jan 12 - sala são paulo · 2021. 1. 11. · sonata no 21 — waldstein, foi publicado em 1805 como...
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MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA,E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAMJA
N 12
GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO
GOVERNADORJOÃO DORIA
SECRETARIA DE CULTURA EECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETÁRIOSERGIO SÁ LEITÃO
SECRETÁRIA EXECUTIVACLÁUDIA PEDROZO
FUNDAÇÃO OSESP
PRESIDENTE DE HONRAFERNANDO HENRIQUE
CARDOSO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTEPEDRO PULLEN PARENTE
VICE-PRESIDENTESTEFANO BRIDELLI
CONSELHEIROSANA CARLA ABRÃOCÉLIA PARNESENEIDA MONACOHELIO MATTARJAYME GARFINKELLUIZ LARA MARCELO KAYATHMARIO ENGLERMÔNICA WALDVOGELPAULO CEZAR ARAGÃOPÉRSIO ARIDASERGIO SUCHODOLSKITATYANA VASCONCELOS
ARAUJO DE FREITAS
DIRETOR EXECUTIVOMARCELO LOPES
DIRETOR ARTÍSTICOARTHUR NESTROVSKI
SUPERINTENDENTEFAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA
osesp.art.brsalasaopaulo.art.brfundacao-osesp.art.br
/osesp/osesp/osesp_
Secretaria deCultura e Economia Criativa
REALIZAÇÃO
BE
ET
HO
VE
N 2
5O
TEMPORADA OSESP 2020RECITAIS BRASILEIROS
12.1 terça 19h30 RECITAIS BRASILEIROS
RONALDO ROLIM piano
LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827] Bagatelas, Op. 126: nº 1 e 2 [1825]
Nº 1 EM SOL MAIOR (ANDANTE CON MOTO, CANTABILE E CON PIACEVOLE)Nº 2 EM SOL MENOR (ALLEGRO)
6 MIN
Sonata nº 1 em Fá Menor, Op. 2 nº 1 [1795]I. ALLEGROII. ADAGIOIII. MENUETTO. TRIOIV. PRESTISSIMO
21 MIN
Bagatelas, Op. 126: nº 3 e 4 [1825]Nº 3 EM MI BEMOL MAIOR (ANDANTE. CANTABILE E ESPRESSIVO)Nº 4 EM SI MENOR (PRESTO)
7 MIN
Sonata nº 2 em Lá Maior, Op. 2 nº 2 [1795]I. ALLEGRO VIVACEII. LARGO APPASSIONATOIII. SCHERZO: ALLEGRETTOIV. RONDO: GRAZIOSO
24 MIN
Bagatelas, Op. 126: nº 5 e 6 [1825]Nº 5 EM SOL MAIOR (QUASI ALLEGRETTO)Nº 6 EM MI BEMOL MAIOR (PRESTO. ANDANTE AMABILE E CON MOTO)
7 MIN
12.1 terça 21h15 RECITAIS BRASILEIROS
SONIA RUBINSKY piano
LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]Andante Favori, WoO 57 [1803-04]8 MIN
Sonata nº 4 em Mi Bemol Maior, Op. 7 - Grand Sonata [1797]I. ALLEGRO MOLTO E CON BRIOII. LARGO CON GRAN ESPRESSIONEIII. ALLEGROIV. RONDO: POCO ALLEGRETTO E GRAZIOSO
31 MIN
ROBERT SCHUMANN [1810-1856]Estudos em Forma de Variação sobre um Tema de Beethoven, WoO 31 [1831-35]
TEMAVARIAÇÃO 1VARIAÇÃO 2VARIAÇÃO 3VARIAÇÃO A6VARIAÇÃO 4VARIAÇÃO A10VARIAÇÃO B7VARIAÇÃO 5VARIAÇÃO B5VARIAÇÃO 6VARIAÇÃO A7VARIAÇÃO 7VARIAÇÃO B4VARIAÇÃO A11VARIAÇÃO B3TEMA
18 MIN
As sonatas de Beethoven são para o piano o que suas sinfonias são para a orquestra. As primeiras das 32 obras do gênero foram compostas visando o público diletante, tornando-se repertório indispensável para qualquer pessoa bem educada do mundo ocidental no século xix. Antes da invenção dos meios de reprodução fonográfica, era a música doméstica, em especial a pianística, que abria as portas do público para o contato diário com o que havia de mais sublime na primeira arte, fora dos teatros — e, nesse sentido, as sonatas de Beethoven representavam (e ainda representam) la crème de la crème.
O compositor trouxe o gênero, contudo, a um novo patamar: gradativamente, a dificuldade técnica de suas sonatas passou a exigir um preparo profissional dos intérpretes, o que obrigou as obras a saírem das salas de estar e virem para as salas de concerto (ainda bem!). As primeiras sonatas, que formam em grande medida o programa destes recitais, guardam influências do estilo clássico de Haydn e Mozart: paulatinamente, Beethoven foi se afastando desses modelos e criando obras cada vez mais inovadoras — mas sua voz pessoal já se faz presente desde o início.
BEETHOVEN Bagatelas nos 1-6, Op. 126, e Sonatas nos 1 e 2
“Bagatela” é o nome dado a uma peça curta e de caráter despretensioso. Beethoven compôs três conjuntos de obras dessa natureza, sendo o último (e que ele considerou o melhor) o Opus 126, publicado em 1825. À época, ele se dedicava à Nona Sinfonia, encontrando um respiro na criação dessas peças mais simples — porém, nada simplórias. Pensadas como um ciclo para ser tocado inteiro em um concerto, elas são verdadeiras obras-primas em miniatura, antecipando o que seria chamado de fragmento na produção de compositores românticos posteriores, como Schumann ou Chopin, que tiveram nas pequenas formas seu principal meio de expressão. Trata-se de um elemento musical completo, contido em si mesmo e que, contudo, sugere desdobramentos.
Beethoven começou a compor suas primeiras sonatas pouco depois de chegar a Viena, em 1792, no intuito de se estabelecer como compositor. O conjunto das três primeiras obras do gênero foi dedicado a Haydn, que fora seu professor e esteve presente na estreia, em 1795, na residência do Príncipe Lichnowsky (então já patrono de Beethoven). As duas primeiras sonatas utilizam materiais de um quarteto de cordas descartado e causaram o efeito desejado: embora a influência de Haydn seja claramente reconhecível, a maturidade e individualidade de estilo do jovem compositor impressionaram o círculo musical vienense.
BEETHOVEN Andante Favori e Sonata no 4 — Grand SonataSCHUMANN Estudos em Forma de Variação sobre um Tema de Beethoven
O afetuoso Andante Favori (Favorito) recebeu essa alcunha porque Beethoven o tocava com frequência. Composto inicialmente como movimento lento da Sonata no 21 — Waldstein, foi publicado em 1805 como obra independente depois que, criticado por um colega, o compositor entendeu que a peça era demasiado longa para ser parte da sonata. Foi dedicada à condessa Josephine Brunsvik (1779-1821), provável musa da carta À Amada Imortal.
Composta em 1796, Sonata no 4 — Grand Sonata foi a obra mais longa do gênero que Beethoven escreveu até a no 29 — Hammerklavier, de 1819. Dedicada à condessa Babette von Keglevics (1780-1813), jovem aluna do compositor que morava em frente à sua casa, a peça chegou a ser apelidada de A Amada por seu caráter passional (ao longo da vida, Beethoven dedicaria outras obras à moça). Trata-se de um tour de force que antecipa características da Sinfonia Eroica, composta em 1803.
Entre uma meia dúzia de personalidades, o retrato de Beethoven figurava na escrivaninha de Schumann em seus anos de formação. Desde seu primeiro contato com a obra do mestre, provavelmente entre 1827-28, Schumann estudou suas peças sistematicamente, fazendo reduções para piano das sinfonias. Os Estudos em Forma de Variação sobre um Tema de Beethoven foram inspirados no movimento lento da Sétima Sinfonia. Revisada diversas vezes, a obra foi publicada apenas em 1876. A ordem das variações não foi determinada pelo compositor – para este recital, a pianista Sonia Rubinsky escolheu a sequência sugerida por Robert Münster na edição Henle Verlag.
Júlia TygelDoutora em Musicologia (USP), pianista, é Assessora Artística da Osesp.
RONALDO ROLIM
primeira vez como solista
—
Radicado nos EUA, o brasileiro tem se apresentado em países da Ásia, Europa
e Américas, tocando em palcos como o Carnegie Hall (NY) e o Wigmore Hall
(Londres), à frente de Orquestras como a Tonhalle (Zurique) e a Sinfônica da
Capela de São Petersburgo. É membro do Trio Appassionata e tem dois CDs
lançados pelo selo Odradek Records, o último deles dedicado à obra
de Szymanowski.
SONIA RUBINSKY
ultima vez como solista em agosto de 2013
—
A brasileira radicada em Paris apresenta-se em salas de concerto nos Estados
Unidos, Europa e Brasil, como Carnegie Hall (Nova York), Maison de la Radio
(Paris) e o Teatro de Jerusalém. Nomeada para o prêmio ICMA (International
Classical Music Awards) e o Latin GRAMMY de 2020, foi vencedora do Latin
GRAMMY de 2009. Recebeu o Prêmio Carlos Gomes em 2006, 2009 e 2012.
Sua discografia inclui obras de Bach, Mozart, Scarlatti, Debussy, Messiaen,
Mendelssohn, Almeida Prado e Villa-Lobos. Murray Perahia a nomeou Artist in
Residence no Aldwell Center em Israel.