issn 1679-0456 dezembro, 2017

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ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017 80 Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro no Extremo Sul de Mato Grosso do Sul

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Page 1: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

ISSN 1679-0456Dezembro, 2017

80

Ocorrência de Plantas Daninhasem Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro no Extremo Sul de Mato Grosso do Sul

Page 2: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017
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Embrapa Agropecuária OesteDourados, MS2017

ISSN 1679-0456

Dezembro, 2017

80

Germani ConcençoFernando Mendes LamasLuiz Alberto StautRodrigo Arroyo GarciaCaroline Hernke Thiel

Ocorrência de Plantas Daninhasem Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro no Extremo Sul de Mato Grossodo Sul

Page 4: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

© Embrapa 2017

Supervisora editorial: Eliete do Nascimento FerreiraRevisora de texto: Eliete do Nascimento FerreiraNormalização bibliográfica: Eli de Lourdes VasconcelosEditoração eletrônica: Eliete do Nascimento Ferreira Fotos e ilustração da capa: Germani Concenço1ª edição On-line (2017)

Comitê de Publicações da Unidade

Embrapa Agropecuária OesteBR 163, km 253,6 Trecho Dourados-Caarapó79804-970 Dourados, MSCaixa Postal 449 Fone: (67) 3416-9700www.embrapa.br/www.embrapa.br/fale-conosco/sac

Presidente: Harley Nonato de OliveiraSecretária-Executiva: Silvia Mara BelloniMembros: Alexandre Dinnys Roese, Clarice Zanoni Fontes, Éder Comunello, Luís Antonio Kioshi Aoki Inoue, Marciana Retore, Marcio Akira Ito e Oscar Fontão de Lima Filho

Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei Nº 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Embrapa Agropecuária Oeste

Ocorrência de plantas daninhas em sistemas de rotação de culturas com algodoeiro no extremo sul de Mato Grosso do Sul / Germani Concenço ...[et al.]. ─ Dourados, MS : Embrapa Agropecuária Oeste, 2017. 36 p. : il. color. ; 16 cm x 21 cm. ─ (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Agropecuária Oeste, ISSN 1679-0456 ; 80).

1. Plantio direto. 2. Planta invasora. 3. Gossypium hirsutum. I. Concenço, Germani. II. Embrapa Agropecuária Oeste. III. Título. IV. Série.

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5Resumo

Abstract

Introdução

7

9

Material e Métodos

Resultados

11

19

Conclusões

Referências

34

35

Sumário

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Page 7: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

Resumo

O sistema predominante de produção agrícola de Naviraí, MS, consiste

na monocultura de soja, milho, mandioca e cana-de-açúcar, mas a região

já foi polo algodoeiro. Em Naviraí, localiza-se uma agroindústria moderna, -1que produz 600 t mês de fios de algodão e utiliza matéria-prima de

outras regiões. A existência dessa agroindústria torna o algodoeiro um

componente promissor de sistemas de produção na região. As plantas

daninhas oneram os sistemas produtivos por reduzir a produtividade e a

(1)Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Clima Temperado,Pelotas, RS.(2)Engenheiro-agrônomo, doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS.

mestre em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, (3)Engenheiro-agrônomo, Dourados, MS.

doutor em Agricultura, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, (4)Engenheiro-agrônomo, Dourados, MS. (5)Engenheira-Agrônoma, mestranda em Fisiologia Vegetal, Universidade Federal de Pelotas –Campus Capão do Leão, Pelotas, RS..

Ocorrência de Plantas Daninhasem Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro no Extremo Sul de Mato Grossodo Sul

1Germani Concenço2Fernando Mendes Lamas

3Luiz Alberto Staut4Rodrigo Arroyo Garcia

5Caroline Hernke Thiel

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qualidade do produto, e por demandar investimentos em herbicidas.

Portanto, avaliar a ocorrência de plantas daninhas em diferentes planos

de rotação de culturas, a fim de identificar aquele em que o algodoeiro

possa ser uma alternativa sustentável para a região sul de Mato Grosso

do Sul, constitui o objetivo deste trabalho. O ensaio de longa duração foi

instalado em área experimental da Copasul, em Naviraí, MS. Os

tratamentos constaram de 16 sistemas de rotação de culturas envolvendo

soja, milho e algodão, com diferentes opções de safrinha/inverno para

cobertura do solo, conduzidos por 3 anos, sendo avaliada a dinâmica de

plantas daninhas nestes sistemas. As culturas de verão (soja, milho,

algodão) não afetam significativamente o nível ou a composição da

infestação por si só; o que define a infestação é o manejo no inverno

(safrinha, segunda safra, entressafra). Aveia, crotalária, trigo e braquiária

(esta última consorciada com milho ou solteira) foram as opções que

mais inibiram as plantas daninhas. Sistemas de rotação de culturas

envolvendo algodoeiro em safras alternadas apresentam vantagens

sobre os demais.

Termos para indexação: plantio direto; Gossypium hirsutum; sucessão de

culturas.

6 Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

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Abstract

The agricultural production system of Naviraí, MS, consists in

monoculture of soybean, maize, cassava or sugarcane, but the region

has already been a cotton production center. In Naviraí is located a -1modern industry producing 600 t month of cotton yarn, by using raw

materials coming from other regions. The existence of the industry

makes cotton a promising component of production systems in the

region. Weeds harm the production systems by reducing the productivity

and quality of the product, and by demanding investments in herbicides.

To evaluate the occurrence of weeds in different crop rotation systems,

in order to identify the ones in which cotton can be a sustainable

alternative for the southern region of Mato Grosso do Sul State, is the

aim of this work. The long-term trial was installed in an experimental

area of Copasul, in Naviraí, MS. Treatments consisted of 16 crop rotation

systems involving soybean, maize and cotton, with different fallow /

winter options for soil mulching, conducted for three years, and the weed

dynamics in these systems were evaluated. Summer crops (soybeans,

corn, cotton) do not significantly affect the level or composition of the

7

Weed Occurrence in Crop Rotation Systems Involving Cotton in the Southern Region of Mato Grosso do Sul, Brazil

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

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infestation per se; what defines the infestation is the fallow / winter

management (second crop, off-season crop). Oats, Crotalaria, wheat and

Brachiaria (intercropped with corn or alone) were the options that most

inhibited weeds. Crop rotation systems involving cotton in alternating

years have advantages over the others.

Index terms: direct seeding; Gossypium hirsutum; crop succession.

8 Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

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Introdução

O sistema de produção predominante da região de Naviraí, município que

polariza a região do extremo sul de Mato Grosso do Sul, ainda está

fundamentado na monocultura, seja de soja (Glycine max), milho-safrinha

(Zea mays), mandioca (Manihot esculenta) ou cana-de-açúcar

(Saccharum officinarum), que causam intensa movimentação de solo,

visando fazer o “preparo do solo”. Sistema de produção é aqui

conceituado como sendo composto pelo conjunto de sistemas de cultivo

e/ou criação no âmbito de uma propriedade rural, definidos a partir dos

fatores de produção (terra, capital e mão-de-obra) e interligados por um

processo de gestão (HIRAKURI et al., 2012).

Na região, destaca-se no período de verão o cultivo de soja e no outono-

inverno o milho safrinha, caracterizando-se, dessa forma, como um

arranjo de monocultura da sucessão soja – milho-safrinha. Tanto a palha

da soja como a do milho apresentam alta taxa de decomposição, que é

maior quando o sistema de manejo do solo é o convencional (revolvimento

do solo) (GONÇALVES et al., 2010). Também são cultivados feijão

(Phaseolus vulgaris), mandioca, cana-de-açúcar e pastagens (maior

área). A região já foi um importante centro de produção de algodão

(Gossypium hirsutum). Entretanto, o cultivo do algodoeiro deixou de ser

competitivo, por causa da baixa produtividade e do elevado custo de

produção, quando comparado com outras espécies, principalmente a soja.

Em Naviraí localiza-se uma cooperativa que possui agroindústria das mais -1modernas do mundo, produzindo 600 t mês de fios de algodão, utilizando

fundamentalmente o produto importado de outras regiões de Mato Grosso

do Sul e Mato Grosso, principalmente. A existência da agroindústria é um

forte argumento para que o algodoeiro venha a ser um dos componentes

do sistema de produção predominante na região, considerando-se a

demanda instalada. Além disso, a alternância de espécies é fundamental

para a viabilidade do sistema de semeadura direta onde o algodoeiro

pode ser uma alternativa na composição de rotações de culturas

(CASTRO et al., 2013).

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

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Quando se considera os sistemas conservacionistas, o Sistema Plantio

Direto (SPD) é o mais adequado para as condições tropicais (HERNANI;

SALTON, 2001). A rotação de culturas constitui-se em um dos requisitos

para a qualidade do SPD (FRANCHINI et al., 2011), mas a adoção do

plantio direto acaba por selecionar determinadas espécies de plantas

daninhas que são de difícil controle, o que é amenizado pela rotação de

culturas e de práticas de manejo.

Tanto nas áreas de agricultura como de pecuária, as plantas daninhas

ocasionam perdas em virtude da alta infestação e dificuldade de controle,

o que geralmente causa redução na produtividade e na qualidade do

produto final e onera o sistema produtivo (NICHOLS et al., 2015). Dentro

desse cenário, uma reformulação contínua e gradual no estudo e na

aplicação do manejo de plantas daninhas é necessária, dando menos

atenção a soluções pontuais e específicas e privilegiando técnicas

integradas de manejo, onde a fisiologia, a fitossociologia e o

comportamento ambiental das espécies daninhas são utilizados para o

próprio manejo dessas espécies (BARBOUR et al., 1998; CORDEAU et

al., 2017).

Avaliar a ocorrência de plantas daninhas em diferentes planos de rotação

de culturas, a fim de identificar aquele em que o algodoeiro possa ser

uma alternativa sustentável para os produtores da região sul de Mato

Grosso do Sul, constitui o objetivo deste trabalho.

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Material e Métodos

O experimento foi conduzido em Naviraí, MS, na área experimental da

Cooperativa Agrícola Sul Mato-Grossense (Copasul), localizada na o o latitude: 22 59' 33'' S e longitude 54 06' 42'' W, com altitude de 360 m. A

Fundação MS apoiou a condução da área experimental, principalmente

nas atividades mecanizadas. O delineamento experimental foi de blocos

casualizados com quatro repetições.

As espécies para a produção de grãos: soja (G. max), milho (Z. mays),

feijão (P. vulgaris) e trigo [Triticum aestivum]), e de fibra, como algodão

(G. hirsutum), são aquelas normalmente cultivadas em maior ou menor

escala na região. Espécies vegetais como milheto (Pennisetum glaucum),

crotalária (Crotalaria spp.) e braquiária (Brachiaria ruziziensis), foram

utilizadas como alternativa de rotação de culturas e/ou para cobertura do

solo. No verão utilizou-se cultivo de soja, milho ou algodão. Na

entressafra/safrinha foram cultivadas diversas espécies para

diversificação dos sistemas. Na Figura 1 estão listados os tratamentos

que foram avaliados. O tratamento 16 trata-se da rotação soja-milho, com

50% a mais da adubação recomendada. À direita, na mesma figura,

apresenta-se a sumarização dos 16 tratamentos para apenas 10, na

análise conjunta final com dados de diferentes anos e épocas de

avaliação, com o objetivo de diluir o “efeito ano” ao agrupar tratamentos

com sequências similares de culturas.

A área experimental, inicialmente, era cultivada com B. ruziziensis,

que foi dessecada na segunda quinzena de setembro de 2012, para a

semeadura da soja. Antes da implantação do experimento foram

coletadas amostras de solo para caracterização física e química. Além

disso, a massa seca de cobertura de B. ruziziensis foi avaliada em 2agosto de 2012, coletando-se, aleatoriamente, 15 amostras de 0,5 m ,

que foram acondicionadas em sacos de papel e levadas à estufa com

circulação forçada de ar a 65 °C até massa constante, para aferição da

massa seca.

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15

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2015

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13

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15

16

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Na Figura 2, encontram-se os dados de precipitação pluviométrica (mm),

por decêndio, referente ao período de setembro de 2012 a junho de

2015, na área experimental (monitoramento local).

Figura 2. Precipitação pluviométrica (mm) decendial, registrada na área experimental no

período de setembro de 2012 a junho de 2015.

Jun.

Jun.

Jun.

Maio

Maio

Maio

Abr.

Abr.

Abr.

Mar.

Mar.

Mar.

Fev.

Fev.

Fev.

Jan.

Jan.

Jan.

Dez.

Dez.

Dez.

Nov.

Nov.

Nov.

Out.

Out.

Out.

Set.

Set.

Set.

0 50 100

Precipitação pluviométrica (mm)

150 200 250 300

2014/2015

2013/2014

2012/2013

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14

A massa seca de cobertura, resultante da dessecação da forrageira (B.

ruziziensis), presente na entressafra, foi avaliada por ocasião da

dessecação pré-plantio da soja e do milho. Por ocasião da coleta de

massa seca de cobertura, foram coletadas ainda 15 amostras de solo 2com 400 cm x 5 cm de profundidade, com o objetivo de caracterizar o

banco de sementes de plantas daninhas. As amostras foram

acondicionadas em potes plásticos e levadas à casa de vegetação, onde

foram homogeneizadas e mantidas úmidas para favorecer a emergência

das plantas daninhas. A cada 20 dias, as plantas emergidas foram

identificadas e eliminadas, sendo o solo revolvido, para promover novo

ciclo de emergência. O processo foi repetido mais duas vezes, quando se

considerou esgotado o banco de sementes de plantas daninhas.

O experimento consistiu no cultivo de soja, milho e algodão, cujas

cultivares utilizadas constam na na Tabela 1.

Espécie cultivada 2012/2013 2013/2014 2014/2015

Soja

BRS 360 RR

BMX Potência RR

BMX Potência RR

Milho

AS 155 PRO BR

AG 8088 PRO

DKB 390 PRO2

Algodão DP 555 BGRR FM 975 WS FM 975 WS

Tabela 1. Cultivares utilizadas para as diferentes espécies cultivadas no período de

verão dos anos agrícolas de 2012 a 2015.

Na safra de verão 2012/2013, as semeaduras da soja e do milho foram

realizadas no dia 2 de outubro de 2012. Imediatamente após as -1semeaduras, foi feita aplicação de 3,0 L ha de paraquat (p.c. com

-1200 g L ), em ambas as culturas. Ainda visando ao controle de plantas

daninhas, fez-se a aplicação dos herbicidas atrazina+nicosulfuron -1 -1 -1 -1(3 L ha p.c. com 500 g L e 0,7 L ha do p.c. com 40 g L ). O algodoeiro

foi semeado em 22 de novembro de 2012, após dessecação da área com -1 -1paraquat (3,0 L ha do p.c. com 200 g L ).

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15

Após a colheita das espécies cultivadas no período de verão fez-se a

semeadura das espécies programadas para o período de outono-inverno,

conforme o seguinte:

! Em 18 de fevereiro de 2013, feijão (pós milho/soja), milho, milho+B.

ruziziensis, Crotalaria ochroleuca e milheto; em 17 de abril de 2013, feijão

(pós algodão), milheto, trigo, aveia, e crotalária. A crotalária e o milheto

sempre tiveram duas épocas de semeadura, pois havia tratamentos com

cultivo dessas coberturas em sucessão à soja e ao algodão, cujas

colheitas ocorreram em épocas distintas.

! Na safra de verão 2013/2014, as semeaduras da soja e do milho foram

realizadas no dia 8 de outubro e a do algodoeiro em 14 de novembro de

2013. No outono-inverno de 2013, o feijão (pós milho), milho, milho +

braquiária, milheto e crotalária foram semeados em 24 de fevereiro de

2014, enquanto o feijão (pós algodão), trigo, aveia, milheto, crotalária e

capim-sudão (Sorghum sudanense) foram semeados em 14 de abril de

2014.

! Na safra de verão 2014/2015, a semeadura da soja e do milho foi

realizada no dia 22 de outubro de 2014. A semeadura do algodoeiro foi

realizada em 22 de novembro de 2014. Após a colheita das culturas de

verão foi realizada a semeadura das espécies de outono-inverno: feijão

com semeadura em 12 de fevereiro e 10 de abril de 2015, após milho e

algodão, respectivamente; milho, milho + braquiária, crotalária e milheto

também tiveram semeadura realizada em 12 de fevereiro de 2015. Em 10

de abril de 2015, também foram semeados trigo, aveia, milheto e

crotalária, de acordo com os tratamentos.

As adubações foram embasadas em análises de solo, seguindo as

recomendações técnicas oficiais para cada cultura.

As avaliações para estudo da dinâmica das plantas daninhas foram

realizadas nas seguintes ocasiões:

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Page 18: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

16

- Setembro/2012 – avaliação do banco de sementes inicial.

- Março/2013 – fitossociologia completa e cobertura do solo por plantas.

daninhas.

- Setembro/2013 – fitossociologia completa.

- Dezembro/2013 – número de espécies daninhas e percentagem de

infestação.

- Março/2014 – número de espécies daninhas e percentagem de infestação.

- Setembro/2014 - número de espécies daninhas e percentagem de

infestação.

- Dezembro/2014 – avaliação do banco de sementes final.

Os dados foram processados de maneira conjugada ou individualizados

por avaliação, conforme mais adequado para demonstrar o impacto dos

sistemas de cultivo sobre a ocorrência de plantas daninhas. Nas análises

combinadas, considerou-se o padrão de ocorrência de plantas daninhas

ao longo do ano.

As caracterizações fitossociológicas das plantas daninhas, em 2013,

foram feitas ao se amostrar três pontos por parcela do experimento (12

pontos por tratamento em cada época de avaliação). Em cada ponto,

todas as plântulas e plantas emergidas foram identificadas, coletadas e

armazenadas por espécie, e secas em estufa com circulação forçada de

ar a 60 ºC, para posterior determinação da massa seca.

-2Foram apresentados em histogramas o número de plantas (nº m ) e a -2massa seca total (g m ) da comunidade infestante nos diferentes

tratamentos, com os respectivos erros-padrão amostrais. Para cada

espécie, foram estimadas a densidade (número de indivíduos por área), a

frequência (distribuição espacial da espécie) e a dominância (capacidade

de acumular massa por área), que foram utilizados para obtenção do

índice de valor de importância de cada espécie, em cada área, segundo

Barbour et al. (1998), como segue:

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 19: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

17

onde rDe = densidade relativa (%); rFr = frequência relativa (%); rDo =

dominância relativa (%); I.V. = valor de importância (%); I = número de

indivíduos da espécie x na área r; TI = número total de indivíduos na área

r; Q = número de amostras avaliadas na área r onde a espécie x está

presente; TQ = número total de amostras na área r; DM = massa seca

dos indivíduos da espécie x na área r; TDM = massa seca total das

plantas daninhas na área r.

O valor de importância (VI) situa cada espécie daninha dentro da

comunidade, em função da sua capacidade de causar danos (severidade

de ocorrência), com base nos três parâmetros previamente citados,

sendo o parâmetro adotado no presente estudo.

Posteriormente, as áreas foram comparadas entre si pelo coeficiente

binário assimétrico de similaridade de Jaccard. Com base nos

coeficientes de Jaccard, foi elaborada a matriz de similaridade, e a partir

desta foi obtida a matriz de dissimilaridade (1-similaridade), como segue:

onde J = coeficiente de similaridade de Jaccard; a = número de espécies

na área “a”; b = número de espécies na área “b”; c = número de espécies

comuns às áreas “a” e “b”; e Di = dissimilaridade.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

rDo=DM

TDM�100 rDe=

I

TI�100

rFr=Q

TQ�100 VI=

rDe+rFr+rDo

3

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18

A análise multivariada de agrupamento hierárquico foi efetuada a partir

da matriz de dissimilaridade, pelo método UPGMA (Unweighted Pair

Group Method with Arithmethic Mean) (SNEATH; SOKAL, 1973). O nível

crítico para separação dos grupos na análise de agrupamento foi

baseado na média aritmética das similaridades na matriz original de

Jaccard (BARBOUR et al., 1998), desconsiderando os pontos de

cruzamento entre as mesmas áreas na matriz. A validação dos grupos foi

feita pelo coeficiente de correlação cofenética (SOKAL; ROHLF, 1962),

obtido por correlação linear de Pearson entre a matriz original de

dissimilaridade e a matriz cofenética. Os coeficientes de diversidade e

similaridade, bem como a análise de agrupamento (Cluster), foram

obtidos no ambiente estatístico R.

Realizou-se análise de contrastes com os dados conjugados de diversas

avaliações (de 2013 e 2014), comparando-se a ocorrência das espécies

daninhas, em função das diferentes opções de inverno, contra a média

dos demais cultivos, destacando-se ainda os sistemas tradicionais da

região, contra as demais opções de sucessão de culturas avaliadas.

Todas as fórmulas e procedimentos seguiram o preconizado por Barbour

et al. (1998) para análises sinecológicas e autecológicas, e Steel e Torrie

(1980) para as análises embasadas em estatística experimental

tradicional.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 21: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

19

9.000

8.000

7.000

6.000

5.000

4.000

3.000

2.000

1.000

0

-1(M

assa s

eca (

kg

ha

)

Amostra

Brachiaria ruziziensis16/8/2012

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Figura 3. Massa seca de cobertura inicial da área, avaliada próximo à dessecação pré-plantio

das culturas de soja e milho. Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS, 16 de agosto de (1)2012 .

(1) É fornecido o intervalo de confiança da média.

Resultados

Biomassa inicial na superfície do soloA massa seca inicial na superfície do solo, antes da instalação do

-1experimento (Figura 3), variou entre 2.238,4 e 8.152,0 kg ha , com média -1de 4.351,6 kg ha . Em áreas com cobertura similar por esta espécie,

seria de se esperar mais consistências médias entre 3.500 e -15.200 kg ha de massa seca de braquiária, em função do intervalo de

confiança da média.

Dinâmica de plantas daninhas

Banco de sementes de plantas daninhas

Os resultados do levantamento inicial da ocorrência de plantas daninhas

no banco de sementes da área experimental, antes do início do

experimento, encontram-se na Tabela 2. No total das 15 amostras

avaliadas, média das duas aferições espaçadas em 20 dias, foram

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 22: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

20

encontradas somente três espécies daninhas. A área utilizada no

experimento esteve submetida ao cultivo e pastejo de forrageiras por

vários anos antes da instalação do experimento, o que pode ter tornado o

banco de sementes de plantas daninhas da área dormente ou exaurido.

Espécie daninhaDensidade

(n° m-2)(1)

Severidade

como infestante(2)

Brachiaria ruziziensis 14,1 Baixa

Portulaca pilosa 1,56 Baixa

Richardia brasiliensis 1,56 Alta

Classificação do banco de sementes:

Pequeno, dormente ou exaurido

Tabela 2. Infestação de plantas daninhas observada na análise inicial do banco de

sementes da área experimental.

(1)Esta densidade refere-se à ponderação do número total de exemplares encontrados em 2 2 (2)função da área total dos potes (16 cm x 400 cm ); a severidade como infestante é uma

classificação genérica daquela espécie como planta daninha, não refletindo o que foi encontrado na área (que apresentava baixa infestação).

O banco de sementes de plantas daninhas da área foi considerado

inicialmente como dormente, pequeno ou exaurido, em função do

pequeno número de plantas emergidas após 40 dias de avaliação

(Tabela 2). Durante o decorrer do experimento, no entanto, o nível de

ocorrência de plantas daninhas possibilitou classificar o banco de

sementes inicial como sendo dormente/quiescente, pois ao se fornecer

condições para o desenvolvimento das plantas cultivadas, juntamente

aos distúrbios causados nas operações de plantio, colheita e demais

tratos culturais, também foram observadas diversas espécies de plantas

daninhas nos diferentes tratamentos.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 23: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

21

A análise estatística evidenciou diferenças significativas entre os

tratamentos infestados por plantas daninhas. Os índices de cobertura por

espécies infestantes, nos sistemas de cultivos rotacionados (Figura 4),

foram mais significativos nos tratamentos 1; 7; 9; 11; 14; 15 e 16. Os

demais, com exceção do 3 e 5, que apresentaram menor significância,

foram todos iguais (análises não mostradas).

Tratamentos

Co

bert

ura

do

so

lo (

%)

Figura 4. Cobertura do solo (%) por espécies daninhas presentes em diferentes sistemas de (1)rotação de culturas em Naviraí, MS, avaliados em 26 de março de 2013 .

(1) É fornecido o intervalo de confiança da média geral dos tratamentos.

15

10

5

01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

De modo geral, observou-se que os tratamentos com soja no verão e

com trigo e aveia no outono/inverno propiciaram menor cobertura por

plantas daninhas, o que corrobora os resultados de Pereira (2001). A

cultura da soja e as possíveis substâncias alelopáticas presentes no trigo

e aveia inibiram significativamente o desenvolvimento de plantas

daninhas (Figura 4). A cobertura do solo por plantas daninhas, em março

de 2013 (pós-colheita dos cultivos de verão, exceto algodão), ficou entre

4% e 10% (Figura 4), o que pode ser considerado baixo, corroborando

com os dados iniciais de um banco de sementes de plantas daninhas em

estado dormente/quiescente (Tabela 2).

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Intervalo deconfiança (95%)

Page 24: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

22

A Figura 5 define três grupos de tratamentos, de acordo com o tipo de

espécies infestantes presentes nos sistemas de rotação: o primeiro grupo

é formado pelos tratamentos 1, 7, 9, 11, 14, 15 e 16; o segundo por 2 e

8, e o terceiro por 4, 6, 10, 12 e 13. Necessita-se, no entanto, de coleta

de mais dados para que observações referentes aos distintos sistemas

de cultivo possam ser feitas, visando identificar fatores nos diferentes

tratamentos responsáveis pela seleção de determinadas espécies

daninhas.

Figura 5. Análise de agrupamento por dissimilaridade pelo método UPGMA, com base nos (1)coeficientes binários de Jaccard, em função de utilização de distintos cultivos .

(1) Linha verde indica ponto de corte para formação dos grupos.

Dis

sim

ilari

dad

e

0,6

0,4

0,2

0

Resultados fitossociológicos Nas Figuras 6 e 7 são apresentados os dados de Valor de Importância

(VI) das plantas daninhas, nas avaliações fitossociológicas de 2013,

realizadas pós-colheita da safra de verão (março) e da mesma análise

repetida por ocasião da pré-dessecação, para implantação do cultivo de

verão subsequente (setembro de 2013). Salienta-se que as plantas

daninhas em cada área foram aquelas que apresentaram os maiores

Valores de Importância.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 25: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

23

Figura 6. Valor de importância (VI – %) de plantas daninhas em função do tratamento (T1 –

T8) e época do ano: (A) avaliação realizada em 26/3/2013; (B) avaliação realizada em (1)17/9/2013 .

(1) Culturas presentes nas áreas em cada avaliação encontram-se listadas na Figura 1.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Março 2013 Setembro 2013

100

100

100

100

100

100

100

100

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

100

100

100

100

100

100

100

100

Solanun americanumSida rhombifolia

Sida cordifoliaRichardia brasiliensis

Portulaca pilosaPortulaca oleracea

Gnaphalium coarctatumGlycine max

Digitaria sanguinalisCyperus ferax

Conyza sumatrensisBrachiaria ruziziensisAmaranthus deflexus

Sida rhombifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Eleusine indica

Digitaria horizontalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Eleusine indica

Digitaria horizontalis

Conyza sumatrensis

Commelina benghalensis

Chamaesyce hirta

Amaranthus hybridus

Talinum paniculatum

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Praxelis pauciflora

Gnaphalium coarctatum

Digitaria horizontalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Amaranthus hybridus

Solanum americanum

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Senna obtusifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Gnaphalium coarctatum

Glycine max

Digitaria sanguinalis

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Amaranthus hybridus

Tridax procumbens

Sonchus oleraceus

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Digitaria sanguinalis

Digitaria insularis

Digitaria horizontalis

Cyperus ferax

Commelina benghalensis

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Eleusine indica

Digitaria insularis

Solanun americanum

Sida rhombifolia

Richardia brasiliensis

Ipomoea nil

Gnaphalium coarctatum

Digitaria sanguinalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Commelina benghalensis

Brachiaria ruziziensis

Page 26: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

24

Figura 7. Valor de importância (VI - %) de plantas daninhas em função do tratamento (T9 -

T16) e época do ano: (A) avaliação realizada em 26/3/2013; (B) avaliação realizada em (1)17/9/2013 .

(1) Culturas presentes nas áreas em cada avaliação encontram-se listadas na Figura 1.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Sonchus oleraceus

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Senna obtusifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Gnaphalium coarctatum

Glycine max

Commelina benghalensis

Amaranthus deflexus

Talinum paniculatum

Synedrellopsis grisebachii

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Digitaria sanguinalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Amaranthus hybridus

Talinum paniculatum

Synedrellopsis grisebachii

Solanum americanum

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Gnaphalium coarctatum

Glycine max

Digitaria sanguinalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Commelina benghalensis

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Eleusine indica

Digitaria sanguinalis

Digitaria horizontalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Amaranthus hybridus

Tridax procumbens

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Gnaphalium coarctatum

Digitaria sanguinalis

Digitaria insularis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Ipomoea purpurea

Ipomoea nil

Gnaphalium coarctatum

Eleusina indica

Digitaria sanguinalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Amaranthus hybridus

Talinum paniculatum

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Gnaphalium coarctatum

Glycine max

Digitaria sanguinalis

Conyza sumatrensis

Brachiaria ruziziensis

Talinum paniculatum

Sida rhombifolia

Sida cordifolia

Senna obtusifolia

Richardia brasiliensis

Portulaca pilosa

Portulaca oleracea

Gnaphalium coarctatum

Glycine max

Digitaria sanguinalis

Cyperus ferax

Conyza sumatrensis

Chamaesyce hirta

Março 2013 Setembro 2013

100

100

100

100

100

100

100

100

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

75

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

50

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

25

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

100

100

100

100

100

100

100

100

Page 27: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

Em termos gerais, na avaliação final da safra de verão 2012/2013 [março

de 2013, Figuras 6(A) e 7(A)], as principais plantas daninhas constatadas

nas áreas foram caruru (Amaranthus hybridus), braquiária voluntária (B.

ruziziensis), trapoeraba (Commelina benghalensis), ciperáceas (Cyperus

spp.), capim-colchão (Digitaria sanguinalis), poaia-branca (Richardia

brasiliensis), guanxuma (Sida spp) e erva-de-touro (Tridax procumbens).

Em algumas parcelas foram constatadas, ainda, a existência de plantas

voluntárias de soja, que, no entanto, foram controladas sem problemas,

por ocasião da dessecação pré-plantio da cultura de safrinha.

A avaliação realizada por ocasião do início da safra 2013/2014 [setembro

de 2013, Figuras 6(B) e 7(B)] indicou que, nesta fase, a planta daninha

mais importante nos sistemas de rotação foi a macela (Gnaphalium

coarctatum), sendo a poaia-branca a segunda mais importante e as

guanxumas selecionadas em determinados tratamentos (Figuras 6 e 7).

Ao final da safra de verão (2012/2013) as plantas daninhas infestantes

mais características deste período foram o caruru, braquiária voluntária,

trapoeraba, ciperáceas, capim-colchão e erva-de-touro. A maior presença

de plantas daninhas na safra de verão requer maiores cuidados, pois sua

incidência na área gera competitividade com a cultura de interesse

econômico. Melhorar o controle de plantas daninhas no verão, como a

poaia-branca e a guanxuma, podem trazer benefícios posteriores, tal

como diminuir o seu banco de sementes no solo, minimizando sua

infestação no início da safra.

Constatou-se maior presença de plantas daninhas nas áreas onde se -2encontrava a cultura do milho (42 plantas m ), quando comparada com

-2soja e algodão (27 e 22 plantas m , respectivamente) (Figura 8), onde as

duas culturas não se diferenciaram. O maior número de plantas daninhas

na área com a cultura do milho se atribui às características da cultura,

que tem uma menor cobertura do solo em relação às demais; a partir do

momento em que esta cultura vai atingindo a maturação fisiológica,

aumenta a incidência de luz e o estabelecimento de plantas daninhas.

Para os resultados de massa seca da comunidade infestante,

25Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 28: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

26

estatisticamente não houve diferença entre as culturas, como indicam os -erros-padrão amostrais. As plantas daninhas acumularam 22 g m ² de

-massa seca no milho e 20 g m ² na soja (Figura 8).

2Figura 8. Números e massa seca de plantas daninhas por m , presentes na cultura do milho, (1)soja e algodão ao final da primeira safra de verão (março de 2013) .

(1) Erros-padrão a 5% são fornecidos sobre as barras.

50

40

30

20

10

0

Milho

-2Nº PDs m-2MS PDs m

Soja Algodão

Na Figura 9 encontra-se o resultado obtido a partir da análise

multivariada de agrupamento com base nas espécies daninhas

ocorrentes, e na Figura 10 apresenta-se o agrupamento com base no

nível de infestação dos tratamentos.

Observa-se que não houve formação de agrupamentos nem diferença

significativa, estatisticamente, quando o agrupamento foi feito com base

nas espécies daninhas ocorrentes (Figura 9). Com esse resultado pode-

se verificar que não houve diferença nas composições das comunidades

infestantes, em função da cultura de verão presente (algodão, milho ou

soja). O agrupamento quanto ao nível de infestação (Figura 10), embora

significativo, não reuniu tratamentos com a mesma cultura, indicando que

o nível de infestação também independe da cultura de verão, sendo

comandado por outros fatores não identificados na presente análise.

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 29: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

27

Figura 9. Análise multivariada de agrupamento pelo método UPGMA com base no inverso dos coeficientes de similaridade de Jaccard (1-Jaccard), sendo: algodão (A), soja (S) e milho (M).

Dis

sim

ilari

dad

e

AGRUPAMENTO POR ESPÉCIES DANINHAS

Correlação cofenética0,93 ns

Não houve direrença na

composição da infestação

(por Jaccard/UPGMA)

0.54

0.52

0.50

0.48

0.46

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

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28

Figura 10. Análise de agrupamento por nível de infestação, sendo: algodão (A), soja (S) e

milho (M).

Dis

sim

ilari

dad

e

AGRUPAMENTO POR NÍVEL DE INFESTAÇÃO

Correlação cofenética 0,9*

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 31: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

Entende-se que no primeiro ano de cultivo essas culturas de verão não

influenciaram a composição das comunidades infestantes ou o seu nível

de ocorrência. Ou seja, as plantas daninhas encontradas na primeira

safra são as mesmas para as três culturas de verão utilizadas, e em

níveis equivalentes de ocorrência.

Com isso, pode-se afirmar que as culturas de verão inseridas nos

sistemas não apresentam diferença na inibição cultural do nível de

infestação das plantas daninhas ou de sua composição. Sendo assim, os

dados das avaliações de plantas daninhas que consideram o efeito das

culturas de inverno são essenciais para identificar o sistema de produção

com menor ocorrência de plantas daninhas.

Para possibilitar uma macroanálise dos resultados do experimento,

diversas avaliações, de diferentes épocas (2012 a 2014), foram

conjugadas em uma análise estatística combinada. Similarmente,

tratamentos com sequência idêntica de culturas também foram

agrupados para diluir o efeito das condições ambientais específicas do

ano agrícola sobre os resultados de ocorrência de plantas daninhas

(Figura 1, lista direita).

A ocorrência de plantas daninhas foi diretamente influenciada pela

cultura de inverno implantada. O sistema de produção que se destacou

foi: Algodão → Milho+braquiária → Milheto → Soja, com os menores

índices apresentados, significativamente diferentes dos outros

tratamentos (Figura 11).

29Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 32: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

Outros dois sistemas que merecem destaque foram Algodão → Milho →

Crotalária, com 39% de infestação, e Algodão → Aveia → Soja, com 53%

de infestação, evidenciando que a crotalária e a aveia são boas opções

para serem inseridas nos sistemas de produção, por reduzirem a

infestação de plantas daninhas. A palhada dessas culturas forma uma

barreira física que dificulta a germinação das plantas daninhas, o que é

complementado por possíveis efeitos alelopáticos conhecidos. As

culturas de verão (milho, algodão, soja), cultivadas isoladamente e sem

opção de inverno, ou então seguidas por milheto, são problemáticas para

a ocorrência de plantas daninhas (Figuras 11 e 12).

Na Figura 12 são apresentados comparativos por análise de contrastes

(a 5% de probabilidade) entre coberturas de inverno específicas contra

as demais coberturas; entre culturas e coberturas de inverno; e entre

sistemas que incluem a tradicional sucessão soja/milho safrinha contra

os demais sistemas estudados.

30

Infe

sta

ção

(%

)

100100

80

60

40

20

0

Tratamentos

Figura 11. Porcentagens de infestação (em termos de área coberta) de plantas daninhas em (1)sistemas de rotação de culturas, em Naviraí, MS, setembro de 2014 .

(1) É fornecido o intervalo de confiança da média geral dos tratamentos.

MiFeAl

Mi = milhoFe = feijãoAl = algodãoSo = soja

Tr = trigoAv = aveiaMo = milhetoCr = crotalária

Mb = milho + braquiáriaSu = capim-sudãoMS = milho safrinha

SoTrAl

AlAvSo

AlSoMo

SoMbAlSu

SoMSAlSu

AlMbMoSo

AlMSMoSo

SoMS

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 33: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

31

Fig

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M+B

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Demais

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Milheto

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Aveia

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Trigo

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Demais

Demais

Demais

Crotalária

Crotalária

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An

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100

80

60

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60

50

40

30

20

10 0

8

Demais

C.-sudão

Outr

os

sist

em

as

Ocorrência de Plantas Daninhas em Sistemas de Rotação de Culturas com Algodoeiro...

Page 34: ISSN 1679-0456 Dezembro, 2017

O mau desempenho do trigo como supressor de plantas daninhas (Figura

12) foi atribuído à fitotoxicidade a esta cultura, advinda de uma aplicação

equivocada de herbicida (sintomas visuais bastante evidentes na

espécie), o que prejudicou seu potencial competitivo contra as plantas

daninhas. A cultura do trigo apresenta, em condições usuais, potencial

inibidor de plantas daninhas igual ou superior ao observado para a aveia,

segundo dados de outras pesquisas.

Os resíduos vegetais deixados pelas culturas de inverno sobre o solo

afetam diretamente a temperatura, o teor de umidade e a incidência de

luz. Esses atributos são as principais variáveis para o controle da

dormência e da germinação das sementes das plantas daninhas,

podendo influenciar nas diversas fases do seu desenvolvimento.

Nos sistemas de produção em que o manejo tem por objetivo a formação

de maior aporte de matéria depositada sobre o solo, esse material

deixado pelas culturas antecessoras é responsável por reduzir a

ocorrência de plantas espontâneas ao restringir o seu acesso à luz.

O resíduo deixado por cada cultura ao final do ciclo é ilustrado na

Figura 13.

A rotação de culturas, o cultivo de espécies de cobertura e os resíduos

vegetais sobre a superfície do solo influenciam a incidência e o

crescimento de plantas daninhas (NICHOLS et al., 2015). Além disso, a

estrutura da comunidade de plantas daninhas, assim como o seu

potencial de interferência, é função do tempo em que o solo permanece

descoberto (CORDEAU et al., 2017). Portanto, os sistemas envolvendo

algodoeiro, na região de Naviraí, MS, devem proporcionar alta deposição

de palha, considerando a longa duração nos períodos de entressafra.

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Conclusões

As culturas de milho, soja e algodão apresentam níveis de infestação

equivalentes em áreas equivalentes. A análise multivariada por nível de

infestação também não indicou maior infestação em determinada cultura

de verão, e a análise multivariada por composição de infestação mostrou

que as espécies que ocorreram em cada cultivo não diferem. Logo, as

culturas de verão (soja, milho, algodão) não afetam significativamente o

nível ou a composição da infestação por si só, mas sim como

consequência do sistema de produção no qual estão inseridos. O que

importa para a infestação é o manejo no inverno (safrinha, segunda safra,

entressafra).

Aveia, crotalária, trigo e braquiária (consorciada com milho ou solteira)

mostraram-se como as opções de inverno mais capazes de inibir a

ocorrência de plantas daninhas nos sistemas de produção avaliados.

Sistemas de rotação de culturas envolvendo o algodoeiro cultivado em

safras alternadas (dentro de um sistema de rotação e sucessão)

apresentam vantagens sobre os demais, apesar das restrições de clima

ocorridas durante o período analisado.

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