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57 J AMB CULTURA 2011; 1(8): 57-64 BOA LEITURA JAMB CULTURA Este caderno é parte integrante do Jornal da Associação Médica Brasileira (AMB) – Coordenação: Hélio Barroso dos Reis Bimestral março/abril de 2011 – nº 8 Hélio Barroso dos Reis, Ortopedista, Diretor Cultural da AMB, Vitória/ES Crédito: arquivo da família Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em 12/06/1931, formado pela Faculdade Fluminense de Medicina, especializou-se em Pneumologia e Cirurgia Torácica. Iniciou sua carreira profissional em Niterói, de onde saiu, em 1962, para vir à Londrina, cidade em que permaneceu até sua morte, em 1991. Ao longo de sua carreira profissional, participou de congressos, de cursos de especialização, publicou trabalhos científi- cos e obteve o título de livre-docência em 1980 na Universidade Estadual de Londrina. Na década de 1970, por motivo de saúde, Jeolás ganhou de uma amiga uma caixa de crayon e um bloco de papel como forma de incentivá-lo a trabalhar com desenho e pintura. Começou a pesquisar, testar, experimentar, como autodidata, formas, cores e texturas no univer- so da pintura. Passava muitas horas em seu atelier de pintura, ouvindo jazz, música brasileira e paralela- mente à medicina, participava de salões e exposições. Autor: Luiz Carlos Coelho Neto Jeolás (1931-1991) Título: Símbolos 1 Dimensões: 80 x 100 cm Técnica: Aço inox soldado Ano: 2009 Em abril, aproveitando o feriado da Semana Santa, fomos à Grécia conhecer o berço da civili- zação ocidental, das olimpíadas, da filosofia, das artes, das ciências e especialmente da medicina, a perfeita união da arte com a ciência. Voamos para Santorini e fomos seduzidos pela sua beleza extra- ordinária. Fomos à ilha de Kos, ficamos envolvidos pelo encanto da história da medicina. Foram dias de intensa emoção, caminhando pelas ruas que Hipó- crates e seus discípulos percorreram, nos abrigando à sombra do plátano em que o mestre ensinava, esta- belecendo as bases éticas da nossa profissão, crian- do o juramento que todos nós médicos ocidentais professamos na nossa formatura. Esperamos a adesão de outros colegas em nossos próximos eventos presenciais e a participação dos médicos escritores no 1º Concurso Nacional de Contos e Crônicas da AMB, cuja inscrições termi- nam dia 15 de junho de 2011, participe! E m 2010 iniciamos a publicação do Jamb Cultura como um espaço de expressão da criatividade e das experiências de vida dos médicos de todo o Brasil. Temos contado com a receptividade de muitos colegas que contribuem com crônicas, poesias, dicas culturais , lembranças de viagens, artes plásticas que tornam a vida mais alegre. Em 2011 avançamos na proposta de congraça- mento de colegas, com os projetos de participação no desfile da escola de samba Imperatriz Leopoldi- nense e na viagem cultural à Grécia. Em março, um grupo de colegas capitaneados por Carlos David Bichara, caiu no samba no Rio de Janeiro, desfi- lando pela Imperatriz Leopoldinense, que contou a história da medicina. Com o enredo “A Impera- triz adverte: sambar faz bem à saúde”, mostrou o desenvolvimento da arte de curar desde os primei- ros rituais até a moderna tecnologia.

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Page 1: Jamb Cultura - arquivos.amb.org.br€¦ · Jamb Cultura 2011; 1(8): 57-64 57 Boa Leitura Jamb Cultura Este caderno é parte integrante do Jornal da Associação Médica Brasileira

57J a m b Cu l t u r a 2011; 1(8) : 57-64

Boa Leitura

Jamb CulturaEste caderno é parte integrante do Jornal da Associação Médica Brasileira (AMB) – Coordenação: Hélio Barroso dos Reis

Bimestral março/abril de 2011 – nº 8

Hélio Barroso dos Reis, Ortopedista, Diretor Cultural da AMB, Vitória/ES

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ília

Nascido em Niterói, Rio de Janeiro, em 12/06/1931, formado pela Faculdade Fluminense de Medicina, especializou-se em Pneumologia e Cirurgia Torácica.Iniciou sua carreira profissional em Niterói, de onde saiu, em 1962, para vir à Londrina, cidade em que permaneceu até sua morte, em 1991. Ao longo de sua carreira profissional, participou de congressos, de cursos de especialização, publicou trabalhos científi-cos e obteve o título de livre-docência em 1980 na Universidade Estadual de Londrina. Na década de 1970, por motivo de saúde, Jeolás ganhou de uma amiga uma caixa de crayon e um bloco de papel como forma de incentivá-lo a trabalhar com desenho e pintura. Começou a pesquisar, testar, experimentar, como autodidata, formas, cores e texturas no univer-so da pintura. Passava muitas horas em seu atelier de pintura, ouvindo jazz, música brasileira e paralela-mente à medicina, participava de salões e exposições.

Autor: Luiz Carlos Coelho Neto Jeolás (1931-1991)Título: Símbolos 1 Dimensões: 80 x 100 cm Técnica: Aço inox soldado Ano: 2009

Em abril, aproveitando o feriado da Semana Santa, fomos à Grécia conhecer o berço da civili-zação ocidental, das olimpíadas, da filosofia, das artes, das ciências e especialmente da medicina, a perfeita união da arte com a ciência. Voamos para Santorini e fomos seduzidos pela sua beleza extra-ordinária. Fomos à ilha de Kos, ficamos envolvidos pelo encanto da história da medicina. Foram dias de intensa emoção, caminhando pelas ruas que Hipó-crates e seus discípulos percorreram, nos abrigando à sombra do plátano em que o mestre ensinava, esta-belecendo as bases éticas da nossa profissão, crian-do o juramento que todos nós médicos ocidentais professamos na nossa formatura.

Esperamos a adesão de outros colegas em nossos próximos eventos presenciais e a participação dos médicos escritores no 1º Concurso Nacional de Contos e Crônicas da AMB, cuja inscrições termi-nam dia 15 de junho de 2011, participe!

Em 2010 iniciamos a publicação do Jamb Cultura como um espaço de expressão da criatividade e das experiências de vida dos

médicos de todo o Brasil. Temos contado com a receptividade de muitos colegas que contribuem com crônicas, poesias, dicas culturais , lembranças de viagens, artes plásticas que tornam a vida mais alegre.

Em 2011 avançamos na proposta de congraça-mento de colegas, com os projetos de participação no desfile da escola de samba Imperatriz Leopoldi-nense e na viagem cultural à Grécia. Em março, um grupo de colegas capitaneados por Carlos David Bichara, caiu no samba no Rio de Janeiro, desfi-lando pela Imperatriz Leopoldinense, que contou a história da medicina. Com o enredo “A Impera-triz adverte: sambar faz bem à saúde”, mostrou o desenvolvimento da arte de curar desde os primei-ros rituais até a moderna tecnologia.

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Jamb Cultura

Da matemática à medicina, da filo-sofia à democracia, grande parte do que o mundo usufrui hoje tem como origem a Grécia. O berço da civiliza-ção ocidental, das olimpíadas, da filo-sofia, das artes, das ciências, da políti-ca e do espírito esportivo foi o destino da primeira viagem do departamento cultural da AMB, realizada entre 15 e 23 de abril.

“Procuramos priorizar em nosso roteiro o aspecto cultural, sem, no entanto, deixar de considerar o encan-to turístico proporcionado pelas ilhas gregas. Ou seja, a contemplação do conhecimento da ciência médica por meio da história milenar, e as belíssi-mas paisagens que o país nos propor-ciona”, destacou Hélio Barroso, diretor cultural da AMB, ao se apresentar ao grupo.

O destino inicial do grupo, compos-to por 35 pessoas, representando todas as regiões brasileiras, foi Atenas, cidade natal de Sócrates, Platão, entre outros importantes pensadores da civiliza-ção grega. Lá, foi possível observar a arquitetura inigualável que retrata uma sociedade evoluída em diferentes campos, especialmente na Acrópole de Atenas, o mais antigo e importan-te monumento histórico da civilização ocidental, edificado entre 450 a.C e 330 a.C, e declarado patrimônio mundial da Unesco. Encontra-se em uma coli-na plana, no centro de Atenas, e possui imponentes templos em mármore: o Partenon, o mais importante, dedica-do à deusa Atenas, padroeira da cida-de; o Erection, famoso pelas estátuas das seis Cariátides, colunas esculpidas em mármore, na forma de seis jovens; o Propileu e o Templo de Nike, além de um santuário dedicado a Asclépio. Todos foram construídos durante a época áurea de Péricles, conhecida como o Período Clássico (450-330 a.C).

Viagem à cultura grega

Templo de Erection, na Acrópole de Atenas

Grupo reunido sob o plátano

Plátano milenar, sob a qual Hipócrates ensinava medicina

Foto

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Ruínas do templo maior de Asclépio

Grupo de médicos nas ruínas de Asclépio: 1-Air ton Moraes; 2-Cléa Bichara; 3-Paulo Toledo Machado; 4-Denise Garcia; 5-Hélio Barroso; 6-Carlos Bichara; 7 e 8-Fausto e Vera Nasser; 9-Joselma Alves; 10-Maria Cristina Lima; 11-Edna Sbrissa; 12-Edo Haffeman; 13 e 14-Vera e Armando Bezerra; 15-Ana Lúcia dos Santos; 16 e 17-Leda e Dario Garcia;

18-José Sávio Barros; 19-Hermelinda Cruz; 20-Suzete Mayo; 21-Marialva Araújo; 22-Bárbara Barroso; 23-Cláudio Grisólia e 24-Rosane Haffeman

Plano original do templo de Asclépio, segundo o arqueologista alemão R. Herzog

Em seguida, visita ao Novo Museu de Acrópoles, onde pode ser constatada a evolução da civilização grega através de milhares de obras datadas entre 600 a.C e 300 a.C, recuperadas após a inva-são persa.

O segundo dia foi reservado para conhecer o canal de Corinto, uma grandiosa obra de engenharia: escava-do sobre a rocha do istmo de Corinto, no final do século XIX, tem mais de 80 metros altura e extensão de 6,3 km de comprimento, ligando o mar Egeu e Jônico. Em seguida, foram visitadas as ruínas da cidade, onde, em 51 d.C, o apóstolo São Paulo pregava a doutrina cristã aos fiéis. Um almoço na histórica Micenas precedeu a visita ao santuá-rio rural ao deus Asclépio, na cidade de Epidauro, ao seu teatro – considerado o mais bem conservado da Grécia – e ao seu riquíssimo museu.

Duas das doze ilhas que compõem o chamado Dodecanaso eram o desti-no seguinte da viagem: Santorini, marcada por suas casas brancas em formato de cubo dependuradas no penhasco, as igrejinhas de cúpulas

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Teatro de Epidauro, o mais bem conservado da Grécia

Estátua de Hipócrates com seus discípulos em Kos

azuis e sinos eram a comprovação de tudo o que normalmente se podia imaginar sobre as ilhas gregas e a ilha de Kos. Esta segunda, o motivo central da viagem não apenas por ser a cida-de natal de Hipócrates, considerado o pai da medicina moderna, como por abrigar lugares milenares diretamente ligados à história e ao desenvolvimen-to da medicina e por estar repleta de ruínas helênicas e romanas.

A estreita e montanhosa Kos é a segunda maior ilha do Dodecaneso, com cerca de 30 mil habitantes. Hipó-crates nasceu lá (460 a.C) e viveu até a sua morte aos 80 anos. O grupo come-çou por visitar a árvore de Hipócrates, plátano milenar, considerada a mais velha árvore da Europa, que, de acordo com a lenda, sob sua sombra, o pai da medicina moderna transmitia sua arte e ensinamentos aos seus alunos.

Poucos passos adiante colocaram o grupo em outro sítio arqueológico de estarrecer: as ruínas de Ágora, local onde o comércio antigo era realizado. Apenas 4km dali, a noroeste da cidade de Kos, está o maior atrativo da ilha: as ruínas de Asclépio, templo erigido em homenagem ao deus Asclépio, que na mitologia grega era o responsável pela cura de enfermidades. Nesse local, Hipócrates, exercia a função de mestre em uma escola de enfermagem e, por isso, pode ser considerada a primeira escola médica do mundo.

O local, descoberto pelo arqueó-logo alemão R. Herzog, no início do século XX, é uma área íngreme de uma encosta, disposta em três pata-mares que contemplam edificações datadas entre 3 a.C e 2 a.C: no primei-ro, se localizavam as termas, o segun-do, destinado aos templos de Apolo e Asclépio, sendo reservado ao terceiro, e ponto mais alto do sítio, o templo maior em homenagem a Asclépio.

Jamb Cultura

“Senti o entusiasmo do grupo em cada lugar visitado, já que a maioria era diretamente relacionado à história da medicina. Isso com absoluto senti-do, pois é impossível não se empolgar diante da riqueza da cultura e da histó-ria grega e o que representa para a civi-lização ocidental”, sentenciou Carlos David Araújo Bichara, vice-presidente da região Norte, ao final da visita ao templo de Asclépio.

“É importante para o médico sob o ponto de vista de formação humanís-tica conhecer a história da medicina e

vivenciar sua arte. Isso completa qual-quer profissional, que deve ter uma visão ampla das coisas. Valeu a pena essa viagem”, disse o cirurgião pedi-átrico brasiliense, Armando Bezerra. “É fundamental que o departamento cultural da AMB continue a ofere-cer aos médicos oportunidades como essa, de engrandecimento da visão do mundo, pois o médico que tem essa chance inevitavelmente passa a ver o mundo de forma diferente”, finaliza Armando.

César Teixeira, Editor Executivo do JambSão Paulo/SP

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Grupo reunido no teatro de Epidauro

Ruínas de Agora na cidade KosTermas nas ruínas de Asclépio, em Kos

Ruínas de Corinto

Epidauro: local onde São Paulo pregava aos cristãos

Canal de CorintoSantorini

Estátua de Asclépio no

museu rural de Epidauro

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62 J a m b Cu l t u r a 2011; 1(8) : 57-64

espaço poético

Jamb Cultura

A ÁguaA água, que a verter no nascedouro,Jorrando pura e limpa, qual tesouro,

Molhando a terra seca, bem distante,Matando a triste sede em visitante:

É vida que ela quer!

A água, que na rocha se entrecorre,Tirando sem cessar tudo que morre,

Levando para o mar seus componentes,Lavando a vil vingança dos viventes:

É vida que ela quer!

A água, que serena desce o rio,Levando a doce seiva ao casario,

Sedando a louca sede em desvairado,Matando a agonia em um bocado:

É vida que ela quer!

A água, que do céu irriga a planta,Tão frágil quão inerme que se encanta,

Suplanta seu passado de tristeza,Trazendo a pleno sol toda beleza:

É vida que ela quer!

A água, em que se envolve o novo ser,Que abriga e que suporta o vir-a-ser,Durante a formação em nove meses,

Deixando à mãe seus duros quefazeres:É vida que ela quer!

A água, que se asperge em um pagão,Por mínima que seja tem ação!Renasce um novo ser purificado

Da culpa original de seu passado:É vida que ela quer!

A água, que se escorre pela face,Lavando o sofrimento como um passe,

É lágrima de um pobre sofredor,Que sente um grande alívio em toda dor:

É vida que ela quer!

José Augusto Nigro Conceição, Pediatra

São Paulo/SP

A Voz e o TempoRevejo sem antes ter visto,É como se fosse lembrar:Foi preciso tanto tempo,

Tantos anos num momentoPara ver do azul nos teus olhos

O azul tão distante do mar.(Ouço o doce murmúrio do vento)...

Conheço bem esse azul,Conheço bem seu soar.

Cada canto uma luz,Cada esquina um odor,

Vozes rudes como a Serra,O áspero falar da Terra.

Canteiros de verde e de pedraUm sino a tocar na capela....Um vaso com flor à janela,A casa, a vinha, o lugar...

Por que tão distante e tão perto?Por que tão estranho e tão certo?

Talvez já do berço a sonhar,Em amorosa lembrança,Como terna segurança,Na memória esse falar.

A Serra, o Céu, o Sol, o Rio...e o Tempo...E muito longe... o Mar.Foi preciso tantos anos,

Atravessar oceanosPara ouvir e lembrar.

Mais que lembrar, perceberNuma prece, num momento,

Quando a tarde morna já cai,Que sons portugueses ao ventoSão como a voz do meu pai.

Antônio Roberto Batista, Médico do Trabalho

São Paulo/SP

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63J a m b Cu l t u r a 2011; 1(8) : 57-64

espaço poético

I CONCURSO NACIONAL DE CONTOS E CRÔNICAS DA AMBFICHA DE INSCRIÇÃO

Atenção: Esta ficha deve ser preenchida em letra de forma.

NOME COMPLETO:..............................................................................................................................................................................................................................................................

SEXO: ............................................................................................................................................... DATA DE NASCIMENTO:.......................................................................................

Nº CRM: .......................................................................................................................................... ESPECIALIDADE: .....................................................................................................

ENDEREÇO COMPLETO: ...................................................................................................................................................................................................................................................

CEP: .............................................................................. CIDADE: ....................................................................................................ESTADO: ..................................................................

TELEFONE RES.: ( ) ................................................................................................. CELULAR: ( ) ..............................................................................................................................

PSEUDÔNIMO: ......................................................................................................................................................................................................................................................................

NOME DO TRABALHO: .....................................................................................................................................................................................................................................................

CATEGORIA: . ........................................................................................................................................................................................................................................................................

Estou ciente do regulamento e autorização a publicação do trabalho, por tempo indeterminado, sem ônus para a Associação Médica Brasileira.

Assinatura do Escritor

Associação Médica Brasileira – Rua São Carlos do Pinhal, 324 – CEP: 01333-903 – São Paulo – SP – Brasil | A/c Departamento Cultural –Contatos: [email protected] / (11) 6535.1002

I Concurso Nacional de Contos e

Crônicas da AMBProrrogadas as inscrições para o I Concurso

Nacional de Contos e Crônicas. Os interessados deverão enviar os trabalhos até o dia 15 de junho de 2011 para a sede da AMB, na rua São Carlos do Pinhal, 324, em São Paulo – SP, CEP 01333-903, aos cuidados do Departamento Cultural.

A participação é gratuita, restrita aos associa-dos da Associação Médica Brasileira, que poderão inscrever somente um trabalho por modalidade, com tema livre e inédito, assinado obrigatoria-mente por pseudônimo. Os textos devem ser de no máximo duas páginas digitadas, enviados em cinco cópias em envelope único, legível, também identificado por pseudônimo.

Outras informações sobre as inscrições, regras do concurso e premiação poderão ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.amb.org.br.

É pra ti que eu vivo(samba)

AmargueiDolorida distância em meu peito sofrido,

esperando de ti um sorriso perdidouma carta, um bilheteum recado qualquer

Aguenteiessa vida sem graça e sem sentimento...

Dura monotonia, de que me alimentopra enfim conseguir

novamente viver

E depois?Que será deste amor de que ainda recordoSe pequei, reconheço, agora concordo...

Poderá novo amorme livrar desta dor?

Pois entãonão esqueça que aqui, neste meu abandonoé pra ti que eu vivo, em noites sem sono

Nunca mais te vereimas não te esquecerei

E amanhãsempre, sempre serei como teu prisioneiro

Pois feriste meu peito com tiro certeiroSobrevivo somentepra ser teu amor

Ivan de Melo Araújo, NefrologistaMarília/SP

Page 8: Jamb Cultura - arquivos.amb.org.br€¦ · Jamb Cultura 2011; 1(8): 57-64 57 Boa Leitura Jamb Cultura Este caderno é parte integrante do Jornal da Associação Médica Brasileira

64 J a m b Cu l t u r a 2011; 1(8) : 57-64

Jamb Cultura

aconteceu

Carnaval 2011

Da esquerda para direita: Drs. Ana Freitas, David Bichara, Mara Bonna e Marilene Dantas

Data: 06 de março de 2011

Da esquerda para direita: Drs. Cléa Bichara, Ana Freitas, Helena Silveira, Marilene Dantas, David Bichara, Carlos Carneiro e Mara Bonna

Data: 06 de março de 2011

JAMB CULTURA

Edição Bimestral | março e abril de 2011

www.amb.org.br | [email protected]

Presidente: José Luiz Gomes do Amaral

Coordenador e Diretor Cultural: Hélio Barroso dos Reis

Diretor de Comunicações: Elias Fernando Miziara

Conselho Editorial (2010-2011):

Armando José China Bezerra (Brasília/DF - região Centro-Oeste)

Carlos David Araújo Bichara (Belém/PA - região Norte)

Gilson Barreto (São Paulo/Campinas – região Sudeste)

Giovanni Guido Cerri (São Paulo/SP – região Sudeste)

Guido Arturo Palomba (São Paulo/SP – região Sudeste)

Hélio Barroso dos Reis (Vitória/ES – região Sudeste)

José Luiz Gomes do Amaral (São Paulo/SP – região Sudeste)

Murillo Ronald Capella (Florianópolis/SC – região Sul)

Roque Andrade (Salvador/BA – região Nordeste)

Yvonne Capuano (São Paulo/SP – região Sudeste)

Apoio cultural: Departamento de Comunicações da AMB

Assessoria em Comunicação e Cultura: Flávia Negrão

Projeto Editorial: Sollo Comunicação

Revisão: Natália Cesana

Colaboração

O JAMB Cultura é um espaço aberto que estimula

a literatura e valoriza as manifestações culturais do

Brasil. Para isso, convidamos os médicos a enviar artigos,

crônicas, poesias, textos sobre cultura e história da

Medicina para o Conselho Editorial.

A/C Hélio Barroso dos Reis (Diretor Cultural): Rua São

Carlos do Pinhal, 324 – Bela Vista – São Paulo/SP -

CEP: 01333-903 - ou pelo e-mail: [email protected]

Participe e colecione!

Normas para publicação de artigo no Jamb Cultura

1) ser médico(a) associado da Associação Médica Brasi-

leira, através da Federada de sua região.

2) texto de aproximadamente 1 lauda, em arial 12.

3) se houver fotografias, favor identificá-las, colocar o cré-

dito e enviar em 300 dpi, anexadas fora do texto (JPG).

4) o material será apreciado pelos membros do Conselho

Editorial antes de sua publicação.

5) ao enviar ao Conselho, informar autorização de

publicação.

6) assinar o artigo com: nome, especialidade, cidade,

estado e endereço para correspondência.

Com o tema “A Imperatriz adverte: sambar faz bem a saúde”, a Escola Imperatriz Leopoldinense contou na Sapucaí a história da medicina com o samba “É verde e branco meu DNA”. A escola foi classificada entre as primeiras e se apresentou novamente no desfile das vencedoras. Participaram do desfile 63 pessoas do Pará, entre médicos e familiares, desfilando nas diversas alas como Apolo, Arthemis e Afrodite.

O Jamb Cultura somente publica matérias assinadas, as quais não são de responsabilidade

da Associação Médica Brasileira

Foto

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