levantamento malacolÓgico, aspectos ecolÓgicos e ... - livros...
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Marco Antônio Andrade de Souza
LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, ASPECTOS
ECOLÓGICOS E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE
RISCO PARA TRANSMISSÃO DA
ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE
MARIANA, MINAS GERAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
BELO HORIZONTE
2006
2
LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, ASPECTOS
ECOLÓGICOS E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE
RISCO PARA TRANSMISSÃO DA
ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE
MARIANA, MINAS GERAIS
Tese apresentada ao Colegiado do Programa de Pós - Graduação
em Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da
Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para
obtenção do título de Doutor em Ciências, área de concentração
Parasitologia.
Orientador: Prof. Dr. Alan Lane de Melo - ICB/UFMG
Co-Orientador: Prof. Dr. George Luiz Lins Machado Coelho - DEFAR/UFOP
Co-Orientador: Prof. Dr. Wilson Mayrink – ICB/UFMG, Pesquisador - CNPq
3
Trabalho desenvolvido no Laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados do
Grupo Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose- GIDE - Departamento de
Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais e no Laboratório de
Epidemiologia - Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, com o
auxílio financeiro da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior
(CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e
Prefeitura Municipal de Mariana - MG.
4
“Os homens olham para as coisas que existem e se perguntam: Por quê?
Eu sonho com as que nunca existiram e me pergunto: Por que não?”
Bernard Shaw
Aos meus pais Antônio Leandro e Ana e aos
meus irmãos Vívian, Leonardo e Anelise
5
Agradecimentos
Ao Professor Alan Lane de Melo pela acolhida em seu laboratório, confiança, amizade,
orientação segura e ensinamentos, os quais me proporcionaram compreender e muito
aprender sobre este fascinante mundo da helmintologia parasitária.
Ao Professor Paulo Graça Castanheira Júnior pela consideração, amizade,
disponibilidade e toda ajuda no início desta empreitada.
Ao Professor Wilson Mayrink pela receptividade na UFMG, orientando-me e
indicando-me o melhor caminho.
Ao Professor George Luiz Lins Machado Coelho pelo apoio e sugestões que muito
contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.
Ao Professor Roney Elias da Silva pela extraordinária contribuição nos procedimentos
de identificação de moluscos e larvas de trematódeos.
À Farmacêutica Sandra Costa Drummond, da Secretaria do Estado da Saúde de Belo
Horizonte, pelo fornecimento, sempre que solicitada, de dados epidemiológicos sobre
esquistossomose.
À Bióloga e amiga Wanderlany Martins pelo companheirismo, ajuda no laboratório e
por todos os momentos de alegria em suas festas maravilhosas.
Ao técnico e amigo Aírton Lobo por toda ajuda, disponibilidade, ensinamentos e pelas
conversas agradáveis e alegres em todas as tardes de trabalho.
Aos técnicos do Grupo Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose (GIDE),
Florence, Selma, Sr. Alberto, Zenir, José Carlos e Atenágoras, pela fundamental ajuda,
sem os quais seria impraticável o desenvolvimento deste trabalho.
Aos grandes amigos do Laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados,
6
Sandro Gazzinelli, Gustavo Vianna, Stênio Alves, Vítor Mati, Hudson Alves, Diego
Pujoni e Fernando Barbosa, pelos memoráveis momentos de descontração em nosso
laboratório, cujo ambiente de trabalho é sempre de uma energia altamente contagiante.
À grande amiga Sumara Ferreira, pela força, amizade, auxílio e disponibilidade em
resolver os problemas, a qualquer momento, sempre com um sorriso aberto.
Às grandes amigas Daniella e Geane, pelo companheirismo desde o início deste
trabalho e pelas conversas agradáveis, reveladoras, reflexivas, alegres e, sobretudo
amigas.
Aos grandes amigos da república, Raul Ribeiro, Weverton Sampaio, Filipe Carrijo e
Guilherme Tosi, pela união, descontração, pelos “papo-cabeça”, e por todo auxílio
durante este período de aprendizado.
Ao grande amigo Ricardo Barata, sempre presente, desde os tempos de mestrado na
inesquecível cidade de Ouro Preto.
Aos amigos da pós-graduação Rodolfo, Adriana, Raquel, Rodrigo, Lívio, Jorge, Artur e
Marcelo, colegas de curso, pelo convívio alegre e pela amizade formada.
Às amigas Ana Carolina Carneiro e Vânia Santos, pela doçura, descontração, energia,
simpatia e amizade.
Aos amigos do curso de espanhol, Cida Fernandes, Thaís Maia, Ana Carolina, Daise,
Larissa, Isabela, Soraya, Vinícius, Juliana, Ruiter, Sílvia, Tatyane e Marcos, cuja
alegria, motivação e descontração proporcionaram momentos extremamente agradáveis.
À minha família, pai Antônio Leandro, mãe Ana, irmãos Vívian, Leonardo e Anelise,
sempre ao meu lado, em todos os momentos, apoiando-me e incentivando-me.
7
Resumo
Em levantamento malacológico realizado no município de Mariana - MG, Brasil,
entre abril de 2003 e fevereiro de 2004, período este compreendendo duas estações distintas
do ano (seca e chuva), foram coletados 23.271 moluscos, representados por 6 espécies e 4
famílias.
Foram coletados 11.147 exemplares de Biomphalaria glabrata (Say, 1818), 12.092
de Physa marmorata Guilding, 1828, 24 de Lymnaea columella Say, 1817, 02 de
Melanoides tuberculatus (Muller, 1774), 04 de Drepanotrema anatinum (Orbigny, 1835) e
02 de Drepanotrema lucidum (Pfeiffer, 1839). O encontro de moluscos dos gêneros Physa,
Lymnaea, Melanoides e Drepanotrema representou o primeiro relato para o município de
Mariana.
Descendentes dos moluscos Biomphalaria coletados foram submetidos à infecção
em massa e à infecção individual com a cepa LE de Schistosoma mansoni Sambon, 1907
tendo sido verificados índices de positividade de 72% e 66% respectivamente.
Entre os exemplares de Biomphalaria coletados, 111 mostraram-se positivos para
S. mansoni e 23 mostraram-se positivos para outras larvas de trematódeos. Um exemplar de
P. marmorata mostrou-se positivo para larvas de trematódeo.
As larvas de trematódeos encontradas foram caracterizadas a partir de estudos em
câmara clara, tendo sido verificado a ocorrência de seis novas larvas (estrigeocercária BM2,
ocelífera BM3, equinóstoma SM1, xifidiocercária SM3, gimnocéfala SM4 e gimnocéfala
SM5) para o município e para o estado de Minas Gerais. As áreas positivas para S. mansoni
foram avaliadas de acordo com um protocolo de diversidade de hábitats o qual auxiliou na
determinação de ambientes em situações natural, leve ou bastante alteradas.
Foram verificados os ambientes lóticos e lênticos para o município, como também a
associação entre áreas positivas para S. mansoni e variáveis como cobertura vegetal, relevo,
altitude e bacias hidrográficas.
A utilização de um receptor do sistema GPS possibilitou a localização precisa dos
locais de coleta e a carta planorbídica para o município de Mariana foi elaborada,
fornecendo informações sobre locais com presença de moluscos e as áreas de risco para a
transmissão da esquistossomose.
Determinou-se também a fauna de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos para o
município, verificando-se a presença de 35 gêneros e 64 espécies, distribuídas em 13
famílias. Para alguns gêneros encontram-se novos registros de espécies para a região,
aumentando-se assim a área de distribuição conhecida.
8
Abstract
In a malacological survey carried out in Mariana county, Minas Gerais state,
Brazil, from April 2003 to February 2004, during dry and rainy seasons, there were
collected 23,271 mollusks, belonging to six species and four families.
There were collected 11,147 Biomphalaria glabrata (Say, 1818) specimens,
12,092 Physa marmorata Guilding, 1828, 24 Lymnaea columella Say, 1817, 02
Melanoides tuberculatus (Muller, 1774), 04 Drepanotrema anatinum (Orbigny, 1835)
and 02 Drepanotrema lucidum (Pfeiffer, 1839). Physa, Lymnaea, Melanoides and
Drepanotrema represented the first report to Mariana county.
The mollusks descendents from Mariana were submitted to individual and mass
infection with Schistosoma mansoni Sambon, 1907 LE cepa, and revealed infection
rates of 66% and 72% respectively.
Among B. glabrata collected, 111 specimens showed to be positive for
S. mansoni cercaria and 23 specimens showed to be positive for several other
trematodes larvae. One P. marmorata specimen showed to be positive for trematode
larvae.
The trematodes larvae found were characterized according to studies performed
using camera lucida and revealed the occurrence of six new larvae (estrigeocercária
BM2, ocelífera BM3, equinóstoma SM1, xifidiocercária SM3, gimnocéfala SM4 and
gimnocéfala SM5) for the county and for Minas Gerais state. The positive sites for
S. mansoni were evaluated according to an habitat diversity protocol, which aided in the
environment discrimination as follows: natural, weakly or very modified.
County lotics and lentics environment were verified as well as the association
among positive sites for S. mansoni and variables such vegetal covering, relief, altitude
and drainage basin.
The utilization of a system GPS receptor possibilited the exact localization of
collecting sites and the planorbid chart for Mariana county was elaborated, providing
information about mollusks presence sites and risk’ areas for schistosomiasis
transmission.
The aquatic and semi aquatic Heteroptera fauna of Mariana was also identified
and revealed the occurrence of 13 families (35 genera and 64 species), some of them
pointed out as new records for the region, increasing thus the known distribution area.
9
Sumário
Resumo............................................................................................................................. 7
Abstract ............................................................................................................................ 8
Lista de Figuras ............................................................................................................. 11
Lista de Tabelas ............................................................................................................. 12
Lista de Gráficos ............................................................................................................ 13
Lista de Abreviaturas..................................................................................................... 14
1- Introdução ................................................................................................................. 15
2- Justificativa e Objetivos ............................................................................................ 21
3- Metodologia ............................................................................................................... 27
3.1- Aspectos gerais da área de estudo.................................................................... 28 3.1.1- Breve histórico do município de Mariana .................................................... 28 3.1.2- Localização e vias de acesso ........................................................................ 29 3.1.3- Caracterização sócio-econômica .................................................................. 33 3.1.4- Clima ............................................................................................................ 33 3.1.5- Vegetação ..................................................................................................... 35 3.1.6- Rede de drenagem ........................................................................................ 35 3.1.7- Aspectos geomorfológicos ........................................................................... 35
3.2- Áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose 36
3.3- Coleta de moluscos ............................................................................................ 38
3.4- Mensuração e exame de planorbídeos............................................................. 38
3.5- Determinação do Índice Cercárico Global e Índice Cercárico Específico... 38
3.6- Identificação de moluscos ................................................................................. 39
3.7- Criação de moluscos em laboratório ............................................................... 39
3.8- Testes de suscetibilidade ................................................................................... 39 3.8.1- Obtenção de miracídios................................................................................ 39 3.8.2- Infecção em massa ....................................................................................... 40 3.8.3- Infecção individual....................................................................................... 40 3.8.4- Exame dos moluscos testados ...................................................................... 41
3.9- Caracterização de formas larvares.................................................................. 41
3.10- Confecção da carta planorbídica ................................................................... 41
3.11- Coleta dos heterópteros aquáticos ................................................................. 42
3.12- Análise estatística ............................................................................................ 42
4- Resultados.................................................................................................................. 43
4.1- Locais estudados................................................................................................ 44
4.2- Aplicação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats ..... 45
4.3- Coleta de moluscos ............................................................................................ 46
10
4.4- Mensuração e taxa de infecção de moluscos ................................................... 47
4.5- Índice Cercárico Global (ICG) e Índice Cercárico Específico (ICE) ........... 50
4.6- Associação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats com as áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose mansoni no município de Mariana. ........................................................................ 50
4.7- Associação entre as áreas positivas para Schistosoma mansoni e aspectos geográficos do município de Mariana..................................................................... 52 4.7.1- Associação com a cobertura vegetal do município ...................................... 52 4.7.2- Associação com o relevo do município ....................................................... 52 4.7.3- Associação com a hipsometria do município............................................... 52 4.7.4- Associação com as bacias hidrográficas do município ................................ 53
4.8- Testes de suscetibilidade ................................................................................... 58 4.8.1- Infecção em massa com a Cepa LE.............................................................. 58 4.8.2- Infecção individual com a Cepa LE ............................................................. 58
4.9- Caracterização das formas larvares emergentes dos moluscos de água doce.................................................................................................................................... 59 4.9.1- Cercárias de cauda bifurcada ....................................................................... 59 4.9.1.1- Schistosoma mansoni BM1................................................................... 59 4.9.1.2- Estrigeocercária BM2............................................................................ 60 4.9.1.3- Cercária ocelífera BM3 ......................................................................... 63
4.9.2- Cercárias de cauda simples .......................................................................... 66 4.9.2.1- Equinóstoma SM1................................................................................. 66 4.9.2.2- Xifidiocercária SM2.............................................................................. 69 4.9.2.3- Xifidiocercária SM3.............................................................................. 72 4.9.2.5- Gimnocéfala SM4 ................................................................................. 75 4.9.2.5- Gimnocéfala SM5 ................................................................................. 78
4.10- Confecção da carta planorbídica ................................................................... 81
4.11- Coleta de heterópteros aquáticos ................................................................... 84
5- Discussão ................................................................................................................... 86
6- Conclusões................................................................................................................. 95
7- Bibliografia................................................................................................................ 97
Anexo A........................................................................................................................ 117
Anexo B........................................................................................................................ 144
Lista de Figuras
Figura 1. Vista parcial da cidade de Mariana - MG 28
Figura 2. Mapa político-administrativo do município de Mariana 31
Figura 3. Mapa rodoviário de Minas Gerais - acesso a Mariana 32
Figura 4. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
cobertura vegetal do município de Mariana 54
Figura 5. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
relevo do município de Mariana 55
Figura 6. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
hipsometria do município de Mariana 56
Figura 7. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
bacias hidrográficas do município de Mariana 57
Figura 8. Estrigeocercária BM2 62
Figura 9. Cercária ocelífera BM3 65
Figura 10. Equinóstoma SM1 68
Figura 11. Xifidiocercária SM2 71
Figura 12. Xifidiocercária SM3 74
Figura 13. Gimnocéfala SM4 77
Figura 14. Gimnocéfala SM5 80
Figura 15. Carta planorbídica para o município de Mariana 82
Figura 16. Mapa de locais positivos para Schistosoma mansoni no município de
Mariana 83
12
Lista de Tabelas
Tabela 1. Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em bairros da
cidade de Mariana 25
Tabela 2. Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em distritos e
subdistritos do município de Mariana 25
Tabela 3. Distritos de Mariana com suas áreas, subdistritos e localidades 30
Tabela 4. Acessos da sede do município de Mariana a seus distritos, subdistritos e
localidades 32
Tabela 5. Avaliação rápida da diversidade de hábitats em trechos de bacias
hidrográficas, modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio
(EUA) 37
Tabela 6. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana
durante o período de 30/04/03 a 26/02/04 46
Tabela 7. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana
durante o período de 30/04/03 a 16/10/03 - Período de seca 46
Tabela 8. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana
durante o período de 10/11/03 a 26/02/04 - Período de chuva 47
Tabela 9. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG,
à cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte. Infecção em massa 58
Tabela 10. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG,
à cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte. Infecção individual 58
Tabela 11. Espécies de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos encontrados no
município de Mariana, entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 85
13
Lista de Gráficos
Gráfico 1. Índices de pluviosidade coletados entre os anos de 1995 e 2004, na
estação pluviométrica da empresa Samarco Mineração Ltda - Unidade Germano 34
Gráfico 2. Número e tipo de ambiente trabalhados em levantamento malacológico
no município de Mariana entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 44
Gráfico 3. Avaliação rápida da diversidade de hábitats nos distritos de Mariana,
entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 - análise por distrito 45
Gráfico 4. Diâmetro de concha, em percentual, de Biomphalaria glabrata coletados
no município de Mariana no período de 30/04/2003 a 26/02/2004 (seca e chuva) 48
Gráfico 5. Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para
larvas de trematódeos, encontrados em Mariana 48
Gráfico 6. Número de Physa marmorata mortos, negativos e positivos para larvas
de trematódeos, encontrados em Mariana 49
Gráfico 7. Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para
Schistosoma mansoni, encontrados em Mariana 49
Gráfico 8. Avaliação rápida da diversidade de hábitats em áreas positivas para
Schistosoma mansoni no município de Mariana 51
Gráfico 9. Percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram encontrados
caramujos positivos para Schistosoma mansoni no município de Mariana 51
14
Lista de Abreviaturas
Alc Aleta caudal
Ca Cauda
Cc Colar cefálico
Ce Ceco intestinal
Cex Canal excretor
Con Concreções
Es Esôfago
Esp Espinhos
Est Estilete
Fa Faringe
Fu Furca
Gp Glândula de penetração
Oc Ocelos
Ov Órgão vírgula
Pfa Pré-faringe
Pg Primórdio genital
Vex Vesícula excretora
Vo Ventosa oral
Vv Ventosa ventral
BM1 Cercária de cauda bifurcada 1
BM2 Cercária de cauda bifurcada 2
BM3 Cercária de cauda bifurcada 3
SM1 Cercária de cauda simples 1
SM2 Cercária de cauda simples 2
SM3 Cercária de cauda simples 3
SM4 Cercária de cauda simples 4
SM5 Cercária de cauda simples 5
16
A esquistossomose é uma doença causada por trematódeos sanguíneos
digenéticos membros da família Schistosomatidae. Dentro desta família somente o
gênero Schistosoma possui espécies que parasitam o homem.
As espécies do gênero Schistosoma chegaram às Américas durante o tráfico de
escravos e com os imigrantes orientais e asiáticos. Entretanto apenas o Schistosoma
mansoni Sambon, 1907, aqui se fixou, seguramente pelo encontro de hospedeiros
intermediários suscetíveis e condições ambientais semelhantes à região de origem
(Morgan et alii, 2001).
O clima tropical do país permite, na maioria dos estados brasileiros, o
desenvolvimento de condições necessárias para a transmissão da esquistossomose. A
enorme variedade de hábitats aquáticos que funcionam como criadouros de moluscos
transmissores, as altas temperaturas e a luminosidade intensa contribuem para a
manutenção e propagação desta doença. Associado a isso, a falta de educação sanitária e
de saneamento público são fatores fundamentais para o estabelecimento de focos de
transmissão, proporcionando a contaminação dos locais de criadouros de moluscos
suscetíveis por fezes contendo ovos viáveis de S. mansoni.
Em condições adequadas (água, luminosidade, oxigenação, salinidade e
temperatura), dos ovos de S. mansoni, eliminados pelos indivíduos infectados, eclodem
os miracídios. Para a continuação do ciclo, estas formas larvais, em água, movimentam-
se e penetram nos moluscos suscetíveis do gênero Biomphalaria que são os seus
hospedeiros intermediários. O desenvolvimento dos miracídios no molusco envolve
duas ou mais gerações de esporocistos e a produção das cercárias (forma larval
infectante dos hospedeiros definitivos). Estas larvas, quando maduras, emergem
ativamente do molusco e movimentam-se em água à procura do hospedeiro vertebrado.
O homem é infectado quando entra em contato com águas contaminadas durante
suas atividades diárias normais ou lazer. Uma vez em contato com os hospedeiros, as
larvas penetram ativamente através da pele ou mucosa, adaptam-se às condições
fisiológicas do meio interno, transformando-se em seguida em esquistossômulos (Faust
& Meleney, 1924), que são levados pela via sanguínea até os pulmões e em seguida ao
sistema porta (Standen, 1953; Wilson et alii, 1978). Uma vez neste sistema completam
o seu desenvolvimento sexual, acasalam-se e migram para a região da veia mesentérica
inferior onde as fêmeas farão a oviposição. Os primeiros ovos são vistos nas fezes cerca
17
de 40 dias após a infecção do hospedeiro definitivo (Melo & Coelho, 2000).
Desde que a atuação humana desempenha papel preponderante na ampliação do
território colonizado pelos hospedeiros do S. mansoni, a migração de populações tem
contribuído para a expansão da esquistossomose para regiões em desenvolvimento.
O estabelecimento da esquistossomose em uma determinada região dependerá
das espécies de planorbídeos existentes, do grau de saneamento básico, das condições
climáticas que possibilitem a realização das diversas fases do ciclo larvário do parasito e
do contato da população humana com os criadouros de moluscos (Coelho, 1959;
Michelson, 1987).
Entre os planorbídeos hospedeiros intermediários do S. mansoni as três
principais espécies ocorrem em Minas Gerais.
Segundo Paraense (1972) a espécie mais importante, tanto pela amplitude de
distribuição quanto pela eficiência na transmissão é a Biomphalaria glabrata
(Say, 1818). É responsabilizada atualmente pela quase totalidade dos focos da doença
no Estado de Minas Gerais (Lambertucci et alii, 1987; Souza et alii, 2001).
B. straminea (Dunker, 1848), apesar de ser a espécie encontrada em quase todas
as bacias hidrográficas do Brasil e adaptada às variações climáticas, a sua infecção
natural em Minas Gerais foi verificada apenas na represa Samambaia, divisa dos
municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo (Dias Pinto et alii, 1984), o que não foi
confirmado em coletas posteriores (Melo, com. pess). Souza et alii (1981) relatam o
encontro de B. straminea em Belo Horizonte, MG, porém negativa para S. mansoni. O
mesmo fato é relatado por Machado et alii (1992) em Uberlândia, MG e por Silva et alii
(1996 a, b) ao verificar a dispersão dessa espécie na represa da Pampulha sem
apresentar, contudo, importância epidemiológica relevante no estado. Recentemente,
Massara et alii (2002) relataram o primeiro encontro de B. straminea em Jaboticatubas,
MG, porém negativa para S. mansoni.
A principal espécie hospedeira intermediária da esquistossomose no sul
(Paraense, 1972, 1984) e parte do sudeste do país (Telles et alii, 1991), a B. tenagophila
(Orbigny, 1835) foi encontrada naturalmente infectada pelo S. mansoni em Minas
Gerais, no município de Jaboticatubas, por Melo et alii (1982, 1983 a). Posteriormente,
Carvalho et alii (1985 a) relataram o encontro de B. tenagophila com infecção natural
por S. mansoni na cidade de Itajubá, Sul do Estado de Minas Gerais e também na
18
represa da Pampulha, em Belo Horizonte (Carvalho et alii, 1985 b).
Melo & Pereira (1985) sugeriram a possibilidade de a B. tenagophila
desempenhar um papel de transmissor secundário da esquistossomose em Minas Gerais,
gerando uma preocupação no controle da endemia, fato este observado atualmente,
tendo em vista a ampliação de sua distribuição no estado (Souza et alii, 1998, 2001).
Corrêa et alii (1979), testaram a suscetibilidade experimental de B. tenagophila
da Pampulha, Belo Horizonte, MG, às cepas de S. mansoni SJ (proveniente de São José
dos Campos, SP, mantida em B. tenagophila) e LE (proveniente de Belo Horizonte,
MG, mantida em B. glabrata). A obtenção de taxas de infecção de 35 e 0%,
respectivamente, com as duas linhagens do trematódeo, sugere uma possível adaptação
da B. tenagophila à linhagem SJ do parasito.
B. tenagophila oriunda de diferentes regiões de Minas Gerais, de modo geral,
tem apresentado maior afinidade à infecção pela cepa SJ, mais adaptada a essa espécie
de molusco (Paraense & Corrêa, 1978, 1981; Santos et alii, 1979; Carvalho et alii,
1979; Carvalho & Souza, 1979).
Entretanto, Souza et alii (1983), utilizando outras 3 populações de
B. tenagophila, oriundas do Estado de Minas Gerais, em testes de suscetibilidade,
relataram que a população de moluscos de Belo Horizonte foi suscetível às cepas SJ e
LE, enquanto que a oriunda de Nova Lima foi refratária à cepa LE e a de Sabará
refratária a todas as linhagens testadas, reafirmando os dados já existentes na literatura.
Posteriormente, utilizando descendentes de exemplares de B. tenagophila
oriundos da Lagoa da Pampulha, Souza et alii (1987), obtiveram as seguintes taxas de
infecção experimental: 4% para LE (Belo Horizonte, MG); 6% para HK (Belo
Horizonte, MG); 30% para SJ (São José dos Campos, SP) e 40% para AL (Alagoas).
No Lago Soledade, em Ouro Branco, MG, construído em virtude da necessidade
de fornecimento de água para o abastecimento da Usina Artur Bernardes, datam de
1983 (b) os primeiros relatos da presença de moluscos B. tenagophila. Melo et alii
(1983 b), realizando testes de suscetibilidade, não conseguiram infectar estes moluscos
com linhagens LE, BV (Jaboticatubas, MG, mantida em B. tenagophila) e SJ de S.
mansoni.
Em setembro de 1986 foram coletados no mesmo Lago 254 espécimes de
B. tenagophila. Nenhum deles apresentava infecção por S. mansoni. Descendentes
19
destes moluscos foram submetidos por Melo et alii (1987) à infecção experimental
pelas linhagens LE, SJ e BV de S. mansoni. Estes autores verificaram que a geração F1
de B. tenagophila oriunda de Ouro Branco continuava refratária a todas as amostras
testadas. Em novos testes de suscetibilidade, os descendentes de B. tenagophila oriunda
de Ouro Branco, MG, mostraram-se positivos para a cepa SJ de S. mansoni com taxas
de 5%, 6% e 10%, enquanto que para a cepa LE as taxas foram de 1% e 2%,
demonstrando contudo uma certa adaptação a esta cepa (Silva, 1992).
Em levantamento malacológico na bacia hidrográfica de Belo Horizonte, MG,
Souza et alii (1981), encontraram, além da positividade para S. mansoni, outros tipos de
larvas de trematódeos (Cercaria macrogranulosa Ruiz, 1952 c, Cercaria caratinguensis
Ruiz, 1953, Cercaria ocellifera Lutz, 1919 e Cercaria minense Ruiz, 1952 c).
Silva et alii (1989), em coletas realizadas na bacia hidrográfica do Lago
Soledade, verificaram que 39,2% dos planorbídeos estavam positivos para vários tipos
de larvas de trematódeos.
Apesar de terem sido descritos vários tipos de larvas de trematódeos no Brasil
(Lutz, 1922, 1924, 1933, 1934; Ruiz, 1943, 1952 a, b, c, d, 1953, 1957; Veitenheimer-
Mendes, 1981, 1982; Veitenheimer-Mendes & Almeida - Caon, 1989; Boaventura et
alii, 2002), o impacto ecológico das infecções em populações de planorbídeos por estes
trematódeos ainda é pouco conhecido. Trata-se, pois, de problema amplamente aberto a
investigações de campo e que interessa às eventuais tentativas de controle ou
erradicação das populações naturais dos caramujos e dos parasitos através do chamado
controle biológico (Milward de Andrade, 1965 a, b; Lie et alii, 1976; Combes, 1982;
Loker et alii, 1986; Jourdane et alii, 1990).
Entre os representantes das classes que atuam no controle biológico estão os
heterópteros aquáticos, insetos de hábito alimentar predador e que ocupam os mais
diversos nichos dentro de comunidades aquáticas, possuindo a capacidade de responder
rapidamente a perturbações ambientais, sejam de origem antrópica ou não. As
alterações funcionais e estruturais sofridas por esta comunidade de insetos, quando
exposta a algum tipo de modificação de seu hábitat, conferem à mesma uma
característica interessante para o estudo das condições ecológicas de um ecossistema.
Assim, uma possível utilização desta comunidade para a avaliação dos impactos
ambientais provocados por atividades agrícolas, industriais, mineradoras, como também
20
pelas descargas de esgotos provenientes dos centros urbanos tem sido testada
(Vianna & Melo, 2003; Pereira & Melo, 2006).
Apesar de ser um grupo de insetos de grande interesse, mundialmente
distribuídos, os registros de distribuição geográfica e aspectos bioecológicos são ainda
escassos em Minas Gerais, como por todo o Brasil (Nieser, 1994; Nieser & Pelli, 1994;
Nieser & Melo, 1997, 1999 a, b; Nieser et alii, 1997, 1999; Nieser & Polhemus, 1999;
Nieser & Lopez Ruf, 2001; Nieser & Chen, 2002; Vianna & Melo, 2003; Melo &
Nieser, 2004), sendo necessário portanto, estudos mais aprofundados sobre a
participação desses insetos no controle biológico de moluscos.
22
Os recursos naturais constituem a fonte de energia e de materiais indispensáveis a
existência e ao desenvolvimento humano. Primordialmente, quando ainda possuía
hábitos nômades, coube ao homem adaptar as suas atividades à sua associação com a
vida natural. O crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico modificaram
seu comportamento, que passou a dominante na comunidade biótica, utilizando-a de
acordo com suas necessidades.
À evolução natural do planeta, resultado da ação dos processos endógenos
(sismicidade, vulcanismo e deformação crustal) e dos processos exógenos
(intemperismo, erosão e transporte de materiais) somou-se, recentemente, as ações
decorrentes do homem, reduzindo ou acelerando o processo natural de evolução do
meio físico (Teixeira et alii, 2000).
Os modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana estão sendo
constantemente modificados, principalmente, após a instituição da Revolução Industrial
na segunda metade do século XVIII, que provocou mudanças profundas nos meios de
produção até então conhecidos. Registrou-se nesse período uma explosão demográfica,
e com ela o início de um processo excessivo de degradação do ambiente e uma depleção
exagerada de recursos naturais (Chiavenato, 1993).
No Brasil, os primeiros séculos de ocupação do território foram marcados pela
presença de núcleos de povoamento dispersos nas áreas litorâneas, ampliados pelas
primeiras expedições, denominadas bandeiras, no século XVII. A descoberta de ouro e
pedras preciosas no século XVIII nos atuais estados de Minas Gerais, Mato Grosso,
Goiás e Bahia colaborou para o aumento da população, além de estimular a abertura de
estradas e intensificar significativamente a relação destas áreas com as responsáveis
pelo fornecimento de suprimentos. Muitas cidades surgiram ligadas a essas atividades e
outras ganharam maior importância com a intensificação do comércio, como as cidades
portuárias. O século XIX abriu novas perspectivas de povoamento do território
brasileiro, sendo marcado, ainda, pelo início da mecanização do território com a
instalação das ferrovias, dos telégrafos e das primeiras companhias de navegação,
repercutindo no processo de urbanização do país (Ferreira, 1959; Souza, 2004).
O fenômeno da urbanização propriamente dita só desponta no Brasil em meados
do século XX. Após a década de 50, como reflexo da industrialização, os vínculos
econômicos e o fator urbano tornam-se correlatos. Impõe-se uma nova lógica na
23
organização da sociedade brasileira. As inovações econômicas e sociais são enormes,
pois se associam, neste contexto, à revolução demográfica, ao êxodo rural e à integração
do território pelos transportes e comunicações. Crescem cidades de todos os tipos e com
diferentes níveis funcionais (Chiavenato, 1993).
A evolução da taxa de urbanização no Brasil indica a importância e a velocidade
das transformações. Em 1940 este índice alcançava 31,24% sobre o total da população
do país. Em 1970 representava 55,92%, ou seja, mais da metade da população, e em
2000 chegou a 81,24%.
A industrialização, a mecanização da agricultura e o êxodo rural são também
responsáveis por algumas cidades brasileiras passarem a acolher enormes contingentes
populacionais em busca de emprego e acesso a serviços diversos, contingente este sem
qualificação e perspectivas. Intensificou-se nesse período o fenômeno das favelizações,
instalando-se agregados populacionais, sem qualquer controle técnico-administrativo,
nas periferias das regiões metropolitanas. A década de 1970 do século passado foi
também marcada pela construção e expansão de estradas de rodagem e pela criação de
um moderno sistema de telecomunicações, o que tornou possível uma maior fluidez no
território, além de permitir a unificação do mercado em escala nacional (IBGE, 2000).
Os efeitos do processo de urbanização e a implantação dos grandes centros
urbanos podem ser percebidos pela escassez de espaços favoráveis à ocupação territorial
e a dificuldade crescente de exploração dos recursos naturais. O crescimento
desordenado trouxe consigo grandes desequilíbrios ambientais, o que pode ser
evidenciado pela dispersão de doenças, inicialmente restritas a determinadas áreas, para
diversas regiões do Brasil. Dentro deste contexto podemos analisar a esquistossomose
mansoni, uma das doenças que está ligada ao meio de vida das populações e que tem
avançado no Brasil por migrações humanas em várias direções.
Apesar do primeiro registro de infecção humana pelo S. mansoni no Brasil ter
sido relatado por Pirajá da Silva (1908), a importância da esquistossomose no país só foi
evidenciada quando Pellon & Teixeira (1950, 1953), realizando o primeiro grande
inquérito coproscópico nacional, demonstraram a prevalência da doença em 612 das 877
localidades pesquisadas na região Nordeste e no estado de Minas Gerais.
Posteriormente, foi evidenciada a presença da esquistossomose no Norte e em outros
estados da região Sudeste e Sul. Até os dias atuais, o que se observa é cada vez mais sua
24
dispersão para novas regiões do país (Barbosa et alii, 1996, 2000, 2001; Freese de
Carvalho et alii, 1998; Graeff-Teixeira et alii, 1999; Barbosa, 2005).
Representando um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, estima-se
que a esquistossomose, doença também conhecida como “xistose”, “barriga d’água” ou
“mal do caramujo”, afete 4,6% da população brasileira (~ 8.000.000), sendo que no
estado de Minas Gerais são 1.396.000 (7,8%) de infectados (Katz & Peixoto, 2000).
Especificamente em Mariana, como grande parte dos municípios do Brasil,
observam-se problemas de saneamento público como também problemas resultantes de
intensa atividade antrópica, o que propicia condições ideais para manutenção de
criadouros de moluscos e ao desenvolvimento desta doença.
De fato, o único relato da presença de moluscos para região data de 1952 (d),
quando Ruiz examinou alguns planorbídeos B. glabrata coletados no Córrego do
Seminário, ao final da Rua Santana, no centro da cidade, estando alguns exemplares
positivos para S. mansoni.
A partir de 1996 a Prefeitura Municipal vem disponibilizando dados referentes à
prevalência da doença, obtidos em inquéritos coproscópicos realizados em bairros da
cidade de Mariana, seus distritos e subdistritos, como podem ser observados nas tabelas
1 e 2 (SMS, 2003).
25
Tabela 1: Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em bairros da cidade
de Mariana. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2003.
Bairros 1996 1997 1999 2000 2002
Arraial Novo - 1,7 - - -
Galho - 19,5 - - -
Matadouro - - 4,6 - -
Morro do Galego - - 6,0 - -
Morro do Sapé - - - 6,4 -
N. Sra. do Carmo - 2,0 - - -
Prainha 22,4 - - - -
Rosário 6,0 - - - -
Santana - - 1,6 - -
Santana de Cima - - - 5,3 -
São Gonçalo - - 4,6 5,6 -
Santa Cruz 9,1 - - - -
Santo Antônio 7,2 11,8 - - 5,3
Vila do Carmo - - - - 15,2
Tabela 2: Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em distritos e
subdistritos do município de Mariana. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2003.
Distritos e subdistritos 1997 1998 1999 2002 2003
Bandeirantes 22,6 - 4,8 - -
Bento Rodrigues - - - 10,2 -
Bicas - - - 8,3 -
Cachoeira do Brumado 22,6 - - 11,7 -
Camargos - - - 5,0 -
Furquim 4,8 - - - -
Monsenhor Horta 27,4 - - - 10,5
Padre Viegas - - - 6,9 -
Passagem de Mariana - - - - 3,1
Ribeirão do Carmo 17,0 22,1 9,9 - -
Santa Rita Durão - - - 17,9 -
26
Apesar dos resultados esparsos, notam-se índices significativos de prevalência da
esquistossomose com variações entre 1,7% e 27,4%, e por se tratar de um problema de
saúde pública torna-se interessante e importante o conhecimento das causas básicas que
mantém a prevalência da doença no município visando utilização de medidas de
controle para diminuição da incidência.
Assim, o presente estudo, visando identificar os atuais focos de transmissão da
doença no município de Mariana, observar as condições ambientais, presença dos
moluscos suscetíveis e de fauna de heterópteros associada, as condições higiênicas e de
saneamento da área estudada e mapear as áreas de risco para transmissão da doença,
teve como objetivos:
1- Determinar as áreas de risco para a incidência e prevalência da doença no município.
2- Identificar os criadouros de moluscos ocorrentes no município.
3- Identificar as espécies de moluscos ocorrentes no município.
4- Verificar a taxa de infecção natural de moluscos com determinação do:
a- Índice Cercárico Global (ICG)
b- Índice Cercárico Específico (ICE)
5- Confeccionar a carta planorbídica para o município.
6- Caracterizar as larvas de trematódeos emergentes dos moluscos.
7- Realizar testes de suscetibilidade experimental dos descendentes dos moluscos
coletados.
8- Identificar as espécies de heterópteros aquáticos ocorrentes no município.
28
3.1- Aspectos gerais da área de estudo
3.1.1- Breve histórico do município de Mariana
A história da ocupação do Município de Mariana está vinculada à expansão da
busca de ouro pelos desbravadores no final do século XVII. Atribui-se às investidas do
Português Manoel Borba Gato a descoberta de ouro em Minas Gerais neste século. Os
primeiros registros de ocorrência se referem às margens do Rio das Velhas por volta de
1680 e às regiões de Vila Rica (atual Ouro Preto) e Arraial do Carmo (atual Mariana).
Em 16 de julho de 1696 uma expedição chefiada pelo Coronel Salvador
Fernandez Furtado de Mendonça, encontrou ouro em abundância às margens de um
ribeirão, hoje conhecido como Rio do Carmo. Os desbravadores (bandeirantes) ali se
fixaram, surgindo assim o primeiro povoamento da Capitania.
O crescimento da extração do ouro atraiu um grande número de aventureiros e
promoveu o aparecimento de novos povoados. O movimento crescente da mineração
despertou na Coroa Portuguesa a necessidade de atribuir maior atenção à região, o que
resultou na criação do Arraial do Carmo, que se tornou a sede do governo. Rapidamente
o Arraial foi elevado a condição de Vila, em 8 de abril de 1711. A categoria de Cidade
só foi concebida em 1745, quando ganhou o nome de Mariana em homenagem à Rainha
D. Maria Anna D’Áustria, assumindo, também, a posição de sede do primeiro bispado
de Minas (Bovo, 1976).
Na figura 1 uma vista parcial da cidade, com destaque ao fundo para a Igreja de
São Pedro e o pico do Itacolomi, ponto de referência aos desbravadores.
Figura 1: Vista parcial da cidade de Mariana - MG - acervo particular.
29
O final do século XVIII e o século XIX foram marcados pelo declínio da
produção de ouro e o conseqüente esvaziamento da região. A cidade passou por 100
anos de estagnação econômica, sem registro de crescimento urbano considerável.
Já o século XX foi evidenciado pelo surgimento da Mina da Passagem, pela
construção da Estrada de Ferro Central do Brasil (1914) e pela instalação de uma fábrica
de tecidos na cidade, o que impulsionou o desenvolvimento econômico local.
Em 1945 a cidade foi agraciada com o título de Cidade Monumento Nacional
(decreto lei no 7718 – 06/07/1945).
A partir de 1975, após a instalação das empresas de mineração Companhia Vale
do Rio Doce (CVRD), Samarco Mineração e S. A. Mineração Trindade (SAMITRI), a
cidade retomou o crescimento acelerado, triplicando a população do município em
apenas 10 anos. Junto com o aumento da população, Mariana deparou-se com uma
considerável expansão de sua malha urbana, dando origem a novos bairros, como o
Santo Antônio, Cabanas, Santa Rita de Cássia, Vila dos Inconfidentes, Vila Maquiné,
dentre outros (Ferreira, 1959; FJP, 1975; Bovo, 1976), além do aumento de problemas
decorrentes do crescimento desordenado.
3.1.2- Localização e vias de acesso
O município de Mariana está localizado na região Central de Minas Gerais,
Zona Metalúrgica/Campo das Vertentes, integrando com outros 22 municípios a micro-
região 187 - Espinhaço Meridional. Sua área, de 1199,418 Km2 (IBGE, 2000),
distribuída entre a sede, 09 distritos e 11 subdistritos (Tabela 3), corresponde a 14% da
superfície da micro-região 187. Limita-se com os municípios de Catas Altas e
Alvinópolis a norte, Barra Longa e Acaiaca a leste, Ouro Preto a oeste, Piranga e Diogo
de Vasconcelos a sul.
Na figura 2 está representada a área do município de Mariana e a divisão
político-administrativa em distritos, numerados a partir da tabela 3.
Para fins de planejamento, na divisão do Estado, localiza-se na Região 1, que
inclui também a capital Mineira. Geograficamente o município está situado entre os
meridianos 43º05’00” e 43º30’00” e os paralelos 20º08’00” e 20º35’00”. A área em
questão situa-se na Folha Mariana (SF–23–X-B-1) do esquema cartográfico do
Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (PROJETO BARBACENA)
30
Tabela 3 – Distritos de Mariana com suas áreas, subdistritos e localidades.
DISTRITOS ÁREA (KM2) SUBDISTRITOS LOCALIDADES
Bandeirantes (1) 68,11 - -
Cachoeira do Brumado (2) 69,67 Barroca Cafundão
Camargos (3) 117,28 -
Bicas
Ponte do Gama
Cláudio Manuel (4) 130,32 Águas Claras
Caldeireiros
Cana do Reino
Campinas
Furquim (5) 141,51
Pedras
Constantino
Cuiabá
Goiabeira
Margarida
Paraíso
Monsenhor Horta (6) 111,97
Crasto
Paracatu de
Baixo
Paracatu de Cima
Padre Viegas (7) 198,85
Barro Branco
Mainart
Vargem
Engenho
Magalhães
Palmital
Serra do Carmo
Passagem de Mariana (8) 36,03 - -
Santa Rita Durão (9) 234,24 Bento Rodrigues -
Mariana (sede) (10) 91,39 Canela Serra
31
Figura 2: Mapa político-administrativo do município de Mariana. Fonte: Souza, 2004.
em escala 1: 100.000 (Baltazar & Raposo, 1993).
As principais rodovias de acesso são a BR-040 (Rodovia Juscelino Kubitschek),
a MG-262 (Rodovia Luiz Martins Soares), a MG-129 (Rodovia Humberto de Almeida)
e a BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes). Através da rodovia federal BR-040, o acesso
realiza-se a partir de Belo Horizonte ou do Rio de Janeiro até o ramal BR-356,
seguindo-se até os municípios de Ouro Preto e Mariana. Outra possibilidade é pela
BR-262, saindo de Vitória (ES) em direção a Rio Casca - MG, por aproximadamente
320 km. Deste ponto em diante utiliza-se o ramal MG-262, sentido Ponte Nova e
Mariana, perfazendo mais 120 Km (DER, 2004) (figura 3).
Os acessos da sede do município aos distritos, principais subdistritos e
localidades são observados na tabela 4.
32
Figura 3 - Mapa rodoviário de Minas Gerais - acesso a Mariana. Fonte: DER, 2004.
Tabela 4 - Acessos da sede do município de Mariana a seus distritos, subdistritos e
localidades.
Distrito Estradas Extensão Condições
Bandeirantes MG-262 e ARM-127 10,0 km Boas
Cachoeira do Brumado MG-262 e ARM-122 19,0 km Boas
Camargos ARM-010
MG-129 e ARM-130
15,0 km
28,0 km
Más
Boas
Cláudio Manuel MG-262 e ARM-142 42,4 km Boas
Furquim MG-262 e ARM-365 27,5 km Boas
Monsenhor Horta MG-262 e ARM-124 17,4 km Boas
Padre Viegas MG-262 e ARM-370 7,0 km Boas
Passagem de Mariana BR-356 4,5 km Boas
Santa Rita Durão MG-129
ARM-130
45,0 km
32,0 km
Boas
Regulares
33
3.1.3- Caracterização sócio-econômica
Segundo o IBGE (2000), a população de Mariana está estimada em 46.670
habitantes, sendo que 38.679 habitantes estão na zona urbana e 8.031 nos distritos,
subdistritos e localidades do município.
As atividades sócio-econômicas do município são voltadas essencialmente para
a mineração, devido às importantes jazidas de minerais metálicos (ferro, bauxita,
manganês e ouro) e não metálicos (esteatito e quartzito). As mineradoras CVRD e
SAMARCO Mineração, responsáveis pela exploração do minério de ferro e ferro-
manganês, são as principais propulsoras do desenvolvimento econômico, seja através da
geração de empregos diretos para a comunidade, seja através da geração e recolhimento
de impostos. O desenvolvimento de atividades agrícolas não é expressivo, possuindo
caráter subsistente juntamente com as atividades de pecuária para corte, suinocultura e
avicultura. Destacam-se, entretanto, as extensas plantações de eucalipto, matéria prima
na manufatura do carvão.
O artesanato é outra fonte de geração de renda, principalmente para os
moradores da área rural, além do comércio centrado em atividades de prestação de
serviços e insumos básicos.
O turismo fundamenta-se na valorização do patrimônio histórico e artístico
(casario colonial, igrejas, museus, manifestações culturais, notadamente a literatura e a
música) e pelos locais de beleza cênica e ecológica (cachoeiras, minas, grutas).
Entretanto, observa-se uma concentração do turismo cultural praticado na sede e no
distrito de Passagem de Mariana e do turismo de compras e lazer em Cachoeira do
Brumado, devido ao artesanato e a cachoeira.
Recentemente, o incentivo à exploração do turismo, com a divulgação das festas
populares mais importantes, como carnaval e o Festival de Inverno, tem se mostrado
como uma das principais vocações econômicas da cidade (IBGE, 2000).
3.1.4- Clima
Determinado pelas condições médias da circulação geral da atmosfera, pela
localização quanto às fontes de umidade e pela altitude do relevo, o clima de Minas
Gerais encontra-se sob o domínio e circulação do anticlone subtropical do Atlântico Sul,
caracterizando-se pela ocorrência de ventos predominantemente na porção nordeste-
34
leste.
Proveniente do oceano Atlântico, a umidade da região é transportada pelos
ventos de nordeste, contextualizando as Serras do Espinhaço e da Mantiqueira, como
um anteparo físico e dinâmico ao transporte de umidade disponível (CETEC, 1983).
Localmente, segundo Baltazar & Raposo (1993) e seguindo a classificação
climática de Koppen, descrevem-se dois tipos climáticos distintos (Cwa e Cwb)
(Strahler, 1963): o primeiro predomina nas partes menos elevadas, compreendendo um
clima úmido com verões quentes, estação seca curta e temperatura média anual entre
19,5 - 21,8 ºC. Já o segundo (Cwb), predominante nas porções mais elevadas,
caracteriza-se por verões mais brandos e temperatura média anual mais baixa (17,4 -
19,8 ºC). Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são os que registram as maiores
precipitações. O índice médio pluviométrico anual está na faixa dos 1.800 mm
(gráfico 1).
Gráfico 1: Índices de pluviosidade coletados entre os anos de 1995 e 2004, na estação
pluviométrica da empresa Samarco Mineração Ltda - Unidade Germano.
Índices Pluviométricos 1995/2004
1443,11615,5
1963,6 1914,8
1431,5
1987,9
1429,5
1887,5 1921,3
2334,1
0
500
1000
1500
2000
2500
Acum
ula
do a
nual (
mm
)
Pluviometria 1995 Pluviometria 1996 Pluviometria 1997 Pluviometria 1998
Pluviometria 1999 Pluviometria 2000 Pluviometria 2001 Pluviometria 2002
Pluviometria 2003 Pluviometria 2004
35
3.1.5- Vegetação
Partindo-se das diversas considerações geológicas, topográficas e climáticas do
território mineiro a região possui uma diversidade significativa de formas vegetais.
Podem-se destacar como mais representativas dentre a flora terrestre, as áreas de
campos naturais em zonas de relevo ondulado (caracterizado por declives entre 20% e
40%) com vegetação de gramíneas e ciperáceas; as áreas de pastos e terras utilizadas
como cultura; as áreas de matas naturais com árvores de porte médio e alto (mata
tropical latifoliada perene); as matas de galeria (possuem cobertura arbórea
significativa) em faixas estreitas ao longo dos rios, riachos e córregos e finalmente, as
áreas de reflorestamento, destacando-se as matas de eucalipto.
Predominantemente, a cobertura vegetal atual reflete a atuação do homem sobre
o meio natural, destacando-se uma paisagem combinada de pastagens e capoeira
(Baltazar & Raposo, 1993; Souza, 2004).
3.1.6- Rede de drenagem
Quatro importantes rios drenam o território marianense: A norte, destacam-se os
rios Gualaxo do Norte e Piracicaba, a sul, o rio Gualaxo do Sul e ao centro, o rio do
Carmo, historicamente importante, pois deu origem à cidade e aos distritos de Passagem
de Mariana, Bandeirantes, Monsenhor Horta e Furquim. Também importantes são o
ribeirão do Caraça (sub-bacia do rio Piracicaba), ribeirão Cachoeira do Brumado (sub-
bacia do rio Gualaxo do Sul), córrego Águas Claras (sub-bacia do rio Gualaxo do
Norte) e ribeirões Boa Vista/ Paciência (sub-bacia do rio Gualaxo do Norte)
(PDUAM, 2003).
3.1.7- Aspectos geomorfológicos
O município de Mariana situa-se no extremo leste do Quadrilátero Ferrífero,
uma das mais importantes regiões do Escudo Pré Cambriano brasileiro, devido às suas
reservas de Fe, Mg e Au. Localmente o município aloja-se entre duas importantes
províncias geológicas: a Província Geotectônica São Francisco a oeste, composta pelas
sequências vulcano-sedimentar, clasto-química e clástica, por rochas granitóides, por
depósitos detríticos-lateríticos e aluviais recentes. Já a leste, representando em área uma
pequena porção do território, descreve-se a Província Geotectônica Mantiqueira,
36
dominada, principalmente, por rochas gnáissicas e rochas granulíticas. Destaca-se,
ainda, a existência de uma grande estrutura regional, conhecida como Anticlinal de
Mariana, localizada a oeste da cidade.
Geomorfologicamente, a cidade está cercada por montanhas e seu relevo é
bastante dissecado com vales encaixados e formas do tipo cristas com vertentes
íngremes. Predominam encostas de declives considerados fortes, mas também ocorrem
colinas retilíneas, terrenos planos e áreas baixas correspondentes aos vales fluviais. O
ponto culminante é o Pico do Sol com 2070 metros de altitude (Baltazar & Raposo,
1993; Souza, 2004).
3.2- Áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose
Foi aplicado um protocolo de avaliação da diversidade de hábitats, de acordo
com Callisto et alii (2002) e EPA (1987), com algumas modificações, como ferramenta
para o desenvolvimento do trabalho (Tabela 5).
Incluíram-se neste estudo as observações de localização, utilizando-se para tal o
aparelho GPS2 modelo Garmin, pH da água, vegetação, como também as características
hipsométricas (altitude) e de unidades morfológicas territoriais (relevo) do município de
Mariana.
37
Tabela 5 - Avaliação rápida da diversidade de hábitats em trechos de bacias hidrográficas,
modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio, EUA (EPA, 1987;
Callisto et alii, 2002).
OBS: 4 pontos (situação natural); 2 e 0 pontos (situações leve ou bastante alteradas).
Localização: Data da coleta: Hora da coleta: Tempo (situação do dia): Modo de coleta (coletor): Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) pH da água:
Parâmetros Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto
1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada
Acentuada
3-Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6-Oleosidade da água
Ausente
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia
Cimento/ canalizado
38
3.3- Coleta de moluscos
Inicialmente, foi realizada uma verificação das coleções hídricas ocorrentes no
município. Os sistemas lóticos em diferentes níveis de utilização e conservação que
possam representar a variabilidade ecológica dentro das bacias que compõem o
município foram determinados.
Após escolha dos locais, os moluscos foram coletados semanalmente (2 dias de
coleta), durante 1 ano, utilizando-se de uma rede de mão (puçá), confeccionada com
nylon (50 cm de largura, 40 cm de altura, 30 cm de abertura e 1 mm2 de malha),
adaptada a um cabo de madeira ou aço (150 cm de comprimento). Foi aplicado um
esforço amostral individual de 30 minutos, por varredura, em cerca de 10 (dez) metros
de extensão, em cada um dos hábitats selecionados.
Todo o material coletado foi acondicionado em sacos plásticos, etiquetado e
transportado para o laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados do Grupo
Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose (GIDE), Departamento de
Parasitologia, ICB/UFMG, onde foi examinado, após triagem manual.
3.4- Mensuração e exame de planorbídeos
No laboratório, os moluscos foram contados, observados macroscopicamente,
mensurados e, a seguir, colocados individualmente em pequenos recipientes de vidro
“snap-cap”, com capacidade para 10 ml, contendo 5 ml de água isenta de cloro e
deixados durante a noite para exame antes e após fotoestimulação artificial direta
(lâmpada de 60 W), no dia seguinte, durante aproximadamente 2 horas, para verificação
de emergência de cercárias de S. mansoni e de outros trematódeos. Os exames foram
realizados semanalmente. Após 90 dias aqueles moluscos que permaneceram negativos
foram esmagados entre placas de vidro para a pesquisa de possíveis esporocistos e/ou
metacercárias (Coutinho, 1950).
3.5- Determinação do Índice Cercárico Global e Índice Cercárico Específico
De posse dos resultados obtidos no item 3.4 foram determinados o Índice
Cercárico Global (ICG), que representa porcentagem de infecção por cercárias ou
formas larvárias de trematódeos encontradas em determinada espécie de molusco e o
Índice Cercárico Específico (ICE), que representa porcentagem de infecção por
39
determinada espécie de cercária em determinado molusco (Ruiz, 1952 b).
3.6- Identificação de moluscos
De cada lote de planorbídeos coletados retiraram-se cerca de 10% dos
exemplares que foram sacrificados em água a 70° C. As partes moles foram fixadas em
líquido de Railliet-Henry e dissecadas sob microscópio estereomicroscópio, como
recomendado por Paraense & Deslandes (1955).
Para a identificação das espécies foram considerados os parâmetros
conquiliológicos e morfológicos, segundo diversas fontes bibliográficas (Paraense &
Deslandes, 1956 a, b, 1957, 1958 a, b, c, 1959; Malek, 1962; PAHO, 1968; Paraense,
1965, 1972, 1975).
3.7- Criação de moluscos em laboratório
As desovas obtidas dos caramujos Biomphalaria positivos e negativos,
isoladamente, foram submetidas à criação e manutenção das linhagens de acordo com
Freitas (1973), com pequenas alterações, visando testes de suscetibilidade.
3.8- Testes de suscetibilidade
Foi utilizada para os testes de suscetibilidade, a linhagen LE de S. mansoni de
Belo Horizonte, mantida nos laboratórios do GIDE em sucessivas gerações, pela
passagem do parasito em hospedeiro invertebrado, caramujos do gênero Biomphalaria,
e em hospedeiro vertebrado, o hamster (Mesocricetus auratus) (Corrêa & Paraense,
1971).
3.8.1- Obtenção de miracídios
A obtenção de miracídios foi feita pela técnica preconizada por Chaia (1956),
com modificações.
Assim, hamsters com 45 dias de infecção por S. mansoni, foram sacrificados por
deslocamento cervical para a obtenção de ovos do parasito. O fígado de cada animal foi
retirado, lavado em salina 0,85%, e em seguida homogeneizado em liquidificador com
250 ml de água isenta de cloro. Esta solução foi transferida para um cálice de
sedimentação, no qual foram adicionados 600 ml de solução salina 0,85%, e em seguida
40
acondicionada em geladeira a 4°C. Este procedimento foi realizado para evitar a eclosão
dos miracídios.
Decorridos 60 minutos, o sobrenadante foi descartado e o sedimento ressuspenso
em água isenta de cloro, previamente aquecida a 27°C. Este material foi transferido para
um balão volumétrico, completando-se o volume até o aferimento. A base do balão
volumétrico foi envolvida por papel alumínio, para impedir a incidência da luz. Um
foco de luz artificial foi direcionado na extremidade superior do balão, com a finalidade
de atrair os miracídios liberados dos ovos. Uma amostra desses miracídios foi obtida
por pipetagem, para observação em lâmina e estudos posteriores.
3.8.2- Infecção em massa
Cinqüenta exemplares descendentes de Biomphalaria encontrados em Mariana,
medindo entre oito e dez milímetros foram colocados em cristalizadores contendo 1000
ml de água isenta de cloro e sobre eles foram despejados 100 ml de solução contendo
um “pool” de miracídios. Os moluscos permaneceram entre 12 e 18 horas sob luz
artificial e na ausência de alimentação. Após este período, eles foram transferidos para
cubas plásticas contendo água isenta de cloro (trocada semanalmente) e alimentados
com alface e ração balanceada durante todo o experimento. Como controle foram
utilizados exemplares de B. glabrata oriundos de Belo Horizonte, criados e mantidos no
laboratório em gerações sucessivas, medindo entre oito e dez milímetros e sujeitos à
mesma metodologia de infecção (Corrêa & Paraense, 1971).
3.8.3- Infecção individual
Cinqüenta exemplares descendentes de Biomphalaria encontrados em Mariana,
medindo entre oito e dez milímetros foram colocados individualmente em pequenos
recipientes de vidro contendo aproximadamente cinco mililitros de água isenta de cloro.
Cada molusco recebeu um mililitro de solução contendo 10 miracídios. Após a
infecção, os moluscos foram mantidos sob luz artificial entre 12 e 18 horas na ausência
de alimentação. Após este período, foram transferidos para cubas de plástico contendo
água isenta de cloro (trocada semanalmente) e alimentados com alface e ração
balanceada durante todo o experimento. Como controle foram utilizados exemplares
descendentes de B. glabrata de Belo Horizonte, medindo entre oito e dez milímetros,
41
sujeitos à mesma metodologia de infecção (Corrêa et alii, 1979).
3.8.4- Exame dos moluscos testados
Para verificar a emergência de cercárias de S. mansoni foi realizado o mesmo
procedimento descrito no item 3.4.
3.9- Caracterização de formas larvares
Cercárias emergentes de moluscos foram concentradas como recomendado por
Pellegrino & Macedo (1955).
A caracterização das cercárias foi realizada sem coloração citoquímica, com
auxílio de coloração in vivo, após fixação seguida de coloração ou com auxílio de
solução de Lugol.
Para a coloração in vivo, duas a três gotas de solução aquosa de vermelho neutro
a 0,05% foram colocadas sobre a suspensão cercariana, em lâmina. O mesmo
procedimento foi utilizado com azul de metileno a 0,05% (Porter, 1938; Ruiz, 1952 a;
Frandsen & Christensen, 1984).
Quando da utilização de material fixado em líquido de Railliet-Henry ou
formalina 10 % a quente, o material foi corado com carmim acético, carmim clorídrico
ou carmim bórax (Ruiz, 1952 a; Veitenheimer-Mendes, 1982, Silva, 1992) e montado
em lâmina/ lamínula. Procedeu-se a observação em microscópio binocular (Wild
Heerbrugg - Switzerland) adaptado com câmara clara Wild Heerbrugg 1,25X.
As cercárias foram designadas por método alfa-numérico, levando-se em
consideração que o trabalho com formas larvares apresenta dificuldades para sua
designação (Porter, 1938).
A seguir, os desenhos obtidos foram comparados com as descrições e chaves de
identificação propostas por Lutz (1933); Ruiz (1943, 1952 b, c, d, 1953, 1957); Malek
(1962); Schell (1970); Veitenheimer-Mendes (1982); Frandsen & Christensen (1984);
Silva (1992) e Boaventura et alii (2002).
3.10- Confecção da carta planorbídica
A partir dos dados obtidos nas áreas amostradas foi confeccionada a carta
planorbídica para o município utilizando o “Software” AutoCad 2000 (Autodesk).
42
3.11- Coleta dos heterópteros aquáticos
Os insetos foram capturados com ajuda de rede entomológica confeccionada
com nylon (50 cm de largura, 40 cm de altura, 30 cm de abertura e 1mm2 de malha)
adaptada a um cabo de madeira ou aço (150 cm de comprimento), nos mesmos locais e
com a mesma metodologia em que foram coletados os moluscos e transferidos para
recipientes contendo álcool a 70o GL.
No laboratório foram separados, identificados basicamente de acordo com
Nieser & Melo (1997), e em seguida, depositados na coleção do Laboratório de
Taxonomia e Biologia de Invertebrados da Universidade Federal de Minas Gerais.
3.12- Análise estatística
Quando necessário foi aplicado o teste t de Student, de acordo com Snedecor &
Cochran, 1971.
44
4.1- Locais estudados
Foram escolhidas 147 localidades distribuídas entre a sede, os 9 distritos e 11
subdistritos de Mariana (tabela 1), levando-se em consideração, para a determinação dos
pontos de captura, a presença humana e de coleções aquáticas, estas, com alterações
antrópicas ou não, ou sujeitas a elas.
Diversos tipos de ambientes foram observados, destacando-se entre os
ambientes lóticos, aqueles constituídos por coleções de água corrente, os córregos, as
cachoeiras e os rios, representados por 78, 19 e 16 locais de coleta, respectivamente.
Entre os ambientes lênticos, aqueles constituídos por coleções de água menos
corrente, destacaram-se os lagos e as lagoas, com 11 e 16 locais de coleta
respectivamente. Os ambientes lênticos representados por caixa d’água, canal de
drenagem, manilha, poço e tanque de lavar roupa contribuíram com uma única amostra
e com duas o ambiente representado pelo brejo (gráfico 2).
Gráfico 2: Número e tipo de ambiente trabalhados em levantamento malacológico no
município de Mariana entre abril de 2003 e fevereiro de 2004.
Município de Mariana - MG
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Tipo de ambiente
Núm
ero
1-Brejo2-Cachoeira3-Caixa d'água4-Canal de drenagem5-Córrego6-Lago7-Lagoa8-Manilha9-Poço10-Rio11-Tanque de lavar roupa
45
4.2- Aplicação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats
Foram consideradas áreas impactadas aquelas cuja pontuação alcançada atingiu
até 20 pontos. Entre 20 e 36 pontos estão as áreas alteradas e acima de 36 pontos as
áreas naturais.
Verificou-se, através do protocolo utilizado, que o município de Mariana
apresenta áreas com alterações ambientais de natureza diversa, observadas nos distritos
de Bandeirantes, Cachoeira do Brumado, Camargos, Cláudio Manuel, Furquim
Monsenhor Horta, Padre Viegas, Passagem de Mariana, Santa Rita Durão e na sede do
município, a cidade de Mariana. Não foram observados, nos locais estudados, ambientes
em situação natural no município.
No gráfico 3 estão representados os distritos de Mariana com a pontuação
observada para cada um deles.
Gráfico 3: Avaliação rápida de diversidade de hábitats nos distritos de Mariana, entre
abril de 2003 e fevereiro de 2004 - análise por distrito.
26,428,7
30,3 30,6
27,7
30,229,0
27,8
32,0
28,6
0
5
10
15
20
25
30
35
Ponto
s
Bandeirantes
Cachoeira do Brumado
Camargos
Cláudio Manuel
Furquim
Monsenhor Horta
Padre Viegas
Passagem de Mariana
Santa Rita Durão
Mariana
Trechos impactados - até 20 pontosTrechos alterados - > 20 < 36 pontosTrechos naturais - > 36 pontos
46
4.3- Coleta de moluscos
O período de coleta ocorreu entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 abrangendo
duas estações distintas do ano (seca e chuva), tendo sido coletado um total de 23.271
moluscos, representados por 6 espécies, como pode ser observado na tabela 6.
O número de moluscos coletados foi significativamente maior (p ≤ 0,05) no
período de seca com um total de 18.120 moluscos, ao passo que no período de chuva
foram coletados 5.151 moluscos (tabelas 7 e 8).
Tabela 6: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o
período de 30/04/03 a 26/02/04.
Total Vivos Mortos Positivos * Negativos
Biomphalaria glabrata 11.147 6.102 5.045 134 5.968
Physa marmorata 12.092 9.490 2.606 01 9.489
Lymnaea columella 24 16 08 00 16
Melanoides tuberculatus 02 02 00 00 02
Drepanotrema anatinum 04 03 01 00 03
Drepanotrema lucidum 02 02 00 00 02
Total 23.271 15.615 7.656 135 15.480
* Positivos para larvas de trematódeos
Tabela 7: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o
período de 30/04/03 a 16/10/03 - Período de seca.
Total Vivos Mortos Positivos * Negativos
Biomphalaria glabrata 9.341 4.947 4.394 115 4.832
Physa marmorata 8.747 6.482 2.265 01 6.481
Lymnaea columella 24 16 08 00 16
Melanoides tuberculatus 02 02 00 00 02
Drepanotrema anatinum 04 03 01 00 03
Drepanotrema lucidum 02 02 00 00 02
Total 18.120 11.452 6.668 116 11.336
* Positivos para larvas de trematódeos
47
Tabela 8: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o
período de 10/11/03 a 26/02/04 - Período de chuva.
Total Vivos Mortos Positivos * Negativos
Biomphalaria glabrata 1.806 1.155 651 19 1.136
Physa marmorata 3.345 3.008 337 00 3.008
Lymnaea columella 00 00 00 00 00
Melanoides tuberculatus 00 00 00 00 00
Drepanotrema anatinum 00 00 00 00 00
Drepanotrema lucidum 00 00 00 00 00
Total 5.151 4.163 988 19 4.144
* Positivos para larvas de trematódeos
Entre os moluscos coletados no município de Mariana o gênero Physa
apresentou o maior número de exemplares (12.092 Physa marmorata) seguido pelo
gênero Biomphalaria com 11.147 exemplares e cuja única espécie encontrada foi a B.
glabrata (tabela 6). Ambas espécies estão presentes em todos os distritos do município.
Os moluscos L. columella, D. anatinum e D. lucidum foram encontrados nos
distritos de Bandeirantes, Cachoeira do Brumado e Santa Rita Durão e os M.
tuberculatus em Mariana (sede), representando o primeiro relato para o município.
4.4- Mensuração e taxa de infecção de moluscos
O gráfico 4 representa a variação do diâmetro de concha, em percentual, obtida
de 6.102 exemplares analisados no período experimental (seca e chuva). Houve
diferença significativa (p ≤ 0,05) entre os planordídeos coletados, cujos diâmetros de
concha foram de 1 a 6 mm, 9, 11 e 12 mm, nestes dois períodos.
No período de seca foram encontradas maiores quantidades de Biomphalaria
com diâmetro de concha entre 1 e 6 mm.
Já no período de chuvas foram encontradas maiores quantidades de
Biomphalaria cujos diâmetros de concha foram 9, 11 e 12 mm.
48
Gráfico 4: Diâmetro de concha, em percentual, de Biomphalaria glabrata coletados no
município de Mariana no período de 30/04/2003 a 26/02/2004 (seca e chuva).
No gráfico 5 observa-se a positividade de B. glabrata para larvas de
trematódeos. De 11.147 moluscos coletados, 5.045 estavam mortos. O restante, 6.102
exemplares, foi examinado, sendo que 5.968 (97,81 %) mostraram-se negativos e 134
(2,19 %) mostraram-se positivos para diversos tipos de larvas de trematódeos.
Gráfico 5: Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para larvas
de trematódeos, encontrados em Mariana.
134
5.968
5.045
mortos vivos positivos vivos negativos2,19 %
0
2
4
6
8
10
12
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35
Diâmetro de concha em mm
% d
e c
ara
mujo
s
Período de seca Período de chuva
49
111
5.991
5.045
mortos vivos positivos vivos negativos1,82 %
No gráfico 6 encontram-se os dados relativos aos moluscos do gênero Physa. De
12.092 exemplares capturados, 2.602 apresentaram-se mortos. O restante, 9.490, foi
examinado, sendo que 9.489 (99,992 %) mostraram-se negativos e apenas 1 exemplar
(0,008%) apresentou-se positivo para larvas de trematódeos.
Gráfico 6: Número de Physa marmorata mortos, negativos e positivos para larvas de
trematódeos, encontrados em Mariana.
O gráfico 7 mostra a positividade de B. glabrata para S. mansoni. De 11.147
moluscos coletados, 5.045 estavam mortos. O restante, 6.102 exemplares, foi
examinado, sendo que 5.991 (98,18 %) mostraram-se negativos e 111 (1,82 %)
mostraram-se positivos para S. mansoni.
Gráfico 7: Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para
Schistosoma mansoni, encontrados em Mariana.
9.489
2.602
1
mortos vivos positivos vivos negativos
0,008%
50
Com relação aos outros moluscos coletados, foram examinados 16 exemplares
de L. columella, 02 exemplares de M. tuberculatus, 03 exemplares de D. anatinum e 02
exemplares de D. lucidum. Nenhum deles apresentou positividade para larvas de
trematódeos.
4.5- Índice Cercárico Global (ICG) e Índice Cercárico Específico (ICE)
Em moluscos B. glabrata, o índice cercárico global para larvas de trematódeos,
encontradas no município de Mariana, foi de 2,19%, enquanto o índice cercárico
específico foi de 1,82% para S. mansoni BM1, 0,11% para estrigeocercária BM2, 0,02%
para cercária ocelífera BM3, 0,03% para equinóstoma SM1, 0,18% para xifidiocercária
SM2, 0,02% para gimnocéfala SM4 e 0,02% para gimnocéfala SM5.
Já em moluscos P. marmorata o índice cercárico global para larvas de
trematódeos, encontradas no município de Mariana, foi de 0,008%. Apenas um único
exemplar foi encontrado eliminando larvas de trematódeos no distrito de Cachoeira do
Brumado, cujo índice cercárico específico foi de 0,008% para xifidiocercária SM3.
4.6- Associação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats com as
áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose mansoni
no município de Mariana.
A análise individual, das 147 localidades trabalhadas no município de Mariana,
permitiu determinar e relacionar a presença de caramujos positivos para S. mansoni com
áreas alteradas e/ou impactadas pela atuação humana. Utilizando-se da classificação
descrita no item 4.1 para determinação de ambientes lóticos e lênticos e no item 4.2 para
a descrição de áreas com alterações ambientais, observou-se que a presença de
B. glabrata positivo para S. mansoni está diretamente relacionada à presença de áreas
com tais alterações antrópicas, além de ocorrer em maior prevalência em ambientes
lóticos. Nas tabelas 12 a 24 e nas figuras 17 a 29 (anexo A) estão representados os
dados obtidos no protocolo e as fotografias dos 13 locais positivos para S. mansoni no
município de Mariana. Os gráficos 8 e 9 representam a avaliação rápida da diversidade
de hábitats destes locais e o percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram
encontrados caramujos positivos para S. mansoni.
51
Gráfico 8: Avaliação rápida da diversidade de hábitats em áreas positivas para
Schistosoma mansoni no município de Mariana.
Gráfico 9: Percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram encontrados
caramujos positivos para Schistosoma mansoni no município de Mariana.
24 2426
2426
3028 28
24
20
28
20
28
0
5
10
15
20
25
30
35Ponto
sPedras
Paracatu de Baixo
Santa Rita Durão
Lagoa Preta
Águas Claras - Minério
Águas Claras - Ponte
Cláudio Manuel
Cana do Reino 1
Cana do Reino 2
Cafundão
Cachoeira do Brumado
Bento Rodrigues
Monsenhor HortaTrechos impactados - até 20 pontosTrechos alterados - > 20 < 36 pontosTrechos naturais - > 36 pontos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Perc
entu
al
Ambientes lóticos Ambientes lênticos
52
4.7- Associação entre as áreas positivas para Schistosoma mansoni e aspectos
geográficos do município de Mariana
4.7.1- Associação com a cobertura vegetal do município
Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 04 localidades nas
quais há o predomínio de matas de topo, encosta e galeria (Lagoa Preta, Paracatu de
Baixo, Cana do Reino 1 e Cana do Reino 2), que são aquelas cujas áreas possuem
cobertura arbórea significativa.
Nas outras localidades em que foram encontrados caramujos positivos (Santa
Rita Durão, Bento Rodrigues, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Cláudio
Manuel, Pedras, Cafundão, Cachoeira do Brumado e Monsenhor Horta), há o
predomínio de campos e pastagens, cujas áreas são desprovidas de vegetação arbórea
(figura 4).
4.7.2- Associação com o relevo do município
Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 06 localidades onde
ocorre a presença do relevo suave ondulado, caracterizado por declives inferiores a
35%: Santa Rita Durão, Bento Rodrigues, Lagoa Preta, Cana do Reino 1, Cana do
Reino 2 e Cafundão.
Em Cachoeira do Brumado e Pedras outros locais positivos para S. mansoni o
relevo predominante é o escarpado, cujos declives se encontram, preferencialmente, na
faixa dos 30% a 70%.
Em outras 05 localidades com presença de caramujos positivos para S. mansoni
(Cláudio Manuel, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Paracatu de Baixo e
Monsenhor Horta), há o predomínio do relevo de planícies aluviais, caracterizado como
zonas de aporte de materiais provenientes dos relevos maiores, representados pelos
fundos dos vales mais abertos (figura 5).
4.7.3- Associação com a hipsometria do município
Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 07 localidades cujos
pontos de coleta encontravam-se entre 500 e 600 m de altitude: Pedras, Paracatu de
Baixo, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Cana do Reino 1, Cana do Reino
53
2 e Cláudio Manuel.
Em outras 04 localidades (Cafundão, Cachoeira do Brumado, Monsenhor Horta
e Bento Rodrigues), a altitude dos pontos de coleta variou de 600 a 700 m.
Já em Santa Rita Durão e na Lagoa Preta, os locais positivos encontravam-se
entre 700 e 800 m de altitude (figura 6).
4.7.4- Associação com as bacias hidrográficas do município
Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em três das quatro
bacias hidrográficas do município: Na bacia do rio Piracicaba foram encontrados no
distrito de Santa Rita Durão; na bacia do rio Gualaxo do Norte em Bento Rodrigues,
Paracatu de Baixo e Pedras; na sub-bacia do córrego Águas Claras em Cana do Reino 1,
Cana do Reino 2, Águas Claras (minério) e Águas Claras (ponte); na sub-bacia dos
córregos Boa Vista/ Paciência em Cláudio Manuel; na bacia do ribeirão do Carmo em
Monsenhor Horta e Mariana e na sub-bacia do ribeirão Cachoeira do Brumado em
Cafundão e Cachoeira do Brumado (figura 7).
54
Figura 4: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
cobertura vegetal do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).
55
Figura 5: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e relevo
do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).
56
Figura 6: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e
hipsometria do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).
57
Figura 7: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e bacias
hidrográficas do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).
58
4.8- Testes de suscetibilidade
4.8.1- Infecção em massa com a Cepa LE
A tabela 9 apresenta os resultados das infecções experimentais em massa.
Observa-se que a geração F1 de B. glabrata provenientes de Mariana, apresentou 72%
de positividade à cepa LE de S. mansoni de Belo Horizonte. Já os exemplares de
B. glabrata, provenientes de Belo Horizonte, usados como grupo controle, apresentaram
70% de positividade.
Tabela 9. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG, à
cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte: Infecção em massa.
Grupo experimental No de moluscos
utilizados Período de
observação (dias) Positividade (%)
B. glabrata
(Mariana, MG)
50 90 72
B. glabrata – controle
(Belo Horizonte, MG)
50 90 70
4.8.2- Infecção individual com a Cepa LE
A tabela 10 apresenta os resultados das infecções experimentais individuais.
Observa-se que a geração F1 de B. glabrata provenientes de Mariana, apresentou 66%
de positividade à cepa LE de S. mansoni, mesmo valor encontrado para os exemplares
de B. glabrata, provenientes de Belo Horizonte, usados como grupo controle.
Tabela 10. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG, à
cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte: Infecção individual.
Grupo experimental No de moluscos utilizados
Período de observação (dias)
Positividade (%)
B. glabrata
(Mariana, MG)
50 90 66
B. glabrata – controle
(Belo Horizonte, MG)
50 90 66
59
4.9- Caracterização das formas larvares emergentes dos moluscos de água doce
Foram encontrados 135 caramujos positivos para diversas larvas de trematódeos
no município de Mariana. Dentre as larvas encontradas, as cercárias de S. mansoni
foram observadas em 111 caramujos B. glabrata. Em outros 23 exemplares de
B. glabrata e em um único exemplar de P. marmorata foram verificadas outras larvas
de trematódeos. As larvas de cauda bifurcada foram observadas em 119 caramujos e
todas emergiram após fotoestimulação. Já as larvas de cauda simples foram observadas
em 16 caramujos e todas emergiram durante a noite.
4.9.1- Cercárias de cauda bifurcada
4.9.1.1- Schistosoma mansoni BM1
Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes
das localidades descritas abaixo. O índice cercárico específico foi de 1,82%.
Molusco Hospedeiro: B. glabrata
Localidades:
Pedras (S 20o 17’ 6.1’’/ W 040º 11’ 12.1’’)
Paracatu de Baixo (S 20º 18’ 13.9’’/ W 043º 13’ 46.3’’)
Santa Rita Durão (S 20º 10’ 42.9’’/ W 043º 24’ 47.7’’)
Lagoa Preta (S 20º 20’ 37.3’’/ W 043º 26’ 26.0’’)
Águas Claras (Minério) (S 20º 15’ 8.2’’/ W 043º 14’ 0.7’’)
Águas Claras (Ponte) (S 20º 15’ 12.2’’/ W 043º 13’ 14.0’’)
Cláudio Manuel (Cachoeira do Jaci) (S 20º 12’ 50.3’’/ W 043º 11’ 42.4’’)
Cana do Reino 1 (S 20º 14’ 31.5’’/ W 043º 12’ 6.2’’)
Cana do Reino 2 (S 20º 14’ 28.8’’/ W 043º 12’ 6.9’’)
Cafundão (S 20º 24’ 21.6’’/ W 043º 17’ 7.1’’)
Cachoeira do Brumado (20º 24’ 03.3’’/ W 043º 16’ 10.1’’)
Bento Rodrigues (S 20º 14’ 18.7’’/ W 043º 25’ 10.4’’)
Monsenhor Horta (S 20º 20’ 43.2’’/ W 043º 17’ 28.2’’)
As características referentes ao S. mansoni não serão aqui abordadas por ser este
trematódeo bastante estudado e conhecido em nosso meio.
60
4.9.1.2- Estrigeocercária BM2
Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes da
localidade de Cana do Reino 1.
O índice cercárico específico foi de 0,11%.
Molusco Hospedeiro: B. glabrata
Localidade: Cana do Reino 1 (S 20o 14’ 31.5’’ / W 043o 12’ 6.2’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 87,4 (85,0 – 95,5) de comprimento por 43,9 (40,8 – 45,9) de largura
� Cauda: 244,1 (238,0 – 249,9) de comprimento por 11,9 (10,2 – 13,6) de largura
� Ventosa Oral: 17,7 (17,0 – 20,4) de comprimento por 17,3 (17,0 – 18,7) de largura
� Ventosa Ventral: 20,7 (20,4 – 22,1) de comprimento por 20,7 (20,4 – 22,1) de
largura
� Furca: 139,4 (136,0 – 144,5) de comprimento
� Relação corpo/ corpo da cauda: 0,83: 1
� Relação corpo/ cauda total: 0,36: 1
� Relação corpo da cauda/ furca: 0,75: 1
Características:
Caracterizada como sendo cercária distoma faringeada, longifurcada, do grupo
das estrigeocercárias, produzida por espécies das famílias Strigeidae e Diplostomatidae
(parasitos intestinais de pássaros répteis e mamíferos) (figura 8).
Apresenta o comprimento do corpo cerca de duas vezes maior que a largura.
Ventosa oral arredondada, não se percebendo musculatura radial, um pouco
menor que a ventosa ventral, e situada na porção subterminal do corpo.
Ventosa ventral esférica, situada um pouco acima da região equatorial do corpo.
Faringe curta e estreita.
Esôfago longo que se bifurca antes da ventosa ventral. Cecos ultrapassam a
ventosa ventral.
Primórdio genital situado na região subequatorial do corpo.
Vesícula excretora bem desenvolvida em forma de Y.
61
Canais excretores estreitos que percorrem lateralmente o corpo da cercária,
alcançando a extremidade anterior, próximo à ventosa oral.
Cauda longifurcada, apresentando um canal excretor em sua região mediana,
percorrendo toda sua extensão.
62
0,10 mm
Figura 8: Estrigeocercária BM2.
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Fa: faringe, Fu: furca,
Pg: primórdio genital, Vo: ventosa oral, Vex: vesícula excretora, Vv: ventosa ventral.
Vo
Fa
Cex
Pg
Es
Ce
Vv
Vex
Cex Ca
Fu
63
4.9.1.3- Cercária ocelífera BM3
Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes do
subdistrito de Bento Rodrigues.
O índice cercárico específico foi de 0,02%.
Molusco Hospedeiro: B. glabrata
Localidade: Bento Rodrigues (S 20o 14’ 2.6’’ / W 043o 25’ 32.3’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 107,7 (102,0 – 113,9) de comprimento por 30,6 (27,2 – 34,0) de largura
� Cauda: 287,9 (280,5 – 299,2) de comprimento por 20,4 (17,0 – 23,8) de largura
� Ventosa Oral: 26,1 (25,5 – 27,2) de comprimento por 19,3 (17,0 – 20,4) de largura
� Ventosa Ventral: 10,8 (10,2 – 11,9) de comprimento por 14,2 (13,6 – 15,3) de
largura
� Ocelos: 5,6 (5,3 – 5,8) de diâmetro
� Furca: 81,0 (68,0 – 90,1) de comprimento
� Relação corpo/ corpo da cauda: 0,52: 1
� Relação corpo/ cauda total: 0,37: 1
� Relação corpo da cauda/ furca: 2,55: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das cercárias ocelíferas, produzidas por
trematódeos das famílias Schistosomatidae e Spirorchiidae (parasitos de vasos
sanguíneos de répteis, pássaros e mamíferos) (figura 9).
Apresenta o comprimento do corpo cerca de três vezes maior que a largura.
Ventosa oral ovalada, não se percebendo musculatura radial.
Ventosa ventral esférica, menor que a ventosa oral, situada na região
subequatorial do corpo.
Esôfago curto, que se bifurca anteriormente aos ocelos.
Cecos curtos terminando próximo a ventosa ventral.
Faringe ausente.
64
Glândulas de penetração saculiformes, bem desenvolvidas, com ductos longos,
situadas na região próxima à ventosa ventral.
Ocelos grandes, pigmentados, situados um pouco acima da região equatorial do
corpo.
Vesícula excretora bem desenvolvida.
Cauda longa, relativamente larga, bifurca-se na extremidade posterior formando
uma furca típica das cercárias brevifurcadas.
Estendendo-se por toda a cauda em sua porção mediana, observa-se o canal do
sistema excretor, que se bifurca um pouco antes do entroncamento das furcas,
terminando na extremidade destas.
65
0,10 mm
Figura 9: Cercária ocelífera BM3.
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Fu: furca, Gp: glândula de
penetração, Oc: ocelos, Vo: ventosa oral, Vex: vesícula excretora, Vv: ventosa ventral.
Vo
Es
Ce
Gp Oc
Vv
Vex
Ca
Fu
66
4.9.2- Cercárias de cauda simples
4.9.2.1- Equinóstoma SM1
Larva emergente durante a noite de B. glabrata provenientes do distrito de
Cachoeira do Brumado e do subdistrito de Bento Rodrigues.
O índice cercárico específico foi de 0,03%.
Molusco hospedeiro: B. glabrata
Localidades: Cachoeira do Brumado (S 20o 24’ 03.3’’/ W 043o 16’ 5.5’’)
Bento Rodrigues (S 20o 14’ 2.6’’/ W 043o 25’ 32.3’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 274,5 (258,4 – 283,9) de comprimento por 102,0 (83,3 – 122,4) de largura
� Cauda: 508,0 (493,0 – 542,3) de comprimento por 33,7 (27,2 – 44,2) de largura
� Ventosa Oral: 46,5 (42,5 – 56,1) de comprimento por 43,2 (42,5 – 44,2) de largura
� Ventosa Ventral: 53,4 (45,9 – 59,5) de comprimento por 37,4 (34,0 – 40,8) de
largura
� Relação corpo/ cauda: 0,54: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das cercárias equinóstomas, produzida por
trematódeos da família Echinostomatidae (parasitos intestinais de pássaros, répteis e
mamíferos) (figura 10). Encistam em invertebrados, peixes e anfíbios.
Corpo alongado com a extremidade anterior mais afilada.
Ventosa oral rodeada de espinhos, típicos das cercárias equinóstomas, que formam
o colar cefálico. O número de espinhos não foi determinado usando-se as técnicas de
coloração apresentadas na metodologia. Um conjunto de três espinhos destaca-se
lateralmente entre a ventosa oral e a faringe.
Ventosa oral subterminal e ventosa ventral situada na região subequatorial do
corpo. Esta é um pouco maior que a ventosa oral.
Pré-faringe longa e a faringe musculosa e alongada.
Esôfago curto comunicando-se com os dois cecos logo após a faringe.
67
Cecos bem desenvolvidos prolongando-se até a extremidade posterior do corpo,
terminando em fundo cego, próximo à vesícula excretora.
Na região abaixo e atrás do acetábulo notam-se dois grupos de células que
provavelmente constituem os primórdios genitais.
Sistema excretor formado por dois canais excretores que percorrem as margens
laterais do corpo. Estes partem da vesícula excretora, terminando próximo à ventosa
oral. Entre a faringe e a ventosa ventral os canais excretores são preenchidos por
inúmeras concreções circulares.
Vesícula excretora em forma de Y com paredes espessas, sugerindo ser do tipo
epitelial.
Cauda longa e afilada na extremidade posterior, contendo inúmeras células em toda
sua extensão.
68
0,10 mm
Figura 10: Equinóstoma SM1.
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Esp: espinhos,
Fa: faringe, Pfa: pré-faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora,
Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.
Vo
Esp
Pfa
Cex
Fa
Conc
Pg
Ce
Vex
Vv
Es
Ca
69
4.9.2.2- Xifidiocercária SM2
Larva emergente durante a noite de B. glabrata provenientes da localidade de
Cana do Reino 1 e do subdistrito de Pedras.
O índice cercárico específico foi de 0,18%.
Molusco hospedeiro: B. glabrata
Localidades: Cana do Reino 1 (S 20o 14’ 2.6’’/ W 043o 25’ 32.3’’)
Pedras (S 20o 17’ 6.1’’/ W 043o 11’ 12.1’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 167,2 (149,0 – 186,2) de comprimento por 88,2 (73,2 – 101,1) de largura
� Cauda: 86,1 (77,2 – 102,3) de comprimento por 27,7 (20,0 – 37,3) de largura
� Ventosa Oral: 41,8 (39,9 – 46,6) de comprimento por 42,7 (39,9 – 46,6) de largura
� Ventosa Ventral: 27,3 (26,6 – 30,6) de comprimento por 26,9(26,6 – 29,3) de
largura
� Estilete: 17,6 (16,0 – 20,0) de comprimento
� Relação corpo/ cauda: 1,9: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das xifidiocercárias, cercária virgulata,
produzida por espécies da família Lecithodendriidae (parasitos intestinais de pássaros e
anfíbios) (figura 11).
Apresenta o corpo bem mais longo que largo, com um estilete ou lanceta na
região da ventosa oral, que a caracteriza como xifidiocercária.
Ventosa oral maior que a ventosa ventral. Na região posterior da ventosa oral foi
observada uma estrutura que lembra o órgão vírgula, reservatório para as secreções das
células glandulares mucóides, característico de algumas xifidiocercárias.
Faringe não foi observada.
Esôfago curto.
Cecos ultrapassando a ventosa ventral, que está situada abaixo da região
mediana do corpo.
Glândulas de penetração em forma de cacho, situadas lateralmente à ventosa oral
70
e relativamente bem desenvolvidas.
Sistema excretor com vesícula excretora em forma de Y, com a bifurcação
pouco abaixo do acetábulo.
Furcas excretoras largas que recebem os canais excretores com ramos anteriores
e posteriores. Estes percorrem os campos laterais da cercária, continuando-se finos e
sinuosos para as extremidades da larva.
Cauda muito curta e estreita, com constrições laterais. São observadas
numerosas células espalhadas em seu interior.
71
0,10 mm
Figura 11: Xifidiocercária SM2
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Est: estilete, Gp: glândulas de
penetração, Ov: órgão vírgula, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora,
Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.
Est
Vo
Gp
Ov
Es
Ce
Cex
Vv
Pg
Vex
Ca
72
4.9.2.3- Xifidiocercária SM3
Larva emergente durante a noite de P. marmorata proveniente do subdistrito da
Barroca.
O índice cercárico específico foi de 0,008%.
Molusco hospedeiro: P. marmorata
Localidade: Barroca (S 20o 26’ 25.8’’/ W 043o 14’ 16.5’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 185,0 (173,4 – 207,4) de comprimento por 136,0 (117,3 – 144,5) de largura
� Cauda: 366,2 (348,5 – 382,5) de comprimento por 33,0 (30,6 – 35,7) de largura
� Ventosa Oral: 50,0 (47,6 – 52,7) de comprimento por 47,9 (45,9 – 51,0) de largura
� Ventosa Ventral: 41,8 (39,1 – 44,2) de comprimento por 41,5 (37,4 – 44,2) de
largura
� Relação corpo/ cauda: 0,51: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das ornatas, produzidas por espécies das
famílias Macroderoididae (parasitos intestinais de peixes, anfíbios e répteis) e
Haplometridae (parasitos pulmonares de anfíbios) (figura 12).
Apresenta um espinho em forma de estilete, situado na extremidade anterior do
corpo, na região da ventosa oral, ultrapassando mais da metade desta.
Corpo curto, largo, com formato oval.
Ventosa oral esférica e subterminal.
Ventosa ventral um pouco menor que a ventosa oral, situada na região mediana do
corpo, sobreposta ao primórdio genital. Este é bastante evidente.
Pré-faringe ausente ou muito reduzida, seguida de faringe musculosa, piriforme.
Esôfago curto, que se bifurca anteriormente e junto à ventosa ventral.
Cecos relativamente longos, que ultrapassam a ventosa ventral, terminando
próximo à vesícula excretora.
Vesícula excretora em forma de Y com furcas excretoras largas, bifurcando-se
abaixo da ventosa ventral.
73
As furcas excretoras recebem os canais excretores que percorrem lateralmente o
corpo da cercária até sua extremidade anterior, próximo à ventosa oral.
Cauda afilada e mais longa que o corpo, apresentando uma expansão lateral (aleta
caudal) fina e delgada na sua região posterior.
74
0,10 mm
Figura 12: Xifidiocercária SM3.
Alc: aleta caudal, Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Est: estilete,
Fa: faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral,
Vv: ventosa ventral.
Vo
Cex
Ce
Pg
Vex
Fa Vv
Es
Est
Ca Alc
75
4.9.2.5- Gimnocéfala SM4
Larva emergente durante a noite de B. glabrata proveniente do distrito de
Bandeirantes.
O índice cercárico específico foi de 0,02%.
Molusco hospedeiro: B. glabrata
Localidade: Bandeirantes (S 20o 21’ 19.3’’/ W 043o 22’ 04.7’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 180,7 (170,0 – 195,5) de comprimento por 92,5 (73,1 – 100,3) de largura
� Cauda: 371,8 (345,1 – 394,4) de comprimento por 37,4 (28,9 – 44,2) de largura
� Ventosa Oral: 39,3 (34,0 – 42,5) de comprimento por 35,5 (34,0 – 37,4) de largura
� Ventosa Ventral: 50,3 (42,5 – 52,7) de comprimento por 49,5 (42,5 – 52,7) de
largura
� Relação corpo/ cauda: 0,49: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das cercárias gimnocéfalas, produzidas por
espécies da família Fasciolidae (parasitos do intestino e fígado de mamíferos
herbívoros) (figura 13).
Corpo ovalado, de aspecto achatado.
Ventosa oral subterminal, menor que a ventosa ventral.
Pré-faringe curta, seguida de faringe musculosa e alongada.
Esôfago relativamente longo, bifurcando-se na região mediana do corpo,
anteriormente e próximo à ventosa ventral.
Cecos longos, ultrapassando a ventosa ventral e terminando próximo à extremidade
do corpo da cercária.
Ventosa ventral maior que a ventosa oral, situada logo após a linha equatorial do
corpo.
Primórdio genital bem desenvolvido, situado abaixo e atrás da ventosa ventral.
Vesícula excretora desenvolvida, com os canais excretores percorrendo os campos
laterais do corpo, alcançando a ventosa oral.
76
Nas áreas laterais, situadas entre a ventosa ventral e a faringe, são observados dois
grupos de concreções esféricas, um de cada lado. Estes parecem estar acumulados
dentro de alargamentos dos canais excretores laterais.
Cauda longa e envolvida por uma fina cutícula transparente. Em toda a sua
extensão são observadas numerosas células.
77
0,10 mm Figura 13: Gimnocéfala SM4.
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Fa: faringe,
Pfa: pré-faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral,
Vv: ventosa ventral.
Vo
Pfa
Fa
Conc
Cex
Pg Vv
Ce
Vex
Es
Ca
78
4.9.2.5- Gimnocéfala SM5
Larva emergente durante a noite de B. glabrata proveniente do distrito de Santa
Rita Durão.
O índice cercárico específico foi de 0,02%.
Molusco hospedeiro: B. glabrata
Localidade: Santa Rita Durão (S 20o 10’ 42,9/ W 043o 24’ 47.7’’)
Medidas em micrômetros:
� Corpo: 213,2 (202,3 – 226,1) de comprimento por 110,2 (102,0 – 115,6) de largura
� Cauda: 413,8 (404,6 – 425,0) de comprimento por 34,0 (27,2 – 42,5) de largura
� Ventosa Oral: 37,7 (34,0 – 40,8) de comprimento por 35,4 (34,0 – 37,4) de largura
� Ventosa Ventral: 50,0 (45,9 – 51,0) de comprimento por 50,3 (47,6 – 52,7) de
largura
� Relação corpo/ cauda: 0,51: 1
Características:
Caracterizada como sendo do grupo das cercárias gimnocéfalas, produzidas por
espécies da família Fasciolidae (parasitos do intestino e fígado de mamíferos
herbívoros) (figura 14).
Corpo alongado, de forma relativamente elíptica.
Pré-faringe não observada.
Faringe musculosa e alongada.
Esôfago longo, bifurcando-se na região mediana do corpo, anterior à ventosa
ventral.
Cecos longos, ultrapassam a ventosa ventral e alcançam as laterais da vesícula
excretora, terminando em fundo cego.
Ventosa ventral maior que a ventosa oral, situada na região subequatorial do corpo.
Primórdio genital desenvolvido, situado abaixo e atrás da ventosa ventral.
Vesícula excretora bem desenvolvida, com os canais excretores percorrendo os
campos laterais do corpo, os quais terminam próximo à ventosa oral.
79
São observados dois grupos de concreções esféricas situados, um de cada lado, nas
áreas laterais do corpo, entre a faringe e a vesícula excretora. Estes grupos parecem
estar acumulados dentro de alargamentos dos canais excretores laterais.
Cauda longa, com a extremidade afilada, envolvida por uma fina cutícula
transparente. Em toda a sua extensão, lateralmente, são observadas numerosas células.
80
0,10 mm
Figura 14: Gimnocéfala SM5.
Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Fa: faringe,
Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.
Vo
Cex
Conc
Fa
Es
Ce
Vv
Vex
Pg
Ca
81
4.10- Confecção da carta planorbídica
Os 147 pontos de coleta trabalhados, devidamente registrados com a utilização
de um receptor do sistema GPS, estão representados nas tabelas 25 a 34 (anexo B).
Na figura 15 encontra-se representada a carta planorbídica para o município de
Mariana e na figura 16 estão representados os locais com presença de planorbídeos
positivos para S. mansoni.
83
Figura 16: Mapa de locais positivos para S. mansoni no município de Mariana (arquivo
anexo em autocad).
84
4.11- Coleta de heterópteros aquáticos
Foram verificados 35 gêneros e 64 espécies, distribuídas em 13 famílias, sendo
que na infra-ordem Gerromorpha, constituída por insetos semi-aquáticos, as famílias
Gerridae e Veliidae apresentaram o maior número de espécies encontradas, 14 (73,68%)
de um total de 19.
A infra-ordem Nepomorpha, cujos representantes são os insetos verdadeiramente
aquáticos, apresentou o maior número de espécies, 45 (70,31%), das 64 encontradas.
Dentro dos Nepomorpha, a família Naucoridae apresentou o maior número de espécies,
12, representando 26,67% do total encontrado nesta infra-ordem.
Para alguns gêneros encontram-se novos registros de espécies para a região,
aumentando-se assim a área de distribuição conhecida. A lista destes insetos encontra-se
na tabela 11.
85
Tabela 11. Espécies de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos encontrados no
município de Mariana, entre abril de 2003 e fevereiro de 2004.
Nível Taxonômico Infra-ordem/ Família/ Espécie
GERROMORPHA NEPOMORPHA
Gerridae Brachymetra furva Cylindrosthetus palmaris Halobatopsis platensis Limnogonus profugus Limnogonus aduncus Rheumatobates crassifemur Hebridae Lipogomphus laccuniferus Veliidae Microvelia pulchella Rhagovelia hambletoni Rhagovelia pachymeri Rhagovelia sbolos Rhagovelia tenuipes Rhagovelia whitei Paravelia sp. Platyvelia brachialis Mesoveliidae Mesovelia amoena Mesovelia mulsanti Mesoveloidea williamsi Hydrometridae Hydrometra argentina
Ochteridae Ochterus perbosci Gelastocoridae Gelastocoris flavus Montandonius angulatus Nertra cf. raptoria Belostomatidae Belostoma anurum Belostoma candidulum Belostoma cummingsi Belostoma elongatum Belostoma micantulum Belostoma oxyurum Belostoma plebejum Belostoma testaceopallidum Lethocerus annulipes Nepidae Curicta brasiliensis Curicta cf. lenti Curicta granulosa Curicta longimanus Curicta volxemi Ranatra brevicauda Ranatra chagasi Ranatra lanei Ranatra montei
Notonectidae Buenoa cf. koina Buenoa paranaensis Enithares braziliensis Martarega uruguayensis Notonecta polystolisma Notonecta sp. (imaturos) Corixidae Heterocorixa nigra Tenagobia incerta Tenagobia schadei Trichocorixa sp. (imaturos) Naucoridae Ambrysus cf. attenuatus Ambrysus teutonius Cryphocricos vianai Ctenipocoris spinipes Limnocoris lanemeloi Limnocoris maculiceps Limnocoris pusillus Limnocoris submontandoni Pelocoris bipunctulus Pelocoris magister Pelocoris subflavus Placomerus micans Pleidae Neoplea cf. argentina
87
Na dinâmica de transmissão da doença o ambiente tem papel preponderante.
Dentre os ambientes analisados em Mariana, os lóticos, aqueles representados por
coleções de água corrente, contribuíram com o maior número de locais trabalhados
(113), ao passo que os ambientes lênticos, aqueles representados por coleções de água
menos corrente, contribuíram com 34 locais trabalhados. Destacando-se entre os
ambientes lóticos, verificam-se os córregos, com 78 ocorrências no município.
A avaliação da diversidade de hábitats oferece oportunidade para analisar os
níveis de impactos antrópicos em trechos de bacias hidrográficas (Galdean et alii,
2000), constituindo-se em importante ferramenta em programas de monitoramento
ambiental (Callisto et alii, 2001). Dessa forma, a utilização do protocolo de avaliação,
em cada distrito de Mariana, permitiu analisar os locais de coleta com a determinação
de trechos em condições naturais, alterados ou impactados.
Pela pontuação obtida, verifica-se que o município, nos locais estudados, não
apresenta trechos em situação natural, somente alterados, como resultado de processos
de crescimento desordenado que ocorre também na maioria dos municípios do Brasil,
fato este de extrema relevância, visto que a presença de doenças está diretamente
relacionada ao processo de degradação ambiental e à participação humana.
Com relação às coletas, foram realizadas em duas estações distintas do ano,
abrangendo os períodos de seca e de chuva, tendo sido verificado que a presença de
moluscos em períodos de seca foi significativamente maior que em períodos de chuva,
visto que nas estações chuvosas os moluscos são prontamente carreados.
De hábitos relacionados a ambientes poluídos, o encontro de moluscos do
gênero Physa em maior proporção, é condizente com as características alteradas
verificadas no município de Mariana. Há de se ressaltar também o encontro de
exemplares de L. columella, D. anatinum, D. lucidum, M. tuberculatus, além de
P. marmorata, representando o primeiro relato para o município.
A família Lymnaeidae possui grande importância em medicina veterinária e
saúde pública por incluir os hospedeiros intermediários de Fasciola hepatica Linnaeus,
1758, trematódeo parasito do fígado de ruminantes, equinos, suínos e do homem. Três
espécies são descritas para o Brasil: L. columella Say, 1817, L. viatrix Orbigny, 1835 e
L. rupestris Paraense, 1982. Quanto à distribuição geográfica, L. columella encontra-se
amplamente distribuída no território brasileiro, L. rupestris é endêmica no estado de
88
Santa Catarina e L. viatrix ocorre nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais,
sendo registrada uma única vez no estado do Rio de Janeiro, em 1973, como L. cubensis
Pfeiffer, 1839 (Amarante et alii, 2005).
Com especial importância, os tiarídeos (M. tuberculatus), têm se dispersado
muito e o seu potencial reprodutivo tem facilitado o rápido desenvolvimento de
populações (Thiengo et alii, 2002; Callil, 2005). De origem asiática, são encontrados
em muitos países tropicais e subtropicais (Vaz et alii 1986; Freitas et alii, 1987; Madsen
& Frandsen, 1989; Silva, 1992; Thiengo et alii, 1998, 2001; Carneiro et alii 2004), e
cuja capacidade para colonizar vários tipos de hábitats, limita ou exclui certas espécies
de pulmonados, particularmente aqueles relacionados à esquistossomose (Pointier &
McCullough, 1989; Guimarães, 2001; Giovanelli, 2003, 2005; Gouveia, 2005).
Em Minas Gerais, o principal vetor da esquistossomose é a B. glabrata, única
espécie encontrada em Mariana.
Todos os exemplares desse molusco capturados no município foram
mensurados, tendo sido verificado que os menores planorbídeos, cujos diâmetros de
concha variavam de 1 a 6 mm, foram encontrados em maior quantidade na estação de
seca, o que demonstra que o encontro desses planorbídeos, neste período, está
relacionado a um menor carreamento dos mesmos.
A análise individual dos moluscos, antes e após fotoestimulação, permitiu
avaliar a positividade dos mesmos para diversas larvas de trematódeos, tendo sido
encontradas cercárias de S. mansoni, xifidiocercária, estrigeocercária, cercária ocelífera,
cercária gimnocéfala e cercária equinóstoma.
O encontro de B. glabrata infectados em seis dos dez distritos de Mariana
(Cachoeira do Brumado, Cláudio Manuel, Furquim, Monsenhor Horta, Santa Rita
Durão e Mariana), demonstra a presença do parasito em grande parte do município,
fator este de extrema importância na disseminação da esquistossomose.
Associando os locais positivos com o protocolo de avaliação rápida da
diversidade de hábitats, observa-se que a presença de moluscos infectados com
S. mansoni está diretamente relacionada a trechos impactados e a trechos alterados pela
atividade humana.
Dentre os ambientes analisados, verifica-se que a maior prevalência de moluscos
infectados encontra-se nos ambientes lóticos, evidenciando a dispersão desses moluscos
89
e, por conseguinte, da doença no município.
No presente estudo também foram analisadas algumas variáveis geográficas do
município, relacionando-as às áreas positivas para S. mansoni. O maior número de
localidades com presença de moluscos positivos apresentava como cobertura vegetal um
predomínio de campos e pastagens. Embora o município de Mariana não possua um
perfil agropecuário bem desenvolvido, a unidade campos e pastagens é a que tem maior
distribuição em área, sendo representada indistintamente pelas regiões desprovidas de
vegetação arbórea e por regiões desmatadas pela atividade humana (Baltazar & Raposo,
1993).
Analisando as unidades morfológicas territoriais (relevo), observa-se que os
locais positivos foram aqueles cujas presenças mais destacadas são as do relevo suave
ondulado e do relevo de planícies aluviais.
A unidade relevo suave ondulado tem a maior distribuição em área no território
de Mariana, na qual predominam declives inferiores a 35%, com vertentes mais suaves.
As planícies aluviais são as zonas de materiais provenientes dos relevos maiores,
representadas pelos fundos dos vales mais abertos. Possuem altitudes inferiores a
600 m (PDUAM, 2003), fator este concordante com a análise hipsométrica realizada no
município, na qual o maior número de localidades positivas para S. mansoni,
encontrava-se entre 500 e 600 m. Embora só representem 3,5% da área total do
município, as planícies aluviais são importantes por condicionarem o desenvolvimento
de muitos povoados, seja pela concentração de ouro de aluvião, seja pelo relevo mais
plano ou pela fertilidade do solo (PDUAM, 2003). Em ambas as unidades, verificam-se
as melhores condições para o desenvolvimento urbano, e por conseqüência, há maior
atuação humana.
Associando-se a presença de moluscos e de moluscos positivos com as bacias
hidrográficas do município, verifica-se uma ampla dispersão destes, estando os mesmos
presentes em três das quatro principais bacias. Vale ressaltar, que estas bacias são
importantes, pois além de drenarem o território marianense, estão presentes em cidades
circunvizinhas.
Em Mariana, como também em todos os outros municípios brasileiros com
população superior a 20.000 habitantes, de acordo com as novas leis de política de
administração pública, estabeleceu-se a criação do plano diretor municipal, que é um
90
conjunto de normas e medidas, visando elaboração de planos de ação específicos para a
melhoria das condições de vida da população (PDUAM, 2003).
Dentro desse contexto, a carta planorbídica para o município surgiu como
necessidade de se documentar locais com potencial risco de transmissão da
esquistossomose. Como verificado, dos 86 locais com presença de planorbídeos no
município, 13 estavam infectados por S. mansoni.
Aliado a isso torna-se importante o estudo sobre suscetibilidade de moluscos do
gênero Biomphalaria ao S. mansoni possibilitando desta forma avaliar o potencial de
uma determinada área para se tornar endêmica, bem como analisar possíveis
mecanismos relacionados à capacidade destes moluscos de se infectarem ou não com
cepas do parasito provenientes de diferentes regiões do Brasil. Considerando as
implicações epidemiológicas relativas aos resultados obtidos, como a taxa de infecção
em laboratório de 66% de moluscos B. glabrata provenientes de Mariana à cepa LE de
S. mansoni de Belo Horizonte, é importante salientar a necessidade da utilização de
medidas de controle dos hospedeiros intermediários porventura encontrados no
município, campanhas educativas à população local e aos turistas, principalmente
àqueles provenientes da cidade de Belo Horizonte, facilitadas com o conhecimento das
áreas de risco para a transmissão da doença no município.
Lie et alii (1976), Combes (1982), Loker et alii (1986) e Jourdane et alii (1990)
comentam sobre a importância da relação entre a infecção de planorbídeos por larvas de
S. mansoni e por outras larvas de trematódeos, as quais poderiam ser antagonistas do
S. mansoni na natureza. Entretanto, somente estudos em laboratório, mais elaborados,
poderão evidenciar tais antagonismos.
No Brasil, as formas larvais de trematódeos foram inicialmente estudadas por
Pirajá da Silva que descreveu Cercaria blanchardi, forma larvar do S. mansoni Sambon,
1907 (Pirajá da Silva, 1912).
O pioneiro nos estudos de outras formas larvais foi Lutz (1919) que descreveu
Cercaria ocellifera, proveniente de B. tenagophila, além de fornecer a primeira chave
de classificação de cercárias para o Brasil (1922).
Posteriormente, Ruiz, contribui intensamente para o estudo das formas larvais
propondo uma nova chave de classificação morfológica e uma metodologia para o
estudo de cercárias (1952 a) e, apesar de relatar o parasitismo por larvas de S. mansoni
91
em Mariana (1952 d), o mesmo não verificou outras larvas de trematódeos, aqui
caracterizadas no presente estudo, divididas em dois grupos: cercárias de cauda
bifurcada e cercárias de cauda simples.
Entre as cercárias de cauda bifurcada, encontram-se as de S. mansoni BM1, a
estrigeocercária BM2 e a ocelífera BM3.
A estrigeocercária BM2 é produzida por espécies das famílias Strigeidae e
Diplostomatidae (parasitos intestinais de pássaros e mamíferos). Apesar de estruturas
desta cercária serem parecidas a outras descritas na literatura, como tamanho e aspecto
da cauda semelhantes à cercária amplicoecata descrita por Ruiz em 1953 e à cercária B5
descrita por Silva em 1992, ela não se enquadra a nenhuma espécie descrita até o
presente momento, em virtude da largura do seu corpo ser muito desproporcional à
largura da cauda.
A cercária ocelífera BM3 aqui caracterizada é de acordo com Schell (1970) e
Frandsen & Christensen (1984) brevifurcada, afaringeada e distoma cercária. Produzida
por trematódeos das famílias Schistosomatidae e Spirorchiidae (parasitos de vasos
sanguíneos de répteis, pássaros e mamíferos), sua principal característica são os ocelos
presentes na região mediana do corpo.
Lutz (1934) e posteriormente Ruiz (1953) descreveram uma cercária ocelífera
como sendo a forma larvar de Clinostomum heluans Braum, 1889. As dimensões da
cercária BM3 aqui caracterizada se assemelham bastante àquelas descritas por estes
autores, não se enquadrando contudo a nenhuma espécie descrita até o momento.
Entre as cercárias de cauda simples, encontram-se a equinóstoma SM1, a
xifidiocercária SM2, a xifidiocercária SM3, a gimnocéfala SM4 e a gimnocéfala SM5.
A cercária equinóstoma SM1 é produzida por trematódeos da família
Echinostomatidae (parasitos intestinais de pássaros, répteis e mamíferos), cuja principal
característica é a presença de um colar cefálico com espinhos que contornam toda parte
dorsal do corpo. Outras características tais como o tamanho do corpo, da cauda e
ventosa a aproxima-se muito da cercária macrogranulosa descrita por Ruiz (1952 c), da
cercária equinóstoma 2 descrita por Veitenheimer-Mendes (1982) e da cercária
equinóstoma S2 descrita por Boaventura et alii (2002). Ruiz (1952 c) descreve a
cercária macrogranulosa emergente de B. glabrata de Minas Gerais, Veintenheimer-
Mendes de Biomphalaria peregrina do Rio Grande do Sul e Boaventura et alii de
92
P. marmorata do Rio de Janeiro. Entretanto, a cercária aqui descrita não apresenta o
grupo de corpos refringentes relatados por Ruiz (1952 c).
As xifidiocercárias são caracterizadas pela presença de um espinho (estilete) na
região da ventosa oral.
A xifidiocercária SM2 é produzida por espécies da família Lecithodendriidae
(parasitos intestinais de pássaros e anfíbios), cuja principal característica é a presença de
uma discreta estrutura, de difícil visualização, que lembra o órgão vírgula, situada na
porção posterior da ventosa oral.
Ruiz (1952 c) descreve uma xifidiocercária emergente de B. glabrata coletada
em Jaboticatubas e em Belo Horizonte, Minas Gerais, denominando-a Cercaria
minense, cujas medidas são maiores que as da cercária SM2 aqui caracterizada. O
mesmo acontece com a Cercaria lutzi e a Cercaria santense descritas por Ruiz
(1952 b), cujas medidas são diferentes da cercária aqui descrita.
A xifidiocercária SM3 é produzida por espécies das famílias Macroderoididae
(parasitos intestinais de peixes, anfíbios e répteis) e Haplometridae (parasitos
pulmonares de anfíbios). Devido a presença da aleta caudal foi colocada no grupo das
cercárias ornata, de acordo com Schell (1970), Ostrowski de Nuñez (1974) e Frandsen
& Christensen (1984). Diferencia-se da xifidiocercária 1 descrita por Veintenheimer-
Mendes (1982) pelo maior comprimento da cauda e por não apresentar os longos pêlos
sensitivos característicos da xifidiocercária 1. As características principais que a
diferencia das xifidiocercárias SM2 são o comprimento da cauda, a presença da aleta
caudal, além da ausência do órgão vírgula.
As cercárias gimnocéfalas são produzidas por espécies da família Fasciolidae
(parasitos do intestino e fígado de mamíferos herbívoros).
Porter (1938) descreveu diversas cercárias gimnocéfalas emergentes de várias
espécies de moluscos. As cercárias gimnocéfalas SM4 e SM5, aqui caracterizadas,
diferenciam destas com relação às medidas do corpo, cauda e ventosas. Diferem
também da cercária de Fasciola hepatica devido ao hospedeiro invertebrado e aos
comprimentos do corpo e cauda. As duas espécies, entre si, diferenciam-se através da
localização da faringe e pela disposição das concreções circulares.
A gimnocéfala SM5 apresenta a faringe próxima à ventosa oral, sem pré-faringe,
e as concreções circulares dispostas por quase toda a lateral do corpo, ao passo que a
93
gimnocéfala SM4 apresenta a faringe mais afastada da ventosa oral, pré-faringe
presente, e as concreções circulares próximas, situadas na região mediana do corpo.
O estudo de caracterização das larvas é minucioso, necessitando que estudos
posteriores sejam realizados com o intuito de elucidar questões ainda não totalmente
esclarecidas com relação aos aspectos morfológicos, epidemiológicos, parasitológicos e
ecológicos. Somente tais estudos poderão permitir a completa identificação destas
larvas de trematódeos.
Por outro lado, as evidências observadas indicam que fatores bióticos e abióticos
influenciam a distribuição da população de insetos aquáticos, especificamente os
heterópteros, no referido município.
Da fauna encontrada, a família Naucoridae é a mais bem adaptada à vida em
águas correntes (Nieser & Melo, 1997). Esta se encontra representada na maioria dos
ambientes lênticos e lóticos amostrados, além de ter sido a família com maior número
de representantes entre os Nepomorpha. Limnocoris maculiceps foi a espécie mais
encontrada (em 130 dos 147 ambientes amostrados). Não foi possível correlacionar o
grau de antropização com a distribuição desta espécie. No entanto, parece confirmar que
é uma espécie bastante tolerante aos níveis de degradação ambiental por ter sido
encontrada tanto em ambientes com pouco impacto humano até os mais poluídos. Por
outro lado, L. lanemeloi, L. pusillus e L. submontandoni somente foram encontrados em
ambientes lóticos com pouca correnteza e sem impacto humano, da mesma forma que
Cryphocricos e Placomerus. Ainda, dentro da família, o encontro de Ambrysus
attenuatus, em locais lóticos com pouco impacto humano, vem confirmar os dados de
Montandon (1897) como localidade provável para a espécie, desfazendo-se assim a
suposição de De Carlo (1950) de que seria Villa Rica no Paraguay.
Entre os Belostomatidae, verificou-se o encontro de Belostoma anurum, B.
oxyurum e B. plebejum em locais altamente impactados enquanto B. testaceopallidum
somente em locais sem muita alteração causada pela atividade humana e com águas
ainda oligotróficas. Ressalta-se que o registro de Belostoma cummingsi para o
município de Mariana amplia a distribuição da espécie ao norte da América do Sul. Na
família Nepidae, poucos exemplares de Ranatra foram coletados sendo que R. chagasi
foi coletada exclusivamente em ambientes lóticos com alto grau de poluição, R. lanei
em ambientes lênticos e pouco degradados, enquanto R. montei somente em um
94
pequeno córrego de 2a. ordem sem impacto humano. O encontro de exemplares de
Curicta volxemi associados a exemplares de C. longimanus em um dos ambientes
lênticos ainda bem preservados, permitiu o estudo de ambas e as diferenças encontradas
sugerem a validade de C. longimanus apesar de a mesma ter sido colocada em
sinonímia por Keffer (1996). De fato, os exemplares se encaixam respectivamente na
descrição original das espécies.
De interesse regional, vale registrar a ampliação da distribuição geográfica para
Lipogomphus lacuniferus sendo o segundo registro definitivo para Minas Gerais e
primeiro para Mariana.
Entre os Gerromopha, Gerridae foi a família encontrada em ambos os tipos de
ambientes amostrados (lênticos e lóticos). Algumas espécies (Cylindrosthetus palmaris,
Rheumatobates crassifemur) foram observadas à superfície de riachos com correnteza e
em locais sem presença de macrófitas enquanto outras (Brachymetra furva, Limnogonus
spp.) sempre associadas a macrófitas e com menor fluxo de água. Da mesma forma,
entre os Veliidae, Rhagovelia spp. associadas a maior correnteza enquanto Microvelia,
Mesovelia e Paravelia associadas a remansos e macrófitas, principalmente dos
ambientes lóticos.
Apesar de ter sido registrado um grande número de heterópteros aquáticos para a
região de Mariana, estudos mais aprofundados são necessários para uma completa
análise biogeográfica como também análises da associação com outros
macroinvertebrados ocorrentes na região, como os moluscos hospedeiros do
S. mansoni.
96
O presente estudo permite concluir:
• Ocorre Biomphalaria glabrata no município de Mariana
• Seis distritos do município de Mariana apresentam Biomphalaria glabrata positivos
para Schistosoma mansoni.
• Os moluscos Physa marmorata, Lymnaea columella, Melanoides tuberculatus,
Drepanotrema anatinum e Drepanotrema lucidum ocorrem no município de Mariana.
• Os descendentes de Biomphalaria glabrata encontrados no município de Mariana são
suscetíveis à cepa LE de Schistosoma mansoni.
• Os moluscos apresentam-se infectados por larvas de cauda simples e cauda bifurcada.
• Cercárias do tipo estrigeocercária, ocelífera, equinóstoma, xifidiocercária e
gimnocéfala são caracterizadas para o município de Mariana.
• Pelo menos 64 espécies de heterópteros aquáticos ocorrem no município de Mariana.
• Limnocoris maculiceps é a espécie que apresenta ampla distribuição no município de
Mariana.
98
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VEITENHEIMER-MENDES, I. L. Cercárias em Biomphalaria tenagophila (Orbigny,
1835) (Mollusca, Planorbidae) de Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série
Zoologia, v. 60, p. 3-12, 1981.
VEITENHEIMER-MENDES, I. L. Cercárias em moluscos planorbídeos de Camaquã,
Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v. 42, p. 545-551, 1982.
VEITENHEIMER-MENDES, I. L.; ALMEIDA-CAON, J. E. M. Drepanotrema
kermatoides (D’Orbigny, 1835) (Mollusca, Planorbidae), hospedeiro de um
paranfistomídeo (Trematoda), no Rio Grande do Sul, Brasil. Memórias do Instituto
Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 84, p. 107-111, 1989.
VIANNA, G. J. C.; MELO, A. L. Distribution patterns of aquatic and semi aquatic
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WILSON. R. A.; DRASKAU. T.; MILLER. P.; LAWSON. R. J. Schistosoma mansoni:
The activity and development of the schistosomulum during migration from the skin to
118
Tabela 12: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de
Pedras.
Localização: Pedras Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 13:30h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 592m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Antiga Caixa d’água S 20o 17’ 6.1’’ 23K 0689362 W 043o 11’ 12.1’’ UTM 7755929 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente
Moderada X
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia
Cimento/ canalizado X
Total de pontos: 24
119
Figura 17: Subdistrito de Pedras. Reservatório (caixa d’água desativada) onde foram
encontrados Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
120
Tabela 13: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de
Paracatu de Baixo.
Localização: Paracatu de Baixo Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 15:15h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 553m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego dentro do distrito S 20o 18’ 13.9’’ 23K 0684866 W 043o 13’ 46.3’’ UTM 7753891 pH da água: 6,0 Pontuação
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 24
121
Figura 18: Subdistrito de Paracatu de Baixo. Córrego onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
122
Tabela 14: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de Santa
Rita Durão.
Localização: Santa Rita Durão Data da coleta: 8/7/2003 Hora da coleta: 14:25h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 826m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) (Tanque de lavar roupa) S 20o 10’ 42.9’’ 23K 0665810 W 043o 24’ 47.7’’ UTM 7767954 pH da água: 7,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial
Total
Ausente X
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho X
Lama/ areia
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 26
123
Figura 19: Distrito de Santa Rita Durão. Reservatório (tanque de lavar roupa) onde
foram encontrados Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
124
Tabela 15: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na Lagoa Preta em
Mariana (sede do município).
Localização: Lagoa Preta Data da coleta: 3/6/2003 Hora da coleta: 14:15h Tempo (situação do dia): céu azul sem nuvens Altitude: 791m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( x ) Cachoeira ( ) Próximo ao Córrego do Canela S 20o 20’ 37.3’’ 23K 0662785 W 043o 26’ 26.0’’ UTM 7749716 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio)
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 28
125
Figura 20: Mariana (sede do município). Lagoa onde foram encontrados Biomphalaria
glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
126
Tabela 16: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de
Águas Claras (Minério).
Localização: Águas Claras (Minério) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 14:05h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 562m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( x ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Ribeirão Águas Claras S 20o 15’ 8.2’’ 23K 0684508 W 043o 14’ 0.7’’ UTM 7759608 pH da água: 5,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial
Total
Ausente X
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 24
127
Figura 21: Subdistrito de Águas Claras (Minério). Rio onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
128
Tabela 17: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de
Águas Claras (Ponte).
Localização: Águas Claras (ponte dentro do distrito) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 15:00h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 560m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( x ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Ribeirão Águas Claras S 20o 15’ 12.2’’ 23K 0685862 W 043o 13’ 14.0’’ UTM 7759472 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente
Moderado X
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho X
Lama/ areia
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 26
129
Figura 22: Subdistrito de Águas Claras (Ponte). Rio onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
130
Tabela 18: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de
Cláudio Manuel.
Localização: Cláudio Manuel (Cachoeira do Jaci) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 11:45h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 563m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( x ) Córrego do Trigo S 20o 12’ 50.3’’ 23K 0688569 W 043o 11’ 42.4’’ UTM 7763805 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente X
Turva
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 30
131
Figura 23: Distrito de Cláudio Manuel. Cachoeira onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
132
Tabela 19: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de
Cana do Reino 1.
Localização: Cana do Reino 1 Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 11:00h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 561m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego Cana do Reino S 20o 14’ 31.5’’ 23K 0687845 W 043o 12’ 6.2’’ UTM 7760700 pH da água: 5,5 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X
Residencial/ Comercial/ Industrial
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente
Moderada X
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 28
133
Figura 24: Localidade de Cana do Reino 1. Córrego onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
134
Tabela 20: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de
Cana do Reino 2.
Localização: Cana do Reino 2 (Brejo) Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 11:35h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 591m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Próximo ao córrego Cana do Reino S 20o 14’ 28.8’’ 23K 0687824 W 043o 12’ 6.9’’ UTM 7760785 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente X
Moderada
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial
Total X
Ausente
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 28
135
Figura 25: Localidade de Cana do Reino 2. Brejo onde foram encontrados Biomphalaria
glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
136
Tabela 21: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de
Cafundão.
Localização: Cafundão (córrego que deságua no Rio Brumado) Data da coleta: 10/6/2003 Hora da coleta: 10:15h Tempo (situação do dia): céu azul com nuvens Altitude: 601m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego Laranjeiras S 20o 24’ 21.6’’ 23K 0678923 W 043o 17’ 7.1’’ UTM 7742649 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa
Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada
Acentuada X
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial
Total
Ausente X
5- Odor da água
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente X
Turva
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum X
Esgoto (ovo podre)
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 24
137
Figura 26: Localidade de Cafundão. Córrego onde foram encontrados Biomphalaria
glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
138
Tabela 22: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de
Cachoeira do Brumado.
Localização: Cachoeira do Brumado (canal dentro do distrito) Data da coleta: 21/7/2003 Hora da coleta: 12:15h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 674m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego que deságua no Ribeirão do Carmo S 20o 24’ 03.3’’ 23K 0680581 W 043o 16’ 10.1’’ UTM 7743194 pH da água: 5,5 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente
Moderada X
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente
Moderado X
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 20
139
Figura 27: Distrito de Cachoeira do Brumado. Córrego onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
140
Tabela 23: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de
Bento Rodrigues.
Localização: Bento Rodrigues (chegada) Data da coleta: 04/8/2003 Hora da coleta: 12:25h Tempo (situação do dia): céu azul com nuvens Altitude: 692m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego do Fraga S 20o 14’ 18.7’’ 23K 0665089 W 043o 25’ 10.4’’ UTM 7761327 pH da água: 6,0 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente X
Moderada
Abundante
7- Transparência da água
Transparente X
Turva
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente X
Moderado
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho X
Lama/ areia
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 28
141
Figura 28: Subdistrito de Bento Rodrigues. Córrego onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
142
Tabela 24: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de
Monsenhor Horta.
Localização: Monsenhor Horta (agência dos correios) Data da coleta: 15/9/2003 Hora da coleta: 10:20h Tempo (situação do dia): céu nublado Altitude: 643m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Braço do córrego da Ressaca S 20o 20’ 43.2’’ 23K 0678380 W 043o 17’ 28.2’’ UTM 7749371 pH da água: 5,5 Parâmetros
Pontuação
4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)
Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento
Residencial/ Comercial/ Industrial X
2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito
Ausente
Moderada X
Acentuada
3- Alterações antrópicas
Ausentes
Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X
Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).
4- Cobertura vegetal no leito
Parcial X
Total
Ausente
5- Odor da água
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
6- Oleosidade da água
Ausente
Moderada X
Abundante
7- Transparência da água
Transparente
Turva X
Opaca ou colorida
8- Odor do sedimento (fundo)
Nenhum
Esgoto (ovo podre) X
Óleo/ Industrial
9- Oleosidade do fundo
Ausente
Moderado X
Abundante
10- Tipo de fundo
Pedras/ cascalho
Lama/ areia X
Cimento/ canalizado
Total de pontos: 20
143
Figura 29: Distrito de Monsenhor Horta. Córrego onde foram encontrados
Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.
145
Tabela 25: Pontos de coleta no distrito de Bandeirantes. Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Bandeirantes
Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 22’ 02.8’’ W 043o 22’ 30.8’’
23K 0669580 UTM 7747012
2
S 20o 21’ 06.6’’ W 043o 21’ 12.3’’
23K 0671874 UTM 7748717
3
S 20o 21’ 07.5’’ W 043o 21’ 13.6’’
23K 0671836 UTM 7748690
4
S 20o 21’ 06.6’’ W 043o 21’ 50.8’’
23K 0670757 UTM 7748728
5
S 20o 21’ 15.9’’ W 043o 21’ 49.7’’
23K 0670786 UTM 7748442
6
S 20o 21’ 09.0’’ W 043o 21’ 56.1’’
23K 0670603 UTM 7748656
7
S 20o 21’ 19.3’’ W 043o 22’ 04.7’’
23K 0670350 UTM 7748342
8
S 20o 21’ 26.3’’ W 043o 22’ 8.7’’
23K 0670231 UTM 7748129
9
S 20o 21’ 28.5’’ W 043o 22’ 12.1’’
23K 0670134 UTM 7748060
10
S 20o 21’ 29.6’’ W 043o 24’ 23.4’’
23K 0666324 UTM 7748063
146
Tabela 26: Pontos de coleta no distrito de Cachoeira do Brumado. Coordenadas
geodésicas e plano altimétricas.
Cachoeira do Brumado Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 25’ 27.3’’ W 043o 16’ 56.9’’
23K 0679195 UTM 7740622
2
S 20o 24’ 21.6’’ W 043o 17’ 7.1’’
23K 0678923 UTM 7742649
3
S 20o 24’ 24.8’’ W 043o 16’ 50.9’’
23K 0679390 UTM 7742543
4
S 20o 24’ 24.8’’ W 043o 16’ 50.9’’
23K 0679390 UTM 7742543
5
S 20o 24’ 18.9’’ W 043o 16’ 39.1’’
23K 0679734 UTM 7742721
6
S 20o 24’ 20.6’’ W 043o 16’ 34.7’’
23K 0679862 UTM 7742669
7
S 20o 24’ 24.9’’ W 043o 16’ 31.1’’
23K 0679964 UTM 7742536
8
S 20o 24’ 7.2’’ W 043o 16’ 39.3’’
23K 0679732 UTM 7743082
9
S 20o 23’ 39.9’’ W 043o 16’ 14.7’’
23K 0680453 UTM 7743912
10
S 20o 26’ 25.8’’ W 043o 14’ 16.5’’
23K 0683827 UTM 7738776
11
S 20o 26’ 6.4’’ W 043o 14’ 26.8’’
23K 0683534 UTM 7739376
12
S 20o 26’ 6.6’’ W 043o 14’ 27.3’’
23K 0683521 UTM 7739369
13
S 20o 22’ 57.3’’ W 043o 14’ 40.0’’
23K 0683213 UTM 7745194
14
S 20o 25’ 49.9’’ W 043o 12’ 1.2’’
23K 0687761 UTM 7739835
15
S 20o 24’ 17.6’’ W 043o 16’ 34.5’’
23K 0679869 UTM 7742761
16
S 20o 24’ 0.7’’ W 043o 16’ 32.0’’
23K 0679946 UTM 7743279
17
S 20o 24’ 03.3’’ W 043o 16’ 10.1’’
23K 0680581 UTM 7743194
18
S 20o 24’ 30.4’’ W 043o 18’ 7.1’’
23K 0677180 UTM 7742396
19
S 20o 25’ 2.9’’ W 043o 17’ 35.08’’
23K 0678098 UTM 7741385
20
S 20o 23’ 16.9’’ W 043o 15’ 42.9’’
23K 0681385 UTM 7744610
21
S 20o 23’ 15.7’’ W 043o 15’ 50.4’’
23K 0681167 UTM 7744651
22 S 20o 24’ 9.1’’ W 043o 16’ 39.4’’
23K 0679730 UTM 7743024
147
Tabela 27: Pontos de coleta no distrito de Camargos. Coordenadas geodésicas e plano
altimétricas.
Camargos Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 17’ 55.7’’ W 043o 19’ 19.6’’
23K 0675201 UTM 7754553
2
S 20o 15’ 55.5’’ W 043o 17’ 50.2’’
23K 0677833 UTM 7758223
3
S 20o 15’ 18.2’’ W 043o 21’ 25.2’’
23K 0671606 UTM 7759434
4
S 20o 15’ 27.0’’ W 043o 21’ 37.0’’
23K 0671260 UTM 7759167
5
S 20o 16’ 10.9’’ W 043o 24’ 15.6’’
23K 0666646 UTM 7757859
6
S 20o 15’ 59.4’’ W 043o 24’ 22.2’’
23K 0666458 UTM 7758218
7
S 20o 15’ 29.8’’ W 043o 22’ 33.2’’
23K 0669630 UTM 7759097
8
S 20o 15’ 29.1’’ W 043o 21’ 34.1’’
23K 0671345 UTM 7759102
9
S 20o 15’ 22.5’’ W 043o 21’ 26.2’’
23K 0671576 UTM 7759302
10
S 20o 16’ 25.5’’ W 043o 23’ 59.9’’
23K 0667097 UTM 7757409
148
Tabela 28: Pontos de coleta no distrito de Cláudio Manuel. Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Cláudio Manuel Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 15’ 24.4’’ W 043o 10’ 19.3’’
23K 0690929 UTM 7759041
2
S 20o 16’ 4.47’’ W 043o 10’ 14.9’’
23K 0691042 UTM 7757807
3
S 20o 16’ 1.7’’ W 043o 11’ 53.2’’
23K 0688190 UTM 7757923
4
S 20o 12’ 50.3’’ W 043o 11’ 42.4’’
23K 0688569 UTM 7763805
5
S 20o 12’ 34.7’’ W 043o 11’ 54.7’’
23K 0688217 UTM 7764290
6
S 20o 15’ 8.2’’ W 043o 14’ 0.7’’
23K 0684508 UTM 7759608
7
S 20o 15’ 12.2’’ W 043o 13’ 14.0’’
23K 0685862 UTM 7759472
8
S 20o 12’ 42.1’’ W 043o 15’ 3.5’’
23K 0682734 UTM 7764120
9
S 20o 13’ 0.4’’ W 043o 14’ 54.5’’
23K 0682988 UTM 7763553
10
S 20o 14’ 31.5’’ W 043o 12’ 6.2’’
23K 0687845 UTM 7760700
11
S 20o 14’ 28.8’’ W 043o 12’ 6.9’’
23K 0687824 UTM 7760785
12
S 20o 12’ 11.5’’ W 043o 12’ 17.4’’
23K 0687566 UTM 7765010
13
S 20o 15’ 51.5’’ W 043o 12’ 01.3’’
23K 0687960 UTM 7758240
149
Tabela 29: Pontos de coleta no distrito de Furquim. Coordenadas geodésicas e plano
altimétricas.
Furquim Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1
S 20o 26’ 33.2’’ W 043o 8’ 35.2’’
23K 0693717 UTM 7738439
2
S 20o 26’ 18.8’’ W 043o 8’ 34.3’’
23K 0693749 UTM 7738881
3
S 20o 26’ 26.1’’ W 043o 8’ 37.0’’
23K 0693666 UTM 7738657
4
S 20o 23’ 07.0’’ W 043o 10’ 55.4’’
23K 0689724 UTM 7744826
5
S 20o 22’ 59.2’’ W 043o 12’ 7.7’’
23K 0687631 UTM 7745088
6
S 20o 20’ 46.9’’ W 043o 9’ 34.1’’
23K 0692129 UTM 7749106
7
S 20o 20’ 26.4’’ W 043o 9’ 14.3’’
23K 0692709 UTM 7749731
8
S 20o 19’ 54.4’’ W 043o 9’ 49.0’’
23K 0691716 UTM 7750726
9
S 20o 19’ 53.4’’ W 043o 10’ 25.5’’
23K 0690657 UTM 7750771
10
S 20o 19’ 47.5’’ W 043o 10’ 18.4’’
23K 0690865 UTM 7750949
11
S 20o 20’ 50.9’’ W 043o 12’ 7.1’’
23K 0687692 UTM 7749034
12
S 20o 21’ 54.6’’ W 043o 13’ 8.7’’
23K 0685884 UTM 7747095
13
S 20o 22’ 3.8’’ W 043o 13’ 12.9’’
23K 0685758 UTM 7746812
14
S 20o 21’ 25.3’’ W 043o 12’ 24.9’’
23K 0687164 UTM 7747983
15
S 20o 17’ 6.1’’ W 043o 11’ 12.1’’
23K 0689362 UTM 7755929
16
S 20o 17’ 15.6’’ W 043o 11’ 43.6’’
23K 0688446 UTM 7755648
17
S 20o 22’ 49.4’’ W 043o 13’ 13.2’’
23K 0685733 UTM 7745412
18
S 20o 19’ 28.4’’ W 043o 10’ 27.8’’
23K 0690599 UTM 7751540
19
S 20o 20’ 47.9’’ W 043o 12’ 25.7’’
23K 0687153 UTM 7749133
20
S 20o 18’ 14.3’’ W 043o 12’ 03.4’’
23K 0687851 UTM 7753849
21
S 20o 18’ 21.5’’ W 043o 12’ 03.8’’
23K 0687837 UTM 7753628
22
S 20o 18’ 00.6’’ W 043o 12’ 03.7’’
23K 0687847 UTM 7754271
150
Tabela 30: Pontos de coleta no distrito de Monsenhor Horta. Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Monsenhor Horta Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1
S 20o 21’ 26.7’’ W 043o 15’ 6.1’’
23K 0682488 UTM 7747989
2
S 20o 18’ 13.9’’ W 043o 13’ 46.3’’
23K 0684866 UTM 7753891
3
S 20o 18’ 19.0’’ W 043o 13’ 13.8’’
23K 0685805 UTM 7753726
4
S 20o 18’ 21.5’’ W 043o 13’ 33.5’’
23K 0685233 UTM 7753656
5
S 20o 18’ 22.1’’ W 043o 14’ 26.9’’
23K 0683684 UTM 7753653
6
S 20o 18’ 29.6’’ W 043o 14’ 29.6’’
23K 0683603 UTM 7753423
7
S 20o 17’ 46.1’’ W 043o 13’ 58.9’’
23K 0684508 UTM 7754751
8
S 20o 17’ 50.8’’ W 043o 13’ 57.5’’
23K 0684548 UTM 7754608
9
S 20o 18’ 14.1’’ W 043o 14’ 49.7’’
23K 0683026 UTM 7753907
10
S 20o 20’ 47.8’’ W 043o 17’ 32.2’’
23K 0678262 UTM 7749230
11
S 20o 20’ 46.6’’ W 043o 17’ 31.6’’
23K 0678282 UTM 7749266
12
S 20o 21’ 16.7’’ W 043o 17’ 21.1’’
23K 0678574 UTM 7748338
13
S 20o 21’ 10.9’’ W 043o 17’ 26.7’’
23K 0678415 UTM 7748516
14
S 20o 20’ 44.9’’ W 043o 17’ 49.3’’
23K 0677767 UTM 7749322
15
S 20o 20’ 46.3’’ W 043o 18’ 14.5’’
23K 0677037 UTM 7749289
16
S 20o 18’ 22.6’’ W 043o 13’ 46.0’’
23K 0684872 UTM 7753626
17
S 20o 20’ 43.2’’ W 043o 17’ 28.2’’
23K 0678380 UTM 7749371
18
S 20o 20’ 52.4’’ W 043o 17’ 58.4’’
23K 0677501 UTM 7749096
19
S 20o 18’ 23.1’’ W 043o 13’ 50.4’’
23K 0684743 UTM 7753611
20
S 20o 16’ 48.3’’ W 043o 15’ 46.0’’
23K 0681421 UTM 7756563
21
S 20o 19’ 13.4’’ W 043o 18’ 28.7’’
23K 0676654 UTM 7752150
151
Tabela 31: Pontos de coleta no distrito de Padre Viegas. Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Padre Viegas Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1
S 20o 31’ 55.1’’ W 043o 22’ 30.4’’
23K 0669423 UTM 7728801
2
S 20o 32’ 10.1’’ W 043o 22’ 17.1’’
23K 0669795 UTM 7728336
3
S 20o 31’ 58.7’’ W 043o 22’ 25.9’’
23K 0669538 UTM 7728677
4
S 20o 30’ 25.3’’ W 043o 23’ 3.4’’
23K 0668494 UTM 7731578
5
S 20o 30’ 13.1’’ W 043o 24’ 29.9’’
23K 0665977 UTM 7731972
6
S 20o 29’ 37.3’’ W 043o 24’ 50.4’’
23K 0665409 UTM 7733085
7
S 20o 28’ 27.5’’ W 043o 25’ 26.3’’
23K 0664378 UTM 7735232
8
S 20o 20’ 1.9’’ W 043o 19’ 15.5’’
23K 0675126 UTM 7734064
9
S 20o 28’ 22.1’’ W 043o 17’ 29.9’’
23K 0678211 UTM 7735262
10
S 20o 28’ 51.7’’ W 043o 20’ 9.1’’
23K 0673565 UTM 7734387
11
S 20o 26’ 40.4’’ W 043o 18’ 27.7’’
23K 0676533 UTM 7738417
12
S 20o 26’ 30.4’’ W 043o 18’ 9.1’’
23K 0677087 UTM 7738718
13
S 20o 26’ 50.8’’ W 043o 17’ 15.2’’
23 K 0678646 UTM 7738056
14
S 20o 23’ 33.7’’ W 043o 20’ 55.4’’
23K 0672330 UTM 7744180
15
S 20o 23’ 27.6’’ W 043o 20’ 55.3’’
23K 0672332 UTM 7744364
16
S 20o 26’ 23.1’’ W 043o 18’ 09.0’’
23K 0677089 UTM 7738931
17
S 20o 23’ 23.1’’ W 043o 22’ 09.0’’
23K 0670188 UTM 7744536
18
S 20o 23’ 36.9’’ W 043o 21’ 4.5’’
23K 0672054 UTM 7744092
19
S 20o 23’ 41.2’’ W 043o 21’ 13.9’’
23K 0671780 UTM 7743963
20
S 20o 32’ 30.7’’ W 043o 22’ 46.0’’
23K 0668948 UTM 7727709
21
S 20o 26’ 58.2’’ W 043o 20’ 27.3’’
23K 0673069 UTM 7737892
22
S 20o 26’ 53.5’’ W 043o 20’ 29.1’’
23K 0673020 UTM 7738036
23
S 20o 26’ 52.3’’ W 043o 20’ 27.7’’
23K 0673061 UTM 7738075
24
S 20o 25’ 2.8’’ W 043o 18’ 34.6’’
23K 0676374 UTM 7741407
25
S 20o 25’ 6.6’’ W 043o 18’ 42.6’’
23K 0676140 UTM 7741291
152
Tabela 32: Pontos de coleta no distrito de Passagem de Mariana. Coordenadas
geodésicas e plano altimétricas.
Passagem de Mariana
Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 24’ 44.7’’ W 043o 26’ 32.9’’
23K 0662510 UTM 7742092
2
S 20o 23’ 49.8’’ W 043o 26’ 46.4’’
23K 0662149 UTM 7743787
3
S 20o 23’ 47.2’’ W 043o 26’ 45.1’’
23K 0662179 UTM 7743879
4
S 20o 23’ 57.2’’ W 043o 26’ 49.3’’
23K 0662051 UTM 7743567
Tabela 33: Pontos de coleta no distrito de Santa Rita Durão. Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Santa Rita Durão
Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1 S 20o 14’ 18.9’’ W 043o 24’ 46.5’’
23K 0665781 UTM 7761313
2
S 20o 14’ 2.6’’ W 043o 25’ 32.3’’
23K 0664459 UTM 7761829
3
S 20o 11’ 39.2’’ W 043o 24’ 54.9’’
23K 0665586 UTM 7766227
4
S 20o 11’ 27.3’’ W 043o 24’ 44.7’’
23K 0665886 UTM 7766591
5
S 20o 10’ 42.9’’ W 043o 24’ 47.7’’
23K 0665810 UTM 7767954
6
S 20o 10’ 35.3’’ W 043o 25’ 17.4’’
23K 0664952 UTM 7768198
7
S 20o 14’ 18.7’’ W 043o 25’ 10.4’’
23K 0665089 UTM 7761327
8
S 20o 10’ 50.5’’ W 043o 24’ 50.6’’
23K 0665725 UTM 7767724
9
S 20o 09’ 15.8’’ W 043o 25’ 58.8’’
23K 0663772 UTM 7770654
10
S 20o 16’ 37.9’’ W 043o 28’ 01.9’’
23K 0660072 UTM 7754094
153
Tabela 34: Pontos de coleta em Mariana (sede do município). Coordenadas geodésicas e
plano altimétricas.
Mariana
Pontos de coleta
Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas
1
S 20o 20’ 37.3’’ W 043o 26’ 26.0’’
23K 0662785 UTM 7749716
2
S 20o 20’ 45.8’’ W 043o 26’ 15.1’’
23K 0663101 UTM 7749436
3
S 20o 21’ 5.6’’ W 043o 25’ 41.9’’
23K 0664053 UTM 7748812
4
S 20o 21’ 10.4’’ W 043o 25’ 27.1’’
23K 0664486 UTM 7748685
5
S 20o 21’ 37.7’’ W 043o 25’ 4.3’’
23K 0665145 UTM 7747817
6
S 20o 20’ 56.7’’ W 043o 26’ 27.5’’
23K 0662735 UTM 7749110
7
S 20o 20’ 55.2’’ W 043o 26’ 26.2’’
23K 0662774 UTM 7749157
8
S 20o 22’ 30.2’’ W 043o 25’ 07.2’’
23K 0665037 UTM 7746213
9
S 20o 22’ 49.0’’ W 043o 24’ 54.8’’
23K 0665391 UTM 7745632
10
S 20o 22’ 36.7’’ W 043o 24’ 35.1’’
23K 0665966 UTM 7746004
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