jornal 'voz de esperança' [ed. maio e junho de 2011]

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Director P. e Avelino Marques Amorim Ano XVIII - 4ª Série Nº 22 Bimestral 1,00 Mai - Jun 2011 Voz Esperança EDITORIAL Ao encontro do Ressuscitado A reflexão sobre as vocações de especial consagração tem ocupado lugar de destaque na vida eclesial, sobretudo a partir do número de candidatos que nas últimas décadas têm decrescido acentuadamente. Contudo, a questão não se reduz a estatísticas, embora elas se possam tornar a face mais visível. O rosto vocacional da Igreja nasce de um outro prisma: proporcionar encontro com o Ressuscitado, a partir de Quem cada crente é convidado a conformar o sentido da própria existência. Na mensagem para a 48ª Jornada de Oração, Bento XVI convida-nos a tornar mais evangélicas as nossas inquietações. “A vocação dos discípulos nasce no diálogo íntimo com o Pai”, e é pela oração confiante que nas Suas mãos colocamos o futuro, sabendo que o “Mestre do impossível” jamais deixará de providenciar ao Seu Povo as vocações consagradas que necessita. O Seu Espírito continua a suscitar sinais de esperança. Em cada criança, em cada jovem e em cada adulto, o Espírito de Deus continua a pairar e a propor caminhos inquietantes e novos na vida de cada pessoa. Porém, não basta esperar; é preciso escutar, propor, acompanhar e orar sem cessar! A oração pelas vocações esteve sempre muito presente na vida das comunidades cristãs. A procura de caminhos renovados não pode esquecer que a oração continua sendo o primeiro, principal e insubstituível serviço à causa das vocações. A solicitude e atenção das Igrejas locais à pastoral vocacional encontra aqui um termómetro fidedigno: “a capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja”, que assume a missão de acompanhar as jovens gerações na resposta livre e responsável ao chamamento de Deus para a vida consagrada. 1 Lança-te daqui abaixo “Quando se arrisca a vida em nome de Deus tudo ganha um novo sentido” Pe. João Alberto p. 2 - 3 Alegria da Missão “Muitas pessoas diziam que a sua conversão se devia ao testemunho dos missionários” Paula Clara p. 9

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Edição de Maio e Junho de 2011 do jornal 'Voz de Esperança'. Títulos principais: Lança-te daqui abaixo“Quando se arrisca a vidaem nome de Deus tudo ganhaum novo sentido”Pe. João Alberto Alegria da Missão“Muitas pessoas diziam que a sua conversão se devia ao testemunho dos missionários”Paula Clara

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Director

P.e Avelino Marques Amorim

Ano XVIII - 4ª Série

Nº 22

Bimestral

1,00 €

Mai - Jun 2011

Voz Esperança

EDITORIAL

Ao encontro do Ressuscitado

A reflexão sobre as vocações de especial consagração tem ocupado lugar de destaque na vida eclesial, sobretudo a partir do número de candidatos que nas últimas décadas têm decrescido acentuadamente. Contudo, a questão não se reduz a estatísticas, embora elas se possam tornar a face mais visível. O rosto vocacional da Igreja nasce de um outro prisma: proporcionar encontro com o Ressuscitado, a partir de Quem cada crente é convidado a conformar o sentido da própria existência.

Na mensagem para a 48ª Jornada de Oração, Bento XVI convida-nos a tornar mais evangélicas as nossas inquietações. “A vocação dos discípulos nasce no diálogo íntimo com o Pai”, e é pela oração confiante que nas Suas mãos colocamos o futuro, sabendo que o “Mestre do impossível” jamais deixará de providenciar ao Seu Povo as vocações consagradas que necessita. O Seu Espírito continua a suscitar sinais de esperança. Em cada criança, em cada jovem e em cada adulto, o Espírito de Deus continua a pairar e a propor caminhos inquietantes e novos na vida de cada pessoa. Porém, não basta esperar; é preciso escutar, propor, acompanhar e orar sem cessar!

A oração pelas vocações esteve sempre muito presente na vida das comunidades cristãs. A procura de caminhos renovados não pode esquecer que a oração continua sendo o primeiro, principal e insubstituível serviço à causa das vocações. A solicitude e atenção das Igrejas locais à pastoral vocacional encontra aqui um termómetro fidedigno: “a capacidade de cultivar as vocações é sinal característico da vitalidade de uma Igreja”, que assume a missão de acompanhar as jovens gerações na resposta livre e responsável ao chamamento de Deus para a vida consagrada.

1

Lança-te daqui abaixo“Quando se arrisca a vida

em nome de Deus tudo ganha

um novo sentido”

Pe. João Alberto

p. 2 - 3

Alegria da Missão“Muitas pessoas diziam que a sua

conversão se devia ao testemunho

dos missionários”

Paula Clara

p. 9

VISÃO

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“Lança-te daqui abaixo”(Mt 4, 6)

P. João Alberto Sousa Correia

Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

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Não é possível entender as tentações de Jesus (Mt 4, 1-11) à margem do relato do seu baptismo (Mt 3, 13-17). É tal e tão íntima a relação entre eles que, “se o baptismo constituía a investidura messiâ-nica de Cristo na perspectiva do servo so-fredor, o relato da tentação documenta a sua resposta de obediência. Tentado, não se deixa vencer, mas faz a vontade do Pai até ao fim” . No sentido de ajudar os primeiros cristãos a superar a prova a que as circunstâncias difíceis os submetiam, os evangelistas ela-boraram um relato sintético e tipificado das tentações de Jesus. Com ele, não ape-nas introduzem o seu ministério, como su-gerem aos crentes o caminho para vencer as tentações com que se deparam. É, de facto, na atitude de Jesus que os cristãos de todos os tempos encontram inspiração e força para vencer idênticas tentações. As anteriores explicações deste relato, do seu contexto histórico e literário e do res-pectivo alcance teológico, dispensam-me de o voltar a fazer. Pretendo apenas e só reflectir na segunda tentação: “Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo” (Mt 4, 6). E faço-o em dois momentos: a ten-tação de Jesus e a nossa tentação, lidas à luz da questão “arriscar a vida para quê e em nome de Quem?” . Então, não será difícil responder ao “para quê”. Arrisca-se a vida para servir: servir o autor do dom da vida, em atitude de gratidão; servir aqueles que connosco partilham o mesmo dom; servir particu-larmente aqueles cujo dom da vida, por circunstâncias diversas, se encontra ofus-cado. A preocupação é uma só: ser fiel à própria identidade no exercício e cumpri-mento fiel da respectiva missão.

1. A tentação de Jesus

É certo e sabido que Jesus foi submetido a diversas provas e tentações, ao longo de toda a sua vida (Mt 12, 38; 16, 1). As

adulações do poder, do triunfo e da glória acompanharam-no de perto, num con-texto em que se esperava a vinda de um Messias que liderasse o exército de Israel na luta contra a opressão romana e que recuperasse para Israel o esplendor dos tempos davídico-salomónicos.Ao assumir-se como Messias num outro registo, o do servo sofredor, Jesus desilu-diu as esperanças do povo, mas recondu-ziu a questão à sua essência: a da obedi-ência e do serviço. Face à tentação “lança-te daqui abaixo”, Jesus não cede porque é em nome do Pai e do seu projecto para a humanidade que está disposto a arriscar a vida, na fidelida-de à sua missão. Deixa de lado a tentação da espectacularidade e entrega-se à hu-mildade e serviço. Não se lança daí abaixo para dar nas vistas, mas abaixa-se para servir. O objectivo é apenas ser fiel à pró-pria identidade no exercício e cumprimen-to fiel da respectiva missão. No silêncio e recato de quem serve, não apenas cum-pre a sua missão como sugere o caminho àqueles que aceitam ser seus discípulos. Se a tentação havia começado com “se és Filho de Deus”, o relato termina com a in-dicação “o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no” (v. 11). Eis um sinal de que Ele é o Filho de Deus: a sua con-dição de servo a quem os anjos servem.

2. A nossa tentação

Mudaram as circunstâncias históricas, sociais, políticas e religiosas, mas as ten-tações de hoje são as mesmas. Tal como Jesus, também nós estamos sujeitos a muitas provas. A propósito do “lança--te daqui abaixo”, destaco apenas a da espectacularidade, no duplo registo da idolatria (culto de algo ou alguém exte-rior a nós, em que projectamos os nossos anseios mais íntimos) e egolatria (culto de nós próprios em que nos elevamos à condição de ídolos). Apesar de parecerem

muito diferentes, são muito próximas, pai-ram nos nossos horizontes e seduzem-nos ardilosamente. Um olhar discreto e imparcial sobre nós mesmos não deixará de descobrir a ten-tação do êxito, do reconhecimento e do aplauso, embrulhadas, por vezes, num profissionalismo ou suposta exigência de consciência nem sempre movidos pelas melhores intenções. E, se isso acontece nos mais diversos âm-bitos da sociedade e da vida, não deixa de se fazer notar na vivência cristã, aos mais diversos níveis. Gostamos que repa-rem em nós e nos felicitem. O nosso ego cresce e convence-se de que é importante e, porventura, imprescindível. Porém, a experiência diz-nos que uma vida assim orientada perde sentido e valor à medida que, com o tempo, vê esfumar-se o êxito, o reconhecimento e o aplauso.Esconde-se por trás disto a questão fun-damental acerca do valor da vida como dom e, por isso mesmo, do sentido da nossa existência. Afinal, de onde nos vem a consistência? Em quem pomos a nossa confiança? Para onde e para quem nos atiramos? Em nome de quem se orienta a nossa vida?Quando se arrisca a vida em nome de Deus, da sua Palavra e do seu projecto, tudo ganha um novo sentido, mais ínti-mo e profundo. Deixa-se de lado a tenta-ção da espectacularidade e promove-se a atitude da humildade e do serviço. Mais próximos de Deus e dos outros, compre-enderemos melhor o mistério da nossa existência.

1 - G. BARBAGLIO, “O Evangelho de Mateus”, in

G. BARBAGLIO – R. FABRIS – B. MAGGIONI, Os

Evangelhos, I, ed. Loyola, São Paulo 1990, p. 97.

2 - Convenhamos que não é possível reponder

à primeira parte da questão sem que antes se

responda à segunda. É o “em nome de Quem?”

que sugere e fundamenta o “para quê?”.

O desenho e pintura que hoje se apresentam cortam, em certos aspectos, com a iconografia tradicional das tentações. O desenho é de Leonaert Bramer; a pintura, de Ticiano.

Leonaert Bramer foi um abundante pintor e desenhador holandês (1596-1674), tido como um dos prováveis mestres de Johannes Vermeer. Por seu lado, Ticiano Vecellio(1473/90 – 1576) é considerado o maior pintor renascentista da escola de Veneza, caracterizada essencialmente pela procura da luz e da cor.

Na iconografia tradicional das tentações, a figura do demónio é apresentada animalescamente feia, contrastando fortemente com a serena beleza e majestade de Jesus Cristo. Agora, o demónio perde essa natureza disforme e aparece como um ser humano normal. No desenho de Bramer, é um vendedor de pão, comerciante abastado, talvez mesmo arrogante, o que se deduz da sua estatura, do facto de se manter de pé e da maneira como traja: ricamente calçado, vestindo calção ajustado no joelho, jaqueta abotoada com vistosos botões, espampanante gola à volta do pescoço, chapéu alto na cabeça ornamentado com duas penas. O tabuleiro cheio de pão significa abundância e saciedade. É um comerciante rico e prestigiado. Por seu lado, Jesus Cristo é representado de uma maneira extremamente simples; dir-

ARTE E CULTURA Luís Silva Pereira

Tentações V

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Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

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se-ia mesmo que pobre: sentado numa pedra, indiciando cansaço e debilidade resultantes do prolongado jejum, descalço, envergando uma túnica, em cabelo, mal penteado. Repare-se que nem sequer apresenta nimbo, pormenor que já vinha, pelo menos, da escola flamenga, onde os santos, a Virgem e o próprio Jesus Cristo eram frequentemente representados sem esse atributo, precisamente numa tentativa de aproximar as figuras sagradas do comum dos mortais.

O quadro de Ticiano talvez seja

ainda mais expressivo. O demónio, que segurando uma grande pedra com as duas mãos, é um jovem (uma jovem?) extremamente bonito e delicado. Jesus Cristo olha-o de lado, serenamente, com ar de quem sabe perfeitamente quem é que tem a seu lado.

Repare-se que, em nenhum dos casos, Jesus Cristo apresenta a Sagrada Escritura, como acontecia na iconografia medieval. E já agora, observe-se que em nenhuma das tentações analisadas, o demónio toca jamais em Jesus Cristo. O filho

de Deus foi tentado, mas não tocado pelo demónio.

A ideia mais importante que se depreende destas duas representações é que a tentação se mostra tanto mais aliciante quanto sedutoramente disfarçada. A hipótese que sugeri de o tentador do quadro de Ticiano ser uma jovem foi suscitada pela encenação que Carlos Avilez apresentou, aqui em Braga, há já uns anos, no teatro Circo, do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. Muito originalmente, o papel de demónio era desempenhado por uma actriz.

«A vida espiritual não é uma questão de portas, mas de janelas» [Paul Claudel]. De facto, não se trata de sair do que sou ou de buscar na exterioridade a solução, mas de abrir as janelas e deixar o ar de Deus entrar, deixar circular o vento do Espírito, escreve Tolentino Mendonça. Nesta procura de janelas na nossa vida, os seminaristas do Seminário Maior estiveram em recolecção espiritual no fim-de-semana de 25 a 27 de Março.

Na tarde do dia 27 de Março, também os nossos pais usufruíram de uma recolecção espiritual, no Seminário. A tarde foi marcada por três grandes momentos.

ReflexivoO programa começou por um tempo

de meditação espiritual, centrado na temática da Quaresma que estamos a viver. ¬Numa breve síntese, foi apresentado aos pais o significado da Quaresma, em função do que a Igreja convida cada cristão a viver: a escuta da Palavra de Deus, a oração, o jejum, a esmola e a reconciliação. Para melhor enquadramento foi exibido um flash das mensagens do Santo Padre Bento XVI e do Senhor Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga. Houve ainda tempo para um breve diálogo do director espiritual do Seminário, P. Manuel Afonso, com as nossas famílias sobre a temática: “O

que trouxe de novo à vida das nossas famílias ter um filho no Seminário?”.

ConvivialEnriquecido o espírito pelo diálogo

e a reflexão, foi a vez das famílias fortalecerem as forças físicas. E, nessa medida passaram a conviver um pouco e a conversar umas com as outras. É sempre um desafio consolador aprender a ouvir os filhos e os formadores. Um dos objectivos destes encontros é, precisamente, que as famílias se conheçam, partilhem alegrias, inquietações, dificuldades e criem laços de fraternidade.

CelebrativoEm seguida, na presença do

Santíssimo Sacramento exposto sobre o Altar, as famílias tiveram um momento de oração individual e, para quem quis, a possibilidade de celebrar o Sacramento do Perdão ou da Reconciliação.

Por fim, a recolecção terminou com o canto das Vésperas Solenes, e com a celebração da Eucaristia. Na homilia, o presidente da celebração convidou os presentes a irem ao poço, a acolherem “o Dom de Deus”, como a Samaritana. Esta mulher da Samaria, depois de ter feito a experiência de Deus na sua vida, através do longo diálogo com Jesus, foi testemunhá-la aos irmãos: «Ele disse-me tudo o que eu fiz» [Jo 4,29].

Pais e filhosà procura do tesouro

SEMINÁRIO MAIOR Dayakar Reddy Thumma, 6º ano

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SUPLEMENTO | Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

O Departamento para a Pastoral das Vocações, numa colaboração estreita com os Seminários Arquidiocesanos, privilegiará a presença no arciprestado de Guimarães/Vizela durante a 48 ª Semana de Oração pelas Vocações.

Nos dias 07 e 14 de Maio orientaremos caminhadas vocacionais para os adolescentes e jovens das zonas pastorais de Vizela, Ronfe e Pevidém. Nos domingos 08 e 15 de Maio estaremos em diversas comunidades paroquiais, participando nas celebrações da eucaristia.

Dois momentos especiais serão a Vigília de Oração pelas Vocações no dia 13 de Maio, às 21 horas e na igreja paroquial de Gandarela; e a Ordenação de Diáconos no dia 15 de Maio, às 15.30 horas e na capela do Seminário de Nossa Senhora da Conceição.

48ª SEMA

NA

DA

S VO

CAÇÕ

ES48ª Semana das Vocações

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Dia 07 de Maio – VizelaLordeloMoreira CónegosInfiasNespereiraTagildeSão PaioSão JoãoSão MiguelConde São Martinho

Dia 08 de Maio – TaipasPrazins Santo TirsoCorvitePrazins Santa EufêmeaTabuadeloPolvoreiraAldãoMesão Frio

Dia 14 de MaioPevidém e RonfePevidémSelho São CristóvãoCandoso São MartinhoSilvaresGandarelaSerzedeloGondarGuardizelaRonfeBritoVila Nova SandeSande São ClementeFigueiredoSão Martinho LeitõesAirão São JoãoAirão Santa Maria

VermilOleiros

Dia 15 de Maio Cidade IIGonçaAtãesSão CosmeSão TorcatoInfantasSão FaustinoAbaçãoPinheiroSão Cristóvão

AGENDA | Arciprestado Guimarães/Vizela

Primeiro sinto que se vai notando que o jeito de trabalhar com os jovens, é o mesmo jeito que se trabalhava há cinco, dez ou quinze anos atrás, isso não pode ter interpelação porque para o nosso tempo é muito pobre na sua criatividade. É preciso cativar

com novidade, aqueles que Jesus já tenha rezado ao Pai para fazer seus discípulos.Aqui posso dar o testemunho de uma caminhada que fiz.Lembro-me que fui a uma paróquia,

actuámos com simplicidade mas pro-curamos dar profundidade com a nossa presença. Depois do nosso testemunho o pároco disse-nos: Se eu soubesse que existia tanta riqueza para comunicar, tinha-vos solicitado para as outras pa-róquias.

Isto chamou-nos à realidade da neces-sidade da criatividade, com esta expe-riencia aprendi que não nos devemos apresentar de qualquer maneira para evangelizar em termos vocacionais. Neste ponto posso dar um testemunho,

ao levarmos a Palavra, levamos uma peça mímica na linha da exigência e encanto e com humildade o digo; sen-timos que toda a vida paroquial recebe a conversão que no fundo queremos “provocar”….Só “provocando” conversão a semen-

te consegue cair no terreno já preparado pela oração de Je-sus ao Pai.Este mosteiro tem tido a “gra-ça” de criar letra e musica ade-quada à interpelação vocacio-nal e sinto que isso ajuda. Também penso que é impor-tante não fazer da multidão o chamado do Pai, mas é im-portante estar atento, cha-mar à parte, “Pedro, Tiago e João”…. E juntos subirmos ao monte para a Transfigu-ração. Vejo com alguma tris-teza jovens que pertencem “eternamente”a grupo paro-quias, estagnarem… Jovens fortes, audazes com garras de um trato cheio de amiza-de para com Cristo, que não podem saciar a Sede que tem, porque a Fonte tem que ser Outra… Como sabe tenho 34 anos e tenho procurado viver com

qualidade a água que o Pai vai parti-lhando comigo, sou Clarissa, e dentro de mim emerge o agradecimento pelo dom da Vocação, dia-a-dia brota do meu coração qual outra Clara: Louvado sejais Senhor porque me chamaste.

Chamadosa espalhar a Palavra

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48ª Semana das Vocações Ir. Cristina, Ordem Sta. Clara

SUPLEMENTO | Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

O Senhor, no início da sua vida públi-ca, chamou alguns pescadores, que estavam a trabalhar nas margens do lago da Galileia: «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Mostrou-lhes a sua missão messiânica com numerosos «sinais», que indicavam o seu amor pelos ho-mens e o dom da misericórdia do Pai;.… antes de subir ao Céu, enviou--os por todo o mundo com este man-dato: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19).Este parágrafo da mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações diz-me muito. O pedido de Jesus, «Vinde e segui-Me, e farei de vós pescadores de homens», o senti dirigido também a mim e, por isso, hoje sou Missionária Secular Combo-

niana. Jesus foi-me mostrando atra-vés de numerosos sinais, o Seu Pro-jecto de Amor, por mim e por toda a humanidade.Frequentei desde adolescente as con-vivências que organizavam as Mis-sionárias Seculares Combonianas. Sempre me cativou a alegria e boa disposição com que as missionárias nos falavam e participavam nos nos-sos jogos. Elas exalavam vida e entu-siasmo.Depois de uns tempos de reflexão e de ir conhecendo melhor São Daniel Comboni, atraiu-me a sua persona-lidade e o seu empenho em dar a conhecer Jesus Cristo aos africanos. Comboni dizia que ele e os seus mis-sionários tinham que estar ao serviço dos mais pobres e abandonados. Ele

sempre lutou para que todo homem e mulher fossem tratados com a digni-dade de filhos de Deus. Como a mim sempre me afectou o sofrimento dos outros e sempre desejei fazer algo para os ajudar, senti que ser missio-nária Comboniana e viver inserida no meio do mundo me realizava e me dava a oportunidade de levar aos ou-tros a alegria e o amor de Deus.Partir para a missão foi para mim uma grande alegria. Partilhei a mi-nha fé com o povo de Colômbia e de Costa Rica e aprendi muito com eles. Nas situações difíceis e de sofrimento que muitas vezes lhes toca viver é em Deus e na Virgem Maria que põem a sua confiança e, sempre agradeciam aos missionários terem ido partilhar com eles a Palavra de Deus e o Seu Amor de Pai. Na convivência diária com aquele povo muitas pessoas me diziam que a sua conversão e adesão ao cristianismo se devia ao testemu-nho de vida dos missionários. Tinham ficado impressionados com a forma incansável como os missionários tra-balhavam pelo Reino e se dedicavam ao serviço do povo.Na hora de regressar muitos cristãos me perguntavam: “E agora, quem vai continuar a fazer o teu trabalho? Vão mandar alguém para te substituir?” E eu dizia-lhes que não havia nin-guém para enviar, teriam de ser eles a assumir as actividades que juntos tínhamos começado, que era preciso aumentar os trabalhadores da messe.

Alegriada missão

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48ª Semana das Vocações Paula Clara Carvalho

A comunidade eclesial é entendida, na maior parte das vezes, apenas como o lugar natural de recruta-mento de novos candidatos às vo-cações consagradas. No entanto, o Concílio Vaticano II aponta um ho-rizonte mais vasto, quando afirma que ela é também espaço funda-mental no despertar, crescimento, acompanhamento e amadureci-mento das vocações sacerdotais e religiosas, partilhando a responsa-bilidade formativa com os seminá-rios e noviciados.No contexto desta Semana de Ora-ção pelas Vocações convém subli-nhar que a solicitude pelas voca-ções, na pastoral ordinária de uma comunidade, não pode limitar-se a

algumas iniciativas isoladas, embora estas sejam oportunas. É necessário reconhecer que “toda a acção voca-cional é a categoria unificadora da pastoral em geral” (BPV 36).É na comunidade paroquial que, normalmente, se desenvolve a for-mação e vida de fé das crianças, adolescentes e jovens. Para que a paróquia se torne mediadora de vo-cações há um aspecto fundamental: que seja uma comunidade “ministe-rial”, onde a diversidade de vocações e serviços se manifestem e actuem em comunhão, como variedade de dons que o Espírito concede à Igreja pela participação do único Corpo de Cristo, e para edificação de todos os crentes. Na actividade e testemu-

nho pessoal dos diversos membros da comunidade, as crianças, adoles-centes e jovens encontram a melhor catequese vocacional, que lhes per-mite ir descobrindo e identificando a sua própria vocação.A comunidade crente dispõe do ambiente favorável e dos meios pastorais para a manifestação e o desenvolvimento das vocações con-sagradas. De entre eles destacam--se: a liturgia e o ritmo litúrgico do ano enquanto escola de fé, a ora-ção, a formação catequética, a cele-bração dos sacramentos, a escuta e o anúncio da Palavra de Deus, o tes-temunho da comunhão, o exercício da caridade e do serviço. Tal como na família o testemunho de vida dos pais, e o seu grau de participação na vida social e eclesial, desperta os filhos para a dimensão vocacio-nal da existência, assim também a comunidade crente, que vive verda-deiramente a sua “ministerialidade” e nela incorpora as gerações mais jovens. “Urge passar a verdadeiros cami-nhos pastorais, enxertados no teci-do das comunidades cristãs, valori-zando o que já é vocacionalmente eloquente”(NVNE 29). O melhor contributo que uma comunidade pode oferecer à pastoral vocacional e aos mais jovens que se preparam para decidir o seu projecto de vida é a promoção, formação e acompa-nhamento dos diferentes serviços e ministérios paroquiais.

Vocaçõese Igreja local

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48ª Semana das Vocações Pe. Avelino Amorim

Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

Apesar de vivermos numa sociedade de valores efémeros e rápidas transformações (o que hoje é importante, amanhã deixa de o ser), existem valores que permanecem, nomeadamente os conselhos

evangélicos na vida religiosa consagrada.Não é todos os dias que temos oportunidade de participar num “sim” definitivo, e sempre renovado a Deus e ao próximo. Como tal, no passado mês de Fevereiro, os nossos seminários viveram com júbilo a

profissão dos Votos Perpétuos da Isabel e da Benivalda, da Comunidade Católica Shalom, presente no Seminário Conciliar.Este foi, sem dúvida, um dia muito especial para o Seminário, vivido

em alegria e gratidão, onde marcou presença o Senhor Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, e o representante internacional do moderador geral da comunidade Shalom, P.e João Wilkes.A eucaristia de profissão dos Votos Perpétuos iniciou com a bênção das velas e contou com uma boa

assembleia, que se quis associar a este momento alto da vida das duas consagradas, que professaram os seus votos de celibato consagrado, obediência e pobreza. Esta atitude de compromisso traduz-se em grande orgulho para todos nós, mas também deve ser tida como referência e exemplo, na medida em que ninguém deve ter medo de se entregar, de dizer o seu “sim” a Deus. Outro exemplo notável que devemos ter em conta é o facto destas duas fiéis consagradas terem mostrado que é possível servir a Deus em qualquer lugar, mostrando o seu espírito missionário. Por fim, houve tempo para um pequeno espaço de partilha, onde a comunidade Shalom, muito feliz pelo compromisso que se tivera sucedido, mostrou a todos os presentes um vídeo que retratava alguns dos bons momentos vividos nestes gratificantes anos em que estão em Portugal, na cidade de Braga.Perante o sucedido, só temos que agradecer a Deus o facto de ter colocado no nosso Seminário pessoas como a Isabel, a Benivalda e restante comunidade, que buscam a cada dia, de forma incessante, realizar a vontade de Deus, que chama a renúncia própria, a pegar na cruz e segui-Lo, pelo simples facto de partilhar a alegria de viver em intimidade com Deus, no serviço aos seus irmãos.

Comunidade Shalom:

Votos Perpétuos

SEMINÁRIO MAIOR Vitor Emanuel - 1º ano de Teologia

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“Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lc 4, 1- 2).

Em plena quarta-feira de cinzas, os seminaristas do Seminário Nossa Senhora da Conceição iniciaram, no Seminário da Silva (Barcelos), o seu retiro anual. Sim, de facto, introduzidos pela beleza interior do tempo quaresmal, vivemos irrepetivelmente este tempo de discernimento e crescimento vocacional.

Conduzidos ao deserto do

tempo e do espaço, do recolhimento e da sobriedade, foi-nos proposta a gramática de oração como tema de reflexão a aprofundar. Um tempo de meditação pessoal onde, à semelhança do próprio Jesus, nos deixamos conduzir pela Palavra de Deus.

A oração não é uma tarefa fácil! Requer predisposição, presença, sentimento, razão, escuta e persistência. Orar é entrar na intimidade de Deus com tudo o que somos; é dar voz à interioridade de modo que a Palavra

originante nos surpreenda de forma inédita e nos transfigure. Mas de nada valerá a nossa súplica se cedermos ao egoísmo e ao individualismo. A oração, se for autêntica, terá de nos levar à presença do outro, à responsabilidade fraterna pelo próximo, nosso irmão. A capacidade de orar é um excesso de dom, de absoluta confiança em Deus, que nos ama e quer o nosso bem. É nesse sentido que somos desafiados a estender as mãos e a pedir ao ‘Senhor, que nos ensine a rezar’ (Lc 11,1).

Sem perdão não há oração verdadeira e sem oração o perdão é desprovido de amor e de gratuidade. Rezar é acreditar que os nossos pecados têm o seu lugar no caminho para Deus. Talvez, por isso, precisemos de orar pedindo e reconhecendo sempre: “Meu Deus tende piedade de mim, porque sou pecador.” (Lc18, 9-14).

E fazer retiro é entrar nesta intimidade profunda com Deus, abrindo-Lhe espaço na nossa vida pela via orante. Mais do que recordar o passado ou analisar as situações da vida, fazer retiro é chegar à presença e à amizade com Deus. Uma amizade que se fortalece com o mistério da Eucaristia e pelo sacramento da reconciliação onde pessoal e comunitariamente assumimos a nossa condição de peregrinos e de irmãos.

É uma viagem ao deserto interior que pede que lá regressemos o mais rapidamente possível! Mas primeiro deixemos que as sementes lançadas dêem os seus frutos. Tudo a seu tempo!

Retiro,um excesso de Dom!

SEMINÁRIO MENOR André Campos, 12º ano

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Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

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Em tempo de reconciliação e preparação para a Páscoa, a comunidade do Seminário Menor realizou, no dia 7 de Abril, uma celebração penitencial. Iniciamos a celebração no jardim, no meio da escuridão da noite, simbolizando a oração solitária de Jesus no jardim das oliveiras. Atempadamente acendemos uma pequena fogueira para produzir as cinzas que seriam colocadas nas nossas mãos, relembrando a nossa condição terrena. Em procissão e em silêncio, caminhamos para a capela, prosseguindo com a liturgia da Palavra. Após uma breve meditação, foi tempo para cadaum fazer o seu exame de consciência, que consistia em três pontos essenciais: “À Procura de Cristo: Luz do Mundo”; “À Procura de Cristo: Fonte de Água Viva”; “À procura de Cristo: O Verdadeiro Caminho”. De seguida, celebramos o sacramento da reconciliação pelo qual experimentamos a beleza do perdão e do amor de Deus. Após a confissão, cada penitente foi convidado a aproximar-se da cruz, a colocar um pouco de incenso no turíbulo,sinal daprofunda reconciliou com Deus e com os irmão e a rezar a oração do incenso de rito copta. No final da celebração todos foram convidados para a liturgia convivial, partilhando, na sobriedade e na simplicidade, o pão que alimenta o corpo e o espírito.

Acampamento….

Ao concluir o 2º período, nos dias 8, 9 e 10 de Abril, o agrupamento

421 – Seminário organizou uma actividade que envolveu todos os seminaristas. Apesar de nem todos serem escuteiros, esta aventura não podia deixar ninguém de fora! O local escolhido foi Caires-Amares, terra

do Leonel, seminarista do Seminário Maior de Braga.Ao fim da tarde do dia 8 de Abril,dirigimo-nos para o local do acampamento. Ambientados e plasmados pela beleza natural do local, começamos a montar as tendas. Dividiram-se as tarefas por grupos e começamos a tratar do jantar. O dia terminou com um belíssimo sarau cultural previamente preparado pela equipa responsável. O sábado, dia 9,

foi dedicado à formação escutista, que incluiu um raide à capela de S.Pedro de Fins, e à preparação da liturgia dominical.No último dia, domingo, tivemos a alegria de receber os nossos pais

no acampamento. Participamos todos na Eucaristia dominical da paróquia de Caires, presidida pelo pároco Paulo César. Para reforçar o almoço os pais trouxeram de casa o almoço para ser partilhado entre todos. Terminado o acampamento, dirigimo-nos para o Seminário, a fim de participarmos na ordenação de D. Pio Alves, nomeado bispo auxiliar do Porto.

À procura

de Cristo

SEMINÁRIO MENOR Carlos Araújo, 12º Ano

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A Semana Santa é talvez de todas as se-manas que o ano nos oferece aquela em que mais espontânea e profundamente meditamos a Paixão de Jesus Cristo. Não porque nas outras nos esquecemos, ape-nas porque nesta cada canto nos relem-bra a maior demonstração de amor que alguém nos deu. É simultaneamente doloroso e maravilho-so pensar nos últimos dias de Jesus. Tentar pensar os Seus sentimentos, as Suas an-gústias, os Seus medos e as Suas dúvidas, leva-nos a pensar a Sua humanidade que tanto nos aproxima. Pensar na história dos Seus últimos dias, é pensar a vida de um homem que sabendo o seu destino deci-de começar por se reunir em festa com os seus melhores amigos para com eles poder partilhar uma ultima refeição, para poder agradecer-lhes as alegrias que lhe deram e para garantir que mesmo depois de partir não seria esquecido e que mes-mo sem ele esses mesmos amigos sabe-riam encontrar a força para continuar. Um homem que profundamente amargurado se retira para orar e no desespero pede para que tudo passe, pede para não ter que enfrentar o terrível destino. Alguém que se vê traído por um amigo pelo pior e mais nojento dos motivos: por dinheiro. Traído por um amigo, preso por algo que não fez, condenado injustamente. Publi-camente humilhado e rejeitado até pelo seu melhor amigo que na vergonha e no medo nega conhecê-lo. Restando-lhe a tristeza da solidão e do abandono, tem agora o pesado fardo da cruz para carre-gar enquanto uma coroa de espinhos lhe rasga a testa e o corpo ainda treme com

as marcas dos açoites. Percorre um cami-nho que sabe ser o que o levará à morte, e o desespero também o consome. Cai três vezes. Recebe ajuda de alguém que o não queria ajudar. Vê a sua mãe em to-tal desespero a chorar por si. A multidão eufórica está aos berros mas consegue encontrar rostos de tristeza. E inundado por toda esta tragédia encontra em si a certeza de que tem que continuar, de que o seu destino, a sua razão de ser é mais importante que a sua própria vida. É aqui que toda a história deixa de ser simples-mente comovente para ter algo de belo. O que poderia ser mais importante que a sua vida? A vida de muitos. Cristo aceita a realidade que Lhe é apresentada porque vê no Seu sacrifício a porta para a salvação de todos aqueles que assim acreditariam. Porque vê na Sua entrega a prova do ver-dadeiro amor. Vê na Sua morte o último mas também o mais belo dos ensinamen-

tos que tinha para oferecer: o amor verda-deiro, a entrega total. É impossível ficar indiferente. Seja maior ou menor a fé que possuímos a verdade é que esta é a história de alguém que ape-sar da sua condição divina, viveu e sofreu como muitos de nós jamais teríamos cora-gem de viver e sofrer, e que o fez não para proveito próprio, mas em prol dos outros. É e sempre será uma lição de vida, uma lição de amor. Compete a cada um de nós viver segunda esta lição, aprender com tremenda nar-rativa de amor. Na Pastoral Universitária tentamos passo a passo levar um pouco desta mensagem a cada estudante univer-sitário, dar-lhe o espaço para a sua pró-pria meditação e unir toda a comunidade neste sentimento de amor ao próximo que Jesus nos ensinou. Como actividade pascal, está neste momento a ser realiza-da uma peregrinação a S. Tiago de Com-postela onde as dores e o cansaço não podem mais do que o desejo de continuar e o sentimento de partilha e união. Para que a mensagem não se perca e porque o ano ainda não acabou, recome-çando as aulas recomeçarão também as nossas actividades de voluntariado onde procuramos levar a terceiros a comu-nhão que trabalhamos todos os dias em cada um de nós. Não temos a pretensão de conseguir tocar todos os estudantes, apenas de tocar profundamente cada um dos que participe nas nossas actividades porque acreditamos que a melhor forma de honrar a corajosa história de Jesus é mostrando aos outros a força que uma sociedade unida no amor pode ter.

Semana Santa na Universidade

PASTORAL UNIVERSITÁRIA Ana Silva - Aluna do 3º ano de Direito na UM

Voz de Esperança | Mai - Jun 2011

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As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Madrid a realizar entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2011 aproximam-se rapidamente, pelo que os seus preparativos seguem a bom ritmo. Assim, para além de todo o trabalho já iniciado de divulgação, promoção e logística das JMJ, o Departamento de Pastoral de Jovens de Braga prepara-se para acolher, no âmbito das pré-jornadas, cerca de 200 jovens vindos de Clermont-Ferrand, cidade francesa germinada com a cidade de Braga.

Neste sentido, para além de todos os contactos estabelecidos com a equipa

de Pastoral Juvenil de Clermont-Ferrand, desde Agosto de 2010, recebemos na nossa diocese alguns dos elementos que compõem essa mesma equipa, nomeadamente Paul Destable (Vigário Geral), Marie Quioc (Responsável da Pastoral de Jovens) e José Cabeças (jovem luso descendente com raízes na paróquia de Adaúfe). Esta visita decorreu entre os dias 10 e 15 de Março e teve como principal objectivo a definição do programa de pré-jornadas, tendo por base as propostas apresentadas e o conhecimento da nossa diocese num percurso pelos vários arciprestados.

No decorrer das visitas realizadas e dos momentos de diálogo e cooperação, encontramo-nos já com um programa de acolhimento definido em traços gerais, podendo já avançar com algumas das actividades pensadas: visita a museus e locais emblemáticos da cidade de Braga, visita ao Santuário de S. Bento da Porta Aberta, do Bom-Jesus e do Sameiro, visita à cidade de Guimarães, incluindo passagem pelo Santuário de Nossa Senhora da Penha. Na passagem por estes locais estão previstos momentos de oração e contacto com os jovens dos arciprestados visitados.

Este trabalho colaborativo marcado pelo forte diálogo torna-se fundamental para a construção de uma caminhada que se quer partilhada, demonstrando assim, o verdadeiro espírito das Jornadas Mundiais da Juventude onde jovens oriundos de diferentes países rezam em conjunto e partilham entre si os mesmos objectivos: afirmar a sua fé e ser portadores da Boa Nova de Jesus Cristo.

Contamos com toda a comunidade cristã diocesana para bem acolher estes jovens que nos visitam e que connosco querem caminhar até Madrid, esperando que após as JMJ possamos continuar a trabalhar e promover actividades em parceria entre os jovens!

Braga e Clermont-FerrandUma caminhada comum!

PASTORAL DE JOVENS Alberto Gonçalves

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