jornal emfoco 2015 - cidadania - edição 73 | ano 15 - isca faculdades limeira

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PAG. 13 PAGs. 8, 9, 10 e 11 PAGs. 3, 4 e 5 PAGs. 6 e 7 Cidadania Cidadania Nesta edição 13 histórias que contemplam solidariedade, voluntariado e que indicam um mundo melhor, como um projeto religioso voltado para caminhoneiros O esporte mudando a vida das pessoas para melhor Saúde para o corpo e a alma ajuda na vida de pacientes Projetos e trabalhos beneficentes em prol do bem-estar. - Edição 73 | Ano 15 -

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Jornal Em Foco é uma publicação dos alunos do curso de Jornalismo do ISCA Faculdades de Limeira, nas disciplinas Jornal Laboratorial e Produção Gráfica. - Edição 73 | Ano 15 - Alunos: Andre Luis Borba Carlos Alberto Bosco Junior Carolini Picolomini Basso David Batista da Cunha Fernando Henrique Covre Guilherme Gomes Pereira Henrique Aparecido De Oliveira Henry Curcio Leticia Eduarda Gomes Dos Santos Marcela de Lima Mariana Peretti Gomes Rafael De Souza Coelho Thaigor Lorhan da Silva do Vale Farto Tiago Csehak Professores: Profº. Carlos Chinelatto - MTB 21.895 Profº. Renato Fabregat Coordenador: Profº. Livio Sakai ISCA Faculdades www.iscafaculdades.com.br 0800 771 4700 Rodovia Deputado Laércio Corte, 3000 Chácara Boa Vista da Graminha Limeira - SP

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Page 1: Jornal EmFoco 2015 - Cidadania -  Edição 73 | Ano 15  - ISCA Faculdades Limeira

PAG. 13

PAGs. 8, 9, 10 e 11PAGs. 3, 4 e 5PAGs. 6 e 7

CidadaniaCidadania

Nesta edição 13 histórias que contemplam solidariedade, voluntariado e que indicam um mundo melhor, como um projeto religioso voltado para caminhoneiros

O esporte mudando a vida das pessoas para melhor

Saúde para o corpo e a alma ajuda na vida de pacientes

Projetos e trabalhos beneficentes em prol do bem-estar.

- Edição 73 | Ano 15 -

Page 2: Jornal EmFoco 2015 - Cidadania -  Edição 73 | Ano 15  - ISCA Faculdades Limeira

2- J o r n a l l a b o r a t ó r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -

- EXPEDIENTE -EDITORIAL

Produzido pelos alunos do 5º semestre, esta edi-ção do Jornal Em Foco tem o objetivo de apresen-tar aos leitores matérias de Limeira e Região.

Voltada para o incentivo à cidadania, aborda te-mas do dia a dia e que impactam a sociedade.

É o caso, por exemplo, do texto assinado por Carolini Basso. Ela mergulhou no universo de projetos de voluntários que se vestem de palha-ços para levar animação para internos de asilos e pacientes internados em hospitais. De Araras, David Batista conta a experiência de entidade que atende crianças com HIV, um projeto iniciado com um belo exemplo. O trabalho de equotera-pia na ajuda de deficientes realizado em Limeira é detalhado por Rafael Coelho. Fernando Covre optou por descrever a vida de um rapaz que en-controu nas artes marciais uma chance muito especial. Hoje, o seu personagem é lutador de MMA. Já Guilherme Gomes mostra um belo pro-jeto social realizado com a capoeira. A atuação de voluntários no auxílio aos idosos que moram no Asilo João Kühl Filho, uma das entidades mais antigas de Limeira, é relatada com brilhantismo por Henrique Oliveira. Carlos Bosco, por sua vez, optou por tratar o universo de grupos de escotei-ros de Limeira e os exemplos levados para crian-ças e adolescentes. Henry Curcio reuniu projetos de duas cidades, Limeira e Araras, para falar de projetos de músicas, desenvolvidos, respectiva-

mente, por um coral e uma orquenstra de jovens. O universo da terceira idade, por meio de um lar de internos e um grupo que atua com esta fai-xa etária, ambos em Iracemápolis é descrito por Thiago Csehak. Mariana Peretti foi buscar em um trabalho de intercâmbio voluntário a inspiração para o seu texto. Thaigor Lorhan conta a expe-riência de voluntários de uma igreja evangélica que leva apoio e evangelização para caminho-nheiros. Letícia Eduarda escreve sobre doação de órgãos, e o incentivo para ampliar esta prática no país.Finalmente André Luis Borba analisa o aspecto geral do voluntariado.

Sobre esta produção

Todos os futuros jornalistas desse semestre apro-varam o trabalho que exerceram na produção do Jornal Em Foco. Os alunos tiveram uma experiên-cia real de como é realizar um jornal. Desde suge-rir os temas a realizar as matérias e edita-las.

Foi um trabalho gratificante e algumas matérias exigiram um nível de pesquisa maior do que ou-tras. Ver o trabalho finalizado e pronto para o lei-tor é gratificante.

A experiência laboratorial do5º semestre foi fina-lizada com sucesso.

Tenha uma boa leitura.

Letícia Eduarda - Equipe em Foco

Jornal Em Foco é uma publicação dos alunos do curso de Jornalismo do ISCA Faculdades de Limeira, nas disciplinas

Jornal Laboratorial e Produção Gráfica.

- Edição 73 | Ano 15 -

Alunos:Andre Luis Borba

Carlos Alberto Bosco JuniorCarolini Picolomini BassoDavid Batista da Cunha

Fernando Henrique CovreGuilherme Gomes Pereira

Henrique Aparecido De OliveiraHenry Curcio

Leticia Eduarda Gomes Dos SantosMarcela de Lima

Mariana Peretti GomesRafael De Souza Coelho

Thaigor Lorhan da Silva do Vale FartoTiago Csehak

Professores:Profº. Carlos Chinelatto - MTB 21.895

Profº. Renato Fabregat

Coordenador:Profº. Livio Sakai

ISCA Faculdades

www.iscafaculdades.com.br0800 771 4700

Rodovia Deputado Laércio Corte, 3000Chácara Boa Vista da Graminha

Limeira - SP

PAG. 13

PAGs. 8, 9, 10 e 11PAGs. 3, 4 e 5PAGs. 6 e 7

CidadaniaCidadania

Nesta edição XX histórias reais que contemplam solidariedade, voluntariado e que indicam um mundo melhor

O esporte mudando a vida das pessoas para melhor

Saúde para o corpo e a alma

Projetos e trabalhos benefi centes em prol do bem-estar.

Page 3: Jornal EmFoco 2015 - Cidadania -  Edição 73 | Ano 15  - ISCA Faculdades Limeira

3 - I s c a F a c u l d a d e s -1 - I S C A F A C U L D A D E S -

A alegria no momento difícil

O grupo Atrapalhaços começou com uma brincadeira que virou algo sério. Um grupo de três amigos de um cursinho pré vestibular da cidade de Limeira teve a ideia de fazer uma visita ao Asilo João Kuhl Filho, com a intenção de divertir os idosos que lá residem. Esses três amigos gostaram tanto da experiência, que de-cidiram repeti- lá, porém desta vez com mais alguns amigos.

Com o passar do tempo, alguns integrantes do grupo ingressaram nas faculdades e tiveram que mudar de cidade, e com isso abandonaram o projeto. O grupo foi bem divulgado pelos integrantes, e só cresceu. “Foi o amigo que en-trou, o amigo chamou a namorada, a namorada chamou o irmão, e assim o grupo cresceu mes-mo com alguns integrantes saindo”, comentou Juninho Bosco, fundador do projeto.

O projeto não fez diferença só na vida dos idosos, mas também na vida de quem se colo-cou a ajudar. Isabella Avila conheceu o projeto através do namorado Juninho Bosco e parti-cipa ha dois anos. Isabella sempre gostou de ajudar o próximo, e viu ali, uma oportunidade. “Depois que comecei a participar do projeto vi a vida com outros olhos, de maneira diferente, comecei a dar mais valor no presente e quem estava comigo”, comentou.

Hoje o grupo realiza entre 3 e 4 visitas men-sais no asilo e conta com cerca de 40 integran-tes, de Limeira e região. Para as visitas eles reve-zam, indo em grupos de até 12 pessoas.

Para uma criança passar uns dias em um hos-pital é difícil. Pensando nisso, Katina de Souza e Eliseu Pereira começaram atuar como palhaços voluntários no Hospital Santa Casa de Limeira. Com esse projeto, eles começaram ter contato com pessoas de outas cidades que tinham o mesmo objetivo e os incentivaram a continuar. E assim eles criaram o grupo Cirirgiões da Ale-gria.

No início, eles queriam apenas estar den-tro do hospital realizando o projeto, mas não

tinham noção de como. No decorrer do pro-cesso viram que havia necessidade de criar um departamento administrativo para que esse sonho tivesse a possibilidade de ser realizado. Depois que o departamento administrativo es-tava em ordem, eles foram atrás de outros pa-lhaços profi ssionais.

O projeto mudou muito a vida do Eliseu. Ele voltou a estudar, se formou ano passado no curso de Publicidade e Propaganda, e hoje sua visão do mundo está muito mais ampla. O Cirurgiões o ajudou a perceber que, através de suas ações, pode fazer mais para o próximo. “Hoje eu realmente amo o que faço. E faço com muito amor e carinho. O prazer de poder ajudar o próximo em um momento tão difícil quanto é estar dentro de um hospital, dinheiro nenhum paga”, disse ele.

VOCAÇÃOSeguindo o exemplo dos pais, que sempre

foram ligados a movimentos religiosos, como

a Pastoral da Criança e os Vicentinos, Katina soube que queria ajudar o próximo desde pe-quena. Mas aos 15 anos ela teve uma aneuris-ma cerebral e fi cou internada, então começou a desacreditar das coisas da vida. Foi quando depois de inumeras internações recebeu uma visita de dois palhaços, a Caca e o João Mendes. “A visita deles passaram a ser rotineiras e aquilo foi despertando em mim a vontade de viver e ajudar os outros e maravilhei-me com o traba-lho de palhaço de hospital” lembrou.

Com 15 anos como palhaça de hospital e desde dos 14 anos em trabalhos voluntários, Katina já participou de 10 projetos. “O projeto palhaço de hospital que sempre foi meu foco, me deu oportunidade de ver a vida de forma diferente, estar em contato com realidades distintas e buscar soluções para amenizar as angustias objetivando uma sociedade melhor. Isso me faz buscar em ser uma pessoa melhor a cada dia”, comentou ela.

Palhaços pro� ssionais e voluntários levam diversão para asilos e hospitais

Carolini Basso

DIVERSÃO

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Cirurgiões da Alegria em visita humanitária em hospital: humor ajuda na recuperação de pacientes sob cuidados médicos

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4- J o r n a l l a b o r a t ó r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -

capoeira, karatê, informática, inglês, entre outros. Uma equipe com psi-cólogos, enfermeiros e assistentes sociais acompanha os pacientes.

Segundo a psicóloga Crislia-ne Vanessa Gargaro, de 38 anos, atuante na área da educação da en-tidade, todos os projetos oferecidos trazem uma perspectiva de vida melhor. “Todos esses projetos estão propondo para as crianças uma vi-são para o futuro, uma verdadeira perspectiva de vida melhor. Com parceria da família, tentamos mos-trar a eles que a estimulação é ne-cessária para irem à escola, terem um bom desenvolvimento escolar, acompanhado desses projetos”, contou.

Ao entrar na instituição, a criança passa a ter um cronogra-ma. Suas atividades são escolhidas por ela mesmo, nada é forçado ou imposto a fazer. Com tudo isso, o principal objetivo é o futuro e a for-mação.

Com os adultos não é dife-rente. São separados em faixas etárias, para que o desenvolvimento seja acompanhado. A principal preocupação é que eles tomem seus medicamentos corretamente e a parceria com a família é inevitável.

O trabalho com a auto-estima também é um dos focos do projeto. “Quando os adultos descobrem que são soro positivo, é um choque, porque eles se deparam com a morte, achando que vão morrer. E não, muita das vezes como desenvolvimento desses trabalhos, eles pas-sam a ter uma perspectiva de vida melhor, com mais qualidade”, revelou Crisliane.

A AMCRA (Associação de Amigos das Crianças de Araras) é uma instituição de caridade loca-lizada na cidade de Araras, interior de São Paulo. Fundada em 2002, atua em prol de pessoas portado-ras do HIV/AIDS.

Sua criação aconteceu devi-do a uma criança que apareceu nas mãos de Isabel Pavan Castellar e João Castellar, fundadores da AM-CRA. Em outubro de 1999, um bebê foi entregue a eles, por um médico da rede pública, com um quadro de desnutrição gravíssima. Com três meses de vida a pequena criança pesava apenas 3 quilos.

Eles abraçaram a causa e co-meçaram a cuidar da criança. Mes-mo com boa alimentação e muitos cuidados, o bebê não apresentava resultados favoráveis, e aos sete meses ainda pesava só 4 quilos. O casal resolveu levar o bebê para o Hospital das Clínicas da UNICAMP, para obter um diagnóstico comple-to, e lá descobriram que além de desnutrida, ela tinha também Sífi lis congênita, doença transmitida pela mãe na fecundação do óvulo. Com o tratamento da Sífi lis foi des-coberto que a criança era soro positivo, tinha o vírus HIV.

Com o tratamento, a pequena completou um ano de vida, o que segundo alguns médi-cos seria impossível. A partir deste fato, desper-tou o interesse em Isabel e Castellar de ajudar principalmente crianças e adolescentes que convivem com a AIDS, e mostrar para todos que a rejeição da população é um ato precon-ceituoso e infeliz, pois as pessoas precisam de uma mão amiga.

Crianças com HIV/AIDS são foco de entidadeCom o intuito de ajudar, vários projetos são oferecidos para uma perspectiva de vida melhor

David Batista

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SOCIAL

A entidade possui vários projetos e vem crescendo a cada dia. Seus serviços são total-mente gratuitos e para sua manutenção atual-mente demanda de verba pública e doações da sociedade. Eventos e promoções também são realizados para ajudar.

PROJETOSA instituição é dividida em dois prédios,

onde o primeiro trabalha com crianças e adoles-centes e o segundo com adultos. Ainda possui vários projetos como ginástica rítmica, artesa-nato, música, canto, dança do ventre, violão,

Todas essas atividades são realizadas por funcionários da AMCRA, profi ssionais contratados “part-time” (emprego com horários reduzidos e, portanto, benefícios e salários também menores), funcionários cedidos em parceria com a Prefeitura Municipal e ainda a equipe de voluntários, todos

empenhados para a formação cidadã e resgate de valores sociais.

Os trabalhos acontecem o dia todo, sempre com um cronograma para cada faixa etária, sendo ela dividida em 5 a 10 anos (crianças) e 12 a 18 anos (pré-adolescentes e adolescentes). A companhia de

parentes é muito importante no desenvolvimento.A instituição fi ca aberta de segunda a sexta-

feira, das 7 às 17 horas. Localizada na rua Arlindo Cressoni, s/n°, bairro Bosque de Versalles, Araras-SP. Para mais informações de seus trabalhos entre no site amcra.org.br.

A força dos funcionários

Fachada da instituição, localizada na cidade de Araras-SP

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5 - I s c a F a c u l d a d e s -

Equoterapia alimenta sonhos de defi cientes

Fundada em 2003 a Asso-ciação Equoterapia Daoud, loca-lizada na Hípica de Limeira, rea-liza um tratamento diferenciado por meio da utilização de cava-los para ajudar pessoas de todas as idades portadoras de alguma defi ciência física ou mental.

A ideia surgiu quando diretores da hípica estuda-vam estabelecer um grupo de equoterapia na cidade. Uma iniciativa inédita. A pe-dagoga Ketilli Faber, coor-denadora da equipe Daoud, apresentou o projeto dando início aos trabalhos. No iní-cio eram três profissionais e apenas três crianças da ARIL (Associação de Reabilitação Infantil de Limeira) e da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepicionais) faziam o tratamento. O trabalho foi ganhando força e credibili-dade pela melhora que os pacientes obtiveram após iniciar a terapia. Hoje formam uma equipe com 12 profis-sionais que tratam cerca de 80 pacientes portadores de qualquer comprometimento.

O tratamento baseia-se no movimento tridimensional que o cavalo faz, simulando uma caminhada. Traz resultados mais rápidos, pois se tratando de um exercício ao ar livre, em cima de um animal, acaba sendo mais prazeroso.

“Ao chegar à equoterapia, o paciente pas-sa por uma triagem com uma fonoaudióloga e uma fi sioterapeuta, para saber quais suas maio-

res necessidades e com isso esses profi ssionais poderão acompanhar os ganhos que o prati-cante teve com os exercícios.”, afi rmou a coor-denadora.

Mães de crianças que praticam a equote-rapia afi rmam que o tratamento proporciona muitos resultados e que as crianças se sentem bastante seguras com os profi ssionais, “Meu fi -

lho faz equoterapia há três anos e sempre vejo boas evoluções. Hoje ele é mais esperto, tem um certo equilíbrio, coisas que talvez demorariam mais tempo com um tratamento convencio-nal.”, relatou Adélia Coelho, mãe de um paciente.

LADO OPOSTOEm 2014, a entidade re-

cebeu um abaixo-assinado por parte de pessoas não identifi-cadas, para a retirada da equo-terapia da Hípica, alegando que ao utilizarem os cavalos na pista, colocava em risco a vida de quem caminhasse por perto. “Em momento algum aconteceu algum acidente, nenhum cavalo esboçou algu-ma reação. Hoje continuamos andando pelo mesmo local.”, contou Faber. A equipe fez um abaixo-assinado, coletando as-sinaturas de pessoas que utili-zam a hípica, para a équo não ser retirada.

“A resposta foi surpreen-dente, pois todos falaram que de maneira alguma atrapalha-mos e que gostam do nosso trabalho. O abaixo-assinado deve ter vindo de um peque-no grupo que quis acabar com

esse trabalho que traz tantos benefícios.”, ale-gou Ketilli.

As sessões são realizadas às segundas e terças-feiras, das 7h30 às 17h30 e às sextas e sábados, das 8h às 12h. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (19) 3033-7090 e (19) 3441-5468.

Há mais de 12 anos a atividade com cavalos vem mudando a vida de muitas pessoas com problemas especiais

Rafael Coelho

SUPERAÇÃO

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Gabriel, 13 faz equoterapia na hípica de Limeira desde os 10 anos: programa com cavalos

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6- J o r n a l l a b o r a t ó r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -

“Minha jornada foi uma luta, um dia eu so-nhei que tudo tinha dado certo e acreditei nis-so”. Essas são palavras de Roberto Neves, de 31 anos, mais conhecido no mundo do MMA como Facada. Hoje em dia é um atleta de alto rendimento e campeão de diversos eventos, mas quem o vê hoje, não sabe da jornada que ele enfrentou para galgar essa posição. Facada já treinou com grandes nomes do ramo como Anderson Silva e atualmente treina na Team Nogueira, com os Irmãos Minotauro e Mino-touro.

Roberto nasceu em Leme, uma pequena ci-dade do interior de São Paulo. Aos 12 anos ele e a família se mudaram para Bauru onde viveu uma parte da sua infância em um sitio. De famí-lia simples, ao chegar em Limeira com 14 anos, ele vivenciou nas artes marciais aspectos sau-dáveis para levar uma boa vida.

Dois anos depois, Roberto começou a trei-nar o Kung-Fu com intenção de perder peso e para a defesa pessoal, como era fã de fi lmes de luta isso o incentivou a seguir fi rme no esporte. “Eu assistia muito fi lmes de luta e isso me atraia para o esporte”, citou. Na sua primeira competi-ção de Kung-Fu na modalidade de Boxe-Chinês ele foi campeão, e não parou por ai, começava então o seu compromisso com o esporte. Sua meta profi ssional é conseguir o tão sonhado contrato com o UFC, o maior evento de MMA do planeta.

Conciliar a vida de atle-ta com a família é bem difícil para Roberto, mas ele faz de tudo para dividir o tempo para os treinos e a atenção para seus fi lhos. “Não é nada fácil, conciliar a vida de atle-ta com a família, mas Graças a Deus estou conseguindo seguir com esse sonho. É uma guerra, mas uma guer-ra pra ser vencida.” afi rmou. Por ser pai muito cedo, com

15 anos, as responsabilidades de adulto vieram precocemente, e ele agradece por isso. “Ser pai cedo me fez ser homem, e mais responsável, mais cedo”.

PALAVRA DE MESTRE Julio Cesar Mafra, 41, é professor de Kung

fu a mais de 20 anos e foi uns dos primeiros contatos do esporte para Facada. “Ele era um cara bem fl exível e forte, e muito determinado”, declarou. Ele acompanhou o crescimento no esporte de Roberto desde o princi-pio e acha que o atleta só não alcançou o sonho do UFC por estar sendo evitado pelos oponentes. “Ele se tor-nou a cima da média, não

existe ser estrela na academia, o Facada assu-miu o compromisso de treinar pesado pra che-gar ao topo, e está cumprindo com isso, com muita determinação”.

Os olhares da população para as artes mar-ciais ainda é preconceituoso. O esporte é visto como agressivo e violento. Tanto para Facada, quanto para o professor Julio Mafra as artes marciais ajudam a canalizar a agressividade e aumentam a concentração e o respeito. “Qual-quer tipo de esporte é ótimo para canalizar as energias, e as lutas não são diferentes, o aluno deve ser bem orientado pelo seu professor”, afi rmou Mafra.

Para Roberto Neves o esporte o ajudou a enxergar a vida de outro jeito, um jeito mais responsável e mais consciente para viver, com novas perspectivas. “Antes das artes marciais eu via a vida de um jeito comum, hoje a luta me alavancou para um mundo diferente, melhor”.

No MMA ele realizou seu sonho Roberto Gomes das Neves, o Facada, encontrou nas artes marciais uma maneira de superar suas di� culdades; hoje é atleta pro� ssional e vive da atividade

Fernando Covre

LUTA

“Minha jornada foi uma luta, um dia eu sonhei que

tudo tinha dado certo e acreditei nisso”.

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Roberno Neves em luta (à direita): Campeão MMA

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7 - I s c a F a c u l d a d e s -1 - I S C A F A C U L D A D E S -

Quem passa nas noites de segundas e quartas-feiras em frente à Comunidade Nossa Senhora do Carmo, em Limeira, se depara com crianças, ado-lescentes e jovens gingando na capoeira. Iniciada em meados de 2007, com os professores Rodrigo Cruz, conhecido como Pardal, e Denise Cristina de Oliveira. A ação do Grupo de Capoeira Muzenza conta com a participação de mais de 20 pessoas. Elas aprendem a ginga, os golpes e desenvolvem uma condição física melhor. Gabriel Fernandes, um dos alunos do projeto, demonstra entusiasmo com a luta e, segundo ele, as aulas ajudam no seu de-sempenho escolar e individual.

O grupo tem como instrutor Sizernande Arau-jo Santos, 24 anos, mais conhecido como Zumbi, ele doa seu trabalho para os capoeiristasvolunta-riamente e diz que sente prazer no que faz. “Gosto muito do que faço, pratico desde adolescente e sin-to muito prazer nisso”, conclui Santos.

O projeto conta com a participação de crianças de diversas idades. Elas gingam em um mesmo espaço. O professor cita que o convívio entre os ca-poeiristas é de grande respeito. “Eles se respeitam demais, aqui há uma hierarquia: aquele com mais tempo é o exemplo a ser seguido, mas todos se res-peitam entre si”, cita ‘Zumbi’.

O professor diz que todos os alunos têm seus pontos positivos e negativos, mas eles mantêm o grupo de capoeira com bastante alegria e a ginga não falta. “Vejo grande potencial nos meus alunos, os erros acontecem, mas eles são corrigidos”, e res-salta que os golpes aprendidos na capoeira só de-vem ser utilizados na luta.

O aluno Gabriel, apelidado “Gentil” pelos com-panheiros de esporte, diz que a capoeira ajuda além da luta, também no desenvolvimento pesso-al. “Ajuda na disciplina, no respeito ao próximo, no equilíbrio e nos saltos”, cita. E acrescenta que ajuda na balança. “Eu emagreci”, conclui ‘Gentil’.

Sua mãe, Alessandra Fernandes de Freitas tam-bém concorda com o filho. “Ele melhorou suas habi-lidades, além de ajudar na disciplina e respeito”, cita Alessandra. Ela disse que existem regras para partici-

pação na capoeira. “Por mais que aprendam golpes, eles só devem ser utilizados dentro do projeto. Se utilizarem lá fora, não podem mais participar”, conclui.

A mãe informou que o filho mais novo Rafael, de ape-nas cinco anos, também começou a fazer capoeira e tem o apelido de “Monge”. “Ele ganhou esse apelido porque quando os professores falam ele cruza as per-nas como um monge”, conta.

Para participar do projeto basta comparecer ao salão da Comunidade Nossa Senhora do Carmo, na segunda ou na quarta-feira, às 19h30.

A igreja fica localizada na Rua João Bosco Félix Se-rafim, s/n, no Jardim Graminha II. Os menores de ida-de devem estar acompanhados de responsável legal, para os adultos a presença basta.

RECONHECIMENTOMaria Eduarda e João Miguel Miranda foram alu-

nos dos professores Pardal e Denise, os primeiros voluntários do projeto. Hoje João Miguel é exemplo para muitos capoeiristas do projeto, apesar de sua pouca idade, tem 10 anos, ele é campeão de Floreio, espécie de acrobacias e gingado juntos, em sua ca-tegoria. Além de ter conquistado o campeonato na categoria de 7 a 8 anos, ele também saiu vitorioso em diversas outras competições.

PRÁTICA CHEGOU A SER PROIBIDA

Originária de Angola, na África, a capoeira chegou ao Brasil através dos escravos que eram trazidos por portugueses para trabalho forçado. A luta era um objeto de defesa para os escraviza-dos. A palavra Capoeira deriva do Tupi “kapu’era”, e signifi ca “mata que foi”.

Em 1890 a República do Brasil decretou a proibição da luta em território nacional, prenden-do e torturando os praticantes. A lei durou até 1940, depois disso começou o processo de me-nos preconceito e e popularidade da capoeira.

Atualmente muitos são os praticantes da luta no mundo, com raízes africanas, ela se popu-larizou muito nos países em que foram trazidos escravos africanos para trabalho. Estima - se que 5 milhões de pessoas praticam capoeira no mundo.

Ginga da capoeira transforma vida de crianças e adolescentes Com raiz africana, a atividade é muito praticada por brasileiros que a consideram verde e amarelaGuilherme Gomes

INCLUSÃO

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Jovens gingam durante aula do projeto de capoeira

Page 8: Jornal EmFoco 2015 - Cidadania -  Edição 73 | Ano 15  - ISCA Faculdades Limeira

8- J o r n a l l a b o r a t ó r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -

O Asilo João Kuhl Filho de Limeira é filantrópico (vive de doações), tem 98 anos de existência, e atualmente possui 82 internos. Desde seu início muitos voluntários ajudam no trabalho com os idosos. A assistente social, Ieda Gomes, diz que o trabalho que eles desempenham é fundamental, por ser uma maneira de contribuir tanto financeiramente, quanto no afeto com os gerontes.

Voluntário há sete anos, Vicente de Paula Silva, ajuda a servir o almoço, o jantar, além de jogar dominó e conversar com eles.

Decidiu se tornar voluntário por sentir uma intuição. Quando questionado, ele ressalta: “Foi Deus quem me chamou o contato com eles é maravilhoso, faço tudo com o maior prazer”, conclui.

Bruna Sanches é aluna de nutrição da Escola Trajano Camargo de Limeira, e voluntária há nove meses, por acreditar nas boas ações decidiu procurar o Asilo: “Lá eu faço companhia para eles, converso, e escuto as histórias deles. O sorriso deles é gratificante para mim”, afirma.

A administradora da entidade, Marta Vieira Barbosa já foi voluntária durante sete anos, a princípio decidiu trabalhar por seu sogro ser um dos internos. Posteriormente, começou a trabalhar com eventos na entidade, e há cinco meses se tornou administradora.

Ramon Millani é assistente administrativo há quatro anos no Asilo, e ressalta a importância do trabalho voluntário na parte financeira: “Eles não trabalham por obrigação, realizam as atividades por amor ao próximo sem cobrar nada em troca”, finaliza.

SOLIDARIEDADE

Voluntários levam carinho à idosos de asilo de LimeiraInstituição quase centenária conta com apoio comunitário e do voluntariado

Emily Santos realiza trabalho voluntário por um dia, e ganha um sorriso sincero de idosa

Henrique Oliveira

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ily S

anto

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• Realizar uma visita para conhecer a entidade• Preencher um termo de voluntário (Dentro do termo há as opções de funções para que o voluntário exerça na entidade)• Verifi ca-se qual a necessidade para a atuação do voluntário na entidade• Uma avaliação do candidato sobre as condições dele para a função pretendida

Passos para se tornar voluntário(a):

Page 9: Jornal EmFoco 2015 - Cidadania -  Edição 73 | Ano 15  - ISCA Faculdades Limeira

9 - I s c a F a c u l d a d e s -

Música gratuita reforça formação da criança e adolescente

Projetos voltados para música estão ajudando a reforçar a formação de crianças, adolescentes e jovens. Exemplos desse tipo de ensinamento ocorrem cada vez mais com fre-quência, como uma proposta ainda da década de 90 com crianças carentes da região de Helió-polis, em São Paulo (leia box nesta pagina). As cidades de Limeira e Araras contam com projetos de orquestra e coral que atendem desde crianças a adultos, visando a educação musical da população. Em Limeira, o Coral Santa Cecília parti-cipa ativamente de eventos religiosos e sociais no Brasil, com várias apresentações no exterior, inclusive no Vaticano. Fundado em 1988, dirigi-do até hoje pelo regente Alexandre Aparecido Seregati, seu objetivo é levar a todas as pesso-as boa música, não deixando morrer as joias da música sacra. De acordo com Seregati, a música é de suma importância na formação da crian-ça e do adolescente. “Ela educa tanto quanto a própria alfabetização”, afi rmou.Regente de vários corais como o do Colégio Portinari, Colégio Gustavo Piscinini e Colégio João Ometto de Iracemápolis, com alunos de 7 a 14 anos, Seregati diz que o en-sinamento é diferente para crianças. “Você não pode exigir tanto de uma criança como de um adulto, cada um possui suas limita-ções”, explica.O professor desenvol-ve técnicas de respi-ração diafragmática,

impostação vocal, repertorio cânones e vocali-zes (aquecimento vocal), e abrange repertório sacro, popular e folclórico. “Quando a criança aprende, ela vai ganhando um bom gosto pela música, inclusive educando a formação huma-na”, ressalta Seregati.Em Araras, a Cooperativa de Música Maestro Francisco Paulo Russo assumiu em 2013 a Esco-la de Música, que funciona na Casa da Cultura. O objetivo é oferecer aos alunos formação mu-sical com metodologia semelhante a já utiliza-da pela Cooperativa, que coordena a Corpora-ção “Maestro Francisco Paulo Russo” e a Escola de Música “Carlos Viganó”, por meio de aulas te-óricas, de instrumentos e de práticas em grupo.No local, são oferecidos cursos de instrumen-tos de sopro, percussão, piano, teclado, violão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico, canto e musicalização infantil (para crianças de 4 e 5 anos e 7 e 8 anos). De acordo com a Se-cretaria de Cultura, o objetivo é abrir mais 450 vagas para os cursos de formação cultural na Escola Livre de Música.

Os alunos João Vitor Silveira, de 12 anos, e Ma-theus Ometto, de 11, gostam de ter aula na Coope-rativa musical. “É importante para o aprendizado, ajuda no desem-penho escolar e a ser mais atento na vida real”, afi r-ma João. Já Ma-theus conta que começou a prati-car aulas musicais a pedido de seus pais. “Passei a gostar das aulas e continuo até hoje”. Atualmente, 200 alunos estão matriculados regularmente na escola. “Este é o principal ob-jetivo da Secretaria de Cultura: formar novos

talentos em todas as atividades artísticas. A Prefeitura tem investido muito e se preocupado em oferecer ensino de qualidade. Com isso, a cidade poderá se tornar um grande celeiro de grandes músicos, atores e artistas plásticos, for-talecendo ainda mais a cena artística de Araras”, destacou o secretário de Ação Cultural e Ci-dadania Marcelo Daniel (Mussa).

Orquestras jovens e corais oferecem ensinamentos para crianças a partir de 4 anos em Limeira e ArarasHenry Curcio

CULTURA

Cooperativa de Música Maestro Francisco Paulo Russo, se apresentando no Teatro de Araras: incentivo cultural na região

Alexandre Seregati, regente de vários corais tem como objetivo de sua corporação musical espalhar boa música para todas as idades

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10- J o r n a l l a b o r a t ó r i o d o C u r s o d e J o r n a l i s m o -

O Escotismo tem 107 anos de existência e no Brasil há cerca 84 mil escoteiros. O escotismo está presente em quase todos os países do mundo, exceto Cuba, Coréia do Norte, Laos, Myanmar e na China, com exceção das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

O propósito do Movimento Escoteiro é contribuir para que os jovens assumam o próprio desenvolvimento físico, intelectual, social, afetivo, espiritual e principalmente colaborar na formação do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades, conforme defi nido no Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil.

O Grupo Escoteiro Tatuibi, em Limeira, foi fundado em 16 de outubro de 1982 e possui atualmente 91 membros registrados entre crianças, jovens e adultos.

As seções são divididas por faixas etárias: dos 6 anos e meio aos 10 estão os classifi cados como “lobinhos”, entre 11 e 14 anos são chamados simplesmente de escoteiros, dos 15 aos 17 anos passam a ser denominados “Sênior” até que dos 18 aos 21 adotam o posto de “Pioneiro”.

À partir dos 21 anos, a pessoa que ingressa ao movimento escoteiro, é um voluntário com intuito de contribuir com o desenvolvimento dos jovens por meio de atividades coordenadas.

Dessa forma, qualquer pessoa à partir dos 6 anos e meio pode fazer parte do Movimento Escoteiro. Para fazer parte, basta procurar um dos dois Grupos de Limeira: o Grupo Escoteiro Tatuibi, que tem sede no Horto Florestal de Limeira ou o Grupo Escoteiro Limeira, que fi ca no Jardim do Lago. As atividades acontecem aos sábados, das 14h30

às 17h30. Os interessados podem comparecer em um sábado para observar e conhecer melhor

as atividades, assim terão mais informações e poderão ingressar ao movimento posteriormente.

Como o Escotismo tem como propósito contribuir com a Educação de crianças e jovens, principalmente do caráter, tem diversas atividades voltadas para o

auxílio ao próximo. Desta forma, não tem apenas doações de produtos ou artigos para outras entidades, existem vários projetos pontuais, em

boa parte organizados pelos próprios jovens que visam contribuir com várias instituições.

Os escoteiros realizam acampamentos, acantonamentos, jogos e atividades ao ar livre que visam o desenvolvimento dos jovens. Eles são estimulados a realizarem uma boa ação todos os dias e a construírem projetos diversos, de acordo com a idade.

Por isso os projetos sociais são pontuais e representam uma fração de todas as atividades realizadas. O próprio movimento se baseia na prestação de serviços à comunidade visando o crescimento pessoal e na formação de cidadãos conscientes de suas funções e capacidades.

Grupos de Escoteiros de Limeira promovem trabalho social na cidadeLimeira conta com dois clubes, que desenvolvem atividades para crianças, jovens e adultos

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CULTURA

“o Escotismo tem como propósito contribuir com a Educação de crianças e

jovens”.

O grupo Tatuibi reúne-se no Horto Florestal aos sábados: ajuda na formação de crianças e jovens

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11 - I s c a F a c u l d a d e s -

Viver de forma saudável e alegre na terceira idade se tornou um grande desafi o para as pes-soas que atingem essa etapa da vida. Felizmente, existem pessoas e instituições bem intenciona-das que auxiliam e ajudam a trazer uma melhor qualidade de vida para os idosos.

Um belo exemplo a ser citado é o Grupo da Terceira Idade, situado na cidade de Iracemápo-lis, um projeto sem fi ns lucrativos, fundado há mais de 30 anos e que conta com mais de 400 participantes ativos.

Maria José Cesário de Oliveira, 63, mais co-nhecida como dona Zezé, é a atual presidente do grupo e coordena as diversas atividades do com muita força de vontade e disposição. ” Vi-ver bem e com saúde, é participar do Grupo da Terceira Idade, onde todas as terças-feiras temos um encontro que já se tornou familiar”.

Entre as atrações do grupo, se encontram via-gens, comemorações de datas festivas, bailes e o bingo, que segundo ela, é a atividade preferida dos participantes.

O trabalho realizado é muito árduo, mas Maria José não se deixa desanimar e afi rma que as ati-vidades também acrescentam muito para a sua

vida .“ É muito trabalhoso, mas também muito gratifi -cante. O que mais me deixa feliz é ver todos presentes, com o sorriso no rosto, em todos os encontros. Tive muitos problemas familia-res, se não fosse pelo grupo, com certeza teria entrado em depressão”, afi rmou.

Apesar de todas as ale-grias, a falta de apoio da prefeitura e os poucos re-cursos difi cultam bastante o desenvolvimento do proje-to. “Temos um gasto de cer-ca de R$ 500,00 por semana. A mensalidade de R$ 10,00 paga pelos participantes, o dinheiro arrecadado com os bailes e o apoio de alguns empresários, quase sempre não é sufi cien-te para suprir todos os gastos”, declarou.

TRABALHO COM DEDICAÇÃONo mesmo meio de atividade, também locali-

zado na cidade de Iracemápolis, temos o Lar São Vicente de Paulo, também conhecido como “Lar dos Velhinhos”, uma instituição que desenvolve um belíssimo trabalho desde 1984.

Fundador e atual administrador do Lar, Ge-raldo Luciano Poloni, 81, é um exemplo de amor e de dedicação ao próximo, com uma vida praticamente toda dedicada ao bem estar dos internos da instituição. “Des-de o inicio, de alguma forma senti que era minha responsa-bilidade cuidar daqueles que mais necessitavam de ajuda. A administração do lar é um caminho muito so-frido, mas também é uma forma de prazer e de muito orgulho para mim”.

Atualmente, ele conta com 36 internos, com idades a partir de 60 anos. Pessoas, que segun-do ele, já se tornaram parte de sua família, o que acaba tornando um possível caso de falecimen-to, uma situação muito triste. “ Todos que estão e já passaram por aqui, são muito importantes para mim, eu sofro, quando vejo algum deles

tristes ou passando por alguma difi culdade. Já registramos 137 óbitos desde a nossa fundação, com certeza é uma situação muito difícil para mim”, revelou.

A estrutura disponibilizada para os internos é de boa qualidade, com ambientes bem higieni-zados, refeitório, ala especial para os mais neces-sitados, berços geriátricos, salão de festas, e um amplo jardim arborizado, utilizado pelos idosos para caminhadas e momentos de lazer.

Apesar de todos os aspectos positivos, Geral-do também revela muita difi -culdade no aspecto fi nanceiro e também ressalta o desinte-resse das famílias das pesso-as que ali vivem. “ O custo de cada interno, é de cerca de R$ 1.500,00 por mês, mas segun-do a lei, só podemos fi car com 70% do valor da aposentado-ria de cada interno, o que nem

sempre é sufi ciente. Poderíamos contar com a ajuda das famílias, mas não é o que acontece. Algumas até realizam visitas, mas não demons-tram muito interesse”.

Segundo estudo do Ipea (Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada), realizado em 2011, o Brasil conta com cerca de 20 milhões de ido-sos e cerca de 71% dos municípios não possui instituições e nem projetos desenvolvidos para a terceira idade.

Os anjos da guarda da terceira idadeInstituições e projetos bene� centes são sinônimos de respeito e dedicação aos idosos.Tiago Csehak

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CIDADANIA

Desde o inicio, de alguma forma senti que era

minha responsabilidade cuidar daqueles que mais

necessitavam de ajuda.

Geraldo Poloni administra o Lar São Vicente de Paulo desde 1984

Maria José é a atual presidente do Grupo da terceira idade e coordena as atividades com muita dedicação

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Jovens praticam voluntariado no exterior “Cidadão Global” oferece oportunidades para ações voluntárias em ONGs e projetos educacionais em vários países

Mariana Peretti

INTERCÂMBIO SOCIAL

Marina durante sua viagem ao Egito: trabalho voluntário realizado no exterior

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A maior organização sem fi ns lucrativos gerida por jovens, a AIESEC, é a única que de-senvolve liderança responsável e empreende-dora por meio de intercâmbios realizados em parceria com organizações, instituições e negó-cios ao redor do mundo, nos mais de 120 países e territórios onde está presente.

Sua missão é possibilitar que os jovens desenvolvam seus potenciais de liderança para causar um impacto positivo na sociedade, atra-vés de oportunidades de liderança, intercâm-bio profi ssional e voluntário e participação em um ambiente global de aprendizagem.

A organização possui mais de 200 univer-sidades parceiras, 5 mil membros voluntários, 77 escritórios locais, realiza mais de 3 mil inter-câmbios e 5 mil experiências de liderança por ano e está presente em 23 estados no Brasil, além do Distrito Federal.

O projeto “Cidadão Global” tem duração

de 6 a 12 semanas e oferece oportunidades para ações voluntárias em ONGs e projetos educacionais com ênfase em gestão de proje-tos, educação cultural, ensino de novas línguas, execução de workshops sobre AIDS, entre ou-tras opções em destinos como Colômbia, Peru, Argentina, Polônia, Índia, Rússia, e outros.

Marina Patrezze é presidente da AIESEC Limeira, interior de São Paulo, e conheceu a organização em 2012, quando estava atrás de uma atividade extra-curricular para ganhar experiência no mercado de trabalho. “Quando me inscrevi para participar do Cidadão Global, o que mais me motivou foi a oportunidade de poder desenvolver habilidades como autoco-nhecimento, principalmente para trabalhar melhor em grupo e a lidar melhor com pesso-as. Além disso, com todas as pessoas que con-versei, pude perceber o quão enriquecedor foi esta experiência para eles e por isso também

gostaria de tê-la”, contou.Por querer se desafi ar e também ir para

um lugar com uma cultura completamente di-ferente, Marina tinha duas opções. Ela poderia trabalhar com crianças no Egito ou trabalhar com projetos sociais ligados a empreendedo-rismo na Índia. “Acabei escolhendo trabalhar com crianças no Egito. Trabalhei em uma cre-che por 7 semanas, e se pudesse fi caria mais tempo”, disse ela.

Entre os desafi os que enfrentou, o maior foi a língua. No país, poucas pessoas sabem fa-lar inglês. Por isso, Marina teve que aprender algumas palavras em árabe, principalmente para a comunicação dentro de táxis, mercados e lojas. “O que não é fácil, pois nenhuma pala-vra é semelhante”, completou.

Por outro lado, o mais gratificante no trabalho voluntário é ver o que era a sua maior dificuldade, o seu maior desafio, se tornar um trabalho cumprido. “O meu proje-to era ensinar inglês para crianças de 1 a 7 anos. No começo, eu e minha companheira de aulas, da Bulgária, não sabíamos o que fa-zer para que eles aprendessem pelo menos uma palavra por dia. Porém, usando a criati-vidade e gestos (para melhorar a comunica-ção), conseguimos fazer com que as crianças, no nosso último dia de trabalho, cantassem todas as músicas que ensinamos e também lembrassem das palavras em inglês. Essa sen-sação de desafio dado, desafio cumprido, é o retorno mais gratificante que eu poderia ter tido durante a experiência no Egito”, declarou Marina.

Para quem se interessa por trabalho vo-luntário, Marina diz que se uma pessoa se dis-põe a conhecer culturas totalmente diferentes da brasileira, conhecer pessoas e fazer amiza-des para a vida inteira, e ter uma experiência enriquecedora, pessoalmente, esta é uma óti-ma oportunidade.

Para conhecer melhor a AIESEC e os pro-gramas de intercâmbio voluntário da organiza-ção, acesse o site www.aiesec.org.br/.

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13 - I s c a F a c u l d a d e s -

Projeto muda vida de caminhoneiros“Fé na Estrada” atinge milhares de motoristas em postos por meio da abordagem de voluntários de várias igrejas Thaigor Lorhan

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Dados do projeto “Fé na Estrada” desde seu início, indicam que mais de 90 mil caminhoneiros tiveram contato com um voluntário no Brasil já que esse é o número de Bíblias distribuídas até o momento. A entrega de Bíblias é uma das características do trabalho. Em Rio Claro, no ano de 2014, cerca de 1.120 pessoas foram atingidas pelo trabalho que vem surtindo efeito. A expectativa é que com o passar do tempo novas vidas sejam alcançadas e mais voluntários participem do “Fé na Estrada”.

O Ministério Nossa Missão, criado pelo Reverendo Abelardo Nogueira Junior, 53, procura através da evangelização alcançar caminhoneiros, prostitutas e comunidades carentes no Nordeste. O projeto “Fé na Estrada” é um exemplo disso. Iniciado em 1996, o trabalho com os caminhoneiros tem sido muito grande. Auxiliado por diversas igrejas Presbiterianas no Brasil os trabalhos contam com ajuda social, psicológica e evangelística de voluntários mais próximos de onde a atividade acontece.

Abelardo Nogueira, que hoje reside em Bauru, foi entrevistado pela reportagem do Jornal Em Foco por e-mail e mostrou o que é feito pelos grupos. “Em algumas regiões motivamos as Igrejas a formarem grupos de voluntários para dar assistência social como: corte de cabelo, dentista, médico, enfermagem, fi sioterapia, nutricionista. A abordagem é sempre feita corpo a corpo, com distribuição de Bíblias personalizadas, informações de saúde, prevenção drogas, AIDS, doenças sexualmente transmitidas e prevenção a prostituição infantil”, falou Nogueira.

Atualmente o projeto tem acontecido em postos de Taubaté, Cubatão, São José dos Campos, São Pedro e Rio Claro, todas no estado de São Paulo, além dessas, Pernambuco, Paraná, Minas Gerais e o Espírito Santo possuem cidades atingidas pelo trabalho. Uma equipe da Igreja Presbiteriana de Batovi, em Rio Claro, tem sido constante nos postos. Dois, dos mais frequentados da região nas Rodovias Washington Luiz e Anhanguera recebem a visita dessas pessoas. As conversas acontecem aos sábados no período da manhã e no da tarde. O objetivo agora é que os dias e horários sejam multiplicados.

Em uma dessas abordagens em Rio Claro, o caminhoneiro Edson, de Castro no Paraná teve sua vida transformada. O motorista, ao receber a bíblia, confessou que era o único em sua família que não era evangélico. Depois de muita conversa o mesmo aceitou fazer uma

visita a Igreja de Batovi, já que fi caria naquele fi nal de semana parado no posto. Após a visita, a esposa de Edson entrou em contato com o grupo via facebook e mandou uma foto do caminhoneiro sendo batizado em uma igreja de sua cidade. Essa vida foi um dos resultados marcantes das atividades.

Laércio de Sousa, 55, que atua como pedreiro e motorista, foi quem um levou o projeto ao grupo. Ele participou de um Congresso na Primeira Igreja Presbiteriana de Rio Claro ministrado pelo Reverendo Abelardo Nogueira e por um voluntário, Hélio, que trabalha com os caminhoneiros em Cubatão. Lá viu que era muito edifi cante conversar com os motoristas e decidiu trazer a ideia para a Igreja de Batovi. A ideia foi abraçada pelos membros da igreja e o “Fé na Estrada” já completou dois anos.

No início, ele tinha certo receio de abordar os caminhoneiros, mas, com o passar do tempo tudo foi se tornando mais simples. “Por serem meio relaxados, falar tudo o que vem na cabeça era difícil de chegar para conversar com eles. A gente brinca com eles e pergunta se eles querem ganhar um presente, eles desconfi am, já que ninguém da nada para caminhoneiros, mas aceitam a Bíblia. A partir daí, apresentamos a Bíblia, lemos um pouco e mostramos o verdadeiro caminho para a salvação, que ninguém vem a Deus senão por Cristo Jesus”, contou Laércio.

ABORDAGEMO voluntário Laércio destacou a conversa

com o caminhoneiro Renato, de Ribeirão Preto. “No começo da abordagem, eu, junto com meu amigo Nivaldo chegamos e de cara levamos um coice, mas aos poucos ele foi se abrindo. Disse que foi casado, sua esposa o havia traído e que os dois eram da igreja. Ele não aceitava o que Deus estava fazendo na sua vida. Fui falar da história de Jó e de José e ele disse que não tinha nada a ver com aquilo. Tudo o que eu ia falar da Bíblia parecia que não encaixava. Então falei do Salmo 73 de Asafe e o rapaz foi aceitando. Convidei-o para vir a um culto no domingo a noite e ele aceitou. Nesse mesmo dia um missionário pregou sobre famílias destruídas e

o Renato chegou a mim e agradeceu, pois Deus havia falado com ele”, disse.

O Reverendo Lelio Weissmann Junior, 58 anos, também é um dos voluntários na atividade e revelou como chega para as conversas com os motoristas. “O caminhoneiro não está acostumado a receber presentes. Então oferecemos uma bíblia para ele ter no caminhão. Isso abre um espaço para conversa e também a oportunidade de apresentarmos a ele o amor de Jesus”, afi rmou Weissmann.

O projeto “Fé na Estrada” vem auxiliando a vida de muitos caminhoneiros. O trabalho que é feito individualmente acaba através dos próprios motoristas alcançando novas vidas. Familiares, amigos, colegas de profi ssão, todos vão sendo atingidos por quem já teve contato com os voluntários.

Mais informações no site nossamissão.com.br e no facebook.com na página “Fé na Estrada”.

Voluntários de Rio Claro abordam caminhoneiro

Números do projeto em Rio Claro (2014)• 1.120 Bíblias;• 35 CDs;• 1.120 Folhetos evangelísticos;• 500 livretos “Cada Dia”;• 55 livros de cunho evangelísticos;

Fonte: nossamissão.com.br

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SAÚDE

Doação de órgãos: um ato de amor

A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, muitas vidas são salvas por esse gesto altruísta. A conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é vital para melhorar a realidade dos transplantes no País. Veja, a seguir, algumas informações sobre doação e transplante de órgãos. O transplante é um procedimento cirúrgico (regulado pela Lei nº 9.434/1997 e Lei nº 10.211/2001) no qual um órgão ou tecido doente é substituído por outro saudável. Para isso, é preciso que haja doadores – vivos ou mortos. Qualquer pessoa pode ser doadora, exceto portadores de doenças infecciosas ativas ou de câncer. Fumantes, em geral, não são doadores de pulmões, mas podem doar outros órgãos e tecido.Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de vinte pessoas O cidadão que deseja ser doador não precisa assinar nem pagar nada, basta comunicar sua família para que, caso necessário, o procedimento seja autorizado. Para doações em vida, o doador deve ter mais de 18 anos de idade e o receptor deve ser cônjuge ou parente consanguíneo (pais, fi lhos, irmãos, avós, tios ou primos). Se não houver parentesco, será preciso autorização judicial. Os órgãos e tecidos doados percorrem um caminho defi nido: constatada a morte cerebral, o hospital aciona a coordenação hospitalar de transplante, que entrevista a família. Autorizada a doação, a coordenação hospitalar avisa a Central de Notifi cação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado, que seleciona os receptores e avisa as equipes de transplante para irem ao hospital remover os órgãos do doador e levá-los ao local onde será realizado o transplante. A morte cerebral, ou encefálica, é a parada irreversível da função do encéfalo (cérebro e tronco cerebral). Ela ocorre quando o cérebro deixa de receber fl uxo sanguíneo e não executa mais suas funções vitais. A constatação da morte encefálica é feita por pelo menos dois médicos, um deles neurologista, a partir de exames clínicos realizados em intervalo de diversas horas. A morte cerebral deve ser confi rmada por um exame de imagem, que pode ser arteriografi a cerebral, eletroencefalograma ou doppler transcraniano. A morte cerebral é diferente da morte cardíaca: a primeira permite a doação de órgãos e tecidos; a segunda, só a doação de tecidos.

Números dos transplantes no Brasil 90% dos transplantes realizados no País são feitos por meio do SUS 548 Estabelecimentos de saúde fazem parte da rede 1.376 Equipes médicas em todo o Brasil são autorizadas a realizar transplantes no País 25 Estados participam do sistema de captação de órgãos, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes, que controlam a lista de espera pelos órgãos e toda a logística do processo de doação e transplante em cada estado. Os pacientes nas listas de espera formadas nas Centrais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde aguardam a chamada, mas sua vez pode demorar: a lista de espera por um pulmão, por exemplo, é renovada anualmente, pois a maioria morre sem conseguir um doador. No Brasil, anualmente, 60 pessoas a cada 1 milhão apresentam morte cerebral, representando aproximadamente 12 mil pessoas. Destas, em tomo de 6 mil (50%) poderiam ser doadoras de órgãos. Têm a necessidade de receber um transplante de órgão a cada ano: 14 mil pessoas para rim 6 mil pessoas para fígado1.600 pessoas para coração 1.600 pessoas para pulmão400 pessoas para pâncreas200 pessoas para intestino Mitos e verdades A família precisa arcar com os custos relacionados à doação O doador ou sua família não têm custos nem ganho fi nanceiro, sendo apenas entregue uma carta de agradecimento pelo gesto solidário e humano. O receptor também não precisa pagar pela cirurgia de transplante. A condição social e/ou fi nanceira do receptor não importa quando se está numa lista de espera. O que realmente

conta é a gravidade da doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes. Quem arca com os custos dos procedimentos relacionados aos transplantes é o Sistema Único de Saúde (SUS), que também se responsabiliza pelo fornecimento, durante toda a vida, das medicações necessárias para evitar a rejeição do órgão transplantado. Um idoso ou uma pessoa que já tenha tido alguma doença não podem ser doador Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadores, independentemente da idade ou do histórico médico. O que determinará a possibilidade de transplante e quais os órgãos e tecidos que podem ser transplantados é a condição de saúde no momento da morte e uma revisão do histórico médico do paciente. Os recentes avanços da medicina na área de transplantes garantem que mais pessoas possam ser doadoras e que haja mais receptores. Religião é impedimento para doação Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade e amor ao próximo, que são as principais características do ato de doar.·A grande maioria das religiões é francamente favorável à doação, enquanto outras deixam a critério de seus seguidores a decisão de serem ou não doadores. Até mesmo as religiões que são contrárias a transfusão de sangue não interferem na decisão de doação. Sendo assim, podemos concluir que a Doação de Órgãos é importante e que apesar do avanço da medicina e toda sua tecnologia, o número de doações ainda é muito inferior ao número de pessoas que estão esperando na fi la.

Fonte: Dra. Lilian Palma - Nefrologista (vou me informar sobre o CRM dela)Centro Pesquisa da Equipe de Transplante do Hospital Albert Einstein

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Sistema Único de Saúde é responsável por 90% dos transplantes realizados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde

Cartaz de divulgação do Ministério da Saúde sobre campanha de doação de órgãos

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15 - I s c a F a c u l d a d e s -

Voluntariado, compromisso sério quanto ao trabalho que remunera

Um atalho para o desenvolvimento

Quando se fala em trabalho voluntário, as pessoas acham isso bonito. Afi nal, é bacana dizer que ajuda uma instituição. O que muita gente esquece é que não se trata de favor, algo que se faz quando está disponível ou quando não tem nada melhor para fazer. A Biomédica Thayane Féola, de 21 anos é sempre presente da vida de crianças e jovens. Thayane desenvolve um traba-lho há 7 anos na Paróquia São José em Limeira e tenta deixar para as pessoas a importância do trabalho voluntário.

Voluntário é alguém que faz algo de modo espontâneo, segundo uma das defi nições do di-cionário. Mas, para quem vive este ato de solida-riedade, a explicação é muito mais sensível e ex-trapola as defi nições morfológicas. Para Thayane é muito difícil defi nir o que é trabalhar de modo voluntário, pois é algo que vem de dentro. “Tra-ta-se de uma vontade incontrolável de ajudar quem precisa”, diz.

Não importa se é feriado, se está choven-do, todos os domingos, ás 20h, a biomédica se reúne com jovens para tratar de assuntos rela-

cionados a vida, ao futuro, mostrando a eles um caminho a ser seguido. No ano de 2013, Thayane sentiu que precisava de algo mais e reuniu cer-ca de 20 jovens mobilizando á todos a arrecadar brinquedos para serem distribuídos á crianças carentes. Cerca de 150 brinquedos foram arreca-dados e distribuídos e essa experiência deixou marcas que nunca serão esquecidas. “Quando chegamos para fa-zer a entrega dos brinque-dos, encontramos diversas crianças desanimadas, mas quando receberam este pre-sente saíram todos anima-dos e alegres como num pas-se de mágica” diz. Thayane completa que depois desta ação ela se viu transformada. “Parei de reclamar da vida, sou mais feliz ajudan-do as pessoas, isso transforma a minha vida, afi -nal sabemos que ajuda, todos precisam” conclui.

Clara Santarosa de 16 anos, participa des-

te projeto, para ela a verdadeira caridade surge espontaneamente de um coração simpático, antes mesmo que qualquer pedido seja feito. “Ela é a pessoa que dá, não ocasionalmente, mas constantemente, me senti honrada em poder participar deste projeto e isso me fez ter

um olhar diferente ao mun-do” diz. “Se todas as pesso-as praticassem caridade o mundo seria totalmente di-ferente” Completa.

Com o tema Respon-sabilidade Social em alta, todos perguntamos o que podemos fazer para assistir quem precisa? Aliás, para tomar essa nobre decisão, não precisa ir muito longe, pode ser onde você está,

naquela escola próxima, na igreja ou perto do seu trabalho. Lugares não faltam e eles preci-sam de nós, então compartilhem o seu conhe-cimento.

Em um mundo cada vez mais voltado aos embates políticos e fi losófi cos sobre as responsabilidades do governo com o meio ambiente e com as ques-tões sociais, uma atitude simples e efetiva acaba passan-do despercebida no mar de compromissos diários. O vo-luntariado. Quando questionamos a nós mesmos sobre essa atitude, uma série de desculpas e justifi cativas são criadas instantaneamente para nos fazer crer que não há saída e que é problema dos outros.

Cada vez cobramos mais dos outros e nos isenta-mos mais, escolhemos representantes e delegamos ex-clusivamente a eles que façam a parte deles e a nossa. Nunca antes na história a máxima “quero mudar o mun-do, mas não lavo a louça” foi tão presente, porém ainda existem iniciativas e pessoas que acreditam que através da solidariedade podem colaborar para um mundo me-

lhor. ONG’s são criadas. Projetos sociais muitas vezes sem o menor apoio ou divulgação ainda crescem, formam caráter de toda uma geração e auxiliam

comunidades inteiras. Portanto, todas as matérias e re-portagens dessa edição foram propositalmente voltadas para essas pessoas e organizações, mostrar o quanto simples gestos podem fazer toda a diferença na vida de muita gente e tornam o mundo em um lugar melhor. O voluntariado faz a diferença, de forma que ajuda o pró-ximo e exercita a conscientização de toda a sociedade sobre situações e problemas que costumeiramente não são vivenciados no dia-a-dia. Um povo consciente de seus problemas, de suas ações e com as janelas da mente abertas para novas possibilidades é a melhor maneira de se contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais humana e solidária.

André Borba

Carlos Bosco

EXEMPLO

ARTIGO

“Voluntariado não se trata de migalha, mas de

um comprometimento valioso”.

“A responsabilidade por um mundo melhor muitas vezes

é delegada unicamente a governantes e nos

esquecemos que existem maneiras de individualmente contribuirmos para que essa

melhora ocorra.”

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