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O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ “MALDIÇÕES DA ORELHUDA” Levavam quase uma década seguindo o seu perfume. Talvez tenha parecido menos, mas Frank, John, Petr e Didier já tinham sentido a sua rejeição. Sába- do, em Munique, descobriram que é caprichosa e que não vai com qualquer um. Tardou mas conseguiram. A orelhuda já está em Londres. Nº5

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Page 1: Jornal Dez - 22/05/12

O FUTEBOL PARA LER COM TODA A MAGIA DO DEZ

“MALDIÇÕES DA ORELHUDA”Levavam quase uma década seguindo o seu perfume. Talvez tenha parecido menos, mas Frank, John, Petr e Didier já tinham sentido a sua rejeição. Sába-do, em Munique, descobriram que é caprichosa e que não vai com qualquer um. Tardou mas conseguiram. A orelhuda já está em Londres.

Nº5

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“O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais

importante que isso...”Bill Shankly

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Del Piero, Seedorf, Inzaghi, Nesta… consegue imaginar o futebol sem eles? Toda a classe, virtuosismo, magia e talento destes jo-gadores não estarão nos relvados da próxima época. É duro ima-ginar o futebol sem eles. É a última geração de jogadores da esco-la da rua, a formação desportiva e táctica tomou conta do futebol actual e os jogadores parecem formatados e destinados a jogar da mesma forma. O “improviso da rua” desapareceu do futebol.

Esta é a nossa melhor edição de sempre, análise á final da Liga dos Campeões, final da Taça de Portugal, repassamos o que foi o regresso á glória da Juventus, reportagem sobre o Stoke City e as suas mãos de ouro… Recordo-vos que esperamos as vossas opiniões, críticas, sugestões e… porque não, artigos.

“DESPEDIDAS”

www.jornaldez.com

Carlos Maciel

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22/05/12FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE

“ DEFENDER DE MÃOS DADAS”Texto: Bruno Gonçalves

Fotos: Zimbio

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Reza a lenda que tudo começou com a palavra Londres, pronunciada com um forte sotaque escocês. Viviam numa ponte sem rio, vestiam uma camisola azul e perderam

durante a maior parte da vida. Tudo mudou em 2005.

Defendiam de mãos dadas, de forma quase perfeita. Quando conseguiam a bola corriam como galgos, como nunca vimos jamais. Faltava-lhes magia, mas compensavam com a vonta-de e a emoção, que nem dava-mos pela sua falta. Mereciam uma Taça Europeia, mas esta teimava em escorregar-lhes das mãos.

Em Munique, esperavam-nos um conjunto de cara séria, cor-po musculado e de expressão zangada e séria. Na casa alemã descansavam quatro taças daquelas que eles tanto queriam. Apesar de os termos visto mais perder que ganhar, sempre os recordamos como vencedores. Algumas semanas atrás tinham conquistado Madrid e naquele dia jogavam em casa.

Os alemães pensaram que seria fácil ultrapassar os corpos de Lampard, Essien, Drogba, Cech… já cansados de demasiadas batalhas europeias sem glória. Mas o sangue palpitava-lhes nas veias e o olhar era demasiado azul e muito intenso. Que-riam a recompensa. Naquela noite era como se fossem fantas-

mas, que só tinham recuperado os corpos para levantar o que não puderam levantar em vida.

O azar já lhes durava há muito tem-po. Tinham visto o génio de Ron-aldinho, a sombra de Luís García, o homem-aranha Reina e até o antigo comandante derrotar-lhes no seu próprio templo. Talvez nin-guém se lembre dos nomes que defrontaram o Liverpool, mas to-dos lembramos as suas caras.

Agora tudo acabou. A explosão de euforia depois do apito final marcou o fim da história em tons de alívio. O líder, um elefante af-ricano, condenado a penar pelo deserto sem direcção, depois do golpe final correu para os seus homens. Era a alegria absoluta, finalmente eram livres.

Agora sim podem descansar.

“ DEFENDER DE MÃOS DADAS”Texto: Bruno Gonçalves

Fotos: Zimbio

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22/05/12FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE

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O que é jogar bem? É curiosa esta pergunta quando se analisa a final de Munique, foi a final que ninguém desejou, mas nem por isso deixou de ser um belo espectáculo de futebol. Emoção, sofrimento, reviravoltas… houve de tudo no Allianz Arena.

Voltando á pergunta inicial, houve quem chamasse de anti-futebol o estilo do Chelsea de Di Matteo, ainda antes do jogo começar houve quem “matasse” o treinador “blue” pelo onze inicial: devia atacar mais, não devia fechar-se atrás etc. Foram algumas das frases que se ouviram antes do apito de Pedro Proença. O Chelsea não iria mudar o seu estilo, só porque jogava uma final da Liga dos Campeões. Aquele estilo levou-os até á final e não havia nenhuma razão para mudar.

Jogar ao Bayern “ao ataque” seria um suicídio do Chelsea, os bávaros decidiriam o jogo atacando o espaço deixado pelos médios interiores ou pelos laterais londrinos. A dupla Robben e Ribery estariam no jardim das delícias se o Chelsea jogasse ao ataque. Criariam muitos mais espaços e zonas de finalização para Mario Gomez, do que as poucas que teve em Munique.

O Chelsea é muito mais que duas linhas de 4 e Drogba e Mata. É mais que fechar os espaços interiores e procurar a referência que é Drogba. É tudo mais complexo do que parece no terreno de jogo. Á imagem do que aconteceu com o Inter em Camp Nou, é preciso pensar na ideologia e ir mais além da táctica. É preciso conhecer o grupo e pedir-lhe sacrifícios, é preciso faze-los acreditar que vão conseguir a tão ansiada Champions.Convencer jogadores como Lampard ou Mata a prescindir da bola em nome do grupo; pôr Drogba e Torres a jogar 35 minutos de lateral direito, pode não ser o

mesmo que mandar Eto’o fazer o mesmo durante 70 minutos, mas demonstra a capacidade de liderança de Di Matteo. E não esquecer que o italiano dirige o clube apenas desde Março.

Conseguir o empenho de todos os jogadores é muito difícil. Um balneário como o do Chelsea que “despediu” Villas Boas, por uma luta de egos não é fácil de gerir. Se se lhes pede para esquecerem o “Eu” por um compromisso do grupo é uma tarefa de herói.

Podemos gostar mais ou menos, adorar ou odiar, mas o estilo dos blues merece respeito por dar tudo o que deu, num curtíssimo espaço de tempo.

Quanto ao jogo. O Chelsea soube reconhecer as suas debilidades e limitações. Como foi dito, uma demonstração da força de um grupo. Os blues “apagaram a luz” do Allianz Arena. Partiram as lâmpadas e fecharam as janelas e procuraram o único sítio onde podiam bater-se em igualdade: os penaltis.

As ausências do Chelsea eram de peso, mesmo assim o guião do jogo seria praticamente o mesmo. O Chelsea não precisa da posse de bola, já o tinha demonstrado contra o Nápoles, Benfica e Barcelona, que os dominaram e mesmo assim sobreviveram. E sobreviver é a palavra correcta. Porque o Chelsea não defende bem, nos três últimos jogos concedeu um número enorme de oportunidades á equipa contrária. Nem as transições ofensivas, procurando Mata e Drogba, são de ficar de “boca aberta”. A maior parte das vezes são lentas e deficientes.

Ribery a cair na ala direita foi uma cena constante no filme do jogo, foi uma hora e meia de agonia para o Chelsea, aliado á mudança constante de posição de

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Muller e Robben. Foi a forma que Heynckes arranjou para destruir a dupla muralha defensiva de Di Matteo.

O Bayern errou, assim como o Barcelona também o fez. Pressionaram muito alto. O Chelsea defende sem a precisão ou a elegância do catenaccio italiano, mas sente-se cómodo nessa agonia. Bosingwa e David Luiz defendem serenamente, Cahill e Cole impecáveis. Omnipresentes e o inglês faz um jogo memorável.

Os alemães criam perigo tirando partido dos erros das transições ofensivas. Quando Lampard sobe, Obi Mikel fica sozinho e cria-se uma autoestrada para os alemães correrem a toda a velocidade. Cada vez que o Chelsea perde a bola, Schweinsteiger e Kroos activam a última linha bávara e cria-se muito perigo.Todo o jogo é a repetição desta jogada. Bayern ataca mal, sempre com a mesma cadência. Robben a fazer os seus movimentos habituais que acabavam por norma num Mario Gomez desastroso. Um golo magnífico de Muller acende as luzes do Allianz, mas uma cabeçada formidável de Drogba volta a apaga-lo. Nem o penalty concedido pelo elefante marfinês, re-acendem as esperanças dos homens de Munique.

Acaba tudo nos penaltis e a sorte do Chelsea prevalece. Di Matteo não tinha outra opção, o Chelsea só podia jogar ao Bayern ás escuras, ás cegas e defendendo de mãos dadas. Na marca dos onze metros, outra vez Drogba. Quebra o enguiço e leva a Champions para Londres.

O futebol saldou a dívida que tinha para com o Chelsea, mas desta vez ficou a dever uma a Robben que ainda não ganhou uma competição continental ou mundial.

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22/05/12FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

REEVINDICAÇÃO ESTUDANTIL

Um golo solitário de Marinho, logo aos quatro minutos de jogo, foi suficiente para a Asso-ciação Académica de Coimbra conquistar,

este domingo, a segunda Taça de Portugal da sua história, perante um Sporting que se mostrou inca-paz de dar a volta perante a adversidade inicial.

Frente-a-frente estavam dois dos clubes históricos de Portugal, com a equipa de Coimbra, vencedora da primeira edição da prova (no longínquo ano de 1938/1939) que estava de regresso à final da com-petição depois de 43 anos ausência (a última pre-sença tinha sido em 1968/1969) a procurar regres-sar aos seus tempos de glória e o Sporting, depois de uma época de altos e baixos, a tentar salvar a época com a conquista de um troféu que lhe fugia desde 2007/2008.

O jogo começou, praticamente, com o único golo da partida, pois, se pertenceu ao Sporting o pri-meiro ataque da partida (cruzamento de Capel para má finalização de Wolfswinkel), a Académica, na primeira vez que desce à área verde e branca consegue, num bom cruzamento de Diogo Valente, da esquerda do ataque da Briosa, através de um cabeceamento em mergulho de Marinho (formado no Sporting), inaugurar o marcador.

Quatro minutos mais tarde, aos oito, e denotan-do alguma incapacidade da equipa de Alvalade, é Edinho que, servido por um bom cruzamento de Cedric a partir da direita, cabeceia, no meio dos centrais sportinguistas para uma defesa segura de Patrício.

Texto: Francisco BaiãoFotos: Maisfutebol.com

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Mesmo em desvantagem no marcador, o Sporting era incapaz de criar lances de perigo, muito por culpa de exibições pouco inspiradas de Carrillo e Matías Fernández que raramente conseguiram co-locar as suas qualidades (velocidade no caso do peruano e capacidade de transporte no do chileno) ao serviço da equipa, que se ressentia dessas “au-sências”. Para além da pouca inspiração, a equipa do Sporting denotou pouca dinâmica e uma falta de raça e de querer que poucas vezes se tinha visto sob o comando de Sá Pinto, pelo que o guarda-re-des Ricardo, apenas teve que intervir já em período de descontos do primeiro tempo, após cabecea-mento de Onyewu na sequência de um pontapé de canto batido por Carrillo.

A segunda parte chegou com Izmailov no lugar de Elias e com a Académica, novamente, a começar

melhor: logo no primeiro minuto, Edinho, lançado em velocidade por Adrien, surge na cara de Patrí-cio mas, no duelo com o guarda-redes português, o avançado da equipa de Coimbra não conseguiu finalizar com êxito; logo depois, aos 48’, de novo Edinho, com tudo para fazer o 2-0, a falhar o rema-te em plena grande área adversária.

O Sporting começou a reagir logo depois com Ca-pel, após grande passe de Polga, a dominar em es-forço, permitindo a intervenção de Ricardo. Aos 57’ foi a vez do holandês Wolfswinkel desperdiçar, na cara de Ricardo, nova oportunidade para empatar a partida, falhando, igualmente, a recarga. Aos 62’, novamente Wolfswinkel, agora de cabeça e a centro de Insúa, a falhar o alvo, para desespero de Ricardo Sá Pinto. À entrada para os últimos 10 minutos, o Sporting dispôs da última ocasião para empatar a

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partida, com Schaars, na transformação de um livre direto, cobrado à entrada da área, descaído para a direita do ataque leonino, a obrigar Ricardo a uma grande intervenção que garantiu, desta forma, o triunfo da equipa de Coimbra.

Após os 6 minutos de compensação cedidos pelo portalegrense Pau-lo Baptista (cuja atuação não teve influência no re-sultado final) a festa fez--se em tons de negro, com a equipa dos estu-dantes a conquistar a se-gunda Taça de Portugal da sua história (passan-do a ser a sétima equipa do ranking atrás de Bele-nenses e Vitória de Setú-bal com 3 troféus cada) e impedindo o Sporting de alcançar o Futebol Clu-be do Porto no segundo lugar do ranking com 16 troféus conquistados.

Com este triunfo, a Aca-démica garante a qua-lificação para a fase de grupos da Liga Europa da próxima temporada enquanto o Sporting terá que enfrentar o play-off de apuramento para essa mesma fase de grupos, na qual já sabe que, caso se apure, será cabeça--de-série.

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“A LEI DO QUERER E DA PERSISTÊNCIA”

FUTEBOL FEMININO

Texto: Carlos MacielFotos: Zimbio

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“A LEI DO QUERER E DA PERSISTÊNCIA”

Texto: Carlos MacielFotos: Zimbio

Segunda Champions consecutiva para o Olympique de Lyon. O esforço do presidente Jean Michel Aulas está a revolucionar o futebol feminino europeu. É a

terceira final consecutiva das francesas que acabou com a larga hegemonia alemã.

Em 2010, a equipa de Lyon, perdeu nos penaltis contra o todo-poderoso Turbine Potsdam, o ano passado vence-ram o FFC Frankfurt pelo mesmo resultado que este ano, 2-0.

Este ano, as francesas chegavam como claras favoritas, depois de terem marcado 37 golos a favor e só 1 em con-tra, sofrido nas meias-finais contra o Turbine no último minuto. Venceram por um contundente 5-1. Esta equipa está a bater todos os recordes: 20 jogos sem perder na Champions.

Foi uma final sem as grandes estrelas de ambas as equi-pas. Do lado do Lyon, a avançada Elódie Thomis por cas-tigo e no Frankfurt Lira Bajramaj por lesão. Em Munique, no Olympiastadion com 50 mil espectadores, realizava-se o primeiro jogo de futebol feminino naquele mítico palco.

Um penalti rídicuo de Behringer sobre Sheila Cruz, permi-te a Le Sommer inaugurar o marcador e adiantar o Lyon. O Frankfurt acusou muito o golo e não foi capaz de cau-sar apuros ás francesas, que no minuto 25 atirariam ao poste depois de uma cabeçada fortíssima de Renard.

Aos 28 minutos, Abily marca o 2-0, um golaço, depois de um erro da guarda-redes Schumann. A 35 metros dispara e marca um golo espectacular. O Frankfurt desapareceu do jogo, teve uma oportunidade para reduzir por Behrin-ger, mas falhou isolada contra a guarda redes Bouhaddi.O meio campo do Lyon composto por Cruz, Abily e Hen-ry não deu hipoteses. Na segunda parte haveria mais um remate ao poste num livre directo. Ao todo foram 21 re-mates á baliza contrária, sinal claro do domínio francês.

Camile Abily foi a figura do jogo. 6 anos no clube francês e 95 internacionalizações, com um remate forte e uma boa visão de jogo é a principal candidata a ganhar a Bola de Ouro deste ano.

Este Lyon está a marcar uma era no futebol feminino. O seu presidente investe 6 milhões de euros por ano num projecto “galáctico” mas aposta bastante em jogadoras francesas. Acabou o domínio germânico.

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Estamos acostumados a ser maravilhados com golpes de génio saídos dos pés dos futebolistas, surpreendente é que possa

existir alguma coisa diferente no mundo do futebol. É o caso de um jogador que não se destaca pelos seus pés, mas pela habilidade das suas mãos. Como se de andebol se tratasse…

Rory Delap é um todoterreno do Stoke City, lateral direito ou médio organizador, é o jogador que mais perigo cria com as mãos. Os seus lançamentos laterais são puro veneno. Esta característica competitiva nasceu quando era junior, o irlandês foi campeão de lançamento do dardo. No mundo do

futebol não deixa ninguém indiferente. Luiz Felipe Scolari, ex-treinador da selecção e do Chelsea, reconhecia depois de ter sofrido na pele “que centra melhor com as mãos que com os pés, é fantástico. Nunca vi nada parecido na minha vida”. Arsene Wenger queixava-se “O futebol é um desporto jogado com os pés, o caso de Delap é uma vantagem injusta”.

Depois de ter passado sem glória pelo Southampton, Derby County e Sunderland, assinou pelo Stoke, que o entenderia e o admiraria. Desde que chegou ao Britannia Stadium, os adeptos do Stoke respiram fundo a cada lançamento lateral do “lança-misseis” como o apelidou Lee Dixon. É como de um

AS MÃOS DE OURO DO BRITANNIA STADIUM

REPORTAGEM

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“A vida é como um jogo de futebol, cada lance pode definir

a sua trajetória.”Mikael Jonathan

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22/05/12REPORTAGEM

penalty se tratasse. É compreensível. 43 golos já nasceram desta forma, os adeptos da casa já conhecem a jogada de memória. É simples e letal, lançamento lateral, um apanha-bolas dá uma toalha a Rory para secar a bola, um ritual para mimar o esférico. Delap junta todas as suas forças nos bíceps para lançar a bola para o coração da área ou mesmo para o 2º poste. É como um livre directo. Jogada de manual do Stoke.

O seu treinador, Tony Pulis soube tirar proveito desta característica e formou uma equipa que prima pelo jogo aéreo. Todos os jogadores medem mais que 1,80 e até tenta implementar esta característica nos jovens jogadores da cantera do clube. O comandante dos Potters reconhecia que o segredo está não na força, mas na colocação. “A bola tem que ser colocada de forma plana, para que os defesas não a possam cortar”.

Temido pelos adversários, os treinadores das outras equipas já tentaram um sem-fim de estratégias para anular Delap: desde mandar um suplente aquecer para a zona do lançamento para o distrair ou então dar ordens ao guarda-redes para conceder antes um canto, que um lançamento (Hull City em 2008); por um jogador á sua frente para o perturbar, como Ashley Young em 2010. Também houve casos como o West Ham ou o Burnley que puseram placas publicitárias extra para retirar espaço de balanço ao irlandês. Contudo, ás vezes “o tiro pode sair pela culatra”, no jogo com o West Ham, a placa de publicidade extra impediu Faubert de fazer bem um lançamento e o erro acabou num golo do adversário. O golo que deu o empate, ironicamente, foi marcado através de um lançamento de Delap.

Com 35 anos e perto de pendurar as botas, Rory continuará a fazer os lançamentos do Stoke até que os seus braços o deixem. O

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lançador de misseis está longe de ser um futebolista talentoso, um virtuoso ou um dos melhores jogadores na sua posição. É um lateral que se destaca pela sua habilidade com as mãos. Nunca teve direito a capas nos jornais desportivos, nem jogará num grande, apesar disso Delap terá sempre um espaço na memória dos românticos do futebol.

REPORTAGEM

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PRÉMIOS DEZ - ESPANHA

Temos dúvidas que se consiga descorti-nar mais algum adjectivo para falar da época de Cristiano Ronaldo (R. Madrid,

Prémio Remate ao Ângulo). Nós escolhemos, dos que já se usaram, “estratosférico” – go-los, assistências, figura maior de um Real Madrid que venceu o campeonato, foi vencer a Camp Nou e fez 100 pontos. A questão, no entanto, mantém-se: quem é o melhor do Mundo? Questão essa que não se coloca, a nosso ver, na questão do melhor ponta-de--lança do Mundo: Falcao (Atl. Madrid, Pré-mio Revelação) demonstrou na sua época de estreia na liga do país vizinho que os seus dotes de avançado estavam a mais na me-diania do campeonato português. Um avan-

çado móvel, cabeceador nato, matador felino (“El Tigre” nunca nos pareceu tão apropriado como neste ano) e que só é ultrapassado na lista de melhores marcadores porque existem Ronaldo e Messi. Por fim, escolhemos Nilmar (Villareal, Prémio Bola ao Poste) como desilu-são da época porque o Villareal foi, claramen-te, a surpresa negativa da época e os cinco golos que Nilmar marcou não são demonstra-tivos de um jogador que foi uma das grandes esperanças do futebol brasileiro. O Villareal, recorde-se, foi semi-finalista da Liga Europa no ano passado contra o F. C. Porto e aca-ba por ser relegado para a segunda divisão espanhola neste ano. Do Céu ao Inferno em apenas um ano.

INTERNACIONAL

Textos: Tiago SoaresFotos: Getty Images

Prémio Remate ao Ângulo: C.Ronaldo (R. Madrid)Prémio Revelação: Falcao (Atl. Madrid)Prémio Bola ao Poste: Rossi (Villareal)

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“O futebol é como um cancro que te corrói constantemente”

Platini, ex-jogador

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PRÉMIOS DEZ - INGLATERRA

Aguero (Manchester City, Prémio Re-mate ao Ângulo) tinha de ser a figura da prova neste momento de balanço.

O jogador que iniciou a grande revolução no City e que permitiu ao clube de Manchester ser campeão foi determinante em vários mo-mentos da época, mas mais ainda no último e alucinante jogo com o QPR. O golo é de raiva argentina e é interessante ver como o jogador tinha apenas olhos para uma coisa: baliza. Demba Cisse (Newcastle, Prémio Revelação), por seu lado, será um desconhecido para a maior parte dos leitores, mas foi uma figura

de proa para o quinto lugar do Newscastle. Chegado em Janeiro, marcou 13 golos em 14 jogos, incluindo dois golos incríveis ao Chel-sea em pleno Stamford Bridge. Tem 27 anos – idade que não lhe deve possibilitar chegar mais longe. Típico caso de jogador que chega tarde à ribalta? E, por falar em ribalta, porque não falar dos seis golos que Andy Carroll (Li-verpool, Prémio Bola ao Poste), jogador do Liverpool, marcou na época inteira? 35 mi-lhões de libras, que dá uma média fantástica de 6 milhões de libras por jogo (mais coisa menos coisa) até ao momento.

Textos: Tiago SoaresFotos: Getty Images

Prémio Remate ao Ângulo: Aguero (Man City)Prémio Revelação: Papiss Demba Cisse (Newcastle)Prémio Bola ao Poste: Andy Carroll (Liverpool)

INTERNACIONAL

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22/05/12INTERNACIONAL

PRÉMIOS DEZ - ITÁLIA

“Fim da linha”, entendeu Pirlo (Juventus, Prémio Remate ao Ângulo) no final da épo-ca transacta, após ver as opções de Allegri, treinador do Milan, para o lugar onde sempre jogou. Fim da linha, sim – mas apenas no Mi-lan. Um jogador da classe de Pirlo não se es-gota em espartilhos táticos nem na figura do trinco que não sabe fazer passes. Pirlo che-gou, viu e venceu na Juventus, fazendo ago-ra parte do leque exclusivo de jogadores que ganhou o título por Juventus e Milan (fazendo ainda parte do seu passado uma passagem pelo Inter que redundou em zero títulos con-

quistados). Di Natale (Udinese, Prémio Reve-lação), pela idade e estatuto que tem, não deveria nunca fazer parte de uma categoria chamada revelação – mas leva o prémio pela equipa e, principalmente, pelo acto de soli-dariedade na altura da morte de Morosini, ao querer adoptar a irmã com deficiência do ma-logrado jogador. Por último, Forlan (Inter de Milão, Prémio Bola ao Poste). O que dizer de 18 jogos, dois golos, birra com Ranieri (que foi posteriormente despedido) por não querer jogar a médio-esquerdo e rendimento muito abaixo do que poderia ser?

Textos: Tiago SoaresFotos: Getty Images

Prémio Remate ao Ângulo: Pirlo (Juventus)Prémio Revelação: Di Natale (Udinese)Prémio Bola ao Poste: Diego Forlan (Inter)

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22/05/12OPINIÃO

Voltou. A lenda está bem viva e de re-gresso ao topo da hierarquia italia-na. A velha senhora calçou a bota da

península itálica e caminhou invicta para o trono que lhe haviam retirado em 2006. Uns quantos escândalos de corrupção, uma su-bida de divisão histórica, um novo estádio e nove anos depois do último título legítimo, e renasce a Juventus das cinzas, florescendo com ela a apoteose da massa adepta mais populosa de Itália.

Esta é uma história que começa em 2003. A Juventus de Zidane, Buffon, Nedved, Del Piero e Trezeguet eliminam o Real Madrid de Figo, Roberto Carlos, Hierro e Ronaldo o fe-nómeno, e chegam à final da Liga dos Cam-peões com o Milan, a qual perdem no desem-pate de grandes penalidades. Era a sétima final para a Juventus na mais importante pro-va europeia de clubes e era também a quinta que os bianconeri perdiam. Apesar da der-rota, todavia, a Juventus era uma expressão

de poder na Europa do futebol que os mais novos adeptos do ‘beautiful game’ podem já não estar recordados. Nesse ano, aliás, vir--se-ia a sagrar campeã nacional… pela últi-ma vez.

É aqui que entra o conflito. No ano seguin-te, o Milan tomava parte do troféu ao qual suceder-se-ia o bicampeonato para a equipa de Turim. Só que aquilo que foi ganho em campo foi retirado na secretaria, por alega-das manobras de bastidores. A justiça italia-na não foi branda e sepultou a Juventus na segunda divisão, enterrando-a a 9 pontos de terra que a condicionavam logo à partida na corrida pela subida de divisão. Mas, com a força de um gigante, a Velha Senhora guer-reou. Aos nove pontos perdidos, que corres-pondiam a três derrotas, a Juventus juntou--lhe mais quatro, mas os dez empates e as 28 vitórias foram suficientes para que o clube de Turim apanhasse o elevador da subida. Para a Juventus, estava consumado o regresso à

O TRONO DA VELHA SENHORATexto: Nuno Pereira / Fotos: Getty Images

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“Se eu não fosse bonito, nunca teriam ouvido falar de Maradona

ou Pelé”George Best, ex-jogador

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superfície, isto é, à Serie A.Apesar de ter evitado uma travessia no de-serto superior a um ano, a Juventus perdeu muitos valores pelo caminho. A caravana, apesar de ter mantido alguns dos seus ídolos como Nedved, Trezeguet, Buffon e Del Piero, perdeu também alguns dos seus maiores ati-vos como Zlatan Ibrahimovic, Thuram, Patri-ck Vieira, Zambrotta ou o capitão da seleção Italiana, campeão do Mundo e Bola de Ouro, o defesa central Paolo Cannavaro. A isso junte-se a desvalorização do clube enquan-to marca desportiva aos olhos do mundo e a quebra de receitas desportivas e televisivas de que foi consequência da privação em par-ticipar na Liga dos Campeões, e a inserção no segundo escalão do campeonato italiano.

Entre 2006 e 2012, só por duas vezes vimos a Juventus na Liga Milionária e com duas prestações bastante modestas. Antes dis-

so era uma presença assídua nas fases mais adiantadas da competição e rara era a época que não víamos o papel com a inscrição ‘Ju-ventus FC’ sair de dentro de uma das bolas do sorteio da ‘Champions’. Ainda assim, no campeonato italiano, a ‘Juve’ foi-se manten-do pelo topo da tabela, sem importunar muito as contas do título é certo, mas espreitando a oportunidade como um predador que espe-ra pacientemente pelo melhor momento para atacar.

Com tempo foi-se reforçando a Velha Se-nhora. O reforço mais importante terá sido, porventura, o reforço do banco. No início da temporada que agora terminou, Antonio Con-te, antiga glória do clube, assumiu as rédeas do touro e dominou a sua investida ao 28º título de forma tão determinada que nenhum dos restantes 19 forcados do campeonato conseguiu travar.

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“O futebol é um festival de fer-tilidade. Onze espermatozoides

tentando chegar ao óvulo”Bjork, cantora

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Mas para além do corpo técnico, também o plantel foi renovado, uma vez que, da equipa campeã que desceu de divisão em Maio de 2006, restam apenas três joga-dores: Gianluigi Buffon, Alessandro Del Piero e Giorgio Chiellini. Renovada foi também a direcção do clube com a saída de Luciano Moggi, que viu-se envolvido nos escândalos de corrupção que leva-ram a sua equipa ao segundo patamar italiano e com a inserção do aposentado Pavel Nedved no conselho de adminis-tração. De novo há também o estádio – o Ju-ventus Arena, inaugurado em Setembro de 2011. É mais pequeno que o mítico Delle Alpi, mas encontra-se mais próxi-mo dos seus adeptos e da cidade. Foi, então, uma ‘vecchia signora’ pujante que se apresentou para a temporada, com os seus ídolos renovados, referên-cias consertadas e uma nova sensação de vitalidade refrescada. No título deste ano foram importantes não só os jogado-res que transitaram desde os tempos da serie B mas também Claudio Marchisio, Simone Pepe, Fabio Quagiarella e os re-forços Alessandro Matri (regressado de empréstimo ao Cagliari), Mirko Vucinic (ex-Roma), Arturo Vidal (ex-Bayer Le-verkusen) e Andrea Pirlo (ex-Milan) to-dos preponderantes para um conquista sacada a ferros a um Milan recheado de estrelas.

A Juventus não deu hipótese: não só saiu invicta do campeonato, como foi cate-górica no confronto com os seus princi-pais rivais. Na retina ficaram as goleadas impostas à Roma [4-0] e à Fiorentina, esta fora [0-5], isto para além de duplo triunfo sobre o Inter [2-0 e 1-2] e a vitó-ria caseira ante o AC Milan. Apesar de não ter sido o melhor ataque (foi o se-gundo melhor com 68 golos), perdendo para o Milan neste particular, foi no en-tanto irrepreensível defensivamente com apenas 20 golos sofridos, números dos

quais nenhuma equipa conseguiu sequer aproximar-se. Outros números que impressionam são os de empates – 15 (!), o que leva qual-quer um a dizer que foi uma conquista tipicamente à italiana: tremeu mas não caiu. O maior exemplo disto foi na ante-penúltima jornada, a 35ª do calendário do ‘calcio’. Levava a ‘Juve’ três pontos de avanço sobre o Milan antes do início do jogo ante o Lecce. O Milan ganhou o seu jogo e a Juventus vencia também o seu jogo caseiro por 1-0 a cinco minutos do fim e a jogar contra dez, quando um erro individual do já mítico guarda-redes ‘bianconeri’, Gianluigi Buffon, deitou fora dois pontos de vantagem sobre os ‘ros-soneri’.

Porém, os dois pontos não iriam fazer grande diferença porque, após vitória fo-rasteira da Juventus em Cagliari na se-mana seguinte, o Milan vacilou perante o seu eterno rival, o Inter, que por sua vez encarava o ‘derby’ desejoso de ar-redar os seus congéneres milaneses da luta pelo título, entregando-o nas mãos da Juventus, cuja rivalidade não é tão fervente.

Ao apito final do 4-2 do Giuseppe Mea-zza, os adeptos da ‘vecchia signora’ pre-cipitaram-se para as ruas de Turim, se-quiosos por festejar uma conquista que há muito lhes fugia. Com toda a justiça, festejou-se pela noite dentro, com a Pia-zza Vittorio como principal palco das ce-lebrações de um campeonato marcado pelo regresso de um gigante, pela sur-preendente Udinese, por uma Lázio de volta aos seus melhores dias e pelas de-silusões que constituíram Inter e Roma.

No norte de Itália, junto dos Alpes, sen-ta-se de novo uma velha senhora cam-peã, que venceu este capítulo da ‘guerra do trono’ italiano. O lugar é cativo até Maio do próximo ano, com possibilidade de revalidação.

OPINIÃO

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22/05/12HISTÓRICO

“PAULO FUTRE”Texto: Ricardo Sacramento

Fotos: Maisfutebol

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“PAULO FUTRE”Texto: Ricardo Sacramento

Fotos: Maisfutebol

Paulo Jorge dos Santos Futre é um ex-jogador de futebol português, considerado um dos melhores

jogadores portugueses de todos os tempos. Foi um dos poucos jogadores que jogaram nos “três grandes” do futebol português.

Formado no Sporting Clube de Portugal e após incompatibilidades com a direção leonina (depois de pedir um aumento no ordenado), transferiu-se para o Futebol Clube do Porto, onde em três épocas se notabilizou e viria a conquistar dois campeonatos portugueses e uma Taça dos Campeões da Europa, com notável exibição diante do Bayern Munique, segundo os cronistas da época. Em 1987 transferiu-se para o Atlético de Madrid, naquela que foi para a época, a maior transferência do futebol português. Não conseguiu o sucesso desportivo que desejaria, mas em termos individuais tornou-se num dos grandes símbolos de sempre do clube.

Cinco anos e meio depois de ingressar na Espanha, onde conquistou duas Copas do Rei, Paulo Futre regressaria ao futebol português, agora para representar o Benfica numa polémica transferência paga com dinheiros públicos da RTP quando dias antes o próprio havia prometido o seu regresso ao Sporting. Ao serviço das águias conquistou uma Taça de Portugal.Problemas de ordem financeira levaram-no a sair prematuramente do clube, transferindo-se para o Olympique de Marselha. A partir daqui, a carreira de Futre entra em declínio. Gravíssimas lesões levam-no a ter períodos de meses de inatividade, sendo forçado a terminar a carreira antes do desejado.

Depois da fracassada experiência na França, Futre ainda passou pelo

futebol italiano, Reggina e AC Milan, e inglês West Ham nunca atingindo os patamares exibicionais que o notabilizaram.

Em março de 2011, Paulo Futre voltou ao centro das atenções, quando, durante uma ação da candidatura de Dias Ferreira à presidência do Sporting Clube de Portugal, apresentando-se como responsável pela contratação do “melhor jogador chinês da atualidade”, e da criação de departamento no Sporting para o mesmo. Esse suposto departamento seria ainda responsável pela vinda de charters de chineses “vai vir charters todas as semanas” para assistir a jogos do Sporting. Esta gaffe tornou-se muito popular em Portugal.

Em 2012 a TVI24 arranca com o programa “as noites do futrebol”, programa apresentado e dedicado ao número 10, além de focar os melhores momentos da sua carreira, o programa dava ainda espaço para Futre homenagear antigos companheiros e estrelas do futebol. Muitas são as histórias já publicadas e imortalizadas no seu livro “El Português”. Desde do Porsche amarelo a uma passagem pela espionagem sexual feita pelo FC Porto dando um salto a Espanha, aquando a sua passagem na direção do Atlético onde pôs calças e cuecas para baixo, entre muitas outras que valem a pena ser lidas.Muitos foram os anúncios publicitários que fez, mas campanha ao serviço da marca Licor Beirão, foi considerada a melhor campanha mundial desenvolvida em 2011, segundo a ICOM.

Paulinho ainda tem muito para dar, mas fica guardado na memória o seu génio nos relvados e a verdadeira devoção do mesmo ao número que carregava nas costas. Foi um verdadeiro 10.

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KAPINOS

A primeira defesa de uma equipa é o ataque, um dos ideais mais antigos do futebol táctico, mas todas as equipas de topo precisam de um guarda-redes de nível superior, e Stefanos Kapinos promete ser um deles.

Este jovem Grego, nasceu em Atenas à 18 anos atrás e começou a dar nas vistas nas camadas jovens do Aetos Korydallou. Foi abordado primeiramente pelo Olympiakos, onde chegou a treinar durante dois meses e meio, mas foi o Panathinaikos que garantiu a sua contratação em 2007. No Panathinaikos trabalhou e alcançou o seu próprio espaço, atingindo a titularidade nas camadas jovens sub-18 e sub-21, sendo chamado ao mesmo tempo para a selecção Helénica de sub 17, onde debutou com 15 anos, e para a de sub 19 onde foi sempre titular.Aos 17 anos tornou-se o jogador mais jovem se sempre a actuar pela equipa principal do Panathinaikos na Superliga Grega, ao entrar contra o Atromitos depois da expulsão do seu colega de equipa. Em 15 de Novembro de 2011, tornou-se também no mais jovem jogador a actuar pela selecção principal da Grécia no amigável disputado contra a Roménia.

Com 1,90 m de altura e 90 Kg de peso este novo talento, tem muita presença e muita personalidade na hora de defender as suas redes, apesar da sua juventude demonstra muita tranquilidade e segurança na abordagem aos lances ofensivos adversários. Muito forte debaixo dos postes devido ao seu porte verdadeiramente imponente e aos seus reflexos instintivos associados à sua jovialidade, muito rápido no um contra um e forte nas alturas. Tem sido alvo de cobiça de grandes clubes como o Manchester United, o Arsenal e o Inter de Milão, devido às suas exibições de qualidade superior com alguma espectacularidade e ao seu perfil prometedor de autentico guarda-redes de topo, Stefanos Kapinos um miúdo maravilha do hoje para o amanha.

Texto: Pedro MartinsFotos: google.com

MIÚDO MARAVILHA

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22/05/12INTERNACIONAL

MONTPELLIER CAMPEÃO FRANCÊS 2011/12

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22/05/12EDITORIALCoordenação: Carlos Maciel e Ricardo Sacramento

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Redação: Tiago Soares, João Sacramento, Bruno Pinto, Pedro Martins, Bruno Gonçalves, Ricardo Sacramento, Carlos Maciel, Nuno Pereira, Francisco Baião

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Ex- Namorada de Cristiano Ronaldo quando milita-va no Manchester United.

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