Bem Vindos!

Iniciarei hoje uma série de postagens cujo teor é extremamente pessoal. No entanto, devido o tema, acredito que possa ser usado em suas próprias vidas.

Há de se entender que o universo é regido por uma série de Leis Naturais, que se refletem em toda sua extensão. Muitos foram os que as estudaram e as conceituaram e eu, embora não me considere um sábio, também busquei formar a minha opinião a respeito do tema. Pedi permissão a #Sophia para abrir esse espaço de debate sobre a questão.

Devo salientar que a série é uma VISÃO PESSOAL em cima da temática. Uso estes conceitos em minha vida, em minhas práticas sociais, cognitivas e espirituais. Inicio essa postagem pelo simples motivo de que “É CONHECIMENTO” e ofertá-lo é minha função. Afinal, Sou um Simples Bibliotecário.

#GhostLibrarian

Lei 1 – Tudo tem tendência Neutra, os envolvidos que direcionam as coisas e eventos à sua Vontade.

A primeira lei natural faz referência a conceitos que, ao meu ver, são indissociáveis: O Bem/Mal, a Vontade e a Força de Resistência.Em suma, considero todos os eventos, forças, coisas e existências como ambivalentes, podendo ganhar valores positivos ou negativos, e portanto são neutras em sua natureza primal. Mas o fator Vontade (com “V” maiúsculo) tira as coisas da inércia e as direcionam para os fins que Ela sugere.

“Como assim?”; Você pode se perguntar, “Então as guerras e massacres podem ser bons? A dor é positiva? O amor pode ser mau?” A resposta é: dependendo de seu ponto de vista, sim. Dor, para uns é prazer. Guerras, para alguns é justiça. Amor, para muitos é agônia. São conceitos com dois lados, um pode parecer mais intenso que o outro, mas não deixam de existir dois. Na feitiçaria, por exemplo, existe meios de se usar demônios para curar e anjos para jogar pragas. Uma vela preta tanto pode absorver negatividade e proteger alguém quanto direcionar intençôes destrutivas para a mesma pessoa. O que mudou? Apenas a Vontade do executor.

“Mas demônios desejam o mal e anjos o bem, não dá para fazer o inverso!”. Dá sim, mas o esforço para dobrar a Vontade desses seres deverá ser maior. Jamais podemos esquecer que não estamos sozinhos e se você tem direito de exercer a sua Vontade, os outros também possuem o mesmo direito e aí se encontra a Força de Resistência. Por isso é mais fácil seguir o fluxo e agir conforme a Vontade Coletiva Vigente, mudar a direção dada para as coisas/eventos/forças é um Grande Ato de Magia e só quem entende a Vontade própria e daqueles que estão envolvidos no processo são capazes de fazer-las.

Conhecer a Vontade é primordial. Por quê? Falarei disso na próxima postagem.

#GhostLibrarian

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Lei 2 – Tudo que se Quer, se tem.

A Vontade é uma força inabalável, no entanto, difícil de compreender. Vontade é o ensejo verdadeiro do indivíduo, que não é modificado por perguntas que geralmente associamos a nossos desejos e quereres. Ou seja: O Como? O Porquê? E o Quando? Faz pouca influência na Vontade/Querer. Vontade apenas vê fins, os meios serão sempre os mais naturais e mais fáceis para alcançar a conclusão do Querer.

Querer, desejar e precisar não é a mesma coisa. Enquanto o desejo é algo feito de forma consciente, o Querer é inconsciente e se reflete geralmente em sua forma de lidar com o mundo. E ambos não refletem o sentido de necessidade. A necessidade geralmente é de adequar sua Vontade inconsciente para que o fruto de suas ações conscientes sejam semelhantes a seu desejo.

Por exemplo: um indivíduo deseja ser um profissional de sucesso, reconhecido pela família e sociedade, que ganha muito dinheiro e vive bem, no entanto, sua Vontade verdadeira é de ter uma vida tranquila. Aparentemente a Vontade e a vontade são iguais. Mas ser um profissional de sucesso exigiria muito e a cobrança daqueles que o reconhecem, assim como o esforço para ganhar muito dinheiro vai contra a noção de tranquilidade em sua essência mais simples. O que acontece? O indivíduo em questão passa a ter uma vida medíocre, sem ninguém tendo altas expectativas sobre sua pessoa e com um ganho financeiro suficiente apenas para manter seu status quo. O que ele precisaria mesmo seria aumentar sua noção de responsabilidade individual para com aqueles ao seu redor, fazendo com que a Vontade de uma vida tranquila não fosse restringida ao seu Eu e sim a sua “comunidade”, isso exigiria mais dele e por consequência ele seria reconhecido pelos outros e também seria um bom profissional que na sociedade atual ganharia mais por ser mais apto.

Com o exemplo acima já podemos notar que nem sempre se Quer coisas que ganharão formas “positivas” no mundo físico. Querer é amoral - não entende bem e mal, positivo/negativo, sim e não – apenas age. Essa força também não entende temporalidade ou efeitos colaterais, quando a Vontade é ativada ela vai ser concretizada, independente de quanto tempo leve e o que acontecerá depois.

Por sorte, a Vontade não é imutável. E para aqueles que se conhecem o bastante, a Vontade não é tão misteriosa, seus frutos o são, todavia sempre há a chance de se Querer algo diferente. Fazemos isso sempre, durante nossa vida encarnada e na vida espiritual temos mais ainda a noção dessa força e a usamos mais nitidamente. As escolhas feitas antes de encarnarmos formam, a meu ver, o Karma e Darma.

Mas e quando a Vontade de outro vai contra a nossa própria Vontade? Isso não seria possível se sempre temos o que Queremos. Como então acontece? Nossa mente de visão limitada não nota a dimensão completa dessa Força. Mas a regra da física também vale para ela. Num confronto de forças opostas a de maior intensidade prevalece e a de menor intensidade deve desviar desse “obstáculo”, alterando seu destino, mas mantendo sua direção e grau inicial.

É claro que influenciar na Vontade alheia é danoso e as consequências disso cedo ou tarde se mostrarão. Como? Falarei disso na próxima postagem.

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Lei 3 – Sempre existe um Pagamento, independente de quem o efetue

Esta lei com toda certeza é a mais complexa de ser explicada. Como assim pagamento? Isso é referente a Karma? Independente de quem o efetue de que jeito? Outros podem pagar por minhas escolhas? A resposta para essas perguntas seria “sim e não”.

Já tinha mencionado que a Vontade é a agulha da bússola de nosso destino. Temos o que Queremos. Mas só o obtemos quando conseguimos “pagar” pelo mover da roda. Ou seja, quando conseguimos criar condições para que a Vontade consiga vencer os obstáculos que o status quo impõe. Isso pode ser feito de diversas formas: vencendo aos poucos as dificuldades; sendo resoluto em nossas escolhas e não mudando de decisões; nos preparando para um momento mais oportuno; buscando meios externos para agilizar a superação das dificuldades ou no mínimo reduzir as influências contrárias ao nosso Querer e etc. Fazemos isso sempre e o tempo todo, de forma consciente ou inconsciente.

Alcançamos nossos objetivos fazendo valer nossa Vontade dessa forma, Encontrando meios para tornar material o que decidimos trazer para nossa vida. É isto o que o Arcano Maior do Carro fala. Isso é Direcionar a Vontade. Mas este ato faz com que estejamos em constante ato de negociação com o Universo, barganhando pelo nosso querer, parcelando, vendendo e comprando auxílio, afinal, nossa Vontade não é única. A escolha de como alcançaremos nosso Querer pode as vezes vir como acréscimo ou redução de Carma, isso em algum momento acaba por ser evidenciado. As vezes abrimos mão de receber coisas no presente para tê-las no futuro, outras vezes acabamos por passar por situações para que no futuro tenhamos como mensurar o preço e ainda tem quando parece que para se conseguir algo temos de pagar repetidas vezes por aquilo até alcançar o “valor” ou até decidirmos que não queremos mais.

Como minha doce amiga #Sophia sempre diz: “A fatura do CredCarma um dia chega, então é melhor decidir logo como vamos nos resolver, adiantado, à vista, parcelado ou protelado.” Parece tolice , contudo, é meio que assim mesmo. E mais! Devemos levar em consideração também que podemos escolher pagar para outros, que a dívida pode ser dividida entre algumas pessoas e que outros podem Querer pagar pela gente. Por isso o acréscimo “independente de quem efetue” no título da Lei. É Assim que as coisas funcionam, por isso parece que pessoas que precisam mais não conseguem e outras conseguem sem parecer que se esforçaram. É injusto? Não, não é. O livre arbítrio é sempre levado em conta. Se decidimos pagar por alguém ou se outra pessoa decide pagar por nós, foi escolhido sem coerção. Assim como pode ser escolhido usar apenas nossas próprias forças ou buscar ajuda de outros que também se beneficianiam para reduzir o “preço”.

Por isso influienciar na Vontade de outros pode vir a gerar diversos tipos de complicações. Ao mexer com o Livre arbítio alheio passamos a nos responsabilizar com o pagamento das consequências de nossa interferência para com o outro. De que forma? Falarei disso no próximo post.

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Lei 4 – Toda Ação gera uma Reação

Ao contrário da Lei anterior, esta é a mais simples e mais conhecida Lei Natural. Ela afeta tudo que existe e ultrapassa o sentido de Vontade e Livre Arbítrio. Essa Lei é impossivel de ser burlada ou enganada. Todavia, nossa mente “humana” dificilmente é capaz de ver sua ação plena ou prever suas implicações completamente.

É a famosa Terceira Lei de Newton: Toda Ação gera uma Reação de igual Valor em sentido Oposto. Aplicando esta Lei na “Força” Vontade podemos dizer que sempre que definimos uma ação sobre outros, um efeito de igual poder nos afeta. Quando tentamos mudar alguma situação ou alguém, mudamos também. Para o bem ou para o mal? Sinceramente, é irrelevante. Evocando a primeira lei, não existe tendência, apenas efeito. É a interpretação pessoal de cada um que diz se a mudança foi boa ou má.

Um ponto importante a se falar dessa lei é a noção de “estranhamento” pelo inconsciente coletivo. Quanto mais distoante for a influência, menos sútil é a reação. Já ouvi falar que a Vontade é como as ondas produzidas por uma pedra atirada num lago sereno, ao ponto que ela é ativada vai se propagar exponencialmente. Eu porém a vejo como o ato de nadar num rio ou no mar, seguir a maré é menos cansativo que ir contra. Este “atrito” é o

estranhamento. A palavra chave é ERRADO. É “errado” uma mulher feia conseguir namorar um homem bonito, algo ela fez. É “errado” alguém da periféria conseguir um emprego que paga Um Mil por dia, foi macumba. É “errado” uma mulher bonita ser chefe de varios homens, na certa deu pra algum figurão. A sociedade julga, e busca inconscientemente ou até conscientemente bloquear o que ela vê como ERRADO no momento. Todavia, ao se por a prova e “segurar as pontas” até conseguir o que se Quer e após isso se manter firme e não ceder a Reação de atrito, se vence e se prospera. Podendo ser até exemplo e ponto de choque que muda todo o fluxo que outrora era contrário.

Ao se fazer uso de feitiçaria nos colocamos à prova. O estranhamento acontece. Por isso efeitos gritantes de mudanças no Material são dificeis e custosos de serem obtidos. A Magia busca sempre o modo menos custoso para agir em virtude do atrito e do efeito rebote. Um mago, feiticeiro, bruxo, praticante... que realmente entende essa lei consegue mais claramente alcançar seus objetivos sem sofrer tantos danos, que alguns chamam de Ordálias.

Mas então sempre haverá um efeito negativo ao se usar da Vontade? Não. A caridade é o uso de sua Vontade na busca de auxiliar outrem. Quando somos agentes do carma para outros. Quando aliviamos os fardos e não pedimos por nada em troca. Quando damos oportunidades em detrimento de nossas proprias necessidades. Sempre existe um retorno. No mínimo aprendemos, crescemos, evoluimos moralmente e somos guiados para mais próximo de entender que como seres individuais somos parte de um único meio. Compreendendo, mensurando e vivênciando a vida da forma como deve ser vivida: de forma Natural.

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