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Leia atentamente as seguintes instruções:

1. CÓDIGO DA PROVA: 310092. Assine a lista de presença.3. Você deve receber do fiscal o material abaixo:

a) este CADERNO, com 90 questões objetivas (de nos 1 a 90) b) 01 (um) CARTÃO-RESPOSTA, destinado à marcação das respostas. c) Não dobre, não amasse, não rasure nem manche o CARTÃO-RESPOSTA. d) Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a

questão. e) No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita preenchendo todo

o espaço compreendido no retângulo, com caneta esferográfica de tinta preta ou azul, com um traço contínuo e denso, como no exemplo acima.

4. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão levados em conta.

5. O tempo disponível para a prova é de 5 horas e 30 minutos.

Boa Prova!

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REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da habitação no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Seu texto deve ter cerca de 25 linhas.

Texto I

“(...) A Constituição Federal (CF) de 1988 definiu como competência comum dos três entes federativos, a promoção de programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. Além disso, também se conferiu ao Município a responsabilidade com relação ao controle do uso e da ocupação do solo urbano, bem como a provisão dos serviços locais de caráter essencial (Arts. 6º, 23, 30 e 175 da CF de 1988). (...)”

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.161/4905

Texto II

PERFIL DAS OCUPAÇÕES

• Tudo que é conhecido como favela, comunidade, grotão é chamado de aglomerado subnormal

Em milhões de pessoas

População em aglomerados subnormaispor Região Metropolitana

1o São Paulo 18,92o Rio de Janeiro 14,93o Belém 9,94o Salvador 8,25o Recife 7,56o Belo Horizonte 4,37o Fortaleza 3,88o São Luís 2,89o Manaus 2,8

10o Baixada Santista 2,611o Porto Alegre 2,112o Curitiba 1,613o Vitória 1,614o Campinas 1,415o Teresina 1,416o Brasília 1,217o Maceió 1,118o João Pessoa 0,919o Aracaju 0,720o Macapá 0,7

Como é o terreno

Colinassuaves20,7%

Encostas de morros

26,8%

Terrenosplanos52,5%

De que são feitas as casasOutros

materiais0,7%

Madeira7,0%

Alvenaria92,3%

Aglomerados Subnormais - Informações Territoriais, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Texto III

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – Quem somos?

Somos um movimento de trabalhadores. Operários, informais, subempregados, desempregados que, como mais de 50 milhões de brasileiros, não têm sequer moradia digna. Vivemos de aluguel, de favor ou moramos em áreas de risco pelas periferias urbanas do Brasil.

No final da década de 1990, iniciamos nossa trajetória de luta contra a especulação imobiliária e o estado que a protege. Todos sabem que as grandes cidades brasileiras, cada vez mais ricas, escondem nas periferias a enorme pobreza daqueles que as constroem.

Nosso objetivo é combater a máquina de produção de miséria nos centros urbanos, formar militantes e acumular forças no sentido de construir uma nova sociedade. A ocupação de terra, trabalho da organização popular, é a principal forma de ação do movimento. Quando ocupamos um latifúndio urbano ocioso, provamos que não é natural nascer, viver e morrer pobre e oprimido. Não aceitamos a espoliação que muitos chamam de sina.

Ao montar barracos de lona num terreno vazio e organizar os trabalhadores para lutar, cortamos a cerca nada imaginária que protege a concentração de riqueza e de terra nas mãos de poucos. E em alto e bom som gritamos: chegou a nossa hora.

www.mtst.org. Acesso em 21 de março de 2015

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção Inglês)

QUESTÃO 1De acordo com a tira cômica, o personagem Dilbert

DIAS, Reinildes et al. Prime: inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2009.

afirma que o telefone celular é o objeto de desejo de todas as mulheres que ele conhece atualmente.

acredita que sua psicanalista, por quem ele sente atração, sabe ouvi-lo melhor que a maioria das mulheres.

acha que as mulheres são, geralmente, atenciosas, embora ele não consiga se comunicar bem com elas.

acha que sua psicanalista não consegue entender sua forte atração pelas mulheres e por seu telefone celular.

acredita que o telefone, objeto pelo qual se diz apaixonado, tem muitas qualidades e pode até superar as de uma mulher.

QUESTÃO 2

What is solid waste?

Waste is generated continuously in every single way from our daily activities. Each activity will generate different types of waste which will require their own separate or specialized treatment.

Solid waste can be defined as the useless and unwanted products in the solid state derived from the daily activities and discarded by society. It is produced either by – product of production processes or arise from the domestic or commercial sector when objects or materials are discarded after use.

Solid waste is usually being said as the following terms:

• Garbage: the term given principally to food waste, but may include other degradable organic wastes.

• Rubbish: consists of combustible and non-combustible solid waste, excluding food wastes.

• Refuse: the collective term for solid wastes, includes both garbage and rubbish.

• Litter: odds and ends, bits of paper, discarded wrappings, bottles etc. Left lying around in public places.

Disponível em:<www.smartranger.net>. Acesso em 12 jul. 2011 (adaptado).

De acordo com o texto, pode-se afirmar que

há um conceito único para a palavra waste. existem diversos conceitos divergentes para a palavra

waste. à expressão solid waste existem quatro diferentes

termos associados. o conceito de solid waste depende das atividades e

descartes de cada sociedade. os setores doméstico e comercial correspondem à

principal definição de solid waste.

QUESTÃO 3

This graphic shows that the vast majority of the waste in the United States is landfilled. Since 1990, the numbers of recycled and composted waste have increased significantly.

Disponível em :<www.elmhurst.edu> Acesso em: 12 jul 2011

Segundo o texto, pode-se afirmar que

a eliminação dos resíduos sólidos nos Estados Unidos começou em 1990.

apenas 10% do lixo reciclado foram eliminados nos Estados Unidos em 1990.

a partir de 1990, o percentual de lixo reciclado começou a declinar nos Estados Unidos.

80% da eliminação dos resíduos sólidos aconteceram em aterros nos Estados Unidos em 1990.

nos Estados Unidos, em 1990, a maior parte dos resíduos sólidos foi eliminada pela reciclagem e pela incineração.

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QUESTÃO 4

Disponível em:<jobmob.co.il>

De acordo com a tira

a demissão de um colega deixa a secretária aborrecida com seu chefe. o chefe pede à secretária que demita um colega. a entrevistadora diz a seu chefe que o candidato é inadequado para o cargo. o candidato diz à entrevistadora que se dava bem com seu antigo patrão. a entrevistadora pergunta ao candidato por que ele deixou seu último emprego.

QUESTÃO 5

Moore’s law doesn’t matter

Back in 1965, Intel cofounder Gordon Moore predicted that the semiconductor industry could double the number of transistors on a chip every 12 months (he later amended it to 24 months) for about the same cost. And for half a century, Moore’s Law has held true, making computers cheaper and faster and more powerful. It seems almost that long that experts have been warning that Moore’s Law would eventually run smack into the laws of physics, bringing everyone’s 1giddy ride to an end. It hasn’t happened yet. Justin Rattner, the chief technology officer at Intel, insists the company can keep doubling the number of transistors on a processor through several more generations of chips over the next decade. The trouble isn’t capacity; it’s speed. A few years ago microprocessors reached 3GHz. You can’t make them faster, or they overheat and start to melt. To solve that problem, the industry began making chips that do several tasks at once, instead of doing a single thing faster and faster. These days we’re seeing dual-core and quad-core chips-in essence, processors with two or four tiny computer engines on a single chip. Within a decade we will likely see chips with 100 cores, maybe even more, Rattner says.

But that raises a new problem: how to put those tiny side-by-side computer engines to good use. The operating systems aren’t set up for it. Neither are the programming languages and development tools. Neither, in fact, are the programmers themselves, who have all grown up writing software to run on a single engine-serially, that is, not in parallel. “For 50 years we’ve done things one way, and now we’re changing to a different model,” says Craig Mundie, chief research and strategy officer at Microsoft, which as the biggest maker of operating systems and programming tools is leading the drive to solve the puzzle. It’s the biggest single change Microsoft has ever faced, Mundie says.

Parallel computing has been around for a long time. But it’s mostly been confined to high-end supercomputers. Writing programs for them is incredibly difficult and time-consuming. The challenge now is to make it possible and cheap-for ordinary programmers to write programs that run in parallel. Mundie predicts big things when (he doesn’t say if) Microsoft works it all out. After all, the human brain is itself a massively parallel computer; writing programs that can operate in parallel is the key to making computers that seem more like us and less like machines. “In a sense we are trying to build a crude approximation of what nature does in your brain,” says Mundie. “Parallelism is the only way I to get there.”

LYONS, D. Newsweek, Ago. 2009, p.47

A dificuldade que a fabricante de microprocessadores enfrenta, para continuar atendendo à lei de Moore, está relacionada com

a velocidade do microprocessador. a capacidade e com o tamanho do microprocessador. a velocidade e com a capacidade do microprocessador. a necessidade de criação de um microprocessador com 3GHz. a dificuldade em criar um microprocessador maior do que 3GHz.

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O texto finaliza indicando que no “comunicado” foi dito que, ao longo do diálogo, as:

decisões foram acordadas contrariadamente. pressões externas marcaram o rumo. opiniões partiram do respeito mútuo. críticas foram superadas. partes se enfrentaram.

QUESTÃO 2

TIENES QUE APRENDER

A LEER Y A ESCRIBIR, PORQUE SI NO,

NUNCA PODRÁS FIRMAR NI HIPOTECAS,

NI CONTRATOS PRECARIOS, NI FINIQUITOS.

YA, PERO ADEMÁS YO QUIERO

APRENDER CUANTO ANTES

PORQUE QUIERO

SER POETA.

FORGES. Día internacional de la alfabetización.Disponível em: <www.fotolog.com>. Acesso em: 16 set. 2013.

O diálogo apresentado na tira parte de:

algumas ilusões que costumam entusiasmar as crianças. alguns complexos que mostram o derrotismo dos

adultos. um conselho para saber lidar com questões econômicas. um dos planos concebidos para aumentar a leitura

literária. uma campanha que destaca a incoerência do dia da

alfabetização.

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 1 a 45Questões de 1 a 5 (opção Espanhol)

QUESTÃO 1

Otro “asadito” en la ESMA levanta críticas desde los organismos

El 3 de enero, el Gobierno se vio convulsionado luego que la organización “Hermanos de Desaparecidos” lanzara un comunicado donde “repudiaba con indignación y profundo dolor al ministro de justicia por utilizar el predio donde funcionó la Escuela de Mecánica de la Armada (ESMA) para un multitudinario asado de fin de año”.

La denuncia generó gran revuelo y el ministro debió salir a explicar qué sucedió. En su descargo, “disparó contra los opositores que se dicen progresistas pero actúan en conjunto con algunos medios de comunicación” y explicó que, en rigor, “fueron sándwiches”. Pasaron nueve meses de esa denuncia y ahora nuevamente vuelve a estar en escena la misma situación, que le provocó más de un dolor de cabeza al Ejecutivo. Con indignación y lágrimas, la Asociación de Ex detenidos Desaparecidos (AEDD) asegura que “funcionarios realizaron el sábado último un nuevo asado al aire libre en el predio de la ex ESMA” y juzgó esa actitud como “inapropiada e hiriente, por tratarse de un sitio identificado con la memoria y el exterminio de presos políticos durante la última dictadura militar”. E. F., ex detenido en la ESMA y dirigente de la AEDD, comentó que “fue él quien presenció la escena cuando acompañaba el sábado una visita guiada por el predio, con miembros de su agrupación”.

E. F. remarcó que, “además de preparar el asado, tocó una murga y distinguió como partícipe del evento al subsecretario de Promoción de Derechos Humanos. “Los asados en la ESMA tienen un solo significado, la quema de los cuerpos de nuestros compañeros muertos en la tortura o resistiendo en el momento de su secuestro”, consideró la entidad que reúne a ex detenidos desaparecidos.

En el comunicado, la organización “relató un diálogo ríspido y tenso que se suscitó en torno de la parrilla con los participantes”, y denunció que “al ser interpelados de lo hiriente de la situación, respondieron en forma despectiva y burlona, a la que se sumó una cobarde, patotera y agresiva actitud por parte de otras personas que los acompañaban”.

Disponível em: <www.diarioinedito.com>. Acesso em: 12 set. 2013 (adaptado).

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QUESTÃO 3

El reciclaje

El reciclaje transforma materiales usados, que, de otro modo, serían simplemente desechos, en recursos muy valiosos. Botellas usadas, latas, periódicos, etc. son reutilizables y de allí a que llevarlos a una instalación o puesto de recogida sea el primer paso para una serie de pasos generadores de una gran cantidad de recursos financieros, ambientales y, cómo no, de beneficios sociales. Algunos de estos beneficios se acumulan tanto a nivel local como a nivel mundial.

Beneficios del reciclaje

– El reciclaje protege y amplía empleos de fabricación y la competitividad.

– Reduce la necesidad de vertederos y del proceso de incineración.

– Evita la contaminación causada por la fabricación de productos de materiales vírgenes.

– Ahorra energía.

– Reduce las emisiones de gases de efecto invernadero que influyen en el cambio climático y global.

– Ahorra los recursos naturales, como la madera, el agua y los minerales.

– Ayuda a mantener y proteger el medio ambiente para las generaciones futuras.

Disponível em: <www.elreciclaje.org>. Acesso em: 10 jun. 2013 (adaptado).

Segundo o texto, a reciclagem:

pode diminuir a oferta de empregos. reduz a necessidade de lixões, mas aumenta a de

incineração. é responsável pela mudança climática no planeta. poupa energia e auxilia na conservação e defesa do

meio ambiente. recupera materiais usados, como madeira, água e

minerais.

QUESTÃO 4El envoltorio lo explica todo

Aprenda a interpretar la información técnica que aparece en el envoltorio de la bombilla

Disponível em:<www.premiumlight.eu> Acesso em: 6 mar. 2014.

Duración (“horas de vida”)

Con independencia de los vatios (W), el tiempo que puede funcionar una bombilla se expresa en “horas de vida”. La utilización media de una bombilla es de 1.000 horas al año (este cálculo se basa en unas 3 horas de funcionamiento al día). Por supuesto, las bombillas que están encendidas continuamente se funden antes, y las que se utilizan poco duran más.

Tono de luz (“temperatura de color”)

Las bombillas incandescentes siempre producen la misma luz “blanca cálida”. Sin embargo, las bombillas fluorescentes compactas ofrecen diversas temperaturas de color, expresadas en kelvin (K). Estas diferencias pueden ser importantes a la hora de elegir una bombilla: la luz “blanca cálida” (2.700 K) crea ambientes acogedores y la “blanca fría” (4.000 K) está más indicada para entornos de trabajo.

Disponível em: <www.ec.europa.eu>. Acesso em: 28 fev. 2014 (adaptado).

No comentário a respeito da explicação, que costuma aparecer nas embalagens, sobre a duração de uma lâmpada, indica-se que:

contar as horas de vida de uma lâmpada favorece a economia.

a falta de uso das lâmpadas permite aumentar sua durabilidade.

a utilização contínua de uma lâmpada equilibra o consumo de energia.

a qualidade do funcionamento da lâmpada é determinada pelo tipo de energia.

o tempo médio recomendado para manter uma lâmpada acesa é de 3 horas diárias.

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QUESTÃO 5

La vuelta al mundo entre platos y embajadas

Relato autobiográfico, viaje sentimental, recetario… Carmen y Gervasio Posadas fueron testigos de anécdotas impagables en Madrid, Moscú, Buenos Aires y Londres, ciudades en las que su padre fue embajador. La obra de Carmen ha sido traducida a veintiún idiomas y su hermano, Gervasio, escritor y publicista, también se dedica a actividades como la formación y la consultoría.

Carmen y Gervasio Posadas

Hoy Caviar, Mañana Sardinas

“Un diplomático suele trabajar con dos armas: la política y la cocina”. Por eso esta obra incluye, entre otras cosas, apuntes sociológicos y recetas de diferentes épocas y lugares. A partir de 1965, la familia Posadas transitó por Madrid en el último tramo del franquismo, el Moscú de la Guerra Fría o el Londres de los ochenta. No todo fueron cócteles y recepciones fastuosas: sus recuerdos, que combinan ironía y ternura a partes iguales, desmitifican la imagen que suele asociarse a la vida de la embajada. Carmen y Gervasio rinden también un homenaje a su madre, sufrida esposa del embajador y autora de agudas reflexiones contenidas en estas páginas. Ministros, divas, vividores y marquesas – en una galería que abarca desde Franco a Lady Di – desfilan por un menú aderezado con escenas jugosas y consejos ingeniosos, como el pastel de langosta sin langosta. El resultado garantiza una lectura apasionante y muy apetitosa. Como dijo entonces el ministro Fraga: “¡Cuando le invitan a comer a uno en la embajada de Uruguay, no hay forma de mantener el régimen!”.

Disponível em:<Círculo de Lectores – Revista 4/2012 – n. 258 (adaptado).

Sobre as informações dadas a respeito da família Posadas, é certo dizer que

o pai, como bom diplomata, entendia que a política é como a cozinha.

viveram em diferentes países da Europa e também na América Central.

a mãe era uma mulher pouco crítica e sofria com a vida que levava seu marido.

revelam, em suas recordações, como é de fato a vida na embaixada.

era conhecida por preparar os pratos mais caros nas recepções da embaixada.

Questões 6 a 45

QUESTÃO 6

Afinal, o que NÃO é a Gramática?

A Gramática não pode ser vista, por uma ótica míope, como um amontoado de regras preconizadas pelos estudiosos da língua. Nem se deve perder de vista que, a despeito das normas gramaticais, a língua é um organismo vivo, e por isso mutável, movimentado e construído – paulatinamente – pelos falantes, os verdadeiros agentes da comunicação.

Sendo assim viva, a língua experimenta distanciamentos entre as suas normas gramaticais e o uso que dela fazem os falantes. Isso deve ser considerado.

As regras gramaticais, na realidade, buscam preservar este que é nosso maior patrimônio cultural: a língua portuguesa. Isso também deve ser objeto de consideração.

R.M.Lima

Podemos depreender, da leitura do texto, que, para o seu autor,

há uma manifestação de língua que supera as demais: a que observa rigorosamente regras consagradas pelo tempo.

os estudos gramaticais não devem estar dissociados do reconhecimento da existência de alterações promovidas pelos falantes.

já está na hora de reconhecermos o predomínio da linguagem coloquial sobre o rigorismo imposto pela Gramática.

é preciso reorganizar as normas gramaticais que, nas gramáticas, estão aparecendo como um amontoado sem lógica.

a língua, sendo um organismo em constante transformação, dispensa totalmente a presença de regras gramaticais.

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QUESTÃO 7

A tira registra falas de quatro personagens, sobre as quais se pode afirmar que

não são adequadas, no seu conjunto, ao contexto em que se produzem. o Menino Maluquinho se utiliza apenas de palavras ou expressões do registro formal da língua. os outros três personagens constroem frases que possuem, todas elas, incorreções gramaticais. expressões como “em equipe” e “começou a brincadeira” são típicas da oralidade do discurso. a frase “agora se vira” é construída com um verbo em emprego conotativo, comum na linguagem coloquial.

QUESTÃO 8O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios. Eu fui aparelhado

Não gosto das palavras para gostar de passarinhos.

fatigadas de informar. Tenho abundância de ser feliz por isso.

Dou mais respeito Meu quintal é maior do que o mundo.

às que vivem de barriga no chão Sou um apanhador de desperdícios:

tipo água pedra sapo. Amo os restos

Entendo bem o sotaque das águas como as boas moscas.

Dou respeito às coisas desimportantes Queria que a minha voz tivesse um formato

e aos seres desimportantes. de canto.

Prezo insetos mais que aviões. Porque eu não sou da informática:

Prezo a velocidade eu sou da invencionática.

das tartarugas mais que a dos mísseis. Só uso a palavra para compor meus silêncios.

Tenho em mim um atraso de nascença.

BARROS, M. In. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73-74

É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de menor importância no mundo moderno. No poema acima, essa valorização é expressa por meio da linguagem

denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade. rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno. hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes. simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu lírico poeta. referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação digital.

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QUESTÃO 9Texto I

Meu Rio vermelho

5 Meu Rio Vermelho é longínquaManhã de agosto Rio de uma inância mal-amada. Meus barquinhos de papel Onde navegavam meus sonhos;Sonhos navegantes de um barco: Pescadora, sonhadora do peixe-homem.6 Um dia caiu na rede Meu peixe-homem... todo de escamas luzidias,todo feito de espinhos e espinhas.7 Rio Vermelho, líquido amniótico Onde cresceu da minha poesia, o feto,Feita de pedras e cascalhos.Água lustral que batizou de novo meus cabelos brancos.(...)

Cora Coralina

Texto II

Rio abaixo

Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga...

Quase noite. Ao sabor do curso lento

Da água, que as margens em redor alaga,

Seguimos. Curva os bambuais o vento.

Vivo, há pouco, de púrpura, sangrento,

Desmaia agora o Ocaso. A noite apaga

A derradeira luz do firmamento...

Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga.

Um silêncio tristíssimo por tudo

Se espalha. Mas a lua lentamente

Surge na fímbria do horizonte mudo:

E o seu reflexo pálido, embebidoComo um gládio de prata na corrente,Rasga o seio do rio adormecido.

Olavo Bilac

Ambos os textos têm como tema assuntos semelhantes. Os dois poemas, entretanto, diferenciam-se, respectivamente, por:

linguagem coloquial do primeiro e linguagem imprecisa do segundo.

caráter contido do primeiro e caráter intenso do segundo. tonalidade satírica do primeiro e tonalidade avaliativa do

segundo. ênfase narrativista do primeiro e ênfase descritivista do

segundo. registro subjetivo, de pertencimento, do primeiro e

registro universalista do segundo.

QUESTÃO 10 Texto I

“Estou farto do lirismo comedido

Do lirismo bem comportado

Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente

protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor

Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário

o cunho vernáculo de um vocábulo

Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais

Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção

Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis”

BANDEIRA, M. “Poética”(fragmento).

Texto II

A língua sem arcaísmos. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros.

ANDRADE, O. de. “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” (fragmento).

Os textos acima são de dois dos maiores expoentes do nosso Modernismo. Sobre esses textos, pode-se afirmar que

apresentam visões diferentes sobre a vinculação entre a literatura e a gramática, apesar de seus autores pertencerem à mesma escola literária.

ambos são exemplificativos da função metalinguística da linguagem, uma vez que são textos literários cujo tema é a literatura.

o primeiro deles atribui à observância dos fatos gramaticais uma importância que não é reconhecida pelo segundo.

os três primeiros versos da última estrofe do texto I são contraditados pelo que se contém na última frase do texto II.

a expressão “Sem erudição”, no texto II, pode ser entendida como uma crítica aos que rejeitam o chamado “purismo” na criação literária.

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QUESTÃO 11No “O Pasquim – Antologia – Volume I – 1969-1971”, organizado por Jaguar e Sérgio Augusto, vemos, nas páginas 108 e 109, trabalho de Ziraldo e Caulos , sob o título “Aprenda a ler nas entrelinhas”, no qual aparecem diversas hipotéticas manchetes de jornal, como as que reproduzimos a seguir:

I.SOMENTE A TELEVISÃO

DESLIGADA

SALVARÁ O BRASILII.

SOMOS CONTRATODOS AQUELES QUE DIZEM QUE SOMOS CONTRA

O GOVERNOOs dois autores, além de brincar com a “desconstrução” do valor metafórico da expressão “ler nas entrelinhas”, admitem uma possibilidade adicional de leitura (portanto, “entrelinhas” metaforicamente consideradas) dos textos, o que poderia retratar, por exemplo, a crítica à censura da época, tida como pouco esclarecida e intelectualmente fraca, capaz, portanto, de interpretar todas as mensagens ao pé da letra.

A julgar pelos elementos que constituem os exemplos, podemos afirmar que o ato de “ler nas entrelinhas” pode significar, em certos casos

interpretar as manchetes como o requer o rigor jornalístico, com o sentido denotativo que apresentam

aplicar o juízo crítico na leitura das manchetes, que podem apresentar sentido diferente do que parecem ter.

entender as manchetes com o seu significado figurado, que é típico da matéria jornalística.

desqualificar a importância das manchetes, uma vez que elas não correspondem à matéria titulada.

descobrir, em cada manchete, o único significado possível, sem sutilezas, normalmente em tipos menores.

QUESTÃO 12

As palavras

São como um cristal,

as palavras.

Algumas, um punhal,

um incêndio.

Outras,

orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.

Inseguras navegam:

barcos ou beijos,

as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,

leves.

Tecidas são de luz

e são a noite.

E mesmo pálidas

verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem

as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

ANDRADE, E. de Disponível em: <www.fumacas.weblog.com.pt>. Acesso em: 5 ago. 2011

O ato de comunicação conta com seis elementos básicos. Nessa perspectiva, a realização da linguagem debruça-se sobre algum desses elementos, ou, até mesmo, mais de um. O poema de Eugênio de Andrade fala sobre as palavras, definindo-as e caracterizando-as. Nesse contexto é possível encontrar em seu texto, predominantemente, a função da linguagem.

referencial, porque transmite informações objetivas sobre o tema de que trata o poema.

poética, porque o poema transmite informações com um tom de sentimentalismo.

metalinguística, porque o texto utiliza as palavras para caracterizá-las.

apelativa, porque busca persuadir o receptor a adotar um certo comportamento.

emotiva, pois imprime ao poema as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos.

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QUESTÃO 13“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os

armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada, de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergava por imenso tabuleiro de madeira, sujo, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’ Era uma vendedeira de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada, os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suando, vermelho, afogueado, à sombra de um enorme chapéu de sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos”.

O fragmento acima é de O mulato, romance naturalista de Aluízio Azevedo. É possível reconhecer no trecho

uma denúncia contra a pobreza e a injustiça social, típica da corrente literária realista-naturalista. a descrição da paisagem brasileira com ênfase em seu aspecto pitoresco e natural, característica do Romantismo. o estilo argumentativo da prosa barroca, que se constrói a partir de jogos de palavras e antíteses. o retrato do Brasil rural, próprio da prosa regionalista da segunda geração de escritores modernistas. o estilo descritivo da literatura de informação dos séculos XVI e XVII, em que o autor procura descrever e analisar a

realidade brasileira a partir de uma visão de mundo europeia.

QUESTÃO 14

No fragmento acima, de uma página inicial de edição digital do jornal O Globo, percebem-se, como elementos distintivos desse meio em relação à edição jornalística tradicional

atualização, interatividade e multimidialidade. intertextualidade, linguagem não verbal, seções variadas. personalização, hipertextualidade, apelo visual. diagramação, manchetes e chamadas. índices, artigos, reportagens.

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QUESTÃO 15Em relação ao jornalismo propriamente dito, a internet

proporcionou uma quebra no esquema de difusão um-todos, ou melhor, emissor único e receptores múltiplos. Agora, cada um, além de tornar-se editor (navegando a seu bel-prazer pelos links e hiperdocumentos) pode ser emissor da notícia e mesmo interagir com sua produção. A figura do gatekeeper, que seria o profissional selecionador das notícias que vão estar na pauta do veículo, inexiste na internet. Segundo a colega Ana Paula Saab, em uma das discussões digitais, “a internet oferece múltiplos sistemas de filtragem, por meio dos quais os utilizadores podem escolher de acordo com os seus interesses. Com o computador pessoal, o internauta tem a liberdade de fazer e controlar a sua própria imprensa. A rede aumentou imensuravelmente a área de abrangência do leitor, ou seja, sua capacidade de acesso, já que podemos conhecer e ler veículos de comunicação de grande parte dos países, privilégio inviável antes do advento da internet”.

ZANIRATTO, B. G. O Impacto da tecnologia da informação na comunicação. (PG – Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp – Bauru (fragmento).

Considerado o exposto no fragmento acima, a melhor expressão daquilo que a internet propicia, como elemento diferenciador, em termos de informação, é

única emissão para recepção múltipla. melhor seleção da pauta de notícias. fontes de notícia mais confiáveis. prevalência de jornais produzidos segundo conveniências

externas. acessibilidade total do usuário, em termos planetários.

QUESTÃO 16 Leia o poema a seguir.

A cantiga do sertanejo[...]

Pobre amor! o sertanejo

Tem apenas seu desejo

E as noites belas do val!

Só – o ponche adamascado,

O trabuco prateado

E o ferro de seu punhal!

[...]

Se tu viesses, donzela,

Verias que a vida é bela

No deserto do sertão!

Lá têm mais aroma as flores

E mais amor os amores

Que falam no coração!

AZEVEDO, A. de. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 131.

Álvares de Azevedo é um importante representante do Romantismo brasileiro oitocentista. No trecho da obra citada, o autor constrói uma imagem do sertão, decorrente

do compromisso dos artistas com o projeto de centralização do Império, que buscava integrar as províncias do interior ao Estado nacional.

do contato com as artes europeias, que favorecia a avaliação dos elementos individualizadores da identidade nacional emergente com a Independência.

da crítica aos problemas sociais das cidades litorâneas, que reforçava o saudosismo diante do declínio da economia cafeeira.

da elaboração de personagens caricatos, que marcava a geração de poetas influenciados pelos trabalhos da missão francesa.

da inspiração da literatura descritiva de jesuítas, que relatava o interior do Brasil, destacando o desenvolvimento da economia agropastoril.

QUESTÃO 17“Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino

diabo”; e verdadeiramente não era outra coisa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce “por pirraça”; e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo –, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: – “Cala a boca, besta!”

ASSIS, M. de, Memórias póstumas de Brás Cubas

O romance Memórias póstumas de Brás Cubas publicou-se em um momento significativo da literatura brasileira, tanto para a carreira de Machado de Assis como para o desenvolvimento da prosa no Brasil. Esse é um marco literário, pois se tornou um divisor entre a:

a prosa romântica e a realista-naturalista. o romantismo e o científico-literário. os remanescentes clássicos e a necessidade de

modernização. o espírito conservador e o espírito revolucionário. a prosa finissecular e a imposição renovadora da época.

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QUESTÃO 18

A bula, da mesma forma que a poesia, tem as suas metáforas, os seus eufemismos, os seus mistérios, e as partes melhores são sempre as que vêm sob os títulos “precauções” e/ou “advertências” e “reações adversas”. Essa parte da bula certamente é produzida por uma equipe da qual fazem parte cientistas, gramáticos, advogados especializados em ações indenizatórias, poetas, criptógrafos, advogados criminalistas, marqueteiros, financistas e planejadores gráficos. Você tem que alertar o usuário dos riscos que ele corre (e não se iludam, todo remédio tem um potencial de risco), ainda que eufemicamente, pois se o doente sofrer uma reação grave ao ingerir o remédio, o laboratório, através dos seus advogados, se defenderá dizendo que o doente e o seu médico conheciam esses riscos, devidamente explicitados na bula.

Vejam esta maravilha de eufemismo, de figura de retórica usada para amenizar, maquiar ou camuflar expressões desagradáveis empregando outras mais amenas, ou incompreensíveis. Trecho da bula de um determinado remédio: “Uma proporção maior ou mesmo menor do que 10% de...” (não cito o nome do remédio, aconselhado pelo meu advogado) “pode causar uma toxidade que pode evoluir para exitus letalis”. (o itálico é da bula).

Qual o poeta, mesmo entre os modernos, os herméticos ou os concretistas, capaz de eufemizar, camuflando, de maneira tão rica, o risco de morte − “evoluir para exitus letalis”?

Rubem Fonseca

Ao discorrer sobre a bula , o cronista constrói um texto irônico, no qual pretende demonstrar que esse gênero textual

apresenta, usualmente, uma redação descuidada, que pode prejudicar o fabricante do remédio.

tem elementos de linguagem que se destinam a mascarar os possíveis males que o remédio possa provocar.

conta com um especialista da língua que, sozinho, se responsabiliza pela construção do tópico “precauções”.

é produzido com diversos eufemismos não intencionais, que não chegam a ser percebidos pelos usuários.

apresenta invejáveis níveis de clareza e precisão, que lhe garantem a necessária confiabilidade.

QUESTÃO 19

A rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas,

Pensem nas meninas

Cegas inexatas,

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas,

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas.

Mas, oh, não se esqueçam

Da rosa, da rosa!

Da rosa de Hiroshima,

A rosa hereditária,

A rosa radioativa

Estúpida e inválida,

A rosa com cirrose,

A antirrosa atômica.

Sem cor, sem perfume,

Sem rosa, sem nada.

Vinicius de Moraes

O poema de Vinicius de Moraes (1913-1980) foi musicado na década de 70 pelo grupo Secos e Molhados. Em seus versos, constrói-se basicamente um apelo para que não seja esquecida a

situação econômica de um país bombardeado. potência destrutiva de uma bomba nuclear. falta de alimento nos países em desenvolvimento. presença de mulheres nas guerras mundiais. situação precária das crianças abandonadas no planeta.

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QUESTÃO 20

A cana dos outros

“Esse que andando planta Num cortado de cana

os rebolos* da cana, O que se vê é a sanha*,

nada é do semeador de quem derruba um bosque.

que se sonetizou. Não o amor de quem o colhe.

É o seu, menos um gesto Sanha fúria, inimiga,

de amor que de comércio. feroz, de quem mutila.

E a cana como a joga De quem sem mais cuidado

não planta: joga fora. abre trilha no mato.

Leva o eito*, o compasso, A gente funerária

na limpa contra o mato. que cuida da finada,

Branco e alheadamente Nem veste seus despojos:

de quem faz e não entende. Ata-a em feixe de ossos.

De quem não entendesse E quando o enterro chega

Porque só é mato este; o coveiro sem maneiras,

Porque limpar do mato, tomba-a na tumba*-moenda*

Não da cana limpá-lo. tumba viva, que a prensa.”

João Cabral de Melo Neto

Vocabulário

*rebolo: cana-de-açúcar, com um ou dois gomos, para replantio

*eito: limpeza ou roçado de uma plantação

*sanha: rancor, fúria, ira

*tumba: cova, túmulo

*moenda: conjunto de peças ou máquina para moer ou triturar

O texto em questão reflete sobre a atividade do plantio e da colheita da cana, sobre o homem que trabalha com a cana. Nos versos finais – duas últimas estrofes – o autor se vale de recurso expressivo que reforça uma visão crítica , “transferindo”, às atividades de exploração da cana, a visão negativa que tem sobre a exploração do trabalhador rural. Esse recurso é a

hipérbole personificação ironia metonímia antítese

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QUESTÃO 21

Eu sou o rap

Eu sou o sonho de cada moleque em meio ao frio

Sou a realidade de cada um que me viu

Eu sou o presente e o passado de quem me sentiu

Mesmo sem arma sou a verdadeira guerra civil

Eu sou o pão pra cada homem que hoje sente fome

Eu sou a fome que faz movimentar cada homem

Eu sou a esperança de paz da quebrada

Eu sou a casa onde a revolução fez a morada

Eu sou a alma da raça dita a mais fraca

Eu sou o olhar do guerreiro no momento que ataca

Eu sou a bondade e o sorriso de cada senhora

Eu sou a perseverança de quem fica quando alguém vai

embora

Na hora que você olhar bem dentro dos meus olhos cê

vai ver

Um mundo novo, um renascer

E agora fica aqui que é seu lugar

Se existe luta no seu coração é onde eu vou estar

PROJOTA. Disponível em: <www.letras.mus.br> Acesso em: 25 mar. 2015.

O rap é um dos elementos que fazem parte do hip-hop, um movimento cultural que surgiu no início dos anos 1970, no bairro Bronx em Nova Iorque, criado por jovens negros e imigrantes. A partir dos anos 1980, o rap se difundiu por vários países do mundo. No Brasil, o primeiro elemento da cultura hip-hop a se desenvolver foi o break, um tipo de dança desenvolvida no hip-hop. Jovens que frequentavam os bailes black dos anos 1970 se reuniam na estação São Bento do Metrô de São Paulo para dançar o novo estilo que chegava aos poucos pela mídia. Foi a partir do break que o movimento hip-hop começou a se organizar no Brasil. Com o tempo os “breakers” foram adquirindo conhecimento sobre o hip-hop e as outras manifestações artísticas como o rap e o grafite foram se desenvolvendo.

Atualmente, o rap feito no Brasil tem desempenhado o papel de porta-voz das culturas marginalizadas das periferias dos grandes centros urbanos, como se pode observar na seguinte passagem

“Eu sou o sonho de cada moleque em meio ao frio” “Eu sou o presente e o passado de quem me sentiu” “Eu sou a esperança de paz da quebrada” “Eu sou o olhar do guerreiro no momento que ataca” “Eu sou a perseverança de quem fica quando alguém

vai embora”

QUESTÃO 22

Invernáculo

Esta língua não é minha,

qualquer um percebe.

Quem sabe maldigo mentiras,

vai ver que só minto verdades.

Assim me falo, eu, mínima,

quem sabe, eu sinto, mal sabe.

Esta não é minha língua.

A língua que eu falo trava

uma canção longínqua,

a voz, além, nem palavra.

O dialeto que se usa

à margem esquerda da frase,

eis a fala que me lusa,

eu, meio, eu dentro, eu, quase.

Paulo Leminski

O título do poema mostra a sua natureza metalinguística: “invernáculo” seria um “não vernáculo”, uma negação da língua padrão, que constituiria a modalidade linguística utilizada pelo poeta. A referência àquela que seria a sua língua está presente, de forma mais expressiva, no par de versos:

“Esta língua não é minha, qualquer um percebe”.

"Quem sabe maldigo mentiras, vai ver que só minto verdades".

"Assim me falo, eu, mínima, quem sabe, eu sinto, mal sabe”

“uma canção longínqua, a voz, além, nem palavra”.

“à margem esquerda da frase, eis a fala que me lusa”

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QUESTÃO 23

Meu caro deputado

O senhor nem pode imaginar o quanto eu e a minha família ficamos agradecidos. A gente imaginava que o senhor nem ia se lembrar de nós, quando saiu a nomeação do Otavinho meu filho. Ele agora está se sentindo outro. Só fala no senhor, diz que na próxima campanha vai trabalhar ainda mais para o senhor. No primeiro dia de serviço ele queria ir na repartição com a camiseta da campanha mas eu não deixei, não ia ficar bem, apesar que eu acho que o Otavinho tem muita capacidade e merecia o emprego. Pode mandar puxar por ele que ele dá conta, é trabalhador, responsável, dedicado, a educação que ele recebeu de mim e da mãe foi sempre no caminho do bem.

Faço questão que na próxima eleição o senhor mande mais material que eu procuro todos os amigos e os conhecidos. O Brasil precisa de gente como o senhor, homens de reputação despojada, com quem a gente pode contar. Meu vizinho Otacílio, a mulher, os parentes todos também votaram no senhor. Ele tem vergonha, mas eu peço por ele, que ele merece: ele tem uma sobrinha, Maria Lúcia Capistrano do Amara, que é professora em Capão da Serra e é muito adoentada, mas o serviço de saúde não quer dar aposentadoria. Posso lhe garantir que a moça está mesmo sem condições, passa a maior parte do tempo com dores no peito e na coluna que nenhum médico sabe o que é. Eu disse que ia falar com o senhor, meu caro deputado, não prometi nada, mas o Otavinho e a mulher têm esperanças que o senhor vai dar um jeitinho. É gente muito boa e amiga, o senhor não vai se arrepender.

Mais uma vez obrigado por tudo, Deus lhe pague. O Otavinho manda um abraço para o senhor. Aqui vai o nosso abraço também. O senhor pode contar sempre com a gente.

Miroel Ferreira (Miré)

Considerando-se expressões como “no caminho do bem”, “trabalhador, responsável, dedicado” e “o Brasil precisa de gente como o senhor”, pode-se afirmar que o remetente empregou na carta

figuras de linguagem com alguma originalidade. termos concretizantes e precisos. linguagem enraizada em vivências muito pessoais. lugares-comuns pouco definidores. fórmulas retóricas da linguagem afetiva.

QUESTÃO 24

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!

Augusto dos Anjos

Uma das características marcantes da poesia de Augusto dos Anjos, poeta brasileiro do pré-modernismo, é

a nostalgia em relação aos mitos gregos, os quais utilizou abundantemente.

o disfarce de pastor em meio a ninfas que povoam uma natureza artificial.

o Parnasianismo ortodoxo: rigor formal e impassibilidade marmórea.

a intensa religiosidade, misturada à busca da musicalidade simbolista.

o emprego de muitas palavras tomadas de empréstimo às ciências.

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QUESTÃO 25Bom é corromper o silêncio das palavras.

Como seja:

1. Uma rã me pedra. (A rã me corrompeu

para pedra. Retirou meus limites de ser humano

e me ampliou para coisa. A rã se tornou

o sujeito pessoal da frase e me largou no

chão a criar musgos para tapete de insetos

e de frades)

2. Um passarinho me árvore. (O passarinho me

transgrediu para árvore. Deixou-nos aos

ventos e às chuvas. Ele mesmo me bosteia

de dia e me desperta nas manhãs)

3. Os jardins se borboletam. (Significa que

os jardins se esvaziaram de suas sépalas

e de suas pétalas? Significa que os jardins

se abrem agora de um só buliço das

borboletas?)

4. Folhas secas me outonam. (Folhas secas que

forram o chão das tardes me transmudaram

para outono? Eu sou meu outono.)

Gosto de viajar por palavras do que de trem.

Barros, in Retrato do Artista Quando Coisa. Record, 2009.

Neste poema, Manoel de Barros exercita sua criatividade para a construção de seus versos. Do ponto de vista gramatical, percebemos, nos quatro “exemplos” apresentados, o emprego de recurso que consiste na

criação onomatopaica de diversos neologismos. invenção de verbos a partir de substantivos. formação de verbos com elementos sufixais típicos dos

nomes. utilização de palavras cujo ineditismo define um novo

campo semântico. inobservância das normas de concordância verbal.

QUESTÃO 26“Jeca Tatu é uma grande descoberta. Ou, se não uma

descoberta, uma grande sacudida nas consciências. Será uma descoberta na hipótese, não desprezível, de que os brasileiros bem-nascidos e letrados não tivessem ideia, ou tivessem apenas ideia vaga, da existência, no subsolo do país onde se moviam, de um Brasil miserável, ignorante e desprezado. Será uma sacudida nas consciências se esses brasileiros, conhecendo esse Brasil, fingissem que ele não existia. Num caso como no outro, Jeca Tatu é um soco no estômago – no estômago da ignorância ou no da hipocrisia.”

O texto acima é um comentário do jornalista Roberto Pompeu de Toledo sobre o significado que a personagem de Monteiro Lobato teve quando foi publicada pela primeira vez a obra Urupês. É de conhecimento geral que as ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que a sua coesão é constituída principalmente a partir

da repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações apresentadas no texto.

da substituição de palavras por sinônimos como “descoberta” e “hipótese”, “bem-nascidos” e “letrados”.

do emprego de pronomes, conjunções e advérbios “apenas”, “esses”, “ele”, “como”.

do emprego de diversos adjetivos que indicam ideal hiperbólico e ao mesmo tempo antitético.

do emprego de expressões que articulam períodos que, a princípio, estão semanticamente desconectados.

QUESTÃO 27

O Estado de São Paulo, 14 de abr. 2001.

Nos três primeiros quadrinhos, a linguagem utilizada é mais formal e, no último, mais informal.

A alternativa que traz, uma marca da formalidade e, uma marca da informalidade presentes nos quadrinhos é, respectivamente.

Vilania; vosso. Vós; você. Estou; você. Tenhais; segui. Notícias; falem.

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QUESTÃO 28

Saudosa maloca

Se o sinhô não tá lembrado,

Dá licença de contá

Que aqui onde agora está

Esse adifício arto

Era uma casa veia,

Um palacete assobradado.

Foi aqui, “seu” moço,

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Construímo nossa maloca

Mais, um dia,

– Nóis nem pode se alembrá –,

Veio os homens c’as ferramentas,

O dono mandô derrubá.

Peguemo todas nossas coisas

E fumo pro meio da rua

Preciá a demolição

Que tristeza que nóis sentia

Cada tauba que caía

Duía no coração

Mato Grosso quis gritá

Mais em cima eu falei:

Os homens tá c’a razão,

Nóis arranja otro lugá.

Só se conformemo quando o Joca falô:

“Deus dá o frio conforme o cobertô”.

E hoje nóis pega paia nas gramas do jardim

E p’ra esquecê nóis cantemo assim:

Saudosa maloca, maloca querida, dim, dim,

Donde nóis passemo dias feliz de nossa vida.

BARBOSA, A. In: Demônios da Garoa - Trem das 11. Continental-Warner Music Brasil, 1995.

A letra de “Saudosa Maloca” se constrói com a presença recorrente de elementos da oralidade, que se sobrepõem ao uso culto.

Constitui explicação adequada para uma dessas sobreposições o que consta em:

No emprego de formas como “contá”, “alembrá” e “derrubá”, altera-se a tonicidade das palavras equivalentes no registro culto da língua.

A palavra “véia” reproduz emprego popular e resulta da troca de um hiato por um ditongo.

Em “construímo”, “peguemo” e “passemo”, a única alteração em relação ao registro culto foi a queda do “s” na desinência número-pessoal.

A palavra “nóis” é resultante de um processo de ditongação que não se verifica no pronome original.

Nos vocábulos “otro” , “falô” e “cobertô” , desfizeram-se os ditongos existentes nas palavras originais.

QUESTÃO 29

O século louco

Do século XX, no futuro, se dirá que foi louco. Um século que usou ao máximo o poder do cérebro para manipular as coisas do mundo e não usou o coração para fazer isso com sentimento solidário.

Um século no qual a palavra inteligência perdeu o seu sentido pleno, porque o raciocínio foi capaz de manipular a natureza nos limites da curiosidade científica, mas não foi usado para fazer um mundo melhor e mais belo para todos. A inteligência do século XX foi burra. Foi capaz de fabricar uma bomba atômica, liberar a energia escondida dentro dos átomos, mas incapaz de evitar que se usassem duas delas, matando centenas de milhares de pessoas.

O que se pode dizer da bomba atômica, como símbolo do século XX, vale para o conjunto das técnicas usadas nestes cem anos loucos: fomos capazes de tudo, menos de fazer o mundo mais decente – como teria sido possível.

Vivemos um tempo em que a inteligência humana conseguiu fazer robôs que substituem os trabalhadores, mas no lugar de libertar o homem da necessidade do trabalho, os robôs provocam a miséria do desemprego. Inventamos a maravilha do automóvel e aumentamos o tempo perdido para ir de casa ao trabalho. Fizemos armas inteligentes, que acertam os alvos sem necessidade de arriscar a vida de pilotos, mas põem em risco a paz entre os povos.[...]

BUARQUE, C. Os instrangeiros. A aventura da opinião na fronteira dos séculos. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2002, pp. 113-115.

Entre as estratégias argumentativas empregadas pelo autor para convencer aqueles a quem se dirige pode-se perceber

a presença de elementos que configuram o chamado argumento de autoridade.

dados numéricos de natureza estatística, que alicerçam sua tese.

o emprego da figura do paradoxo, de modo explícito ou implícito.

um título por si só esclarecedor, que dispensaria explicações adicionais.

o uso da primeira pessoa do plural como “plural majestático”.

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QUESTÃO 30

Epígrafe*

Murmúrio de água na clepsidra** gotejante,

Lentas gotas de som no relógio da torre,

Fio de areia na ampulheta vigilante,

Leve sombra azulando a pedra do quadrante***

Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

Homem, que fazes tu? Para que tanta lida,

Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?

Procuremos somente a Beleza, que a vida

É um punhado infantil de areia ressequida,

Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...

Eugênio de Castro.

(*) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.

(**) Clepsidra: relógio de água.

(***) Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol.

Neste poema, o que leva o poeta a questionar determinadas ações humanas (versos 6 e 7) é a:

infantilidade do ser humano. destruição da natureza. exaltação da violência. inutilidade do trabalho. brevidade da vida.

QUESTÃO 31

O Estado de S. Paulo. 24 set. 2000

A fala da moça, no texto acima, apresenta um duplo significado. Esses dois significados, porém, não estão em contradição, porque indicam que

a moça pretende afirmar o caráter romântico de seu interlocutor.

a moça apenas pretende afirmar que o seu interlocutor é mentiroso.

o modo de agir típico dos homens é com mentiras. há um modo de agir que caracteriza os seres humanos

em geral. a moça não tem certeza de que deve dar crédito às

palavras do homem.

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QUESTÃO 32I

500 jornalistas foram mortos em ação, no mundo, desde 1986.

180 jornalistas estão presos em 22 países.

II

A propaganda é uma forma de persuadir o leitor por meio de recursos que se manifestam de diferentes formas, sejam elas verbais, sejam elas visuais. Assim, o texto publicitário recorre a vários recursos como elementos de persuasão. No texto em questão há o uso

da metáfora pela lógica da comparação implícita. do eufemismo pela minimização do impacto da

mensagem. da hipérbole pelo exagero da imagem transmitida. da antítese pela relação de contradição entre objeto e

área de profissão. da metonímia pelas relações de contiguidade entre os

elementos destacados no texto.

QUESTÃO 33A dança, poderosa linguagem universal, é um meio

de expressão importante desde épocas remotas, assim como a música. Os hebreus e egípcios tinham suas danças sagradas. Entre os gregos e romanos ela era inspirada pelo espírito profano.

Criados em contato íntimo com a natureza – em meio a florestas exuberantes, rios caudalosos, fauna e flora ricas e diversificadas – os índios brasileiros são impregnados pelos seus mistérios onde paira o misticismo. Nos seus rituais e crenças, a dança e a música têm um papel fundamental e uma grande influência na sua vida social.

O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos costumes. Dançam enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros flagelos.

As danças indígenas podem ser realizadas por um único individuo ou em grupo e, salvo raras exceções no alto Xingu, não é executada em pares. As mulheres não participam de danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens. São utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentos musicais

e guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da cerimônia.

Em algumas delas muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes cobrem o corpo todo e lhes servem de disfarce. A linguagem do corpo em movimento, sua organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um lugar fundamental no desempenho do ritual indígena.

Danças de rituais xamanísticos – centralizadas na figura do xamã, um líder que tem o papel de intermediação entre a realidade profana e a dimensão sobrenatural, em seus transes místicos e nos poderes mágicos e curativos que lhe são atribuídos – são realizadas em diversas tribos amazônicas.

GASPAR, L. Danças indígenas do Brasil. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: www.basilio.fundaj.gov.br.

O texto acima cuida da dança dos índios brasileiros. Uma leitura atenta permite a afirmação, dele extraída, no sentido de que

os nossos índios dançam por motivos exclusivamente vinculados a aspectos da natureza que os cerca.

a despeito da diversidade de motivações, a dança não tem relevância nas comunidades indígenas brasileiras.

as máscaras são usadas em determinadas danças dos nossos índios para encobrir certas lideranças religiosas.

a finalidade das diversas danças no universo indígena determina os elementos de ordem material ou espiritual nelas empregados.

os nossos índios privilegiam, em suas danças, aspectos ligados diretamente ao mundo objetivo, sem preocupações com o sagrado.

QUESTÃO 34Um levantamento feito (...) com trabalhadores de 120

empresas de 14 estados revela que o brasileiro ainda está muito mal informado sobre as formas de contágio da Aids. Segundo a pesquisa, 71% dos 4941 entrevistados acreditam que doar sangue transmite a doença, quando, na verdade, o perigo é receber o sangue de alguém que possui o vírus. No tema prevenção, a situação também é preocupante: 96,4% dos pesquisados sabem que o uso do preservativo evita a transmissão da doença, mas, mesmo assim, 47% responderam que nunca usaram preservativo; 18% disseram que usam camisinha às vezes; e 19% afirmaram usá-la sempre.

Boa Forma, Ano 12, n.11, nov.1997.

O texto acima se vale da estatística para justificar a tese de que “o brasileiro ainda está muito mal informado sobre as formas de contágio da Aids”.A leitura atenta do texto permite concluir que, além da desinformação, o brasileiro expõe-se à doença em função de uma postura

preventiva. arrogante. irresponsável. acautelatória. consciente.

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QUESTÃO 35Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais.

Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admirana as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas.

RAMOS, G. Vidas secas

O excerto acima é parte da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, escrita nos moldes do romance de 30. No texto, a referência aos pés:

constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem.

acentua a rudeza física do personagem e a sua adaptação ao meio inóspito em que vivia.

justifica o fato de que o personagem não estava preparado para a caminhada.

serve para demonstrar a deficiente capacidade de pensar do personagem.

sugere a identificação total do personagem com o mundo animal.

QUESTÃO 36Era um sonho dantesco... O tombadilho

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar.

Tinir de ferros... estalar do açoite...

Legiões de homens negros como a noite,

Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas

Magras crianças, cujas bocas pretas

Rega o sangue das mães:

Outras, moças... mas nuas, espantadas,

No turbilhão de espectros arrastadas,

Em ânsia e mágoa vãs.

E ri-se a orquestra, irônica, estridente...

E da ronda fantástica a serpente

Faz doudas espirais...

Se o velho arqueja... se no chão resvala,

E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,

A multidão faminta cambaleia,

E chora e dança ali!

ALVES, C. “Os escravos”. In: Obra completa. Organização de Eugênio Gomes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 280. (fragmento).

Castro Alves, poeta romântico, nasceu na Bahia. Embora tenha vivido pouco tempo, deixou-nos uma importante obra literária, da qual é representativo o poema “Navio Negreiro”. Considerando a leitura do fragmento acima, a produção literária da poesia romântica brasileira e o contexto histórico, no qual Castro Alves está inserido, é possível inferir que os versos transcritos

destoam da realidade brasileira daquela época, uma vez que a evasão no tempo era uma forma de os escritores românticos se afastarem dos problemas sociais.

revelam engajamento político-social, já que traduzem a áspera realidade daqueles que eram trazidos para o Brasil e submetidos à escravidão.

demonstram as diversas facetas do poeta baiano, pois tematizam a sensualidade e o erotismo comuns a sua produção lírica, assim como a dos poetas da terceira geração romântica.

dialogam com a produção poética de Gonçalves Dias no que diz respeito à rigidez métrica de seus versos e à defesa daqueles menos favorecidos.

dão continuidade ao que Álvares de Azevedo desenhou em sua produção poética: a deplorável situação socioeconômica na qual o negro vivia.

QUESTÃO 37(...) reconheça-se: a maior contribuição de Colombo

não foi ter colocado um ovo em pé ou ter aportado por aqui depois de singrar mares nunca dantes navegados. Colombo precisa ser lembrado como a pessoa que permitiu a nós, falantes do inglês, do francês ou do português, que tivéssemos contato com uma língua que, do México até o extremo sul da América, é capaz de nos ensinar a dizer “nosotros” em vez de apenas “we”, “nous”, “nós”, afastando a arrogante postura do “nós” de um lado e do “vocês” do outro. Pode parecer pouco, mas “nós’ é quase barreira que separa, enquanto “nosotros” exige perceber uma visão de alteridade, isto é, ver o outro como um outro, e não como um estranho. Afinal, quem são os outros de nós mesmos? O mesmo que somos para os outros, ou seja, outros!

CORTELLA, M. Folha de S.Paulo, 9 de out. 2003

Segundo se depreende do texto acima, o uso de “nosotros”, na língua espanhola, se distingue do emprego de “nós”, em nossa língua, porque, naquele, percebe-se um aspecto ligado

ao reconhecimento do outro. à exclusão das pessoas. a uma postura arrogante. a um mecanismo de poder. a uma barreira linguística.

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QUESTÃO 38

Limites

Na hora de se exercitar, é preciso respeitar os limites individuais. Cada um de nós tem um “envelope de função”, um espectro próprio de capacidades, que não deve ser ultrapassado. Porque a sobrecarga pode prejudicar o sistema ósseo-músculo-articular, destaca o ortopedista e médico do esporte Marcos Girão. “Por isso que se começa treinando devagar e vai aumentando a frequência conforme se ganha capacidade aeróbia e anaeróbia. Quando se faz isso de forma muito aguda, brusca, sem ser de forma gradativa porque se quer ganhar tempo, pode-se ultrapassar o envelope de função e ter lesões”, diz o médico, que preside a regional cearense da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Por isso, “exagerar” é um conceito subjetivo, avalia o profissional de educação física e colunista do Ciência & Saúde, Rossman Cavalcante. “Alguém que caminha 40 minutos todo dia pode estar exagerando em relação aos exercícios caso sua estrutura músculo-esquelética não esteja preparada para suportar os microimpactos sucessivos característicos dessa atividade. Em contrapartida, um indivíduo que, após meses de preparação, levanta uma barra com o dobro do seu peso corporal pode estar realizando um esforço totalmente compatível com sua capacidade”, exemplifica." O que determina se o exercício é exagerado ou não é se mente e corpo estão devidamente preparados para o esforço”, explica Rossman.

“Para a saúde, a atividade física tem que ser moderada. Porque assim tenho adaptações fisiológicas adequadas que não vão levar o organismo a um nível de estresse fisiológico tão grande que leve ao dano”, ensina o professor Adriano César Carneiro Loureiro.

Disponível em:<www.www.opovo.com.br>

O texto apresenta, no seu desenvolvimento, três depoimentos relativos ao respeito aos limites individuais nas atividades físicas. O posicionamento dos especialistas leva a concluir que

os três profissionais têm posições aparentemente convergentes, mas, na realidade, encaram o problema por ângulos opostos.

o “envelope de função” mencionado pelo médico esportivo Marcos Girão nada tem a ver com a moderação proposta pelo professor Adriano César.

há métodos que objetivamente podem determinar a existência de grandes grupos de pessoas às quais se podem aplicar exercícios comuns.

é preciso ajustar convenientemente os exercícios físicos às condições gerais de cada pessoa, para evitar sequelas decorrentes de inadaptações.

gradação, exagero e moderação são as virtudes que os três profissionais destacam ao tratar do tema.

QUESTÃO 39

Procura da poesia(...) Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos. (...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?

ANDRADE C. D. de A rosa do povo

O texto acima ilustra o seguinte tema frequente entre autores do modernismo no Brasil:

a nostalgia do passado colonialista revisitado. a preocupação com o engajamento político e social da

literatura. o trabalho quase artesanal com as palavras, na busca

de sentidos novos. a produção de sentidos herméticos na busca da

perfeição poética. a contemplação da natureza brasileira na perspectiva

ufanista da pátria.

QUESTÃO 40O pregar há-de ser como quem semeia, e não como

quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.

VIEIRA, "Sermão da Sexagésima"

O sermão é um gênero textual que, como tal, apresenta seus objetivos e suas tipicidades. No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra xadrez tem o objetivo de

defender a ordenação das ideias em um sermão. fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido. comparar o sermão de certos pregadores a uma

verdadeira prisão. mostrar que o xadrez se assemelha ao semear.

criticar a preocupação com a simetria do sermão.

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QUESTÃO 41No Brasil a publicidade vem evoluindo de forma notável.

Deve-se ligar este fato ao progresso industrial. Há um tipo de correlação entre a indústria e a publicidade, ou seja, à medida que um cresce, o outro acompanha este crescimento

(...)

Não se deve, no entanto, ter a ideia extrema que a única finalidade da publicidade é vender determinada mercadoria ou serviço. Ela influencia bastante e motiva a venda. Porém, sem os demais fatores essenciais: qualidade, apresentação do artigo, preço, dentre outros, seria também insensato demais querer que a publicidade atingisse na sua plenitude os objetivos almejados.

Há os que digam, opositores da publicidade, que os gastos feitos com esta são dispensáveis. Nota-se assim um certo conservadorismo adicionado com um pouco de ignorância frente à função e a os efeitos da publicidade no mundo moderno. O consumo estável que determinou a fabricação em série não teria ocorrido sem a publicidade, o qual tem como essência a produção em grandes quantidades que resulta na diminuição do custo do unitário. Chega-se a uma breve conclusão que o custo gasto com a publicidade é ínfimo se comparado com o que se teria que gastar com a produção baseada na unidade, como antigamente, o que leva a deduzir que a publicidade é uma fonte de economia para produtores e de benefícios para consumidores, quando utilizada devidamente, lógico.

Salienta-se que os benefícios da publicidade não são só econômicos. A questão da liberdade de imprensa é resultado da ação democrática da publicidade. Na ausência da receita dos anúncios, nem jornais, nem rádios ou televisões poderiam informar e entreter os espectadores em geral, como o fazem.

Disponível em:<www.jus.com.br/artigos>

O fragmento acima tem como tema a publicidade e, sobre ela, apresenta, basicamente, a tese de que

o processo publicitário não se atém, historicamente, a objetivos de venda, mas responde também pela criação de uma linha de consumo que determinou a fabricação em série e o consequente barateamento dos produtos.

os artifícios da publicidade conseguem encobrir aspectos ligados à qualidade dos artigos divulgados e fazem com que por eles se pague um preço não justificável.

não há como explicar os gastos feitos dentro do sistema publicitário que, é claro, trazem como consequência direta o encarecimento dos produtos nos pontos de venda.

se não houvesse os mecanismos publicitários, os produtores teriam gastos maiores no processo produtivo, embora os consumidores pudessem vir a ser beneficiados.

o processo publicitário tem a ver com valores democráticos, pois a ninguém deve ser retirado o direito de divulgar os seus produtos para o público consumidor.

QUESTÃO 42

Cidade e qualidade de vida

Rio – Se considerarmos que o ser humano surgiu há cerca de 200 mil anos, a cidade é uma invenção relativamente recente. Durante milênios, nossos ancestrais viveram como nômades coletores e, aos poucos, as técnicas de reprodução dos alimentos os fixaram como agricultores e pecuaristas. Havia, naquele longo período – como ainda hoje nas comunidades indígenas tribalizadas – relação direta entre o ser humano e a natureza. Nossos antepassados se alimentavam sem alterar ecossitemas, biomas e biodiversidade.

Essa relação se altera com o advento das cidades. A revolução tecnológica representada pelo tijolo imprime aos humanos a consciência de que não estão mais condicionados pela natureza. Agora é o ser humano que condiciona a natureza.

Os avanços científicos e tecnológicos explicam a arrogância do ser humano. Não pensamos no coletivo, pensamos no individual e no lucrativo.

Assim, nos gabamos de que o Brasil vendeu, em 2010, mais de 3 milhões de veículos automotores, embora isso agrave os congestionamentos, a poluição, a dificuldade de estacionar. Não se investe o suficiente em transportes coletivos, não se planeja o espaço urbano, alvo de especulação imobiliária e vulnerável a fenômenos climáticos decorrentes de desequilíbrios ambientais, o que causa enchentes, desabamentos e secas prolongadas.

Hoje, ganha cada vez mais espaço a proposta de bem viver dos povos indígenas andinos, conhecida como ‘sumak kawsay”. ‘Sumak’ significa plenitude, e ‘kawsay’, viver. Não se trata de viver cercado de conforto, e sim de fazer da felicidade um projeto comunitário. É saber construir relações de solidariedade, não de competição; de harmonia, não de hostilidade; e estabelecer com a natureza vínculos de parceria cuidadosa.

FREI BETTO. Disponível em <www.odia.terra.com.br>

Frei Betto, ao escrever o artigo “Cidade e qualidade de vida”, objetivou, sobretudo, atingir um público-alvo específico a fim de convencê-lo de que

o avanço desordenado das grandes cidades é culpa da falta de zelo do poder público.

o homem volta-se para os problemas coletivos depois que o caos se instala.

o desenvolvimento tecnológico deve respeitar os limites impostos pela natureza.

a única solução para o progresso é agir como os povos indígenas andinos.

a valorização da natureza impede o necessário desenvolvimento tecnológico.

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QUESTÃO 43

Disponível em:<www.portalsertaoemfoco.com.br>

As charges têm, usualmente, uma função crítica e, com humor, abordam situações do cotidiano da sociedade. No caso da que é apresentada acima, pode-se dizer que

critica a utilização da internet como instrumento capaz de propiciar relacionamentos pessoais. apresenta uma nova forma de relacionamento afetivo, na qual a tecnologia aparece como instrumento a serviço da

aproximação entre as pessoas. justifica, ironicamente, a afirmação de que a internet vem, nos tempos atuais, contribuindo para “separar quem está junto”. valoriza o aperfeiçoamento tecnológico que, cada vez mais, substitui os contatos presenciais pelos virtuais. destaca a hipocrisia e a falsidade que, na sociedade contemporânea, vêm prevalecendo nas relações interpessoais.

QUESTÃO 44Você é o seu corpo. Aonde você for, terá que ir com ele. Dorme com ele. Levanta-se após o sono com ele. Seu corpo físico

é você. Sua mente, que faz você pensar, é fruto do seu corpo, da parte dele chamada cérebro. Os neurocientistas ainda não conseguiram descobrir o que é a mente. Ela é um produto do cérebro. O cérebro (encéfalo) funciona com química e eletricidade. Mas eles verificaram que a mente é mais do que neuroquímica e eletricidade. Sua mente é do seu corpo. Seu corpo físico tem uma mente, por isso pode pensar, sentir, tomar decisões. É uma união indivisível. Não existe mente sem corpo.

Tristemente o mundo atual vive de aparências. As pessoas estão, numa grande maioria, com felizes exceções, preocupadas e fissuradas com a aparência. Seja aparência da sua roupa, tênis, celular, automóvel, título profissional, e, claro, do corpo. Quanto mais dúvidas você tem sobre seu valor como pessoa, maior será a preocupação obsessiva com a aparência externa. Você poderá querer compensar o mal-estar que sente dentro de si, com algo do exterior. Não quer dizer que se a pessoa tem equilibrado respeito pessoal, ela não ligará para a aparência.

A beleza física é admirável. O belo nos atrai. Seja na Natureza, numa obra de arte, poesia, texto, produção científica, ajuda comunitária, caráter, etc. Um corpo e rosto bonitos são ajudadores no equilíbrio dentro da pessoa para ela gostar de si mesma saudavelmente. Mas isto é somente uma verdade parcial. Pessoas que não possuem beleza física podem ser agradáveis e de caráter atraente. E pessoas muito belas fisicamente podem ser vazias de alma e chatas.

É importante sim você cuidar bem de seu corpo do ponto de vista estético. Uma pessoa desleixada com a aparência de seu corpo, seja quanto à higiene ou estética pode revelar sofrimento emocional, podendo ser depressão, autorrejeição, falta de orientação aprendida na infância, etc. Também é verdade que uma pessoa obsessiva com sua aparência física parece revelar importantes dificuldades emocionais, tais como insegurança, carência excessiva de afeto e aprovação, obsessão por aceitação, etc.

(...)Nosso corpo envelhece e com ele o cérebro. Quanto mais e melhor você cultivar uma mente pura, útil, misericordiosa,

honesta sem extremismos, afetiva, firme com relação às atitudes abusivas de certas pessoas, buscando ser justo, seu corpo funcionará melhor e a beleza do caráter suprirá em muito a decadência do corpo.

Disponível em:<www.portalnatural.com.br>

O autor do texto acima desenvolve argumentação a respeito da vinculação entre o corpo e a mente. A esse propósito, ele se posiciona de forma a

retirar qualquer relevância para o corpo, do ponto de vista estético. estender o conceito de beleza a elementos não apenas vinculados ao corpo. valorizar a beleza corporal como compensação para frustrações de outra ordem. separar a busca do equilíbrio espiritual de quaisquer preocupações com a aparência. estabelecer uma relação inversamente proporcional entre a beleza física e a grandeza de espírito.

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QUESTÃO 45

Mandaram ler este livro...

Se o tal do livro for fraquinho, o desprazer pode significar um precipitado mas decisivo adeus à literatura; se for estimulante, outros virão sem o peso da obrigação.

As experiências com que o leitor se identifica não são necessariamente as mais familiares, mas as que mostram o quanto é vivo um repertório de novas questões. Uma leitura proveitosa leva à convicção de que as palavras podem constituir um movimento profundamente revelador do próximo, do mundo, de nós mesmos. Tal convicção faz caminhar para uma outra, mais ampla, que um antigo pensador romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio.

Cláudio Ferraretti

De acordo com o texto, a convicção despertada por uma leitura proveitosa é, precisamente, a de que

sempre existe a possibilidade de as palavras serem profundamente reveladoras. as palavras constituem sempre um movimento de profunda revelação. é muito fácil encontrar palavras que sejam profundamente reveladoras. as palavras sempre caminham na direção do outro, do mundo, de cada um de nós. nenhuma palavra será viva se não provocar o imediato prazer do leitor.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIASQuestões de 46 a 90

QUESTÃO 46Um vasilhame na forma de um cilindro circular reto de raio da base de 5 cm e altura de 30 cm está parcialmente ocupado por 625p cm3 de álcool. Suponha que sobre o vasilhame seja fixado um funil na forma de um cone circular reto de raio da base de 5 cm e altura de 6 cm, conforme ilustra a figura 1. O conjunto, como mostra a figura 2, é virado para baixo, sendo H a distância da superfície do álcool até o fundo do vasilhame.

H

Considerando-se essas informações, qual é o valor da distância H?

5 cm. 7 cm. 8 cm. 12 cm. 18 cm.

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QUESTÃO 47No vazamento de petróleo da empresa americana Chevron do último dia 7 de novembro, na bacia de Campos/RJ, a mancha de óleo na superfície do mar assumiu grandes dimensões e teve seu pico de área entre os dias 12 e 14 daquele mês. O vazamento levou dias para ser contido, pois o petróleo continuava a escapar por fissuras, como mostrado na foto.

http://oglobo.globo.com

A figura mostra, de forma hipotética e aproximada, em tom escuro, as áreas da mancha de óleo na superfície do mar.

Dados 1 dm3 = 1 L e p ≈ 3 e sabendo que a altura média da lâmina de óleo sobre as águas era de 0,003 mm e que 1 barril de petróleo cru contém 160 litros de óleo, o número aproximado de barris que vazaram no incidente foi

2.360. 2.860. 2.960. 3.320. 5.250.

QUESTÃO 48Em uma pequena cidade do interior de Minas, é suspenso, semestralmente, o abastecimento de água durante um dia. Nesse dia, é feita uma manutenção na rede de água, e cada morador aproveita para lavar sua caixa-d’água.

A cidade possui 156 casas, cada uma delas com uma caixa--d’água. As caixas são de diferentes formas:

– 33 delas possuem a forma de uma semiesfera de raio 2 m; – 62 possuem a forma de um cubo de aresta 10 dm; – as restantes possuem a forma de um paralelepípedo de

10 dm × 20 dm × 50 dm.

Assim, o prefeito da cidade resolveu montar um projeto para que, nesse dia, a prefeitura abastecesse todas as casas.

O projeto consiste em construir, no alto da cidade, uma grande caixa-d’água no formato de um cilindro que consiga abastecer todas as 156 caixas-d’água da pequena cidade, utilizando caminhões-pipa. No projeto, ficou determinado que a medida do raio da caixa-d’água deve ser de 4 metros.

Com base nas informações anteriores, qual será a altura h da caixa-d’água a ser construída pela prefeitura, capaz de abastecer, ou seja, encher completamente todas as caixas- -d’água da cidade, considerando que não haverá perda de água na transferência para o caminhão e para as caixas e que o cilindro construído ficará vazio após abastecer toda a cidade? Utilize p = 3.

20 m. 22 m. 28 m. 25 m. 30 m.

QUESTÃO 49Considere uma mercadoria cujo preço foi elevado de x reais para y reais. Para saber o percentual de aumento, um cliente dividiu y por x, obtendo quociente igual a 2,08 e resto igual a zero.

Em relação ao valor de x, o aumento percentual é equivalente a:

10,8%. 20,8%. 108%. 208,0%. 280%.

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QUESTÃO 50O tipo mais comum de bebida encontrado nos

supermercados não é o suco, mas o néctar de frutas. Os fabricantes de bebida só podem chamar de suco os produtos que tiverem pelo menos 50% de polpa, a parte comestível da fruta. Já o néctar de frutas é mais doce e tem entre 20% e 30% de polpa de frutas.

Superinteressante, São Paulo, ago. 2011.

Uma pessoa vai ao supermercado e compra uma caixa de 1 litro de bebida. Em casa ela percebe que na embalagem está escrito “néctar de frutas com 30% de polpa”. Se essa caixa fosse realmente de suco, necessitaria de um aumento percentual de polpa de, aproximadamente,

20%. 67%. 80%. 167%. 200%.

QUESTÃO 51Um investidor dispõe de R$200,00 por mês para adquirir o maior número possível de ações de certa empresa. No primeiro mês, o preço de cada ação era R$9,00. No segundo mês houve uma desvalorização e esse preço caiu para R$7,00. No terceiro mês, com o preço unitário das ações a R$8,00, o investidor resolveu vender o total de ações que possuía. Sabendo que só é permitida a negociação de um número inteiro de ações, pode-se concluir que com a compra e venda de ações o investidor teve

lucro de R$6,00. nem lucro nem prejuízo. prejuízo de R$6,00. lucro de R$6,50. prejuízo de R$8,00.

QUESTÃO 52O jogo da Mega-Sena consiste no sorteio de 6 números distintos de 1 a 60. Um apostador, depois de vários anos de análise, deduziu que, no próximo sorteio, os 6 números sorteados estariam entre os 10 números que tinha escolhido.

Assim, com a intenção de garantir seu prêmio na Sena, ele resolveu fazer todos os possíveis jogos com 6 números entre os 10 números escolhidos.

Quantos reais ele gastará para fazê-los, sabendo que cada jogo com 6 números custa R$2,00?

R$540,00. R$302.400,00. R$420,00. R$5.040,00. R$4.200,00

QUESTÃO 53Um modelo de macaco, ferramenta utilizada para levantar carros, consiste em uma estrutura composta por dois triângulos isósceles congruentes, AMN e BMN, e por um parafuso acionado por uma manivela, de modo que o comprimento da base MN possa ser alterado pelo acionamento desse parafuso. Observe a figura:

Considere as seguintes medidas: AM = AN = BM = BN = 4 dm; MN = x dm; AB = y dm.

O valor, em decímetros, de y em função de x corresponde a:

216 – 4x

264 – x

216 – 4

2x

264 – 2

2x

216 –

2x

QUESTÃO 54Num dos trabalhos escritos no começo do século V d.C. na Índia, encontramos uma tabela “meias-cordas”, representado na figura abaixo. Essas “meias-cordas” representam os nossos atuais senos. Os indianos pensavam na meia-corda como o real segmento em um círculo com raio particular, como, por exemplo, ocorre no livro Almagest de Claudius Ptolomeu (85 – 165), que utilizou um círculo de raio 60.

A Matemática através dos tempos, Editora Edgard Blücher, 2008. (adaptado).

θθ

Meia-cordaMetade da corda do

dobro do ângulo

Utilizando o mesmo raio considerado por Ptolomeu, o valor da meia-corda indicado na figura para um ângulo de θ = 45º é:

30 2.

15 2.

15 2/2.

2/2.

2/4.

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QUESTÃO 55Em um restaurante de uma empresa fez-se uma pesquisa para saber qual a sobremesa preferida dos funcionários: pudim ou gelatina. Cada funcionário poderia indicar que gosta das duas sobremesas, de apenas uma, ou de nenhuma das duas. Do total de pesquisados, 21 declararam que gostam de pudim, 29 gostam de gelatina, 10 gostam dessas duas sobremesas e 12 não gostam de nenhuma dessas duas sobremesas. Pode-se então afirmar que o número de pesquisados foi

52. 62. 72. 82. 92.

QUESTÃO 56O governo de um país criou o Fundo da Soja e do Milho, que tem como expectativa inicial arrecadar, por ano, R$36,14 milhões para investimento em pesquisas relacionadas aos principais produtos da agricultura. Com isso, a cada operação de venda, seriam destinados ao Fundo R$0,28 por tonelada de soja e R$0,22 por tonelada de milho comercializadas. Para este ano, espera-se que as quantidades de toneladas produzidas, de soja e de milho, juntas, sejam de 150,5 milhões.

Foi pedido a cinco funcionários do Fundo, André, Bruno, Caio, Douglas e Eduardo, que apresentassem um sistema que modelasse os dados apresentados. Cada funcionário apresentou um sistema diferente, considerando x e y como as quantidades de toneladas comercializadas, respectivamente, de soja e de milho. O resultado foi o seguinte:

André 150500000

0,28 0,22 36140000x y

x y+ =

+ =

Bruno 100000000 100000000 150,50,28 0,22 36140000

x yx y

+ = + =

Caio 150,5

0,28 0,22 36140000x y

x+ =

+ =

Douglas 150,5

0,28 0,22 36,14x y

x y+ =

+ =

Eduardo 150500000

0,28 0,22 36,14x y

x y+ =

+ =O funcionário que fez a modelagem correta foi

André. Bruno. Caio. Douglas. Eduardo.

QUESTÃO 57Uma empresa fabrica porta-joias com a forma de prisma hexagonal regular, com uma tampa no formato de pirâmide regular, como mostrado na figura.

As faces laterais do porta-joias são quadrados cujo lado mede 6 cm e a altura da tampa também mede 6 cm. A parte externa das faces laterais do porta-joias e de sua tampa é revestida com um adesivo especial, sendo necessário determinar a área total revestida para calcular o custo de fabricação do produto. A área da parte revestida, em cm2, é igual a

72(3 + 3). 36(6 + 5). 108(2 + 5). 27(8 + 7). 54(4 + 7).

QUESTÃO 58De acordo com dados do Ministério da Agricultura, uma roçadeira tem vida útil de 12 anos, sem valor residual estimado. Suponha que, no dia 1o de janeiro de um certo ano, um agricultor tenha comprado uma roçadeira nova no valor de R$36.000,00.

Considerando-se que a depreciação do valor da roçadeira seja linear, no dia 1º de setembro do mesmo ano em que ela foi comprada, esse valor sofreu um decréscimo percentual de aproximadamente

2%. 3%. 5%. 7%. 9%.

QUESTÃO 59O que acontece com o volume de um paralelepípedo quando aumentamos a largura e a altura em 10% e diminuímos a profundidade em 20%?

Não se altera. Aumenta aproximadamente 3%. Diminui aproximadamente 3%. Aumenta aproximadamente 8%. Diminui aproximadamente 8%.

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QUESTÃO 60Um dos estádios mais bonitos da Copa do Mundo na África do Sul é o Green Point, situado na Cidade do Cabo, com capacidade para 68.000 pessoas.

Centauro. Ano 2, edição 8, mar./abr, 2010.

Em certa partida, o estádio estava com 95% de sua capacidade, sendo que 487 pessoas não pagaram o ingresso que custava 150 dólares cada um.

A expressão que representa o valor arrecadado nesse jogo, em dólares, é

0,95 · 68.000 · 150 – 487 0,95 · (68.000 · 487) · 150 (0,95 · 68.000 – 487) · 150 95 · (68.000 – 487) · 150 (95 · 68.000 – 487) · 150

QUESTÃO 61A partir do momento em que é ativado, um vírus de computador atua da seguinte forma:

– ao longo do primeiro minuto, ele destrói 40% da memória do computador infectado;

– ao longo do segundo minuto, ele destrói 40% do que havia restado da memória após o primeiro minuto;

– e assim sucessivamente: a cada minuto, ele destrói 40% do que havia restado da memória no minuto anterior.

Dessa forma, um dia após sua ativação, esse vírus terá destruído aproximadamente

50% da memória do computador infectado. 60% da memória do computador infectado. 80% da memória do computador infectado. 90% da memória do computador infectado. 100% da memória do computador infectado.

QUESTÃO 62Analisando o comportamento das vendas de determinado produto em diferentes cidades, durante um ano, um economista estimou que a quantidade vendida desse produto em um mês (Q), em milhares de unidades, depende do seu preço (P), em reais, de acordo com a relação

Q = 1 + 4 · (0,8)2P.No entanto, em Economia, é mais usual, nesse tipo de relação, escrever o preço P em função da quantidade Q. Dessa forma, isolando a variável P na relação fornecida acima, o economista obteve

0,81log .

4QP −

=

0,81log .

8QP − =

0,8 10,5 .4

QP −= ⋅

0,8 1.8

QP −=

0,80,5 log 1 .4QP = ⋅ −

QUESTÃO 63A trajetória de um projétil, lançado da beira de um penhasco sobre um terreno plano e horizontal, é parte de uma parábola com eixo de simetria vertical, como ilustrado na figura abaixo. O ponto P sobre o terreno, pé da perpendicular traçada a partir do ponto ocupado pelo projétil, percorre 30 m desde o instante do lançamento até o instante em que o projétil atinge o solo. A altura máxima do projétil, de 200 m acima do terreno, é atingida no instante em que a distância percorrida por P, a partir do instante do lançamento, é de 10 m. Quantos metros acima do terreno estava o projétil quando foi lançado?

60. 90. 120. 150. 180.

QUESTÃO 64O turismo brasileiro atravessa um período de franca

expansão. Entre 2002 e 2006, o número de pessoas que trabalham nesse setor aumentou 15% e chegou a 1,8 milhão. Cerca de 60% desse contingente de trabalhadores está no mercado informal, sem carteira assinada.

Veja, São Paulo, 18 jun. 2008 (adaptado).

Para regularizar os empregados informais que estão nas atividades ligadas ao turismo, o número de trabalhadores que terá que assinar carteira profissional é

270 mil. 720 mil. 810 mil. 1,08 milhão. 1,35 milhão.

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QUESTÃO 65Um leitor enviou a uma revista a seguinte análise de um livro recém-lançado, de 400 páginas:

“O livro é eletrizante, muito envolvente mesmo! A cada página terminada, mais rápido eu lia a próxima! Não conseguia parar!”

Dentre os gráficos apresentados abaixo, o único que poderia representar o número de páginas lidas pelo leitor (N) em função do tempo (t) de modo a refletir corretamente a análise feita é

400

N

t

400

N

t

400

N

t

400

N

t

400

N

t

QUESTÃO 66Muitas vezes o objetivo de um remédio é aumentar a quantidade de uma ou mais substâncias já existentes no corpo do indivíduo para melhorar as defesas do organismo. Depois de alcançar o objetivo, essa quantidade deve voltar ao normal.

Se uma determinada pessoa ingere um medicamento para aumentar a concentração da substância A em seu organismo, a quantidade dessa substância no organismo da pessoa, em relação ao tempo, pode ser mais bem representada pelo gráfico

Qua

ntid

ade

daSu

bstâ

ncia

A

tempo

Qua

ntid

ade

daSu

bstâ

ncia

A

tempo

Qua

ntid

ade

daSu

bstâ

ncia

A

tempo

Qua

ntid

ade

daSu

bstâ

ncia

A

tempo

Qua

ntid

ade

daSu

bstâ

ncia

A

tempo

QUESTÃO 67De um baralho de 28 cartas, sete de cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de ouros, uma de espadas, uma de copas e uma de paus. Ele mantém consigo as duas cartas de ouros e troca as demais por três cartas escolhidas ao acaso dentre as 23 cartas que tinham ficado no baralho. A probabilidade de, ao final, Luís conseguir cinco cartas de ouros é:

1

130.

257117

.

1

420 . 528117

.

101771

.

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QUESTÃO 68Uma piscina vazia, com formato de paralelepípedo reto retângulo, tem comprimento de 10 m, largura igual a 5 m e altura de 2 m. Ela é preenchida com água a uma vazão de 5.000 litros por hora.

Após três horas e meia do início do preenchimento, a altura da água na piscina atingiu:

25 cm. 27,5 cm. 30 cm. 32,5 cm. 35 cm.

QUESTÃO 69O sangue humano é classificado em quatro tipos: A, B, AB e O. Além disso, também pode ser classificado pelo fator Rh em: Rh+ ou Rh–. As pessoas do tipo O com Rh– são consideradas doadoras universais e as do tipo AB com Rh+ são receptoras universais. Feita uma pesquisa sobre o tipo sanguíneo com 200 funcionários de uma clínica de estética, o resultado foi exposto na tabela a seguir.

A B AB ORh+ 27 24 23 55Rh– 15 13 13 30

Um desses 200 funcionários será sorteado para um tratamento de pele gratuito. A probabilidade de que o sorteado seja doador universal é

7,5%. 10%. 15%. 17,5%. 20%.

QUESTÃO 70Com as cidades imobilizadas por congestionamentos,

os governos locais tomam medidas para evitar o colapso do sistema viário. Por exemplo, em Pequim, na China, serão sorteadas mensalmente 20 mil novas licenças de emplacamento para os 900 mil interessados. Para o sorteio, os 900 mil interessados foram divididos em 20 mil grupos com o mesmo número de integrantes.

National Geographic Brasil, edição 159-A. (adaptado).

Se num desses grupos estão presentes 3 membros de uma mesma família, a probabilidade de essa família adquirir uma licença para emplacamento:

é inferior a 3%. está compreendida entre 3% e 4%. está compreendida entre 4% e 5%. está compreendida entre 5% e 6%. é superior a 6%.

QUESTÃO 71Em um condomínio residencial, há 120 casas e 230 terrenos sem edificações. Em um determinado mês, entre as casas, 20% dos proprietários associados a cada casa estão com as taxas de condomínio atrasadas, enquanto que, entre os proprietários associados a cada terreno, esse percentual é de 10%. De posse de todos os boletos individuais de cobrança das taxas em atraso do mês, o administrador do empreendimento escolhe um boleto ao acaso. A probabilidade de que o boleto escolhido seja de um proprietário de terreno sem edificação é de

24

350 .

2447 .

47350

.

23350

.

2347

.

QUESTÃO 72Dois faraós do antigo Egito mandaram construir seus túmulos, ambos na forma de pirâmides quadrangulares regulares, num mesmo terreno plano, com os centros de suas bases distando 120 m. As duas pirâmides têm o mesmo volume, mas a área da base de uma delas é o dobro da área da base da outra. Se a pirâmide mais alta tem 100 m de altura, então a distância entre os vértices das duas pirâmides, em metros, é igual a

100. 120. 130. 150. 160.

QUESTÃO 73Uma fábrica possui duas máquinas que produzem o mesmo tipo de peça. Diariamente a máquina M produz 2.000 peças e a máquina N produz 3.000 peças. Segundo o controle de qualidade da fábrica, sabe-se que 60 peças, das 2.000 produzidas pela máquina M, apresentam algum tipo de defeito, enquanto que 120 peças, das 3.000 produzidas pela máquina N, também apresentam defeitos. Um trabalhador da fábrica escolhe ao acaso uma peça, e esta é defeituosa.

Nessas condições, qual a probabilidade de que a peça defeituosa escolhida tenha sido produzida pela máquina M?

3100

.

125

.

13

.

37

.

23

.

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QUESTÃO 74As construções de telhados em geral são feitas com um grau mínimo de inclinação em função do custo. Para as medidas do modelo de telhado representado a seguir, o valor do seno do ângulo agudo ϕ é dado por:

Disponível em:<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br>. Acesso em 9 set. 2011. (adaptado).

4 10 .10

3 10 .

10

2 210

.

1010

.

210

.

QUESTÃO 75Uma escola de Ensino Médio fez uma pesquisa para conhecer as carreiras que os alunos escolheram para prestar o vestibular. A tabela a seguir apresenta as carreiras escolhidas pelos 160 estudantes entrevistados.

Carreira Masculino FemininoMedicina 12 20

Direito 10 16Publicidade 12 24

Letras 6 16Outras 20 24

Um desses estudantes é escolhido ao acaso e sabe-se que ele é do sexo masculino. A probabilidade de este estudante ter escolhido Medicina é de

6%. 7,5%. 12%. 18,5%. 20%.

QUESTÃO 76Um retângulo tem comprimento X e largura Y, sendo X e Y números positivos menores do que 100. Se o comprimento do retângulo aumentar Y% e a largura X%, então a sua área aumentará

%.100XYX Y + +

%.100

X YXY + +

%.100

X Y XY+ +

(X + Y)%. (XY)%.

QUESTÃO 77Um professor de geografia forneceu a seus alunos um mapa do estado de São Paulo, que informava que as distâncias aproximadas em linha reta entre os pontos que representam as cidades de São Paulo e Campinas e entre os pontos que representam as cidades de São Paulo e Guaratinguetá eram, respectivamente, 80 km e 160 km. Um dos alunos observou, então, que as distâncias em linha reta entre os pontos que representam as cidades de São Paulo, Campinas e Sorocaba formavam um triângulo equilátero. Já um outro aluno notou que as distâncias em linha reta entre os pontos que representam as cidades de São Paulo, Guaratinguetá e Campinas formavam um triângulo retângulo, conforme mostra o mapa.

Com essas informações, os alunos determinaram que a distância em linha reta entre os pontos que representam as cidades de Guaratinguetá e Sorocaba, em km, é próxima de

80 2 5 3⋅ + ⋅ .

80 5 2 3⋅ + ⋅ . 80 6⋅ .

80 5 3 2⋅ + ⋅ .

80 7 3⋅ ⋅ .

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QUESTÃO 78Uma empresa utiliza o serviço de mala direta como meio de comunicação com seus clientes. O setor financeiro da empresa efetuou levantamento, no mês de agosto, sobre os custos com esse tipo de comunicação, e constatou um gasto de R$254,50, com o envio de 300 malas diretas do tipo normal e 95 do tipo urgente. No mês de setembro, a empresa enviou 300 malas diretas do tipo normal e apenas 40 do tipo urgente, totalizando um gasto de R$194,00. O custo correspondente ao envio de uma mala direta normal é:

R$1,55. R$1,50. R$1,00. R$0,55. R$0,50.

QUESTÃO 79Em certa cidade litorânea, verificou-se que a altura da água do mar em um determinada ponto era dada por f(x)

= 4 + 3cos x6

π em que x representa o número de horas

decorridas a partir de zero hora de determinado dia, e a altura f(x) é medida em metros.

Em que instantes, entre 0 e 12 horas, a maré atingiu a altura de 2,5 m naquele dia?

5 e 9 horas. 7 e 12 horas. 4 e 8 horas. 3 e 7 horas. 6 e 10 horas.

QUESTÃO 80Uma família fez uma pesquisa de mercado, nas lojas de eletrodomésticos, à procura de três produtos que desejava adquirir: uma TV, um freezer e uma churrasqueira. Em três das lojas pesquisadas, os preços de cada um dos produtos eram coincidentes entre si, mas nenhuma das lojas tinha os três produtos simultaneamente para a venda. A loja A vendia a churrasqueira e o freezer por R$1.288,00. A loja B vendia a TV e o freezer por R$3.698,00 e a loja C vendia a churrasqueira e a TV por R$2.588,00.

A família acabou comprando a TV, o freezer e a churrasqueira nestas três lojas. O valor total pago, em reais, pelos três produtos foi de

3.767,00. 3.777,00. 3.787,00. 3.797,00. 3.807,00.

QUESTÃO 81Em uma aula de matemática, a professora propôs que os alunos construíssem um cubo a partir da planificação em uma folha de papel, representada na figura a seguir.

E

N E

M B

R

Após a construção do cubo, apoiou-se sobre a mesa a face com a letra M. As faces paralelas deste cubo são representadas pelos pares de letras

E-N, E-M e B-R. B-N, E-E e M-R. E-M, B-N e E-R. B-E, E-R e M-N. E-N, B-M e E-R.

QUESTÃO 82O gráfico mostra o número de pessoas que acessaram a internet, no Brasil, em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais), no segundo trimestre dos anos de 2009, 2010 e 2011.

Considerando que a taxa de crescimento do número de acessos à internet no Brasil, do segundo trimestre de 2011 para o segundo trimestre de 2012, seja igual à taxa verificada no mesmo período de 2010 para 2011, qual é, em milhões, a estimativa do número de pessoas que acessaram a internet no segundo trimestre de 2012?

82,1. 83,3. 86,7. 93,4. 99,8.

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QUESTÃO 83Uma das tentativas para minimizar os congestionamentos de trânsito nas metrópoles é o rodízio de veículos. Na cidade de São Paulo, isso se faz de acordo com o final das placas. Na segunda-feira, não circulam os veículos com placas de final 1 e 2; na terça-feira, com finais 3 e 4; na quarta-feira, com finais 5 e 6; na quinta-feira, com finais 7 e 8 e na sexta--feira, com finais 9 e 0. Com esse tipo de rodízio, supondo uma distribuição uniforme de finais de placas, somente 80% da frota de veículos circulam diariamente. Considere outro rodízio de veículos como descrito na tabela a seguir.

Nova proposta de rodízio

Dia da semanaFinais de placas queNÃO podem circular

segunda-feira 0, 1, 2, 3terça-feira 2, 3, 4, 5

quarta-feira 4, 5, 6, 7quinta-feira 6, 7, 8, 9sexta-feira 8, 9, 0, 1

Supondo uma distribuição uniforme de finais de placas, a partir da configuração proposta nessa tabela, qual, o percentual da frota que circulará diariamente?

40%. 55%. 60%. 65%. 70%.

QUESTÃO 84O proprietário de um terreno retangular medindo 10 m por 31,5 m deseja instalar lâmpadas nos pontos C e D, conforme ilustrado na figura:

10 m

31,5 m

A

D

C

B

Cada lâmpada ilumina uma região circular de 5 m de raio. Os segmentos AC e BD medem 2,5 m. O valor em m2 mais aproximado da área do terreno iluminada pelas lâmpadas é

(Aproxime 3 para 1,7 e p para 3)

30. 34. 50. 61. 69.

QUESTÃO 85O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou

novas regras sobre o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito, a partir do mês de agosto de 2011. A partir de então, o pagamento mensal não poderá ser inferior a 15% do valor total da fatura. Em dezembro daquele ano, outra alteração foi efetuada: daí em diante, o valor mínimo a ser pago seria de 20% da fatura.

<www.g1.globo.com>. Acesso em: 29 fev. 2012.

Um determinado consumidor possuía no dia do vencimento, 01/03/2012, uma dívida de R$1.000,00 na fatura de seu cartão de crédito. Se não houver pagamento do valor total da fatura, serão cobrados juros de 10% sobre o saldo devedor para a próxima fatura. Para quitar sua dívida, optou por pagar sempre o mínimo da fatura a cada mês e não efetuar mais nenhuma compra.

A dívida desse consumidor em 01/05/2012 será de

R$600,00. R$640,00. R$722,50. R$774,40. R$874,22.

QUESTÃO 86No estudo da distribuição de torres em uma rede de telefonia celular, é comum se encontrar um modelo no qual as torres de transmissão estão localizadas nos centros de hexágonos regulares, congruentes, justapostos e inscritos em círculos, como na figura a seguir.

Supondo que, nessa figura, o raio de cada círculo seja igual a 1km, é correto afirmar que a distância d3,8 (entre as torres 3 e 8), a distância d3,5 (entre as torres 3 e 5) e a distância d5,8 (entre as torres 5 e 8) são, respectivamente, em km, iguais à

3,8 3,5 5,82 3, 3, 3 2 3.d d d= = = +

3,8 3,5 5,84, 3, 5.d d d= = =

3,8 3,5 5,83 3 3 34, , 4 .

2 2d d d= = = +

3,8 3,5 5,82 3, 3, 21.d d d= = =

3,8 3,5 5,83 3 94, , .

2 2d d d= = =

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QUESTÃO 87Uma bobina cilíndrica de papel possui raio interno igual a 4 cm e raio externo igual a 8 cm. A espessura do papel é 0,2 mm.

Adotando nos cálculos p = 3, o papel da bobina, quando completamente desenrolado, corresponde a um retângulo cuja maior dimensão, em metros, é aproximadamente igual a

20. 30. 50. 70. 90.

QUESTÃO 88Um mercado vende três marcas de tomate enlatado: A, B e C. Cada lata da marca A custa 50% mais do que a da marca B e contém 10% menos gramas do que a da marca C. Cada lata da marca C contém 50% mais gramas do que a da marca B e custa 25% mais do que a da marca A. Se o rendimento do produto das três marcas é o mesmo por grama, então, é mais econômico para o consumidor comprar a marca

A. B. C. A ou B, indistintamente. B ou C, indistintamente.

QUESTÃO 89Um grupo de pesquisadores estudou a relação entre a presença de um gene A em um indivíduo e a chance desse indivíduo desenvolver uma doença X, que tem tratamento mas não apresenta cura. Os dados do estudo mostraram que 8% da população é portadora do gene A e 10% da população sofre da doença . Além disso, 88% da população não é portadora do gene A nem sofre da doença X. De acordo com esses dados, se uma pessoa sofre da doença X, então a probabilidade de que seja portadora do gene A é igual a

90%. 80%. 75%. 66%. 60%.

QUESTÃO 90As companhias aéreas costumam estabelecer um limite de peso para a bagagem de cada passageiro, cobrando uma taxa por quilograma de excesso de peso. Quando dois passageiros compartilham a bagagem, seus limites são considerados em conjunto. Em um determinado voo, tanto um casal como um senhor que viajava sozinho transportaram 60 kg de bagagem e foram obrigados a pagar pelo excesso de peso. O valor que o senhor pagou correspondeu a 3,5 vezes o valor pago pelo casal.

Para determinar o peso excedente das bagagens do casal (x) e do senhor que viajava sozinho (y), bem como o limite de peso que um passageiro pode transportar sem pagar qualquer taxa (z), pode-se resolver o seguinte sistema linear

2 6060

3,5 0

x zy z

x y

+ = + = − =

602 60

3,5 0

x zy z

x y

+ = + = − =

2 6060

3,5 0

x zy z

x y

+ = + = + =

602 60

3,5 0

x zy z

x y

− = + = + =

602 60

3,5 0

x zy z

x y

− = + = + =

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