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    LETICYA APARECIDA DE LIMA

    PROJETO DE INTERVENAO: AO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FTIMA DO SUL COM ENFOQUE

    NO ALCOOL E TABACO.

    _______________________________________________________________

    CAMPO GRADE 2011

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    LETICYA APARECIDA DE LIMA

    PROJETO DE INTERVENAO: AO ANTI-DROGA NO MUNICIPIO DE FTIMA DO SUL COM ENFOQUE

    NO ALCOOL E TABACO.

    Projeto de Interveno: Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Especializao em Ateno Bsica e Sade da Famlia, como requisito para obteno do ttulo de Especialista em Sade pblica. Orientadora Enf. Dda rika Kaneta

    _______________________________________________________________

    CAMPO GRANDE 2011

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    Resumo

    Introduo: Historicamente, a questo do uso abusivo e/ou dependncia de drogas tem sido abordada por uma tica predominantemente psiquitrica ou mdica. As implicaes sociais, psicolgicas, econmicas e polticas so evidentes, e devem ser consideradas na compreenso global do problema. Cabe ainda destacar que o tema vem sendo associado criminalidade e prticas anti-sociais e oferta de tratamentos inspirados em modelos de excluso/separao dos usurios do convvio social. A percepo distorcida da realidade que o uso de drogas promove a disseminao de uma cultura de combate a substncias que so inertes por natureza, fazendo com que o indivduo e o seu meio de convvio fiquem aparentemente relegados a um plano menos importante. Objetivo Geral: Realizar ao Anti-Droga no municpio de Ftima do Sul. Objetivo Especfico: Capacitar equipe para identificar e captar precocemente os adolescentes e familiares que se encontram nessa situao de vulnerabilidade; Instrumentalizar a equipe de sade para realizao de rodas de conversas sobre drogas e discutir e traar metas para ao da equipe. Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na unidade de sade; Promover educao para sade destacando os principais pontos na assistncia dos adolescentes; Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de interveno em prol do combate as drogas; Promover a participao dos adolescentes e familiares em uma conversa informal nos bairros e associaes. Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de conversas e conscientizao dos mesmos.Metodologia: Trata-se de um projeto de interveno com uma ao Anti-Drogas no Municpio de Ftima do Sul com a participao de todos os Profissionais de Sade da rede Municipal, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso indiscriminado de Drogas Licitas e Ilcitas pelos adolescentes de 10 a 19 anos. Resultados e Discusses: O Projeto iniciou com uma entrevista com o Delegado da Policia Civil na primeira semana do ms de junho de 2011, em seguida foram capacitados 150 funcionrios da ateno bsica, sendo entre eles 28 Agente Comunitrio de Sade, cinco enfermeiros, seis mdicos, cinco dentistas e 106 funcionrios em geral sobre a temtica das Drogas. Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realizao deste projeto de interveno e o pice do projeto foi a realizao da Semana Municipal Anti-Drogas que aconteceu nos dias 08 a 12 de agosto envolvendo 1500 Alunos no Impacto anti-drogas do quinto ano do fundamental ao terceiro do ensino mdio, alm dos alunos do EJA (Educao de Jovens e Adultos). Finalizando a Semana Anti-drogas realizamos uma BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade. Concluses: Com essa ao percebeu - se a necessidade de Implantar e Implementar o Plano Municipal de Sade Anti-Drogas e de promover aes de preveno de maneira continuada. Manter e ampliar a parceria da Secretaria Municipal de Sade com os grupos de apoio e buscar o tratamento e acompanhamento dos casos mais graves que necessitam de reabilitao seja pelo uso de drogas licitas ou Ilcitas .

    Palavras chaves: Drogas, Ao e Sade.

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    SUMRIO

    INTRODUO.............................................................................................................. 05 OBJETIVOS ...................................................................................................................12

    Objetivo Geral..............................................................................................................12 Objetvo Especifico.......................................................................................................12

    JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 13 METODOLOGIA........................................................................................................... 14

    Projeto de Interveno.................................................................................................14 Consideraes tica.....................................................................................................14 Local do projeto de Interveno..................................................................................14

    RESULTADOS E DISCUSSO.....................................................................................17 CONSIDERAES FINAIS..........................................................................................37 REFERENCIAS..............................................................................................................38

    Anexo Termo de autorizao de uso de imagem e depoimentos ..........................39

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    INTRODUO

    Historicamente, a questo do uso abusivo e/ou dependncia de lcool e outras drogas tem sido abordada por uma tica predominantemente psiquitrica ou mdica. As implicaes sociais, psicolgicas, econmicas e polticas so evidentes, e devem ser consideradas na compreenso global do problema. Cabe ainda destacar que o tema vem sendo associado criminalidade e prticas anti-sociais e oferta de tratamentos inspirados em modelos de excluso/separao dos usurios do convvio social. (BRASIL,2003)

    De acordo com Brasil, 2010 estima-se oficialmente pela Organizao Mundial de Sade OMS que cerda de 1 bilho e 200 milhes de fumantes no mundo, aproximadamente um tero da populao com 15 anos ou mais, sendo considerado um absurdo pela fato desse ndice ser muito alto na fase da adolescncia.

    Constatamos assim que, neste vcuo de propostas e de estabelecimento de uma clara poltica de sade por parte do Ministrio da Sade, constituram-se alternativas de ateno de carter total, fechado e tendo como principal objetivo a ser alcanado a abstinncia. Devemos ter em mente que enquanto cerca de um quarto da populao adulta fuma, os outros trs quarto, que no fumam, dedicam parte de seu tempo criticando os usurios de cigarro. Fumar considerado um vicio para algumas pessoas e uma questo de direito de escolha e liberdade para outras. (BRASIL, 2010)

    A percepo distorcida da realidade do uso de lcool e outras drogas promove a disseminao de uma cultura de combate a substncias que so inertes por natureza, fazendo com que o indivduo e o seu meio de convvio fiquem aparentemente relegados a um plano menos importante. Isto por vezes confirmado pela multiplicidade de propostas e abordagens preventivas / teraputicas consideravelmente ineficazes, por vezes reforadoras da prpria situao de uso abusivo e/ou dependncias. (BRASIL, 2003)

    A humanidade possui inmeros registro histricos evidenciados o uso de drogas no cotidiano. Na antiguidade, as drogas j eram utilizadas e cerimnias e rituais para obter prazer, diverso e experincias msticas (transcendncias). Os indgenas utilizavam as bebidas fermentadas lcool em rituais sagrados e/ou em festividades sociais. Os egpcios usavam o vinho e a cerveja para o tratamento de uma serie de doenas, como meio para amenizar a dor e como abortivo. Os gregos e romanos usavam o lcool em festividades sociais e religiosas. Ainda hoje, o vinho utilizado em

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    cerimnias catlicas e protestantes, bem como no judasmo, no candombl e em outras prticas espirituais (BUCHER, 1991).

    Os estudos sobre as grandes dependncias humanas, como o tabagismo e o alcoolismo, vm polarizando a ateno mdica h algumas dcadas. A verificao de que muitas vezes os dependentes utilizam drogas associadamente foi demonstrada pela primeira vez, em 1972, quando Walton chamou a ateno para as altas cifras de tabagismo encontrada entre pacientes hospitalizados. A partir da vrios estudos confirmaram a associao e correlao positiva entre tabagismo e alcoolismo (CHAIEB, 1998).

    Na segunda dcada do sculo XX observou-se que o nmero de casos de cncer de pulmo vinha aumentando em todo mundo. Entretanto, somente na dcada de 1950, estudos mostraram pela primeira vez que o aparecimento do cncer de pulmo estava intimamente relacionado ao hbito tabagstica. (SENAD, 2010).

    De acordo com a prpria Organizao Mundial de Sade (OMS, 2001), cerca de 10% das populaes dos centros urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente substncias psicoativas independentemente da idade, sexo, nvel de instruo e poder aquisitivo. A despeito do uso de substncias psicoativas de carter ilcito, e considerando qualquer faixa etria, o uso indevido de lcool e tabaco tem a maior prevalncia global, trazendo tambm as mais graves conseqncias para a sade pblica mundial.

    Confirmando tais afirmaes, estudo conduzido pela Universidade de Harvard e instituies colaboradoras (SANDIN, 2010) sobre a carga global de doenas trouxe a estimativa de que o lcool seria responsvel por cerca de 1,5% de todas as mortes no mundo, bem como sobre 2,5% do total de anos vividos ajustados para incapacidade. Ainda segundo o mesmo estudo, esta carga inclui transtornos fsicos (cirrose heptica, miocardiopatia alcolica, etc) e leses decorrentes de acidentes (industriais e automobilsticos, por exemplo) influenciados pelo uso indevido de lcool, o qual cresce de forma preocupante em pases em desenvolvimento. (BRASIL, 2003)

    De acordo com o Censo IBGE 2000, o Brasil possui 169.590.693 habitantes, 5.507 Municpios, sendo que 88,58% destes possuem populao na faixa de 2.000 a 50.000 habitantes. As regies metropolitanas concentram 40,04% da populao e os 15 municpios mais populosos do pas concentram 21,36% da populao. Em relao ao uso de drogas psicotrpicas no Brasil realizada em (2001) mostrou que 107 cidades do pais, com populao na faixa etria entre 12 a 65 anos ambos os sexos, apontou que 68,7% delas j haviam feito o uso do lcool alguma vez na vida. Alem disso, estimou-se

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    que 11,2% da populao brasileira apresentavam dependncias desta substancias, o que correspondia a 5.283.000 pessoas (SENAD, 2010).

    Da populao pesquisada em 2005, 22,8% j fizeram uso na vida de drogas, exceto tabaco e lcool, correspondendo a 10.746.991 pessoas. Em 2001 os achados foram, respectivamente, 19,4% e 9.109.000 pessoas. Os levantamentos domiciliares realizados em 2001 e 2005 pela Secretria Nacional de Polticas sobre Drogas (SENAD), em parcerias com Centro Brasileiro de Informao sobre Drogas (CEBRID), mostram a evoluo do consumo das drogas mais usadas. As pesquisas envolveram entrevistados das 108 cidades com mais de 200 mil habitantes do Brasil.

    Drogas 2001 2005

    LCOOL 68,7 74,6 TABACO 41,1 44,0

    MACONHA 6,9 8,8

    SOLVENTES 5,8 6,1

    OREXGENOS 4,3 4,1 BENZODIAZEPNICOS 3,3 5,6 COCANA 2,3 2,9 XAROPES (codena) 2.0 1,9 ESTIMULANTES 1,5 3,2 QUADRO I Representa as drogas mais usadas em % de uso na vida. (Fonte: SENAD, CEBRID e GREA FMUSP, 2010).

    Conforme o quadro I, mostra que a maioria da populao pesquisada do ano de 2001 a 2005, faz uso de algum tipo de substancias licita, como lcool, tabaco e medicamentos com finalidades diferentes (aliviar a dor; baixar a ansiedade; reduzir a sensao de cansao, de depresso; obter prazer; entre outras). Com isso observamos que, embora a sociedade apresente diferenas culturais em relao utilizao e s finalidades do lcool e outras drogas, estas substancias apresentam algumas funes presentes em todos os lugares: elas oferecem a possibilidade de alterar as percepes, o humor e as sensaes (BUCHER, 1991)

    Conforme projeo populacional realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o estado de Mato Grosso do Sul totaliza 2.360.498 habitantes, distribudos em 78 municpios, desses, apenas 23 possuem populao superior a 20 mil habitantes. O territrio do Mato Grosso do Sul composto por

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    grandes propriedades rurais e enormes vazios populacionais, refletindo diretamente na baixa densidade demogrfica, que atualmente de aproximadamente 6,6 hab./km2.

    O Municpio de Ftima do Sul onde o projeto de interveno foi implantado possui uma rea de 315 Km (0,09% do Estado), distante a 232 km da capital, localizado no centro Sul do estado a uma altitude mdia e 353m. tendo dentro dos seus limites os distritos de Culturama e Novo Planalto. Com uma populao estimada em 19.333 habitantes segundo IBGE, 2010. As atividades econmicas que predominam no municpio so: comrcio e agricultura e atividade turstica: llha do Sol e o Centro de Eventos Beira Rio.

    Ftima do Sul possui 3 escolas estaduais, 1 municipal e 2 particulares, sendo que no distrito de Culturama possui 1 escola municipal e 1 escola estadual, assim totalizando 4702 estudantes no total. Em relao faixa etria da populao adolescente. Conforme se observa no quadro II o municpio de Ftima do Sul totaliza um total de 3137 adolescentes tanto do sexo feminino quanto masculino, sendo que devemos foca nesta faixa etria e conscientizar sobre as drogas e a conseqncia na sua vida. (DATASUS, 2011)

    Faixa Etria Detalhada Populao Residente Feminina

    Populao

    Residente Masculina

    Total

    10 anos 145 148 293

    11 anos 138 147 285

    12 anos 135 138 273

    13 anos 158 175 333

    14 anos 178 150 328

    15 anos 157 193 350

    16 anos 152 177 329

    17 anos 172 168 340

    18 anos 149 158 307

    19 anos 164 135 299

    TOTAL 3137 Quadro 2 Faixa etria detalhada da populao feminina e masculina dos adolescentes de

    Ftima do Sul (Fonte: DATASUS 2011)

    O uso de drogas na adolescncia uma questo que preocupa cada vez mais os pesquisadores e profissionais da sade e educao. As pesquisas epidemiolgicas

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    mostram que o uso e abuso de drogas aumenta em ritmo acelerado e que na adolescncia que, em geral, inicia-se o consumo. Ao mesmo tempo, observa-se que o tema das drogas freqente na mdia (RIBEIRO, 1998).

    O habito de fumar promovido como um exerccio de autonomia, de liberdade e como um smbolo de desafio s normas vigentes. Por essa razo, a adolescncia e a juventude so as faixas etrias mais suscetveis influencia, tanto dos amigos como da publicidade, para experimentar e usar cigarros. (BRASIL, 2010). No municpio de Ftima do Sul, o programa Anti-tabaco tem uma procura maior de pessoas na faixa etria de 19 a 50 anos, mais j conseguimos tratar 5 jovens na faixa de 15 a 19 anos que com sucesso conseguiram larga desse vicio.

    Temos que ter em mente que a adolescncia e a vida adulta jovem caracterizam-se por mudanas fsicas, psquicas e sociais. Nessa fase h uma predisposio ao desenvolvimento de alguns transtornos psicopatolgicos como a depresso, ansiedade e alguns comportamentos de risco sade como uso de drogas e lcool. (JANSEN, 2011).

    O Brasil conta com mais de 51 milhes de jovens na faixa etria dos 10 aos 24 anos de idade. Enfrentar o desafio de promover o desenvolvimento saudvel da juventude requer a elaborao de polticas capazes de prover a ateno sade em todos os nveis de complexidade e a participao de todos os setores da sociedade. (BRASIL, 2003)

    Ainda Brasil (2003) descreve que o uso de drogas, inclusive lcool e tabaco, tem relao direta e indireta com uma srie de agravos sade dos adolescentes e jovens, entre os quais destacam-se os acidentes de trnsito, as agresses, depresses clnicas e distrbios de conduta, ao lado de comportamento de risco no mbito sexual e a transmisso do HIV pelo uso de drogas injetveis e de outros problemas de sade decorrentes dos componentes da substncia ingerida, e das vias de administrao.

    Ao observar que as drogas hoje est afetando os jovens podemos tentar possveis projetos de preveno, como a construo do plano municipal de sade como meio de interveno no combate ao lcool e o tabaco que cada vez mais afeta os adolescentes. Alguns fatores de risco ou de proteo podem contribuir para o uso de drogas. Estes fatores no so determinantes, apenas aumentam ou diminuem, em diferentes intensidade, a probabilidade de o individuo vir ou no a fazer o uso de droga. No quadro 3 mostra alguns desses fatores de risco e de proteo para o uso de lcool e outras drogas no domnio comunitrio (SENAD, 2010).

    Fatores de risco Fatores de Proteo

    Falta de oportunidades socioeconmicas Existncia de oportunidades de estudo,

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    para a construo de um projeto de vida trabalho, lazer e insero social que possibilitam ao individuo concretizar seu projeto de vida

    Fcil acesso s drogas licita e ilcitas Controle efetivo do comercio de drogas legais e ilegais

    Permissividade em relao a algumas drogas

    Reconhecimento e valorizao, por parte

    da comunidade, de normas e leis que regulam o uso de drogas

    Inexistncia de incentivos para que o jovem se envolva em servios comunitrios

    Incentivos ao envolvimento dos jovens em servios comunitrios

    Negligencia no cumprimento de normas e leis que regulam o uso de drogas

    Realizao de campanhas e aes que ajudem o cumprimento das normas e leis que regulam o uso de drogas.

    Quadro 3 Descrio dos fatores de risco e de proteo, segundo o domnio comunitrio (Fonte: A Preveno do Uso de Drogas e Terapia Comunitria, SENAD, 2006).

    Conforme podemos observar no quadro 3, a preveno voltada para o uso abusivo e/ou dependncia de lcool e outras drogas pode ser definida como um processo de planejamento, implantao e implementao de mltiplas estratgias voltadas para a reduo dos fatores de vulnerabilidade e risco especficos, e fortalecimento dos fatores de proteo. Implica necessariamente em insero comunitria das prticas propostas, com a colaborao de todos os segmentos sociais disponveis, buscando atuar, dentro de suas competncias, para facilitar processos que levem reduo da iniciao no consumo, do aumento deste em freqncia e intensidade, e das conseqncias do uso em padres de maior acometimento global. Para tanto, a lgica da reduo de danos deve ser considerada como estratgica ao planejamento de propostas e aes preventivas (BRASIL, 2003)

    Segundo Brasil, (2003) sugere que o planejamento de aes preventivas e relativas ao uso de lcool e drogas deve obrigatoriamente considerar a mudana de relao na proporo de ocorrncia entre buscar minimizar a influencia de fatores de risco sobre a vulnerabilidade dos indivduos para tal uso; paralelamente, tambm deve considerar o reforo dos fatores de proteo. Neste ponto, fundamental perceber a importncia da educao em sade como estratgia fundamental para a preveno.

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    O Relatrio Mundial da Sade - Sade Mental: Nova Concepo, Nova Esperana (OMS, 2001) traz dez recomendaes bsicas para aes na rea de sade mental / lcool e drogas. So elas: 1. Promover assistncia em nvel de cuidados primrios 2. Disponibilizar medicamentos de uso essencial em sade mental 3. Promover cuidados comunitrios 4. Educar a populao 5. Envolver comunidades, famlias e usurios 6. Estabelecer polticas, programas e legislao especfica 7. Desenvolver recursos humanos

    8. Atuar de forma integrada com outros setores 9. Monitorizar a sade mental da comunidade 10. Apoiar mais pesquisas

    Com essas medidas de preveno citada acima observamos a importncia de realizar esse projeto de interveno e a construo do plano municipal anti-drogas, para vencer essa indignao de ver tantos adolescentes entrando nesse mundo das drogas que to cruel e que leva a morte. Essa indignao tem dois motivos, o primeiro causado pelo fato de ver esses adolescentes fazendo uso dessas substancias licitas como lcool, cigarro e medicao controlada conforme uma bala, chiclete e com simples pensamento que poder fazer mal um dia e que essas drogas no matam.

    Outra indignao que por mais que tenha lei que proba menores de idade a comprar essas drogas o aumento hoje em dia de adolescentes que fumam e bebem descontroladamente muito grande. Nesse sentido, o presente estudo objetiva: Realizar ao Anti-Droga no municpio de Ftima do Sul, com a participao de todos os funcionrios da rede de sade, comunidade e grupos com intuito de combater essas drogas.

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    OBJETIVOS

    Objetivo Geral:

    Realizar ao Anti-Droga no municpio de Ftima do Sul.

    Objetivos Especficos: Capacitar equipe para identificar e captar precocemente os adolescentes e

    familiares que se encontram nesses vcios: lcool e tabaco;

    Instrumentalizar a equipe de sade para realizao de rodas de conversas sobre drogas e discutir e traar metas para ao da equipe.

    Melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento aos adolescentes na unidade de sade;

    Promover educao para sade destacando os principais pontos na assistncia dos adolescentes;

    Envolver os adolescentes das escolas para fazerem parte desse plano de interveno em prol do combate as drogas;

    Promover a participao dos adolescentes e familiares em uma conversa informal nos bairros e associaes.

    Reduzir o numero de adolescente dependente de drogas, com rodas de conversas e conscientizao dos mesmos.

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    JUSTIFICATIVA

    lcool e Tabaco, por serem drogas lcitas, tm envolvido rapidamente um contingente maior de pessoas no vicio. Alm da problemtica do vicio em si torna-se impossvel ignorar os resultados decorrentes do uso indiscriminado destas drogas que afetam a sade do individuo (usurio) e seus familiares, amigos e a sociedade como um todo. O reflexo de uma populao dependente de lcool e tabaco resulta no aumento de acidentes e violncia bem como eleva o ndice de doenas relacionadas e resultantes destes vcios.

    Desde o "inocente" copo de cerveja, muitas vezes, em reunies familiares, at o contato com drogas mais pesadas, o caminho pode no ser longo. Como impedir que esse quadro se torne mais e mais dramtico? A preveno um caminho seguro. Uma educao especfica sobre o assunto se faz imprescindvel nas escolas; preciso conscientizar jovens e adolescentes, pais e educadores, enfim, unirmos a comunidade, para discutirmos o assunto com coragem, deciso e esprito reflexivo.

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    METODOLOGIA

    Projeto de interveno Atividade constituda para definir um problema identificado, transformando uma

    idia em ao, definir a analise e seguir passos e assim tentar solucion-lo. Assim, aps o levantamento do problema, o projeto de interveno indicado

    para realizao de ao Anti-Droga com a participao de todas as unidades de sade e seus funcionrios, a fim de conscientizar, aproximar, prevenir e combater o uso indiscriminado do lcool e tabaco nos adolescentes de 10 a 19 anos.

    Consideraes ticas Os funcionrios, adolescentes e familiares que participaram do projeto, foram

    esclarecidos de que se tratava de um projeto de interveno e que no receberiam nenhuma forma de pagamento pela participao neste projeto e que deveriam assinar o termo de cesso de uso de imagem (anexo 1), para eventual exposio do trabalho.

    Local do projeto de Interveno O projeto foi realizado primeiramente em todas as unidades bsicas de sade de

    Ftima do Sul e distrito de Culturama (ESF O Pioneiro; ESF Vila Educacional; ESF Culturama; ESF Jardim Tatiane e UBS Central e Brasilndia)

    1 Passo: Entrevista com o Delegado da Policia Civil Messias Furtado de Souza, para levantamento de dados e saber como est e identificar a situao do municpio em relao s drogas.

    2 Passo: Capacitao da equipe sobre o que droga licita e ilcitas e como podem estar enfrentando esse problema na unidade de sade e sociedade.

    3 Passo: Reunio em todas as ESF do Municpio de Ftima do Sul, sendo convidado essa equipes atravs de Comunicao Interna conforme (anexo 2), sendo as seguintes datas:

    22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas

    27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas

    28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas

    29/06/2011 ESF Central s 15h00min horas.

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    Essas reunies com as equipes cumpriram o objetivo de capacitao e construo do quadro de aes (anexo 3) para que cada Estratgia da Sade da Famlia possa est atuando na sua unidade de sade e comunidade.

    4 Passo: Capacitao para os Agentes Comunitrio de Sade ACS na Secretria de Sade de Ftima do Sul, localizada na Avenida 9 de julho n 2216, sobre quais aes os mesmos podem realizar na comunidade e como podem estar ajudando essas famlias no enfrentamento ao lcool e ao tabaco, alem da aula expositiva e construo de quadro de novas aes que podero ser realizadas atravs dos ACS (anexo 4), teve a participao do grupo Teatral Talento Batista, onde os mesmo realizaram uma apresentao sobre Quando a vida se apaga!.

    5 Passo: Realizas parcerias com o COMAD Conselho Municipal Anti-Droga

    e Grupo Vida Livre no qual foi realizada palestra expositiva sobre o que o lcool e o tabaco podem causar na vida. O grupo Vida Livre direcionado para pessoas que cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e ilcitas, para atender no apenas o usurio, mais tambm sua famlia e populao em geral interessada na temtica. Nesse grupo contamos com a participao do Pastor Luciano Daniel Knzel Gazola que atualmente coordenador do grupo Vida Livres, dos demais conselheiros do COMAD, profissionais da rea da sade e segurana pblica do municpio alm de outros voluntrios que possam contribuir na discusso e reflexo da temtica das drogas. Participamos tambm no grupo Anti-Tabaco que acontece na Secretria de Sade de Ftima do Sul, localizada a Avenida 9 de Julho, n 2259 para eventual conscientizao do mau causado pelo vicio do tabaco e a importncia de estarem participando dessas reunies que acontecem toda quinta-feira as 18:00 horas com a participao de enfermeiras, nutricionistas, psiclogas e farmacutica.

    6 Passo: Realizao da Semana Municipal Anti-Droga que aconteceu nos dias 8 a 12 de agosto, com a participao de escolas Estaduais e Municipais, Conselho Municipal Anti-Droga, grupo Vida Livre, Promotoria, Cmara de Vereadores, Policias militares e grupo anti-tabaco. Foi realizada uma abertura oficial na Tera-Feira atravs da Cmara municipal de Vereadores com a colaborao do Vereador Conselheiro do COMAD Alberto Alburqueque (Bebeto). Nos horrios de aula foram realizadas palestras, dinmica e teatro de conscientizao e sensibilizao sobre os malefcios das drogas licitas e ilcitas. Finalizando a semana anti-droga com a mobilizao de profissionais de sade, COMAD e policiais militares no dia 12 sexta-feira, com uma blitz educativa na avenida 9 de julho com todos os participantes e alunos.

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    7 Passo: analise dos resultados alcanados pelo projeto de interveno: impactos anti-droga.

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    RESULTADO E DISCUSO

    O projeto iniciou com a realizao de uma entrevista com o Delegado da Policia Civil Messias Furtado de Souza na primeira semana do ms de junho de 2011. Na oportunidade o delegado informou que tem aumentado muito o numero de ocorrncias relacionada ao uso de drogas licitas e ilcitas, com o relao ao lcool as ocorrncias de acidentes, apreenso de motoristas embriagados e violncia domestica vem aumentando muito, j as apreenses de cigarros contrabandeados do Paraguai a sua equipe est fiscalizando e realizando blitz para no deixar entrar no municpio.

    Os casos de acidentes por ingesto de bebidas alcolica que ocorre no Municpio so na maioria notificados quando chegam at o hospital e encaminhados a Secretria de Sade para ser encaminhados a nvel de estado.

    O quadro abaixo mostra o numero de bitos por acidentes de transito, quedas e outras causas externas ocorrido nos anos 2008, 2009 e 2010 no municpio, estado, regio e Brasil

    2008 2009 2010

    N bitos N bitos N bitos Municpio 4 6 3

    Estado 219 230 148

    Regio 1.050 1.068 678

    Brasil 12.942 13.122 8.762

    (Fonte: Sala de situao DATASUS, 2011)

    Atravs disso penso que os danos, leses, traumas e mortes, causada por acidentes e violncias, corresponde a altos custos emocionais e sociais e com aparatos de segurana publica, alem disso a violncia provoca srios prejuzos econmicos por cauda dos dias de ausncia do trabalho, pelos danos fsicos, mentais e emocionais incalculveis para as vitimas, suas famlias e para sociedade. J para o sistema de sade afetam o aumento de gastos com emergncias, assistncia e reabilitao muito mais custo do que a maioria dos procedimentos mdicos convencionais.

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    A capacitao das equipes sobre a temtica das drogas foi realizada com a colaborao do Enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, coordenador da Sade Mental do Municpio no ms de junho em duas oficinas realizada no Centro de Convivncia do Idoso Viver Feliz. Nestes momentos foram abordados temas como: Conhecendo as drogas licitas e ilcitas; Conhecendo os comportamentos dos usurios; Tcnicas de abordagem e enfrentamento no combate as drogas e apoio as famlias envolvidas.

    Aps a capacitao realizamos reunies nas unidades de sade de Ftima do Sul para elaborao de quadros de aes a serem desenvolvidas pelas equipes durante as atividades rotineiras do servios de sade. As reunies foram realizadas (foto 1 e 2) no seguintes cronograma:

    22/06/2011 ESF Culturama as 15h00min horas

    27/06/2011 ESF Vila Educacional as 10h00min horas

    28/06/2011 ESF O Pioneiro as 15h00min horas

    29/06/2011 ESF Central s 15h00min horas.

    Foto 1 ESF Vila Educacional, reunio para elaborao do plano de ao com a participao de todos os funcionrios.

    Foto 2 Fotos da equipe que participou da elaborao do plano de ao na ESF Vila Educacional

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    A construo dos quadros de metas na unidade a principio visou contemplar atividades j realizadas com enfoque na temtica das drogas. Por exemplo: a ESF Vila Educacional cumpriu uma meta das aes proposta na reunio pela equipe realizando roda de conversas com os participantes do grupo HIPERDIA entregado panfleto de conscientizao sobre o Poder da escolha. A populao aprovou a medida, pois at ento nas reunies de HIPERDIA apenas se tratava de temas relacionados hipertenso e diabetes, observaram que o aumento das drogas tem preocupado a comunidade e declararam que de suma importncia os profissionais de sade estar alertando pais e mes quanto preveno e locais disponveis para a apoiarem as famlias.

    Para os 28 Agentes Comunitrio de Sade ACS a capacitao na Secretria de Sade de Ftima do Sul, foi realizada no dia 01 de julho, (foto 3 e 4) na qual foram definidas as aes inerentes a estes profissionais. Os mesmos demonstraram grande preocupao com a populao usuria de drogas seja elas licitas ou ilcitas, relataram que o numero de bares e bocas de fumos de suas reas tem crescido consideravelmente nesses ltimos anos e que a pesar de terem conhecimento quanto a ilegalidade do trafico e do comercio de lcool e tabaco para menores ficam impossibilitados de realizarem denuncias por medo de perseguies ou at mesmo perderem o acesso as famlias envolvidas.

    Foto (3 e 4) Capacitao dos Agentes Comunitrio na Secretria Municipal e elaborao do plano de ao.

    Ficou claro que as aes dos ACS devem estar restritas a preveno e apoio as famlias dos usurios, apontando os meios de tratamento e acompanhamento, seja a atravs de encaminhamento para internaes, grupos anti-tabaco, grupo Vida Livre, CAPS e outros conforme a necessidade de cada caso. Os ACS reclamaram da fila de espera para tratamento no grupo anti-tabaco e nas vagas para internaes e tratamentos fora do municpio. Para melhor esclarecer ests duvidas e tramites da central de

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    regulao a tcnica ngela Vasconcelos, (foto 5) fez uma breve explanao de como funciona as solicitao de vagas, informou que para tratamento de lcool e drogas no existe fila de espera, no entanto poucos procura o tal tratamento. Em relao ao grupo anti-tabaco que acontece na secretria de Sade de Ftima do Sul todas as quintas-feiras a fila de espera encontra-se realmente extensa em comparao com o tratamento de lcool e outras drogas, devido a muita procura dos fumantes que possui inteno de pararem com o vicio.

    Foto 5 Participao da Tcnica da Central de Regulao ngela Vasconcelos (de branco na foto), onde fez uma pequena explanao sobre como funciona a solicitao de vagas para tratamento de lcool e outras drogas

    Acreditamos que o vicio do tabaco mais fcil de ser assumido, percebemos que a busca de tratamento de lcool e drogas ilcitas se da apenas quando j est grave e necessita de medidas de tratamentos extremas. No quadro de aes dos ACS (foto 6) foram definidas a participao dos mesmos nas atividades de preveno promovidas pela secretaria de sade, o aconselhamento das famlias e encaminhamentos a grupo de ajuda.

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    Foto 6 Criao do quadro de Aes dos ACS, sobre o uso de tabaco e lcool. Para finalizar teve a participao do grupo Teatral Talento Batista,(foto 7) onde

    os mesmo realizaram uma apresentao sobre o tema: Quando a vida se apaga!, que retratou a realidade de uma famlia abalada pelo envolvimento de uma adolescente no mundo das drogas (foto 8 e 9). O teatro abordou o relacionamento familiar, a influencia das amizades (foto 10 e 11), o vicio das drogas (foto 12 e 13), os danos a sade fsica e psicolgica, a violncia e a morte de uma maneira simples e bem prxima a realidade vivenciada (foto 14, 15 e 16). Os ACS foram sensibilizados todos pela apresentao e explicaram que encontraram no teatro algumas das suas famlias acompanhadas.

    Foto 7 Grupo teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, na Secretria de Sade, finalizando a capacitao dos ACS

    Foto 8 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas.

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    Foto 9 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas.

    Foto 10 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o relacionamento familiar, discusso me e filha.

    Foto 11 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que afeta o relacionamento familiar, pai tentando conversar com a filha.

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    Foto 12 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento que o vicio afeta toda a estrutura familiar e psicolgica.

    Foto 13 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento das amizades erradas.

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    Foto 14 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violncia e morte.

    Foto 15 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violncia e morte.

    Foto 16 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga, adolescente que entra no mundo das drogas, momento violncia e morte.

    Os grupos de apoio tiveram um papel importante na realizao deste projeto de interveno o COMAD Conselho Municipal Anti-Droga e Grupo Vida Livre foram realizadas palestra expositiva sobre o que o lcool e o tabaco estavam causando na vida dessas pessoas e na dos seus familiares. Sendo que o grupo Vida Livre direcionado para pessoas que cometem ato ilegal por motivo ou resultante do uso de drogas licitas e ilcitas, para atender no apenas o usurio, mais tambm sua famlia e populao em geral interessada na temtica, penso que conseguimos alcanar os objetivos pois a conscientizao das pessoas que participaram deste grupo foi proveitosa.

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    Em relao parceria com o grupo Anti-Tabaco foi feito um acompanhamento com um grupo de conscientizao do mal causado pelo vicio do tabaco e a importncia de estarem participando dessas reunies, sendo que cada reunio era entregue um convite lembrando da importncia do retorno as reunies. Nesse grupo foram chamados para participar 15 pessoas sendo que somente 5 concluram o tratamento e pararam de fuma. Os outros 10 foram convidados a participar de um grupo especial com o auxilio da psicloga pra um tratamento mais detalhado, desses 10 pacientes apenas trs esto participando do grupo.

    Projeto de Interveno: Combate ao Fumo

    Lembrete: Prximo Encontro: 27/07/11 s

    18:00 horas na Secretria de

    Sade ao Lado da Rodoviria.

    Convite entregue a cada participante do grupo anti-tabagismo que participaram das quatro reunies.

    O pice do projeto foi a realizao da Semana Municipal Anti-Droga que aconteceu nos dias 08 a 12 de agosto que envolveu quatro escolas Estaduais e duas municipais (Foto 17, 17 A, 17 B e 17 C; 18 e 18 A, 19 e 19 A, 20 e 20 A, 21 e 21 A, 22 e 22 A). Nesta programao contamos com o apoio e parceria do Conselho Municipal Anti-Droga, Grupo Vida Livre, Promotoria, Cmara de Vereadores, Policias Militares e Grupo Anti-tabaco. Confio que as parcerias firmadas so de suma importncia e contriburam muito para que grande parte dos objetivos deste projeto fossem alcanados.

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    Foto 17 e 17 A Alunos da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama no Perodo Matutino

    Foto 17 B e 17 C Alunos da Escola Estadual Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama no perodo Vespertino.

    Foto 18 e 18 A Alunos da Escola Municipal O Pioneiro no Distrito de Culturama no perodo vespertino

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    Foto 19 e 19 A Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no perodo noturno.

    Foto 20 e 20 A Alunos da Escola Estadual Senador Filinto Muller no perodo matutino

    Foto 21 e 21 A Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no perodo Matutino

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    Foto 22 e 22 A Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no perodo noturno.

    Foto 23 e 23 A Alunos da Escola Estadual Vicente Pallotti no perodo Vespertino

    Foto 24 e 24 A Alunos da Escola Estadual Vila Brasil no perodo matutino.

    Na Tera-Feira, 09 de agosto, o Vereador e conselheiro do COMAD Alberto Albuquerque (Bebeto), conselheiro membro do COMAD, representante do poder

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    legislativo neste rgo, foi o canal para realizar a abertura oficial atravs da Cmara Municipal de Vereadores durante a sesso ordinria (foto 25). Os vereadores de Ftima do Sul tem se preocupado com a problemtica das drogas e vrios fizeram uso da palavra apoiando a campanha de preveno. Vale ressaltar ainda que a sesso da Cmara de Vereadores transmitida ao vivo na rdio Guaicurus AM de Ftima do Sul e neste dia a populao em geral teve acesso aos debates do legislativo.

    Foto 25 Vereador Alberto Albuquerque (Bebeto), representante do COMAD Nos trs perodos de aulas, matutino, vespertino e noturno (foto 26, 27, e 28), a

    equipe do impacto esteve realizando palestras, dinmicas e teatro de conscientizao e sensibilizao sobre os malefcios das droga licitas e ilcitas nas escolas. Os 1500 Alunos atingidos pelo Impacto anti-drogas foram os do quinto ano do fundamental ao terceiro mdio, alm dos alunos contemplados pelo EJA (Educao de Jovens e Adultos).

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    Foto 26 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga nas escolas no perodo matutino.

    Foto 27 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga nas escolas no perodo vespertino

    Foto 28 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga nas escolas no perodo noturno.

    O COMAD, o Conselho Tutelar e outros e a Secretaria Municipal de Sade atravs do apoio com outros profissionais e os recursos foram parceiros na execuo das atividades do impacto em geral. O enfermeiro Rodrigo Miguel Vilas Boas, antigo Coordenador da Sade Mental do municpio e a enfermeira Gabriela Costa Schowantz de Souza atual Coordenadora do Programa auxiliaram em todas as atividades da Semana Municipal Anti-Drogas e nas Capacitaes. (Fotos 29 e 30)

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    Foto 29 Atual Coordenadora da Sade Mental realizando sua contribuio sobre drogas psicotrpicas nas escolas.

    Foto 30 Ex -Coordenadora da Sade Mental realizando sua contribuio sobre as drogas nas escolas.

    Essa etapa do Impacto foi muito gratificante, pois a equipe percebeu o envolvimento dos alunos durante as dinmicas e as perguntas ao termino das palestras (Foto 31 e 32). At mesmo drogas que no estavam contempladas pelo projeto foram questionadas e muitos adolescentes, jovens e at mesmo professores se sentiram a vontade de compartilhar suas histrias e solicitar ajuda (Foto 33).

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    Foto 31 Participao dos alunos nas dinmicas

    Foto 32 Participao dos alunos com perguntas sobre os temas explanado.

    Foto 33 Participao da diretora da Escola Jonas Belarmindo no Distrito de Culturama.

    O Teatro Apresentado para os ACS tambm foi levado s escolas e foi um importante instrumento de sensibilizao para os adolescentes e jovens. Foi legal perceber o quanto o teatro quebrou barreiras para a discusso dos assuntos. Acredito que

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    por se tratar de uma linha direta de Adolescentes para Adolescentes, utilizando uma linguagem prpria e mais prxima a realidade deles. Sem falar da questo visual que sabemos que fixa bem melhor as idias, valores e conceitos transmitidos (foto 34 e 35)

    Foto 34 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga nas escolas.

    Foto 35 Atores do grupo Teatral da Igreja Batista, representando um teatro sobre Quando a vida se apaga nas escolas.

    No dia 12 Segunda-Feira, finalizando a Semana Anti-droga realizamos uma BLITZ educativa na avenida 9 de julho no centro da cidade (Foto 36, 37 e 38). Nesse momento contamos com a colaborao dos profissionais de Sade das Unidades, ACS, conselheiros do COMAD e Policiais Militares, que estiveram distribuindo panfletos abordando a problemtica dos vcios tanto de Drogas Licitas como Ilcitas (Foto 39 e 40).

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    Foto 36 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos

    Foto 37 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos, com participao dos ACS.

    Foto 38 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilcitas.

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    Foto 39 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilcitas pelos ACS.

    Foto 40 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilcitas, com a participao do 16 Batalho da Policia Militar

    O fechamento do impacto demonstrou que a populao em geral parceira no combate as drogas e que atividades preventivas so muito valorosas, pois servem para apoiar adolescentes e jovens a dizerem no as drogas sejam elas licitas ou ilcitas (Foto 41). Auxilia e instrumentaliza pais, educadores e profissionais de sade para melhor intervir e agir em situaes que envolvam questes relativas s drogas

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    Foto 41 Blitz Educativa na Av. 9 de Julho e entrega de panfletos sobre drogas licitas e ilcitas, com a participao dos Enfermeiros das Unidades bsicas de Sade.

    Diariamente ao termino das atividades realizadas a equipe avaliava os resultados alcanados pelo projeto de interveno e foi gratificante perceber a influencia que este Impacto Anti Drogas surtiu na sociedade em geral. Os alunos comentavam as palestras e os pais nos abordavam e vinham agradecer a iniciativa, j que tem causado muito preocupao a rpida propagao de vcios na nossa juventude.

    Setembro e outubro foram os meses reservados para a anlise dos resultados como um todo. Acredito que a maior parte dos objetivos do impacto anti-droga foram atingidos. A equipe foi capacitada, instrumentalizada e definiu aes para intervir frente a famlias nessa situao de vulnerabilidade, minimizando preconceitos e barreiras para o atendimento de adolescentes nesta situao. Os adolescentes foram envolvidos no impacto e atravs de aes educativas estreitamos os laos e a proximidade com essa parcela da populao que tem resistncia e dificuldade de buscar a ajuda nas unidades de sade, COMAD e Grupo anti-tabaco.

    O penltimo objetivo ainda no foi contemplado totalmente durante este impacto, no entanto foi abraado pelos quadros de aes definidos pelas unidades de sade, esse ponto visava a realizao de uma conversa informal nos bairros e associaes com adolescentes e familiares. Quanto ao ultimo objetivo de reduzir o nmero de adolescentes dependentes de drogas, acredito que seja possvel medir se foi ou no atingido ainda, pois depende de uma pesquisa mais apurada com todos os contemplados por este projeto. Uma coisa certa, muitas pessoas procuraram ajuda logo no local da palestra e aps nos grupos de apoio divulgados durante as palestras.

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    CONSIDERAES FINAIS

    Essa ao demonstrou a grande necessidade de Implantar e Implementar o Plano Municipal de Sade Anti-Drogas e de promover aes de preveno de maneira continuada com estratgias que realmente evitem a adeso aos vcios. Ampliar as aes do grupo Anti-Tabaco, envolvendo mais unidades e Descentralizado o programa, facilitando que mais pessoas possam ser contempladas pelo tratamento.

    Sendo este um Projeto de Interveno acredito que os objetivos alcanados mostram a eficcia do mesmo e aponta para a necessidade de aes subsequentes relacionadas a essa temtica. Este projeto ser encaminhado a Coordenao da Sade Mental da Secretaria Municipal de Sade de Ftima do Sul para que possa ser til para colaborar com futuras atividades desta coordenao.

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    Referencias Bibliogrficas

    BRASIL, Ministrio da Sade. A Poltica do Ministrio da Sade para ateno integral a usurios de lcool e outras drogas/ Ministrio da Sade, Secretria Executiva, Coordenao Nacional de DST e AIDS. Braslia: Ministrio da Sade, 2003

    BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTIVA - IBGE, 2010. Disponvel em: http://www.ibge.gov.br/home/. Acessado em: 20/07/2011. BUCHER, R. Preveno ao uso indevido de drogas. Vol. 1. Braslia: Programa de Educao Continuada. Universidade de Braslia, 1991

    BRASIL. Presidncia da Republica. Secretria Nacional de Polticas sobre Drogas: cartilha sobre tabaco/Secretria Nacional de polticas sobre drogas. Braslia: Previdncia da Republica, Secretria Nacional de Polticas sobre Drogas 2010.

    CHAIEB, Jos A. CASTELLARIN, Cassio. Associao tabagismo-alcoolismo: introduo s grandes dependncias humanas. Rev. Sade Pblica [online]. 1998, vol.32, n.3, pp. 246-254. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89101998000300007 Disponvel em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101998000300007&lang=pt&tlng=pt Acesso em 18/07/2011

    JANSEN, Karen et al. Transtornos mentais comuns e qualidade de vida em jovens: uma amostra populacional de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Sade Pblica [online]. 2011, vol.27, n.3, pp. 440-448. ISSN 0102-311X. doi: 10.1590/S0102-311X2011000300005. Disponvel em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2011000300005&tlng=pt acesso em 18/07/2011

    MINISTRIO DA SADE. DATASUS, 2010. Disponvel em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php. Acessado em: 20/07/2011.

    Organizao Mundial da Sade. Relatrio sobre a Sade no Mundo 2001 Sade Mental: Nova Concepo, Nova Esperana. OMS, Genebra, 2001. Disponvel em: http://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf Acesso em 20/07/2011

    Preveno ao uso indevido de drogas: Capacitao para Conselheiros e Lideranas Comunitrias. 3. Ed. Braslia: Presidncia da Republica. Secretria Nacional de Polticas sobre Drogas SENAD, 2010. 424 p.

    RIBEIRO, T. W. PERGHER, N. K. TOROSSIAN, S. D. Drogas E Adolescncia: Uma Anlise Da Ideologia Presente Na Mdia Escrita Destinada Ao Grande Pblico. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 1998. Disponvel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79721998000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Acesso: 20/07/2011

    SANDIN, G. R. DACORGIO, T. SAKAE, T. M. Estudo comparativo entre tabagistas e no tabagistas em municpio no Sul de Santa Catarina. Recebido da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Tubaro, Rev Bras Clin Med. So Paulo, 2010 set-out;8(5):382- Disponvel em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/003.pdf Acesso em: 19/07/2011.

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    Anexo Termo de autorizao de uso de imagem e depoimentos

    Eu_________________________________,CPF____________, RG________________, depois de conhecer e entender os objetivos, procedimentos metodolgicos, riscos e benefcios da pesquisa, bem como de estar ciente da necessidade do uso de minha imagem e/ou depoimento, especificados no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), AUTORIZO, atravs do presente termo, os pesquisadores Leticya Aparecida de Lima do projeto de pesquisa intitulado Impactos anti-droga no municpio de Ftima do Sul com enfoque no lcool e tabaco a realizar as fotos que se faam necessrias e/ou a colher meu depoimento sem quaisquer nus financeiros a nenhuma das partes. Ao mesmo tempo, libero a utilizao destas fotos (seus respectivos negativos) e/ou depoimentos para fins cientficos e de estudos (livros, artigos, slides e transparncias), em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima especificados, obedecendo ao que est previsto nas Leis que resguardam os direitos das crianas e adolescentes (Estatuto da Criana e do Adolescente ECA, Lei N. 8.069/ 1990), dos idosos (Estatuto do Idoso, Lei N. 10.741/2003) e das pessoas com deficincia (Decreto N 3.298/1999, alterado pelo Decreto N 5.296/2004).

    Ftima do Sul, __ de ______ de 2011

    _____________________________

    Pesquisador responsvel pelo projeto

    _______________________________

    Sujeito da Pesquisa

    _______________________________

    Responsvel Legal (Caso o sujeito seja menor de idade)