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XIV SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
RECIFE
AGOSTO 1981
INJEcOES PROFUNDAS NAS FUNDAcOES DA USINA DE ITAIPU
- EQUIPAMENTOS E PRODUCAO -
TEMA: II
ENG9 GILSON H. SIQUEIRA
GEOL9 ADILSON L. BARBI
GEOL9 ZSOLT M. GOMBOSSY
ITAIPU BINACIONAL
FOZ DO IGUAgU - PR
187
1. SUMARIO
No projeto de tratamento das fundacoes da barragem de Itaipu
e prevista a execurao de 250.000 m de injeroes de cimento
com furos de ate 120 m de profundidade . 0 presente trabalho
expoe alguns aspectos executivos de injecoes deste porte, re
portando-se especialmente a escolha e a performance dos equi
pamentos . Faz tambem uma analise dos resultados ate agora ob
tidos.
2. INTRODUCAO
Os trabalhos convencionais de tratamento de fundagao atraves
de injerao de cimento utilizam equipamentos de desempenho
bastante conhecido e facilmente encontrados no mercado. As
perfuratrizes, por exemplo, sao aquelas normalmente oriundas
das escavag6es, limitadas a furos de comprimento miximo em
torno de 40 m e sem muita rigidez no controle de desvios. Da
mesma forma, as bombas injetoras se restringem as tradiciona
is duplex ou de parafuso com capacidade maxima de 20 kgf/cm2
Em Itaipu o tratamento foi executado a profundidades de ate
120 m, gerando a necessidade de aplicacao de press6es manome
tricas de 50 kgf/cm2. Consequentemente, todo o esquema de in
jegao, inclusive o redimensionamento dos materiais auxilia
res, foi estudado afim de garantir produroes mensais em tor
no de 7.000 m, necessarias ao cumprimento do cronograma.
Foi entao elaborado um vasto programa de testes com os mais
diversos equipamentos, objetivando definir aqueles de desem
penho compativel com as necessidades de qualidade e produ
cao. Este trabalho visa apresentar a sequencia de testes exe
cutados, os resultados dos ensaios e a performance dos equi
pamentos escolhidos ao longo dos servigos.
3. SELEQAO DE EQUIPAMENTOS
O programa elaborado constou basicamente de duas fases. Na
primeira foram consultados a literatura especifica, catalo
gos de equipamentos, fabricantes e ate a experi&ncia interna
cicnal. Posteriormente passou-se a execugio dos testes "in
situ". Nesta fase foram testados tambem equipamentos de per
furacao disponiveis no canteiro de obras, que poderiam even
189
tualmente auxiliar na execugao do programa . Essencialmente,
este visou definir os tipos de equipamentos adequados as exi
gencias do projeto.
Os resultados permitiram dimensionar as quantidades de equi
pamentos necessarios a produgao prevista, assim como toda a
infraestrutura inerente ao processo de injegao de cimento.
3.1. EQUIPAMENTOS DE PERFURACA0
0 projeto e especificagao das injegoes indicavam furos
verticais de ate 120 metros a ceu aberto e de 70 metros,
inclinados em galerias de 2,5 x 3,75 m. Os desvios maxi
mos permitidos eram de 3 % em furos de ate 70 m e 5 %
nos de profundidades maiores. 0 cronograma de trabalho
e condigoes da obra exigiam uma boa performance e faci
lidade de locomogao dos equipamentos utilizados.
Os testes , de um modo geral, consistiram na execugao de
um furo vertical de 100 m e outro inclinado de 450 com
cerca de 50 m, simulando condigoes de galeria no que se
refere ao comprimento de hastes de furagao e dimensoes
do equipamento. Foram observados:
- o desempenho e a minimizagao de problemas mecanicos
das perfuratrizes testadas;
- a qualidade da perfuragao efetuada, ou seja, o desvio,
a altura de residuos remanescente no fundo dos furos
e a sua facilidade de lavagem.
A seguir sio apresentadas as perfuratrizes testadas e
tecidas consideragoes sobre os resultados obtidos:
a) Sonda rotativa Long-Year de avango hidraulico, mode
lo 38, utilizada com o sistema "wireline " e coroa NQ
convencional . 0 teste com sonda no fazia parte da
programagio pre-estabelecida , a qual incluia apenas
perfuratrizes a roto-percussao . No entanto , foi inse
rida como alternativa, no caso de indisponibilidade
de perfuratrizes que satisfizessem as exigencias,
principalmente as de desvio.
0 furo vertical foi efetuado em 36 horas ( fig. 1 a)
atingindo uma produgao efetiva de 2,8 m/h. No entan
to, a sonda permaneceu parada 5 horas por problemas
mecanicos e outras quatro devidas a dificuldades pro
190
prias de perfuragao, o que baixou sua produgao media
Para 2,2 m/h,
No furo inclinado este equipamento atingiu a produ
gao efetiva de 2,0 m/h (fig. 1 b) e o tempo dispendi
do por problemas mecanicos no superou a uma hora.
Os desvios foram de 1,4 % e 2,3 % nos furos vertical
e inclinado, respectivamente.
De maneira geral, as produgoes obtidas no foram as
esperadas, situando-se abaixo dos valores normais re
gistrados anteriormente em trabalhos de prospecgao.
b) Martelo Gardner-Denver, de superficie, modelo PR-133
J alimentado por um compressor de capacid'ade efetiva
de vazao de 21,2 m3/min e pressao de ate 8,8 kgf/cm2.
Na execugao do furo vertical com 0 3", foi adotada a
tecnica de lavagem do furo por circulagio d'igua por
5 a 10 minutos com a propria composigao, a cada avan
go de tr&s hastes. Obteve-se uma produgao efetiva de
3,7 m/h e duas horas foram perdidas por problemas de
perfuragao. Este equipamento permaneceu parado por
54 horas devido a problemas mecanicos no proprio mar
telo, no compressor e nas bombas de agua (fig. 2 a).
No furo inclinado (fig. 2 b) a produgao efetiva foi
de 4,2 m/h. Duas horas foram gastas em dificuldades
inerentes a perfuragao e 110 horas com problemas me
cinicos, das quais cerca de 90 % devidas a falhas no
compressor.
Nao foram observados grandes desvios nos dois furos
efetuados.
c) Martelo Stenuick, de profundidade, modelo AS-80-H,
impulsionado por compressor com capacidade de 19,5
m3/min e pressao de 17 kgf/cm2.
A cada avango de uma haste procedeu-se i lavagem com
igua sob pressao para uma melhor remogao de detritos.
Atraves dos grificos (fig. 3 a e b) observa-se, em
ambos os furos, uma boa regularidade de produgao com
a prcfundidade, nao havendo paralizagoes significati
vas. As produgoes efetivas do furo vertical e do in
clinado foram de 2,9 e 2,6 m/h, respectivamente.
Enquanto no se verificou desvios no furo vertical,
o inclinado apresentou valores apreciiveis (5,7 %)
191
no sentido de verticalizar o furo.
d) Martelo Atlas Copco, de superficie, modelo BBE-57,
montado sobre carreta ROC -601 com ar fornecido pela
rede da obra, sob pressao de ate 7 kgf /cm2 e vazao
variivel. Foi efetuado somente um furo vertical de
90 m de profundidade e diametro 3", sem simulagio de
condigoes de galeria. Seu desempenho foi excelente
ate cerca de 60 m, com media de 15 m/h. Nos 30 me
tros inferiores este valor caiu para 5 m/h, atingin
do assim uma produgao media final de 9 m /h. No fo
ram registradas paralizagoes. Contudo, apesar do ex
celente desempenho deste equipamento , o mesmo foi
considerado inadequado para perfuragoes superiores a
60 metros devido aos grandes desvios registrados
ap6s aquela profundidade, da ordem de 16 %.
e) Martelo Atlas-Copco, de profundidade, modelo COP-4,
acoplado a carreta ROC-604 e impulsionado por compres
sor de 20 m3 /min de capacidade e pressao de 20 kgf/2
cm
Foi testado num furo vertical de 119 m, com diametro
4 1/8", tambem sem simulacao de galeria. Apresentou
excelente performance, sem grandes variagoes de pro
dugao com a profundidade. 0 valor efetivo medio foi
de 6,8 m/h sem registros significativos de horas pa
radas . 0 desvio miximo atingido foi de 3,4 %, manten
do-se regular em toda a furagao.
Com base nos dados acima descritos e na disponibilidade
das diversas perfuratrizes no mercado, foram definidos
os modelos COP-4 para furos profundos e BBE-57 para os
rasos.
3.2. EQUIPAMENTOS PARA INJEQAO
Para atender as especificagoes , a obra necessitava de
bombas com capacidade de injetar calda de cimento e,
eventualmente argamassa , sob pressao de ate 50 kgf/cm2
e vazao de 60 .E/min. Estas exigencias dirigiram os tes
tes para bombas de pistao, uma vez que as de parafuso
conhecidas no mercado normalmente no atingem aquela
pressao, embora no provoquem oscilagoes manometricas
192
i
quando em operagao.
Tres marcas de bombas de pistao foram entao submetidas
a um exaustivo teste de eficiencia: ACKER (50-GII),
EQUIP-GEO (SPBB) e PUTZMEISTER (KA-139-E). Todas elas
atenderam as exigencias apos algumas modificagoes, tais
como: substituigio das transmissoes de correias por cor
rentes, utilizagao de caixa de cambio com quatro veloci
dades, melhoria no sistema de juntas, revestimento da
camisa com material resistente a abrasao, instalagao de
valvulas de seguranga, etc.
Durante a realizagio dos testes tornou-se necessiria a
utilizagao de ate dois estabilizadores de pressio, fato
ja esperado, de maneira a reduzir e manter as oscila
toes manometricas a 10 % do valor aplicado.
As altas press6es aplicadas, associadas as frequentes
utilizagoes de argamassa (relagao ponderal agua:cimento:
areia = 1:1:1) exigiram uma constante manutengao, fato
este que indicou o aproveitamento da bomba ACKER devido
a seu menor peso e mecanica facil.
Posteriormente, ji durante os trabalhos, a obra teve a
disposigao seis unidades de bombas TRIDO de pistao, mo
delo 130-DJ, pertencentes ao sistema de perfuragao "OVER
DRILLING" em desmobilizagao naquela epoca. Estas, subme
tidas aos mesmos testes impostos as tres primeiras e
mediante algumas modificagoes tambem atenderam perfeita
mente as exigencias. Como a quantidade disponivel desta
bomba superava o numero previsto, foi conveniente a sua
adogao gradativa em substituigao as ACKER. Isto minimi
zou enormemente os problemas de manutengao de vez que
havia disponibilidade de pegas e ate do equipamento com
pleto para reposigao imediata.
3.3. EQUIPAMENTOS AUXILIARES
As injeroes em grandes profundidades e sob elevadas
press6es motivaram uma serie de adaptagoes aos circus
tos de injegao convencionalmente empregados. Alem disso
foram inseridos aiguns elementos visando otimizar o an
damento dos trabalhos. Consistiram de:
a) implantacao de um trocador de calor, constituido de
serpentina de 1" de diametro e 56 m de comprimento,
193
I
acoplado a tubulagao de retorno. Sua utilizadoo se
fez necessaria tendo em vista a limitagao da tempera
tura, imposta pelas especificagoes em 35°C. Com efei
to, as presses elevadas aplicadas, conjugadas a dis
tancia de ate 80 m entre a central injetora e o furo,
favoreciam sensivelmente as ascensoes de temperatura
das caldas de injecao. Cabe esclarecer que aquela
distancia possibilitava uma frente de servigo de cer
ca de 160 m de cortina, agilizando desta maneira os
trabalhos sem prejudicar as propriedades reologicas
e de injetabilidade das caldas, de acordo com os re
sultados do controle efetuado.
b) utilizagao de tubos de ago 0 1 1/4", sem costura,
mais leves e resistentes que os de ferro galvanizado
0 1" normalmente empregados nestes servigos. 0 use
destes canos acarretou a utilizagao de tubo de 0 2"
no sistema de reagao dos obturadores.
c) esta composigao pesa em media 12 kg/m, o que signifi
ca, para furos com 120 m de profundidade, um peso to
tal de cerca de 1.500 kg. Isto tornou necessarias to
lhas pneumaticas com capacidade compativel para per
mitir a movimentagao dos tubos ao longo dos furos.
Estas talhas foram acopladas a torres moveis ROHR de
2,0 x 2,0 m de base com 6,0 m de altura, constituin
do assim uma plataforma de injegaio sobre cada furo.
d) a ligagao entre a central injetora e o furo foi efe
tuada atraves de uma composigao de mangueiras AERO
QUIP .0 1 1/4", de borracha com malha de ago, e capa
cidade de trabalho de 50 kgf/cm2. Este circuito era
constituido de modulos de 20 m, interligados de ma
neira a facilitar a limpeza e a regulagem de seu com
primento, quando necessarias.
f) foram utilizados salva-manometros de alta pressao,
constituidos de corpo de ago acoplados em "T" na li
nha, com diafragma de material resistente de malha
de sisal recoberta por duas peliculas de vinil. Tam
bem de ago foram todos os materiais (luvas, "niples",
registros, unioes, etc.) componentes dos quadros de
injegao.
194
4. DESEMPENHO DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Este item se reporta a performance dos equipamentos de perfu
rarao e injecao e materiais auxiliares empregados. Engloba
tambem dados de produgio das centrais injetoras, alem de al
guns resultados relativos a lavagem de furos e consumo de ma
teriais.
4.1. EQUIPAMENTOS DE PERFURAcAO
a) Martelo COP-4 - equipamento escolhido para perfura
toes com mais de 60 m. Os valores apresentados na to
bela I traduzem em numeros medios o desempenho das
duas unidades empregadas na obra.
T A B E L A I
umero de furos efetuados 550
Total perfurado em 16 meses 50.000 m
rofundidade media dos furos 90 m
urabilidade dos bits (0 4 1/8") 540 m
urabilidade das hastes (3 m) 700 m
Dos 550 furos efetuados, 33 sofreram controle de des
vio dos quais apenas 3 superaram o limite especifica
do.
Outro dado importante, registrado durante os traba
Thos, e o da sua produgao efetiva media dos valores
mais frequentes, apresentado na tabela II.
T A B E L A II
rofundidade % de furos Produgio mediamaxima (m) efetuados (m/h)
80 27 5,3
100 44 6,3
120 29 5,3
Estes numeros moscram a eficiencia do equipamento,
independentemente da profundidade do furo.
A media geral de produrao efetiva foi de 6,0 m/h, is
to e, somente 12 % inferior a encontrada nos testes.
0 valor medio de tempo de manutenga'o equivale a 21 %
195
do de perfuracao, trazendo a media de producao glo
bal (efetiva + manutengao) para 5 m/h.
b) BBE-57 - perfuratriz escolhida para execugao de fu
ros 0 3" ate 60 metros de profundidade, a ceu aberto.
Sua produgio media foi de 9,6 m/h, inferior aquela
determinada no teste. Isto deve-se aos cuidados apli
cados durante as furacoes visando evitar os grandes
desvios anteriormente registrados. De fato, os con
troles efetuados revelaram valores normalmente infe
riores a 3 %. 0 valor medio do tempo de manutencao
equivale apenas a 5 % do tempo de perfuracao.
c) VL-140 - este equipamento, embora no testado, en
trou em operagao na execucao de furos 0 3" ate 70 m.
Substitui o martelo BBE-57 nos furos de galerias por
apresentar menor nivel de ruido e tambem menor des
vio naquela profundidade. Sua produgao efetiva media
esta em torno de 3,9 m/h. Em decorrencia de dificul
dades proprias dos servicos em galeria, sua produca'o
global cai para cerca de 2,0 m/h.
Ainda sobre os martelos BBE-57 e VL-140, a durabilidade
dos bits de 0 3", em 100.000 metros ate agora perfura
dos, esti em torno de 310 m.
A efici&ncia dos equipamentos de perfuragao tambem reflete
se na velocidade de lavagem dos furos. Com efeito sua pro
dugao media encontrada, de 25 m/h, foi independente da pro
fundidade dos furos lavados.
4.2. EQUIPAMENTOS DE INJEQAO
0 desempenho das bombas de injegao de alta pressao foi
avaliado atraves da relagao horas de manutengao/tempo de
utilizagao apresentado na tabela III. Para efeito compa
rativo constam da mesma tabela dados referentes as bom
bas MONO, modelo CD-64, ut; lizadas em injegoes de baixa
pressao (ate 20 kgf/cm2) .
T A B E L A III
PRESSAO MAXIMA TEMPO DISPENDIDO %MARCA DE TRABA HO
(kgf /cm ) OPERN 0 MANUi PARADA
ACKER/TRIDO
MONO
50
20
24
21
9
9
67
70
196
Pode-se observar que sao equivalentes os periodos de ma
nutengao das de alta e baixa pressao, comprovando o bom
desempenho da bomba de pistao trabalhando em regime for
cado. Credita-se ao sistema de manutencao preventiva e
a facilidade de reposicao de pecas e ate do proprio equipa
mento,o pouco tempo perdido por problemas mecanicos.
0 valor apresentado como "parado" corresponde ao tempo
de manobra das composigoes de injegao, espera para con
clus:c de furagao e paralisagoes impostas pelo proprio
cronograma.
A produgio das centrais injetoras permitiu que se atin
gisse a media de 11,5 metros injetados por Nora, inde
pendentemente das profundidades e inclinaroesdosfuros.
Este valor e sua constancia devem-se provavelmente ao
sistema de movimentagao mecinica das composigoes de in
jegao, ao raio de influencia das centrais injetoras e
ao planejamento geral dos trabalhos.
4.3. EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Este item demonstra o consumo dos equipamentos auxilia
res constantes de 16 meses de injegao , apresentados na
tabela IV a seguir:
T A B E L A IV
CONSUMO TOTAL
EQUIPAMENTOS Por 1000 m de Por 1000 m3 defuros in j etados calda in ' etada
6 0,7 50
15 0,8 56
anometros 25 1,1 77
( kgf /cant ) 60 0,6 44
100 0,5 34
1" 4 m 303 m
rubos de ago 0 1 1/4" 10 m 734 m
1 1/-" 9 m 676 m
2" 7 m 477 m
anqueira 0 1 1/4" 15 m 1074 m
'3orracha p/obturador 3-1 11 816
4" 10 684
egistro de gaveta 3 190
197
Obviamente , os valores de consumo por volume de calda
injetada representam os dados de maior interesse.
Estes dados mostram uma sintese dos consumos registra
dos numa campanha extensa de furos de injegao e podem
ser considerados como bastante significativos. No entan
to, existe uma serie de fatores que devem ser analisa
dos cuidadosamente quando se tenta extrapolar estes da
dos para outras areas. Por exemplo o tipo de calda tem
enorme influencia no desgaste dos registros e da bomba.
Em Itaipu, a adicao de bentonita representou uma dimi
nuicao considerivel no consumo de registros . Da mesma
forma a rocha injetada condiciona o consumo de obturado
res; a pressao aplicada ref lete-se na durabilidade das man
gueiras e engates e o proprio cuidado no manuseio pode
trazer grande economia de manometros.
5. CONSIDERAcOES FINAIS
A execugao de testes previos de equipamentos, o seu correto
dimensionamento e o acompanhamento sistematico de seus desem
penhos durante os serviyos , principalmente quando se trata
de um trabalho inedito como no caso de injegoes profundas,
podem ser considerados como fatores primordiais para o cum
primento de um rigido cronograma.
Em Itaipu isto pode ser demonstrado atraves da produgao dos
16 primeiros meses de trabalho (fig. 6) durante os quais fo
ram injetados 158.000 m de furos , correspondentes a cerca de
150 % do previsto no periodo, atingindo uma produga'o media
mensal de 10.000 m (minimas de 5.500 m e maxima de 14.226 m).
E evidente que estas marcas foram alcangadas gragas a efici
encia dos equipamentos escolhidos , assim como as suas quanti
dades empregadas e ao total cumprimento de um planejamento
geral de trabalhos.
Vale salientar que os resultados dos testes e o desempenho
geral apresentados no devem ser encarados como definitivos
para cada equipamento . Sua extrapolagao para outros locais
sempre deveri levar em conta os aspectos particulares de ma
nutengao , operagao e condigoes geologicas de cada obra.
198
6. RESUMO
Este trabalho apresenta uma sintese das atividades elabora
das para o cumprimento da execugao de uma cortina de injecao
de cimento constituida por 250.000 m de furos de at6 120 m
de profundidade. Apresenta ainda o acompanhamento, em termos
de produgao, dos primeiros 16 meses de trabalho.
Basicamente estas atividades constaram de:
- pesquisa e testes de equipamentos de furagao e injegao;
dimensionamento de todo o equipamento e material auxiliar.
Na apresentacao do acompanhamento de producoes dos equipamen
tos escolhidos mostram-se:
- a durabilidade de bits, hastes de furagao e dados relativos
ao controle de desvios e a lavagem dos furos;
- a produgao efetiva e o percentual de manutengao das perfu
ratrizes utilizadas;
- a analise do desempenho das injetoras utilizadas;
- o consumo de equipamentos auxiliares (registros, man6me
tros, etc.) de injegao.
Finalmente sao apresentados e comentados os resultados obti
dos associados iquelas medidas nreviamente tomadas.
7. REFERRNCIAS
DGMRI - ITAIPU - Relatorio Interno: Teste de Equipamentos de
Perfuragao e Injegao de Cimento - jan/78.
XIV Seminario Nacional de Grandes Barragens, agosto/81:
- Controle de Qualidade de Calda de Cimento para Injegao -
UtilizaCao de Trago Variavel.
- Injegoes de Cimento na Fundagao da Barragem Principal de
Itaipu.
199
TESTE DE EQUIPAMENTO DE PERFURAcAO
PROF
(m )
TEMPO DE AVANCO ( h) I PRODUcAO (m/h)DESVIO (%)
I0
20
30
40
50
80
90
100
a
5P/0
PROFUNDIDADES DE MEDIGAO
19-20,30m 39-80,30m29-50,30m 49-100,00m
FURO
INCLINAFAO - 00
PROFUNDIDADE = 100pm
DIAMETRO = NQ
PROF TEMPO DE AVANcO (h) PRODUcAO (m/h)oVIO (/(m)
5 10 15 20 1 2 3 4o)DES
N
1 0
20
30 t4 0a
0 34 59
40
50
3 /o
S60 PROFUNDIDADES DE MEDIcAO
70
19- 11,00m 39- 31,00m 59-51,00m
29-21,00m 49-41,00m
soFURO
INCLINAcAO = 450PROFUNDIDADE = 51,0 mDIAMETRO = NO
(b)
FIG.1-SONDA HIDRAULICA ROTATIVA LONG-YEAR COM SISTEMA WIRE-LINE
10 20 30 1 1 2 3
200
TESTE DE EQUIPAMENTO DE PERFURACAO
PROF. TEMPO DE AVANcO(h) PRODUCAO (m/h)VI O (%)DES
(m) 10 20 5 10
N
10
204
3°29
30
40
3
50
60 PROFUNDIDADES DE MEDIcAO
I9- 10,50m 39 -50,50m 59-9450m
22- 30,50m 49-70,50m70
80 FURO
INCLINA^AO = 0090
PROFUNDIDADE = 92,Om
DIAMETRO = 3"
PROF. TEMPO DE AVANIO(h) PRODUcAO (m/h)DESVIO(%)
( m) 5 to 2 4 5 6
N5%
10 .
20P/o
30 29
49
40
50
PROFUNDIDADES DE MEDICAO60 19- 7 00m 39-27,00m 59-47,00m,
29-17,00m 49-37,O0m
FURO
INCLINAcAO = 450PROFUNDIDADE = 50,0mDIAMETRO = 3"
(b )
FIG . 2-MARTELO PNEUMATICO GARDNER- DENVER DE SUPERFICIE
201
TESTE DE EQ U I PAM E N TO DE PERFU RAcAO
TEMPO DE AVANCO (h) I PRODU^AO (m/h
m )1 10 20 30 1 2 4 8 a
10
20 1-
30 1--
401-
90 t
100+----
(a)
D ESVIO (%)
PROFUND I DADES DE M ED I cAO
19-19,00m 34-59,00m 59 - 99,00m
29-39,00m 49-79,00m
FURO
INCLINAQAO = 00
PROFUNDIDADE = 119m
D I A M ETRO = 35/e"
PROF. TEMPO DE AVANCO (h) PRODUCAO ( m/h)DESVIO (%)
(m) 10 20 2 4 6 6
N5 %
10 3 ^O
20 59
4 39 29
30 7_14
40
50
PROFUNDIDADES DE MEDI9AO
60 19-10,20m 39-30,20m 50- 50,20m
29-20,20m 49 40,20m
FURO70 -- - - INCLINACAO = 45°
PROFUNDIDADE = 50,20mDIAMETRO
= 35/8ii
(b)
FIG. 3- MARTELO PNEUMATICO STENUICK DE PROFUNDIDADE
202
M
TESTE DE EQUIPAMENTO DE PERFURAcAO
PROF. TEMPO DE AVANQO (h PRODUCAO (m /h )(m) 10 10 20
10
20
30
40
50
60
70
so
{90
100
110
DESVIO (%)
N
59
493(rJ
w E PROFUNDIDADE DE :::
'::/ .
5 29-30,00m 49 -60,00m
10 c
FU R0
11 55 % 1NCLINAQ40 = 0°
PROFUNDIDADE = 90m
2 °_9 _ - DIAMETRO = 3
FIG. 4 - MARTELO BBE- 57 DE SUPERFICIE
203
TESTE DE EQUIPAMENTO DE PERFURA^AO
PROF. TEMPO DE AVANCO ( h) PRODUCAO (m/h )
(m) 5 10 Is 20 5 10
01
20
30
40
50
60}
F
80
90
001
011
DESVIO (%)
N
4
39PROFUNDIDADES DE MEDICAO
19-10,00m 30 - 45,00m 59 - 101,00m
29-22,50m 49-75,00m
69
3° FU R0
INCLINACAO = 00
PROFUNDIDADE = 119m5S DIAMETRO = 4 %e"
FIG. 5- MARTELO COP- 4 DE PRO FU N D I DADE
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