introdução a parasitologia
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Introdução à Parasitologia Bibliografia Recomendada
NEVES, D. P & Cols. Parasitologia humana. Ed. Atheneu, 11a ed, 2005. 495 pp.
REY, L. Bases da Parasitologia. Ed. Guanabara Koogan, 2a ed, 2002. 349 pp.
REY, L. Parasitologia. Ed. Guanabara Koogan, 4a ed, 2008. 930 pp.
COOK, G.C & ZUMLA, A. Manson's Tropical Diseases. WB Saunders Company Ltd, London, Twenty-
second edition, 2009. 1830 pp.
AMATO NETO, V & Cols. Parasitologia: uma abordagem clínica. Elsevier, São Paulo, SP. 2008. 434 pp.
DE CARLI, G. Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para ao Diagnóstico das Parasitoses
Humanas. 2a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007, 950 pp.
Imagens e Dados sobre Parasitas e Parasitoses e conteúdo de aulas
www.proto.ufsc.br/links.htm
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História da Parasitologia Humana
• Registros históricos 5.000 a 3.000 A.C.
• Paleoparasitologia
• 300 espécies de helmintos
• 70 espécies de protozoários
• 280 espécies causam infecção rara e/ou acidental
• 90 espécies parasitam humanos
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História da Parasitologia Humana Impacto das Parasitoses
OMS, 2005
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Parasitismo
• É uma associação entre organismos de espécies distintas, na qual se observa além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variado.
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Conceitos básicos • Parasito (protozoário ou metazoário)
• Hospedeiro (acidental, intermediário ou definitivo)
• Vetor (inseto, ácaro ou mamífero)
• Habitat
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Nomenclatura Científica
Gênero e espécie devem ser grafados em destaque
Ascaris lumbricoides
Ascaris sp.
Ascaris spp.
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Zoonose (animais silvestres transmissível para humanos)
Epizootia (doença que ataca grande número de animais
da mesma espécie simultaneamente)
Antroponose (humanos)
Meio ambiente – Fatores físicos
Biológicos
Sócio-econômicos
Conceitos Básicos
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Modalidades de parasitismo • Em relação ao número de hospedeiros: Monoxeno Heteroxeno
• Em relação ao tempo de permanência no hospedeiro
Permanente Acidental
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• Em relação à especificidade parasitária: Estenoxeno Eurixeno
• Em relação à localização: Ectoparasito Endoparasito
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• Em relação ao tipo de hospedeiro: Definitivo Intermediário
• Em relação ao Vetor: Biológico Mecânico
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Ação dos parasitos Espoliativa Tóxica Irritativa Mecânica Enzimática
Fatores: virulência, carga parasitária, idade, estado nutricional, imunidade
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Mecanismos de transmissão
• Fecal – Oral (ingestão)
• Oral
• Vetorial
• Congênita
• Sexual
• Percutânea ou Transcutânea
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Importância do estudo da parasitologia na Medicina:
Conhecimentos fundamentais para o diagnóstico, a compreensão da patologia, da epidemiologia, da terapêutica e profilaxia das doenças parasitárias.
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Fatores associados às doenças:
Crescimento desordenado das cidades
Baixa qualidade das condições de vida e higiene das comunidades (água, esgoto e lixo..)
Desastres naturais
Hábitos e costumes
Nível de instrução da população
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História da Parasitologia Humana Migração x distribuição
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História da Parasitologia Humana Migração x distribuição Esquistossomose no Brasil
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Enteroparasitas
Em Santa Catarina apenas 10,38% da população
dispõe de serviços de coleta e tratamento de
esgotos, indicador que põe o estado em posição
constrangedora no cenário nacional.
Fonte: Editorial do DC 06/07/06.
Relação direta com Saneamento
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Preparação e manipulação de alimentos
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Mecanismos efetores da Resposta Imune
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Macrófagos, neutrófilos e plaquetas constituem a 1ª linha de defesa
• Porta de entrada é importante: – As cercárias de Schistosoma mansoni penetram a pele; – Os tripanosomas e parasitos da malária que entram pelo sangue são
removidos pelo fígado e baço;
• Resposta de fagocitose é potencializada pela presença de anticorpos que serão fundamentais na citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC).
Eosinófilos matam larva de esquistossoma
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Alguns mediadores químicos
• Macrófagos produzem reativos intermediários do oxigênio (ROI) após fagocitose.
• Algumas citocinas potencializam ativação de macrófagos (IFN-γ e TNF-α), que passam a secretar NO.
• O NO contribui para resistência do hospedeiro na maioria das infecções parasitárias, incluindo leishmaniose, esquistossomose e malária.
• Neutrófilos liberam H2O2 para destruição extracelular.
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Papel dos eosinófilos nas helmintoses • São importantes nas infecções helmínticas. • Dano celular ocorre após ligação em antígenos cobertos por IgG
ou IgE. • Eosinófilos degranulam proteína básica principal (MBP) que
causa dano nos parasitos (ex. esquistossômulos). – Dano limitado ao parasito, devido proximidade de contato.
• Participam da lesão granulomatosa do ovo do esquistossoma.
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• Tipo da célula T envolvida depende do estágio do ciclo de vida. • As células Th1 são importantes nos estágios iniciais da malária –
papel imunoprotetor da citocina IFN-γ
• As células Th2 auxiliam na produção de anticorpos.
Papel das células T na Resposta Imune
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Imunidade contra nematódeos intestinais
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Papel dos anticorpos nas infecções parasitárias
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Mecanismos de escape do parasito
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Algumas vias de escape • Alguns parasitos utilizam moléculas do SI:
– Parasitos da Leishmania infectam macrófagos através do receptor do complemento.
• Parasitos podem resistir à destruição pelo complemento: – L. tropica - facilmente destruída pelo complemento e
causa uma lesão na pele. – L. donovani - 10 vezes mais resistente ao
complemento e dissemina-se pelas vísceras. • Infecção evitando a rota fagocítica:
– Ex. Toxoplasma gondii e Leishmania (via CR1).
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Algumas vias de escape
• Resistência aos ROI e enzimas intracelulares • Variação antigênica
– Glicoproteína varíavel de superfície (VSG) de T. brucei. • Inibição da expressão de MHC classe II • Imunossupressão • Liberação de antígenos solúveis pelos parasitos
– Plasmodium falciparum: antígenos S ou termoestáveis diluem anticorpos circulantes.
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Alguns mecanismos de escape da resposta imune
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Giardia lamblia ou G. intestinalis
Cisto
Trofozoita
Filum Diplomonadida Fam. Hexamitidae Gen. Giardia
Cisto
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Morfologia
trofozoita
Corpos parabasais
Flagelos
Axonema
Núcleo Cariossoma Disco suctorial
Giardia lamblia
Cistos
12-15µm
6-8µm
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Giardia lamblia
Ciclo de vida
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Giardia lamblia
Zoonose Epidemiologia: Distribuição mundial Atinge principalmente crianças Surtos epidêmicos veiculados por água Prevalência (5 a 35%)
Transmissão: Fecal Oral Àgua e alimentos Período de incubação (3 a 7 dias)
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Giardia lamblia
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Giardia lamblia
Distribuição temporal dos casos de giardíase
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Giardia lamblia
Sintomas principais • Diarréia gordurosa • Dor epigástrica • Enterite • Perda de peso • Irritação • Inapetência • Vômito • Flatulência
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Giardia lamblia
Diagnóstico Período negativo Parasitológico (pesquisa de cistos /trofozoitas) Imunológico Molecular
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Giardia lamblia
Tratamento: Metronidazol (Giarlan) Albendazol
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Trichomonas vaginalis - Tricomoníase Ordem Trichomonadida , Familia Trichomonadidae
Três especies parasitan o homem: Trichomonas vaginalis (cavidades genitais e urinárias do homem e da mulher).
Trichomonas tenax (cavidade oral).
Trichomonas hominis (intestino grosso).
Definição É uma DST causada pelo Trichomonas vaginalis considerada uma uretrite não gonocócica. Atinge principalmente mulheres e homens sexualmente ativos
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Trichomonas vaginalis - Tricomoníase
AF=Flagelos anteriores RF= Membrana ondulante CO= Costa AX= Axonema HY= Hidrogenossomas PB= Filamento parabasal PG= Corpo parabasal N = Núcleo
Morfologia: Trofozoita
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Ciclo Biológico
Transmissão Contato sexual Fomites?
Trichomonas vaginalis - Tricomoníase
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Trichomonas vaginalis – Tricomoníase - OMS, 2001
América Latina e Caribe: 2,1% Brasil; 3,6% Barbados; 8% Nicarágua; 27,5% Chile
África: 9,9% República Central da África; 41,4% África do Sul
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Trichomonas vaginalis – Tricomoníase - OMS, 2001
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Manifestações Clínicas da Tricomoníase:
Mulheres frequentemente apresentam infecções sintomáticas Vaginite acompanhada de corrimento profuso amarelo ou amarelo-esverdeado fétido (leucorréia) Vulvovaginite e Cervicite Dor pélvica, Disúria, dispauremia de intróito Período de incubação 1 a 4 semanas Homem apresenta infecção frequentemente assintomática Uretrite, epididimite e prostatite.
Vulvovaginite Cervicite
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Trichomonas vaginalis - Tricomoníase
-Secreção vaginal
-Urina de primeiro jato matinal
-Secreção uretral
Microorganismo móvel
Exame direto
Preparação corada
Cultivo (lento)
Diagnóstico Laboratorial
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Diagnóstico Laboratorial: Exame microscópico de preparações a fresco ou coradas Imunofluorescência direta (sensível + cara) Cultura do parasito (resultados demoram de 3 a 7 dias) Tratamento: Instituído sob supervisão médica e deve incluir todos os parceiros sexuais. Fármacos de escolha (Metronidazol, ornidazol e tinidazol).
Trichomonas vaginalis - Tricomoníase
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Diagnóstico Diferencial:
Candidíase Gonorréia HPV Gardnerella vaginalis Alergia a: Medicamentos Roupas íntimas Produtos de higiene
Trichomonas vaginalis - Tricomoníase