jornal brasil atual - bebedouro 17

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Jornal Regional de Bebedouro www.redebrasilatual.com.br BEBEDOURO nº 17 Março de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Pelotão Sem Rumo pedala pelas trilhas da cidade e da região Pág. 7 CICLISMO NO RUMO CERTO Servidores municipais dão um belo exemplo de cidadania Pág. 6 COOPERATIVA ELA DEU CERTO Família Galvão quer dinheiro pelas benfeitorias Pág. 2 RÁDIO NOVELA: AS TORRES POLÍTICA Ex-vereador Orpham fez de tudo para ajudar, mas faltou um ofício da Prefeitura Pág. 3 ITALIANO PERDE AMBULÂNCIA UTI Beber e dirigir é uma das principais causas de acidentes de trânsito COMPORTAMENTO MORTES BESTAS

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CiClismo PolítiCa rádio no rumo certo ela deu certo novela: as torres Distribuiçã o nº 17 Março de 2012 Pág. 7 Pág. 3 Pág. 2 Pág. 6 Jornal Regional de Bebedouro Servidores municipais dão um belo exemplo de cidadania www.redebrasilatual.com.br Pelotão Sem Rumo pedala pelas trilhas da cidade e da região Família Galvão quer dinheiro pelas benfeitorias

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Jornal Regional de Bebedouro

www.redebrasilatual.com.br BeBedouro

nº 17 Março de 2012

DistribuiçãoGratuita

Pelotão Sem Rumo pedala pelas trilhas da cidade e da região

Pág. 7

CiClismo

no rumo certo

Servidores municipais dão um belo exemplo de cidadania

Pág. 6

CooPerativa

ela deu certo

Família Galvão quer dinheiro pelas benfeitorias

Pág. 2

rádio

novela: as torres

PolítiCa

Ex-vereador Orpham fez de tudo para ajudar, mas faltou um ofício da Prefeitura

Pág. 3

italiano Perde ambulÂnCia uti

Beber e dirigir é uma das principais causas de acidentes de trânsito

ComPortamento

mortes bestas

2 Bebedouro

expediente rede Brasil atual – Bebedouroeditora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 10 mil exemplares distribuição Gratuita

editorial

Uma dupla diabólica no trânsito, a bebida e a direção, revela--se cada vez mais perigosa nas ruas e estradas do Estado de São Paulo. Os registros de acidentes não param. As mortes banais são absurdas. Os hospitais públicos veem-se cada vez mais cheios de pacientes que dão entrada por causa de batidas e atropelamentos. Nem os pedestres escapam também de ser os causadores de mui-tos acidentes, segundo o Ministério da Saúde. Para o condutor que dirige bêbado, a pena é pra lá de leve: quatro anos de prisão e o pagamento de uma multa. O pior é que a arrogância dos mo-toristas, armados de um carrão e dessa impunidade inaceitável, agrava mais esse cenário devastador.

Uma outra medida, desconexa e fora da realidade, pas-sou quase despercebida em Bebedouro. Trata-se do pedido de uma ambulância UTI Móvel, feito pelo prefeito Italiano a sindicalistas da cidade, e que contou com a pronta boa von-tade do ex-presidente da Câmara Municipal, Carlos Orpham, para resolvê-lo. Italiano teria apenas de mandar um ofício ao deputado federal Ricardo Berzoini para que a demanda fosse atendida. Mas o tempo passou, Italiano fez ouvidos moucos aos apelos e a ambulância foi para outra cidade. Outro episó-dio também melancólico foi o corte de ipês-rosas da cidade. São dois exemplos esdrúxulos que há muito tempo a socie-dade local pensava estarem sepultados. É isso. Boa Leitura!

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

Chamo-me Eupídio, tenho 22 anos e sou bebedourense. Leio o Brasil Atual e parabenizo-os pelo serviço público prestado. O impresso é dinâmico e cheio de textos que vão direto ao ponto, infor-mando e aflorando nosso senso crítico. A última página é bastante divertida! Entro em contato para pedir uma ajuda. Sou escritor – não profissional, óbvio – e gostaria de lançar um livro.

Tenho muitas crônicas, alguns contos, dezenas de poesias, peças de teatro, letras de música e uma história de 25 capítulos sobre três meninos que viajam no tempo para impedir a colonização portu-guesa no Brasil. Tenho também uma história infantil em versos. Possuo material para lançar mais de um livro. Escrevo todos os dias, à mão, porque não tenho computador. Peço a ajuda de vocês para me indicar uma editora. Sonho com isso. Também gostaria de mostrar algumas músicas de MPB que escrevi a algum cantor interessado em canções novas. Entrem em contato comigo para dialogarmos. Ficarei feliz. Mantenham o belo trabalho feito para o bem de Bebedouro.

Tchau! Até logo, espero!Obrigado.

Eupídio Bruce Pereira da Cunha – Bebedouro – S P

vale o que vier

Um espectador rádio bebedouro

Família Galvão quer dinheiro Lugar onde ficam as torres merece compensação?

A novela das torres da Rá-dio Bebedouro parece não ter fim, e muito menos feliz. Tudo começou em 2009, quando a Câmara de Vereadores revo-gou o empréstimo do terreno de 48 mil m², que o município fez à rádio durante 30 anos. Três anos se passaram, a Jus-tiça determinou a retirada das torres e a entrega do terreno ao município. Mas os proprietá-rios da Rádio Bebedouro nun-ca desistiram de usufruir do benefício, que nenhuma outra rádio tem. Assim, entraram com todos os recursos e ações judiciais para continuarem utilizando o terreno do Jardim Centenário.

Em novembro de 2010, o jornal Brasil Atual trouxe uma matéria sobre o assunto, na qual as moradoras recla-mavam da sujeira e do mau cheiro no local. Altiva Clé,

de 52 anos, disse à época que os proprietários levavam seus cavalos para o terreno e infes-tavam o lugar com carrapatos--estrelas. O episódio mais re-cente dessa novela é o pedido de indenização que os Galvão

Moura fizeram, via Justiça, pelas “benfeitorias” realiza-das. Hoje os moradores se perguntam quais benfeitorias seriam essas, já que o emprés-timo só trouxe problemas para eles e para o bairro.

as torres são quase invisíveis na foto. mas elas estão aí

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3Bebedouro

PolítiCa

Prefeitura perde uma ambulância tipo uti móvelCarlos Orpham acerta emenda com deputado, mas Italiano não cumpre a sua parte

No final do ano passado, o diretor do Sindicato dos Ser-vidores Municipais, Airton Pinheiro, procurou Carlos Or-pham (PT), ex-vereador e ex-presidente da Câmara, e pediu ajuda para beneficiar a cidade com uma ambulância UTI Mó-vel para o Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira. Airton dizia que o pedido fora feito pelo prefeito durante reunião de negociação com o sindicato, que contou com a presença de Amarildo José da Silva Pinto, enfermeiro e diretor da enti-dade. “Vocês não ajudam em nada, só cobram” – teria dito Italiano. Diante disso, Airton prontificou-se a ajudar o pre-feito, ao que Italiano respon-deu: “Preciso da ambulância”. No mesmo dia, a pedido do sindicalista, o ex-vereador pe-

meio ambiente

Prefeitura corta ipês-rosas de mais de dez anosVizinhança, indignada, abomina a destruição de árvores; Prefeitura fala em “ordem superior”

Foi uma tristeza. Nos dias 8 e 9 de março, o pessoal da Rua Tobias Lima, perto do antigo campo da Associa-ção Atlética Internacional, o Estádio Arnoldo Bule, hoje propriedade do Centro Uni-versitário Unifafibe, deu com uma cena lamentável: funcio-nários da Prefeitura serravam oito ipês-rosas que enfeitavam a região e davam sombra e ar puro há mais de uma década. “Passo por aqui todos os dias e apreciava a beleza das ár-vores. Além de bonitas, elas

pertencem à flora nativa brasi-leira e seu corte é proibido por lei. Isso foi um crime” – disse o escritor Saulo Pimenta Ne-ves, de 46 anos.

A moradora Venina Bre-viglieri, de 50 anos, chegou a ligar para a polícia ambiental e fez a denúncia: “Não sei as providências que eles tomaram, mas fiquei tão chocada com o que vi, que achei que devia fa-zer alguma coisa” – diz Veni-na, com ar de pesar. Um casal de moradores, que não quis se identificar, também ficou irrita-

do com o corte. A mulher disse que o marido ficou tão nervoso que começou a esbravejar com os funcionários. “A gente sabe que eles cumprem ordens, mas vendo as árvores sendo tomba-das e picadas, meu marido não se conteve e falou um monte para eles.”

Procurada pela reporta-gem, a Prefeitura, por meio do Departamento de Comunica-ção, disse que foi uma “ordem superior”, com base em laudo emitido pelo engenheiro Hugo Lemos, do Parque Ecológico.

tista contatou a assessoria do de-putado federal Ricardo Berzoini (PT) e acertou a destinação de uma emenda parlamentar para

Bebedouro, no valor de R$ 150 mil, para a compra da ambulân-cia.

O deputado respondeu a Or-

pham que o Executivo teria de oficializar o pedido ao seu ga-binete. Orpham procurou então Italiano, via celular, que lhe ga-

rantiu que faria o documento. Passaram-se dois dias, e nada de o ofício aparecer. No ter-ceiro dia, Orpham ligou para o gabinete do prefeito e falou com a assessora Regiane Ja-tobá, que lhe garantiu que já havia encaminhado o ofício ao deputado. Orpham, então, pe-diu uma cópia do documento. Nada aconteceu. Depois disso, o ex-vereador falou mais uma vez com Regiane Jatobá, mas o ofício não chegou às mãos da assessoria do deputado, nem de Orpham. No final de fevereiro, o assessor de Berzoini, Cássio Teixeira, cobrou o documento do ex-vereador. “Restou-me somente dizer ao Cássio que Italiano, incompreensivelmen-te, não mandara o ofício. E, assim, o recurso foi para outro município” – conta Orpham.

a destruição dos ipês: para quê?

a ambulância com unidade de terapia intensiva (uti) móvel que bebedouro não quis

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ComPortamento

beber e dirigir, uma das causas de acidentes de trânsito

ministério da saúde: “os pedestres causam acidentes”

A arrogância de alguns, armados de um carrão e da impunidade, agrava mais o cenário Por Andrea Dip

Um copo de cerveja em uma das mãos, a chave do carro na outra é uma combinação explo-siva. Num bar da Barra Funda, em São Paulo, um grupo de ami-gos comemora. A maioria está de carro, todos bebem. “Não existe essa história de motorista da ro-dada, isso é balela. A gente sabe que é errado, que tem a Lei Seca, mas cada um volta para casa no seu carro” – diz um deles.

Uma mulher conta com a aparência do carro para não ser parada nas fiscalizações. “Carro bacana ajuda a passar pela polí-cia.” Um amigo acha a lei muito

bebida e direção, uma dupla muito perigosa e que se junta quase sempre

o atropelamento é outra causa de morte no trânsito

Pesquisa do Ministério da Saúde sobre os acidentes de trânsito analisou 1.248 víti-mas de seis capitais, das cin-co regiões do país. O atrope-lamento foi o segundo maior registro de casos em Manaus, Brasília e São Paulo. Nas fai-xas etárias extremas, ele ficou em primeiro lugar, atingindo 52% das vítimas com mais de 60 anos e 47% até 9 anos.

“O atropelamento é uma causa de morte no trânsito. E quando o pedestre está alcoo-

Saúde, o Brasil vive uma epi-demia de acidentes de carro e moto. Em 2010 o país teve mais de 145 mil internações no Sis-tema Único de Saúde (SUS). Quatro em cada dez mortes ti-veram em comum a presença do álcool. Um jovem declara, com o copo de chope na mão: “Hoje os carros têm freio ABS e airbag e a gente se sente bem mais seguro para dirigir, mesmo depois de beber”. Mas o que aconteceria se ele atropelasse uma pessoa que não possui freio ABS nem airbag? Ele responde: “A gente paga fiança e sai”.

Pena para condutor bêbado: 4 anos de prisão e multaO suspeito de embria-

guez não é obrigado a soprar o bafômetro. Levado à dele-gacia, o motorista paga mul-ta e é liberado. Esse é o pro-blema da Lei Seca, segundo Mauricio Januzzi, presidente da Comissão de Direito do

Trânsito da OAB São Paulo. Januzzi aponta a falta de fisca-lização como motivo para a lei não ser levada a sério. “O ideal seria que, com a polícia, agis-sem agentes de saúde, para de-tectar quando o motorista está alcoolizado” – diz ele.

Para o advogado, é “balela” o projeto do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – ainda não aprovado na Câmara – que prevê pena de até 16 anos de prisão para quem causar aci-dente alcoolizado. “O projeto peca pela pena, muito alta, que

fere o princípio da proporcio-nalidade. Januzzi sugere um novo projeto de lei popular que confere maior rigidez à lei vigente. No site <www.naofoiacidente.org> ele pede assinaturas para levá-lo ao Congresso Nacional. A nova

lei acaba com a multa para quem dirige embriagado, altera as penas, pede exame clínico feito pelo médico para servir de prova da em-briaguez do condutor, sem a necessidade do bafômetro ou do exame de sangue.

lizado, ele não tem condição de avaliar a distância e a ve-locidade dos veículos” – diz a coordenadora da pesquisa, Ana Glória Melcop.

Segundo Carlos Salgado, da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a impunida-de e a desinibição produzida

pelo álcool são responsáveis pela falta de percepção de ris-co e intransigência ao volante. Ele as compara às pessoas que fazem sexo sem camisinha.

Para o sociólogo Juracy Amaral, da Pontifícia Uni-versidade Católica de Minas Gerais, o problema é cultural. “A cultura brasileira incentiva o exibicionismo e a ostenta-ção de poder e permite a al-guns agir como se fossem mais iguais que os outros” – obser-va. “Quem se julga mais ‘cida-

dão’ é quem pratica indelicade-zas no condomínio onde mora, no local onde trabalha, estuda e se diverte. Amaral discute o paradoxo em relação à bebida: “O incentivo à bebida é cons-tante e o boteco é apontado nas propagandas como lugar de di-vertimento. Isso envolve inte-resses econômicos poderosos. Então, em vez de tentar coibir a bebida, talvez fosse o caso de o poder público investir em ativi-dades culturais que não depen-dam do álcool”.

radical. “Uma ou duas latinhas de cerveja não mudam o estado da pessoa.” Ele aponta a falta de

transporte público nas madru-gadas como um dos problemas: “Táxi é caro e ainda é cobrada

bandeira 2. A gente prefere gastar esse dinheiro no bar” – conclui.

Segundo o Ministério da

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5Bebedouro

lei muito mal elaborada

Com remorso, motorista quer endurecimento da lei

“Está na Constituição e é uma segurança que o cida-dão tem de se defender.” O advogado criminalista Ser-gei Cobra Arbex não concor-da que o direito de uma pes-soa de não provocar provas contra si seja desqualificado. “A confissão forçada sob tortura é uma maneira de au-toincriminação: ‘Assina aí, senão você vai ser prejudi-cado’, ‘assina, senão a gente vai colocar sua mulher no processo’, ‘faz o bafômetro, senão vai ser preso’.

Arbex acha a lei mal ela-borada. Ela estabelece o cri-

Maurício já esteve do outro lado do volante. Há dez anos, dirigia embriagado e se envol-veu em um acidente que cau-sou a morte de uma pessoa. “Era Quarta-Feira de Cinzas. Eu voltava de uma festa com o dia claro. Estava bêbado e com sono. Deixei os amigos em casa e não me lembro de mais nada.” Maurício acordou no hospital, só de bermuda, sem saber onde estava ou o

que havia acontecido. “Per-guntei à enfermeira. Ela disse que eu me envolvera em um acidente e tinha sido levado ao hospital só com a roupa do corpo.” Maurício ligou para a família e soube o que acon-tecera. “Meu carro bateu em outro, 15 quilômetros depois da entrada da cidade onde eu estava. Os dois veículos se incendiaram. Algum tempo depois, fui informado de que

a mulher que estava no outro carro morrera em decorrência do acidente. Chorei muito. É horrível pensar que causei so-frimento para uma família e poderia ter causado a mesma dor a meus pais e meu filho por uma besteira.” Maurício responde a processo e é a fa-vor do endurecimento da lei, “para que as pessoas não co-metam o mesmo erro, de achar que não acontece com elas”.

um peso absurdoRafael Baltresca perdeu

a mãe e a irmã atropeladas por um homem bêbado, em setembro. Elas saíam de um shopping em São Paulo e foram prensadas contra o muro. Morreram no local. O homem ficou detido por duas semanas e foi liberado sem pagar fiança, porque apresentou atestado de po-breza. “Meu pai faleceu há sete anos, eu morava com elas.” Rafael lamenta: “Não há um caso no Brasil em que a pessoa fique presa depois de matar alguém por dirigir embriagada. Geralmente ela

é indiciada por homicídio culposo, sem a intenção de matar. E paga a culpa doan-do cestas básicas ou pintan-do muros da comunidade” – critica.

tério da dosagem alcoólica, e não do estado de embriaguez. “A legislação anterior dizia es-tado de embriaguez, ou seja, era um conceito mais abran-gente.” O advogado admite que a lei atual traz uma efici-ência na parte administrativa,

porque a recusa ao bafômetro pode levar à perda da habili-tação, mas “torna míope” o processo penal, porque sem o bafômetro não há provas. “Para aquele que bebe todo dia, o bafômetro não é limite; ele continua bebendo, cor-rendo com seu carro e pondo em risco a coletividade.”

A fiscalização por meio de blitz com grandes con-tingentes de policiais milita-res também é criticada pelo especialista. “É o princípio invertido de que todo mun-do é criminoso até prova em contrário.”

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Telefone: (11) 3241–0008E-mail: [email protected]

Rede

uma nova ComuniCação Para um novo brasil

6 Bebedouro

CooPerativismo

Cooperativa de Crédito dos servidores municipaisCoocresb tem 3.220 contratos feitos com mil clientes e já emprestou quase R$ 5 milhões

Cansados da exploração dos bancos, cerca de 30 fun-cionários públicos munici-pais de Bebedouro resolve-ram criar, em maio de 2004, a Coocresb – Cooperativa de Crédito dos Servidores Municipais de Bebedouro. “Nosso grande objetivo era tirar o funcionário munici-pal das grandes dificuldades e exigências impostas aos pequenos correntistas pelos grandes bancos privados” – conta o coordenador de cap-tação, Valdecir Valêncio, de 47 anos. Hoje a cooperativa tem 1.000 cooperados, num

universo de 2.500 funcioná-rios, entre ativos e aposenta-dos. Com um total de 3.220 contratos realizados, num montante de mais de R$ 4,9 milhões, a direção da entidade está realizada e com fé no fu-turo. Valdecir diz que o obje-tivo agora é ver a cooperativa com uma agência e integrada ao Sicoob – Sistema de Coope-rativas do Brasil. “Sonhamos em estender o atendimento da Cooperativa em PACs – Posto de Atendimento ao Cooperado -, num raio de até 100 km de Bebedouro” – diz Valdecir, que completa: “Uma sede própria

também faz parte dos nossos sonhos”.

Por ser pioneira, a Coo-cresb é referência para a re-gião norte de São Paulo, na modalidade de créditos para servidores municipais. A enti-dade funciona na Rua Prudente de Moraes, 636 (fone: 3342- -2575) e conta com um quadro enxuto de funcionários. Ela atua como uma agência bancária, já que, em janeiro, o Banco Cen-tral emitiu uma resolução se-gundo a qual o funcionário pode optar por onde quer receber o seu salário. Eis aí a chance da Coocresb crescer ainda mais.

bonecas de pano: artesãs estavam prontas para a festa

dia internaCional da mulher

artesãs sentem-se ofendidas pela Primeira-dama Convidadas, elas deixaram o local indignadas com a obrigação de pagar ingresso

No sábado, 17, ocorreu na Estação Cultura um evento comemorativo ao Dia Interna-cional da Mulher, organizado pela CDL – Câmara de Diri-gentes Lojistas de Bebedouro, em parceria com a Prefeitura Municipal. Tratou-se de um desfile de modas com jovens da cidade. Convites foram vendidos antecipadamente a RS 15,00. A Associação dos Artesãos de Bebedouro – Cir-co das Artes – foi convidada a expor e vender suas peças. Vi-talina Ferreira Lima da Silva, de 52 anos, levou seus traba-lhos de vestuário em crochê; Claudete Teresinha Quimello, 53 anos, levou os de decora-ção e cozinha; Neide Lemos, 55 anos, levou bonecas de

pano e decoração; Regina Sarri, 59 anos, as bonecas de pano; e Rosângela Aparecida da Silva, 44 anos, a decoração em flores. Para ficar tudo “nos trinques”, elas, como convida-das, foram para o evento bem

cedinho e organizaram as bar-racas com capricho.

O desfile, regado a coque-tel, começou na hora marcada, 16 h, logo após a chegada da comitiva puxada pelo prefeito Italiano e pela primeira-dama

Sueli Bianchini. Tão logo a fes-ta teve início, as artesãs foram avisadas de que para perma-necerem no recinto teriam que pagar ingressos. Ofendidas, elas começaram a desmon-tar suas barracas. Para que os participantes não vissem o que ocorria, a organização impro-visou um pano de fundo entre

a passarela e as barracas. “Que vexame!” – lamentou um parti-cipante que não quis se identi-ficar. O desconforto era visível. As artesãs ficaram muito irrita-das com a primeira-dama por terem “certeza” de que a ordem para cobrar os ingressos teria vindo dela. “Isso ainda vai ter troco” – disse uma delas ao sair.

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7Bebedouro

CiClismo

Pelotão sem rumo. ou a arte de sair por aí pedalandoCrianças, damas, jovens, madurões e suas magrelas circulam nas trilhas da cidade e região

Em março de 2004, os ami-gos José Marcassa, de 70 anos, e Anedino Treviso, de 68, saí-ram pedalando pela cidade, aos domingos de manhã. Dois me-ses depois, já eram 15 os par-ticipantes. Sem um trajeto pre-definido, o combinado era sair sem rumo, daí o nome Pelotão Sem Rumo. Eles buscam quali-dade de vida.

Hoje há 81 ciclistas cadas-trados. Eles pedalam uniformi-zados, com todos os itens de segurança – capacete, luvas e óculos – para a prática do ciclis-mo. As bikes são modernas e de

boa qualidade para suportarem a dureza dos percursos. Segun-do Flávio Lapola, de 46 anos, o Pelotão faz os caminhos pelos distritos de Botafogo, Andes,

Turvínea, Monte Azul Paulista, Ibitiúva, Taiúva e outras estra-das de terra da região. “Em mé-dia, aos domingos, percorremos de 35 a 45 km, a partir das 7

skate

o pequeno grande skatistaCristiano Magalhães, de 4 anos, dá show nas pistas

O apelido dele é Monta-nha. Seu nome de batismo é Cristiano Magalhães. Aos quatro anos de idade, ele sai de Sertãozinho, cidade em que reside, e vem a Be-bedouro, acompanhado de sua mãe, para treinar skate na pista que fica próxima ao sambódromo. O menino é campeão regional de ska-te. Ele venceu campeonatos nas cidades de Pitangueiras e Sertãozinho, onde recebeu uma medalha de honra ao mérito, na Câmara Munici-pal, com a presença de auto-ridades, que viram nele um grande exemplo de determi-nação e carisma.

Montanha iniciou no es-porte há dois anos, depois que foi a uma loja com seu pai para

comprar uma patinete. Mas, em vez da patinete, ele se apaixonou pela prancha de skate. Sua mãe, Rosana Magalhães Oliveira, de 33 anos, é grande incentivado-ra, apaixonada pelo esporte radi-cal, e vê nele um atleta de futuro, tamanha a dedicação do garoto. Não precisa nem dizer o porquê

do apelido, sendo tão pequeno. É que a sua grandeza está na destreza que tem em cima da prancha e nas manobras que o público tanto admira. Como toda criança ele gosta também de soltar pipa e andar de bici-cleta. Mas vibra mesmo é em cima do skate.

CaPoeira

a bahia é aquiEles são os Guerreiros de Aruanda

Fabiano Ferreira da Silva, de 34 anos, o mestre Pit Bull, coordena o grupo de capoei-ra Guerreiros de Aruanda há nove anos, uma parceria entre o poder público e a iniciati-va privada. A Prefeitura entra com o espaço para a realiza-ção das aulas e de treinos e as empresas financiam os outros custos. Com 150 alunos, o projeto envolve todas as fai-xas etárias. Para mestre Pit Bull, que começou a jogar a capoeira muito novo, o espor-te é a sua vida: “Não me ima-gino sem a capoeira” – diz.

Segundo o mestre, “a ca-poeira tem o poder de trazer, além do condicionamento fí-sico, o equilíbrio e a paz inte-rior”. Por serem acompanha-dos de berimbaus e tambores, os alunos aprendem um pouco

da música afro. O grupo conta também com outros treinado-res, os contra-mestres Angorá e Billy, o mestre Mun Rá, e os instrutores Tsunami, Trovão e Brunão. Pit Bull explica que todos têm nome de batismo na capoeira, daí os diferentes apelidos que apresentam.

De 18 a 20 de maio, Be-bedouro sediará o 12° Encon-tro Nacional de Capoeira. Os Guerreiros de Aruanda estão ansiosos pelo evento. O grupo se apresenta na Feira Livre, aos domingos pela manhã.

horas da manhã, com saída da Bicicletaria Ciranda, do Seu Anedino” – conta Lapola.

Há um ano, o grupo co-meçou a fazer trilha off-road (fora de estrada) noturna, às terças-feiras, às 19h30, a partir do Posto Shopping. Os traje-tos são os mesmos que fazem durante o dia, porém, à noite, as dificuldades aumentam. “É muito mais emoção, aventura e descontração” – diz Lapola. Do mesmo Posto Shopping sai também o Passeio Ciclístico da Família, às quintas-feiras, às 19h30. Com a participação

de crianças e mulheres, eles pedalam no perímetro urbano. Uma viatura da Guarda Civil Municipal cuida da segurança.

Em abril, o grupo planeja uma aventura mais ousada. Pretende pedalar a Aparecida do Norte, percorrendo 500 km de caminhos alternativos. Se-gundo Anedino Treviso, outro sonho do pelotão é conquistar uma cidade mais sustentável e humana com a construção de ciclovias, “até porque, a gente não pode ficar sem rumo por tanto tempo” – acrescenta Tre-viso, às gargalhadas.

havia uma árvore no meio do caminho

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8 Bebedouro

Foto síntese – estrada de andes

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Palavras CruzadasPalavras Cruzadas

respostas

Palavras Cruzadas

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

horizontal – 1. Indivíduo que dirige qualquer veículo; Casa 2. Estágio, fase; Ensinamento sobre determinada área de conhecimento, dado por professor a alunos ou a um auditório 3. Conjunto composto pelos seres vivos e seus cenários originais 4. Reunir-se para formar casal ou para procriação 5. Tecido leve em forma de tela muito fina; Ou, em inglês 6. O natural ou habitante de uma ilha; Canção, Cantiga 7. Que domina ou exerce poder 8. Sigla do Estado do Amazonas; Sufixo que transmite a ideia de natureza, origem, semelhança; Símb. do rádio 9. O período de tempo que vai do começo da manhã ao pôr-do-sol; Símbolo de Curie, unidade de medida de radioatividade; Cidade do interior de São Paulo 10. Matar (-se) em sacrifício a uma divindade ou causa.

vertical – 1. Punição imposta por lei 2. Pico do Estado de Minas Gerais 3. O mesmo que folha de flandres; Hospital de Messejana; Exprime dor, tristeza, desespero ou, às vezes, alegria, contentamento 4. Uma das entidades mais poderosas da Igreja Católica 5. Perversão sexual; Que não tem outro igual 6. Anel; Tonalidade da cor azul 7. Aquele que não tem sorte 8. O clarão da Lua; Sigla de Rondônia; Sigla do Paraná 9. Sigla de Alagoas; Em 297 a.C. restaurou o seu reino no Épiro 10. Ramificação; Associação dos Alcoólicos Anônimos.

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Palavras cruzadas

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