jr melhor idade 10-11

8
“ Acima de tudo, compromisso com a valorização da vida em todas as idades” Edição mensal OUT Ano 1 n˚ 2 2011 Direitos são lembrados no Dia Internacional do Idoso FIQUE ATENTO O Jornal Regional Melhor Idade dá dicas de como manusear seu dinheiro em local público.Pág 2 Apesar do amparo e proteção previstos em estatuto, os idosos continuam sen- do vítimas de preconceitos, abandono e violência dentro e fora da família. A assistência à saúde é mais um desafio para as políticas públicas que ainda não atendem às necessidades dos idosos. PÁGS. 4 E 5. ALIMENTAÇÃO SEM SEGREDOS A alimentação sem os nutrientes necessários pode ser a causa de vários problemas de saúde dos idosos. A falta de informação e orientação é outro motivo. PÁG. 3 SEU NOME É PROLAPSO Apesar do nome estranho, a ciência tem no Pessário uma alternativa para a chamada “bexiga caída”. Pág. 6 FOTO: DJALMA COELHO FOTO: DIVULGAÇÃO FOTO: DJALMA COELHO

Upload: luis-giuliani

Post on 31-Mar-2016

247 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Primeira edição do Jornal Regional Melhor Idade em Americana SP, destinado a melhor idade com dicas, serviços, saúde, turismo, notícias e muito mais

TRANSCRIPT

Page 1: JR Melhor idade 10-11

“ Acima de tudo, compromisso com a valorização da vida em todas as idades”

Edição mensal

OUTAno 1 n˚ 2

2011

Direitos são lembrados no Dia Internacional do Idoso

FIQUE ATENTOO Jornal Regional Melhor Idade dá dicas de como manusear seu dinheiro em local público.Pág 2

Apesar do amparo e proteção previstos em estatuto, os idosos continuam sen-do vítimas de preconceitos, abandono e violência dentro e fora da família. A assistência à saúde é mais um desafio para as políticas públicas que ainda não atendem às necessidades dos idosos. PÁGS. 4 E 5.

ALIMENTAÇÃO SEM SEGREDOSA alimentação sem os nutrientes necessários pode ser a causa de vários problemas de saúde dos idosos. A falta de informação e orientação é outro motivo. PÁG. 3

SEU NOME É PROLAPSOApesar do nome estranho, a ciência tem no Pessário uma alternativa para a chamada “bexiga caída”. Pág. 6

FOTO: DJALMA COELHO

FOTO: DIVULGAÇÃO

FOTO: DJALMA COELHO

Page 2: JR Melhor idade 10-11

2 Americana, outubro de 2011

É PRECISO MAIS

FIQUE ATENTO

SÉRGIO FRANCOJR Melhor Idade

EXPEDIENTE

E D I T O R I A L

JORNALISTA RESPONSÁVELSérgio Franco – MTB 11.436

As políticas de proteção ao idoso ainda estão longe do ideal, mas é inegável que

a sociedade vem tomando ciência da importância do tema. Discus-sões, conferências e propostas direcionadas a esse público incen-tivam o debate e contribuem para a concretização de ações práticas. Pelo menos o Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, já representa um certo avanço na ampliação do tema.

Nesta edição, o JORNAL RE-GIONAL MELHOR IDADE aponta a área da saúde pública como um dos principais desafios nestes tempos em que muito se fala de direitos, abandono e maus-tratos de idosos. Nesse sentido, a reivin-dicação do Conselho Municipal do Idoso de Americana pela contrata-ção de geriatras e gerontólogos na rede pública de saúde, inclusive no Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, reacende a discussão institucional sobre a necessidade de políticas públicas abrangentes, capazes de vislumbrar os bene-fícios requeridos pelas pessoas cujas idades e situação social li-mitam suas possibilidades de as-sistência.

Assunto da mesma forma re-levante retratado nesta edição é a profissão de Curador de Idosos, que aos poucos vai ganhando es-paço no mercado de trabalho. A função antes restrita ao voluntário “acompanhante” - um amigo ou pessoa da família para fazer com-panhia – , agora pode ser exercida de forma profissional e remume-rada, sendo exigidas capacitação e experiência, além de perfil onde sobressaiam características como paciência, atenção e discernimen-to sobre os limites de cada idoso. Se ainda falta muito a fazer por essas pessoas, não podemos de-sanimar. Boa leitura!

Os idosos nunca devem fazer compras sozinhos ou irem ao banco

desacompanhados. Os bandidos estão de olho neles, pois são mais vulneráveis, não oferecem resistência. Por isso, podem cair no chamado “conto do vigário”, além de serem vítimas de roubo de dinheiro. A Polícia Militar recomenda que o idoso seja acompanhado por alguém da família ou pessoa de confiança. Os criminosos sempre lançam mão de histórias a respeito de facilidades financeiras; outros apelam para falsos casos de doença e desespero na intenção de aplicarem o golpe.Outra dica é nunca contar dinheiro em público e sempre segurar a bolsa com firmeza. O hábito de varrear ou lavar a calçada em frente de casa sem o devido cuidado pode ser perigoso, pois nesse momento os infratores costumam fazer reféns para roubar a residência. Segundo a orientação da PM, uma pessoa deve estar junto do idoso nessa tarefa.

Fonte: Polícia Militar – Capitão PM Luchiari

BEESMARTCENTRAL DE PRODUÇÕESRua 12 de Novembro, 180 – sala 82Fone [email protected]

*Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião do jornal.*Os textos publicados no JR Melhor Idade não podem ser reproduzidos sem prévia autorização.*Distribuição Gratuita.

Jornal Regional Melhor Idade

A pergunta acima tem sido am-plamente difundida por grupos de especialistas da área médi-

ca, que acompanham as diversas fai-xas etárias.

As crianças das últimas déca-das, além de comer também com os olhos, cresceram ingerindo fast--food, deliciando-se com as batati-nhas fritas gordurosas, sorvetes..

Porcentagem elevadíssima de veias e artérias comprometidas, já na mais tenra idade.

Do ponto de vista nutricional, uma herança negativa que estarão fada-dos a levar por toda a vida adulta, submetendo-se a rigorosos trata-mentos e procedimentos cirúrgicos.

Definitivamente não era para ser as-sim. Mas de modo gradativo, eis que começa a existir uma maior cons-cientização por parte da população, em relação à qualidade de vida.

Compreendendo todavia, que uma mudança nos hábitos alimentares irá propiciar um bem-estar em nossa saúde física, mental e emocional.

Além do que irá gerar dinamismo e considerável aumento da capacida-

de de raciocínio. Quantos de nós já não se sentiu perdido no caixa do su-permercado ou de uma loja, tentando fazer as contas do quanto recebería-mos de troco?

No tempo de nossos avós, o estilo de vida era pacato, quando compara-do à loucura atual. Embora notória a escassez de recursos e de escla-recimentos sobre a prevenção e o tratamento de algumas doenças, por outro lado, as pessoas viviam mais e quando adoeciam era em virtude de ocorrências próprias da idade. Era comum ouvirmos a seguinte frase: “Morreu de velhice”.

Do ponto de vista da engenharia genética, a pré-disposição para al-gumas enfermidades, sempre esteve presente em nosso DNA.

O que estimula e desencadeia o surgimento de patologias é o estilo de vida moderna que todos nós nos sub-metemos, aliado à hereditariedade.

Prevenção é o foco. E já que estamos falando deste assunto nunca é demais perguntar: Como anda a sua saúde?

KATYA FORTI ([email protected])

Espaço Literário N.R.G.Colaboradora do

Jornal “Melhor Idade”. Autora dos Livros Alma em Flor e O Infinito é logo ali...

Como anda a sua saúde?

V I D A E M P L E N I T U D E

Era comum ouvirmos a seguinte frase: “Morreu de velhice”.

FOTO: DJALMA COELHO

Page 3: JR Melhor idade 10-11

3Americana, outubro de 2011

Alimentação na Melhor Idade requer informação e orientação

N U T R I Ç Ã O

O SEGREDO É RESPEITAR OS GOSTOS DE CADA UM, MAS COM EQUIL ÍBR IO NUTRIC IONAL

Em matéria de alimentação para as pessoas idosas, não basta uma mesa farta de alimentos saudáveis.

O ato de comer tem muito da particula-ridade do indivíduo. Para a nutricionista Erika Lima de Mello Sampaio, cada ser humano tem sua história com o alimen-to. “Às vezes o alimento representa uma etapa da vida, remete à infância, à cultu-ra alimentar.

O cheiro de uma comida pode nos le-var aos momentos mais felizes que tive-mos”, observa. Por isso, além do carinho no preparo dos alimentos, deve-se levar em conta as necessidade de cada um. Se o idoso perde o prazer de se alimentar, seja por alguma patologia ou pela falta de alimentação correta, também perderá vitaminas, nutrientes, massa muscular e terá deficiência do sistema imulógico.

Erika admite que os idosos têm di-ficuldades de seguir hábitos alimenta-res saudáveis, muitas vezes motivados pela falta de informações e orienta-ções. Porém, observa que existem mi-tos que levam a pessoa a consumir um único tipo de alimento, como a moda da ração humana.

Em grandes quantidades resulta em excesso de fibras, prejudicam a absor-ção dos nutrientes e comprometem a saúde. Um guia para sabermos se esta-mos com uma alimentação boa ou não é a pirâmide alimentar, que representa

o que devemos comer diariamente. No primeiro nível temos pão e cereais (ar-roz, batata, mandioca, macarrão).

Devemos dar preferência aos ali-mentos integrais que fornecem ener-gia. Segundo nível: hortaliças e frutas são fontes de vitaminas, minerais e combatem o envelhecimento das célu-las. O grupo do leite e derivados, car-nes, frango, peixes, ovos e leguminosas – fontes de proteínas e minerais – cor-responde ao terceiro nível. Esses ali-mentos trabalham na construção dos tecidos e sistema imunológico.

O leite e seus derivados são fontes de cál-cio e previnem a osteoporose. No quarto nível encontramos os óleos e açúcares. Os óleos de boa qualidade como azeite, óleo de canola e soja são fontes de vita-minas A, D, E, K, que agem no controle da pressão arterial, combatem a osteoporo-se e auxiliam na coagulação sanguínea. O mel traz benefícios para a circulação e é antirreumático.

O leite e seus derivados são fontes de cálcio e previnem a osteoporose.

VegetarianosHá opção também para os vegetarianos (não consomem carnes). Segundo a nutricionista, o interesse e a adesão ao vegetarianismo tem crescido. “São muitas as razões que levam os indivíduos a adotarem uma dieta vege-tariana, motivos relacionados à saúde, à ética e aos direitos dos animais, à religião”. Adverte, no entanto, que uma dieta inadequada pode resultar na insuficiência de ferro, vitamina B12, déficit de concentração, perda de memória, queda de cabelo, distúrbios neurológicos, perda da massa mus-cular, entre outros problemas. Na substituição da carne a proteína de soja é próximo ao valor das proteínas animais. Alimentos como leite de soja e tofu também são boas opções. As suplementações à base de proteína hi-drolisada de soja são indicadas para idosos com dificuldade de absorção, ou que fazem uso de medicações. A conduta do nutricionista é direcionar adequadamente essa escolha alimentar, bem como adequar as necessida-des nutricionais da pessoa.

FOTO: DJALMA COELHO

Page 4: JR Melhor idade 10-11

4 Americana, outubro de 2011

Desafio número um dos idosos

S A Ú D E

D I A I N T E R N A C I O N A L D O I D O S O R E A C E N D E A D I S C U S S Ã O S O B R E D I R E I T O S , A B A N D O N O E M A U S - T R AT O S

O Estatuto do Idoso conside-ra idosas as pessoas com 60 anos ou mais e sua criação

tem como objetivo protegê-las. Co-memorado em 1º de outubro, o Dia Internacional do Idoso traz à tona os desafios dos direitos de pro-teção dos idosos. A assistência à saúde, um direito previsto no Esta-tuto, ainda enfrenta barreiras que dificultam o acesso aos benefícios. Poucas cidades possuem estrutura

física e pessoal para esse tipo de atendimento. Com cerca de 27 mil idosos acima de 60 anos, Americana vê-se frente à necessidade de am-pliar suas ações públicas ao idosos, prometendo contratar um geriatra e um gerontólogo este ano para atuar no Centro de Convivência do Idoso, em construção no Jardim Glória.

Para Fátima Ganzarolli, presiden-te do Conselho Municipal do Idoso, criado em 1999, é pouco, mas reco-

nhece tratar-se do primeiro passo. “É preciso mais que isso. O Conse-lho tem reivindicado do poder pú-blico municipal a criação de uma ala exclusiva para os idosos no Hospital Municipal, mais geriatras e gerontó-logos”, defende. Em nota ao Jornal Melhor Idade a Secretaria Municipal de Saúde não informou se a reivin-dicação será atendida, esclarecendo que “todos os idosos são atendidos e assistidos e têm preferência des-

de que não haja uma urgência e emergência.” Enquanto buscam-se soluções estruturais, a presidente do Conselho Municipal do Idoso re-conhece que está havendo avanços nas políticas públicas brasileiras e conscientização da sociedade. “Indi-vidualmente, vejo avanços na quali-dade de vida dos idosos proporcio-nada pela independência em todos os sentidos, como na saúde pessoal e na situação financeira”, lembra.

FOTO: ARQUIVO

Page 5: JR Melhor idade 10-11

5Americana, outubro de 2011

MobilizaçãoA falta de divulgação das leis, po-rém, é um aspecto que prejudica a situação dos idosos, admite Fátima, e cobra melhor preparo dos órgãos públicos na aplicação das leis. “As pessoas devem se mobilizar em fa-vor das leis”, propõe. Se houvesse maior empenho e participação de todos, provavelmente não haveria tantos casos de desrespeito aos idosos, como maus-tratos, abando-no. Para a presidente, a realidade da família desestruturada compro-mete a forma de vida dos idosos, pois não há comprometimento. A situação torna-se ainda mais grave com relação às pessoas com idade avançada, as da quarta idade, cujas condições físicas as tornam em maior grau de limitações. Fátima Ganzarolli considera esse um dos principais desafios das ações polí-ticas de inclusão social. Na sua opi-nião, as pessoas que têm liberdade de locomoção estão contempladas com atividades dessa natureza, ao contrário dos idosos da quarta ge-ração, devido às suas limitações fí-sicas. “Por isso achamos necessário que sejam criados cursos específi-cos para esse público e mobilidade através de transportes”, considera.

A ViolênciaO cenário seria melhor não fosse a violência contra os idosos que atinge milhares no Brasil. Os maus--tratos nem sempre são denunciados, por medo ou desconhecimento das vítimas. O Centro Especializado de Assistência Social (Creas) de Americana é o órgão encarregado de receber as denúncias. A estatística é preocupante - são registradas, em média, de 3 a 5

denúncias por dia. São casos de violência física, psi-cológica, sexual, abandono, negligência, além da falta de assistência financeira e econômica.

Serviço: Creas – Centro Especializado de Assistência Social – Avenida da Saudade, 59 - Americana - telefone 3471-9800.

FOTO: LÍBIA NEGRÃO

Além da saúde, o Estatuto do Idoso assegura o direito ao lazer e à cul-tura como forma de inclusão social. Pelo menos nesse quesito as coisas parecem melhores. Os 33 grupos da Melhor Idade existentes em Ameri-cana podem servir de exemplo. Neles a integração é a chave dos encontros que proporcionam atividades que vão do artesanato aos passeios culturais e turísticos. Ginástica, hidromassa-gem, dança, palestras e eventos so-ciais são oferecidos como base do trabalho de melhoria da autoestima.

Page 6: JR Melhor idade 10-11

6 Americana, outubro de 2011

Prolapso genital é o descenço da parede vaginal anterior e/ ou pos-terior, assim como do ápice da

vagina, o prolapso é conhecido popu-larmente como bexiga caída ou uma sensação de bola na vagina.

A grande maioria das pacientes inicial-mente é assintomática, algumas no início, referem sensação de peso na vagina que surge ou acentua durante esforço físico. Os sintomas costumam piorar durante o dia e melhorar com o repouso. Essas pacientes também apresentam sintomas urinários, tais como dor para urinar, au-mento da frequência urinária, urgência, incontinência, retenção urinária. A infec-ção urinária de repetição e a dor durante a relação sexual também são relatadas.

O pessário é um dispositivo intravagi-nal, geralmente feito de silicone, encon-trado em vários modelos e tamanhos, mais comumente usado em formato de anel conhecido como “Donut”.

Embora tenhamos vários métodos de correção cirúrgica para defeitos pélvicos,

Dispositivo corrige “BEXIGA CAÍDA”

B E X I G A

COM A PROMESSA DE AJUDAR, PESSÁRIO É ALTERNATIVA À CORREÇÃO CIRÚRGICA

Sophia Consuelo Souto Fisioterapeuta Especialista em Uroginecologia, Cursan-do Mestrado na Disciplina de Urologia Feminina – UNICAMP

algumas pacientes podem preferir usar um pessário como uma opção de trata-mento conservador ou podem apresentar alto risco cirúrgico, sendo uma boa candi-data ao uso do pessário.

O pessário é colocado por um profis-sional da saúde com experiência, que irá indicar o modelo mais adequado e o tamanho é escolhido de forma que fique posicionado corretamente dentro da vagi-na, sem que saia durante atividades diá-rias, não cause desconforto para paciente e permita que ela possa urinar e defecar sem dificuldade.

A paciente terá que ter cuidado com higienização para evitar infecções e acom-panhamento de um profissional para veri-ficar a integridade da parede vaginal.

Poucas são as contraindicações, in-fecções pélvicas recomenda-se tratar a infecção primeiro e alergia a látex não é recomendado o uso.

A primeira descrição de um prolapso dos órgãos pélvicos foi feita no Egito anti-go no ano de 1.500 a.C. O uso do pessário também remonta à Antiguidade, onde era a única opção de tratamento do prolapso e da incontinência urinária.

Como a população geriátrica conti-nua aumentando, mais pacientes estão apresentando prolapsos urogenitais. Muitas destas pacientes podem apre-sentar alto risco cirúrgico e são candi-datas ao uso de pessário.

FOTO: DIVULGAÇÃO FOTO: DIVULGAÇÃO

DONUTÉ assim chamado um dos vários modelos de pessário pela semelhança que possui com a rosquinha americana em formato de argola. É um dos mais usados e resolve amaioria dos problemas de prolapso genital; seu tamanho varia de 51 mm a 95 mm.

Page 7: JR Melhor idade 10-11

7Americana, outubro de 2011

A profissão de cuidadorP A P E L I M P O R T A N T E

CADA VEZ MAIS AS FAMÍL IAS BUSCAM OS SERVIÇOS DOS CUIDADORES DE IDOSOS

“Cuidador não é acompanhante”. A ob-servação é de Ângela Roberta Trevizan, 40 anos, cuidadora de idosos há quase três anos. A profissão não é nova, mas está ganhando espaço no mercado de traba-lho em razão da maior expectativa de vida das pessoas. Atualmente, pode-se buscar capacitação através de cursos especiali-zados. A ex-vendedora de jóias optou pela nova atividade após conhecer uma pessoa que necessitava de uma cuidadora para o sogro internado num hospital. Com a ex-periência, decidiu conquistar novos clien-tes. Atualmente, cuida de 30 idosos numa clínica de repouso em turnos de 12/36 ho-ras e de um paciente hospitalizado.

Ângela adverte que o trabalho exige qualificação e um perfil adequado que requer muita paciência e atenção. “Um dos segredos é saber reconhecer os limites que a idade impõe às pessoas. Quem cuida, não pode ter a mente au-sente. É dedicação mesmo”, aconse-lha a cuidadora. Paciência para ouvir, principalmente, pois é comum o idoso dedicar-se a falar do passado.

O relacionamento pessoal é tão im-

portante nesses casos, que o resulta-do pode levar a uma amizade duradou-ra. Foi o que aconteceu com dona Ilza Costa do Carmo, 83 anos, que contra-tou-a por alguns dias quando estava internada no hospital. Apesar de per-manecerem juntas por pouco tempo, foi o suficiente para que estabeleces-sem uma forte amizade. A forma cari-nhosa como se falam não deixa dúvida da admiração recíproca.

A cuidadora, no entanto, faz questão de ressaltar que a experiência é funda-mental. A função de cuidador não equi-vale a de um acompanhante, que pode ser um parente, um amigo disposto a um trabalho voluntário. “É diferente, porque há certos cuidados que o acompanhante não está preparado para oferecer. Até na maneira que você pega no braço de um idoso deve levar em consideração a fra-gilidade da pele, que já perdeu o coláge-no e não se regenera”, lembra.

Para Ângela, trabalhar como cuida-dora de idosos é gratificante por vários aspectos, como conhecer pessoas, suas histórias e aprender com suas ex-periências de vida.

SERVIÇO: Curso de Formação para Cuidadores na Assistência Domiciliar – oferecido pela Secretaria Municipal de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Siades), de Sumaré – SPwww.sumare.sp.gov.br

FOTO: DJALMA COELHO

“Trabalhar como Cuidadora é gratificante pela experiência de vida”

Page 8: JR Melhor idade 10-11

8 Americana, outubro de 2011

Não apenas as cidades termais. A melhor idade tem diversificado seus interesses e preferências na

hora de viajar. Segundo o Ministério do Tu-rismo, Fortaleza é o primeiro destino mais procurado por esse público. E pelo que parece, as águas não estão dissociadas de suas motivações, pois os principais lo-cais socilitados são quase todos no litoral. Além de Fortaleza, temos o arquipélogo de Fernando de Noronha, Natal, as Serras Gaúchas, Salvador, Lençóis Maranhenses, Belém e Recife. Tais destinações fazem parte do programa federal VMMI – Viaja Mais Melhor Idade, um programa do Mi-nistério do Turismo, cujo objetivo é facili-tar e estimular os brasileiros com mais de 60 anos viajar pelo país.

Tratando de Fortaleza, uma cidade de poucas chuvas, a capital do Ceará é um convite à contemplação de paisagens ím-pares do litoral nordestino. Suas águas verde-azuladas compõem um cenário para diversos passeios, atividades e atrações.

Atrativos como a Catedral de Fortaleza, da década de 30, e o Teatro José de Alencar, da primeira década do século XX, são espaço de apreciação da arquitetura e dos regis-tros históricos de seu tempo, como tam-bém para cerimônias e espetáculos artís-ticos. A Avenida Beira-Mar, entre as praias de Iracema, Meireles e Mucuripe, é onde se concentram as principais opções de lazer e entretenimento noturno para todas as ida-des. Além das praias, entre outras opções, o centro cultural Dragão do Mar é uma óti-ma escolha para um passeio diurno. Pode--se conhecer o Museu de Arte Contempo-rânea, o Memorial da Cultura Cearense e o Planetário Rubens de Azevedo. É nessa região que se encontram as praças de ar-tesanato, em que se organizam shows co-memorativos e onde se pode almoçar ou jantar em um restaurante instalado num edifício histórico.

Fábio OrtolanoEquipe RRTUR

Primeiro destino da

F O R T A L E Z A

L I T O R A L C E A R E N S E É U M D O S M A I S D E S L U M B R A N T E S D O N O R D E S T E

Melhor Idade

Agrados ao paladarA gastronomia local é composta por influências indígenas, africanas e portuguesas e é baseada, sobre-tudo, em pratos com frutos do mar. Tem, ainda, as iguarias do sertão, como a moqueca e o bode guisa-do. Já o artesanato (foto ao lado) é composto por trabalhos em cipó, bambu, couro e carnaúba. Contu-do, as rendas, bordados, filés, la-birintos e crochês são o símbolo máximo do artesanato cearense, disponibilizados em uma infinidade de peças. Vale à pena conferir.

FOTOS: DIVULGAÇÃO