jornal das associações de moradores da região de paraty ... do litoral pdf/fl 19.pdf jornal das...

8
Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI nº 19 Outubro 2001 [email protected] * Melhor preço * Entrega em domicílio grátis em toda a região Aceitamos cheque pré - 30 dias Cartões Credicard, Mastercard, Visa, Tíquetes Alimentação/Refeição TEL.: 3362-3625 e 3362-3244 Rua Getúlio Vargas, s/n - Perequê - Angra dos Reis - RJ SUPERMERCADO SUPERMERCADO (24) 3371-1212 (24) 3371-1212 PREÇO BOM PREÇO BOM Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ FARTURÃO FARTURÃO A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável Iidaco Iidaco idaco A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável A luta por justiça social e desenvolvimento sustentável Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529, Centro - Rio de Janeiro - RJ telefax: (21)2516-8552 2233-4535 2233-7727 site: www.idaco.org.br. R O R L E A FLO ESTA MB ÓFI A D NS C D ID FLORESTA ESTA IONAL SEMI EC UAL SAVANA (cerrado) FORMAÇÃ PIONEIRAS O d ae (mangues, un s restingas) Projeto de desenvolvimento agroecológico para a região de Paraty Projeto de desenvolvimento agroecológico para a região de Paraty Pág. 7 Costa Verde Costa Verde Sebrae mobiliza prefeitos da Costa Verde, propondo integração Sebrae mobiliza prefeitos da Costa Verde, propondo integração Págs. 4,5 PARA-TY CIDADÃO PARA-TY CIDADÃO Integração dos Conselhos 13 de outubro de 2001 Praça da Matriz A partir das 14 horas Fórum DLIS: Fórum DLIS: Cidade Negra, 12/10 (Sexta), Jorge Aragão 13/10 (Sábado Roupa Nova 14/10 (Domingo) 1º FESTIVAL NACIONAL FOLCLÓRICO E CULTURAL DE CAPOEIRA 1º FESTIVAL NACIONAL FOLCLÓRICO E CULTURAL DE CAPOEIRA de 12 a 14/10/2001, Local - Quadra ao lado da Igreja Matriz; Mús Po lar si ra ica pu Bra lei Música Popular Brasileira EDITORIAL A era da incerteza, tão bem anunciada nas escrituras dos profetas e nas películas dos cineastas, sem bater à porta, sem pedir licença, entra em nossas casas ao vivo e em cores pela janela televisiva do mundo e nos deixa tristes e estarrecidos perante imagens dos que morrem nas torres de Babel e os que morrem diariamente na Palestina de Israel, no morro do Borel. E aí nos perguntamos: o que fazer para destilar tanto fel? Com certeza, não será com nossa indiferença ao possível vazamento de Angra I, nem com o sal de nossas lágrimas e nem com a reconstrução do Pentágono, pois a sábia natureza das abelhas há muito nos ensina que a forma equilibrada é o hexágono das colméias, e a fórmula é o trabalho altruísta de polinizar as flores, colher o néctar, fazer o mel e servir a todos. Se você acredita na possibilidade de constuirmos um mundo mais humano e feliz, presenteie-nos com a sua essência no Fórum DLIS. A era da incerteza aneamento é Saúde : isão do futuro da comunidade; ucratividade em negócios turísticos, férias de julho; UFF, a pesquisa “Caminhos da Pedra” e a Base Científica e Ambiental da Pedra Branca; omamp e Associações discutem orçamento municipal 2002-2005 que vazou em angra I? S Fórum DLIS V L A C O Pág. 3 Págs. 6 e 7 Pág. 8 S Fórum DLIS V L A C O Dia 18/10/2001; Local: Parque Hotel Perequê; Das 9h às 9h15m - Abertura; 9h15m às 10h15m - Bacias Hidrográficas; 10h15m às 11h15m - Saneamento Básico; 11h15m às 11h30m - Intervalo; 11h30m às 12h30m - Vazamento em Angra I MERCADO ECONÔMICO MERCADO ECONÔMICO O MELHOR AÇOUGUE DA REGIÃO O MELHOR AÇOUGUE DA REGIÃO CARNE CERTIFICADA

Upload: phamxuyen

Post on 18-Jan-2019

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Jornal das Associações de Moradores da Região de Paraty - RJ Ano VI nº 19 Outubro 2001 [email protected]

* Melhor preço* Entrega em domicílio grátis em toda a região

Aceitamos cheque pré - 30 diasCartões Credicard, Mastercard,Visa, Tíquetes Alimentação/Refeição

TEL.: 3362-3625 e 3362-3244Rua Getúlio Vargas, s/n - Perequê - Angra dos Reis - RJ

SUPERMERCADOSUPERMERCADO

(24) 3371-1212(24) 3371-1212PREÇO BOMPREÇO BOM

Av. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJAv. Roberto da Silveira, 60 - Fátima - Paraty - RJ

FARTURÃOFARTURÃOA luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

IidacoIidacoidacoA luta por

justiça social edesenvolvimento

sustentável

A luta porjustiça social e

desenvolvimentosustentável

Rua Visconde de Inhaúma 134 sala 529, Centro - Rio de Janeiro - RJ

telefax: (21)2516-8552 2233-4535 2233-7727 site: www.idaco.org.br.

RO R L E A

FLO ESTA MB ÓFI A D NS

C

D ID

FLORESTA ESTA IONAL SEMI EC UAL

SAVANA (cerrado)

FORMAÇÃ PIONEIRASOd ae(mangues, un s restingas)

Projeto de desenvolvimento

agroecológico para

a região de Paraty

Projeto de desenvolvimento

agroecológico para

a região de ParatyPág. 7

Costa VerdeCosta Verde

Sebrae mobiliza prefeitos

da Costa Verde, propondo integração

Sebrae mobiliza prefeitos

da Costa Verde, propondo integraçãoPágs. 4,5

PARA-TY CIDADÃOPARA-TY CIDADÃO

Integração dos Conselhos

13 de outubro de 2001

Praça da Matriz

A partir das 14 horas

Fórum DLIS: Fórum DLIS:

Cidade Negra, 12/10 (Sexta), Jorge Aragão 13/10 (SábadoRoupa Nova 14/10 (Domingo)

1º FESTIVAL NACIONAL FOLCLÓRICO

E CULTURAL DE CAPOEIRA

1º FESTIVAL NACIONAL FOLCLÓRICO

E CULTURAL DE CAPOEIRAde 12 a 14/10/2001,

Local - Quadra ao lado da Igreja Matriz;

Mús Po lar si raica pu Bra lei Música Popular Brasileira

EDITORIAL

A era da incerteza, tão bem anunciada nas escrituras dos profetas e nas películas dos cineastas, sem bater à porta, sem pedir licença, entra em nossas casas ao vivo e em cores pela janela televisiva do mundo e nos deixa tristes e estarrecidos perante imagens dos que morrem nas torres de Babel e os que morrem diariamente na Palestina de Israel, no morro do Borel. E aí nos perguntamos: o que fazer para destilar tanto fel?

Com certeza, não será com nossa indiferença ao possível vazamento de Angra I, nem com o sal de nossas lágrimas e nem com a reconstrução do Pentágono, pois a sábia natureza das abelhas há muito nos ensina que a forma equilibrada é o hexágono das colméias, e a fórmula é o trabalho altruísta de polinizar as flores, colher o néctar, fazer o mel e servir a todos.

Se você acredita na possibilidade de constuirmos um mundo mais humano e feliz, presenteie-nos com a sua essência no Fórum DLIS.

A era da incerteza

aneamento é Saúde

:isão do futuro

da comunidade;ucratividade

em negócios turísticos,férias de julho;

UFF, a pesquisa “Caminhos da Pedra” e a Base Científicae Ambiental da Pedra Branca;

omamp e Associaçõesdiscutem orçamentomunicipal 2002-2005

que vazou em angra I?

S

Fórum DLISV

L

A

C

O

Pág. 3

Págs. 6 e 7

Pág. 8

S

Fórum DLISV

L

A

C

O

Dia 18/10/2001; Local: Parque Hotel Perequê; Das 9h às 9h15m - Abertura; 9h15m às 10h15m - Bacias Hidrográficas;

10h15m às 11h15m - Saneamento Básico;11h15m às 11h30m - Intervalo; 11h30m às 12h30m - Vazamento em Angra I

MERCADO ECONÔMICOMERCADO ECONÔMICO

O MELHOR AÇOUGUE

DA REGIÃO

O MELHOR AÇOUGUE

DA REGIÃOCARNE

CERTIFICADA

2 Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do Litoral OUTUBRO 2001

av Otávio Gama, 100 Beira-rio23970-000 Paraty RJreservas: (24) 3371-22480800-2826263

(24)

337

1-23

12A

poia

ndo

as in

icat

ivas

do F

orum

DLI

S

COMAMP - CONSELHO MUNICIPAL DAS ASSOCIAÇÕES DE

MORADORES DE PARATY - CNPJ 04.299.686/0001-14;PRODUZIDO E EDITADO POR PCE LTDA - ESTRADA DA GÁVEA,847/LJ. 110 - SÃO CONRADO - RIO DE JANEIRO - RJ - CEP22610-000 - TEL.: (24) 3371-6086 FAX (21) 3322-6664E-MAIL: [email protected]; COORDENADOR: E.MOURA; EDITOR: CARLOS DEI - REG. MTB RJ 15.173 SEDE -RUA PRESIDENTE PEDREIRA, Nº 10/SALA 17 - CENTRO - CX.POSTAL 74.902 - CEP 23970-000 - PARATY - RJ; TIRAGEM:3.000 EXEMPLARES; IMPRESSÃO: EDITORA E PUBLICAÇÕES

SEGMENTADAS LTDA.

Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do Litoral

O Agroecoturismo como Caminho para o DesenvolvimentoSustentável das Comunidades Rurais de Paraty

Dando seqüência à 2ª fase doProjeto "O AGROECOTURISMO COMO

CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL DAS COMUNIDADES

RURAIS DE PARATY" aconteceu nosdias 15 e 16 de setembro mais umaetapa de entrevistas e visitas. Dessavez foram contempladas as Comu-nidades de Taquari, Tarituba, SãoGonçalo, Barra Grande e São Ro-que, somando mais 37 propriedadesrurais ao levantamento agroecotu-rístico do Município.

Para você manter-se atualizado!Esta atividade está sendo

coordenada pelo Programa de Re-sidência em Agronomia, peloConselho Municipal das Associa-ções de Moradores de Paraty (CO-MAMP) e pelo Grupo de Agricul-tura Ecológica - GAE (UniversidadeFederal Rural do Rio de Janeiro) emparceria com a Secretaria Municipalde Agricultura, Pesca e Meio Am-biente, Secretaria Municipal deEducação e as Associações deMoradores das comunidades en-volvidas.

O Lixo

Você sabia que uma pessoa gerapor dia em torno de um quilograma delixo?

O lixo é tanto que já se tentoufazer de tudo com ele, aterrá-lo, queimá-lo, reciclá-lo ou levá-lo para outro lugar,contanto que seja longe (só que longede uns e perto de outros...)

Você já havia pensado no pro-blemão que é nos livrarmos do lixo?

E não pense que os únicos pro-blemas do lixo são o aspecto e o maucheiro. Como são utilizados muitosprodutos químicos nas várias etapasdos processos industriais, estes aca-bam sendo descartados em grandesquantidades. Se descartados de maneirainadequada, estes resíduos nocivos aomeio ambiente podem permanecer naterra, no ar, nos rios e nos oceanos pormuitos anos!

É muito mais fácil produzir lixodo que nos livrarmos dele!

Os ambientalistas têm uma fraseque diz: “Pense globalmente – aja lo-calmente”. Com isso, eles querem dizerque, se cada um de nós cuidar bem danossa casa e dos lugares que fre-qüentamos, todo o planeta irá sentir adiferença. Existem algumas medidassimples mas que podem ajudarbastante a diminuir os problemas dolixo. Elas estão baseadas na filosofiados quatro ‘R’: Reduzir, Reutilizar,Reciclar, Repensar.

Há uma outra solução mais ra-zoável, a reciclagem. Isto é, o rea-proveitamento de um bem descartadocomo matéria prima na produção deoutros bens. Ela leva a uma diminuiçãodo impacto ambiental, porque reduz ovolume total de lixo e limita a retiradade matéria prima da natureza. Alémdisso, proporciona empregos, gerarenda e melhora a qualidade de vida dapopulação.

Você já participou de algum projetode reciclagem, separando vidros dospapéis, dos plásticos, das latas e dosrestos de comida? Como tudo issopoderia ser reaproveitado?

Pense um pouco e dê a suaresposta.

Você pode começar a separar oseu lixo e ajudar a sua cidade e o seu

Armando França

Terra que te quero limpaplaneta nesta batalha contra a poluição.

Você sabia...Que devido ao alto consumo de papel

em todo o planeta, florestas inteiras estãosendo destruídas e que, a cada ano, omundo perde uma floresta equivalente aoUruguai e 90% desta área encontram-seem países tropicais como o Brasil?

Que cerca de 60% do lixo urbanoproduzido no Brasil é reciclável?

Medidas que você pode adotar emseu dia-a-dia para contribuir com amelhoria do meio ambiente:

- Não jogue lixo nas ruas, vias elogradouros públicos;

- Não jogue lixo nos rios;- Não ateie fogo no lixo;- Reduza a produção de lixo, evite o

desperdício;- Procure reutilizar embalagens,

reduza o consumo de descartáveis;- Utilize produtos com embalagens

recicláveis;- Colabore com o programa de

reciclagemAgora você já sabe como é impor-

tante reciclar o lixo.TEXTO EXTRAÍDO E ADAPTADO DAS

CARTILHAS CREA-RJ-CENTRO DE REFERÊNCIA

E MOVIMENTO DE CIDADANIA PELA ÁGUAS;CAVO – Companhia Auxiliar de Viação eObras-SP

ESCOLINHA COMUNITÁRIA GOTAS DE

ESPERANÇA COMEMORANDO A SEMANA

DO FOLCLORE.

A comunidade do Taquari

agradece ao apoio da presidente

do Conselho Municipal de Edu-

cação, Alza de Souza Gama,

pela legalização e pela orientação

pedagógia à Escolinha Comuni-

tária Gotas de Esperança e ao

empenho e dedicação da Profes-

sora Geisa aos alunos.

OBS.: OS INTE-

RESSADOS EM APO-

IAR ESTA INICIATIVA

EDUCACIONAL CO-

MUNITÁRIA, ATRA-

VÉS DA DOAÇÃO DE

MATERIAL DIDÁTICO

E GÊNEROS ALIMEN-

TÍCIOS PARA A ME-

RENDA ESCOLAR,

PODEM CONTACTAR

A AMPRUT OU O

COMAMP, PELO

TELE-FONE: (24)

3371-6086

Na ocasião os alunos do GAE,por meio de um questionário e en-trevistas, explicaram para os Agri-cultores Familiares em que con-siste o referido Projeto, além delevantar os problemas enfren-tados na produção e comer-cialização agrícola pelos agricul-tores e qual é o potencial agroeco-turístico de cada propriedade.

Lembramos que as Comu-nidades do Corumbê, Graúna,

Praia Grande e Ilha do Araújo se-rão visitadas nos dias 06 e 07 deOutubro. Já as Comunidades dePonte Branca, Penha, Corisco,Mato de Dentro, Córrego dos Mi-cos está previsto para os dias 20 e21 de outubro.

Caso Você deseje mais informa-ções procure o COMAMP ou oAgrônomo Residente da Secreta-ria Municipal de Agricultura.

A Secretaria deCultura e Turismo e aCasa de Cultura deParaty realizam asExposição "12 Visõesda Natureza" eExposição fotográfica"Mata Atlântica", dafundação O Boticáriode Proteção àNatureza.Abertura - 6 deoutubro de 2001 às20hVisitação: de 7 a 28de outubro de 2001,das 9h às 21h.LOCAL: Casa daCultura de Paraty(Rua Dona Geralda,s/n.

Eleito lema e objetivo do Crea-RJdurante o ano de 2001, Saneamentofoi o tema do seminário Saneamento éSaúde, realizado pelo Conselho Re-gional de Engenharia e Arquitetura –Crea/RJ, no dia 25 de setembro, emsua sede no Rio de Janeiro, comoparte da sua campanha para informare esclarecer os direitos da cidadaniaprevistos na Constituição.

O seminário que teve a parti-cipação de expressivos nomes de enti-dades públicas e particulares de todoo Brasil, enfocou o saneamento sobdiversos aspectos, em que abas-tecimento de água, esgotamento sani-tário, drenagem de águas pluviais,tratamento de resíduos sólidos pre-cisam estar “integrados e interligadoscom ações de saúde, preservação econservação do meio ambiente”.

Para o Conselho, que lançou a car-tilha Saneamento é Saúde, de autoriado seu presidente, Engº José Chacon,as medidas acima são necessárias paragarantia do desenvolvimento urbanoe social, gerando equilíbrio ambientale qualidade de vida da população.

No final do evento foi lida a Cartado Rio (leia abaixo) - um apanhadoconclusivo dos temas discutidos eaprovados no evento.

TEMAS E PALESTRANTES

SANEAMENTO É SAÚDE/José Chaconde Assis;

LEGISLAÇÃO/Dieter Wartchow (CiaRiograndense de Saneamento-Co-rsan), Carlos Minc (Deputado Esta-dual/RJ); TECNOLOGIAS DE SANEAMENTO

E MERCADO DE TRABALHO/Jorge Rios(Ministério Público da União), DéboraCinamon (Fiocruz), Gandhi Giordano(Uerj/Tecma), Ronaldo Luiz Letsh(Biofibra);

PROPOSTAS DE AÇÃO/Adacto Ottoni(Uerj), Sílvio Ramos (Crea-ES).

DEBATE

Após a última palestra, abriu-seum debate para esclarecimentos dedúvidas da platéia. Domingos Oli-veira, presidente do Comamp e umdos coordenadores do Fórum DLIS-Paraty questionou o seguinte:

D o m i n g o sOliveira – Representoo Comamp, que é umConselho apartidário,hoje composto por 31associações de morado-res e que desenvolveum estudo sobre asnecessidades das comunidades. Foidetectado que, em primeiro lugar,querem saúde e, a segunda, sane-amento. Estou aqui também represen-tando o Fórum DLIS-Paraty, que tempromovido debates sobre a questãodas águas. E temos uma bacia hidro-gráfica muito importante dentro domunicípio... A gestão da água foi feitaanteriormente pela Cedae, que acabousaindo e o Poder Público Municipalassumiu e, agora estamos na iminênciade a termos de volta... masantigamente não funcionava bem... amaioria das comunidades é rural, quetipo de modelo poderíamos utilizarpara atender a essa demanda em função

de que... com o ciclo das chuvas,todo mundo tem diarréia... a gentevai acompanhando e até se adap-tando para ver se um dia consegueachar resistência. Mas, pelo queparece, cada vez mais isso vai fi-cando pior e, até onde a onça bebiaágua já morreram de algum tipo dedoença... estamos buscando estasrespostas, sobre a gestão pública eprivada, não sei como a Cedae secomporta com isso. A outra questãoé qual o sistema que podemosutilizar...

Ronaldo Luís - ... na década de70 eu trabalhavanuma companhiamunici-pal e meupai, na Cedae...como técnicos eengenheiros... sobrequal o melhor sis-tema é difícil afir-

mar... quando se tem uma empresaparticular, é obrigação da empresaprestar o melhor serviço; quando ascoisas funcionam, deveriamfuncionar, que o organismo públicodeveria ser o legislador, fiscalizadorefetivo, a melhor idéia seria aprivatização, se houvesse por partedos órgãos públicos a questãofiscalizadora efetiva... a coisa seriamaravilhosa. Quanto à solução...nossos produtos se tornaram viáveisno interior, porque nosso maiormercado está lá, pois no inte-rior...uma casa é afastada da outra,50, 200 metros; para coletar o esgotode todas as casas se gastaria umafortuna em rede coletora, a melhorsolução é fazer o tratamentolocalizado, junto à residência, ouquando em pequenas concentraçõeshabitacionais, possa se fazerconjunto de residências, 10, 20, 30,50, 100 casas... Cada caso é um casoe tem a solução mais viável... cadacaso deve ser estudado comcritério...

G a n d h iG i o r d a n oc o m p l e m e n t o u ,esclarecendo quevários pontos devemser observados, co-mo o fato de diversas

prefeituras estarem assumindo aágua e esgoto ou criando secretariasde saneamento sem terem pessoalespecializado e adequado a essesórgãos públicos municipais paratratarem da questão o que acaba não

resolvendo... Falou das vantagensque existem em Paraty, como osmananciais, e das desvantagens queé o fato de tais mananciais estaremcontaminados. Desta forma neces-sitam de tratamento, antes da distri-buição da água para a população,para evitar o ciclo de diarréia alegadopor Domingos Oliveira. Ele disseainda que coletar e tratar a água érelativamente fácil, porém, o grandeproblema reside no tratamento doesgoto, uma vez que Paraty é umpólo turístico, não pode jogar oesgoto nos rios nem no mar e, maisproblemático ainda é o Centro Histó-rico, tombado, sempre invadido pelamaré, por ser abaixo do nível do mare perguntou-se: como captar esgoto,como fazer obras de rede de esgotonum local que exigirá tecnologiascompatíveis com as da Holanda, oude Veneza, muito caras para omunicípio e mesmo para a Cedae.Sugeriu que o ideal é parar, pensar ediscutir para encontrar as soluções...

Débora Cina-mon, citou obras decoleta de esgoto emáreas de palafitasrealizados pelo seupai, o Professor Ci-namon (sanitarista)

e colocou-se à disposição para marcaruma reunião com ele na Fiocruz paradiscutir o assunto. Também sugeriuque a comunidade de Paraty fizesseuma reunião com técnicos diversifi-cados para tentar achar uma soluçãoviável para o problema.

Domingos Oliveira - “Em fun-ção do vazamento que houve naUsina Nuclear de Angra e só comuni-cado quatro meses depois, após de-núncia de uma revista, que posturapoderíamos tomar...?

Otávio Maffei(Crea) - “Temos aAgência Nacional deÁgua, deveria ter umrepresentante hojeaqui mas, infeliz-mente não veio, entãopasso a palavra parao Dr. Adcto Ottoni, para responderesta questão:

A d a c t oOttoni: ...pertençoao Ministério Pú-blico Federal, (...)nos países do pri-meiro mundo, quetêm tecnologia na

Saneamento é Saúde

área nuclear, a tendência é diminuir aprodução pelos danos ambientaispotenciais da energia nuclear... um dosaspectos que mais inibem e que maisrestringe o desenvolvimento daenergia nuclear é... o lixo nuclear. Qualé o destino final do lixo nuclear? Éum abacaxi imenso que se tem namão... até hoje, pelo que se sabe, issonão está resolvido pela Comissão,está temporariamente alocado naregião e eu, como ambientalista, mecoloco à disposição da população daregião, como perito do MinistérioPúblico – como colaborador – para

se fazer com que esse problema lá,seja definido em nível legal... nãoestou avaliando a parte técnica dasegurança da produção de energia,pois não sou especialista em energianuclear... então, me coloco à dispo-sição para que seja solicitado aoMinistério Público, à Procuradora,eu como colaborador, gratuitamentedou o meu nome e me coloco à dispo-sição para ser convocado e atuar nacomissão para avaliar os problemasnucleares da Usina em relação aosdanos ambientais...

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estadodo Rio de Janeiro e o Movimento da Cidadania pelas Águas (MCPA), duranteo “Seminário Saneamento”, realizado no dia 25 de setembro de 2001, tornampúblico o lançamento da campanha Saneamento é Saúde, onde manifestamosa necessidade urgente da implementação de uma política nacional desaneamento. O CREA-RJ, o MCPA e entidades presentes e público parti-cipante do evento propõem:

I – Oposição total à política de privatização em curso no setor, que be-neficia exclusivamente as grandes empresas estrangeiras com tradição noramo e atuação mundial, que já trazem o seus parceiros e fornecedores. Oabastecimento de água e o serviço de esgotos, por serem essenciais à saúde,devem ser universalizados como direito de todo cidadão e dever do Estado;

II – A rejeição integral do Projeto de Lei 4147/2001 pelo CongressoNacional, tendo em vista que se opõe ao interesse público ao estimular aprivatização do setor de saneamento, podendo levar o Estado a perder a re-ceita de tarifas de áreas com alta capacidade de pagamento e grande densidadepopulacional e inviabilizando investimento público dessas receitas em regiõesempobrecidas, como combate à exclusão social.

III – Uma efetiva Política Nacional de Resíduos, que contemple desde aredução da geração do lixo, até o fortalecimento do mercado para os produtosrecicláveis. É fundamental disponibilizar recursos financeiros às prefeiturasinteressadas na implantação de programas de coleta seletiva e na criação deempresas recicladoras. Além do incentivo à produção de embalagens retor-náveis, tecnologias que utilizem menos matéria-prima e responsabilizaçãodos agentes econômicos por danos ambientais causados por seu lixo;

IV – Que se fortaleça a cultura de tecnologias simples, acessíveis, baratase adequadas à realidade brasileira;

V – Criação junto à ABNT de uma comissão específica para tratar dasnormas relativas ao saneamento;

VI – O controle social sobre a Política Nacional de Saneamento,descentralizando a gestão hoje restrita à Agência Nacional das Águas, emboraesteja prevista nos estados, municípios e Distrito Federal a criação deConselhos com participação da sociedade civil organizada;

VII – Que se realize uma Conferência Nacional de Saneamento paraconstrução coletiva de uma Política Nacional de Saneamento pública,descentralizada e com controle social;

VIII – Políticas públicas que assegurem a 100% da população brasileirao acesso ao saneamento básico e o seu monitoramento, com livre acesso àsinformações.

IX – Que a legislação seja aprimorada e cumprida.Sendo assim, entendemos que saneamento é saúde e o acesso a ela

constitui um direito fundamental de todos os brasileiros, assegurado pelaConstituição Federal. Qualquer política de saúde pública passanecessariamente pelo saneamento. Privatizar o saneamento é privatizar asaúde pública.

Ronaldo Rocha (vice-Presidente do CREA-RJ)Renato Visco (Ministério do Trabalho), José Chacon(presidente do CREA-RJ), Dieter Wartchow (Corsan), Ronadlo Luís (Biofibra) na abertura do evento.

Carlos Dei

Carta do Rio

3 Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do Litoral OUTUBRO 2001

4 Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do Litoral OUTUBRO 2001

PREFEITO EMPREENDEDOR: Sebrae mobiliza prefeitos daCosta Verde, propondo integração

Embora como todo o mundo, ospresentes estivessem consternadoscom o atentado ao World Trade Centerem Nova Iorque, transmitido ao vivopelas redes de televisão naquela manhãde 11 de setembro, momentos antesde iniciar o encontro para o lançamentodo projeto de integração e desenvolvi-mento sustentável da Baía de IlhaGrande, mais de sessenta pessoas (26do Fórum DLIS Paraty), entre as quaisos prefeitos de Paraty, Angra dos Reis,Mangaratiba e Itaguaí (representante),participaram do lançamento peloSebrae, em Angra dos Reis, doPrograma Micro-regional de Desen-volvimento Integrado e Sustentável daBaía de Ilha Grande, com o objetivo deintegrar economia, meio ambiente e aprópria sociedade local (capital social,capital humano e capital empresarial)para melhorar a qualidade de vida deforma sustentável na Costa Verde.

Esse programa piloto e pioneirono Brasil é um grande desafio, segundoo gerente da Área de DesenvolvimentoSustentável do Sebrae, Nélson MoreiraFranco, e depende fundamentalmenteda parceria entre executivo, legislativoe sociedade civil, através dos FórunsDLIS, que serão criados nos demaismunicípios da região, além de Paratyque já tem o seu desde 1999 e hoje éconsiderado o melhor fórum do estadodo Rio de Janeiro. Participaramtambém Paulo Maurício Castelo Bran-co (Diretor Superintendente do Sebrae/RJ), Everton matos (Gerente de Desen-volvimento Regional do Sebrae/RJ), Ri-cardo Goulart (Presidente da Asso-ciação Comercial e Industrial de Angrados Reis), José Gomes (Presidente doSindicato do Comércio Varejistas deAngra, Paraty e Mangaratiba) LuísRoberto Porto (representante da Ele-tronuclear), José Luís Zaganelli (Presi-dente e coordenador do Instituto deDesenvolvimento da Baía da Ilha Gran-de-IedBIG) o deputado federal DinoFernandes, representantes do Sine/An-gra e toda a comissão do Sebrae/Paraty.

ABERTURA E APRESENTAÇÃO DO PROJETO

O evento foi aberto por RicardoRaed (Sebrae) que logo passou a pala-vra ao anfitrião Fernando Jordão, quefez uma menção ao encontro PrefeitoEmpreendedor realizado em 17 deagosto em Paraty, afirmando que esta-vam inaugurando ali um novo tempopara a região da Costa Verde, no qualas prefeituras estão trabalhando emconjunto. Reafirmou a importância daparceria com o Sebrae, que vem fomen-tando orientação profissional nos seto-res da pesca, criação de ostras, ma-ricultura, turismo, agricultura, na buscadas vocações econômicas regionais.Jordão lembrou que as soluções para odesenvolvimento regional estão alimesmo na própria região e que serãoencontradas concretamente com asorientações técnicas profissionais doSebrae. Enfatizou também a sugestãodo prefeito de Mangaratiba, Charlinho,para que a entidade elaborasse umcalendário integrado de ações com umproduto específico para a região daCosta Verde.

Em seguida Paulo Maurício Caste-lo Branco reafirmou a parceria e a im-

portância que o Sebrae está dando parao desenvolvimento regional, integradosustentável, considerando de extremaimportância a questão do meio ambien-te para o desenvolvimento de um modogeral, reafirmando o apoio efetivo doórgão para a região. Salientou ainda apresença e participação neste pro-grama das universidades (Ufrj, Uff),observando que essa é uma nova con-ceituação do desenvolvimento, que exi-ge a participação e parceria, se dandode baixo para cima.

Logo depois, Nélson Moreira Fran-co apresentou tecnicamente o projeto,com projeção de slides. Iniciou sua ex-posição ressaltando a importância doFórum DLIS de Paraty hoje para o es-tado do Rio de Janeiro. Salientou a par-ticipação do Proder como elementogerador de rendas e serviços em peque-nos municípios, para a disseminaçãoda cultura empreendedora e o rompi-mento do clientelismo. Isso, afirmou,só será efetivamente possível com aparticipação da comunidade no proces-so das decisões. Observou que é umprograma centrado basicamente nomeio ambiente e na sociedade, atravésde parcerias que envolvem (no caso doRio de Janeiro) o governo estadual,prefeituras, Firjan, universidades,Associações, Ongs (células de servi-ços), Emater, Fiperj, FAT, IedBIG eEletronuclear.

DIAGNÓSTICO DE PARATY

Ao final da apresentação do Pro-grama Micro-regional de Desenvolvi-mento da Baía de Ilha Grande, o supe-rintendente do Sebrae, José Maurício,entregou ao prefeito de Paraty, JoséCláudio Araújo, o diagnóstico de Para-ty, elaborado pela entidade, apontandoas necessidades e possibilidades domunicípio.

José Cláudio Araújo observouque o município já recebeu até hoje se-te Panos Diretores, porém todos comum custo muito alto. Agradeceu aodiagnóstico técnico elaborado peloSebrae, dizendo que os três prefeitos(Paraty, Angra, Mangaratiba) estãotrabalhando em conjunto, querem a par-ceria efetiva com propostas objetivaspara poderem dar uma respostaimediata à população, carente de so-luções para o ordenamento dos bairros,ocupação irregular, lixo, água, esgoto,emprego, capacitação, etc... Disse quea preocupação é viabilizar os plane-jamentos, colocando em prática, comoa promoção da banana que já é umarealidade; que possuem um grandepatrimônio cultural natural e que a metaé transformar tudo isto em emprego erenda para o ano inteiro e não somentepara três meses de temporada.

José Cláudio pediu ao Sebrae queintervenha com seu prestígio político

para que façam uma ação conjunta comas prefeituras para acabar com asalgemas impostas ao município deParaty com a lei de proteção ambiental.Criticou a multa de R$ 70 mil que aprefeitura recebeu ao mandar limpar aestrada Paraty-Cunha, bem como aestrada de Pedra Branca. Disse aindaque o planejamento regional (contem-plado no projeto do Sebrae) é impor-tante. “Temos que dizer aos órgãos am-bientais , ao governo federal e estadualque nós existimos, queremos preser-var, mas queremos desenvolver comordem e temos capacidade para isso, etemos vocês (Sebrae) como aliados”,concluiu.

AÇÃO IMEDIATA, PORTAL, UERJ

O prefeito de Mangaratiba, CarloBusato (Charlinho), endossou as pala-vras de José Cláudio, afirmando que énecessário um projeto com longoalcance, mas que são necessáriasalgumas ações imediatas com media-dores políticos. Comentou isso, reco-nhecendo "a angústia do prefeito deParaty, que até nas ações para o mu-nicípio fica impedido por legislações"e ofereceu o seu apoio. Salientou a im-portância daquele encontro, assimcomo o papel do Sebrae, por integrarcada vez mais a região pelo seudesenvolvimento. Falou da campanhapela transformação da Costa Verdenuma região única – “no grande resortdo Brasil”, que será iniciada no final doano, com o apoio do empresariado.Conclamou maior participação daprefeitura de Itaguaí, que embora tenhapequeno trecho litorâneo, sofre as mes-mas influências que os outros muni-cípios. Solicitou que o Sebrae continuemostrando o que eles não conseguemenxergar, por estar mergulhados emproblemas mais emergentes que nãoos deixam observar o que pode pros-perar no futuro. Por fim cobrou a reins-talação de um posto Sebrae em Manga-ratiba, que já teve um que foi desativadohá cinco anos.

A representante da prefeitura deItaguaí, Maria Teresa Sagário (quetambém é Secretária Municipal de Saú-de) disse que seu município gostariade se fazer mais presente, já que perdeua reunião anterior, por outros fatores.Afirmou que querem ser pelo menos a“porteira” dessa área, auto-denom-

inando-se o “portal da Costa Verde” jácom orientação do Sebrae. Falou davocação cultural e pecuária grande, dossítios, minérios, universidade ruralcomo elementos importantes para aentrada deste “resort”. Salientou anecessidade da participação do FórumEstadual de Cultura neste programa (doqual seu município já faz parte).Agradeceu ao trabalho desenvolvidoem conjunto com o Sebrae parapromoção do artesanato local. Enfati-zou que Itaguaí também quer um diag-nóstico para a elaboração do seu PlanoDiretor, que perseguem há 30 anos,sem consegui-lo.

O presidente da Câmara Municipalde Angra, Fiotti, falou os esforços dacasa que preside e o executivo pelo de-senvolvimento do município e res-saltou a importância da participaçãoda UERJ neste programa, especial-mente pelo desenvolvimento susten-tável da Ilha Grande e no que se refereao destino do que foi o presídio.

DEPOIMENTOS

Folha do Litoral - Inicialmente oque o senhor poderia falar sobre oPrograma Prefeito Empreendedor?

Nélson Moreira Franco - Achouma iniciativa das mais válidas nestaintegração da comunidade, com os seg-mentos mais representativos da socie-dade, as prefeituras, os fóruns. Estamoscaminhando exatamente para esse tipode posicionamento da sociedade. A co-munidade tem que ser o protagonistaprincipal de todo o processo de desen-volvimento, para garantir a sustenta-bilidade, as parcerias, uma melhoria daqualidade de vida. Sem essa integração,descaracteriza todo esse tipo de açãomoderna, que pretendemos adotar, oSebrae e outras instituições.

Folha do Litoral - A participaçãodo Fórum DLIS é fundamental...?

Nélson Moreira Franco - ... souaté suspeito para falar... por ter tido afelicidade de participar do início desteprocesso de participação efetiva dacomunidade, nós iniciamos em Paratyem 1999 e hoje é considerado o melhorfórum do estado do Rio de Janeiro.Indiscutivelmente é fundamental. OFórum representa a própria sociedade.É um conselho, um segmento repre-sentativo de vários setores, que bus-cam entregar ao legislativo e ao exe-

cutivo soluções viáveis para os pro-blemas de meio ambiente, de emprego,de agronegócio, turismo, cultura. Então,eu qualifico o fórum comunitário nãocomo um competidor do executivo.Muito pelo contrário, o Fórum faz umpapel conciliatório, de reforço demo-crático e fundamental no processo dedecisão dos municípios.

Folha do Litoral - Qual a ligaçãoentre o Proder e o Programa PrefeitoEmpreendedor?

Nélson Moreira Franco - Pre-feito Empreendedor é um programavoltado mais para os prefeitos, a socie-dade e estamos hoje iniciando aqui aimplantação do Programa Micro-regional da Baía da Ilha Grande. É umProder modernizado. Mudou-se onome, que é um projeto de Desen-volvimento Local Integrado e Susten-tável, tem como objetivo associar aeconomia, meio ambiente e a própriasociedade, integrando o capital social– o nível de organização da sociedade,o acesso ao poder; o capital humano –acesso à cultura, à saúde, à educação,ao conhecimento, à riqueza; o capitalempresarial – que são os bens e serviçosproduzidos pela sociedade e a rendadeles... Juntar esses três capitais paramelhorarmos a qualidade de vida, demaneira sustentável. Por isso que esseprojeto começa com a articulação comos prefeitos, depois vem a formaçãodos Fóruns – Paraty já tem o seu fórumformado, os outros quatro municípiosterão os seus.

A nossa idéia de formar um FórumRegional... o objetivo de hoje é implan-tar esse programa, um programa piloto,pioneiro no Brasil, que estamos tendoo desafio de jogar isso. Esse programavem com toda a cesta de produtosSebrae – na área de artesanato, cultura...Agora, o fundamental disso é a parceria,porque sozinho ninguém faz nada. Éenvolvermos o executivo, o legislativo,a sociedade civil através dos fóruns,envolvermos as instituições privadas,governamentais, não-governamentais...Estamos começando hoje o pontapéinicial do processo do Programa micro-regional de Desenvolvimento Sustentá-vel.

Folha do Litoral - O que é OCIP?Nélson Moreira Franco - OCIP

é uma organização social que vai com-plementar o trabalho das ONGs. AsOCIPs têm a finalidade de agregar re-

Nélson Moreira FrancoPaulo Maurício (Sebrae), Fernando Jordão (Angra),Marli Cardoso (Secretária. Promoção Social deParaty), José Cláudio (Paraty), Ricardo Rade (Sebrae), Carlo Busato-Charlinho (Mangaratiba,Fiotti (Angra), Teresa Sagário (Itaguaí), Everton Matos (Sebrae-RJ)

5 Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do Litoral OUTUBRO 2001

PREFEITO EMPREENDEDOR

Dando continuidade ao projetoPrefeito Empreendedor, o Sebraerealizou no Rio de Janeiro (dias 29 e30/09) o seminário “O que todo pre-feito e prefeita devem saber paradesenvolver seu município” com osseguintes temas: Focalizando o

cenário mundial e seus desafios eperspectivas para os municípios;Focalizando os caminhos para me-lhor desempenho da gestão muni-cipal; Sensibilização para o Desen-volvimento Local Integrado e Susten-tável; Políticas sociais na perspectivados direitos da cidadania; Foca-lizando o espaço urbano e meio am-biente; focalizando as finanças muni-cipais – o aumento das receitas e ocontrole dos gastos; Cidadania, muni-cipalização e o Ministério Público;Focalizando a formalização de par-cerias; Programas e ações do Sebraepara o desenvolvimento de micro epequenas empresas, em parceria comas prefeituras.

O vice-prefeito de Paraty, JoãoCarlos participou do evento:

Folha do Litoral – Gostaríamosque o senhor fizesse suas conside-rações sobre o evento

João Carlos – Como todas asiniciativas do Sebrae, esta tem avantagem de mostrar a todos queparticipam do evento as dificuldadesde se planejar e como deve ser plane-jado... comentei com alguém do Se-brae que as palestras são muitoteóricas, mostram os problemas, quejá conhecemos, agora tem certasdificuldades de mostrar o caminho ea solução.

Os caminhos teóricos existem,sabemos quais são. Agora há umadiferença muito grande entre ocaminho teórico e o prático. Então,tenho certa dificuldade em entenderqual será o caminho prático a serseguido. A exceção que faço é sobrea palestra Fórum DLIS... foi muitoboa,... o palestrante (...) mostrou umcaminho prático bem interessante(...) o contexto é muito bom, po-sitivo, a gente aprende e repensamuita coisa.

Folha do Litoral - A partir desseconhecimento que já existe e com ascontribuições que vêm sendo dadas,quais os caminhos que se podeapontar para as soluções neces-sárias?

João Carlos – O caminho idealé sempre a maior participaçãopopular, por isso que gostei tanto dapalestra sobre o Fórum DLIS. Àmedida em que o povo participa maisdas coisas, começa a entender maisos problemas, começa também aaveriguar as soluções. A dificuldadeé exatamente o grau de conhecimentoe de cultura do povo, porque, se vocênão tem condições de entender comofazer o seu próprio governo domés-tico, se você gasta mais do que vocêganha na sua vida privada, como vocêvai entender que o prefeito tenha quese cingir um orçamento para equa-cionar a transa pública? Então achoque a questão é mais de cultura e deeducação do povo. Isso é uma questãoque a gente vai resolver sim, maispasso a passo, com muita paciênciae com muita boa vontade.

Jooão Carlos (vice-prefeito deParaty e Sibele Wisentel

cursos para um determinado muni-cípio, para um determinado setor. Éformada por nove a vinte pessoasrepresentativas com a missão delevantar as vocações econômicas dedeterminado local e tentar buscarrecursos financeiros e não-financeiros;recursos e apoios necessários àsustentabilidade do processo. A nossaidéia é através do s fóruns montarmosOCIPs com pessoas dos própriosfóruns, para que tenham condições decarrear novas parcerias e recursos parasustentabilidade dos fóruns...

Folha do Litoral - Elas teriamuma administração própria...?

Nélson Moreira Franco - ...Éuma organização social de interessepúblico. É não-governamental, mas épública, qualquer pessoa podeparticipar, não obedece a prefeitos, ainstituições privadas, é pública...têmpor lei condições de fazer parcerias, deajudar financeiramente, fazer umprojeto, buscar apoio nacional, interna-cional... e goza os benefícios que a leilhe proporciona.

Folha do Litoral - O fórumpassou a realizar uma premiaçãoanual para empresas e pessoas... Osenhor estaria propenso a participardeste evento?

Nélson Moreira Franco - Achoque tudo que parte do Fórum, temosque estar propensos a apoiar, porquesão anseios, aspirações legítimas dasociedade. Triste daquele que ignoraou vira as costas para uma idéia... nomínimo tem que discutir essa idéia,quando não apoiá-la. Se ela temrespaldo popular, se tem interessevisando à melhoria da qualidade dapopulação, é obrigação de todos nósapoiarmos...

Folha do Litoral - Sua opiniãosobre o projeto Prefeito Empreendedore o Fórum DLIS

C a r l o s . B u s a t o(Charlinho) – É a segun-da reunião que partici-pamos, a primeira foi emParaty. Estamos come-çando a elaboração de um

grande projeto, gerenciado pelo BalcãoSebrae, agora, acho que o maisimportante disso tudo é a integraçãoque está sendo feita entre osmunicípios. Então, estamos comoobservador agora com relação àsatitudes do Balcão Sebrae. Vamos veraté que ponto ele ajude efetivamenteos municípios. Agora, independentedisso, acho que essa integração é impor-tante porque sofremos os mesmosproblemas, a região é parecida, umaregião com a mesma vegetação... Temosque nos integrar, fazer essa reuniãodentro dos municípios para que seja-mos realmente o maior resort do Brasil.Essa é uma das publicidades que vaientrar no final do ano, mostrando queMangaratiba, Paraty e Angra é o maiorresort do Brasil, é uma região, nãovamos tratar individualmente cadamunicípio, e sim a região...

Folha do Litoral - Em relação aoFórum DLIS, já existe alguma açãono seu município para que este Fórumseja formado?

Carlo.Busato (Charlinho) - Issoestá sendo direcionado pelo BalcãoSebrae, até porque existia um escritóriodentro de Mangaratiba e, há cinco anos,não o temos mais. Esse é o nosso apelo,até que se instale novamente. Vamosver como é que o Sebrae se dirige a esseFórum, já que são os gestores disso.Eles têm a parte técnica... e que colham

os dados necessários para montaremesse projeto... Mangaratiba está aguar-dando uma posição do Balcão Sebrae.

M a r i a . Te r e s aSagário (Itaguaí) -...Sonhar e realizar. Nãoé um prefeito que vaiser dono do município.O prefeito é um instru-mento, é alguém que

você conta para que a sociedade tenhaum avanço de um modo geral. E,partindo para os locais, bairros nomunicípio que precisam de investi-mentos a nível de estrutura e quali-ficação, com estas duas chaves, agindo,alcançamos altos resultados... Visualizesó a nossa região sendo um sucessomundial... ela bem estruturada, orga-nizada vai estar fixando o cidadão nasua terra, esse cidadão está na porta doseu sítio vendendo coco, ou estará naestrada com organização e padrão,vendendo artesanato. Ou estará pro-movendo o turismo na sua área,atraindo os grandes investidores. Jápensou que maravilha, é tudo o que agente sonha.

Folha do Litoral – Itaguaí já estáformando o seu Fórum DLIS?

Maria Teresa Sagário (Itaguaí)– Já estamos com alguma coisa emrelação à cultura. Agora vamos associaristo ao turismo de desenvolvimento lo-cal, porque a gente já sabe que esse ne-gócio de emprego, de uma vaga numaindústria com carteira assinada, mesmocom o grande porto que é o porto queestá em Itaguaí, na Baía de Sepetiba, omaior do Mercosul, sabemos que nãotem vaga para todo mundo, a automa-ção tira a vaga do trabalhador. Entãotemos que qualificar nosso pessoalpara que formem cooperativas e pro-movam geração de renda... Para issotem o Sine-Itaguaí, tem a Comissãomunicipal de Emprego (...) para seremmuito mais atuantes...

Folha do Litoral – Além doturismo, quais as vocações econômicasdo município?

Maria Teresa Sagário (Itaguaí)– ... Agropecuária – somos os maioresplantadores de coco do estado, um dosmaiores produtores de pesca do estado,temos sítios serras, praias e ilhas. So-mos um portal, é claro, porque temosuma zona urbana muito forte, além doporto. Então Itaguaí tem uma vocaçãopara o artesanato, turismo, ecoturismomuito grande. E, é claro, qualificação,muita qualificação para o nosso pes-soal. Agora estamos com um hospital,o qual queremos incluir nesse con-sórcio como referência também...Precisamos duplicar nossa pista (estra-da) porque, além de ser portal turístico,é acesso ao maior porto do país,precisamos estruturá-la melhor. Itaguaíquer entrar agora no embelezamento

de nossa estrada, nossaregião.

Fernando Jordão(prefeito de Angra) –Muito bom esse proje-to. Eu já o conhecia,estive lá em Paraty. É a

orientação técnico-pro-fissional doSebrae jun-to com as prefeituras, ascomunidades, associações demoradores. Isso vai mostrar que a nossaregião está unida, que o destino, quandoas pessoas vierem a Angra dos Reis, àBaía da Ilha Grande, seja a Angra,Paraty, Manga-ratiba, Itaguaí, a regiãoda Costa Verde, possamos recebê-lasbem e gerar um programa de geraçãode emprego... Acho que só vamos

colher resultados, a exemplo do que jácolhemos na ma-ricultura, artesanatoe no desenvolvi-mento da indústria deserviço, que é o turismo, que vaiatender bem na região da Costa Verde...

Folha do Litoral – Em relaçãoao Fórum DLIS...

Fernando Jordão - ... Já o esta-mos organizando, cada cidade vaiorganizar o seu para que, junto comesses Fóruns, tracemos um diagnósticoda região e possamos melhorar a suaqualidade de vida.

Domingos Oliveira (Comamp)– Prefeito, em Paraty criamos a ter-minologia Agroecoturismo – o Agrorepresenta não só a questão rural, masda pesca, etc, o Eco é o equilíbrio e oTurismo o vetor principal. O que osenhor acha de usar essa terminologia...

Fernando Jordão - ... podemosusar, cabe perfeitamente aqui para anossa região, para o fórum de Angrados Reis, porque a realidade de Paratyé muito parecida com a nossa

Domingos Oliveira - ... estamosfazendo um mapa agroecoturístico daregião e, com certeza, vamos ter queintegrar esse mapa com toda a região...

Fernando Jordão - ... cada regiãofaz e a gente fecha o mapa da Baía daIlha Grande. Isso vai atender à CostaVerde toda.

Folha do Litoral – Todas estasiniciativas não dependem necessaria-mente de verbas dos governos estaduale federal...?

Fernando Jordão - ... Acho quedepende de todo mundo, dos governosestadual e federal, das prefeituras, dalivre iniciativa, enfim, a hora que a gentecomeça a fazer um plano bem feito ebem orientado – e o Sebrae está aí paranos orientar nessa questão – o dinheirovem. Com inteligência e criatividade odinheiro aparece.

Everton Matos (Gerente deDesenvolvimento Regional/Rede deAtendimento do Sebrae/RJ - ...Tivemos em Angra dos Reis há cercade 30 dias, é lógico que estamos lá hámais de seis anos, mas, recentementeestivemos lá apresentando umaproposta de desenvolvimento integra-do. Isto está dentro da metodologia doDLIS. O que estamos querendo é quetodo esse movimento de apoio a ati-vidades empresariais, atividades quedesenvolvam uma determinada região,sejam consolidado na Baía de IlhaGrande.

Podemos dizer que somos partedo processo. Temos a capacidade demobilização, de articular com os váriosórgãos. Agora, depende muito do poderpúblico, das lideranças empresarias,políticas dar continuidade a essaproposta que estamos estimulando.Com relação aos projetos da Baía daIlha Grande, os resultados estão sendosatisfatórios: maricultura – consegui-mos colocar esse projeto como umavitrine no estado do Rio de Janeiro (...)Na Baía da Ilha Grande, a integraçãodos prefeitos, certamente o setor deturismo vai mudar, porque estamosestimulando isto através do próprioFórum... e que a conseqüência desteseja o fortalecimento dos ConselhosMunicipais de Turismo, o turismocomo uma potencialidade local sejacada vez mais forte na região.

Essas duas atividades mais volta-das para Angra dos Reis Paraty e Man-garatiba, Itaguaí (Itaguaí é mais voltadopara capacitação de fornecedores degrandes empresas. Na área de turismosão esses três os municípios que têm

potencialidades. Certamente Itaguaí éa entrada da região e também tem queestar integrado numa proposta de fazercom que o turismo chegue à regiãoinformado, que tenha informaçõessobre a programação... Acho que,certamente, daqui a uns dois anosteremos uma avaliação melhor. O casoé não parar essa mobilização, essaenergização que está ocorrendo nestaregião.

Folha do Litoral – Gostaríamosde saber se esse encontro junto com ode Paraty atenderam às expectativasdo Sebrae em relação a essaspropostas?

Ricardo Raed –Quando nós falamosde Paraty, estamosfalando do seu Fórum,que foi implantadoestá funcionandomuito bem e poderá

servir de exemplo para os demaismunicípios da região, estamos de ummunicípio marcante para a nossaregião, um município que serve deexemplo para instalação do Fórum,município que vai dar aula para osoutros municípios de como se faz umFórum com bastante credibilidade eeficácia. Então, Paraty serviu deexemplo e, por isso, que trouxemospara Angra dos Reis, Itaguaí, Man-garatiba e até para Seropédica essacultura, a cultura de trabalhar comprojetos integrados.

Fizemos em Paraty, em 17 deagosto, um evento que foi o PrefeitoEmpreendedor, Município desenvol-vido. Ali tivemos a concordância e osim dos prefeitos para um trabalho emparceria com o Sebrae/RJ e seusmunicípios. Imediatamente marcamosuma reunião para apresentação doprojeto integrado para a região da Baíada Ilha Grande, conhecida internacio-nalmente como região da Costa Verde.Para nós, o projeto inclui também osmunicípios de Itaguaí e Seropédica.Lamentamos a ausência do represen-tante de Seropédica nas duas reuniõesrealizadas, mas temos certeza de quetiveram seus motivos fortes, porque apopulação estará cobrando deles odesenvolvimento local.

Folha do Litoral – ...Mas atendeuàs expectativas..?

Ricardo Raed – ...atendeu, apesarde toda desgraça a que assistimos emNew York, que vai ficar marcante parao mundo (o atentado ao WTC-EUA),mesmo assim, o pessoal estava bas-tante interessado e participativo, a casaestava cheia, conseguiram esperar otempo suficiente para que todos osprefeitos chegassem. Essa é a regiãoCosta Verde, que podemos agora falarem integração, pois os prefeitos estãounidos. Tenho certeza que um dia daarquibancada da vida seremos aplau-didos por nossos filhos e por toda co-munidade, pelo nosso trabalho em proldo desenvolvimento sócio-econômicoda nossa região.

A “Visão de Futuro” da Comunidade... ...NA DEFINIÇÃO DO PROGRAMA FUNCIONAL DO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA BORDA D’ÁGUA DE PARATY.

Fórum DLIS Fórum DLIS Fórum DLIS

Maria Auxiliadora abrindo oFórum DLIS que apresentou osseguintes temas: Visão doFuturo da Comunidade, naDefinição do ProgramaFuncional do Projeto deRevitalização da Borda d’Águade Paraty; PatrimônioImaterial; Projeto dedesenvolvimentoagroecológico para a regiãode Paraty (Idaco); OrçamentoMunicipal 2002-2005.

Mauro MunhozColaboração: Izabel Cermelli

Esta pesquisa é parte dos levan-tamentos do Programa Funcional doProjeto de Revitalização dos EspaçosPúblicos de Borda d’Água de Paraty.Manifestamos sempre a necessidadede que a comunidade participasse nadefinição do Programa Funcionalcomo forma de garantir a articulaçãoentre equipe técnica e usuário. Comoafirmado desde seus estudos preli-minares: “O Projeto (…) pretende serum elemento aglutinador de idéias epessoas interessadas em trabalhar namelhoria das condições de vida dosmoradores de Paraty. (…) Para nós amelhor forma de intervir e melhorar acidade como um todo é priorizandodois pontos: (1) Realizando dis-cussões com toda a cidade para apre-sentação de idéias, opiniões e su-gestões de como esse processo poderáacontecer; e (2) Valorizando, estimu-lando e preservando o modo de vidatradicional da cidade e de seusmoradores”.

ILHA DAS COBRAS E MANGUEIRA

Alguns dos operários que trabalha-ram na construção da Rodovia BR 101– Rio-Santos – se estabeleceram naregião. Com o acesso à cidade houveum aumento do número de turistas emuitos caiçaras venderam suaspropriedades nas costeiras e praias,deslocando-se para a “cidade”.

Os bairros Ilha das Cobras eMangueira foram erguidos sobre áreade acresção devido ao assoreamentoda borda d’água. Áreas de marisma ede mangue, alagadiças e recortadas pordiversos córregos, foram sendoaterradas e drenadas ao longo dasúltimas três décadas. Os córregosforam desviados ou canalizados e osque sobraram servem para escoar oesgoto até o mar. Nessas “terras novas”ergueram-se os bairros que hojeabrigam metade da população doMunicípio.

UMA “VISÃO DE FUTURO”

Nos bairros da Ilha das Cobras eMangueira, sem ajuda de qualquerespécie, a população sobrevive de seussaberes tradicionais ligados ao mar.Muitas das atividades dessa popu-lação se desenvolvem em espaçospúblicos ou semipúblicos, que setornam espaços importantes desocialização. As margens dos rios e oencontro com o mar, com seusestaleiros na beira do rio MateusNunes, os ranchos de canoa, os ter-renos baldios que fazem às vezes depraças,... Esses espaços carecem deuma revitalização que respeite asatividades dessa população e que váde encontro aos seus anseios, à sua“visão de futuro”.

Após os contatos com as asso-ciações representativas da populaçãoque habita os espaços públicos deborda d’água de Paraty, buscamos nosaproximar da “visão de futuro” dessapopulação através da representaçãoque as crianças fazem desses espaços.A idéia era trabalharmos com os alunosdas escolas públicas localizadas nosbairros da Ilha das Cobras e Man-gueira, onde vive uma população quedesenvolve atividades econômicasligadas à cultura tradicional de Paraty,muitas delas voltadas para a água(carpintaria naval utilizada na cons-trução e reforma de embarcações, pes-ca artesanal, objetos de artesanato,…).

Os pais têm sonhos e esperançaspara o lugar onde vivem, voltados parao futuro de seus filhos e essas criançasespelham as esperanças e os sonhosde seus pais.

ESCOLA DA MANGUEIRA

No início de junho, o Prof. Ar-mando Martins de Barros da UFF,que já vinha desenvolvendo atividadesnas escolas da rede pública municipal,sugeriu que falássemos com a Se-cretária de Educação de Paraty. A idéiaera aplicarmos junto aos alunos de pri-meira e segunda série, uma atividadede composição de texto (justamenteo que eles trabalham nessas séries)onde esses alunos falariam do lugaronde eles gostariam de viver, comoseria esse lugar, o que esse lugar teria,...Esta idéia evoluiu para incluir tambémd e s e n h o s . . . . . . . . . . . . . . . . .

Após reunião com a direção e co-ordenação da “Escola da Manguei-ra”optamos por desenvolver a ativi-dadeaí. Passamos, então, a contatar educa-dores que nos orientassem na dinâ-mica da atividade que pretendía-mosrealizar. Fizemos um contato in-formal com a professora Hercília daFaculdade de Educação da USP, ondeela deu sugestões de atividades quepoderiam ser desenvolvidas com umgrande número de alunos, como o casosugeria. Contatamos, em seguida, apesquisadora Marina de Mello eSouza que falou da riqueza de ava-liações qualitativas advindas deentrevistas abertas.................. .

No dia 27 de novembro de 2000,com a ajuda do Prof. Armando, rea-lizamos a atividade em 6 turmas (106,108, 111, 203, 204, 205) da “Escolada Mangueira” totalizando 121 tra-balhos entregues pelos alunos e anali-sados por nós........................ .

Nossos agradecimentos à Secreta-ria Municipal de Educação; às direto-ras Nina, Rosângela e Girça; às coor-denadoras Madalena, Ana Lúcia eMônica; e às professoras Fatinha, Eli-sabete, Rita, Silene, Márcia Luise eBetinha pelo envolvimento na reali-zação da atividade.................. .

A Univer-sidade FederalFluminense,em seu proje-to de garantira presença daUniversidadepública, di-fundindo e co-

produzindo conhecimentos na regiãode Paraty, dá continuidade ao Projetode Pesquisa-Extensão “Caminhos dePedra”, em associação ao Fórum. OProjeto “Caminhos de Pedra” é orga-nizado em oito sub-projetos envol-vendo a pesquisa histórica e arqueo-lógica dos caminhos indígenas, dosbandeirantes, do ouro e do café, a ca-pacitação de professores, a produçãode materiais paradidáticos, a realiza-ção de eventos (seminários, gruposde trabalho) e a constituição de BaseCientífica e Ambiental na PedraBranca. O Projeto é realizado emparceria com associações ou órgãosoficiais locais (IHAP, CEP, Sebrae-Paraty, ACIP, Sindicato dos Guiasde Turismo, SME, Borda D’Água),universidades (USP/Nap-Plac,UFMG, Museu Nacional) e órgãospúblicos específicos (Ibama, ParqueNacional da Serra da Bocaina).

Para o ano de 2002 estamosorganizando a edição de dois livros:1) o Repertório Documental sobreos Caminhos de Pedra da Serra daBocaina; 2) Reunião de artigos, em

A UFF, a pesquisa “Caminhos daPedra” e a Base Científica eAmbiental da Pedra Branca

Prof. Armando M. de Barros co-autoria com instituições parceiras,apresentando os conhecimentosproduzidos em torno da história, damemória, do patrimônio material eimaterial vinculado aos Caminhos dePedra e às populações às suas mar-gens (caiçaras, sertanejos, caipiras).

Também para 2002, pretendemoselaborar e editar, em parceria com asassociações de moradores e a Secre-taria Municipal de Educação, 4livretos, com pequena tiragem,voltado aos professores, alunos ecomunidade residente, objetivando aidentificação e difusão dos conhe-cimentos referentes ao patrimôniocultural produzido pelas comu-nidades do Corisco, Paraty-mirin/Pedras Azuis; Ilha das Cobras/ Par-que da Mangueira; Penha/ PonteBranca, reconhecendo o papel de-sempenhado pela população naprodução de uma cultura singular,objeto de admiração e visita peloturismo que se volta para Paraty.

Finalmente, em parceria com oFórum, planejamos a realização deSeminário, provisoriamente deno-minado “Paraty: Caminhos da cida-dania”, favorecendo a troca de expe-riências a partir das ações estatais enão-governamentais, antevendo apossibilidade de confluências, mate-rializadas em políticas públicasdirigidas ao patrimônio material eimaterial de Paraty, no recorte deseus Caminhos de Pedra e os ele vin-culados (Caminhos do Mar e Agro-eco-caminhos).

Parabéns 'as Crianças e atodos os Professores de Paraty

Para felicitarmos o Dia da Criança,antes de tudo é preciso reverenciarmos

o Dia do Mestre.Parabéns!

6Folha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralFolha do LitoralOUTUBRO 2001

Projeto de desenvolvimentoagroecológico para a região de Paraty

Pequenose micro em-p r e s á r i o svivem emc o n s t a n t ed i l e m a :c o m oaumentar asvendas e

con-trolar os cus-tos. Hoje em dia,aumentar as vendas podesimplesmente trazer mais despesase uma enorme carga tributária, ouo risco da infor-malidade. Quemestá fora do setor acha que serautônomo, ser dono de um negócio,ter uma empresa significa estar debem com a vida. Não é bem assim.A maior parte das empresaspequenas morrem em prazoscurtíssimos, de menos de três anos.Outras vivem “trocandofigurinhas”, como se costuma dizer.Os empresários não conseguematingir níveis de lucratividade quepermitam fazer o negócio crescer,investir em melhorias, em capacitare os seus funcionários, emmelhorar os salários. A crise dopaís leva novos contingentes deempregados a procurar seestabelecer por conta própria,aumentando a competiti-vidade,que atinge níveis acirrados,comprometendo a qualidade dosserviços e a segurança dos consu-midores.

Em Paraty, a sazonalidade émuito grande. Temos picos emjaneiro e feriados e baixa ocupaçãono restante do ano. Em várias reu-niões, a Diretoria e os membros doConselho Municipal de Turismoanalisaram formas de aumentar alucratividade de nossos negócios.São reflexões e propostas ativas,em contrapartida àquelas mera-mente passivas, que esperam ouapenas torcem para as coisas acon-tecerem. Um dos frutos destasreflexões é a proposta de se criar,em julho de cada ano, um eventomarcante, do tipo FESTIVAL DE AR-TES, ou um FESTIVAL DE MÚSICA

Antiga, ou Festival de Inverno. Noano passado chegou a ser tentada aorganização de um Festival deArtes, que infelizmente nãoprosperou.

Lucratividade em negóciosturísticos: as férias de julho

A organização de um eventomarcante em julho de cada ano é defundamental importância, pois permite,em época de férias, trazer à Paraty opúblico que vai a Campos do Jordãoou outras cidades de montanhas. Esteturista é de alto poder aquisitivo epoderá ser atraído a Paraty, casotenhamos um evento de peso, que possaser perene ao longo de muitos anos,como o Festival da Pinga e a Festa doDivino, únicos eventos com registro emguias conceituados, como o Guia 4Rodas. Mas, que possa cativar umpúblico mais sofisticado, mais exigente,e com maior poder aquisitivo em relaçãoao grande público que freqüenta oseventos anteriormente citados.

Não se pode cometer erros eorganizar, em julho, eventos que reunamtítulos difíceis de divulgar, difíceis deconsolidar, impossíveis de perdurarpor muitos anos. Como os recursos fi-nanceiros são escasso, é melhor con-centrar atividades na segunda quinzenade julho, época de férias em todas asescolas do país, eleger um nome de fácilassimilação, como Festival de In-verno,ou Festival de Música Antiga, porexemplo, mesmo que, em paralelo,aconteçam outras atividades. O im-portante é escolher com cuidado umevento âncora, uma “marca” e con-solidá-la na comunidade de Paraty, paraque não seja personalizada como desteou de outro governo, mas de toda acomunidade.

O empresário consciente trabalhacom prazos dilatados, não almejandoresultados em um, dois ou três anos. Épreciso convencer nossos colegas ime-diatistas que é preciso plantar paracolher. Em nosso caso, “plantar um bomevento em julho”, mês das férias esco-lares, é o melhor caminho para conse-guirmos melhorar a lucrativi-dade denossos negócios, gerar mais empregos edinamizar a nossa cidade. É precisocomeçar agora, com um ano de prazo, aplanejar julho de 2002, mas não apenaspara colher resultados nesta data e, sim,construir um evento perene, que perdurepor muitos anos. Se tudo for bemorganizado é possível conseguir, em jul-ho de cada ano, pelo menos 50% domovimento de janeiro e crescer paraatingir, em médio prazo, a mesmalucratividade deste mês de alta tem-porada. Vale a pena pensar e bemplanejar julho.

JOÃO JERÔNIMO MONTICELI É

PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE

TURISMO DE PARATY

João Jerônimo Monticeli

Na reunião do Comamp, no diado Fórum DLIS, os presidentes dasAssociações de Moradores de Paratydicutiram o Orçamento Participativodo município para 2002-2005 e a for-ma de repasse da subvenção conce-dida para reestruturação das associa-ções.

OBS.:1: o valor do repasse será dividido

pelo número de associações;2:É importante que as Associa-

ções de Moradores encaminhem comurgência para o Comampos seguintesdocumentos: Cópia do Estatuto, Atada última eleição; Cópia do CNPJ,cópias de Carteira de Identidade eCPF dos diretores;

3: As Associações de Moradoresque não estiverem legalizadas ou comalguma pendência, também devemprocurar o Comamp com urgência;

4: Também ficou definido nesteencontro o apoio integral dos presi-dentes das Associações de Moradoresde Paraty à implantação do ProgramaMédico de Família -PSF

Reunião do Comamp

Prof. Sílvio NolascoEstá em fase de implantação o

projeto de pesquisa e desen-volvimento intitulado “Desenvol-vimento de sistemas alternativospara a recuperação de áreas degra-dadas e geração de renda em comu-nidades tradicionais do entorno deUnidades de Conservação da MataAtlântica”. O projeto já aprovadopelo PRODETAB (Programa de De-senvolvimento de Tecnologias Agro-pecuárias para o Brasil) é coordenadopela Universidade Federal Rural doRio de Janeiro, através do Institutode Florestas, com as parcerias doIDACO, da Embrapa Agrobiologia,Associações de Moradores eProdutores Rurais de Comunidadesde Paraty e a colaboração daPrefeitura Municipal de Paraty.

A Mata Atlântica está submetidaa pressões antrópicas desde o desco-brimento do Brasil, restando hojeapenas 8% de sua cobertura original.A região de Paraty, importante com-ponente da “costa verde” do estadodo Rio de Janeiro, é hoje caracterizadacomo um dos principais remanes-centes de Mata Atlântica do estado,apresentando 83,5% de sua áreaocupada por unidades de conserva-ção.

Um dos grandes responsáveispela destruição da Mata Atlântica éo modelo de agricultura baseado naeliminação total da cobertura flo-restal. Esse modelo, em diversassituações, tem causado a degradaçãodo solo, a escassez dos recursoshídricos, a diminuição da produ-tividade agrícola e, como conse-qüência, sérios problemas sócio-econômicos.

O uso sustentável do solo requera adoção de tecnologias baseadas emconceitos agroecológicos, tais comopráticas de adubação verde, sistemasagroflorestais e insumos biológicos,com uso de bactérias fixadoras denitrogênio e fungos micorrízicos, quefavorecem a melhor utilização denutrientes pelas plantas.

O referido projeto tem comoobjetivo o desenvolvimento de tec-nologias que enfocam a susten-tabilidade e a oportunidade de novasalternativas de produção. O conceitode desenvolvimento sustentávelabrange os aspectos ecológicos, eco-nômicos, políticos e sociais. Nestesentido, as comunidades rurais estãosendo envolvidas, participando dereuniões com a equipe do projeto paraapresentar suas necessidades eanseios dentro das propostas a seremdesenvolvidas.

Dentre as propostas que fazemparte do projeto destacam-se as uni-dades demonstrativas em sistemasagroflorestais, enriquecimento decapoeiras com espécies florestais devalor econômico, adubação verde,uso de biofertilizantes, unidades deprocessamento de frutas e palmitoplantado, treinamento em colheita earmazenamento de sementes flores-tais, além de cursos e dias de campo.

Nossa missão com este projeto épromover o uso sustentado dos re-cursos naturais através da geração dealternativas de renda e trabalho paraas comunidades que vivem noentorno de unidades de conservação.

Explanação Geral do ProjetoProdetab-Paraty 017/99 - Prof.Sílvio Nolasco - UFRRJ/Instituto deFlorestas (Fórum e Campinho);Apresentação do subprojeto 1 -Rodrigo Bacellar - IDACO (Fórum eCampinho), Alberto Feiden -EMBRAPA/Agrobiologia (Fórum eCampinho); Apresentação dosubprojeto 2 - Eliane Ribeiro -EMBRAPA/Agrobiologia (Fórum),Orivaldo Saggin - EMBRAPA/Agrobiologia (Campinho); Apresen-tação do subprojeto 3 - Alan Rangel- UFRRJ/Instituto de Florestas(Fórum).

TOP EMPRESARIAL SEBRAE-RJ

AAAAAMIGOMIGOMIGOMIGOMIGO DODODODODO R R R R REIEIEIEIEI

O Restaurante AMIGO DO REI (1ºrestaurante persa do Brasil), deParaty, recebeu o Prêmio TOP

EMPRESARIAL, concedido pelo Sebrae-RJ. O evento aconteceu no dia 2 deoutubro no teatro João Caetano, Riode Janeiro.

Na foto, da esquerda para a direita:Maria Auxiliadora (Balcão SebraeParaty), Nasrin Battaglia , Cláudio,Battaglia (proprietário) e IramayaBattaglia (filha do casal), HirokoMasumoto (Acip), Celina Vargas doAmaral (diretora de DesenvolvimentoSocial do Sebra/RJ).

Outubro/2001Folha do Litoral8

CM ARRUDA - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOTUDO PARA SUA CONSTRUÇÃO

Tel.: (24) 3362-3397Consulte nossos preços

Rua Carlos Drumond de Andrade, 253Perequê - Angra. Dos Reis - RJ

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

TRADIÇÃO SE CONQUISTACOM QUALIDADETel.: (24) 3371-1179

Fax: 3371-2177Av. Roberto da Silveira, 41 - CentroParaty - RJ

19 9 0 17 - 2 019 9 0 17 - 2 0

Construindo ParatyConstruindo ParatyANOSANOS2222

MARUPIARA LTDA

GANHE DINHEIRO TRABALHANDO

COM AGROECOTURISMOHOTÉIS, RESTAURANTES, MARINHARIA, SERVIÇOS OPERACIONAIS,PASSEIOS ECOLÓGICOS, TRANSLADOS, EXCURSÕES

24) 3371-1972 - Cooparaty; (24) 9814-0767 - Armandoe-mail: [email protected]

O que vazou em Angra I?O que vazou em Angra I? Quatro meses se passaram para que a população (especialmente os moradores circunvizinhos) à Usina Nuclear de Angra dos Reis tomasse conhecimento, somente após di-vulgação pela revista Época, do vazamento de 22 mil litros de água radioativa na usina Angra I, provocado por falha humana. Segundo a revista, a equipe de operadores esqueceu de fechar a válvula da pressão da água; os operadores se-guintes demoraram para descobrir o problema - uma das telas da sala de controle alertava que a água de refrigeração do reator estava c o m p r e s s ã o e x c e s s i v a . O primeiro sistema de s e g u r a n ç a f o i a c i o n a d o automaticamente, permitindo que a água supera-quecida fosse para o tanque de alívio, baixando a temperatura; Logo em seguida, o segundo sistema automático de segurança entrou em ação para evitar que o tanque estourasse com a demasiada quantidade de l í q u i d o r a d i o a t i v o . Tecnicamente, os incidentes

são definido com ENU (evento não-usual), cuja gravidade é codificada em escala abaixo de zero (baixa periculosidade) até 7, d e f i n i d a s e m a c o r d o s internacionais. Este, em Angra I, foi classificado ENU 1 pela Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN. Desde o início de sua operação comercial em 1985, a maioria dos eventos não-usuais ficaram abaixo de zero, raros chegaram ao nível 1. Por constatar que o evento era sem gra-vidade para a população, a direção da Eletronuclear optou por não levá-lo a público. In ic ia lmente i s to causou estarrecimento ao prefeito Fernando Jordão (Angra) e lide-ranças comunitárias. Jordão agendou uma reunião no dia 24 de setembro com representantes da Eletronuclear, CNEN, Câmara de Vereadores para avaliar os efeitos das matérias publicadas na revista Época. Feitos os esclarecimentos, o prefeito de Angra saiu convencido de que

realmente o vazamento não representou perigo para a população nem para os tra-balhadores da usina. Como infor-mou a revista Época, o ofício n.º 20 da diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN diz o seguinte: "O evento ocorreu devido à não-observância pelos operadores do controle da temperatura e da pressão do circuito primário, conforme estabelecido em procedimentos".

N o v a f a l h a

No dia 4 de outubro, defeito em válvula de depósito de boro (elemento químico usado para con-trolar a reação nuclear) inter-rompeu o funcionamento de Angra I por mais de 11 horas. Técnicos da empresa religaram a usina após constatarem que o problema não representava perigo ao sistema ou à população. O defeito foi descoberto quando um operário manuseou o equipamento para retirada de amostra de boro às 6h40m. Após

. . . . . .

fechá-lo, a sinalização mostrava que a válvula continuava aberta e, outras vezes, fechada. Esse defeito também foi classificado em risco abaixo de zero. Desta vez a direção da usina divulgou o problema, afirmando que não era g r a v e .

E s c l a r e c i m e n t o s d a E l e t r o n u c l e a r

Inicialmente, a Eletronuclear não divulgou o evento do dia 28 de maio, por considerar não grave, após classificação da CNEN. Porém, após a polêmica criada com a divulgação pela revista Época o programa Fantástico, da Rede Globo, a empresa se pronunciou a respeito do vazamento. Quanto ao evento do dia 04/10, a empresa divulgou o desligamento da usina, logo após. As informações divulgadas pe la empresa podem ser acessadas na i n t e r n e t, em www.eletronuclear.gov.br.O jornal Folha do Litoral abriu debate na região em 1995,

. . . . . . . . . . . . . . . . .

..........

DEUS!!!

É AUSINA!!!

SERÁ?

CALMA!

enviando para a empresa (na época, Furnas) uma série de questionamentos que, até hoje, nunca ficaram muito claras.Apesar dos esclarecimentos já divulgados pela imprensa, o C O M A M P p o r s u a v e z , considerando que a população a que representa, através das Associações de Moradores, não e s t á s e n d o d e v i d a m e n t e esclarecida sobre estes acon-tecimentos, enviou carta ao presidente da Eletronuclear, Flávio Decat , sol ic i tando informações sobre o evento de maio. O Conselho aproveitou e o convidou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, para participar do Fórum DLIS do dia 18 de outubro, que discutirá o tema "Bacias hidrográficas e Saneamento" e também abordará os acontecimentos em Angra I. Em conversa por telefone, a assessora Glória Álvarez disse que ele participaria do evento, faltando uma confirmação final.

Paraty, 04 de outubro de 2001ÀEletronuclearAtt. FLáVIO DECAT DE MOURAAngra dos Reis-RJ Prezado Senhor, O Conselho Municipal das Associações de Moradores do Município de Paraty (COMAMP), instituição que representa as associações de moradores, através de uma gestão colegiada, tendo como missão integrar social e economicamente as comunidades de Paraty através das seguintes metas: Ampliar a participação dos moradores nas associações. Garantir o direito de comunicação entre as comunidades através dos sistemas de correios, telefonia ou rádio amador; Criar unidade de saúde nas comunidades rurais; Garantir a pavimentação das estradas vicinais; Dotar os núcleos rurais com infra-estrutura agroecoturística, reflorestar as Margens dos rios com palmito, coco, madeira-de-lei, etc. Através da presente, solicitamos que nos sejam enviadas, de forma precisa e objetiva, informações sobre: 1. O vazamento ocorrido em 28 de maio 2001e noticiado pela revista Época; 2.Plano de evacuação; 3. Qual o destino do lixo nuclear? E qual a capacidade local que ainda é disponível para armazenamento dos resíduos radioativos e em quanto tempo estará esgotada ? Atenciosamente, Domingos Oliveira Presidente

Reunião do Consórcio Intermunicipal da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Hora - das 9 horas às 16 horas Local - Pousada Villas de Paraty(Rua Otávio Gama, 100 Tel.: (24)3371-2248)

Palestra: “Captação de recursos junto àEmbratur e Experiências nos Gerenciamentosde Projetos Turísticos regionais”