jornalesas março 2010
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Jornal Oficial da Escola Secundária/3 Aurélia de Sousa, PortoTRANSCRIPT
M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I € 0,50
― O ideal era que os professores não
tivessem de usar estratégias para os
alunos lerem mais‖
Zaida Braga pág.10 e 11
―É necessário saber ouvir para
agir‖
Maria do Céu Pág 8 e 9
―É o começo de
um caminho para o sucesso!‖
Projecto Desenhar Pousão
Pág 6 e 7
―Um sorriso pode
mesmo fazer a diferença!‖
A.P. 12ºano
Pág.15
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Júlia Martinho
frequenta a
ESAS desde o
7ºano e foi
considerada a
melhor aluna
do 3ºciclo da
cidade do
Porto, no ano
lectivo de
2008/09
Actualmente, faz
parte da turma C
do 10ºano do
Curso de Ciências
e Tecnologias
M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I Página 2 •
Qual foi a sensação de receberes o prémio de melhor aluna?
Senti-me realizada. O esforço valeu a pena!
Quais são os teus objectivos para o futuro?
O que eu queria mesmo era ter uma boa média para poder escolher o curso a
seguir. Gostava de ter média para Medicina, apesar de não querer entrar para
esse curso.
Mas queres algo ligado às Ciências?
Sim, à Matemática ou à Física e Química, ou talvez acabe por escolher um
curso ligado às letras (…).
Há segredo para o teu sucesso?
Presto bastante atenção às aulas e vou tirando notas se sentir que é necessá-
rio. Depois faço uma revisão e estudo afincadamente aquela matéria que pre-
ciso de saber com mais pormenor.
Estudas por obrigação ou porque gostas?
Depende das matérias.
O que gostas mais de estudar?
Matemática e, este ano, estou a gostar bastante de Física e Química, e Biolo-
gia também.
O que fazes nos teus tempos livres?
Frequento o British Council e pratico natação.
Como raramente saio, vejo televisão.
Júlia Martinho
A melhor aluna do 3ºciclo da cidade do Porto Entrevistada por Diana Castro do 10ºG e Vanessa D’Orey do 10ºF - Foto de Mª José Rodrigues (Prof.ª)
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O dia 31 de Janeiro
de 1891 começou
de madrugada na
capital do Norte.
Após uma denúncia por parte
do sargento Castro, infiltrado
entre os movimentos, é tempo
de agir. O Batalhão de Caça-
dores nº 9 saiu das imediações
do Regimento de Infantaria 18
e dirigiu-se pela rua do Alma-
da até à Praça de D. Pedro
(hoje Praça da Liberdade),
onde, em frente ao antigo
edifício da Câmara Municipal
do Porto, ouviram Alves da
Veiga proclamar a Implanta-
ção da República. Acompanha-
vam-no várias figuras impor-
tantes da época. Foram deita-
dos foguetes e soltados vivas à
República. No entanto, o fes-
tivo cortejo foi barrado por
um forte destacamento da
Guarda Municipal, que come-
çou a disparar sobre os revol-
tados. O Capitão Leitão, que
acompanhava os revoltosos e
esperava convencer a guarda a
juntar-se-lhes, viu-se ultrapas-
sado pelos acontecimentos.
Quando foi atingido na cabe-
ça, abrigou-se numa casa pró-
xima e ordenou aos revoltosos
que cessassem fogo – trabalho
inútil uma vez que a guarda
continuou a disparar. Às 10 da
manhã, os revoltosos foram
obrigados à rendição. Terão
sido mortos 12 manifestantes
e feridos 40.
Alguns dos implicados conse-
guiram fugir para o estrangei-
ro. Alves da Veiga (chefe do
Partido Republicano do Porto)
iludiu a vigilância e foi viver
para Paris.
A revolta fracassou, mas foi
considerada o primeiro passo
em direcção à Implantação da
República, no dia 5 de Outu-
bro de 1910.
A Revolta de 31 de Janeiro
Após a cedência do Rei D. Carlos e do governo ao ultimato inglês (no que
dizia respeito à questão do mapa cor-de-rosa), gerou-se um clima de revol-
ta em Portugal. Na cidade do Porto, militares e civis reuniam-se com um
único e comum propósito: implantar a República em Portugal.
Texto
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9ºA
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Sessão de divulgação
Exposição de trabalhos de alu-nos das turmas de 9ºano
Página 4 •
JRA em Acção
Os Eco-cidadãos da Aurélia de Sousa continuam activos!
M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I
E ste ano, estamos a traba-
lhar no projecto ―Um Pou-
co Mais de Azul‖. O objec-
tivo deste projecto é pro-
mover a importância da água atra-
vés de visitas de estudo, entrevis-
tas, foto-vídeo-reportagens e cam-
panhas. Queremos demonstrar que
a água é a única forma de suster a
vida e a sua preservação depende
de nós.
Já realizámos uma visita ao Parque
Oriental da cidade, participámos no
Seminário dos Jovens Repórteres
para o Ambiente (JRA) e mantemos
contacto semanal com a Associação
Campo Aberto.
Neste momento, planeamos visitas
ao Sea Life, Pavilhão da Água e
ETAR das Sobreiras. Temos grandes
expectativas em relação a esta últi-
ma saída na medida em que tentati-
vas anteriores de visita a esta ETAR
resultaram em desvios para a ETAR
do Freixo.
Estamos presentemente a desenvol-
ver uma campanha para participar
na celebração do Dia Mundial da
Água, no dia 22 de Março e tam-
bém uma videoreportagem para o
concurso ―Esmiuçar Copenhaga‖,
relacionada com a Cimeira de
Dezembro de 2009 e subsequentes
Convenções sobre Mudanças Climá-
ticas .
Divulgaremos as outras obras pla-
neadas nas próximas edições do
Jornalesas.
JRA jovens Repórteres para o Ambiente
Ana C
lara
Mota
10ºI
nº
01
Núri
a F
onse
ca
10ºB
nº
20
José
Chen X
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10ºB
nº
13
Mafa
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ala
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10ºI
nº
11
1ª Pergunta - Deve dizer-se:
A - ―Nós tínhamos matado a galinha‖
ou B - ―Nós tínhamos morto a galinha‖?
2ª Pergunta - Deve dizer-se:
A - ―Vai haver problemas‖
ou B - ―Vão haver problemas‖?
DA
R…
À L
ÍNG
UA
!
O concurso ―Dar à Lín-
gua‖ destina-se a todos
os alunos da escola e
tem por objectivo
fomentar o bom uso da
Língua Portuguesa.
Todas as semanas serão
afixadas na porta da
biblioteca e no painel
do átrio do 1º andar.
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T udo começou em Setembro quando a nossa
professora de Inglês motivou a turma B do
11º ano a participar num projecto do parla-
mento europeu da ciência, patrocinado pelo
Alto Comissariado Europeu da Ciência e a Câmara Muni-
cipal de Aachen, na Alemanha (Aquisgrano em Portu-
guês, apesar desta designação ser pouco conhecida). O
tema era a água e o que tínhamos de fazer era partici-
par activamente num fórum, debatendo diversos assun-
tos sobre este elemento da natureza. Aproveitamos,
desde já para convidar todos os leitores a visitar esse
mesmo fórum http://www.science-parliament.eu/. Sou-
bemos também que, após uma primeira fase de envolvi-
dos fórum, iriam ser escolhidas escolas de alguns dos
países participantes para debater o tema numa confe-
rência a realizar no mês de Março em Aachen. Assim, um
grupo constituído pelos alunos Jorge Santos (11ºB), Mar-
ta Rosário (11ºB), Pedro Fernandes (11ºB), Tiago Martins
(11ºB), Isabel Portugal (11ºA) e Tatiana Correia (11ºB),
sob a orientação da professora Maria Rosa Costa, pôs
mãos à obra.
Durante todo o primeiro período e até meados de
Janeiro, fomo-nos deparando com diversas questões e
desafios teóricos sobre o tema à medida que exemplos
práticos e locais iam surgindo. Como grupo, os assuntos
que nos suscitaram mais interesse foram a importância
de cada um na preservação da água, o papel da água na
saúde dos seres vivos, os prós e contras da sua privatiza-
ção, as tecnologias associadas à água e o futuro deste
recurso no planeta. Com a participação no fórum, tive-
mos o privilégio de trocar ideias com estudantes e cida-
dãos de todo o mundo e conhecer diferentes realidades.
Após meses de trabalho e empenho, fomos finalmente
informados que tínhamos sido a escola escolhida para
representar Portugal no encontro que se realizará de 22
a 25 de Março. Pois lá estará a Escola Aurélia de Sousa a
comemorar o Dia Mundial da Água com os representan-
tes de 15 países Europeus. Porém, nem tudo correu
como esperávamos e apenas três alunos e um professor
poderiam viajar até à Alemanha. Vimo-nos forçados a
escolher três representantes dos alunos embora. desde o
início, tivéssemos trabalhado como grupo.
Por fim, gostaríamos de deixar o convite a toda a
comunidade escolar para que nos envie sugestões e
novos pontos de vista sobre a água, bem como algum
exemplo concreto que queiram divulgar. Deste modo
poderemos levar um pouco de Portugal até à Alemanha
e mostrar o nosso valor.
Vamos falar de água… até à Alemanha!
A equipa Liquidgold
3ª Pergunta - Deve dizer-se: A - ―Os profissionais estão cada vez melhor preparados‖ ou B - ― Os profissionais estão cada vez mais bem preparados‖? 4ª Pergunta - Deve dizer-se:
A - ―Ele interveio no debate‖ ou
B - ―Ele interviu no debate‖?
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Inauguração da exposição
Projecto ―Desenhar Pousão‖
No dia 20 de Fevereiro de 2010, no Museu Nacional Soares dos Reis, realizou-se a inauguração da exposição dos trabalhos realizados pelos alunos de 10ºano da turma de Artes da Escola Secundária
Aurélia de Sousa (10ºI). Texto de Raquel Babo, 10ºI e fotos de António Carvalhal (prof.)
Vista geral da exposição Obra de Miguel De Francesco
O s trabalhos foram efectuados no âmbito do pro-
jecto ―Desenhar Pousão‖, realizado pela Asso-
ciação de Professores de Expressão e Comunica-
ção Visual (APECV) em parceria com o Museu
Nacional Soares dos Reis. Este projecto reuniu 41 professo-
res de artes visuais, 26 escolas, cerca de 600 alunos e inse-
riu-se num conjunto de comemorações dedicadas ao nasci-
mento do pintor português, Henrique Pousão.
Os trabalhos produzidos consistiam na recriação de uma
das obras de Henrique Pousão, com o objectivo de
demonstrar aquilo que o pintor queria transmitir e a inter-
pretação pessoal do aluno. Esta recriação foi acompanhada
de várias pesquisas escritas que englobaram o contexto
histórico-social do pintor e da sua obra e por uma visita
guiada ao MNSR. Cada aluno realizou a recriação da sua
obra inserindo novos elementos e aplicando diferentes
materiais. Dos trabalhos realizados, apenas dez foram
seleccionados para figurarem em papel na exposição, ten-
do sido realizado um PowerPoint com todos os trabalhos
para mostrar em formato digital.
A exposição teve início por volta das 15:30h com uma
pequena conferência de apresentação do projecto , onde
participou a Drª Maria João Vasconcelos
(directora do MNSR), a Dra Teresa Eça (presidente da
direcção da APECV) e o Dr. Vítor Silva, comissário da expo-
sição ―Esperando o Sucesso: Impasse académico e Moder-
nismo de Henrique Pousão‖.
Durante a conferência, foram distribuídos os diplomas de
participação a todas as escolas participantes, tendo desfi-
lado no palco os professores dinamizadores do projecto nas
escolas, com muitos aplausos do público. Os diplomas
foram entregues pela professora de Desenho, Paula Cunha,
aos alunos partiipantes.
Após a conferência, dirigimo-nos à sala de exposições tem-
porárias, para ver os resultados finais. A exposição foi
organizada de acordo com a cronologia da obra de Henri-
que Pousão e dividida por secções, onde estavam agrupa-
dos os trabalhos realizados pelos vários alunos com dife-
rentes idades, dedicados a cada uma das obras do pintor.
Esta exposição esteve patente ao público até ao dia 14 de
Março.
Foi uma grande oportunidade para a turma de 10ºano da
escola Aurélia de Sousa que pode, pela primeira vez, ver os
seus trabalhos expostos num museu. É o começo de um
caminho para o sucesso!
Página 7 •
O projecto ―Desenhar Pou-
são‖ iniciou-se a partir de
uma visita de estudo orien-
tada à exposição patente
no Museu Nacional Soares dos Reis –
―Diário da vida de estudante: Henri-
que Pousão‖, no dia 20 de Novembro.
Este projecto teve por objectivo
fomentar o conhecimento dos alunos
sobre a obra deste pintor no seu con-
texto histórico-social e aplicar, na
prática, metodologias de questiona-
mento das ideias, perspectivando, a
partir do Desenho, um trabalho de
livre recriação.
Apesar de ter começado antes do
Natal, só no 2º período é que come-
çou a ganhar forma, pois o desenho e
as suas interpretações levam tempo e
trabalho.
Os alunos começaram por escolher
uma obra do pintor e seguidamente
deram ínicio a um estudo aprofunda-
do da obra escolhida – especificações
da obra, seu contexto histórico-
social, etc. – Isto para poderem for-
mular uma ideia consistente sobre a
obra. Só então começou a fase de
desenvolvimento de ideias e estudos.
Vários esboços foram feitos para que
os alunos se familiarizassem com a
obra escolhida e, também, para fazer
experimentações com os materiais.
Depois de os alunos conhecerem a
fundo a obra escolhida e terem feito
esboços e experimentações, o traba-
lho final começou (estávamos em fins
de Janeiro).
Para iniciar o trabalho cada aluno
teve que escolher o tamanho em que
a sua recriação seria executada.
Deu-se, em seguida, uma das fases
mais demoradas do projecto, que foi
o desenho da obra através do método
da quadrícula.
Feito o desenho da obra a lápis de
grafite, trabalhou-se, com os mais
variados materiais – pastel, tinta-da-
china, aguarela, etc.
A maioria dos trabalhos foram termi-
nados no dia 12 de Fevereiro e foi
com bastante agrado que a maioria
dos alunos viu o resultado do seu tra-
balho.
Na turma foram seleccionados 10
trabalhos que integraram a exposi-
ção final no Museu Soares dos
Reis, inaugurada no dia 14 de Mar-
ço.
Desenhar Pousão Por Miguel Castro,10º I — Foto de Rosa Costa (profª)
M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I
A professora Paula Cunha entrega os certificados de participaçãp aos alunos do 10º I
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Entrevistada por Vanessa D’Orey (10ºF)
A
D. Céu é a Encarregada Coordenadora de Pessoal
Assistente Operacional há sete anos, mas já tra-
balha na ―Aurélia‖ há 28 anos, desde que entrou para a
Função Pública em 1988. Nessa altura era presidente a
Dr.ª Helena Cunha — ―uma grande senhora que estimo e
admiro muito‖, exclama agradada com a memória que lhe
ocorreu.
Com o sorriso com que nos recebe todas as manhãs, a D.Céu
concordou em conversar connosco quando se aproxima a
hora de se aposentar.
Quantos funcionários há nesta escola?
Nesta escola há 25 funcionários.
Como é gerir tanta gente?
Não é muito complicado. Há dias melhores e dias pio-
res. Os melhores compensam os piores. Tudo se resol-
ve. Eles fazem tudo o que podem e sabem. Não tenho
razão de queixa de nenhum deles.
Que qualidades considera indispensáveis para o cargo que ocupa?
Acho que acima de tudo tem deve se ser líder, mas
tolerante ao mesmo tempo, porque é necessário saber
ouvir para poder agir.
O que gostaria de assinalar relativamente às grandes
mudanças de atitudes, comportamentos e procedi-mentos a que assistiu ao longo destes anos relativa-
mente aos alunos/pais/encarregados de educação (…), mas também da direcção?
Ao longo dos anos, aconteceram muitas mudanças,
principalmente no que diz respeito às atitudes dos alu-
nos. Hoje, não há o respeito que havia, tanto que per-
demos muitas vezes a vontade de chamar a atenção,
pela forma como muitos reagem às nossas advertên-
cias. Por outro lado, acho que os pais dão demasiada
liberdade aos filhos, muitos mimos e responsabili-
zam-nos pouco. Não deixam os filhos crescer.
Contudo, há certos comportamentos que melhoraram,
por exemplo, os funcionários tinham de varrer a escola
depois de cada intervalo, agora não. Os alunos já estão
muito mais conscientes.
Quanto à relação com professores, não registo nenhu-
ma alteração significativa, às vezes, de início, estra-
nham a nossa forma de estar, mas aqui os funcionários
são todos acessíveis e rapidamente se relacionam con-
nosco.
Relativamente à Direcção, já passaram por mim muitos
Conselhos Executivos e tenho memórias muito agradá-
veis. Esta Direcção, por exemplo, está sempre pronta
para me apoiar em tudo o que preciso e aos meus cole-
gas.
E como foi a adaptação dos funcionários à escola nova?
Foi muito difícil entrar na escola depois das obras e
encontrar uma escola nova com estruturas diferentes.
Foi difícil para todos e ainda está a ser difícil, princi-
palmente na parte cozinha / bar, porque ficou tudo
muito pequeno, muito apertado. Dantes as instalações
eram mais velhas, mas havia muito mais espaço. Está
tudo muito apertado na parte da cozinha, as despensas
são muito pequeninas, não há onde guardar nada; a
cozinha está longe do sítio onde se servem as refeições;
os carrinhos de louça têm de entrar para a lavandaria
mas, entretanto, as despensas e os frigoríficos estão na
mesma passagem, tendo de andar o carrinho da louça,
para trás e para a frente. As pessoas entreajudavam-se;
agora as que estão na lavagem da louça não sabem se
na cozinha estão a necessitar de apoio. Apesar de ter
ficado muito mais atraente está muito menos funcional
e requer mais pessoal a trabalhar. Para limpar as salas
de aula, por exemplo, eram precisos aspiradores, por-
que a varrer levanta-se muito pó, mas a verba é curta.
No início, os meus colegas queixavam-se muito e eu
encaminhava todas essas queixas para o engenheiro
Paulo Lisboa. Pensei não aguentar, não chegar com a
―Cruz ao Calvário‖, mas ―Graças a Deus‖ já está quase
tudo resolvido.
Continua na página seguinte
À conversa com a D. Maria do Céu
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Certamente recorda alguns momentos parti-
culares aqui na ESAS, pode-nos contar
alguns?
Sinto saudades de muitos colegas que já
foram… À medida que o tempo foi passando a
―Escola‖ tornou-se na minha segunda casa.
Lembro-me, por exemplo, de quando fazía-
mos sardinhadas, em que todos colaboravam
e conviviam. O professor Serafim juntava-se a
nós e, todos os anos, oferecia-nos uma sardi-
nhada ou uma churrascada, era fantástico.
No meu dia-a-dia houve sempre bons momen-
tos. Os maus momentos foram poucos e não
são para recordar. Eu tive óptimos momentos.
Faz alguns arranjos de flores lindíssimos
para a escola. É assim que recupera as
energias?
Eu adoro flores. É uma coisa que me dá muito
prazer. Nunca me ensinaram nada. Se calhar,
noutra encarnação, fui florista.
Editorial
E ntre estes dois últimos núme-
ros do Jornalesas a Educação
foi sobressaltada por alguns
acontecimentos que teimam
em repetir-se. Por mais que se procla-
me o óbvio, ou seja, que a Educação
precisa essencialmente de paz e de
reflexão para que o trabalho seja pro-
dutivo e cumpra os objectivos de uma
sociedade aberta, os factos aí estão a
demonstrar o contrário do que se
deseja. Não foram só os últimos e
graves acontecimentos que encheram
as aberturas dos telejornais. São tam-
bém alguns estudos publicados que
nos lembram que a Escola pública
deve ser uma escola inclusiva e que
garanta uma equidade social digna
desse nome. Mais precisamente: que é
grave que a Escola portuguesa seja
responsável só em 20% na mobilidade
social e que a revisão do Estatuto do
Aluno que aí vem, não deve esquecer
que a simples reprovação por faltas
dos alunos nada resolve por si só.
Mas o que verdadeiramente choca em todo
este processo é um facto bem mais silen-
cioso e que a Aurélia de Sousa conhece
bem. Trata-se de um movimento de revol-
ta surda que leva muitos professores váli-
dos a pedirem a reforma antecipada na
esperança de não verem o processo lento
que leva à desvalorização de carreiras
quase sempre exemplares e do enfraqueci-
mento da Escola Pública. Em cada profes-
sor que pede a reforma antecipada é um
pouco de nós que se vai também. É muita
experiência acumulada que se desbarata.
É um saber que se escoa entre os nossos
dedos. Sem remédio.
Arranjos de flores feitos pela D. Céu
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Quais as estratégias para o
alunos lerem mais?
O ideal era que os professo-
res não tivessem de usar
estratégias para os alunos
lerem mais. O bom era que os
alunos chegassem à escola e
lessem muito, mas isso é o
ideal, não é o que acontece.
Então, são várias as estraté-
gias que os professores podem
utilizar: desde uma selecção
de livros adequada, ou seja,
escolher livros que digam algo
aos alunos, ou, por exemplo,
relacionar livros com filmes,
até à organização de fórum
de leitores. E este ano, na
escola, há um espaço que
funciona todos os quinze dias,
um clube de leitores que con-
siste numa reunião em que
cada um traz as suas expe-
riências de leituras. Esta é
uma das boas formas de
fomentar o gosto pela leitura.
Os romances dos dias de
hoje são apelativos para os
mais novos?
Acho que sim. O livro é uma
parte da sociedade e, tal
como a sociedade, também
está sujeita a modas. Temos
estado, nos últimos anos, a
assistir a ―modas‖ nas leitu-
ras. Por exemplo, aqui há uns
tempos, cinco ou seis anos
atrás, foram os Harry Potter,
a seguir vieram os Dan Brown
e o Dan Brown à portuguesa,
que é o José Rodrigues dos
Santos e, agora, são os livros
de vampiros. Para além des-
sas modas que podem tornar
mais apelativa a leitura para
os mais jovens, há aqueles
livros que são os clássicos e
depois aqueles que ainda não
são considerados clássicos,
mas que acabam por ter
algum sucesso na leitura dos
mais novos. Por exemplo, um
autor improvável aqui há uns
anos atrás e que agora tem
sido um sucesso para os ado-
lescentes é o Mia Couto. E
mesmo aqueles livros que não
são de excelência acabam por
ter uma função importante,
porque é melhor ler alguma
coisa do que não ler nada.
Não sou contra os livros da
Stephanie Meyer, nem do Dan
Brown, nem do José Rodri-
gues dos Santos porque penso
que podem servir de trampo-
lim para se passar para outro
tipo de livros.
O Plano Nacional de Leitura está
a dar resultados?
Ainda é cedo para chegarmos a
conclusões, mas acho que podere-
mos ter, a médio prazo, bons
resultados. Sobretudo, porque
relacionado com o Plano Nacional
de Leitura, há muitos concursos,
com prémios e com formatos inte-
ressantes que estão a criar mais
leitores.
O problema do desenvolvimento
da leitura deve ser partilhado
apenas pelos professores de Por-
tuguês ou por todos?
Por todos, porque todos os profes-
sores podem e devem ser leitores.
É optimista em relação ao
aumento do índice de leitura
entre os mais novos?
Sou optimista por natureza...
Continua na página seguinte
Marcámos
encontro com a
professora Zaida
Braga para ficar-
mos a conhecer
a sua opinião
acerca do gosto
pela leitura por
parte dos
jovens.
Por Pedro Gomes—10ºG
Foto António Carvalhal (prof)
Entrevista à professora Zaida Braga
Página 11
• Página 11 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I
É de opinião que as novas tecnologias estão
a ganhar espaço aos livros?
Vivemos numa sociedade em que as novas
tecnologias são uma realidade. Mas as novas
tecnologias são também uma forma de pro-
mover a leitura entre os jovens, por exemplo
também há fóruns de leitores e clubes de
leitura virtuais, logo é uma forma de incenti-
var a leitura.
E sobre o acordo ortográfico, considera
que vai haver muitas dificuldades na sua
implementação por parte dos professo-
res, alunos ou da população em geral?
O acordo ortográfico está legislado e aprova-
do embora o ministério só o vá implementar
nas escolas em 2011. Vai haver muitas difi-
culdades, porque nós adquirimos hábitos de
escrita e vamos ter que desinstalá-los, ou
seja, desaprender aquilo que aprendemos.
Para os professores de Português é capaz de
ser um pouco mais fácil, porque há regras
lógicas do funcionamento da língua que estão
implícitas em algumas alterações ortográfi-
cas. Vai ser difícil para todos, mas tem de
existir um esforço de adaptação.
JE- Será necessário reeditar os livros
com as novas normas ortográficas?
Penso que não. Os que estão já no merca-
do deverão continuar até que as edições
esgotem. Agora, novas edições, livros
novos ou reedições de livros antigos terão
de utilizar a nova grafia.
Conseguiremos conciliar as duas grafias?
Vai haver um período de adaptação.
Mas depois a antiga ortografia vai ter de
acabar, é inevitável. A nós vai custar-nos
mais do que a vocês, jovens, mas não
existe outra hipótese. Parafraseando
Alberto Caeiro, ―Temos que desembru-
lharmo-nos do que aprendemos‖ .
Manifesto
anti-gramática
por Teresa Almeida do 12ºG
Uma sociedade que se deixa governar pela gramática é uma
sociedade sem identidade, sem qualquer tipo de escrúpulos
Abaixo a gramática! Pim!
Morra a gramática! Pum!
A gramática é hipócrita
A gramática é sorrateira
A gramática é como uma cobra camuflada no mato à espera de
um sinal para atacar
A gramática é como um polícia corrupto mortinho para cobrar a
multa
A gramática faz-te pensar que estás certo para depois te atirar à
cara que erraste, enquanto te crucifica em praça pública
Morra a gramática!
Morra! Morra!
Repito, morra, essa decadência mental, esse parasita nojento e
desprezível!
A gramática é contagiosa, quando dás por ela já estás possuído
pela ortografia, pela pontuação, pela sintaxe e pela morfologia
e quando te voltas a olhar ao espelho és o cadáver de quem
outrora foste, sugado, esquálido, morto!
A gramática é bela, é uma princesa
A gramática atrai-te, apaixona-te
Pena que quando te aproximas vês que ela tem acne
A gramática é uma sereia, daquelas que vira baleia assassina!
A gramática é uma brincalhona
Brinca, brinca, brinca, goza contigo, brinca e vai brincando, sem
te deixar aperceber da figura de otário que te está a fazer pas-
sar
A gramática cava a tua cova e faz um cocktail por cima
Morra a gramática!
Enquanto ela existir a sociedade não existe
Enquanto ela existir eu não existo
Enquanto eu existir ela há-de ser cuspida, pisada, assassinada!
A gramática é Judas
A gramática é bipolar, uma hora é assim, na outra hora vira Cle-
bes! E tu que te danes, pensa ela!
Se matar a gramática é crime, eu quero ser condenado, quero
prisão perpétua até ser executado na cadeira eléctrica
A gramática é uma menina da vida, que se vende a quem a tor-
nar mais rica, mais complicadamente fútil e inacessível
A gramática tem a mania que é boa e que é superior aos outros
A gramática é o ser e o não ser, e nem te deixa o ―eis a ques-
tão‖ para ti
Por isto morra a gramática!
Morra, morra, morra, morra!
Abaixo a gramática! Pim!
Morra a gramática! Pum! [email protected] Envio de respostas semanais, devidamente identificadas
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A Arte Pop ou "Pop Art"
começou em Londres, a meio da dé-
cada de 50 do século XX, sendo uma
das obras mais conhecidas desta altura
a pintura de 1956 do pintor Richard
Hamilton "O que é que torna as casas
de hoje em dia tão
diferentes, tão agradáveis?" (2) e teve
grande desenvolvimento na década
seguinte nos Estados Unidos da
América.
Foi um movimento artístico muito
forte nos anos 60, em que os artistas
exploraram intensamente o mundo
popular (daí a origem do termo Pop
Art) das imagens comerciais próprias
de uma sociedade de consumo em ex-
pansão, imagens essas "retiradas" de
vulgares produtos comerciais (coca-
cola, detergentes, alimentos, electro-
domésticos, automóveis, etc.), person-
alidades políticas e do mundo do es-
pectáculo, bandas desenhadas e revis-
tas de grande tiragem, etc. Foi, por-
tanto, uma arte dirigida ao grande
público, proclamando o triunfo do con-
sumismo, embora por vezes de um
ponto de vista crítico e irónico.
―A morte consegue realmente
tornar-nos parecidos com as estrelas‖,
disse o mais famoso artista da segunda
metade do século XX. E, realmente, se
já em vida foi uma lenda, a sua morte
prolongou em muito os seus tão apre-
goados 15 minutos de fama. Andy War-
hol foi - é - o mais pop de todos os
artistas. Há quem lhe chame mesmo o
Papa ou o Marx da Pop. Duas imagens
tão contraditórias só podem coexistir
num mundo ―warholianamente‖ pop.
Terceiro e último filho de emigrantes
da Checoslováquia, de apelido War-
hola, o pai, Andrei, foi para os Estados
Unidos para evitar ser recrutado pelo
exército austro-húngaro, no fim da
Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a
mulher, Julia, juntou-se-lhe, tendo a
família ido viver para Pittsburgh onde
nasceu Andrew Warhola. A lenda inicia
-se logo no nascimento do artista pop,
desconhecendo-se a data exacta em
que nasceu. O próprio afirmou várias
vezes que a data habitualmente indi-
cada - 6 de Junho de 1928 - era falsa.
Warhol terá então nascido entre 1928
e 1931. O pai morre após doença pro-
longada, é Warhol ainda adolescente.
Anos mais tarde, depois de efectuar
uma viagem às minas de Pittsburg,
Warhol terá dito que o pai morreu
numa mina. Depois da morte de pai,
Andy é obrigado a começar a trabal-
har, ajudando a vender fruta e decorar
montras. É nos grandes armazéns, onde
trabalha durante as férias, que tem o
primeiro contacto com o mundo do
consumo e da publicidade.
Durante essa época Andy foi atacado
por uma doença do sistema nervoso
central, que o tornou bastante tímido.
Em 1949, depois de completar os estu-
dos universitários foi viver para Nova
Iorque à procura de emprego como
artista.
Contratado pela revista Glamour,
começou por desenhar sapatos. Depois
passou a desenhar anúncios - actual-
mente ainda muito normais na publici-
dade de moda nos EUA - para revistas
como a Vogue e a Harper's Bazaar,
assim como capas de livros e cartões
de agradecimento.
Em 1952 a sua mãe foi ter com ele a
Nova Iorque. Entretanto, tinha retirado
o «a» final do seu apelido e passado a
usar uma peruca branca, bem visível
por cima do seu cabelo escuro. Em
Junho desse ano realizou a sua
primeira exposição na Hugo Gallery:
«15 Desenhos baseados nos escritos de
Truman Capote». A exposição foi um
sucesso não só comercial como
artística, o que lhe permitiu viajar pela
Europa e Ásia em 1956.
Em 1961 realizou a sua primeira obra
em série (através da técnica da im-
pressão de serigrafia sobre tela)
usando as latas da sopa Campbell's
como tema, continuando com as gar-
rafas de Coca-Cola e as notas de Dólar,
reproduzindo continuamente as suas
obras, com diferenças entre as várias
séries, tentando tornar a sua arte o
mais industrial possível.
Andy Warhol Por António Carvalhal (prof.)
Andy Warhol
(Pittsburgh,
1928 - Nova
Iorque, 1987),
pintor ameri-
cano.
É o pintor mais
representativo
da Arte Pop (1)
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• Página 13 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I
Estas obras foram expostas, primeiro
em Los Angeles e depois em Nova
Iorque.
Em 1963 a sua tentativa de «viver
como uma máquina» teve uma
primeira aproximação com a inaugu-
ração do seu estúdio permanente -
The Factory - A Fábrica.
Andy Warhol passou então a usar
pessoas universalmente conhecidas,
muitas vezes em sequências de ima-
gens repetidas e provocatórias, com
cores carregadas e vivas em vez de
objectos de uso massificado, como
inspiração para o seu trabalho. De
Jacqueline Kennedy a Marilyn Mon-
roe, passando por Mao Tse-Tung, Che
Guevara ou Elvis Presley. A técnica
baseava-se em pintar grandes telas
com fundos, lábios, sobrancelhas,
cabelo, etc. berrantes, transferindo
por serigrafia fotografias para a tela.
Estas obras foram um enorme
sucesso, o que já não aconteceu
com a sua série Death and Disaster
(Morte e Desastre), que consistia em
reproduções monocromáticas de de-
sastres de automóvel brutais, assim
como de uma cadeira eléctrica
Também realizou filmes minimalis-
tas, como por exemplo, Sleep
(Dormir) - que se resumia à filmagem
durante oito horas seguidas de um
homem a dormir, ou Empire
(Império), que filmou o Empire State
Building do nascer ao pôr do sol.
Foi também um personagem influ-
ente no mundo da alta sociedade
Nova Iorquina e nos meios artísticos
underground.
No seu atelier - Factory -
realizaram-se acontecimentos
variados e importantes na cultura da
época, protegendo artistas novos de
vários campos artísticos como a foto-
grafia, a música (o grupo Rock Velvet
Underground (3) de Lou Reed e John
Cale "nasceu" na Factory), bailado,
teatro, etc.;
Em Junho de 1968, Valerie Solanas,
uma frequentadora da Factory, en-
trou no estúdio de Warhol disparou
sobre ele e um crítico de arte.
Gravemente ferido, Warhol é sub-
metido a várias operações cirúrgicas,
mas nunca recuperará totalmente
dos ferimentos. O pintor demorou
mais de dois meses a recuperar.
Quando saiu do hospital tinha per-
dido muita da sua popularidade junto
da comunicação social. Dedicou-se
então a criar a revista Interview, e a
apoiar jovens artistas em início de
carreira, para além de escrever
livros - a sua autobiografia The Phi-
losophy of Andy Warhol (From A to B
and Back Again) foi publicada em
1975 -, e apresentar dois programas
em canais de televisão por cabo. A
sua pintura voltou-se para o abstrac-
cionismo e o expressionismo, criando
a série de pinturas - Oxidation
(Oxidação) - que tinham como carac-
terística principal o terem recebido
previamente urina sua.
Em 1987 foi operado à vesícula. A
operação correu bem mas Andy War-
hol morreu no dia seguinte.
A sua conhecida frase: «In the future
everyone will be famous for fifteen
minutes» (No futuro, toda a gente
será célebre durante quinze
minutos), só se aplicará no futuro,
quando a produção cultural for total-
mente massificada e em que a arte
será distribuída por meios de pro-
dução em massa...
Bibliografia:
- jornal ―Público‖, 22 Fevereiro 2002
- Guia da História de Arte - SandroSprocati -
Editorial Presença
- Enciclopédia Britânica
- http://sepia.no.sapo.pt/sepiaapcxx.html
- Andy Warhol - Klaus Honnef - Taschen
Para saberes mais:
(1) – POP ART - http://wwar.com/masters/
movements/pop_art.html
(2) – RICHARD HAMILTON - http://
designmudo.blogspot.com/2009/10/artista-
richard-hamilton.html
(3) The Velvet Underground and Lou Reed -
http://www.rocknroll.net/loureed/
The Velvet Underground - http://
pt.wikipedia.org/wiki/
The_Velvet_Underground_and_Nico
Andy Warhol Museum – Pittsburgh - http://
www.warhol.org/
Andy Warhol - http://www.artchive.com/
artchive/W/warhol.html
The Warhol - Collections - http://
www.warhol.org/collections/index.html
Andy Warhol - PRINTS - http://
www.warholprints.com/
YOUTUBE: velvet underground - venus in furs - http://
www.youtube.com/watch?v=AwzaifhSw2c
The Velvet Underground - Sunday Morning -
http://www.youtube.com/watch?
v=0cWzxJvgWc8
Why Does Andy Warhol Inspire Lady Gaga?-
http://www.youtube.com/watch?
v=ZY_OAluwMGM
Andy Warhol Was Right - A Tribute-
http://www.youtube.com/watch?v=fw-
YjucRm00&feature=PlayList&p=F95C88D792684
EB5&index=11
Andy Warhol Tribute - http://
www.youtube.com/watch?v=VII2-LnxvR4
Orientação Escolar e
Profissional Serviço de Psicologia e Orientação
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C omo vem sendo hábito no segundo período, o
Serviço de Psicologia e Orientação desenvolve o
programa de Orientação Escolar e Profissional
destinado aos alunos do 9º ano de escolaridade.
As sessões, que decorrem nas aulas de Formação Cívica,
devido à elevada carga horária dos alunos, têm como
objectivo ajudá-los a tomar decisões no percurso escolar
através da aquisição de conhecimentos e promover a
reflexão das diferentes opções no ensino secundário de
forma a tornar conscientes e realistas as suas escolhas.
Este ano lectivo, o Serviço de Psicologia e Orientação
conta com a colaboração da Dr.ª Patrícia Fernandes, esta-
giária de Mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde, que
realiza o seu estágio académico na escola, participando
na avaliação e intervenção psicológica. Terá também a
seu cargo duas turmas do 9º ano de escolaridade para a
intervenção em consulta psicológica vocacional.
O programa será desenvolvido no grupo turma em seis
sessões semanais de 45 minutos, sendo depois proposto
um horário, fora dos tempos lectivos, para trabalho em
pequeno grupo possibilitando uma intervenção mais indi-
vidualizada.
Todos os alunos terão um portefólio com informação
sobre o sistema educativo e os resultados das actividades
desenvolvidas ao longo das sessões.
No final do programa, todos os Pais/Encarregados de
Educação serão convidados para uma reunião com o
objectivo de os envolver no processo de escolha dos seus
educandos e esclarecimento sobre o sistema educativo.
Paralelamente, o Serviço de Psicologia e Orientação
continua a desenvolver as actividades propostas no
seu plano anual de actividades e por conseguinte dis-
ponível para atender todos os Pais/Encarregados de
educação que solicitem este serviço.
Comemoração do Dia dos Namorados
Por Marília Fernandes do 12ºH.
N o dia 12 de Fevereiro, o NIPES e a AE come-
moraram o Dia de S. Valentim através da
dinamização de várias actividades alusivas ao
amor e ao romantismo.
Na semana de 8 a 11 de Fevereiro, foi colocada, no
refeitório, uma caixa de correio denominada ―Pombo do
Amor‖ para que os alunos colocassem as cartas de amor
destinadas a surpreender os seus apaixonados.
Durante o dia 12, todas as cartas recebidas foram entre-
gues em mão aos seus destinatários por um grupo de
alunos da AE. No refeitório, esteve aberta uma banca
para venda de rosas e oferta de bolachinhas em forma
de coração, gentilmente confeccionadas pela D. Lina.
Assinalar esta data tão carismática transformou um dia
normal num dia animado e cheio de simbolismo juvenil.
TRABALHO DE FILOSOFIA DO 10ºI, NO ÂMBITO DO TEMA
“CONDICIONANTES DA ACÇÃO HUMANA”
No YOUTUBE
TRABALHO DE FILOSOFIA.WMV
Soluções do Passatempo LdC
Há tantos números racionais como números naturais.
Ficamos morenos porque a acção da luz desencadeia reacções
fotoquímicas na pele, levando à produção de melanina.
Podemos traçar quantos meridianos quisermos.
O sal faz baixar a temperatura de solidificação da água, por isso se
lança sal nas estradas quando neva.
O descontrolo do ciclo celular pode resultar em cancro.
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F oi isto que nos moveu para ini-
ciar o nosso trabalho na discipli-
na de Área de Projecto: o volun-
tariado. Somos alunos da turma
G do 12º ano e, mais do que tudo, tivemos
a oportunidade de poder ajudar os outros.
Como o fazemos? Depois de várias hipóte-
ses consideradas, escolhemos trabalhar
com crianças no Hospital de S.João, na ala
de pediatria. Não foi fácil, mas com empe-
nho e após várias reuniões em que demos a
conhecer o nosso projecto, foi com grande
satisfação que nos receberam e nos agra-
ciaram. Desde cedo, começámos a ficar
entusiasmados e a criar boas relações com
as pessoas que nos rodeiam, todas as quin-
tas-feiras, nas três horas que lá passamos.
É realmente impressionante como o volun-
tariado é um movimento forte.
Ajudar os outros proporciona-nos experiên-
cias fascinantes e ajuda-nos a ver o mundo
de uma maneira diferente!
Ao trabalharmos com crianças debilitadas,
percebemos o quão fugaz pode ser a vida e
que devemos valorizar tudo o que temos,
enquanto podemos…
Pessoalmente, temos evoluído bastante e
para além de termos mudado a nossa vida,
temos mudado a dos que mais precisam. Às
vezes, um sorriso pode mesmo fazer a dife-
rença. Somos empurrados pela vontade de
ajudar, pela procura de riqueza emocional
e pela certeza de podermos dar um contri-
buto para a construção de um futuro dife-
rente e melhor e, assim, fazer a diferença…
Somos voluntários!
“ Nem só com cuidados médi-
cos se cura o doente.” Patrick Ségal
Voluntariado, em nome dos que mais precisam
Bárbara Serôdio, 12ºG Raquel Miranda, 12ºG
Sílvia Silva, 12ºG João Rothes, 12ºG
Gonçalo Melo, 12ºG
D urante o mês de Janeiro, os alunos do 10º C, D e
H deslocaram-se ao Museu dos Transportes e
Comunicações, onde participaram em oficinas de
rádio e televisão, no âmbito dos Projectos Curri-
culares das respectivas turmas.
No dia 20, a turma D participou numa oficina de televisão,
uma iniciativa dinamizada pelas disciplinas de Português e
Inglês.
Foi com interesse que assistimos à simulação de uma
reportagem em directo do Haiti, a uma entrevista a Bill
Gates e a um pequeno debate sobre os sonhos e aspirações
dos nossos jovens, que, inspirada e ―irreverentemente,‖
deram voz às suas inquietações...
Dois dias mais tarde, foi a vez das turmas C e H visitarem o
museu. A turma H participou numa oficina de rádio. Houve
boa música, diálogo e até uma entrevista ao ―special
one‖...
À turma C coube a simulação de uma emissão de televisão.
Os alunos entrevistaram um elemento dos ―Médicos Sem
Fronteiras‖ e conversaram sobre a importância da escola
na construção do futuro. O programa terminou com um
agradável e divertido momento musical a cargo dos
―Aurelianos Cantantes‖.
As turmas C, D e H foram acompanhadas pelas professoras
de Inglês, Geografia, Português e pelo professor Craveiro
de Educação Física.
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―Noventa minutos no Museu‖ Por alunos do 10ºC, D e H e Isabel Neuman (profª)
FICHA TÉCNICA
Coordenadores:
Prof. António Catarino Profª Julieta Viegas Redacção e Tratamento da Informação:
Prof. António Catarino Paginação e Maquetagem:
Profª Julieta Viegas Equipa de alunos:
Diana Castro 10ºG
Patrícia Costa 10ºG
Pedro Gomes 10ºG
Vanessa d’Orey 10ºF
Apoio e financiamento :
AMA—Associação Mais Aurélia
Repr.: Francisca Ferreira
www.amaurelia.com
Agradecimentos:
a todos os que, de alguma forma, contribuíram para esta edição do JORNALESAS.
A Rute, do 10ºH, a fazer a locução do programa de rádio
1ª Pergunta - ―Nós tínhamos matado a galinha.‖
[Deve usar-se o particípio passado regular
com os verbos ter ou haver]
2ª Pergunta - ―Vai haver problemas.‖
[O verbo haver, no sentido de existir, é
impessoal: conjuga-se apenas na terceira
pessoa do singular, independentemente
de se lhe seguir uma palavra no plural]
3ª Pergunta - ―Os profissionais estão cada vez mais bem pre-
parados.‖
[―Mais bem‖ utiliza-se quando o advérbio
―bem‖ intensifica um particípio passado.
―Melhor‖, quando o advérbio aparece iso-
ladamente ou modifica a acção de um
verbo.]
4ª Pergunta - ―Ele interveio no debate»
[O verbo «intervir» conjuga-se como «vir».
Assim, o pretérito perfeito é «eu intervim»,
«tu intervieste», «ele interveio» etc.]
Solu
ções D
AR
… À
LÍN
GU
A!
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• Página 17 • M A R Ç O 2 0 1 0 I N Ú M E R O X X V I
N o dia 12 de Janeiro, as turmas do 7ºE e D realiza-
ram uma visita de estudo ao Centro de Interpreta-
ção Geológica de Canelas, em Arouca, no âmbito
da disciplina de Ciências Naturais.
Da parte da manhã, os alunos visitaram a Unidade de Trans-
formação da Ardósia e realizaram um percurso pedestre de
cerca de 3 Km e com 9 paragens – a Rota do Paleozóico. Nes-
te percurso, foi possível ver não só uma Via Romana, a Mesa
dos Ladrões, ficar a conhecer a lenda do ―Zé do Telhado‖ e
uma Anta, como também uma mina de ouro e os poços utili-
zados para a lavagem deste minério.
Após o almoço, que decorreu numa tenda onde a mesa e
os bancos eram de xisto, os alunos visualizaram um filme
da Era Paleozóica e visitaram o Museu onde se encontram
expostos fósseis e ictiofósseis, principalmente de trilobi-
tes.
A maior trilobite do mundo encontrada
em Arouca Mª Clara, Mafalda Mateus,
Rita Viana e José Bruno do 7ºE
A maior trilobite do mundo foi encontrada há cerca
de um ano, em Canelas, Arouca e mede cerca de
80 cm. As trilobites eram artrópodes aquáticos
que se extinguiram no final da Era Paleozóica. O
seu corpo estava dividido em três partes: cabeça (cefalo),
tórax e cauda (pigidio). O seu tórax era formado por vários
segmentos articulados que permitiam o seu enrolamento.
Existiam três tipos de trilobites: as escavadoras, as
nadadoras e as rastejantes cujas marcas de actividade
originaram ictiofósseis.
Visita de Estudo ao CIGC – Arouca
Alunos do 7ºD e E
O n the 20th of January, 2010 the class D of the
10th grade visited the Museum of Communica-
tion. We left the school at 14:10 and we
walked to the subway station called
"Marquês" and we travelled to "São Bento". Then we
went down the river to the Customs House. The trip
took about one hour and we arrived at the museum at
15:10.
The Museum of Transports and Communications is head-
quartered in the building of the former Porto Customs.
The building is located on the north bank of River
Douro. The Customs House of Porto was designed by a
French engineer Jean F. G. Colson. The construction of
the building lasted twenty years.
The Museum’s mission has to do with the spread of the
history of transports and the different means of commu-
nication.
After entering the museum, we were greeted by two
instructors who accompanied us to a semi-professional
television studio.
After we entered the studio, each element of the class
had their own task. While some students were members
of the public, others were part of the technical team. I
had the task of filming my colleagues being inter-
viewed. They were interviewed with the purpose of
knowing what they wanted to be in the future.
I really enjoyed this trip, because I had my first opportu-
nity to be in a television studio and manage a profes-
sional camera. I also learned how a real TV Show is
broadcast.
In conclusion, the trip to The Museum of Communica-
tion was a great time that I spent with my colleagues,
because it promoted a diversity of learning experi-
ences.
School Trip to the Museum of
Communication Luis do 10ºD
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P erguntaram-nos, há meses atrás, se teríamos
disponibilidade para redigir uma reflexão
sobre a criação e o percurso lectivo da
―nossa Aurélia‖. Com o apoio valioso de pes-
soas que ao tempo referimos, tecemos uma resenha
histórica sobre a existência dos 50 anos de vida desta
nobre Instituição. Mais tarde solicitaram uma nova
visão sobre a ―nova Aurélia‖ depois de concluídas as
obras de renovação. Escrevemos então algumas opi-
niões pessoais sobre o que vimos e auscultamos.
Ao longo dos nossos 37 anos como Professor conhece-
mos muitas escolas por este país fora, desde Primá-
rias, às Básicas, a algumas privadas como o Colégio
dos Jesuítas nos arredores de Santo Tirso, ao Liceu
Francês em Lisboa, assim como Escolas Superiores de
Educação, a do Porto, a de Leiria, onde trabalhámos
como Orientador Pedagógico, a de Santarém onde
tivemos reuniões de trabalho, as Universidades de
Aveiro e do Minho que em anos atrás visitámos em
trabalho com regularidade. Simultaneamente conhe-
cemos algumas clínicas privadas, como o Hospital de
Santa Maria no Porto, a Clínica da Boavista, o Hospital
da Arrábida e, mais recentemente, o Hospital Privado
Português na Boavista. Depois de percorrer alguns dos
espaços remodelados da Aurélia como os corredores,
a biblioteca (muito menos aconchegante, muito
menos espiritual, muito menos familiar), o bar cujo
desconforto arrepia e quase repele, a Secretaria com
uma área de atendimento aos alunos muito problemá-
tica, a nossa opinião pessoal sobre a actual escola é a
que se segue ainda que falha daquela objectividade a
cem por cento só possível se nela estivesse incorpora-
do diariamente, por período mais ou menos longo.
Pelo que observámos a nossa nova Escola Aurélia de
Sousa assemelha-se mais ao interior de um Hospital
Privado que àquele tipo de Escola que poderia conci-
liar um muito de lar e local de ensino/trabalho.
Objectivamente, uma escola substitui, todos os dias,
fisicamente, o lar dos alunos, professores e funcioná-
rios durante os melhores anos das suas vidas. Não
seria uma utopia criarem-se escolas que intercalas-
sem a modernidade com a humanidade – como as há,
por exemplo, na Noruega. Obviamente que em Portu-
gal, esta nova Aurélia nunca será a Escola que os Pro-
fessores da minha geração e das seguintes conhece-
ram e onde passamos quase um terço das nossas horas
diárias de vida. A Senhora Aurélia morreu e não há
volta a dar. Todos os que nela viveram sentem uma
saudade forte do calor daquele bar nos minutos de
intervalo que quase se assemelhava a um filme de
Woody Allen com aquela tão peculiar agitação cheia
de vida e de irreverência e com todos nós tão perto
uns dos outros!, e daquela biblioteca cheia de luz e
de conforto, e do refeitório com as suas mesas tão
próximas! Se estendíamos uma mão tocávamos na
mão do outro. Enfim: a Aurélia ERA UMA ESCOLA DE
PROXIMIDADE HUMANA.
Esta nova Aurélia é, inevitavelmente, pela força da
modernidade e pelo movimento do Progresso, uma
escola mais asséptica, mais silenciosa, imaginada
como um grande laboratório onde alunos e professo-
res serão ―tubos de ensaio‖. É uma escola muito mais
―compartimentada‖ e nela parece pairar, flutuar,
uma ―rigidez‖ que parecendo invisível e não palpável
– se sente na pele e, talvez na alma. É o retrato do
tempo que todos vivemos. Mas esta reflexão é uma
simples conjectura muito pessoal.
Queremos acreditar que se for possível prevalecer
um espírito de companheirismo são e indispensável
e, a par duma escola nova, germinar um tipo novo
de relações humanas (e, para que isso aconteça é
vital a actuação pendular, constante, atenta e per-
sonalizada de uma Direcção interveniente e preo-
cupada com a normal coesão de todo o Corpo Esco-
lar, em todos os escalões: Funcionários, Alunos,
Pessoal Administrativo e Docentes. Se for este espí-
rito de serviço constante não haverá barreiras
arquitectónicas que impeçam o emergir de um
Espírito Novo para que todos se sintam bem adap-
tados e realizados por trabalharem e conviverem
lado a lado.
A NOVA ESCOLA AURÉLIA DE SOUSA (PARTE II)
Por Quinto Barcelos (Ex-professor da ESAS) — Foto de António Carvalhal (prof.)
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Parabéns Aurélia!
Por Joana Sequeira do 12ºH
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O desempenho dos alunos da ESAS voltou a melhorar em 2009.
Média Ordem no Ranking
das 600 escolas secundárias
Nº de Provas
Português (639) 13,5 18 170
Matemática A (635) 13,9 59 75
Biologia e Geologia (702) 11,8 30 64
Física e Química A (715) 11,4 30 53
Geografia A (719) 14,2 8 59
História A (623) 13,0 73 30
Mat. Ciên. Soc. (835) 13,9 34 28
Economia A (712) 16,7 10 20
Todas as 8 Disciplinas 13,3 23 499
―Rigor, disciplina e trabalho, porque não há fórmulas mágicas‖
foram as palavras da directora Dr.ª Delfina Rodrigues
ao jornal Grande Porto – 16.09.09
Pedimos à Ana Rita Babo, aluna da tur-
ma G do 12º para que nos desse a recei-
ta para os seus bons resultados escola-
res.
― Como é óbvio, recebi o pedido com
muito agrado, honra e até, confesso,
alguma vaidade. E agora cá estou eu a
escrevê-lo... Antes de come-
çar, pensei:
"Escrevo a verdade ou que é politica-
mente correcto?". Feliz ou infelizmen-
te, decidi escrever a verdade. E a ver-
dade é a seguinte: estudar dá trabalho,
cansa e exige algum sacrifício! Mas
também querem outra verdade? A sen-
sação de ver depois todo o nos-
so esforço ser recompensado e, sobre-
tudo, reconhecido é óptima! E é isso
que me faz continuar a estudar e que-
rer alcançar cada vez melhores notas!
Saber que investir na minha formação
vale a pena, que há pessoas que repa-
ram nisso e sobretudo me dão
apoio fazendo-me sentir plenamente
realizada! Neste aspecto agradeço a
todos professores que me incutiram e
cultivaram o gosto pelo estudo!
Para acabar deixo uma frase de que
gosto particularmente e que serve
também de conselho.‖
"Sê humilde para evitar o orgulho,
mas voa alto para alcançar a sabe-
doria."
Santo Agostinho
Escola Sec/3 Aurélia de Sousa—Exames 2009— 1ªfase Ranking das escolas Público -2009
Fonte: Ranking das escolas SIC 2001-2009
Fomos a melhor escola pública do ranking do secundário
com 499 exames (1ªfase).
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Exmos. Srs.
Amizade da Silva
Sentimentos (Amor, União, Bondade, …)
Coração das boas pessoas
Corpo Humano, 8 de Fevereiro de 2010
Exmos. Srs.
Habitantes do coração:
Venho por este meio, em nome do governador, comu-
nicar-lhes uma trágica notícia. Estamos a ser invadidos
pela Solidão, Ódio e Guerra!
Para quem não tem qualquer conhecimento destes
Sentimentos, vou passar a uma breve explicação, de
modo a esclarecer-vos acerca da gravidade da situa-
ção. Ao que parece, eles são conhecidos por pertence-
rem a um ―gang‖ de criminosos que estão a destruir o
nosso País. Todos nós estamos em grande perigo, visto
que eles estão espalhados em cada vez mais Corações e
que estão, inclusivamente, a tentar eliminarem-nos
deles.
Agora, mais do que nunca, devemos permanecer uni-
dos e impedi-los de implantarem a obscuridade e infeli-
cidade neste tão harmonioso Mundo. Tenham todos
muito cuidado e atenção e nunca percam a força de
lutar pela vossa sobrevivência! Juntos conseguiremos
derrotá-los, porque o nosso poder prevalece sobre tudo
e todos!
Peço, pois, a compreensão e colaboração de Vª.
Exas., esperando que esta catástrofe se resolva rapida-
mente.
Com os meus melhores cumprimentos,
Amizade da Silva.
CARTA À AMIZADE Marta Leite do 10ºI
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OS DEDOS LIVRES Raquel Babo do 10ºI
E stou há quase uma hora a tentar encontrar algo
para escrever. Mas os meus dedos não se deci-
dem a transmitir a mensagem para o papel.
Já tive ideias fantásticas, críticas sobre a vida
e o mundo que nos rodeia, formas de suscitar a atenção do
leitor e um vocabulário riquíssimo que faria os mais sabedores
procurar palavras nos dicionários.
Mas eles não se decidem a escrever. Coloco com jeitinho
a caneta na mão, mas ela não se mexe, e quando se mexe é
atirada ao chão com desprezo pelos cinco dedos da mão direi-
ta. E quando tento apanhá-la, os dedos da mão esquerda não
deixam, recusam-se.
É como se não gostassem das minhas ideias e observa-
ções.
Estão enrugados e curvados, parecem até zangados.
Sinto fisgadas e pressão como se me quisessem bater.
Parece que querem sair da mão e procurar outro ser no qual
consigam realizar os seus sonhos.
A força aumenta de tal forma que não aguento mais, lar-
go a caneta e corro para a casa de banho, onde molho os
dedos em água fria, pois a dor assemelha-se a uma queimadu-
ra de segundo ou terceiro grau.
De repente, o mindinho da mão direita escapa-me. Ten-
to, assustada, agarrá-lo com a mão esquerda, mas ele corre
como uma gazela e é tão esguio que me escorrega da mão
como um sabão. Ele salta pela janela e começa a voar. Con-
torce-se todo e depois estica-se para ganhar balanço.
Estou de tal modo assustada que, quando volto a olhar
para as minhas mãos vejo que perdi todos os outros dedos.
Olho para a janela e no céu vejo todos os dedos a voar em
fila, como um bando de pássaros à procura de uma árvore
onde possam construir um ninho e criar família. Neste caso,
procuram um corpo para construírem uma mão e criarem tex-
tos verdadeiros e que criem impacto.
Os meus dedos queriam ser livres e pensar por eles pró-
prios.
Também eu gostava de o ser, mas não me consigo soltar
deste corpo e voar.
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scrita
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Foto de Carmo Oliveira (profª)
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O livro ―A Volta ao Mundo em 80
Dias‖ conta a história de um inglês
bem-educado, culto e rico chamado
Phileas Fogg.
No início do livro, o Sr. Fogg recebe em sua
casa o seu novo criado particular, o francês
Passepartout. Nesse mesmo dia, enquanto
jogava whist com outros membros do Reform
Club e discutiam o recente assalto ao Banco de
Inglaterra, Fogg afirmou que seria possível ao
ladrão em fuga dar a volta ao mundo em oiten-
ta dias. Esta afirmação causou uma acesa dis-
cussão entre os jogadores que acabam por
fazer uma aposta com Phileas Fogg: Stuart,
Fallentin, Sullivan, Flanagan e Ralph aposta-
ram quatro mil libras contra vinte mil de Fogg
em como este não conseguiria dar a volta ao
mundo em oitenta dias. Feita a aposta, Phileas
partiria nessa mesma noite, dia 2 de Outubro,
e regressaria a Londres dia 21 de Dezembro,
quando faltassem exactamente quinze minutos
para as nove da noite. E foi assim que, acom-
panhado pelo jovem Passepartout, o nosso
herói iniciou uma grande aventura. Fogg recla-
ma a sua vitória e, após várias peripécias que
nos cativam, assim termina o livro.
A minha personagem favorita neste livro é o
jovem criado Jean Passepartout. Ele é um
parisiense que chegara a Inglaterra há cinco
anos. Antes de ser criado já fizera de tudo um
pouco: cantor itinerante, cavaleiro de circo,
professor de ginástica e até bombeiro.
Ao longa da história, Passepartout prova ser uma
pessoa honesta, inteligente, corajosa e muito
amável. Além disso
é muito amigo e
fiel a Phileas Fogg,
o seu amo. Penso
que sem a preciosa
ajuda de Passepar-
tout, Fogg não
teria conseguido
ganhar a aposta.
A Volta ao Mundo em 80 dias de Júlio Verne
Por Tiago Peixoto do 7ºC
N a rua Miguel Bombarda, no
Porto, inauguram-se, em
simultâneo, exposições de
pintura, fotografia, dese-
nho e outras artes, criando um
momento de grande animação cultu-
ral e urbana.
Nos dias de inaugurações conjuntas,
o ambiente na rua torna-se bastante
atractivo, vêem-se pessoas muito
diferentes, desde compradores a
artistas, que pretendem conhecer as
diversas obras.
Além de galerias, muitos outros espaços foram-se insta-
lando na Miguel Bombarda e espaços adjacentes, lugares
onde é possível tomar um chá, comprar roupa assinada
por designers e peças decorativas, bem como ouvir músi-
ca e assistir a performances várias.
Rua Miguel Bombarda Por Maria Manuel Cascarejo e André Monforte do 7ºC
Ilusões de óptica
Por João Magalhães, do 7ºC
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Semanalmente o LdC
afixa, no átrio do
1ºandar e nos pla-
card do Bar/
restaurante, curiosi-
dade do âmbito da
Matemática, Física,
Química, Biologia,
Geologia e Geografia.
Procure as soluções, para estes desafios, nas página desta edição do Jornalesas.
Saber mais? Procure a sala Ldc
A escolha de Delfina Rodrigues (Directora da ESAS)
Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lagoa a Lua toda Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
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