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INTRODUÇÃO

A proposta de cobertura das eleições municipais da CBN foi baseada nas demandas da cidade: ouvir os moradores, conhecer as características de cada região e fazer propostas para uma São Paulo melhor, indo muito além da agenda dos candidatos.

Ao longo de quase cinco meses uma equipe de repórteres da CBN foi a cada um dos 96 distritos paulistanos; munidos de gravadores, câmeras e muita disposição para conhecer a realidade dos moradores das mais diferentes regiões. O trabalho também contou com o apoio dos produtores e da chefia de reportagem, dedicados a encontrar as principais lideranças comunitárias e uma importante parceria com a Rede Nossa São Paulo, que ofereceu uma série de dados estatísticos e indicadores sociais dos distritos, que serviram de base para o trabalho da reportagem.

Apesar de tanta gente envolvida, os principais responsáveis pela série foram os próprios moradores, que procuraram por nossas equipes em cada visita, além de terem participado intensamente por telefone, e-mail e twitter, contando suas histórias, fazendo denúncias e indicando as prioridades dos bairros.

Esse relatório consolida as informações coletadas por Cátia Toffoletto, Maria Eugênia Flores, Sandra Riva, Juliano Dip e Joyce Ribeiro, e é uma contribuição da CBN aos candidatos à prefeitura de São Paulo.

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REGIÃO LESTE

PARQUE SÃO LUCAS

� Transporte: os ônibus que atendem o distrito precisam ser melhor distribuídos pelas linhas. Um dos exemplos mais graves dados pelos moradores é o da linha 4286 - Parque Industrial/Correio.

� Saúde: faltam médicos na UBS Parque São Lucas, o que faz com que o atendimento demore demais. O hospital mais próximo do distrito fica na Vila Alpina, exigindo um deslocamento grande de quem precisa do serviço.

� O córrego que corta o distrito passou por obras, mas as enchentes continuam sendo um pesadelo para os moradores, principalmente na região da Rua Saclara.

� Falta de iluminação: vários bairros da região sofrem com o problema, que aumenta a sensação de insegurança da comunidade. Um dos exemplos é a Rua Pacari da Mata.

SÃO MIGUEL PAULISTA

� Saúde: a UBS Cidade Nova São Miguel é considerada muito pequena para as 16 mil pessoas cadastradas. Existe um espaço próximo à unidade, onde antigamente funcionava um sacolão, mas que passou para as mãos da secretaria da saúde. Os moradores sugerem que a UBS passe a funcionar no local.

� Há uma ponte de acesso à Rodovia Ayrton Senna que precisa de obras: a pista é muito estreita e, como a mão é dupla, os carros precisam fazer fila em vez de passarem um ao lado do outro. Quando se trata dos caminhões, então, o problema se agrava e os veículos precisam esperar para passar um por vez.

� A limpeza do córrego que passa pela Rua Ubirajara Ferreira não é feita

regularmente e as margens acabam acumulando muito lixo.

� As calçadas do distrito também precisam de manutenção.

JARDIM HELENA

� Segurança: a violência é sentida não só pelos moradores como também por quem trabalha na região. Os entregadores dos Correios, por exemplo, precisam trabalhar com escolta. Entrevistamos dois carteiros que foram vítimas de assaltos e sequestros mais de uma dezena de vezes.

� Saneamento: o Jardim Três Meninas não tem rede de esgoto.

� A região da estação Vila Maria/Jardim Helena está abandonada: lixo e falta de manutenção de ruas e calçadas marcam o local.

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IGUATEMI

� Os moradores do Jardim Nova Conquista também vivem sem rede de esgoto.

Alguns deles até construíram uma rede doméstica alternativa.

� Estrutura: o asfalto não chegou a todas as ruas dos cerca de 40 bairros do distrito. Como o relevo é muito irregular, os deslocamentos são muito complicados tanto a pé quanto de carro.

� Há muitos terrenos vazios, ocupados por mato e lixo. Os moradores sugerem a

construção de opções de lazer e centros comerciais.

� Os CEUs de Alto Alegre e São Matheus são considerados insuficientes pelos habitantes do distrito.

� Transporte: moradores pedem mais linhas. O Jardim Nova Conquista, por exemplo, é atendido por apenas uma linha.

PENHA

� Aumento do número de moradores de rua.

� Violência: faltam bases da polícia e viaturas circulando pela região. Moradores

relataram assaltos e até estupros em uma passarela perto da comunidade Chaparral, no Jardim América da Penha.

� Cresceu o número de favelas e as que já existiam aumentaram, como a que fica sob o viaduto Gal. Milton Tavares de Souza.

� Trânsito: falta fiscalização no Largo do Rosário. CANGAÍBA

� Acidentes de trânsito: o distrito tem média bastante alta de mortes provocadas

por acidentes de trânsito: são 18,3 mortes por 100 mil habitantes, contra uma média de 10,8 mortes de toda a cidade.

� Moradores recolheram 10 mil assinaturas para pedir obras no túnel que fica em Engenheiro Goulart, onde está a estação da CPTM. Ele serve de passagem para carros e pedestres da av. Assis Ribeiro para o Parque Ecológico do Tietê e Rodovia Ayrton Senna e é bastante estreito.

� Sinalização: faltam faixas de pedestres, como na Av. Cangaíba e de placas, como em uma perigosa curva na Rua São Diogo.

� Enchentes: falta limpeza e manutenção das bocas de lobo no Jardim São Francisco e o córrego que divide Cangaíba e Ermelino transborda com frequência.

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TATUAPÉ

� Crescimento: distrito vive enorme expansão imobiliária e os condomínios

provocam aumento da circulação de carros e o congestionamento já chega ao interior de bairros menores.

� Transportes: passageiros reclamam da superlotação das estações de trem e metrô, assim como dos terminais de ônibus, mesmo fora dos horários de pico.

� Calçadas: buracos, degraus enormes e falta de acessibilidade como nas ruas próximas à Praça José Guidice e na Rua Magali Martins de Carvalho.

� Saúde: moradores pedem a construção de mais uma unidade hospitalar já que o Hospital Cristo Rei está fechado faz tempo.

� Há também problemas relacionados ao uso de drogas e barulho provocado pelos frequentadores de bares nas regiões de universidades.

PARI

� Lixo: a coleta é bastante ineficiente na região. O comércio fecha as portas às

17 horas e, como os caminhões só passam à noite, o material fica muito tempo na rua.

� Segurança: quem precisa de atendimento médico acaba preferindo se deslocar até outra região, já que, na avaliação dos moradores, não há condições de segurança nas proximidades da única AMA do Pari.

� Calçadas: o estado de conservação das calçadas é muito ruim e não há acesso para deficientes físicos nas principais ruas do distrito.

BRÁS

� A prioridade apontada pelos moradores é a falta de segurança. Como a região

é comercial, existe grande volume de pessoas circulando durante o dia e quase ninguém pela noite. De acordo com especialistas, esse é um dos fatores que agravam o problema no distrito. Os moradores também cobram mais bases da polícia.

� Trânsito: a falta de fiscalização e o grande volume de pedestres prejudicam o tráfego no distrito.

� Lazer: jovens reclamam da falta de opções para a prática de esportes.

� Enchentes: são frequentes no distrito e estão associadas ao excesso de lixo na rua.

� Saúde: a única UBS da região não consegue atender à demanda.

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BELÉM

� Habitação: existem muitos cortiços e moradores de rua por todo distrito,

principalmente nas regiões do Largo São José do Belém e do viaduto Guadalajara.

� Segurança: o aumento do número de moradores de rua também trouxe a ação de traficantes, principalmente pela noite.

� Creches: as mães que vivem no Belém têm muita dificuldade de conseguir vagas nas quatro creches indiretas que existem no distrito.

PARQUE DO CARMO

� Violência: assaltos e prostituição acontecem rotineiramente na Avenida Afonso Sampaio e Souza.

� Área verde: o Parque do Carmo conta com um dos maiores parques da cidade, com 1,5 milhão de km², mas os moradores pedem manutenção frequente e mais vigilantes no local.

� Enchentes: os córregos Aricanduva e Rio Verde transbordam toda vez que a chuva é mais forte.

� Habitação: o crescimento desordenado de vilas e comunidades está fazendo surgir uma série de pequenas favelas com péssima iluminação, como na Rua Ferdinando Ramponi, onde os moradores reclamam do aumento da criminalidade.

� Saúde: apesar das quatro unidades básicas de saúde localizadas no distrito, os moradores afirmam que várias especialidades têm longas filas de espera e os pacientes acabam sendo obrigados a procurar atendimento em outros lugares.

� Trânsito: motoristas reivindicam a instalação de um semáforo no cruzamento da Avenida Afonso Sampaio e Souza com a Rua Francisco Tranchesi, já que o volume do tráfego impede que as conversões sejam feitas.

JOSÉ BONIFÁCIO

� Saúde: o hospital público do distrito é alvo de reclamações sobre a falta de

profissionais e a dificuldade em conseguir atendimento.

� Quase todo o comércio que funcionava próximo dos conjuntos habitacionais está fechado e os prédios foram abandonados. Os moradores são obrigados a andar longas distâncias para fazer comprar simples.

� A região deve ser atendida por um programa de estímulo econômico, mas, de acordo com o programa de metas da prefeitura, apenas o parceiro para a iniciativa foi definido e ainda restam cinco etapas para o trabalho sair do papel.

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� Lazer: as famílias se queixam da inexistência de opções de cultura e lazer, o que deixa os jovens sem perspectiva e mais vulneráveis à aproximação de criminosos.

� Manutenção: a péssima conservação das praças e calçadas, bem como o número de pontos de depósito de lixo também chamaram a atenção da reportagem.

CIDADE LÍDER

� Lazer: o trabalho feito por entidades como a Associação Beneficente Kairós, oferecendo esportes para crianças e adolescentes, ameniza um pouco a falta de lazer e oportunidades de acesso à cultura. A reportagem encontrou famílias que preferem que seus filhos fiquem em casa já que, sem opções de entretenimento na região, a rua acaba oferecendo uma situação de risco para os jovens.

� Lixo: a coleta não funciona de maneira regular e as ruas estão sempre com acúmulo de lixo e entulho.

� Apesar das carências, Cidade Líder não está contemplada no programa de incentivos da zona leste, que faz parte da Agenda 2012.

� Iluminação: o problema atinge quase todos os bairros do distrito e até mesmo em ruas maiores como na Avenida Gualtar.

VILA CURUÇA

� Córregos: falta manutenção no córrego Água Vermelha, que virou praticamente

um depósito de lixo. O mato alto das margens também contribui para a impressão de abandono.

� Habitação: há muitas moradias em situação de risco, a beira de córregos e com estrutura bastante precária. Os moradores chegaram a improvisar passarelas para atravessar a água.

� Educação: faltam vagas nas creches do distrito.

� Transporte: não há terminais de ônibus na região.

� Lixo: além da coleta ser ineficiente, há muitos pontos viciados de descarte de entulho. Existem cooperativas de reciclagem na região, mas que precisam de auxílio para continuar funcionando.

ITAIM PAULISTA

� Quatro córregos cortam o distrito: Itaim, Tijuco Preto, Lajeado e Três Pontes.

Todos estão relacionados a alguns dos principais problemas da região: casas em áreas de risco, enchentes e sujeira.

� Educação: de acordo com associações de moradores, o déficit de vagas nas creches é de 4.448.

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� Lazer: a população reclama da falta de opções. De acordo com a Rede Nossa São Paulo, Itaim Paulista é dos distritos que não tem museus, teatros, salas de shows e concertos e bibliotecas municipais.

LAJEADO

� Habitação: a densidade demográfica está entre as dez maiores da cidade e, na maior parte do distrito, as condições de moradia são bastante ruins (cortiços com dezenas de famílias ou barracos em áreas de risco).

� Educação: a falta de vagas em creches foi apontada como um dos problemas mais graves da região.

� Segurança: o consumo de drogas acontece à luz do dia e os moradores querem a polícia mais presente na comunidade.

� Trânsito: quem anda de carro ou a pé pelo distrito pede a instalação de um

semáforo no cruzamento da Estrada do Lajeado Velho com a Rua Tingoassuíba, além do alargamento da Estrada do Lajeado Velho, que já não dá conta do fluxo de carros.

GUAIANASES

� Saúde: o hospital geral de Guaianases, administrado pelo Estado, é

considerado insuficiente pela população. Faltam médicos e a fila para os atendimentos é enorme. A opção mais próxima é o hospital de Cidade Tiradentes, que vive a mesma situação.

� Transporte: as condições das estações de trem são alvo de críticas por parte dos usuários, assim como a lotação dos vagões e ônibus.

� Habitação: há situações de risco em vários bairros, como no Jardim São Paulo II. De acordo com a Rede Nossa São Paulo, em 2008 o distrito tinha 1.762 domicílios em favelas.

� Trânsito: os motoristas que passam pelo distrito sugerem a construção de passagens subterrâneas nos principais cruzamentos para desafogar o tráfego.

� Idosos: cerca de 8 mil pessoas com idade superior a 60 anos vivem na região e

não existe nenhuma política de cultura e lazer para elas.

PONTE RASA

� Habitação: a favela da Vila União ilustra um dos principais problemas do

distrito. A maior comunidade da região se formou há mais de 30 anos e o poder público ainda não coseguiu oferecer uma alternativa aos moradores.

� As margens do córrego Ponte Rasa estão tomadas pelo mato alto, lixo e moradias irregulares.

� Saúde: o hospital público mais próximo é o de Ermelino Matarazzo, que já recebe a demanda de outros distritos e vive cheio.

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� Educação: as dez creches localizadas no distrito também não dão conta da

demanda e as famílias acabam tendo que buscar alternativas para os filhos menores.

� Calçadas: precisam de manutenção. Há postes e árvores impedindo a passagem de pedestres como na Rua Bartolomeu Soares, dificultando o acesso à UBS Carlos Alivaldo de Souza.

ERMELINO MATARAZZO

� Segurança: na região da favela do Buraco Quente registramos uma grave

denúncia, que foi levada depois ao conhecimento da Secretaria de Segurança Pública: os comerciantes são obrigados a pagar mensalidades aos traficantes para poder trabalhar.

� Habitação: além da própria favela do Buraco Quente, uma das maiores da cidade, há muitos moradores de rua por todo o distrito.

� Saúde: o distrito conta com seis Unidades Básicas de Saúde e um hospital

municipal, mas, de acordo com os moradores, faltam especialistas para os atendimentos.

� Lazer: o distrito está entre os 52 que não possuem teatro e salas de shows e entre os 59 sem salas de cinema e centros culturais.

� Educação: faltam vagas nas creches da região. A USP inaugurou recentemente uma unidade no distrito, mas a população, apesar de animada com medida, ainda não sentiu seus efeitos.

� Transporte: pontos de ônibus sem cobertura ou assentos.

CIDADE TIRADENTES

� Saúde: a principal demanda da população está relacionada á demora no

atendimento tanto nas AMAs, quanto nas Unidades Básicas de Saúde e no hospital do distrito.

� Trabalho: de acordo com a Rede Nossa São Paulo, apenas 4 mil pessoas, das 300 mil que moram no distrito, trabalham em Cidade Tiradentes. Isso obriga quase todos a percorrerem longas distâncias todos os dias.

� Transporte: sem outras opções, os moradores recorrem aos ônibus e reclamam da superlotação dos carros e longos intervalos entre a passagem deles.

VILA FORMOSA

� O principal problema apontado pelos moradores do distrito está relacionado ao

aumento do número de moradores de rua e ao consumo de crack.

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� Saúde: além da demora no atendimento feito pelas Unidades Básicas, existe grande demanda para a implantação de um serviço especializado para os dependentes químicos.

� Transporte: sem outras opções, os moradores recorrem aos ônibus e reclamam da superlotação dos carros e longos intervalos entre a passagem deles.

� Manutenção: falta manutenção nas praças e calçadas do distrito. A região do Cemitério de Vila Formosa, o maior da cidade, é apontada como uma das mais problemáticas.

CARRÃO

� Saúde: o distrito registra uma média de mortes por problemas respiratórios

maior do que o restante da cidade. E há muitas reclamações sobre a demora no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.

� Habitação: dezenas de famílias vivem às margens do córrego Rapadura em condições bastante precárias. Já houve uma decisão da Justiça para que os moradores saíssem do local, mas a maioria permanece nos barracos.

� Calçadas: falta manutenção nas calçadas do distrito e também faltam lixeiras, o que aumenta a quantidade de sujeira na rua.

ARICANDUVA

� Enchentes: o córrego Aricanduva é a principal referência do distrito e um de

seus maiores problemas. As enchentes provocadas pelo transbordamento do córrego e seus afluentes atingem mesmo as ruas mais distantes.

� Habitação: as moradias de risco estão presentes em grande quantidade na Avenida Aguiar da Beira, escoradas em um terreno bastante inclinado.

� Asfalto: as ruas do distrito precisam de recapeamento. Um dos exemplos é a Avenida Pe. Manoel Luís de Vergueiro.

� Lixo: é possível encontrar vários pontos irregulares de depósito de entulho. Os moradores também reclamam da falta de coleta seletiva de lixo.

PARQUE SÃO RAFAEL

� Na Escola Estadual Deputado Geraldino dos Santos, o esgoto despejado por uma favela que fica atrás do prédio, no Parque São Francisco, já obrigou a suspensão das aulas.

� Muitas ruas do distrito não são asfaltadas. A situação mais crítica está na Rua São João, no bairro Jardim São Francisco, onde também não há postes de luz.

� Enchentes: o córrego Cipoaba transborda com frequencia. Na Rua São Sebastião, o bueiro que seria construído para escoar a água da chuva está quebrado.

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� Saúde: a AMA e as Unidades Básicas de Saúde estão sobrecarregadas. Não há hospital público. O mais próximo é o de São Mateus. Faltam carros, enfermeiros e médicos para visitar os idosos doentes.

� Lazer: na Rua Quaresma Delgado, o Clube Desportivo Municipal do bairro Parque São Rafael está abandonado. Enquanto isso os jovens e crianças contam que não têm opções de lazer.

� Não há telefones públicos no distrito.

� Transporte: há poucos ônibus que levam ao centro da cidade. Na Linha 3707, que liga o Parque São Rafael ao terminal Parque D. Pedro, os ônibus só passam na parte da manhã.

� Lideranças populares do distrito conseguiram viabilizar a construção do Parque Sapopemba onde antes era um lixão. O Aterro Sanitário São João, porém, continua funcionando e os moradores pedem que as compensações sejam revertidas em iluminação pública.

ITAQUERA

� A única passarela que liga os dois bairros do distrito que concentram cursos e trabalho para a população, Vila Campanela e Vila Corberi, está tomada por lixo e usuários de droga.

� Mais de 3 mil pessoas moram em favelas. Falta saneamento básico. Um córrego poluído que passa por baixo das linhas da estação de trem virou esgoto clandestino de moradores. A população reclama que as oito unidades de saúde do distrito estão sobrecarregadas.

� Os moradores se queixam do transporte público e do congestionamento, principalmente, no corredor da Radial Leste. A estação Corinthians/Itaquera, da Linha 3-Vermelha do Metrô, é ponto de embarque de muitos passageiros de diferentes bairros na zona leste por causa da interligação com estações da CPTM e a população reclama que ela está sobrecarregada.

SÃO MATEUS

� A população quer ver resolvida a situação do Córrego dos Machados, afluente

do Aricanduva, que causa enchentes na região do Jardim Tietê. Os moradores relatam que, antes do mandato da prefeita Luisa Erundina, as reivindicações já eram feitas ao poder público.

� O Clube Desportivo Municipal Sabipa de Ouro, no Jardim Paraguaçu, está abandonado. Os moradores não têm acesso ao terreno, que está tomado por entulho.

� Na rua F5, no Jardim Tietê, falta iluminação. O asfalto está degradado. A escuridão também é motivo de reclamação de moradores do Jardim Santa Bárbara. Postes foram colocados na Rua Polar, mas não há lâmpadas. Nessa mesma rua, uma enorme área verde particular virou local de descarte de carros roubados.

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� No entorno das ruas Sagitário, Escorpião e Satélite, é comum a presença de

usuários de drogas em um terreno que teve a cerca danificada.

� Saúde: além da demora para marcar consultas, os usuários pedem reformas na UBS Santa Bárbara, cujo prédio está deteriorado.

ÁGUA RASA

� O distrito está cercado pelas avenidas Salim Farah Maluf, Luis Ignacio de Anhaia Mello e Vila Ema, vias marcadas pelos congestionamentos. Por isso, pequenas ruas são usadas por motoristas como rotas de fuga desses engarrafamentos. O resultado são buracos e imperfeições no asfalto.

� Há muitas áreas abandonadas, onde há acúmulo de lixo e entulho. Faltam áreas verdes. Desde 2007 os moradores lutam para transformar o Parque Vila Ema, propriedade privada abandonada e cercada por muros, em um espaço de uso público.

� Não há hospital público no distrito. Nas duas Unidades Básicas de Saúde, os usuários demoram até três meses para marcar uma consulta.

� A população relata que roubos a residências são constantes no distrito e que

as viaturas da Polícia Militar não circulam com frequência pela região. Eles sugerem a instalação de uma base da PM no Largo Santa Clara.

SAPOPEMBA

� Falta segurança no Jardim Sapopemba e no Jardim Grimaldi. Ocorrem muitos assaltos a estabelecimentos comerciais.

� No Jardim Sapopemba, motoristas de transporte escolar reclamam que na Rua Vitória Marconato Zonta, apesar de haver uma escola de ensino fundamental e um CEU, as placas de estacionamento desse tipo de transporte foram arrancadas e a pintura das faixas se apagou. É preciso disputar espaço com outros veículos.

� Os moradores se queixam que o Hospital Local Sapopemba só atende por

encaminhamento e não por urgência.

� Os passageiros reclamam que a linha 4221 Jardim Planalto/Parque Dom Pedro precisa de mais ônibus. Os veículos circulam com superlotação. Não há trens ou estações do Metrô próximas.

� As comunidades têm esgoto correndo a céu aberto. Apenas três favelas estão

incluídas em um projeto de urbanização.

VILA JACUÍ

� No Jardim Santana, perto da Estrada do Imperador, há lixo, entulho, ratos e mato alto. Na Rua Flor da Ressurreição, a obra em um córrego afluente do Rio Jacu, que passa na Jacu Pêssego, foi entregue inacabada para a população.

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Em parte da rua, o córrego foi canalizado, mas não foi colocado o asfalto. As águas do córrego correm a céu aberto. Um bueiro na Rua Bryonia, no Jardim Santana, está quebrado desde 2010.

� Os moradores de União Vila Nova reclamam da falta de iluminação. No Parque Jacuí, os postes de luz ficam desligados à noite. Os ônibus demoram para chegar nos pontos e estão sempre lotados.

VILA MATILDE

� Faltam áreas de lazer para crianças e jovens praticarem esportes. Os moradores querem reerguer dois Clubes Comunidade que estão abandonados.

� Um hospital público ajudaria a comunidade de Vila Matilde, já que a população utiliza o Hospital Municipal Doutor Alexandre Zaio, na Vila Nhocuné, em Artur Alvim.

� A população reclama que não há rondas da Polícia Militar nas ruas dos bairros, apenas em avenidas principais. Equipes de limpeza também não passam por todas as vias. As praças são mal conservadas. O mato cresce e falta iluminação. Na comunidade Minuano, há uma área carente que não tem ruas asfaltadas.

ARTUR ALVIM

� População relata problemas na Avenida Calim Eid, continuação da Tiquatira, caminho usado para chegar a Artur Alvim. Falta iluminação para a travessia de pedestres. Há descarte irregular de entulho e lixo e, na madrugada, os motoristas fazem rachas na avenida. Falta policiamento. Do outro lado da estação Artur Alvim, a população da Vila Nhocuné pede mais semáforos na Rua São Vitório. A região fica próxima a creches e escolas municipais. Os moradores da comunidade também pedem uma base da Polícia Militar na Rua São Vitório. No local, os comerciantes são constantemente vítimas de assaltos. Os barracos são de madeira e o esgoto é jogado no córrego.

� No centro de Artur Alvim, a população que fica esperando nos pontos reclama da pouca quantidade de ônibus. As calçadas são estreitas e precisam de manutenção.

VILA PRUDENTE

� Com a chegada do metrô Vila Prudente, da Linha 2-Verde, e com as obras do monotrilho, que ligará o distrito até Cidade Tiradentes, aumentaram os congestionamentos nas vias dos bairros do distrito. Acidentes ocorrem com frequência. No cruzamento entre as ruas Mimosas e Baía Grande, a população reivindica um semáforo e sinalização para os pedestres. Moradores se queixam da retirada de árvores do canteiro central da Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello para as obras do Expresso Tiradentes.

� Os comerciantes reclamam da zona azul, implantada em 2010. Além de registrarem uma queda no movimento, eles dizem que não há pontos de venda de talões na Rua do Orfanato.

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� A Vila Zelina, rica em cultura por abrigar imigrantes do leste europeu, sofre com problemas de segurança. Perto da Avenida Vila Zelina e da Ibitirama, os assaltos se tornaram constantes. Os furtos e roubos a residências são frequentes na Rua Barão de Juparaná, Rua das Heras e Rua São Luiz do Paraitinga. A população pede uma base comunitária da Polícia Militar na região.

� Existem muitas feiras livres pelas ruas de Vila Prudente. Algumas delas, no entanto, não respeitam o horário de montagem das barracas.

MOOCA

� O principal problema da Mooca é a falta de áreas verdes. No Parque da Mooca, que fica na Rua Emboaçava, o mato cresce e falta segurança. Faltam também áreas de lazer. Na região da sede da subprefeitura, a reclamação é de que, apesar de haver quadras e área para cooper, o parque está abandonado.

� Furtos de veículos preocupam cada vez mais os moradores da Mooca. Vizinhos da Universidade São Judas Tadeu reclamam do barulho que vem dos grupos de alunos nos bares das ruas Taquari, Bresser, dos Trilhos, Marcial e da Praça Ciro Pontes.

� Os trilhos do bonde que ficava na estação do Metrô Bresser-Mooca não foram removidos e provocam a queda de motociclistas e pedestres. A maioria das calçadas tem desnível. Faltam atividades para os idosos. A população reclama dos trólebus que circulam na região, que frequentemente apresentam problemas principalmente na Rua dos trilhos e na Paes de Barros.

� Enchentes são comuns mesmo quando chove forte. Faltam locais para escoamento de água e os bueiros são muito antigos.

� Moradores pedem providências em relação a um prédio invadido em 2009 na Rua João Antônio de Oliveira, onde funcionava uma creche.

REGIÃO NORTE

CACHOEIRINHA

� A região cresceu sem planejamento e com pouca infraestrutura. As novas invasões dificultam a urbanização. Os barracos que surgem tomam o espaço das ruas, que continuam sendo, em grande parte, de terra. Segundo os dados da Rede Nossa São Paulo, as favelas representavam 20% do total de moradias do distrito em 2008.

� Os moradores de Cachoeirinha reclamam dos ônibus lotados, da falta de creches e postos de saúde. O distrito tem um hospital, mas faltam especialidades.

� Educação: faltam vagas em creches. Segundo a Rede Nossa São Paulo, em

2010, apenas 68% da demanda dos pais foi atendida pelo município.

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� A principal avenida, Inajar de Souza, tem acúmulo de lixo nas calçadas, um corredor de ônibus recapeado, mas sem sinalização e uma ciclovia perigosa de ser percorrida à noite. Faltam semáforos próximos às EMEIs e agentes de trânsito para garantir a segurança dos alunos. A mureta do córrego Cabuçu de Baixo, que já foi canalizado, é muito baixa. Os próprios moradores construíram pequenas pontes e escadas para circular pela região alagada quando chove.

� No Jardim Peri, bairro mais carente do distrito, os moradores convivem com esgoto a céu aberto e acúmulo de lixo nas ruas. No Parque Itaguaçu da Cantareira, a preocupação é a chegada do trecho norte do Rodoanel e o acesso estreito previsto para a Inajar de Souza. Moradores pedem, como compensação ambiental, a construção de parques para proteger a vegetação da Serra da Cantareira que ficará vulnerável com a chegada da rodovia.

CASA VERDE

� O Distrito de Casa Verde não tem hospitais, públicos ou privados. Os moradores contam apenas com uma Unidade Básica de Saúde. O atendimento é elogiado, mas faltam médicos e a espera por consulta é longa. Quem precisa de socorro urgente, precisa ir até o Mandaqui ou Santana.

� A região, cheia de casas e pequenas ruas, tem comércio pouco desenvolvido. No bairro Vila Celeste, um terreno abandonado onde, em 2003, houve o rompimento de uma adutora da Sabesp, virou local de despejo de lixo.

� Na região de Casa Verde Alta, a espera por uma vaga em creche pode chegar a três anos. Segundo a Nossa São Paulo, em 2010, apenas 35% da demanda por vagas em creches foi atendida.

� Apesar de pouco populoso, o distrito recebe diariamente moradores de outras regiões por causa do acesso à Marginal do Tietê. As ruas pequenas ficam com tráfego intenso. O asfalto não suporta a demanda e está esburacado. A subprefeitura de Casa Verde é campeã em reclamações de buracos.

LIMÃO

� Moradores esperam há 50 anos a canalização do córrego Tabatinguera, que provoca enchentes e mau cheiro em quatro regiões do distrito. Na Vila Barbosa, os moradores construíram uma ponte sobre o córrego. A passagem improvisada é perigosa quando chove e se tornou ponto de consumo de drogas.

� O atendimento nas UBSs é criticado. O Limão não tem equipamentos culturais. Há uma única biblioteca mal sinalizada que fica em uma rua sem saída.

� Nas linhas de ônibus, há poucos destinos e os ônibus demoram a passar. Os moradores contam com três UBSs e uma AMA. Eles reclamam da falta de especialidades. Ao redor da UBS Santa Maria, há buracos e lixo espalhado pela calçada.

� Uma das regiões mais carentes é a da favela Beira Mar. Um córrego, muito próximo das casas, fez moradores construírem muretas nas portas e nos corredores para impedir a passagem da água.

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BRASILÂNDIA

� Com o mais baixo IDH da zona norte, o distrito da Brasilândia sofre com a falta de segurança e moradias irregulares em invasões nas áreas de mata da Serra da Cantareira. A principal via, a Cantídio Sampaio, não tem esgoto canalizado e, por um longo trecho, não tem calçada.

� São muitos os pontos viciados de descarte de lixo e entulho. No Jardim Guarani, o material invade a rua onde fica a escola Milton Campos.

� Saúde: faltam médicos. Muitos profissionais não têm interesse em trabalhar em Brasilândia por causa da insegurança e da pouca infraestrutura nos postos.

� Transporte: no distrito cheio de ladeiras e com muitas ruas que ainda não foram

asfaltadas, as poucas linhas de ônibus que atendem a região não chegam a todos os lugares.

� Os moradores pedem mais áreas de lazer, além do CEU da Brasilândia e estão batalhando pela criação de um parque que preserve a área verde.

JAÇANÃ

� Enchentes e falta de saneamento básico: muitos córregos não foram canalizados, como o Piqueri. O esgoto e o lixo descartados em córregos e minas d'água mobilizou moradores do Jardim Fontalis. Eles concretaram as margens do córrego que passa entre as casas.

� São muitos pontos viciados de lixo. O pior deles fica no Jardim Felicidade. No dia em que a CBN visitou o distrito, havia três caçambas na rua. O caminhão de lixo tinha passado naquele dia e, mesmo assim, havia muita sujeira, cheiro forte e entulho espalhado pelo terreno.

� Faltam vagas na educação municipal: crianças são encaminhadas para escolas distantes, mesmo tendo uma escola municipal perto de casa. Há carência de vagas também nas creches.

� O CEU Jaçanã é a única opção de lazer. Faltam equipamentos culturais e esportivos.

FREGUESIA DO Ó

� Moradores da Freguesia do Ó reclamam das poucas linhas de ônibus. A linha 6-Laranja do Metrô, que vai até Brasilândia, deve começar a operar em 2020.

� O Clube Escola da região tem áreas pouco aproveitadas e mato alto. Usuários de drogas aproveitam a falta de iluminação. A reunião de jovens no Largo da Matriz Nova incomoda moradores por causa do barulho e do abuso no consumo de álcool.

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� Trânsito: quem dirige pelas ruas da Freguesia afirma que o afunilamento para chegar à Marginal do Tietê faz com que o congestionamento atravesse diversos bairros.

� A região não é carente de unidades de saúde: tem cinco UBSs, um hospital estadual e um pronto-socorro municipal. Moradores relatam a falta de médicos, principalmente no hospital Vila Penteado.

� Um dos bairros mais carentes da Freguesia é o Parque São Luiz, bem próximo à Avenida João Paulo. Nesta região, moradores ainda sofrem com as enchentes. A construção de um piscinão não foi suficiente para solucionar o problema.

� Quem depende das creches municipais na Freguesia do Ó costuma enfrentar filas. Mesmo com a necessidade de mais vagas, houve uma diminuição delas: em 2009 a demanda atendida era de 63%. Em 2010, o índice caiu para 56%.

TREMEMBÉ

� Mais profissionais de saúde: a demanda não é de equipamentos – são seis unidades básicas de saúde -, mas de maior número de profissionais qualificados.

� Loteamentos feitos de forma desorganizada resultaram em muitas ruas sem saída que terminam em pequenas pontes improvisadas, em grandes muros ou trechos de mata. Esses locais facilitam, segundo relatos de moradores, a fuga de suspeitos, já que os carros da polícia não conseguem passar.

� O distrito tem relevo acidentado e uma parte mais baixa, a Fazendinha, acaba

sendo atingida por enchentes. Os moradores consideram a passagem do Rodoanel Norte na Serra da Cantareira uma ameaça ambiental.

� Educação: segundo dados da rede Nossa São Paulo, em 2010 apenas 37% da demanda dos pais foi atendida pela prefeitura.

� Os moradores do Tremembé contam com uma Casa de Cultura e alguns

espaços para prática de esportes. Há reclamações, no entanto, sobre o Clube Ouvídio Bello, que fica distante dos pontos de ônibus e, por isso, é pouco aproveitado.

ANHANGUERA

� Há bairros isolados em que o transporte público chega com muitas restrições, como o Jardim Jaraguá. Na Vila Sulina, os ônibus só passam entre quatro e oito da manhã, de uma em uma hora. No começo da noite, as linhas voltam a funcionar por algumas horas. O único terminal do distrito, no Jardim Britânia, tem infraestrutura precária.

� O difícil acesso prejudica o desenvolvimento do comércio de Anhanguera e até a chegada dos médicos às três unidades básicas de saúde. Faltam especialistas em todo o distrito. Na UBS Jardim Rosinha, há apenas um clínico para atender a população do bairro. A espera, muitas vezes, ultrapassa seis meses.

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� Lixo: o material se acumula em caçambas, se espalha por córregos e deixa um

cheiro forte em locais como pontos de ônibus. No Morro Doce, uma escadaria que liga duas ladeiras vira passagem para o esgoto nos dias de chuva. Não há coleta de lixo em ruas pavimentadas, onde o caminhão poderia fazer a coleta porta a porta.

� Faltam vagas em creches e projetos de lazer para os jovens.

PERUS

� Aparecida Machado mora há 20 anos no Recanto dos Humildes e, desde 2006, espera para operar a vesícula. Moradores relatam que são atendidos apenas por enfermeiros. Marta do Nascimento, moradora do Jardim Adelfiori, tem de deixar o bairro para ir até a UBS Perus. Ela tenta há meses uma consulta com um clínico.

� Superlotação: moradores que trabalham na região central da capital paulista sofrem em horários de pico e durante a noite, para chegar ou sair do bairro, nos ônibus e nos trens da CPTM.

� Nas creches, apenas 40% das demandas são atendidas de acordo com a Rede

Nossa São Paulo.

� Enchentes: o transbordamento do Ribeirão Perus atinge grande número de casas quando chove mais forte.

� Violência: moradores relatam que os caminhões de entrega entram em muitos bairros apenas com escolta.

� O Parque Linear, prometido há tempos, ainda não saiu do papel. A realização do projeto depende da verba de crédito de carbono do Aterro Bandeirantes. Os moradores sugerem que também sejam financiadas a construção de um centro cultural na antiga fábrica de cimento e a reativação da linha de trem Perus-Pirapora, para fazer integração com o Parque Anhanguera.

� Um fórum de desenvolvimento local discute meios para que Perus deixe de ser

um distrito-dormitório.

JARAGUÁ

� Jaraguá abriga a região de Taipas, a mais pobre do distrito. No Jardim Rincão, barracos são construídos em áreas de risco que beiram o rio do Fogo. O esgoto a céu aberto atrai ratos. Falta iluminação nas ruas e o mato invade os terrenos.

� No Jardim das Flores, falta abastecimento de água e coleta de esgoto. A pavimentação na rua e a distribuição de água são improvisadas. Não há calçadas em muitas vias de movimento intenso. A região não suporta o trânsito pesado que segue para o Rodoanel.

� Moradores reclamam do atendimento no Hospital de Taipas, onde, segundo eles, faltam médicos. As Unidades Básicas de Saúde estão superlotadas. O prazo mínimo para agendamento de consultas é de três meses.

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� Em City Jaraguá, a iluminação pública em torno de uma ETEC preocupa os

alunos que estudam até o começo da noite.

PIRITUBA

� As mansões de City América contrastam com a comunidade do Spama onde faltam água, esgoto e luz. Os barracos são construídos de forma irregular há cerca de 20 anos. Não há coleta de lixo. A comunidade se organizou para fazer a separação de materiais recicláveis e conseguir uma fonte de renda. O lixo orgânico se acumula, no entanto, na entrada da favela, que fica na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães.

� Na Vila Saloá, a prefeitura desapropriou casas e deixou o entulho à beira do córrego Ribeirão Vermelho. Quando chove, o nível da água chega a dois metros de altura, invadindo as casas da região.

� Cultura e lazer: na Avenida Mutinga, uma grande casa da Prefeitura abriga uma biblioteca, mas o espaço poderia ser melhor aproveitado. Grandes salas e pequenas oficinas estão fechadas. Moradores também sugerem que em um terreno de 68 mil metros quadrados, que já foi local de descarte de entulho, seja construído um parque.

� Faltam pelo menos 1.300 vagas em creches, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Há reclamações também sobre a falta de médicos nas sete unidades básicas de saúde do distrito e demora no atendimento dos prontos-socorros.

� A estação da CPTM poderia melhorar, segundo os usuários, as condições de acesso para quem tem mobilidade reduzida.

SÃO DOMINGOS

� Contrastes: o distrito tem avenidas arborizadas e vias largas que parecem não terem sido concluídas. Uma Rua da Vila Mangalot termina em uma escadaria e em uma ponte pequena que passa sobre um córrego com muito esgoto. Os carros não passam no local que poderia ser um acesso para o bairro vizinho, o Parque Maria Domitila. Neste bairro, há um ponto viciado de lixo em frente ao muro de uma creche e ao lado de um ponto de ônibus. Moradores relatam que, quando chove, o esgoto sobe pelo ralo das casas vizinhas ao córrego.

� Na entrada da comunidade do Jardim Santo Elias, há um ponto de descarte de lixo e entulho. Como o caminhão não sobe a favela, todos os moradores fazem o descarte num mesmo local, mesmo nos dias em que não há coleta.

� Violência: o Parque São Domingos é região predominantemente de classe média. Os vários acessos ao local preocupam os moradores já que as vias contribuíram para o aumento de furtos em casas.

� A chegada de empreendimentos imobiliários é motivo de queixa, porque a

infraestrutura do distrito não acompanha o crescimento. A rede de abastecimento de água, por exemplo, é a mesma há 40 anos. O asfalto danificado é cheio de remendos. A favela Cruzeirinho foi classificada como área de risco por causa de uma galeria que passa sob as casas.

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� Educação: faltam 645 vagas em creches, segundo a Secretaria Municipal de

Educação.

� Não há um número suficiente de médicos nas duas Unidades Básicas de Saúde disponíveis. Quem precisa de pronto atendimento público tem de ir até o distrito vizinho de Pirituba.

MANDAQUI

� O Hospital do Mandaqui está instalado no distrito vizinho de Santana. No Mandaqui, há duas Unidades Básicas de Saúde que não dão conta do atendimento à população.

� Segundo a Secretaria Municipal de Educação, faltam 941 vagas em creches. Algumas mães que conseguiram um lugar para os filhos reclamam da distância e dificuldade em levá-los até a CEI diariamente de ônibus. Também faltam creches com berçários.

� A chegada de um shopping atraiu empreendimentos imobiliários. Segundo moradores, houve um aumento no índice de assaltos a casas e carros por causa disso.

� Na Avenida Santa Inês, importante via do distrito, há um cruzamento confuso.

São quatro vias diferentes que se encontram na região do Horto Florestal. Além da Santa Inês, há carros vindos da Avenida Capitão José Parada Gonçalves, Rua Mario Elloy e da Rua Luis Carlos Gentile de Laet. Quando o farol abre e fecha, quem não está acostumado não entende para onde os carros vão.

� Moradores do Mandaqui reclamam de insegurança e da iluminação ruim nas ruas da região. O Clube da Comunidade de Basileia precisa de mais cuidados, faltam podas e segurança no espaço que, apesar disso, funciona bem. Algumas linhas de ônibus estão sobrecarregadas, há poucos veículos para muita demanda.

VILA GUILHERME

� No distrito, há duas favelas. Uma delas é a do Jardim Coruja onde um incêndio

destruiu 63 barracos e matou duas pessoas em fevereiro de 2012. As famílias foram alojadas em igrejas, empresas ou na casa de amigos. Moradores não estão recebendo o auxílio aluguel. A Vila Guilherme já foi muito prejudicada por enchentes, mas as obras no Rio Tietê amenizaram o problema.

� Saúde: há quatro unidades de saúde na região. As reclamações se concentram na espera por consultas com especialistas.

� Trânsito: o tráfego intenso de caminhões, por causa da proximidade com a Marginal do Tietê e da presença de muitas transportadoras na região, prejudica o trânsito no distrito.

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� Lazer: a Vila Guilherme não tem centros culturais, apesar de ter um bom espaço: um casarão tombado na Praça Oscar da Silva onde funcionou a primeira escola do bairro. O imóvel está abandonado desde 2005. O Parque do Trote, um dos mais antigos da cidade de São Paulo e o primeiro da capital a ser adaptado aos portadores de necessidades especiais, precisa de manutenção. As quadras parecem abandonadas, falta iluminação e segurança.

VILA MARIA

� Motoristas de cidades vizinhas como Guarulhos circulam pela Vila Maria para fugir do rodízio, o que contribui para o congestionamento do distrito, assim como os caminhões que passam pela região da Via Dutra e pelas pontes da Marginal do Tietê.

� Educação: faltam 1.300 vagas em creches, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Nas cinco unidades de saúde e no único pronto-socorro, a espera por consultas com especialistas pode chegar a um ano.

� O Parque Novo Mundo é a região mais carente de Vila Maria. Na Favela da

Armação, uma rua asfaltada há apenas cinco meses já apresenta problemas. A via também não tem bocas de lobo. Na Favela da Funerária, há trechos com apenas uma boca de lobo. O esgoto se acumula na porta das casas..

� No Parque Oyeno que fica no Jardim Japão, falta iluminação. O Banco de Alimentos da Prefeitura, que fica em Vila Maria Alta num grande galpão abandonado, poderia se tornar, na opinião dos moradores, um Centro de Referência do Idoso, já que a população com mais de 60 anos é grande no distrito. A área verde é extensa no distrito, mas não há qualquer tipo de estrutura de lazer. Dois postes de iluminação que estavam no centro de uma praça caíram e nunca foram substituídos. No parque, há trechos de calçada quebrada esperando conserto desde 2011.

VILA MEDEIROS

� Há no distrito quatro Unidades Básicas de Saúde. A espera por consulta com clínicos na Vila Sabrina é de três meses e, com especialistas, varia entre seis meses e um ano.

� A Vila Medeiros tem a maior creche da cidade. Mesmo assim, muitas mães reclamam da dificuldade em conseguir lugar para os filhos. Faltam 1.020 vagas.

� O Terminal de Cargas da Fernão Dias, próximo ao Jardim Julieta, precisa de manutenção. A falta de fiscalização faz com que caminhões se espalhem pelas ruas atrapalhando o trânsito em vias que não estão preparadas para receber veículos pesados. O problema tem afetado até as estruturas das casas.

� A falta de iluminação se tornou questão de segurança pública. Os próprios

moradores acabaram instalando lâmpadas do lado de fora das casas.

� Na Vila Ede, o problema maior é o córrego Maria Paula que está assoreado e cheio de lixo.

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RIO PEQUENO

� Contrastes: um empreendimento imobiliário de 23 andares é construído ao lado de uma comunidade em que o córrego passa por baixo de barracos de madeira. Cerca de 20% das moradias ficam em favelas.

� Na comunidade do 1.010, as vielas se sobrepõem ao córrego com tábuas de madeira. As obras de canalização se concentraram na área mais rica da região. Na comunidade do Sapé, parte dos moradores deixaram suas casas para que a Prefeitura desse início às obras de um projeto de habitação que deve ficar pronto em 2013.

� Há no distrito, quatro Unidades Básicas de Saúde e um hospital municipal. Faltam especialistas e a espera para ser atendido por um clínico chega a quatro meses. Moradores sentem falta de uma unidade de AMA.

VILA ANDRADE

� Os prédios luxuosos do Panamby têm como cenário de fundo ruas de terra e as casas de Paraisópolis. O maior índice de moradias em favelas da cidade está neste distrito: 49,4%. Paraisópolis é a segunda maior comunidade de São Paul e está passando por um programa de urbanização. Famílias estão sendo removidas das áreas de risco, a água e o gás encanados estão sendo regularizados, os córregos serão canalizados e as ruas pavimentadas até 2014. Falta, no entanto, um hospital neste projeto já que Paraisópolis não tem leitos hospitalares.

� Segundo moradores, as recentes ações da polícia fez com que a criminalidade fosse para outros bairros, mas não diminuísse.

� Educação: 68% da demanda por vagas em creches não é atendida.

� O trânsito é prejudicado pelo crescimento acelerado. São poucas vias que dão

acesso à Vila Andrade. As avenidas Giovanni Gronchi e João Dias têm tráfego carregado. Na Giovanni Gronchi não há alternativas. Por isso, houve a desapropriação de imóveis dentro de Paraisópolis e está sendo construída uma avenida perimetral que deve desafogar o trânsito em 40%.

TUCURUVI

� Na comunidade de Padre Leão Peruche, cerca de 200 moradias não têm

saneamento básico, luz, coleta de lixo e números de indicação. O córrego Cabuçu passa por ali a céu aberto. Para atravessar o córrego e ter acesso à Avenida Tucuruvi, os próprios moradores construíram pequenas pontes.

� As pequenas ruas do distrito ficam cheias de carros e ônibus nos horários de pico. Falta fiscalização e sinalização. Nas calçadas, pedestres se apertam e acabam usando o asfalto para caminhar. Quem tem mobilidade reduzida sofre para chegar ao seu destino. As linhas de ônibus levam principalmente para a estação Tucuruvi e moradores sentem falta de mais opções.

� Há três Unidades Básicas de Saúde. A espera por consultas com especialistas chega a um ano. No Tucuruvi, faltam 320 vagas em creches.

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SANTANA

� Moradores e comerciantes da chamada "Santana de baixo" reclamam da falta

de policiamento, dos pontos de prostituição e da presença de usuários de drogas próximo à Marginal do Tietê.

� Enchentes: as casas são invadidas pela água em dias de chuva forte na região do Carandiru.

� Educação: segundo a Secretaria Municipal de Educação, faltam 540 vagas no distrito.

� Novos empreendimentos imobiliários estão sobrecarregando vias pequenas e mal planejadas. Há três avenidas que terminam de forma inadequada em pequenas ruas: a Braz Leme, a Engenheiro Caetano Alvares e a Cruzeiro do Sul. Os túneis que ligariam a Avenida Cruzeiro do Sul à Engenheiro Caetano Alvares fazem parte de um projeto que ainda não saiu do papel.

REGIÃO CENTRAL LIBERDADE

� No Glicério, moradores reclamam da falta de cuidado com o bairro que tem problemas com imóveis invadidos, usuários de drogas e falta de equipamentos públicos. A população defende que o terreno do antigo batalhão da polícia, hoje abandonado, se torne um centro cultural. A proposta atual, no entanto, é de que ele se torne um museu da Polícia Militar. Faltam 239 vagas nas creches.

� O bairro da Liberdade, que atrai turistas e paulistanos de todos os lugares para seus restaurantes e comércio relacionados à cultura oriental, tem problemas graves com a coleta de lixo. São cerca de 100 restaurantes em apenas quatro quarteirões e que produzem grande quantidade de lixo orgânico. A coleta se concentra no período noturno e não é suficiente. Os próprios comerciantes acabam contratando serviços privados. Durante a noite, com a retirada da base da GCM que estava na praça, moradores e trabalhadores ficaram mais inseguros.

� Na Aclimação, a insegurança é provocada pela falta de iluminação. Também preocupam o crescimento do bairro e a chegada de novos prédios e condomínios. O Parque da Aclimação, muito usado pela população local, intercala períodos de abandono e maior cuidado.

SANTA CECÍLIA

� Passados seis meses da operação realizada pela Prefeitura na Cracolândia, moradores de Santa Cecília asseguram que os usuários de drogas apenas se espalharam. Surgiram novas cracolândias como na Rua Apa, na General Marcondes Salgado, na Rua dos Gusmões e na Marechal Deodoro. Muitos moradores de rua se abrigam sob o Elevado Costa e Silva, popularmente conhecido como Minhocão.

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� A favela do Moinho foi parcialmente destruída em um incêndio de grandes proporções em dezembro de 2011. A Prefeitura prometeu apartamentos em um projeto habitacional próximo à Ponte dos Remédios. Isso aconteceria depois de 10 meses de recebimento do bolsa-aluguel, que é de 450 reais por mês, mas o pagamento do benefício está atrasado.

� Há reclamações em relação à poluição sonora causada por bares, à coleta de lixo ineficiente, à iluminação precária e à falta de espaços públicos e de lazer. Na Avenida São João, a água chega a um metro quando chove forte. Faltam 420 vagas em creches.

CAMBUCI

� O distrito residencial foi o maior parque gráfico do país, mas a maioria das gráficas deixou o local. Com isso, chegaram os primeiros problemas. Os terrenos deram lugar a condomínios verticais que trouxeram o congestionamento para as ruas e avenidas. As gráficas que não foram vendidas e ficaram abandonadas acabaram sendo invadidas, dando lugar a pequenas favelas. Moradores acreditam que essas ocupações levaram o tráfico de drogas e a violência ao Cambuci.

� Não há nenhuma AMA na região. O distrito tem apenas uma Unidade Básica de Saúde. O local é pequeno e não dá conta da demanda. A UBS, inclusive, não tem banheiro para deficientes físicos.

� No distrito do Cambuci uma rua chama atenção. Por ela passam carros, há residências e até uma empresa, mas, para a prefeitura, ela simplesmente não existe. Não tem calçada, não tem placa, não tem nome e as casas não tem número. A via é paralela à Rua Miguel Teles Junior e está abandonada. Carteiros não passam por lá. Sem postes de luz, ela é ponto frequente de furtos. Não há bueiros e quando chove a água invade as casas.

� No Cambuci não há muitas opções de lazer e cultura. As alternativas mais próximas são o Museu do Ipiranga e o Parque da Aclimação.

BOM RETIRO

� A sujeira nas ruas e calçadas é uma das principais reclamações. Sacos de lixo

ficam acumulados nas ruas e as calçadas ficam obstruídas. Além do lixo, há diversos buracos que dificultam a passagem, principalmente na Rua José Paulino. Cadeirantes evitam passar por essa via.

� A Cracolândia está no distrito no entorno da Praça Julio Prestes, no bairro da Luz, onde usuários e traficantes de droga se reúnem diariamente apesar das recentes ações da polícia e dos governos municipal e estadual.

� O distrito não possuiu nenhuma AMA, nem hospital público. Apenas uma UBS que não dá conta do atendimento.

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BELA VISTA

� O charme das cantinas italianas do Bixiga se mistura ao medo. Assaltos e furtos frequentes trouxeram a insegurança para o distrito da Bela Vista. Na Rua 13 de Maio, a escadaria que dá acesso à Rua dos Ingleses, um importante atalho para quem quer seguir para a Avenida Paulista e não quer enfrentar a subida da Brigadeiro, está totalmente degradada. É também por ela que se chega ao Teatro Ruth Escobar e ao Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. O local está sujo e com o mato alto, que chega a ultrapassar o corrimão. Os moradores preferem não usar o acesso.

� A Bela Vista não possui favelas, mas tem muitos cortiços instalados em antigos casarões. Os moradores acreditam que a violência e o trafico de drogas na região estão ligados a essas moradias. A população também se queixa da quantidade de moradores de rua espalhados principalmente sob os viadutos.

CONSOLAÇÃO

� O distrito possui apenas 0,5 m² de área verde por habitante, quando o ideal é ter ao menos 15 m² para cada pessoa, segundo a Organização Mundial da Saúde. A população luta há 10 anos para conseguir tornar pública uma área de 24 mil m² que fica na Marquês de Paranaguá com a Rua Augusta.

� Quando chove, frequentemente ocorrem quedas de árvores na região de Higienópolis e Consolação. Não há manutenção. Um casarão, antiga sede da Polícia Federal, na esquina das ruas Piauí e Itacolomi, está abandonado. A população espera que o local abrigue um museu.

� Transporte: estações de metrô serão construídas nesta região, entre elas, a Angélica/Pacaembu e Higienópolis, da Linha 6-Laranja e ainda dividem a opinião dos moradores quanto aos seus impactos. Em Higienópolis, uma linha de trólebus que vem da Rua Cardoso de Almeida apresenta constantes problemas.

� Violência: arrastões em bares, restaurantes e prédios residenciais. A Rua Paim é classificada pelos moradores do distrito como um ponto de tráfico de drogas.

� Algumas pessoas reclamam da sujeira na rua depois das festas do fim de semana em parte da Rua Augusta e dos pontos de prostituição. O PSIU (Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura), que fiscaliza o nível de ruído dos estabelecimentos comerciais, multou e lacrou 530 bares que funcionavam além da uma da manhã nos dez primeiros meses de 2011. Os moradores reclamam dos bares que funcionam na Rua Peixoto Gomide, entre a Rua Augusta e Barão de Itararé, que produzem muito ruído durante as madrugadas nos finais de semana.

� A Rede Nossa São Paulo registrou 2.600 leitos em hospitais na Consolação, o melhor índice entre os distritos de São Paulo. Apesar disso, esse é um dos quatro distritos de São Paulo que não possui nem UBS ou AMA.

� Uma base da Polícia Militar está permanentemente na Praça da Sé, mas, mesmo assim, a população reclama da ação dos assaltantes. Segundo a Rede

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Nossa São Paulo, em 2009, 1.195 pessoas estavam em situação de rua no distrito, uma das maiores concentrações da cidade. Eles ocupam locais como a Praça da Sé e o Largo São Francisco.

� A Associação Viva o Centro registra 10 mil problemas por mês na região do centro velho, por meio de um trabalho que é feito com zeladores urbanos. Na Rua 3 de dezembro, muitos ladrilhos foram danificados. Alguns afundaram por causa dos remendos e dos caminhões que passam pelo local. Há conflitos na convivência entre artistas, moradores e funcionários que trabalham em escritórios na região da Praça da Sé. Por causa disso, a atividade dos artistas de rua foi regulamentada. Nas ruas General Carneiro e 25 de março ainda há o comércio de produtos ilegais. Na área do antigo edifício São Vito, prédio que foi demolido, as obras de revitalização ainda não começaram.

� Transporte: são quatro estações do metrô e um terminal de ônibus, o Parque Dom Pedro II. Tantas opções, no entanto, não fazem com que o serviço seja elogiado. Os usuários reclamam da lotação e dos constantes problemas técnicos tanto nos trens do metrô quanto na rede de trólebus.

REPÚBLICA

� Um dos cartões postais da cidade de São Paulo, a Praça da República está deteriorada. Na opinião dos moradores, a praça está suja e virou banheiro público. O Largo do Arouche, que abriga importantes esculturas, está abandonado. A população teme as desapropriações na região da Santa Ifigênia decorrentes do Projeto Nova Luz e reclamam que não estão sendo ouvidos pela Prefeitura nas audiências. Usuários de drogas ainda ocupam ruas como Timbiras, General Osório, Aurora, Guainases e Barão de Limeira, próximos a patrulhamentos da Polícia Militar.

� Os bares da região também são motivo de insatisfação por conta do barulho. Na Avenida Ipiranga, famílias da Frente de Luta por Moradias ocupam prédios que estão abandonados.

� Não há leitos hospitalares na República, apenas uma UBS na Praça da Bandeira. O distrito não tem creches.

REGIÃO OESTE LAPA

� A linha do trem separa a Lapa em duas. As Lapas de baixo e do alto são diferentes e há moradores que percebem isso até no tratamento dado pela subprefeitura. Um exemplo é a passagem sob o trilho do trem que faz a ligação entre as duas regiões. Para uma Lapa, há rampa de acesso e escadarias. Para a outra, é preciso se virar para subir os degraus. Moradores da Lapa de baixo reclamam dos bares e do som alto até altas horas. A fiscalização do Psiu e a atuação da polícia militar são falhas.

� Na Vila Romana, que fica na parte alta, uma adutora da Sabesp foi instalada de forma inadequada. As rachaduras atravessam as calçadas de fora a fora. A rua

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é oca e é possível ver as raízes das árvores sob o solo. Há partes da via que estão afundadas e o asfalto, todo remendado. Os moradores fizeram um requerimento com um abaixo-assinado reivindicando reparos, mas ainda não tiveram resposta. Problemas relativos à zeladoria estão presentes em todo o distrito: asfaltos remendados, iluminação insuficiente e problemas com o serviço de poda e tratamento de árvores.

� Nas duas unidades básicas de saúde, a espera por atendimento com especialistas pode levar dois anos. O Hospital Sorocabana está desativado, mas deve vai voltar a funcionar de acordo com a secretaria.

� A presença de moradores de rua é grande. Há locais em que eles montam barracos e a população sente falta de serviços sociais. A iluminação ineficiente deixa algumas regiões inseguras. Uma das ocorrências mais comuns é o roubo de veículos: em 2011, foram 550 boletins registrados na delegacia da Lapa.

RAPOSO TAVARES

� São 23 favelas sendo que a maior parte delas não está urbanizada, em meio a condomínios de alto padrão. O esgoto de 80% das casas não passa por tratamento e os detritos são despejados em córregos afluentes do Rio Jaguaré que tem como destino final o Rio Pinheiros.

� Na Rua General Asdrúbal da Cunha, o lixo se acumula nas margens do córrego e o mato avança na calçada esburacada.

� Na Vila Nova Esperança, favela que fica entre Raposo Tavares e Taboão da Serra, 600 famílias não têm luz, asfalto e saneamento básico. Há um processo na Justiça para desapropriar esta comunidade que fica ao lado de uma área de conservação ambiental, a Fazenda Parque Tizo. Os moradores alegam que a região está fora da área ambiental e luta há mais de 50 anos para tentar regularizar o espaço.

� Não há centros culturais públicos e existem poucas áreas de lazer. Os bailes funk são frequentes na Cohab Raposo Tavares e há áreas da comunidade que são fechadas por grupos organizados. As lideranças do bairro conseguiram fazer com que o poder público transformasse uma área verde em uma praça de lazer para a comunidade, mas os moradores relatam que, à noite, as luzes do local acendem somente uma vez por semana. A pista de skate fica alagada depois das chuvas e a única quadra disponível para a prática de esporte está abandonada.

� O congestionamento na Rodovia Raposo Tavares é agravado pelo aumento de condomínios residências e pela quantidade de motoristas que saem de Taboão da Serra, Rodoanel e Cotia e usam essa via como alternativa. Existem ônibus para o Terminal Bandeira, Praça Ramos de Azevedo, Largo da Pólvora, Hospital das Clínicas, Pinheiros e Metrô Butantã, mas os passageiros reclamam que os ônibus demoram mais de 30 minutos para passar.

� Faltam vagas em creches e escolas. Há relatos de muitos pais que deixam de trabalhar porque não têm onde deixar seus filhos. Não há hospital público na região. Os pacientes são direcionados para o Hospital Universitário da USP, no Rio Pequeno, ou para o Hospital das Clínicas.

� No distrito, existe apenas um Ecoponto, perto da Cohab Raposo Tavares, mas que está sem funcionários. Em algumas comunidades, como em Vila Nova

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Esperança, não existe coleta seletiva. No caminho pela avenida principal do distrito, a Engenheiro Heitor Eiras Garcia, é preciso desviar das raízes das árvores e dos buracos.

ITAIM BIBI

� Violência: a ação dos criminosos ocorre sempre da mesma forma, no cruzamento da Rua São Gabriel com a Avenida Nove de Julho. São assaltos rápidos no semáforo para roubar eletroeletrônicos, principalmente. O Parque do Povo, na Avenida Henrique Chamma, tem iluminação fraca o que inibe a entrada de mais frequentadores.

� No bairro de Vila Olímpia, os moradores reclamam do barulho constante nas madrugadas por causa dos bares e restaurantes na região. A subprefeitura de Pinheiros está em segundo no ranking de reclamações do Programa de Silêncio Urbano. Foram mais de três mil reclamações desde 2010.

� Trânsito: há muitos valets na região, o que causa congestionamentos em vias como Joaquim Floriano, Tabapuã e João Cachoeira. Quem trabalha no distrito tem dificuldade de conseguir vagas em estacionamentos e acaba recorrendo ao guardadores de carros nas ruas.

� A Prefeitura engavetou o projeto de construir quatro torres de 25 andares no terreno de 20 mil m² no Itaim Bibi onde hoje funciona uma biblioteca, um teatro, uma creche e uma Apae. A ideia era trocar o terreno por creches. A população, no entanto, pediu que a área compreendida entre as Ruas Cojuba, Celso Cardoso, Lopes Neto e a Avenida Horácio Lafer fosse preservada para impedir a construção de empreendimentos na região.

� Saúde: são 510 leitos hospitalares. Não há hospital público no distrito.

� Educação: em 2011, foram registradas 339 matrículas na única creche pública do Itaim Bibi; 72% da demanda foi atendida.

PINHEIROS E ALTO DE PINHEIROS

� Moradores convivem com as calçadas em obras, acúmulo de entulho, tapumes e desníveis que interferem na mobilidade. Para os motoristas, as obras de revitalização do Largo da Batata causam muita confusão. Os bairros que ficam no entorno das ruas Pedroso de Morais e Fonseca Rodrigues servem de rota para muitos motoristas chegarem até a Ponte do Jaguaré, na Marginal do Pinheiros. A população ainda reclama das enchentes constantes nas ruas Arthur de Azevedo, Joaquim Antunes e Matheus Grow, onde os comerciantes instalaram até comportas. Na Rua Abegoaria, no bairro Jardim das Bandeiras, há um reservatório que não consegue reter toda a água nos dias de chuva forte. No local, o asfalto está cedendo e as calçadas estão danificadas por causa das enchentes.

� Existem bairros no distrito de Pinheiros, com em Vila Madalena, que recebem um grande volume de frequentadores por causa dos bares e restaurantes. A reclamação sobre barulho é constante e os assaltos recorrentes. Os bairros de Alto de Pinheiros têm residências de alto padrão, protegidas quase sempre por empresas particulares de segurança.

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� As calçadas da Rua dos Pinheiros estão sendo revitalizadas e os fios estão sendo aterrados, entre a Avenida Faria Lima e a Rua Pedroso de Moraes. Os moradores querem transformar a Rua dos Pinheiros em um boulevard com um espaço de convivência, já que não há área verde nessa região.

� Os usuários reclamam que a ciclovia da Avenida Sumaré está danificada, o que faz com que os ciclistas utilizem as faixas da própria avenida e da Rua dos Pinheiros para pedalar.

JAGUARA

� Parte do córrego Cintra que não foi canalizada na Vila Jaguara acumula lixo e mato.

� Saúde: o distrito é o segundo melhor colocado em quantidade de Unidades Básicas de Saúde para atender a demanda da população. A população reclama, no entanto, da burocracia para distribuição gratuita dos remédios.

� Transporte: os usuários de ônibus reivindicam a construção de um terminal, assim como o retorno das linhas para a Avenida Cândido Portinari.

� O distrito não tem nenhum equipamento cultural. Lazer é um problema sério em Jaguara. O único parque, o Vila dos Remédios, tem área muito arborizada e bem cuidada, mas é pouco frequentado por causa da falta de segurança. Muitas crianças passam o tempo ocioso na rua. Apenas 62% da demanda por vagas em creches foi atendida.

VILA LEOPOLDINA

� Os moradores reclamam do tráfego no céu e na terra. O congestionamento

invadiu as ruas do distrito e o barulho provocado pelo excesso de helicópteros incomoda bastante. Os acidentes com carros são comuns, pois os motoristas circulam em alta velocidade. Falta fiscalização.

� O número de moradores de rua vem aumentando, principalmente no entorno da Ceagesp.

� Enchentes: na Ceagesp, as frutas e verduras ficam acima do nível do chão para

evitar que a água estrague a mercadoria nos dias de chuva forte. O Jardim Anchieta também sofre com alagamentos. Os moradores chegaram a suspender as casas em palafitas, aumentando o risco de desabamentos.

PERDIZES

� A população reclama da má conservação das calçadas, que têm desníveis

acentuados, impossibilitando a passagem de deficientes físicos, idosos e de pedestres com carrinhos de bebê. Além dos degraus entre uma casa e outra, há também muitos buracos. Os moradores estão insatisfeitos com uma escadaria que une a Rua Rifaina e a Heitor Penteado. O local está sujo, mal cuidado e com o corrimão quebrado. .

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� Violência: a comunidade pede uma atuação mais efetiva da polícia. Muitos não saem de casa a noite por causa da falta de segurança. Os assaltos são constantes nos cruzamentos e ruas do distrito.

� As enchentes são graves quando chove forte no entorno da Praça Rio dos Campos.

JAGUARÉ

� Um dos principais problemas do distrito do Jaguaré é a sujeira. A Praça General

Porto Carreiro se tornou ponto de consumo de drogas e, durante o dia, a área que serve de lazer para a população, é pouco usada porque está cheia de lixo. Na Praça General Porto Carreiro, também há lixo por toda parte. Algumas lixeiras foram destruídas e ainda não foram trocadas.

� A canalização do córrego Alexandre Mackenzie está parada. Os materiais que seriam usados na obra estão espalhados pela Avenida Alexandre Mackenzie e areia invadiu o asfalto.

� Na Avenida Presidente Altino, um barranco corre o risco de desmoronar. Uma parte da calçada foi interditada e os pedestres são obrigados a andar pela avenida no meio dos carros. Cerca de 60 carretas estacionadas ocupam todas as vagas em um trecho da via. Os moradores reclamam que as carretas ficam ali permanentemente. A CET já foi avisada, mas o problema continua.

� A favela Vila Nova Jaguaré, a maior entre as dez comunidades existentes no distrito, passa por um processo de urbanização. As ruas foram asfaltadas, houve regularização da rede elétrica, saneamento, mas a favela ainda não conta com opções de lazer. Os moradores reclamam que o local mais perto para um passeio gratuito, por exemplo, é o parque Vila Lobos. Não há associação de moradores o que deixa a população da favela enfraquecida diante do poder público.

� O distrito tem uma AMA e uma UBS. A população reclama da dificuldade em agendar consultas, principalmente com médicos pediatras.

BARRA FUNDA

� Em época de chuva, diversos pontos do Distrito ficam alagados. Barra Funda

tem vias movimentadas, mas à noite a região fica vazia, o que favorece a ação dos criminosos.

� Faltam ônibus que deem acesso às estações da CPTM e do Metrô. Moradores reclamam que a inauguração do Albergue Boraceia atraiu a população de rua para os semáforos da Avenida Marquês de São Vicente.

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BUTANTÃ

� Existem áreas verdes ameaçadas no Butantã, como é o caso da Chácara da Fonte, que abriga inclusive uma nascente de água potável. O local está abandonado.

� A população carente das sete favelas localizadas na região sofre com a falta de vagas em creches. Muitas mães deixam de trabalhar para cuidar dos bebês.

� O distrito tem uma AMA e duas Unidades Básicas de Saúde. O atendimento médico nas unidades é concorrido e os usuários reclamam da falta de profissionais.

� A população pede melhorias para a circulação dos pedestres e ciclistas, especialmente na Avenida Eliseu de Almeida onde foi prometida uma ciclovia que nunca foi construída. Os moradores também reclamam do congestionamento na Avenida Vital Brasil e na Rua Camargo por causa da abertura da estação Butantã do Metrô.

JARDIM PAULISTA

� Violência: os condomínios de alto padrão e os sofisticados restaurantes são a principal marca do distrito. Ambos estão sendo alvo de arrastões e os moradores cobram uma atuação mais presente da polícia.

� A manutenção das áreas verdes é deficiente na opinião dos moradores. As

árvores demoram para serem podadas e muitas acabam atrapalhando a circulação pelas calçadas. O problema também acaba prejudicando a iluminação das ruas durante a noite.

� Apesar de existirem vários estacionamentos na região, os moradores

argumentam que a quantidade de pessoas que frequentam as lojas e restaurantes dos Jardins é ainda maior e que não há vagas para todos.

� Calçadas: os desníveis estão presentes em boa parte dos bairros e acabam

prejudicando o deslocamento de pessoas com dificuldade de locomoção.

� Os moradores afirmam que tem aumentado o número de moradores de rua no cruzamento da Avenida Rebouças com a Alameda Jaú, onde há um centro de convivência.

VILA SÔNIA

� No distrito de Vila Sônia, região sudoeste de São Paulo, a ciclovia prometida pela prefeitura ainda não foi entregue. Depois da morte de um ciclista em abril desse ano, os moradores entregaram um abaixo-assinado para a Prefeitura com cinco mil nomes, pedindo a construção do espaço, mas ainda não tiveram qualquer resposta.

� O CDC Francisco Prestes Maia tem um espaço com um campo e uma quadra de futebol com grama sintética, mas falta manutenção. Com obras inacabadas e número insuficiente de funcionários para cuidar da área, o local virou ponto

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de encontro de jovens que usam drogas e bebidas. O Clube Pequeninos do Joquey é usado para treinamentos de quem mora em Paraisópolis. O terreno, no entanto, será entregue à Prefeitura, por causa das dívidas acumuladas pelo Joquey Clube de São Paulo. Não existem equipamentos culturais públicos, apenas iniciativas da comunidade.

� Não há leitos hospitalares. A população utiliza apenas as Unidades Básicas de Saúde e AMAs que estão sobrecarregadas.

REGIÃO SUL

IPIRANGA

� O histórico Ipiranga tem se transformado nos últimos anos. Os moradores do antigo bairro pacato convivem com empreendimentos de alto padrão e trânsito intenso em vários horários. A localização estratégica atrai muitos moradores e também criminosos que têm o local como opção de rota de fuga.

� A população reclama que o Museu do Ipiranga se restringe a um período determinado da história e não dialoga com o momento vivido pelo bairro, que passa por uma mudança importante. O parque é muito usado pela população, mas não tem sido tão bem cuidado quanto poderia.

� O transbordo de lixo Vergueiro incomoda pelo mau cheiro e pela movimentação intensa de caminhões. Ao lado dele, está um incinerador de lixo abandonado. Na Ricardo Jafet, as obras de canalização do córrego duram décadas. A via continua com problemas de enchente.

� Há quatro unidades básicas de saúde e uma AMA, mas faltam médicos e equipamentos. A espera por consulta com especialista chega a um ano.

� A região próxima aos acessos para a Anchieta e Imigrantes tem tráfego intenso de caminhões. Muitas ruas pequenas são retorno para caminhoneiros que utilizam a Anchieta. O resultado é muito trânsito, acidentes, trepidação, rachaduras nas casas e barulho na madrugada. Durante o dia, mesmo com a restrição a caminhões, muitos veículos circulam nessas vias por falhas na fiscalização.

VILA MARIANA

� O grande problema é o congestionamento. Na Vila Mariana está um dos piores cruzamentos da cidade: o da Sena Madureira com a Domingos de Morais. Quem abre mão do carro, lida com os problemas de zeladoria: calçadas mal conservadas, buracos, falta de iluminação e possibilidade de queda de árvores nos dias de chuva. Na região da Machado de Assis, os muitos degraus impedem a passagem de quem tem mobilidade reduzida. Moradores contam que é difícil chegar às estações do Metrô, porque falta transporte coletivo circular pelo bairro que leve até a estação mais próxima.

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� Uma das propostas da Prefeitura para amenizar os problemas de trânsito é a construção de um túnel ligando a Sena Madureira e a Vergueiro. Antes das obras começarem, um grupo de moradores entrou com uma ação no Ministério Público contra o traçado proposto para o túnel. Segundo eles, os mapas usados não consideram a existência de um condomínio com 32 casas e um prédio de alto padrão. Os moradores temem impactos como o aumento do trânsito, dos ruídos e da poluição. Na Bernardino de Campos, um terreno particular foi invadido e virou uma comunidade com 20 barracos. Sem saneamento básico, o esgoto é despejado na rua.

� Bares que não respeitam a lei do silêncio estão, principalmente, nas regiões das universidades e na Joaquim Távora. Moradores não se sentem atendidos nem pela Polícia Militar, nem pelo PSIU.

� A frequência de crimes como furtos de carros na região do parque e do ginásio do Ibirapuera preocupam moradores. Só nos cinco primeiros meses do ano foram 207 furtos e 112 roubos de veículos. Dentro do parque, há problemas durante a noite, quando frequentadores usam o espaço para o consumo de drogas.

SACOMÃ

� O distrito do Sacomã abriga a maior favela de São Paulo. Dos 247 mil habitantes do distrito, 125 mil fazem parte da comunidade de Heliópolis. A segunda maior favela da América Latina tem 95% das moradias com fornecimento de água e coleta de esgoto. Cerca de 50% da população tem entre 0 e 25 anos. Há preocupação com a formação desses jovens e com oportunidades de trabalho. A própria comunidade recebe parte dessa mão de obra - são cerca de 2 mil pontos comerciais dentro de Heliópolis -, mas muitos têm de deixar a região para estudar e trabalhar.

� No Sacomã, faltam 908 vagas em creches, segundo a Prefeitura. No distrito, há o Hospital Estadual de Heliópolis e outras nove Unidades de Saúde. Moradores reclamam da espera por consultas com especialistas. Na comunidade Monsenhor Gerônimo Rodrigues, 69 famílias terão de deixar suas casas entre 2013 e 2016 por estarem em área de risco.

� Em bairros de classe média, próximos ao trecho urbano da rodovia Anchieta, as reclamações são relativas à falta de segurança. Na região do Parque Bristol, há construção de prédios de moradia popular e de edifícios voltados à classe média. A especulação imobiliária fez a Prefeitura determinar a retirada de duas favelas.

� O governo municipal prometeu, em 2008, fazer de uma casa abandonada que

já foi centro cultural no Parque Bristol, uma EMEI, mas nada foi feito. O imóvel está com vidros e telhas quebrados e infiltração. Entulho está espalhado pelo terreno.

JARDIM ÂNGELA

� Em 1996, o Jardim Ângela era o bairro mais perigoso do mundo, segundo a

ONU. O rótulo fez Estado e população terem dimensão do problema e se mobilizarem na tentativa de mudar essa realidade. Vários projetos sociais e

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uma polícia mais próxima da população colaboraram para a pacificação da área. O cenário da segurança pública melhorou, mas o distrito tem carência de saneamento básico e fornecimento regular de energia. Os gatos dominam os postes que, sobrecarregados, se incendeiam com regularidade.

� O trânsito lento da M’Boi Mirim torna difícil morar no Jardim Ângela. Difícil para quem está no trânsito, nos Lônibus lotados e para quem tem mobilidade reduzida. As calçadas não são opção e cadeirantes acabam andando como motociclistas: entre os carros.

� O esgoto é despejado em fossas ou na rua. A linha 6048 Capão Redondo - Santo Amaro tem problemas com a adaptação para quem tem necessidades especiais. A rampa fica muito inclinada.

� O Jardim Ângela tem 17 unidades básicas de saúde e o Hospital Municipal

M’Boi Mirim para atender a população de 295 mil habitantes. Faltam 6 mil vagas em creches.

MARSILAC

� O distrito de Marsilac não é compreendido pela Prefeitura de São Paulo. As leis que protegem o meio ambiente em Marsilac limitam o desenvolvimento do distrito e impedem a chegada de melhorias para a população. Por causa da legislação ambiental, os postos de saúde e as bases de polícia não podem ser construídos e ficam em imóveis alugados. A população de 8 mil pessoas continua crescendo e as áreas são ocupadas irregularmente. Líderes comunitários ressaltam a importância de a região ser reconhecida como zona rural para a consolidação de políticas específicas.

� A população vive isolada. O transporte público que vai até a Vila de Marsilac não avança para a maior parte das casas. A maioria das ruas não é asfaltada. Os moradores têm dificuldade para chegar às escolas e unidades de saúde. As ruas não têm CEP e os Correios entregam as cartas em uma escola. Não há sinal de celular e internet em banda larga. Faltam 941 vagas em creches.

� Não há saneamento básico ou água tratada. Cerca de 70% da região é coberta por remanescentes de Mata Atlântica. O esgoto é despejado em fossas. A população usa poços domésticos de minas coletivas, muitas já contaminadas. Parte do cinturão verde de São Paulo, Marsilac ajuda a regular o clima da cidade. O ecoturismo, que poderia gerar empregos na região, não tem apoio da Prefeitura. Os locais de passeio são mal sinalizados e as estradas, mal conservadas. O distrito tem parques, trilhas, cachoeiras, uma cratera com milhões de anos e roteiros históricos.

� O principal meio de transporte são as pernas. Quando se pergunta o tempo para ir de um lugar a outro a resposta é sempre: "tantas horas a pé. Os ônibus só vão até metade do caminho”. É preciso contar com o carro do vizinho ou com a viatura da Polícia Militar se alguém passa mal fora do horário comercial.

PEDREIRA

� As margens da represa Billings são tomadas por mato e entulho por causa de construções em áreas invadidas. Na Estrada do Alvarenga, uma área verde que

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margeia a represa tem uma praça feita pela população. O morador Gilmar Cândido Domingues colocou os bancos, escorregador e balanço para as crianças e faz a manutenção da praça. No entanto, não há iluminação e, mesmo com os pneus colocados para preservar a área da represa, a população joga lixo e entulho na represa. A situação do Córrego de Olaria, na Vila Baby, é uma das mais críticas. Na Favela do Abacateiro, a quantidade de lixo e entulho impressiona. O córrego não é canalizado. A população relata que já fez uma série de pedidos de melhorias para a subprefeitura, mas a situação continua crítica. Na Rua dos Dourados, na entrada da favela do Jardim Pantanal, área onde antes havia um aterro sanitário e hoje há quadras de futebol sendo construídas, passa um córrego que deságua na Billings. Nesse trecho, casas irregulares ocuparam o espaço da represa, mas estão sendo desapropriadas. Segundo moradores, o dinheiro pago pela desapropriação não é suficiente para comprar um novo imóvel na região.

� Na Rua Delfim do Prata, perto da favela do Jardim Pantanal, as casas têm duas numerações. A população não entende essa confusão que chega a atrapalhar a entrega de correspondências. Na mesma região, na Rua Dourados, o morador também reclama das enchentes provocadas pela sujeira que entope os bueiros. Mais de 10 mil moradias estão em favelas. Na Comunidade da Fumaça, faltam calçadas. Não há centros culturais, salas de cinema ou de espetáculos. A população carece de espaços culturais públicos.

� O Hospital Geral de Pedreira não fica no distrito, mas em Campo Grande, na zona sul. Por isso, a população reivindica uma unidade hospitalar e uma UBS para o Jardim Pantanal. A luta pela unidade de saúde já chega a dez anos.

� Em Pedreira, desde 2010, os pancadões se tornaram frequentes durante os finais de semana, em especial, na região do Bairro Santa Terezinha e da favela do Jardim Pantanal. A Rua Delfim do Prata é um dos pontos de concentração das festas. A população fez denúncias à Polícia Militar e protocolou ofícios na Prefeitura. Durante os eventos, os moradores relatam que presenciam cenas de sexo e uso de drogas por adolescentes. A presença de uma base da PM é uma reivindicação de quem mora em Santa Terezinha e reclama de assaltos constantes.

CURSINO

� Comerciantes da Avenida Miguel Estéfano e redondezas reclamam dos arrastões frequentes na área. Os assaltos ocorrem a qualquer hora do dia e em estabelecimentos comerciais pequenos, como mercadinhos e bares. Os donos das lojas passaram a fechar os pontos de venda mais cedo por causa da falta de segurança. Na Vila Moraes, a população reclama também do baile funk que é realizado aos finais de semana em via pública. O distrito concentra empreendimentos imobiliários em construção e, ao menos, 11 favelas que precisam ser urbanizadas. Segundo a Rede Nossa São Paulo, em 2011, havia mais de 2.300 domicílios em comunidades carentes no distrito.

� A Avenida Ricardo Jafet está em obras há mais de 15 anos para recuperação e contenção do Córrego Ipiranga. Por causa dessas intervenções, há muito trânsito na via que junto com a Professor Abraão de Morais forma um importante corredor de acesso para a Rodovia dos Imigrantes. Os motoristas também reclamam dos pontos de alagamento como na Ricardo Jafet com a Rua Vergueiro. Na altura da Miguel Estéfano com a Avenida do Cursino, onde

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está o Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diadema, os pedestres e passageiros reclamam da dificuldade para conseguir atravessar o cruzamento por causa da falta de sinalização para os pedestres. Nesse ponto, a população também reclama dos pontos de ônibus que ficam na altura do Parque do Estado. As instalações não têm cobertura e as calçadas são precárias. Na Rua Evolução com a Coronel Fawcett, na Vila Brasilina, o ponto de ônibus está localizado em uma calçada estreita e com muitos buracos. Os passageiros usam a rua para esperar o ônibus no ponto e os cadeirantes também utilizam a via dos carros para aguardar pelo coletivo.

� Na Vila Brasilina, a população reivindica há anos a canalização do Córrego Mirassol. A obra começou, mas não terminou. Os tubos que seriam utilizados na canalização do córrego poluído estão expostos em uma das ruas da Vila Moraes. Moradores reclamam que os tubos e o material da obra, esquecidos no local, estão servindo de refúgio para usuários de droga.

� A Rua Dona Amélia Rufina, na Vila Água Funda, virou depósito de lixo em 2005 e é conhecida como “rua do lixão”. A via bastante utilizada por carros e caminhões fica entre as avenidas Miguel Estéfano e do Cursino.

� O pronto socorro municipal Augusto Gomes de Matos não atende as demandas da população. O atendimento de emergência mais utilizado é o do Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya, no distrito vizinho de Jabaquara.

� Segundo os dados do IBGE, do Censo de 2010, 16% dos habitantes do distrito são idosos. Segundo a Rede Nossa São Paulo, não há equipamentos culturais ou espaços destinados, principalmente, para a terceira idade na região.

CAMPO BELO

� Nas favelas do Campo Belo, as comunidades como a Rocinha e Favelinha concentram barracos de madeira construídos às margens do córrego poluído Água Espraiada, que não foi canalizado no trecho das favelas. Na Rocinha, barracos já foram destruídos pelo fogo. A população foi cadastrada e aguarda as desapropriações para a construção do Monotrilho, da Linha-17 Ouro do Metrô, mas não sabem se vão conseguir moradias.

� Campo Belo tem apenas 21 leitos hospitalares, segundo a Rede Nossa São Paulo. No distrito, há duas unidades básicas de saúde. Para a unidade Jardim Aeroporto, a população reivindica mais médicos. Não há geriatras para atender os idosos. A espera para marcar uma consulta é de cinco meses. A população pede mais clínicos gerais nessa unidade.

� Os bairros são arborizados. A população se queixa das árvores que caem com frequência durante os temporais. A Rua Tapes virou um novo ponto de descarte irregular de lixo. Há duas caçambas de entulho no local por causa das obras de um prédio recém-construído. O lixo se acumula em volta das caçambas. Os moradores reclamam de calçadas estreitas e quebradas. Segundo os motoristas, há poucas ruas com acesso à Avenida dos Bandeirantes e à Avenida Moreira Guimarães.

� Uma grande área de lazer no Campo Belo com quadras e pista de skate, dentro de um piscinão na Avenida Jornalista Roberto Marinho, será destruído para a montagem do pátio dos trens do monotrilho. Quando chove, o espaço de lazer fica alagado por, pelo menos, duas semanas. Faltam equipamentos culturais.

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CAPÃO REDONDO

� Em Capão Redondo, há um único parque para uma população de 268 mil moradores. O Parque Santo Dias existe graças à luta da comunidade local. Após fazer um abaixo-assinado, associações conseguiram transformar o local abandonado em um espaço de cultura, lazer, prática esportiva e educação ambiental. O distrito tem apenas um espaço cultural da Prefeitura que não tem salas de cinema ou teatro. Um projeto liderado pela ONG Capão Cidadão contra a violência e o incentivo ao lazer reduziu a média de homicídios na região que, em 2000, era de 50 mortes de adolescentes por fim de semana. A construção de uma quadra de esportes para a comunidade onde antes era um lixão contribuiu com esse trabalho.

� As principais vias de Capão Redondo são a Estrada de Itapecerica, Avenida Carlos Caldeira Filho, Estrada do Campo Limpo e Avenida Ellis Maas. Todas marcadas pelos congestionamentos nos horários de pico. As duas estações do Metrô – Campo Limpo e Capão Redondo (Linha 5-Lilás) – estão sobrecarregadas. Os passageiros chegam a fazer fila para entrar nessas estações. No Terminal Capelinha, os ônibus para Largo São Francisco, Terminal Bandeira, Terminal João Dias e Metrô Jabaquara são insuficientes.

� São mais de 100 favelas, parte delas urbanizada, com energia, saneamento básico e asfalto. Com o prolongamento da Avenida Carlos Caldeira Filho, devem ser desapropriadas cerca de 220 famílias que vivem em moradias ao longo do córrego poluído. Os moradores da região reclamam do córrego. Muitos se queixaram da ausência de um representante da Prefeitura para dar mais informações sobre a obra. Ao lado do ecoponto na Cohab Adventista, a reportagem constatou uma montanha de lixo que se acumula em uma área ocupada pelo Parque Santo Dias.

� Três AMAs e dez unidades básicas de saúde são insuficientes para atender a população do Capão Redondo.

JARDIM SÃO LUÍS

� O Córrego Ponte Baixa, que recebe o esgoto das favelas do Jardim São Luís, ainda não foi canalizado. Já houve registros de acidentes. Em 2010, uma mulher foi levada pelas águas desse córrego durante um temporal. Em 2005, duas crianças foram tragadas pelas águas do Ponte Baixa. Depois dos acidentes, a Prefeitura prometeu canalizar o córrego. As casas localizadas nas margens foram retiradas. As famílias recebem o aluguel de 400 reais. A promessa era de que fossem construídos conjuntos habitacionais na região para realocar as pessoas. Depois de dois anos, o córrego continua sem canalização e as famílias, sem moradia. No Jardim Letícia, um terreno da CDHU está abandonado há mais de cinco anos. A população reclama a área localizada na Viela 1, que fica entre as ruas Nicolau Marques e Miguel Damasceno. O local está abandonado, com mato alto, concentração de lixo e presença de ratos.

� A população do distrito também aguarda uma antiga reivindicação dos moradores da zona sul. Uma linha do Metrô para ligar os distritos de Capão Redondo e Jardim Ângela, o que beneficiaria quem vive no Jardim São Luís. A estação poderia desafogar o trânsito na Estrada do M’Boi Mirim, nas avenidas

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Guido Caloi e Maria Coelho Aguiar. Moradores aguardam a duplicação da Estrada do M’Boi Mirim e da Avenida Guarapiranga.

� Os dois hospitais públicos - Campo Limpo e M’Boi Mirim - são mal avaliados. No distrito, funcionam 13 unidades básicas de saúde e há um pouco mais de 300 leitos hospitalares, segundo os dados da Rede Nossa São Paulo. Nas unidades básicas de saúde, a reclamação é a demora para marcar consultas e a falta de médicos.

� Na área da recém-construída EMEF M’Boi Mirim Dois, a população se queixa de que não há sinalização para pedestres na frente da escola e que a iluminação no local é muito fraca. O tempo de espera para conseguir uma vaga em creche é de dois anos. A espera também é longa em outros bairros. Segundo dados da Rede Nossa São Paulo, faltam quase cinco mil vagas em creches no Jardim São Luís.

� No distrito, uma das únicas opções de lazer é uma quadra que fica na Comunidade Pro-Morar. Os moradores se queixam dos Clubes da Comunidade. O CDM Dorneles Vargas é pouco utilizado porque é necessário pagar para usar o campo. Em um terreno ao lado da Escola Municipal M’Boi Mirim Dois, na Avenida José Manoel Camisa Nova, no Parque Santo Antônio, onde deveria ser construído um CDM para o bairro, só se vê mato, lixo e entulho.

SANTO AMARO

� A população reivindica a criação de um projeto de lei que garanta a

revitalização do eixo histórico do distrito, que passa por pontos culturais importantes para a cidade, como na Praça Santa Cruz, local da antiga estação do trem a vapor que se transformou em bonde. Em construção, estão as futuras estações Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista e Borba Gato, da Linha 5-Lilás. As estações são bem-vindas, mas a população teme que a obra prejudique os pontos históricos.

� Três praças serão afetadas pela construção de sete piscinões. O projeto não inclui obras importantes como a da Galeria Pluvial do Brooklin, um gargalo que está assoreado.

� O distrito concentra mais de 160 mil vagas de trabalho. Esse cenário está

prejudicando o atendimento na rede pública de saúde do distrito.

� Santo Amaro perdeu quase 70% da cobertura vegetal. A população reivindica há décadas a implantação do Parque Boa Vista. O processo está em discussão na Justiça.

CIDADE ADEMAR

� Sem opções de lazer, cultura e esporte, uma das principais preocupações dos

moradores é o envolvimento de jovens com drogas. Bailes funk e pancadões tiram o sono de muita gente e aumentam o consumo de entorpecentes. Mesmo com registro de mortes e desabamentos em dias de temporal, por causa do transbordamento do Córrego Cordeiro, famílias ainda vivem em áreas de risco.

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� O Distrito de Cidade Ademar tem oito unidades básicas de saúde e oito AMAs, mas mesmo assim enfrenta problemas no atendimento à população. Há pessoas que esperam há quatro anos por cirurgia.

� A Avenida Cupecê sempre registra congestionamentos. Além dos carros, há ônibus que passam em mais de uma pista, porque os pontos da EMTU ficam do lado direito da via. Os coletivos municipais passam do lado esquerdo. À noite, quando não há tráfego intenso, os motoristas abusam da velocidade. A via é muito usada para a prática de rachas. Os moradores pedem mais radares e câmeras para controlar o trânsito.

GRAJAÚ

� As ruas do distrito são mal sinalizadas. É raro encontrar uma placa indicando o

nome da via. As casas são numeradas aleatoriamente. Além das moradias, as ruas e avenidas também estão mal sinalizadas.

� A região tem poucos semáforos e faixas de pedestre. No cruzamento das avenidas Ascaz e Marta Maria Bernardes, as pessoas atravessam no meio do trânsito, sem nenhuma segurança.

� No Parque Recanto Cocaia, o esgoto corre a céu aberto e o cheiro forte entra nas casas. Muitas ruas não têm asfalto, o que dificulta o acesso às moradias. Faltam parques e praças para atender a população. No Jardim Myrna, os moradores afirmam que foram prometidos três parques que nunca saíram do papel. Na Avenida Antonio Carlos Benjamim dos Santos, uma praça foi reformada: a área verde foi substituída por concreto. À noite, a iluminação é fraca e os moradores reclamam que o local se tornou ponto de tráfico de drogas.

CAMPO LIMPO

� O distrito do Campo Limpo conta com 15 creches municipais. Mesmo assim,

faltam vagas para atender todas as crianças. A região tem, pelo menos, 30 mil moradores com menos de nove anos de idade.

� Em 2009, a Prefeitura inaugurou o Terminal Campo Limpo, que tem linhas diárias saindo para Pinheiros, Hospital das Clínicas, Praça Ramos de Azevedo, Aclimação, entre outros. No entanto, com a inauguração, diversas linhas de ônibus foram desativadas para a criação de novos itinerários partindo do terminal. Moradores de alguns bairros mais afastados do distrito, que antes usavam um único ônibus para ir até a Barra Funda, agora têm de ir até o terminal e, de lá, pegar outra condução. As viagens ficaram mais longas, os ônibus mais lotados e o tempo de espera nos pontos maior.

MORUMBI

� Uma das principais reclamações é a construção do Monotrilho da Linha 17-

Ouro. Os moradores argumentam que a obra não vai atender a demanda de passageiros na região e causaria estragos aos bairros do entorno. Diversos prédios, casas e pontos comerciais terão de ser desapropriados. A população prevê transtornos com o barulho e a desvalorização de imóveis. Já para a

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população de Paraisópolis, no distrito de Vila Andrade, o monotrilho é bem vindo: será uma forma de encurtar o tempo de ida e volta ao trabalho. A população do Morumbi está cansada de ficar parada no trânsito. Pequenos trajetos se tornam longos por causa dos congestionamentos.

� Há problemas de zeladoria. A Rua Maria Antonia Ladalardo está cheia de buracos largos e de grande profundidade. Já não há mais asfalto, tamanho o desgaste. Quem precisa pegar ônibus na Marginal do Pinheiros faz o desvio por um morro. A trilha é improvisada e perigosa.

� Violência: Os moradores estão assustados com o aumento de assaltos a condomínios e residências.

PARELHEIROS

� Transporte: distante quase 60km do centro da cidade, a região é atendida apenas por ônibus. Os moradores reclamam do longo intervalo entre os coletivos, que levam em média 40 minutos para passar. Os pontos de ônibus também são precários, como no Bairro Casagrande, onde postes de madeira cercados por mato alto marcam as paradas. As estradas precisam de manutenção: algumas ainda são de terra e poucas têm acostamento.

� Saneamento: alguns moradores não têm água encanada e a recebem de

empresas instaladas nas proximidades. Esgoto quase ninguém tem, nem mesmo nos condomínios. O Ministério Público investiga se houve contaminação da água e do solo da região por uma empresa de tintas. O risco preocupa os moradores.

� Meio-ambiente: apesar de possuir grandes áreas preservadas de Mata

Atlântica, a região não é bem atendida pela coleta de lixo. As reservas estão tomadas por lixo e entulho.

� Educação: as famílias têm muita dificuldade para conseguir vagas em creches.

� Saúde: não há hospitais no distrito e os atendimentos com especialistas

demoram muito.

MOEMA

� O distrito é dono do melhor índice de desenvolvimento humano da cidade.

� Trânsito: o comércio forte e o grande número de restaurantes atraem grande quantidade de pessoas ao bairro, o que complica o tráfego na região. Nos horários de pico, é quase impossível atravessar o distrito. Os moradores reclamam também da falta de estacionamentos. Os pedestres se queixam da velocidade com que os motoristas trafegam por dentro dos bairros.

� Bicicleta: a faixa de compartilhamento de bicicletas provocou muita polêmica

entre os moradores. Eles se queixam de uma continuidade no projeto.

� Barulho: a proximidade com o aeroporto de Congonhas faz com que aviões passem pelo distrito durante quase todo o dia, incomodando moradores e alunos das escolas de Moema. O barulho produzido pelos frequentadores dos bares e restaurantes também é alvo de críticas.

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SAÚDE

� Os moradores das áreas do entorno do Aeroporto de Congonhas reivindicam a mudança do portão do terminal localizado na Avenida Jurandir no bairro residencial Vila Noca. A entrada está localizada em uma área irregular, segundo lideranças. A via virou estacionamento para carros por causa da proximidade com o aeroporto.

� O distrito não tem parques públicos. A população cobra do Aeroporto de Congonhas a implantação de um projeto para fazer a compensação ambiental. Na João Carlos Mallet com a Avenida dos Bandeirantes, falta indicação de estacionamento irregular.

� Duas torres de telefonia celular, no Planalto Paulista, são motivo de

reclamação. Uma delas está na esquina da Avenida Nhandu com a Alameda Apetupás. Já houve até abaixo-assinado, em 2005, contra a torre. Segundo moradores, as torres provocam irradiações por todo o bairro. A área é residencial.

� Na Praça da Árvore, ao lado da estação Saúde do Metrô, existe uma

concentração de usuários de drogas. Já na Avenida Indianópolis o problema é a prostituição. Os moradores se queixam de que o local virou um banheiro público.

JABAQUARA

� O distrito concentra 70 comunidades carentes; 29 delas serão removidas para a construção de um parque linear e para o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho. As famílias estão sendo cadastradas para morar em conjuntos habitacionais, mas moradores reclamam da falta de informação. As favelas não têm saneamento básico. Na Comunidade Guian Corruíras, o córrego não está canalizado e recebe o esgoto de 500 casas.

� A população da Vila Facchini pede mais policiamento no local à noite, porque assaltos são constantes. Na Rua José Estevão de Magalhães, no bairro Campestre, a população reivindica melhorias na sinalização das vias. Acidentes de ônibus são frequentes por causa de uma valeta danificada. No Terminal Rodoviário do Jabaquara, um dos mais movimentados do país, há transporte clandestino em direção ao litoral sul paulista.

� Faltam médicos no Hospital Arthur Ribeiro de Saboya. Pacientes também

reclamam do atendimento na UBS Vila Santa Catarina. SOCORRO

� Os córregos estão poluídos. O esgoto que passa na Rua Clara Mantelli e que sai da Escola Municipal Clara Nunes corre pela calçada e pela rua, até chegar em uma vila que não tem nome. Outros córregos deságuam na Represa Guarapiranga.

� No bairro de Veleiros, a população denuncia o abandono de uma viela que serve de ligação para os moradores do bairro alcançarem vias principais, como a Rua Clara Mantelli, onde tem uma UBS. Em Socorro, não há hospital público.

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CIDADE DUTRA

� Ao lado da subprefeitura da Capela do Socorro, na Rua Jaburuna, no Jardim Cruzeiro, há um córrego sujo e com mau cheiro. Ele é somente um dos que desembocam na Represa Guarapiranga. A Praça Pero Rodrigues, no fim da Avenida Atlântica com a Teotônio Vilela, está cheia de entulho e lixo. Duas quadras esportivas estão sem condições de uso. Nas favelas 19 e 20, os bueiros entupidos alagam quando chove.

� Os passageiros pedem melhorias nas linhas de ônibus para o terminal Bandeira e Largo São Francisco que saem da Avenida Senador Teotônio Vilela. Na mesma avenida, os passageiros levam cerca de dez minutos para conseguir atravessar a via. Não há faixa de pedestre e os três semáforos da avenida não permitem a passagem de quem está a pé. Não há rampas de acesso para cadeirantes. Moradores relatam que as estações da CPTM - Autódromo, Primavera-Interlagos e Grajaú - estão sobrecarregadas.

� Nas favelas de Cidade Dutra a falta de espaços culturais é amenizada por projetos sociais. A violência diminuiu, mas o tráfico de drogas continua presente.

� Criminosos abordam moradores na porta das casas, depois do trabalho. Duas bases comunitárias móveis disponíveis para a população estão paradas por falta de policiais.

CAMPO GRANDE

� Os moradores se preocupam com a desativação de fábricas e galpões e a incorporação de terrenos por grandes construtoras. Muitos prédios estão sendo construídos irregularmente e sem a fiscalização do poder público. Áreas verdes estão sendo devastadas.

� Histórias de violência sofrida pelos moradores não faltam. Bairros do distrito têm calçadas em más condições. As enchentes afetam a população do Jardim Consórcio há décadas.