe-de-moleque, passatempo.

7) Primitivo: é o substantivo que foi criado antes de outros no uso corrente da

língua: livro, pedra, dente , flor.

8) Derivado: é o substantivo que foi criado depois de outro no uso corrente da

língua: livreiro, pedereiro, dentista, florista.

9) Coletivo: é o substantivo que representa um conjunto de seres da mesma

espécie: esquadrilha, álbum.

Alguns coletivos mais comuns:

alcatéia = de lobos

armada = de navios de guerra

assembléia = de parlamentares

banda = de músicos

cacho = de bananas, de uvas

concílio = de bispos

congregação = de professores, de religiosos

cambada = de carangueijos, de malandros

bando = aves, de ciganos

conclave = de cardeais, para a eleição do Papa

coro = de anjos, de cantores

elenco = de atores

esquadra = de navios de guerra

esquadrilha = de aviões

esquadrão = de soldaddos de cavalaria

feixe = de lenha, de capim

manada = de bois, de búfalos, de elefantes

molho = de chaves

Page 9: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

tropa = de burros

resma = de papel

vara = de porcos

rebanho = de ovelhas

plêiade = de poetas, de artistas.

GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar o sexo real ou fictício dos

seres. Na língua portuguesa são dois os gêneros: o masculino e o femino.

Formação do feminino

De modo geral forma-se o feminino substituindo-se a desinência "o" pela

desinência "a": menino, menina; gato, gata.

Todavia, os processos de formação são bem variados:

Masculino Feminino alfaiate

costureira

doutor doutora

anão anã

cavaleiro amazona

aviador aviadora

cavalheiro dama

avô avó

compadre comadre

bode cabra

cônsul consulesa (esposa)

frade freira

hóspede hóspeda

frei sóror

oficial oficiala

genro nora

judeu judia

gigante giganta

ateu atéia

herói heroína

hebreu hebréia

juiz juíza

profeta profetista

Page 10: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

maestro maestrina

réu ré

Masculino que merecem destaque

o açúcar

o cônjuge

o plasma

o ágape

o cós

o gengibre

o alvará

o decalque

o grama (medida de massa)

o alpinista

o diagrama

o guaraná

o amálgama

o diabetes

o herpes

o apêndice

o dó

o lança-perfume

o avestruz

o eclipse

o sósia

o clã

o eczema

o suéter

o clarinete

o estigma

o coma (estado mórbido)

o formicida

Femininos que merecem destaque

a aguardente

Page 11: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

a clarineta

a personagem

a alface

a comichão

a sentinela

a aluvião

a derme

a tíbia

a apendicite

a dinamite

a usucapião

a bacanal

a ênfase

a encharpe

a alcunha

a libido

a ferrugem

a cal

a matinê

a cataplasma

a omoplata

Substantivos uniformes

São aqueles que apresentam uma única forma para o masculino e feminino.

1) Epicenos: desegnam o sexo de certos animais com o auxílio dos

adjetivos macho e fêmea: o jacaré (macho ou fêmea); o tigre (macho ou fêmea); a pulga

(macho ou fêma).

2) Sobrecomuns: designam pessoas com uma forma única para o masculino

e feminino: o cadáver homem ou mulher); a vítima (homem ou mulher), o cônjuge

(homem ou mulher); a criança (menino ou menina).

3) Comuns de dois gêneros: sob uma só forma designam os indivíduos dos dois

sexos, sendo auxiliados pelo artigo, adjetivo ou pronome: o colega, a colega; artista

famoso, artista famosa; esse pianista, essa pianista; o repórter, a repórter.

Page 12: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS

Em português há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um

grupo de seres: ave, bando, e o plural, que indica mais de um ser ou um grupo de seres:

aves, bandos.

Os substantivos flexionam-se no plural conforme as regras:

1ª) Pelo acréscimo no plural de "s", o que se dá se o substantivo terminar em vogal ou

ditongo oral: asa, asas; táxi, táxis; tubo, tubos; baú, baús; véu, véus.

2ª) Pelo acréscimo de "es" ao singular nos terminados em "r" ou "z": colher, colheres;

dólar, dólares; amor, amores; cruz, cruzes; giz, gizes.

3ª) Os substantivos terminados em "al", "el", "ol", "ul" pluralizam-se trocando o "l"

final por "is": jornal, jornais; anel, anéis; anzol, anzóis; azul, azuis; álcool, álcoois.

4ª) Os terminados em "il" admitem duas formas: os oxítonos mudam "il" em "is":

barril, barris; funil, funis; os paroxítonos mudam "il" para "eis": fóssil, fósseis;

réptil, répteis.

5ª) Os terminados em "s" monossílabos ou oxítonos formam o plural acrescentando-

se "es": inglês, ingleses; lilás, lilases; gás, gases.

6ª) Os terminados em "s" paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis: o lápis, os

lápis; o atlas, os atlas; o ônibus, os ônibus.

7ª) Os terminados em "x" são invariáveis: o tórax, os tórax; o fênix, os fênix.

8ª) Os terminados em "ão" admitem três hipóteses:

a) uns formam o plural com o acréscimo de "s": mão, mãos; bênção, bênçãos; órgão,

órgãos; irmão, irmãos.

b) outros, mais numerosos, mudam "ão" em "ões": limão, limões; portão, portões;

balão, balões; melão, melões.

c) outros, enfim, trocam "ão" por "ães": pão, pães; cão, cães; aldeão, aldeães;

sacristão, sacristães.

Plural dos substantivos compostos

Existem quatro hipóteses:

1ª) Pluralizam-se os dois elementos formados por:

- substantivo + substantivo: couve-flor, couves-flores.

- substantivo + adjetivo: amor-perfeito, amores-perfeitos.

- adjetivo + substantivo: bom-dia, bons-dias.

- numeral + substantivo: segunda-feira, segundas - feiras.

2ª) Apenas o segundo elemento varia:

- verbo + substantivo: guarda-roupa, guarda-roupas.

- palavra invariável ou prefixo + palavra variável: sempre-viva, sempre-vivas; ex-

diretor, ex-diretores.

- palavras repetidas: reco-reco, reco-recos.

Page 13: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

3ª) Apenas o primeiro elemento varia:

- com preposição expressa: pé-de-moleque, pés-de-moleque; mão-de-obra, mãos-

de-obra.

- quando o segundo elemento indica finalidade ou semelhança do primeiro: sofá-

cama, sofás-cama; peixe-boi, peixes-boi.

4ª) Os dois elementos ficam invariáveis:

- verbo + advérbio: o bota-fora, os bota-fora

- verbo + substantivo no plural: o saca-rolhas, os saca-rolhas.

Observações:

a) A palavra "guarda" pode ser substantivo ou verbo: quando é verbo (v. guardar),

fica invariável; quando é substantivo (o homem que guarda), vai para o plural.

Verbo Substantivo Substantivo Adjetivo

os guarda - chuvas os guardas

- florestais

os guarda - comidas os guardas

- civis

os guarda - sóis os guardas

- noturnos

b) Palavras compostas com a palavra "grão":

- a palavra "grão" fica no plural quando indica grândulo, a unidade: grãos de bico.

- a palavra "grão"fica no singular quando significa grande: os grão-duques, as grã-

duquesas.

c) Plural de substantivos diminutivos terminados em "zinho"ou em "zito": O

plural de tais diminutivos se faz flexionando-se o substantivo primitivo, retirando-se o

"s"final e acrescentando-se "zinhos"ou "zitos". Exemplos: papelzinho / papéis(s) /

papeizinhos; limãozito / limõe(s) / limãozitos.

Os substantivos terminados em "r" fazem plural de duas maneiras:

florzinha / flore(s) / florezinhas; florzinha / florzinhas.

GRAU DOS SUBSTANTIVOS

Grau dos substantivos é a propriedade que essas palavras têm de exprimir as

variações de tamanho dos seres. São dois os graus do substantivo: aumentativo e

diminutivo.

1) Aumentativo: forma-se com os sufixos aço, alha, arra, ázio, ona, ão, az, etc.:

garrafão, papelão, cartaz (carta), ladravaz (ladrão), lobaz (lobo), ricaço, balaço, barcaça,

mulheraça, vidraça, dramalhão (drama), vagalhão (vaga), balázio (bala), copázio (copo),

pratázio (prato), beiçorra (beiço), cabeçorra (cabeça), manzorra (mão), vozeirão (voz)

homenzarão, canzarrão, bocarra (boca), naviarra (navio).

Page 14: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

2) Diminutivo: mosquito, cabrito, senhorita, fogacho (fogo), riacho, populacho,

penacho (pena), animálculo (animal), febrícula (febre), gotícula (gota), versículo

(verso), montículo (monte), partícula (parte), radícula (raiz), glóbulo (globo), célula

(cela), animalejo, lugarejo, vilarejo, ilhota, fortim (forte), espadim (espada), camarim

(câmara), casebre (casa).

Observação: O diminutivo pode exprimir carinho ou desprezo.

Carinho: filhinho, mãezinha.

Desprezo: padreco, jornaleco, lugarejo.

O grau aumentativo exprime um aumento do ser relativamente ao seu tamanho

normal. Pode ser formado sintética ou analiticamente.

1º Aumentativo sintético: forma-se com sufixos especiais: copázio (copo),

barcaça (barca), muralha (muro).

2º Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjetivo grande, e de outros

do mesmo sentido: letra grande, pedra enorme, estátua colossal.

O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho normal diminuído. Pode ser

formado sintética ou analiticamente.

1º Diminutivo Sintético: forma-se com sufixos especiais: casebre (casa), livreco

(livro), saleta (sala), dedinho (dedo).

2º Diminutivo Análitico: forma-se com o adjetivo pequeno, ou outros

equivalentes: chave pequena, casa pequenina, semente minúscula.

ADJETIVO

São palavras que indicam qualidade, propriedade ou estado do ser.

Ex.: Meu caderno novo já está sujo.

O adjetivo pode ser expresso através de duas palavras: é o que se chama de

locução adjetiva. Exemplos:

Locução Adjetiva Adjetivo

sem fim infindável

sem remédio irremediável

da boca bucal

da cabeça cefálico

da chuva pluvial

de anjo angelical

da barriga abdominal

da voz vocal

de leite lácteo

de pai paterno

de dia diário

Page 15: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

ADJETIVOS PÁTRIOS

Designam nacionalidade ou lugar de origem de alguém ou de alguma coisa:

Brasil - brasileiro

Acre - acreano

Amazonas - amazonense

Bahia - baiano

Espírito Santo - espírito-santense

Rio Grande do Norte - norte-rio-grandense

João Pessoa - pessoense

Salvador - soteropolitano ou salvadorense

Ribeirão Preto - riberopretano

Belo Horizonte - belorizontino

Campos - campista

Niterói - niteroiense

Chile - chileno

Londres - londrino

Moscou - moscovita

Lisboa - lisboeta, lisboense.

FORMAÇÃO DO ADJETIVO

Quanto à formação , o adjetivo pode ser:

1) Primitivo: (o que não deriva de outra palavra): bom, forte, feliz.

2) Derivado: (o que deriva de substantivos ou verbos): famoso, carnavalesco.

3) Simples: brasileiro, escuro, etc.

4) Composto: castanho-claro, azul-marinho.

FLEXÃO DO ADJETIVO

O adjetivo varia em gênero, número e grau.

GÊNERO DO ADJETIVO

Quanto ao gênero, dividem-se os adjetivos em:

1) Uniformes: aqueles que têm uma só forma para os dois gêneros: mesa azul,

olho azul.

2) Biformes: apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o

feminino: mau - má, esperto - esperta, ativo - ativa, ateu - atéia.

Page 16: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

NÚMERO DO ADJETIVO

Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão numérica dos

substantivos: igual - iguais, azul - azuis, feroz - ferozes.

Plural dos Adjetivos Compostos

1) Os componentes sendo adjetivos, somente o último toma a flexão do plural: tecido

verde-claro, tecidos verde-claros; cabelo castanho-escuro, cabelos castanho-

escuros.

2) Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo, somente este último se

flexionará: menino mal-educado, meninos mal-educados.

3) Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis: farda verde-oliva, fardas

verde-oliva; terno amarelo-canário, ternos amarelo-canário.

4) Invariáveis ficam também as locuções adjetivas formadas de cor + de +

substantivo: vestido cor-de-rosa, vestidos cor-de-rosa.

GRAU DO ADJETIVO

O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos seres. São dois os

graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.

O Grau Comparativo pode ser:

1) de igualdade: A casa é tão antiga quanto o homem.

2) de superioridade: A casa é mais antiga do que o homem.

3) de inferioridade: A casa é menos antiga do que o homem.

Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas

sintéticas, herdadas do latim. São elas: bom - melhor, mau - pior, grande - maior,

pequeno - menor.

O grau superlativo divide-se em:

1º Absoluto:

a) Analítico: A menina é muito bela.

b) Sintético: A menina é belíssima.

2º relativo:

a) De Superioridade:

- Analítico: João é o mais alto de todos.

- Sintético: Este monte é o maior de todos.

b) De inferioridade: João é o menos rápido de todos.

O grau superlativo exprime uma qualidade no mais alto grau de intensidade

possível. Pode ser relativo ou absoluto.

Page 17: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

O superlativo relativo indica que entre os seres que possuem determinada

qualidade, há um que a possui num grau inexcedível.

O superlativo absoluto isola o ser qualificado no seu mais alto e intenso grau

possível, podendo assumir a forma sintética ou analítica.

O superlativo absoluto sintético dá-se por meio dos seguintes sufixos: íssimo, imo

e rimo.

O superlativo absoluto analítico dá-se por meio de advérbios de intensidade que

precedem o adjetivo.

Alguns adjetivos possuem formas literárias, cultas, de superlativo absoluto

sintético:

agudo - acutíssimo

doce - dulcíssimo

amargo - amaríssimo

dócil - docílimo

amigo - amicíssimo

humilde - humílimo

áspero - aspérrimo

livre - libérrimo

célebre - celebérrimo

negro - negérrimo

comum - comuníssimo

pobre - paupérrimo

cristão - cristianíssimo

provável - probabilíssimo

cruel - crudelíssimo

sábio - sapientíssimo

difícil - dificílimo

sagrado - sacratíssimo

ARTIGO

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los; indica

ao mesmo tempo gênero e número.

Dividem-se os artigos em: Definidos: o, a, os, as e Indefinidos: um, uma, uns,

umas.

Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular: Viajei com

o médico.

Page 18: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral: Viajei

com um médico.

Observações sobre o emprego do artigo

1ª) Ambas as mãos.

Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.

Exemplo: Ambas as mãos são perfeitas.

2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.

Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados

por adjetivos ou locuções adjetivas.

Exemplo: Vim de Paris.

Vim da luminosa Paris.

- Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.

Exemplo: O Rio de janeiro, O Cairo, O Porto.

Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou

não precedidos de artigo.

Exemplo: Vou a Paris

Vou à paris dos museus.

3ª) Toda cidade / toda a cidade.

Todo Ø, toda Ø designam qualquer, cada.

Exemplo: Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).

Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.

Exemplo: Conheci toda a Cidade (a cidade inteira)

No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de

substantivo.

Exemplos: Todas as cidades vieram.

Todos os cinco clubes disputarão o título.

Todos os cinco são concorrentes.

4) Tua decisão / a tua decisão.

De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos. Exemplos:

Aplaudimos tua decisão.

Aplaudinos a tua decisão.

Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a

ocorrência do artigo.

Exemplo: Aplaudiram a tua decisão e não a minha.

5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões

Page 19: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.

Exemplos: Tomou decisões as mais oportunas.

Tomou as decisões mais oportunas.

É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.

6ª) Faz uns dez anos.

O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.

Exemplo: Faz uns dez anos que saí de lá.

7ª) Em um / num.

Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:

de + o = do, de + a = da, etc.

As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou

separadas (de um, em um). Exemplo:

Estava em uma cidade grande.

Estava numa cidade grande.

NUMERAL

Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração.

Os numerais classificam-se em:

1) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze,

catorze, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.

2) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.

3) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um

sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta

avos, quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.

4) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,

nônuplo, décuplo, cêntuplo.

Atenção para a ortografia dos numerais cardinais:

16 - dezesseis

50 - cinqüenta

17 - dezessete

14 - quatorze (catorze)

600 - seiscentos

60 - sessenta

13 - treze

Atenção para a ortografia dos seguintes numerais ordinais:

6º - sexto

Page 20: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

900º - nongetésimo

11º - undécimo

70º - septuagésimo

12º - duodécimo

100º - centésimo

50º - quinquagésimo

200º - ducentésimo

60º - sexagésimo

400º - quadrigentésimo

80º - octogésimo

600º - seiscentésimo

300º - trecentésimo

800º - octingentésimo

500º - quingentésimo

1.000º- milésimo

700º- setingentésimo

Observações importantes:

1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras,

usam-se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde

que o numeral venha depois do substantivo.

Ex.: D. Pedro II (segundo); Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII

(vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).

2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.

Ex.: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.

3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se

o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.

Ex.: artigo 1º (primeiro), artigo 12 (doze).

4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome

de numerais coletivos.

Ex.: dúzia, centena.

5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da

seguinte forma:

a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.

Ex.: 94 = noventa e quatro

743 = setecentos e quarenta e três

Page 21: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro

algarismo e os demais ( isto é, entre o milhar e a centena).

Ex.: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.

PRONOME

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo indicando as

pessoas do discurso. Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos,

demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

1) PRONOMES PESSOAIS

Há três pessoas gramaticais:

Singular Plural

1ª pessoa - a que fala eu nós

2ª pessoa - a pessoa com

quem se fala tu vós

3ª pessoa - a pessoa de

quem se fala ele eles

Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos. Os pronomes retos

funcionam, em regra, como sujeitos de oração e os oblíquos, como objetos ou

complementos.

Pessoa Pronomes do Pronomes do

caso reto caso oblíquo

1ª singular eu me, mim, comigo

2ª singular tu te, ti, contigo

3ª singular eles se, si, consigo, o, a, lhe

1ª plural nós nos, conosco

2ª plural vós vos, convosco

3ª plural eles se, si, consigo, os, as, lhes

Quanto à acentuação, os pronomes oblíquos dividem-se em: tônicos (mim, ti, si,

comigo, etc.) e átonos (me, te, se, lhe, lhes, o , a, os, as, nos e vos). Associados a verbos

terminados em "R", "S" ou "Z", os pronomes o, a, os, as assumem as antigas

modalidades lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes:

Vou ver + o = vou vê-lo;

Trazer + o = trazê-lo

Fiz + o = fi-lo

Associados a verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, ões) os ditos

pronomes tomam as formas "no, na, nos, nas":

chamam + o = chamam-no;

Page 22: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

tragam + o = tragam-no;

afundaram + a = afundaram-na.

Pronomes oblíquos reflexivos são os que se referem ao sujeito da oração sendo da

mesma pessoa que este:

A menina penteou-se.

O operário feriu-se.

Com excessão de o, a, os , as, lhe, lhes, os demais pronomes oblíquos podem ser

reflexivos.

FORMAS DE TRATAMENTO

Entre os pronomes pessoais incluem-se os chamados pronomes de tratamento, que

se usam no trato cortês e cerimonioso das pessoas.

você (v.): no tratamento familiar;

o senhor (Sr.), a senhora (Sra.): no tratamento de respeito;

a senhorita (Srta.): moças solteiras;

Vossa Senhoria (V.Sa.): para pessoas de cerimônia, ou na correspondência

comercial;

Vossa Excelência (V.Exa.): para altas autoridades;

Vossa Reverendíssima (V.Revma.) para sacerdotes;

Vossa Eminência (V.Em.a): para cardeais;

Vossa Santidade (V.S.): para o Papa;

Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas;

Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) para imperadores;

Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques.

Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam com as formas verbais da 3ª

pessoa: Vossa Excelência, Senhor Presidente, é digno de nossas homenagens.

2) PRONOMES POSSESSIVOS

São aqueles que dão idéia de posse, indicando o ser a que pertence uma coisa.

1ª pessoa do singular: meu, minha, meus, minhas

2ª pessoa do singular: teu, tua, teus, tuas

3ª pessoa do singular: seu, sua, seus, suas

1ª pessoa do plural: nosso, nossa, nossos, nossas

2ª pessoa do plural: vosso, vossa, vossos, vossas

3ª pessoa do plural: seu, sua, seus, suas.

3) PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Page 23: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

São os que indicam o lugar, a posição, ou a identidade dos seres, relativamente às

pessoas do discurso. Exemplos:

Compro este carro (aqui). O pronome "este" indica que o carro está perto da

pessoa que fala.

Compro esse carro (aí). O pronome "esse" indica que o carro está perto da pessoa

com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.

Compro aquele carro (lá). O pronome "aquele" diz que o carro está afastado da

pessoa que fala e daquela com quem falo.

Os demonstrativos possuem formas variáveis e invariáveis:

- VARIÁVEIS:

1ª pessoa: este, esta, estes, estas

2ª pessoa: esse, essa, esses, essas

3ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas

- INVARIÁVEIS: 1ª pessoa: isto

2ª pessoa: isso

3ª pessoa: aquilo.

4) PRONOMES INDEFINIDOS

São aqueles que se referem à 3ª pessoa, mas de modo vago, indefinido.

Principais pronomes indefinidos: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,

ninguém, outrem, quem, tudo, cada, certa, certo, certas, certos, algum, alguma, alguns,

algumas, bastante, demais, nenhum, nenhuma, qualquer, quanto, quantos, todos, todas,

etc.

5) PRONOMES INTERROGATIVOS

Aparecem em frases interrogativas, acompanhados ou não de verbos

interrogativos como: perguntar, desejar, saber, etc. São pronomes interrogativos: que,

qual, quem, quanto.

Quem chegou primeiro?

Quantos vestidos trouxeram?

Qual é a sua opinião?

6) PRONOMES RELATIVOS

São os que representam seres já citados na frase, servindo como elemento de

ligação (conectivo) entre duas orações.

Os romanos escravizavam os soldados que eram derrotados.

Sejam gratos a Deus, a quem tudo devemos.

São pronomes relativos as palavras: que, quem, qual, o qual, os quais, cuja, cujas,

cujo, cujos, onde, quanto, quantos, quanta, quantas.

Page 24: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

VALOR DOS PRONOMES

NA ORAÇÃO

Os pronomes podem ser pronomes substantivos ou pronomes adjetivos.

Os pronomes substantivos substituem o substantivo; os pronomes adjetivos vêm

acompanhados de um substantivo.

Aquele livro é novo (aquele = pronome adjetivo, porque vem seguido do

substantivo livro).

Aquele que trabalha progride (aquele = pronome substantivo, porque não vem

seguido de substantivo; está empregado no lugar de um substantivo).

a) São EXCLUSIVAMENTE PRONOMES SUBSTANTIVOS: os pessoais, os

demonstrativos isto, isso, aquilo; os indefinidos quem, alguém, ninguém, algo,

outrem, tudo.

b) São EXCLUSIVAMENTE PRONOMES ADJETIVOS: os pronomes

possessivos; o pronomes relativos cujo; os pronomes cada, certo.

VERBO

Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.

Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o

verbo reveste diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o

modo e a voz.

O verbo varia em número e pessoa:

Singular Plural

1ª pessoa: eu penso nós pensamos

2ª pessoa: tu pensas vós pensais

3ª pessoa: ele pensa eles pensam

OS TEMPOS situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento.

São três:

1) O PRESENTE: Agora eu leio.

2) O PRETÉRITO (= passado)

IMPERFEITO: Ele trancava a porta.

PERFEITO: Ele trancou a porta.

MAIS-QUE-PERFEITO:

Quando cheguei, ele já trancara a porta.

3) O FUTURO

FUTURO DO PRESENTE:

Beatriz ganhará o concurso.

FUTURO DO PRETÉRITO:

Page 25: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Beatriz ganharia o concurso.

Quanto à forma, os tempos podem ser simples ou compostos.

Na conjugação ativa, os tempos simples apresentam-se sob formas simples (leio,

andava, corremos, etc.) e os compostos, sob formas compostas: tenho lido, tinham

andado, havia corrido, etc.

Na voz passiva, tanto os tempos simples como os compostos apresentam formas

compostas: sou premiado, tens sido visto, etc.

OS MODOS indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São três:

1) O INDICATIVO - exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo.

2) O IMPERATIVO - exprime ordem, proibição, conselho, pedido: Volte logo.

Não fiquem aqui. Sede prudentes.

3) O SUBJUNTIVO - enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético: É possível

que chova. Se você trabalhasse...

Além desses três modos, existem as FORMAS NOMINAIS DO VERBO

(infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa,

impessoal.

1) INFINITIVO: plantar, vender, ferir.

2) GERÚNDIO: plantando, vendendo, ferindo.

3) PARTICÍPIO: plantado, vendido, ferido.

Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal,

podem desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar,

água fervendo, tempo perdido.

O INFINITIVO pode ser PESSOAL ou IMPESSOAL.

1) PESSOAL, quando tem sujeito: Para sermos vencedores é preciso lutar.

(sujeito oculto nós)

2) IMPESSOAL, quando não tem sujeito: Ser ou não ser, eis a questão. O

infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não flexionado:

Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem

Não flexionado: andar eu, andar ele.

Quanto à VOZ, os verbos se classificam em:

1) ATIVOS: O patrão chamou o empregado.

2) PASSIVOS: O empregado foi chamado pelo patrão.

3) REFLEXIVOS: A criança feriu-se na gangorra.

VERBOS AUXILIARES são os que se juntam a uma forma nominal de outro

verbo para constituir os tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar.

- Tenho estudado muito esta semana.

- Jacinto havia chegado naquele momento.

- Somos castigados pelos nossos erros.

Page 26: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

- O mecânico estava consertando o carro.

- O secretário vai anunciar os resultados.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade

com a terminação do infinitivo:

1) Os da primeira conjugação terminam em - AR: cantar

2) Os da segunda conjugação terminam em - ER: bater

3) Os da terceira conjugação terminam em - IR: partir.

Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ª conjugação), E (2ª

conjugação), I (3ª conjugação).

OBS.: - O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um

verbo anômalo da segunda conjugação.

- A nossa língua possui aproximadamente 11 mil verbos, dos quais mais de 10 mil

são da primeira conjugação.

Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e a

terminação, que varia para denotar os diversos acidentes gramaticais.

Radical Terminação

cant - ar

cant - o

bat - er

bat - ias

part - ir

part - imos

diz - er

diss - eram

Dividem-se os tempos em primitivos e derivados.

São tempos primitivos:

1) o Infinitivo Impessoal.

2) o Presente do Indicativo (1ª e 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural).

3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3ª pessoa do plural).

Exemplo: cinco anos que ele morreu.”

e não "vão fazer..." - pois o verbo fazer é, nesse sentido, impessoal ("Faz cinco

anos").

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES

SER ESTAR TER HAVER

MODO INDICATIVO

PRESENTE

sou estou tenho hei

és estás tens hás

Page 27: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

é está tem há

somos estamos temos havemos

sois estais tendes haveis

são estão têm hão

PRETÉRITO IMPERFEITO

era estava tinha havia

eras estavas tinhas havias

era estava tinha havia

éramos estávamos tínhamos havíamos

éreis estáveis tínheis havíeis

eram estavam tinham haviam

PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES

fui estive tive houve

foste estiveste tiveste houveste

foi esteve teve houve

fomos estivemos tivemos ouvemos

fostes estivestes tivestes ouvestes

foram estiveram tiveram houveram

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido

tens sido tens estado tens tido tens havido

tem sido tem estado tem tido tem havido

temos sido temos estado temos tido temos havido

tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido

têm sido têm estado têm tido têm havido

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES

fora estivera tivera houvera

foras estiveras tiveras houveras

fora estivera tivera houvera

fôramos estivéramos tivéramos houvéramos

fôreis estivéreis tivéreis houvéreis

foram estiveram tiveram houveram

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

tinha sido tinha estado tinha tido tinha havido

tinhas sido tinhas estado tinhas tido tinhas havido

Page 28: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

tinha sido tinha estado tinha tido tinha havido

tínhamos sido tínhamos estado tínhamos tido tínhamos havido

tínheis sido tínheis estado tínheis tido tínheis havido

tinham sido tinham estado tinham tido tinham havido

FUTURO DO PRESENTE SIMPLES

serei estarei terei haverei

serás estarás terás haverás

será estará terá haverá

seremos estaremos teremos haveremos

sereis estareis tereis havereis

serão estarão terão haverão

FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO

terei sido terei estado terei tido terei havido

terás sido terás estado terás tido terás havido

terá sido terá estado terá tido terá havido

teremos sido teremos estado teremos tido teremos havido

tereis sido tereis estado tereis tido tereis havido

terão sido terão estado terão tido terão havido

FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES

seria estaria teria haveria

serias estarias terias haverias

seria estaria teria haveria

seríamos estaríamos teríamos haveríamos

seríeis estaríeis teríeis haveríeis

seriam estariam teriam haveriam

FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO

teria sido teria estado teria tido teria havido

terias sido terias estado terias tido terias havido

teria sido teria estado teria tido teria havido

teríamos sido teríamos estado teríamos tido teríamos havido

teríeis sido teríeis estado teríeis tido teríeis havido

teriam sido teriam estado teriam tido teriam havido

Page 29: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

MODO SUBJUNTIVO

PRESENTE

seja esteja tenha haja

sejas estejas tenhas hajas

seja esteja tenha haja

sejamos estejamos tenhamos hajamos

sejais estejais tenhais hajais

sejam estejam tenham hajam

PRETÉRITO IMPERFEITO

fosse estivesse tivesse houvesse

fosses estivesses tivesses houvesses

fosse estivesse tivesse houvesse

fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos

fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis

fossem estivessem tivessem houvessem

PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO

tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido

tenhas sido tenhas estado tenhas tido tenhas havido

tenha sido tenha estado tenha tido tenha havido

tenhamos sido tenhamos estado tenhamos tido tenhamos havido

tenhais sido tenhais estado tenhais tido tenhais havido

tenham sido tenham estado tenham tido tenham havido

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO

tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido

tivesses sido tivesses estado tivesses tido tivesses havido

tivesse sido tivesse estado tivesse tido tivesse havido

tivéssemos sido tivéssemos estado tivéssemos tido tivéssemos havido

tivésseis sido tivésseis estado tivésseis tido tivésseis havido

tivessem sido tivessem estado tivessem tido tivessem havido

FUTURO SIMPLES

se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver

se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres

se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver

Page 30: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

se nós formos se nós estivermos se nós tivermos se nós houvermos

se vós fordes se vós estiverdes se vós tiverdes se vós houverdes

se eles forem se eles estiverem se eles tiverem se eles houverem

FUTURO COMPOSTO

tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido

tiveres sido tiveres estado tiveres tido tiveres havido

tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido

tivermos sido tivermos estado tivermos tido tivermos havido

tiverdes sido tiverdes estado tiverdes tido tiverdes havido

tiverem sido tiverem estado tiverem tido tiverem havido

MODO IMPERATIVO

AFIRMATIVO

sê tu está tu tem tu há tu

seja você esteja você tenha você haja você

sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós

sede vós estai vós tende vós havei vós

sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês

NEGATIVO

SER ESTAR

não sejas tu não estejas tu

não seja você não esteja você

não sejamos nós não estejamos nós

não sejais vós não estejais vós

não sejam vocês não estejam vocês

TER HAVER

não tenhas tu não hajas tu

não tenha você não haja você

não tenhamos nós não hajamos nós

não tenhais vós não hajais vós

não tenham vocês não hajam vocês

INFINITIVO IMPESSOAL

PRESENTE

ser estar ter haver

Page 31: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

PRETÉRITO

ter sido ter estado ter tido ter havido

INFINITIVO PESSOAL

PRESENTE

ser estar ter haver

seres estares teres haveres

ser estar ter haver

sermos estarmos termos havermos

serdes estardes terdes haverdes

serem estarem terem haverem

PRETÉRITO

ter sido ter estado ter tido ter havido

teres sido teres estado teres tido teres havido

ter sido ter estado ter tido ter havido

termos sido termos estado termos tido termos havido

terdes sido terdes estado terdes tido terdes havido

terem sido terem estado terem tido terem havido

GERÚNDIO

PRESENTE

sendo estando tendo havendo

PRETÉRITO

tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido

PARTICÍPIO

sido estado tido havido

OBS.: Como ter, conjugam-se todos os seus derivados: abster-se, ater-se, conter-se,

conter, deter, entreter-se, manter, obter, reter, suster.

CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES

PARADIGMAS:

1ª CONJ.(AR) 2ª CONJ.(ER) 3ª CONJ.(IR)

cantar bater partir

MODO INDICATIVO

PRESENTE

canto bato parto

Page 32: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

cantas bates partes

canta bate parte

cantamos batemos partimos

cantais bateis partis

cantam batem partem

PRETÉRITO IMPERFEITO

cantava batia partia

cantavas batias partias

cantava batia partia

cantávamos batíamos partíamos

cantáveis batíeis partíeis

cantavam batiam partiam

PRETÉRITO PERFEITO

cantei bati parti

cantaste bateste partiste

cantou bateu partiu

cantamos batemos partimos

cantastes batestes partistes

cantaram bateram partiram

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

cantara batera partira

cantaras bateras partiras

cantara batera partira

cantáramos batêramos partíramos

cantáreis batêreis partíreis

cantaram bateram partiram

FUTURO DO PRESENTE

cantarei baterei partirei

cantarás baterás partirás

cantará baterá partirá

cantaremos bateremos partiremos

cantareis batereis partireis

Page 33: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

cantarão baterão partirão

FUTURO DO PRETÉRITO

cantaria bateria partiria

cantarias baterias partirias

cantaria bateria partiria

cantaríamos bateríamos partiríamos

cantaríeis bateríeis partiríeis

cantariam bateriam partiriam

TEMPOS COMPOSTOS

PRETÉRITO PERFEITO

tenho cantado tenho batido tenho partido

tens cantado tens batido tens partido

tem cantado tem batido tem partido

temos cantado temos batido temos partido

tendes cantado tendes batido tendes partido

têm cantado têm batido têm partido

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

tinha cantado tinha batido tinha partido

tinhas cantado tinhas batido tinhas partido

tinha cantado tinha batido tinha partido

tínhamos cantado tínhamos batido tínhamos partido

tínheis cantado tínheis batido tínheis partido

tinham cantado tinham batido tinham partido

FUTURO DO PRESENTE

terei cantado terei batido terei partido

terás cantado terás batido terás partido

terá cantado terá batido terá partido

teremos cantado teremos batido teremos partido

tereis cantado tereis batido tereis partido

terão cantado terão batido terão partido

FUTURO DO PRETÉRITO

teria cantado teria batido teria partido

Page 34: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

terias cantado terias batido terias partido

teria cantado teria batido teria partido

teríamos cantado teríamos batido teríamos partido

teríeis cantado teríeis batido teríeis partido

teriam cantado teriam batido teriam partido

MODO SUBJUNTIVO

PRESENTE

cante bata parta

cantes batas partas

cante bata parta

cantemos batamos partamos

canteis batais partais

cantem batam partam

PRETÉRITO IMPERFEITO

cantasse batesse partisse

cantasses batesses partisses

cantasse batesse partisse

cantássemos batêssemos partíssemos

cantásseis batêsseis partísseis

cantassem batessem partissem

FUTURO DO PRESENTE

cantar bater partir

cantares bateres partires

cantar bater partir

cantarmos batermos partirmos

cantardes baterdes partirdes

cantarem baterem partirem

TEMPOS COMPOSTOS

PRETÉRITO PERFEITO

tenha cantado tenha batido tenha partido

tenhas cantado tenhas batido tenhas partido

tenha cantado tenha batido tenha partido

tenhamos cantado tenhamos batido tenhamos partido

Page 35: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

tenhais cantado tenhais batido tenhais partido

tenham cantado tenham batido tenham partido

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

tivesse cantado tivesse batido tivesse partido

tivesses cantado tivesses batido tivesses partido

tivesse cantado tivesse batido tivesse partido

tivéssemos cantado tivéssemos batido tivéssemos partido

tivésseis cantado tivésseis batido tivésseis partido

tivessem cantado tivessem batido tivessem partido

FUTURO DO PRETÉRITO

tiver cantado tiver batido tiver partido

tiveres cantado tiveres batido tiveres partido

tiver cantado tiver batido tiver partido

tivermos cantado tivermos batido tivermos partido

tiverdes cantado tiverdes batido tiverdes partido

tiverem cantado tiverem batido tiverem partido

MODO IMPERATIVO

AFIRMATIVO

canta tu bate tu parte tu

cante você bata você parta você

cantemos nós batamos nós partamos nós

cantai vós batei vós parti vós

cantem vocês batam vocês partam vocês

NEGATIVO

não cantes tu não batas tu não partas tu

não cante você não bata você não parta você

não cantemos nós não batamos nós não partamos nós

não canteis vós não batais vós não partais vós

não cantem vocês não batam vocês não partam vocês

Page 36: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

FORMAS NOMINAIS

INFINITIVO

PRESENTE IMPESSOAL

cantar bater partir

PRESENTE PESSOAL

cantar bater partir

cantares bateres partires

cantar bater partir

cantarmos batermos partirmos

cantardes baterdes partirdes

cantarem baterem partirem

PRETÉRITO IMPESSOAL

ter cantado ter batido ter partido

PRETÉRITO PESSOAL

ter cantado ter batido ter partido

teres cantado teres batido teres partido

ter cantado ter batido ter partido

termos cantado termos batido termos partido

terdes cantado terdes batido terdes partido

terem cantado terem batido terem partido

GERÚNDIO

PRESENTE

cantando batendo partindo

PRETÉRITO

tendo cantado tendo batido tendo partido

PARTICÍPIO

cantado batido partido

CONJUGAÇÃO DOS PRINCIPAIS VERBOS IRREGULARES

Dar, aguar, magoar, resfolegar, nomear, copiar, odiar, abster-se, caber, crer, dizer,

escrever, fazer, ler, perder, pode, pôr, querer, saber, trazer, valer, ver, abolir, cair, cobrir,

falir, mentir, frigir, ir, ouvir, pedir, rir, vir.

Obs.: Os termos ou modos que não constem desta lista deverão ser conjugados

seguindo-se o paradigma da conjugação.

Page 37: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

DAR

INDICATIVO PRESENTE: dou, dás, dá, damos, dais, dão. Pretérito Imperfeito:

dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam. Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos,

destes, deram. Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram.

Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão. Futuro do pretérito: daria,

darias, daria, daríamos, daríeis, dariam: Imperativo Afirmativo: dá, dê, demos, dai,

dêem. Imperativo Negativo: Não dês, não dê, não demos, não deis, não dêem.

Subjuntivo presente: dê, dês, dê, demos, deis, dêem. Futuro: der, deres, der, dermos,

derdes, derem. Infinitivo Presente Impessoal: dar. Infinitivo Presente Pessoal: dar,

dares, dar, darmos, dardes, darem. Gerúndio: dando. Particípio: dado.

AGUAR

INDICATIVO PRESENTE: águo, águas, água, aguamos aguais, águam. Pretérito

perfeito: agüei, aguaste, aguou, etc. Subjuntivo Presente: ágüe, ágües, ágüe, agüemos,

agüeis, ágüem, etc. Verbo regular nos demais tempos. Assim se conjugam desaguar,

enxaguar e minguar.

CRER

INDICATIVO PRESENTE: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem. Pretérito

Imperfeito: cria, crias, cria, críamos, críeis, criam. Pretérito Perfeito: cri, creste, creu,

cremos, crestes, creram. Imperativo: crê, creia, creiamos, crede, creiam. Pretérito

Imperfeito: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem. Futuro: crer, creres,

etc. Gerúndio: crendo. Particípio: crido. Assim se conjugam descrer e ler.

DIZER

INDICATIVO PRESENTE: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem. Pretérito

Imperfeito: dizia, dizias, etc. Pretérito Perfeito: disse, disseste, disse, dissemos,

dissestes, disseram. Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, etc. Futuro do

Presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão. Futuro do Pretérito: diria, dirias, diria,

diríamos, diríeis, diriam. Imperativo Afirmativo: dize, diga, digamos, dizei, digam.

Pretérito Imperfeito: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem.

Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem. Infinitivo Impessoal:

dizer. Infinitivo pessoal: dizer, dizeres, dizer, etc. Gerúndio: dizendo. Particípio: dito.

Seguem este paradigma os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer,

entredizer, maldizer, predizer, redizer.

PÔR

INDICATIVO PRESENTE: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Pretérito

Imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. Pretérito perfeito: pus,

puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras,

pusera, puséramos, puséreis, puseram.

FUTURO DO PRESENTE: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do

Pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. Imperativo Afirmativo: põe,

ponha, ponhamos, ponde, ponham. Subjuntivo Presente: ponha, ponhas, ponha,

ponhamos, ponhais, ponham. Pretérito Imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse,

Page 38: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

puséssemos, pusésseis, pusessem. Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes,

puserem. Infinitivo Pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Infinitivo

Impessoal: pôr,. Gerúndio: pondo. Particípio: posto.

VER

INDICATIVO PRESENTE: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem. Pretérito Perfeito:

vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. Pretérito mais-do-que-perfeito: vira, viras, vira,

víramos, víreis, viram. Imperativo Afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam.

Subjuntivo Presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam. Pretérito Imperfeito:

visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. Futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes,

virem. Gerúndio: vendo. Particípio: visto.

Como ver, se conjugam: antever, entrever, prever, rever.

ABOLIR

INDICATIVO PRESENTE: aboles, abole, abolimos, abolis, abolem. Imperativo

Afirmativo: abole, aboli. Subjuntivo Presente: não existe. Defectivo nas formas em que

ao L do radical seguiria A ou O, o que ocorre apenas no Indicativo presente, e

derivados.

Por este verbo se conjugam: banir, brandir, carpir, colorir, comedir-se, delir,

demolir, extorquir, esculpir, haurir, delinqüir, etc.

RIR

INDICATIVO PRESENTE: rio, ris,ri, rimos, rides, riem. Pretérito perfeito: ri,

riste, riu, rimos, ristes, riram. Imperativo Afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam.

Subjuntivo Presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam. Imperfeito: risse, risses, risse, etc.

Particípio: rido.

VIR

INDICATIVO PRESENTE: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pretérito

Imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Pretérito Perfeito: vim,

vieste, veio, viémos, viestes, vieram. Futuro do Presente: virei, virás, virá, etc. Futuro

do Pretérito: viria, virias, viria, etc. Imperativo Afirmativo: vem, venha, venhamos,

vinde, venham.

SUBJUNTIVO PRESENTE: venha, venhas, venha, venhamos, venhais,

venham.Pretérito Imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.

Futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Infinitivo Pessoal: vir, vires, vir,

virmos, virdes, virem. Gerúndio: vindo. Particípio: vindo.

Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se.

Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos.

VOZES DO VERBO

Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal é praticada

ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.

Page 39: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa

pelo verbo. Ex.: O caçador abateu a ave.

Um verbo está na voz passiva quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.

Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.

Obs.: só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.

Formação da voz passiva

A voz passiva

A voz passiva, mais freqüentemente, é formada:

1) Pelo verbo auxiliar SER seguido do particípio do verbo principal (passiva

analítica). Ex.: O homem É AFLIGIDO pelas doenças.

Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva.

Menos freqüentemente, pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos

auxiliares. Ex: A aldeia estava isolada pelas águas.

2) Com o pronome apassivador "SE" associado a um verbo ativo da terceira pessoa

(passiva pronominal). Ex.: Regam-se as plantas. Organizou-se o campeonato.

Voz Reflexiva

Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz uma ação

cujos efeitos ele mesmo sofre. ex.: O caçador feriu-se. A menina penteou-se.

O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos "me, te, se, nos, vos,

se". Estes pronomes são reflexivos quando se lhes pode acrescentar: a mim mesmo, a ti

mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., respectivamente. Ex.: Considera-se aprovado?

(a si mesmo). Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua

ou correspondida. os verbos desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se

geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas expressões um ao outro,

reciprocamente, mutualmente. Ex.: Amam-se como irmãos. Os pretendentes insultaram-

se.

Conversão da voz ativa na passiva

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da

frase: Gutenberg inventou a impressa. A impressa foi inventada por Gutenberg.

ADVÉRBIO

É uma palavra que modifica (que se refere) a verbo, a adjetivo, um outro advérbio.

A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância.

Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios.

Mora muito longe (modifica o advérbio longe).

Sairei cedo para alcançar os excursionistas (modifica o verbo sairei).

Eram exercícios bem difíceis (modifica o adjetivo difíceis).

Page 40: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Classificação dos advérbios

1) De afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, incontestavelmente,

efetivamente.

2) De dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto, certo.

3) De intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão,

demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente,

excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mal, quase,

apenas, como.

4) De lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém,

alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através,

defronte, aonde, donde, detrás.

5) De modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor,

pior, aliás, calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os

advérbios terminados em "mente".

6) De negação: não, absolutamente.

7) De tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde,

nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui,

nisto, aí, entrementes, brevemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente,

presentemente, etc.

Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por que?: Onde

estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?

Locuções Adverbiais

São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às

pressas, às ocultas, à toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às

vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de cofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em

breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc.

PREPOSIÇÃO

Preposição é a palavra que liga um termo a outro:

Casa de pedra; livro de Paulo; falou com ele.

Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre foram preposições) e

acidentais (palavras de outras classes gramaticais que fazem as vezes de preposição).

1) Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,

per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exemplos:

Fumava cigarro após cigarro.

Está vestida de branco.

2) Preposições acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto,

como, etc. Exemplos:

Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de louros.

Page 41: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Vovô dormiu durante a viagem.

Locuções Prepositivas

São expressões com a função das preposições. Em geral são formadas de advérbio

(ou locução adverbial) + preposição: abaixo de, acima de, por trás de, em frente de,

junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, embaixo de, em cima de, em

face de, etc.

Exemplo: Passamos através de mata cerrada.

Combinações e contrações

As preposições a, de, em, per, e para, unem-se com outras palavras, formando um

só vocábulo. Há combinação quando a preposição se une sem perda de fonema; se a

preposição sofre queda de fonema, haverá contração.

A preposição combina-se com os artigos, pronomes demosntrativos e com

advérbios.

As preposições a, de, em, per contraem-se com os artigos, e, algumas delas, com

certos pronomes e advérbios.

a + a = à

de + o = do

em + esse = nesse

a + as = às

de + ele = dele

em + o = no

a + aquele = àquele

de + este = deste

em + um = num

a + aquela = àquela

de + isto = disto

em + aquele = naquele

a + aquilo = àquilo

de + aqui = daqui

per + o = pelo

INTERJEIÇÃO

Interjeição é uma palavra ou locução com que se exprime um estado emotivo. As

interjeições são um recurso da linguagem afetiva e emocional. Podem exprimir e

registrar os mais variados sentimentos.

Classificam-se em:

Page 42: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

1) De dor: ai! ui! ai de mim!

2) De desejo: oxalá! tomara!

3) De alegria: ah! oh! eh! viva!

4) De animação: eia! coragem! avante! upa! força!

vamos!

5) De aplauso: bem! bravo! apoiado!

6) De aversão: ih! chi! irra! ora bolas!

7) De apelo: ó! alô! psit! psiu!

8) De silêncio: psiu! silêncio!

9) De repetição: bis!

10) De saudação: alô! olá! salve! bom dia!

11) De advertência: cuidado! devagar!

atenção!

12) De indignação: fora!, morra!

Locução interjetiva

É uma expressão formada de mais de uma palavra, com valor de interjeição: meu

deus! Muito bem! Ai de mim! Ora bolas! valha-me Deus! Quem me dera!

As interjeições são proferidas em tom de voz especial e, dependendo desta

circunstância, a mesma interjeição pode expressar sentimentos diversos.

6. Sintaxe.

CONJUNÇÃO

Conjunção é a palavra invariável que liga orações ou termos de oração.

Comi mas não gostei. Saímos de casa quando amanhecia.

As conjunções dividem-se em coordenativas e subordinativas.

Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que uma dependa da outra ou

sem que a segunda complete o sentido da primeira, dizemos que ela é coordenativa.

Quando a conjunção liga duas orações que se completam uma a outra e faz com

que a segunda dependa da primeira, dizemos que ela é subordinativa.

Conjunções Coordenativas

Podem ser:

1) Aditivas: que dão idéia de adição: e, nem, mas também, mas ainda, senão

também, como também, bem como. A doença vem a cavalo e volta a pé.

Page 43: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

2) Adversativas: que exprime contraste, oposição, ressalva, compensação:

mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, no entanto, apesar disso.

Querem ser ricos, mas não trabalham.

3) Alternativas: exprimem alternativa, alternância: ou, ou... ou, ora... ora, já... já,

seja... seja, quer...quer. A louca ora o acariciava, ora o renegava freneticamente.

4) Explicativas: exprimem explicação, um motivo: que, porque, porquanto, pois.

As conjunções explicativas aparecem normalmente depois de orações imperativas.

Venha, porque quero conversar com você.

5) Conclusivas: expressam conclusão: logo, portanto, por conseguinte, por isso,

pois (depois de verbo).

As árvores balançavam, logo estava ventando.

Conjunções subordinativas

Podem ser:

1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, desde que, etc.

Não me interessa a opinião deles, porque todos ali são imbecis.

2) Comparativas: como, tal qual, assim como, que nem, como quanto, etc. Talvez

ninguém pense como nós pensamos.

3) Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, por

menos que, se bem que, posto que, nem que, dado que, sem que, etc. Foi ao encontro,

embora estivesse atrasado.

4) Condicionais: se, caso, desde que, salvo se, contanto que, a não ser que, a

menos que, sem que, etc. Não irei sem que ela me telefone.

5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante, etc. Cada um colhe,

conforme semeia.

6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,

tamanho), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, etc. Era

tão feio que metia medo nas crianças.

7) Finais: a fim de que, para que, que, porque, etc. Enganou-se para que não

a enganassem.

8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais

(tanto mais), quanto menos (tanto menos), etc. As criaturas são mais perfeitas à

proporção que são mais capazes de amar.

9) Temporais: enquanto, quando, logo que, assim que, depois que, agora que,

antes que, desde que, até que, sempre que, etc. Todos se calaram, depois que protestei.

10) Integrantes: que, se. Sonhei que o mundo havia acabado.

Observação: As conjunções subordinativas integrantes introduzem as orações

subordinadas adverbiais.

A classificação das conjunções dependerá unicamente da significação que elas

dêem à oração que introduzem.

Page 44: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

7. Frase, oração e período:

7.1.termos da oração;

7.2.período simples e composto;

7.3.classificação das orações;

Como se sabe, o período simples é constituído de uma oração chamada absoluta.

Em toda oração, há um ou vários termos.

Termos é uma unidade de função. Os termos da oração classificam-se em

essenciais, integrantes e acessórios.

TERMOS ESSENCIAIS

Os termos essenciais da oração são dois: o sujeito e o predicado.

Sujeito é o termo da oração do qual se faz uma declaração. Essa declaração pode

ser de ação, de estado ou de qualidade. Exemplos:

Sérgio corre bastante. (ação)

Juliana está cansada. (estado)

O cachorro é bonito. (qualidade)

Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado

pode declarar uma ação, um estado ou uma qualidade do sujeito. Exemplos:

Érico joga futebol. (ação)

A menina está feliz. (estado)

As flores são bonitas. (qualidade)

SUJEITO

O sujeito é constituído por um núcleo e por palavras secundárias. O núcleo

(palavra mais importante) é sempre um substantivo ou um pronome e as palavras

secundárias podem ser artigos, adjetivos, etc.

O sujeito classifica-se em:

1) SIMPLES - é aquele que apresenta apenas um núcleo:

O garfo é um talher.

2) COMPOSTO - é aquele que apresenta dois ou mais núcleos:

O garfo e a colher são talheres.

3) DETERMINADO (claro ou oculto):

Claro: é aquele que vem expresso na oração.

Eu fui ao supermercado.

Oculto: é aquele que não vem expresso na oração, mas é facilmente determinado:

Page 45: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

(Nós) Estivemos em sua casa ontem.

OBS.: O sujeito oculto também recebe os nomes de elíptico e fossilizado.

4) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração, e não

pode ou não quer se identificar.

O sujeito indeterminado ocorre em dois casos:

a) Com o verbo na terceira pessoa do plural.

Ex.: Encontraram o seu automóvel naquela avenida.

b) Com o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome "se".

Ex.: Dançava-se muito no nosso tempo.

OBSERVAÇÃO:

É preciso não confundir duas construções aparentemente iguais. O pronome "SE"

nem sempre funciona como indeterminador do sujeito; pode funcionar como partícula

apassivadora.

a) PRONOME "SE" ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO

O pronome SE funciona como índice de indeterminação do sujeito junto a verbos

intransitivos, ou transitivos acompanhados de complemento preposicionado. Exemplos:

b) PRONOME "SE" APASSIVADOR

Quando o pronome SE agrega-se a um verbo transitivo direto que não vem

seguido de preposição, pode ser analisado como partícula apassivadora. Para tirar

qualquer dúvida, transporta-se o verbo para a voz passiva com o verbo ser (passiva

analítica). Se essa transformação for possível, o pronome SE deve ser analisado como

partícula apassivadora e o sujeito sempre estará presente na oração.

Supomos a seguinte oração: Comprou-se muita mercadoria.

O verbo é transitivo direto e não vem seguido de preposição. É possível converter

o verbo para a voz passiva analítica: foi comprada muita mercadoria.

Teremos então a seguinte análise:

5) ORAÇÃO SEM SUJEITO - é aquela que apenas expressa um fato que

não é atribuído a nenhum ser.

A oração sem sujeito ocorre em três casos:

a) Com o verbo haver no sentido de existir.

Ex.: Houve poucas reprovações no curso de inglês.

b) Com os verbos ser, estar e fazer quando indicam tempo.

Ex.: Era uma manhã maravilhosa.

c) Com os verbos anoitecer, chover, nevar, ventar e outros, que indicam

fenômenos atmosféricos.

Ex.: Ventava muito ontem à noite.

Page 46: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Nessas orações não há sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um

fato, através do predicado. São constituídas com esses verbos impessoais, na 3ª pessoa

do singular.

A classificação, oração sem sujeito, é muitas vezes conhecida também como

sujeito inexistente.

SUJEITO AGENTE E PACIENTE

AGENTE - é aquele que pratica a ação do verbo na voz ativa.

Ex.: Nós fizemos as provas.

PACIENTE - é aquele que sofre a ação do verbo na voz passiva.

Ex.: As provas foram feitas por nós.

OBS.: Os pronomes indefinidos: alguém, ninguém, quando empregados como

sujeito, são classificados normalmente como sujeito simples. Ex.: Ninguém viu o cão.

PREDICADO

A classificação do predicado baseia-se no tipo de verbo da frase. Alguns verbos

indicam ação (cair, correr, dormir, escrever, falar, sentar); outros verbos indicam estado

ou qualidade (ser, estar, ficar, parecer).

Há três tipos de predicado:

1) PREDICADO NOMINAL

Predicado nominal é aquele que se constitui de verbo de ligação (indicam estado

ou qualidade) mais predicativo.

Ex.: Nosso colega está doente.

O núcleo do predicado nominal é o predicativo.

Ex.: Nosso colega está doente.

Predicativo é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou

qualidade do sujeito.

Ex.: Aquele menino é triste.

As crianças parecem felizes.

2) PREDICADO VERBAL

Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo.

Ex.: O avião sobrevoou a praia.

O núcleo do predicado verbal é o verbo.

Ex.: O avião sobrevoou a praia.

Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento verbal do tipo de

objeto direto / indireto. Normalmente, vem acompanhado de adjunto adverbial. Ex.: O

sabiá voou alto.

Page 47: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Verbo transitivo é o que necessita de complemento. O verbo transitivo pode ser:

direto, indireto, e direto e indireto.

Transitivo direto é o verbo que necessita de complemento sem auxílio de

preposição: objeto direto. Ex.: Ele comprou o carro.

Transitivo indireto é o verbo que necessita de complemento com auxílio de

preposição. Ex.: Ele precisa de um esparadrapo.

Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao mesmo tempo

de complemento sem auxílio de preposição e de complemento com auxílio de

preposição: objeto direto e indireto. Ex.:

Demos

3) PREDICADO VERBO-NOMINAL

Predicado verbo-nominal é aquele que se constitui de verbo intransitivo mais

predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do objeto.

Os rapazes voltaram vitoriosos. (predicativo do sujeito)

O predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos: o verbo (intransitivo ou

transitivo) e o predicativo (do sujeito ou do objeto).

Ex.: Os ônibus saíram atrasados.

PREDICATIVO DO SUJEITO é o termo que, no predicado verbo-nominal,

ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Exemplos:

Os atletas voltaram cansados.

Os aviões chegaram atrasados.

PREDICATIVO DO OBJETO é o termo que, no predicado verbo-nominal, ajuda

o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto.

Exemplos:

A agremiação nomeou Gil tesoureiro.

O juiz tornou pública a sentença.

3 - Sintaxe

CONCORDÂNCIA NOMINAL

1) Quando o adjetivo se referir a um só nome, o substantivo concorda com ele em

gênero e número.

Boa árvore não dá maus frutos.

2) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos do mesmo gênero e do

singular e vier posposto, toma o gênero deles e vai facultativamente, para o

singular ou plural.

Page 48: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Disciplina, ação e coragem digna (ou dignas).

PORÉM: Dedicado o pai, o filho e o irmão.

(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).

3) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e

do singular e vier posposto, poderá ir para o masculino plural ou concordar com o

mais próximo.

Escolheste lugar e hora maus.

Escolheste lugar e hora má.

PORÉM: Sinto eterno amor e gratidão.

(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).

4) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e

do plural e vier posposto, tomará o plural masculino o concordará com o mais

próximo.

Rapazes e moças estudiosos (ou estudiosas).

5) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gênero e número

diferente e vier posposto, poderá concordar com o mais próximo ou ir para o

plural masculino.

Primos, primas e irmãos educadíssimas (ou educadíssimos).

6) Pode o adjetivo ainda concordar com o mais próximo quando os substantivos são

ou podem ser considerados sinônimos.

Gratidão e reconhecimento profundo.

7) Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado

pelo artigo, ocorrem três tipos de construção paralelas.

Estudo as línguas inglesa e francesa.

Estudo a língua inglesa e a francesa.

Estudo a língua inglesa e francesa.

8) As palavras: mesmo, próprio e só (quando equivale a sozinho) concordam

segundo a regra geral em gênero e número com a palavra a que se referem. Só

quando equivale a somente é advérbio e invariável.

Ela mesma me avisou.

Vocês próprios me trouxeram a notícia.

Nós não estivemos sós.

Só eles não concordaram.

OBS.: A expressão a sós é invariável. Exemplo:

Gostaria de ficar a sós por uns momentos.

9) Anexo, incluso, junto, bastante e nenhum, concordam, normalmente, com os

substantivos a que se referem.

Page 49: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Segue anexa a cópia do contrato.

Vão inclusos os requerimentos.

Seguem juntas as notas.

Bastantes pessoas ignoram esse plural.

Homens nenhuns, nenhumas causas.

OBSERVAÇÕES:

a) Alerta e menos são sempre invariáveis.

Estamos alerta.

Há situações menos complicadas.

Há menos pessoas no local.

b) Em anexo é sempre invariável.

Seguem, em anexo, as fotografias.

10) Meio - meia, como adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo

que modificam, mas com advérbio “meio” permanece invariável.

OBS.: como adjetivo, modifica o substantivo;

como advérbio, modifica o adjetivo, o verbo e o próprio

advérbio.

Já é meio-dia e meia (hora). (substantivo)

Comprei dois meios litros de leite. (substantivo)

Quero meio quilo de café. (substantivo)

Ele sentia-se meio cansada. (adjetivo)

Elas pareciam meio tontas. (adjetivo)

Minha mãe está meio exausta. (adjetivo)

Estão nesse caso palavras como: pouco, muito, bastante, barato, caro, meio, longe,

etc.

11) Dado e visto e qualquer outro particípio, concordam com o substantivo a que se

referem.

Dados os conhecimentos (substantivo masculino)

Dadas as condições (substantivo feminino)

Vistas as dificuldades (substantivo feminino)

12) As expressões “um e outro” e “nem um nem outro” são seguidas de um

substantivo SINGULAR.

... mas aprovei um e outro ato.

... mas uma e outra coisa duraram.

PORÉM:

Quando “um e outro” for seguido de adjetivo, o substantivo fica no singular e o

adjetivo vai para o plural.

Uma e outra parede sujas.

Um e outro lado escuros.

Page 50: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

13) A palavra possível em “o mais ... possível, o pior possível, o melhor possível”,

mantém-se invariável.

Praias o mais tentadoras possível.

14) A palavra obrigado concorda com o nome a que se refere.

Muito obrigado (masculino singular)

Muito obrigada (feminino singular)

Eles disseram muito obrigados (masculino plural)

15) Verbo ser mais adjetivo

Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais um adjetivo, formando

expressões do tipo é bom, é claro, é evidente, etc., há duas construções:

- se o sujeito não vem precedido de nenhum modificador, tanto o verbo quanto o

adjetivo ficam invariáveis.

Cerveja é bom.

É proibido entrada.

- se o sujeito vem precedido de modificador, tanto o verbo quanto o predicativo

concordam regularmente.

A cerveja é boa.

É proibida a entrada.

16) Concordância do Adjetivo (Predicativo)

a) Predicativo do Sujeito: concorda com o sujeito em número e gênero:

As crianças estavam tristonhas.

b) Predicativo do objeto:

- Se o objeto direto for simples o adjetivo predicativo concorda em gênero e

número com o objeto.

Trouxeram-na desmaiada.

- Se o objeto direto for composto o adjetivo predicativo deverá flexionar-se no

plural e no gênero dos objetos.

A justiça declarou criminosas a atriz e suas amigas.

17) Substantivos ligados por “ou”: o adjetivo concorda com o mais próximo ou,

então, vai para o plural.

uma flor ou um fruto saboroso OU saborosos.

18) Dois ou mais ordinais determinando o substantivo: este ficará no singular ou no

plural.

a primeira e segunda ferida (OU feridas) do coração.

CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa com as seguintes regras:

1ª SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO

VERBO:

Page 51: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Esse fica no plural.

O pai, a mãe e o filho estão ausentes.

2ª SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO;

Esse pode concordar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos indo

para o plural.

Está ausente o pai, a mãe e o filho.

Estão ausentes o pai a mãe e o filho.

3ª SUJEITO COMPOSTO POR PRONOMES PESSOAIS

DIFERENTES:

O verbo vai para o plural concordando com a pessoa que possui prioridade

gramatical (ou seja, 1ª pessoa prevalece sobre 2ª e 3ª; 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª).

Eu, tu, ele e ela somos bons amigos. (eu - nós)

Tu, ele e ela sois bons amigos. (tu - vós)

Ela e tu ireis embora (tu - vós)

4ª SUJEITO COMPOSTO:

Tendo seus núcleos ligados por não só ... mas também, tanto ... quanto, não só

... como, o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Não só a moça, mas também o príncipe estariam pobres.

OBS.: Caso se trate de uma simples comparação, o verbo fica no singular.

Este aumento de salário, assim como o anterior, não compensou.

5ª SUJEITO LIGADO POR “COM”:

O verbo irá para o plural se indicar cooperação na ação, visto que a preposição

forma verdadeiro sujeito composto, equivalendo a “E”; se a preposição “COM”

exprimir circunstância de companhia, o verbo fica no singular.

Napoleão com seus soldados invadiram a Europa.

Egas Monis, com a mulher e os filhos, apresentou-se ao rei da Espanha.

6ª SUJEITO LIGADO POR “OU”:

Levar-se-á em conta para o verbo ficar:

a) no singular

- exclusão: Pedro ou Paulo será eleito.

- sinonímia: A glotologia ou a lingüística é uma ciência que se ocupa da

linguagem humana.

b) no plural

- inclusão: O calor ou o frio excessivo prejudicam certas plantas. (ou = e)

- antonímia: O choro ou o riso constituíam o viver daquela gente.

- retificação: O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.

PORÉM:

Page 52: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Na antecipação do verbo, dá-se concordância com o mais próximo.

Nenhum vestígio de sua presença deixou o autor ou autores do crime.

7ª SUJEITOS REPRESENTADOS POR “UM E OUTRO”:

O verbo pode ficar no singular ou no plural.

Um e outro testemunho o condenavam (ou condenava).

8ª SUJEITOS REPRESENTADOS POR “UM, OU OUTRO”:

O verbo fica no singular.

Uma ou outra pode alugar a casa.

9ª SUJEITO REPRESENTADO POR “NEM UM, NEM OUTRO”:

Exige o verbo no singular.

Afirma-se que nem um, nem outro falou a verdade.

10ª SUJEITO REPRESENTADO POR EXPRESSÃO

COMO A MAIORIA DE (a maior parte, parte de) + UM NOME NO

PLURAL:

O verbo irá para o singular ou plural.

A maior parte dos doidos ali metidos estão (ou está) em seu perfeito juízo.

11ª SUJEITO REPRESENTADO POR UM COLETIVO:

O verbo fica no singular, embora em escritores clássicos se encontrem exemplos

de concordância não com o coletivo, mas com a idéia de plural que ele encerra (silepse).

Mas nem sempre o povo acerta.

12ª SUJEITO REPRESENTADO PELA PALAVRA “QUE”

PRONOME RELATIVO:

O verbo concorda em número e pessoa com o antecedente da palavra que.

Fui eu que te vesti do meu sudário.

Não és tu que me dás felicidade.

13ª SUJEITO REPRESENTADO PELO PRONOME

“QUEM”':

O verbo vai para a 3ª pessoa, segundo a NGB.

Mas não sou eu quem está em jogo. (ou “estou”)

14ª SUJEITO COMPOSTO SEGUIDO DE UM APOSTO

RESUMIDOR:

O verbo concorda com a palavra resumidora e não com o sujeito composto.

Jogos, convenções, espetáculos, nada o distraía.

Desvios, fraudes, roubos, tudo era permitido.

15ª VERBO + PRONOME APASSIVADOR “SE”:

Page 53: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Concorda com o sujeito paciente em número e pessoa.

Ouviam-se aplausos no salão.

Compram-se livros usados.

Vendem-se apartamentos.

16ª VERBO + ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO “SE”:

Fica o verbo na 3ª pessoa do singular.

Precisa-se de carpinteiros.

Gosta-se de praias naquela região.

Necessita-se de outras explicações.

17ª VERBOS IMPESSOAIS:

Ficam, normalmente, na 3ª pessoa do singular:

a) O verbo haver no sentido de existir, acontecer.

Havia dois alunos no corredor.

Houve fatos estranhos naquela cidadezinha.

b) Os que indicam fenômenos da natureza: chover, ventar, nevar, gear, etc.

c) Os verbos haver, fazer, estar, ir, ser (com referência a tempo).

Há três dias que não o vejo.

Faz quatro meses que não nado.

Vai em dois anos ou pouco mais que ...

É cedo.

Está frio.

ENTRETANTO:

- O verbo ser concorda com o predicativo.

São dez horas.

É uma hora.

- Os verbos existir, acontecer, são pessoais, ou seja, admitem sujeito e concordam

com ele.

Existem duas manchas na parede. (sujeito = duas manchas)

Aconteceram fatos estranhos. (sujeito = fatos)

Nas locuções verbais, o verbo impessoal transmite a sua impessoalidade para o

verbo auxiliar.

Vai haver no sujeito)

Está fazendo dez anos que...

PORÉM:

Page 54: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Vão existir novas oportunidades. (existir = verbo pessoal)

Estavam acontecendo coisas estranhas. (estar = verbo pessoal)

18ª O VERBO “DAR”, “BATER” + HORA (S):

Esses verbos concordam com o sujeito expresso hora (s).

Deram há pouco nove horas!

Bateram devagar dez horas!

PORÉM:

Se, na oração, vem a palavra relógio, funcionando como sujeito, o verbo

concordará com ela em número e pessoa.

Que horas deu o relógio?

Vai dar dez horas o relógio da Sé.

19ª O VERBO “SER”

a) Com as palavras tudo, isto, isso, aquilo, o (que) e o predicativo no plural, o

verbo ser também pode ir para o plural ou ficar no singular.

Tudo eram memórias na infância.

Isto não são coisas que você possa dizer.

Tudo são flores.

b) O sujeito que dá nome a pessoa concorda com o verbo ser.

O filho é as alegrias do pai.

c) O sujeito que dá nome a algo pede o verbo concordando com o predicativo no

plural.

O problema são as suas dívidas

d) O pronome pessoal sujeito ou predicativo pede a concordância do verbo com

ele.

Ele era todo ouvidos e angústia.

O trouxa neste caso foi eu.

e) As expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é tanto, quando

indicam preço, quantidade, peso ficam com o verbo no singular.

Duas horas não é tanto assim.

Oitocentos gramas é muito.

f) Em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com o

predicativo.

Hoje são quatorze de outubro.

(predicativo)

Hoje é dia quatorze de outubro.

(predicativo)

É zero hora em São Paulo.

São dez horas da manhã.

Page 55: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

São cem quilômetros daqui até lá.

Obs.: Em datas, o verbo ser pode concordar com a idéia da palavra dia, mesmo

que ela não apareça.

Ex.: Hoje é 2 de outubro.

TERMOS ASSOCIADOS AO NOME E AO VERBO

Chamam-se termos integrantes da oração os que completam a significação

transitiva dos verbos e nomes. Integram (completam) o sentido da oração, sendo, por

isso, indispensáveis à compreensão do enunciado.

São os seguintes:

1) Complemento verbal

2) Complemento nominal

3) Agente da Passiva

OBJETO DIRETO

Objeto direto é o que completa os verbos de predicação incompleta, não regido,

normalmente, de preposição.

Ex.: Mamãe comprou peixe.

Encontrei uma moeda.

OBJETO INDIRETO

Objeto indireto é o complemento verbal regido de preposição. Representa,

ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere a ação verbal.

Ex.: As crianças precisam de carinho.

Não gosto de perfumes.

COMPLEMENTO NOMINAL

Complemento nominal completa um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio),

nem sempre com preposição, ligado a palavras que não têm sentido completo.

Ex.: Ele é útil. - a palavra útil, não diz tudo, porque não explica a quem ele é útil;

precisa, então, de um complemento (que é o complemento nominal).

Ex.: Ele é útil ao patrão.

Ele é útil à sociedade.

Outro exemplo: Se dissermos "Ficou satisfeito" não sabemos o que o deixou

satisfeito. Para completar o sentido da frase é preciso acrescentar uma outra palavra:

Ex.: Ficou satisfeito com as notas.

com o aumento.

As palavras que completam o sentido de "satisfeito" são o complemento nominal

(completam o nome "satisfeito").

Ex.: Mostra respeito às leis.

Tem amor pelas crianças.

Page 56: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Presta obediência aos superiores.

AGENTE DA PASSIVA

Agente da passiva indica o ser que pratica a ação quando o verbo está na voz

passiva.

Ex.: Os mapas foram elaborados pelo guia (a ação de elaborar os mapas foi

praticada pelo guia).

A refeição é preparada pela nutricionista (a ação de preparar a refeição é

praticada pela nutricionista).

TERMOS ACESSÓRIOS

Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária,

qual seja a de limitar o sentido dos substantivos ou exprimir alguma circunstância.

São três os termos acessórios da oração:

1) adjunto adnominal

2) adjunto adverbial

3) aposto.

ADJUNTO ADNOMINAL

Adjunto adnominal é o termo que vem junto (adjunto) do nome (adnominal). Para

achar o adjunto adnominal determina-se primeiramente o núcleo (a palavra principal) de

um conjunto de palavras. A palavra ou palavras que acompanharem o núcleo serão o

adjunto ou adjuntos adnominais.

Ex.: O meu amigo mandou-me um cartão interessante.

O meu amigo - palavra principal ou núcleo = amigo;

- palavras que acompanham o núcleo = o, meu (adjuntos adnominais).

Um cartão interessante - palavra principal ou núcleo = cartão;

- palavras que acompanham o núcleo = um, interessante (adjuntos adnominais).

Os adjuntos adnominais podem ser expressos:

1) pelos adjetivos: água fresca; terra fértil.

2) pelos artigos: o mundo, as ruas.

3) pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, muitas coisas.

4) pelos numerais: dois homens, quinto ano.

5) pelas locuções ou expressões adjetivas introduzidas pela preposição "de", e que

exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra especificação: presente de rei

(régio); qualidade: livro do mestre (indica a posse do livro).

ADJUNTO ADVERBIAL

Adjunto adverbial é o advérbio ou expressão que funciona como um advérbio,

atribuindo-lhe uma circunstância.

Page 57: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

- de afirmação: Realmente, está frio.

- de negação: Não sairei.

- de dúvida: Talvez viaje à noite.

- de tempo: Saiu cedo. Saiu às 3 horas.

- de lugar: Mora longe. Fique aqui.

- de modo: Escreve devagar. Lê bem.

- de intensidade: Corre bastante. Estuda muito.

- de companhia: Passeia com os pais. Trabalha com o amigo.

APOSTO

Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou

resume outro termo da oração. Exemplos:

O Amazonas, rio caudaloso, atravessa grande região.

(explica o que é o Amazonas)

Conquistaram a lua, satélite da terra.

(explica o que é a lua)

O autor do romance, Machado de Assis, ficou famoso.

(explica quem foi o autor do romance)

VOCATIVO

Vocativo é um chamamento; pode referir-se a pessoas, animais, entidades

sobrenaturais.

Vocativo é um termo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso, não se

anexa nem ao sujeito nem ao predicado. Exemplos:

Não faça isso, menina.

João, dê-me seu livro.

Saia daí, Lulu.

Deus, vinde em meu auxílio.

ORDEM DAS PALAVRAS NA FRASE

Há em português uma ordem normal de colocação dos termos, chamada ORDEM

DIRETA, que obedece aos seguintes princípios gerais:

1) sujeito antes do predicado.

2) predicado imediatamente após o sujeito.

3) os complementos após as palavras a que se referem.

4) os adjetivos depois dos substantivos.

5) a preposição entre as palavras ligadas.

Havendo deslocação dessa ordem, teremos a ORDEM INVERSA.

Ex.: O compadre expôs o objeto de sua visita. (ordem direta)

Expôs o compadre de sua visita o objeto. (ordem inversa)

Page 58: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Colocação dos pronomes oblíquos átonos

Pronomes pessoais

RETOS

Singular

1a. pess. EU

2a. pess. TU

3a. pess. ELE, ELA

Plural

1a. pess. NÓS

2a. pess. VÓS

3a. pess. ELES, ELAS

OBLÍQUOS ÁTONOS

Singular

1a. pess. ME

2a. pess. TE

3a. pess. SE, LHE, O, A

Plural

1a. pess. NOS

2a. pess. VOS

3a. pess. SE, LHES, OS, AS

OBLÍQUOS TÔNICOS

Singular

1a. pess. MIM, COMIGO

2a. pess. TI, CONTIGO

3a. pess. SI, CONSIGO

Plural

1a. pess. CONOSCO

2a. pess. CONVOSCO

3a. pess. SI, CONSIGO

Regência verbal e nominal.

Verbal

Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma

preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.

Page 59: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode

ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da

frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser

empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes

relativos (O ideal a que aspira é nobre).

Alguns verbos e seu comportamento:

o ACONSELHAR (TD e I)

Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibus

cedo

o AGRADAR

No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem

preposição).

Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em

casa naquele dia.

No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem

preposição "a").

Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.

o AGRADECER

TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto

indireto, a pessoa.

Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu

namorado

o AGUARDAR (TD ou TI)

Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo.

o ASPIRAR

No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição)

Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.

No sentido de almeja, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição

"a")

Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol

Page 60: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Observação

não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a

ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do

uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que

exija o artigo)

o ASSISTIR

No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).

Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descanso

semanal remunerado.

No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a prep. A)

Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família

sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.

Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..

Observação

não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver.

No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a

obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de

substantivo feminino (que exija o artigo)

o ATENDER

Atender pode ser TD ou TI, com a prep. a.

Ex.: Atenderam o meu pedido prontamente. / Atenderam ao meu pedido

prontamente.

No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto

No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto

indireto com a preposição a

Observação

se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se

emprega a forma objetiva direta (O diretor atendeu os interessados

ou aos interessados / O diretor atendeu-os)

Page 61: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

o CERTIFICAR (TD e I)

Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou

Quem certifica, certifica alguém de algo.

Observação

observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um

substantivo feminino (que exija o artigo)

Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado /

Certificamo-nos de seu êxito no concurso / Certificou o escrivão do

desaparecimento dos autos

o CHAMAR

TD, quando significar convocar.

Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

TI, com a prep. POR, quando significar invocar.

Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.

TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.

Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula

/ Chamei-o à atenção.

Observação

A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender,

e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção de todos que por

ali passavam)

Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A

qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou

não.

Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável /

Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-lhe de irresponsável.

o CHEGAR, IR (Intrans.)

Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar

e quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância

(adjunto adverbial de lugar), e não complementação.

Page 62: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na

indicação de procedência.

Observação

quando houver a necessidade da prep. A, seguida de um substantivo

feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)

no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM

Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.

se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição

PARA.

Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.

quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então

exigem EM.

Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.

o COGITAR

Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.

Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso

/ O diretor cogitou de demitir-se.

o COMPARECER (Intrans.)

Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de

cinema.

o COMUNICAR (TD e I)

Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.

Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.

o CUSTAR

No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como

sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.

Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoas

permanecer em silêncio.

Page 63: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.

Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família

No sentido de ter preço será intransitivo

Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.

o DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)

Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aqueles

que menos o desfrutam

o ENSINAR - TD e I

Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês

o ESQUECER, LEMBRAR

quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.

Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta

no bolso do paletó

constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome

Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o

namorado distante

o FALTAR, RESTAR E BASTAR

Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.

Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje

/ Resta aos vestibulandos estudar bastante.

o IMPLICAR

TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.

Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos.

TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como

conseqüência, acarretar.

Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suas

palavras implicam denúncia contra o deputado.

Page 64: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.

Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.

Observação

Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério

implica sacrifícios)

o INFORMAR (TD e I)

Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou

Quem informa, informa alguém de algo.

Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas férias

terminou

o MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intrans.)

Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas

vezes acontece.

Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-

se na rua Cassiano.

o NAMORAR (TD)

Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta que

estava sobre a mesa.

o OBEDECER, DESOBEDECER (TI)

Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?

Observação

verbos TI que admitem formação de voz passiva

o PAGAR, PERDOAR

São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o

objeto indireto, a pessoa.

Ex.: Paguei a conta ao Banco / Perdôo os erros ao amigo

Observação

Page 65: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

as construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala,

mas agramaticais

o PEDIR (TD e I)

Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que

alguém faça algo.

Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.

o PRECISAR

No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).

Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.

No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).

Ex.: Preciso de bom digitador.

o PREFERIR (TD e I)

Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.

Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.

o PROCEDER

TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.

Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feitura

das provas.

TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.

Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Esta

madeira procede do Paraná.

Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.

Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeu

honestamente.

o QUERER

No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)

Page 66: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Ex.: Quero meu livro de volta / Sempre quis seu bem

No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A).

Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que à

própria vida.

o RENUNCIAR

Pode ser TD ou TI, com a prep. A.

Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo

o RESPONDER

TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.

Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor com

desdém.

Observação

nesse caso, não aceita construção de voz passiva.

TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)

Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu.

o REVIDAR (TI)

Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.

o SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)

Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-

se, nem antipatizar-se.

Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

o SOBRESSAIR (TI)

Com a prep. EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.

Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.

o VISAR

Page 67: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

No sentido de ter em vista, objetivar (TI - prep. A)

Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso do

povo.

No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)

Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratos

um a um.

Observação

se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-

se a ele (a/s)

Sinopse:

o São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES

como complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,

assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.

o Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar,

noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções:

Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa

alguém de algo.

o Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados

do pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeito

indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.

(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)

o Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:

abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a),

atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar

(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar

(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de

Pasquale e Ulisses.

Nominal

Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir

complementação para seu sentido precedida de preposição.

Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as

palavras que exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.

Page 68: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

acostumado a, com

afável com, para

afeiçoado a, por

aflito com, por

alheio a, de

ambicioso de

amizade a, por, com

amor a, por

ansioso de, para, por

apaixonado de, por

apto a, para

atencioso com, para

aversão a, por

ávido de, por

conforme a

constante de, em

constituído com, de, por

contemporâneo a, de

contente com, de, em, por

cruel com, para

curioso de

desgostoso com, de

desprezo a, de, por

devoção a, por, para, com

devoto a, de

dúvida em, sobre, acerca de

empenho de, em, por

falta a, com, para

imbuído de, em

imune a, de

inclinação a, para, por

incompatível com

junto a, de

preferível a

propenso a, para

próximo a, de

respeito a, com, de, por, para

situado a, em, entre

último a, de, em

Conheça a crase

Page 69: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

A crase surge quando uma preposição "a" se une a um artigo definido feminino "a".

Por exemplo: o verbo "ir" exige a preposição a (quem vai vai sempre a algum lugar).

Se, logo a seguir, vier um substantivo precedido de um adjetivo masculino, como "o

banco", temos: "Eu vou a + o banco", ou "Eu vou ao banco".

Porém, se o substantivo for feminino, como "a praça", temos: "Eu vou a + a praça", ou

"Eu vou aa praça". Sempre que ocorre "aa", transformamos essa partícula em "à".

Na grande maioria dos casos, quem está escrevendo pode tirar a dúvida sobre o uso da

crase substituindo a palavra após o "a" em questão por uma palavra masculina.

Assim, se eu não sei se "Esse objeto pertence a(à) loja" leva crase, devo apenas

substituir "loja" por uma palavra masculina, como: "Esse objeto pertence ao museu". Se

temos "ao", isso significa que há uma preposição "a" mais um artigo masculino "o".

Logo, no feminino, temos a mesma preposição "a" com um artigo "a". Portanto, essa

frase leva crase.

Daí podemos concluir algumas regras básicas:

quase nunca há crase antes de uma palavra que não seja um substantivo (exceto

quando especificado nos casos especiais, abaixo)

nunca há crase antes de uma palavra masculina

Existem ainda alguns casos especiais.

Os pronomes demonstrativos "aquele(s)", "aquela(s)" e "aquilo" podem

levar crase se são precedidos de preposição. Assim, tanto "Vou devolver o

objeto àquela loja" quanto "Vou devolver o objeto àquele museu" levam crase,

já que a preposição exigida por "devolver" (quem devolve devolve alguma coisa

a alguém) se une à letra a inicial de "aquele(s)", "aquela(s)" ou "aquilo".

Se, em vez de um artigo definido "a" forem utilizados artigos indefinidos

("um", "uma", "uns", "umas") ou pronomes ("esse", "essa", "este",

"esta" e seus plurais), não acontece a junção das partículas que formam a

crase, já que os artigos indefinidos ou pronomes substituem o artigo definido,

logo não há crase. É o caso de "Ele foi a essa loja", "Os objetos pertencem a

uma moradora", etc.

Da mesma forma, se a preposição empregada não for "a", também não existirá

crase. Por exemplo: "Ela foi para a loja".

Com relação a nomes próprios, faça a sua própria escolha quanto a utilizar ou

não o artigo definido antes deles. No caso de pessoas, o uso do artigo representa

um registro mais coloquial, enquanto a omissão do artigo dá um tom mais

formal. Por exemplo: "Fomos à casa da Cláudia / do Pedro", "Devolvi a bolsa à

Fernanda / ao Felipe" (menos coloquial) ou "Voltamos da casa de João / de

Lucia", "Devolvi o casaco a Ana / a Gustavo" (mais formal). Com respeito a

instituições, o uso mais tradicional é utilizar o artigo definido.

Pode ocorrer o uso da crase antes de adjetivos que antecedem ao substantivo.

No entanto, o artigo continua se referindo ao substantivo (nesses casos, o

Page 70: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

adjetivo poderia inclusive ser retirado sem que o sentido da frase seja alterado).

Por exemplo: "Fiz uma visita à enorme biblioteca". "Enorme" não é um

substantivo, mas o artigo está diretamente relacionado com o substantivo, e não

com o artigo. A prova disto é que o "truque" de trocar o substantivo por uma

palavra masculina continua valendo: "Fiz uma visita ao novo hospital".

Horas levam sempre crase (às 10 horas).

Medidas de distância não levam crase (daqui a 100 metros).

Fazer algo à Fulano (por exemplo, uma receita culinária) leva crase. Na

verdade, essa expressão corresponde a "à moda de Fulano".

IMPORTANTE: Atenção ao fazer o "truque" de mudar a palavra após a crase para o

masculino. Mantenha sempre em mente, bem identificados, as preposições, os artigos e

os pronomes, pois nem sempre o problema será resolvido apenas com a mudança de

gênero. Por exemplo:

Pode ocorrer de o "a" em questão continuar sendo "a", não mudar nem para "ao"

nem para "o". Isso significa que o "a" é preposição, mas não há artigo. Por

exemplo: "Ele se dedica a atividades comerciais". Se trocarmos "atividades" por

uma palavra masculina - "Ele se dedica a produtos comerciais" -, vemos que

esse "a" é o pronome exigido pelo verbo "dedicar(-se)", mas que não há

qualquer artigo antes de "atividades" ou "produtos". Nesse caso, obviamente,

não há crase.

De forma semelhante, pode ocorrer de o "a" mudar para "o". Isso significa que

há apenas um artigo antes da palavra em questão, mas não uma preposição após

o verbo. Por exemplo: "Ele devolveu a mercadoria que encontrou". Trocando

"mercadoria" por uma palavra masculina, teríamos "Ele devolveu o objeto que

encontrou".

Finalmente, atenção! Não confunda o a, com ou sem crase, com há, do verbo haver,

como em "Ele se mudou há dez anos".

4. Semântica.

É o estudo do sentido das palavras de uma língua.

A Semântica estuda basicamente os seguintes aspectos:

Família de idéias Homonímia

Sinonímia Paronímia

Antonímia Polissemia

Page 71: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Família de idéias

São palavras que mantêm relações de sinonímia e que representam

basicamente uma mesma idéia.

Veja a relação a seguir:

casa, moradia, lar, abrigo

residência, sobrado, apartamento, cabana

Todas essas palavras representam a mesma idéia: lugar onde se mora. Logo,

trata-se de uma família de idéias.

Observe outros exemplos:

revista, jornal, biblioteca, livro

casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta

serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto

telefonista, motorista, costureira, escriturário, professor

Sinonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam

significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.

Ex.: Cômico - engraçado

Débil - fraco, frágil

Distante - afastado, remoto

Antonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados

diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.

Ex.: Economizar - gastar

Bem - mal

Bom - ruim

Homonímia

É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados

Page 72: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.

As homônimas podem ser:

Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita

e diferentes na pronúncia.

Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)

Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)

Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras iguais na

pronúncia e diferentes na escrita.

Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)

Cessão (substantivo) - sessão (substantivo)

Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)

Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais

na pronúncia e na escrita.

Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)

Verão ( verbo) - verão ( substantivo)

Cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)

Curiosidades

Cesta = utensílio de vime, etc.

Sexta = ordinal referente a seis.

Cheque = papel com ordem de pagamento

Xeque = lance no jogo de xadrez, ex-soberano da ex-Pérsia (atual Irã), perigo

Cocho = vasilha, recipiente onde secolocam alimentos ou água, para animais

Coxo = que manca de uma perna

Concerto = harmonia, acordo, espetáculo

Conserto = ato de consertar, remendar

Coser = costurar

Cozer = cozinhar

Empoçar = formar poça

Empossar = dar posse a

Intercessão = ato de interceder

Interseção = ponto onde duas linhas se cruzam

Page 73: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Ruço = pardacento, cimento; alourado

Russo = relativo a Rússia

Tacha = pequeno prego, tacho grande

Taxa = imposto, juros.

Tachar = censurar

Taxar = regular, determinar a taxa

Paronímia

É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem

significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita -

PARÔNIMOS.

Ex.: cavaleiro - cavalheiro

Absolver - absorver

Comprimento - cumprimento

Polissemia

É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.

Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.

Abasteci meu carro no posto da esquina.

Os convites eram de graça.

Os fiéis agradecem a graça recebida.

5. Estilística.

Denotação - uso geral, comum, literal, finalidade prática, utilitária, objetiva, usual.

Ex.: A corrente estava pendurada na porta.

corrente- cadeira de metal, grilhão (dicionário /Aurélio)

Conotação - uso expressivo, figurado, diferente daquele empregado no dia-a-dia,

depende do contexto.

Ex.:" A gente vai contra a corrente

Até não poder resistir." ( Chico Buarque)

corrente- opinião da maioria

Page 74: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Figuras de estilo ou linguagem Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser

mais expressivo.

A seguir, as principais figuras de estilo em ordem alfabética:

1- Anacoluto- interrupção na seqüência lógica da oração deixando um termo solto,

sem função sintática. Ex.: Mulheres, como viver sem elas?

2- Anáfora- repetição de palavras. Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai,

ela é tudo!

3- Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o

distinga. é o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome. Ex.: Xuxa ( Maria das

Graças); O Gordo (Jô Soares)

4- Antítese - aproximação de idéias, palavras ou expressões de sentidos opostos. Ex.:

Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.

5- Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres

reais ou imaginários, presentes ou ausentes. Ex.: Mulher, venha aqui! / Ó meu Deus!

Mereço tanto sofrimento?

6- Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um

período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas. Ex.: Nasci, cresci,

morri. ( ou invés de: Nasci, cresci e morri.)

7- Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e tornou-se cotidiana

não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência da palavras mais

apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas.

Ex.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.

8- Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua

semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem...

Ex.: Aquela criança era delicado como uma flor.

9- Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas. Ex.: Marta

trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.

10- Eufemismo – atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar

alguma verdade triste, chocante ou desagradável. Ex.: Ele foi desta para melhor.

(evitando dizer: Ele morreu.)

11- Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo. Ex.: Estou morrendo de

cansada.

Page 75: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

12- Ironia - forma intencional de dizer o contrário da idéia que se pretendia exprimir. O

irônico é sarcástico ou depreciativo. Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha

casa foi assaltada.

13- Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O

segundo termo é usado com o valor do primeiro. Ex.: Aquela criança é (como) uma

flor.

14- Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma

proximidade de sentido.

A metonímia pode ocorrer quando usamos:

a- o autor pela obra

Ex.: Nas horas vagas, lê Machado. (a obra de Machado)

b- o continente pelo conteúdo

Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.

Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)

c- a causa pelo efeito e vice-versa

Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.

A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.

d- o lugar pelo produto feito no lugar

Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.

O nome da região onde o vinho é fabricado

e- a parte pelo todo

Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.

Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.

f- a matéria pelo objeto

Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.

Porcelana é a matéria dos objetos

g- a marca pelo produto

Ex.: - Gostaria de um pacote de bombril, por favor.

Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.

h- concreto pelo abstrato e vice-versa

Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração

Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)

15- Onomatopéia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos. Ex.; Psiu! Venha aqui!

Page 76: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

16- Paradoxo ou oxímoro – Aproximação de palavras ou idéias de sentido oposto em

apenas uma figura. Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos

Drummond de Andrade)

17- Personificação, prosopopéia ou animismo – atribuição de características humanas

a seres inanimados, imaginários ou irracionais. Ex.: A vida ensinou-me a ser

humilde.

18- Pleonasmo ou redundância – repetição da mesma idéia com objetivo de realce. A

redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso

expressivo, enriquecerá o texto:

Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.

Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto sendo

considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo. Outros: subir para

cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.

19- Polissíndeto – repetição de conjunções (síndetos). Ex.: Estudou e casou e trabalhou

e trabalhou...

20- Silepse – concordância com a idéia, não com a forma. Ex.: Os brasileiros (3ª

pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados. Pessoa

Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.). Gênero

Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente. Número

21- Sinestesia - mistura da sensações em uma única expressão. Ex.: Aquele choro

amargo e frio me espetava.

Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)

6. Pontuação.

É o conjunto de sinais gráficos que indicam na escrita as pausas da linguagem oral

VÍRGULA ( , )

PRÉ-REQUISITOS PARA O ESTUDO DA VÍRGULA

Dizemos que os termos de uma oração estão em Ordem Direta quando eles se

dispõem na seguinte progressão:

Sujeito ** verbo ** complemento do verbo ** adjunto adverbial.

Page 77: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Dizemos que há Ordem Indireta sempre que a progressão acima for alterada. Se,

por exemplo, colocarmos o adjunto adverbial antes do sujeito ou entre o sujeito e o

verbo, teremos um caso de ordem indireta.

Como se pode ver pelos exemplos acima, nem sempre os termos da oração

ocorrem dispostos em ordem direta:

- há inversões;

- há intercalações;

- pode haver omissão escrita, comumente esses fenômenos são marcados por

vírgulas.

É preciso não incorrer numa pressuposição enganosa: que toda a pausa na língua

oral corresponde a uma vírgula na escrita. Se assim fosse, para o uso da vírgula,

poderíamos confiar cegamente na intuição e não precisaríamos estudar regra alguma.

É verdade que muitas pausas da língua oral correspondem a vírgula na escrita,

mas a implicação não é necessária, sobretudo porque:

- a língua oral é mais livre de convenções e mais sujeita à individualidade do

falante.

- a língua escrita é mais conservadora e mais apegada a usos adquiridos ao longo

de uma tradição.

Disso decorre que:

a) pode haver pausas na língua oral que não são marcadas por vírgula na escrita

Note que entre o sujeito e o predicado não se usa vírgula, embora, na fala, possa

haver uma pausa, sobretudo quando o sujeito tem alguma extensão.

b) pode haver vírgulas na escrita que não correspondem a pausa na língua oral.

USO DA VÍRGULA ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO

CASOS EM QUE NÃO SE USA A VÍRGULA:

1) Entre sujeito e predicado:

Ex: Todos os componentes da mesa recusaram a proposta.

2) Entre o verbo e seus complementos:

Ex: O trabalho custou sacrifício aos realizadores.

3) Entre o nome e o complemento nominal e adjunto adnominal:

Ex: A intrigante resposta do mestre ao aluno despertou reações.

Page 78: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

CASOS EM QUE SE USA VÍRGULA PARA MARCAR INTERVALAÇÃO

1) Do adjunto adverbial:

Ex.: Ele, com razão, sustenta opinião contrária.

2) Da conjução:

Ex.: Não há, portanto, nenhum risco no negócio.

3) Das expressões explicativas ou corretivas:

Ex.: Todos se omitiram, isto é, colaboraram com os adversários.

PARA MARCAR INVERSÕES

4) Do adjunto adverbial (no início da oração):

Ex.: Por cautela, deixamos um depósito.

Obs.: no caso pode-se omitir a vírgula, a menos que o adjunto adverbial tenha

certa extensão.

5) Do complemento pleonástico antecipado ao verbo:

Ex.: Casos mais importantes, já os apresentei.

6) Do nome de lugar antecipado à datas:

Ex.: São Carlos, 10 de setembro de 1988.

7) Para separar termos coordenados (em enumeração):

Ex.: O livro estava sujo, rasgado, imprestável.

8) Para marcar elipse do verbo:

Ex.: Nós trabalhamos com fatos; vocês, com hipóteses.

PARA ISOLAR

9) O vocativo:

Ex.: Não demores tanto, meu filho.

10) O aposto:

Ex.: O tempo, nosso inimigo, foge rápido.

USO DA VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES DO PERÍODO

11) Subordinadas Substantivas:

Não se separam da oração principal através de vírgula. Faz exceção a substantiva

apositiva, que se separa por dois pontos ou por vírgula.

12) Subordinadas Adjetivas:

- A adjetiva não se separa da principal através de vírgula.

OBS.: pode ocorrer vírgula depois da oração subordinada adjetiva restritiva

sobretudo se ela tem certa extensão ou se termina por um verbo contínuo ao da oração

seguinte.

- A adjetiva explicativa vem sempre isolada entre vírgulas.

Page 79: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

13) Subordinadas adverbiais:

Sempre é correto o uso da vírgula entre as subordinadas adverbiais e a oração

principal.

Ex.: Ainda que a situação tenha sido adversa, conseguimos bom resultado.

14) Orações Coordenadas Assindéticas:

Separam-se por vírgula entre si.

15) Orações Coordenadas Sindéticas:

As coordenadas sindéticas, exceto as aditivas iniciadas por e, separam-se por

vírgula. Ex.:

Obs.: As coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção e podem separar-se

por vírgula nos seguintes casos:

- Se os sujeitos forem diferentes.

- Se o e vier repetido várias vezes a título de ênfase. Ex.: E falou, e pediu, e

insistiu.

16) Orações Intercaladas:

Separam-se por vírgulas.

Obs.: A oração intercalada pode vir também separada pelo duplo travessão e por

parênteses.

PONTO FINAL ( . )

1) nas abreviaturas:

Sr. (senhor), d.c. (depois de Cristo), pág. (página);

2) no final de um período:

Mestre João morava no mar.

PONTO E VÍRGULA ( ; )

O ponto e vírgula é um sinal de pontuação usado para indicar uma pausa maior

que a vírgula e emprega-se:

1) para separar as partes de um período:

"Os olhos negros e inquietos pareciam garotos travessos em hora de recreio; os

braços gesticulavam a cada palavra; e o corpo torcia-se pelos bancos e pelas carteiras

da sala..." (Viriato Corrêa)

2) para separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma seqüência:

"A história da ortografia portuguesa pode dividir-se em três períodos:

a) o fonético, que coincide com a fase arcaica da Língua, vai até o século XVI;

b) o pseudo-etimológico, inaugurado no Renascimento, estende-se até os primeiros

anos do século XX;

c) o histórico-científico, que se inicia com a adoção da chamada "nova ortografia",

começa em 1911."

Page 80: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

(Rocha Lima)

DOIS PONTOS ( : )

Os dois pontos indicam uma acentuada suspensão da voz na frase e emprega-se:

1) Para anunciar a fala dos personagens nas histórias de ficção:

Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz: - olha, menino cuidado.

2) Antes de uma citação:

Repetia as palavras do pai: o mundo, sem a selva, será triste e mau.

3) Antes de certos apostos, principalmente nas enumerações:

Tudo ameaçava as plantações: vento, enchentes, geadas, bichos.

4) Antes de orações apositivas:

A verdadeira causa das guerras é esta: os homens se esquecem de Deus.

5) Para indicar um esclarecimento, um resultado ou resumo do que se disse:

Guardo o mundo na mão: não sei se sou feliz.

PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

O ponto de exclamação indica estado emocional:

Coitado do papai!

Dizem que é tão perigoso!

TRAVESSÃO ( - )

É um traço grande usado:

1) Nos diálogos, para indicar mudança de interlocultor, ou simplesmente, início de

fala de um personagem:

- Você é daqui mesmo? perguntei.

2) Para separar expressões ou frases explicativas ou apositivas:

Berço de um mundo novo - o promontório dorme.

3) Para isolar palavras ou orações para as quais se deseja chamar a atenção do leitor:

Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante.

4) Para ligar palavras em cadeia de um intinerário:

A via férrea São Paulo - Sorocaba.

ASPAS ( " " )

As aspas são empregadas para chamar a atenção... São usadas para:

1) Assinalar transcrições:

"Caminhavam dois burros, um com carga de açúcar, outro com carga de

esponjas”. "(Monteiro Lobato)

2) Pôr palavras em evidências:

O rapaz "caiu das nuvens" ao saber o que acontecera.

Page 81: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

3) Assinalar palavras estrangeiras, termos de gíria, títulos de obras literárias ou

artísticas, jornais, enfim, tudo que merece um destaque:

"Le Cid", de Corneille, é para mim um lembrança...

O "Liberdade" nunca foi o que ora se chama uma folha "amarela".

COLCHETES ( [ ] )

Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se

restringe aos escritos de cunho científico ou religioso:

Cada um colhe [ conforme semeia].

ASTERISCO ( * )

palavra que significa estrelinha, é usado:

1) Para remeter uma nota ou explicação ao pé da página ou no fim de um capítulo.

2) no lugar de um nome próprio que não se quer declinar:

o Dr.*, o jornal***.

PARÁGRAFO ( § )

Este sinal gráfico é empregado, em geral, para indicar um item de um texto ou

artigo de lei.

CHAVE ( { ) OU CHAVES ({ } )

A chave é muito usada para dividir um assunto.

As chaves são muito empregadas em matemática.

BARRA ( / )

A barra é muito empregada em abreviações das datas e em algumas abreviaturas.

7. Interpretação de textos.

Interpretar exige raciocínio, discernimento e compreensão do mundo

A interpretação de textos é de fundamental importância para o vestibulando. Você já se

perguntou por quê? Há alguns anos, as provas de Português, nos principais vestibulares

do país, traziam uma frase, e dela faziam-se as questões. Eram enunciados soltos, sem

conexão, tão ridículos que lembravam muito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo

viu a uva". Os tempos são outros, e, dentro das modernas tendências do ensino de

línguas, fica cada vez mais claro que o objetivo de ensinar as regras da gramática

normativa é simplesmente o texto. Aprendem-se as regras do português culto, erudito, a

fim de melhorar a qualidade do texto, seja oral, seja escrito.

Nesse sentido, todas as questões são extraídas de textos, escolhidos criteriosamente

pelas bancas, em função da mensagem/conteúdo, em função da estrutura gramatical.

Page 82: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Dessa maneira, fica clara a importância do texto como objetivo último do aprendizado

de língua.

Quais são os textos escolhidos?

Textos retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a preferência.

Portanto, o romance, a poesia e o conto são quase que exclusividade das provas de

Literatura (que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante

observar as características fundamentais desses produtos da imprensa.

Os Artigos

São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas

opiniões são de expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de

articulista - e tratam de assunto da realidade objetiva, pautada pela imprensa. Vejamos

um exemplo: um dado conflito eclode em algum ponto do planeta (a todo o instante

surge algum), e o professor Décio Freitas, historiador, abordará, em seu artigo em ZH,

os aspectos históricos do embate. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais.

Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual o autor/emissor terá como

objetivo convencer o leitor/receptor. Nessa medida, é idêntico à redação escolar, tendo a

mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Exemplo de Artigo

“Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros

culturais importantes seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século

passado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado, mas as metrópoles que

contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri,

São Petesburgo.”

(Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo, 02/05/99)

Os Editoriais

Novamente , são opinativos, argumentativos e possuem aquela mesma estrutura. Todos

os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três

textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um

outro, de temas internacionais. A diferença em relação ao artigo é que o autor, o

editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o

ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses

editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre,

antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono da empresa de comunicação. Os

temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana.

Page 83: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

As Notícias

Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são autorais, isto é, produzidas por

um jornalista claramente identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada,

na qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor deve responder às

cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê?

Essa maneira de fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a

leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a notícia, que vá adiante no

texto. Fato é que, lendo apenas o parágrafo inicial, terá as informações básicas do

assunto. A grande diferença em relação ao artigo e ao editorial está no objetivo. O autor

quer apenas "passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o leitor/receptor de

nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de

subjetividade e de intencionalidade.

Exemplo de Notícia

“O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do

Trabalho de São Paulo, negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as

perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para permanecer

calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas no exterior.”

(Folha de S. Paulo, 05/05/99)

As Crônicas

Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade

objetiva. Eles retratam a realidade subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista,

jornalista, produziu, por exemplo, um texto abordando a flor que nasceu no seu jardim.

Não importa o mundo com suas tragédias constantes, mas sim o universo interior do

cronista, que nada mais é do que um fotógrafo de sua cidade. É interessante verificar

que essas características fundamentais da crônica vão desaparecendo com o tempo. Não

há, por exemplo, um cronista de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio

da Costa Franco).

Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos

sobre política ou economia, uma crônica de Carlos Heitor Cony, descolada da realidade,

se assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos, discutindo algo da realidade

objetiva). O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso:

uma janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu início, era confundido

com Literatura. Um texto sobre um assassinato, por exemplo, poderia começar assim: "

Chovia muito, e raios luminosos atiravam-se à terra. Num desses clarões, uma faca

surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de cera a essas matérias empoladas, muito

comuns nos tempos heróicos do jornalismo.

Page 84: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

Sobre a crônica, há alguns dados interessantes. Considerada por muito tempo como

gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores reconhecimentos por parte da

crítica. Muitos autores famosos, romancistas, contistas ou poetas, produziram excelentes

crônicas, mas não são conhecidos por isso. Carlos Drummond de Andrade é um belo

exemplo. Pela grandeza de sua poesia, o grande cronista do cotidiano do Rio de Janeiro

foi abafado. O mesmo pode-se falar de Olavo Bilac, que, no início do século passado,

passou a produzir crônicas num jornal carioca, em substituição a outro grande escritor,

Machado de Assis.

Essa divisão dos textos da imprensa é didática e objetiva esclarecer um pouco mais o

vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos fundem essa

divisão, fazendo um trabalho misto. É o caso de Luis Fernando Veríssimo, que ora

trabalha uma crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um

artigo, no qual faz críticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu

turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma feminina. Em outros

momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano.

Exemplo de Crônica

“Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando

não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que

não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a

crônica estava feita.

Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a

Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria Carpeaux não gostava do

gênero "crônica", nem adiantava argumentar contra, dizer, por exemplo, que os

cronistas, uns pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que escrever é

verbo transitivo, pede objeto direto: escrever o quê? Maldade do Carpeaux. (...)

Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma

tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o

papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um

reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do

carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda

não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson

não ficou sem assunto.”

(Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98)

A interpretação serve para Química!

Responda rápido a uma pergunta: O que há em comum entre os vestibulandos

aprovados nos primeiros lugares? Será que possuem semelhanças? Sim, de fato, o que

os identifica é a leitura e a curiosidade pelo mundo que os cerca. Eles lêem bastante, e

lêem de tudo um pouco. As instituições de ensino superior não querem mais aquele

aluno que decora regrinhas. Elas buscam o cidadão que possui leitura e conhecimento

de mundo. Nesse aspecto, as questões, inclusive das provas de exatas, muitas vezes

pedem criticidade e compreensão de enunciados. Quantas vezes você, caro

vestibulando, não errou uma questão de Física ou de Biologia por não entender o que

Page 85: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

foi pedido. Pois estamos falando de interpretação de textos. A leitura e a interpretação

tornam-se, dessa maneira, exigência de todas as disciplinas. E não pense que essa

capacidade crítica de entender o texto escrito (e até falado) é exclusividade do

vestibular. Quando você for buscar uma vaga no mercado de trabalho, a criticidade, a

capacidade de comunicação e de compreensão do mundo serão atributos importantes

nessa concorrência. Lembre-se disso na hora de planejar os estudos para os próximos

vestibulares.

Instruções Gerais

Em primeiro lugar, você deve ter em mente que interpretação de textos em testes de

múltipla escolha pressupõe armadilhas da banca. Isso significa dizer que as questões são

montadas de modo a induzir o incauto e sofrido vestibulando ao erro. Nesse sentido, é

importante observar os comandos da questão (de acordo com o texto, conforme o texto,

segundo o autor...). Se forem esses os comandos, você deve-se limitar à realidade do

texto. Muitas vezes, as alternativas extrapolam as verdades do texto; ou ainda diminuem

essas mesmas verdades; ou fazem afirmações que nem de longe estão no texto.

Exemplo de Editorial

UFRGS - 1998

Em 1952, inspirado nas descrições do viajante Hans Staden, o alemão De Bry desenhou

as cerimônias de canibalismo de índios brasileiros. São documentos de alto valor

histórico (...)

Porém não podem ser vistos como retratos exatos: o artista, sob influência do

Renascimento, mitigou a violência antropofágica com imagens idealizadas de índios,

que ganharam traços e corpos esbeltos de europeus. As índias ficaram rechonchudas

como as divas sensuais do pintor holandês Rubens.

No século XX, o pintor brasileiro Portinari trabalhou o mesmo tema. Utilizando formas

densas, rudes e nada idealizadas, Portinari evitou o ângulo do colonizador e procurou

não fazer julgamentos. A Antropologia persegue a mesma coisa: investigar, descrever e

interpretar as culturas em toda a sua diversidade desconcertante.

Assim, ela é capaz de revelar que o canibalismo é uma experiência simbólica e

transcendental - jamais alimentar.

Até os anos 50, waris e kaxinawás comiam pedaços dos corpos dos seus mortos. Ainda

hoje, os ianomâmis misturam as cinzas dos amigos no purê de banana. Ao observar

esses rituais, a Antropologia aprendeu que, na antropogafia que chegou ao século XX, o

que há é um ato amoroso e religioso, destinado a ajudar a alma do morto a alcançar o

céu. A SUPER, ao contar toda a história a você, pretende superar os olhares

preconceituosos, ampliar o conhecimento que os brasileiros têm do Brasil e estimular o

respeito às culturas indígenas. Você vai ver que o canibalismo, para os índios, é tão

digno quanto a eucaristia para os católicos. É sagrado.

Page 86: Língua Portuguesa

2009 – Cursos e Apostilas Aprovação – CNPJ 09.419.622/0001-23

www.apostilasaprovacao.com.br – www.cursosaprovacao.com

(adaptado de: Superinteressante, agosto, 1997, p.4)