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LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Cynthia AlvesDébora GonçalvesEllen Alves
Gestão de Tratamento de Águase Efluentes Líquidos
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TRATAMENTO SECUNDÁRIO
Segundo a FEAM, 2006:
“É a etapa na qual o objetivo principalé a remoção da carga poluidora dos esgotos,DBO solúvel (dissolvida), realizado pormicroorganismos em processosbiológicos naturais, sob condições
controladas”.
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TRATAMENTO PRELIMINAR
São dispositivos usados na chegada do esgoto (bruto) para barrar epossibilitar a remoção dos sólidos grosseiros e da areia.
Por quê fazer?
• Evita desgaste nos equipamentos e tubulações;• Evita o assoreamento da unidade;
• Elimina ou reduz a possibilidade de entupimentos;• Facilita o transporte do líquido.
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LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
São unidades que retêm os esgotospor um período de tempo suficiente paraque a matéria orgânica seja estabilizadapor processos biológicos, portantonaturais, principalmente pela ação dealgas e bactérias.
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LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
ROTINAS GERAIS DE OPERAÇÃO
• Conferir, periodicamente, as condições estruturaisda lagoa;• Evitar os entupimentos nos dispositivos de entrada;• Promover a retirada de materiais;• Conservar limpos os dispositivos de saída;• Conservar as margens da lagoa sem qualquer tipode vegetação;
• Fazer diariamente a leitura das vazões.
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LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Dependendo da área disponível, topografia do terreno e graude eficiência desejado, podem ser empregados os seguintes tiposde sistemas de lagoas de estabilização:
• Lagoas Facultativas;• Sistema de Lagoas Anaeróbias seguidas de Lagoas Facultativas;• Lagoas Aeradas Facultativas;• Sistema de Lagoas Aeradas de Mistura Completa seguidas por
Lagoas de Decantação.• Além destas, há também as Lagoas de Maturação, direcionadas à
remoção de patogênicos.
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LAGOAS FACULTATIVAS
São as mais simples dos sistemas de Lagoas de Estabilização.
Basicamente, o processo consiste na retenção dos esgotos por umperíodo de tempo longo o suficiente para que os processos naturais de
estabilização da matéria orgânica se desenvolvam.
A eficiência do sistema é usualmente satisfatória, podendo chegar aníveis comparáveis à da maior parte dos tratamentos secundários.
Por ter um processo essencialmente natural, a estabilização da matériaorgânica ocorre em taxas mais lentas, implicando na necessidade de umelevado período de detenção na lagoa (superior a 20 dias).
Possui três zonas: Zona Anaeróbia, Zona Aeróbia e Zona Facultativa.
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LAGOAS FACULTATIVAS
O efluente de uma lagoa facultativa possui asseguintes características principais:
• Cor verde devido às algas;• Elevado teor de oxigênio dissolvido;• Sólidos em suspensão, embora praticamente nenhum sejasedimentável.
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LAGOAS FACULTATIVAS
A influência das condições ambientais
Fator Influência
Radiação Solar •Velocidade de fotossíntese
Temperatura
•Velocidade de fotossíntese;•Taxa de decomposição
bacteriana;•Solubilidade e transferência
de gases;•Condições de mistura.
Vento •Condições de mistura;•Reaeração atmosférica.
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SISTEMAS DE LAGOAS ANAERÓBIAS SEGUIDAS DELAGOAS FACULTATIVAS
São uma forma alternativa de tratamento, onde aexistência de condições estritamente anaeróbias é essencial.Tal condição é alcançada através do lançamento de umagrade carga de DBO por unidade de volume da lagoa, fazendocom que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezessuperior à taxa de produção.
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SISTEMAS DE LAGOAS ANAERÓBIAS SEGUIDAS DELAGOAS FACULTATIVAS
A DBO efluente é elevada, implicando na necessidade de umaunidade posterior de tratamento. As unidades mais utilizadas são as lagoasfacultativas,, assim compondo o sistema, também denominado de SistemaAustraliano.
As Lagoas anaeróbias, da ordem de 4 m a 5 m. A profundidade éimportante, no sentido de reduzir a possibilidade da entrada de oxigênioproduzido na superfície par as demais camadas.
A existência de uma etapa anaeróbia, caso haja problemasoperacionais, pode conduzir à liberação de Gás Sulfídrico, responsável porodores fétidos. Por isso, é recomendada a instalação longe de residências.
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SISTEMAS DE LAGOAS ANAERÓBIAS SEGUIDAS DELAGOAS FACULTATIVAS
A estabilização anaeróbia se desenvolve em duas etapas:
1. Na primeira fase não há a remoção de DBO, apenas a conversãoda matéria orgânica a outras formas (ácidos).
2. É na segunda etapa que a DBO é removida, com a matériaorgânica (ácidos produzidos na primeira etapa) sendo convertida ametano, gás carbônico e água, principalmente. O carbono éremovido do meio líquido pelo fato do metano escapar para a
atmosfera.
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LAGOAS AERADAS FACULTATIVAS
É utilizada quando se deseja ter um sistema predominantementeaeróbio, e de dimensões mais reduzidas que as lagoas facultativas ou sistemade lagoas anaeróbias seguidas de lagoas facultativas.
A principal diferença com relação a lagoa facultativa convencional équanto à forma de suprimento de oxigênio. Enquanto na lagoa facultativa ooxigênio é obtido da fotossíntese, na lagoa aerada facultativa o oxigênio éadvindo principalmente através de aeradores.
As lagoas facultativas convencionais sobrecarregadas e sem áreapra expansão podem ser convertidas a lagoas aeradas facultativas, através dainclusão de aeradores.
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LAGOAS AERADAS FACULTATIVAS
Os aeradores mecânicos mais comumente utilizados em lagoasaeradas são unidades de eixo vertical que, ao rodarem em alta velocidade,causam um grande turbilhonamento na água.
O tempo de detenção na lagoa é de 5 a 10 dias.
Os requisitos de área são menores.
Os aeradores requerem uma manutenção simples e a instalação nãonecessita de pilares de sustentação. Caso necessite, a posição pode serfacilmente alterada.
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SISTEMA DE LAGOAS AERADAS DE MISTURACOMPLETA SEGUIDA DE LAGOAS DE DECANTAÇÃO
São essencialmente aeróbias. Os aeradores servem também paramanter os sólidos em suspensão dispersos no meio líquido.
A qualidade do efluente de uma lagoa aerada de mistura completanão é adequado para lançamento direto. Por isso são seguidas por lagoasonde a sedimentação e estabilização destes sólidos pode ocorrer.
O tempo de detenção na lagoa é da ordem de 2 dias.
A lagoa aerada atua de forma semelhante aos tanques de aeração dosistema de lodos ativados.
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LAGOAS DE MATURAÇÃO
Possibilitam um “polimento” no efluente de qualquer sistema detratamento de esgotos.
Tem como objetivo a remoção de patogênicos.
São mais rasas, comparadas aos demais tipos de lagoas. Fatorque ajuda na remoção de patogênicos.
Devem atingir elevadíssimas eficiências na remoção de Coliformes (99,9%)e ainda obtêm-se remoção total de helmintos, cistos e ovos.
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LAGOAS DE MATURAÇÃO
Fatores que contribuem para remoção dos patogênicos
• Radiação Solar (radiação ultra-violeta)
• Elevado pH (maior que 8,5)
• Elevada concentração de OD (favorecendo uma comunidadeaeróbia, mais eficiente na competição por alimento e na
eliminação dos patogênicos)
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PROBLEMAS OPERACIONAIS
• Maus odores;
• Proliferação de insetos;
• Crescimento de vegetais;
• Escuma e flutuantes (impedindo a entrada de energia luminosa);
• Presença de algas (bactérias) verde-azuladas;
• OD ausente em alguns pontos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ARTHUR, J. P. Notes on the design an operation of waste stabilization ponds in warm climates ofdeveloping countries. Technical Paper, n. 7, Washington, DC, 1983.
• MARA, D. D., PEARSON, H. Artificial freshwater environmental: Waste stabilization ponds. In
Biotechology, v. 8, p. 177-206, 1986.
• MARQUES, J. J., d'AVILA, J. S. An algorithm optimization to project and simulate aerobic and
facultative stabilization ponds. In : 3rd. IAWQ INTERNATIONAL SPECIALIST CONFERENCE ANDWORKSHOP. Waste Stabilization ponds: Technology an Aplications. (1995: João Pessoa, Pb) JoãoPessoa: IAWQ, 1995.
• MEDRI, Waldir. Capitulo II – Revisão de Literatura. In: MEDRI, Waldir MODELAGEM E OTIMIZAÇÃODE SISTEMAS DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO PARA TRATAMENTO DE DEJETOS SUÍNOS. Tesesubmetida à Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, dezembro de 1997 Santa Catarina –brasil. Disponível em: < http://www.eps.ufsc.br/teses98/medri/cap2.htm > Acessado em: 09 de set 2012.
• MENDONÇA, Sérgio Rolim. Lagoas de estabilização e aeradas mecanicamente: novos conceitos.João Pessoa: S. Rolim Mendonça, 1990.
• VON SPERLING, Marcos. Lagoas de Estabilização. Departamento de Engenharia Sanitária eAmbiental. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 1996.