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Exercícios práticos de Jornalismo OnlineTRANSCRIPT
m direito conquistado há
Umuito tempo, hoje não muito
valorizado por jovens. O
movimento que levou para as ruas do País,
no final da década de 80, jovens de um modo
geral, mas principalmente entre 16 e 17
anos, em busca do direito do cidadão: o voto
já não é tão interessante para a juventude
nos dias atuais. O voto facultativo entre os
adolescentes com essa faixa etária vem
caindo, e muito, depois das manifestações
de 2013 que levaram milhares de jovens as
ruas por todo o Brasil.
Segundo dados do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), de 2010 a 2014 houve uma
queda de 33% na emissão de títulos de
eleitores desta faixa etária entre 16 e 17
anos. Para este seguimento de eleitores o
voto é facultativo. O número era de quase
2,4 milhões de eleitores com essa idade.
Hoje é pouco mais de 1,6 milhão, que mostra
um descontentamento com o processo
político brasileiro.
De acordo com a Justiça Eleitoral,
esses dados são alterados apenas nas
eleições estaduais, onde o número e o
interesse é maior que as eleições nacionais.
Escândalos de corrupção, uso da
máquina pública para promoção pessoal,
sempre os mesmos grupos políticos há
décadas. Essas e outras coisas evidenciam
uma descrença quase que total na política
partidária brasileira. O jovem é conhecido
por querer mudar o mundo e lutar pelos seus
ideais, mas a falta de incentivo político o
impede de avançar dentro deste contexto
político.
“É preciso humildade para conversar, dialogar, se a p r o f u n d a r m e s m o n o s problemas. Eles falam o que o povo quer ouvir. O povo ouve o que quer ouvir, mas não tem o que quer”, ANÔNIMO.
EDITORIA POLÍTICA
DESINTERESSE PELA POLÍTICA AUMENTA ENTRE ADOLESCENTES
DE 16 E 17 ANOS
IMAGEM DIVULGAÇÃO - (INTERNET). MANIFESTAÇÃO EM 2013, LEVOU MILHARES DE JOVENS AS RUAS POR TODO O BRASIL.
A 1
POR THALYANNE ARAÚJO E EMERSON BATISTA
s partidos políticos a cada ano
Oeleitoral vêm inserindo jovens
dentro do processo político, nas
últimas eleições já são comuns vê-los em
campanhas eleitorais e candidatos a diversos
cargos públicos. Através da juventude as
coligações fazem novas parcerias e buscam o
novo, ou seja, o diferencial que é bem
representado pelos adolescentes, mas no Brasil o
jovem é inserido na política muitas vezes pela
tradição familiar, pois muitos políticos que estão
anos no poder acabam lançando a candidatura
dos próprios filhos ainda adolescentes.
Atualmente o candidato à vice na chapa
do governador José Melo (PROS), Henrique
Oliveira (SDD), lançou a candidatura a deputado
estadual do filho Henrique Junior do mesmo
partido, além dele, o ex-prefeito de Coari Adail
Pinheiro (PRP) que responde por inúmeros
processos na justiça eleitoral também lança o
filho a uma vaga na assembleia legislativa do
Estado do Amazonas. Mesmo com o apoio dos
pais, os dois não conseguiram se eleger. Está é
uma realidade muito comum no contexto político
brasileiro.
Para o vice-presidente do PR Jovem no
Amazonas Victor Dantas, 26 que faz um trabalho
de conscientização política entre a juventude
dentro do Partido da República - PR. Ele acredita
que para os jovens se interessarem pela política
partidária é necessário o comprometimento deles
com as diversas causas sociais. “Queremos
desenvolver e profissionalizar projetos e ações
sociais em comunidades que estejam dando
certos, e os jovens inseridos neste processo, pois
possibilitará que tenham conhecimento dos
problemas sociais. Desta forma, para que
possamos depois subsidiar esses projetos. Onde
tudo isto voltará a favor desta comunidade”, diz.
Para ele existem dois tipos de política: a partidária
e a social, “o que estamos propondo para maioria
dos jovens é a social”, finalizou.
OS JOVENS DENTRO DO PROCESSO POLÍTICO
BRASILEIRO
A 2
I M A G E M D I V U L G A Ç Ã O - J U V E N T U D E R E V O L U C I O N Á R I A
POR MAYCON NASCIMENTO
esde a ditatura militar em meados de
D1964 o direito de ter voz e vez nas
decisões do país era o que milhares de
jovens reivindicavam buscando através de
manifestações os seus direitos. Durante 21
anos o brasileiro esperou até que seu sonho
fosse estabelecido.
O voto aos 16 anos foi conquistado no fim
da década de 80 quando os sonhos de jovens
brasileiros tinham a perspectiva de mudar o
Brasil. Em 1986 os jovens foram às ruas
pedindo o direito de votar aos 16 anos. A
campanha foi vitoriosa, passando assim a fazer
parte da nova Constituição da República
Federativa do Brasil. Fazendo assim um voto
facultativo, enquanto dos 18 aos 70 é uma
obrigatoriedade.
Durante todo esse tempo até o ano de
2014, jovens puderam escolher os seus
representantes para ocuparem o cargo
parlamentar na esfera política. Mas, contudo,
esse perfil de jovem que almeja mudança vem
se perdendo, pelo fato de tanta corrupção e
isenção de resposta a quem procura ser
respondido.
Mani festações são provas v ivas
profundas de uma população totalmente
indignada com tanta inescrupulosidade de
representantes que não assumem o dever e
m u i t o m e n o s h o n r a m c o m o s
comprometimentos traçados em época
eleitoral.
O jovem perdeu a vontade de votar. Pois
mesmo que seja difícil de ouvir isso é como se o
voto não valesse mais a pena. O voto para
a l g u n s é m u i t o m a i s a l é m d e u m a
obrigatoriedade. É ser obrigado a ser de certa
forma induzido a concordar com tudo que
acontece na cúpula em Brasília. Infelizmente
em todos os aspectos somos na política somos
manipulados.
Ainda assim não confundamos a política
apenas como um ato de votar de ser um
candidato. A política é muito mais profunda e de
uma essência muito significativa. O simples ato
de discutir questões e opiniões não deixam de
ser um ato político.
O voto é uma questão de honra e ele
deve ser pensado e repensado para que
tenhamos e façamos do Brasil um País e um
lugar melhor.
VOTO: UMA QUESTÃO DE HONRA
POR RAFAELLA MOURA E INDIRA QUEIROZ
A 3
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ELIZA CARLA, 26 ANOS ASSISTENTE SOCIAL.
“Eu acredito que não vai mudar nada, os jovens parecem que
esqueceram. O povo é um pouco arcaico, e agora a política é do pão e
circo, ou seja, a política do entretenimento”.
ERICA FERNANDES, 22 ANOS ESTUDANTE DE FISIOTERAPIA.
“Acho que demos um primeiro passo, uma coisa de momento,
para o Brasil mudar de verdade essa mudança deveria começar por
nós mesmo, e não somente pelos políticos. Eu nasci em uma época de
escândalos políticos e de lá pra cá quase nada mudou”.
GEORGE DANTAS 18 ANOS, ESTUDANTE DE JORNALISMO.
“Falou-se muita coisa e não mudou nada. Para o país mudar
devemos querer que ele faça a mudança, o povo acaba escolhendo
políticos que lhe dão benefícios para se próprio e não para o país”.
ALLAN GOMES, 22 ANOS ESTUDANTE DE PUBLICIDADE.
“Houve mudanças momentâneas, no inicio dos protestos os jovens
pediam a redução da meia passagem, e atualmente estamos prestes á um
aumento novamente, e aqui em Manaus. O governo tentou abafar, mas isso
serviu para abrir a mente dos jovens justamente em relação ao voto, às
pessoas ficaram mais alerta”.