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ANO 12 EDIÇÃO Nº 71 Julho/Agosto 2009 COOPERATIVA TRITÍCOLA REGIONAL SANTO ÂNGELO LTDA Manejo de plantas invasoras A esquerda resteva de trigo bem manejada durante o inverno, e a direita área em pousio sem manejo de inverno, com a presença de buva. Pg. 03 MILHO: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO Alerta O agricultor que plantar milho Bt deve respeitar as regras de coexistência entre milho Bt e convencional (consulte a assis- tência técnica) pg. 05 Planejamento da próxima cultura da soja em busca de melhores resultados Pg. 10 Lavouras de trigo com tecnologia apresentam bom desenvolvimento As fortes geadas verificadas no mês de julho não afetaram o desenvolvimento das lavouras de trigo na região de atuação da COTRISA. A geada causou um pequeno dano, mas como estava na fase inicial e o produtor usou boa tecnologia, a planta teve capacidade de recuperação. As perspectivas são de uma boa produtividade. Neste sentido, a orientação do departamento técnico é que o produtor tenha, a partir de agora, um cuidado redobrado no que diz respeito ao manejo preventivo de doenças e para isso é fundamental a assistência técnica. EDIÇÃO 71.p65 26/8/2009, 10:04 1

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Julho/Agosto 2009

ANO 12EDIÇÃO Nº 71Julho/Agosto

2009

COOPERATIVATRITÍCOLA

REGIONAL SANTOÂNGELO LTDA

Manejo de plantasinvasoras

A esquerda restevade trigo bemmanejada durante oinverno, e a direitaárea em pousio semmanejo de inverno,com a presença debuva.

Pg. 03

MILHO: PLANEJAMENTOE IMPLANTAÇÃO

AlertaO agricultor queplantar milho Bt

deve respeitaras regras decoexistência

entre milho Bt econvencional

(consulte a assis-tência técnica)

pg. 05Planejamento da

próxima cultura dasoja em busca de

melhores resultadosPg. 10

Lavouras de trigo com tecnologiaapresentam bom desenvolvimento

As fortes geadas verificadas no mês de julho

não afetaram o desenvolvimento das lavouras

de trigo na região de atuação da COTRISA. A

geada causou um pequeno dano, mas como

estava na fase inicial e o produtor usou boa

tecnologia, a planta teve capacidade de

recuperação. As perspectivas são de uma boa

produtividade. Neste sentido, a orientação do

departamento técnico é que o produtor tenha,

a partir de agora, um cuidado redobrado no que

diz respeito ao manejo preventivo de doenças e

para isso é fundamental a assistência técnica.

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Julho/Agosto 2009COTRISA

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CENTRO ADMINISTRATIVORua Florêncio de Abreu, 1557 - CEP 98.804-560 - Cx. Postal

257 Fone: (055) 3312-0300 - Fax (055) 3313-1585Site www.cotrisa.com.br

e-mail: [email protected] - SANTO ÂNGELO - RS

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTERoberto Haas

VICE-PRESIDENTEAmando Dalla Rosa

SECRETÁRIOJúlio César Terra Dias

EFETIVOS Valdemar CargneluttiElói BadeJaime Dionir ZweigleValdir Antônio Benetti

SUPLENTES Elói Heidrich Auri João Adams

Antônio Rainoldo WeberNewton José MumbachJoão Antônio Dal Forno

CONSELHO FISCAL

EFETIVOS Sérgio Antônio Warpechowski

Ciro Nei RopkeViro Limberger

SUPLENTES Paulo André HentzLuiz Auri VisioliValtencir Heckler Schneider

COORDENADORES DE ÁREAS DE NEGÓCIO EAPOIO

Grãos Roberto HaasInsumos Adroaldo Rosa de OliveiraVarejo Norma Avrella ZalamenaAgroindústria João BeckerAdministrativa Mauro Nelson PrettoFinanceira Ione Oliveira CostaTécnica Zecarlos LibardoniOperacional Luiz Edmundo Motta Reis

UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PRODUTOS

- Catuípe - Caibaté- Cerro Largo - Roque Gonzales- Comandaí - Guarani das Missões- Entre Ijuís - Coimbra- São Paulo das Missões - Parque Industrial I e II- Vitória das Missões - Eugênio de Castro- Carajazinho - São Miguel das Missões- São Pedro do Butiá - Rincão dos Pires- Esquina Gaúcha - Mato Queimado- Santa Cruz - Restinga Seca

Conselho Editorial:Roberto Haas e Amando Dalla RosaEditor:Itamar Luiz StadtloberDiagramação Eletrônica e Apoio:Nery Vier e José RauberCoordenação Depto. de ComunicaçãoNery VierTiragem5.000 exemplaresGráfica do Jornal A TRIBUNA

OCERGS inaugura o Centrode Formação Cooperativista

Na tarde de 04 de julho de 2009, data em que o mundocomemora o Dia do Cooperativismo, o Sistema Ocergs-Sescoop/RS inaugurou o Centro de FormaçãoProfissional Cooperativista. O Centro fica na AvenidaBerlim, 409, em Porto Alegre. A estrutura de três milmetros quadrados e três andares está sendo colocada àdisposição das cooperativas para a realização de cursos,eventos, assembleias e treinamentos. Além disso, serásede da Escola Superior em Cooperativismo (ESCOOP)do Sescoop/RS. Somente no Rio Grande do Sul, ocooperativismo contabiliza mais de 1,6 milhão deassociados em mais de 900 cooperativas. O Centro deFormação Profissional Cooperativista conta com salasde aula para cerca de 45 pessoas cada, auditório com139 lugares, laboratório de informática para 40 alunos,sala de reuniões e professores, secretaria, tesouraria,biblioteca, área de lazer e convivência, estacionamentocom 62 vagas cobertas.

Para o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS,Vergilio Perius, o Centro possibilitará a formaçãoprofissional dos funcionários e associados dascooperativas, que é não apenas essencial como tambémuma condição de sobrevivência. “Vamos nos unir paratransformar o Centro em um templo da cultura eformação cooperativista”, ressaltou.

Para o presidente do Sescoop nacional, Márcio Lopesde Freitas, a inauguração é um marco para ocooperativismo brasileiro. “Vocês estão de parabéns,pois estão construindo um cooperativismo sério comlideranças capazes de inaugurar esse Centro. Tenhocerteza que, mais do que melhorar a gente docooperativismo no Rio Grande do Sul, vai formar genteno Brasil inteiro”.

Professor Derli, diretor da ESCOOP; MárcioLopes, presidente da OCB; Amando, vice-presi-dente COTRISA e professor Vergílio, presiden-te da OCERGS presentes neste evento

Pai...Deus pegou a força de uma montanha,a majestade de uma árvore,o calor de um sol de verão,a calma de um mar tranqüilo,a generosidade da natureza,os confortáveis braços da noite,a sabedoria das eras,o poder do vôo da águia,a alegria de uma manhã de primavera,a fé de uma semente de mostarda,a paciência da eternidadee o centro da necessidade de uma família.E para este ser deu o nome de PAI,Esta Palavrinha pode significar muitas coisas:CARINHO, ORIENTAÇÃO, EDUCAÇÃO,AMIZADE, APOIO E AMOR.MAS, PRINCIPALMENTE, DEUS O CRIOUPARA DAR CONTINUIDADE À VIDA,AMANDO E PROTEGENDO SEUS FILHOS.ASSIM É VOCÊ PAI.FELIZ DIA DOS PAIS.

ATITUDE DA COOPERATIVA

1 – ORGANIZAÇÃO: Organizar-se para se fortalecer.2 – PROFISSIONALIZAÇÃO: Gestão dos negócios.3 – EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO: parafortalecer a cooperação e vencer o individualismo.4 – FORMAÇÃO DE REDES DE NEGÓCIOS:Intercooperação, não é de ideologia, mas sim deeconomia”.

No dia 24 de julho ocorreu a comemoração dos 52 anosda COTRIJUI com o desenvolvimento de diversasatividades e integração entre entidades e cooperativastendo como destaque a palestra do Presidente da OCB,Márcio Lopes de Freitas, que abordou aspectosrelacionados ao fortalecimento das federações dosdiversos ramos do cooperativismo e cenário econômicopara a produção agropecuária com indicações decrescimento, mesmo em tempos de crise. Márciodestacou 4 atitudes importantes das cooperativas:

Amando, vice-presidente COTRISA; Márcio, presi-dente OCB; Poletto, presidente COTRIJUI; Roberto,presidente COTRISA e Antônio, vice-presidenteCOTRIMAIO e presidente COCEAGRO

Princípios do Cooperativismo- Adesão voluntária e livre- Gestão democrática pelos associados- Participação econômica dos mem-bros

- Autonomia e independência- Educação, formação e informação- Intercooperação- Compromisso com a comunidade

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COTRISA

Supermercados COTRISA já realizaram doissorteios da promoção de Vale compras

No dia primeiro de julho todos osSupermercados da COTRISA realizaramo primeiro sorteio da promoção, “Sorteiode Vale compras”. Esta promoção iniciouno dia primeiro de junho e vai até o finalde agosto. Para este período estãoprogramados 3 sorteios. O primeiroaconteceu dia primeiro de julho o segundodia 3 de agosto e o terceiro e último seráno dia primeiro de setembro.Para o próximo sorteio, no dia primeirode setembro vão participar todos aquelesque irão realizar suas compras nosmercados da cooperativa durante estemês de agosto. Cada R$ 30,00 emcompras dá direito a um cupom paraconcorrer a 2 vale-compras que cada umdos supermercados irá sortear.Os cupons dos primeiros sorteios forameliminados e somente participarão doterceiro sorteio os que comprarem duranteo mês de agosto. Neste sentidoreforçamos um convite a todos paracontinuar fazendo as compras nosmercados da COTRISA para participardo terceiro sorteio.Os ganhadores do primeiro sorteio foram:Mato Queimado: João Ely e IvoHermann; Catuípe: Márcia de Quadrose Maria Eva Maciel; Vitória dasMissões: João Clemente Segatto e

Vinicius Cardoso; Cerro Largo: SilvanaA. Gallas e Leandro A. Mumbach; SãoMiguel das Missões: Luana Tusset eVilma O. da Silva; São Paulo dasMissões: Julieta Mittmann e CarmelinaFernandes; Coimbra: João F. Massafrae Mario D. de Oliveira; São Pedro doButiá: Daniel Lermen e CristianoGewehr; Caibaté: Enilton Leal e TiagoCaetano da Silva; Eugênio de Castro:Cristiane Paiva e Álvaro dos AnjosFreitas; Guarani das Missões: MariaGeni de Matos e Renato Luis Kania;Santo Ângelo – Rua Florêncio deAbreu: Vander Moreira da Rosa e AdãoO.C. Machado; Santo Ângelo – RuaConde de Porto Alegre: Nanci deOliveira Fonseca e Aldair Mello deVargas; Roque Gonzáles: DarcísioZimmer e Margarida dos Santos; Entre-Ijuís: Marlene A. de Oliveira e MaríliaBazzei da Silva.Os ganhadores do segundo sorteio foram:Cerro Largo: Roque Spohr e PedroMoreira de Melo: São Pedro do Butiá:Janice Terezinha Staudt e ValmirMumbach; São Paulo das Missões:Tereza Zwirtes e Dílson Antônio Hertz;São Miguel das Missões: Lurdes M.Jezoirski e Alzira da Silva Cavalheiro;Santo Ângelo , Rua Florêncio de

SUPERMERCADOS COTRISA ONDE VOCÊ COMPRA, ECONOMIZA E GANHA PRÊMIOS.

Pedro M.de Melo-Igrejinha -município Rolador

Manejo de plantas invasorasO manejo inadequado de plantas

invasoras e o uso irracional deherbicidas no seu controle estáselecionando populações de plantasresistentes aos princípios ativosutilizados. Algumas das principais ervasdaninhas já registradas no Rio Grandedo Sul como resistentes ao principioativo glyphosate, um dos produtos maisutilizados na agricultura, são a corriola,a poaia-branca, trapoeraba e algunsbiótipos da buva (Conyza bonariensise Conyza canadensis).

Uma das plantas invasoras quetrazem grande preocupação para osagricultores é a buva, principalmenteem lavouras cultivadas com soja,cultura de grande importânciaeconômica na região. Nos últimos anosvários produtores tiveram dificuldadesno controle dessa invasora, causandogrande prejuízo, pois além do custoelevado na tentativa de controle existea redução do potencial produtivo da

cultura devido à competição entreplantas por água, nutrientes e luz solar.

Nesse relato vamos discorrer sobrealgumas ferramentas importantes paranos auxiliar no controle da buva, comoo tamanho da invasora, a produção decobertura do solo, rotação de culturas,rotação de herbicidas com princípiosativos distintos, momento de aplicação,aplicações sequenciais de herbicidas.

De maneira geral toda e qualquerplanta invasora pode ser maisfacilmente controlada na sua fase jovem.Sendo assim devemos pensar emalternativas de suprimir a suaemergência, evitando deixar áreas empousio e ou com pouca cobertura verde(pastagens, etc), estabelecer umsistema de rotação de cultura, utilizarculturas de inverno como aveia,ervilhaca, nabo forrageiro, trigo, etc,objetivando a produção de grãos e/ouprodução de matéria seca para ummaior acúmulo de palha sobre o solo.

A buva traz grande precupação aos produtores

Eng. Agr. Tiago Mello MarguttiAssistente técnico COTRISA - Entre Ijuis

Em Santo Ângelo o sorteio foi acompanhado pela coordenadora dos Su-permercados, Norma Zalamena e a auditora interna Luciana Moro

Abreu: Jorge Rodrigues de Melo e NilsoFerrazza; Santo Ângelo, Rua Condede Porto Alegre: Ana Paula Fanslau eNabucodonosor Ritter; Catuípe: LunaMoura Borges e Vanderlei Stona;Roque Ganzales: Erno Pedro Welter eMaria Celina W. Berwanger; Vitória dasMissões: Arani Eblin e José Teixeira;Eugênio de Castro: Blásio GermanoSausen e Nerci Wittckind; Coimbra:Pedro Mothi Nacimento e MônicaRafaela Jesus da Silva; Guarani dasMissões: Jorge do Carmo e AriWochiniski; Caibaté: Maria Eli da Silvae Natiele Schneider; Mato Queimado:

Flávio Thomas e Antônia Drabrik Severo;Entre-Ijuís: Vilmar Kronenberger eMatias Muck.

Em algumas dessassituações poderão serutilizados herbicidas paracontrolar e retardar aemergência de buvas.Tomando esses cuidadosquando o produtor forrealizar a primeiradessecação para aimplantação da cultura dasoja, poderá existir apresença de buva emtamanhos menores, sendoassim mais facilmente

assim maiores dificuldades no controle.Pensando nisso a COTRISA investe emtreinamentos e pesquisas, buscandocapacitar seus profissionais paraenfrentar essas situações no campo eauxiliar nas tomadas de decisões dosprodutores, visando um bom controledessas invasoras evitando acompetição destas com a culturaimplantada.

controladas com a mistura de herbicidascom princípios ativos diferentes ou comaplicações sequenciais de herbicidas.

Porém no campo o produtorencontrará muitas vezes situações maiscomplicadas, como em áreas de pousioou em áreas de pastagens com poucacobertura do solo. Nessas situaçõesprovavelmente serão encontradas buvasde diversos tamanhos apresentando

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COTRISA

COTRISA REALIZA SIPATCumprindo exigências legais do Ministério do

Trabalho e procurando conscientizar os colaboradoresna prevenção dos acidentes e na melhoria das condiçõesde trabalho, a Cooperativa Tritícola Regional SantoÂngelo Ltda. – COTRISA, realizou a XII e IX SemanasInternas de Prevenção dos Acidentes do Trabalho -SIPATs, repectivamente no Parque Industrial, em Santo

Ângelo e na Unidade de Catuípe, em 27 a 31 de julho e4 a 7 de agosto corrente. Os eventos foram oficialmenteabertos pelo presidente da COTRISA Roberto Haas evice-presidente Amando Dalla Rosa.

Um dos assuntos abordados, que está merecendoespecial atenção em todo o Brasil é o que trata a NormaRegulamentadora 33, sobre trabalho seguro em EspaçosConfinados. Neste sentido foi ministrado uma palestraintitulada Conscientização quanto aos riscos de acidentesem Espaços Confinados, apresentado pelo engenheirode Segurança do Trabalho, Nelson Seidler, responsávelna empresa pela implementação desta norma.

O engenheiro Agrônomo Luiz Edmundo Mota Reisabordou importante assunto relacionado a Organização,limpeza e segurança nos ambientes de trabalho daCOTRISA, mostrando o que pode ser realizado paramelhorar os ambientes de trabalho tornando-os maisagradáveis e seguros.

O ciclo de palestras foi encerrado com o assuntoMotivação e cooperação no ambiente de trabalho da

COTRISA, ministrado pelo vice-presidente daCooperativa, Eng. Agrônomo Amando Dalla Rosa, quechamou a atenção da importância de todos estaremunidos em trabalho cooperativo no desempenho das suasatividades.

Em ambos os eventos foram empossados os novosintegrantes da Comissão Interna de Prevenção deAcidentes do Trabalho – CIPA - Parque Industrial ,presidente Clézeo Luiz Brocardo Biermann; Moinhode Trigo, presidente Geovane da Silva Lima;CENTRAD , presidente José Lauro Rauber e daUnidade de Catuípe, presidente Marcio Roberto deJesus. O objetivo das CIPA é cumprir a legislaçãoexistente e auxiliar na prevenção dos acidentes detrabalho. Os novos integrantes da CIPA receberam apoioe incentivo para continuar este importante trabalho e àsgestões anteriores foi manifestado o sinceroreconhecimento e agradecimento pelo trabalho realizado.

As referidas programações foram encerradas comum jantar de confraternização entre os colaboradoresparticipantes.Presidente Roberto participou da abertura da

SIPAT em Santo Ângelo

Vice-presidente Amando proferiu palestra emSanto Ângelo e Catuípe

Posse dos integrantes da CIPA em Santo ÂngeloPosse dos integrantes da CIPA em Catuípe

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COTRISA

MILHO:PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO

O sucesso de uma lavoura de milhodepende de um planejamento que vaidesde o plantio até a colheita. Oplanejamento inicia com a escolha dohíbrido. Hoje existem no mercado váriasempresas que comercializam semente demilho, aumentando as opções de escolhade variedades e principalmente dehíbridos. Esta escolha não pode ser feitabaseando-se apenas na disponibilidade demercado e preço. Deve-se levar emconsideração: a característica do híbrido,condições climáticas da região, tipo desolo, época de semeadura, destino daprodução, (podendo ser para grãos,silagem de planta inteira ou silagem degrão úmido) e tecnologia disponível(escolher sementes de milho híbrido demaior ou menor potencial de acordo como investimento na lavoura). Para a safra2009/2010 a COTRISA estácomercializando cultivares de milho dediversas empresas como Agroeste,Coodetec, Santa Helena, Syngenta,Geneze, Balu e KSP, além decomercializar semente de milhotransgênico BT, tecnologia Yeldgard(Agroeste) e Agrisure(Syngenta).

Entre as diversas atividades a seremdesenvolvidas pelo agricultor, adessecação é a primeira a ser realizadano campo, devendo-se ter um cuidadoespecial com as espécies presentes nalavoura antes da semeadura do milho. Anecessidade de ser efetuada uma ou duasaplicações de Herbicida Dessecante erecomendação da dose do produtodepende das espécies dominantes. É defundamental importância que adessecação da área seja realizada de talforma que a semeadura possa serefetivada no limpo. Através da

dessecação eliminamos as plantasestabelecidas, proporcionando aformação de cobertura do solo (palha).Este se constitui num forte aliado parareduzir a emergência e o crescimento deespécies daninhas, formando umaverdadeira barreira física.

Outro benefício importante dadessecação é o de garantir vantagem dacultura e desvantagem às espéciesdaninhas em competir pelos recursos doambiente como água, radiação solar enutriente. Quando realizamos o manejode culturas de cobertura do solo com autilização da dessecação e rolagem deespécies, como Nabo Forrageiro, AveiaPreta, Azevém, Ervilhaca e consórciodessas espécies. É importante não reduzirdoses e realizar a dessecação seqüencialquando ocorrer problemas de efeitoguarda chuva de aveia preta e naboforrageiro sobre azevém. Quando ocorrerproblemas de ervas daninhas queapresentam resistência ao glifosato, comoa buva e azevém, a necessidade demisturar ao glifosato, produtos comdiferentes mecanismos de ação.

ÉPOCA DE PLANTIO:O milho é uma das raras culturas que

permite uma ampla época de semeadura,podendo ser semeado desde agosto atéjaneiro, em algumas regiões. O milho docedo é semeado em agosto e setembro eo milho do tarde é semeado em Dezembroe janeiro. Na semeadura vamos definir onúmero de plantas por hectare de acordocom as características de cada hibrido.Através da regulagem da semeadeiradefinimos o número de sementes pormetro linear e a profundidade desemeadura. A semente deve ser colocada

Milho safra: Planejamento minimiza o risco e a dor de cabeçaEng. Agr. Élvio Vicente Conttri- Detec. COTRISA

O sucesso da lavoura de milho depende de um bom planejamento

Rubens dos Santos - Granja do Sossego Santo Ângelo conferindo o plan-tio de milho

numa profundidade que possibilite umbom contato com solo. Recomenda-seuma profundidade de 4 a 5 cm. Em solosleves, de textura arenosa a semeaduradeve ser a profundidade maior. Em solospesados de textura argilosa a semeaduradeve ser mais superficial. O plantio docedo (agosto-setembro) com temperaturado solo mais baixa, devendo aprofundidade ser mais superficial e emsolos mais quentes deve-se aumentar aprofundidade.

TRATAMENTO DE SEMENTE:É uma ferramenta estratégica para o

produtor controlar o ataque de pragasiniciais que limitam a produtividade dalavoura e reduz de forma siguinificativao stand (número de plantas).

Deve ser feito de maneira eficiente,utilizando corretamente as linhas deinseticidas recomendados. Hoje otratamento de semente é uma práticacomum entre os as-sociados da CO-TRISA. Apresenta como van-tagensprincipais: Fácil utilização, baixo custo,proteção eficiente da planta em seuestágio inicial, danos irrisórios ao meioambiente, fauna silvestre e microorga-nismos.

Não devemos deixar a semente demilho tratada por muito tempo noarmazém, pois existem princípios ativos,que podem diminuir o poder degerminação da semente.

O tempo mínimo entre tratamento desemente e o plantio do milho é de 40 dias.

USO DO GRAFITE:O tratamento da semente de milho

com inseticidas, altera a rugosidade dasuperfície da semente, afetando odesempenho da semeadora. Sua utilizaçãotem melhorado a plantabilidade dassementes tratadas e a quantidade varia

de acordo com o tamanho da semente.Recomenda-se 2 a 4 gramas de grafitepor kg de sementes chatas e 5 a 6 gramasde grafite por kg de sementes redondas.Após o tratamento de semente espera-se a secagem das sementes e adiciona-se a quantidade de grafite recomendada.

TEMPERATURA DO SOLO:Para realizarmos o plantio a

temperatura do solo deve estar acima de10 ºC. As temperaturas abaixo desteíndice prejudicam sensivelmente agerminação podendo ocorrer morte dasemente, ataque de pragas e doenças.

VELOCIDADE DE PLANTIO:O plantio do milho é a largada, alguns

confundem com uma corrida e acabamplantando muito ligeiro. Realizar o plantiocom uma velocidade baixa, em torno de4 a 5 km por hora para não comprometera densidade de plantio.

ADUBAÇÃO:Realizar adubação de acordo com a

recomendação da análise de solo. Caberessaltar que o Nitrogênio é o elementocom maior influência na produtividade domilho e é absorvido em maioresquantidades pela cultura. Quandodesejamos atingir altas produtividadesdevemos realizar adubação nitrogenadade cobertura para complementar asnecessidades de nitrogênio pela planta.O segundo elemento mais absorvido pelaplanta é o Potássio. É importante lembrarque mais de 80% desse potássio fica napalhada do milho, sendo depois retornadoao sistema. O potássio é responsável pelouso eficiente da água e pelo aumento daresistência da planta ao acamamento. Ofósforo tem grande importância noprocesso fisiológico das plantas, assimcomo no crescimento das raízes,polinização e enchimento de grãos.

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COTRISA

Reserva legal: a insustentabilidade econômicae social do setor produtivo

Luis Carlos Heinze é engenheiro agrônomo, produtor rural e deputado federal

A pretendida e descabida ampliação das áreas deproteção permanentes (APPs), caminho que o paíspretende percorrer, é a contramão da realidadefinanceira internacional e terá como consequênciainevitável a insustentabilidade econômica e social dosetor produtivo primário brasileiro. Os números queirei disponibilizar aqui são alarmantes, para não dizertrágicos. Indicam claramente a ruína do agronegóciobrasileiro, com gravíssimas consequências para todaa economia do país. Chamo a atenção para o perigoque está rondando o Brasil neste exato momento.O caso específico do Rio Grande do Sul, que temuma área de 28,2 milhões de hectares, corre o riscode perder 20% dela, como é o desejo de ONGsinternacionais que tentam forçar o governo brasileiroa ceder às suas exigências. O caos que se avizinha vaiatingir em cheio a lavoura de fumo, que tem hoje 95mil produtores envolvidos. Seguramente, 60% delesdeixarão de plantar, pois estão em área de declividadede até 45 graus. Pior ainda ocorrerá com produtoresde videira e de alho, com 80% deles sendo obrigadosa abandonar as plantações. Vai acontecer o mesmocom a lavoura de arroz em várzea, uma atividade quecongrega cerca de 15 mil produtores e a metade seráinevitavelmente atingida pelas medidas que se pretendeadotar.

Haverá também uma redução drástica de aviáriose pocilgas de, aproximadamente, 30% a 40%, poiseles estão situados em áreas de declividade ou depreservação permanente. As lavouras de soja e demilho também serão reduzidas em aproximadamente30%. Serão 788 mil gaúchos desempregados e maisde 100 mil propriedades rurais que vão deixar deproduzir.

A economia brasileira será terrivelmente abalada.Imaginemos da porteira para dentro, o grande prejuízoque aguarda o produtor rural. Agora, se olharmos daporteira para fora, vamos de encontro à saúdefinanceira do país, pois o setor agropecuário écomprovadamente o grande responsável pelo saldoda balança comercial brasileira e um dos setores quemais gera empregos. Para se ter uma idéia, a cadaposto de trabalho aberto no campo, outros dois sãocriados na cidade.

Não há na lei que define as áreas de proteçãopermanente nada em consoante com a modernidade,não passando de um “abuso ambientalista”,patrocinado por ONGs radicais e carecendo de umestudo técnico e científico mais profundo.

O fato é que precisamos manter as áreas jáconsolidadas e uma política séria e responsável quenão venha a se curvar diante de uma simples pressãode ONGs internacionais, que insistem em adotar noBrasil as restrições que não querem em seus países deorigem. Se a nação brasileira dobrar seus joelhosdiante destas ONGs será o maior retrocessoeconômico e social da história do país. Retrocessoque não tem nem amparo legal, se levarmos em contao dispositivo do “direito adquirido”.

Só no Rio Grande do Sul a perda de área produtiva

chegará a 5,6 milhões de hectares, caso tenha queentregar 20% de seu território. Não será preciso nemuma calculadora para contabilizarmos o tamanho docusto ao produtor. Considerando o preço médio dohectare a R$ 5 mil, o prejuízo totalizaria R$ 28 bilhões.Se o acham incomensurável, então acrescentem a eleas despesas com georeferenciamento, agrônomos,averbação nos cartórios de registro e com o própriorestabelecimento das florestas, pois além de entregarsuas terras o proprietário rural terá ainda de cercar eplantar árvores. Um valor que elevaria a despesa emmais R$ 10 bilhões, totalizando a incrível cifra de R$38 bilhões.

Aí, surgem uma constatação e uma indagação: Oprodutor rural já é penalizado historicamente com afalta de políticas consistentes e ele não terá como arcarcom mais um prejuízo. Então, quem deveria pagar?No nosso entendimento, se prevalecer a reserva legal,o custo tem de ficar com a União. Afinal, é ela queestá aceitando as exigências impostas por segmentosestrangeiros, mesmo ciente do imenso prejuízo quecausará à economia nacional. O que não podeacontecer é o produtor ser obrigado a pagar peloproblema que foi criado por outros. É uma questãode justiça, independente do tamanho da propriedade.

Se o estado entender que não pode indenizar, quetransfira a conta para as ONGs como WWF ouGreenpeace. É o mais lógico, pois se elas queremtransformar o Brasil na maior floresta do mundo, entãoque paguem por isso. Dinheiro elas tem. Basta verificaro número de veículos que compram exclusivamentepara fiscalizar os agricultores brasileiros. É precisodeixar claro que APPs e reserva legal tem custos. Aliás,custos altíssimos. Não é brincadeira ambiental. É coisaséria, com danosos reflexos na economia nacional, quenão tem a mínima importância para as ONGs, todasestrangeiras, que não exigiram em seus países o quequerem impor por aqui.

O produtor já pagou o que tinha de pagar. No RioGrande do Sul, 3,9 milhões de hectares são de APPs,mas agora querem mais 20% para proteção ambiental.Um absurdo sem tamanho e totalmente fora docontexto mundial contemporâneo. Não se pode trataruma questão importante, séria e delicada como estacom embasamento meramente “ambientalóide”. Éurgente que se faça um estudo econômico ecológico,planejado por cientistas e universidades conceituadase não por ONGs.

A ordem mundial é reduzir custos de produção.No Brasil, querem aumentar os custos para o produtorque já paga o óleo diesel mais caro do mundo e quetem uma carga tributária elevadíssima, chegando a50%, entre impostos estaduais e federal. Os absurdosficam ainda mais nítidos quando observamos, de umlado, os números ostentados pelo setor rural, sempredeficitários, e, do outro, com os da Petrobrás, quefechou 2008 com um lucro de R$ 34 bilhões.Lucratividade que está diretamente ligada ao setorprimário, que encheu os cofres da empresa, ao serobrigado a comprar o óleo diesel com o preço mais

elevado do planeta.Além disso, aqui no Brasil também estão os

defensivos agrícolas mais caros do mundo. Se pegarmosuma planilha de custos da produção agrícola vamosencontrar inúmeros itens para penalizar o produtor. Épreciso entender que os Estados Unidos, por exemplo,cultivam mais de 200 milhões de hectares, enquanto oBrasil só cultiva 60 milhões de hectares. Na safrapassada, os americanos gastaram US$ 6,8 bilhões comdefensivos, enquanto por aqui, com 1/3 de área, foramgastos US$ 7,1 bilhões. A diferença é simples: lá existeuma política agrícola séria, que está conseguindopromover o desenvolvimento do setor.

No Brasil gasta-se muito mais para produzir e nomomento em que se busca o crédito oficial, sonhandocom um juro mais baixo, esbarra-se na porta dos bancos.Os poucos que conseguem entrar são obrigados acontratar consórcios, seguros, títulos de capitalização,fazendo com que o índice dobre. Não há, na prática,juro baixo para o negócio rural.

Nos anos 70 e 80 o Brasil tinha uma carga tributáriade 20% e hoje ultrapassa 36%. Todo mundo reclama,mas ninguém tem mais razão para lamentar do que oprodutor e o consumidor, que são os dois segmentosque pagam os tributos. O agricultor sente na pele quandoprecisa comprar máquinas e implementos agrícolas quesão fabricados por indústrias instaladas no Brasil. Nospaíses do Mercosul os mesmos equipamentos chegama ser comercializados pela metade do preço praticadopor aqui. Tudo por causa de nossa altíssima cargatributária. Notem que eu disse: “máquinas agrícolas”,que só interessam ao homem do campo, a quem produzo alimento essencial a vida na terra. Não bastasse, éimpossível pensar em lucro, quando pagamos asobrigações sociais em dobro quando se compara a umuruguaio, por exemplo.

Agora ainda querem jogar nas costas de quemproduz, gera empregos e riquezas na cidade a obrigaçãode fazer a preservação em sua propriedade. Quererque o agricultor pague para trabalhar é impossível.Como toda atividade econômica, ela existe para gerarlucros, sem o que irá à falência. O fracasso do setorprodutivo primário, no entanto, é sinônimo de fome ede miséria. E nesse momento é importante lembrar aspalavras do ex-presidente Getúlio Vargas, em cujogoverno teve início uma política agrícola que persistiunos anos 50, passando pelos militares, até 1980. Getúliodisse que “O poder público deve compenetrar-se deque é seu dever elementar assistir as fontes de produção.Não se pode baratear a vida sem aumentar a produção,sem amparar o produtor. Onde está o interesse doprodutor está o interesse do Brasil”.

No momento em que países do mundo inteiro tentamse unir para combater o desemprego e a fome aqui noBrasil, inspirado pelo discurso “ambientalóide” deONGs estrangeiras, o governo pode estar promovendoo desemprego de 20% a 40% dos brasileiros nospróximos anos, caso seja mantida a obrigação doprodutor rural averbar 20% das suas propriedades parareserva legal. Pense nisso.

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Planejamento da próxima cultura dasoja em busca de melhores resultados

A COTRISA busca melhores resultadoseconômicos para os seus associados no que dizrespeito à produtividade das principais atividadesagropecuárias, que são trabalhadas na área de açãoda cooperativa. A soja merece atenção especial, poisé a cultura com maior área de cultivo em nossa região,gerando renda para o produtor rural, podendo esteatender suas expectativas na propriedade. De maneirasemelhante ao ser humano, a soja necessita germinar(nascer), desenvolver-se vegetativamente (crescer),atingir a maturidade, florescer e produzir grãos. Paraisso, necessita estar bem alimentada, com saúde, livrede doenças e protegida contra as pragas que possamatacar e diminuir a produção de grãos. Portanto, paraque a soja seja cultivada de forma adequada deveser realizado um sistema de plantio eficiente. Osistema de plantio direto, onde a COTRISA foipioneira no incentivo desta inovação tecnológica, deveestar consorciado à rotação de culturas (aveia/soja,trigo/soja e ervilhaca/milho), promovendo umacobertura ideal do solo e demais benefícios tanto parao meio ambiente, quanto para os sistemas de cultivo,neste caso, a soja.

CALAGEM E ADUBAÇÃONA CULTURA DA SOJA

A calagem e adubação devem ser realizadas deacordo com a recomendação da análise de solo. Acalagem objetiva reduzir a acidez do solo através daaplicação de corretivos de acidez (calcário porexemplo), sendo que o pH em água adequado paraa cultura fica próximo a 6,0.

Em relação à adubação nitrogenada pesquisasindicam que não há necessidade de aplicação destenutriente para a cultura, ou seja, a demanda denitrogênio (N) é suprida pelo solo e pela simbiose daplanta com o rizóbio específico já existente no solo

ou fornecido mediante a inoculação das sementes.Sendo assim destaca-se a importância de o sojicultorrealizar a inoculação de sementes de soja e aplicaçãode molibdênio, via tratamento de semente ou parteaérea, pois o mesmo tem a participação na fixaçãodo nitrogênio do ar durante o seu desenvolvimento.As quantidades de fósforo e potássio variam emfunção dos teores desses nutrientes no solo, indicadasatravés da análise de solo, sendo os principaissintomas de deficiência a redução da taxa decrescimento da planta com consequente redução deprodutividade. Cabe destacar a importância darealização da análise de solo, sendo que hoje existeuma inovação tecnológica por parte da fertilidadedo solo, que é a agricultura de precisão, onde aCOTRISA disponibiliza este serviço ao seu quadrosocial. Esta tecnologia permite aplicar corretivos efertilizantes no local específico, na quantidade e nomomento correto produzindo rendimentossatisfatórios, principalmente para a cultura da sojacom custos reduzidos de produção.

MANEJO DAS CULTIVARES DE SOJAAs cultivares de soja indicadas para o cultivo

na região de ação da Cooperativa, apresentamcaracterísticas específicas, onde o produtor aoplanejar sua lavoura deve levar em conta as seguintescaracterísticas: ciclo, época de semeadura, tipo decrescimento, altura de planta, acamamento,enraizamento, engalhamento e reação a doenças enematóide. Outros fatores importantes são oespaçamento entre fileiras, profundidade desemeadura e densidade de plantas, sendo quelavouras com exageradas população de plantaspromovem competição por água, luz e nutriente,favorecendo o acamamento e redução deprodutividade.

As cultivares de soja possuem potencial máximode rendimento quando as condições ambientais e demanejo apresentam-se favoráveis. Cabe destacar queinstitutos meteorológicos, indicam precipitações dentroda normalidade para a região Sul do Brasil, ondeencontra-se a região das Missões, durante todo o cicloda cultura, dando possibilidade das cultivares de sojaexpressarem o seu máximo rendimento, somando aoutros fatores de manejo da mesma.

CONTROLE DE PLANTAS INVASORASO controle de plantas invasoras através do uso

contínuo de um mesmo mecanismo de ação estápromovendo a resistência de determinadas invasoras,como é o caso do leiteiro, poaia, corriola, trapoeraba,azevém e a buva. A buva é a espécie que temaumentado sua população nas áreas de cultivo da soja,provocando redução significativa na produção degrãos da cultura, através da resistência ao Glifosato,tornando difícil seu manejo. Desta forma, devem serrealizadas medidas preventivas de controle destainvasora com herbicidas específicos, principalmentenas culturas de inverno ou na dessecação da pré-semeadura, pois a eficiência de controle torna-seprejudicada quando a cultura da soja já estiverimplantada. É importante ressaltar para o associado,que o manejo deve ser realizado em estágios iniciaisdas plantas invasoras e da soja, mantendo assim acultura livre de competição.

MANEJO DE DOENÇAS E PRAGASO manejo de doenças inicia-se com a escolha de

cultivares resistentes e rotação de culturas, evitandoassim determinadas doenças que atingemprincipalmente o sistema radicular da soja. Para quea cultura seja implantada de forma ideal, a sementeque irá dar origem a uma nova planta deve passar portratamento com fungicidas e inseticidas eficientes,desta forma a planta está protegida desde as primeirasfases de seu desenvolvimento contra os principaisfungos e insetos que prejudicam a emergência edesenvolvimento da cultura em suas fases iniciais. Emrelação ao tratamento químico da parte aérea para asprincipais doenças fúngicas (oídio, ferrugem asiáticae doenças de final de ciclo) o mesmo deve ser realizadopreventivamente . Considerando que a ocorrênciadestas doenças, principalmente a ferrugem asiática éfavorecida através de temperaturas entre 19 e 24 ºC,e um período de molhamento foliar de no mínimo 6horas. O monitoramento da cultura é fundamental, como auxílio da assistência técnica, sendo que deve sermais frequente a partir do florescimento.

ORIENTAÇÕES GERAISNo entanto destacamos a importância do

associado, buscar informações para o planejamentoda próxima cultura da soja antecipadamente atravésda assistência técnica da COTRISA, e a aquisição deinsumos de qualidade para a sua lavoura. Podendoassim obter resultados de produtividade e econômicossatisfatórios para a sua propriedade.

A COTRISA realiza dias de campo para que o associado possa escolher as veriedades de soja quemelhor se adaptam a região e desta forma fazer um bom planejamento da próxima safra

Eng. Agr. João Vítor Buratti - Tec. Agr. Tiago Fernando MantovaniDETEC - COTRISA

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COTRISA

Seminário de FRENCOOP – FrenteParlamentar de Apoio ao Cooperativismo

No dia 27 de julho, junto a AFUCOTRISA, emSanto Ângelo, a direção da COTRISA realizou maisuma Assembléia Geral Extraordinária com o objetivode discutir e decidir 6 assuntos referentes a cooperativaque estavam na ordem do dia e desta formareestruturar e redirecionar os rumos da cooperativa.Um número significativo de associados de todas asunidades participou da assembléia. Depois de amplasdiscussões e esclarecimentos prestados pelopresidente, Roberto Haas e o vice-presidente,Amando Dalla Rosa os associados presentesaprovaram os seis itens da ordem do dia.

No primeiro ítem a direção pediu a autorizaçãopara a COTRISA prestar garantias reais emoperações de financiamentos bancárias, cooperativasde crédito, consorciadoras e fornecedores paracompra de insumos e capital de giro.

No segundo ítem foi solicitada autorização paraconstituição de empresa subsidiária da COTRISA,na forma de Sociedade Anônima e autorização paraassociação com outras empresas congêneres, alémde aporte de recursos (bens imóveis), para aconstituição da referida empresa. Esta empresa seráde capital fechado e onde a COTRISA será a

COTRISA realizou AssembléiaGeral Extraordinária

O Sistema Ocergs-Sescoop/RS está promovendocinco Seminários a nível de Estado para a formaçãode Frencoops municipais com o objetivo de motivaros vereadores e assim buscar apoio político para ocooperativismo gaúcho e desta forma desenvolver ocooperativismo nas comunidades. O foco dadiscussão destes seminários é estabelecer umaparceria com as Câmaras de Vereadores em defesado cooperativismo. Segundo o presidente da Ocergs-Sescoop/RS é a partir destes encontros articular umprograma de intercâmbio com os vereadores queestejam realmente comprometidos com ocooperativismo. O primeiro encontro foi realizado nodia 28 de maio em Farroupilha, o segundo no dia 25

de junho em Não-Me-Toque, o terceiro no dia23 de julho em SantoÂngelo, o quarto no dia 19de agosto em Santa Mariae o quinto será realizadono dia 29 de outubro emPorto Alegre. Aculminância deste trabalhoacontecerá nos dia 16, 17e 18 de novembro emGramado quandovereadores de todoEstado participarão do

Seminário Geral de Adesão às Frencoops Municipais.Em Santo Ângelo o seminário foi realizado na

Câmara de Vereadores e teve a participação de 57vereadores de 28 municípios, além de grande númerode dirigentes de cooperativas e lideranças dascomunidades da região. Da abertura participaramdiversas autoridades, o presidente da Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius, Vice-prefeito, AdelarQueirós, o deputado Adroaldo Loureiro, o assessorda Secretaria de Relações Institucionais, Lino Hamann,e o presidente da EMATER, Mário Nascimento.

Durante o evento o presidente do Ocergs-Sescoop/RS, Vergílio Perius destacou a importância da presençadas cooperativas nas comunidades, uma vez que, elas

investem na comunidade e os recursos geradospermanecem na comunidade. Destacou também queum dos maiores desafios do cooperativismo gaúchoé melhorar e viabilizar o acesso aos recursos públicosfinanciados pelas instituições financeiras. “É precisoque as cooperativas tenham mais financiamentos emenos burocracia bancária, a fim de facilitar aliberação de verbas, principalmente para ascooperativas agropecuárias”.

A Ocergs conta com 900 cooperativas,congregando cerca de 5 milhões de gaúchosenvolvidos diretamente no cooperativismo, o querepresenta a metade da população do RS, destacouVergílio. “Trata-se da maior Organização NãoGovernamental (ONG) do Estado”, resumiu.

detentora da maioria do capital, portanto será uma

empresa da COTRISA. Para esta empresa serão

transferidos a agroindústria e os supermercados.No terceiro ítem a direção pediu a autorização para

a COTRISA avalizar operações de custeio de lavourasde inverno e verão, período agrícola de 2009/2010, com

entidades bancárias e cooperativas de crédito para osassociados completos da cooperativa.

No quarto item a direção solicitou autorização aosassociados para buscar recursos junto aos programas

PRODECOOP, PROCER, PROCAP-AGRO, comconstituição de garantias hipotecárias e emissões de

CPRs ou outros títulos. A busca do recurso dessesprogramas é no sentido de reduzir o alto custo financeiro

pago em outros tipos de financiamentos.No quinto ítem foi pedida autorização para a

COTRISA associar-se a Centrais CooperativasRegionais Agroindustriais. O objetivo é através de uma

central formada com as cooperativas coirmãs da regiãoadquirir insumos em conjunto e comercializar os grãos

também em parceria.E no sexto item a direção solicitou autorização para

a COTRISA efetuar operações de venda de eventuaisáreas de terra recebidas em quitação de dívidas dos

associados.

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COTRISA

Foto 2. Danos causados por geadas durante oestádio reprodutivo

A geada é um elemento climático que ocorre quandoa temperatura encontra-se abaixo do ponto decongelamento. A ocorrência desta pode afetar opotencial produtivo das culturas, podendo variar deacordo com alguns fatores: estádio de desenvolvimento,cultivar, umidade na planta e no solo, tempo depermanência sobre a planta, cobertura do solo,

exposição da lavoura,dentre outras variáveis.

A cultura do trigoapresenta maior tolerânciaa geadas durante a fasevegetativa, mesmo assimquando ocorrem geadasmuito severas as plantaspodem demonstrar danoscomo, flacidez e coloraçãoverde escura das folhasvindo a secar com o passardos dias, e redução no standde plantas (foto 01). Porémdanos maiores sãoocasionados quando asplantas encontram-se noestádio reprodutivo,ocasionando o abortamentodas espigas e/ou de grãos,podendo vir a matar asplantas, causando até 100%

Efeitos de geadas na cultura do trigo

Foto 1. Danos ocasionados por geadas durante a fase vegetativa.

de redução no potencial produtivo (foto 02).Em áreas onde os danos foram causados em plantas

durante a fase vegetativa podem ser tomadas algumasmedidas para amenizá-los, como por exemplo, autilização de fertilizantes nitrogenados em áreas maisafetadas, buscando melhorar a uniformidade e o“arranque” dos perfilhos, melhorando a uniformidade

da maturação das espigas, tentando evitar perdas nacolheita, tanto em quantidade como em quantidadesde grãos.

Posterior aos danos deve-se monitorar as áreaspara eventuais danos causados por pragas e doenças,podendo vir a reduzir mais ainda o potencial produtivoda cultura, para isso deve-se procurar profissionaisqualificados para salientar suas dúvidas.

Eng. Agr. Tiago Mello MarguttiAssistente técnico COTRISA - Entre Ijuis

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