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Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 17 – nº 124Distribuição Gratuita

Destaques desta edição:Influência dos Espíritos em NósImigração dos Povos EstrangeirosEsperança dos Céus – Dias Melhores VirãoLivros: Somos Seis; Histórias e Anotações; Caridade; Respostas da Vida

Leôncio CorreiaOs Jovens e o Vício

Perdoar e Viver

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Editorialeditorial

Publicação TrimestralDoutrinária-espírita

Ano 17 – nº 124Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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Conselho EditorialCassiano Ribeiro Nogueira

Reinaldo GimenezRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Tânia Marise LeiteVanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteReinaldo Gimenez

Silvana S.F.X. Gimenez

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ImpressãoPauliceia Gráfica e Editora Ltda.

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(11) 2631-9308CNPJ: 05.497.861/0001-40

Tiragem9.000 exemplares

Distribuição Gratuita

O leitor deve estar se questionando quanto à explicação para a violência humana e todos esses conflitos e abusos que presenciamos e que parecem se alastrar, na visão da Doutrina Espírita.

Falamos num período de transição, da transformação de um mundo de expiação e provas (nosso planeta) para um mundo de regeneração; quando alcançaremos esse futuro? Será que conseguiremos construir esse mundo no passo em que estamos caminhando?

As mudanças costumam ser dolorosas. Se elas existem, pressupõe-se que o modelo atual não está satisfatório. O verbo construir já nos dá parte da resposta às nossas indagações. Depende de nossas ações e atitudes o caminho do futuro, pois, a cada um será dado segundo suas próprias obras, conforme nos ensinou o Mestre, Governador deste planeta, Jesus Cristo.

“Não estamos entregues à fatalidade, nem predeterminados ao sofrimento... Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas”. Não Será em 2012 - Chico Xavier revela a data limite do velho mundo, de autoria de Marlene Nobre e Geraldinho Lemos Neto.

Mudar hábitos, comportamentos e cortar vícios não são tarefas fáceis para quem se acostumou a viver com eles.

Da mesma maneira, comparemos a mudança do nosso planeta, a Terra. Para que isso ocorra, a Humanidade terá que se conscientizar de suas reais responsabilidades com o meio em que vive, e isso, inclui o seu semelhante.

Foquemos a data especial em que se comemora o nascimento do Cristo, exemplo Maior de Amor no planeta Terra. Como será o Natal daqueles que estão fugindo de seu país de origem, deixando suas casas, familiares, cultura e crenças, por necessidade, na tentativa de sobreviver e recomeçar?

Segundo a Doutrina Espírita, sabemos que não há vítimas, somos todos herdeiros de nossos próprios compromissos com o passado e que o resgate desses débitos, será a nossa salvação. O compromisso é de ambos os lados, o dos que sofrem e o daqueles que estão obtendo a oportunidade de auxiliar.

“Preparemo-nos, talvez, para abraçar os filhos de outras terras que virão até o coração de nosso país, buscando a paz desejada, que para eles tem sido tão difícil de ser alcançada.” Chico Xavier, extraído da obra acima citada.

Mudanças são necessárias e, às vezes, para que aconteçam, é preciso abalar as estruturas a fim de que suas bases enrijecidas consigam se sensibilizar. Será que precisamos de um remédio tão amargo para que nossas fibras mais íntimas possam reagir?

Reflitamos. Quem sabe as respostas às nossas indagações comecem a se formar.

Equipe Seareiro

ÍNDICEGrandes Pioneiros: Leôncio Correia - p. 3Aos Jovens: Papo Reto - p. 8Canal Aberto: Alimento Espiritual - p. 8Livro em Foco: Respostas da Vida - p. 9Cantinho do Verso em Prosa: Esperança dos Céus – Dias Melhores Virão - p. 9Kardec em Estudo: Influência dos Espíritos em Nós - p. 10Atualidade: Imigração dos Povos Estrangeiros - p. 12Pegadas de Paulo de Tarso: Novas Excursões de Paulo de Tarso - p. 13Trabalhos da Casa: Há Alguns Anos... - p. 13Tema Livre: Perdoar e Viver - p. 14; Aplicando o Livre-arbítrio - p.14Família: Os Jovens e o Vício - p. 15Aconteceu: Visita dos Estudantes de Gastronomia - p.16; X Semana Fabiano de

Cristo - p. 17Clube do Livro: Somos Seis; Histórias e Anotações; Caridade - p. 18Contos: O Pássaro Sem Cor - p. 19

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Ismael, após todos os seguimentos que tornaram o Brasil independente de Portugal, relata a Jesus a grande conquista alcançada pelos brasileiros, que reencarnaram numa luta de sacrifícios e de ideal, agora realizados.

Jesus, ouvindo a narrativa com detalhes, pede a Ismael que fossem convocados os Espíritos que estavam preparados para dar sequência à obra iniciada. Para Ele, era a hora exata de concentrar as atividades do Brasil, num trabalho profícuo de exemplos e virtudes, tornando-se um país de modelo geral à Humanidade.

Ismael, atento ao pedido do Senhor, perguntou-lhe quais seriam os Espíritos preparados e o Mestre, antes que Ismael terminasse a frase, aditou:

— Por ora, por favor, traga Longínus.Rapidamente, Longínus ali estava. Com todo respeito

cumprimenta o Mestre e Ele, de imediato, diz:— Longínus, entre todas as nações da Terra, o Brasil

está sendo organizado por mim, para ser o coração do mundo. Junto de Ismael, conseguimos evitar que as outras nações, ricas e poderosas, roubassem seu vasto território, dividindo-o em outros territórios, prejudicando a sua origem geográfica, porque esse país representa o órgão do sentimento no planeta. Deverá, pois, pulsar pela paz contínua e pela solidariedade coletiva. Sua evolução contará sempre com a presença dos Espíritos destinados para essa missão. Muitos serão aqueles que estarão no preparo da reencarnação futura, para o êxito dessa grande missão. Você tem seu livre-arbítrio de aceitar a reencarnação presente ou não. Sei dos últimos padecimentos de suas reencarnações passadas, das quais sua evolução lhe dará toda oportunidade de vencer as lutas que lhe serão impostas.

— Pergunto-lhe: Seu coração está apto a cumprir essa grande missão na Pátria do Evangelho?

Longínus sentia as lágrimas correrem pelo seu rosto, entre um misto de alegria e constrangimento. Com um suspiro profundo, respondeu:

— Senhor, tenho procurado elevar meus propósitos de poder sempre servi-Lo. Lutar pela causa das Verdades sublimes envolvendo a Terra, em sua triste posição atual, seria o maior refrigério para o meu coração. O Senhor sabe das dolorosas experiências que passei em reencarnações vividas, onde nunca pude entender o Seu enorme sacrifício e os martírios que Lhe foram impostos até o Calvário. Os erros cometidos pela minha vaidade e prepotência do mando, sufocaram–me a alma. E agora, como não me fazer feliz, por essa incumbência tão preciosa para meu Espírito, em trabalhar, nessa terra farta de esperança, onde o Senhor edifica a árvore grandiosa de Sua Misericórdia? Tudo farei, Jesus, pelos

serviços que me forem confiados. Suas determinações serão para a minha alma, como um sagrado ministério que cumprirei até o fim determinado pelo Senhor.

— Pois bem, falou Jesus, se esta missão for bem desenvolvida por você, será a sua última reencarnação pelo planeta Terra, porque essa tarefa lhe exigirá muitas renúncias e muito devotamento. Você reencarnará, para ser o II Imperador do Brasil. Você cuidará do Brasil, até que a sua maioridade como nação se faça. A riqueza e o poder serão para você, os terríveis momentos, nos quais os espíritos perversos voltarão para ocasionar o seu fracasso. Mas, o amparo Superior se fará presente pelo seu contato com os desvalidos, os fracos, aqueles que estão submetidos às leis despóticas. Você irá recompor tudo isso, quando um novo período trará o progresso moral para o povo das terras do Cruzeiro. A prudência e a fraternidade deverão manter o país em se relacionando com as nacionalidades vizinhas, em busca da paz.

Após toda essa conversação e acertos, Longínus, aceitou com humildade as elucidações de Jesus. Abraçado ao Mestre, rogou o auxílio e as inspirações divinas para que pudesse vencer as tentações e cumprir com rigor o seu retorno ao plano físico. Diante de todo esse preparo, Longínus reencarna para cumprir e lutar pelos interesses da Humanidade. E no dia 02 de dezembro de 1825, pertencendo à família de D.Pedro I e de dona Leopoldina Orleans de Bragança, reencarna D.Pedro II. Toda equipe Espiritual acompanhou o renascimento daquele que viria a ser o grande Imperador do Brasil, o maior lutador de todos, para que a República viesse a acontecer.

Enquanto isso, o preparo de outros Espíritos chegava, para dar continuidade à obra de Jesus.

Findo o século XIX, com muitos atritos provocados no mundo com a Revolução Francesa, os extraordinários acontecimentos surgiram. Nesse transcorrer do tempo, a promessa de Jesus, diante dos ensinamentos cristãos, estava prestes a se concretizar, com o surgimento do Consolador Prometido. O Evangelho do Senhor seria a luz que viria clarear as trevas dos corações endurecidos pelo

poder. O século XX chegando e o Evangelho participando de sua difícil caminhada em reorganizar as energias e conduzir o ser humano, diante de seus atos materiais. Para tanto, Jesus destacou um dos seus discípulos de grande potencial, com a sublime missão de compilar os ensinamentos que viriam a ser revelados e observados, aos estudiosos da nova era cristã. E veio ao mundo, no dia 03 de outubro de 1804, na cidade de Lion ou Lião, na França, Allan Kardec. Mas, os planos do mundo invisível continuariam a dar reforços para a grandiosa obra da codificação.

Allan Kardec teria, no futuro, as reencarnações de outros abnegados no

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Leôncio Correia

D.Pedro II

Allan Kardec

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campo da ciência, filosofia etc. para organizar o trabalho da fé na mente humana. Vêm da Espiritualidade Superior reencarnantes, tais como: João Batista Roustaing; Leon Denis, no campo filosófico, desdobrando-o em conhecimentos sobre ciência e religião; Gabriel Delanne, abrindo caminhos complicados sobre a alma e a matéria, e Camille Flammarion, descortinando as

maravilhas do mundo espiritual e cooperando intensamente para a codificação Kardequiana, após sua certeza com as paisagens do mundo invisível.

As primeiras experiências, no campo espiritual, começaram a dar evidentes sinais de aceitação, na futura Pátria do Evangelho, através das curas. Vários fenômenos começaram a surgir através da mediunidade.

No ano de 1818, no Brasil, um número expressivo de pessoas procurava o tratamento homeopático, o que foi obtido, por manifestação do Alto, pelo médico Frederico Hahnemann, grande especialista nessa matéria. Hahnemann, após lutas árduas, conseguiu, com vagar, obter a aceitação do povo para com essas medicações, desenvolvidas por ele próprio, através de sua mediunidade espontânea. E ele obteve mais êxito entre os enfermos com o uso da homeopatia, por ser de fácil aceitação no organismo humano e sem contraindicações.

José Bonifácio, figura central e organizador fiel dos Imperadores D.Pedro I e D.Pedro II, também foi à procura do médico e amigo, por sentir sua saúde abalada, resultado das grandes preocupações políticas. Aconselhado pelo doutor Hahnemann, sujeitou-se a um longo tratamento homeopático, e, após algum tempo, ficou completamente curado. Esse problema de José Bonifácio repercutiu na Corte, assim como a sua cura, que resultou ao doutor Hahnemann, uma grande clientela.

Muitos outros seguidores da obra do Mestre Jesus foram surgindo para ampliar nessa área da medicina. Ismael não esmorecia na preparação desses vanguardeiros e o próprio doutor Bezerra de Menezes, atendeu a esse chamado. Reencarnou no Estado do Ceará, em Riacho do Sangue, no dia 29 de agosto de 1831. Sua missão seria a de ajudar a redimir os Espíritos endurecidos pela miséria, revoltados com as tristes situações, com sérios problemas de saúde. Bezerra deveria torná-los brandos, pela fé em Jesus e à

Maria Santíssima. Isso fora demonstrado pelos seus exemplos de honestidade e calor humano. Nunca fez da medicina um negócio e sim um grande repositório de humildade e ato de pobreza. Por isso, ficou conhecido como “médico dos pobres”.

Espíritos de enverga-dura continuavam a reen-carnar, sob a organização de equipes preparadas pelo intenso trabalho de

Ismael. Nesses primórdios, muitos médiuns se fizeram presentes, espalhando a Verdade de Jesus.

Dentre essa plêiade de missionários, no dia 01 de setembro de 1865, no Estado do Paraná, mais exatamente em Paranaguá, reencarna Leôncio Correia. Seu campo de ação seria imenso, pois seu arquivo espiritual iria se desenvolver em várias áreas.

Seus pais foram o senhor João Ferreira Correia e dona Carolina Pereira Correia. Veio Leôncio a fazer parte dessa família de grande destaque no Estado do Paraná. No século XVII, o pai de João Ferreira Correia, um português de nome Manoel Francisco Correia, mais conhecido como Correia Velho, era plantador da erva mate, que se espalhou como uma forte bebida, conhecida no sul como chimarrão e muito apreciada pelo Sul do país.

O povo brasileiro seguia os acontecimentos políticos pelos comentários vindos através da Corte, que sentia a pressão das pessoas mais ligadas à libertação dos escravos e à consolidação da República no país.

O crescimento físico de Leôncio Correia se desenvolvia pela inteligência e fácil assimilação do menino pelo seu caráter educado e respeitoso. Porém, quando ele atingiu os seis anos de idade, a família sofreu um terrível abalo. O senhor João Ferreira Correia, pai do menino, veio a desencarnar. Foi ele entregue aos tios, para não ficar órfão de todo. Os tios de Leôncio eram muito conhecidos no campo político, por serem muito apegados a essa área. Mas, quem realmente cuidou de Leôncio até ele alcançar a maioridade, foi o Comendador Ildefonso Pereira Correia, também empresário ervateiro do Estado do Paraná e irmão do Senador Correia, um alto funcionário do Império, com grandes influências na Corte.

Leôncio Correia completou seus estudos no Estado do Paraná. Sempre reservado e muito responsável, chegou a diplomar-se em Direito, porém, não exerceu essa profissão. Preferiu o jornalismo e desempenhou com carinho sua função de professor e poeta. O que mais seduzia Leôncio Correia era a política. Seu espírito reencarnado sentia os reflexos vindos de seu arquivo em trabalhar pela liberdade dos escravos e almejar a República, fazendo parte dos brasileiros unidos por esse ideal, e, ainda jovem, conseguiu ser eleito no Estado do Paraná, deputado estadual.

Leôncio Correia produziu obras notáveis como literato. Seus livros tocavam o coração dos que apreciavam literatura e poesia, tanto que com essa manifestação, dentre os grandes nomes, como Machado de Assis, Olavo Bilac, Paulo Ney e outros escritores, foi ele, indicado para tornar-se membro da Academia Paranaense de Letras e no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

Frederico HahnemannLeon Denis

Gabriel Delanne José Bonifácio de Andrada e Silva

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

A luta no campo político exerceu intensas atividades na vida de Leôncio. Ele ainda não havia despertado para o campo da religiosidade. Sabia que Deus o enviara à Terra para ser útil e não para que seu orgulho fosse o principal fator de sua existência. Mas, enquanto seus ideais não se realizassem, continuaria a escrever poesias e páginas editadas nos periódicos brasileiros,

incentivando os jovens a lutar por um futuro melhor na pátria brasileira.

A tão esperada abolição dos escravos, em 1888 e a Proclamação da República, em 1889, trouxeram um novo sentido à vida de Leôncio. Seu coração pulsava em outro ritmo. Não sabia o que o levava a sentir Deus de uma forma diferente. Para poder sintonizar seu intercâmbio com Jesus, orou. Ao derramar suas lágrimas, em agradecimento ao Pai Criador, pelas conquistas de um Brasil melhor, pareceu-lhe ouvir uma voz, que com desenvoltura de um Ser Superior, envolvia seus pensamentos, transmitindo-lhe uma mensagem:

— Meu filho, as mudanças continuarão a ser desenvolvidas no solo brasileiro, acima de qualquer culto religioso. O Evangelho de Jesus se fará presente sob a égide dos mensageiros divinos.

Mantenha sua fé e procure centralizar agora o ideal cristão, divulgando e amparando com seu potencial humano o caminho da paz, esclarecendo e exemplificando a verdadeira política das bênçãos da fraternidade entre toda a Humanidade.

Leôncio parecia despertar de um sonho. Abrindo a janela de seu quarto, olhando para o céu azul entre nuvens, tomou uma decisão: deixaria sua terra natal e seguiria sua vida no Rio de Janeiro.

Sua mente ainda refletia no que acabara de ouvir. Tinha plena certeza que lá em terras cariocas, encontraria o caminho que o despertara para servir a Jesus.

Naturalmente, a Espiritualidade o inspirava a efetuar essa mudança.

No Rio de Janeiro Leôncio teria mais possibilidades nesse intercâmbio, porque muitos Espíritos designados para trabalhar na difusão do Evangelho, já estavam em grandes atividades, espalhados em grupos particulares, isto é, que se reuniam em lares de companheiros com o mesmo objetivo ou alguns grupos direcionados em Centros Espíritas, embora enfrentando as dificuldades sobre a vida além da morte.

Tomada essa decisão, Leôncio Correia, após fixar residência na cidade carioca, foi ao encontro dos mantenedores do Colégio Pedro II para aceitar o convite que lhe fora feito a algum tempo, para ser o diretor desse colégio. Recebido com alegria pelos dirigentes dessa instituição, de imediato começou o trabalho. Procurou reorganizar o quadro educativo e em pouco tempo conseguiu a admiração e o respeito de professores e alunos. Seu ideal de patriotismo era tão contagiante, que também foi convidado para lecionar na Escola Normal

a matéria sobre a História Universal. Ele não pôde recusar essa oportunidade, pois, esse campo sobre a História Universal era imenso e seus ideais puderam ser discutidos em classe e fora dela. Depois, esse estabeleci-mento de ensino passou a ser conhecido como Instituto de Educação. Leôncio aproveitava o entusiasmo dos estudantes, chamando-os a prestarem atenção na política brasileira. Mencionava o aspecto sobre a liberdade dos escravos e a República, indagando de cada aluno:

— Onde está o esclarecimento dos políticos com as ações realizadas, com os escravos sendo colocados nas ruas, sem terem para onde ir e o governo republicano ocultando tantas verdades e iludindo a todos com falsas promessas?

— Por que, continuava ele, não abrirmos as portas dos estabelecimentos educativos, para as crianças negras fazerem parte do mesmo mundo das crianças brancas?

— Com a República, é claro que nossas esperanças se renovam. Acreditamos que Deus está nos favorecendo, mas para que isso aconteça, precisamos de união e essa união terá que estar presente nos lares e nas escolas. O lar, por ser a fraternidade da família, e na escola, por dar a cada criança ou adolescente a instrução e conhecimento através das letras.

Os estudantes ouviam admirados as ponderações feitas por Leôncio.

Eles nunca tinham pensado sobre esses problemas. Assim, com carinho e sabedoria, Leôncio, sem sentir, colocava o Evangelho de Jesus, que pouco a pouco, começou a fazer parte do ensino escolar naquele tempo. O professor Leôncio ouvia a Espiritualidade através dos seus pensamentos, adiantados pela época. No livro Paulo e Estevão, o iluminado Espírito Emmanuel, pela mediunidade de Chico Xavier, faz a seguinte colocação: “Sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.”

O desejo ardente de Leôncio era de envolver o povo e levá-lo a participar dos conflitos existentes na política para que pudesse atender às necessidades que ainda eram tão precárias. Ele falava aos universitários, que eram mais esclarecidos, sobre a alfabetização nacional. Principalmente, nas zonas rurais, nos quilombos onde muitos dos escravos se escondiam dos feitores, antes da libertação e após esse fato, quantos estavam perdidos, sem trabalho, sem teto.

Muitos passavam a roubar e até a matar em atos de vingança para com aqueles que tanto os maltrataram. Essas sementes estavam lançadas pelas palavras esclarecedoras desse vanguardeiro do “Bem”. Ele ainda não compreendia que a Doutrina Espírita brotava pelos seus ideais em torno do Mestre Jesus.

A parte espiritual de Leôncio tornou-se tão forte em seu íntimo, encontrando as respostas para todas as perguntas nas obras de Kardec, que em 1922, já ativo nas tarefas doutrinárias, aceitou participar do Congresso Espírita no Rio de Janeiro. Depois fez parte do Conselho da Associação Espírita Obreiros do Bem, e foi presidente da Liga Espírita do Brasil, que entre

Adolfo Bezerra de Menezes Ildefonso Pereira Correia

Livro “Paulo e Estevão”FEB

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os anos de 1939 a 1942, passou a ser denominada Liga Espírita do Estado da Guanabara.

No dia 15 de novembro de 1939, a Associação Brasileira de Imprensa, comemorando o cinquentenário da República Brasileira, convidou Leôncio Correia a ocupar a presidência de honra, no 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas Espíritas, o qual sendo aceito por ele, discursou

seriamente pelos fatos políticos decorrentes no país. Profundo conhecedor das necessidades que deixavam o Brasil precário em muitas realidades ocultas para o povo brasileiro, Leôncio lutava como deputado federal eleito pelo Estado do Rio de Janeiro. Com isso, ocupava muitas funções públicas para oferecer aos jovens estudantes melhores esclarecimentos sobre o ensino no Brasil. Foi Diretor Geral da Instrução Pública Municipal, depois assumiu o cargo de Diretor Geral da Imprensa Nacional e do Diário Oficial. Enquanto seu período como Diretor da Instrução Pública determinou a obrigatoriedade nas escolas primárias da comemoração do Dia da Bandeira, data fixada por ele, 19 de novembro.

Leôncio Correia deixava claro o seu respeito para com a Pátria e, para ele, a Bandeira Nacional representava o símbolo do Brasil, por suas cores, retratando a riqueza nacional.

Além de político, seu nome estava ligado a instituições literárias, como Academia Carioca de Letras e Instituto Brasileiro de Cultura.

Entre suas obras publicadas estão: Barão do Serro Azul; A Boemia do Meu Tempo (crônicas); Brasiliada (poema); Evocações (crônicas); Perfis (sonetos); A Verdade Histórica sobre 15 de Novembro; Meu Paraná (crônicas e versos); Frauta de Outono ( poesias); Panóplias (crônicas); Vultos e Fatos do Império e da República (ensaio); Parlendas e Paletras (discursos).

Como espírita, tornou-se um profundo divulgador do Evangelho. Seu trabalho na Liga Espírita era o de consolar aos caídos e desiludidos do mundo físico.

Sua orientação sempre foi a de levar os amargurados pelas dificuldades vividas a buscarem Jesus, através do Amor e da compreensão aos erros cometidos, porque todos somos os errantes à procura da paz. E só o Evangelho, dizia ele em suas pregações, nos dá o equilíbrio e a renovação aos nossos espíritos devedores para com Deus.

Leôncio Correia enfrentava muitas dificuldades e, enquanto ele era presidente da Liga Espírita do Brasil, havia sido declarada a ditadura no país. Tudo era proibido e até mesmo a liberdade religiosa era severamente acompanhada pelos militares. Os diretores ou responsáveis pelas instituições espíritas eram obrigados a comparecer na Polícia Central, para prestarem esclarecimentos sobre os procedimentos que eram realizados nesses locais e depois eram fichados; enfim, tudo fora censurado. Como não podia deixar de ser, mesmo doente, Leôncio compareceu à Central

Policial. O funcionário afeito a essa tarefa, reconhecendo o ilustre cidadão, exclamou:

— Doutor Leôncio Correia, o senhor também veio à polícia para ser fichado?

E o imperturbado cidadão Correia, respondeu sereno:— Sim, meu filho, venho cumprir com o dever desta

imposição política, porque ordens devem ser obedecidas. Acima de tudo, somos levados a reconhecer o que Jesus nos pede em seu Evangelho: Daí a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.

Passado alguns meses, pressentindo o final de sua existência física, Leôncio Correia, deixou por escrito os seus últimos desejos:

Quero que o meu enterro seja modesto em todos os sentidos. Para todos os amigos, parentes ou aqueles que simpatizavam com minha pessoa, peço-lhes não gastarem seus proventos com flores ou coroas e sim, se quiserem, transformá-los em alimentos aos carentes, continuando com os objetivos que são prestados às instituições assistenciais, pelas quais sempre trabalhamos. E no local em que forem depositados meus restos mortais, sobre essa lápide tenha os seguintes dizeres: “Aqui jaz quem foi Leôncio Correia. A data de meu nascimento, 01-09-1865 e a data do meu desencarne.”

Aos meus familiares consanguíneos, rogo que orem por mim junto ao Pai Criador, em intenção ao meu espírito liberto do corpo físico.

Peço que o uso do luto pelo motivo de minha partida da Terra seja revogado; pelos meus pensamentos a morte não é o fim e sim uma outra forma de vida, sem a preocupação das banalidades materiais, portanto, o sentimento pela inteligência levada pela sinceridade do afeto é que nos faz sermos melhores perante a vida eterna.

O meu desejo é que meu enterro saia da Capela do Cemitério de São João Batista para que todos os amigos menos favorecidos pela chamada sorte, tenham facilidade de dizer-me adeus, sem precisar gastar com meio de transporte algum.

Leôncio Correia25-02-1948

Essa declaração foi conservada em envelope lacrado e entregue ao senhor Aurino Souto, pelas mãos da esposa de Leôncio Correia, na residência da família, que se localizava à rua Estácio Coimbra, 40, em São Clemente, no Rio de Janeiro. Esse fato foi ocorrido no dia de 19 de junho de 1950, quando Leôncio Correia acabara de exalar o último suspiro de sua proveitosa existência terrena, com seus 85 anos preenchidos de lutas, em prol da Doutrina reveladora

de Jesus.No dia seguinte, 20 de junho de 1950, o doutor

Leôncio Correia era sepultado no Cemitério São João Batista, conforme seu desejo. Foram muitos os discursos ali pronunciados: representantes da Academia Carioca de Letras, Pen Clube do Brasil, do Governo do Paraná e o próprio Congresso Nacional. O senhor Aurino Barbosa Souto, falou em nome da Liga Espírita do Estado da Guanabara. A Federação Espírita do Paraná foi representada pelo senhor doutor Lins de Vasconcellos, seu grande amigo.

O doutor J. Augusto de Miranda Ludolf discursou em nome da Federação Espírita Brasileira e do Conselho Federativo Nacional, e recitou em homenagem ao grande poeta, o soneto:

Selo comemorativo do centenário do nascimento de Leôncio Correia

Artur Lins de Vasconcellos Lopes

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

• WANTUIL, Zeus. Charles Richet - Grandes Espíritas do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1969.

• SOARES, Sylvio Brito. Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1962.

• Trechos tirados da Wikipédia – enciclopédia livre.• CAMPOS, Humberto de. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Brasil – Coração do Mundo Pátria do Evangelho. 9 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1971.

• Imagens:• https://en.wikipedia.org/wiki/Consolidation_of_Pedro_II_of_Brazil#/

media/File:Pedro_II_of_Brazil_1850.jpg• https://dialogos.files.wordpress.com/2007/02/allan-kardec-tratado-2.jpg

• https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Denis#/media/File:L%C3%A9on_denis_1870.jpg

• http://audeladumiroir.fr/script/delanne.jpg• http://1.bp.blogspot.com/-ATemuBYJh-0/UWTmeJ-GfCI/

AAAAAAAABRM/dyGxKu26IiY/s1600/Veterinary_Homeopathy_Hahnemann_JPG_w300h400.jpg

• https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_de_Andrada_e_Silva#/media/File:Calixt33.jpg

• http://radioboanova.com.br/wp-content/uploads/2015/04/bezerra_de_menezes.jpg

• https://pt.wikipedia.org/wiki/Ildefonso_Pereira_Correia#/media/File:Ildefonso_Pereira_Correia.png

• http://www.feparana.com.br/imagens/biografias/lins_vasconcellos.jpg

Biblio

graf

iaCanto de Cisne

Cego – completa escuridão...TateioSem um velho cajado a que me arrimeExpiação, talvez, de um grande crime,Mas onde, quando e como pratiquei-o?

Das aves ouço o matinal gorjeio...Invejo-as, e essa nobre inveja exprime Uma resolução firme e sublimeDe encarar a hora extrema sem receio.

Ao Pai celestial minh’alma entrego,Às margens quase da outra vida, cego,Mas abrasado de infinito amor.

Pelo bom Deus, que me concede ainda,Quando minha missão na Terra finda,Esta bendita luz interior

Leôncio CorreiaInúmeros jornais, revistas e os meios de comunicações

anunciaram o falecimento do republicano ardoroso e espírita incondicional que deixava profunda lacuna entre amigos, parentes e estudantes.

Todos salientavam a inteligência e a cultura do mestre Leôncio Correia como filósofo e sábio aplicador político; desbravador sensível dos assuntos mais comprometedores perante a Humanidade. Sabia se fazer presente em defesas difíceis, sem ofender a ninguém.

Em sua homenagem foi criado o Instituto Leôncio Correia, que funcionava com o ensino primário e admissão, localizado na rua Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

Muitas foram as homenagens que se seguiram após o desencarne de Leôncio Correia salientando a figura forte e segura que sempre demonstrou durante a sua estada terrena. Fazendo parte dessas atitudes de reconhecimento aos fartos atributos a ele, o governador do Estado do Paraná, o senhor Bento Munhoz da Rocha, por ocasião do 1º Centenário do Estado do Paraná, mandou editar as Obras Completas de Leôncio Correia, prefaciadas pelos mais famosos literatos da época, como: Rodrigo Otávio Filho, Andrade Muricy, Othon Costa, entre outros. Todos enaltecendo os grandes méritos do paranaense que ficaria para sempre no coração do povo, não só do Estado do Paraná, como também, daqueles que mantiveram-no como leal amigo e sábio orientador doutrinário. Ainda no Estado do Paraná, mais exatamente em Curitiba, foi fundado, em 1941, o colégio estadual que recebeu o nome de Leôncio Correia. O projeto arquitetônico desse colégio foi realizado no governo de Moysés Lupion.

Sobre o Centenário do Nascimento de Leôncio Correia, foi elaborado, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o selo comemorativo a essa data - 1865 – 1965. É considerado pelos filatelistas como uma raridade aos colecionadores.

Estudos feitos por vários professores, buscando fatos históricos sobre a vida de Leôncio Correia, constataram na

Ilha de Guaratiba, situada na zona oeste do Rio de Janeiro, precisamente na Avenida Gaspar de Lemos, 342, uma escola que consta em sua fachada o nome Escola Municipal Leôncio Correia, dado também como patrono da mesma. No passado essa escola era conhecida como 12ª Escola do 26º Distrito, que fora fundada em 02 de maio de 1933, na administração do Professor Anísio Teixeira quando diretor da Instrução da Educação Primária, do então Distrito Federal.

Leôncio Correia também era grande defensor das plantas. Costumava ressaltar aos estudantes a importância do verde e a tratar com carinho os parques onde as árvores frondosas pudessem ser admiradas e respeitadas. Por esse motivo foi citado como um dos criadores do Dia da Árvore.

O poeta, o grande defensor da Natureza, o homem simples observador e trabalhador das obras doutrinárias, continuou a se fazer presente, porque através do médium Francisco Cândido Xavier encontra-se uma bela poesia intitulada Saudade, inserida no livro Parnaso de Além Túmulo.

Saudade

Ante o brilho da vida renascenteDepois da névoa estranha, densa e fria,Surgem constelações do Novo DiaMuito longe da Terra descontente.

Mundos celestes, reinos de alegriaE impérios da beleza resplendenteCantam no Espaço, jubilosamente,Ao compasso do Amor e da Harmonia...

Mas, ai! pobre de mim!... Ante a grandezaDa glória excelsa eternamente acesaVolvo à sombra letal do abismo fundo!

E, esmagado de angústia e de carinho,Choro de amor, revendo o velho ninhoE as aves ternas que deixei no mundo!...

E no livro Poetas Redivivos, pelo mesmo médium, estão as poesias Escreve e Desobsessão. E em números da revista Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, também foram editadas páginas, onde há poemas de Leôncio Correia.

Como ele, muitos foram os grandes vultos do passado que muito fizeram pelo Espiritismo, em épocas difíceis no campo Doutrinário. São exemplos que nunca devem ser esquecidos.

Eloísa

Livro “Parnaso de Além Túmulo” FEB

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Hoje vamos conversar sobre princípios éticos cristãos. Mas o que será isso?

Pare e reflita sobre sua conduta, seu comportamento. Em casa tem recebido mais elogios ou advertências? Na escola, tem sido agraciado com palavras doces de seus professores ou conselhos para melhorar e estudar mais?

Quando reencarnamos e temos uma nova oportunidade de vida, precisamos muito analisar nossa conduta, pois estamos em meio a um resgate, uma nova oportunidade de nos melhorarmos como pessoa e isso inicia quando nascemos.

Dizem que adolescência é uma fase difícil e que a rebeldia faz parte do dia a dia do jovem. Mas não é necessariamente assim que deve ser. Nós sabemos o que é certo, não é

mesmo?Recebemos conselhos de nossos pais para respeitá-los,

para estarmos atentos aos nossos amigos, não dar ouvidos aos estranhos, respeitar nosso próximo e tratá-lo como gostaríamos de ser tratados, ler bons livros, entre outros bons conselhos, pois eles sabem como nos orientar.

E nós, que participamos de estudos e trabalhos nas instituições de apoio educativo, incluindo as casas religiosas, ressaltando aqui o trabalho da Reconstrução Educativa, temos pessoas que se esforçam a nos mostrar o melhor caminho, ainda temos, nos Centros Espíritas ensinamentos, livros, palestras, atividades diferenciadas e colegas da mesma idade.

Enfim, temos uma gama de oportunidades para nos tornarmos melhores! Então, por que não aproveitar e, melhor ainda, recebermos elogios por nosso comportamento, por ser quem somos?

Pense nisso!Tânia

Aos Jovensaos jovens

Papo Reto

Em sua passagem pela Terra, Jesus nunca deixou de atender aos corações aflitos e sobrecarregados que o buscavam, estava sempre pronto a ensinar...

Acercou-se de doutos, sábios, enfermos, de homens de todas as estirpes, reunindo-os, generosamente, sob os bens nascentes da sua infinita paz...

Dividiu com todos o pão da vida, saciou a sede com o cálice do amor profundo. É Ele, Jesus, o nosso alimento espiritual.

O banquete já nos foi oferecido, cabe a cada um de nós o aproveitamento equilibrado de tal concessão.

Banquetear com o Mestre é comungar com o Seu Ideal; é viver conforme a Sua Moral; é trabalhar na Sua vinha e colher os frutos salutares da fé viva...

Possamos manter a nossa mente alimentada pelas ideias boas e edificantes... Fartar a mesa do nosso coração com as fatias da caridade pura... Distribuir aos irmãos de caminhada, a essência divina que habita dentro de nós...

Possamos agir, assim como agiu o Cristo. O Mestre demonstrou pelos seus atos como deveríamos nos comportar em todos os momentos da vida, ou seja, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos...

Carlo A. Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ

Alimento Espiritualcanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas!

Informe-se através:clejoaquimalves@espiritismoeluz.org.br ou contato@espiritismoeluz.org.br – www.espiritismoeluz.org.br(11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil – CEP 04475-240

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. O livro é criteriosamente escolhido, sendo sempre uma obra fiel aos ensinamentos espírita-cristãos, à codificação de Kardec e ao nosso Mestre Jesus.

Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte.

Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site.

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Esperança dos Céus – Dias Melhores Virão

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Este poema de Maria Dolores nos mostra como o aborto é visto pelos Espíritos Superiores.

Primeiro, a comparação de um recém-nascido com pequenina flor humana, nos remetendo aos cuidados que devemos ter para com aqueles que renascem para uma nova experiência na Terra, pedindo orientação moral e carinho.

Depois, a denominação mais do que correta, chamando a prática do aborto de lide insana, pois, se soubéssemos o quanto de mal surge neste ato, em sã consciência não o cometeríamos. Praticar o aborto (ou colaborar para que alguém o pratique) é ferir a Lei do Amor instituída por Deus.

Maria Dolores ainda relata o quanto os Espíritos rogam por uma oportunidade de reencarnar e que, recebendo esta permissão, se deixam envolver pelo amor que poderiam receber de seus pais. No entanto, toda a esperança que o Espírito carrega em seu coração é interrompida bruscamente

pela ingratidão daqueles que o receberiam e que assumiram a tarefa de conduzi-lo ao Bem.

A rogativa final é de que deixemos de cometer este crime, o aborto, com as mil desculpas que damos para dizer que é necessário.

Pobreza, falta de amparo e apoio ou outras situações exteriores não podem ser usadas para abonar um crime.

Acreditemos que Deus nos envia uma criança para que possamos ter confiança no futuro e de que o Bem um dia se instalará em nossa vida através da perseverança nos atos de amor e respeito ao próximo, mesmo que para isso precisemos passar por momentos difíceis, de provação.

VitórioBibliografia: EMMANUEL. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Caridade. 14 ed. Araras: IDE, 2014.

Há choro dentro da noite...É o doloroso gemidoDe pobre recém-nascidoQue não encontra lugar...

Mãos insensíveis sufocamPequenina flor humana...É o aborto, em lide insana,Ferindo a Lei sem pensar.

Ah! Quantas almas formosas,Nos planos em que me movo,Sonhando nascer de novo,No entanto, rogam em vão...

Agasalham-se no amor,Mas, em lágrimas convulsas,Ei-las batidas e expulsasA golpes de ingratidão.

Irmãos da Terra, escutai!...Detende a marcha do aborto,Estendei vosso confortoAos companheiros do Além!...

Cada criança que surge,Mesmo entre rudes labéus,É uma esperança dos CéusPara a vitória do Bem.

Maria Dolores

Quantas vezes buscamos respostas para as diversas dúvidas sobre tantas situações que enfrentamos?

São sofrimentos, desilusões, problemas sem solução aparente, doenças, etc.Comumente perguntamos: Por quê?Este livro se propõe a orientar e tentar responder algumas questões que a Vida nos

apresenta, pois a própria Vida responde às nossas indagações.A bondade do Espírito André Luiz, ao ditar este livro para o médium Francisco

Cândido Xavier, é imensa. Até nas questões materiais ele nos ajuda, como no trecho do capítulo VI – Respostas do Caminho, aonde ele nos orienta:

“Se você realizar corretamente o seu trabalho, os seus clientes ou beneficiários virão de longe procurar o valor de sua experiência e de seu concurso.”

Nos orienta o amigo espiritual sobre o nosso isolamento, ressaltando a necessidade do convívio com o semelhante:

“Se você acredita que possa alcançar a sublimação espiritual sem os outros, decerto ainda não chegou à verdade.”

Livro de fácil leitura, com temas interessantes para estudo individual ou em grupo.Boa leitura e boas reflexões.

Adolpho

Livro em Focolivro em foco

Respostas da Vida

RESPOSTAS DA VIDAFrancisco Cândido Xavier

Espírito André LuizIDEAL

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Quem nunca acordou com uma sensação ruim ou, ao contrário, com uma sensação agradável, sem saber o porquê daquilo?

Isto é tão natural que, muitas vezes, nem nos damos conta. Acordamos angustiados e não paramos para analisar a causa de tal angústia.

Quando somos mais atentos conosco mesmos e refletimos sobre isso, não encontramos causa aparente para tal estado de humor.

Devemos nos lembrar sempre que à nossa volta há uma grande nuvem de testemunhas, ou seja, Espíritos que “por deixarem alguém que os prejudicou, quer por não serem muito amigos de qualquer atividade mais enobrecida, preferem estagiar entre nós compartilhando dos nossos hábitos, de nossos vícios, de nossas paixões ou, então, montando vigília em torno das coisas que consideram suas” - Os Espíritos em Nossa Vida Diária.

Desta forma, quando dormimos ou durante as atividades do dia a dia somos influenciados pelos Espíritos, que nem sempre são elevados, nem estão com bons propósitos.

Nos intuem para o mal, sugerem que cometamos atos que vão nos causar o mal, ou a outrem.

Como sabemos, durante o sono o nosso Espírito também se liberta parcialmente do corpo físico e tem contato com outros Espíritos. Podemos recolher destes Espíritos conselhos bons, planos de trabalho para auxílio de alguém, incentivos para perseverarmos na resignação. Quando são Espíritos bons que tomamos contato durante o sono, acordamos dispostos e com uma íntima satisfação que não conseguimos explicar, pois eles, os Espíritos bons, nos trazem bons fluidos.

No entanto, nem sempre é assim, pois não há milagres. Se não desejamos praticar o bem, se somos avessos a ajudar às pessoas, se somos preguiçosos, mal humorados etc., a categoria de Espíritos que nós atraímos será a dos infelizes, que trazem junto de si uma fluidificação não muito agradável que nos envolve e nós, pela nossa condição equivocada, absorvemos esta fluidificação.

Quando acordamos, ficamos irritados, ansiosos, angustiados.

Isto tudo ocorre também durante o dia, pois os Espíritos que nos rodeiam tentam nos influenciar com suas intuições.

Estes Espíritos analisam o que vai dentro de nosso coração. Lembrando Jesus: “Onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração”. Desta análise, eles, os Espíritos, sabem quais são os nossos desejos e nossas inclinações.

Os Espíritos, bons ou maus, nada criam em nós, somente alimentam, com intuições, aquilo que já temos dentro de nós.

Desta forma, se aceitarmos estas sugestões, vamos, também, aceitar a fluidificação exalada pelos Espíritos. É o que se chama “se ligar na faixa vibratória”.

Assim, se temos vontade de fazer o bem, eles sugerem e nos incentivam. Sentimos uma sensação de felicidade íntima com o contato de Espíritos desta ordem.

Infelizmente, ainda trazemos dentro de nós muita “coisa ruim”, ou seja, mágoas, revoltas, ganâncias, desejo de posse (de coisas ou de pessoas). Por esta razão, atraímos para o nosso convívio Espíritos que têm os mesmos princípios infelizes. Juntam-se a nós pela igualdade de sentimentos e nos alimentam com sugestões que sempre nos deixam angustiados e inquietos, devido à fluidificação de baixo teor vibratório.

Mas, engana-se quem acha que somos marionetes nas mãos dos Espíritos. Temos, cada um de nós, a nossa própria vontade e será do uso de nosso discernimento que poderemos aceitar ou não sugestões felizes ou infelizes, sem que uma só delas nos seja imposta contra a nossa vontade.

Cada pensamento nosso, menos feliz, atrai a presença de Espíritos que virão secundar, complementar, servir de auxiliares para nossos propósitos doentios.

E o que fazer para nos desligar das faixas infelizes e nos ligar às faixas felizes?

Praticando o bem, confiando em Deus, orando, fugindo do orgulho, da vaidade e do egoísmo.

Por tudo o que já aprendemos com Jesus, já temos capacidade de entender o que é o bem e o que é o mal.

Jesus nos ensinou a oração dominical em que diz:“Senhor! Não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos

do mal.”Wilson

Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 76 ed. Rio de Janeiro: FEB.Jacintho, Roque. Os Espíritos em Nossa Vida Diária. 4 ed. São Paulo: Luz no Lar.

Kardec em Estudokardec em estudo

Influência dos Espíritos em NósO LivrO dOs EspíritOs

Capítulo IX - Influência dos Espíritos em Nós471. Quando experimentamos uma sensação de angústia, de ansiedade indefinível, ou de íntima satisfação,

sem que lhe conheçamos a causa, devemos atribuí-la unicamente a uma disposição física?“É quase sempre efeito das comunicações em que inconscientemente entrais com os Espíritos, ou da que com elas tivestes durante o sono.”

Era uma casa abençoada,Não tinha teto, não tinha nada.

Pedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio �nanceiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!O terreno onde está sendo construída a nossa casa �ca na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP.Ninguém podia entrar nela não,

porque precisamos da sua colaboração! Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

A cada dia chegam em nosso país, pessoas de todo o globo. Uma imigração muito sutil, nada absurda. Hoje, por exemplo, podemos observar os haitianos que não param de chegar. E por que isso ocorre? O que essas pessoas procuram? Por que o Brasil?

No livro Não Será em 2012 - Chico Xavier revela a data limite do velho mundo, há revelações profundas sobre o futuro do mundo e, principalmente, do Brasil. A Doutrina Espírita vem acompanhando esse tema há muito tempo.

Outro livro que podemos consultar num estudo mais aprofundado é Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, que explica os planos do Mestre Jesus para com o Brasil.

Na atualidade, podemos observar através dos meios de comunicação como a televisão, rádio e a poderosa internet, o que ocorre ao redor do mundo e todos seus conflitos que, infelizmente, vem tirando vidas e obrigando uma emigração forçada das famílias para outras regiões do mundo.

As pessoas procuram um lugar fora de conflitos, um lugar que possam sentir paz, um lugar que possam chamar de lar. E por que o Brasil, já que esse país também tem severos problemas como desigualdades sociais e conflitos internos muito peculiares?

Analisando pela visão da Doutrina Espírita, consultando as obras de Kardec, poderemos confirmar a importância espiritual do Brasil.

Geralmente, quando olhamos para uma situação de crise, conflitos sociais e políticos e não vemos uma solução achando que aquilo nunca irá ter fim, chegamos a pensar que não existe ninguém olhando por nós ou que o mal não tem fim. Mas, segundo a Doutrina Espírita, esse processo faz parte da evolução do planeta e de seus habitantes.

O processo de evolução moral ocorre muito lentamente, diferente da evolução do conhecimento que, infelizmente, não andam juntos. Se esses dois processos andassem de mãos dadas, o planeta Terra estaria num estágio muito além, mas, embora a evolução seja individual, vivemos coletivamente e temos que aprender a um ajudar ao outro com muito amor para que possamos todos chegar ao objetivo do Criador.

E qual é o objetivo do Criador? É que vivamos na felicidade plena, que é um estado do Espírito que pode ser alcançado, mas ainda nem podemos imaginar, pois está fora da nossa linha de entendimento. Mas, graças a Deus temos um mestre que se chama Jesus que, através de seus servos espirituais, nos auxiliam e nos ajudam a caminhar passo a passo, todos os dias, sem esmorecer.

CassianoImagem: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/

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AtualidadeAtualidade

Imigração dos Povos Estrangeiros

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Paulo de Tarso, junto aos seus discípulos, anunciava sua partida para a Macedônia e depois à Grécia, onde ficaria por três meses. Depois, voltaria à Macedônia e gostaria de encontrar seus amigos, prontos para segui-lo até Tróade onde, por sete dias, faria uma pregação do Evangelho ao povo local.

Assim foi feito. Os discípulos o encontraram em Tróade e o local indicado para as pregações de Paulo estava repleto de religiosos e de várias camadas sociais.

O salão situava-se no terceiro andar do mais alto edifício de Tróade.

Paulo e seus enviados já estavam a postos do início da reunião onde uma prece se fez ouvir por um de seus discípulos.

As pregações de Paulo se prolongavam até a meia noite.Havia na assistência um jovem de nome Êutico, que se

sentara no peitoril de uma das janelas do salão. Vencido pelo

sono desequilibrou-se e caiu do terceiro andar ao solo. O tumulto foi geral e Paulo correu descendo rapidamente os degraus, de dois em dois.

Afastando os curiosos, ele ergueu um pouco a cabeça do jovem e falou em seu ouvido:

— Tenha calma, seu espírito está ativo, portanto, levante-se.

O jovem, abrindo os olhos, apoiado a Paulo subiu, serenamente, os degraus de retorno ao salão onde todos, estupefatos, voltaram a ouvir Paulo, em seu agradecimento a Jesus.

Depois foi servido ao povo pão e água fluidificada. Esses e outros tipos de acontecimentos tornavam-se cada vez mais comuns nas excursões de Paulo de Tarso, a tal ponto, que entre os fanáticos religiosos ele ficou conhecido como: Paulo de Tarso, o Mercúrio Salvador.

Erika

Pegadas de Paulo de Tarsopegadas de Paulo de Tarso

Novas Excursões de Paulo de Tarso

Trabalhos da Casatrabalhos da casa

Há Alguns Anos...Queremos aqui externar nossa gratidão a Deus por esta

oportunidade de trabalho no Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”.

Em 28 de junho de 2009, numa manhã em que caía uma garoa fininha, reunimos todos os companheiros que já participavam das atividades da casa, para fazermos a primeira oração e leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo no terreno onde seria construída a sede própria tão desejada.

Passaram-se seis anos.Hoje, já instalados na parte já acabada da sede,

conseguimos, sempre pela Misericórdia Divina, levar adiante várias atividades.

Gostaríamos de compartilhar com todos os leitores, em breves palavras, quais são estas atividades:

• Reuniões de estudos dos ensinamentos cristãos;• Passes;• Atendimento fraterno às famílias: todas segundas

e sextas-feiras à tarde há reuniões de atendimento às famílias com estudos da moral cristã, lanche, distribuição de gêneros alimentícios e roupas;

• Curso para gestantes, com acompanhamento das crianças após o nascimento, inclusive com pediatra;

• Evangelização infantil: aos pequenos e adolescentes são oferecidas aulas sobre a moral cristã;

• Tratamento espiritual;

• Tratamento espiritual para vícios e doenças, com temas direcionados;

• Reconstrução Educativa: realizada aos sábados, das 9 horas às 16h30. Envolve atividades físicas, brincadeiras, reforço escolar, aulas diversas, aulas de moral cristã, canto, teatro, horta, café da manhã, almoço e lanche da tarde, atendendo a crianças e jovens;

• Aulas de ingles para os jovens que frequentam a Reconstrução Educativa;

• Aulas de artesanato;• Bazar.Talvez possamos ter esquecido algum detalhe, pois, graças

a Deus, a casa é um organismo dinâmico, com atividades voltadas para o atendimento de nossas necessidades espirituais.

Agradecemos de todo o nosso coração a Deus que tem permitido a continuidade de todas estas atividades, a Jesus que nos ampara com seu coração amoroso, a Fabiano de Cristo, patrono espiritual, que nos socorre em nossas deficiências, e a todos os que colaboram com este humilde trabalho que só tem por objetivo seguir a bandeira máxima do Cristianismo:

FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.Orem por nós.

Equipe “Amor e Esperança”

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Quão sombria e amarga é a vida da pessoa que diz não perdoar as ofensas que tenha recebido!

Deus nos criou para a convivência pacífica, feita de entendimentos mútuos e não para nos afastarmos uns dos outros ao menor sinal de contrariedade.

Dificilmente alguém passará pela vida sem ter alguma contrariedade ou desentendimentos, pois as opiniões e pontos de vista são diferentes para cada pessoa.

“Cada cabeça, uma sentença”, já se dizia antigamente, e sempre será assim, porque todos temos o livre-arbítrio.

Por que ficarmos melindrados, ofendidos e nos afastarmos de pessoas que, até agora, compartilhavam de nosso convívio? Procuremos a reconciliação através de atos de auxílio.

Não deixemos que pequenas coisas atrapalhem uma grande amizade.

Diz O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Esqueçam o mal que lhes fizeram e não pensem outra coisa que não seja: no bem que vocês podem fazer”.

O perdão, muitas vezes, nasce quando aquele que nos ofendeu precisa de pequenos atos de ajuda e nós partimos para o auxílio a ele.

Quantas vezes, em nossa existência, cometemos erros graves, mas, Deus enviou o auxílio que precisávamos para nos reerguer?

E Deus nos cobrou disso? Não, muito ao contrário, continua nos auxiliando, incessantemente.

Muitas vezes, consideramos ofensa quando falam verdades sobre nós; que não gostamos de ouvir, mas são verdades.

Deveríamos considerar estas pessoas como amigas que Deus enviou para nos alertar dos caminhos equivocados que estamos trilhando.

Na mensagem “Desculpemos”, pelo Espírito Meimei, diz: “Dura é a pedra e áspera se nos afigura a longa extensão de areia, entretanto, fazem o leito das águas para que o rio não se perca”.

O orgulho nos impede de reconhecer os benefícios que os alertas dos erros nos trazem.

Por nos acharmos infalíveis, orgulhosos de nossas opiniões, precisamos acordar através destes amigos que nos vêm abrir os olhos.

E, quando realmente formos ofendidos, procuremos, através de atos bons, nos reconciliarmos verdadeiramente, “porque só a bondade torna a vida realmente grande e em condições de ser divinamente vitoriosa, sentida com sinceridade e vivida em plenitude”.

Wilson

Tema Livretema livre

Perdoar e Viver

Estamos no decorrer do terceiro milênio da era cristã. Aguardávamos o mesmo sob uma expectativa de que alguma catástrofe pudesse ocorrer pondo fim ao mundo, como se Deus tivesse nos criado com prazo de validade e, expirado o mesmo, tudo seria destruído.

Como tal fato não se sucedeu, nos parece que a Humanidade perdeu o medo, falamos o medo porque a crença ou a fé em Deus talvez não tenha existido. Fica a impressão que só temos um comportamento respeitoso quando somos vigiados, policiados ou estamos sob a imposição de uma ordem maior e não por responsabilidade própria.

O Pai não quer e nunca quis o nosso mal. Ele não nos sujeitaria a uma violência abrupta, tanto que permanece a nos fartar de todos os meios para que nos regeneremos. Podemos não ter acesso a tudo que existe de material no mundo por questões financeiras. Já nos beneficiou muito e continua a nos beneficiar, basta observarmos o progresso da medicina que, aliada à tecnologia, vem derrubando barreiras inimagináveis e o que existe de conhecimento e bens disponíveis é impressionante se voltarmos nossos olhares a um passado não tão distante.

Ele continua nos ofertando muito, mas, o nosso orgulho não nos permite enxergar dessa forma. Achamos que se

chegamos a esse estágio é simplesmente mérito nosso ou consequência de uma evolução material casuística que, independente do nosso comportamento moral continuará nesse ritmo, ininterruptamente.

Como o mundo não acabou e, ao contrário, no campo material e intelectual muita coisa melhorou e de maneira surpreendente, para que nos preocuparmos com Deus? Ou seja, tínhamos medo e não a crença.

Acompanhando os noticiários encontramos dados impressionantes como, por exemplo: “Afastamento do trabalho por uso de drogas cresce 22%”, a maioria dos casos diz respeito ao uso de cocaína e abuso de remédios sedativos e estimulantes. “A psiquiatra da USP, Alexandrina Meleiro, afirma que os executivos utilizam maconha ou cocaína para aliviar a pressão do trabalho. Segundo ela, a droga cria a sensação de um certo distanciamento dos problemas. Já os esteroides, anfetaminas, ansiolíticos e analgésicos são adotados para aumentar o rendimento. A competitividade exacerbada, combinada com o medo de perder o posto, faz com que muitos executivos escondam que estão utilizando drogas”. Outro ponto a destacar: “A forte seca que castiga o nordeste da África está ampliando o drama da desnutrição na região e pode custar a vida de 500 mil crianças” segundo alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Meio milhão de crianças sofrem de desnutrição severa e estão em risco iminente de morrer. Precisam de ajuda imediata (...). Esta é uma crise muito grave”, disse Antony Lake, diretor-executivo do UNICEF, durante entrevista à imprensa, no Quênia”.

Não precisamos detalhar as várias formas de violência que envolvem a Humanidade em função da inversão

Aplicando o Livre-arbítrio

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0

moral de valores, nem os reajustes da natureza devido à nossa interferência no meio-ambiente, em decorrência do progresso material descontrolado.

Deus nos concede os meios de evoluirmos e nós os utilizamos contrariamente no campo do bem, criando nossos autos-flagelos, isto porque, nos distanciamos da religião, abrigando em nossos corações o puro materialismo onde predomina a soberba.

O mundo pode não acabar, mas podemos criar condições de torná-lo inóspito, tanto no sentido moral, como material, com consequências graves para futuros reencarnantes que, provavelmente, sejamos nós mesmos, prolongando assim a condição do nosso planeta de provas e expiações, ou

seja, estaremos criando obstáculos na obra do Criador e responderemos por isso.

Dentro dessas perspectivas, em quais ensinamentos podemos enquadrar o nosso comportamento? Como filhos ingratos? Ou muito se pedirá àquele que muito recebeu? Ou utilidade providencial da riqueza? E o nosso livre-arbítrio?

Achamos que seria de bom grado pensarmos no assunto. O futuro depende do hoje, pois as dores de hoje são as consequências dos nossos atos ilícitos de ontem.

CunhaBibliografia: Disponível em: <http://noticias.band.uol.com.br/emprego/noticia/100000444702/afastamento-do-trabalho-por-uso-de-drogas-cresce-22.html> Acesso em: 15 nov. 2015.Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/944843-seca-pode-matar-500-mil-criancas-na-africa-alerta-unicef.shtml> Acesso em: 15 nov. 2015.

Os Jovens e o Víciofamilia

Família

Vemos, nos dias atuais, muita gente apoiando a liberação da maconha.

Infelizmente, por falta de informação, ou mal informadas, ou mal intencionadas sobre o assunto, apóiam uma “causa” que, se aprovada, só trará mais dores para dentro dos lares de nosso país.

Se permitirmos que a maconha realmente faça parte de nosso cotidiano, tornando-a lícita estaremos, literalmente, impactando na formação de muitas famílias futuras, pois dificilmente haverá, por parte daqueles que fazem uso deste e de outros tipos de substâncias, discernimento entre o que é bom e o que é mau, entre o que é moral e o que é imoral ou amoral!

Possivelmente, a partir da liberação desta droga é questão de tempo que estes mesmos interessados na liberação deste tipo de droga comecem a lutar pela liberação de outros alucinógenos.

Ora, já não estamos tendo um exemplo do que uma droga dita “lícita”, como é o álcool, traz à vida das famílias? Os indivíduos doentes que fazem uso de bebidas alcoólicas não estão trazendo para dentro de seus lares muito sofrimento para si próprios e para seus entes?

Fato: o álcool, uma vez ingerido por motoristas (e sabemos que não precisa ser em grande quantidade), é a causa da maior parte dos acidentes com vítimas fatais no trânsito!

Que exemplo têm crianças e jovens que assistem seus pais, mães, irmãos, familiares, fazerem uso de uma “droga

lícita” dentro e fora de seus lares? E completamos com a seguinte pergunta: Que exemplo terão estas mesmas crianças e jovens se demais drogas, como é o caso da maconha, forem liberadas para serem consumidas em qualquer local público ou privado?

O que será das gerações vindouras se a Instituição Família estiver sem indivíduos que, como dissemos há pouco, tenham a capacidade para discernir entre o que é certo e o que é errado?

Sabemos dos comprometimentos espirituais para as reencarnações futuras e, por isso, é preciso que não mais percamos tempo e trabalhemos pela evangelização de crianças e jovens, ainda, dentro do lar!

Não há mais tempo a esperar! Espíritas, acreditem, outros não farão o papel que cabe a cada um de nós realizar!

Se temos a oportunidade de ter a luz da Doutrina Cristã a nos iluminar, busquemos, desde já, desempenhar este papel (de pai, de mãe, de irmão, de familiar) levando os exemplos de Jesus, através de Seu Evangelho, ao conhecimento destas crianças e jovens, para que um dia, independente da insensatez daqueles que lutam contra o Bem, eles tenham discernimento entre o bem e o mal.

Que tenhamos ânimo e Fé em nossos corações e que Deus nos ampare em nossas tarefas como seareiros que devemos ser!

ReinaldoImagem: https://static.pexels.com/photos/9746/people-mother-family-father.jpg

15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

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O Cristo disse: “Deixai que venham a mim as criancinhas”.

“Essas palavras, profundas em sua simplicidade, não continham apenas um apelo dirigido às crianças, mas também um chamamento às almas que se movem nas regiões menos felizes, onde a dor desconhece a esperança.” Esta citação, que foi retirada de O Evangelho segundo o Espiritismo (capítulo VIII, item 18), nos faz refletir sobre o chamamento diferenciado para nossas crianças.

Sabemos que o futuro, com um mundo melhor, se encontra em nossas crianças e por isso devemos orientá-las da melhor forma possível. E foi o que aconteceu, numa tarde de sábado, durante a Reconstrução Educativa, em que recebemos a visita de um grupo de estudantes de Gastronomia que proporcionou uma tarde animada às crianças do Núcleo, que por meio de brincadeiras, jogos, alimentação saudável, informativos e filme, dedicaram algumas horas de seu dia para poder ensinar hábitos alimentares saudáveis às crianças que aprenderam a diferenciar alimentos nutritivos de guloseimas, experimentaram frutas variadas, vitaminas e doces, ajudaram na preparação de saladas de frutas, além do incentivo de hábitos saudáveis. Sabemos que a roda de conversa e imagens chamam a atenção das crianças e foi o que fizeram com muitas atividades diferenciadas, ensinaram que se alimentar bem também pode ser divertido. Aproveitamos a oportunidade para agradecer, mais uma vez, a boa vontade dos estudantes que aqui estiveram e deixar o convite para outras pessoas que queiram passar adiante ensinamentos que possam tornar a vida do próximo melhor e mais feliz, serão sempre bem-vindo.

Equipe Seareiro

AconteceuAconteceu

Visita dos Estudantes de Gastronomia

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas2ª, 3ª e 6ª, às 14h30

Domingo, às 10 horas

O passe se inicia 30 min. antes das reuniões

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Artesanato: Sábado, das 13h30 às 16h30Atendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ªEvangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 20 horas

3ª, às 14h30Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horas

DIA LIVROS ESTUDADOS

2ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*

3ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

4ª Vida e Sexo - Emmanuel*; Passe e Passista - Roque Jacintho

5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Mecanismos da Mediunidade – André Luiz*

6ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Estamos oferecendo aos s’abados a Reconstrução Educativa, com os cursos de Reforço Escolar, Inglês e Evangelização Infantil.

Rua dos Marimbás, 220Vila Guacuri – São Paulo – SP

Tel.: (11) 2758-6345contato@espiritismoeluz.org.br

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17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Em outubro comemoramos, no Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança (NEEAE), a Semana de Fabiano de Cristo - Espírito abnegado, que nos deu seu exemplo de bondade, amor e caridade durante sua reencarnação na Terra.

Essa semana é muito aguardada, não somente pelo NEEAE que é uma casa de Fabiano de Cristo, mas, por todas as casas que levam o nome desse Espírito Augusto e no meio espírita em geral.

Essa foi a décima edição da Semana de Fabiano de Cristo que, neste ano, iniciou-se no dia 12 de outubro e encerrou no dia 17 de outubro, dia de seu desencarne. Durante a semana tivemos a oportunidade de assistir palestras com temas variados e atuais, analisados pela ótica do Espiritismo. Antes das palestras, os corais e as apresentações artísticas nos agraciaram com belas músicas edificantes e que auxiliaram na harmonização do ambiente. E neste ano tivemos uma novidade: pai e filho que nos presentearam com música sertaneja de raiz e as tradicionais violas.

Durante toda a Semana Fabiano de Cristo, divulgamos os livros do Senhor Roque Jacintho, fundador do NEEAE e escritor espírita brasileiro. Alguns dos livros contam a saga de Alan Kardec e sua trajetória. Damos destaque para Gabi e Kardec, que conta a história de Kardec e sua esposa, Gabi, que o apoiou em todas as suas obras e continuou o trabalho após o desencarne de Kardec. Também foram divulgados os livros de Roque Jacintho: Fabiano de Cristo o peregrino da caridade; O Lobo Mau Reencarnado - primeiro livro Espírita infantil que conta o que aconteceu com o Lobo Mau após o seu desencarne, de acordo com tudo aquilo que praticou durante sua vida; este livro foi traduzido também para o Inglês e para o Esperanto, cujo título é Malbona Lupo.

Ao final de cada noite tivemos o tradicional lanche fraternal, onde os presentes puderam conversar e se confraternizar.

No dia 17 de outubro ocorreu a festa de encerramento da Semana de Fabiano de Cristo. Como sempre, tivemos a apresentação do grupo infantil e do grupo de jovens do NEEAE. Neste ano, com uma novidade: o grupo teatral dos jovens homenageou Fabiano de Cristo com uma peça de teatro. A apresentação foi emocionante! Ao final da peça o ator que fazia o papel de Fabiano de Cristo, junto ao elenco, entregaram rosas para todos da platéia.

A Semana foi encerrada com uma oração agradecendo a Deus, ao nosso Mestre Jesus e a Fabiano de Cristo, pela oportunidade de estarmos participando desse trabalho.

Por fim, foi servido o lanche fraterno para as crianças e familiares presentes.

E assim aconteceu mais uma maravilhosa Semana de Fabiano de Cristo.

Ano que vem tem mais! Aguardem!Equipe Seareiro

X Semana Fabiano de Cristo

Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá

também comprar livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico.

VISITE NOSSO SITE www.espiritismoeluz.org.br

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Clube do Livroclube do livro

SOMOS SEISFrancisco Cândido XavierEspíritos DiversosGEEM

Relata comunicações de seis jovens que desencarnaram; seus estilos de linguagem, certificando a veracidade de mensagens recebidas por Chico Xavier, às quais levaram o consolo e a esperança a muitos pais inconformados pela separação de seus filhos em plena mocidade. Ao final da obra, consta uma pequena entrevista, constituída de perguntas e respostas alusivas ao desencarne de jovens.

Humberto de Campos (Irmão X) trata de habitantes de outros mundos, proseia, medita e nos conta histórias interessantes, tudo sempre com seu bom humor peculiar. Vale a pena conferir a dica.

HISTÓRIAS E ANOTAÇÕESFrancisco Cândido Xavier

Humberto de CamposBoa Nova

Como diz o subtítulo: “o alimento do corpo e da alma”. O Cristo nos ensina que fora da caridade não há salvação e Emmanuel nos demonstra, de várias maneiras, o porquê, como e onde empregá-la.

Ilustrados com uma cesta de diversos tipos de pães, a capa e os capítulos nos induzem a refletir que não existe apenas uma forma de se praticar a caridade.

CARIDADEO alimento do corpo e da alma

Francisco Cândido XavierEmmanuel

IDE

São tantos os livros psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, que por mais julguemos tê-los lidos em exaustão, sempre surgem os que ainda nos são inéditos.

Talvez para você, leitor, exemplo disso possam ser os livros recentemente enviados pelo Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, aos seus associados.

As obras citadas foram psicografadas por Francisco Cândido Xavier e participação de Caio Ramacciotti em

Somos Seis.No Clube do Livro Espírita também foram enviados os

romances mediúnicos Escravos do Próprio Espírito, de Léa Caruso, pelo Espírito Ivonne e A Vingança do Judeu, de Vera Kryzhanovskaia, pelo Espírito J.W.Rochester, bem como, O Peixinho Vermelho, de Roque Jacintho.

Para participar do Clube basta nos contatar, conforme indicações contidas nesta revista. Vamos à leitura?

Rosangela

Somos Seis; Histórias e Anotações; Caridade

Hospital do Fogo selvagem

pede aJUda!

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG, que atende a portadores do Pênfigo (Fogo Selvagem) e também a 150 crianças, precisa de doações.

Caso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA CARIDADE - CNPJ 25.440.835/0001-93, através dos seguintes bancos:

• Banco do Brasil – agência 3278-6 – c/c 3724-9• Bradesco – agência 0264-0 – c/c 14572-6• Caixa Econômica Federal – agência 2982 – c/c 03001146-0 Maiores informações: Telefone (34) 3318-2900 – E-mail: presidencia@lardacaridade.org.br

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Era uma vez...Um pássaro que vivia

triste, se sentindo o mais feio e sem graça de todos os pássaros

do Universo.Isso acontecia porque ele não era colorido como os

outros bichinhos da floresta e todos o apontavam como o “sem cor”.

— Ora, dizia ele, triste e acabrunhado, o que posso fazer se sou assim?

Um dia, ele encontrou um velho pássaro, muito inteligente e capaz de explicar coisas difíceis. Perguntou-lhe:

— Por que não tenho cor?— Porque você é especial, um pássaro mágico!

— respondeu o velho pássaro — Você tem mais cores que os outros, mas ninguém ainda conseguiu vê-las. Descubra a mágica que existe em você e será o mais colorido de todos!

— Ué... o que será que isso quer dizer?E o velho sábio disse:— Descubra-se! Saia caminhando e voando.

Veja o que você pode fazer pelos outros e como deixar o mundo melhor. Aí saberá o quão colorido e belo você é.

O pássaro não entendeu direito, não sabia o que fazer, mas resolveu seguir o conselho.

Encontrou um dia, em seu caminho, um garotinho que estava se afogando no

rio. Foi correndo procurar ajuda. E o menino ficou muito, muito, muito agradecido, dizendo:

— Nossa, pássaro vermelho, que maravilha! Você é um anjo! Quando vi

você, sabia que me salvaria.O pássaro sem cor ficou

assustado. Era a primeira vez que alguém o chamava de vermelho. Perguntou:

— Por que você me chama de vermelho, se não tenho cor?

E o menino disse:— É lógico que você tem cor! E é linda! Você é vermelho,

a cor da vida, a cor do sangue!E assim continuou o nosso querido pássaro, mesmo

sem entender o que acontecia, prosseguia sua vida voando pela floresta e auxiliando as pessoas quando precisavam.

De repente viu uma fumacinha. Uma árvore pediu-lhe ajuda:

— Pássaro, me ajuda. Começou a pegar fogo na floresta.

Correndo e voando várias vezes, carregou no bico a água do rio até que o fogo se apagou.

A árvore agradeceu:— Que bom que você passou pelo

meu caminho, pássaro verde!Encontrou depois uma flor

amarela e ela disse:— Tem um monte de

bichinhos querendo comer as minhas folhas. Por favor,

afaste-as de mim...

Ele, imediatamente, cantou tão alto que elas saíram correndo e não mais voltaram.

Florzinha amarela agradeceu:— Obrigada, pássaro

amarelo!!E ele como em todas as

vezes, respondeu:— De nada, só cumpri o

meu dever.E com uma série de boas

ações e gestos, cada um que encontrava o pássaro lhe

atribuía uma cor. O pássaro sem cor já nem sabia mais qual cor tinha! Havia sido chamado de vermelho, verde, amarelo. Mas continuou o seu caminho, sempre ajudando quem precisava ou

avisando quando havia perigo. Em cada lugar, era chamado de uma outra cor. Azul quando salvou o mar. Rosa quando

salvou os botos cor-de-rosa, enfim, todas as cores.Estava muito curioso, porque agora todo

mundo o chamava de pássaro colorido. Voava pelas montanhas, quando avistou um pássaro indo em direção à rocha. Parecia meio cego pelo sol, não

percebendo o risco que corria. Ele saiu em disparada e desviou o grande pássaro do acidente

iminente. Passado o susto, o pássaro, que era muito bonito,

disse:— Pássaro sem cor, hoje você me salvou e ainda

me deu uma lição. Eu debochava de você porque eu era lindo e você feio. Agora você é o mais belo dos pássaros, tem mais cores, é mais respeitado.

Os dois se despediram, agradecendo um ao outro e, de repente, apareceu aquele velho pássaro sábio. O jovem, agora muito feliz, perguntou ao sábio:

— Como soube que eu era mágico e tinha todas essas cores?

E o velho disse:— Você tinha a bondade nos olhos, a inteligência nas

suas perguntas e a vontade de nunca dizer NÃO para quem pede ajuda. Eu tinha muita certeza que, caminhando e voando pela vida, você iria ajudar muita gente e salvaria muitas coisas, e se tornaria o mais belo e o mais respeitado de todos os pássaros.

A mágica da vida é esta: aquele que quer e sabe fazer o bem, que tem o desejo de ajudar os outros, sempre será o mais querido, pois, descobriu as cores da bondade com inteligência e determinação.

* * *Queridos jovens e crianças!Deus nos deu a vida para ajudarmos a todas as pessoas

que encontrarmos no caminho, assim como fazia o nosso amigo pássaro colorido.

Quando somos bons com as pessoas, nossos corações se iluminam e deixam nossas vidas mais coloridas!

NevesBibliografia: Adaptação da história de Luiz Norberto Pascoal

Contoscontos

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